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366 Sermões Bíblicos - volume 2

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Erivaldo de Jesus

Pr.Erivaldo de Jesus

Editoração Eletrônica: Janete Dias Celestino Leonel


Capa: Juliano Assunção

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, salvo com


autorização por escrito do autor.

Impresso no Brasil/Printed in Brazil

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Pinheiro, Erivaldo de Jesus


366 sermões bíblicos : volume 2 / Erivaldo de Jesus Pinheiro. — São
Paulo : Inteligência Bíblica, 2021.

ISBN 978-65-00-21706-3

1. Bíblia - Sermões I. Título.

21-63880 CDD-251.01*1
índices para catálogo sistemático:
1. Sermões bíblicos : Cristianismo 251.01
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427
SUMARIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................................................... 11
SOBRE 0 AUTOR — ERIVALDO DE JESUS........................................................................................................................................ 12

SERMÃO 01 · 01 DE JANEIRO — 0 DEUS QUE NOS ABENÇOA O ANO T O D O ................................................................... 13


SERMÃO 02 · 02 DE JANEIRO — CAMINHANDO DE FORÇA EM FO R Ç A .............................................................................. 15
SERMÃO 03 · 03 DE JANEIRO — CAMINHANDO DE VITÓRIA EM V ITÓ R IA ..........................................................................17
SERMÃO 04 · 04 DE JANEIRO — CAMINHANDO DE GRAÇA EM GRAÇA...............................................................................19
SERMÃO 05 · 05 DE JANEIRO — CAMINHANDO DE FÉ EM F É ................................................................................................21
SERMÃO 06 · 06 DE JANEIRO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DA GRATIDÃO.........................................................................23
SERMÃO 07 · 07 DE JANEIRO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE CULTOS................................................25
SERMÃO 08 · 08 DE JANEIRO — CAMINHANDO DE GLÓRIA EM GLÓRIA ........................................................................... 27
SERMÃO 09 · 09 DE JANEIRO — 0 Senhor TRARÁ SAÚDE PLENA PARA A SUA V ID A .....................................................29
SERMÃO 10 · 10 DE JANEIRO — ENTREGA 0 TEU CAMINHO AO S e n h o r........................................................................... 31
S E R M Ã 011 · 11 DE JANEIRO — ATÉ AQUI NOS AJUDOU 0 S e n h o r................................................................................... 33
S E R M Ã 012 · 12 DE JANEIRO — TU ÉS 0 ABENÇOADO DO S e n h o r.....................................................................................34
SERMÃO 13 · 13 DE JANEIRO — TUDO DARÁ CERTO PARA V O C Ê ...................................................................................... 36
SERMÃO 14 · 14 DE JANEIRO — NENHUM MAL TE SUCEDERÁ.............................................................................................37
SERMÃO 15 · 15 DE JANEIRO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO AD U LTO ............................................................................ 39
SERMÃO 16 · 16 DE JANEIRO — TUDO O QUE DEUS FAZ É B O M .........................................................................................41
S E R M Ã 017 · 17 DE JANEIRO — O Senhor É CONTIGO, HOMEM VALENTE....................................................................... 42
S E R M Ã 018 · 18 DE JANEIRO — LANCE SOBRE O Senhor A SUA ANSIEDADE................................................................. 44
SERMÃO 19 · 19 DE JANEIRO — DEUS TRANSFORMARÁ SUA HUMILHAÇÃO EM EXALTAÇÃO ................................... 46
SERMÃO 20 · 20 DE JANEIRO — HAVERÁ BOM FUTURO PARA T I ......................................................................................... 47
SERMÃO 21 · 21 DE JANEIRO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA RELIGIÃO ..........................................................................49
SERMÃO 22 · 22 DE JANEIRO — VOCÊ NASCEU PARA VENCER...........................................................................................51
SERMÃO 23 · 23 DE JANEIRO — DEUS TE ACOMPANHARÁ POR ONDE VOÇE A N D A R ....................................................53
SERMÃO 24 · 24 DE JANEIRO — O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO TERÁ UMA RECOMPENSA...........................................55
SERMÃO 25 · 25 DE JANEIRO — LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DO CARTEIRO ...................................................................57
SERMÃO 26 · 26 DE JANEIRO — DEUS ME ABRIU UMA GRANDE PO R TA........................................................................... 59
SERMÃO 27 · 27 DE JANEIRO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO OR AD O R ........................................................................... 61
SERMÃO 28 · 28 DE JANEIRO — O SOL DA JUSTIÇA ESTÁ BRILHANDO PARA VOCÊ ...................................................63
SERMÃO 29 · 29 DE JANEIRO — OLHAREI PARA O DEUS DA MINHA SALVAÇÃO.............................................................65
SERMÃO 30 · 30 DE JANEIRO — L.ÇÕES DO D A DA NÃO VIOLÊNCIA.................................................................................67
SERMÃO 31 · 31 DE JANEIRO — LIÇÕES DO DIA DA SOLIDARIEDADE.............................................................................. 69

SERMÃO 32 · 01 DE FEVEREIRO — LIÇÕES DO DIA DO PUBLICITÁRIO.................................................................................. 71


SERMÃO 33 · 02 DE FEVEREIRO — OS OLHOS DE DEUS ESTÃO TE OBSERVANDO......................................................... 73
SERMÃO 34 · 03 DE FEVEREIRO — DEUS SUPRIRÁ CADA UMA DAS TUAS NECESSIDADES.................75
SERMÃO 35 · 04 DE FEVEREIRO — DEUS REDIMIU A TUA ALMA DA C O V A .............................................. 77
SERMÃO 36 · 05 DE FEVEREIRO — DEUS NÃO REJEITA A TUA ORAÇÃO ..................................................78
SERMÃO 37 · 06 DE FEVEREIRO — DEUS NÃO TE REJEITOU........................................................................ 80
SERMÃO 38 · 07 DE FEVEREIRO — DEUS ESTÁ TRABALHANDO POR VO C Ê .............................................82
SERMÃO 39 · 08 DE FEVEREIRO — DEUS TE ENSINARÁ O CAMINHO CERTO...........................................83
SERMÃO 40 · 09 DE FEVEREIRO — LIÇÕES DO DIA DO C ARNAVAL............................................................85
SERMÃO 41 · 10 DE FEVEREIRO — LIÇÕES DO DIA DO A T L E T A ..................................................................87
SERMÃO 42 · 11 DE FEVEREIRO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DO ENFERMO ...........................................89
SERMÃO 43 · 12 DE FEVEREIRO — DEUS VAI RESTAURAR A TUA JUSTIÇA....................................................................... 91
SERMÃO 44 · 13 DE FEVEREIRO — GOZA A VIDA COM A MULHER QUE A M A S .......................................93
SERMÃO 45 · 14 DE FEVEREIRO — LIÇÕES DO DIA DO A M O R ..............................................................................................95
SERMÃO 46 · 15 DE FEVEREIRO — EU SOU 0 Senhor QUE TE S A R A .................................................................................. 97
SERMÃO 47 · 16 DE FEVEREIRO — LIÇÕES DO DIA DO REPÓRTER .....................................................................................99
SERMÃO 48 · 17 DE FEVEREIRO — DEUS NÃO ESQUECEU DE V O C Ê ................................................................................101
SERMÃO 49 · 18 DE FEVEREIRO — DEUS VAI PELEJAR POR VO CÊ...........................................................103
SERMÃO 50 · 19 DE FEVEREIRO — DEUS NOS FAZ REPOUSAR EM SEGURANÇA........................................................... 105
SERMÃO 51 · 20 DE FEVEREIRO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA JUSTIÇA SOCIAL........................................................106
SERMÃO 52 · 21 DE FEVEREIRO — DEUS MULTIPLICARÁ AS TUAS FORÇAS ...................................................................108
SERMÃO 53 · 22 DE FEVEREIRO — O Senhor ESTÁ VENDO O SEU SOFRIMENTO........................................................... 110
SERMÃO 54 · 23 DE FEVEREIRO — O Senhor ABENÇOARÁ O TEU P Ã O .............................................................................112
SERMÃO 55 · 24 DE FEVEREIRO — SEJA PURIFICADO DAS SUAS IMPUREZAS ...............................................................114
SERMÃO 56 · 25 DE FEVEREIRO — DEUS CUMPRIRÁ O QUE TE PROMETEU.................................................................... 116
SERMÃO 57 · 26 DE FEVEREIRO — DEUS FARÁ PROSPERAR 0 TRABALHO DAS TUAS M Ã O S ....................................118
SERMÃO 58 · 27 DE FEVEREIRO — EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO S e n h o r.............................................................120
SERMÃO 59 · 28 DE FEVEREIRO — TRÊS COISAS DITAS A G IDEÃO....................................................................................122
SERMÃO 60 · 29 DE FEVEREIRO — O Senhor SEJA CONVOSCO!......................................................................................... 124

SERMÃO 61 · 01 DE MARÇO— MOSTRE PARA O GIGANTE O TAMANHO DO TEU D EU S............................................126


SERMÃO 62 · 02 DE MARÇO— DEUS DERRAMARÁ LUZ NOS LUGARES ESCUROS DA TUA V ID A ........................... 128
SERMÃO 63 · 03 DE MARÇO— DEUS TE DARÁ CAPACIDADE PARA LIDERAR PESSOAS........................................... 130
SERMÃO 64 · 04 DE MARÇO— TRANSMITA UMA IMAGEM POSITIVA PARA AS PESSOAS ....................................... 132
SERMÃO 65 · 05 DE MARÇO — BUSQUE AO Senhor DE FORMA CONSTANTE.............................................................. 134
SERMÃO 66 · 06 DE MARÇO — DEUS QUER SARAR A ALMA DO PO VO .......................................................................... 136
SERMÃO 67 · 07 DE MARÇO— LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA ORAÇÃO...........................................................................138
SERMÃO 68 · 08 DE MARÇO— LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER ............................................................. 140
SERMÃO 69 · 09 DE MARÇO— VOCÊ PEDIU E DEUS TE ATENDEU ..................................................................................142
SERMÃO 70 · 10 DE MARÇO— LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO SOGRO............................................................................. 144
SERMÃO 71 · 11 DE MARÇO— INTERVENÇÃO DIVINA EM NOSSO FA V O R .................................................................... 146
SERMÃO 72 · 12 DE MARÇO— ALCANÇANDO O FAVOR DAS PESSOAS........................................................................148
SERMÃO 73 · 13 DE MARÇO— VOCÊ TERÁ VIDA LONGA NA TERRA .............................................................................. 150
SERMÃO 74 · 14 DE MARÇO— LIÇÕES DO DIA DO VENDEDOR DE LIVROS................................................................... 152
SERMÃO 75 · 15 DE MARÇO— LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DA ESCOLA............................................................................ 154
SERMÃO 76 · 16 DE MARÇO — DEUS CUMPRE OS DESEJOS DO NOSSO CORAÇÃO..................................................157
SERMÃO 77 · 17 DE MARÇO — ENTREGA AS TUAS PREOCUPAÇÕES AO S e n h o r........................................................ 159
SERMÃO 78 · 18 DE MARÇO— OS TEUS PLANOS SERÃO ESTABELECIDOS.................................................................. 161
SERMÃO 79 · 19 DE MARÇO— LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO CARPINTEIRO .................................................................162
SERMÃO 80 · 20 DE MARÇO— LIÇÕES DO DIA DA FELICIDADE....................................................................................... 164
SERMÃO 81 · 21 DE MARÇO— O TEMOR A DEUS TRAZ ESCAPE PARA O H O M E M .....................................................166
SERMÃO 82 · 22 DE MARÇO— LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA Á G U A ................................................................................168
SERMÃO 83 · 23 DE MARÇO— FAÇA ELOGIOS A PESSOA QUE VOCÊ A M A .................................................................. 170
SERMÃO 84 · 24 DE MARÇO— O BEM VIRÁ SOBRE T I .........................................................................................................172
SERMÃO 85 · 25 DE MARÇO— DEUS TE DARÁ ESTABILIDADE..........................................................................................174
SERMÃO 86 · 26 DE MARÇO— DEUS TEM O MELHOR PARA VO C Ê ................................................................................. 176
SERMÃO 87 · 27 DE MARÇO— DEUS FALA CONOSCO TAMBÉM NO V A L E ................................................................... 178
SERMÃO 88 · 28 DE MARÇO— VOCÊ SE TORNARÁ FORTE E FARÁ PROEZAS ............................................................. 180
SERMÃO 89 · 29 DE MARÇO— DEUS SEMPRE ABRE UMA PORTA DE ESPERANÇA.....................................................182
SERMÃO 90 · 30 DE MARÇO— DEUS TE DARÁ FARTURA E ABUNDÂNCIA.....................................................................184
SERMÃO 91 · 31 DE MARÇO— DEUS LEVANTARÁ O QUE ESTIVER C A ÍD O .....................................................................186

SERMÃO 92 · 01 DE ABRIL— LIÇÕES DO DIA DA M ENTIRA................................................................................................ 188


SERMÃO 93 · 02 DE ABRIL — HAVERÁ LIVRAMENTO PARA VO C Ê ..................................................................................... 190
SERMÃO 94 · 03 DE ABRIL — A SUA ORAÇÃO SUBIU AO S e n h o r.......................................................................................192
SERMÃO 95 · 04 DE ABRIL— APASCENTE O REBANHO NA FORÇA DO S e n h o r............................................................ 194
SERMÃO 96 · 05 DE ABRIL— O Senhor É FORTALEZA NO DIA DA ANGÚSTIA................................................................ 196
SERMÃO 97 · 06 DE ABRIL— OS CAMINHOS DE DEUS SÃO ETERNOS ............................................................................198
SERMÃO 98 · 07 DE ABRIL— LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA MUNDIAL DA SAÚDE ...............................................................200
SERMÃO 99 · 08 DE ABRIL— NÃO SE ENFRAQUEÇAM AS TUAS M Ã O S .......................................................................... 202
S E R M Ã 0100 · 09 DE ABRIL — O ESPÍRITO DO Senhor HABITA CONOSCO.................................................................. 204
SERMÃO 101 · 10 DE ABRIL — AGORA VOCÊ SERÁ UMA BENÇÃO ................................................................................206
SERMÃO 102 · 11 DE ABRIL — AS PESSOAS VERÃO A SUA FELICIDADE......................................................................208

4 I
12 DE ABRIL — VOCÊ NASCEU PARA BRILHAR DIANTE DAS PESSOAS ...... 210
13 DE ABRIL — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO B E IJO ......................................... 212
14 DE ABRIL — LIÇÕES DO DIA DA PAIXÃO DE CRISTO................................... 214
15 DE ABRIL — NÃO TEMAS, CRÊ SOMENTE! .................................................... 216
16 DE ABRIL — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA V O Z ........................................... 218
17 DE ABRIL — LIÇÕES DO DOMINGO DE P ÁSC O A.......................................... 220
18 DE ABRIL — VOCÊ ALCANÇOU GRAÇA DIANTE DE D E U S .......................... 222
19 DE ABRIL — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ÍNDIO ......................................... 224
20 DE ABRIL — SEJA UMA PESSOA SINCERA E VERDADEIRA....................... 226
21 DE ABRIL — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DE TIRADENTES............................ 228
22 DE ABRIL — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DO PLANETA T E R R A .................... 230
23 DE ABRIL — 0 MAIOR LIVRO MISSIONÁRIO DO MUNDO ........................... 232
24 DE ABRIL — DEUS ABRIU A PORTA DA FÉ PARA TO DOS........................... 235
25 DE ABRIL — DEUS JÁ PROVOU QUE TE A M A ................................................ 237
26 DE ABRIL — HÁ UM SÓ D E U S !.......................................................................... 239
27 DE ABRIL — LIÇÕES DO DIA DA EMPREGADA DOMÉSTICA...................... 241
28 DE ABRIL — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DO SORRISO................................... 243
29 DE ABRIL — 0 LOUVOR QUE AGRADA A D E U S ............................................. 245
30 DE ABRIL — 0 PODER DE DEUS SE MANIFESTA EM NOSSA FRAQUEZA 247

01 DE MAIO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO TRABALHO............................. 249


02 DE MAIO — VOCÊ JÁ FOI LIBERTO POR CRISTO....................................... 251
03 DE MAIO — DEUS É RIQUÍSSIMO EM MISERICÓRDIA.............................. 253
04 DE MAIO — PROSSEGUINDO PARA 0 ALVO .............................................. 255
05 DE MAIO — TRATE BEM A SUA ESPO SA.................................................... 257
06 DE MAIO — NÃO APAGUE A CHAMA QUE ARDE DENTRO DE VOCÊ .... 259
07 DE MAIO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO SILÊNCIO ............................... 261
08 DE MAIO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DA VITÓRIA................................... 263
09 DE MAIO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DAS M Ã E S .................................... 265
10 DE MAIO — 0 SENHOR TE GUARDARÁ DO MALIGNO ............................ .267
11 DE MAIO — CONSERVE-SE PURO DIANTE DE DEUS................................ ,269
12 DE MAIO — SE FORTALEÇA NA GRAÇA DE CRISTO................................ .271
13 DE MAIO — LIÇÕES DO DIA DA LIBERTAÇÃO DOS ESCRAVOS............ .273
14 DE MAIO — AME 0 SEU MARIDO E OS SEUS FILHOS.............................. .275
15 DE MAIO — LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA FAM ÍLIA..................... .277
16 DE MAIO — APRENDA A PERDOAR EM NOME DO A M O R ...................... .279
17 DE MAIO — DEUS NÃO É INJUSTO............................................................... .281
18 DE MAIO — COLOQUE EM PRÁTICA A PALAVRA DE D E U S .................... .283
19 DE MAIO — TRATE TODAS AS PESSOAS COM H O N R A .......................... .285
20 DE MAIO — LIÇÕES DA ASCENSÃO DO Senhor JESUS CRISTO ........... .287
21 DE MAIO — DEUS LIVRA DA PROVAÇÃO OS PIEDOSOS......................... .289
22 DE MAIO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ABRAÇO ................................ .291
23 DE MAIO — A CERTEZA DA RESPOSTA DAS NOSSAS ORAÇÕES......... .293
24 DE MAIO — NÃO PERCA AQUILO QUE VOCÊ JÁ CONQUISTOU............ .295
25 DE MAIO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO VIGILANTE.............................. .297
26 DE MAIO — A DIFERENÇA ENTRE 0 MAL E 0 BOM OBREIRO............... .299
27 DE MAIO — TENHA COMPAIXÃO DAS PESSOAS DUVIDOSAS............... .301
28 DE MAIO — VOLTE AO PRIMEIRO A M O R .................................................... .303
29 DE MAIO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO SOCIÓLOGO.......................... .305
30 DE MAIO — DEUS RESOLVEU TE DÁ ATENÇÃO ........................................ .307
31 DE MAIO — LIÇÕES DO DIA DO ESPÍRITO S A N TO .................................... .309

01 DE JUNHO — DEUS TE DARÁ HABILIDADE PARA FAZER A SUA OBRA .311


02 DE JUNHO — SAIBA DISTINGUIR 0 QUE É CERTO E 0 QUE É ERRADO .313
03 DE JUNHO — LIÇÕES DO DIA DE PENTECOSTES..................................... .315

I 5
04 DE JUNHO — NÃO SEJA IMPACIENTE NA ESTRADA DA V ID A ..................................... 317
05 DE JUNHO — TENHA UM CASAMENTO FE L IZ ................................................................. 319
06 DE JUNHO — SÓ ABRA A BOCA NA HORA C ER TA......................................................... 321
07 DE JUNHO — DESFRUTE DA PAZ PROLONGADA QUE DEUS LHE DEU ..................... 323
08 DE JUNHO — DEUS NÃO SE IMPRESSIONA COM QUANTIDADE................................. 325
09 DE JUNHO — AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DO P Ã O ............................................... 327
10 DE JUNHO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO PASTOR ................................................... 329
11 DE JUNHO — O SEU CRESCIMENTO VEM DE D E U S ..................................................... 331
12 DE JUNHO — LIÇÕES PARA O DIA DOS NAM ORADOS................................................ 333
13 DE JUNHO — DEUS ESTÁ USANDO PESSOAS ANÔNIMAS PARA FAZER PROEZAS 335
14 DE JUNHO — LIÇÕES DO DIA UNIVERSAL DE D E U S ..................................................... 337
15 DE JUNHO — FAÇA AS COISAS COM HONESTIDADE E FIDELIDADE ....................... 339
16 DE JUNHO — RECONHEÇA O QUE DEUS FAZ NA SUA VIDA ...................................... 341
17 DE JUNHO — DEUS ESTATE AJUDANDO MARAVILHOSAMENTE.............................. 343
18 DE JUNHO — ESTA OBRA É PARA VOCÊ FA ZE R ........................................................... 345
20 DE JUNHO — TENHA ÂNIMO PARA TRABALHAR........................................................... 347
21 DE JUNHO — PENSE EM FAZER O BEM AS PESSOAS................................................. 349
22 DE JUNHO — A PROSPERIDADE DIVINA EM NOSSAS M Ã O S ..................................... 351
22 DE JUNHO — ESTARÁS SEGURO E NÃO TEM ERÁS...................................................... .353
23 DE JUNHO — DEUS CONTA ATÉ OS NOSSOS PASSO S............................................... .355
24 DE JUNHO — AS LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO LEITE................................................... .357
25 DE JUNHO — DEUS NÃO SE ESQUECE DOS POBRES................................................... .359
26 DE JUNHO — ANDE COM PESSOAS NOTÁVEIS.............................................................. .361
27 DE JUNHO — DEUS É MAIS FORTE DO QUE OS TEUS INIM IGOS............................... .363
28 DE JUNHO — LIÇÕES DO DIA DA RENOVAÇÃO ESPIRITUAL...................................... .365
29 DE JUNHO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO PESCADOR.............................................. .367
30 DE JUNHO — O CAMINHO DE DEUS É PERFEITO.......................................................... .369

01 DE JULHO — DEUS CONCEDERÁ OS DESEJOS DO TEU CORAÇÃO............ .371


02 DE JULHO — DEUS NOS TIRA DOS NOSSOS APERTOS................................. .373
03 DE JULHO — A VOZ DO SENHOR É PODEROSA............................................... .375
04 DE JULHO — ÂNIMO PARA VENCER AS AFLIÇÕES.......................................... .377
05 DE JULHO — TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE......................... .379
06 DE JULHO — SOMOS MAIS DO QUE VENCEDORES ........................................ .381
07 DE JULHO — DEUS TEM O MELHOR PARA VOCÊ ........................................... .383
08 DE JULHO — QUEM CEDO MADRUGA DEUS A J U D A ...................................... .385
09 DE JULHO — O QUE CHAMA A ATENÇÃO DE DEUS É O NOSSO CARÁTER .387
10 DE JULHO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA L E I................................................ .389
11 DE JULHO — MANTENDO O FOCO EM JE S U S ................................................. .391
12 DE JULHO — JESUS CRISTO EM TRÊS TEM PO S.............................................. .393
13 DE JULHO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO CANTOR ..................................... .395
14 DE JULHO — LIÇÕES DO DIA DA LIBERDADE DE PENSAMENTO................. .397
15 DE JULHO — LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DO HOMEM ........................ .399
16 DE JULHO — HAJA L U Z .......................................................................................... .403
17 DE JULHO — ONDE ESTÁS ?.................................................................................. ,.405
18 DE JULHO — ANDANDO COM D E U S ................................................................... ,.407
19 DE JULHO — LIÇÕES DO DIA DA CARIDADE..................................................... ,.409
20 DE JULHO — LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DO AMIGO .................................. ,.411
21 DE JULHO — ACHANDO GRAÇA AOS OLHOS DE D EUS................................ ..413
22 DE JULHO — FAZENDO O QUE DEUS M A N D A ................................................ ..415
23 DE JULHO — LIÇÕES DA DESTRA DE D EUS..................................................... ..417
24 DE JULHO — A MULHER QUE TEME AO S e n h o r.............................................. ..419
25 DE JULHO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ESCRITOR................................. ..421
26 DE JULHO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DOS A V Ó S ........................................ ..423
27 DE JULHO — SEIS TIPOS DE EXEMPLO QUE O OBREIRO DEVE D A R ......... ..425
28 DE JULHO — LIÇÕES DO DIA DO AGRICULTOR.................................................................... 427
29 DE JULHO — LIÇÕES DA LÂMINA DE O U R O ......................................................................... 429
30 DE JULHO — APASCENTANDO 0 REBANHO COM INTEGRIDADE.................................... 431
31 DE JULHO — TÚNICA NA MEDIDA CERTA.............................................................................. 433

01 DE AGOSTO — PLANTADO POR DEUS PARA FRUTIFICAR................................................ 435


02 DE AGOSTO — QUATRO AÇÕES DE DEUS NO APRIMORAMENTO DA VIDA CRISTÃ ... 437
03 DE AGOSTO — DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DE DEUS............................................... 439
04 DE AGOSTO — LIÇÕES DO DIA DO SACERDOTE.................................................................. 441
05 DE AGOSTO — JESUS CRISTO TE DÁ S A Ú D E ....................................................................... 443
06 DE AGOSTO — GERADOS PELA PALAVRA............................................................................. 445
07 DE AGOSTO — SOMOS NASCIDOS DE D EU S........................................................................ 447
08 DE AGOSTO — AS LIÇÕES IMPORTANTES DO DIA DOS P A IS .......................................... 449
09 DE AGOSTO — LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS................... 451
10 DE AGOSTO — A CHAMADA MISSIONÁRIA DE ISRAEL....................................................... 453
11 DE AGOSTO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ADVOGADO................................................ 455
12 DE AGOSTO — LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE................................... 457
13 DE AGOSTO — LIÇÕES DO DIA DO ECONOMISTA................................................................ 459
14 DE AGOSTO — LIÇÕES DO DIA DO CARDIOLOGISTA ......................................................... 461
15 DE AGOSTO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DOS SOLTEIROS .............................................. 463
16 DE AGOSTO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO FILÓSOFO ................................................... .465
17 DE AGOSTO — AS SETE CONQUISTAS DE CRISTO NA C R U Z........................................... .467
18-DE AGOSTO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA LIBERTAÇÃO HUMANA ........................... ,470
19 DE AGOSTO — A IMAGEM DO DEUS INVISÍVEL.................................................................... .472
20 DE AGOSTO — AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DA SABEDORIA................................................... .474
21 DE AGOSTO — AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DA PRUDÊNCIA................................................... .476
22 DE AGOSTO — A LIÇÕES ESPIRITUAIS DA INTELIGÊNCIA................................................. .478
23 DE AGOSTO — LIÇÕES ESPIRITUAIS DO ENTENDIMENTO ................................................ .480
24 DE AGOSTO — LIÇÕES ESPIRITUAIS DO CONHECIMENTO................................................ .482
25 DE AGOSTO — LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DO SOLDADO.............................................. .484
26 DE AGOSTO — 0 PROPÓSITO DE DEUS PARA A FAMÍLIA ................................................ .486
27 DE AGOSTO — LIÇÕES DO DIA DO PSICÓLOGO ................................................................. .488
28 DE AGOSTO — LIÇÕES ESPIRITUAIS DAS ABELHAS.......................................................... .491
29 DE AGOSTO — A COSMOVISÃO DA TRANSFORMAÇÃO................................................... .493
30 DE AGOSTO — LIÇÕES DO DIA DO PERDÃO........................................................................ .495
31 DE AGOSTO — AS QUATRO DIMENSÕES DO AMOR DE D EU S........................................ .497

01 DE SETEMBRO — QUATRO TIPOS DE VASOS QUE EXISTE NA CASA DE D E U S .......... .499


02 DE SETEMBRO — VOCÊ FOI APROVADO POR DEUS ......................................................... .502
03 DE SETEMBRO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO BIÓLOGO .............................................. .504
04 DE SETEMBRO — TIQUICO - UM FIEL MINISTRO DO S e n h o r.......................................... .506
05 DE SETEMBRO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO IR M Ã O ................................................... .508
06 DE SETEMBRO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ALFAIATE.............................................. .510
07 DE SETEMBRO — LIÇÕES DO DIA DA INDEPENDÊNCIA.................................................... .512
08 DE SETEMBRO — LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO.................... .514
09 DE SETEMBRO — LIÇÕES DO DIA DO ADMINISTRADOR .................................................. .516
10 DE SETEMBRO — SILVANO - OBREIRO INDISPENSÁVEL.................................................. .518
11 DE SETEMBRO — LIÇÕES DO DIA NACIONAL DE M ISSÕES............................................. .520
12 DE SETEMBRO — EPAFRAS - DESBRAVADOR DO EVANGELHO EM COLOSSOS....... .522
13 DE SETEMBRO — TIMÓTEO - 0 SÍMBOLO DE UMA LIDERANÇA JOVEM .................... .524
14 DE SETEMBRO — LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DA C R U Z................................................ .526
15 DE SETEMBRO — ΤΙΤΟ - UM PASTOR PREPARADO ......................................................... .528
16 DE SETEMBRO — APOLO - UM PREGADOR PODEROSO NAS ESCRITURAS............... .530
17 DE SETEMBRO — ANANIAS - 0 HOMEM QUE OROU PELA CONVERSÃO DE PAULO .532
18 DE SETEMBRO — ÁQUILA E PRISCILA - UM CASAL MISSIONÁRIO EXEMPLAR ......... .534

I 7
19 DE SETEMBRO — EVÓDIA E S1NTIQUE - DUAS LÍDERES COM VISÕES DIFERENTES....... 536
20 DE SETEMBRO — LIÇÕES DA FAMÍLIA DE ESTÉFANAS........................................................... 538
21 DE SETEMBRO — LIÇÕES DO DIA DA ÁRVORE.......................................................................... 540
22 DE SETEMBRO — LIÇÕES DO DIA DO CONTADOR.................................................................... 542
23 DE SETEMBRO — FEBE - UMA AUXILIAR EFICIENTE E HOSPITALEIRA................................ 544
24 DE SETEMBRO — NICODEMOS - UM MESTRE À PROCURA DO MESTRE DOS MESTRES 546
25 DE SETEMBRO — DANIEL - UM EXEMPLO DE CARÁTER A SER SEGUIDO ......................... 548
26 DE SETEMBRO — LIÇÕES BÍBLICA DO DIA DOS PR IM O S ........................................................ 550
27 DE SETEMBRO — A DIFERENÇA ENTRE A VISÃO HUMANA E A VISÃO D IV IN A .................. 552
28 DE SETEMBRO — 0 CRESCIMENTO INTELECTUAL DA IG REJA.............................................. 554
29 DE SETEMBRO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO.................................................... 556
30 DE SETEMBRO — 0 CRESCIMENTO NA PALAVRA DE D EU S................................................... 558

01 DE OUTUBRO — LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DO IDOSO ........................................................ 560


02 DE OUTUBRO — A COSMOVISÃO DO CRESCIMENTO............................................................... 562
03 DE OUTUBRO — 0 DEUS QUE NOS ABENÇOA EM TU D O ......................................................... 564
04 DE OUTUBRO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DOS A N IM A IS ...................................................... 566
05 DE OUTUBRO — VISÃO CELESTIAL............................................................................................... 568
06 DE OUTUBRO — RECEBENDO VISÃO LONGITUDINAL............................................................... 570
07 DE OUTUBRO — DEUS FEZ UMA ALIANÇA CONOSCO.............................................................. 572
08 DE OUTUBRO — 0 ESCONDERIJO DO ALTÍSSIMO .................................................................... 574
0 9 DE OUTUBRO — QUATRO CARACTERÍSTICAS DA VERDADEIRA UNIDADE DA IGREJA..... 576
10 DE OUTUBRO — UMA SANTÍSSIMA TRINDADE MISSIONÁRIA................................................. 578
11 DE OUTUBRO — OS SÍMBOLOS DO PÃO E DO CÁLICE............................................................. 580
12 DE OUTUBRO — LIÇÕES DO DIA DAS CRIANÇAS...................................................................... 582
13 DE OUTUBRO — A IMPORTÂNCIA DO BATISMO NAS ÁGUAS ................................................ 584
14 DE OUTUBRO — 0 VERDADEIRO CULTO É OFERECIDO SOMENTE A DEUS ....................... 586
15 DE OUTUBRO — LIÇÕES DO DIA DO PROFESSOR..................................................................... 588
16 DE OUTUBRO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO.............................................. 591
17 DE OUTUBRO — LIÇÕES DO DIA DO ELETRICISTA.................................................................... 593
18 DE OUTUBRO — LIÇÕES DO DIA DO M ÉD IC O ............................................................................. 595
19 DE OUTUBRO — A IMPORTÂNCIA DO CULTO DE DOUTRINA................................................. 597
20 DE OUTUBRO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DE MISSÕES......................................................... 599
21 DE OUTUBRO — A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA D O M INICAL.................................................... 601
22 DE OUTUBRO — OS QUATRO ELEMENTOS DE UM CULTO VERDADEIRO ........................... 603
23 DE OUTUBRO — AS QUALIDADES DE UM PASTOR ................................................................... 606
24 DE OUTUBRO — AS QUALIDADES DE UM EVANGELISTA......................................................... .6 0 8
25 DE OUTUBRO — AS QUALIFICAÇÕES DE UM PRESBÍTERO..................................................... .6 1 0
26 DE OUTUBRO — AS QUALIDADES DE UM DIÁCONO ................................................................ .6 1 2
27 DE OUTUBRO — AS QUALIDADES DE UM COOPERADOR........................................................ .6 1 4
28 DE OUTUBRO — LIÇÕES DO DIA DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO................................................ .6 1 6
29 DE OUTUBRO — AS LIÇÕES DO DIA NACIONAL DO LIVRO ..................................................... .6 1 8
30 DE OUTUBRO — A UNIDADE DA F É ............................................................................................... .6 2 0
31 DE OUTUBRO — LIÇÕES DO DIA DA REFORMA PROTESTANTE............................................ .6 2 2

01 DE NOVEMBRO — A UNIDADE DO ESPÍRITO............................................................................... .6 2 5


02 DE NOVEMBRO — 0 ESPÍRITO DE V ID A ........................................................................................ .6 2 7
03 DE NOVEMBRO — VOCÊ É UM VASO DE H O N R A...................................................................... .6 2 9
04 DE NOVEMBRO — DEUS É 0 NOSSO REFÚGIO E FORTALEZA............................................... .631
05 DE NOVEMBRO — DEUS VÊ A NOSSA AFLIÇÃO DE PERTO .................................................... .6 3 3
06 DE NOVEMBRO — 0 PODER ILIMITADO DE D EU S.................................................................... .6 3 5
07 DE NOVEMBRO — AS FORMAS QUE DEUS FALA COM 0 H O M E M ....................................... .6 3 7
08 DE NOVEMBRO — A ETERNIDADE DE D E U S .............................................................................. .6 3 9
09 DE NOVEMBRO — 0 DEUS DA PROVISÃO.................................................................................. .641
10 DE NOVEMBRO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO TRIGO ......................................................... ,6 4 3
SERMÃO 316 · 11 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE CORINTO........................................................................... 645
SERMÃO 317 · 12 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE R O M A ................................................................................ 647
SERMÃO 318 · 13 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA GENTILEZA........................................................... 649
SERMÃO 319 · 14 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DOS GÁLATAS........................................................................651
SERMÃO 320 · 15 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DO DIA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA....................................... 653
SERMÃO 321 · 16 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE ÉFESO............................................................................... 655
SERMÃO 322 · 17 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE FILIPO S.............................................................................657
SERMÃO 323 · 18 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE COLOSSOS .....................................................................659
SERMÃO 324 · 19 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DO DIA DA BANDEIRA.............................................................................. 661
SERMÃO 325 · 20 DE NOVEMBRO — VOCÊ PRECISA TOMAR UMA ATITUDE............................................................... 663
SERMÃO 326 · 21 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DO DIA DAS SAUDAÇÕES......................................................................... 665
SERMÃO 327 · 22 DE NOVEMBRO — LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO MÚSICO .................................................................667
SERMÃO 328 · 23 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE TESSALÔNICA................................................................ 670
SERMÃO 329 · 24 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE ANTIOQUIA...................................................................... 672
SERMÃO 330 · 25 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE JERUSALÉM....................................................................674
SERMÃO 331 · 26 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE S A M A R IA .........................................................................676
SERMÃO 332 · 27 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE ESMIRNA .........................................................................678
SERMÃO 333 · 28 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DE AÇÕES DE G R AÇ AS............................................680
SERMÃO 334 · 29 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE PÉRGAMO......................................................................... 682
SERMÃO 335 · 30 DE NOVEMBRO — LIÇÕES DO DIA DO TEÓLOGO.................................................................................684

SERMÃO 336 · 01 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE TIATIRA ............................................................................ 687


SERMÃO 337 · 02 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE SARDES............................................................................ 689
SERMÃO 338 · 03 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE FILADÉLFIA......................................................................691
SERMÃO 339 · 04 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE UAODICEIA....................................................................... 693
SERMÃO 340 · 05 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DA IGREJA DE CRETA...............................................................................696
SERMÃO 341 · 06 DE DEZEMBRO — DEUS SE LEVANTA PARA ATENDER 0 GEMIDO DO POBRE............................ 698
SERMÃO 342 · 07 DE DEZEMBRO — 0 MAGNÍFICO EU S O U .............................................................................................. 700
SERMÃO 343 · 08 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DO DIA DA JUSTIÇA ...................................................................................702
SERMÃO 344 · 09 DE DEZEMBRO — 0 SENHOR TE LIVRARÁ DE TODOS OS TEUS INIM IGOS.................................. 704
SERMÃO 345 · 10 DE DEZEMBRO — DEUS É 0 MOTIVO DO NOSSO LOUVOR ..............................................................706
SERMÃO 346 · 11 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DO DIA DO ENGENHEIRO.......................................................................... 708
SERMÃO 347 · 12 DE DEZEMBRO — 0 SENHOR É HOMEM DE G UERRA........................................................................711
SERMÃO 348 · 13 DE DEZEMBRO — 0 ÚNICO DEUS QUE OPERA M ARAVILHAS.......................................................... 713
SERMÃO 349 · 14 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DO DIA DA BÍBLIA........................................................................................715
SERMÃO 350 · 15 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DO DIA DO ARQUITETO.............................................................................. 718
SERMÃO 351 · 16 DE DEZEMBRO — 0 DEUS QUE NOS SARA DAS NOSSAS ENFERMIDADES................................. 721
SERMÃO 352 · 17 DE DEZEMBRO — 0 SENHOR É 0 PENDÃO DA NOSSA VITÓRIA..................................................... 723
SERMÃO 353 · 18 DE DEZEMBRO — 0 DEUS QUE SE COMPADECE DE N Ó S ................................................................ 725
SERMÃO 354 · 19 DE DEZEMBRO — 0 CARÁTER SANTO DE DEUS..................................................................................727
SERMÃO 355 · 20 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DO DIA DA BO NDADE.................................................................................729
SERMÃO 356 · 21 DE DEZEMBRO — A FIDELIDADE DE DEUS É INVIOLÁVEL................................................................. 731
SERMÃO 357 · 22 DE DEZEMBRO — DEUS DOS DEUSES E Senhor DOS SENHORES ................................................. 733
SERMÃO 358 · 23 DE DEZEMBRO — NÃO HÁ OUTRO SEMELHANTE A DEUS ............................................................... 736
SERMÃO 359 · 24 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DE MANASSES E EFRAIM ......................................................................... 738
SERMÃO 360 · 25 DE DEZEMBRO — LIÇÕES ESPIRITUAIS DO N A T A L .............................................................................740
SERMÃO 361 · 26 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DO DIA DA LEMBRANÇA............................................................................742
SERMÃO 362 · 27 DE DEZEMBRO — EU ESTOU CONTIGO..................................................................................................744
SERMÃO 363 · 28 DE DEZEMBRO — 0 HOMEM QUE JESUS EXALTOU 0 CARÁTER....................................................746
SERMÃO 364 · 29 DE DEZEMBRO — TE VI EU DEBAIXO DA FIGUEIRA.............................................................................748
SERMÃO 365 · 30 DE DEZEMBRO — A NECESSIDADE DO DESPERTAMENTO............................................................... 750
SERMÃO 366 · 31 DE DEZEMBRO — LIÇÕES DO DIA DA ESPERANÇA............................................................................. 752

ÍNDICE DE REFERÊNCIAS...................................................................................................................................................................... 754


HOMILÉTICA E HERMENÊUTICA PARA PREGADORES.....................................................................................................................757

9
APRESENTAÇAO
Quero apresentar ao público leitor de boas obras, o livro que tem o títu­
lo: “366 SERMÕES BÍBLICOS VOLUME 2”, que é uma continuação do suces­
so que tem sido o livro 366 Esboços Bíblicos Volume 1. Os sermões bíblicos
e didáticos contidos neste livro contribuirão para uma melhor preparação de
suas mensagens, e certamente ajudará os obreiros na ampliação do repertório
de mensagens que Deus o tem dado para ensinar a Igreja. O próprio apóstolo
Paulo pediu a Timóteo para trazer os livros, principalmente os pergaminhos
(2Tm 4.13). Os obreiros precisam principalmente dos pergaminhos (a Bíblia), e
de outros bons livros para enriquecerem o seu conhecimento!
O autor Pastor Erivaldo de Jesus é um obreiro da nova geração, que se des­
taca como escritor e pregador da Palavra de Deus, inclusive autor dos Sermões
da Bíblia do Pregador Pentecostal, já muito apreciada pelos irmãos e obreiros
em todo o Brasil; o qual já o conhecemos há muitos anos e congrega conosco na
nossa Sede da Assembléia de Deus Ministério do Belém/SP.
As experiências de seu ministério ungido na pregação do Evangelho de
Cristo somam-se a sua cultura bíblica e secular, resultando numa lavra de bons
e orientadores livros para nossa geração. Ganhar almas para o Reino de Deus
tem sido o resultado de seu brilhante ministério, os seus conhecimentos teoló­
gicos alicerçados em sua fé cristã, revelam simplicidade de um pregador de boas
novas de salvação.
O livro em epígrafe ajudará a despertar o dom que está na alma dos cha­
mados por Deus para pregarem acerca da vitoriosa salvação em Jesus Cristo.
Os que desejam exercer o seu ministério com sucesso, e usar o seu púlpito com
maiores conhecimentos sobre a pessoa de JESUS, e a sua OBRA, torna-se indis­
pensável à leitura deste livro. Não esqueça da Bíblia Sagrada, o Livro dos livros,
que é a nossa fonte de consultas diárias, e de outros bons livros que o ajudarão a
entender melhor a Palavra de Deus.

Jo sé W ellington C osta J ú n io r
Pastor Presidente da CGADB
(Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil)
INTRODUÇÃO
366 Sermões Bíblicos, é um livro que irá impactar, não só a sua vida, como
também a vida de milhares de pessoas. Neste livro você vai encontrar um ser­
mão para cada dia do ano do dia I o de Janeiro até ao dia 31 de Dezembro. O
primeiro livro 366 Esboços Bíblicos se tornou um best-seller no seguimento de
esboços bíblicos, além do livro de esboços bíblicos mais vendido do Brasil. São
inúmeros testemunhos que ouvi pessoalmente de pessoas de todo o Brasil, o
quanto o livro 366 Esboços Bíblicos mudou as suas vidas, desde obreiros, prega­
dores, pastores presidentes, e pessoas de um modo geral. Um sargento da policia
militar do Estado da Paraíba contou que quando era ainda soldado, foi preso
em um presidio militar para cumprir uma pena; e, durante o período da prisão
entrou em depressão e pensou em tirar a própria vida. Por esse tempo, alguém
lhe presenteou o livro 366 Esboços Bíblicos, e cada dia ele lia um esboço, e foi
se fortalecendo a cada mensagem diária que lia, até que foi curado da depres­
são lendo o livro 366 Esboços Bíblicos. Um pastor presidente de uma Igreja no
interior de São Paulo me contou que o livro 366 Esboços Bíblicos ajudou ele
alimentar o seu rebanho por alguns anos. Ele pegou o livro 366 Esboços Bíblicos
e transformou em seu sermonário pessoal, mudou a capa, colocou uma capa de
couro, e abria ele dentro de sua Bíblia de uso pessoal, e caminhava no púlpito
e no meio da igreja ministrando nos cultos cada esboço contido no livro 366
Esboços Bíblicos, abençoando a Igreja com aquelas mensagens. E, ainda relatou
que usava o livro como sermonário diário para pregar todos os dias em um pro­
grama diário de rádio que ele transmitia edificando milhares de vidas através do
livro 366 Esboços Bíblicos. O livro 366 Esboços Bíblicos foi mais longe ainda,
quando de tornou a base dos sermões da Bíblia do Pregador Pentecostal lança­
da pela Sociedade Bíblica do Brasil, tornando-se em uma das Bíblias de Estudo
mais vendidas do Brasil. Agora, o público leitor do livro 366 Esboços Bíblicos e
de tantas outras obras de autoria do Pastor Erivaldo de Jesus estão recebendo o
livro: 366 Sermões Bíblicos como o verdadeiro volume 2 do livro 366 Esboços
Bíblicos com um sermão para cada dia do ano, inclusive o bissexto, quando a
cada 4 anos o mês de fevereiro tem 29 dias. Neste livro você terá sermões para
pregar sobre cada data especial do ano, e o que se comemora em cada data, além
de mensagens sobre os mais diversos temas da Bíblia para você não só pregar,
como também usar como um devocional diário para o seu crescimento espiri­
tual e consolo para a sua alma!

11
SOBRE O AUTOR
ERIVALDO DE JESUS PINHEIRO, Servo de Jesus Cristo, Ministro do Evan­
gelho, Escritor, Bacharel em Direito, Mestre em Teologia, Comentador da Bíblia
do Pregador Pentecostal e da Bíblia da Pregadora Pentecostal (SBB - Socieda­
de Bíblica do Brasil), Comentador da Bíblia Para Predicacion de Avivamiento
(SBU - Sociedade Bíblica Unidas), Ganhador do Prêmio Areté como Autor
Revelação do Ano de 2017 - Selo de Excelência da Literatura Cristã no Brasil,
Membro da Comissão Apologética da CGADB - Convenção Geral das As­
sembléias de Deus no Brasil. Filho de Manoel
Alves Pinheiro e Eunice Salomea de Jesus,
natural de Santa Bárbara (BA), casado com
Cristiane B.S Pinheiro, e possui dois filhos:
Erick de Jesus B.S Pinheiro e Kevin de Jesus
B.S Pinheiro, filiado a CONFRADESP: C on­
venção Fraternal das Assembléias de Deus no
Estado de São Paulo e da CGADB. Fundador
da Academia de Inteligência Bíblica e Diretor
da Inteligência Bíblica Editora.

A DEUS TODA GLÓRIA!

12
1 DE JANEIRO JANEIRO

0 DEUS QUE NOS ABENÇOA O ANO TODO


Deuteronômio 11.12

INTRODUÇÃO: O Senhor prometeu abençoar e cuidar da terra em que o seu


povo habita desde o começo do ano até o fim do ano. Deus prometeu aben­
çoar o seu povo desde janeiro até dezembro, em todos os dias do ano. Estamos
começando mais um ano na presença do Senhor. O Dia I o de Janeiro de cada
ano é celebrado em todo o mundo a chegada do “Ano Novo”, onde as pessoas se
solidarizam enviando mensagens positivas entre si desejando sempre um prós­
pero Ano Novo. O Senhor é quem coroa o nosso ano com bênçãos gloriosas (SI
65.11). As bênçãos do Senhor serão abundantes sobre nossas vidas (SI 67.7-7).
A palavra “bênção” é oriunda do hebraico “berachá”, que nos traz a ideia de
“prosperidade” e “fonte de todo o bem”. A benção do Senhor é a própria auto­
rização divina para sermos prósperos em tudo aquilo que fazemos (Pv 10.22).
A palavra “bênção” é também oriunda do termo grego “eulogia”, que nos traz
o sentido de “louvor”, “gratidão”, e “benefício concedido”, dentre outros termos
equivalentes. Deus quer nos abençoar, Deus quer nos fazer prosperar!

I. DEUS DESEJA NOS ABENÇOAR O ANO INTEIRO


1. Deus prometeu abençoar o pão, a água, e a saúde do seu povo, dizendo:
“Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e
tirará do vosso meio as enfermidades.” (Êx 23.25). Deus também prometeu paz
e segurança para o seu povo (Lv 26.6).
2. Deus ordenou que o sumo sacerdote Arão abençoasse o seu povo, dizen­
do: “O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o rosto
sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a
paz.” (Nm 6.24-26).
3. O salmista Davi descreve o Senhor coroando o ano com a sua bonda­
de, dizendo: “Coroas o ano da tua bondade; as tuas pegadas destilam fartu­
ra,” (SI 65.11). Deus coroa o nosso ano de vitórias, de bênçãos, e de grandes
conquistas.
4. Deus prometeu restituir os anos perdidos, dizendo: “Restituir-vos-ei os
anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo
cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros.” (Jl 2.25).

II. DEUS DESEJA A NOSSA PROSPERIDADE


1. O desejo de Deus é a prosperidade do seu povo. Moisés escreveu, dizen­
do: “E semeou Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem
medidas, porque o SENHOR o abençoava.” (Gn 26.12).
2. Davi afirma que o próprio Deus é glorificado pela nossa prosperidade
quando escreveu, dizendo: “O SENHOR, que ama a prosperidade do seu servo,
seja engrandecido.” (SI 35.27).
3. Neemias também respondeu aos inimigos da prosperidade do povo de
Deus, dizendo: “O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós, seus servos,
nos levantaremos e edificaremos; mas vós não tendes parte, nem justiça, nem
memória em Jerusalém.” (Ne 2.20).
4. O próprio Deus deseja a nossa prosperidade, dizendo: “Amado, desejo
que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua
alma.” (3Jo 1.2).
CONCLUSÃO: O Senhor prometeu abençoar o ano inteiro do começo ao fim. O
Senhor promete abençoar a nossa saída e a nossa entrada (SI 121.8). O Senhor
abençoa a nossa saída do ano velho, e a nossa entrada no ano novo! O apóstolo
Paulo também louvou ao Senhor por já nos ter abençoado com toda sorte de
bênçãos através de Cristo (E f 1.3).

A N O TA Ç Õ E S

14 | ID E JANEIRO
2 DE JANEIRO

CAMINHANDO DE FORÇA EM FORÇA


Salmo 84.7

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, a Palavra de Deus nos oferece força para
viver e vencermos os desafios do dia a dia. O povo de Deus caminha de força
em força, de vitória em vitória, de fé em fé, de graça em graça, e de glória em
glória. Indo de força em força vamos progredindo a cada passo, e evoluindo a
cada dia. Saia da estagnação e prossiga a sua caminhada de força em força. Le­
vante-se deste seu desânimo e receba a força do Senhor agora para prosseguir
a sua caminhada. A palavra “força” no original hebraico é “chayil” que nos traz
o sentido de “valentia”, “robustez”, e “pleno vigor”. No grego a palavra “força” é
oriunda do termo “dynamis” que nos traz a ideia de uma “energia constante”,
“um poder explosivo”, onde originou o termo “dinamite” ou uma força dinâmi­
ca em constante movimento. A força não nos deixa paralisados e nem apáticos,
a força do Senhor nos impulsiona para vencermos não só os inimigos externos,
como ao nosso próprio desânimo interior.

I. VAI NESSA TUA FORÇA


1. O Senhor disse a Gideão: “Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos
midianitas; porventura, não te enviei eu?” (Jz 6.14). Por mais que seja pouca a
nossa força, é o suficiente para Deus nos usar para realizar grandes façanhas!
2. Ana celebrou a sua vitória e declarou que os fracos foram cingidos de
força, dizendo que: “O arco dos fortes foi quebrado, e os que tropeçavam foram
cingidos de força.” (ISm 2.4). Deus segura pela mão os debilitados e cinge de
força para vencer os desafios da vida!
3. Davi começava a conquistar o reino de Israel de força em força e se for­
talecendo a cada dia (2Sm 3.1). O mesmo Davi se revestiu da força do Senhor,
e escreveu, dizendo: “O SENHOR é a minha força e o meu escudo; nele confiou
o meu coração, e fui socorrido; pelo que o meu coração salta de prazer, e com o
meu canto o louvarei.” (SI 28.7).

II. CAMINHA NA FORÇA DO SENHOR


1. A Palavra de Deus afirma que: “O justo segue o seu caminho, e o puro
de mãos cresce mais e mais em força.” (Jó 17.9). O homem puro de mãos vai
progredindo de força em força a cada dia!
2. O salmista afirma que: “O Senhor dá força ao seu povo, o Senhor abençoa
com paz ao seu povo.” (SI 29.11). O Senhor é a força do seu povo! Deus é a forta­
leza da nossa vida! O salmista prometeu prosseguir na força do Senhor (SI 71.16).
3. O Senhor animou ao esgotado profeta Elias a caminhar na força do Se­
nhor, dizendo: “Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho.

15
Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou
quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.” (lR s 19.6-7).
CONCLUSÃO: Prossiga caminhando na força do Senhor e conquistando pau-
latinamente as promessas de Deus na sua vida! Pois, a vereda do justo é como
a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito (Pv 4.18). O
próprio Deus aconselhou o homem buscar forças Nele, dizendo: “Ou que se
apodere da minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” (Is 27.5).

A N O TA Ç Õ E S

16 | 2 DE JANEIRO
3 DE JANEIRO

CAMINHANDO DE VITÓRIA EM VITÓRIA


2Samuel 8.6

INTRODUÇÃO: Davi caminhava de vitória em vitória, porque o Senhor lhe fazia


vitorioso em cada batalha. Podemos também caminhar de vitória em vitória,
pois, a nossa vitória quem garante é Jesus Cristo. É Jesus Cristo quem nos faz
triunfar (2Co 2.14). A palavra “vitória” no original hebraico é “netsach”, que nos
traz a ideia de um “objetivo” ou “alvo” a ser alcançado. De fato, a vitória é sempre
um objetivo a ser alcançado pelos que lutam para acertar o seu alvo. A palavra
grega para “vitória”, é “nike”, simbolizada na mitologia grega pela figura de uma
“deusa” alada que personificava a vitória, a força e a velocidade; a qual os roma­
nos lhe deram o nome de “Victoria”, que os generais romanos costumavam ve­
nerar quando retornavam vitoriosos de alguma batalha. Porém, nós veneramos
a Jesus Cristo, a fonte das nossas conquistas, e das nossas vitórias (IC o 15.57).

I. A VITÓRIA PRODUZ GRANDE ALEGRIA NOS CORAÇÕES


1. A Bíblia descreve a alegria que a vitória produz nos corações dos vitorio­
sos, dizendo: “Então, voltaram todos os homens de Judá e de Jerusalém, e Josafá,
à frente deles, e tornaram para Jerusalém com alegria, porque o SENHOR os
alegrara com a vitória sobre seus inimigos.” (2Cr 20.27). Enquanto os generais
romanos agradeciam a deusa “Victoria” por suas conquistas, o povo de Deus se
alegrava no Senhor pelas vitórias obtidas na batalha!
2. Por mais que o preparo humano seja importante numa batalha, a vitória
vem sempre do Senhor. O sábio Salomão afirma que: “O cavalo prepara-se para
o dia da batalha, mas do Senhor vem a vitória.” (Pv 21.31).
3. O salmista Davi escreveu, dizendo: “Celebraremos com júbilo a tua vitó­
ria e em nome do nosso Deus hastearemos pendões; satisfaça o Senhor a todos
os teus votos.” (SI 20.5). Devemos também celebrar a vitória dos nossos irmãos;
em vez de ficarmos com inveja!

II. O SENHOR É QUEM DETERMINA A NOSSA VITÓRIA


1. O vitorioso rei Davi continuou clamando ao Senhor para obter sucessivas
vitórias, dizendo: “Ó Senhor, dá vitória ao rei; responde-nos, quando clamar­
mos.” (SI 20.9).
2. Os salmistas filhos de Corá descrevem como o Senhor ordena a nossa
própria vitória, dizendo: “Tu és o meu rei, ó Deus; ordena a vitória de Jacó.”
(SI 44.4). Quando Deus resolve ordenar a nossa vitória não tem quem impeça!
3. A Palavra de Deus nos ordena a cantarmos o Hino da Vitória, dizendo:
“Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque ele fez maravilhas; a sua destra e
o seu braço santo lhe alcançaram a vitória.” (SI 98.1).
CONCLUSÃO: A Palavra de Deus nos declara mais do que vitoriosos (Rm 8.37).
O apóstolo João revela o segredo da nossa vitória, dizendo: “Porque todo o que
é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa
fé.” ( ljo 5.4). Você nasceu para ser um vencedor! Parabéns, você é um vitorioso!

A N O TA Ç Õ E S

18 | 3 DE JANEIRO
4 DE JANEIRO

CAMINHANDO DE GRAÇA EM GRAÇA


João 1.16

INTRODUÇÃO: O apóstolo João declara que temos recebido a plenitude da gra­


ça de Cristo de forma duplicada. A graça de Jesus Cristo derramada sobre nós
foi tão abundante que chegou a transbordar (lT m 1.14). Nós temos recebido da
plenitude de sua graça de forma duplicada. A graça do Senhor Jesus Cristo vai
multiplicando-se a cada dia em nossas vidas, e prosseguiremos à nossa jornada
na terra caminhando de graça em graça. A palavra hebraica para “graça” é “cha-
nan” ou “chen”, que também se traduz por “favor” e “misericórdia”. Já no origi­
nal grego, a palavra “graça” é oriunda do termo “charis” que nos traz o sentido
de “favor imerecido”, e no latim vem da expressão “gratia”, que nos traz a ideia
de “ser agradecido” ou “ser agradável”. Quem caminha de graça em graça, não
somente é agradecido pelo favor imerecido, como também é alguém agradável,
carismático e gracioso.

I. RECEBENDO GRAÇA SOBRE GRAÇA


1. O profeta Zacarias descreveu a necessidade dos líderes receberem a
duplicada graça para lançarem a pedra fundamental do templo do Senhor,
dizendo: “Haja graça e graça para ela!” (Zc 4.10). Da mesma forma que uma
construção progride a cada tijolo e a cada pedra que é colocada pelo constru­
tor, Deus nos oferece sua graça diária para prosseguirmos vencendo a cada
dia!
2. Moisés revela o momento que Deus declarou sua graça para ele, dizendo:
“Conheço-te pelo teu nome; também achaste graça aos meus olhos.” (Êx 33.12).
Para liderar um povo de coração obstinado e rebelde naquele imenso deserto,
Moisés precisava muito da duplicada graça do Senhor na sua vida!
3. O mesmo Moisés ainda implorou a duplicada graça do Senhor sobre o
trabalho das nossas mãos, dizendo: “Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso
Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das
nossas mãos.” (SI 90.17). O trabalho de nossas mãos só terá êxito se a graça do
Senhor confirmar aquilo que fazemos!

II. O TRANSBORDAR DA GRAÇA NA NOVA ALIANÇA


1. O apóstolo Paulo pode ser chamado de “Apóstolo da Graça”, não só pelo
transbordar da graça de Jesus Cristo sobre sua vida lhe transformando de perse­
guidor da fé em maior defensor da fé, como também a ênfase que ele dá em seus
escritos sobre a graça de Deus (IC o 1.3; 2Co 1.2; G 11.3; E f 1.2, etc...).
2. Uma das mais belas e profundas frases de Paulo sobre a graça é esta:
O n d e o pecado abundou, superabundou a graça;” (Rm 5.20). Ou seja, a graça

19
divina é muito mais abundante do que todos os erros humanos, e cobre todos
os nossos pecados (E f 1.7).
3. O apóstolo Paulo também recebeu a plenitude da graça do Senhor como
um lenitivo para suportar um incômodo espinho na sua carne, dizendo: “A m i­
nha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2Co 12.9). Paulo
teria que caminhar de graça em graça para vencer todas as circunstâncias ad­
versas que ele enfrentava!
CONCLUSÃO: Paulo declarou como a graça de Deus se manifestou salvadora
a todos os homens (Tt 2.11), e como somos salvos por esta maravilhosa graça
(Ef 2.8). A graça é aquele favor imerecido que recebemos do Senhor para ven­
cermos os obstáculos e desafios que a vida nos impõe, os quais sozinhos não
conseguiriamos vencer! O Nosso Deus é chamado o “Deus de toda a graça”
(lP e 5.10).

A N O TA Ç Õ E S

20 | 4 DE JANEIRO
5 DE JANEIRO

CAMINHANDO DE FÉ EM FÉ
Romanos 1.17

INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo declara que a justiça de Deus se revela no


Evangelho de fé em fé, e repete uma frase imortal do profeta Habacuque: “O
justo viverá da fé” (Hc 2.4). A fé é um dos tesouros mais valiosos que o homem
possui (lP e 1.7). A fé é a convicção que leva o homem a acreditar nos seus ideais
e na realização dos seus sonhos (H b ll.l) . É esse viver pela fé que faz o crente
progredir de fé em fé. Não dependemos apenas do nosso esforço para vencer­
mos, precisamos ter fé em Deus para conquistarmos o impossível. No grego a
palavra fé é “pistis”, e se define por acreditar com certeza e convicção mesmo
naquilo que os olhos naturais ainda não veem; e, no hebraico é “emunah”, que
se define pela confiança plena e inabalável em Deus e crença na veracidade e
infalibilidade da sua Santa Palavra (Jó 19.25 e SI 125.1).

I. ANDAMOS POR FÉ E NÃO POR VISTA


1. A Palavra de Deus afirma que: “Andamos por fé e não pelo que vemos.”
(2Co 5.7). Não devemos ser guiados pelas circunstâncias momentâneas, mas
sim por aquilo que acreditamos. A fé nos faz enxergar o invisível e acreditar no
impossível!
2. O Escritor da Carta aos Hebreus cita a história de um homem que cami­
nhava literalmente pela fé: “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim
de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.”
(Hb 11.8). Abraão, além de ser o próprio “emblema da fé”, caminhava de fé em
fé na total dependência divina.
3. O Senhor Jesus Cristo ficou impressionado com a fé de um homem que
não era israelita, e se expressou, dizendo: “Em verdade vos afirmo que nem
mesmo em Israel achei fé como esta.” (Mt 8.10). A coisa que mais chamava a
atenção de Jesus Cristo era a fé de algumas pessoas, ao passo que a falta de fé de
alguns dos seus próprios seguidores o deixava indignado (Mt 9.22; Mt 9.27-29;
Mt 14.31; Mt 15.28 e Mt 17.17-20).

II. DEVEMOS TER FÉ EM DEUS


1. O Senhor Jesus Cristo chegou a exortar os seus discípulos a terem fé no
Deus Eterno, dizendo: “Tende fé em Deus” (Mc 11.22). O apóstolo Paulo acre­
ditava que havia uma medida de fé repartida por Deus a cada um (Rm 12.3).
2. O apóstolo Paulo ainda falou da proporcionalidade da fé que Deus re­
partiu a cada um (Rm 12.6); e, também reconheceu que: “A fé não é de todos”
(2Ts 3.2). Portanto, é preciso caminharmos de fé em fé!
3. O apóstolo Judas nos exortou a batalharmos diligentemente pela fé que

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uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 1.3), e chegou a chamar a nossa fé
de “fé santíssima” (Jd 1.20).

CONCLUSÃO: Λ fé é uma âncora que permanece ao lado da esperança e do


amor como as três maiores virtudes do Cristianismo (IC o 13.13). Prossegui­
remos; pois, na caminhada da fé, rompendo barreiras e transportando montes
(Mt 17.20).

A N O TA Ç Õ E S

22 | 5 DE JANEIRO
6 DE JANEIRO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DA GRATIDÃO


1 Tessolonicenses 5.18

INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo nos aconselha a sermos gratos ao Senhor


por todas as coisas. No dia 06 de janeiro de cada ano é celebrado o Dia da
Gratidão. O term o hebraico que mais se aproxima da palavra “gratidão” ou
do verbo “agradecer” é o verbo “yadah”, que nos traz a ideia de “render
graças” ou “louvar” ao Senhor pelos seus gloriosos benefícios para com o
homem no decorrer da história. No grego o termo “eukharistía” é o que
traz a ideia de “agradecimento” ou “reconhecim ento”; e, no latim “gratus”
é o term o que expressa a ideia de “gratidão”. Agradecer é celebrar a Deus
pela nossa existência, pelos nossos parentes, amigos e todas as coisas que
nos trazem alegria, felicidade e contentamento. Ser grato é reconhecer com
humildade que outras pessoas tam bém participaram de nosso sucesso, e
também a oportunidade de com partilhar com alegria quem lhe ajudou a
conquistar a graça recebida. É um m om ento de agradecer a Deus, o Supre­
mo Doador da vida, da saúde, do perdão, da proteção, da longevidade, e dos
benefícios físicos, materiais e espirituais (SI 103.1-5). O Senhor Jesus Cristo
valorizava muito a dem onstração de gratidão das pessoas beneficiadas por
Ele (Lc 17.17-19).

I. A IMPORTÂNCIA DA GRATIDÃO NAS ESCRITURAS


1. A gratidão ou ação de graças, é o louvor pelo qual damos a Deus pelo que
Ele é, pelo que Ele fez, pelo que Ele faz, e continuará fazendo em nosso favor
(SI 118.1). Esta gratidão deve fluir de um coração plenamente agradecido ao Senhor.
2. Na história da cura dos dez leprosos, o próprio Jesus valorizou a gratidão
do único leproso que voltou para agradecer o benefício recebido; porém, cen­
surou os demais leprosos curados que não retornaram para agradecer a benção
alcançada (Lc 17.11-19).
3. A Bíblia recomenda a gratidão de todos os homens, dizendo: “Rendam
graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos
homens” (SI 107.15).

II. A CELEBRAÇÃO DA GRATIDÃO NAS ESCRITURAS


1. O salmista nos orienta a celebrarmos os grandes feitos que o Senhor tem
feito em nossas vidas com muita alegria: “Com efeito, grandes coisas fez o Se­
nhor por nós; por isso, estamos alegres” (SI 126.3).
2. O profeta Isaías nos ensina a celebrarmos a gratidão com exultação: “Dai
graças ao SENHOR, invocai o seu nome, tornai manifestos os seus feitos entre
os povos, relembrai que é excelso o seu nome.” (Is 12.4).
3. O apóstolo Paulo nos aconselha a celebrarmos ao Nosso Deus Pai através
do Nome de seu Filho Jesus Cristo: “Dando sempre graças por tudo a nosso
Deus e Pai, em Nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (E f 5.20). Todas as nossas
conquistas e vitórias são sempre através de Jesus Cristo (IC o 15.57 e 2Co 2.14).
CONCLUSÃO: Celebremos a gratidão ao nosso Bondoso Deus neste dia; e tam­
bém, para com as pessoas que nos ajudaram. Sejamos gratos pela nossa salva­
ção, pela nossa vida, pela saúde, pelo alimento, pelas vestimentas, pela nossa
moradia, pela nossa família, pelos livramentos que recebemos diariamente, e
por todas as nossas conquistas oferendo sacrifícios de louvores ao Senhor Jesus
Cristo (Hb 13.15).

A N O TA Ç Õ E S

24 | 6 DE JANEIRO
7 DE JANEIRO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE CULTOS


2Coríntios 3.17

INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo nos fala da liberdade que deve existir na pre­
sença do Espírito Santo. O termo “liberdade”, no original grego é “eleutheria”, e
nos traz a ideia de se movimentar livremente. No latim, o termo “libertas”, nos
traz o sentido de independência. A Liberdade é uma condição de independên­
cia que nos traz o pleno sentido de sermos livres de quaisquer tipos de amarras
ou prisões. O dia 07 de janeiro é lembrado como o Dia da Liberdade de Cul­
tos. A intolerância religiosa tem marcado a humanidade através da história. E,
ainda hoje, em pleno século 21, com todo o avanço cultural, e a interação dos
povos através do processo da globalização, a intolerância religiosa persiste, e a
liberdade de cultos é uma conquista ainda distante para muitas nações. Nações
que adotam o radicalismo islâmico, o radicalismo hinduísta na Índia, o radica­
lismo comunista na China, Coréia do Norte, e tantas outras nações intolerantes
dificultam cada vez mais a liberdade de cultos. Portanto, felizes são as nações
que tem liberdade para cultuar ao Deus Vivo e Verdadeiro. Os relatórios mis­
sionários mostram que, milhares de cristãos ainda morrem como mártires ao
redor do mundo, e a imprensa secular mostra pouco interesse em divulgar estas
coisas. A Bíblia diz que: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que Ele
escolheu para a sua herança” (SI 33.12). No Brasil, a nossa Constituição Federal
apregoa esta liberdade de culto no seu artigo 5o parágrafo VI, dizendo: “É invio­
lável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e as suas liturgias;”.

I. A IMPORTÂNCIA DA LIBERDADE RELIGIOSA NOS DIAS ATUAIS


1. A Declaração Universal dos Direitos Humanos define a liberdade de re­
ligião assim: “Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciên­
cia e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a
liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo
culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particu­
lar” (Artigo 18). Se este artigo fosse observado por todas as nações do mundo,
teríamos menos conflitos religiosos ao redor do mundo.
2. A própria Bíblia está cheia de exemplos de intolerância religiosa. O pró­
prio apóstolo Paulo, convertido do Judaísmo ao Cristianismo, após comandar
a maior investida contra a liberdade de cultos dos cristãos no primeiro século,
teve a humildade de reconhecer o seu grande erro, dizendo: “Porque eu sou o
menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois
perseguir a Igreja de Deus” (IC o 15.9).
3. Paulo reconheceu ainda a misericórdia de Deus em tolerá-lo e ainda es­
colhê-lo para o Santo Ministério, dizendo: “Sou grato para com Aquele que me
fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me
para o ministério, a mim, que, noutro tempo, era blasfemo e perseguidor, e in­
solente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade”
(1 Tm 1.12-13). Na verdade, esta é a razão da intolerância religiosa em qualquer
nação do mundo: ignorância e incredulidade.
4. Paulo, outrora chamado Saulo, perseguia o Cristianismo em defesa do
Judaísmo, pensando que estava protegendo a sua religião, e agradando ao seu
Deus. Na verdade, não é isso mesmo que acontece com o mulçumano, o hindu,
o budista, o judeu, e o próprio cristão na Idade Média? Entretanto, ao perseguir
os cristãos, Paulo não sabia que estava perseguindo o próprio Jesus Cristo que
lhe apareceu no caminho de Damasco, e lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me
persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a
quem tu persegues” (At 9.4-5).
5. Após se converter ao Cristianismo, Saulo de Tarso, transformado em
Paulo, o apóstolo dos gentios, passou a sentir na pele o que é sofrer perseguição
religiosa. Da condição de perseguidor, ele passou a ser perseguindo, e descreve
esta intolerância religiosa para com ele em vivas cores, além de seu sofrimento
por causa do Evangelho de Cristo (2Co 11.24-29).
6. Na verdade a Igreja precisa é de paz e comunhão com o Espírito Santo
para crescer, pois, logo após cessar a perseguição com a conversão de Saulo a
Cristo, veja o que diz o texto sagrado: “A igreja, na verdade, tinha paz por toda a
Judéia, Galileia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor; e,
no conforto do Espírito Santo, crescia em número” (At 9.31).
CONCLUSÃO: Celebremos neste dia a liberdade que temos de cultuar ao nosso
Deus, e regozijemo-nos na sua presença. “Celebrai com júbilo ao Senhor todas
as terras. Servir ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico”
(SI 100.1-2).

A N O TA Ç Õ E S

26 | 7 DE JANEIRO
8 DE JANEIRO

CAMINHANDO DE GLÓRIA EM GLÓRIA


2Coríntios3.18

INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo nos fala de nossa transformação de glória


em glória. O homem inicia a sua caminhada de força em força, prossegue a
sua caminhada de vitória em vitória, de fé em fé, de graça em graça, e de glória
em glória. Quando o homem chega ao ponto de caminhar de glória em glória,
é quando já conseguiu atingir o topo do sucesso ministerial ou naquilo que se
dedica a fazer. É uma época de colher frutos em abundância. Os líderes que
caminham de glória em glória já alcançaram um nível de excelência em sua li­
derança. Entretanto, o cristão só permanecerá caminhando de glória em glória
enquanto reconhecer que o brilho da glória que há em nós vem do Senhor e
não do homem. O termo para “glória” em hebraico é “kavôd” cujo sentido nos
traz a ideia de “dignidade”, “peso” e “resplendor” (SI 115.1 e 2Co 4.17). Somente
o Senhor é digno de glória (lC r 29.11); somente o Senhor suporta o peso da
glória (Is 42.8); e somente o Senhor possui o resplendor da glória (Ez 1.28). O
termo no grego é “doxa” que nos traz o sentido de uma verdade óbvia; entre­
tanto, segundo alguns estudiosos o termo “doxa” foi utilizado nos escritos dos
poetas gregos mais antigos com o sentido de “luz” ou “radiação”. A Glória de
Deus é sempre acompanhada de luz, radiação, brilho, resplendor e dignidade
(Lc 2.9-14 e2 C o 4.6-7).

I. PESSOAS QUE CAMINHAVAM DE GLÓRIA EM GLÓRIA NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia descreve Davi chegando ao fim de seu reinado de glória em gló­
ria, dizendo: “Ora, Davi, filho de Jessé, reinou sobre todo o Israel. O tempo que
reinou sobre Israel foi de quarenta anos: em Hebrom, sete; em Jerusalém, trinta
e três. Morreu em ditosa velhice, cheio de dias, riquezas e glória; e Salomão, seu
filho, reinou em seu lugar.” (lC r 29.26-28).
2. A Bíblia descreve o ápice da sabedoria e glória de Salomão, dizendo: “De
todos os povos vinha gente a ouvir a sabedoria de Salomão, e também enviados
de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.” (lR s 4.34). Sa­
lomão atingiu aos píncaros da glória humana; porém, não soube se manter de
glória em glória, ao deixar de dar a glória devida ao verdadeiro Rei da Glória!
(lR s 11.1-8 e SI 24.7-10).
3. A Bíblia também descreve o pico de glória e riqueza alcançada pelo rei
Ezequias, dizendo: “Teve Ezequias riquezas e glória em grande abundância;
proveu-se de tesourarias para prata, ouro, pedras preciosas, especiarias, escudos
e toda sorte de objetos desejáveis;” (2Cr 32.27). Nesta fase, é preciso equilíbrio
para não se envaidecer com tão grandiosas conquistas e tributar ao Senhor a
honra e a glória devidas unicamente a Ele (Is 42.8).

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II. TRANSFERINDO A GLÓRIA DEVIDA AO SENHOR
1. Davi foi um homem que teve muitos acertos e muitos erros também;
porém, nunca deixou de transferir a honra e glória ao Senhor da Glória (lC r
29.10-13).
2. O rei Davi se dirigiu ao Rei da Glória como a sua própria glória, dizendo:
“Porém tu, Senhor, és o meu escudo, és a minha glória e o que exaltas a minha
cabeça.” (SI 3.3). Davi soube caminhar de glória em glória porque sempre exal­
tava ao Rei da Glória!
3. O Senhor Jesus Cristo, mesmo sendo Deus soube dá toda a glória devida
ao Pai, dizendo: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me
deste a fazer. E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela
glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” (Jo 17.4-5).
CONCLUSÃO: Alcançar o topo do sucesso em qualquer área de nossa vida, seja
na vida profissional, financeira, ministerial ou espiritual é muito importante
para qualquer pessoa que almeja isso; entretanto, a nossa glória maior é alcan­
çarmos o reino de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Ts 2.14). A maior
glória do homem consiste em conhecer ao Senhor! (Jr 9.23-24).

A N O TA Ç Õ E S

28 | 8 DE JANEIRO
9 DE JANEIRO

0 SENHOR TRARÁ SAÚDE PLENA PARA A SUA VIDA


Jeremias 33.6

INTRODUÇÃO: O Senhor promete trazer ao seu povo saúde e cura, além de


abundância de paz e verdade. Saúde e cura pode ser uma referência a saúde físi­
ca e emocional, e abundância de paz e verdade, pode ser uma referência a saúde
mental e espiritual do povo de Deus. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
define saúde como “o completo estado de bem-estar físico, mental e social, e
não simplesmente a ausência de enfermidade”. Tal conceito tem uma profunda
relação com o desenvolvimento e expressa a associação entre qualidade de vida
e saúde da população. A palavra hebraica para “saúde” é “le-chaim” que nos traz
o sentido de “vida”; e no grego é “hugiaino”, nos trazendo a ideia de estar sadio
no corpo e na alma. O Senhor Jesus Cristo também se preocupava com o bem-
-estar físico, mental e social das pessoas.

I. JESUS CRISTO RECUPERAVA A SAÚDE PLENA DAS PESSOAS


1. O Senhor Jesus Cristo trouxe saúde física, em ocional e espiritual para
o paralítico de Cafarnaum, dizendo: “Tem bom ânimo, filho; estão perdoa­
dos os teus pecados.” (Mt 9.2). Antes de curar o corpo, Jesus Cristo curou a
alma daquele homem (Mt 9.6-7). Ao voltar curado para casa, aquele homem
recuperou tam bém o seu bem -estar social ao retornar para o convívio no
seu lar.
2. O Senhor Jesus Cristo ainda trouxe saúde física, emocional, social, e
espiritual para a Mulher do fluxo de sangue, dizendo: “Tem bom ânimo, fi­
lha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã.” (Mt 9.22).
A expressão grega utilizada por Jesus “sozein” para “salvou”, significa tanto
“salvar” como “curar”, mostrando o restabelecimento pleno daquela pobre
mulher. Devido sua impureza originada pelo fluxo de sangue, esta mulher
havia perdido há muito tempo o convívio social; entretanto, ao ser restaurada
plenamente por Cristo, ela recuperou o seu bem -estar social também!
3. Marcos descreve a grande transformação que Jesus operou na vida do
endemoninhado gadareno, dizendo: “Indo ter com Jesus, viram o endemoni-
nhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram.”
(Mc 5.15). Este homem endemoninhado, além de perder o convívio social por
passar a habitar nos cemitérios; havia perdido também o seu juízo de valor.
Então, ao libertá-lo, Jesus lhe restaurou a saúde física, mental, emocional, e es­
piritual, ao devolver-lhe o juízo, e o bem-estar social, o enviando de volta para o
meio de sua família (Lc 8.38-39).
4. O Senhor Jesus Cristo restabeleceu a saúde física, emocional, social, e
espiritual de muitas mulheres; inclusive, Maria Madalena, que deixou sua vida
de prostituição e recuperou o seu bem-estar social, ao restituir-lhe a dignidade
moral (Lc 8.2-3).
5. O apóstolo João desejou saúde plena ao seu amigo Gaio, dizendo: “Ama­
do, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é prós­
pera a tua alma.” (3Jo 1.2). Á vontade de Deus é sempre o bem-estar físico,
mental, emocional, social, e espiritual dos seus filhos!
CONCLUSÃO: O Senhor já havia prometido o bem-estar físico, social e espiri­
tual dos seus servos, dizendo: “Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele aben­
çoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades.”
(Êx 23.25). Jesus Cristo te dá saúde agora! (At 9.34). Receba saúde física, men­
tal, emocional, social, e espiritual em Nome de Jesus Cristo!

A N O TA Ç Õ E S

30 I 9 DE JANEIRO
10 DE JANEIRO

ENTREGA 0 TEU CAMINHO AO SENHOR


Salmo 37.5

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista Davi nos aconselha a entre­


garmos o nosso caminho ao Senhor. Entregar o nosso caminho ao Senhor é
entregar toda a direção da nossa vida nas mãos do Senhor. É confiar que Deus
irá dirigir todos os nossos passos. É acreditar que Deus endireitará os caminhos
tortuosos, e aplanará todas as nossas veredas. É acreditar que Deus fará a sua
luz brilhar em todos os nossos caminhos (Jó 22.28). A expressão “entrega o teu
caminho ao Senhor”, no original hebraico nos traz o sentido literal de “livrar-se
de um fardo”, ou “passar às mãos de alguém” que é capaz de trazer a melhor so­
lução. Deus sempre tem a melhor solução para os seus filhos; e, por isso, deve­
mos transferir para Ele todas as nossas inquietações e preocupações (Sl 55.22)

I. PESSOAS QUE ENTREGARAM O SEU CAMINHO AO SENHOR


1. A Bíblia revela a história de várias pessoas que entregaram o seu destino
e os seus caminhos nas mãos do Senhor, e tiveram um final feliz. Jacó entregou
o seu caminho ao Senhor, dizendo: “Se Deus for comigo, e me guardar nesta
jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de ma­
neira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu
Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me
concederes, certamente eu te darei o dízimo.” (Gn 28.20-22).
2. Quando o homem entrega o seu caminho ao Senhor e começa a andar
nos caminhos de Deus, acaba se encontrando com Anjos de Deus para protegê-
-lo pelo caminho (Gn 32.1).
3. Deus ia adiante dos filhos de Israel, durante o dia, numa coluna de nu­
vem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os
alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite (Êx 13.21). Ao entregar o
seu caminho ao Senhor, o povo fiel nunca foi abandonado por Deus no cami­
nho, e desfrutava de sua orientação durante o dia e durante a noite (Êx 13.22).

II. VALE A PENA ENTREGAR OS NOSSOS CAMINHOS AO SENHOR


1. Josué testemunhou como vale a pena entregarmos o nosso caminho ao
Senhor, dizendo: “Nos guardou por todo o caminho em que andamos e entre
todos os povos pelo meio dos quais pAssamos” (Js 24.17). Josué foi uma teste­
munha viva de como vale a pena entregar o nosso caminho ao Senhor!
2. Davi nos revela como Deus desembaraça o nosso caminho, dizendo:
“Deus é a minha fortaleza e a minha força e Ele perfeitamente desembaraça o
meu caminho” (2Sm 22.33).
3. O Senhor Deus usou a boca de Elifaz para profetizar para o patriarca Jó,

31
dizendo: “Se projetas alguma coisa, ela te sairá bem, e a luz brilhará em teus
caminhos” (Jó 22.28).
CONCLUSÃO: Entregar o nosso caminho ao Senhor é acreditar que Ele está no
controle de todas as coisas, e firmará os nossos passos pelo caminho (SI 37.23).
Entregar o nosso caminho ao Senhor é confiar que Ele sabe o que é melhor para
cada um de nós. Ao entregarmos o nosso caminho ao Senhor não há como nos
perdermos em nossa caminhada, pois, o Senhor é o próprio Caminho (Jo 14.6).

A N O TA Ç Õ E S

32 | 10 DE JANEIRO
11 DE JANEIRO

ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR


ISam uel 7.12

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que o profeta Samuel fez
um balanço das grandes conquistas e vitórias que os filhos de Israel haviam alcançado
da parte do Senhor, e a conclusão que chegaram foi a seguinte: “Até aqui nos ajudou o
Senhor” (1 Sm 7.12). A palavra “ajuda” no hebraico é “azer”, que nos traz a ideia de “au­
xílio” e “socorro” O Senhor é o nosso Auxílio, o nosso Socorro, e a nossa Ajuda. Sem a
ajuda do Senhor nada conseguimos; porém, com a ajuda do Senhor conseguiremos al­
cançar todos os nossos objetivos. Ninguém consegue chegar a lugar nenhum sozinho;
todas as pessoas vitoriosas reconhecem que alguém contribuiu para fazê-los chegar
aonde chegaram. Assim, acreditamos que o Senhor continuará nos ajudando até o fim
(Fp 1.6). “Ajudar” é o mesmo que “auxiliar, socorrer, facilitar e promover” O Senhor é
Aquele que auxilia, socorre, promove e facilita as coisas para os seus filhos!

I. PESSOAS QUE RECONHECERAM A AJUDA DO SENHOR


1. O patriarca Jacó abençoou o seu filho José invocando e reconhecendo a ajuda
divina sobre ele, dizendo: “Pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Podero-
so, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos das profundezas, com
bênçãos dos seios e da madre” (Gn 49.25).
2. Moisés reconheceu a ajuda divina, e após nascer o seu segundo filho, chamou-
-lhe de Eliezer, dizendo: “O Deus de meu pai foi a minha ajuda e me livrou da espada
de Faraó” (Êx 18.4).
3. Moisés mais uma vez reconheceu a ajuda divina sobre o povo de Israel, dizendo:
“Não há outro, ó Jesurum, semelhante a Deus, que cavalga sobre os céus para a tua
ajuda e, com a sua alteza, sobre as mais altas nuvens!” (Dt 33.26).
4. Jônatas reconheceu a ajuda divina contra os seus inimigos, e disse ao seu es­
cudeiro: “Vem, passemos à guarnição destes incircuncisos; porventura, o Senhor nos
ajudará nisto, porque para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou
com poucos” (ISm 14.6).
5. Após Davi ficar desconfiado da ajuda oferecida por alguns soldados voluntários:
“Entrou o Espírito em Amasai, cabeça dos trinta, e disse: Nós somos teus, ó Davi, e con­
tigo estamos, ó filho de Jessé! Paz, paz seja contigo! E paz com os que te ajudam! Porque
o teu Deus te ajuda. Davi os recebeu e os fez capitães de tropa” (lC r 12.17-18). Deus usa
pessoas para nos encorajar, nos ajudar e somar conosco na batalha!

CONCLUSÃO: Até aqui nos ajudou o Senhor! Confiemos na sua ajuda permanente!
O Senhor prometeu continuar nos ajudando pessoalmente, dizendo: “Porque Eu, o
Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que Eu te ajudo”
(Is 41.13). A Palavra de Deus ainda declara: Έ , assim, com confiança, ousemos dizer:
O Senhor é o meu Ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem” (Hb 13.6).
12 DE JANEIRO

TU ÉS O ABENÇOADO DO SENHOR
Gênesis 26.29

INTRODUÇÃO: O capitulo 26 de Gênesis revela um período de crise em que


o patriarca Isaque estava enfrentando, tanto externamente como interna­
mente. Externamente, Isaque enfrentava uma crise econômica que afetava
toda a região em que ele habitava; e, internamente, ele enfrentava muitos
conflitos com os pastores filisteus que se apropriavam dos poços de águas
que seu pai Abraão havia deixado. Entretanto, Isaque superou aquela crise,
e o Senhor lhe abençoou de maneira tão extraordinária que, os próprios in ­
vejosos tiveram que se renderem a ele, dizendo: “Vimos claramente que o
SENHOR é contigo... Tu és agora o abençoado do SENHOR.” (Gn 26.28-29).
O Senhor irá lhe abençoar de tal maneira, que os próprios invejosos vão se
render e reconhecer a benção do Senhor na sua vida. Os invejosos vão per­
ceber que o Senhor é contigo, e reconhecerão que estarão pelejando contra o
próprio Senhor caso insistam em prejudicá-lo. Você é agora o abençoado do
Senhor! Acredite!

I. A BENÇÃO DE DEUS EM NOSSAS VIDAS PROVOCA OS INVEJOSOS


1. Quando as pessoas invejosas começam a nos verem prosperando, a pri­
meira reação é a “inveja interna”. Nesta fase, a inveja começa a consumir por
dentro destas pessoas (Gn 26.12-14). “De maneira que os filisteus lhe tinham
inveja” (Gn 26.14).
2. Quando as pessoas invejosas começam vê a sua prosperidade só aumen­
tando, a segunda reação é a “inveja externa”. Nesta fase, a pessoa não consegue
mais desfaçar, e começa a criar meios para lhe prejudicar. “E, por isso, lhe en­
tulharam todos os poços que os servos de seu pai haviam cavado, nos dias de
Abraão, enchendo-os de terra.” (Gn 26.15).
3. Quando as pessoas invejosas percebem, que, mesmo lhe sabotando, você
continua ainda prosperando, elas ficam desesperadas e deseja que você suma da
frente delas. “Disse Abimeleque a Isaque: Aparta-te de nós, porque já és muito
mais poderoso do que nós.” (Gn 26.16).

II. A INVEJA DOS INVEJOSOS NÃO IMPEDIRÁ A SUA PROSPERIDADE


1. Quando Isaque saiu da presença daqueles invejosos para outro lugar,
continuou prosperando, e atraiu novos invejosos que se apropriavam dos seus
poços (Gn 26.17-21).
2. A Bíblia diz que: “Partindo dali, cavou ainda outro poço; e, como por
esse não contenderam, chamou-lhe Reobote e disse: Porque agora nos deu lu­
gar o SENHOR, e prosperaremos na terra.” (Gn 26.22). Os próprios inimigos se

34 | 12 DE JANEIRO
renderam a prosperidade de Deus na vida de Isaque, dizendo: “Tu és agora o
abençoado do SENHOR.” (Gn 26.26-29).
3. O salmista Davi escreveu, dizendo: “Cantem de júbilo e se alegrem os que
têm prazer na minha retidão; e digam sempre: Glorificado seja o SENHOR, que
se compraz na prosperidade do seu servo!” (SI 35.27). Os verdadeiros amigos
glorificam ao Senhor quando vê a prosperidade de Deus na vida do seu seme­
lhante!

CONCLUSÃO: Quando o Senhor começa a abençoar uma pessoa, nasce tam­


bém a inveja junto com os invejosos; e, eles não conformados com a benção
de Deus sobre aquela pessoa, começam a prejudicá-lo, arrumando confusão e
contenda (Gn 26.12-21). É nesta hora que precisamos ter a calma de Isaque, e
esperar Deus agir por nós (Gn 26.24-25). Quando isso acontece, a nossa fé se
renova, adquirimos estabilidade; à ponto dos próprios inimigos se renderem,
dizendo: “Vimos claramente que o Senhor é contigo...” (Gn 26.28).

A N O TA Ç Õ E S
13 DE JANEIRO
TUDO DARÁ CERTO PARA VOCÊ
Jó 22.28
INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado está contido uma maravilhosa promessa de que
tudo dará certo para você. Seus projetos se concretizarão e seus objetivos se realizarão.
Todos nós experimentamos momentos de lutas, angústias e tribulações em nossas vi­
das quando as coisas parecem que estão conspirando contra nós; entretanto, devemos
confiar que logo adiante uma porta se abrirá e as coisas darão certo em nossas vidas.
Pessoas pessimistas nunca enxergam uma saída para as situações difíceis que se apre­
sentam diante de nós; porém, as pessoas otimistas sempre acreditarão que as coisas vão
melhorar e darão certo.
!. SEUS PROJETOS SERÃO BEM SUCEDIDOS
1.0 texto da Almeida Atualizada é muito claro em dizer: “Se projetas alguma coi­
sa, ela te sabá bem” (Jó 22.28); já o texto da Almeida Corrigida diz: “Determinando tu
algum negócio, ser-te-á firme...” É necessário que estejamos determinados naquilo que
planejamos ou projetamos. Há pessoas que já desistiram de sonhar, de planejar, e de
projetar; entretanto, a Palavra de Deus nos anima, dizendo: “Se projetas alguma coisa,
elate sabá bem...”
2 .0 sábio Salomão escreveu, dizendo: “Confia ao SENHOR as tuas obras, e os teus
desígnios serão estabelecidos.” (Pv 16.3). Confiar ao Senhor as nossas obras, é entregar
nas Mãos Dele todos os nossos sonhos, planos e projetos!
3. O sábio rei Salomão ainda nos incentiva, dizendo: “Tudo quanto te vier à mão
para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há
obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” (Ec 9.10). Enquanto
Deus nos der vida e saúde, devemos continuar fazendo a sua obra, e fazendo planos
que glorificam o seu Nome!
II. O PRÓPRIO DEUS GARANTIRÁ A REALIZAÇÃO DOS SEUS PROJETOS
1. O salmista declara que o próprio Senhor garante o que Ele próprio designou
para cada um de nós, dizendo: “O SENHOR aperfeiçoará o que me concerne; a tua
benignidade, ó SENHOR, é para sempre; não desampares as obras das tuas mãos.”
(SI 138.8). O que a mim concerne ninguém roubará!
2 .0 apóstolo Paulo declara que o Senhor garantirá a realização dos nossos proje­
tos, dizendo: “Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra
a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo.” (Fp 1.6).
3. Paulo ainda revela como o próprio Senhor realiza e efetua através de nós os nos­
sos planos e projetos que são de sua vontade, dizendo: “Porque Deus é o que opera em
vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Fp 2.13).
CONCLUSÃO: Devemos acreditar sempre que há um Deus nos mais altos céus que
controla todas as coisas, e trabalha para todos aqueles que Nele esperam (Is 64.4). O
patriarca Jó sabia disso, e exclamou, dizendo: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos
teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42.2).

36 | 13 DE JANEIRO
14 DE JANEIRO

NENHUM MAL TE SUCEDERÁ


Salmo 91.10

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado encontramos uma promessa gloriosa de


proteção e segurança para as nossas vidas. A Bíblia é um livro repleto de pro­
messas de proteção e segurança para os filhos de Deus. As fatalidades e aci­
dentes que acontecem com muitas pessoas ao redor do mundo não invalidam
as promessas do Senhor. Deus continua nos guardando a todo instante, seja
em casa, seja na rua, seja no trânsito ou em qualquer outro lugar. Todos nós
testemunhamos diariamente quantos livramentos que o Senhor nos dá, fora
os que nem sequer chegam ao nosso conhecimento. Deus é o Guarda Fiel do
seu povo, e continua nos protegendo de dia e de noite.

I. PESSOAS QUE RECONHECERAM A PROTEÇÃO DIVINA EM SUAS VIDAS


1. O patriarca Jacó reconheceu a proteção divina em sua vida, e desejou a
mesma proteção para os seus netos, dizendo: “O Anjo que me tem livrado de
todo mal, abençoe estes rapazes; seja neles chamado o meu nome e o nome de
meus pais Abraão e Isaque; e cresçam em multidão no meio da terra.” (Gn 48.16).
2. Davi esbanjou confiança na proteção divina, dizendo: “Ainda que eu
ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás
comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” (SI 23.4). O salmista ainda
declarou sua plena confiança na proteção divina, dizendo: “O SENHOR te guar­
dará de todo mal; guardará a tua alma.” (SI 121.7).
3. Jabez, um ilustre descendente de Judá pediu ao Senhor e obteve a prote­
ção do mal, dizendo: “Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras,
que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobre­
venha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.” (lC r 4.10).

II. PROMESSAS DE PROTEÇÃO DIVINA NAS ESCRITURAS


1. O próprio Senhor prometeu guardar a sua vinha diuturnamente, dizen­
do: “Naquele dia, dirá o SENHOR: Cantai a vinha deliciosa! Eu, o SENHOR, a
vigio e a cada momento a regarei; para que ninguém lhe faça dano, de noite e de
dia eu cuidarei dela.” (Is 27.2-3).
2. O apóstolo Paulo testificou da fidelidade do Senhor em nos guardar do
mal, dizendo: “Todavia, o Senhor é fiel; ele vos confirmará e guardará do Ma­
ligno.” (2Ts 3.3).
3. O apóstolo Paulo demonstrou confiança plena na proteção do Senhor
para a sua vida, dizendo: “O Senhor me livrará também de toda obra maligna e
me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos.
Amém!” (2Tm 4.18).

37
CONCLUSÃO: O Senhor Jesus Cristo viveu como homem neste mundo em
constante perigo, e sabe muito bem o quanto estamos expostos ao mal, e, por
isso orou ao Pai pela proteção dos seus discípulos, dizendo: “Não peço que os
tires do mundo, e sim que os guardes do mal.” (Jo 17.15). Tomemos posse des­
ta palavra: “Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda.”
(SI 91.10). Glórias a Deus!

A N O TA Ç Õ E S

38 | 14 DE JANEIRO
15 DE JANEIRO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ADULTO


ICoríntios 13.11

INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo nos ensina que não é mais hora de sermos
meninos, é hora de atingirmos a maturidade cristã. O dia 15 de janeiro é lem­
brado como o Dia dos Adultos. Apesar da vida adulta oferecer inúmeras pos­
sibilidades, muitos jovens se sentem inseguros e não conseguem amadurecer
no tempo certo. Numa época em que a “eterna adolescência” é praticada e até
mesmo incentivada pela sociedade, é importante ter um dia específico para ce­
lebrar e refletir sobre o que é, de fato, ser um adulto. O ciclo de vida normal de
um ser humano compreende infância, adolescência, vida adulta e velhice. Cada
etapa tem a sua importância e é fundamental que todas as fases sejam experi­
mentadas em sua plenitude. Porém, alguns indivíduos se recusam passar para
a vida adulta, esse comportamento é conhecido como “Síndrome de Peter Pan”
ou “Síndrome do homem que nunca cresce”. Entretanto, a palavra de Deus nos
aconselha a reconhecermos cada faixa etária da vida humana; e nos ensina a
buscarmos sempre a maturidade cristã (E f 4.13-14).

I. A IMPORTÂNCIA DA MATURIDADE NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia diz que Samuel foi chamado por Deus ainda muito novo, e, atin­
giu a maturidade ainda muito jovem: “Mas o jovem Samuel crescia em estatura
e no favor do Senhor e dos homens” (ISm 2.26). É considerado adulto todo
o indivíduo que atingiu o máximo de seu crescimento e a plenitude de suas
funções biológicas. No âmbito da legislação federal brasileira a maturidade é
atingida aos 18 anos de idade. Entretanto, a Bíblia mostra muitas pessoas que
atingiram a maturidade muito cedo.
2 .0 rei Davi aconselhou seu filho Salomão a ter responsabilidade e maturi­
dade, dizendo: “Eu vou pelo caminho de todos os mortais. Coragem, pois, e sê
homem!” (lR s 2.2).
3. O sábio rei Salomão teve a humildade de reconhecer a sua imaturidade
diante de Deus, e pediu ajuda, dizendo: “Agora, pois, ó Senhor, meu Deus, tu fi­
zeste reinar teu servo em lugar de Davi, meu pai; não passo de uma criança, não
sei como conduzir-me. Teu servo está no meio do teu povo que elegeste, povo
grande, tão numeroso, que se não pode contar. Dá, pois, ao teu servo coração
compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o
bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo?” (lR s 3.7-9).

II. A PALAVRA DE DEUS NOS TRAZ MATURIDADE


1. O salmista reconheceu que a verdadeira maturidade está na Palavra de
Deus, e escreveu, dizendo: “Sou mais prudente que os idosos, porque guardo os
teus preceitos” (SI 119.100). A sabedoria serve “para dar aos simples prudência,
e aos jovens conhecimento e bom siso;” (Pv 1.6).
2. O fato de pessoas estarem com a idade avançada não significa que já
atingiram a maturidade. O próprio patriarca Jó reconheceu isso, dizendo: “Está
a sabedoria com os idosos, e, na longevidade, o entendimento? Não! Com Deus
está a sabedoria e a força; Ele tem conselho e entendimento” (Jó 12.12-13).
3. O Autor da Carta aos Hebreus exortou os cristãos hebreus a atingirem a
maturidade através do conhecimento da Palavra de Deus, dizendo: “Ora, todo
aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é
criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela palavra,
têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas tam­
bém o mal” (Hb 5.13-14).
CONCLUSÃO: Nesta data tão importante que se celebra o Dia dos Adultos, que
possamos refletir melhor, o importante papel que os adultos têm na formação
dos mais jovens. E, que possamos crescer na graça e no conhecimento de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3.18).

A N O TA Ç Õ E S

40 | 15 DE JANEIRO
16 DE JANEIRO
TUDO O QUE DEUS FAZ É BOM
Gênesis 1.31
INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a avaliação final que o Senhor fez
da sua Criação, e chegou à seguinte conclusão: “Tudo que fiz é muito bom!”. Ver­
dadeiramente tudo o que Deus faz é bom: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito
são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou
sombra de mudança” (Tg 1.17). Tudo o que o nosso Pai Celestial faz é bom e
perfeito. A sua vontade é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2). Como diz aquela
conhecida frase: “Deus é bom o tempo; o tempo todo Deus é bom!”. Deus é bom
e tudo o que Ele faz sempre visa um bem maior ainda para os seus filhos.
I. DEUS SEMPRE PROMETEU 0 QUE É BOM PARA OS SEUS FILHOS
1. Moisés revelou para o seu cunhado Hobabe as coisas boas que o Senhor
havia prometido ao seu povo, dizendo: “O Senhor prometeu boas coisas a Israel”
(Nm 10.29). Na verdade, o Senhor nunca promete coisas ruins para os seus filhos!
2. Algumas previsões de castigos na Bíblia não são promessas de Deus para
o seu povo obediente; mas sim, consequências previstas para os desobedientes
(Dt 28.1 -15). O Senhor Deus prometeu dá ao seu povo “casas cheias de tudo o que
ébom ” (Dt 6.11).
3. O próprio Senhor Jesus Cristo confirmou a disposição do Pai em nos dá
coisas boas, dizendo: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos
vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que
lhe pedirem?” (Mt 7.11).
II. DEUS CUMPRE AS BOAS PROMESSAS FEITAS AOS SEUS FILHOS
1. Após tomar posse da boa terra que o Senhor prometeu, Josué deu o seu
testemunho, dizendo: “Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras
que o Senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu” (Js 21.45).
2. O sábio rei Salomão também testemunhou do cumprimento das boas
coisas que o Senhor prometeu ao seu povo Israel, e glorificou ao Senhor, di­
zendo: “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo
tudo o que prometera; nem uma só palavra falhou de todas as suas boas pro­
messas, feitas por intermédio de Moisés, seu servo” (lR s 8.56).
3. O rei Davi agradeceu ao Senhor por sua bondade, dizendo: “Rendei gra­
ças ao Senhor, porque Ele é Bom; porque sua misericórdia dura para sempre”
(lC r 16.34). Esta expressão que exalta o quanto Deus é Bom, é a frase mais re­
petida de toda a Bíblia (SI 136.1-26).
CONCLUSÃO: Embora o homem seja falho e cheio de defeitos, Deus o criou
para fazer o que é bom aos seus olhos, e produzir o fruto da bondade (Mq 6.8 e
G15.22). A Bíblia declara que as três Pessoas da Trindade são boas. O Pai é Bom
(S.145.9). O Filho é Bom (Jo 10.11). O Espírito Santo é Bom (SI 143.10).
17 DE JANEIRO

O SENHOR É CONTIGO, HOMEM VALENTE


Juizes 6.12

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento em que o Anjo do Se­


nhor quebrou o silêncio e saudou a Gideão após observá-lo malhando o trigo
no lagar. Gideão estava malhando o trigo no lagar de forma prudente e dili­
gente com o objetivo de confundir os inimigos midianitas. Por causa de sua
prudência e diligência, o Senhor já estava observando Gideão há algum tempo,
e elogiou a sua atitude. Não existe palavra mais encorajadora do que esta: Ό
Senhor é contigo!” Coisa maravilhosa é sabermos que o Senhor é conosco,
que o Senhor está conosco, e que o Senhor está aprovando aquilo que estamos
fazendo. Uma palavra de encorajamento que recebemos de alguém em m o­
mentos decisivos de nossas vidas é muito importante; imagine se esta palavra
vem do próprio Deus?

I. OUTRAS PESSOAS QUE O SENHOR DISSE SER COM ELAS


1. Existem várias pessoas nas Escrituras que receberam esta palavra de âni­
mo e encorajamento do próprio Senhor. O Senhor apareceu a Isaque prome­
tendo à sua presença com ele, dizendo: “Eu Sou o Deus de Abraão, teu pai. Não
temas, porque Eu Sou Contigo; abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendên­
cia por amor de Abraão, meu servo” (Gn 26.24)
2. O Senhor também se dirigiu a Jacó, dizendo: “Eis que Eu estou contigo, e
te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não
desampararei, até cumprir Eu aquilo que te ei referido” (Gn 28.15).
3 . 0 Senhor Deus também encorajou a Josué, dizendo: “Ninguém te poderá
resistir, todos os dias da tua vida. Como fui com Moisés, assim serei contigo;
não te deixarei, nem te desampararei” (Js 1.5). O Senhor Deus mais uma vez
animou a Josué, dizendo: “Não to mandei Eu? Sê forte e corajoso; não temas,
nem te espantes, porque o Senhor teu Deus, é contigo por onde quer que anda­
res” (Js 1.9).

II. O SENHOR TAMBÉM PROMETEU ESTÁ CONOSCO


1. O Senhor também prometeu sê conosco, dizendo: “Não temas, porque
eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te
ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.” (Is 41.10).
2 . 0 Senhor Jesus Cristo também prometeu está conosco, dizendo: “Porque
onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”
(Mt 18.20).
3. O Senhor Jesus Cristo prometeu mais uma vez estar conosco todos os
dias, dizendo, dizendo: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até à con-

42 | 17 DE JANEIRO
sumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.20). Quando o Senhor é conosco, Ele
coopera conosco e facilita as coisas para nós (Mc 16.20).
CONCLUSÃO: A presença de Deus em nossas vidas é a garantia das nossas vitó­
rias e das nossas conquistas! Jesus Cristo prometeu enviar o Espírito Santo para
estar conosco, dizendo: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador,
para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não
pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque
habita convosco e estará em vós.” (Jo 14.16-17).

A N O TA Ç Õ E S
18 DE JANEIRO

LANCE SOBRE O SENHOR A SUA ANSIEDADE


1 Pedro 5.7

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado trata de um grande problema que atormenta


e provoca impaciência e grandes aflições nas pessoas - a ansiedade. A ansieda­
de é um dos problemas que mais afligem as pessoas neste século. A ansiedade
abala a vida emocional das pessoas e deixa as mesmas estressadas. Porém, a
Palavra de Deus traz a cura e o alivio para os que sofrem de ansiedade, dizendo:
“Lance sobre o Senhor a sua ansiedade, porque Ele tem o remédio para vocês”
(lP e 5.7). É isso o que o apóstolo Pedro quis dizer para os seus leitores. A ansie­
dade de verem as coisas logo acontecendo provoca angústia nas pessoas, e suas
emoções se transformam em um turbilhão quando estas coisas não acontecem
como planejam. A paciência se torna nesta hora um antídoto para vencer a an­
siedade, por tratar-se de uma virtude que traz o equilíbrio necessário para saber
esperar o tempo certo das coisas acontecerem (SI 40.1).

I. O SIGNIFICADO DE LANÇAR A ANSIEDADE


1. Davi foi ungido ainda muito novo como rei de Israel, e, deve ter vivi­
do muitos momentos de ansiedade e aflições até chegar o dia em que assumiu
o trono de Israel, e aprendeu vencer a ansiedade, dizendo: “Na tua presença,
Senhor, estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta”
(SI 38.9). Davi sabia que a sua ansiedade era conhecida diante de Deus; porém,
ele aprendeu a lançar sobre o Senhor a sua ansiedade. A nossa ansiedade e as
nossas preocupações não passam despercebidas pelo Senhor (SI 139.1-6).
2. O mesmo Davi ainda nos aconselha, dizendo: “Lança o teu cuidado sobre
o Senhor, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado” (Sl 55.22).
“Lançar”, significa “atirar com força”. Ao lançarmos todos os nossos cuidados e
anseios sobre o Senhor, estamos transferindo todos os nossos problemas e preo­
cupações para Ele resolver e aquietar o nosso coração!
3. O salmista ainda nos revela como as consolações do Senhor aquietaram
a sua alma em momentos de extrema ansiedade, dizendo: “Multiplicando-se
dentro de mim os meus cuidados, as tuas consolações reanimaram a minha
alma.” (Sl 94.19).

II. LANÇANDO A NOSSA ANSIEDADE NOS PÉS DO SENHOR


1. Ana lançou sua ansiedade excessiva de ser mãe nos pés do Senhor e re­
cuperou a sua alegria realizando o sonho materno (ISm 1.1-20). A oração é o
remédio para vencermos a ansiedade (Fp 4.6).
2. O sábio Salomão, como bom psicólogo que era, e profundo observador
do comportamento humano, já havia nos revelado os sintomas da ansiedade

44 | 18 DE JANEIRO
humana, dizendo: “A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa pa­
lavra o alegra” (Pv 12.25). Somente a Palavra de Deus pode alegrar um coração
ansioso! Quantas vezes estamos ansiosos à espera de uma benção, e, ao rece­
bemos uma palavra do Senhor por intermédio de alguém, o nosso coração se
alegra, e ficamos em paz!
3. O Senhor Jesus Cristo também nos aconselhou a lançarmos sob os cui­
dados do Pai toda a nossa ansiedade, dizendo: “Por isso, vos digo: não andeis
cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de
beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais
do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta? Olhai para as aves
do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai ce­
lestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?.” (Mt 6.25-26).
CONCLUSÃO: Lancemos sobre o Senhor todas as nossas preocupações, an­
siedades e inquietações. O Senhor Jesus Cristo sabia muito bem que os seres
humanos andam sobrecarregados de anseios e inquietações; por isso, Ele pro­
meteu substituir o nosso pesado fardo de preocupações por um fardo mais leve
e mais suave para suportarmos! (Mt 11.28-30).

A N O TA Ç Õ E S
19 DE JANEIRO

DEUS TRANSFORMARÁ SUA HUMILHAÇÃO EM EXALTAÇÃO


Tiago 4.10
INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos mostra o caminho da exaltação. A hu­
milhação é o caminho mais curto para sermos exaltados por Deus. Quando
o homem se humilha diante de Deus com sinceridade, Deus estende as mãos
para erguê-lo do pó e fazê-lo assentar nos lugares de honra entre os príncipes do
Senhor (SI 113.7-8). Deus não consegue enxergar quem é grande, porque só Ele
é grande; porém, os pequenos Ele enxerga, porque reconhecem que somente o
Senhor é Grande (Is 57.15). Deus nunca rejeitou um pecador que se humilhou
na sua presença, por pior que fosse o seu pecado (lR s 21.29 e 2Cr 33.11-13).
Deus transforma a nossa humilhação em exaltação. O homem nunca deve exal­
tar-se a si mesmo; mas sim, deixar que o próprio Deus o exalte (2Co 10.18).
I. DEUS EXALTA O HUMILDE E ABATE O SOBERBO
1. O rei Davi reconhecendo o grande valor da humildade diante de Deus,
afirma: “Tu salvas o povo humilde, mas, com um lance de vista, abates os alti­
vos” (2Sm 22.28). Só com um golpe de vista Deus abate o soberbo; porém, ao
humilde Deus salva e exalta!
2. A Bíblia afirma que: “O Senhor é excelso, contudo, atenta para os humil­
des; os soberbos, Ele os conhece de longe” (SI 138.6). Enquanto o Senhor fica
perto dos humildes; os soberbos são observados à distância (SI 145.18).
3. O profeta Ezequiel previu o Senhor exaltando o humilde e abatendo o
soberbo (Ez 21.26). Após o Senhor humilhar a soberba do rei Nabucodonozor,
ele mais humilde, reconheceu a Soberania de Deus, dizendo: “Agora, pois, eu,
Nabucodonozor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas
obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que an­
dam na soberba” (Dn 4.37).
II. QUEM SE HUMILHA NA PRESENÇA DO SENHOR SERÁ EXALTADO
1. O Senhor Jesus Cristo nos ensinou que a nossa exaltação é precedida pela
nossa humilhação, dizendo: “Todo o que se exalta será humilhado; e o que se
humilha será exaltado” (Lc 14.11).
2 .0 apóstolo Tiago nos revela como os que se humilham alcançam graça diante
do Senhor, dizendo: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4.6).
3 .0 apóstolo Pedro também nos aconselhou, dizendo: “Humilhai-vos, pois,
debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte,” (lP e 5.6).
CONCLUSÃO: Secada ser humano fizesse uma pequena reflexão de sua fragilidade,
e de quanto a vida é tão passageira, deixaria de lado tanta arrogância e tanta soberba!
Que possamos nos humilhar a cada dia debaixo da potente Mão do Senhor, para no
momento certo Ele nos exaltar!

46 | 19 DE JANEIRO
20 DE JANEIRO

HAVERÁ BOM FUTURO PARATI


Provérbios 23.18

INTRODUÇÃO: Vivemos numa época onde as pessoas vivem preocupadas com


o seu futuro, e isso é normal na vida de cada ser humano. Este texto sagrado
tranquiliza o nosso coração, dizendo: “Haverá bom futuro”. A Palavra de Deus
sempre possui uma mensagem de esperança e alivio para o duvidoso ser huma­
no. Há um hino maravilhoso, um verdadeiro clássico cantado em todo o mun­
do que diz: “Porque Ele vive posso crer no amanhã”. É somente em Jesus Cristo
que o nosso futuro está garantido. Porque Ele vive nós vivemos! Jesus Cristo é o
mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8). Muitas coisas podem se alterarem
e mudarem, porém, daqui a cem ou mil anos Jesus Cristo continua o mesmo!
Haja o que houver, ou aconteça o que acontecer, o nosso futuro está garantido
pelo Nosso Senhor Jesus Cristo! (Mc 10.29-30).

I. PESSOAS QUE TIVERAM CERTEZA DE UM BOM FUTURO


1. A Bíblia mostra o testemunho de várias pessoas que confiavam em um
futuro melhor para as suas vidas. O patriarca Jó demonstrou confiança inabalá­
vel em seu futuro, e se expressou, dizendo: “Porque eu sei que o meu Redentor
vive e por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 19.25).
2. Davi demonstrou confiança em um bom futuro, dizendo: “Bondade e m i­
sericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na
Casa do SENHOR para todo o sempre.” (SI 23.6). Davi confiava que a bondade e
a misericórdia de Deus estaria com ele em todos os dias que vivesse nesta terra!
3. O apóstolo Paulo mostrou confiança em um bom futuro, e escreveu a
Timóteo, dizendo; “E por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me en­
vergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso
para guardar o meu depósito até aquele Dia.” (2Tm 1.12). Assim como alguém
aplica seus recursos em um banco para assegurar um bom futuro em sua velhi­
ce, Paulo acreditava que Jesus Cristo asseguraria no futuro toda a aplicação que
ele estava fazendo na obra do Senhor!

II. NOSSAS ATITUDES HOJE IRÃO NOS ASSEGURAR UM BOM FUTURO


1. O Senhor Jesus Cristo nos ensina como nossas atitudes determinam nos­
so bom futuro, dizendo: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferru­
gem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros
no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não
minam, nem roubam.” (Mt 6.19-20). Jesus não está proibindo termos dinheiro
neste mundo, mas usarmos os recursos que temos na terra para colhermos um
bom futuro nos céus!
2. Jesus Cristo nos ensinou ainda sobre isso, dizendo: “Granjeai amigos com
as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles
nos tabernáculos eternos.” (Lc 16.9). O bem que plantamos hoje colheremos no
futuro!
3. O apóstolo Paulo ainda deu um conselho para os ricos assegurarem um
futuro melhor, dizendo: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam or­
gulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em
Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que prati­
quem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir;
que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim
de se apoderarem da verdadeira vida.” (lT m 6.17-19).
CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo nos ensina a esquecer o nosso passado e olhar
com firmeza para o futuro, dizendo: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo
alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam
e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prê­
mio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.14-15). Haverá bom
futuro para ti ( ljo 2.25).

A N O TA Ç Õ E S

48 | 20 DE JANEIRO
21 DE JANEIRO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA RELIGIÃO


Tiago 1.27

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o apóstolo Tiago nos ensina as características


da verdadeira religião. O dia 21 de janeiro é celebrado como o Dia Mundial da Re­
ligião. A palavra grega para “religião” é “threskeia”, cuja raiz é o adjetivo “threskos”
que nos traz a ideia de adoração e temor a Deus, embora o termo seja ainda mais
amplo. A palavra “religião” também vem do termo latim “religare” e seu signifi­
cado define-a como o conjunto de determinadas crenças e dogmas que levam o
homem ao sagrado, onde cada uma apresenta suas práticas e ritos próprios, envol­
vendo ainda formas de comportamento e de cumprimento dos preceitos morais,
além de trazer a ideia de religar o homem a Deus. O berço das três grandes reli­
giões monoteístas é o Oriente Médio, que pregam a crença em um só Deus, como
é o caso do Judaísmo, do Cristianismo, e do Islamismo. Porém, aquilo que deveria
servir de ligação e harmonia entre os homens, também se tornou grande fonte de
conflitos, por abranger opiniões e concepções divergentes em relação à divindade,
que aparecem envolvendo princípios éticos, filosóficos e metafísicos. Na verdade,
a consequência de todos estes conflitos religiosos ao redor do planeta, é o pecado
que tem afastado o homem do verdadeiro Deus; e muitos, ainda estão como os
atenienses dos dias de Paulo, à procura do “Deus Desconhecido” (At 17.23).

I. RESUMO DAS RELIGIÕES NO MUNDO


1. O JUDAÍSMO: Advindo da Palestina (Israel), em meados do século XVII
a.C, o seu livro sagrado é a Tanach, que contém os mandamentos do Judaísmo.
É a primeira religião Monoteísta do mundo, e tem o grande Patriarca hebreu
Abraão, como o seu fundador. Tanakh ou Tanach (em hebraico) é um acrônimo
utilizado dentro do Judaísmo para denominar seu conjunto principal de livros
sagrados, sendo o mais próximo do que se pode chamar de uma Bíblia Judaica.
O conteúdo do Tanakh é equivalente ao Antigo Testamento Cristão, e revela o
Deus de Israel como o Criador dos céus e da terra (Gn 1.1 e Is 45.11-12);
2. O CRISTIANISMO; Se originou na região da atual Israel, antiga Palestina,
no século I, tendo a sua origem Hebraica-Cristã. Seu livro sagrado é a Bíblia,
dividida em Velho e Novo Testamento, que apresenta a história dos primeiros
patriarcas hebreus, a libertação israelita do Egito, os ensinamentos dos profetas
hebreus; a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo, o seu Fundador; e também dos
seus Apóstolos; e, acredita que o Deus de Israel é mesmo o Único Deus Verdadei­
ro, que enviou seu Filho Jesus Cristo para morrer pelos pecados da humanidade
por um amor sacrificial na cruz; e, após ter ressuscitado vitorioso ao terceiro dia,
recebeu todo o poder nos céus e na terra; enviando o Espírito Santo para habi­
tar conosco; e voltará para buscar à sua Igreja Fiel e estabelecer o seu Governo
Universal, onde a paz e a justiça será estabelecida em todo o Universo em um
futuro não tão distante!
3. O ISLAMISMO: Se originou na Arábia Saudita, tem como livro sagrado
o Alcorão, baseado na doutrina de Maomé, enviado de Allah para ditar os man­
damentos. Para os muçulmanos, “Abraão, Moisés e Jesus foram profetas e rece­
beram mensagens divinas”; e, acreditam que Maomé foi o seu último profeta, e
não haverá outros profetas.
4. O HINDUÍSMO: Surgiu na índia em 1500 a.C, e seu livro sagrado é o
Vedas. É uma religião que apresenta vários deuses, mas os principais deles, que
formam a sagrada “trindade hinduísta” são: Brahma - deus da criação, Vishnu
- deus da preservação e Shiva - deus da destruição e da recriação.
5. O BUDISM O: Surgiu também da índia em torno do ano 600 a.C, a
doutrina é fundamentada nos preceitos do príncipe Sidarta Gautama, o Buda
conhecidos como Tripitaka, onde estão condensados todos os principais ensi­
namentos do Budismo.
6. No tocante às suas crenças, as religiões podem ser classificadas em três tipos
básicos de crenças: I a MONOTEÍSMO: Crença em um único Deus supremo. As
grandes religiões monoteístas são: O Cristianismo e suas variações, o Judaísmo e o
Islamismo; 2a POLITEÍSMO: Adoração de vários deuses, como é o caso do hinduís-
mo, do budismo, do confucionismo, do xintoísmo e do taoísmo; e, 3a DUALISMO:
Crença na igualdade de forças entre o bem e o mal, típica do zoroastrismo. A religio­
sidade sempre fez parte da vida humana. O respeitado historiador antigo Plutarco
escreveu que: “É possível encontrar cidades sem muralhas, sem ginásios, sem leis,
sem moedas, sem cultura literária, mas um povo sem Deus, sem orações, sem jura­
mentos, sem ritos religiosos, sem sacrifícios jamais foi encontrado”. Portanto, mes­
mo na sua ignorância espiritual, existe um elo perdido dentro de cada ser humano
que o faz procurar pelo Divino em todas as culturas existentes.
CONCLUSÃO: O Cristianismo é muito mais que uma religião. O verdadeiro
Cristianismo é uma nova maneira de viver. É nova vida (Jo 5.24). É ser rege­
nerado, restaurado, transformado e renovado (IC o 6.11). É nascer de novo
(Jo 3.3). É amar a Deus sobre todas coisas (Mt 22.37). É amar o próximo como a
si mesmo (Mt 22.39). É ser nova criatura! “E, assim, se alguém está em Cristo, é
nova criatura; as coisas velhas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5.17).
É assim que se resume a verdadeira Religião Cristã.

50 | 21 DE JANEIRO
22 DE JANEIRO

VOCÊ NASCEU PARA VENCER


Isaías 49.1

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o conhecimento prévio que o nosso


Deus possui de cada ser humano que nasce no mundo. O salmista Davi chegou
a dizer que todos os nossos dias foram determinados por Deus quando nenhum
deles ainda existia (SI 139.16). Nós não nascemos por obra do acaso, Deus já
nos fez nascer vencedores. Todos nós temos o DNA de vencedores. Você é tão
especial que não existe outro igual a você. Cada ser humano nasce com uma
digital individual e intransferível. Por isso, faça a sua parte, deixe de lado todo
sentimento de fracasso ou derrota, Deus escolheu você desde o seu nascimento.
Você nasceu para vencer; você nasceu para ser mais do que vencedor (Rm 8.37).

I. PESSOAS ESCOLHIDAS POR DEUS ANTES DE NASCER


1. A Bíblia cita várias pessoas que Deus escolheu antes mesmo de nascerem,
e algumas, Deus chegou dá o nome antes mesmo de nascerem. O Senhor Deus
deu o nome a Isaque antes mesmo de ele nascer, quando se dirigiu a Abraão,
dizendo: “De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque; es­
tabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência.”
(Gn 17.19). Isaque nasceu para prosperar e ser vencedor! (Is 26.12-14).
2. Deus escolheu Sansão antes do seu nascimento quando se dirigiu a mãe
dele, dizendo: “Porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja
cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu consagrado a
Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos
filisteus.” (Jz 13.5). Sansão nasceu para ser imbatível (Jz 14.6; 15.14-16 etc..).
Sansão só perdeu para ele mesmo (Jz 16.17-30).
3. O Senhor Deus citou o nome de Josias cerca de 300 antes dele nascer,
dizendo: “Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual
sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos
humanos se queimarão sobre ti.” (1 Rs 13.2). Esta profecia foi proferida por volta
do 9o (nono) século antes de Cristo, e Josias só foi nascer por volta do 6o (sexto)
século antes de Cristo (2Rs 23.15-16).

II. PESSOAS CHAMADAS POR DEUS DESDE O VENTRE MATERNO


1. Um piedoso salmista reconheceu que Deus cuidava dele desde o ventre
materno, e louvou ao Senhor, dizendo: “Em ti me tenho apoiado desde o meu
nascimento; do ventre materno tu me tiraste, tu és motivo para os meus louvo­
res constantemente.” (Sl 71.6).
2. O Senhor Deus chamou o profeta Jeremias para o ministério profético
desde o ventre materno, e lhe fez a seguinte revelação: “Antes que eu te formasse

51
no ventre materno, eu te conhecí, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e
te constituí profeta às nações.” (Jr 1.5).
3. O apóstolo Paulo revelou também a sua chamada desde o ventre ma­
terno, dizendo: “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me
chamou pela sua graça...” (G 11.15).
CONCLUSÃO: Você nasceu para vencer, e Deus também lhe escolheu antes
mesmo da fundação do mundo, e o apóstolo Paulo recebeu de Deus esta revela­
ção e escreveu, dizendo: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do
mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor, e nos
predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o
beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez
agradáveis a si no Amado.” (Ef 1.4-6).

A N O TA Ç Õ E S

52 | 22 DE JANEIRO
23 DE JANEIRO

DEUS TE ACOMPANHARÁ POR ONDE VOÇE ANDAR


Josué 1.9

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado é uma injeção de ânimo divino para os que
estão abatidos e desanimados. Coisa maravilhosa é sabermos que Deus nos
acompanha por onde andamos. A presença do Senhor traz segurança para as
nossas vidas. Ter a companhia do Senhor é um privilégio somente dos crentes
fiéis (SI 101.6). Deus é a melhor companhia que o homem pode ter. O general
Josué recebeu esta garantia que Deus estaria com ele em todos os lugares. É a
presença de Deus que nos fortalece, nos encoraja, nos vivifica, e nos levanta do
chão do desânimo. O Senhor prometeu está com Josué por onde ele andasse,
mas prometeu também está conosco todos os dias (Mt 28.20). O Senhor Deus
também fez esta promessa para vários homens da Bíblia.

I. HOMENS QUE O SENHOR PROMETEU A SUA COMPANHIA


1. O Senhor Deus prometeu a sua companhia ao patriarca Jacó, dizendo:
“Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar
a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei refe­
rido.” (Gn 28.15).
2. O Senhor prometeu a sua presença com Moisés, dizendo: “A minha pre­
sença irá contigo, e eu te darei descanso. Então, lhe disse Moisés: Se a tua pre­
sença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar.” (Êx 33.14-15). Moisés
não queria correr o risco de prosseguir a caminhada sem a presença do Senhor
com ele!
3. O Senhor disse estas mesmas palavras encorajadoras a Gideão, dizendo:
“Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te en­
viei eu?” (Jz 6.14). Quando o Senhor envia, Ele garante a vitória plena e integral!

II. O SENHOR TAMBÉM NOS PROMETEU SUA COMPANHIA


1. O próprio Senhor prometeu ir na nossa frente eliminando os obstáculos,
dizendo: “Eu irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as
portas de bronze e despedaçarei as trancas de ferro; dar-te-ei os tesouros escon­
didos e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o SENHOR, o Deus
de Israel, que te chama pelo teu nome.” (Is 45.2).
2. O Senhor prometeu nos ajudar pessoalmente, dizendo: “Porque eu, o
SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas, que eu te
ajudo.” (Is 41.13).
3. O Senhor prometeu nos acompanhar pelo caminho, dizendo: “Assim diz
o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR, o teu Deus,
que te ensina o que é útil e te guia pelo caminho em que deves andar.” (Is 48.17).
CONCLUSÃO: Quando o nosso Deus nos acompanha pelo caminho por onde
andamos, Ele facilita as dificuldades do caminho, nos livra dos buracos do ca­
minho, e nos guia por terreno plano (SI 143.10). O rei Davi ainda declarou o
Senhor como Aquele que desembaraça os nossos caminhos, dizendo: “Deus é a
minha fortaleza e a minha força e ele perfeitamente desembaraça o meu cami­
nho.” (2Sm 22.33)

A N O TA Ç Õ E S

54 | 23 DE JANEIRO
24 DE JANEIRO

0 QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO TERÁ UMA RECOMPENSA


2Crônicas 15.7

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado deixa muito claro que o nosso Deus não fica
devendo favor pra ninguém. Ele sempre recompensa os que fazem a sua obra.
Não podemos desanimar, e nem relaxar o trabalho das nossas mãos, pois, há
um Deus no céu que tem prazer em recompensar os que trabalham com zelo
e diligência na sua obra. Há uma tendência do ser humano fazer as coisas com
desânimo ou falta de motivação quando pensa que está trabalhando de graça;
porém, sabedor disso, o nosso Deus promete recompensa para o nosso traba­
lho. A “recompensa” pode ser definida como um prêmio pago, um galardão, ou
uma compensação por uma ação meritória. Todos nós gostamos de ser recom­
pensados pelo nosso trabalho. Nem sempre esperamos uma recompensa mate­
rial ou financeira; às vezes, queremos apenas um reconhecimento ou um gesto
de gratidão pelo nosso trabalho. Por isso, o nosso Deus nos encoraja a conti­
nuarmos a trabalhar com entusiasmo, porque Dele vem a nossa recompensa.

I. 0 NOSSO DEUS É 0 MAIOR PAGADOR DE RECOMPENSA QUE EXISTE


1. O Senhor Deus prometeu uma grande recompensa a Abraão, dizendo:
“Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.” (Gn 15.1).
Abraão havia recusado receber os despojos conquistados na guerra em que res­
gatou seu sobrinho Ló (Gn 14.21-24), e tal atitude agradou o coração de Deus
que lhe prometeu maiores recompensas!
2. O Deus da Bíblia é o maior pagador de recompensas que existe. Ele é
o dono de todo o Universo, e possui todos os recursos à sua disposição para
oferecer a quem Ele quiser dá. O dízimo das dádivas dos filhos de Israel, por
exemplo, seria entregue aos Levitas como recompensa pelo serviço na Tenda da
Congregação (Nm 18.31).
3. Boaz abençoou a Rute invocando a recompensa divina para a sua vida,
dizendo: “O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do
Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio” (Rt 2.12).

II. NOSSAS ATITUDES DETERMINAM A RECOMPENSA DIVINA


1. O rei Davi se dirigiu ao Deus recompensador, dizendo: “Retribuiu-me
o Senhor segundo a minha justiça, recompensou-me conforme a pureza das
minhas mãos” (2Sm 22.21).
2. A Palavra de Deus afirma que: “Na verdade, há recompensa para o justo;
há um Deus, com efeito, que julga na terra” (SI 58.11). Deus sempre tem uma
recompensa diferente para cada crente vencedor (Ap 2.7; 2.11; 2.17; 3.5; 3.12
e 3.21).
3. O profeta Isaías descreve a vinda do Senhor Deus trazendo recompensa
para o seu povo, dizendo: “Eis que o SENHOR Deus virá com poder, e o seu
braço dominará; eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recom­
pensa.” (Is 40.10).

CONCLUSÃO: Deus sabe que o ser humano gosta de recompensas, gosta de


ganhar presentes. Por isso, Ele prometeu recompensa para tudo aquilo que fa­
zemos para Ele (Hb 6.10). O próprio Senhor Jesus Cristo nos fez uma promessa,
dizendo: “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para
retribuir a cada um segundo as suas obras” (Ap 22.12).

A N O TA Ç Õ E S

56 | 24 DE JANEIRO
25 DE JANEIRO

LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DO CARTEIRO


Provérbios 25.25

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão nos fala da importância


de recebermos uma boa notícia de um país distante, ou da terra onde nasce­
mos. Uma boa notícia recebida é como um refrigério para o coração. O Dia do
Carteiro é comemorado anualmente no dia 25 de janeiro, e homenageia uma
profissão muito antiga, que é a do mensageiro. O carteiro de hoje é o antigo
mensageiro que portava consigo uma mensagem oral ou por escrito para en­
tregar alguém. Hoje, com a era da internet e dos celulares, é fácil enviar uma
mensagem pra qualquer pessoa ao redor do mundo. Entretanto, antigamente,
quando as pessoas se comunicavam por meio de cartas, todos aguardavam com
ansiedade a chegada do carteiro para entregar alguma correspondência tra­
zendo notícias de parentes que vivem em terras distantes. Mensageiros sempre
existiram, desde a antiguidade, mas a profissão de carteiro como a conhecemos
hoje, é bem mais recente. Apesar de muitas mensagens hoje serem enviadas
eletronicamente, o carteiro continua sendo um importante mensageiro.

I. A IMPORTÂNCIA DO MENSAGEIRO NAS ESCRITURAS


1. Presença constante no dia a dia de cada brasileiro com seu tradicional
uniforme azul e amarelo, o carteiro cumpre a importante missão de aproxi­
mar pessoas num país com dimensões continentais, como o Brasil, com cartas
pessoais e cartões postais; além da entrega de pedidos feitos pelos correios,
embora as cartas pessoais tenham diminuído muito por causa das mensagens
eletrônicas via Wat Sap e outros meios de comunicação. O sábio Salomão des­
creveu a importância do recebimento de uma boa-nova ou boa notícia, dizen­
do: “Como água fria para o sedento, tais são as boas-novas vindas de um país
remoto” (Pv 25.25).
2. “O carteiro leva mensagens de amor, de alegria e de prazer, e quanta
mensagem triste ele entrega sem saber!” De certa maneira, o trabalho do car­
teiro é um pouco parecido com o trabalho do mensageiro de Cristo que é o
portador de boas-novas. Assim como o carteiro passa de casa em casa entre­
gando mensagens enviadas por telegramas, cartas registradas, sedex, e outras
modalidades de correspondências; o mensageiro de Cristo sai entregando as
boas-novas de Cristo para cada pessoa, cada família, cada lar, e cada igreja,
e às vezes é também incumbido de entregar mensagens duras e realistas aos
seus ouvintes.
3. Como o carteiro deve entregar a correspondência exatamente como rece­
beu; assim, o mensageiro de Deus tem a responsabilidade de entregar a mensa­
gem exatamente como recebeu. “O profeta que tem sonho conte-o como apenas

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sonho; mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com
verdade. Que tem a palha com o trigo? - Diz o Senhor” (Jr 23.28).

II. A FIGURA DO MENSAGEIRO DE BOAS NOVAS


1. A Bíblia exalta o grande trabalho dos mensageiros de boas-novas, dizen­
do: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas,
que faz ouvir a paz, que anuncia as coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz
a Sião: O teu Deus reina!” (Is 52.7).
2. O sábio Salomão ainda escreveu que: “O mau mensageiro se precipita no
mal, mas o embaixador fiel é medicina” (Pv 13.17). Porém: “Como o frescor de
neve no tempo da ceifa, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam,
porque refrigera a alma dos seus senhores” (Pv 25.13). O bom mensageiro hon­
ra sempre aquele que o enviou (Jo 5.24 e IC o 15.3-4).
3. O apóstolo Paulo cita Tito como um dos mensageiros das Igrejas e glória
de Cristo, dizendo: “Quanto a Tito, é meu companheiro e cooperador convosco;
quanto a nossos irmãos, são mensageiros das igrejas e glória de Cristo.” (2Co
8.23). Nós somos os fiéis embaixadores de Cristo para oferecer condições de paz
a homens rebeldes, a fim de que se rendam ao Salvador Jesus Cristo (2Co 5.20).
CONCLUSÃO: Nós somos os mensageiros da paz de Cristo. Somos os porta­
dores da mensagem de Deus para os homens. O mensageiro de Cristo tem a
responsabilidade de entregar o que recebeu do Senhor (IC o 15.3-4).

A N O TA Ç Õ E S

58 | 25 DE JANEIRO
26 DE JANEIRO

DEUS ME ABRIU UMA GRANDE PORTA


ICoríntios 16.9

INTRODUÇÃO: Neste sagrado, o apóstolo Paulo comemora uma grande porta


que Deus lhe havia aberto para a pregação do Evangelho na cidade de Éfeso. En­
tretanto, mesmo festejando esta grande porta que Deus lhe havia aberto, Paulo
sabia das dificuldades que iria encontrar, e dos adversários que enfrentaria. O
fato de Deus nos abrir uma grande porta não significa que as coisas serão fáceis.
Precisamos usar a oportunidade que Deus prepara, porém com muita sabedo­
ria, prudência e cautela. A porta que Deus abre é grande, porque o nosso Deus
é Grande. Por mais que enfrentamos dificuldades, o nosso Deus é Maior do que
qualquer dificuldade ou obstáculo ( ljo 4.4).

I. DEUS ABRE ATÉ PORTAS DE BRONZE


1. O nosso Deus é especialista em abrir portas. Um Deus que abriu um mar
inteiro para o seu povo atravessar a pé enxuto, é capaz de abrir qualquer porta
para abençoar o seu povo (Êx 14.15-31). Sabedor disso, o salmista escreveu,
dizendo: “Pois arrombou as portas de bronze e quebrou as trancas de ferro.”
(SI 107.16). Não há porta que o Senhor não abra!
2 . 0 Senhor Deus ainda prometeu nos abrir portas de bronze, dizendo: “Eu
irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as portas de
bronze e despedaçarei as trancas de ferro;” (Is 45.2).
3 .0 Senhor Jesus Cristo fala que já nos abriu a porta, dizendo: “Conheço as
tuas obras — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém
pode fechar — que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e
não negaste o meu nome.” (Ap 3.8).

II. NÃO EXISTE PORTA DE FERRO QUE DEUS NÃO ABRA


1. Lucas também descreveu a forma milagrosa como as portas de ferro da
prisão onde Pedro estava se abriram, dizendo: “Depois de terem passado a pri­
meira e a segunda sentinela, chegaram ao portão de ferro que dava para a cida­
de, o qual se lhes abriu automaticamente; e, saindo, enveredaram por uma rua,
e logo adiante o anjo se apartou dele.” (At 12.10).
2. Lucas ainda descreveu como as portas de ferro da prisão de Filipos se
abriram, dizendo: “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam
louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente,
sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se
todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos.” (At 16.25-26). Deus m os­
trou para Paulo e Silas que não existe portas de bronze ou de ferro que Ele não
abra!
3. Paulo também comemorou uma outra porta que Deus lhe abriu em Trôa-
de para anunciar o Evangelho de Cristo (2Co 2.12); e, ao retornar de uma vito­
riosa viagem missionária, Paulo e Barnabé “relataram quão grandes coisas Deus
fizera por eles e como abrira aos gentios a porta da fé.” (At 14.27).
CONCLUSÃO: O próprio Deus já colocou diante de nós uma Porta Aberta! Deus
já nos abriu a porta! Acredite! A porta que Ele abriu é grande! Um Deus Grande
possui um amor grande, uma misericórdia grande, uma fidelidade grande, e
nos abriu uma porta grande! (Lm 3.22-23; IC o 16.9 e E f 2.4).

A N O TA Ç Õ E S

60 I 26 DE JANEIRO
27 DE JANEIRO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ORADOR


Atos 18.24

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Lucas nos apresenta Apoio, um dos ora­
dores mais eloquentes das Escrituras. O dia 27 de janeiro é lembrado como o
Dia do Orador. A oratória é a arte de falar em público de forma estruturada e
deliberada, com a intenção de informar, influenciar, ou entreter os ouvintes. Na
Grécia Antiga e em Roma a oratória era estudada como componente da retó­
rica, ou seja, a composição e apresentação de discursos, e era considerada uma
importante habilidade na vida pública e privada. Aristóteles e Quintiliano estão
entre os mais conhecidos autores clássicos que estudaram o tema. A oratória
tem sido essencial na Religião, na Política, no Direito, e entre todos os comuni­
cadores. E, para nós os cristãos, a oratória possui uma importância maior ainda.
Cada discípulo de Cristo é um orador em potencial. Cada pessoa que tinha um
encontro com Cristo, já saia falando em público do Evangelho de Cristo. Foi
assim com a Mulher Samaritana, e com tantas outras pessoas que saiam falando
em público da Pessoa de Jesus Cristo. Portanto, cada Cristão é um orador em
potencial da Doutrina Cristã (At 1.8).

1. OS MAIORES ORADORES NA HISTÓRIA SECULAR E CRISTÃ


1. A história revela a existência de grandes oradores sacros; e, também, im ­
portantes oradores seculares. A Bíblia mostra a história de grandes oradores,
tanto da Antiga Aliança como da Nova Aliança; além, da história do maior de
todos os oradores - Jesus Cristo, o maior pregador de todos os tempos. Uma
forma de desenvolver a arte da oratória é conhecendo os grandes oradores da
humanidade. Eles foram muitos ao longo dos séculos e mesmo com propósitos
distintos, arrebataram platéias com as suas palavras.
2. Grécia e Roma foram, sem dúvida, os berços dos maiores oradores da
antiguidade clássica. Sócrates, Aristóteles e Demóstenes, na Grécia, e Cícero
em Roma, são exemplos de oradores incontestáveis. Demóstenes que tinha pro­
blemas sérios de gagueira, de dicção, de articulação e também de postura, nos
dá um grande exemplo de força e determinação. Ele criou e utilizou métodos
para corrigir todos os seus problemas de postura e verbalização, para se tornar
o maior orador da Grécia Antiga.
3. A Bíblia destaca os nomes de grandes oradores como: Moisés, Samuel,
Davi, Salomão, Elias, Isaías, Jeremias, Ezequiel, e Jonas, como os grandes orado­
res da Antiga Aliança. No Novo Testamento, temos os seguintes oradores mais
importantes: Jesus Cristo, o maior de todos os oradores da história, João Batista,
Pedro, Estevão, Apoio e Paulo. Na História da Cristandade, é impossível citar
grandes nomes da oratória sacra, sem mencionar João Crisóstomo, apelidado
de “Boca de Ouro”, Jerônimo Savonarola, Martinho Lutero, Jonh Calvino, Jona­
than Edwards, Jonh Wesley, David Moody, George Whitefield, Charles Finney,
e tantos outros.
4. O primeiro-ministro inglês Winston Churchill se destacou no mundo in­
teiro como um extraordinário orador de uma retórica invejável. No Continente
Americano, temos como exemplos de grandes oradores políticos e ativistas, os
seguintes nomes: Abraham Lincoln, Martin Luther King, John E Kennedy, Mal-
com X, Richard Nixon, Franklin Roosevelt, e Jimmy Carter. Abaixo da linha do
Equador quatro tribunos deixaram suas marcas registradas na história do nosso
país, como os maiores oradores: Rui Barbosa, o Águia de Haia, Gaspar Silveira
Martins, José do Patrocínio, e Joaquim Nabuco, tornaram-se os grandes ícones
da oratória no Brasil. E, dentre os grandes oradores sacros do Continente Ame­
ricano, não podemos deixar de citar nomes como: Billy Graham, Jimmy Swaa-
gart, Morris Cerullo, T.L Osborn, Oral Roberts, e tantos outros.
5. Em solo brasileiro já passaram grandes oradores sacros como o Padre
português Antônio Vieira (século XV I), conhecido como o padre da “retórica
de fogo”, respeitado pelos próprios evangélicos que amam a boa oratória. E, no
nosso caso evangélico, tivemos missionários americanos e europeus que muito
contribuíram para a expansão do Evangelho em solo brasileiro, de formação
batista, metodista, presbiteriano e também da Assembléia de Deus, e de tantos
outros ramos evangélicos, os quais inflamaram os corações das pessoas com
sua oratória evangélica. Não é possível citar todos os nomes, e cada leitor tem a
sua preferência. O Senhor Jesus Cristo elegeu os seus discípulos como oradores
mundiais, dizendo: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”
(Mc 16.15).
CONCLUSÃO: Jesus Cristo foi o maior Orador de todos os tempos; pois, a pró­
pria Bíblia afirma que: “Jamais alguém falou como este homem” (Jo 7.46). Jesus
Cristo foi o Orador mais carismático de todos os tempos; pois, a própria Bíblia
diz que: “Todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça
que lhe saiam dos lábios” (Lc 4.22). Que nós os cristãos, possamos usar a nossa
fala para anunciar com intrepidez a palavra do Senhor (At 4.31). Que possamos
impactar o mundo com a nossa pregação. Que possamos ser eloquentes e pode­
rosos na arte de ensinar ao povo as sagradas letras da palavra de Deus!

A N O TA Ç Õ E S

62 | 27 DE JANEIRO
28 DE JANEIRO

0 SOL DA JUSTIÇA ESTÁ BRILHANDO PARA VOCÊ


Malaquios 4.2

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, temos a promessa que o Sol da Justiça nas­
cerá trazendo salvação para os que temem o Nome do Senhor. Esta profecia
aponta para o Nascimento de Jesus Cristo - O Sol da Justiça que nos trouxe a
salvação eterna, e também fala de seu aparecimento em Glória para iluminar
o mundo inteiro (Ap 1.7). Apesar do Pai Celestial fazer o seu sol astronômico
nascer sobre todos (Mt 5.45-46), Ele prometeu através do profeta Malaquias
que o “Sol da Justiça” só nascerá para os que temem o Nome do Senhor (Ml 4.2).
E a promessa de uma visitação especial do Senhor sobre o seu povo, numa clara
referência também à Vinda do Senhor Jesus Cristo (Lc 1.78). Como “Sol da
Justiça”, Jesus Cristo é Aquele que brilha mais do que o sol tropical ao meio-dia
(Ap 1.16). O profeta Isaías afirma que: “A lua se envergonhará, e o sol se con­
fundirá quando o SENHOR dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém;
perante os seus anciãos haverá glória.” (Is 24.23).

I. IMPORTÂNCIA DO SOL NAS ESCRITURAS


1. O sol é o grande luzeiro da terra. O seu diâmetro é de 1.391.000 Km, e
sua luz leva 8 minutos e 18,4 segundos para atingir a terra. O sol é 109 vezes
maior do que a terra, e sua distância da terra é de cerca de 150 milhões de
Km. O sol possui luz própria e todos os planetas da nossa Galáxia giram em
torno do seu eixo. O sol é de certa forma o “astro rei”. Assim, Jesus Cristo, é
o nosso “Astro M aior”, que possui luz própria para iluminar todo o Universo
(Jo 1.9).
2. A Bíblia afirma que: “Nasceu-lhe o sol” quando Jacó atravessava Peniel,
mancando da coxa (Gn 32.31). Após uma luta intensa com o Anjo do Senhor
na escuridão da noite, o Senhor abençoou a Jacó fazendo o sol da sua bondade
nascer sobre ele!
3. Moisés, um cientista formado no Egito descreveu a importância do sol na
agricultura, e como o mesmo ajuda no amadurecimento da colheita (Dt 33.14).
A fotossíntese é o processo pelo qual a planta sintetiza compostos orgânicos a
partir da presença de luz, água e gás carbônico. Ela é fundamental para a manu­
tenção de todas as formas de vida no planeta, pois todas precisam desta energia
para sobreviver. Portanto o sol é a fonte primária desta energia que as plantas
precisam no processo conhecido como fotossíntese.

II. O SOL É UM SÍMBOLO VISÍVEL DA GLÓRIA DE DEUS


1. O salmista louvou ao Deus que criou o sol, dizendo: “Do nascimento do
sol até ao ocaso, louvado seja o Nome do Senhor” (SI 113.3). O nosso Deus deve
ser louvado em todo o tempo, pois, Ele faz nascer o seu sol tanto sobre os maus
e bons e vir chuvas sobre justos e injustos (Mt 5.45).
2. Os que amam ao Senhor brilham como o sol quando se levanta no seu
esplendor (Jz 5.31). O Senhor “Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu
direito, como o sol ao meio dia” (SI 37.6).
3. O apóstolo Paulo afirma que: “Uma é a glória do sol, outra, a glória da
lua, e outra, a das estrelas” (IC o 15.41). Jesus Cristo é o Sol da Justiça que nas­
ceu para fazer surgir a aurora no meio da escuridão deste mundo. Jesus Cristo
é Verdadeira Luz que ilumina todo homem (Jo 1.9). Jesus Cristo é o Sol da Jus­
tiça que repara as nossas injustiças, e faz o nosso dia clarear até ser dia perfeito
(SI 37.6 e Pv 4.18). Todas as pessoas injustiçadas terão o seu direito restaurado
pelo Senhor, a Nossa Justiça (Jr 23.6 e Ml 4.2).
CONCLUSÃO: A Noiva é formosa como a lua e pura como o sol (Ct 6.10). A
Igreja tem a pureza de Cristo, o “Sol da Justiça” (Ml 4.2 e 2Co 11.2). O Senhor
Jesus Cristo disse que: O s justos resplandecerão como o sol, no reino de seu
Pai” (Mt 13.43). Da mesma forma que o rosto de Jesus Cristo brilha mais do que
o sol tropical ao meio dia (Mt 17.2 e Ap 1.16), Ele prometeu a mesma coisa para
os seus fiéis seguidores (Mt 5.14-16 e Jo.8.12).

A N O TA Ç Õ E S

64 | 28 DE JANEIRO
29 DE JANEIRO

OLHAREI PARA 0 DEUS DA MINHA SALVAÇÃO


Miqueias 7.7

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o profeta Miquéias faz a opção correta de


olhar somente para o Senhor e esperar no Deus da sua salvação, e na resposta
do Senhor para as suas orações. O texto nos ensina três coisas importantes:
Io- Olhar para o Senhor; 2o- Esperar em Deus; e, 3o- Ter certeza que Deus nos
ouvirá. Em um mundo com tantos atrativos para os olhos, é preciso escolher o
que queremos olhar. Em um mundo de tanta impaciência e desespero, é preciso
decidir em quem devemos esperar. E, em um mundo em que os governantes
não querem ouvir os apelos do povo, é preciso escolher quem está realmente
disposto a nos ouvir. Algumas pessoas focam o seu olhar nos homens, em vez
de focarem o seu olhar no Senhor Jesus Cristo - Autor e Consumador da nossa
fé (Hb 12.2)

I. OLHAREI PARA 0 SENHOR


1. Desiludido de tantas coisas que via com os seus olhos, o profeta Miquéias
escolheu olhar somente para o Senhor. O profeta Isaías também escreveu, di­
zendo: “Naquele dia, olhará o homem para o seu Criador, e os seus olhos aten­
tarão para o Santo de Israel” (Is 17.7).
2 .0 Senhor também nos oferece um conselho, dizendo: “Olhai para mim e
sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque Eu sou Deus, e não há outro”
(Is 45.22). Olhando para o Senhor nunca erramos o nosso alvo!
3. A Palavra de Deus nos aconselha, dizendo: “Olhando para Jesus, Autor
e Consumador da fé, o qual, pelo gozo que estava proposto, suportou a cruz,
desprezando a afronta, e assentou-se à Destra do Trono de Deus” (Hb 12.2).
Olhando para Jesus Cristo nossos olhos não se desviarão para olhar outras coi­
sas insignificantes!

II. ESPERAREI NO DEUS DA MINHA SALVAÇÃO


1. Vivemos em um mundo de muita impaciência e ansiedade. As pessoas
querem que as coisas aconteçam da noite para o dia. Entretanto, é preciso espe­
rar. Vale a pena esperar no Deus da nossa Salvação! O salmista também se di­
rigiu ao Senhor, dizendo: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa,
porque dele vem a minha esperança” (SI 62.5).
2. O profeta Isaías também escreveu, dizendo: “Por isso, o Senhor espe­
ra, para ter misericórdia de vós, e se detém, para se compadecer de vós, por­
que o Senhor é Deus de justiça; bem-aventurados todos os que nele esperam”
(Is 30.18). Se o próprio Deus espera para ter misericórdia de nós, como não
esperaremos Nele?
3. O profeta Messiânico ainda escreveu, dizendo: “Mas os que esperam no
Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se
cansam, caminham e não se fatigam” (Is 40.31). Quem espera no homem pode
até se cansar; porém, os que esperam no Senhor terão suas forças renovadas!
O salmista Davi declarou que vale a pena esperar no Senhor, dizendo: “Esperei
com paciência no Senhor, e Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”
(SI 40.1). Vale a pena esperar no Senhor!

III. O MEU DEUS ME OUVIRÁ


1. No meio de tantas incertezas, o profeta demonstrou uma única certeza:
“O meu Deus me ouvirá”. A Palavra de Deus conforta o nosso coração, dizendo:
“Deleitar-te-ás, pois, no Todo-Poderoso e levantarás o rosto para Deus. Orarás
a ele, e ele te ouvirá; e pagarás os teus votos.” (Jó 22.26-27). Muitas são as pro­
messas na Bíblia que Deus nos ouvirá!
2. A Bíblia ainda nos aconselha, dizendo: “Deveras orará a Deus, que lhe
será propício; ele, com júbilo, verá a face de Deus, e este lhe restituirá a sua jus­
tiça.” (Jó 33.26). Deus sempre se mostra propicio a nos atender quando oramos
com sinceridade e humildade (Lc 18.9-14).
3. O salmista Davi também demonstrou uma grande certeza que Deus lhe
ouviu, dizendo: “O SENHOR ouviu a minha súplica; o SENHOR acolhe a minha
oração.” (SI 6.9). É preciso crê que a resposta virá exatamente no momento que
pedimos ( ljo 5.15). O salmista Davi ainda nos mostra a convicção que Deus ou­
viu a sua oração, dizendo: “Entretanto, Deus me tem ouvido e me tem atendido
a voz da oração. Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de
mim a sua graça.” (SI 66.19-20). Deus não rejeita a oração de um justo que clama
a Ele dia e noite, mesmo que pareça demorado em atendê-lo (Lc 18.7-8).
CONCLUSÃO: Que possamos olhar somente para o Senhor Jesus Cristo - O
Autor e Consumador da nossa fé; esperar na sua salvação, e acreditar que Ele
nos ouvirá (Jo 14.13-14). “Eu, porém, olharei para o SENHOR e esperarei no
Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.” (Mq 7.7).

A N O TA Ç Õ E S

66 | 29 DE JANEIRO
30 DE JANEIRO

LIÇÕES DO DIA DA NÃO-VIOLÊNCIA


Mateus 5.39

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor Jesus Cristo nos ensina so­
bre a prática da não violência, e da não resistência ao hom em perverso. O
dia 30 de janeiro foi proclam ado pela ONU com o o D ia da N ão-V iolência
em hom enagem ao pacifista indiano M ahatm a Gandhi. Trata-se de uma
iniciativa voltada à educação para a paz, a solidariedade e o respeito pe­
los direitos hum anos. Gandhi, tam bém cham ado M ahatm a (que significa
“grande alma” ou “alma ilum inada”), nasceu na índia, em 1869. É con si­
derado um dos principais expoentes do pacifism o e da luta pelo respeito
e realização dos direitos hum anos e da justiça. N ão-V iolência é um term o
que se refere a uma série de conceitos sobre m oralidade, poder e conflitos
que rejeitam com pletam ente o uso da violência nos esforços para a co n ­
quista de objetivos sociais e políticos. O term o é com um ente associado
à luta pela independência da índia, liderada por M ahatm a Gandhi, e à
luta peíos direitos civis dos negros norte-am ericanos, liderada por M artin
Luther King. Jesus Cristo, o hom em mais pacífico da história, pregou a
não-violência aos seus seguidores em várias ocasiões, à ponto de in terce­
der pelos próprios algozes da sua crucificação, dizendo: “Pai, perdoa-lhes,
porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34).

I. A NÃO VIOLÊNCIA ENSINADA POR JESUS CRISTO E SEUS APÓSTOLOS


1. Jesus Cristo sempre pregou a não violência através da não resistência
ao perverso, dizendo: “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se
qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser
pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-se também a capa; e, se qualquer
te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.” (Mt 5.39-41). Aqui, Jesus
Cristo coloca a vida à frente de qualquer disputa violenta!
2. A Bíblia conta um fato ocorrido no Ministério de Jesus Cristo, em que,
samaritanos de uma determinada aldeia não quis hospedar Jesus; então Tiago
e João perguntaram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para
os consumir? Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não sabeis
de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas
dos homens, mas para salvá-las. E seguiram para outra aldeia” (Lc 9.51-56).
Portanto, Jesus Cristo condenou todo tipo de vingança e violência.
3. Quando os soldados foram prender Jesus, Pedro puxou a sua espada
e cortou a orelha de Malco, servo do sumo sacerdote; então, Jesus, além de
curar a orelha de Malco, condenou o uso da violência de seu discípulo, dizen­
do: “Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada à espada
perecerão. Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e Ele me mandaria
neste momento mais de doze legiões de anjos?” (Mt 26.51-53 e Jo. 18.10-11).
Jesus Cristo deixou claro que podia usar de recursos para se defender se assim
quisesse; porém, preferiu pregar o uso da não violência.

II. JESUS CRISTO É O NOSSO EXEMPLO DE PACIFICADOR


1. No seu famoso Sermão do Monte, Jesus Cristo pregou o pacifismo, di­
zendo: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de
Deus” (Mt 5.9). Jesus Cristo ainda nos deixou como legado a sua paz que é mui­
to superior a paz que o mundo oferece (Jo 14.27).
2. Mais tarde, o próprio apóstolo Pedro pôde testemunhar o exemplo paci­
fico de seu Grande Mestre, dizendo: “Pois Ele, quando ultrajado, não revidava
com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se Àquele
que julga retamente” (lP e 2.23).
3 .0 antes violento e transformado apóstolo Paulo também seguiu o seu D i­
vino Mestre e passou a pregar a não violência, dizendo: “Não torneis a ninguém
mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível,
quando depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.17-18).
CONCLUSÃO: Como cidadão pleno dos seus direitos, o Cristão pode se indig­
nar contra a injustiça; e, apoiar manifestações pacíficas que não empregam o
uso da violência. O próprio rei Davi disse: “Sou pela paz; quando, porém, eu
falo, eles teimam pela guerra” (SI 120.7). Nós somos pela paz, e não pela vio­
lência! “Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz”
(SI 37.11).

A N O TA Ç Õ E S

68 | 30 DE JANEIRO
31 DE JANEIRO

LIÇÕES DO DIA DA SOLIDARIEDADE


Romanos 12.20

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos dá uma aula de so­
lidariedade. O dia 31 de janeiro é lembrado como o Dia Mundial da Solidarie­
dade. A Solidariedade é definida como a cooperação ou assistência moral que
se manifesta para com alguém, em quaisquer circunstâncias (boas ou más). É
solidário quem age com o intuito de confortar, consolar, oferecer ajuda. Não se
ensina a solidariedade com palavras, pois esta nasce no íntimo de cada pessoa.
Para que a solidariedade se mostre autêntica, tem que partir da vontade real da
pessoa de ser útil a seu semelhante e à sociedade. Desde a Pré-História, o ser
humano compreendeu a necessidade da solidariedade, sem a qual não poderia
viver. “Entendo que solidariedade é enxergar no próximo às lágrimas nunca
choradas e as angústias nunca verbalizadas”. Assim definiu o grande escritor
brasileiro Augusto Cury. O Senhor Jesus Cristo não só apregoou a solidarieda­
de nos seus ensinos, como definiu o conceito de solidariedade em um dos seus
mais importantes mandamentos, dizendo: “Amarás o teu próximo como a ti
mesmo” (Mt 21.39). Portanto, a solidariedade é um ato de bondade para com o
próximo ou um sentimento de compaixão e amor para com os que necessitam
de ajuda.

I. A SOLIDARIEDADE ENSINADA POR CRISTO


1. A solidariedade entre as pessoas está presente em muitas páginas da Bí­
blia, e incentivada em todos os principais ensinamentos de Cristo. O Senhor
Jesus Cristo sempre ensinou a solidariedade entre as pessoas, dizendo: “Dá a
quem te pedes e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes” (Mt 5.42).
2. O Senhor Jesus Cristo nos ensinou a sermos solidários até para com os
nossos inimigos, dizendo: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odia­
rás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que
vos perseguem” (Mt 5.43-44).
3. Jesus Cristo ensinou através da Parábola do Bom Samaritano, o maior
exemplo prático que se conhece até hoje acerca da solidariedade entre as pes­
soas. O Bom Samaritano se tornou no emblema e símbolo da própria solidarie­
dade humana (Lc 10.29-37).

II. A SOLIDARIEDADE ENSINADA PELOS APÓSTOLOS DE CRISTO


1. O apóstolo Paulo pregou a solidariedade aos crentes de Roma, dizendo:
“Compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os
que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se ale­
gram e chorai com os que choram” (Rm 12.13-15).
2. O apóstolo Pedro também nos ensinou a prática da solidariedade, dizen­
do: “E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando
os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis,” (lP e 3.8).
3 .0 apóstolo João ainda nos incentivou a prática da solidariedade, dizendo:
“Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar
o seu coração, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos
de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” ( ljo 3.17-18).
CONCLUSÃO: A Bíblia inteira ensina o cristão a praticar a solidariedade.
Nenhuma religião prega tanto a solidariedade e o amor ao próximo como o
Cristianismo. A história está cheia de exemplos de homens e mulheres que ab­
dicaram todo o seu conforto para socorrer e ajudar os indigentes e necessitados
por amor a Cristo. A Palavra de Deus incentiva a solidariedade entre as pessoas,
dizendo: “Um ao outro ajudou e ao seu próximo disse: Sê forte” (Is 41.6).

A N O TA Ç Õ E S

70 I 31 DE JANEIRO
1 DE FEVEREIRO FEVEREIRO

LIÇÕES DO DIA DO PUBLICITÁRIO


2Tessolonicenses 3.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos fala sobre a necessi­
dade da Palavra de Deus ser propagada. A propagação nos fala de publicidade,
notoriedade e divulgação da Palavra de Deus. O dia 01 de fevereiro é lembra­
do como o Dia do Publicitário, profissional de grande importância para nossa
sociedade. O publicitário é o responsável pela publicidade ou propaganda que
diariamente vemos. Este profissional se esforça pra tentar “entrar na cabeça”
dos vários públicos e mostrar as melhores qualidades do produto, normalmente
de uma forma original e criativa. Vivemos numa sociedade publicitária, onde
cada pessoa e cada produto procura aparecer a qualquer custo, a fim de divulgar
suas idéias e conteúdos através de todos os meios de comunicações disponí­
veis. E, no nosso caso religioso, o Cristianismo é uma religião que sobrevive
essencialmente da propagação do Nome de Jesus Cristo. O Evangelho precisa
de publicidade para a divulgação e propagação da Fé Cristã. Os Patriarcas e
Profetas são os maiores publicitários de Deus na Antiga Aliança; e, os Apóstolos
e Testemunhas de Cristo são os maiores publicitários de Deus na Nova Aliança.
A própria Criação faz propaganda gratuita da existência de Deus (SI 19.1).

I. A NOTORIEDADE DOS FEITOS DE DEUS NA ANTIGA ALIANÇA


1. Deus quis fazer notório o seu poder, e fazer conhecido o seu grandioso
Nome através do resgate e libertação de Israel do Egito. Israel foi chamado por
Deus para ser o povo eleito; e, também, os publicitários das Obras e do Nome
do Senhor entre as nações (SI 145.11-12). O salmista celebrou a notoriedade do
poder de Deus (SI 77.14). A expressão “notório”, significa “público”, “sabido de
todos” ou “conhecido de todos”. Fazer notório é o mesmo que propagar, divul­
gar, e tornar público. E, é disso que vive o publicitário.
2. O propósito de Deus é que os seus feitos gloriosos fossem propagados
e anunciados entre as nações através do povo de Israel (lC r 16.24). “O Senhor
fez notória a sua salvação; manifestou a sua justiça perante os olhos das nações”
(SI 98.2). Essa fama das maravilhas de Deus era conhecida entre os povos cana-
neus e Raabe revelou isso aos espias israelitas (Js 2.10-11).
3. A Bíblia revela o propósito publicitário de Deus, dizendo: “Mas Ele os
salvou por amor do seu Nome, para lhes fazer notório o seu poder. Repreendeu
o Mar Vermelho, e ele secou; e fê-los passar pelos abismos, como por um de­
serto. Salvou-os das mãos de quem os odiava e os remiu do poder do inimigo”
(SI 106.8-10). Fazer “notório”, significa também tornar algo “afamado” ou “fa­
moso”. Hoje, para fazer algo famoso e conhecido, é preciso muita publicidade e
propaganda.

71
II. A NOTORIEDADE DOS FEITOS DE JESUS NA NOVA ALIANÇA
1. Mateus escreveu que a fama de Jesus corria por toda a Palestina, Síria e
regiões circunvizinhas (Mt 4.24). O Ministério de Jesus foi cada vez mais alcan­
çando publicidade, à medida que os seus milagres e feitos eram divulgados: “E a
fama deste acontecimento correu por toda aquela terra” (Mt 9.26). Mateus ain­
da escreveu que: “Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus”
(Mt 14.1). A publicidade do Ministério de Jesus já havia alcançado a alta corte.
2. Lucas descreveu como um fato notório engrandeceu o Nome de Jesus
Cristo na cidade de Éfeso, dizendo: “Chegou este fato ao conhecimento de to­
dos, assim judeus como gregos habitantes de Éfeso; veio temor sobre todos eles,
e o Nome do Senhor Jesus era engrandecido” (At 19.17). Publicidade é isso; é
um fato se tornar conhecido de todos.
3. Os publicitários são os grandes responsáveis pela popularidade das mar­
cas famosas como: Nike, Coca-Cola, Adidas, Etc. O Nome de Jesus é a melhor
marca que podemos divulgar ao mundo: “E não há salvação em nenhum outro;
porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens,
pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12). Na Nova Aliança, Jesus Cristo
elegeu os seus seguidores como os maiores publicitários de seu “Programa Mis­
sionário” (At 1.8).
CONCLUSÃO: Neste Dia do Publicitário, que, possamos reconhecer a necessi­
dade de divulgar, propagar, anunciar, publicar, e tornar conhecido o Nome de
Jesus para todos os povos. O apóstolo Paulo foi, sem dúvida, o maior propaga­
dor da Fé Cristã. Usando uma linguagem atual do mercado publicitário, Paulo
foi o “garoto propaganda” do Cristianismo. Ele mesmo chegou a afirmar isso,
dizendo: “Por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo; de ma­
neira que, desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao Ilírico, tenho divulgado o
Evangelho de Cristo” (Rm 15.19).

A N O TA Ç Õ E S

72 | ID E FEVEREIRO
2 DE FEVEREIRO

OS OLHOS DE DEUS ESTÃO TE OBSERVANDO


So Imo 34.15

INTRODUÇÃO: O salmista nos revela que os olhos do Senhor estão observan­


do os justos; e os seus ouvidos estão atentos ao seu clamor. O olho é o órgão
da visão que permite detectar a luz e transformar essa percepção em impulsos
elétricos. O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que
por sua vez fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pe­
las pálpebras. Possui em seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos
movimentos oculares, e também três camadas concêntricas aderidas entre si
com a função de visão, nutrição e proteção. A camada externa é constituída
pela córnea e a esclera e serve para proteção. A camada interna é constituída
pela retina que é uma fina estrutura de tecido nervoso que reveste a parte in­
terior dos olhos. Jesus Cristo disse que: “São os olhos a lâmpada do corpo...”
(Mt 6.22). A luz na qual vivemos é captada pelos olhos, pelo meio do qual
temos vínculo com o mundo visível. Entretanto, é também pelos olhos espi­
rituais que contemplamos o mundo invisível. Os olhos do Senhor alcançam
todos os cantos e recantos do Universo. Todas as coisas estão nuas e patentes
diante dos seus olhos (Hb 4.13).

I. DEVEMOS FAZER 0 QUE É RETO DIANTE DOS OLHOS DO SENHOR


1. Moisés aconselhou aos filhos de Israel, dizendo: “Farás o que é reto e bom
aos olhos do Senhor, para que bem te suceda, e entres, e possuas a boa terra a
qual o Senhor, sob juramento, prometeu dar a teus pais” (Dt 6.18). Devemos ter
um comportamento reto e bom aos olhos do Senhor! (Dt 12.28).
2. A Bíblia afirma que Saul fez o que era mal aos olhos do Senhor (ISm
15.19). Infelizmente, à exemplo de Saul muitos outros reis de Israel e Judá fize­
ram também o que é mal aos olhos do Senhor (2Rs 13.2; 13.11; 15.18; 2Cr 27.1;
33.2 etc).
3. A Bíblia também afirma que: “Asa fez o que era bom e reto perante o
SENHOR, seu Deus.” (2Cr 14.2). Ainda bem que, à exemplo de Asa muitos ou­
tros reis de Judá também fizeram o que é bom e reto aos olhos do Senhor (lR s
22.43; 2Cr 29.2; 2Cr 34.2 etc).

II. DEVEMOS SER SINCEROS DIANTE DOS OLHOS DO SENHOR


1. O patriarca Jó mostrou sinceridade diante dos olhos do Senhor quando
fez um pacto com os seus próprios olhos, dizendo: “Fiz concerto com os meus
olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?” (Jó 31.1).
2. O rei Davi se dirigiu ao Senhor com sinceridade, dizendo: “Pequei contra
ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que
serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar” (SI 51.4). Deus não nos
programou para não errarmos; mas, espera que não continuemos no erro! Davi
foi sincero para com Deus em reconhecer os seus erros!
3. O sábio Salomão escreveu que: “Os olhos do Senhor estão em todo lugar,
contemplando os maus e os bons” (Pv 15.3). Embora os olhos do Senhor con­
templem os maus e os bons, o Senhor olha para os bons com afeição e miseri­
córdia (SI 33.18).
CONCLUSÃO: Os olhos do Senhor observam todos os necessitados que cla­
mam a Ele independente de sua condição social (Gn 16.13). Os olhos do Senhor
estão à procura dos fiéis da terra (SI 101.6).

A N O TA Ç Õ E S

74 | 2 DE FEVEREIRO
3 DE FEVEREIRO

DEUS SUPRIRÁ CADA UMA DAS TUAS NECESSIDADES


Filipenses 4.19

INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo proferiu uma benção de provisão de Deus


para o seu povo. O Deus da Bíblia é um Deus que cuida dos seus filhos e supre
cada uma das suas necessidades. O apóstolo Paulo invocou o Deus da provisão
para suprir as necessidades da sua Igreja. Deus sempre cuidou do seu povo atra­
vés da história, e os milagres de provisão operados por Deus na condução dos
filhos de Israel por aquele inóspito deserto comprova esta verdade. No deserto
não tinha padaria, mas Deus mandava pão do céu todos os dias para o seu povo
(Êx 16.4); não tinha água potável para beber, mas Deus transformava águas
amargas em águas doces e ainda fazia sair água da rocha (Êx 15.22-25); não
tinha açougue, mas Deus mandava carne para o povo (Êx 16.12-13); não tinha
farmácia, mas Ele mandava o remédio para sarar os picados pelas serpentes
venenosas (Nm 21.8-9).

I. DEUS SUPRIU AS NECESSIDADES DE ISRAEL NO DESERTO


1. O Senhor Deus prometeu suprir as necessidades básicas do seu povo e
afastar de seu meio as enfermidades, dizendo: “Servireis ao SENHOR, vosso
Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as en­
fermidades.” (Êx 23.25).
2. Deus supriu as necessidades dos filhos de Israel ao preparar um oásis
para o seu povo na região desértica de Elim, quando proveu 12 fontes de águas
e 70 palmeiras como sombra para o seu povo (Êx 15.27). O Senhor Deus supriu
as necessidades de Israel no deserto de Sim, quando enviou o maná do céu para
o seu povo! (Êx 16.1-10).
3. O Senhor Deus supriu as necessidades do seu povo diariamente dando-
-lhes carne para eles comerem ao final da tarde, e pão para eles se fartarem pela
manhã (Êx 16.12-13). A Palavra de Deus afirma que nunca envelheceu as vestes
do seu povo no deserto e nem se inchou os seus pés durante os 40 anos que eles
haviam peregrinado no deserto (Dt 8.4).

II. DEUS TAMBÉM SUPRE AS NOSSAS NECESSIDADES INDIVIDUAIS


1. Deus sempre supriu as necessidades individuais dos seus servos, como
também as necessidades coletivas do seu povo através da história. Davi teste­
munhou do Deus que supre as nossas necessidades, dizendo: “O Senhor é o
meu Pastor; nada me faltará” (SI 23.1-3). Deus supre tanto as necessidades do
nosso corpo como também da nossa alma!
2. Jesus Cristo garantiu que todas as coisas que necessitamos serão supri­
das se priorizarmos o Reino de Deus e sua justiça em nossas vidas (Mt 6.33).

75
Jesus Cristo ainda garantiu que o Pai sabe exatamente do que necessitamos
(Mt 6.32).
3. Paulo também escreveu que “Deus é poderoso para tornar abundante em
vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, supera-
bundeis em toda boa obra, conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a
sua justiça permanece para sempre.” (2Co 9.8-9).
CONCLUSÃO: Deus suprirá cada uma das suas necessidades meu irmão! Deus
abrirá as portas que você precisa! Deus suprirá você com bênçãos espiri­
tuais, materiais e financeiras (3Jo 1.2). Deus suprirá a sua necessidade de saúde!
(At 9.34)

A N O TA Ç Õ E S

76 | 3 DE FEVEREIRO
4 DE FEVEREIRO

DEUS REDIMIU A TU A ALMA DA COVA


Jó 33.28

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Eliú, um dos amigos de Jó testemunhou um


livramento em que Deus o livrou de ir para a cova. É Deus quem nos redime de ir
para a cova. Quem nesta vida, seja cristão ou não, que Deus já não o tenha livrado da
cova? Estamos todos os dias expostos ao perigo; entretanto, é Deus quem nos livra da
cova. Mesmo o homem sabendo que um dia irá morrer, ninguém quer morrer antes
da velhice. Todos nós queremos viver; pois, a vida é uma dádiva que Deus nos deu, e
todos nós lutamos para viver. Deus redime a nossa alma da cova, nos redime de toda
angústia, e ainda nos coroa de graça e misericórdia (SL103.4).
I. DEUS É 0 DOADOR DA VIDA
1. A Bíblia sempre nos revela Deus como a fonte e origem da vida humana (Gn
2.7). Deus é o sustentador da nossa vida (SL 54.7). Deus é o Autor da vida. É Deus
quem nos dá vida plena (Jo 10.10).
2. O patriarca Jó reconheceu Deus como o doador da vida e o agradeceu, dizen­
do: “Vida e beneficência me concedeste; e o teu cuidado guardou o meu espírito.”
(Jó 10.12). O salmista reconheceu o Senhor como o manancial da vida, dizendo: “Por­
que em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz.” (SI 36.9).
3. O apóstolo Paulo apresentou o nosso Deus como o doador da vida perante os
sábios e filósofos gregos, dizendo: “Pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respi­
ração e todas as coisas;” (At 17.25). O Deus da Bíblia, além de ser o doador da vida
humana, o nosso Deus é também o doador da vida eterna (Jo 3.16).
II. DEUS SEMPRE ESTÁ NOS LIVRANDO DA MORTE
1 .0 salmista Davi celebrou vários livramentos de morte que recebeu, e escreveu,
dizendo: “Pois tu livraste a minha alma da morte, como também os meus pés de tro­
peçarem, para que eu ande diante de Deus na luz dos viventes.” (SI 56.13).
2. Ninguém melhor do que o Autor da Vida para nos livrar da morte! É Deus
quem nos livra da cova: “Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara
todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e
misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova
como a da águia.” (SI 103.3-5).
3. Paulo também celebrou vários livramentos de morte, e escreveu, dizendo:
“Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos
em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; o qual nos livrou de tão grande morte
e livrará; em quem esperamos que também nos livrará ainda,” (2Co 1.9-10).
CONCLUSÃO: O nosso Deus é quem nos livra da morte! Ele continuará a livrar e a
guardar os seus filhos! O nosso Deus é Aquele que nos livra não só da morte física,
como também nos livra da morte espiritual (Ef 2.4-6).
5 DE FEVEREIRO

DEUS NÃO REJEITA A TUA ORAÇÃO


Salmo 66.20

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista declara que Deus não rejeitou a
sua oração. Me lembro de um hino evangélico que fez muito sucesso no Brasil
chamado “Muito Louvor”, cujo início diz: “Deus não rejeita a oração...”. Ouvi
um determinado pastor criticando a letra, dizendo que não havia respaldo bí­
blico; pois, Deus rejeita sim a oração; entretanto, a letra possui sim respaldo
bíblico, pois, neste texto sagrado o salmista louvou ao Senhor que não rejei­
tou a sua oração. Lógico que a Bíblia mostra também Deus rejeitando algumas
orações ou pedidos que lhe foram feitos; entretanto, há mais casos na Bíblia de
Deus atendendo as orações dos seus filhos do que rejeitando. A sua oração foi
aceita por Deus (SI 6.9).

I. PESSOAS QUE TIVERAM SEUS PEDIDOS REJEITADOS


1. A Bíblia mostra algumas pessoas que tiveram suas orações rejeitadas.
Porém, Deus não rejeitou as pessoas que fizeram as orações. A Palavra de Deus
afirma que o Senhor rejeitou a oração de Moisés para entrar na Terra de Canaã;
porém, o permitiu entrar em espírito quando séculos depois apareceu em um
dos montes de Canaã falando com Jesus Cristo (Dt 3.23-26 e Mt 17.1-3). A
Bíblia mostra ainda Deus aceitando as orações de Moisés a favor de Israel e de
Arão (Dt 9.9-18). Portanto, mesmo rejeitando a oração de Moisés uma única
vez, Deus já o havia atendido e aceitando as suas orações por inúmeras vezes!
2. A Bíblia revela Deus rejeitando a oração de Davi para construir o Tem­
plo; porém, não rejeitou seu projeto, o qual foi executado por seu filho Salomão
(2Sm 7.1-17 e 2Cr 5.1). Davi comemorou a resposta das suas orações, dizen­
do: “O SENHOR ouviu a minha súplica; o SENHOR acolhe a minha oração.”
(SI 6.9). O mesmo Davi que já teve sua oração rejeitada pelo Senhor; come­
morou inúmeras vezes que o Senhor aceitou as suas orações (SI 5.3; SI 40.1;
SI 141.1-2 etc...).
3. A Bíblia revela Deus se recusando a atender o pedido de Paulo para ti­
rar o “espinho na carne”; porém, o Senhor prometeu consolar Paulo com a sua
graça! (2Co 12.7-9). Porém, a mesma Bíblia mostra Deus sacudindo os alicer­
ces do cárcere de Filipos enquanto Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a
Deus! Portanto, o mesmo Paulo que teve sua oração rejeitada uma vez pelo Se­
nhor, testemunhou inúmeras vezes em que Deus aceitou a sua oração (At 16.25;
At 19.11-12; E f 3.14-15; E f 6.18; lTs 5.17 etc...).

II. PESSOAS QUE TIVERAM SEUS PEDIDOS ATENDIDOS


1. A Bíblia mostra como Deus aceitou o pedido de Jabez, dizendo: “Porque

78 | 5 DE FEVEREIRO
Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo e meus
termos amplificares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja afli­
to !... E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido” (lC r 4.10).
2. A Bíblia mostra Deus atendendo o pedido do sacerdote Esdras, dizendo:
“Nós, pois, jejuamos e pedimos isso ao nosso Deus, e moveu-se pelas nossas
orações.” (Ed 8.23).
3. O patriarca Jó foi confortado por Deus com a promessa de ouvir as suas
orações, dizendo: “Porque, então, te deleitarás no Todo-Poderoso e levantarás
o teu rosto para Deus. Tu orarás a ele, e ele te ouvirá; e pagarás os teus votos.
Determinando tu algum negócio, ser-te-á firme, e a luz brilhará em teus cami­
nhos” (Jó 22.26-28).
CONCLUSÃO: Celebremos ao nosso Bondoso Deus por sua infinita graça e m i­
sericórdia em nos atender, e acatar as nossas orações! O Escritor da Carta aos
Hebreus afirma que, podemos nos achegar confiadamente junto ao trono da
graça, e obteremos o socorro que necessitamos em ocasião oportuna (Hb 4.16).

A N O TA Ç Õ E S
6 DE FEVEREIRO

DEUS NÃOTE REJEITOU


Isaias 41.9

INTRODUÇÃO: Não existe nada mais indigno para um ser humano do que a
rejeição. Entretanto, neste texto sagrado, o Senhor acalenta o nosso coração,
dizendo: “Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei” (Is 41.9). A rejeição
dentro de casa tem gerado pessoas revoltadas e infelizes, as quais abandonam
os seus lares entrando no mundo do crime e da mendicância. Porém, o Senhor
continua nos consolando, dizendo: “Não te rejeitei”. O Senhor não rejeita os
seus filhos. O nosso Deus é um Deus de amor que deseja amparar e abraçar
os seus filhos (SI 103.13). O Senhor nunca te deixará e nunca te desamparará
(Dt 31.8).

I. PESSOAS REJEITADAS PELO HOMEM E AMPARADAS POR DEUS


1. A Bíblia está cheia de exemplos de pessoas que foram rejeitadas até pelos
seus pais, e Deus os amparou nos desertos da vida. Abraão e Sara rejeitaram
o filho Ismael e o despediu com sua mãe Agar pelo deserto, quando o Senhor
Deus o amparou e cuidou deles naquele inóspito deserto! (Gn 21.9-20).
2. O próprio Davi sequer foi convidado para o banquete do profeta Samuel
na casa de seu próprio pai Jessé; porém, era ele o principal honrado da festa,
quando o próprio Deus o escolheu como rei de Israel (ISm 16.3-13).
3. O próprio Davi confessa que se sentiu rejeitado por Deus após o seu
pecado, e se expressou aliviado, dizendo: “Pois eu dizia na minha pressa: Estou
cortado de diante dos teus olhos; não obstante, tu ouviste a voz das minhas
súplicas, quando eu a ti clamei.” (SI 30.22). Davi chegou a pensar que estava ex­
cluído da presença do Senhor, e implorou, dizendo: “Não me lances fora da tua
presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.” (SI 51.11).
4. Após negar ao Senhor Jesus Cristo três vezes, Pedro achava que o Senhor
o havia rejeitado e chorou amargamente; entretanto, a primeira pessoa que o
Senhor lembrou após ressuscitar foi Pedro, quando disse: “Mas ide, dizei a seus
discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis, como
ele vos disse.” (Lc 22.54-62 e Mc. 16.7). Alguns dias depois, o Senhor restaurou o
ministério de Pedro (Jo 21.15-17).
5. O próprio Jesus Cristo quando veio a este mundo foi rejeitado pelo seu
povo, embora amado por nós os gentios e pelo Pai (Jo 1.11-12 e Mt 3.16-17). A
Palavra de Deus afirma que: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se
cabeça de esquina. Foi o Senhor que fez isso, e é coisa maravilhosa aos nossos
olhos” (Sl 118.22-23). Esta profecia se cumpre em Jesus Cristo que, apesar de ser
rejeitado pelos homens é a principal Pedra de Esquina (Mt 21.42).

80 | 6 DE FEVEREIRO
CONCLUSÃO: O Senhor Jesus Cristo nos revelou que não descarta e nem rejei­
ta os que vão a Ele, dizendo: “Tudo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a
mim de maneira nenhuma o lançarei fora.” (Jo 6.37). Não temas meu irmão! O
Senhor não te rejeitou! Esse sentimento de rejeição foi o Senhor que permitiu
para levá-lo a se humilhar na presença de Deus! “Humilhai-vos perante o Se­
nhor, e ele vos exaltará.” (Tg 4.10).

A N O TA Ç Õ E S
7 DE FEVEREIRO

DEUS ESTÁ TRABALHANDO POR VOCÊ


Isaíos 64.4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela que o nosso Deus é Aquele que
trabalha para os que Nele esperam. Coisa gloriosa é sabermos que há um Deus
nos céus que trabalha dia e noite a favor dos seus filhos. A Bíblia chega a di­
zer que, enquanto estamos dormindo, o nosso Deus está trabalhando por nós
(SI 127.2). Mesmo sabendo da nossa obrigação de trabalhar, se possível até dia
e noite para não sermos pesados para os nossos irmãos (2Ts 3.8), sem a benção
do Senhor tudo se torna difícil e dolorido; porém, com a benção do Senhor co­
meremos do trabalho de nossas mãos e seremos felizes! (SL 128.1-6).

I. O DEUS QUE TRABALHA PARA OS QUE ESPERAM NELE


1. O Deus da Bíblia é um Deus que trabalha para os que confiam e esperam
Nele. A Bíblia já começa mostrando o nosso Deus em intensa atividade criando
os céus e a terra (Gn 1.1-31). A Bíblia revela o nosso Deus trabalhando no turno
da noite como o Sentinela do seu povo! Deus não dorme! (SI 121.4). Enquanto
estamos dormindo, Ele está nos guardando para que acordemos em segurança
(SI 3.5).
2. O próprio Senhor revela o seu trabalho no turno do dia e da noite em
favor do seu povo, dizendo: “Eu, o SENHOR, a guardo e, a cada momento, a
regarei; para que ninguém lhe faça dano, de noite e de dia a guardarei.” (Is 27.4).
Além de ser o Guarda Fiel do seu povo, o nosso Deus é o Vinicultor que rega a
sua vinha em todo o tempo!
3. O próprio Senhor Jesus Cristo nos revelou o quanto o nosso Pai Ce­
lestial trabalha, dizendo: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.”
(Jo 5.17). Jesus Cristo se mostrou tão trabalhador como o Pai; assim, devemos
ser também trabalhadores da sua seara (Mt 9.37-38).
4. Este texto de Isaías 64.4, é muito claro em afirmar que Deus trabalha para
aquele que nele espera. Alguns não querem esperar no Senhor, e tentam fazer
as coisas do seu jeito, e Deus os deixa à vontade (SI 127.1-2). O próprio Jesus
Cristo nos advertiu, dizendo: “Porque sem mim nada podereis fazer” (Jo 15.5).
5. O profeta Isaías descreveu a recompensa dos que esperam no Senhor,
dizendo: “Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão
com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatiga-
rão.” (Is 40.31).
CONCLUSÃO: Meu querido irmão, acredite que Deus está trabalhando por
você! Continue esperando e confiando em Deus! Quem espera em Deus sem­
pre alcança (Jr 17.7).

82 | 7 DE FEVEREIRO
8 DE FEVEREIRO

DEUS TE ENSINARÁ O CAMINHO CERTO


Salmo 32.8

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor promete através da sua palavra


nos instruir, e nos ensinar o caminho certo. Não existe orientação melhor para
o homem do que ser instruído e ensinado pelo próprio Senhor. O Senhor é o
Guia e Orientador por excelência do seu povo. O ser humano precisa de um
instrutor desde criança; e de um professor para educá-lo; entretanto, aqui neste
texto bíblico, o Senhor mesmo promete ser o nosso Instrutor e Professor. Hoje
em dia está muito em moda a figura dos “coach”, que são profissionais que trei­
nam e orientam outras pessoas a serem melhores naquilo que fazem; ou mesmo
a figura do “mentor” que trabalha com mentoria treinando discípulos. Reco­
nhecemos a importância desses profissionais sejam cristãos ou não; porém, não
temos “mentor” melhor do que o Espírito Santo. A Bíblia nos apresenta Deus
como o nosso Professor por Excelência. Professor é o que ensina e instrui aos
alunos tanto pelas palavras como pelo seu exemplo: “Bom e reto é o SENHOR;
pelo que ensinará o caminho aos pecadores.” (SI 25.8).

I. SENDO INSTRUÍDOS PELO SENHOR


1. A Bíblia revela a maneira que o Senhor instrui o homem, dizendo: “Pelo
contrário, Deus fala de um modo, sim, de dois modos, mas o homem não atenta
para isso. Em sonho ou em visão de noite, quando cai sono profundo sobre os
homens, quando adormecem na cama, então, lhes abre os ouvidos e lhes sela a
sua instrução, para apartar o homem do seu desígnio e livrá-lo da soberba; para
guardar a sua alma da cova e a sua vida de passar pela espada.” (Jó 33.14-18).
2. Davi reconheceu ao Senhor como o seu Professor e pediu ao Senhor que
lhe ensinasse, dizendo: “Ensina-me, SENHOR, o teu caminho e guia-me por
vereda plana, por causa dos que me espreitam.” (SI 27.11). A Palavra de Deus
ainda afirma que: “Ao homem que teme ao SENHOR, ele o instruirá no cami­
nho que deve escolher.” (SI 25.12).
3. O Senhor é o nosso Instrutor, Professor e Mestre. Ele mesmo prometeu
ser o nosso Guia e nos Instruir pelo caminho, dizendo: “Eu sou o SENHOR, o
teu Deus, que te ensina o que é útil e te guia pelo caminho em que deves andar.”
(Is 48.17).

II. SENDO INSTRUÍDOS PELO ESPÍRITO SANTO


1. Neemias reconheceu o Espírito Santo como um Professor enviado por
Deus para ensinar e instruir ao povo, dizendo: “E lhes concedeste o teu bom
Espírito, para os ensinar; não lhes negaste para a boca o teu maná; e água lhes
deste na sua sede.” (Ne 9.20).
2. Foi o próprio Jesus Cristo quem nos prometeu um “Mentor” Maravilhoso
para nos instruir a sermos melhores discípulos, dizendo: “Quando vier, porém,
o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de
vir.” (Jo 16.13).
3. Paulo nos revela que somos instruídos pelo Espírito Santo até sobre a
forma correta de orarmos, dizendo: “E da mesma maneira também o Espírito
ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como
convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.”
(Rm 8.26).

CONCLUSÃO: O Senhor Jesus Cristo foi um Professor e Mestre Perfeito


(Jo 13.15). Ele ensinou os seus discípulos e alunos, tanto pelo seu exemplo, como
também através de suas palavras (At 1.1). O apóstolo Paulo escreveu aos ins­
truídos membros da Igreja de Colossos, dizendo: “Ora, como recebestes Cristo
Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na
fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças.” (Cl 2.6-7).

A N O TA Ç Õ E S

84 | 8 DE FEVEREIRO
9 DE FEVEREIRO

LIÇÕES DO DIA DO CARNAVAL


Gá latas 5.16

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos aconselha andarmos


no Espírito e jamais satisfazer a concupiscência da carne Em todos os anos nos
meses de fevereiro ou março é celebrado no Brasil o carnaval. A palavra “car­
naval” significa “festa da carne”. Enquanto o mundo celebra a “festa da carne”, a
Igreja do Senhor Jesus Cristo celebra a “Festa do Espírito” (E f 5.18). O mundo
produz através do “carnaval” a celebração da carne Porém, a Igreja de Cristo
celebra a “Festa do Espírito Santo”. No capítulo 5 da Epístola aos Gálatas, antes
de descrever os componentes do fruto do Espírito (G1 5.22), Paulo enumera
uma extensa lista das obras da carne (G15.19-21). O mundo produz as obras da
carne; porém, a Igreja do Senhor Jesus Cristo é instruída a andar no Espírito e
também produzir o Fruto do Espírito.

I. A GUERRA ENTRE A CARNE E O ESPÍRITO


1. A Bíblia é muito clara em reconhecer o grande contraste que existe entre
a carne e o Espírito. O apóstolo Paulo revela este conflito entre a carne e o Espí­
rito, dizendo: “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da
carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.” (Rm 8.5).
2. A Palavra de Deus é muito clara em dizer: “Portanto, os que estão na car­
ne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito,
se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de
Cristo, esse tal não é dele.” (Rm 8.8-9). As pessoas que amam o carnaval andam
na carne, porque não tem o Espírito de Cristo; entretanto, o cristão verdadeiro
anda no Espírito, porque o seu corpo é o próprio santuário onde o Espírito San­
to habita (IC o 3.16 e 6.19).
3. Paulo ainda nos revela a grande guerra e contraste entre a carne e o Espí­
rito, dizendo: “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a car­
ne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.” (G1 5.17).
O apóstolo Paulo ainda afirma que: “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a
carne, com as suas paixões e concupiscências.” (G 15.24).

II. 0 CRISTÃO DEVE CELEBRAR A FESTA DO ESPÍRITO E NÃO DA CARNE


1. O apóstolo Paulo nos ensina a celebrarmos a Festa do Espírito em vez da
festa da carne, dizendo: “E não vos embriagueis com vinho, em que há conten­
da, mas enchei-vos do Espírito,” (E f 5.18). Uma das coisas que mais acontece no
carnaval é embriaguez e devassidão; porém, devemos substituir a embriaguez
do álcool pela alegria do Espírito Santo (G15.22).
2. O apóstolo Paulo ainda escreve, dizendo: “Porque o que semeia na sua
carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito
ceifará a vida eterna.” (G1 6.8). Os que pulam o carnaval e apreciam as obras da
carne ceifarão a corrupção; porém, os que semeiam no Espírito ceifarão a vida
eterna!
3. O apóstolo João nos mostra o que realmente existe no mundo de peca­
dos, dizendo: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”
( ljo 2.16). Aqui fica evidente, a diferença entre os amantes do mundo, e os que
fazem a vontade de Deus ( ljo 2.15). O mundo pecaminoso e seus amantes do
pecado passarão; porém, quem anda no Espírito fazendo a vontade de Deus
permanecerá para sempre ( ljo 2.17).
CONCLUSÃO: O Apóstolo dos Gentios ainda nos aconselhou, dizendo: “Se vi­
vemos no Espírito, andemos também no Espírito.” (G15.25). Andar no Espírito
é o segredo para vencer a carne e as paixões mundanas. O crente que procura
andar no Espírito desfruta da maravilhosa presença do Senhor em sua vida, e
não há espaço para o pecado dominá-lo (Rm 6.14).

A N O TA Ç Õ E S

86 I 9 DE FEVEREIRO
10 DE FEVEREIRO

LIÇÕES DO DIA DO ATLETA


2Timóteo2.5

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo usa a disciplina imposta


ao atleta para trazer lições espirituais para o obreiro. O dia 10 de fevereiro é
lembrado como o Dia do Atleta Profissional. Paulo era um homem que conhe­
cia muito bem as três culturas dominantes da época: A cultura judaica, a cul­
tura grega, e a cultura romana, e já conhecia naquele tempo os jogos olímpicos
da Grécia, e comparou o “obreiro” como um atleta competitivo. O “atleta” é
definido como uma pessoa treinada para competir em exercícios que desafia a
sua capacidade física e habilidosa. Existem atletas para competir nos mais di­
versos tipos de modalidades esportivas e olímpicas. Da mesma forma, existem
vários tipos de serviço na Obra do Senhor, e cada obreiro é um “atleta de Cris­
to” dedicado e treinado para oferecer o melhor de sua força e de seu trabalho
para Deus. Paulo utilizou uma linguagem atlética em várias passagens de suas
Epístolas.

I. REFERÊNCIAS AO ATLETA NAS ESCRITURAS


1. O apóstolo Paulo escreveu ao seu filho na fé Timóteo, dizendo que “o
atleta não é coroado, se não lutar segundo as normas” (2Tm 2.5). Paulo já co­
nhecia os jogos olímpicos da Grécia, que havia se iniciado desde o século V II
a.C, e sabia das regras que um atleta deveria lutar para ser coroado.
2. O sábio e instruído apóstolo Paulo afirmou que todos correm no estádio,
mas só um leva o prêmio (IC o 9.24). Paulo está falando de uma “maratona
olímpica”, coisa que os moradores de Corinto conheciam muito bem. O Apósto­
lo dos Gentios nos estimulou a sermos atletas espirituais competitivos quando
escreveu, dizendo: “Correi de tal maneira que o alcanceis” (IC o 9.24).
3. O apóstolo Paulo ainda afirmou que: “Todo atleta em tudo se domi­
na; aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível”
(ICo 9.25). O objetivo maior de todo atleta é conquistar uma medalha e chegar
ao pódio.

II. 0 ATLETA NÃO PODE RECUAR É PRECISO CONTINUAR AVANÇANDO


1. Paulo usa mais uma linguagem atlética, e diz que devemos avançar, e
prosseguir “para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo
Jesus” (Fp 3.13-14). Como atleta, o obreiro precisa estar sempre se exercitando
para alcançar a sua premiação, subindo ao pódio para ser coroado pelo Senhor
Jesus Cristo.
2 .0 sábio apóstolo Paulo também se considerou um “atleta cristão”, quando
escreveu aos coríntios, dizendo: “Assim corro também eu, não sem meta; assim

87
luto, não como desferindo golpes no ar” (IC o 9.26). Aqui, Paulo está falando da
luta corporal que havia entre os atletas da Grécia. O apóstolo Paulo nos declara
como “atletas” mais do que vencedores por meio de Cristo, dizendo: “Mas em
todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.”
(Rm 8.37).
3. O próprio Senhor Jesus Cristo só prometeu entregar o prêmio aos crentes
vencedores: 1) “Ao que vencer....” (Ap 2.7); 2) Ό que vencer...” (Ap 2.11); 3) “Ao
que vencer darei...” (Ap 2.17); 4) “E ao que vencer....” (Ap 2.26-28); 5) “O que
vencer...” (Ap 3.5); 6) “A quem vencer....” (Ap 3.12); e, 7) “Ao que vencer, lhe con­
cederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei
com meu Pai no seu trono.” (Ap 3.21).
CONCLUSÃO: O homem aprovado por Deus é coroado pelo seu empenho na
Obra do Senhor, e receberá a coroa da vida (Tg 1.12). Por isso, devemos nos
exercitar a cada dia para apresentarmos o melhor de nós para Deus. O Senhor
Jesus Cristo prometeu entregar pessoalmente o prêmio da recompensa aos
que se esforçam no desempenho de suas tarefas, dizendo: “E eis que cedo
venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra.”
(Ap 22.12).

A N O TA Ç Õ E S

88 | 10 DE FEVEREIRO
It DE FEVEREIRO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DO ENFERMO


João 11.3

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve o momento em que Jesus Cristo foi
notificado que seu amigo Lázaro estava enfermo. O Dia Mundial do Enfermo
é comemorado anualmente em 11 de fevereiro de cada ano. Esta data, de ori­
gem religiosa, tem o objetivo de apelar para a sociedade e comunidade mundial
por melhores condições de tratamento e atenção às pessoas doentes, seja nos
hospitais, postos de saúde ou mesmo em casa. As doenças e enfermidades são
consequências que tanto os animais como os seres humanos sofrem em de­
corrência de fatores tanto físicos como espirituais. É papel da ciência médica
encontrar e descobrir soluções para a cura dos enfermos atacando os sintomas
na sua própria origem. Entretanto, a Bíblia nos mostra que as causas das enfer­
midades não estão apenas em fatores físicos, psicológicos ou emocionais, como
também em fatores espirituais provocados em decorrência do pecado humano.
O Senhor Jesus Cristo tanto curava o corpo como também a alma das pessoas
(Mt 9.2-6; Mc.5.34 etc..).

I. A DIFERENÇA ENTRE DOENÇA E ENFERMIDADE


1. Para alguns a enfermidade é sinônimo de doença; já para outros, a doen­
ça é diferente da enfermidade pelas seguintes razões apresentadas: I a- A doença
é algo que todos nós estamos sujeitos, isso porque vivemos em um corpo físico,
de carne e osso, onde temos células que podem ficar doentes, e morrerem; como
também podemos ser atingidos por ações de vírus e bactérias ou de um mal
funcionamento de algum sistema do nosso corpo, ou de um órgão. As doenças
são de cunho patológico, cuja causa física afeta nosso corpo e até mesmo nossa
mente. Não tem por sua causa algo espiritual; 2a- Já a enfermidade é de cunho
espiritual, ou seja, tem sua causa em uma ação espiritual demoníaca. Podemos
ver nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, que Jesus quando curava
um enfermo, sempre saia um ou mais demônios do corpo do indivíduo; ou seja,
primeiro Jesus expulsava os demônios e consequentemente a cura acontecia de
forma instantânea. Isso porque aquele demônio que ali estava, era um espírito
de enfermidade, ou seja, um demônio que atua na saúde das pessoas causando
males. Claro que os males atingem o corpo físico, a mente, a psique da pessoa,
por isso muitos acham que é apenas uma doença normal, mas a raiz de tudo isso
é uma ação espiritual (Lc 7.21 e Lc.8.1-3 etc..).
2. O Evangelista Mateus realmente distingue a doença da enfermidade,
quando escreveu, dizendo: “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sina­
gogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfer­
midades entre o povo.” (Mt 4.23). Mateus ainda descreveu a distinção existente
entre doenças e enfermidades, dizendo: “E a sua fama correu por toda a Síria;
trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e
tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou.” (Mt 4.24).
3. O Médico Amado Lucas, conhecedor das doenças patológicas por for­
mação médica, também reconhecia a ação espiritual por trás das enfermidades,
e escreveu dizendo: “Tendo Jesus convocado os doze, deu-lhes poder e auto­
ridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas. Também os enviou a
pregar o reino de Deus e a curar os enfermos.” (Lc 9.1-2).

II. CURAR OS ENFERMOS FAZ PARTE DA MISSÃO DE EVANGELIZAÇÃO


1. Jesus Cristo sabia muito bem da precariedade da saúde das pessoas em
sua época, e Ele enviava os seus discípulos com a dupla missão de pregar o
Evangelho e também curar os enfermos! É importante observar que curar os
enfermos também faz parte da missão evangelizadora dos discípulos de Jesus:
“Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espí­
ritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermida­
des.” (Mt 10.1).
2. Jesus Cristo ainda reforçou a missão dos seus discípulos, dizendo: “Curai
enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça re­
cebestes, de graça daí.” (Mt 10.8).
3. O Evangelista Marcos confirmou o êxito dos discípulos de Jesus Cristo
no cumprimento de sua missão evangelizadora, dizendo: “Então, saindo eles,
pregavam ao povo que se arrependesse; expeliam muitos demônios e curavam
numerosos enfermos, ungindo-os com óleo.” (Mc 6.12-13).
CONCLUSÃO: Todos os homens e mulheres estão sujeitos a ficarem enfermos.
Entretanto, temos a promessa de cura do Senhor. O salmista já previa a cura da
alma e do corpo, quando se expressou, dizendo: “Ele é quem perdoa todas as
tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a
tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de
sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.” (SI 103.3-5).

A N O TA Ç Õ E S

90 | 11 DE FEVEREIRO
12 DE FEVEREIRO

DEUS VAI RESTAURAR A TU A JUSTIÇA


JÓ8.6

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento em que Deus usou a boca
de Bildade para profetizar a restauração da justiça do patriarca Jó Na verdade,
nenhum ser humano possui justiça própria para Deus restaurar a sua justiça. O
sentido aqui seria uma restauração do patriarca ao seu estado original; e, mais
do que isso, sua restauração seria tão completa que superaria o próprio estado
anterior do patriarca, o que de fato aconteceu. Deus sempre visa um bem me­
lhor e maior para os seus filhos. Assim como os benefícios da graça divina su­
pera todos os males causados pelo pecado (Rm 5.20); também, a benção divina
superaria todos os males e provas a que Jó foi submetido (Jó 42.10-12).

I. PROMESSAS DE RESTAURAÇÃO DA JUSTIÇA NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia contém muitas promessas de Deus acerca da restauração da jus­
tiça dos seus filhos. Embora o homem não tenha justiça própria, o desejo de
Deus é sempre restaurar o homem de sua condição miserável. Eliú, um outro
amigo de Jó também mostrou o desejo de Deus restituir ao homem a sua justi­
ça, dizendo: “Deveras, orará a Deus, que se agradará dele, e verá a sua face com
júbilo, e restituirá ao homem a sua justiça.” (Jó 33.26).
2. A Palavra de Deus afirma que: “E ele fará sobressair a tua justiça como a
luz; e o teu juízo, como o meio-dia.” (SI 37.6). A justiça em algumas passagens
bíblicas se refere a “direitos adquiridos” que o homem recebeu do próprio Deus
como um ser criado à imagem e semelhança de Deus!
3. Após serem duramente castigados por causa dos seus pecados e sofrido
muitas injustiças cometidas pelos seus inimigos, Israel podia comemorar a res­
tauração de sua justiça, dizendo: “O SENHOR trouxe a nossa justiça à luz; vinde
e contemos em Sião a obra do SENHOR, nosso Deus.” (Jr 51.10).

II. SOMENTE O SENHOR DA JUSTIÇA PODE RESTAURAR A NOSSA JUSTIÇA


1. O Senhor é sempre a fonte da nossa justiça, e somente Ele pode restaurar
o homem judicialmente perante o tribunal divino. A Bíblia afirma que: “Não
há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10). O profeta Isaías chegou a dizer que
“Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da
imundícia...” (Is 64.5).
2. O Senhor nos faz ainda uma promessa gloriosa, dizendo: “Então, rompe­
rá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá
adiante da tua face, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda.” (Is 58.8). O
Senhor por sua misericórdia nos cobriu com o seu “manto de justiça” (Is 61.10).
3. O Senhor Jesus Cristo prometeu saciar a fome e matar a sede dos famin-
tos e sedentos por justiça, dizendo: “Bem-aventurados os que têm fome e sede
de justiça, porque eles serão fartos;” (Mt 5.6).
CONCLUSÃO: A restauração da justiça é um sonho de todas as pessoas que
se sentem injustiçadas. O nosso Deus é conhecido como um Deus de Justiça:
“Bem-aventurados todos os que nele esperam” (Is 30.18). “Ele mesmo julgará o
mundo com justiça; julgará os povos com retidão.” (SI 9.8).

A N O TA Ç Õ E S

92 | 12 DE FEVEREIRO
13 DE FEVEREIRO

GOZA A VIDA COM A MULHER QUE AMAS


Eclesiastes 9.9

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela um conselho precioso da Palavra


de Deus para que o homem desfrute de uma vida conjugal cheia de alegria e
felicidade com a sua esposa. É o desejo do próprio Deus que o homem goze
a vida com a mulher do seu amor. Foi o próprio Deus quem reprovou a vida
solitária do homem (Gn 2.18); e lhe preparou uma mulher como sua compa­
nheira e esposa para gozarem de uma vida conjugal duradoura e feliz. Deus
criou o homem e a mulher para serem felizes, e escolheu um jardim de deli­
cias para o homem e a mulher gozarem de uma vida plena (Gn 2.8-25).

I. GOZANDO DE UMA VIDA CONJUGAL FELIZ DE FORMA LEGÍTIMA


1. A vontade de Deus desde o princípio sempre foi a felicidade do ca­
sal. A Bíblia m ostra o patriarca Isaque acariciando sua esposa Rebeca, e
gozando a vida de form a legitim a com a m ulher que ele amava (G n 26.8 e
Gn 24.67).
2. Quando o homem goza a vida com a sua esposa, ele desfruta de uma
alegria legítima. Quantos homens buscam alegria de forma ilegítima, deixando
de gozar a vida com a sua legítima mulher para ir em busca de aventura com a
mulher alheia (Pv 7.1-27).
3. O Escritor Sagrado da Carta aos Hebreus nos falou da legitimidade e pu­
reza do ato sexual dentro do matrimônio, dizendo: “Venerado seja entre todos
o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos
adúlteros Deus os julgará” (Hb 13.4).

II. 0 HOMEM DEVE PROMOVER A FELICIDADE DE SUA ESPOSA


1. A legislação mosaica determinava que o homem recém-casado deveria
ficar um ano inteiro em casa promovendo felicidade e alegria a mulher que ele
amava (Dt 24.5). Portanto, é a própria vontade de Deus que o homem goze a
vida com a sua mulher!
2. O salmista descreveu a alegria que a mulher promove ao homem que
teme ao Senhor, dizendo: “A tua mulher será com o a videira frutífera aos la­
dos da tua casa; os teus filhos, com o plantas de oliveira, à roda da tua mesa.”
(SI 128.3). A videira é quem produz a uva, de onde se extrai o vinho que é
símbolo de alegria. A mulher deve ser uma fonte de alegria para o homem
em seu lar; e o resultado desta felicidade, é o nascimento de filhos saudáveis
e vigorosos como ramos de oliveira, a árvore da vitalidade e da saúde!
3. O sábio Salomão ainda aconselhou o homem a gozar a vida com a mu­
lher da sua mocidade, dizendo: “Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com

93
a mulher da tua mocidade” (Pv 5.18). O sábio rei Salomão também reconheceu
a mulher como uma coisa boa para o homem (Pv 18.22).
CONCLUSÃO: Quando a Palavra de Deus aconselha ao homem gozar a vida
com a mulher que ama, cabe ao homem promover a felicidade a sua esposa, e
não permitir que o seu casamento seja monótono e sem alegria. Quando Jesus
Cristo transformou a água em vinho naquele casamento em Caná da Galiéia foi
com o objetivo da alegria nunca se acabar entre aquele casal (Jo 2.1-10).

A N O TA Ç Õ E S

94 | 13 DE FEVEREIRO
14 DE FEVEREIRO

LIÇÕES DO DIA DO AMOR


ICoríntios 13.13

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo destaca o amor como a maior
de todas as virtudes existentes. O dia 14 de fevereiro é lembrado como o Dia Interna­
cional do Amor. O que é o amor? O amor, para as pessoas românticas e sonhadoras
é um visitante misterioso que se apodera de você, como sensação que só existe uma
vez na vida ou de êxtase total. Para outras pessoas o amor é algo que não pode ser
entendido, é assunto estritamente do coração. Mas, exatamente, o que é o verdadeiro
amor? O amor é um sentimento tão inexplicável que você não programa alguém
para amar; você simplesmente ama; seja seus pais que lhe trouxe ao mundo ou al­
guém que cuidou de você; seja seu irmão ou irmã através dos laços de sangue; seja
alguém do sexo oposto que lhe atraiu para um relacionamento afetivo; ou o amor
divino que você sente pelo Deus que lhe criou, e por seu Filho Jesus Cristo que deu a
vida por você. O mais interessante é que, todos esses sentimentos não se misturam.
O amor que você sente pelos seus pais é um; pelos seus irmãos é outro; pelos seus
amigos é diferente; e por Deus é também diferente e especial.

I. OS PRINCIPAIS TIPOS DE AMOR QUE EXISTE


1. AMOR PATERNAL - De pai para filho e vice-versa. A Palavra de Deus nos
revela o expresso amor de Jacó por seu filho José, dizendo: “Ora, Israel amava mais
a José” (Gn 37.3). A Bíblia elogia o amor paternal, dizendo: “Como um pai se com­
padece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem.” (SI
103.13).
2. AMOR MATERNAL - De mãe para filho e vice-versa. A Bíblia também cita
o amor maternal, dizendo: “Então se aguçou o amor materno da mulher cujo filho
estava vivo e ela disse ao rei: — Ah! Meu senhor, deem a ela o menino vivo! Não o
matem de jeito nenhum!...” (lR s 3.26). Davi também comparou o amor materno
com o amor divino, dizendo: “Decerto, fiz calar e sossegar a minha alma; qual crian­
ça desmamada para com sua mãe, tal é a minha alma para comigo.” (SI 131.2).
3. AMOR FRATERNAL - De irmão para irmão. A Bíblia também elogia o
amor fraternal, dizendo: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabi-
líssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres.”
(2Sm 1.26). Davi foi um dos raros personagens bíblicos que demonstrou verdadeiro
amor fraternal ao seu amigo Jônatas!
4. AMOR CONJUGAL - De esposo para esposa, de marido para mulher e vi­
ce-versa. É um compromisso recíproco de fidelidade, comunhão, respeito e ternura
de um para o outro. Neste amor existe atração física como complemento e satisfa­
ção mútua do casal (Pv 5.18-19). Este amor regula a vida sentimental e afetiva dos
cônjuges. A Bíblia elogia o amor conjugal existente entre Isaque e Rebeca, dizendo:
“Isaque conduziu-a até a tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por
mulher. Ele a amou” (Gn 24.67). Que coisa linda esta expressão: “Ele a amou”, não é
verdade? Outro exemplo foi o de Jacó com Raquel: “Jacó amava Raquel, e disse: Sete
anos te servirei por tua filha mais moça, Raquel; assim, por amor a Raquel, serviu
Jacó sete anos, e estes, lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava”
(Gn 29.18,20). Existe uma linda frase que resume o amor de Jacó por Raquel: “Quem
ama espera!”. Jacó não viu passar o tempo pelo tanto que amava Raquel, porque não
reclamou do tempo exigido pelo seu sogro!
5. AMOR EROS - O amor “Eros” é um tipo de amor meramente carnal. Esta
palavra vem de “Eros”, o deus grego do “erotismo’! O Amor Eros se caracteriza como
uma forma erótica. “Na mitologia clássica, Eros era um deus violento, ciumento e
egoísta. Essa forma de amor engloba também a característica semelhante uma pul-
são sexual repentina, e uma vez saciado, esse amor tende a se acalmar e, por fim, se
entediar.” Este amor é aquele levado simplesmente pela atração física da pessoa.
6. AMOR NARCISISTA - A expressão “narcisista” vem de “Narciso”, o ícone
grego de beleza e orgulho que só amava a si mesmo. Embevecido por uma autoad-
miração sem limites, que fazia com que ele se deleitasse em contemplar seu reflexo
na água, o personagem da mitologia grega tornou-se o símbolo dessa forma de amor
em que o indivíduo se coloca no centro de tudo. O adepto do amor Narcisista se
coloca como o verdadeiro objeto amado.
7. AMOR PLATÔNICO - Para o filósofo grego Platão, o amor era algo essen­
cialmente puro e desprovido de paixões, ao passo em que estas são essencialmente
cegas, materiais, efêmeras e falsas. O amor platônico, não se fundamenta num inte­
resse, e sim na virtude. Platão criou também a teoria do mundo das idéias, onde tudo
era perfeito e que no mundo real tudo era uma cópia imperfeita desse mundo das
idéias. Portanto, amor platônico, ou qualquer coisa platônica, se refere a algo que seja
perfeito, mas que não existe no mundo real, apenas no mundo das idéias. O termo
“amor platônico” foi usado pela primeira vez pelo filósofo neoplatônico florentino
Marsilio Ficino no século XV. Talvez seja uma referência ao inalcançável ideal preco­
nizado por Platão. Esta expressão diz respeito a um amor focado na beleza do caráter
e na inteligência de uma pessoa, e não no seu aspeto físico.
8. AMOR ÀGAPE - O amor “ágape” é o perfeito e eterno amor de Deus por
todos nós. Talvez era esse amor que Platão idealizava e procurava. Não existe decla­
ração mais gloriosa acerca do amor do que esta: “Deus é amor” (ljo 4.8). “Ágape”
é a palavra grega empregada pelo Apóstolo Paulo em ICorintios 13, considerado
na Bíblia como “O Capitulo do Amor”. Ali é descrito as virtudes do amor. O amor
“Ágape” é o verdadeiro amor de Deus. O amor fraternal falha, como falha também o
amor conjugal e as demais formas do amor. Porém, o único amor que não falha é o
“Ágape”, o amor genuíno e verdadeiro. O Senhor revelou pessoalmente este amor ao
profeta Jeremias quando lhe disse: “Com amor eterno te amei; também com amável
benignidade te atraí.” (Jr 31.3).
CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo nos falou da perfeição do amor ágape, dizendo: Έ ,
sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” (Cl 3.14). Paulo
ainda nos fala das quatro grandes dimensões do verdadeiro amor para que sejamos
tomados de toda a plenitude divina (Ef 3.17-19).

96 | 14 DE FEVEREIRO
15 DE FEVEREIRO

EU SOU O SENHOR QUE TE SARA


Êxodo 15.26

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor se apresenta para o seu povo


como “Yhaweh-Rapha” ou na pronuncia portuguesa de Jeová-Rafá - O Senhor
que nos sara. O Senhor é o nosso Médico por excelência. O pecado trouxe as
doenças e enfermidades como terríveis consequências para o corpo humano,
além de muita dor e sofrimento. Porém, o Senhor Deus que é misericordioso e
piedoso tem mostrando uma profunda compaixão para o homem e a mulher
que buscam em Deus refúgio e proteção de todos os males que os afligem. O
Senhor está disposto a nos sarar e nos curar de toda e qualquer enfermidade. O
Senhor que sara o seu povo fez esta promessa a Jerusalém, dizendo: “Eis que eu
farei vir sobre ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei abundância de
paz e de verdade.” (Jr 33.6).

I. 0 SENHOR DEUS É 0 MÉDICO SOBERANO DO SEU POVO


1. A Bíblia afirma que o Senhor enviou serpentes abrasadoras entre o povo
murmurador por causa de seus pecados no deserto; porém, quando o povo se
humilhou reconhecendo os seus pecados, o mesmo Senhor proveu a cura para
o povo, dizendo a Moisés: “Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma has­
te; e será que viverá todo mordido que olhar para ela. E Moisés fez uma serpente
de metal e pô-la sobre uma haste; e era que, mordendo alguma serpente a al­
guém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo.” (Nm 21.8-9).
2. O Senhor revelou a Moisés a sua Soberania sobre todas as coisas, dizen­
do: “Vede, agora, que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu
faço viver; eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão” (Dt 33.39).
A Palavra de Deus ainda descreve a Soberania do Médico Divino, dizendo “Por­
que Ele faz a ferida e Ele mesmo a ata; Ele fere, e as suas mãos curam” (Jó 5.18).
3. O profeta Oséias descreveu a soberania divina em ferir e curar ao mesmo
tempo, dizendo: “Vinde, e tornemos para o Senhor, porque Ele nos despedaçou
e nos sarará; fez a ferida e a ligará” (Os 6.1).

II. A DISPOSIÇÃO DO SENHOR EM NOS SARAR DAS ENFERMIDADES


1. O salmista descreveu sobre a disposição do Senhor em sarar o seu povo,
dizendo: “Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas
enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericór­
dia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova
como a da águia” (SI 103.3-5).
2. O salmista também descreveu a disposição do Senhor em sarar o seu
povo pela sua própria Palavra, dizendo: “Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou,

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e os livrou do que lhes era mortal” (SI 107.20). O Senhor é quem te sara neste
momento meu irmão! O Senhor está te sarando agora, acredite e tome posse da
vitória!
3. O Senhor Jesus Cristo se mostrou disposto a curar o criado de um centu-
rião, dizendo: “Eu irei e lhe darei saúde.” (Mt 8.7). Jesus Cristo sempre se mos­
trou disposto a curar os enfermos. Quando o leproso lhe perguntou: “Senhor,
se quiseres, podes tornar-me limpo” (Mt 8.2), Jesus lhe respondeu: “Quero; sê
limpo. E logo ficou purificado da lepra.” (Mt 8.3).
CONCLUSÃO: O profeta Isaías escreveu que: “Certamente, Ele tomou sobre si
as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos
por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas Ele foi transpassado pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.4-5). A obra re­
dentora de Cristo na Cruz do Calvário nos trouxe salvação para a nossa alma
e também cura para o nosso corpo! Jesus Cristo é o nosso Yhaweh-Rapha - O
Senhor que nos sara!

A N O TA Ç Õ E S

98 | 15 DE FEVEREIRO
16 DE FEVEREIRO

LIÇÕES DO DIA DO REPÓRTER


ICrônicas 16.24

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Davi inspirado pelo Espírito Santo nos
aconselhou a sermos os anunciadores da glória e das maravilhas do Senhor en­
tre as nações. O dia 16 de fevereiro é lembrado como o Dia do Repórter, profis­
sional caçador de notícias, que nos informa a cada dia todos os fatos ocorridos
no mundo. Ser repórter é colher informações verdadeiras e prepará-las para a
divulgação, que pode ser feita através da televisão, dos jornais impressos ou de
revistas, pelo rádio e, atualmente, pela internet. Com a evolução dos meios de
comunicação, chegamos a era da informatização, onde as notícias correm de
forma bem mais rápida. A globalização e o acesso à internet possibilitam que, em
tempo real, acompanhemos um fato acontecido do outro lado do mundo. Um
repórter deve trabalhar com ética, buscando sempre a verdade sobre a notícia,
sem fazer alarde ou sensacionalismo com a mesma. A Bíblia já previa a rapidez
com que as informações correríam pelo mundo, dizendo: “Ele envia as suas or­
dens à terra, e sua palavra corre velozmente” (Sl 147.15). Parecia que o salmista
estava presenciando uma transmissão via satélite de uma notícia correndo pelo
mundo afora com muita rapidez. Como anunciadores do Evangelho de Cristo,
os pregadores são os verdadeiros “repórteres da fé” que anunciam todos os dias
as notícias mais atualizadas do que Deus está fazendo ao redor do mundo.

I. OS PREGADORES SÃO OS REPÓRTERES DE CRISTO


1. Repórter é um jornalista que pesquisa a informação apresentada em di­
versos tipos de meios de comunicação. É o responsável por trazer aos leitores as
últimas notícias. Maria Madalena foi a repórter da Ressurreição de Jesus Cristo.
Foi a primeira pessoa a divulgar em primeira mão a Ressurreição de Jesus Cris­
to: “Havendo Ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apa­
receu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios. E, partindo
ela, foi anunciá-lo àqueles que, tendo sido companheiros de Jesus, se achavam
tristes e choravam” (Mc 16.9-10).
2. Um anjo do Senhor foi o repórter que deu em primeira mão a notícia do
Nascimento de Jesus Cristo, dizendo: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova
de grande alegria, que o será para todo o povo: É que hoje vos nasceu, na cidade
de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.9-11).
3. A Mulher Samaritana foi a primeira repórter a divulgar a notícia do Mes­
sias para o povo samaritano: “Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cida­
de e disse àqueles homens: Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo
quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo? Saíram, pois, da cidade e
vieram ter com ele” (Jo 4.28-29).

99
II. 0 VERDADEIRO REPÓRTER NÃO DIVULGA FAKE-NEWS
1. Um repórter deve trabalhar com ética, buscando sempre a verdade sobre
a notícia, sem fazer alarde ou sensacionalismo com a mesma. Infelizmente, exis­
te também repórteres do mal, que até aceitam subornos para divulgar notícias
falsas. A Bíblia revela um exemplo desse com os guardas do sepulcro de Jesus,
os quais, receberam suborno para divulgarem a falsa notícia de que os discípu­
los haviam roubado o corpo de Jesus do sepulcro (Mt 28.12-15). Houve duas
versões acerca da Ressurreição de Jesus: Uma verdadeira e outra falsa. A versão
de Maria Madalena foi verdadeira, e a versão dos guardas subornados pelas
autoridades religiosas foi falsa.
2. O médico e historiador Lucas investigou o fato minunciosamente, e des­
mascarou a versão falsa divulgada pelos soldados subornados acerca da Ressur­
reição de Jesus, dizendo: “Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as
coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar até ao dia em que, depois de haver
dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que esco­
lhera, foi elevado às alturas. A estes também, depois de ter padecido, se apresen­
tou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta
dias e falando das coisas concernentes ao Reino de Deus” (At 1.1-3).
3. O apóstolo Paulo se sentiu um mensageiro devedor, e se propôs a di­
vulgar incansavelmente o genuíno Evangelho de Cristo, dizendo: “Porque pri­
meiramente vos entreguei o que também recebí: que Cristo morreu por nossos
pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro
dia, segundo as Escrituras,” (IC o 15.3-4). O repórter deve transmitir a mensa­
gem exatamente como recebeu da fonte!
CONCLUSÃO: A Palavra do Senhor deve ser propagada e glorificada (2Ts 3.1).
Da mesma forma que o repórter deve propagar rapidamente a sua noticia, as­
sim devemos propagar com rapidez a Palavra de Deus, que é a melhor notícia
para o mundo. Como um repórter que trabalha buscando informações novas
para noticiar para os seus ouvintes; assim, o pregador do Evangelho de Cristo
pesquisa e medita diariamente na Palavra de Deus, afim de sempre ter uma
mensagem nova para anunciar aos seus ouvintes.

A N O TA Ç Õ E S

100 | 16 DE FEVEREIRO
17 DE FEVEREIRO

DEUS NÃO ESQUECEU DE VOCÊ


Gênesis 30.22

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que Deus se


lembrou de Raquel. Raquel, a mulher que Jacó amava, além de ser estéril, era
extremamente egoísta, e supersticiosa. O seu excessivo desejo de ser mãe lhe
proporcionava a oportunidade de confiar inteiramente no Deus de Abraão, ou
lhe deixar vulnerável diante das superstições da época, ou em continuar con­
fiando nos ídolos de seu pai Labão. Entretanto, quando Raquel compreendeu
que a benção da fertilidade está em Deus e não em amuletos supersticiosos, ela
alcançou a realização do seu sonho materno. O Deus que não se esqueceu de
Raquel, apesar de seus defeitos, é o mesmo Deus que não esqueceu de você.

I. DEIXANDO DE CONFIAR EM ÍDOLOS E SUPERSTIÇÕES


1. A Bíblia nos mostra Raquel sendo ambiciosa e supersticiosa, quando co­
biçou as mandrágoras de Rúben, filho de sua irmã Léia, e negociou uma noite
entre sua irmã e Jacó em troca das mandrágoras. Segundo os estudiosos, havia
uma superstição naquela época em que associava as mandrágoras ao amor, e
acreditavam que estas frutas afrodisíacas seria um antídoto contra a esterilida­
de! No pensamento de Raquel, se Léia comesse as mandrágoras, sua irmã conti­
nuaria fértil e gerando mais filhos a Jacó, e, ela tomando para si as mandrágoras,
ela é que se tornaria fértil (Gn 30.14-15).
2. O texto sagrado afirma que foi Deus quem tornou Raquel fértil e não
as frutas afrodisíacas negociadas com sua irmã Léia (Gn 30.22). A própria
fertilidade de Léia também vinha do Senhor e não de amuletos supersticiosos
(Gn 29.31).
3. As Escrituras nos mostram Raquel ainda presa aos deuses de seus pais,
quando furtou os ídolos de seu pai Labão (Gn 31.19). Raquel não correspondeu
a graça que havia obtido do Senhor, não obstante suas falhas!

II. DEVEMOS ABANDONAR OS ÍDOLOS E CONFIAR SOMENTE EM DEUS


1. A Bíblia afirma que Jacó subiu a Betel com a sua família a fim de reno­
var a sua aliança com Deus; porém, antes disso, ele e sua família se purifica­
ram e eliminaram os deuses estranhos que havia no meio deles (Gn 35.1-4).
Ali com certeza foi enterrado também os ídolos que Raquel havia furtado de
seu pai Labão!
2. O apóstolo Paulo elogiou os crentes de Tessalônica por terem deixado os
ídolos e se convertido ao Deus Vivo, dizendo: “Porque eles mesmos anunciam
de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos con­
vertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro e esperar dos céus a seu
Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.”
(H s 1.9-10).
3. O apóstolo João também advertiu carinhosamente a todos nós, dizendo:
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém!”. Portanto, não acredite em nenhum
ídolo ou superstição, acredite unicamente no Deus Vivo e Verdadeiro que ja ­
mais se esquece de você!

CONCLUSÃO: Acredite meu irmão, Deus se lembrou de você hoje e atentou


para a sua aflição! Aguarde o milagre do Senhor na sua vida! Confie inteira­
mente em Deus. Ele mesmo disse na sua Palavra: “Mas Sião diz: Já me desam­
parou o SENHOR; o Senhor se esqueceu de mim. Pode uma mulher esquecer-se
tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas,
ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti.” (Is 49.14-15)

A N O TA Ç Õ E S

102 | 17 DE FEVEREIRO
18 DE FEVEREIRO

DEUS VAI PELEJAR POR VOCÊ


2Crônicas 20.15

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, nós vamos aprender como Deus toma para
si a afronta que recebemos do inimigo e peleja por nós. O rei Josafá foi afrontado
por uma confederação de três nações que se aliaram para pelejarem contra o reino
de Judá; porém, os inimigos não sabiam que a peleja deles não era contra Josafá e
Judá; mas sim, contra o próprio Deus. Deus entrou na peleja e deu grande vitória
a Josafá e Judá. Existem pessoas que começam a nos perseguir e a nos afrontar, e
acabam se dando mal porque Deus entra na nossa frente e peleja por nós.

I. QUANDO DEUS ENTRA NA PELEJA A VITÓRIA É GARANTIDA


1. Moisés acalmou o povo de Israel que estava com medo dos egípcios, di­
zendo: “O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis” (Êx 14.14). Precisamos
confiar inteiramente no Deus que peleja por nós. Moisés mais uma vez pediu
para o povo confiar no Deus que peleja por nós, dizendo: Ό Senhor, vosso
Deus, é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos
salvar” (Dt 20.4).
2. O nosso Deus é especialista em defender o fraco contra o forte. A Bíblia
revela Deus pelejando e dando vitória ao rei Asa e Judá contra o poderoso exér­
cito da Etiópia composto de mais de um milhão de soldados (2Cr 14.9-12).
3. Neemias mostrou confiança no Deus que peleja por nós; pois, quando
edificavam os muros de Jerusalém ele encorajou o povo, dizendo: “No lugar em
que ouvirdes o som da trombeta, para ali acorrei a ter conosco; o Senhor nosso
Deus pelejará por nós” (Ne 4.20).

II. QUANDO DEUS ENTRA NA PELEJA OS NOSSOS INIMIGOS TREMEM


1. Os próprios inimigos de Israel reconheceram que Deus peleja pelo seu
povo, dizendo: “Fujamos da presença de Israel, porque o Senhor peleja por eles
contra os egípcios” (Êx 14.25). Não há inimigo que tenha coragem de enfrentar
o povo de Deus quando percebe que o Senhor peleja por nós!
2. Raabe revelou aos espias israelitas o medo que se apoderou dos inimigos
quando souberam que o Senhor havia pelejado pelo seu povo, dizendo: “Ou­
vindo isso, desmaiou o nosso coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por
causa da vossa presença; porque o SENEIOR, vosso Deus, é Deus em cima nos
céus e embaixo na terra.” (Js 2.10-11).
3. A Bíblia afirma que: “Enquanto Samuel oferecia o holocausto, os filisteus
chegaram à peleja contra Israel; mas trovejou o Senhor aquele dia com grande
estampido sobre os filisteus e os aterrou de tal modo, que foram derrotados
diante dos filhos de Israel” (ISm 7.10).

103
CONCLUSÃO: Saiba meu irmão que você não está sozinho nesta peleja! Deus
está entrando nesta batalha pra te dá vitória! O sábio Salomão afirmou que:
“O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do Senhor”
(Pv 20.31). O rei Davi ainda pediu ao Senhor que pelejasse por ele, dizendo:
“Contende, Senhor, com os que contendem comigo; peleja contra os que contra
mim pelejam” (SI 35.1)

A N O TA Ç Õ E S

104 I 18 DE FEVEREIRO
19 DE FEVEREIRO
DEUS NOS FAZ REPOUSAR EM SEGURANÇA
Salmo 4.8

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela como o salmista depositava a sua ple­
na confiança no Senhor na hora de dormir. Davi acreditava que o Senhor o vigiava
enquanto ele dormia, e isso lhe fazia repousar em segurança. Na verdade, quem con­
fia no Guarda Fiel de Israel que não dorme e nem dormitará, pode repousar na mais
perfeita segurança. Davi confiava na promessa que o Senhor fez que o seu povo dor­
miría em segurança (Lv 26.6); por isso, Davi acordou do seu sono tranquilo, dizen­
do: “Deito-me e pego no sono; acordo, porque o SENHOR me sustenta.” (SI 3.5). O
Senhor nos guarda enquanto dormimos, porque Ele é o Nosso Sentinela (SI 127.1-2).
I. FOI 0 PRÓPRIO SENHOR QUEM NOS PROMETEU A SUA SEGURANÇA
1. O Senhor fez uma promessa ao seu povo fiel, dizendo: “Também darei
paz na terra; e dormireis seguros, e não haverá quem vos espante; e farei cessar
os animais nocivos da terra, e pela vossa terra não passará espada” (Lv 26.6).
2. A Palavra de Deus ainda nos oferece segurança, dizendo: “E terás con­
fiança, porque haverá esperança; olharás em volta e repousarás seguro, deitar -
-te-ás, e ninguém te espantará; muitos acariciarão o teu rosto.” (Jó 11.18-19).
3. O Senhor nos prometeu segurança plena e perfeita, dizendo: “Não teme­
rás espanto noturno, nem seta que voe de dia, nem peste que ande na escuridão,
nem mortandade que assole ao meio-dia. Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua
direita, mas tu não serás atingido.” (SI 91.5-7).
II. 0 SENHOR É 0 SENTINELA DO SEU POVO
1. O salmista descreveu a segurança que o Guarda de Israel nos oferece, di­
zendo: “O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita.
O sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite. O SENHOR te guardará de
todo mal; ele guardará a tua alma. O SENHOR guardará a tua entrada e a tua
saída, desde agora e para sempre.” (SI 121.5-8).
2. O sábio Salomão também escreveu sobre a segurança que devemos ter
no Senhor como o nosso Sentinela, dizendo: “Quando te deitares, não temerás;
sim, tu te deitarás, e o teu sono será suave. Não temas o pavor repentino, nem a
assolação dos ímpios quando vier.” (Pv 3.24-25).
3. O Sentinela de Israel prometeu proteção diurna e noturna para a sua
vinha amada, dizendo: “Eu, o SENHOR, a guardo e, a cada momento, a regarei;
para que ninguém lhe faça dano, de noite e de dia a guardarei.” (Is 27.3).

CONCLUSÃO: O profeta Isaías previu moradas seguras para o povo do Senhor, di­
zendo: Ό meu povo habitará em moradas de paz, em moradas bem seguras e em lu­
gares quietos e tranquilos,” (Is 32.18). A nossa verdadeira segurança está no Senhor!
“Torre forte é o nome do SENHOR, à qual o justo se acolhe e está seguro.” (Pv 18.10).
105
20 DE FEVEREIRO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA JUSTIÇA SOCIAL


Mateus 5.6

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor Jesus Cristo cita uma das suas
bem-aventuranças no seu famoso Sermão do Monte, onde declara que todos os
que tem fome e sede de justiça serão fartos. Acreditamos que um dia a justiça
será implantada em sua plenitude na terra, e não haverá mais nenhuma desi­
gualdade social e nenhuma injustiça. No dia 20 de fevereiro se comemora o Dia
Mundial da Justiça Social. Quando percebemos tantas injustiças sociais existen­
tes neste mundo, chegamos a pensar que a Justiça Social não passa mesmo de
uma utopia. Porém, a Palavra de Deus nos mostra que a Justiça Social ainda será
implantada em sua plenitude na terra. Os profetas clamaram por uma justiça
equânime e denunciaram toda falta de justiça social cometida pelos governantes
de suas respectivas épocas. O profeta Amós chegou a profetizar um período em
que a justiça transbordará como um ribeiro de águas correntes, dizendo: “Antes,
corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene.” (Am 5.24).

I. A NECESSIDADE DA JUSTIÇA SOCIAL


1. A Justiça Social é definida como a construção moral e política baseada
na igualdade de direitos e na solidariedade coletiva entre pessoas abastadas e
pessoas menos favorecidas. A Bíblia sempre condenou a falta de justiça social
entre o povo (Is 59.14-15 e Am.2.6).
2. A legislação mosaica estabelecia a justiça social entre os menos favoreci­
dos, dizendo: “Ao fim de três anos, tirarás todos os dízimos da tua novidade no
mesmo ano e os recolherás nas tuas portas. Então, virá o levita (pois nem parte
nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro
das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão, para que o SENHOR, teu Deus, te
abençoe em toda a obra das tuas mãos, que fizeres.” (Dt 14.28-29).
3. A Palavra de Deus já estabelecia a necessidade da justiça social entre o
povo de Israel, dizendo: “Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos,
em alguma das tuas portas, na tua terra que o SENHOR, teu Deus, te dá, não
endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre;
antes, lhe abrirás de todo a tua mão e livremente lhe emprestarás o que lhe falta,
quanto baste para a sua necessidade” (Dt 15.7-8). O espírito de solidariedade
humana está presente em toda a legislação mosaica. Moisés procurava, através
da caridade, suprir as carências sociais entre o seu povo.

II. A BÍBLIA DEFENDE A JUSTIÇA SOCIAL PARA TODOS


1. A Bíblia apregoa a justiça para todos, dizendo: “Juizes e oficiais porás
em todas as tuas portas que o SENHOR, teu Deus, te der entre as tuas tribos,

106 I 20 DE FEVEREIRO
para que julguem o povo com juízo de justiça. Não torcerás o juízo, não fa­
rás acepção de pessoas, nem tomarás suborno, porquanto o suborno cega os
olhos dos sábios e perverte as palavras dos justos. A justiça, somente a justiça
seguirás, para que vivas e possuas em herança a terra que te dará o SENHOR,
teu Deus” (Dt 16.18-20).
2. Deus revela através da Bíblia Sagrada que o verdadeiro jejum que lhe
agrada é a solidariedade e justiça social distribuída e praticada entre as pessoas
(Is 58.6-8).
3. O profeta Jeremias previu a Vinda do Messias para estabelecer a tão so­
nhada justiça na terra, dizendo: “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que le­
vantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará
o juízo e a justiça na terra.” (Jr 23.5). O apóstolo João teve a visão da vinda do
Senhor Jesus Cristo para estabelecer a Justiça Social na terra, e escreveu, dizen­
do: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele
chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (Ap 19.11).
CONCLUSÃO: Todos nós aspiramos por um mundo melhor onde habitará a
verdadeira justiça social. O apóstolo Pedro descreveu esta esperança que to­
dos nós temos, dizendo: “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos
céus e nova terra, em que habita a justiça.” (2Pe 3.13).

A N O TA Ç Õ ES

107
21 DE FEVEREIRO

DEUS MULTIPLICARÁ AS TUAS FORÇAS


Isaías 40.29

INTRODUÇÃO: Nós aprendemos através deste texto sagrado que o nosso Deus
é Aquele que multiplica as forças do seu povo. Ele faz forte ao cansado e multi­
plicas as forças ao que não tem nenhum vigor. O nosso Deus é especialista em
animar os desanimados, fortalecer os fracos, trazer esperança aos desespera­
dos, encorajar os medrosos, levantar os caídos, erguer do pó os necessitados,
e levantar do monturo os pobres e miseráveis. O Senhor Jesus Cristo é Aque­
le que lançou o convite universal a todos os cansados e oprimidos, dizendo:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”
(Mt 11.28). Através deste convite para todos, o Senhor Jesus Cristo prometeu
trocar o nosso fardo pesado por um fardo mais leve, e suavizar o stress do nos­
so dia a dia (Mt 11.29).

I. FAZ FORTE AO CANSADO


1. O nosso Deus faz forte ao cansado. Uma pessoa cansada pode ser defi­
nida como alguém que esteja: desanimado, fatigado, indisposto e aborrecido. O
salmista Davi se mostrou uma pessoa cansada em determinado momento de
sua vida, e se expressou, dizendo: “Estou cansado de clamar; secou-se-me a gar­
ganta; os meus olhos desfalecem esperando o meu Deus.” (SI 69.3). Entretanto,
o Senhor promete aliviar os cansados e oprimidos.
2. O Senhor falou através do profeta Jeremias, dizendo: “Porque satisfiz à
alma cansada, e saciei a toda alma desfalecida.” (Jr 31.25). O Senhor satisfaz a
alma cansada e fortalece a alma desfalecida!
3. O Senhor também falou através do profeta Isaías, dizendo: “Não sabes,
não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos confins da terra, nem
se cansa, nem se fatiga?” (Is 40.28). O nosso Deus não se cansa e nem se fatiga!
Ele é o nosso próprio descanso!

II. DEUS FAZ O FRACO FICAR FORTE


1. O Senhor que fortalece o fraco envia uma mensagem para os que não tem
força, dizendo: “Diga o fraco: Eu sou forte.” (J1 3.10). O Senhor é Aquele que faz
o fraco ficar forte! O nosso Deus é Aquele que multiplica as forças daqueles que
já perderam o seu vigor.
2. A Bíblia revela como Deus multiplicou as forças do desanimado profeta
Elias oferecendo-lhe pão, dizendo: “Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com
a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe,
o monte de Deus.” (lR s 19.4-8).
3. O Senhor prometeu fazer o fraco ficar forte, dizendo: “Naquele dia, o

108 | 21 DE FEVEREIRO
SENHOR amparará os habitantes de Jerusalém; e o que dentre eles tropeçar,
naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do
SENHOR diante deles.” (Zc 12.8). O mais fraco naquele dia será como Davi!
CONCLUSÃO: Deus está multiplicando as suas forças agora e renovando o seu
vigor físico e espiritual! Ele fortalece tanto o seu corpo como a sua alma! O
apóstolo Paulo nos aconselhou também, dizendo: “No demais, irmãos meus,
fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.” (Ef 6.10)

A N O TA Ç Õ ES

109
22 DE FEVEREIRO

O SENHOR ESTÁ VENDO O SEU SOFRIMENTO


Gênesis 16.13

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a época em que Agar, a serva de
Sara, em momento de aflição teve um encontro com o Senhor no deserto. O
nosso Deus não faz acepção de pessoas. Mesmo Agar sendo uma escrava egíp­
cia, Deus se revelou a ela e lhe fez promessas grandiosas, atentando para a sua
humilde condição. Agar descobriu que o próprio Deus estava acompanhando o
seu sofrimento. Quantas das vezes não achamos também que Deus está alheio
ao nosso sofrimento? Chegamos a cogitar em nosso coração que existem tantas
pessoas mais importantes para Deus se preocupar do que nós; e, num entanto,
Deus acompanha de perto a nossa aflição e está pronto a nos estender a sua
generosa mão de misericórdia como fez com Agar.

I. OS OLHOS DE DEUS ESTÃO VENDO TUDO O QUE PASSAMOS


1. A Bíblia afirma que; “Vendo, pois, o SENHOR que Leia era aborrecida,
abriu a sua madre; porém Raquel era estéril.” (Gn 29.31). Aqui, vemos Deus
observando de perto o sofrimento e desprezo que Léia estava vivendo e recom­
pensou o seu sofrimento abrindo a sua madre para gerar muitos filhos; ao passo
que sua irmã Raquel permanecia estéril.
2. O próprio Senhor revela que os seus olhos tem visto o sofrimento do seu
povo, dizendo; “E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e
também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem” (Êx 3.9). Por­
tanto, o Senhor vê de perto o sofrimento do seu povo!
3. O Senhor é Aquele que vê o sofrimento dos seus filhos e também as in­
justiças que os homens cometem; por isso, Ele nos faz uma promessa, dizendo:
“Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, me levan­
tarei agora, diz o SENHOR; porei em salvo aquele para quem eles assopram.”
(SI 12.5).

II. OS OLHOS DE DEUS VÊEM AS INJUSTIÇAS QUE SOFREMOS


1. O Senhor revelou a Jacó que viu as injustiças de Labão para com ele,
dizendo: “Levanta, agora, os teus olhos e vê que todos os bodes que cobrem o
rebanho são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que La­
bão te fez” (Gn 31.12). O Senhor vê tudo. Ele vê os que estão nos prejudicando,
e peleja em nosso favor!
2. O profeta Jeremias afirma que o Senhor vê as injustiças que as pessoas
cometem e clama por justiça, dizendo: “Viste, SENHOR, a injustiça que me fize­
ram; julga a minha causa.” (Lm 3.59).
3. O profeta Ezequiel também denunciou os que acham que o Senhor não

110 | 22 DE FEVEREIRO
vê as coisas, dizendo: “A maldade da casa de Israel e de Judá é grandíssima, e a
terra se encheu de sangue, e a cidade se encheu de perversidade; eles dizem: O
SENHOR deixou a terra, o SENHOR não vê.” (Ez 9.9). Todas as coisas estão nuas
e patentes diante dos olhos do Deus com quem iremos prestar contas (Hb 4.13).
CONCLUSÃO: Enganam-se os que pensam que o Senhor não está vendo as injus­
tiças dos homens! A justiça divina pode até parecer demorada, mas não falha (Lc
18.1-8). “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos, aten­
tos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males.” (lPe 3.12).

AN O TA Ç Õ ES
23 DE FEVEREIRO

0 SENHOR ABENÇOARÁ O TEU PÃO


Êxodo 23.25

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o Senhor promete abençoar o pão e a água


do seu povo, bem como afastar de seu meio as enfermidades. Entretanto, é pre­
ciso servirmos ao Senhor com fidelidade para nos tornarmos beneficiários des­
tas bênçãos. Pão e água são representações das necessidades mais básicas do ser
humano. Fome, sede, e enfermidades são ainda as três mazelas que mais afetam
os seres humanos ao redor do mundo. Há muitas nações ao redor do mundo
em pleno século 21, cuja população está sendo dizimada pela falta destes itens
tão básicos do ser humano que são: pão, água e saúde. Entretanto, o Senhor
promete abençoar o pão e a água do povo que lhe serve; e afastar do seu meio
as doenças.

I. ABENÇOANDO O PÃO DO SEU POVO


1. A Bíblia revela vários períodos de fome e seca em que Deus preservou o
seu povo, providenciando-lhes pão com fartura. As Escrituras nos mostram a
preocupação do homem pelo “pão nosso de cada dia” desde os tempos antigos,
quando Jacó fez um voto ao Senhor, dizendo: “Se Deus for comigo, e me guar­
dar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me
vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o Senhor
será o meu Deus; e a pedra que erigi por coluna, será a casa de Deus; e, de tudo
quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo” (Gn 28.20-22).
2. Deus aceitou o voto de Jacó e cuidou tanto dele que, sobrevindo uma
fome em todo o mundo, quando Jacó mandou seus filhos comprar trigo no
Egito, o trigo vinha de graça, pois o dinheiro era devolvido, e um de seus filhos
era o governador de toda a terra do Egito, além de ser o responsável pela cons­
trução de todos os armazéns de trigo do Egito (Gn 41.46-49 e Gn 42.25-35). A
abundância de trigo prevista lá atrás por Isaque estava contemplando também
os seus descendentes (Gn 27.28).
3. Após um período de fome na terra de Judá, é dito que: “o SENHOR tinha
visitado o seu povo, dando-lhe pão.” (Rt 1.6). O nosso Deus é Aquele que “dá
semente ao que semeia e pão para alimento...” (2Co 9.10). O Senhor prometeu
abençoar com abundância o mantimento do seu povo, e com fartura de pão os
necessitados, dizendo: “Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei
de pão os seus necessitados” (SI 132.15).

II. ABENÇOANDO A ÁGUA DO SEU POVO


1. A água é considerada um alimento vital para o ser humano. Ninguém
consegue viver sem água. A falta de água causa desnutrição e pode levar as pes-

112 I 23 DE FEVEREIRO
soas a morrerem de sede. A água serve para limpar, purificar, dar vida as plantas
e matar a sede dos animais e dos seres humanos. A Bíblia revela constantes
conflitos entre os pastores de Isaque e os pastores filisteus por causa de água
(Gn 26.20-21).
2. O Senhor fez uma promessa aos sedentos e necessitados por água, dizen­
do: “Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca
de sede; mas Eu, o Senhor, os ouvirei, Eu, o Deus de Israel, não os desampararei.
Abrirei rios nos altos desnudos e fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em
açudes de águas e a terra seca, em mananciais” (Is 41.17-18)
3. Há uma promessa gloriosa no livro do profeta Isaías, dizendo: “O Senhor
te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará
os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas
jamais faltam” (Is 58.11).

III. ABENÇOANDO A SAÚDE DO SEU POVO


1. Vivemos em um mundo onde a medicina já não conseguem mais controlar
as doenças e enfermidades que assolam os seres humanos. Além, das novas epi­
demias que surgem a cada momento há uma grande precariedade e descaso dos
governantes na saúde pública. O que fazer em meio a tudo isso? Só mesmo con­
fiando no Senhor. O Senhor prometeu abençoar a saúde do seu povo (Êx 15.26).
2. Moisés ainda descreveu o Senhor abençoando a saúde do seu povo, di­
zendo: “E o SENHOR de ti desviará toda enfermidade; sobre ti não porá nenhu­
ma das más doenças dos egípcios, que bem sabes; antes, as porá sobre todos os
que te aborrecem.” (Dt 7.15).
3. O Senhor prometeu restaurar a saúde do seu povo, dizendo: “Porque res­
taurarei a tua saúde e sararei as tuas chagas, diz o SENHOR; pois te chamam
a enjeitada, dizendo: É Sião, por quem ninguém pergunta.” (Jr 30.17). Mateus
também descreveu o Senhor Jesus Cristo afastando as enfermidades das pes­
soas, dizendo: “E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas,
e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias
entre o povo” (Mt 4.23).
CONCLUSÃO: Vale a pena servir ao Senhor! Ele promete abençoar o pão, a
água e afastar as enfermidades daqueles que lhe servem. Por isso, Josué não teve
dúvida em dizer: “Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.” (Js 24.15).

113
24 DE FEVEREIRO

SEJA PURIFICADO DAS SUAS IMPUREZAS


Levítico 16.19

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento da aspersão do sangue dos


animais sacrificados sobre o altar para purificar os filhos de Israel das suas impu­
rezas. Todos nós precisamos de purificação. O pecado nos deixou impuros dian­
te de Deus, daí a necessidade de purificação espiritual. O mais importante é que
os meios de purificação de nossas impurezas foram providenciados pelo próprio
Deus. E, na Nova Aliança, Deus providenciou um sacrifício único, superior e
definitivo pelos nossos pecados através de seu Filho Jesus Cristo (Jo 3.16 e Hb
10.10-12). No Antigo Testamento, o vocábulo hebraico “barar” nos traz a ideia
de “purificar”, “limpar” e “expurgar”; e no Novo Testamento, o vocábulo grego
“katharizo”, é o termo que nos traz o sentido de “purificar”, “purgar” e “limpar”.
O apóstolo Paulo afirma que já fomos lavados, santificados e justificados em o
Nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (IC o 6.11).

I. A NECESSIDADE DE PURIFICAÇÃO
1. A Bíblia revela a grande e urgente necessidade que o homem tem de puri­
ficação. O sábio Salomão nos desafiou a todos nós, dizendo: “Quem poderá di­
zer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado!” (Pv 20.9). Salomão
ainda continua nos falando sobre a necessidade de purificação, dizendo: “Há
uma geração que é pura aos seus olhos e que nunca foi lavada da sua imundícia.”
(Pv 30.12).
2. O profeta Isaías exortou aos filhos de Israel, dizendo: “Lavai-vos, purifi-
cai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer
o mal” (Is 1.16).
3. O profeta Isaías também reconheceu a sua própria impureza, dizendo:
“Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no
meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos
Exércitos!” (Is 6.5).
4. O rei Davi também implorou ao Senhor por purificação, dizendo: “La-
va-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado” (SI
51.2). Davi implorou a Deus por pureza três vezes na mesma oração (SI 51.2,7,10).

II. OS MEIOS DE PURIFICAÇÃO DE NOSSAS IMPUREZAS


1. O SANGUE DE JESUS CRISTO: O sangue sempre foi considerado como
um dos elementos chaves na purificação e santificação do pecador, tanto na
Antiga Aliança, quando era usado para fazer expiação através do sacrifício de
animais, quanto na Nova Aliança através do perfeito sacrifico oferecido por Je­
sus Cristo na cruz do calvário (Êx 29.20-21; Lv 14.25; 16.19; Hb 9.14; ljo 1.7;

114 | 24 DE FEVEREIRO
Ap 7.9 e 22.14). Os meios de purificação das nossas impurezas são providos
pelo próprio Deus!
2. A PALAVRA DE DEUS: A Palavra de Deus é comparada em várias partes
das Escrituras Sagradas como uma água cristalina que lava, limpa, purifica e
santifica o povo que se arrepende dos seus pecados (SI 119.9; Ez 36.25; fo 15.3
e Hb 10.22). O apóstolo Paulo descreveu a importância da Palavra de Deus no
processo de purificação da Igreja (Ef 5.26-27). Aqui, Paulo se se refere ao famo­
so “Mikveh”, quando uma noiva judia participava do banho nupcial, para ser
purificada antes do casamento, denominado “Kiddushim” (ser separada para
Deus). Assim, a Igreja recebe o banho nupcial através da Palavra de Deus para
se apresentar pura diante do Noivo Amado Jesus Cristo!
3. A VERDADE: A verdade é santificadora porque age de forma trans­
parente mostrando a realidade do pecado do homem e a sua necessidade de
purificação e santificação (SI 51.5-7). O Senhor Jesus Cristo orou ao Pai pela
santificação dos seus discípulos na verdade, dizendo: “Santifica-os na verdade;
a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.17). O apóstolo Pedro também reconheceu a
verdade como meio de purificação, dizendo: “Purificando a vossa alma na obe­
diência à verdade, para amor fraternal, não fingido, amai-vos ardentemente uns
aos outros, com um coração puro;” (lP e 1.22).
4. O ESPÍRITO SANTO: O Espírito Santo é por excelência o Espírito de
Santidade (Rm 1.4). Ele é o Espírito Purificador, Regenerador, Renovador e
Santificador (Is 4.4; Tt 3.5; 2Ts 2.13). O apóstolo Pedro também escreveu, di­
zendo: “Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito,
para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam
multiplicadas.” (lP e 1.2).
CONCLUSÃO: Todos nós precisamos fazer diariamente uma reflexão, exami­
nando a nós mesmos, e reconhecendo a necessidade de purificação das nossas
impurezas! Davi reconheceu isso, e orou, dizendo: “Cria em mim, ó Deus, um
coração puro e renova em mim um espírito reto” (SI 51.10).

AN O TA Ç Õ ES
25 DE FEVEREIRO

DEUS CUMPRIRÁ O QUE TE PROMETEU


Números 23.19

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela a infalibilidade do nosso Deus no


cumprimento de todas as suas promessas. O nosso Deus cumprirá as suas pro­
messas. Deus cumprirá o que te prometeu. Deus não é o homem que promete
e não cumpre. Deus é firme naquilo que Ele nos promete, e não se arrepende
como o homem que muda de pensamento toda a hora. O nosso Deus é imutável
e infalível. Para o nosso Deus não haverá impossíveis em todas as suas promes­
sas (Lc 1.37). No hebraico existem dois termos cuja raiz se associa diretamente
com a palavra “promessa”. O primeiro termo é “alah”, que nos traz o sentido
de um compromisso acertado. O vocábulo “alah” é também da mesma raiz
de “Elohim”, nos trazendo a ideia de um Deus cumpridor de suas promessas
(Jr 1.12). O segundo é o termo “dabhar”, que nos traz a ideia de uma palavra
empenhada por Deus para cumpri-la (lC r 16.15).

I. DEUS DE PROMESSAS
1. O Deus da Bíblia é um Deus de promessas! Mesmo o homem não mere­
cendo, a Bíblia revela Deus escolhendo pessoas fracas e pecadoras e lhe fazendo
grandiosas promessas. Deus apareceu a Abraão e lhe fez sete grandiosas pro­
messas (Gn 12.1-3). O Senhor apareceu a Isaque, prometeu a sua presença com
ele, prometeu abençoá-lo, prometeu confirmar o juramento feito com Abraão,
prometeu multiplicar a sua descendência como as estrelas dos céus, e prometeu
abençoar todas as nações da terra através da sua descendência (Gn 26.2-5).
2. Na grande visão que Jacó teve da escada que ligava a terra ao céu, o Se­
nhor prometeu confirmar todas as promessas feitas a Abraão e Isaque, e lhe fez
as seguintes promessas pessoais: “Eis que Eu estou contigo, e te guardarei por
onde quer que fores; e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até
cumprir Eu Aquilo que te ei referido” (Gn 28.13-15).
4. O Senhor fez promessas gloriosas a Davi, e estabeleceu com ele uma
aliança eterna e incondicional de criar através dele uma dinastia eterna, e nunca
apartar dele a sua misericórdia (2Sm 7.8-16).

II. DEUS CUMPRE O QUE PROMETE


1. O nosso Deus cumpre tudo aquilo que Ele promete! Ainda que somos
infiéis, o nosso Deus permanece Fiel (2Tm 2.13). A Palavra de Deus afirma que
“Visitou o Senhor a Sara, como lhe dissera, e o Senhor cumpriu o que lhe havia
prometido” (Gn 21.1). Deus é Fiel! Deus cumpre o que prometeu!
2. Moisés ainda descreveu a fidelidade de Deus no cumprimento de suas
promessas, dizendo: “O Senhor, Deus de vossos pais, vos faça mil vezes mais

116 I 25 DE FEVEREIRO
numerosos do que sois e vos abençoe, como vos prometeu” (Dt 1.11). A Bíblia
afirma que “Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor
falara à casa de Israel; tudo se cumpriu” (Js 21.45). As promessas de Deus são
infalíveis! Nenhuma cai por terra!
3. O sábio rei Salomão glorificou ao Deus infalível pelo cumprimento de
suas promessas, dizendo: “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo
de Israel, segundo tudo o que prometera; nem uma só palavra falhou de todas
as suas boas promessas feitas por intermédio de Moisés, seu servo” (lR s 8.56).
CONCLUSÃO: Deus cumprirá meu irmão tudo aquilo que Ele te prometeu!
Acredite! Fiel é o que te prometeu (lT s 5.24). O apóstolo Paulo ainda escreveu,
dizendo: “Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por
nós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas nele houve sim.
Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém,
para glória de Deus, por nós.” (2Co 1.19-20). Jesus Cristo é o Sim de Deus! Ele
é a garantia do cumprimento de todas as promessas de Deus em nossas vidas!

ANOTAÇÕES
26 DE FEVEREIRO

DEUS FARÁ PROSPERAR O TRABALHO DAS TUAS MÃOS


Deuteronômio 28.12

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela a disposição do Senhor em nos abrir


o seu bom tesouro, e abençoar o trabalho das nossas mãos. Há várias pro­
messas nas Escrituras em que Deus promete prosperar o trabalho das nossas
mãos. Dependemos da benção do Senhor para que o nosso trabalhe prospere.
O Deus que nos abre o seu bom tesouro, é o dono de todo o ouro e de toda a
prata do universo (Ag 2.8). Sem a benção do Senhor o nosso trabalho se torna
vão. Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalha os que nela edificam (SI
127.1-2). Daí a necessidade de contarmos com a benção do Senhor para o tra­
balho das nossas mãos. No Antigo Testamento a palavra hebraica mais comum
para descrever a prosperidade é “tisseleah” ou “tsãléach”, isto é, “ter sucesso”,
“dar bom resultado”, “experimentar abundância” e “fecundidade” (Gn 39.2,3,33
e 2Cr 26.5). Um outro termo hebraico que descreve a vida próspera é “chãyâ”,
que significa “viver” ou “permanecer vivo”, entretanto, em certos contextos sig­
nifica “viver prosperamente”. O vocábulo “Dãshèm” é um outro termo hebrai­
co que aponta para uma prosperidade plena e abundante.

I. 0 DEUS QUE NOS ABRE 0 SEU BOM TESOURO


1. O nosso Deus é o Dono por excelência da Casa do Tesouro (Ag 2.8 e
Ml 3.10). Ele promete nos abrir o seu bom tesouro! Moisés abençoou a Tribo
de Issacar, dizendo: “Porque chuparão a abundância dos mares e os tesouros
escondidos na areia” (Dt 33.19). É Deus quem entrega aos seus filhos o mapa
do tesouro!
2. Josué reconheceu o Senhor Deus como o dono do tesouro e determinou
na conquista de Jerico que: “Toda a prata, e o ouro, e os vasos de metal e de ferro
são consagrados ao SENHOR; irão ao tesouro do SENHOR.” (Js 6.19). Toda a
prata, todo o ouro, e todos os objetos valiosos eram destinados para o verdadei­
ro Dono do Tesouro! (Ag 2.8).
3. O sábio e rico rei Salomão também escreveu, dizendo: “Tesouro desejável
e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato o devora.” (Pv 21.20). O
sábio administra com sabedoria os tesouros terrenos, sabendo que o seu verda­
deiro tesouro está no céu (Mt 6.19-21); porém, o homem insensato desperdi­
ça os tesouros que possui! O Senhor prometeu nos dá os tesouros escondidos
(Is 45.3). O Senhor Jesus Cristo também afirmou que: “O homem bom tira boas
coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.”
(Mt 12.35).

118 I 26 DE FEVEREIRO
II. PROSPERANDO O TRABALHO DAS NOSSAS MÃOS
1. O Senhor é quem abençoa e faz prosperar o trabalho das nossas mãos. O
Senhor prometeu recompensar o trabalho das mãos daqueles que se esforçam,
dizendo: “Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa
obra tem uma recompensa.” (2Cr 15.7).
2. Moisés ainda pediu ao Senhor que prospere o trabalho das nossas mãos,
dizendo: “E seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós
a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.” (SI 90.17).
3. O Senhor Deus prometeu prosperar o trabalho das mãos do homem que
teme ao Senhor, dizendo: “Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás,
e te irá bem.” (SI 128.2).
CONCLUSÃO: Deus está abrindo o seu bom tesouro para você neste dia e pros­
perando o trabalho das suas mãos! Acredite! “Portanto, meus amados irmãos,
sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o
vosso trabalho não é vão no Senhor.” (IC o 15.58).

ANOTAÇÕES
27 DE FEVEREIRO

EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR


Josué 24.15

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento em que Josué ofereceu


a geração que havia conquistado a oportunidade para escolherem a quem eles
queriam servir. Josué não ficou em cima do muro, e revelou qual era a sua fir­
me escolha, dizendo: “Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.” (Js 24.15).
Não podemos coxear entre dois pensamentos; é preciso definir de que lado nós
estamos. O Senhor Jesus Cristo disse: “Ninguém pode servir a dois senhores,
porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o
outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Mt 6.24). Portanto, precisamos
tomar a firme decisão de Josué, dizendo: “Eu e a minha casa serviremos ao SE­
NHOR.” (Js 24.15).

I. SERVINDO SOMENTE AO SENHOR


1. Nós devemos servir somente ao Senhor, porque, o Senhor nosso Deus é o
Único Senhor. O Senhor já inicia os Dez Mandamentos exigindo exclusividade
do seu povo, dizendo: “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do
Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.” (Êx 20.1-2).
Antes de exigir exclusividade do seu povo, o Senhor diz o que fez por eles: “Eu
sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”.
2. O Senhor continuou exigindo exclusividade do seu povo, dizendo: “Por­
que te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do SENHOR é Zeloso;
Deus zeloso é ele;” (Êx 34.14).
3. A Palavra de Deus diz: O u v e, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único
SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda
a tua alma, e de todo o teu poder.” (Dt 6.4-5). Esse é o famoso “Shema Judaico”:
O u v e Israel”. Quando amamos ao Senhor de todo o nosso coração não há es­
paço para “outro senhor” em nosso coração!

II. A RECOMPENSA DE SERVIRMOS AO SENHOR


1. A recompensa de servirmos ao Senhor é inigualável, pois ninguém é
semelhante ao Senhor. O salmista nos desafia a apresentarmos alguém seme­
lhante ao Senhor (SI 113.5-9). Moisés descreveu a recompensa de servirmos ao
Senhor, dizendo: “E servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso
pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de ti as enfermidades.” (Êx 23.25).
2. O profeta Samuel descreveu a recompensa de servirmos ao Senhor e
a gratidão que deve existir em nós de servi-lo, dizendo: “Tão somente temei
ao SENHOR e servi-o fielmente com todo o vosso coração, porque vede quão
grandiosas coisas vos fez.” (ISm 12.24).

120 | 27 DE FEVEREIRO
3. O Senhor Jesus Cristo também descreveu a recompensa de servi-lo, di­
zendo: “Se alguém me serve, siga-me; e, onde eu estiver, ali estará também o
meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.” (Jo 12.26).

CONCLUSÃO: Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Esta deve ser a opção


de todos nós. Vale a pena servir ao Único Deus Vivo e Verdadeiro! (lT s 1.9).
0 Escritor da Carta aos Hebreus também escreveu, dizendo: “Recebendo nós
um Reino inabalável, retenhamos a graça pela qual sirvamos a Deus de modo
agradável, com reverência e Santo Temor” (Hb 12.28)

ANO TAÇÕES
28 DE FEVEREIRO

TRÊS COISAS DITAS A GIDEÃO


Juizes 6.23

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento em que Gideão foi vi­
sitado de forma especial pelo Senhor através do seu Mensageiro Celestial que
lhe disse: “Paz seja contigo! Não temas! Não morrerás!” (Jz 6.23). Havia uma
corrente teológica muito forte entre o povo de Deus de que se alguém visse a
Deus ou tivesse alguma visão da glória de Deus morrería imediatamente. O
próprio Deus havia dito a Moisés quando pediu para ver a glória do Senhor que
homem nenhum poderia ver a face de Deus e viver (Êx 33.18-20); daí o fato do
desespero de Gideão ao pensar que iria morrer por ter visto de forma real a face
do Anjo do Senhor (Jz 6.22). Porém, o Senhor acalmou o coração de Gideão, di­
zendo: “Paz seja contigo! Não temas! Não morrerás!” (Jz 6.23). Vamos analisar
neste texto três coisas importantes que o Senhor disse a Gideão.

I. PAZ SEJA CONTIGO!


1. A primeira coisa que o Senhor disse a Gideão foi: “Paz seja contigo!”
A “paz” é uma pequena palavra de apenas três letras, cujo valor é inestimável.
Não existe dinheiro neste mundo que compre a verdadeira paz. A verdadeira
paz só se encontra em Jesus Cristo! (Jo 14.27). A palavra hebraica para “paz”
é “shalom”, que é sinônimo de harmonia, plenitude e firmeza. É a sensação de
tranqüilidade e comunhão no relacionamento com Deus e com os homens!
2. A Palavra de Deus diz: “Une-te, pois, a Deus, e tem paz, e, assim, te sobre­
virá o bem.” (Jó 22.21). Só a reconciliação do homem com Deus é que pode lhe
trazer a verdadeira paz! O próprio Senhor aconselha aos homens, dizendo: O u
que se apodere da minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.”
(Is 27.5). O apóstolo Paulo descreveu a paz do homem justificado pela fé em
Cristo, dizendo: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nos­
so Senhor Jesus Cristo;” (Rm 5.1).

II. NÃO TEMAS!


1. A segunda coisa que o Senhor disse para Gideão foi: “Não temas!”. O
medo é um sentimento de pavor e temor que se apodera dos seres humanos
com receio de que lhe aconteça algum mal. Porém, o Anjo do Senhor tam­
bém acalmou o coração de Gideão, dizendo: “Não temas!”. Esta frase: “Não
temas!”, tem sido uma das frases mais encorajadoras da Bíblia. O Senhor disse
a Abraão: “Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.”
(Gn 15.1).
2. O Senhor acalma a todos nós, dizendo: “Porque eu, o SENHOR, teu Deus,
te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas, que eu te ajudo.” (Is 41.13).

122 | 28 DE FEVEREIRO
Jesus Cristo acalmou o coração dos seus medrosos discípulos, dizendo: “Tende
bom ânimo, sou eu; não temais.” (Mt 14.27). Para os seus discípulos, e também
para todos que tem medo de fantasmas, Jesus Cristo continua dizendo: “Sou eu;
não temais”.

III. NÃO MORRERÁS!


1. A terceira coisa que o Anjo do Senhor disse a Gideão foi: “Não morre­
rás!”. A morte é o maior pavor que atormenta os seres humanos desde que o
pecado entrou no mundo (Rm 5.12 e Hb 2.14-15). Porém, o Senhor também
acalmou o coração de Gideão, dizendo: “Não morrerás!” Após Davi confessar
o seu pecado e pressentir a morte, o Senhor teve misericórdia dele, lhe disse
através do profeta Natã: “Também o SENHOR traspassou o teu pecado; não
morrerás.” (2Sm 12.13). Deus perdoou a Davi e revogou a sua sentença de mor­
te! (Lv 20.10).
2. Davi celebrou a misericórdia e o livramento do Senhor, dizendo: “Pois
grande é a tua misericórdia para comigo; e livraste a minha alma do mais pro­
fundo da sepultura.” (SI 86.13). Davi ainda celebrou a sua vitória sobre a mor­
te, dizendo: “Não morrerei, mas viverei; e contarei as obras do SENHOR. O
SENHOR castigou-me muito, mas não me entregou à morte.” (SI 118.17-18). Je­
sus Cristo venceu a morte e o inferno, e veio nos trazer vida eterna (Ap 1.17-18
e Jo.3.16).

CONCLUSÃO: Portanto, meu querido irmão, receba a Palavra de Deus para


a sua vida neste dia: “Paz seja contigo! Não temas! Não morrerás!” (Jz 6.23).
Quando Agar pensou que seu filho Ismael iria morrer de sede no deserto, o Se­
nhor lhe socorreu desde os céus, dizendo: “Que tens, Agar? Não temas, porque
Deus ouviu a voz do rapaz desde o lugar onde está. Ergue-te, levanta o moço e
pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação.” (Gn 2.17-18). Quando
você pensar que é o fim: Deus estará lhe dizendo: “Meu filho: Não temas! É
apenas o começo!” Acredite!

AN O TA Ç Õ ES

123
29 DE FEVEREIRO

0 SENHOR SEJA CONVOSCO!


Rute 2.4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela a forma como o povo de Deus se sau­
dava entre si. Boaz saudou aos que trabalhavam na sega, dizendo: “O Senhor
seja convosco!”; e, os segadores responderam a sua saudação, dizendo: Ό Se­
nhor te abençoe!”. Coisa maravilhosa é sabermos que o Senhor está conosco!
Quando o Senhor está conosco, o trabalho das nossas mãos prosperam, e so­
mos abençoados por Deus! A forma que Boaz saudava os seus funcionários,
demonstra uma relação de respeito entre patrão e empregados, e ao mesmo
tempo a confirmação da benção divina sobre os negócios deste honrado e abas­
tado servo de Deus chamado Boaz. Sabemos que há poder nas nossas palavras.
Quando abençoamos alguém, dizendo: Ό Senhor seja convosco!”, estamos de­
sejando a presença divina na vida daquela pessoa.

I. O SENHOR SEJA CONVOSCO!


1. Quando iniciamos o dia de trabalho e saudamos os demais companheiros
de trabalho, dizendo: “O Senhor seja convosco!”, estamos invocando a presença
de Deus em nosso meio. O próprio filisteu Abimeleque reconheceu Deus na vida
de Abraão, e disse: “Deus é contigo em tudo o que fazes” (Gn 21.22). Que coisa
maravilhosa são as próprias pessoas do mundo reconhecerem que Deus é conosco!
2. A Palavra de Deus afirma que: O Senhor era com José, e tudo o que ele
fazia o Senhor prosperava em suas mãos (Gn 39.2-3). Tudo o que José colocava
a mão para fazer Deus confirmava com a sua presença! O Anjo do Senhor apa­
receu a Gideão, e lhe disse: “O Senhor é contigo, homem valoroso!” (Jz 6.12).
Porque o Senhor era com Gideão ele realizou façanhas que humanamente seria
improvável!
3. A Bíblia descreve o segredo do sucesso de Davi, dizendo: Έ Davi se con­
duzia com prudência em todos os seus caminhos, e o SENHOR era com ele.”
(ISm 18.14). Quando o Senhor é conosco todos os nossos caminhos são apla-
nados pelo Senhor e as coisas dão certo! O Senhor Jesus Cristo confirmou a sau­
dação de Boaz proferida há muitos séculos antes confirmando a sua presença
conosco, dizendo: Έ eis que estou convosco todos os dias até a consumação do
século” (Mt 28.20).

II. O SENHOR TE ABENÇOE!


1. Esta foi a forma que os funcionários de Boaz lhe devolveu a saudação: “O
Senhor te abençoe!” Quem abençoa é abençoado, quem transmite paz recebe
paz, quem trata os outros com respeito recebe respeito, e quem trata com honra
os outros recebe honra também!

124 I 29 DE FEVEREIRO
2. O próprio Senhor ordenou que Arão abençoasse os filhos de Israel, di­
zendo: “Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de
Israel, dizendo-lhes: O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça res­
plandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti
levante o seu rosto e te dê a paz.” (Nm 6.24-26).
3. A Palavra de Deus afirma que: “O SENHOR, teu Deus, te abençoará,
como te tem dito; assim, emprestarás a muitas nações, mas não tomarás em ­
préstimos; e dominarás sobre muitas nações, mas elas não dominarão sobre ti.”
(Dt 15.6). Moisés ainda escreveu que: Ό SENHOR mandará que a bênção esteja
contigo nos teus celeiros e em tudo que puseres a tua mão; e te abençoará na
terra que te der o SENHOR, teu Deus” (Dt 28.8).
CONCLUSÃO: O Senhor seja contigo meu querido irmão! O Senhor seja con-
vosco Igreja amada! Inicie o seu dia desejando que o Senhor seja convosco,
invocando a presença do Senhor convosco, e recebendo de volta a benção do
Senhor em vossas vidas! O Senhor seja convosco! O Senhor te abençoe!

ANO TAÇÕES

125
1 DE MARÇO MARÇO '

MOSTRE PARA O GIGANTE O TAMANHO DO TEU DEUS


ISam uel 17.26

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado percebemos como Davi não se intimidou


com o tamanho do gigante Golias. Pelo contrário, Davi lhe apresentou o tama­
nho do Deus a quem ele servia, dizendo: “Quem é, pois, este incircunciso filis-
teu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (ISm 17.26). Às vezes o inimigo
se apresenta como um gigante para nos afrontar e nos desafiar; e, alguns como
Saul e outros soldados do exército correm para se esconderem com medo de
enfrentar o “gigante”; porém, se lembrássemos que Maior é o que está conosco
do que o que está no mundo, não temeriamos nenhum gigante ( ljo 4.4). Davi
se lembrou desta verdade e mostrou para o gigante Golias que o Deus Vivo ja­
mais pode ser desafiado ou afrontado.

I. A GRANDEZA DO DEUS QUE SERVIMOS


1. Todas as vezes que nações saíram para guerrear contra Israel com exér­
citos de soldados bem mais numerosos; e eles confiaram em Deus, os exérci­
tos inimigos sempre foram humilhados e derrotados diante do povo de Deus
(Dt 20.1-4). Pois, o nosso Deus é Maior do que todos os deuses (2Cr 2.5).
2. Após ouvir as ameaças de Senaqueribe e o terror que ele tentou infun­
dir entre o povo judeu através de seu comandante de tropas Rabsaqué, o rei
Ezequias se animou no Senhor e disse: “Esforçai-vos e tende bom ânimo; não
temais, nem vos espanteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a
multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele.” (2Cr
32.7). Ezequias apresentou a Senaqueribe o tamanho do Deus a quem ele servia!
3. O salmista Asafe lançou um desafio a todos os inimigos de Deus, dizen­
do: “Que deus é tão grande como o nosso Deus?” (SI 77.13). Não há deus maior,
não há Deus tão grande como o nosso Deus! O salmista Davi também exaltou
a grandeza do Deus a quem ele servia, dizendo: “Grande é o SENHOR e muito
digno de louvor; e a sua grandeza, inescrutável.” (SI 145.3).

II. O TAMANHO DO DEUS QUE SERVIMOS


1. O tamanho do Deus que servimos é insondável! O sábio rei Salomão ten­
tou encontrar um lugar no Universo que comporte o tamanho do Deus que ele
servia, e escreveu, dizendo: “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que
os céus e até o céu dos céus te não poderíam conter, quanto menos esta casa que
eu tenho edificado.” (lR s 8.27).
2. O salmista tentou descrever o tamanho de Deus, e chegou na seguinte
conclusão, dizendo: “Quem é como o SENHOR, nosso Deus, que habita nas
alturas; que se curva para ver o que está nos céus e na terra;” (SI 113.5-6).

126 | ID E MARÇO
3. O próprio Deus fez uma pergunta ao seu povo através do profeta Isaías
acerca de sua imensidão, dizendo: “Quem mediu com o seu punho as águas, e
tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu em uma medida o pó da terra,
e pesou os montes e os outeiros em balanças?” (Is 40.12). A resposta seria mais
ou menos assim: O nosso Deus é tão grande que Ele mediu as águas do mar
com os seus punhos, mediu os céus a palmos, colocou todo o pó da terra numa
simples medida, e pesou todos os montes numa balança! Dá para dimensionar
o tamanho deste Deus?
CONCLUSÃO: Deus é Maior do que o gigante que está lhe desafiando! Deus é
Maior do que todos os seus problemas! Diga para o gigante que o seu Deus é
Maior! Mostre para o gigante o tamanho do Deus a quem você serve! O profeta
Jeremias também tentou descobrir o tamanho de Deus e se rendeu a grandeza
do seu Deus, dizendo: “Ninguém há semelhante a ti, ó SENHOR; tu és grande,
e grande é o teu nome em força.” (Jr 10.6)

ANO TAÇÕES

127
2 DE MARÇO

DEUS DERRAMARÁ LUZ NOS LUGARES ESCUROS


DA TUA VI DA
2Samuel 22.29

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Davi chama o Senhor de sua “Candeia”,


e afirma que o Senhor clareia as trevas de sua vida. Nós caminhamos em um
mundo de trevas, e atravessamos muitos vales escuros em nossa caminhada
neste mundo. Entretanto, o nosso Deus é Luz e não há Nele treva alguma; por
isso, a sua maravilhosa luz dissipa todas as trevas das nossas vidas ( ljo 1.5). A
Palavra de Deus afirma que as trevas não prevaleceram contra a luz (Jo 1.5).
Não há trevas que seja mais forte do que a luz. Você pode entrar em um quarto
escuro e cheio de trevas; entretanto, quando você acende uma lâmpada ou uma
candeia, as trevas vão embora e tudo fica claro e iluminado.

I. DEUS É LUZ
1. João, o “apóstolo do amor” e também “apóstolo da luz”, gostava muito de
enfatizar a luz nos seus escritos, e se expressou, dizendo: “E esta é a mensagem
que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhu­
ma” ( ljo 1.5). Deus é a fonte da luz e fonte de todo o bem!
2. Quando a terra estava sem forma, vazia e coberta de trevas, Deus orde­
nou o aparecimento da luz, dizendo: “Haja luz; e houve luz” (Gn 1.1-3). Deus
é o Criador da Luz. A luz foi a primeira criação de Deus. É por isso que Tiago
chama Deus de “Pai das luzes” (Tg 1.17).
3. O salmista descreveu como o nosso Deus se veste de luz, dizendo: “Ele co­
bre-se de luz como de uma veste, estende os céus como uma cortina.” (SI 104.2).
É sabido pela ciência que a velocidade da luz chega a 300.000 (trezentos mil) qui­
lômetros por segundo. Portanto, não há trevas que consiga competir com a luz!

II. O SENHOR É A NOSSA CANDEIA


1. A candeia era uma pequena peça de iluminação, abastecida com óleo ou
gás inflamável e provido de mecha; usada geralmente no alto de uma parede,
pendente de um prego para iluminar o ambiente. Naquela época não havia ain­
da a energia elétrica, e, a candeia fazia o papel de nossas lâmpadas modernas.
Davi reconheceu o Senhor como a “Candeia” que iluminava os seus caminhos e
dissipava as trevas de sua casa física e espiritual (2Sm 22.29).
2. O patriarca Jó também falou da candeia divina sobre a sua vida, dizendo:
“Quando fazia resplandecer a sua candeia sobre a minha cabeça, e eu, com a sua
luz, caminhava pelas trevas” (Jó 29.3).
3. O Senhor Jesus Cristo também falou da importância da candeia, dizendo:

128 | 2 DE MARÇO
“Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá
luz a todos que estão na casa.” (Mt 5.15). Jesus Cristo também nos classificou
como uma candeia que deve ser colocada em destaque para iluminar outras
pessoas!
CONCLUSÃO: O Senhor é a nossa Lâmpada em lugar escuro; é a nossa Candeia
nos lugares tenebrosos; é a Luz que ilumina o mundo inteiro (Jo 1.9 e Jo.8.12). O
apóstolo Pedro descreveu a Palavra de Deus como uma candeia que brilha em
lugar escuro, dizendo: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra proféti­
ca, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebro­
so, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração,” (2Pe 1.19).

ANO TAÇÕES

129
3 DE MARÇO

DEUS TE DARÁ CAPACIDADE PARA LIDERAR PESSOAS


1Reis 5.12

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado confirma a sabedoria que Deus deu a Sa­
lomão para liderar a nação de Israel. É Deus quem nos dá a capacidade para
liderar pessoas. A sabedoria é uma virtude que nos capacita para administrar,
governar pessoas, e tomarmos as decisões corretas. A Bíblia afirma que todo o
Israel passou a respeitar o rei Salomão quando perceberam que havia nele sabe­
doria para julgar corretamente as coisas (lR s 3.28). O líder precisa de sabedoria
para discernir as coisas, e não cometer injustiças em suas tomadas de decisões.
Liderar pessoas não é uma tarefa fácil. É preciso ser capacitado por Deus para
liderar com eficiência.

I. LIDERANDO COM SABEDORIA


1. É preciso liderar com sabedoria. Após reconhecer que havia sabedoria
em José para governar o Egito, Faraó o elegeu como governador de toda a terra
do Egito (Gn 41.39-40). A Bíblia afirma que: “Josué, filho de Num, foi cheio do
espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; as­
sim, os filhos de Israel lhe deram ouvidos e fizeram como o SENHOR ordenara
a Moisés.” (Dt 34.9). Deus capacitou Josué com sabedoria para liderar o povo na
conquista da Terra Prometida!
2. O rei Artaxerxes reconheceu que havia sabedoria divina em Esdras para
liderar e escreveu, dizendo: “E tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus,
que está na tua mão, põe regedores e juizes que julguem a todo o povo que está
dalém do rio, a todos os que sabem as leis de teu Deus, e ao que as não sabe as
fareis saber.” (Ed 7.25).
3. O rei de Tiro enviou a Salomão um engenheiro sábio para liderar os tra­
balhadores da construção do templo (2Cr 2.13-14). Portanto, em todas as áreas
é preciso homens capacitados por Deus para liderarem com sabedoria! O sábio
Salomão afirmou que: “Com a sabedoria se edifica a casa, e com a inteligência
ela se firma;” (Pv 24.3). A sabedoria e a inteligência são indispensáveis na vida
de um líder para firmar e solidificar a sua casa e o seu governo!

II. CAPACITADOS POR DEUS PARA LIDERAR


1. Para exercer cargos de liderança é preciso pessoas capazes. Deus capacita
e aperfeiçoa o dom de liderança das pessoas. Deus distribui os dons e talentos de
acordo com a capacidade de cada um. Jetro, por orientação divina aconselhou
seu genro Moisés, dizendo: “E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes,
tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre
eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta e maiorais de

130 | 3 DE MARÇO
dez;” (Êx 18.21). Perceba que alguns tem capacidade para liderar mil; porém,
outros só tem capacidade para liderar dez.
2. Ao ensinar sobre a Parábola dos Dez Talentos, Jesus Cristo deixou bem
claro que os talentos são repartidos de acordo com a capacidade de cada um
(Mt 25.14-15). Paulo reconheceu que a nossa capacidade vem de Deus, dizendo:
“Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mes­
mos; mas a nossa capacidade vem de Deus,” (2Co 3.5).
3. Paulo ainda descreveu a maneira que Deus nos capacita, dizendo: “O
qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da
letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica.” (2Co 3.6). Cada
um é capacitado de acordo com a medida da fé que Deus repartiu a cada um
(Rm 12.3).
CONCLUSÃO: Deus não nos escolheu por causa de nossa habilidade ou capa­
cidade; mas sim, por causa de nossa disposição para ser capacitado por Ele.
É Deus quem nos capacita e nos habilita para sermos ministros de sua Nova
Aliança (2Co 3.6). Deus está lhe capacitando para liderar pessoas! Acredite!

A N O TAÇ ÕES

131
4 DE MARÇO

TRANSMITA UMA IMAGEM POSITIVA PARA AS PESSOAS


2 Reis 4.9

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o testemunho que a Mulher Sunamita


deu do profeta Elizeu ao seu próprio marido. Após observar o comportamento
de Elizeu por vários dias, aquela mulher chegou a uma conclusão positiva do
caráter daquele conceituado profeta. Na verdade, foi a vida piedosa e santa de
Elizeu que causou uma impressão positiva na vida da Mulher Sunamita. Elizeu
conseguiu transmitir uma imagem positiva que deve caracterizar um homem
de Deus para aquela mulher. Elizeu não imaginava que estava sendo observado
por alguém. Alguém está observando o nosso caráter e a nossa conduta cristã
sem percebermos; daí a nossa responsabilidade de transmitirmos para as pes­
soas o que realmente somos. Não uma imagem distorcida ou negativa, mas uma
imagem positiva e realista.

I. QUE TIPO DE CONCEITO AS PESSOAS TÊM DE VOCÊ?


1. É preciso refletirmos sobre o tipo de conceito que estamos transmitindo
as pessoas. O sábio Salomão afirmou que: “Cada qual entre os homens apregoa
a sua bondade; mas o homem fiel, quem o achará?” (Pv 20.6). Ou seja, não
adianta você apregoar a sua bondade ou o seu caráter; são as pessoas que devem
dizer o que pensam de você.
2. O salmista Davi pediu para observarmos o homem sincero, dizendo:
“Nota o homem sincero e considera o que é reto, porque o futuro desse homem
será de paz.” (SI 37.37). A Bíblia manda notarmos ou observarmos o homem
sincero! Portanto, estamos sendo notados pelas pessoas, e elas possuem o seu
conceito sobre cada um de nós!
3. O próprio Jesus Cristo se preocupou com o tipo de conceito que as pes­
soas tinham Dele, e perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser
o Filho do Homem?” (Mt 16.13). O apóstolo Paulo também escreveu sobre o
tipo de imagem que as pessoas devem terem dos ministros de Cristo, dizendo:
“Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos
mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache
fiel.” (2Co 4.2).

II. HOMENS QUE OUTRAS PESSOAS DERAM BOM TESTEMUNHO


1. A Bíblia mostra muitos exemplos de homens que outras pessoas deram
bom testemunho. O moço de Saul deu bom testemunho do profeta Samuel,
dizendo: “Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e homem honrado é;
tudo quanto diz sucede assim infalivelmente; vamo-nos agora lá; porventura,
nos mostrará o caminho que devemos seguir.” (ISm 9.6).

132 | 4 DE MARÇO
2. O próprio Deus deu bom testemunho de Jó diante do inimigo, dizendo:
“Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele,
homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal.” (Jó 1.8).
3. O Senhor Jesus Cristo deu bom testemunho de Natanael, dizendo: “Eis
aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.” (Jo 1.47). O Senhor Je­
sus Cristo também deu bom testemunho de João Batista, dizendo: “Mas, então,
que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;”
(Mt 11.7-9). O apóstolo João também citou um obreiro de bom testemunho
chamado Demétrio (3Jo 1.12).
CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo nos aconselhou acerca da nossa imagem como
filhos de Deus neste mundo, dizendo: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros,
filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a
qual resplandeceis como astros no mundo;” (Fp 2.15). Que possamos transmitir
uma imagem positiva e sincera diante de Deus e dos homens! (Mt 5.16).

ANOTAÇÕES
5 DE MARÇO

BUSQUE AO SENHOR DE FORMA CONSTANTE


lCrônicas 16.11

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a necessidade que temos de bus­
car constantemente ao Senhor. A Bíblia sempre estimula a busca incessante da
presença do Senhor. O apóstolo Paulo chegou a estimular os crentes tessaloni-
censes, dizendo: O r a i sem cessar” (lT s 5.17). Quem consegue orar 24 horas
por dia? Entretanto, estas expressões reforçam a necessidade continuada que te­
mos de buscar a Deus. O nosso contato com Deus deve ser de forma constante.
Deus nunca se cansa de nossa busca por Ele. Deus quer e deseja que nos aproxi­
memos Dele em constante oração. O inspirado salmista Asafe disse: “Mas, para
mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no SENHOR Deus,
para anunciar todas as tuas obras.” (SI 73.28).

I. O QUE BUSCA ENCONTRA


1. Esta é uma declaração do próprio Senhor Jesus Cristo: “Porque aquele
que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre.” (Mt 7.8). Jesus
Cristo disse: “o que busca encontra”. Alguns buscam tesouros terrenos, outros
buscam glória e fama; entretanto, o Senhor é o maior de todos os tesouros que
devemos buscar!
2. A Palavra de Deus nos aconselha, dizendo: “Mas, se tu de madrugada
buscares a Deus e ao Todo-Poderoso pedires misericórdia, se fores puro e reto,
certamente, logo despertará por ti e restaurará a morada da tua justiça. O teu
princípio, na verdade, terá sido pequeno, mas o teu último estado crescerá em
extremo.” (Jó 8.5-7).
3. A Sabedoria Divina proclama, dizendo: “Eu amo os que me amam, e os
que de madrugada me buscam me acharão.” (Pv 8.17). O profeta Isaías clama
aos nossos ouvidos, dizendo: “Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, in­
vocai-o enquanto está perto.” (Is 55.6). O Senhor falou conosco através do pro­
feta Jeremias, dizendo: “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de
todo o vosso coração.” (Jr 29.13).

II. BUSCAR AO SENHOR DEVE SER NOSSA PRIORIDADE


1. A Bíblia sempre enfatiza como prioridade número um buscar ao Senhor.
O Senhor Jesus Cristo nos ensinou, dizendo: “Mas buscai primeiro o Reino de
Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6.33).
2. Davi se comprometeu a priorizar as coisas de Deus em sua vida, dizen­
do: “Uma coisa pedi ao SENHOR e a buscarei: que possa morar na Casa do
SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR
e aprender no seu templo.” (SI 27.4).

134 | 5 DE MARÇO
3. A Bíblia descreve como os apóstolos priorizavam as coisas de Deus, di­
zendo: “Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.” (At 6.4).
0 apóstolo Paulo nos aconselhou, dizendo: “Portanto, se já ressuscitastes com
Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de
Deus.” (Cl 3.1).
CONCLUSÃO: Devemos buscar ao Senhor em todo o tempo. O apóstolo Paulo
ainda nos aconselhou, dizendo: “Orando em todo tempo com toda oração e
súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos
os santos” (Ef 6.18). Busquemos ao Senhor constantemente!

A NO TAÇ ÕES
6 DE MARÇO

DEUS QUER SARAR A ALMA DO POVO


2Crônicas 30.20

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela um momento de arrependimen­


to, humilhação e quebrantamento espiritual que marcou o povo de Judá e Israel
nos dias do rei Ezequias. Este fato ocorreu por ocasião da celebração da memo­
rável Páscoa, cuja alegria não havia desde os dias de Salomão (2Cr 30.26). Este
avivamento no reino Sul de Judá se espalhou por todo o Israel atraindo pessoas
oriundas das tribos do Norte, as quais foram a Jerusalém para se humilharem
na presença do Senhor (2Cr 30.11). Entretanto, ao perceber que muitos deles
não haviam cumprido os rituais de purificação para participar da Páscoa, Eze­
quias orou pedindo a misericórdia divina e o Senhor sarou a alma do povo.

I. DEUS QUER SARAR A ALMA DO SEU POVO


1. Deus deseja sarar a alma do seu povo. Deus quer sarar a nossa alma. Ele
fez uma promessa ao seu povo, dizendo: “E se o meu povo, que se chama pelo
meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus
maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sara­
rei a sua terra.” (2Cr 7.14).
2. O rei Davi agradeceu ao Senhor por ter lhe sarado, dizendo: “SENHOR,
meu Deus, clamei a ti, e tu me saraste.” (SI 30.2). O Senhor fez uma promessa ao
seu povo, dizendo: “Porque restaurarei a tua saúde e sararei as tuas chagas, diz
o SENHOR; pois te chamam a enjeitada, dizendo: É Sião, por quem ninguém
pergunta.” (Jr 30.17). O nosso Deus tanto cura o corpo como sara também as
chagas da alma das pessoas!
3. O Senhor prometeu sarar a própria vida espiritual do seu povo Israel,
dizendo: “Eu sararei a sua perversão, eu voluntariamente os amarei; porque a
minha ira se apartou deles. Eu serei, para Israel, como orvalho; ele florescerá
como o lírio e espalhará as suas raízes como o Líbano.” (Os 14.4-5).

II. DEUS RESTAURA A VIDA ESPIRITUAL DO SEU POVO


1. A Bíblia revela os altos e baixos do povo de Deus através da história. Is­
rael viveu períodos de apogeu espiritual, como também períodos de decadência
espiritual. Entretanto, Deus sempre se mostrou disposto a restaurar a vida física,
econômica, social e espiritual do seu povo (2Cr 7.14).
2. O verbo “sarar” também significa “curar”, “restaurar” e “restabelecer”. O
salmista afirmou que: “A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o teste­
munho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.” (SI 19.7). Portanto, a
Palavra de Deus restaura e refrigera a alma!
3. O Senhor Jesus Cristo revelou a sua Missão de restaurar e curar os

136 | 6 DE MARÇO
quebrantados de coração, dizendo: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que
me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do co­
ração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade
os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18-19).
CONCLUSÃO: Deus quer sarar a nossa alma e o nosso corpo. A obra redentora
de Cristo trouxe salvação e cura para o nosso corpo e a nossa alma! (SI 103.3-5
eis 53.5).

ANO TAÇÕES

137
7 DE MARÇO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA ORAÇÃO


Colossenses 4.2

INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo destacou a importância da perseverança na


oração (Cl 4.2). O dia 07 de março é lembrado como o Dia Mundial da Oração.
O Dia Mundial da Oração surgiu no século XIX, nos Estados Unidos e Canadá,
através de um movimento que reuniu mulheres cristãs desses países, com o in­
tuito de expandir as obras missionárias. A partir desse encontro, identificaram
que a oração, além do ato de orar, é mais ampla, envolve agir em prol de causas
sociais. Segundo definições de Larousse, a oração é a súplica dirigida a Deus ou
a outra divindade que se creia, fazendo-se uma invocação em agradecimento
ou uma súplica por algo que se necessita. A pessoa que ora é motivada pelo
entusiasmo de seu próprio discurso, pois a fé eleva a crença de que seu desejo
será atendido, abre espaço para a renovação do espírito, através do sentimento
interior de esperança. Porém, de acordo com a Bíblia Sagrada, a oração deve ser
dirigida unicamente ao Pai Celestial (Mt 6.9-13). A oração é a comunicação do
homem com Deus. Orar é dialogar com Deus, conversar com Deus, suplicar a
Deus, pedir a Deus, agradecer a Deus, adorar a Deus, ter comunhão com Deus,
e buscar ao Senhor de todo o coração.

I. A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO


1. O Deus Todo-Poderoso é também um Deus Pessoal. Ele se identifica
pessoalmente conosco. Deus é Transcendente e Imanente. Como Deus Trans­
cendente, Ele transcende a tudo e está acima de tudo e de todos. Porém, como
Deus Imanente, Ele se comunica conosco e acompanha de perto todos os
movimentos da sua Criação, desde o simples balançar da folha da árvore, até
os pensamentos e intenções dos corações de cada ser humano (2Sm 5.23-26;
SI 139.1-18; Jr 17.10 e IC o 2.9).
2. Os homens e mulheres de Deus da Antiga Aliança sabiam do poder ex­
traordinário da oração, e conseguiram mudar circunstâncias irreversíveis atra­
vés do poder da oração. Pela oração colocaram em fuga exércitos inimigos,
receberam pão do céu, beberam água saída da rocha, passaram a pé enxuto
pelo meio do mar, tiveram os alimentos multiplicados, presenciaram interven­
ções divinas no tempo, no clima, na astronomia, na natureza, no fogo, na água,
fechando a boca de leões, e tantas outras proezas que Deus fez em prol do seu
povo através da oração (SI 34.17-19 e SI 60.12).
3. O salmista reconheceu a eficácia da oração matutina, e clamou, dizendo:
“De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração
e fico esperando” (SI 5.3). A Bíblia revela que Daniel costumava orar três vezes
ao dia (Dn 6.10).

138 | 7 DE MARÇO
II. A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
1. Na Nova Aliança não é diferente. O Ministério de Jesus Cristo foi pautado
pela oração, e a Igreja Primitiva seguiu os mesmos passos do seu Divino Mestre.
Presenciaram mortos ressuscitarem, paralíticos andarem, cegos enxergarem,
mudos falarem, surdos escutarem, pães se multiplicarem, leprosos serem puri­
ficados, cadeias das prisões se abrirem automaticamente, e tantas outras coisas
através do poder da oração (Mc 1.35; M c.11.22-24; Jo.14.13-14; At 1.14; At 4.31;
At 12.5 e t c ).
2. A Oração do Pai Nosso ensinada por Jesus Cristo é conhecida em todo o
mundo. Na Oração do Pai Nosso está a maneira correta de se orar, quando Jesus
Cristo autorizou toda a humanidade a se dirigir a Deus como Pai (Mt 6.9-13).
A oração é o maior recurso do universo que Deus deixou a disposição da sua
Igreja e de cada crente individualmente. A oração feita em Nome de Jesus é um
“plus” que temos também a disposição para recebermos respostas mais rápidas
(Jo 14.13-14).
3. O médico e historiador da Igreja Cristã Lucas escreveu que: “Todos estes
perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus,
e com os irmãos dele” (At 1.14). Orar é invadir o impossível. Orar é romper a
barreira do sobrenatural. A oração possui um poder ilimitado: “E tudo quanto
pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mt 21.22).
CONCLUSÃO: A oração é a chave da vitória. Por meio da oração o céu se abre,
as barreiras são removidas, as muralhas de Jerico caem ao chão, o sol e a lua
param, o azeite e a farinha se multiplicam, o dinheiro é encontrado na boca do
peixe, o poder do fogo é anulado na fornalha, a boca do leão é fechava no covil,
o impossível acontece, o milagre acontece, o sonho é realizado, o desejo é cum ­
prido, e o pedido é atendido. Glórias a Deus!

ANO TAÇÕES
8 DE MARÇO

LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Atos 16.14

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve uma mulher de negócios chamada


Lídia abrindo o seu coração para abraçar o Evangelho de Cristo. O Dia Inter­
nacional da Mulher é celebrado no dia 8 de março de cada ano. É muito impor­
tante celebrar com as mulheres este dia tão especial. Esta data teve sua origem
no contexto da Revolução Industrial, e da Primeira Guerra Mundial, quando
ocorreu a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As
condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivos
de frequentes protestos pelos trabalhadores, e houve manifestações em várias
partes do mundo. O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em
28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Social
da América, em memória do protesto contra as más condições de trabalho das
operárias da indústria de tecidos de New York. Em 1975, foi designado pela
ONU como o Ano Internacional da Mulher, e em 1977, o Dia Internacional da
Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais,
políticas e econômicas das mulheres. A história de Lídia encontrada na Bíblia
lhe credencia como o símbolo da mulher moderna que exerce a sua atividade
profissional; sem deixar de temer a Deus, e dá ouvidos à sua palavra.

I. A IMPORTÂNCIA DA MULHER NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia exalta a conquista feminina na sociedade Israelita, quando desta­
ca mulheres como Débora, exercendo a posição de Juíza de Israel, numa época
em que as mulheres exerciam papéis bem inferiores aos dos homens (Jz 4.4-5).
2. A Bíblia exalta a conquista feminina no império persa, ao destacar a ele­
vação da Judia Ester como rainha da Pérsia (Et 2.15-20). A Bíblia exalta o grande
valor da mulher virtuosa, quando a compara com uma jóia muito rara (Pv 31.10).
A Bíblia exalta a sabedoria da mulher sensata na edificação do lar (Pv 14.1).
3. A Bíblia exalta e valoriza o trabalho doméstico e secular da mulher
(Pv 31.13-19). A Bíblia condena a violência doméstica contra a mulher, estimu­
lando o marido a amar a sua esposa (Ef 5.28). A Bíblia aconselha que a mulher
seja tratada de forma branda e sensível pelos homens (lP e 3.7). A Bíblia exalta
o auxílio das mulheres no ministério de Jesus Cristo (Lc 8.1-3). A Bíblia va­
loriza o trabalho missionário das mulheres, e Priscila era um exemplo disso
(At 18.18,26).

II. A IMPORTÂNCIA DE LÍDIA NAS ESCRITURAS


1. A personagem bíblica escolhida para este Dia Internacional da Mulher é
Lídia. Lídia era uma vendedora de púrpura da cidade de Tiatira. O nome “Lídia”

140 | 8 DE MARÇO
significa “labuta” ou “proveniente de Lídia”. Lídia foi a primeira cristã conver­
tida através da pregação de Paulo no Continente Europeu. Lídia simboliza as
mulheres ricas e de alta posição que, apesar de possuírem muitos recursos neste
mundo, a sua alma possuem um vazio que só Cristo pode preencher (At 17.12).
2. Lídia era uma mulher de negócios, de alta posição; porém, temente a
Deus (At 16.14). O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria (Pv 9.10). Lí­
dia era uma mulher interessada em aprender a palavra de Deus; pois, escutava
atenciosamente ao que Paulo ensinava (At 16.14). É preciso dar ouvidos a voz
do Senhor para desfrutarmos do melhor desta terra (Is 1.19).
3. Lídia permitiu que o Senhor abrisse o seu coração para atender às coisas
que Paulo dizia (At 16.14). É preciso abrirmos o nosso coração para o Senhor
entrar (Ap 3.20). Lídia se converteu ao Senhor e foi batizada, e demonstrou toda
a sua hospitalidade, ao abrir sua casa para hospedar os servos do Senhor (At
16.15). À exemplo de uma mulher rica de Suném que hospedou o profeta Elizeu
(2Rs 4.8-11), Lídia ofereceu sua boa hospitalidade ao apóstolo Paulo (At 16.15).
CONCLUSÃO: A Bíblia valoriza o trabalho industrial e social da mulher, e Dor­
cas era um exemplo disso (At 9.36-41). Mesmo sendo escrita numa sociedade
machista como é a sociedade oriental, a Bíblia enaltece a mulher, e é o pri­
meiro livro da história a registrar e apoiar a conquista dos direitos da mulher
(Nm 27.5-8). Portanto, é leviana toda a acusação de que a Bíblia é machista.
Ela pode ter sido escrita no meio de uma sociedade machista; porém, a palavra
de Deus defende que o valor da alma feminina possui o mesmo valor da alma
masculina (G1 3.28).

ANO TAÇÕES

141
9 DE MARÇO

VOCÊ PEDIU E DEUS TE ATENDEU


Esdras 8.23

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que o sacerdote


Esdras celebra a resposta das suas orações. Esdras declara que Deus se moveu
pelas orações do povo. O povo jejuou, pediu a Deus em oração, e a respos­
ta veio. Da mesma forma, Deus nos atende e ainda hoje se move pelas nossas
orações. Você pediu e Deus te atendeu! Acredite! A palavra de Deus sempre
incentiva a pratica de jejuns e orações como armas espirituais para vencermos
as dificuldades e obtermos a resposta dos nossos pedidos.

I. JEJUAMOS E PEDIMOS ISSO AO NOSSO DEUS


1. A prim eira coisa que Esdras afirma que fez foi jejuar e pedir ao Se­
nhor que atendesse as suas necessidades. O jejum ainda continua sendo
uma ferramenta espiritual muito importante para alcançarmos o milagre
divino (Jl 2.12-14).
2. A Bíblia revela o rei Josafá se valendo deste grande recurso espiritual para
obter vitória contra os seus inimigos, dizendo: “Então, Josafá temeu e pôs-se a
buscar o SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá.” (2Cr 20.3). A Bíblia re­
vela a rainha Ester usando o recurso do jejum com os seus patrícios judeus para
reverterem a situação do povo judeu no império persa, e alcançaram a vitória
diante do rei Assuero (Et 4.15-16 e Et.5.1-3).
3. O profeta Daniel nos mostrou a importância do uso destas ferramen­
tas espirituais importantes, dizendo: “E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus,
para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza.” (Dn 9.3).
O Senhor Jesus Cristo reconheceu o grande valor do jejum acompanhado das
orações para remover determinados obstáculos (Mt 17.21).

II. E MOVEU-SE PELAS NOSSAS ORAÇÕES


1. Esdras afirma que Deus se moveu pelas orações do povo. Ainda hoje
Deus se move pelas nossas orações. A Bíblia mostra Deus se movendo pelas
orações de Jabez, dizendo: “Porque Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se
me abençoares muitíssimo e meus termos amplificares, e a tua mão for comigo,
e fizeres que do mal não seja aflito!... E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pe­
dido.” (lC r 4.10).
2. A Bíblia mostra Deus se movendo pelas orações de Daniel, dizendo: “En­
tão, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia, em que aplicaste
o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as
tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras.” (Dn 10.12).
3. A Bíblia mostra Deus se movendo pelas orações da Igreja Primitiva, di-

142 | 9 DE MARÇO
zendo: “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos
foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.”
(At 4.31). A Bíblia revela Deus se movendo pelas orações do piedoso Centurião
Romano Cornélio e provendo os meios para salvar ele e sua família! (At 10.1-4).
CONCLUSÃO: A Bíblia mostra Deus se movendo pelas orações da Igreja em
favor de Pedro que estava preso, e Deus libertou a Pedro milagrosamente da
prisão (At 12.5-11). Lucas ainda registrou Deus se movendo pelas orações de
Paulo e Silas na prisão de Filipos, e operando grandes milagres! (At 16.25-26).
Portanto, peça hoje que Deus vai lhe atender! Deus se moverá pelas suas
orações!

ANOTAÇÕES
10 DE MARÇO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO SOGRO


Êxodo 18.7

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos conta o momento em que Jetro, o so­
gro de Moisés veio ao encontro de seu genro trazendo a esposa e os filhos de
Moisés. No dia 10 de março de cada ano se comemora também o “Dia do So­
gro”. Acredito que Jetro, o sogro de Moisés, é um dos sogros mais comentados
da Bíblia. De acordo com os terapeutas familiares, sempre pela sua postura
e seus cuidados com relação aos filhos, o sogro é primeiramente visto como
uma pessoa difícil de conquistar, mas que, passando a fase inicial do conhe­
cimento, torna-se um excelente companheiro para o genro e um defensor da
nora. As Escrituras revelam o excelente relacionamento e respeito que havia
entre Moisés e seu sogro Jetro. É consenso que existe bem mais conflitos entre
genro e sogra, do que entre genro e sogro; por isso a Palavra de Deus destaca
a grande importância do relacionamento entre o genro Moisés e o sogro Jetro
(Êx 18.1-27).

I. A IMPORTÂNCIA DO SOGRO NAS ESCRITURAS


1. O sogro é definido como o pai do marido em relação à esposa deste, ou
pai da mulher em relação ao marido desta. Toda pessoa casada legalmente ou
que viva conjugalmente com alguém do sexo oposto, possui necessariamente
um sogro; daí a sua grande importância no contexto familiar. A Bíblia destaca
a importância de muitos sogros famosos em suas páginas (Êx 3.1; Jo.18.13 etc.).
Acredito que Adão foi o único homem casado que não teve sogro e nem sogra
(Gn 2.18-25).
2. A Bíblia revela a astúcia de um sogro chamado Labão que enganou o
próprio genro lhe entregado a filha errada em casamento. Labão, além de sogro
de Jacó era também o seu tio (Gn 29.15-30). Mas adiante a Bíblia vai mostrar
outros conflitos entre Labão e Jacó por questões de acertos salariais (Gn 30.28-
43). Tanto Jacó quanto Labão eram muito espertos pra negócios, e a ganância,
e avareza acompanhada de desonestidade prejudicou a relação entre sogro e
genro. Infelizmente, quando se envolve negócios até mesmo dentro da família
os ânimos se acirram e estragam os bons relacionamentos!
3. A Bíblia revela como Deus interferiu para resolver um conflito entre so­
gro e genro que podería resultar em morte, dizendo: “Veio, porém, Deus a La­
bão, o arameu, em sonhos, de noite, e disse-lhe: Guarda-te, que não fales a Jacó
nem bem nem mal.” (Gn 31.24). Ao saber que Jacó tinha fugido escondido,
Labão arregimentou gente com intenção de usar a força para capturar Jacó, sua
família e seus bens (Gn 31.29-43). Por isso que Deus interviu para repreender
Labão em sonhos!

144 | 10 DE MARÇO
II. A HARMONIA EXISTENTE ENTRE MOISÉS E SEU SOGRO JETRO
1. A harmonia existente entre Moisés e seu sogro Jetro é notória nas Es­
crituras. A Bíblia descreve Moisés trabalhando para o seu sogro, dizendo: “E
apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou
o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Elorebe.” (Êx 3.1). Daí
para frente todas as referências ao sogro de Moisés nas Escrituras são sempre
positivas!
2. Deus preparou um sogro sacerdote para Moisés que lhe fortaleceu es­
piritualmente no deserto de Midiã, o qual entendeu perfeitamente a chamada
divina na vida de Moisés e o apoiou em sua missão libertadora, dizendo: “Vai
em paz” (Êx 4.18). Após Moisés tirar Israel do Egito, seu sogro Jetro veio ao
seu encontro trazendo a mulher e os filhos de Moisés, e consequentemente sua
filha e netos, os quais se alegraram com a vitória que Deus concedeu ao seu
povo Israel, libertando-os da escravidão do Egito! A palavra de benção que Jetro
disse ao seu genro Moisés se cumpriu; pois, Moisés foi em paz e voltou em paz!
(Êx 18.1-12).
3. A Bíblia registra outra grande contribuição que o sogro de Moisés lhe
deu, ao aconselhá-lo a dividir as tarefas de julgar o povo com outras pessoas
competentes a fim de aliviar a carga de seu genro (Êx 18.13-24). As Escrituras
registram o respeito e consideração que Moisés tinha pelo seu sogro quando lhe
deu ouvidos (Êx 18.24). O sogro geralmente é sempre mais velho que o genro e
possui também mais experiências para passar aos mais novos!
CONCLUSÃO: O bom relacionamento entre Jetro e Moisés serve de modelo
para o bom relacionamento que deve existir entre sogro e genro em nossos dias!
Já dizia o sábio Salomão: “Porque com conselhos prudentes tu farás a guerra; e
há vitória na multidão dos conselheiros.” (Pv 24.6). Portanto, o sogro deve ser
considerado pelo genro como um prudente e sábio conselheiro (Pv 20.18).

ANOTAÇÕES

145
11 DE MARÇO

INTERVENÇÃO DIVINA EM NOSSO FAVOR


Neemias 6.16

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela os próprios inimigos da obra re­
conhecendo a intervenção divina em favor do seu povo. Os próprios inimigos
reconheceram que a obra é de Deus. Quando os opositores da obra se levantam
contra nós não imaginam que estão lutando contra o próprio Deus; porém,
quando percebem Deus agindo em nosso favor eles tem que se renderem ao
nosso Deus. Há momentos que tudo fica travado, e somente uma intervenção
divina pode destravar o que está travado em nossas vidas, e desbloquear o que
está broqueando as coisas em nossas vidas. Deus ainda intervém em nosso fa­
vor nos dias de hoje.

I. A INTERVENÇÃO DE DEUS EM FAVOR DO SEU POVO


1. O próprio Deus revelou a Moisés que sem uma intervenção muito forte
de sua Mão Faraó jamais os deixaria sair do Egito (Êx 3.19-20). A obra é de
Deus! É Deus quem faz a obra! A Bíblia mostra quando os próprios egípcios
perceberam Deus intervindo em favor dos filhos de Israel: “Fujamos da face de
Israel, porque o SENHOR por eles peleja contra os egípcios.” (Êx 14.24-25). É
Deus quem luta pelo seu povo; pois a obra é Dele e não do homem!
2. A Bíblia mostra o próprio Deus intervindo no Sistema Solar para dá vitó­
ria aos filhos de Israel: “E não houve dia semelhante a este, nem antes nem de­
pois dele, ouvindo o SENHOR, assim, a voz de um homem; porque o SENHOR
pelejava por Israel.” (Js 10.12-14). É Deus quem trabalha em favor do seu povo!
3. A Bíblia mostra como Deus interviu em favor dos 300 valentes de Gideão
para dá vitória contra os midianitas (Jz 7.22). Os 300 homens de Gideão não
poderíam se gloriar, pois, a obra quem faz é Deus! A Bíblia mostra como Deus
interviu em favor dos filhos de Israel contra os inimigos filisteus, dizendo: “E
sucedeu que, estando Samuel sacrificando o holocausto, os filisteus chegaram à
peleja contra Israel; e trovejou o SENHOR aquele dia com grande trovoada so­
bre os filisteus e os aterrou de tal modo, que foram derrotados diante dos filhos
de Israel.” (ISm 7.10). É Deus quem age pelo seu povo!

II. OS INIMIGOS DA OBRA PASSAM A TER MEDO QUANDO PERCEBEM


DEUS DO NOSSO LADO
1. A Bíblia mostra o medo que se apoderou dos inimigos de Israel após sa­
ber que o Senhor intervém em favor do seu povo, dizendo: “E veio o temor de
Deus sobre todos os reinos daquelas terras, ouvindo eles que o SENHOR havia
pelejado contra os inimigos de Israel.” (2Cr 20.29). Os inimigos precisam inten­
derem que a obra é de Deus!

146 | 11 DE MARÇO
2. O salmista celebrou a importância do Senhor está do nosso lado, dizen­
do: “Se não fora o SENHOR, que esteve ao nosso lado, ora, diga Israel: Se não
fora o SENHOR, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram
contra nós, eles, então, nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu
contra nós;” (SI 124.1-3). Quando Deus está do nosso lado o inimigo não con­
segue nos atingir!
3. A Bíblia mostra Gamaliel, um prudente sábio Judeu orientando as auto­
ridades a não pelejarem contra a Igreja de Deus para não correrem o risco de
estarem pelejando contra a própria obra de Deus, dizendo: Έ agora digo-vos:
Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra
é de homens, se desfará, mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la, para que
não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus. E concordaram
com ele.” (At 5.38-40). Gamaliel sabia que é perca de tempo lutar contra a obra
de Deus!

CONCLUSÃO: A Bíblia mostra que Gamaliel tinha mesmo razão, quando se


confirmou seu discípulo Saulo pelejando contra o próprio Deus, dizendo: “E,
caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me perse­
gues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.” (At 9.4-5). É Deus
quem defende o seu povo e intervém em seu favor! Esta obra é de Deus. É Deus
quem faz a obra. O salmista celebrou as grandes coisas que o Senhor faz pelo
seu povo, dizendo: “Grandes coisas fez o SENHOR por nós, e, por isso, estamos
alegres.” (SI 126.3)

ANO TAÇÕES

147
12 DE MARÇO

ALCANÇANDO O FAVOR DAS PESSOAS


Ester 2.15

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o diferencial de Deus na vida de Ester.


Neste concorrido concurso de beleza para saber quem o rei escolhería como
rainha, todas as demais mulheres poderíam ser tão belas fisicamente como Es­
ter; porém, o favor divino estava sobre a vida de Ester, e todos percebiam algo
especial em sua vida. Você pode está concorrendo uma vaga, seja de emprego,
ou qualquer outra disputa concorrida; entretanto, se Deus está contigo, você
pode contar com sua graça e seu favor diante de todas as pessoas que lhe cer­
cam. Não é acepção de pessoas, visto que só existe uma vaga para tantos preen­
cherem; é viver uma vida compromissada com Deus e com propósito.

I. PESSOAS QUE ALCANÇARAM O FAVOR DIANTE DE DEUS


1. A Bíblia revela a história de várias pessoas que obtiveram o favor diante
de Deus. No meio de uma geração totalmente rejeitada por Deus, a Palavra de
Deus diz: “Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR.” (Gn 6.8).
2. O próprio Senhor disse a Moisés: “Conheço-te por teu nome; tam­
bém achaste graça aos meus olhos.” (Êx 33.12). A graça alcançada por Moisés
diante de Deus era algo tão singular que o próprio Deus tornou isso público
(Nm 12.6-9).
3. O anjo Gabriel disse a Maria: “Maria, não temas, porque achaste gra­
ça diante de Deus,” (Lc 1.30). Lucas novamente escreveu acerca da graça al­
cançada por Jesus Cristo desde a sua infância, dizendo: “E crescia Jesus em
sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” (Lc 2.52).
As próprias palavras que brotavam dos lábios de Jesus Cristo eram cheias de
graça (Lc 4.22).

II. PESSOAS QUE ALCANÇARAM O FAVOR DIANTE DOS HOMENS


1. Quando alcançamos graça diante de Deus, esta graça divina se reflete
também diante das pessoas em nossa volta. José alcançou graça aos olhos de Fa-
ráo, o qual reconheceu isso, dizendo: “E disse Faraó a seus servos: Acharíamos
um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus?” (Gn 41.38-40).
2. Após Davi achar graça aos olhos do rei Saul, Saul solicitou a Jessé que
Davi trabalhasse na sua coorte, dizendo: “Deixa estar Davi perante mim, pois
achou graça a meus olhos.” (lS m 16.22). Deus levou Davi para trabalhar dentro
da coorte de Saul para aprender com os seus erros e defeitos!
3. A Bíblia afirma que: “O jovem Samuel ia crescendo e fazia-se agradável,
assim para com o SENHOR como também para com os homens.” (ISm 2.26).
Graça é favor imerecido alcançado! O sábio Salomão também escreveu, dizendo:

148 | 12 DE MARÇO
Έ acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens.” (Pv 3.4).
A graça alcançada transborda em favor alcançado diante de Deus e dos homens!
CONCLUSÃO: Quando alcançamos a graça divina, as portas se abrem também
diante dos homens; pois, é a graça de Deus que abre o coração das pessoas que
podem nos beneficiar. Deus usa pessoas para nos favorecer quando obtemos
sua graciosa beneficência, provisão e benevolência!

ANOTAÇÕES

149
13 DE MARÇO

VOCÊ TERÁ VIDA LONGA NA TERRA


Jó 5.26-27

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos mostra Elifaz profetizando que Jó teria
vida longa na terra. Por causa da situação dramática que estava vivendo, o pa­
triarca Jó poderia pensar que seus dias já estariam se acabando por causa da falta
de saúde física e emocional que ele estava sofrendo em consequências das ter­
ríveis perdas que havia tido. Entretanto, Elifaz, estava profetizando para Jó uma
vida longa na terra, o que de fato se confirmou como verdadeiro (Jó 42.16-17).
A vontade de Deus sempre foi dá vida longa ao homem na terra. Não é por
acaso que no Jardim do Eden havia a árvore da vida (Gn 2.8-9), cujo acesso foi
vedado ao homem em decorrência de seu pecado (Gn 3.24). Entretanto, o pro­
pósito original de Deus para o homem era o mesmo viver eternamente.

I. A VIDA LONGA DOS PRIMEIROS HOMENS


1. O capítulo 5 de Gênesis pode ser chamado de “Capítulo da Longevidade”
por registrar a vida longa dos primeiros descendentes de Adão (Gn 5.1-32).
Entre os campeões da longevidade destaca-se Matusalém, o homem que mais
viveu na terra com seus 969 anos de vida terrena! (Gn 5.27).
2. A Palavra de Deus afirma que Noé veio se tornar pai só aos 500 anos
(Gn 5.32), o que sugere que ainda estava na flor da idade, chegando a vi­
ver 950 anos de vida terrena (Gn 9.29). Noé ainda conseguiu viver 350 anos
após o dilúvio, quando a longevidade humana começou a diminuir signifi­
cativamente (Gn 8.13 e Gn 11.10-32). Para alguns estudiosos, as mudanças
climáticas e as grandes transformações dos ecossistemas terrestres após o
dilúvio afetou a qualidade de vida do planeta, ocorrendo uma diminuição da
longevidade humana na terra, o que pode ser claramente percebido na com ­
paração entre a longevidade registrada antes e depois do dilúvio (Gn 5.1-32
e Gn 11.10-32).
3. Entre o famoso tri-patriarcal: Abraão, Isaque e Jacó, Isaque foi o que mais
viveu chegando aos 180 anos de vida terrena (Gn 35.28). Para os estudiosos, a
vida serena e tranquila de Isaque sem os muitos embates e sem tanta peregrina­
ção como ocorrera com seu pai Abraão e seu filho Jacó deram a estabilidade ne­
cessária para Isaque ter sido o que mais viveu entre os três principais patriarcas
(Gn 25.7 e Gn 47.8-9). A Bíblia também descreve a vida longa de )ó (Jó 42.16-17).
A profecia de Elifaz se cumpriu (Jó 5.26-27). Chegar aos 140 anos de idade de­
pois de tudo que Jó passou foi mesmo um milagre divino, mesmo sendo na era
patriarcal!

150 | 13 DE MARÇO
II. PROMESSAS DE LONGEVIDADE NAS ESCRITURAS
1. A primeira pessoa nas Escrituras que Deus prometeu vida longa foi
Abraão, dizendo: Έ tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado.”
(Gn 15.15). Esta promessa divina se cumpriu na vida de Abraão (Gn 25.7-8).
Deus incluiu a promessa de longevidade na obediência do quinto mandamento,
dizendo: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na
terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.” (Êx 20.12).
2. O Senhor prometeu abençoar a longevidade dos que lhe servem, dizen­
do: “E servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa
água; e eu tirarei do meio de ti as enfermidades. Não haverá alguma que aborte,
nem estéril na tua terra; o número dos teus dias cumprirei.” (Êx 23.25-26).
3. O sábio Salomão nos revelou um dos segredos da longevidade, dizendo:
“Filho meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus man­
damentos. Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida
epaz.” (Pv 3.1-2).

CONCLUSÃO: O Senhor é quem nos prometeu vida longa na terra, e nos acom­
panha desde o nosso nascimento até a nossa velhice! O próprio Senhor é quem
declara isso ao seu povo, dizendo: O uvi-m e, ó casa de Jacó e todo o resíduo
da casa de Israel; vós, a quem trouxe nos braços desde o ventre e levei desde a
madre. E até à velhice eu serei o mesmo e ainda até às cãs eu vos trarei; eu o fiz,
e eu vos levarei, e eu vos trarei e vos guardarei.” (Is 46.3-4).

ANOTAÇÕES
14 DE MARÇO

LIÇÕES DO DIA DO VENDEDOR DE LIVROS


Provérbios 23.23

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão nos aconselha a in­


vestirmos no conhecimento. O dia 14 de março é lembrado como o Dia do
Vendedor de Livros. O livreiro é responsável por vender cultura, sabedoria e
conhecimento ao povo. Comprar livros e investir no conhecimento, é com ­
prar a sabedoria, a instrução e o entendimento. O famoso escritor Monteiro
Lobato assim descreveu a profissão do vendedor de livros: “Entre os mais
humildes comércios do mundo está o do livreiro. Embora sua mercadoria
seja à base da civilização, pois que é nela que se fixa a experiência humana,
o livro não interessa ao nosso estômago nem a nossa vaidade. Não é portan­
to compulsoriamente adquirido - O pão diz ao homem: ou me compras ou
morres de fome; - O batom diz à mulher: ou me compras ou te acharão feia. E
ambos são ouvidos. Mas se o livro alega que sem ele a ignorância se perpetua,
os ignorantes dão de ombros, porque é próprio da ignorância sentir-se feliz
em si mesma, como o porco com a lama. E, pois o livreiro vende o artigo mais
difícil de vender-se. Qualquer outro lhe daria maiores lucros; ele o sabe e
heroicamente permanece livreiro. E é graças a esta generosa abnegação que a
árvore da cultura vai aos poucos aprofundando as suas raízes e dilatando a sua
fronde. Suprimam-se o livreiro e estará morto o livro - e com a morte do livro
retrocederemos à idade da pedra, transfeitos em tapuias comedores de bichos
de pau podre. A civilização vê no livreiro o abnegado zelador da lâmpada em
que arde, perpétua, a trêmula chamazinha da cultura.”. Investir em livros é
investir na cultura, no conhecimento e na sabedoria.

I. A IMPORTÂNCIA DO LIVRO NAS ESCRITURAS


1. Recentemente foi divulgado uma lista dos 10 livros mais vendidos da
História, o famoso “Top 10”. Pode haver variações entre a segunda e a décima
posição. Pois, a primeira posição continua consolidada desde que Gutemberg
inventou a Imprensa. A Bíblia sequer se sente ameaçada na primeira posição.
Aliás, a Bíblia nem consegue ver pelo retrovisor o segundo lugar. Ela ocupa
de forma absoluta a liderança desde que se publica livros no mundo: I o) A Bí­
blia Sagrada; 2o) O Livro Vermelho; 3o) Harry Potter; 4o) O Senhor dos Anéis;
5o) O Alquimista; 6o) O Código Da Vinci; 7o) Crepúsculo; 8o) E o Vento Levou;
9o) Quem Pensa Enriquece; e 10°) O Diário de Anne Frank.
2. Reconhecemos a importância dos grandes clássicos da literatura mun­
dial, e a sua importância no desenvolvimento cultural das pessoas. Porém, ne­
nhum outro livro contribuiu tão decisivamente para a transformação de toda a
Sociedade Ocidental como a Bíblia Sagrada. Como bem definiu o imperador

152 | 14 DE MARÇO
francês Napoleão Bonaparte: “A Bíblia não é um simples livro, senão uma Cria­
tura Vivente, dotada de uma força que vence a quantos lhe opõem”.
3. O livro é um portal de conhecimento que oferece prazer, instrução, en­
tendimento, e até entretenimento para todas as pessoas que fazem da leitura o
seu hábito. O próprio Deus sabia da importância do livro para a instrução do
governo de uma nação, quando aconselhou os reis de Israel, dizendo: “Também,
quando se assentar no trono do seu reino, escreverá para si um translado desta
lei num livro, do qual está diante dos levitas e sacerdotes. E o terá consigo e nele
lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor, seu Deus,
a fim de guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, para os cumprir”
(Dt 17.18-19).

II. A IMPORTÂNCIA DO BOM HÁBITO DA LEITURA NAS ESCRITURAS


1. A Palavra de Deus sempre aconselha o bom hábito da leitura para o nos­
so crescimento em todas as áreas da nossa vida. O próprio Deus instruiu ao
general e líder do exército de Israel sobre a importância da leitura do Livro da
Lei, quando disse a Josué: “Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita
nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele
está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido” (Js 1.8).
2. Prevendo no futuro um mundo tomado pelos livros, o sábio Salomão
escreveu, dizendo: “Demais filho meu, atenta: Não há limites para fazer livros, e
o muito estudar é enfado da carne” (Ec 12.12). De fato, estudar muito, ler mui­
to, e qualquer outra coisa que fizermos exageradamente enfada e cansa, mas o
resultado colhido desse esforço é compensador!
3. O próprio Jesus Cristo aconselhou a leitura do Livro Sagrado, dizendo:
“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mes­
mas que testificam de mim” (Jo 5.39). O instruído apóstolo Paulo incentivou a
leitura ao seu filho na fé Timóteo, dizendo: “Até à minha chegada, aplica-te à
leitura, à exortação, ao ensino” (lT m 4.13).
CONCLUSÃO: L muito compensador estudar, pesquisar, e ler bons livros. Vale
a pena investir no conhecimento! Comprar uma Bíblia de Estudos ou um livro
que promova o seu crescimento, seja na vida profissional ou na vida espiritual
não é gasto, é investimento!

153
15 DE MARÇO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DA ESCOLA


Atos 19.9

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, a escola é citada pela prim eira vez nas
Escrituras. O dia 15 de março é lembrado com o o Dia da Escola. A escola
é uma instituição concebida para o ensino de alunos sob a direção de pro­
fessores. A m aioria dos países têm sistemas formais de educação, que geral­
mente são obrigatórios. Nestes sistemas, os estudantes progridem através
de uma série de níveis escolares e sucessivos. Os nomes para esses níveis
nas escolas variam por país, mas geralmente incluem o ensino fundamental
(ensino básico) para crianças e o ensino médio (ensino secundário) para
os adolescentes que concluíram o fundamental. A escola é comumente um
lugar onde se aprende. Por isso, apesar da palavra “escola” só aparecer uma
única vez na Bíblia (At 19.9); não significa que somente em Atos dos Após­
tolos passou a existir escolas na Bíblia. A escola existe desde a antiguidade;
e, as famosas “escolas de profetas” já existiam desde a época do profeta Sa­
muel, e atribui-se a ele a fundação da prim eira “escola de profetas” em Israel.
No período do Antigo Testamento, a educação era praticamente informal.
As crianças eram ensinadas em casa pelos pais. No entanto, no período do
Novo Testamento, haviam sido estabelecidas escolas para ajudar os pais no
ensino de seus filhos.

I. A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NO ANTIGO TESTAMENTO


1. Para os israelitas, o objetivo da educação era preparar o povo para conhe­
cer a Deus e viver pacificamente com os outros. A educação não enfatizava os
três segmentos habituais: leitura, escrita e aritmética. O método de educação era
diferente. Deus havia dado aos pais a responsabilidade de serem os primeiros
educadores dos seus filhos (Dt 11.19). A primeira escola dos israelitas era o lar,
e a matéria principal era o ensino da Torah - a Lei de Deus.
2. O conceito de unir estudantes em um local separado para a aprendiza­
gem existe desde a Antiguidade Clássica. O Império Bizantino tinha um sistema
de ensino criado a partir do nível primário. Na Europa, foi durante os séculos
X IV e X V que ocorreu a expansão das escolas devido, em grande parte, aos
esforços catequistas da Igreja na busca de fiéis. Missionários cristãos desempe­
nharam um papel central na criação de escolas modernas na Índia. Portanto, a
origem da escola está na própria religião dos povos. A educação primordial do
homem desde criança era o conhecimento de Deus, e daí surgiu o ensino funda­
mental com o acréscimo de outras matérias do cotidiano. Hoje, as escolas que­
rem abolir o conhecimento de Deus do coração das crianças; e, por isso, sofrem
as consequências de formarem “crianças assassinas” que invadem as próprias

154 | 15 DE MARÇO
escolas matando professores e colegas, como bem presenciamos frequentemen­
te através da imprensa (Pv 22.6).
3. Já na Antiguidade, a educação infantil era uma preocupação presente
entre as várias civilizações que se firmaram. Os valores e o conhecimento eram
diretamente transmitidos dos pais para os filhos. Um filho novo permanecia
com sua mãe enquanto o pai trabalhava no campo. Portanto, a primeira fase
educativa de instrução vinha de sua mãe (Pv 31.1-19). À medida que crescia,
aumentava o envolvimento do pai na educação do filho, principalmente quando
começavam a trabalhar juntos no campo ou em seu ofício. Já a filha ficava com
a mãe e continuava a receber sua instrução (Pv 6.20).
4. Deus era o Mestre Supremo, que ensinava com palavras e por meio de
exemplos (Dt 8.2-3 e Is 30.20-21). Esperava-se que cada pai ensinasse a seu filho
um ofício. Um provérbio judaico dizia o seguinte: “Aquele que não ensina um
ofício útil a seu filho, ensina-o a ser ladrão”. Era comum um filho seguir a mes­
ma profissão do pai, com suas técnicas e segredos (Pv 9.9).

II. A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NO NOVO TESTAMENTO


1. Pesquisadores não sabem exatamente a respeito de quantos israelitas sa­
biam ler e escrever nos tempos do Antigo Testamento. Entretanto, na época do
Novo Testamento, quase toda aldeia tinha sua própria escola onde os meninos
aprendiam a ler e escrever. Os pais enviavam os seus filhos as escolas com o
objetivo de aprenderem a ler as Escrituras; estes continuavam a frequentar as
escolas desde os 6 ou 7 anos de idade até os 12 anos.
2. Se os pais desejassem que os seus filhos recebessem instrução suplemen­
tar, enviavam a Jerusalém, onde grande número de notáveis Rabis tinham es­
colas. São famosas as escolas dos rabis: Hilel, Shamah e Gamaliel. O apóstolo
Paulo, por exemplo, passou parte do seu tempo aprendendo em uma dessas es­
colas, tendo como mestre Gamaliel (At 22.3). Jesus Cristo deve ter sido educado
em umas das escolas de Nazaré; e, aos 12 anos foi levado a Jerusalém, onde sua
mãe o encontrou no meio dos doutores e mestres judeus (Lc 2.42-46). Jesus foi
declarado pelos rabis da época como uma criança muto acima da média pela
sua idade (Lc 2.47).
3. A escola fez muito bem ao menino Jesus, à ponto do Doutor Lucas escre­
ver, dizendo: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e
dos homens” (Lc 2.52). O crescimento de Jesus foi o desenvolvimento mais per­
feito que uma criança já havia tido no sentido físico, moral, mental, intelectual
e espiritual. De aluno exemplar, Jesus Cristo se tornou no Mestre exemplar, e
ordenou aos seus discípulos que seguissem o seu exemplo (Jo 13.12-15).
4. Nos dias atuais, além das escolas públicas e particulares, temos as nossas
Escolas Dominicais nas Igrejas Evangélicas, onde os seus alunos são instruídos
na Palavra de Deus, de acordo com cada faixa etária (2Tm 3.14-17). Temos ain­
da às nossas EBO - Escolas Bíblicas de Obreiros, onde os obreiros da Seara do
Senhor são instruídos a crescerem na graça e no conhecimento de nosso Senhor
e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3.18). E, também às EBFs - Escola Bíblica de Férias
que promovem o aprendizado da palavra de Deus às crianças no período de
férias. O apóstolo Paulo sabia da boa educação que Timóteo recebeu dos pais na
infância acerca da Palavra de Deus e elogiou o conhecimento bíblico do jovem
obreiro (2Tm 3.14-15).
CONCLUSÃO: A escola é o lugar da educação, do aprendizado, da formação,
da instrução, e da aprovação. A escola está presente em todos os lugares: Em
casa, na igreja, e na própria repartição escolar. A própria vida é uma escola para
todos nós. Cada fato novo é um aprendizado. Sempre estamos aprendendo com
alguma coisa.

A N O TA Ç Õ E S

156 | 15 DE MARÇO
16 DE MARÇO

DEUS CUMPRE OS DESEJOS DO NOSSO CORAÇÃO


Salmo 37.4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado é uma afirmação muito clara de que Deus
cumpre mesmo os desejos dos nossos corações. Aliás, qual o pai que não fica
feliz em ver o seu filho alegre pela realização de um sonho? O próprio Senhor
Jesus Cristo usou o exemplo do esforço que os pais terrenos fazem para atender
o desejo do coração de um filho, para ilustrar a disposição muito maior do Pai
Celestial em conceder os desejos dos nossos corações, dizendo: “Se, vós, pois,
sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que
está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mt 7.11). Com certeza, o Pai
Celestial é muito mais bondoso do que os pais terrenos. O Deus da Bíblia é um
Deus que cumpre os desejos dos nossos corações (SI 37.4).

I. PROMESSAS DO SENHOR REALIZAR OS DESEJOS DO NOSSO CORAÇÃO


1. São inúmeras promessas nas Escrituras que comprovam a disposição de
Deus em realizar os desejos dos nossos corações. O salmista Davi disse: “De­
leita-te também no SENHOR, e ele te concederá o que deseja o teu coração.”
(SI 37.4). Quando temos prazer nas coisas de Deus, Ele também tem prazer em
nos abençoar!
2. O salmista Davi também revelou que Deus sabe dos nossos desejos mais
íntimos, dizendo: “Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu gemido
não te é oculto.” (SI 38.9). O salmista reconheceu que o Senhor sabe perfeita-
mente os nossos desejos e anseios!
3. O sábio Salomão também escreveu, dizendo: “Confia ao SENHOR as tuas
obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.” (Pv 16.3). O próprio Deus revela
a sua disposição em realizar os desejos dos nossos corações, dizendo: “Porque
eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de
paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jr 29.11).

II. PESSOAS QUE TIVERAM SEUS DESEJOS REALIZADOS


1. A Bíblia revela a história de muitos homens e mulheres que tiveram os
seus desejos realizados. A Bíblia mostra Deus realizando os desejos de Abraão e
Sara, dizendo: “E o SENHOR visitou a Sara, como tinha dito; e fez o SENHOR a
Sara como tinha falado. E concebeu Sara e deu a Abraão um filho na sua velhice,
ao tempo determinado, que Deus lhe tinha dito.” (Gn 21.1-2).
2. A Bíblia mostra Deus realizando o desejo de Ana, dizendo: “Por este me­
nino orava eu; e o SENHOR me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pe­
dido.” (ISm 1.27). A Bíblia mostra Deus realizando o desejo de Jabez, dizendo:
“E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.” (1 Cr 4.10).

157
3. A Bíblia mostra Deus realizando o desejo do coração de Salomão, dizen­
do: “Sabedoria e conhecimento te são dados; e te darei riquezas, e fazenda, e
honra, qual nenhum rei antes de ti teve, e depois de ti tal não haverá.” (2Cr 1.12).
A Bíblia mostra Jesus Cristo realizando o desejo do cego Bartimeu, dizendo:
“Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a
tua fé te salvou.” (Lc 18.41-42).

CONCLUSÃO: O nosso Deus é Bondoso e Misericordioso. A Bíblia mostra em


suas páginas os seus atos de generosidade em conceder os desejos dos nossos
corações. O salmista escreveu sobre isso, dizendo: “Como um pai se compade­
ce de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem.” (SI
103.13). A Compaixão do nosso Deus nos ensina que Ele é um Pai que possui
profundos sentimentos pelos seus filhos. O salmista ainda reconheceu isso, di­
zendo: “Abres a mão e satisfazes os desejos de todos os viventes.” (SI 145.16)

A N O TA Ç Õ E S

158 | 16 DE MARÇO
17 DE MARÇO

ENTREGA AS TUAS PREOCUPAÇÕES AO SENHOR


Salmo 55.22

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos aconselha a confiar os nossos cuidados


e preocupações ao Senhor. A preocupação pode ser definida como uma ideia
fixa e antecipada que perturba o espírito a ponto de produzir sofrimento moral,
inquietude e ansiedade. As preocupações nos fazem sofrer por antecipação na
procura por solução de algum problema que nos aflige. As preocupações são os
cuidados desta vida que tentam sufocar a fé e a esperança que temos na Palavra
de Deus. Porém, neste texto sagrado, o salmista nos aconselha a entregarmos
estes cuidados e preocupações ao Senhor.

I. 0 PERIGO DAS PREOCUPAÇÕES EXCESSIVAS


1. É impossível que haja um ser humano na idade da consciência que não
tenha preocupação ou ansiedade por alguma coisa. Da mesma forma que é im­
possível alguém não se irar por alguma coisa, também é impossível não nos
preocuparmos por algo. Entretanto, quando as preocupações se tornam exces­
sivas podem acarretar sérios problemas na saúde física, emocional e espiritual
das pessoas (Lc 8.14).
2. A própria Ana revelou ao sacerdote Eli que sofria muito pelo excesso
de preocupações e ansiedades por não poder ter filhos, dizendo: “Não tenhas,
pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e
do meu desgosto tenho falado até agora.” (1 Sm 1.16). A angústia, a inquietação,
e preocupação de Ana levou o sacerdote Eli pensar que ela estava embriagada
como uma filha de Belial; e ela justificou que não; era o excesso de cuidados e
preocupações que levou ela a se lançar de corpo, alma e espírito na presença
do Senhor. Quando Ana lançou os seus cuidados ao Senhor, a cura emocional
chegou e a alegria no seu rosto voltou (ISm 1.18).
3. Os salmistas filhos de Corá revelaram o sofrimento excessivo que sofriam
por causa de suas inquietações e preocupações, dizendo: “As minhas lágrimas
servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constante­
mente: Onde está o teu Deus?” (SI 42.3). As pessoas pareciam zombarem da
situação dos salmistas, e até questionavam sua fé em Deus. Porém, os salmistas
arrancaram um suspiro de suas almas, dizendo: “Por que estás abatida, ó minha
alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei na
salvação da sua presença.” (SI 42.5).

II. LANÇANDO SOBRE 0 NOSSO DEUS AS NOSSAS PREOCUPAÇÕES


1. O segredo para vencermos os nossos cuidados e preocupações é lançar­
mos sobre o Senhor Deus todas estas ansiedades e inquietações. O apóstolo

159
Pedro nos aconselhou, dizendo: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade,
porque ele tem cuidado de vós.” (lP e 5.7).
2. O salmista Davi também nos aconselhou, dizendo: “Entrega o teu cami­
nho ao SENHOR; confia nele, e ele tudo fará.” (SI 37.5). O salmista revelou como
superou o excesso das preocupações e cuidados, dizendo: “Multiplicando-se
dentro de mim os meus cuidados, as tuas consolações reanimaram a minha
alma.” (SI 94.19).
3. O sábio Salomão nos aconselhou, dizendo: “Confia no SENHOR de todo
o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em
todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” (Pv 3.5-6). O apóstolo
Paulo também nos aconselhou, dizendo: “Não estejais inquietos por coisa al­
guma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela
oração e súplicas, com ação de graças.” (Fp 4.6).
CONCLUSÃO: Entregue as suas preocupações, cuidados, inquietações, e ansie­
dades ao Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração, e te dará plena esta­
bilidade. Ele não deixará que você seja abalado! (SI 55.22).

A N O TA Ç Õ E S

160 | 17 DE MARÇO
18 DE MARÇO
OS TEUS PLANOS SERÃO ESTABELECIDOS
Provérbios 16.3
INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o segredo dos nossos planos, pensa­
mentos e desígnios serem estabelecidos. A confiança no Senhor nos dá a estabilidade
necessária, e a segurança que os nossos planos darão certos. Quando confiamos os
nossos sonhos, desejos, pensamentos e planos nas mãos do Senhor, estamos mostran­
do para o Senhor o quanto dependemos de sua benção para termos êxito em nossos
objetivos. Antes de querermos fazer as coisas do nosso jeito, é preciso nos submeter­
mos a vontade do Senhor. Que os nossos planos possam estarem alinhados com a
vontade do Senhor (Pv 16.1).
I. CONFIANDO OS NOSSOS PLANOS AO SENHOR
1. Precisamos confiar os nossos planos ao Senhor. A Bíblia mostra vários exem­
plos de homens que tiveram êxito e prosperaram quando confiaram ao Senhor os
seus planos. A Bíblia diz que: “Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo,
porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele.” (2Sm 5.10). A Bíblia sempre vai
mostrar Davi confiando os seus planos ao Senhor (SI 21.7).
2. A Bíblia mostra como Ezequias confiava os seus planos ao Senhor, dizendo: “E
em toda obra que começou no serviço da Casa de Deus, e na lei, e nos mandamentos,
para buscar a seu Deus, com todo o seu coração o fez e prosperou.” (2Cr 32.21). Tudo
o que o rei Ezequias ia fazer na obra de Deus ele confiava os seus planos ao Senhor, e
prosperava naquilo que fazia!
3 .0 salmista também descreveu a estabilidade que a confiança em Deus nos ofe­
rece, dizendo: “Os que confiam no SENHOR serão como o monte Sião, que não se
abala, mas permanece para sempre.” (SL125.1).
II. DEUS FARÁ OS SEUS PLANOS DAREM CERTOS
1. Quando confiamos em Deus, Ele faz os nossos planos darem certos. A Palavra
de Deus afirma que: “Determinando tu algum negócio, ser-te-á firme, e a luz brilhará
em teus caminhos.” (Jó 22.28). O patriarca Jó reconheceu a soberania de Deus em seus
propósitos e pensamentos, dizendo: “Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus
pensamentos pode ser impedido.” (Jó 42.2).
2. O profeta Isaías declarou como Deus trabalha para os nossos planos darem
certos, dizendo: “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se per­
cebeu, nem com os olbos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele
espera.” (Is 64.4).
3 .0 Senhor fala dos seus pensamentos a respeito do seu povo, dizendo: “Porque
eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e
não de mal, para vos dar o lim que esperais.” (Jr 29.11).
CONCLUSÃO: Devemos confiar os nossos planos, projetos, pensamentos e desígnios
ao Senhor Jesus Cristo; pois, sem Ele nada podemos fazer (Jo 15.5). Jesus Cristo é a
garantia real da realização de todos os nossos sonhos e projetos! (2Co 1.18-20)

161
19 DE MARÇO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO CARPINTEIRO


Marcos 6.3

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela qual era a profissão humana de
Jesus. O termo “carpinteiro” utilizado neste texto vem de uma palavra grega
chamada “tekton”, que também pode significar “construtor”, “artesão”, ou “tra­
balhador em madeira”. Jesus Cristo podería ter trabalhado com José não só na
fabricação de móveis de madeira, como também na construção de casas de ma­
deira. O dia 19 de março é lembrado como o Dia do Carpinteiro. Deus escolheu
a profissão de “Carpinteiro” para o seu Filho Jesus Cristo, enquanto esteve aqui
na terra, para nos ensinar muitas lições espirituais. O “carpinteiro” é uma pro­
fissão que repara, monta e constrói peças de madeira como andaimes e outras
estruturas para a construção civil. Jesus Cristo, o Carpinteiro de Nazaré tem
muitas madeiras neste mundo para reparar, consertar, montar e construir. Jesus
Cristo é o Divino Carpinteiro e Construtor que veio para reparar, consertar,
edificar e reconstruir as nossas vidas que estavam em ruínas.

I. A IMPORTÂNCIA DO CARPINTEIRO NAS ESCRITURAS


1. As coisas construídas pelo carpinteiro, nos tempos bíblicos, incluíam mo­
bília, tal como mesas, assentos e bancos. Na construção do tabernáculo e da sua
mobília, Bezalel e Ooliabe foram habilitados pelo Espírito de Deus para fazerem
o melhor trabalho em madeira, bem como em outros materiais (Êx.31.2-11).
Trabalhadores peritos em madeira foram trazidos de Tiro para a construção
da casa de Davi, o que certamente incluía a figura do carpinteiro (2Sm 5.11).
Zorobabel também usou carpinteiros na construção do segundo templo em Je­
rusalém (Ed 3.7).
2. Nós como cristãos, éramos como uma madeira bruta que vivia na flores­
ta deste mundo. Ao ouvir a Palavra de Deus, que é a “Espada do Espírito”, nós
fomos derrubados aos pés de Cristo pelo arrependimento de nossos pecados
(Jo 15.2-3; Cl 2.13 e Hb 4.12).
3. Ao sermos trazidos para a Casa de Deus, viemos no estado bruto em que
nós fomos encontrados. Então, o Divino Escultor e Carpinteiro de Nazaré usou
com habilidade às suas ferramentas afiadas e apropriadas, arrancou as cascas e
os defeitos tortuosos de nossas vidas e nos aplanou de forma reta e perfeita, e,
por isso, passamos a ser chamados de “carvalhos de justiça, plantados pelo Se­
nhor para a sua glória” (Ef 2.12-15; E f 4.24 e Is 61.3).

II. JESUS CRISTO - O CARPINTEIRO DE NAZARÉ


1. Jesus Cristo, o Carpinteiro de Nazaré, é o grande moldador do caráter
humano; e o transformador de todos os seres humanos. “Não esmagará a cana

162 | 19 DE MARÇO
quebrada, nem apagará a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo. E,
no seu Nome, esperarão os gentios” (Mt 12.20-21).
2. O apóstolo João descreveu como Jesus começou a moldar o caráter de
Pedro, dizendo: O lh and o Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João;
tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” (Jo 1.42). O Dr.Russell Shedd
escreveu que: “Pedro recebeu um nome novo para acompanhar o caráter novo
que Cristo lhe deu”. Jesus Cristo, o Carpinteiro de Nazaré nos revela como des­
cobria o tipo de caráter que cada pessoa possuía, dizendo: “Assim, toda árvore
boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.” (Mt 7.17).
3. O apóstolo Paulo descreveu como Deus nos criou um novo homem em
Cristo com o nosso caráter transformado, dizendo: “Não mintais uns aos ou­
tros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos re­
vestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou; no qual não pode haver grego nem judeu, circun­
cisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em
todos.” (Cl 3.9-11).
CONCLUSÃO: “Jesus, o Carpinteiro Galileu - Não foi médico e cura todas as
enfermidades. Não foi advogado e explica os princípios básicos de toda lei. Não
foi escritor e inspira as maiores obras de toda a literatura mundial. Não foi poeta
nem músico e é a alma de todos os poemas e de toda a música da vida. Não foi
orador e é o intérprete de todos os corações. Não foi literato e escreveu no livro
dos séculos a mais bela página. Não foi artista e enche de luz os gênios de todos
os tempos. Não foi estadista e fundou as mais sólidas instituições da sociedade.
Não foi general e conquistou milhões de almas e países inteiros. Não foi inven­
tor e inventou o elixir de perene felicidade. Não foi descobridor e descobriu aos
mortais mundos encantados de imortalidade. Jesus, o Carpinteiro Galileu....”
Humberto Rohdem - De Alma para Alma, 18a Edição - Editora Martin Claret

ANOTAÇÕES
20 DE MARÇO

LIÇÕES DO DIA DA FELICIDADE


Salmo 128.2

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve a felicidade do homem que teme ao


Senhor. O dia 20 de março é lembrado como o Dia Internacional da Felicidade.
Este dia visa promover a felicidade das pessoas e mostrar como a felicidade é
um estado emocional fundamental para o bem estar de todos os seres humanos.
A criação do Dia Internacional da Felicidade surgiu por sugestão do Butão, um
pequeno reino budista localizado nos Himalaias que adota como estatística ofi­
cial a “Felicidade Nacional Bruta”, em vez do Produto Interno Bruto (PIB). Em
2012, a proposta foi aprovada por unanimidade pelos 193 estados-membros da
Organização das Nações Unidas (ONU), defendendo que a busca pela felicida­
de é um objetivo humano fundamental. Todas as pessoas procuram a felicidade.
Entretanto, para o Cristão ser feliz é ter Cristo no coração (Jo 14.1-3). Ser feliz é
ser guiado pelo “Bom Espírito” (SI 143.10), e não por um “bom demônio” como
sugeriam os gregos na antiguidade. Os psicólogos salientam a importância da
felicidade na vida das pessoas e a necessidade destas se conhecerem a si mesmas
para conseguirem alcançar o bem estar desejado. Assim, a felicidade relaciona-
-se não só com a personalidade, mas também com a disposição e a forma de
estar das pessoas. A palavra de Deus procura mostrar que, não há felicidade
fora de Deus. A verdadeira felicidade está no homem temer a Deus e andar nos
seus caminhos (SI 128.1-6).

I. O SIGNIFICADO DE FELICIDADE NAS ESCRITURAS


1. A “felicidade” é a verdadeira sensação de prazer e bem-estar que o ho­
mem tanto procura. Felicidade é o estado de quem é feliz. A felicidade é tam­
bém uma sensação de contentamento e realização pessoal. A “felicidade” é uma
das maiores buscas da humanidade. Porém, a verdadeira felicidade em sua ple­
nitude só se encontra no Deus Vivo e Verdadeiro (Jr 17.7-8).
2. Após nascer o segundo filho de Jacó, Léia exclamou, dizendo: “É a minha
felicidade!” (Gn 30.13). Por isso, chamou o nome da criança “Aser” que significa
“felicidade”. A felicidade está também em cada conquista e em cada realização
pessoal. A Lei de Moisés estabelecia o direito do homem fazer sua esposa feliz
através da duração de um ano de lua de mel (Dt 24.5). O desejo de Deus é sem­
pre a felicidade do casal!
3. Moisés declarou Israel como um povo feliz, dizendo: “Feliz és tu, ó Israel!
Quem é como tu? Povo salvo pelo Senhor, Escudo que te socorre, Espada que
te dá alteza. Assim, os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás os seus altos”
(Dt 33.29). A posição privilegiada de Israel perante às demais nações, os tornava
uma nação feliz! Eliú, o mais sensato amigo de Jó, lhe mostrou o caminho da

164 | 20 DE MARÇO
felicidade, dizendo: “Se o ouvirem e o servirem, acabarão os seus dias em feli­
cidade e os seus anos em delícias” (Jó 36.11). De fato, os dias de Jó terminaram
em felicidade (Jó 42.10-17).

II. ALGUMAS COISAS QUE NOS TRAZEM FELICIDADE NAS ESCRITURAS


1. O salmista Davi proclamou que a verdadeira felicidade de uma nação
está em Deus, dizendo: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que Ele
escolheu para a sua herança” (SI 33.12). O salmista Davi também declarou que
fazer o bem às pessoas nos traz felicidade, dizendo: “Bem-aventurado o que
acode ao necessitado; o Senhor o livra no dia mal. O Senhor o protege, preser­
va-lhe a vida e o faz feliz na terra; não o entrega à discrição dos seus inimigos”
(SI 41.1-2).
2. O salmista declarou que a confiança no Senhor traz felicidade ao homem,
dizendo: “Ó Senhor dos Exércitos, feliz o homem que em ti confia” (SI 84.12).
O sábio Salomão declarou que a sabedoria e o conhecimento também trazem
felicidade ao homem, dizendo: “Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem
que adquire conhecimento” (Pv 3.13).
3. O apóstolo Pedro também nos aponta um texto dos Salmos que nos apre­
senta alguns segredos da felicidade, dizendo: “Quem quer amar a vida e ver dias
felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; apar-
te-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la”
(lPe 3.10-11 e SI 34.12-14). Aleluia!

CONCLUSÃO: A busca pela felicidade é, de fato, um dos temas mais antigos da


humanidade. Há 2.400 anos, o filósofo grego Sócrates, que perambulava pelas
ruas de Atenas, iniciou um debate que dura até hoje: O que é felicidade? A fe­
licidade é um estado de contentamento. É o homem está bem consigo mesmo,
bem com Deus, e bem com os outros.

ANO TAÇÕES

165
21 DE MARÇO

0 TEMOR A DEUS TRAZ ESCAPE PARA O HOMEM


Eclesiastes 7.18

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos mostra o equilíbrio que devemos ter
diante das situações cotidianas, e a importância de se temer a Deus. A Bíblia
destaca os inúmeros benefícios para aqueles que temem ao Senhor. O temor
do Senhor é um dos mandamentos mais presente nas páginas das Escrituras. O
sábio Salomão, apesar de ter falhado e infringido diversos mandamentos da Lei
de Deus, deu grande ênfase ao temor do Senhor como princípio da sabedoria
em seus escritos, enquanto se deixava ser inspirado por Deus; principalmente
em Provérbios, considerado o livro de sua maturidade (Pv 1.7; 9.10 etc..). O
fracasso de um homem sábio não anula seus ensinos sobre a verdade, a prudên­
cia e a sabedoria. Muitas vezes as verdades ditas por um sábio se voltam contra
ele mesmo, quando o mesmo comete algum tropeço. Assim concordou o sábio
apóstolo Paulo quando escreveu, dizendo: “Porque nada podemos contra a ver­
dade, senão em favor da própria verdade.” (2Co 13.8).

I. O TEMOR A DEUS COMO MANDAMENTO


1. Temer a Deus é considerado o mandamento geral de toda a Bíblia. Moi­
sés escreveu sobre a importância do temor a Deus, dizendo: Ό SENHOR, teu
Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás.” (Dt 6.13). Tememos,
servimos, e reverenciamos unicamente o Nome do Senhor, Nosso Deus!
2. Josué seguiu a mesma linha de seu antecessor Moisés e exortou o povo a
temer a Deus, dizendo: “Agora, pois, temei ao SENHOR, e servi-o com sinceri­
dade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém
do rio e no Egito, e servi ao SENHOR.” (Js 24.16).
3. O profeta Samuel, outro grande líder espiritual também exortou o povo a
temer a Deus, dizendo: “Tão somente temei ao SENHOR e servi-o fielmente com
todo o vosso coração, porque vede quão grandiosas coisas vos fez.” (ISm 12.24).
4. O rei Josafá, outro líder piedoso aconselhou o povo a temer a Deus, di­
zendo: “E deu-lhes ordem, dizendo: Assim, andai no temor do SENHOR com
fidelidade e com coração inteiro.” (2Cr 19.9). O sábio rei Salomão resumiu tudo,
dizendo: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus
mandamentos; porque este é o dever de todo homem.” (Ec 12.13).

II. OS BENEFÍCIOS DE TEMER A DEUS


1. A Bíblia destaca os inúmeros benefícios para aqueles que temem a Deus.
O salmista Davi destacou a proteção pessoal como um benefício para os que
temem ao Senhor, dizendo: “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o
temem, e os livra.” (SI 34.7).

166 I 21 DE MARÇO
2. O salmista destacou a bem-aventurança como um benefício para o ho­
mem que teme ao Senhor, dizendo: “Bem-aventurado aquele que teme ao SE­
NHOR e anda nos seus caminhos!” (SI 128.1).
3. O sábio Salomão descreveu o temor do Senhor como uma fonte de vida,
dizendo: Ό temor do SENHOR é uma fonte de vida para preservar dos laços da
morte.” (Pv 14.27). Salomão ainda descreveu a proteção do mal como um dos
benefícios para aqueles que temem ao Senhor, dizendo: “O temor do SENHOR
encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e não o visitará mal
nenhum.” (Pv 19.23).
4. O profeta Isaías destacou o temor do Senhor como um dos grandes
tesouros do povo de Deus, dizendo: “E haverá estabilidade nos teus tempos,
abundância de salvação, sabedoria e ciência; e o temor do SENHOR será o seu
tesouro.” (Is 33.6).
CONCLUSÃO: Abraão, o pai da fé, foi o primeiro homem elogiado pelo próprio
Deus por temer ao Senhor (Gn 22.12). Portanto, vale a pena temer ao Senhor;
pois, quem teme a Deus escapa de muitos males!

A N O TA Ç Õ ES
22 DE MARÇO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA ÁGUA


Isaíos 21.14

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a importância da água para os


sedentos. O Dia Mundial da Água é comemorado anualmente em 22 de março.
Dentre as muitas finalidades da água, a maior delas é saciar a sede dos sedentos.
Mesmo o planeta Terra sendo constituído aproximadamente 70% de água, ape­
nas 0,7% de toda a água do mundo é potável, ou seja, adequada para o consumo
humano. A água é considerada um alimento vital para o ser humano. Ninguém
consegue viver sem água. A falta de água causa desnutrição e pode levar as pes­
soas a morrerem de sede. A água serve para limpar, purificar, dar vida as plantas
e matar a sede dos animais e dos seres humanos. Em alguns países do mundo a
água é muito mais rara do que o petróleo; e em um futuro não muito distante a
grande disputa das nações será por causa da água e não por petróleo. Em sen­
tido espiritual, a água representa a própria palavra de Deus que nos lava e nos
purifica (Ef 5.26-27); e simboliza o próprio Deus que é a nossa Grande Fonte de
Águas Vivas (Jr 17.13 e Jo.4.14). O salmista mencionou até o louvor das águas
ao seu Criador, dizendo: “Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os
céus.” (SI 148.4). Estas águas que estão nos céus é uma referência as nuvens que
servem de reservatórios de águas do próprio Criador. Portanto, a água possui
também um grande valor espiritual, porque ela vem do alto, vem das nuvens,
vem dos céus, vem de Deus!

I. A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia destaca a grande importância da água em suas páginas. A Bíblia
menciona a água pela primeira vez, dizendo: “A terra, porém, estava sem forma
e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por
sobre as águas” (Gn 1.2). O fato de 70% do planeta terra ser de água, confirma
a afirmação do apóstolo Pedro de que a terra “surgiu da água e através da água
pela palavra de Deus” (2Pe 3.5).
2. Moisés escreveu acerca da benção do Senhor sobre água do seu povo,
dizendo: “E servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a
vossa água; e eu tirarei do meio de ti as enfermidades.” (Êx 23.25). Água e pão
são dois elementos indispensáveis para a saúde e vida das pessoas!
3. A Bíblia revela que o rei Ezequias foi o primeiro governante a trazer água
encanada para Jerusalém (2Rs 20.20). A Organização das Nações Unidas tem
cobrado dos governantes uma preocupação em investirem no tratamento de
água potável e saneamento básico para as pessoas!
4. O salmista falou da importância da água como provisão divina para pre­
parar o solo para o plantio, dizendo: “Tu visitas a terra e a refrescas; tu a enri-

168 | 22 DE MARÇO
queces grandemente com o rio de Deus, que está cheio de água; tu lhe dás o
trigo, quando assim a tens preparada;” (SI 65.9).

II. LEVANDO ÁGUA AOS SEDENTOS


1. O Senhor nos falou através do profeta Isaías para sairmos com água ao
encontro dos sedentos (Is 21.4). Isso pode ser interpretado como uma ordem
tanto física como espiritual. Devemos repartir a água que temos com os seden­
tos físicos e espirituais. Jesus Cristo afirmou que até um copo de água fria que
damos para alguém será recompensado por Deus! (Mt 10.42).
2. O salmista comparou o suspiro do cervo sedento pelas águas correntes
com a sede de sua alma por Deus, dizendo: “Como o cervo brama pelas cor­
rentes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem
sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de
Deus?” (SI 42.1-2).
3. O Senhor prometeu levar água aos sedentos, dizendo: “Os aflitos e ne­
cessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o
SENHOR, os ouvirei, eu, o Deus de Israel os não desampararei. Abrirei rios em
lugares altos e fontes, no meio dos vales; tornarei o deserto em tanques de águas
e a terra seca, em mananciais.” (Is 41.17-18)
4. Mas uma vez o Senhor prometeu levar água aos sedentos, dizendo: “Por­
que derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu
Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes.”
(Is 44.3).
CONCLUSÃO: O Senhor Jesus Cristo prometeu resolver de vez o problema da
sede da alma humana, dizendo: “Qualquer que beber desta água tornará a ter
sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a
água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.”
(Jo 4.13-14). A água com a fórmula H20 (Hidrogênio e Oxigênio) pode resol­
ver a sede temporária do corpo; porém, a água com a formula de Jesus Cristo
resolverá para sempre a sede da alma humana! Somente Jesus Cristo possui a
fórmula divina da água que mata a sede da alma! Ele ofereceu a água da vida
para todos os sedentos (Jo 7.37-38)

169
23 DE MARÇO

FAÇA ELOGIOS A PESSOA QUE VOCÊ AMA


Cântico dos Cânticos 4.7

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o auge da poesia hebraica através de


Salomão, o maior sábio da antiguidade. O livro de Cantares de Salomão revela
a pureza do amor entre um noivo e uma noiva, ou entre esposo e esposa. Todo
o livro alterna uma troca de elogios entre esposo e esposa numa relação de auto
entrega, amor reciproco, cordialidade, e respeito. Esse dialogo poético entre es­
poso e esposa, apesar de ter uma conotação alegórica do amor entre Cristo e
sua Igreja (Ef 5.25-32), serve de modelo e padrão para os casais se relacionarem
entre si. Esse elogio dado pelo esposo a sua esposa: “Tu és toda formosa, amiga
minha, e em ti não há mancha.” (Ct 4.7), deve ser imitado pelos casais como
modelo de elogios entre pessoas que se amam.

I. FALANDO COM BRANDURA E SABEDORIA


1. Precisamos usar de brandura e sabedoria para falar. O sábio Salomão nos
ensinou sobre a brandura no nosso falar, dizendo: “A resposta branda desvia
o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” (Pv 15.1). Muitos desentendimentos
entre o casal começam com respostas ásperas dadas por alguma das partes en­
volvidas!
2. Salomão ainda nos ensina que: “A língua dos sábios adorna a sabedoria,
mas a boca dos tolos derrama a estultícia.” (Pv 15.2). O homem precisa adornar
as suas palavras com sabedoria para ganhar o coração de sua esposa!
3. O sábio Salomão afirma que a mulher virtuosa: “Abre a boca com sabe­
doria, e a lei da beneficência está na sua língua.” (Pv 31.26). Portanto, a respon­
sabilidade de falar com sabedoria com o cônjuge é tanto do homem como da
mulher!
4. A Bíblia revela um exemplo prático de como Abigail aplacou a ira de
Davi, e evitou uma destruição de pessoas em massa, usando palavras sábias para
desviar com êxito o furor de Davi e seus homens (ISm 25.18-35).

II. UTILIZANDO UMA LINGUAGEM SADIA


1. Há muitas pessoas que se desbocam em palavrões em sua maneira de
falar; porém, é preciso utilizar uma linguagem sadia em sua maneira de falar. O
sábio Salomão ainda afirmou que: “Uma língua saudável é árvore de vida, mas
a perversidade nela quebranta o espírito.” (Pv 15.4).
2. O Senhor jesus Cisto nos ensinou sobre o impacto daquilo que falamos,
dizendo: “Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás
condenado.” (Mt 12.37).
3. O apóstolo Paulo nos aconselhou sobre a nossa correta maneira de falar,

170 | 23 DE MARÇO
dizendo: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa
para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” (Ef 4.29).
4. O sábio rei Salomão afirmou que: “A morte e a vida estão no poder da
língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto.” (Pv 18.21). Portanto, é preciso
usar de muita sabedoria e brandura no falar!
CONCLUSÃO: O apóstolo Pedro que era casado nos ensinou a maneira correta
do homem tratar a sua mulher, dizendo: “Igualmente vós, maridos, coabitai
com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como
sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as
vossas orações.” (lP e 3.7). O homem deve falar com brandura e sabedoria com
sua esposa e elogiá-la, e da mesma forma a mulher deve falar com sabedoria e
amor com o seu esposo!

A N O TA Ç Õ ES

171
24 DE MARÇO

0 BEM VIRÁ SOBRE TI


Isaias 3.10

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Deus faz uma promessa através da boca
do profeta Isaías de que o bem virá sobre os justos. A Bíblia está repleta de glo­
riosas promessas de Deus para os justos. O bem virá sobre ti! O bem virá sobre
os que praticam a justiça. O bem pode ser definido como algo que é bom, agra­
dável, e que causa alegria e felicidade. O bem é também o anseio maior de todas
as pessoas sensatas, e que anelam uma sociedade mais justa e solidária. Nessa
qualidade, o bem é aquilo que enseja as condições ideais ao equilíbrio, à manu­
tenção, ao aprimoramento e ao progresso de uma pessoa ou de uma coletivida­
de. O Deus da Bíblia é Aquele que faz o bem tanto a pessoas individuais, como
a toda a coletividade (Gn 12.1-3). Deus deseja o bem dos seus filhos muito mais
do que o bem que desejamos para os nossos filhos (Mt 7.9-11).

I. DEUS É A FONTE DO BEM


1. A Bíblia sempre apresenta Deus como a fonte de todo o bem (Gn 1.31).
O apóstolo Tiago afirma que: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do
alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de
variação.” (Tg 1.17).
2. Jacó em momento de aperto lembrou ao Senhor o bem que Ele lhe havia
prometido, dizendo: “E tu o disseste: Certamente te farei bem e farei a tua se­
mente como a areia do mar, que, pela multidão, não se pode contar.” (Gn 32.12).
Nos momentos de angústia e aflição, o cristão pode pedir ao Senhor que se
lembre de suas promessas de benevolência (SI 119.49).
3. José lembrou aos seus irmãos que Deus é o que transforma o próprio
mal em bem, dizendo: “Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o
tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um
povo grande.” (Gn 50.20). Há pessoas que tentam nos prejudicar pensando
que ficará livre de nós, e lá adiante nos encontra numa posição melhor ainda
do que estávamos antes; e até em condições de ajudá-las! É assim que o nosso
Deus faz!
4. A Bíblia afirma que: “Deus fez bem às parteiras. E o povo se aumentou
e se fortaleceu muito.” (Êx 1.20). Deus recompensou com o bem às parteiras
que preservaram as crianças hebreias que nasciam no Egito, mesmo correndo
o risco de serem punidas por Faraó. A Palavra de Deus afirma que: “alegrou-se
Jetro de todo o bem que o SENHOR tinha feito a Israel, livrando-o da mão dos
egípcios.” (Êx 18.9). Devemos nos alegrar com o bem que o Senhor faz nas vidas
das pessoas!

172 | 24 DE MARÇO
II. PROMESSAS DO BEM SOBRE OS SERVOS DO SENHOR
1. Existem inúmeras promessas do bem para os servos do Senhor nas Es­
crituras. Moisés aconselhou ao seu cunhado Hobabe a acompanhá-los para
também desfrutar do bem que o Senhor havia prometido ao povo de Israel,
dizendo: “E será que, vindo tu conosco, e sucedendo o bem que o SENHOR nos
fizer, também nós te faremos bem.” (Nm 10.32).
2. Davi prometeu louvar ao Senhor pelo bem recebido, dizendo: “Cantarei
ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.” (SI 13.6). O Senhor fez uma
promessa aos seus filhos obedientes, dizendo: “Se quiserdes, e ouvirdes, come­
reis o bem desta terra.” (Is 1.19).
3. A Palavra de Deus afirma que: “Bem irá ao homem que se compadece
e empresta; disporá as suas coisas com juízo” (SI 112.5). O bem que plantamos
também colhemos; por isso, o apóstolo Paulo nos aconselhou, dizendo: “E não
nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfale­
cermos.” (G1 6.9).
4. O salmista descreveu o bem que virá sobre o homem que teme ao Se­
nhor, dizendo: “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus
caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem.”
(SI 128.1-2).
CONCLUSÃO: Acredite meus amigos e irmãos, o desejo de Deus é tão somente
lhe fazer o bem. O bem virá sobre ti! Obedeça a Palavra de Deus! O Senhor
revelou qual a sua intenção para conosco através do profeta Jeremias, dizendo:
“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensa­
mentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jr 29.11)

ANOTAÇÕES

173
25 DE MARÇO

DEUS TE DARÁ ESTABILIDADE


Isaias 33.6

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor prometeu estabilidade ao seu


povo, abundância de salvação, sabedoria e ciência, e o temor do Senhor como
um valioso tesouro. Deus prometeu um tempo de muitas bênçãos e estabilidade
ao seu povo em uma época áurea do futuro. O termo “estabilidade” significa:
firmeza, solidez e segurança. É importante que o cristão tenha firmeza, soli­
dez e segurança em sua vida. É Deus quem nos dá estabilidade na nossa vida
espiritual, na nossa família, no nosso ministério, na nossa saúde, e nos nossos
negócios. Deus é quem dá firmeza e estabilidade aos nossos pés (SI 17.5). É
Deus quem nos firma nas nossas alturas, e não permite que fiquemos na corda
bamba (Hc 3.19).

I. É DEUS QUEM GARANTE PAZ E ESTABILIDADE AO SEU POVO


1. O Senhor Deus fez várias promessas de paz e estabilidade ao seu povo
nas Escrituras. Deus prometeu estabilidade e paz aos filhos de Israel, dizendo:
“Também darei paz na terra; e dormireis seguros, e não haverá quem vos es­
pante; e farei cessar os animais nocivos da terra, e pela vossa terra não passará
espada.” (Lv 26.6).
2. A Bíblia revela um período de estabilidade pós guerra em Israel, dizendo:
“Assim foi subjugado Moabe, naquele dia, debaixo da mão de Israel; e a terra
sossegou oitenta anos.” (Jz 3.30). O livro de juizes revela vários períodos opostos
e alternados de conflitos e estabilidade em Israel. Quando o povo se afastava de
Deus, enfrentavam anos de opressão; porém, quando eles clamavam a Deus e
se voltavam para Ele, o Senhor levantava líderes que libertavam o povo dos seus
opressores, e inauguravam um período de estabilidade que iam de 40 a 80 anos
(Jz 3.11; 3.30; 5.32; 8.28 etc..).
3. As Escrituras nos revelam um período de estabilidade nos dias do rei
Davi, dizendo: “Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; e Davi julgava e fazia
justiça a todo o seu povo.” (2Sm 8.15). A Palavra de Deus também mostra um
período de grande estabilidade nos dias do rei Salomão (lR s 4.24-25).
4. As Sagradas Escrituras nos falam de um período de estabilidade nos dias
do rei Asa, dizendo: “E não houve guerra até ao ano trigésimo quinto do reinado
de Asa.” (2Cr 15.19). O povo havia entrado em aliança de buscarem ao Senhor
de todo o coração, e Deus lhes deu repouso e segurança em redor (2Cr 15.12-15).

II. É DEUS QUEM GARANTE ESTABILIDADE E REPOUSO AO SEU POVO


1. A Bíblia também descreve um período de estabilidade e repouso no rei­
no de Josafá, dizendo: “E o reino de Josafá ficou quieto e o seu Deus lhe deu

174 | 25 DE MARÇO
repouso em redor.” (2Cr 20.30). As Escrituras descrevem os Judeus experimen­
tando um período de estabilidade após uma época turbulenta no império persa,
dizendo: “Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do rei Assuero, e
grande para com os judeus, e agradável para com a multidão de seus irmãos,
procurando o bem do seu povo e trabalhando pela prosperidade de toda a sua
nação.” (Et 10.3).
2. No meio de muita luta e aflição, o patriarca Jó recebeu promessas de es­
tabilidade, firmeza e segurança, dizendo: “Porque te esquecerás dos trabalhos
e te lembrarás deles como das águas que já passaram. E a tua vida mais clara se
levantará do que o meio-dia; ainda que haja trevas, será como a manhã. E te­
rás confiança, porque haverá esperança; olharás em volta e repousarás seguro.”
(Jó 11.16-18).
3. O Senhor prometeu estabilidade e abundância de pão aos seus filhos,
dizendo: “Porque o SENHOR elegeu a Sião; desejou-a para sua habitação, di­
zendo: Este é o meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o desejei. Aben­
çoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados.”
(SI 132.13-15). A presença do Senhor no meio do seu povo é quem traz a ver­
dadeira estabilidade!
4. O Senhor prometeu estabilidade, segurança e fartura ao seu povo, dizen­
do: “Louva, ó Jerusalém, ao SENHOR; louva, ó Sião, ao teu Deus. Porque ele
fortaleceu os ferrolhos das tuas portas; abençoa aos teus filhos dentro de ti. Ele
é quem pacifica os teus termos e da flor da farinha te farta;” (SI 147.12-14)
CONCLUSÃO: Acredite meu irmão! Deus te dará estabilidade em todas as áreas
da sua vida! As promessas de Deus para o seu povo são de estabilidade! A Bíblia
revela a estabilidade que Deus deu a sua Igreja, dizendo: “Assim, pois, as igrejas
em toda a Judeia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se mul­
tiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.”
(At 9.31)

A NO TAÇ ÕES

175
26 DE MARÇO

DEUS TEM O MELHOR PARA VOCÊ


Jeremias 29.11

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Deus revela quais sãos as suas reais inten­
ções para com o seu povo. As intenções de Deus para conosco são as melhores.
Deus tem o melhor para você. Os pensamentos de Deus são melhores, são mais
altos, e são mais sublimes (Is 55.8-9). Deus vai além do que imaginamos. Deus
nos surpreende com o melhor. Deus supera as nossas expectativas; Deus nos dá
muito mais além do que pedimos ou pensamos segundo o seu poder que em
nós opera (Ef 3.20).

I. DEUS SUPERA AS NOSSAS EXPECTATIVAS


1. A Bíblia está cheia de exemplos de pessoas que Deus superou todas as
suas expectativas. Deus superou todas as expectativas de Abraão e Sara ao lhes
darem um filho na sua velhice, à ponto da própria Sara se expressar logo após
o nascimento de Isaque, dizendo: “Deus me tem feito riso; e todo aquele que o
ouvir se rirá comigo.” (Gn 21.6).
2. Deus superou as expectativas de Jacó, o qual, ao ver os seus dois netos
filhos de José, se expressou, dizendo: “E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o
teu rosto; e eis que Deus me fez ver a tua semente também.” (Gn 48.11). Jacó não
esperava sequer ver José vivo quanto mais os filhos de José, seus netos! O nosso
Deus supera as nossas expectativas!
3. Deus superou as expectativas dos irmãos de José ao vendê-lo como es­
cravo para o Egito, e encontrá-lo depois como o governador de toda a terra do
Egito, à ponto de todos eles ficarem sem palavras e atemorizados (Gn 45.3-5 e
Gn 50.20-21). O Senhor Deus superou as expectativas de Ana, ao lhe conceder
muitos outros filhos e filhas, além de Samuel (lSm 2.21).
4. Deus superou as expectativas de Salomão, dizendo: “Porquanto houve isso
no teu coração, e não pediste riquezas, fazenda ou honra, nem a morte dos que
te aborrecem, nem tampouco pediste muitos dias de vida, mas pediste para ti
sabedoria e conhecimento, para poderes julgar a meu povo, sobre o qual te pus
rei, sabedoria e conhecimento te são dados; e te darei riquezas, e fazenda, e hon­
ra, qual nenhum rei antes de ti teve, e depois de ti tal não haverá.” (2Cr 1.11-12).

II. DEUS FAZ ALÉM DO QUE IMAGINAMOS


1. Além de superar todas as nossas expectativas, o nosso Deus faz além do
que imaginamos (Ef 3.20). Deus superou as expectativas de Ester, e fez além do
que ela imaginava, quando o rei Assuero lhe estendeu o cetro de ouro, dizendo:
“Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se
te dará.” (Et 5.1-3).

176 | 26 DE MARÇO
2. Deus superou as expectativas de Mardoqueu e do povo Judeu, e fez além
do que eles imaginavam, quando a Palavra do Senhor confirma isso, dizendo:
“Então, Mardoqueu saiu da presença do rei com uma veste real azul celeste e
branca, como também com uma grande coroa de ouro e com uma capa de linho
fino e púrpura, e a cidade de Susã exultou e se alegrou. E para os judeus houve
luz, e alegria, e gozo, e honra.” (Et 8.15-16).
3. Jó recebeu uma promessa que Deus iria superar as suas expectativas, e
fazer além do que ele imaginava, dizendo: “Mas, se tu de madrugada buscares a
Deus e ao Todo-Poderoso pedires misericórdia, se fores puro e reto, certamen­
te, logo despertará por ti e restaurará a morada da tua justiça. O teu princípio,
na verdade, terá sido pequeno, mas o teu último estado crescerá em extremo.”
(Jó 8.5-7).
4. Deus superou as expectativas de Jó, e fez além do que ele imaginava, e a
Palavra do Senhor confirma isso, dizendo: Έ , assim, abençoou o SENHOR o
último estado de Jó, mais do que o primeiro; porque teve catorze mil ovelhas, e
seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas. Também teve sete filhos e
três filhas.” (Jó 42.12-13).

CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo nos apresentou o Deus que supera todas as


nossas expectativas, e faz além do que imaginamos (Ef 3.20). Acredite que Deus
tem o melhor para você! Para o nosso Deus tudo é possível (Mt 19.26). Não
existe nada demasiadamente difícil para o nosso Deus (Gn 18.14). É Ele quem
“faz coisas grandes, que se não podem esquadrinhar, e maravilhas tais que se
não podem contar.” (Jó 9.10).

ANOTAÇÕES

177
27 DE MARÇO

DEUS FALA CONOSCO TAMBÉM NO VALE


Ezequiel3.22

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela uma experiência do profeta Ezequiel


com Deus, quando a mão do Senhor estava sobre ele e o conduziu ao vale para
falar com ele. Esta situação nos ensina que Deus nos conduz a determinados
lugares para falar conosco. Geograficamente falando, o vale é uma depressão
alongada que fica entre a planície e o monte. Quando você está na planície, e
quer subir ao monte, você tem que passar pelo vale, que é um território ondu­
lado que fica entre a região montanhosa e a planície. Muitas pessoas querem
chegar ao topo do monte; mas, esquecem que entre a planície e o monte, tem o
vale. Vale na Bíblia é símbolo de provação. Geralmente, quando você encontra
uma pessoa que está sendo provada, a resposta que ela dá é a seguinte: “Pastor,
ore por mim porque estou no vale”. O Vale é o lugar onde o crente é provado.
Para chegarmos ao monte da vitória, primeiro passamos pelo vale da provação.
Porém, quando estamos passando pelo vale, nós não estamos sozinhos; o Se­
nhor está conosco (Sl 23.4).

I. DEUS FALOU COM 0 PROFETA NO VALE


1. O texto afirma que Deus orientou o profeta Ezequiel a se dirigir ao
vale para falar com ele (Ez 3.22). Apesar do vale ser um lugar de muitas ba­
talhas e provações; é no vale que temos também muitas experiências com
Deus e o Senhor fala profundamente conosco. A Bíblia revela a luta que Jacó
travou com Deus no vau do Jaboque até que o Senhor lhe declarou vencedor
(Gn 32.22-29).
2. A Bíblia afirma que foi no “Vale de Elá” que Davi pelejou contra o gigante
Golias e saiu vitorioso com a ajuda do Senhor dos Exércitos (ISm 17.1-50).
3. A Bíblia afirma que um homem de Deus entregou uma mensagem ao
rei Acabe, dizendo: “Assim diz o SENHOR: Porquanto os siros disseram: O
SENHOR é Deus dos montes e não Deus dos vales, toda esta grande multidão
entregarei nas tuas mãos, para que saibas que eu sou o SENHOR.” (lR s 20.28).
O Deus da Bíblia é o Deus dos montes e também dos vales!
4. Deus também conduziu o profeta Ezequiel para dar vida para um “vale
de ossos secos”, dizendo: “Então, me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-
-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. Assim diz o Senhor Jeová a estes
ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis.” (Ez 37.1-10). Por mais
feio e tenebroso que for o lugar, Deus só conduz os seus profetas para transmitir
vida aonde não tem vida!

178 | 27 DE MARÇO
II. DEUS TRANSFORMA VALES EM MANANCIAIS DE BÊNÇÃOS
1. A Bíblia revela Deus transformando vales em lugares de bênçãos e m i­
lagres. O salmista descreveu como o Senhor transforma o vale em manancial
de bênçãos, dizendo: “O qual, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte;
a chuva também enche os tanques.” (SI 84.6). Na Almeida e Atualizada, o texto
diz que: “O qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o
cobre a primeira chuva.” (SI 84.6).
2. A Palavra de Deus afirma que: “Ao quarto dia, se ajuntaram no vale de
Beraca, porque ali louvaram o SENHOR; por isso, chamaram àquele lugar vale
de Beraca, até ao dia de h oje”. No texto da Almeida Atualizada é dito que: “Ao
quarto dia, se ajuntaram no vale de Bênção, onde louvaram o SENHOR; por
isso, chamaram àquele lugar vale de Bênção, até ao dia de hoje.” (2Cr 20.26). O
termo “Beraca” vem do vocábulo hebraico “Beraka” que significa “dar poder a
alguém para ser próspero” ou simplesmente “ser abençoado”. Deus transformou
o vale de guerra onde os inimigos se ajuntaram para pelejarem contra Josafá e
Judá, em “Vale de Benção”, quando foram lá só para buscarem os ricos despojos
deixados pelos seus inimigos!
3. O salmista celebrou o momento que o Senhor faz nascer fontes nos vales,
dizendo: “Tu, que nos vales fazes rebentar nascentes que correm entre os mon­
tes” (SI 104.10). A Bíblia mostra como o Senhor transformou o “vale de aflição”
de Hagar em um manancial de águas para matar a sede de Ismael seu filho e
dela também! (Gn 21.15-19).
4. O Senhor prometeu transformar o vale de Acor em Porta de Esperança,
dizendo: “E lhe darei as suas vinhas dali e o vale de Acor, por porta de esperan­
ça; e ali cantará, como nos dias da sua mocidade e como no dia em que subiu
da terra do Egito.” (Os 2.15). A benção do Senhor transforma lugares ruins em
lugares bons; transforma terra estéril em terra fértil; transforma fracassos em
vitórias; e transforma o vale do desespero em vale de esperança!
CONCLUSÃO: O nosso Deus fala conosco no vale; e transforma o vale árido da
nossa vida em manancial de bênçãos e vitórias! O profeta Jeremias descreveu
que até nos áridos desertos da vida o povo do Senhor encontra graça (Jr 31.2).

AN O TA Ç Õ ES

179
28 DE MARÇO

VOCÊ SE TORNARÁ FORTE E FARÁ PROEZAS


Do niel 11.32

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve um período de grandes dificulda­


des em que Israel viveria em sua história; porém, o povo que conhece ao seu
Deus se tornará forte e fará proezas. Mesmo em épocas de lutas e dificuldades,
sempre emergiu um povo forte para fazerem a diferença. Foi no meio de tantas
crianças recém-nascidas mortas por ordem de Faraó que nasceu um Moisés
para libertar o povo da tirania do Egito (Êx 2.1-8); foi no meio da opressão
de 40 anos sob os filisteus que nasceu um nazireu de Deus chamado Sansão
para libertar Israel do jugo filisteu; foi no meio da ameaça de um gigante cha­
mado Golias que surgiu um corajoso Davi para enfrentar e vencer o gigante
(ISm 17.32-50); e foi na época que um poderoso império dominava o mun­
do que nasceu Jesus Cristo para libertar a humanidade da tirania de Satanás
(Fc 2.1-11 e Cl 1.13-14). Portanto, não importa as circunstâncias do momento;
você se tornará forte e fará proezas.

I. EM DEUS VOCÊ SE ESFORÇARÁ E SE TORNARÁ FORTE


1. Ninguém se torna forte simplesmente porque quer ficar forte. Só Deus
pode nos tornar fortes. É Deus quem nos faz forte! A Palavra de Deus afirma
que: “Deus fez bem às parteiras. E o povo se aumentou e se fortaleceu muito.”
(Êx 1.20). Quanto mais os egípcios oprimiam e afligiam a Israel tanto mais o
povo se multiplicava e se tornava forte (Êx 1.12).
2. A Bíblia afirma que: “Quando, porém, Israel se tornou mais forte, su­
jeitou os cananeus a trabalhos forçados e não os expulsou de todos” (Jz 1.28).
Quando Israel se enfraquecia os inimigos se fortaleciam; porém, quando Israel
recobrava as suas forças e se tornava forte, os seus inimigos se enfraqueciam!
3. A Bíblia revela como Uzias foi maravilhosamente ajudado por Deus até
que se tornou forte, dizendo: “Também fez em Jerusalém máquinas da invenção
de engenheiros, que estivessem nas torres e nos cantos, para atirarem flechas e
grandes pedras; e voou a sua fama até muito longe, porque foi maravilhosamen­
te ajudado até que se tornou forte.” (2Cr 26.15).
4. O sábio rei Salomão escreveu que: “Torre forte é o nome do SENHOR;
para ela correrá o justo e estará em alto retiro.” (Pv 18.10). É no Nome do Se­
nhor que nos abrigamos e nos tornamos forte; é no Nome do Senhor que fare­
mos proezas!

II. EM DEUS VOCÊ FARÁ PROEZAS


1. O Deus da Bíblia é um Deus que faz proezas. A proeza pode ser defi­
nida como alguma coisa excessivamente difícil de ser feita, uma façanha, algo

180 | 28 DE MARÇO
incomum ou inédito. O nosso Deus realiza todas estas coisas (Jó 9.10). Em Deus
faremos proezas!
2. O próprio Balaão profetizou que “Israel fará proezas.” (Nm 24.18). Mes­
mo contra a sua vontade, Balaão teve que profetizar o bem de Israel; pois, o
nosso Deus transforma maldição em benção! (Js 24.9-10).
3. O salmista Davi escreveu também que: “Em Deus faremos proezas; por­
que ele é que pisará os nossos inimigos.” (SI 60.12). O salmista repetiu esta mes­
ma expressão, dizendo: “Em Deus faremos proezas, pois ele calcará aos pés os
nossos inimigos.” (SI 108.13).
4. O salmista Davi exaltou as proezas do Senhor, dizendo: “Nas tendas dos
justos há voz de júbilo e de salvação; a destra do SENHOR faz proezas. A destra
do SENHOR se exalta, a destra do SENHOR faz proezas.” (SI 118.15-16). O sal­
mista também revelou a missão que temos de anunciar as proezas do Senhor,
dizendo: “Uma geração louvará as tuas obras à outra geração e anunciará as tuas
proezas” (SI 145.4).

CONCLUSÃO: Nós fomos chamados para falar das grandezas de Deus e anun­
ciar as suas maravilhas para as futuras gerações! Não olhe para as circunstâncias
do momento; em Deus você se tornará forte e fará proezas! O profeta Joel escre­
veu, dizendo: “diga o fraco: Eu sou forte.” (Jl 3.10). Seja forte e faça proezas em
Nome do Senhor Jesus Cristo (Jo 14.12-14).

AN O TA Ç Õ ES

181
29 DE MARÇO

DEUS SEMPRE ABRE UMA PORTA DE ESPERANÇA


Oseios 2.15

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela uma promessa divina de restaura­


ção da nação de Israel, em que eles voltariam a cantar e a se lembrarem de
seu primeiro amor. Deus prometeu transformar o vale de Acor numa porta
de esperança. Deus é especialista em transformar lugares ruins em lugares
bons; lugares desprezíveis em lugares de bênçãos; e até lugares de trevas em
lugares de luz (Mt 4.16). Por mais difícil que seja o lugar, Deus sempre abre
uma porta de esperança para o seu povo. Deus sempre tem uma porta de
escape, uma saída de emergência, e uma porta de esperança para os deses­
perados. Deus quer nos restaurar para sermos melhores e não piores. Deus
tem a chave que abre todas as portas de bênçãos e vitórias para os seus filhos.

I. DEUS ABRE PORTAS QUE NÃO IMAGINAMOS


1. O Deus da Bíblia é sempre retratado como o Deus que abre portas. Deus
prometeu nos abrir as portas, e as portas não se fecharão (Is 45.1). Paulo e Bar-
nabé “relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles e como abrira aos gen­
tios a porta da fé.” (At 14.27). Deus abriu grandes portas para Paulo e Barnabé
por ocasião da primeira viagem missionária deles!
2. O apóstolo Paulo também comemorou uma porta grande que Deus lhe
abriu, dizendo; “Porque uma porta grande e eficaz se me abriu; e há muitos
adversários.” (IC o 16.9). Paulo ainda fala de outra porta que Deus lhe abriu em
Trôade, dizendo: “Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de
Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor,” (2Cr 2.12).
3. O salmista pede que louvemos ao Senhor pelas portas que Ele nos abriu,
dizendo: “Louvem ao SENHOR pela sua bondade e pelas suas maravilhas para
com os filhos dos homens! Pois quebrou as portas de bronze e despedaçou os
ferrolhos de ferro.” (SI 107.15-16).

II. DEUS ABRE PORTAS ONDE NÃO IMAGINAMOS


1. O vale de Acor significa “vale da dificuldade” ou “vale da perturbação”.
Porém, o nosso Deus transforma situações difíceis em oportunidades para rea­
lizar milagres. Deus transforma o mal em bem; transforma maldição em ben­
ção, transforma dificuldade em facilidade; e transforma a tristeza em alegria,
e transforma o desespero em esperança. Deus prometeu transformar o vale de
Acor em porta de esperança (Os 2.15).
2. O profeta Jeremias escreveu sobre a felicidade do homem que coloca em
Deus a sua esperança, dizendo: “Bendito o varão que confia no SENHOR, e cuja
esperança é o SENHOR.” (Jr 17.7).

182 | 29 DE MARÇO
3. Paulo descreveu como a esperança ajudou o patriarca Abraão a superar o
período de anseio e expectativa pelo nascimento de seu filho, dizendo: Ό qual,
em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, con­
forme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.” (Rm 4.18). Todas as
circunstâncias físicas eram desfavoráveis para um casal de anciãos centenários
darem à luz filhos; porém, Abraão não duvidou da promessa por incredulidade,
antes, se fortaleceu na fé dando glória a Deus (Rm 4.20).
CONCLUSÃO: Nós servimos ao Deus da Esperança e depositamos Nele a nossa
Esperança (lT m 4.10). O Deus da Esperança tem uma porta de esperança aber­
ta para você! Acredite! O r a , o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e
paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.”
(Rm 15.13).

A N O TA Ç Õ E S
30 DE MARÇO

DEUS TE DARÁ FARTURA E ABUNDÂNCIA


Joel 2.26

INTRODUÇÃO: Deus faz uma promessa gloriosa de fartura e abundância para


o seu povo neste texto sagrado. O povo estava enfrentando uma ameaça de in­
vasão de gafanhotos devastadores nos dias do profeta Joel, e, quando os líderes
e o povo atenderam ao apelo do profeta para se arrependerem com pranto e
lágrimas diante do altar de Deus; o Senhor teve misericórdia, se compadeceu
do seu povo; fez o exército de gafanhotos recuarem, e ainda fez promessas de
fartura e de abundância para o seu povo (J12.12-26). O Deus da Bíblia é o Deus
da fartura e da abundância (SI 132.15).

I. 0 NOSSO DEUS É UM DEUS DE FARTURA


1. O Deus da Bíblia é potencialmente um Deus de fartura. Deus criou o Jar­
dim do Éden com muita fartura e riqueza (Gn 2.8-15). Porém, o pecado é que
trouxe escassez e muito suor derramado para se conseguir o mínimo necessário
(Gn 3.17-19).
2. A Bíblia mostra Deus abençoando a Isaque com fartura em plena época
de fome, dizendo: “E semeou Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele
mesmo ano, cem medidas, porque o SENHOR o abençoava.” (Gn 26.12-13).
3. Isaque proferiu a benção de Deus sobre o seu filho Jacó com muita far­
tura (Gn 27.27-29). Após desfrutar da fartura de Deus, Jacó também proferiu a
benção de Deus sobre seu filho José com muita fartura (Gn 49.22-26).
4. O Deus da fartura prometeu também uma terra de fartura para o seu
povo, dizendo: “Porque o SENHOR, teu Deus, te mete numa boa terra, terra de
ribeiros de águas, de fontes e de abismos, que saem dos vales e das montanhas;
terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, abun­
dante de azeite e mel; terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará
nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes tu cavarás o cobre.” (Dt 8.7-9).

II. 0 NOSSO DEUS É UM DEUS DE ABUNDÂNCIA


1. O Deus da Bíblia é um Deus de abundância. Sua paz é abundante; sua mi­
sericórdia é abundante; sua bondade é abundante, e sua graça é superabundante
(SI 23.6; SI 33.5; Rm 5.20 etc..).
2. O Senhor prometeu abundâncias de bens ao seu povo, dizendo: “E o SE­
NHOR te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, e no fruto dos teus
animais, e no fruto da tua terra, sobre a terra que o SENHOR jurou a teus pais
te dar. O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra
no seu tempo e para abençoar toda a obra das tuas mãos; e emprestarás a muitas
gentes, porém tu não tomarás emprestado. E o SENHOR te porá por cabeça e

184 | 30 DE MARÇO
não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, quando obedeceres aos man­
damentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno,” (Dt 28.11-13).
3. O Senhor prometeu abençoar com abundância o seu povo e dá fartura de
pão aos necessitados, dizendo: “Abençoarei abundantemente o seu mantimen­
to; fartarei de pão os seus necessitados.” (SI 132.15).
4. O Senhor prometeu abençoar ao seu povo com abundância de saúde,
abundância de paz, abundância de segurança, e abundância de verdade, dizen­
do: “Eis que eu farei vir sobre ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei
abundância de paz e de verdade.” (Jr 33.6).
CONCLUSÃO:O nosso Deus nos abençoa com toda sorte de bênçãos espiri­
tuais, físicas, financeiras e materiais (Ef 1.3 e Fp 4.19). Jesus Cristo também nos
prometeu vida abundante, dizendo: “Eu vim para que tenham vida e a tenham
com abundância.” (Jo 10.10)

A N O TA Ç Õ ES

185
31 DE MARÇO

DEUS LEVANTARÁ O QUE ESTIVER CAÍDO


Amós 9.11

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado é uma promessa futura da restauração de


Israel proferida pelo profeta Amós utilizando uma metáfora, ao comparar toda
a nação israelita como uma tenda de Davi que ruiu; porém, seria reerguida e
levantada novamente por Deus no final dos tempos. O povo de Israel foi mas­
sacrado pelos seus inimigos por diversas vezes através da história; porém, o
Deus de Israel sempre os reergueu do pó e da cinza. Foi assim no passado, e tem
sido assim na história mais recente, quando milhões de Judeus foram massa­
crados no holocausto nazista; e a “Tenda de Davi” se reergueu mais forte ainda
ao se tornar uma nação independente e reconhecida pela ONU em 1948 após
quase 20 séculos sem pátria. O propósito de Deus é sempre levantar o caído
(Pv 24.16).

I. O JUSTO NÃO FICARÁ CAÍDO


1. O justo pode até tropeçar e cair por alguma fatalidade física, material ou
espiritual; porém, Deus não o deixará prostrado. A Bíblia afirma que: “Os pas­
sos de um homem bom são confirmados pelo SENHOR, e ele deleita-se no seu
caminho. Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o SENHOR o sustém com
a sua mão.” (SI 37.23-24).
2. O profeta Daniel escreveu que Deus permite que até alguns sábios ve­
nham a caírem para serem provados e purificados, dizendo: “E alguns dos sá­
bios cairão para serem provados, e purificados, e embranquecidos, até ao fim do
tempo, porque será ainda no tempo determinado.” (Dn 11.35).
3. O profeta Miquéias também escreveu, dizendo: “Ó inimiga minha, não te
alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas
trevas, o SENHOR será a minha luz.” (Mq 7.8). O sábio Salomão escreveu, di­
zendo: “Porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os ímpios tropeçarão
no mal.” (Pv 24.16).
4. O apóstolo Paulo ainda nos advertiu, dizendo: “Aquele, pois, que cuida
estar em pé, olhe que não caia.” (IC o 10.12). Só mesmo o Senhor é quem pode
nos manter de pé até a sua Vinda (Lc 21.36).

II. O SENHOR NOS LEVANTA E NOS MANTÉM DE PÉ


1. Ninguém consegue se manter de pé sozinho. É o Senhor quem nos levan­
ta e nos mantém de pé. Davi implorou ao Senhor que o levantasse, dizendo: “Tu,
porém, Senhor, compadece-te de mim de mim e levanta-me” (SI 41.10).
2. O próprio salmista Asafe revela que os seus pés quase se desviaram, di­
zendo: “Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de

186 | 31 DE MARÇO
coração. Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para
que escorregassem os meus passos. Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a
prosperidade dos ímpios.” (SI 73.1-3).
3. O salmista revela o grande interesse de Deus em nos levantar do pó, di­
zendo: “Quem é como o SENHOR, nosso Deus, que habita nas alturas; que se
curva para ver o que está nos céus e na terra; que do pó levanta o pequeno e, do
monturo, ergue o necessitado, para o fazer assentar com os príncipes, sim, com
os príncipes do seu povo;” (Sl 113.5-8).
4. O Senhor ordenou que nos levantemos, dizendo: “Levanta-te, resplan­
dece, porque já vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti.”
(Is 60.1). O Senhor Jesus Cristo ordenou ao caído Saulo que se levantasse do
chão, dizendo: “Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém
fazer.” (At 9.6).

CONCLUSÃO:O nosso Deus levanta ao caído e multiplica as forças ao que não


tem nenhum vigor (Is 40.29). Jesus Cristo levantou um homem prostrado há 38
anos numa cama, dizendo: “Levanta-te, toma tua cama e anda.” (Jo 5.8). Deus
quer levantar todos os caídos e todos os prostrados! Ele é o que “Levanta o po­
bre do pó e, desde o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os
príncipes, para o fazer herdar o trono de glória;” (ISm 2.8).

A N O TA Ç Õ ES

187
SERMÕES PARA 0 MÊS DE
1 DE ABRIL ABRIL

LIÇÕES DO DIA DA MENTIRA


Efésios 4.25

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, nós somos aconselhados a deixarmos de


lado a mentira e falarmos somente a verdade. O dia 01 de abril é lembrado
como o “Dia da Mentira”. Há muitas explicações para o I o de abril ter se trans­
formado no Dia da Mentira. No dia I o de abril começou a ser difundido em
Minas Gerais um jornalzinho chamado de: “A Mentira”, um periódico de vida
efêmera, lançado em I o de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom
Pedro II, desmentida no dia seguinte. O periódico “A Mentira” saiu pela última
vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto
de contas no dia Io de abril do ano seguinte, dando como referência um local
inexistente. Daí surgiu o costume de divulgar fatos inexistentes neste dia. Infe-
lizmente, a divulgação de “fake-news” ou notícias falsas continuam hoje sendo
disseminada até por grandes veículos de comunicação. Entretanto, a palavra
de Deus sempre exalta e apregoa a verdade. A Bíblia é o Livro da Verdade (Jo
17.17). A mentira escraviza, manipula, e engana as pessoas. Porém, o próprio
Jesus Cristo disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).

I. A BÍBLIA CONDENA A MENTIRA


1. A mentira é definida como qualquer afirmação ou ato cujo objetivo é en­
ganar outra pessoa. A motivação por trás da maioria das mentiras é o desejo de
ferir a pessoa a quem a mentira é dirigida, ou proteger a si mesmo, geralmente
por medo ou orgulho. As pessoas preferem a mentira, por sua funcionalidade
e aparente conveniência. As pessoas não querem a verdade, por que a verdade
é crua e muitas vezes amarga. Entretanto, a Bíblia afirma que: “Nada podemos
contra a verdade, senão em favor da própria verdade” (2Co 13.8).
2. Assim como a Bíblia diz que: “Não há homem que não peque” (lR s 8.46);
também não há homem que não minta ou que nunca tenha mentido alguma
vez na sua vida. Porém, o homem deve evitar que a mentira seja uma prática na
sua vida (Ap 22.15).
3. O sábio Salomão escreveu que: “O que diz a verdade manifesta a justiça,
mas a testemunha falsa, a fraude” (Pv 12.17). Salomão ainda descreveu como a
mentira dura tão pouco, dizendo: Ό lábio veraz permanece para sempre, mas
a língua mentirosa, apenas um momento” (Pv 12.19). Existe um ditado que diz
que: “A mentira tem perna curta”.
4. O sábio rei Salomão ainda escreveu que: “A testemunha verdadeira não
mente, mas a falsa se desboca em mentiras” (Pv 14.5). A mentira é consi­
derada crime pela nossa própria legislação; porém, poucos são punidos por
mentirem!

188 I ID E ABRIL
II. ALGUNS PREFEREM UMA DOCE MENTIRA DO QUE UMA AMARGA
VERDADE
1. Recentemente ouvi uma entrevista que uma psicóloga deu para uma im­
portante rádio, a qual, dizia que, a mentira faz parte tão integrante da nossa
sociedade, que, as próprias pessoas preferem ouvir uma “doce mentira” do que
uma “amarga verdade”; e, os espertalhões se aproveitam desta vulnerabilida­
de das pessoas para mentirem cada vez mais. Porém, o próprio Deus mostrou
descontentamento com a sociedade dos dias do profeta Oséias em que havia a
própria ausência da verdade (Os 4.1).
2. O Senhor Jesus Cristo afirmou que: “Quem pratica a verdade aproxima-
-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus”
(Jo 3.21). Jesus Cristo nos revelou quem é o “pai da mentira” aos que recusaram
o seu ensino, dizendo: “Vós sois do diabo, que é o vosso pai, e quereis satisfazer-
-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verda­
de, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é
próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44).
3. O Senhor Jesus Cristo se apresentou como a verdade em pessoa, dizendo:
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.
Se o diabo é o “pai da mentira”, Jesus Cristo é o “Pai da Verdade” (Jo 14.6). Jesus
Cristo prometeu nos enviar o Espírito da Verdade (Jo 16.13). Portanto, o Espíri­
to Santo é o Espírito da Verdade!
4. O apóstolo Paulo nos aconselhou, dizendo: “Por isso, deixando a men­
tira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns
dos outros” (Ef 4.25). Na cidade santa não entrará nem os amantes da mentira e
nem os praticantes da mentira! (Ap 22.15).
CONCLUSÃO: Nós aprendemos pela Bíblia que: Deus é a verdade (Dt 32.4);
Jesus Cristo é a verdade (Jo 14.6); o Espírito Santo é a verdade (Jo 16.13); a Pala­
vra de Deus é a verdade (Jo 17.17); e, a Igreja do Deus Vivo é a coluna e firmeza
da verdade (lT m 3.15). Portanto, deixemos de lado a mentira e pratiquemos a
verdade!

189
2 DE ABRIL

HAVERÁ LIVRAMENTO PARA VOCÊ


Obad ias 1.17

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela uma promessa futura de li­
vramento para o povo de Deus com o parte de tantas outras profecias acerca
de Sião, uma designação profética de Jerusalém. Entretanto, gostaria de me
ater neste termo: “Haverá livramento”. A Bíblia está repleta de promessas de
livramento para o povo de Deus. O Deus da Bíblia é por excelência o Deus
do Livramento. Deus nos livra o tempo todo. Deus nos livra do mal, nos
livra de acidentes, nos livra de doenças e enfermidades, nos livra de surtos
de vírus, de endemias, epidemias e pandemias, nos livra de animais nocivos,
nos livra do homem mau, nos livra do Maligno, e nos livra de tantos outros
perigos e males nesta vida. A palavra “livramento”, significa “salvar-se do
perigo”, “escapar do inimigo”, “soltar-se da prisão”, “libertar-se das algemas”,
“ser tirado da dificuldade”, “livrar-se da m orte”, ou ficar livre de algum pe­
rigo iminente.

I. EXEMPLOS DE LIVRAMENTOS
1. As Escrituras nos revelam vários exemplos de livramentos divinos, tan­
to livramentos coletivos, como livramentos individuais. A Bíblia afirma que:
“Moisés contou a seu sogro todas as coisas que o SENHOR tinha feito a Faraó
e aos egípcios por amor de Israel, e todo o trabalho que passaram no caminho,
e como o SENHOR os livrara.” (Êx 18.8). Moisés deu testemunho ao seu sogro
Jetro dos grandes livramentos que o Senhor havia dado a Israel!
2. Após ouvir o testemunho de livramento dado por Moisés, Jetro reagiu
com grande alegria, dizendo: “Bendito seja o SENHOR, que vos livrou das mãos
dos egípcios e da mão de Faraó; que livrou a este povo de debaixo da mão dos
egípcios. Agora sei que o SENHOR é maior que todos os deuses; porque na coisa
em que se ensoberbeceram, os sobrepujou.” (Êx 18.9-11). Quando testemunha­
mos dos livramentos que o Senhor nos dá, as pessoas são edificadas na sua fé e
glorificam ao Senhor!
3. A Palavra de Deus afirma que: “levantou o SENHOR juizes, que os li­
vraram da mão dos que os roubaram.” (Jz 2.16). O livro de Juizes nos mostra
diversos exemplos em que o Senhor livrou a Israel dos seus opressores através
de importantes líderes como Otniel, Eúde, Débora e Baraque, Gideão, Sansão e
tantos outros Juizes que lideram o povo Israelita.
4. A Bíblia afirma que: O Senhor livrou a Davi das mãos de todos os seus
inimigos e das mãos de Saul (2Sm 22.1). Davi foi um homem que enfrentou
inimigos externos, inimigos internos, e inimigos dentro da sua própria casa, e o
Senhor o livrou de todos os seus inimigos!

190 | 2 DE ABRIL
II. PROMESSAS DE LIVRAMENTO NAS ESCRITURAS
1. O mesmo Deus que livrou o seu povo no passado, continua nos livrando
até hoje. O Senhor fez uma promessa a Jó mesmo em sua provação, dizendo:
“Em seis angústias, te livrará; e, na sétima, o mal te não tocará. Na fome, te li­
vrará da morte; e, na guerra, da violência da espada. Do açoite da língua estarás
abrigado; e não temerás a assolação, quando vier. Da assolação e da fome te
rirás; e os animais da terra não temerás.” (Jó 5.19-22).
2. Davi celebrou o livramento do Senhor, dizendo: “Eu te exaltarei, ó Se­
nhor, porque tu me livraste e não permitiste que os meus inimigos se regozi­
jassem contra mim. Senhor, meu Deus, clamei a ti por socorro, e tu me saraste.
Senhor da cova fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não
descesse a sepultura” (SI 30.1-3).
3. O salmista Davi ainda comemorou, dizendo: “Clamou este pobre, e o
SENHOR o ouviu; e o salvou de todas as suas angústias. O anjo do SENHOR
acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.” (SI 34.6-7).
4. A Palavra de Deus afirma que: “Muitas são as aflições do justo, mas o
SENHOR o livra de todas.” (SI 34.19). O Senhor se prontificou para nos livrar,
dizendo: “E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.”
(SI 50.15). O Senhor prometeu nos livrar quando clamarmos a Ele!
CONCLUSÃO: Creia meu querido irmão que haverá livramento para ti! O após­
tolo Paulo também escreveu que: Deus “nos livrou e livrará de tão grande mor­
te; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos” (2Co 1.10).

ANO TAÇÕES
3 DE ABRIL

A SUA ORAÇÃO SUBIU AO SENHOR


Jonas 2.1

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que o profeta Jo­
nas clamou ao Senhor do profundo do abismo; lá do ventre do grande peixe, e a
sua oração subiu a presença do Senhor, e ele foi socorrido. Quando já desfalecia
a sua alma, e não tinha mais nenhuma perspectiva de vida, Jonas usou o seu
último e poderoso recurso - A oração. A oração é o recurso mais poderoso do
universo que o Senhor deixou a disposição dos seus filhos. Não importa o lugar
de onde tenha sido feita e nem a hora, o nosso Deus não dorme e dá plantão 24
horas para atender os seus filhos que clamarem de qualquer parte do universo.
Portanto, creia, a sua oração subiu ao Senhor!

I. A SUA ORAÇÃO MOVE OS CÉUS


1. As nossas orações movem os céus. A Palavra de Deus confirma o poder
da oração através do testemunho dado pelo sacerdote Esdras, dizendo: “Nós,
pois, jejuamos e pedimos isso ao nosso Deus, e moveu-se pelas nossas orações.”
(Ed 8.23).
2. A Bíblia descreve o céu se movendo pela oração de Josué, à ponto do sol
e da lua se deterem em suas órbitas celestes, dizendo: Έ não houve dia seme­
lhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o SENHOR, assim, a voz de
um homem; porque o SENHOR pelejava por Israel.” (Js 10.12-14). A oração
provoca milagres inexplicáveis!
3. A Bíblia revela como as orações dos sacerdotes chegaram até aos céus,
dizendo: “Então, os sacerdotes e os levitas se levantaram e abençoaram o povo;
e a sua voz foi ouvida, porque a sua oração chegou até à sua santa habitação, aos
céus.” (2Cr 30.27).
4. O salmista Davi desejou para todos nós a resposta do Senhor, dizendo:
“O SENHOR te ouça no dia da angústia; o nome do Deus de Jacó te proteja. En-
vie-te socorro desde o seu santuário e te sustenha desde Sião.” (SI 20.1-2).

II. A SUA ORAÇÃO FOI ACEITA POR DEUS


1. Deus aceitou a oração de Jonas, e ordenou ao peixe que o vomitasse na
praia, e ele recebeu vida novamente (Jn 2.10). Portanto, a sua oração foi aceita
por Deus!
2. Davi mostrou confiança na aceitação divina de sua oração, dizendo:
“O SENHOR já ouviu a minha súplica; o SENHOR aceitará a minha oração.”
(SI 6.9). Davi ainda comemorou a aceitação divina da sua oração, dizendo:
“Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem desviou de mim a
sua misericórdia.” (SI 66.20).

192 | 3 DE ABRIL
3. O anjo Gabriel disse a Zacarias: “Zacarias, não temas, porque a tua ora­
ção foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de
João.” (Lc 1.13). A oração de Zacarias foi aceita por Deus!
4. O apóstolo João também descreveu a disposição divina em nos atender,
dizendo: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa,
segundo a sua vontade, ele nos ouve.” ( ljo 5.14). O Senhor está sempre pronto
para nos atender!

CONCLUSÃO:A sua oração subiu ao céu e foi aceita por Deus! O Senhor Jesus
Cristo garantiu a resposta das nossas orações, dizendo: “E tudo o que pedirdes
na oração, crendo, o recebereis.” (Mt 21.22).

A NO TAÇ ÕES

193
4 DE ABRIL

APASCENTE 0 REBANHO NA FORÇA DO SENHOR


Miqueios 5.4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado faz parte de uma extensão da profecia mes­
siânica sobre o exato local do Nascimento do Messias, e revela também o Mes­
sias como o Pastor do Rebanho Universal, e sua maneira ímpar de apascentar o
povo de Deus. O Senhor Jesus Cristo se apresentou como este Pastor diferencia­
do, dizendo: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.”
(Jo 10.11). O texto diz que: “Ele permanecerá e apascentará o povo na força do
Senhor”. Você que exerce o ministério pastoral, apascente o rebanho que Deus
lhe confiou na força do Senhor! É o Supremo Pastor da Igreja quem lhe dará
forças para cuidar do seu Rebanho (lP e 5.1-4).

I. A FUNÇÃO DE APASCENTAR OVELHAS


1. Apascentar ovelhas é uma das funções mais antigas do homem, e aprouve
a Deus transformar esta função de camponês em uma das mais nobres funções
ministeriais. Quis Deus escolher as ovelhas como símbolo de seu povo, devido a
sua dependência do cuidado pastoral. Assim, o povo de Deus depende do terno
e divino cuidado do Grande Pastor das ovelhas (Hb 13.20).
2. Deus, em sua infinita graça também confiou a homens esta nobre função
de apascentar as ovelhas do seu rebanho, dizendo: “Olhai, pois, por vós e por
todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascen­
tardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (At 20.28).
3. No desabafo de Jacó perante seu sogro Labão, a Bíblia nos mostra o traba­
lho árduo de apascentar rebanho e o cuidado de Jacó com as ovelhas, dizendo:
“Estes vinte anos eu estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abor­
taram, e não comi os carneiros do teu rebanho. Não te trouxe eu o despedaçado;
eu o pagava; o furtado de dia e o furtado de noite da minha mão o requerias.
Estava eu de sorte que de dia me consumia o calor, e, de noite, a geada; e o meu
sono foi-se dos meus olhos.” (Gn 31.38-40). Jacó havia desde novo aprendido o
oficio de pastor na casa dos seus pais (Gn 27.9).
4. O período que Moisés passou no deserto apascentando as ovelhas de seu
sogro Jetro foi um estágio para depois ele apascentar o povo de Deus (Êx 3.1-
12 e Nm 27.16-17). O Senhor fez uma promessa ao seu povo, dizendo: “E vos
darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com ciência e com
inteligência.” (Jr 3.15).

II. APASCENTANDO AS OVELHAS NA FORÇA DO SENHOR


1. Sem a força do Senhor o pastor não consegue êxito no árduo trabalho de
apascentar ovelhas. Moisés, com toda a sua experiência no trato com ovelhas

194 I 4 DE ABRIL
e pessoas, se sentiu tão esgotado à frente do Rebanho do Senhor que se desa­
bafou diante de Deus, dizendo: “Por que fizeste mal a teu servo, e por que não
achei graça aos teus olhos, que pusesses sobre mim a carga de todo este povo?
Concebi eu, porventura, todo este povo? Gerei-o eu para que me dissesses que
o levasse ao colo, como o aio leva o que cria, à terra que juraste a seus pais?”
(Nm 11.11-12). Deus entendeu Moisés e enviou o reforço de Setenta Anciãos
cheios do Espírito para lhe ajudar (Nm 11.24-30).
2. O pastor Moisés reconheceu o Senhor como a sua força, dizendo: “O
SENHOR é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu
Deus; portanto, lhe farei uma habitação; ele é o Deus de meu pai; por isso, o
exaltarei.” (Êx 15.2).
3 .0 próprio Balaão teve que reconhecer a força do povo de Deus, dizendo: “Deus
o tirou do Egito; as suas forças são como as do unicórnio; consumirá as nações, seus
inimigos, e quebrará seus ossos, e com as suas setas os atravessará.” (Nm 23.22).
4. O salmista descreveu a escolha de Davi para apascentar Israel na força
e habilidade do Senhor, dizendo: “Também elegeu a Davi, seu servo, e o tirou
dos apriscos das ovelhas. De após as ovelhas pejadas o trouxe, para apascentar
a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança. Assim, os apascentou, segundo a inte­
gridade do seu coração, e os guiou com a perícia de suas mãos.” (SI 78.70-72).
Davi reconheceu a sua dependência do Senhor e sua necessidade de também ser
pastoreado pelo Supremo Pastor (SI 23.1-6).
CONCLUSÃO: A força que o pastor recebe para apascentar as ovelhas vem do
Dono do Rebanho. O Senhor Jesus Cristo é o Dono do Rebanho (Hb 13.20).
Quando Pedro pensava que estava fracassado e sem forças, o Senhor Jesus Cris­
to lhe fortaleceu e renovou a sua confiança, dizendo: “Apascenta as minhas ove­
lhas.” (Jo 21.17).

ANO TAÇÕES

195
5 DE ABRIL

0 SENHOR É FORTALEZA NO DIA DA ANGÚSTIA


Na um 1.7

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos ensina três verdades: I a- O Senhor é


Bom; 2a- O Senhor é uma Fortaleza no dia da angústia; e 3a- O Senhor conhece
os que confiam Nele. A bondade de Deus permeia as páginas da Bíblia Sagrada.
O nosso Deus é totalmente Bom. Deus sempre se apresenta como uma For­
taleza no dia da angústia; a Palavra de Deus está repleta de exemplos de pes­
soas que buscaram refúgio em Deus e encontraram o que procuravam na hora
que mais precisavam Dele. O Senhor conhece os que verdadeiramente confiam
Nele. Deus não se engana com a aparência de ninguém; Ele conhece os que são
sinceros e que acreditam em sua Palavra.

I. 0 SENHOR É BOM
1. A Bíblia nos deixa muito claro que somente o Senhor é absolutamente
Bom. Deus é plenamente Bom! Deus é totalmente Bom! Como dizem os perso­
nagens do filme Quarto de Guerra: “Deus é bom o tempo todo; o tempo todo
Deus é bom !”. As Escrituras dizem: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis
que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto.” (Gn 1.31). Tudo o que
Deus faz é muito bom!
2. Davi louvou ao Senhor por sua bondade e benignidade, dizendo: “Lou­
vai ao SENHOR, porque é bom; pois a sua benignidade dura perpetuamente.”
(lC r 16.34). A benignidade é sinônimo de misericórdia! O salmista Davi ainda
escreveu, dizendo: “Provai e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o ho­
mem que nele confia.” (SI 34.8). Nós temos provado a bondade de Deus através
da história!

II. 0 SENHOR É FORTALEZA NO DIA DA ANGÚSTIA


1. Vários personagens da Bíblia se referiram ao Senhor como uma fortaleza
no dia da angústia; principalmente, os que vivenciaram terríveis angústias em
suas vidas, e se refugiaram no Senhor como a Fortaleza das suas vidas. Davi
declara o Senhor como a fortaleza dos justos na sua angústia, dizendo: “Mas a
salvação dos justos vem do SENHOR; ele é a sua fortaleza no tempo da angús­
tia.” (SI 37.39).
2. Os salmistas filhos de Corá se dirigiram a Deus como a sua fortaleza,
dizendo “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente na angústia.”
(SI 46.1). O profeta Jeremias também se dirigiu ao Senhor como a sua fortaleza,
dizendo: “Ó SENHOR, fortaleza minha, e força minha, e refúgio meu no dia da
angústia!” (Jr 16.19).

196 I 5 DE ABRIL
III. 0 SENHOR CONHECE OS QUE NELE CONFIAM
1. O Senhor sabe quem confia em sua proteção e provisão! É preciso o ho­
mem se aproximar de Deus com confiança! O Escritor da Carta aos Hebreus
escreveu, dizendo: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para
que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em
tempo oportuno.” (Hb 4.16).
2. O salmista Davi nos aconselhou a confiarmos no Senhor, dizendo: “Confia
no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimenta­
do.” (SI 37.3). O profeta Isaías também escreveu, dizendo: “Tu conservarás em paz
aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. Confiai no SENHOR
perpetuamente; porque o SENHOR Deus é uma rocha eterna.” (Is 26.3-4).
CONCLUSÃO: Vale a pena confiar em um Deus que é Bom e também é For­
taleza no dia da angústia! O profeta Isaías confirmou esta verdade, dizendo:
“Pelo que te glorificará um povo poderoso, e a cidade das nações formidáveis te
temerá. Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua an­
gústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o calor; porque o sopro dos
opressores é como a tempestade contra o muro.” (Is 25.3-4). O Senhor é uma
Fortaleza que nunca será rompida e nem conquistada pelo inimigo! O Senhor é
uma Fortaleza Eterna e segura para o seu povo!

ANOTAÇÕES

197
6 DE ABRIL

OS CAMINHOS DE DEUS SÃO ETERNOS


Habacuque3.6

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o profeta Habacuque utilizando


uma linguagem poético-profética para descrever a soberania de Deus, cujos ca­
minhos são eternos. Sim, o texto afirma que: O s caminhos de Deus são eter­
nos”. O andar de Deus é eterno! O seu caminhar é eterno! Os caminhos de Deus
são sublimes e elevados! Por isso, o salmista orou, dizendo: “Sonda-me, ó Deus,
e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se
há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” (SI 139.23-
24). O Caminho Eterno é Jesus Cristo (Jo 14.6). É neste Caminho que devemos
andar (Is 30.21).

I. ANDANDO NO CAMINHO DE DEUS


1. O homem foi criado para andar no caminho de Deus. Embora o homem
tenha se desviado da rota, o Senhor nos criou para seguirmos os seus passos e
andarmos em seus caminhos. Davi disse ao Senhor: “Porque guardei os cami­
nhos do SENHOR e não me apartei impiamente do meu Deus.” (2Sm 22.22).
2. O patriarca Jó também testemunhou que nunca deixou de andar no cami­
nho de Deus, dizendo: “Mas ele sabe o meu caminho; prove-me, e sairei como o
ouro. Nas suas pisadas os meus pés se afirmaram; guardei o seu caminho e não
me desviei dele.” (Jó 23.10-11).
3. O próprio Deus suspira pelo desejo de ver o seu povo andando no seu
caminho, dizendo: “Ah! Se o meu povo me tivesse ouvido! Se Israel andasse nos
meus caminhos!” (Sl 81.13). O salmista escreveu sobre a felicidade de andar nos
caminhos do Senhor, dizendo: “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR
e anda nos seus caminhos!” (Sl 128.1).

II. O CAMINHO DE DEUS É PERFEITO E RETO


1. O caminho de Deus é eterno e perfeito! Moisés escreveu sobre a perfeição
das obras do Senhor (Dt 32.4). A obra de Deus é perfeita! Os seus caminhos são
retos e planos! Davi também descobriu o caminho perfeito de Deus e escreveu,
dizendo: “O caminho de Deus é perfeito, e a palavra do SENHOR, refinada; ele
é o escudo de todos os que nele confiam.” (2Sm 22.31).
2. O sábio Salomão escreveu que: “O caminho do SENHOR é fortaleza para
os retos, mas ruína virá aos que praticam a iniquidade.” (Pv 10.29). Alguns que­
rem andar no perfeito caminho de Deus praticando a iniquidade; isso nunca
dará certo. O caminho de Deus só é benção para os que querem andar na reti­
dão! (Sl 1.6).
3. O profeta Oséias também escreveu sobre isso, dizendo: “Quem é sábio,

198 I 6 DE ABRIL
para que entenda estas coisas? Prudente, para que as saiba? Porque os caminhos
do SENHOR são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles
cairão.” (Os 14.9).
CONCLUSÃO: O Caminho de Deus deve ser a nossa trilha neste mundo! Nada
pode nos desviar da nossa rota eterna! O Caminho de Deus é Eterno! O Ca­
minho de Deus é Cristo (Jo 14.6). O profeta Isaías escreveu que ouviremos a
própria voz de Deus nos ensinando o reto caminho, dizendo: “E os teus ouvidos
ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai
nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” (Is 30.21).

AN O TA Ç Õ ES

199
7 DE ABRIL

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA MUNDIAL DA SAÚDE


3Joao 1.2

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo João escreveu desejando


prosperidade e saúde ao seu amigo e irmão Gaio. O Dia Mundial da Saúde é
comemorado no dia 7 de abril de cada ano, com o objetivo das pessoas se cons­
cientizarem sobre a importância da saúde nas suas vidas e no seu dia-a-dia,
além de descobrirem formas de se cuidarem. A saúde é definida como um bom
estado das funções orgânicas, físicas e mentais. Significa também, vigor, força, e
plena robustez. O Dia Mundial da Saúde foi criado pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) em 1948, devido a preocupação de seus integrantes em manter
o bom estado de saúde das pessoas em todo o mundo, e também alertar a to­
dos sobre os principais problemas que podem atingir a população mundial. A
Organização Mundial da Saúde define a saúde como “um estado de completo
bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”. Em sen­
tido bíblico e teológico, saúde é o bem-estar físico, mental e espiritual.

I. A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE NAS ESCRITURAS


1. O Senhor reconhece a importância da saúde das pessoas e prometeu
sarar o seu povo (Êx 15.26). Deus é por excelência a fonte da vida e da saúde
de todos os seres vivos! O Senhor Deus prometeu saúde e longevidade ao
seu povo, dizendo: “Servireis ao Senhor, vosso Deus, e Ele abençoará o vosso
pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades. Na tua terra, não
haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o número dos teus dias”
(Êx 23.25-26).
2. O rei Ezequias pediu ao Senhor a restauração da sua saúde, dizendo:
“Senhor, por estas disposições tuas vivem os homens, e inteiramente delas de­
pende o meu espírito; portanto, restaura-me a saúde e faze-me viver” (Is 38.16).
A Palavra de Deus afirma que o rei Ezequias “recuperou a saúde” (2Rs 20.7). O
propósito de Deus para o seu povo é sempre uma vida saudável e restaurada.
3. Reconhecendo a falta de saúde por causa de seu pecado, o salmista Davi
se expressou, dizendo: “Não há parte sã na minha carne, por causa da tua indig­
nação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado” (SI 38.3). Ainda
bem que Jesus Cristo “tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas
doenças.” (Mt 8.17).

II. PROMESSAS DIVINAS DE SAÚDE NAS ESCRITURAS


1. O Senhor fez ainda uma promessa de saúde ao seu povo, dizendo: “Por­
que te restaurarei a saúde e curarei as tuas chagas, diz o Senhor...” (Jr 30.17). O
Senhor fez outra promessa de saúde ao seu povo, dizendo: “Eis que lhe trarei

200 | 7 DE ABRIL
a ela saúde e cura e os sararei; e lhes revelarei abundância de paz e segurança”
(Jr 33.6).
2. A Palavra de Deus afirma que: “O povo se maravilhou ao ver que os mu­
dos falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam.
Então, glorificavam ao Deus de Israel” (Mt 15.31). O Doutor Lucas escreveu que
o Pai do Filho Pródigo mandou matar o novilho cevado para celebrar uma festa,
porque recuperou o seu filho com saúde (Lc 15.27).
3. O apóstolo Pedro chegando na casa de um paralítico que jazia numa
cama havia oito anos, se dirigiu a ele, dizendo: “Enéias, Jesus Cristo te dá saú­
de; levanta-te e faze a tua cama. E logo se levantou” (At 9.34). O apóstolo João
também desejou saúde plena para o seu amigo Gaio, dizendo: “Amado, acima
de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua
alma” (3Jo 1.2).
CONCLUSÃO: Celebremos neste dia a saúde que o Senhor nos deu. “Ele é
quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades;
quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta
de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia”
(SI 103.3-5).

ANO TAÇÕES

201
8 DE ABRIL

NÃO SE ENFRAQUEÇAM AS TUAS MÃOS


Sofonias 3.16

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o Senhor encoraja Jerusalém através do


profeta Sofonias, dizendo: “Não temas, ó Sião, não se enfraqueçam as tuas
m ãos”. Deus não quer que o seu povo fique com medo, e nem muito menos que
enfraqueçam as suas mãos. Os termos “mãos enfraquecidas” ou “mãos cansa­
das” refletem o desânimo que alguém esteja tendo em sua atividade. As “mãos”
nos falam de trabalho e atividade. Entretanto, quando as coisas não acontecem
como estamos esperando, o desânimo chega e as nossas atividades se tornam
um tédio e um peso para nós. Entretanto, a Palavra de Deus nos incentiva para
não deixarmos as nossas mãos se enfraquecerem. As nossas mãos precisam es­
tarem ativas e fortalecidas para realizarmos a obra de Deus com fervor e dili­
gência.

I. FORTALECENDO AS MÃOS FRACAS


1. Em vez de enfraquecer as nossas mãos; devemos é fortalecer as nossas
mãos para o combate. O profeta Isaías escreveu, dizendo: “Fortalecei as mãos
frouxas e firmai os joelhos vacilantes.” (Is 35.3).
2. A Bíblia revela que o levantar das mãos de Moisés fazia o povo de Israel
prevalecer contra os amalequitas; porém, quando Moisés abaixava as mãos can­
sadas os inimigos prevaleciam. Entretanto, Arão e Hur fortaleceram as mãos
de Moisés sobre uma pedra e Israel venceu os seus inimigos (Êx 17.11-12). O
Senhor sempre usará alguém para fortalecer as nossas mãos quando estiverem
cansadas!
3. Davi celebrou o fato do Senhor fortalecer as suas mãos para o combate,
dizendo: “Ele adestrou as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus
braços vergaram um arco de bronze.” (2Sm 22.35).
4. O profeta Azarias animou o povo, dizendo: “Mas esforçai-vos, e não des­
faleçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem uma recompensa.” (2Cr 15.7).
Não podemos desfalecer as nossas mãos! O Escritor da Carta aos Hebreus nos
aconselhou, dizendo: “Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trô­
pegos;” (Hb 12.12). Mesmo que as suas mãos estejam descaídas e cansadas, le­
vante elas que o Senhor irá fortalecê-las!

II. DEUS ABENÇOARÁ O TRABALHO DAS NOSSAS MÃOS


1. A Bíblia revela o nosso Deus tanto fortalecendo as mãos fracas, como
prosperando e abençoando o trabalho das nossas mãos. A Palavra de Deus afir­
ma que o Senhor era com José e prosperava todo o trabalho das suas mãos!
(Gn 39.2-3).

202 | 8 DE ABRIL
2. Jacó declarou como o Senhor fortaleceu e abençoou as mãos de José,
dizendo: “O seu arco, porém, susteve-se no forte, e os braços de suas mãos fo­
ram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacó (donde é o Pastor e a Pedra de
Israel),” (Gn 49.24).
3. O Senhor prometeu abençoar o trabalho das mãos do seu povo, dizendo:
Ό SENHOR mandará que a bênção esteja contigo nos teus celeiros e em tudo
que puseres a tua mão; e te abençoará na terra que te der o SENHOR, teu Deus.”
(Dt 28.9). Enquanto os inimigos da Obra de Deus faziam de tudo para enfra­
quecer as mãos de Neemias, ele orava ao Senhor, dizendo: “Agora, pois, ó Deus,
fortalece as minhas mãos.” (Ne 6.9).
4. A Bíblia determina a benção do Senhor sobre o trabalho das mãos do
homem que teme ao Senhor, dizendo: “Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos,
feliz serás, e te irá bem.” (SI 128.1-2). O trabalho das nossas mãos nos fala de
diversas atividades que podemos fazer com as nossas mãos. Deus quer usar as
nossas mãos para fazermos também o bem para outras pessoas! (Hb 12.12-13).
CONCLUSÃO: Deus quer fortalecer as nossas mãos para fazermos a sua Obra.
Deus deseja abençoar e prosperar o trabalho das nossas mãos! Deus ainda quer
usar as nossas mãos para curar os enfermos e operar milagres extraordinários
(Mc 16.18 e At 19.11).

A N O TAÇ OES
9 DE ABRIL

0 ESPÍRITO DO SENHOR HABITA CONOSCO


Ageu2.4

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor usa o profeta Ageu para trazer à
memória do povo a presença do Espirito Santo no meio deles desde a sua saída
do Egito; e, agora, o Senhor estaria reafirmando a presença do Espírito Santo
no meio deles. Talvez muitos pensassem que o Espírito Santo os havia abando­
nado no exílio babilônico; porém, o Senhor afirma que o seu Espírito estaria
habitando no meio deles. As lutas e aflições que passamos nos faz pensar em
determinados momentos que o Espírito Santo se afastou de nós; porém, a pro­
messa que Jesus Cristo fez para nós não foi para o Espírito Santo passar alguns
dias conosco; mas sim, ficar conosco para sempre (Jo 14.16).

I. 0 ESPÍRITO SANTO FOI ENVIADO PARA HABITAR CONOSCO PARA SEMPRE


1. O Espírito Santo não veio a terra para tirar umas férias com a Igreja;
mas veio para habitar conosco para sempre. Jesus Cristo deixou isso bem claro,
dizendo: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique
convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber,
porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco
e estará em vós.” (Jo 14.16-17).
2. A Bíblia descreve o Espírito Santo habitando com a Igreja, dizendo:
Έ , tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos fo­
ram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.”
(At 4.31).
3. Paulo descreveu o Espírito Santo habitando conosco, dizendo: “E, se o
Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que
dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo
seu Espírito que em vós habita.” (Rm 8.11).
4. O apóstolo Paulo ainda descreveu o Espírito Santo habitando em nosso
próprio corpo, dizendo: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Es­
pírito de Deus habita em vós?” (lC o 3.16; ICo 6.19).

II. 0 SENHOR ESTÁ CONOSCO ATRAVÉS DO ESPÍRITO SANTO ENVIADO


1. A presença do Espírito Santo é a própria presença do Senhor conosco.
A expressão grega utilizada para O u tro Consolador” é “allos parakletos”, que
significa “outro do mesmo tipo” ou “outro da mesma espécie”, e não “heteros”,
que significa “outro”, porém, de espécie diferente. Noutras palavras, o Espírito
Santo continuaria fazendo exatamente o que Cristo faria se continuasse aqui na
terra (Jo 14.16).
2. Paulo confirma que a presença do Espírito Santo é o próprio Senhor co-

204 | 9 DE ABRIL
nosco, dizendo: O r a , o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí
há liberdade.” (2Co 3.17).
3. Os salmistas filhos de Corá já celebravam a presença do Senhor conosco,
dizendo: “O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso
refúgio.” (SI 46.11). O Senhor Jesus Cristo prometeu está conosco todos os dias,
dizendo: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos sé­
culos. Amém!” (Mt 28.20).
4. A Palavra de Deus confirma que o Senhor está conosco e sempre este­
ve com os seus discípulos operando milagres através do seu Espírito, dizendo:
“Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravi­
lhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?” (Hb 2.4).
CONCLUSÃO: O Espírito Santo está em nós, habita em nós, mora em cada um
de nós individualmente, e está em nosso meio coletivamente! O Espírito Santo
habita em nosso ser individualmente, e habita no meio da comunidade cristã
quando se reuni para prestar um culto de adoração ao Senhor (At 2.1-4; 4.8;
4.31; 6.3; 13.1-2 etc..).

A N O TAÇ ÕES

205
10 DE ABRIL

AGORA VOCÊ SERÁ UMA BENÇÃO


Zacarias 8.13

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado é uma promessa divina de uma grande re­
viravolta na história de Israel. Assim como os Judeus viveram dispersos entre
as nações, e foram até rechaçados como uma maldição em alguns países que
tentaram até mesmo provocar um genocídio do povo Judeu; Deus promete
uma mudança de curso e uma reversão na vida do Povo Judeu, restaurando o
propósito original dos mesmos se tornarem uma benção no meio das nações.
Um povo que foi massacrado tantas vezes por seus inimigos através da história,
e continuam prósperos e vigorosos em sua pátria, só podem ter mesmo o DNA
Divino em seu sangue. Ninguém deve duvidar que o povo Judeu seja mesmo o
povo eleito de Deus para abençoarem o mundo inteiro.

I. CHAMADOS PARA SER UMA BENÇÃO


1. O povo Hebreu foi chamado e vocacionado por Deus para ser mesmo
uma benção para todas as famílias da terra. Deus revelou esta vocação ao pró­
prio pai da nação hebraica, dizendo: “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-
-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que
te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas
todas as famílias da terra.” (Gn 12.1-3).
2. A Bíblia mostra Potifar, o chefe da guarda de Faraó sendo abençoado por
causa de José, dizendo: “E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e
sobre tudo o que tinha, o SENHOR abençoou a casa do egípcio por amor de José;
e a bênção do SENHOR foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo.” (Gn 39.5).
3. A Bíblia revela o neto de Abraão abençoando o maior líder mundial da­
queles dias, dizendo: “E Jacó abençoou a Faraó e saiu de diante da face de Fa­
raó.” (Gn 47.7). O próprio adivinho Balaão teve que reconhecer a benção divina
irrevogável que está sobre o povo Judeu, dizendo: “Eis que recebí mandado de
abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar.” (Nm 23.20).
4. A Bíblia revela um dia em que todas as nações da terra hão de reconhecer
a benção divina sobre o povo Judeu, dizendo: “Deus nos abençoará, e todas as
extremidades da terra o temerão.” (SI 67.7).

II. A IGREJA FOI VOCACIONADA PARA SER UMA BENÇÃO PARA 0 MUNDO
1. Da mesma forma que Israel foi escolhido para ser uma benção de Deus
para o mundo na Antiga Aliança; a Igreja é o “Israel de Deus” da Nova Aliança
para abençoar o mundo (G1 6.16). O apóstolo Paulo esclareceu esta verdade,
dizendo: O r a , tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé
os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações

206 j 10 DE AiBRU.
serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o cren­
te Abraão.” (G1 3.8-9). Se professamos a fé cristã, somos também abençoados
como Abraão!
2. Paulo ainda reforçou este argumento, dizendo: Έ , se sois de Cristo, en­
tão, sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa.” (G1 3.29).
A Bíblia declara nossa missão de abençoar, dizendo: “Abençoai aos que vos per­
seguem; abençoai e não amaldiçoeis.” (Rm 12.14).
3. O apóstolo Paulo descreveu o quanto o nosso Deus nos tem abençoado,
dizendo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos aben­
çoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo,” (Ef 1.3).
4. Jesus Cristo confirmou a vocação da Igreja de abençoar o mundo com
a pregação do Evangelho, dizendo: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho
a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão
demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma
coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos
e os curarão.” (Mc 16.15-18).
CONCLUSÃO: Você foi escolhido para ser uma benção para o mundo! Como
Deus elegeu Abraão e sua descendência para abençoar todas as famílias da ter­
ra; também recebemos esta missão de abençoar o mundo inteiro com as mes­
mas bênçãos com que somos abençoados por Cristo! (Mt 10.8).

AN O TA Ç Õ ES

207
11 DE ABRIL

AS PESSOAS VERÃO A SUA FELICIDADE


Malaquias3.12

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos mostra as bênçãos que acompanharão


as pessoas que são fiéis ao Senhor. O texto da Almeida Atualizada diz: “Todas as
nações vos chamarão felizes”. Quando Deus remove o nosso opróbrio e resolve
nos abençoar, as pessoas são impulsionadas a reconhecerem que Deus está ver­
dadeiramente nos abençoando. As pessoas começam a perceberem a sua me­
lhoria de vida, e passam a verem a sua felicidade. As pessoas vos chamarão de
felizes. Até pessoas que não gostavam de você, se renderão a prosperidade de
Deus na sua vida. Acredite, os próprios invejosos irão admitir que você é aben­
çoado por Deus (Gn 26.29).

I. 0 SEGREDO DA SUA FELICIDADE


1. O segredo da nossa felicidade está sempre em Deus. Ninguém consegue
dizer que é feliz deixando Deus fora dos seus ideais. Salomão foi um homem
que possuiu tudo o que as pessoas sonham como sinônimo de felicidade e rea­
lização: fama, poder, riqueza, glória humana, e prazeres da carne; entretanto,
descobriu que tudo isso era vaidade (Ec 2.1-11).
2. Salomão reconheceu que o homem só é feliz quando Deus está por trás
destas benevolências, dizendo: “E quanto ao homem, a quem Deus deu riquezas
e fazenda e lhe deu poder para delas comer, e tomar a sua porção, e gozar do
seu trabalho, isso é dom de Deus. Porque não se lembrará muito dos dias da
sua vida; porquanto Deus lhe responde na alegria do seu coração.” (Ec 5.19-20).
3. O salmista revelou onde está o segredo da felicidade do homem, dizendo:
“Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Pois
comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem.” (SI 128.1-2).
4. O salmista descreve o segredo da bem-aventurança e felicidade do povo
de Deus, dizendo: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que Ele esco­
lheu para a sua herança” (SI 33.12).

II. A GENEROSIDADE NOS TORNA PESSOAS FELIZES


1. As promessas contidas neste texto sagrado foram prometidas aos que
exercem a generosidade nas suas contribuições para a obra do Senhor (Ml 3 .ΙΟ­
Ι 2). Paulo declarou que “Deus ama a quem dá com alegria” (2Co 9.7). Não
só contribuir na Igreja com dízimos e ofertas trazem felicidade aos fiéis como
também ajudar os pobres e necessitados atrai felicidade, proteção e consolação
aos generosos (SI 41.1-3).
2. Salomão declarou que: “A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta
mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda. A alma

208 I 11 DE ABRIL
generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado.” (Pv 11.24-25). O
generoso se torna feliz por tornar também outras pessoas felizes ao repartir o
que tem com os necessitados!
3. Jesus Cristo recomendou a generosidade e revelou o efeito da reciprocida­
de na vida das pessoas generosas, dizendo: “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida,
recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida
com que medirdes também vos medirão de novo.” (Lc 6.38).
4. Paulo reconheceu a prática da generosidade como bem-aventurada e fe­
liz, dizendo: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessá­
rio auxiliar os enfermos e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais
bem-aventurada coisa é dar do que receber.” (At 20.35).
CONCLUSÃO: Deus nos abençoa para abençoarmos outras pessoas; e nos faz
felizes para fazermos também outras pessoas felizes! As pessoas verão a sua
felicidade, e verão também outras pessoas felizes por causa da sua generosidade
em repartir! Acredite!

A N O TA Ç Õ ES

209
12 DE ABRIL

VOCÊ NASCEU PARA BRILHAR DIANTE DAS PESSOAS


Mateus 5.16

INTRODUÇÃO: Após nos declarar como sal da terra e luz do mundo; o Senhor
Jesus Cristo nos incumbiu da responsabilidade de brilhar diante dos homens. A
nossa luz pode brilhar diante dos homens de diversas maneiras. O nosso bom
testemunho expressado através de atitudes e procedimento correto diante de
Deus e dos homens, além de glorificar ao nosso Pai Celestial, brilham como
um farol aceso diante dos homens, o qual não há como passar despercebidos.
Viemos a este mundo para brilharmos; pois, afinal de contas, ao nascermos, a
nossa mãe nos deu à luz (Is 51.2). Jesus Cristo é o nosso Astro Maior e a nossa
Estrela Maior (Ml 4.2 e Ap 22.16), e deseja que possamos brilhar diante das
pessoas através da maravilhosa luz que Dele recebemos.

I. BRILHANDO COMO ASTROS NO MUNDO


1. Brilhar como astros no mundo não é uma prerrogativa dos “astros de
Hollyood”; nem muito menos dos chamados “astros da música” ou “astros do
esporte”. Os verdadeiros astros que brilham neste mundo são os filhos de Deus
que caminham em sinceridade no meio de uma geração perversa e corrompida
(Fp 2.15).
2. A profetiza Débora já havia previsto que os que amam a Deus brilharão
como astros, dizendo: “Assim, ó SENHOR, pereçam todos os teus inimigos! Po­
rém os que o amam sejam como o sol quando sai na sua força.” (Jz 5.31).
3. O profeta Daniel também previu os sábios brilhando como astros no
firmamento, dizendo: “Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do
firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas,
sempre e eternamente.” (Dn 12.3).
4. O Senhor Jesus Cristo também previu isso, dizendo: “Então, os justos
resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir,
que ouça.” (Mt 13.43)

II. SOMOS FILHOS DA LUZ


1. As Escrituras declaram em vários lugares que somos filhos da luz. O
próprio Jesus Cristo nos chamou de “luz do mundo” (Mt 5.14). Jesus Cristo é
a Verdadeira Luz do mundo (Jo 8.12); entretanto, ao nos declarar como “luz do
mundo”, Ele deseja que sejamos exatamente o que Ele é, e sigamos o seu exemplo!
2. O Senhor Jesus Cristo, o Sol da Justiça, e o Farol que ilumina o mundo
inteiro nos aconselhou, dizendo: “Enquanto tendes luz, crede na luz, para que
sejais filhos da luz. Essas coisas disse Jesus; e, retirando-se, escondeu-se deles.”
(Jo 12.36).

210 | 12 DE ABRIL
3. O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Porque, noutro tempo, éreis trevas,
mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef 5.8). Paulo nova­
mente declara a nossa posição como filhos da luz, dizendo: “Porque todos vós sois
filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.” (lTs 5.5).
4. O apóstolo Pedro confirma quem de fato somos, dizendo: “Mas vós sois
a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que
anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa
luz;” (lP e 2.9).
CONCLUSÃO: Você nasceu para brilhar! Acredite! O profeta Isaías confirmou
isso, dizendo: “Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do
SENHOR vai nascendo sobre ti.” (Is 60.1). Levante-se e resplandeça! Deixe a sua
luz brilhar diante dos homens para que eles vejam as suas boas obras e glorifi-
quem ao seu Pai Celestial!

A N O TA Ç Õ ES

211
13 DE ABRIL

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO BEIJO


Cântico dos Cânticos 1.2

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela uma declaração poética de Sa­
lomão em que a Noiva anela os beijos do Noivo Amado. O dia 13 de abril é
lembrado como o Dia Internacional do Beijo. Segundo pesquisadores: os efeitos
do beijo podem ativar o funcionamento da nossa saúde orgânica, biológica e
energética. Muitas pessoas não sabem, mas existem diversos tipos de beijo, e
beijar já foi comprovado como um ato que traz benefícios para a própria saúde.
O beijo estimula o cérebro a liberar endorfina, criando uma sensação de bem-
-estar. Olhando para a Palavra de Deus, a Bíblia mostra a importância do beijo
na relação conjugal, na relação familiar, nas saudações entre parentes e amigos,
e recomenda o ósculo santo, que é o beijo da fraternidade entre os cristãos (Gn
29.11; Gn 31.55; IC o 16.20, etc..). A Bíblia revela o beijo de arrependimento
e contrição de uma mulher pecadora que beijava os pés de Jesus (Lc 7.38). O
próprio Jesus elogiou o gesto daquela mulher (Lc 7.45). A Bíblia revela o beijo
traidor de Judas, quando o próprio Jesus se dirigiu a Judas, dizendo: “Judas,
com um beijo trais o Filho do Homem?” (Lc 22.48). Anteriormente, Jesus rece­
beu o beijo sincero de uma mulher pecadora; agora, recebe o beijo enganoso de
seu próprio discípulo!

I. TIPOS DE BEIJO NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia menciona vários tipos de beijos: O beijo familiar, o beijo român­
tico, o beijo de saudação, o beijo sagrado, o beijo amigo, o beijo fraterno, o beijo
enganoso, e o beijo de traição de Judas Iscariotes. Infelizmente, com tanta mal­
dade e malícia existente no coração das pessoas, um simples gesto puro de apro­
ximação entre pessoas que celebram a cordialidade, a educação, e a gentileza,
tenha despertado a má intenção de alguns no nosso cotidiano convívio social. O
apóstolo Paulo nos aconselhou, dizendo: “Por isso, celebremos a festa não com
o velho fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e
da verdade” (IC o 5.8). O fermento simboliza a corrupção e a malícia que altera
a pureza da massa. Tenhamos cuidado e deixemos de lado toda impureza e ma­
lícia do nosso dia a dia!
2. O primeiro casal que a Bíblia menciona se beijando foi Jacó e Raquel:
“Feito isso, Jacó beijou a Raquel e, e erguendo a voz, chorou” (Gn 29.11). Natu­
ralmente que, este primeiro beijo de Jacó em Raquel não foi um beijo romântico,
embora isso ele deva ter feito mais adiante, quando a tomou como sua esposa
(Gn 29.30). Este primeiro beijo de Jacó em Raquel, foi um beijo familiar, trans­
formado em emoção pelo encontro com um parente que vivia muito distante!
3. A Bíblia registra o emocionante beijo da reconciliação de José com os

212 | 13 DE ABRIL
seus irmãos, dizendo: “José beijou a todos os seus irmãos e chorou sobre eles;
depois, seus irmãos falaram com ele” (Gn 45.15). Foi também um beijo de re­
conciliação e de perdão entre José e seus irmãos.
4. A Bíblia registra o beijo da saudação entre genro e sogro, dizendo: “Saiu Moi­
sés ao encontro do seu sogro, inclinou-se e o beijou; e, indagando pelo bem-estar
um do outro, entraram na tenda” (Êx 18.7). Foi um beijo de saudação familiar entre
Moisés e seu sogro Jetro.

II. A IMPORTÂNCIA RELIGIOSA E AFETIVA DO BEIJO NAS ESCRITURAS


1. Deus disse ao profeta Elias: “Também conservei em Israel sete mil,
todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou”
(lRs 19.18). Os pagãos costumavam mandar beijos aos seus deuses, e beijarem
as suas estátuas; porém, Deus havia conservado sete mil fiéis que não haviam
beijado a estátua de Baal.
2. A Palavra de Deus aconselha os reis da terra saudarem com ósculo santo
o Rei dos reis, dizendo: “Beijai o Filho para que não irrite, e não pereçais no ca­
minho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos
os que nele se refugiam” (SI 2.12). É uma alusão profética ao Governo Mundial
do Messias, quando os reis da terra terão que se dirigir a Jerusalém para saudar
o Rei do Universo com ósculo santo.
3. Salomão celebrou com intensidade o beijo romântico entre o esposo e a
esposa, dizendo: “Beija-me com os beijos da tua boca; porque melhor é o teu
amor do que o vinho” (Ct 1.2). Um estudo aprofundado sobre o beijo român­
tico apresentou os seguintes dados: O toque dos lábios movimenta 29 múscu­
los, provoca a pressão de até 12 quilos de um rosto contra o outro e eleva os
batimentos cardíacos: eles saltam de 70 para 150 batimentos por minuto. Esse
bombeamento sanguíneo aumenta a oxigenação das células, estimula as fun­
ções circulatórias e diminui a insônia e as dores de cabeça.
4. Salomão novamente celebra o beijo romântico entre o noivo e a noiva, di­
zendo: O s teus beijos são como o bom vinho” (Ct 7.9). Ainda segundo o estudo
sobre o beijo romântico: A cada beijo de língua, trocam-se 250 bactérias junto
com a saliva, o corpo queima 12 calorias e a produção de hormônios aumenta.
O nível de serotonina, substância química que dá a sensação de euforia e rela­
xamento, cresce. Por isso, beijar na boca acalma, libera sentimentos reprimidos,
reduz o complexo de rejeição e alivia o estresse. Tudo em questão de instantes.

CONCLUSÃO: O beijo faz parte da vida humana desde que o homem foi criado.
Portanto, cada tipo de beijo tem o seu propósito especifico! Que possamos saber
diferenciar muito bem isso! O apóstolo Paulo recomendou o beijo sagrado entre os
irmãos em Cristo, dizendo: “Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros
com ósculo santo” ( ICo 16.20). Naqueles dias era costume se saudarem homens com
homens e mulheres com mulheres para se evitarem malícia.

213
14 DE ABRIL

LIÇÕES DO DIA DA PAIXÃO DE CRISTO


ICoríntios 5.7

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos apresenta Cristo


como o nosso Cordeiro Pascal que foi imolado por causa dos nossos pecados.
A Sexta-Feira da Paixão celebra a morte de Jesus Cristo pelos nossos pecados.
Jesus Cristo é o Verdadeiro “CORDEIRO DE DEUS” que tira o pecado do mun­
do. Jesus Cristo é o Nosso Cordeiro Pascal. Ele é o Cordeiro de Deus que com ­
pareceu mudo perante os seus tosquiadores. Cada algoz tirou uma “casquinha”
deste Cordeiro inocente que foi conduzido ao matadouro por causa dos nossos
pecados. O Cordeiro é símbolo de: “mansidão”, “inocência” e “submissão”. Je­
sus Cristo é o Cordeiro manso, inocente, e submisso ao Pai. Ele mesmo disse:
“Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis des­
canso para a vossa alma” (Mt 11.29). Nesta Semana Santa, não celebramos o
“coelhinho da páscoa” criado pelos capitalistas para movimentar o mercado de
chocolates; mas sim, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29)

I. A IMPORTÂNCIA DO CORDEIRO PASCAL NAS ESCRITURAS


1. Esta expressão “Cordeiro de Deus” dá a ideia não só da inocência e mansi­
dão de Jesus Cristo, mas também de seu sofrimento vicário em caráter de substi­
tuição. Foi Ele designado para o sacrifício pelo próprio Deus (Gn 22.8 e Ap 13.8).
2. Segundo informações de historiadores judaicos, os cordeiros seleciona­
dos para o sacrifício da páscoa eram postos a pastarem nos campos que cir­
cundavam Belém. E, assim, pela providência de Deus, foi concedido àqueles
pastores estarem presentes no Nascimento do “Cordeiro de Deus” (Lc 2.8-18).
3. Ainda, segundo os historiadores, aqueles animais nascidos aos 14 de nisã
(abril), à tarde, eram selecionados pelos judeus piedosos para serem oferecidos um
ano depois como o “cordeiro pascal” (Êx 12.6). O cordeiro pascal deveria ser sem de­
feito (Êx 12.5). O apóstolo Pedro nos apresenta Jesus Cristo como o Cordeiro de Deus
sem defeito que derramou o seu precioso sangue pelos nossos pecados (lPe 1.18-19).
4. A Palavra de Deus afirma que: “No dia seguinte, viu João a Jesus, que
vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”
(Jo 1.29). Pela segunda vez João Batista, filho de sacerdote e conhecedor profundo
dos sacrifícios expiatórios na Antiga Aliança e no Templo, nos apresenta Jesus
Cristo como o Cordeiro que veio expiar o pecado da humanidade, dizendo: “Eis
o Cordeiro de Deus” (Jo 1.36).

II. JESUS CRISTO É 0 NOSSO CORDEIRO PASCAL PERFEITO


1. Nenhum dos ossos do cordeiro pascal deveria ser quebrado (Êx 12.46).
Os soldados romanos quebraram as pernas dos dois malfeitores que foram

214 | 14 DE ABRIL
crucificados ao lado de Cristo, porém, nenhum dos ossos de Jesus foi quebrado,
porque Ele é o Cordeiro Pascal, profetizado antecipadamente que nenhum de
seus ossos seria quebrado (Jo 19.31-36). O adversário, ainda tentou fazer com
que a Escritura não se cumprisse, quando, um dos soldados romanos atirou
uma lança em Jesus. Todavia, a lança cortou apenas a carne ao lado de Jesus,
quando saiu sangue e água, sem ter atingido nenhum dos seus ossos. A Escritu­
ra não pode falhar! Deus é Fiel!
2. O Epiteto de “Cordeiro” foi aplicado a Jesus Cristo por cerca de 30 vezes,
somente no Apocalipse, apontando Jesus Cristo como o “Cordeiro Eterno” que
liga as duas eternidades: Passada e Futura. Ele é o Cordeiro Redentor dos Evan­
gelhos e o Cordeiro Escatológico do Apocalipse (Ap 5.1-14).
3. O apóstolo Pedro descreveu Jesus Cristo como o nosso Cordeiro Pascal
Perfeito, dizendo: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata
ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição,
recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro imaculado e incontaminado,” (lP e 1.18-19).
4. O apóstolo João contemplou uma multidão incontável de salvos nos céus
adorando a Deus e ao Cordeiro, dizendo: “Ao nosso Deus, que se assenta no
trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.” (Ap 7.9-10). Somente Jesus Cristo, o
Cordeiro Pascal é digno de receber: “O poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e
honra, e glória, e louvor.” (Ap 5.12).

CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo escreveu que: “Cristo morreu pelos nossos


pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro
dia, segundo as Escrituras.” (1 Co 15.3-4). Jesus Cristo é o Cordeiro Redentor
da humanidade desde a fundação do mundo (Ap 13.8). Jesus Cristo morreu
por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação
(Rm 4.25)

A N O TA Ç Õ ES

215
15 DE ABRIL

NÃO TEMAS, CRÊ SOMENTE!


Marcos 5.36

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que mensageiros


chegaram até Jairo e comunicaram o falecimento de sua filha; e, antes que o de­
sespero tomasse conta dele, Jesus lhe proferiu uma palavra de ânimo, dizendo:
“Não temas, crê somente” É impressionante como Jesus nunca deixou alguém
roubar a esperança daqueles que lhe acompanhavam. Quando Jairo saiu de casa
para buscar o socorro de Jesus, a sua filha ainda estava viva, e Jairo foi procu­
rar Jesus para apenas curar a sua filha. Porém, enquanto Jesus caminhava até
a casa de Jairo uma mulher que padecia há 12 anos de uma hemorragia tocou
em Jesus no caminho, sendo curada ao tocar nas vestes de Jesus, e isso atrasou
um pouco a chegada de Jesus na casa de Jairo, tempo suficiente para a menina
falecer. Entretanto, quem está com Jesus sabe que Ele tem o controle absoluto
de todas as coisas.

I. PARA JESUS CRISTO NADA ESTÁ PERDIDO


1. Quando chegaram os mensageiros com a notícia do falecimento de sua
filha, Jairo pode ter pensado que tudo estava acabado, e a demora de Jesus dan­
do atenção a mulher do fluxo de sangue, pode ter sido fatal para a sua filha não
ter sobrevivido. Entretanto, Jesus assegurou para Jairo que a batalha não estava
perdida, ele precisava apenas crê (Mc 5.36).
2. Aconteceu um fato semelhante com a notícia que Jesus recebeu que seu
amigo Lázaro estava enfermo (Jo 11.3-6). A Bíblia afirma que Jesus ainda per­
maneceu dois dias onde estava, e só chegou na casa de Lázaro 4 dias depois de
seu falecimento (Jo 11.39).
3. Jesus provou para Jairo que nada estava perdido ao ressuscitar a sua filha
que já estava morta (Mc 5.41-42). Jairo contava apenas com a cura de sua filha,
e acabou recebendo a ressurreição de sua filha!
4. Marta também contava apenas com a cura de seu irmão Lázaro quando se
expressou diante de Jesus, dizendo: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não te-
ria morrido.” (Jo 11.21. Jesus provou para Marta que nada estava perdido ao ressus­
citar o seu irmão Lázaro mesmo depois de sepultado há quatro dias (Jo 11.39-44).

II. PRECISAMOS APENAS CRÊ EM JESUS CRISTO


1. Jesus Cristo disse para Jairo que ele precisava tão somente crê! (Mc 5.36).
A única coisa que separa o homem do milagre é não crê. Jesus Cristo disse para
Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja mor­
to, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?”
(Jo 11.25-26).

216 | 15 DE ABRIL
2. Marta havia colocado o problema maior do que a sua fé, dizendo: “Se­
nhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias.” (Jo 11.39). Porém, o Senhor
Jesus Cristo reanimou a sua fé, dizendo: “Não te hei dito que, se creres, verás a
glória de Deus?” (Jo 11.40). Ou seja, Marta precisava tão somente crê em Jesus!
3. Jesus Cristo apresentou o ilimitado poder da fé para um pai de um me­
nino lunático, dizendo: “Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê.” (Mc 9.23).
4. Paulo e Silas disseram para o carcereiro de Filipos: “Crê no Senhor Jesus
Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.” (At 16.31). Paulo também escreveu para os
Romanos, dizendo: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois
é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e
também do grego. (Rm 1.16).

CONCLUSÃO: Jairo recebeu o milagre porque creu; e Marta também viu a ma­
nifestação da glória de Deus na ressureição de seu irmão Lázaro porque creu.
Portanto, não temas, crê somente! (Mc 5.36).

AN O TA Ç Õ ES

217
16 DE ABRIL

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA VOZ


Mateus 3.3

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o próprio João Batista se define como uma voz
que clamava no deserto. O dia 16 de abril é lembrado como o Dia Mundial da Voz. O
objetivo da fixação do dia é o surgimento de debates sobre o tema da voz, estabelecen-
do-se como metas a promoção de maior conscientização da população a respeito da
importância dos cuidados com a saúde da voz humana. A voz é um dos mais impor­
tantes fenômenos da comunicação humana. Por meio dela manifestamos nossos pen­
samentos, intenções e emoções. Esse fenômeno é produzido pelas cordas vocais, dentro
da laringe, sujeita a doenças que culminam em alterações da voz, como a rouquidão,
cujo nome correto é disfonia. A rouquidão pode ter diversas causas como o tabagismo,
o uso inadequado ou intenso da voz; exposição à poluição ambiental, dentre outras. O
uso da voz é fundamental na profissão, na escola, na igreja, e nas interações sociais. Nós
usamos nossa voz todos os dias, no trabalho, com a família e amigos, para partilhar as
nossas emoções e sentimentos. Com a voz, nos comunicamos e nos conectamos com
todos ao nosso redor. E, no nosso caso religioso, usamos a nossa voz para glorificar a
Deus e proclamar o Evangelho de Cristo para todas as pessoas. Diversas leis são criadas
para tentar calarem a voz das pessoas: lei do silêncio, lei da mordaça etc. Entretanto,
Deus ordenou ao profeta Isaías, dizendo: “Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a
voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus
pecados” (Is 58.1). Daí a razão de comemorarmos esta data importante.

I. A PRESENÇA DA VOZ DE DEUS NAS ESCRITURAS


1. A primeira voz mencionada na Bíblia foi a voz de Deus: “Quando ouvi­
ram a voz do Senhor, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se
da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do
jardim” (Gn 3.8). A primeira voz a ecoar na terra foi a voz de Deus!
2. A Bíblia descreve Deus ouvindo a voz de um menino que clamava no deserto,
dizendo: “Deus, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus clamou do céu a
Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí
onde está” (Gn 21.17). A primeira voz humana que a Bíblia revela Deus ouvindo em
um clamor foi a voz do menino Ismael. Por isso, o seu nome significa “Deus ouve”.
3. Israel recebeu um importante conselho para ouvir a voz do Senhor, di­
zendo: “Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante
dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos os seus
estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios;
pois Eu sou o Senhor, que te sara” (Êx 15.26).
4. A Palavra de Deus afirma que: “Ouviu, pois, o Senhor a voz de Israel e lhe
entregou os cananeus...” (Nm 21.3). Deus sempre ouviu e atendeu a voz do seu povo

218 | 16 DE ABRIL
ao longo da história! A Palavra de Deus nos aconselha, dizendo: “Hoje, se ouvirdes
a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 4.7). Precisamos está com os nossos
ouvidos atentos e com os nossos corações abertos para ouvirmos a voz de Deus!

II. 0 PRIVILÉGIO DE OUVIRMOS A VOZ DE DEUS


1. Moisés descreveu o privilégio de ouvirmos a voz de Deus, dizendo: “Eis
aqui o Senhor, nosso Deus, nos fez ver a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a
sua voz do meio do fogo; hoje, vimos que Deus fala com o homem, e este perma­
nece vivo” (Dt 5.24). Moisés revela o privilégio que Israel tinha de ouvir de forma
audível a voz de Deus, dizendo: “Porque quem há, de toda carne, que tenha ouvi­
do a voz do Deus Vivo falar do meio do fogo, como nós a ouvimos, e permanecido
vivo?” (Dt 5.26).
2. O salmista descreveu a majestosa voz do Senhor Deus, dizendo: “Ou-
ve-se a voz do Senhor sobre as águas; troveja o Deus da glória; o Senhor está
sobre as muitas águas. A voz do Senhor é poderosa, a voz do Senhor é cheia
de majestade. A voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor despedaça
os cedros do Líbano. Ele os faz saltar como um bezerro; o Líbano e o Siriom,
como bois selvagens. A voz do Senhor despede chamas de fogo. A voz do Se­
nhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades. A voz do
Senhor faz dar cria às corças e desnuda os bosques; e no seu templo tudo diz:
Glória!” (SI 29.3-9).
3. O profeta Daniel também descreveu o poder estrondoso da voz de Deus,
dizendo: “O seu corpo era como o berilo, o seu rosto, como um relâmpago, os
seus olhos como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como
bronze polido; e a voz das suas palavras era como estrondo de muita gente”
(Dn 10.2).
4. Mateus descreveu a voz do Pai Celestial após seu Filho Amado Jesus Cris­
to ter sido batizado no rio Jordão, dizendo: “E eis uma voz dos céus, que dizia:
Este é o meu Filho Amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). O Filho de Deus
conhece muito bem o som da voz de seu Amado Pai Celestial!
CONCLUSÃO: A voz é o meio de comunicação que Deus deu ao homem, e tam­
bém é o meio pelo qual Deus se comunica com o homem. Portanto, a Igreja do
Senhor Jesus Cristo é a voz que clama e proclama o Evangelho de Deus neste
mundo. Leis e mais leis são criadas para tentar calar a voz das pessoas; porém, Je­
sus respondeu aos fariseus que queriam calar a voz dos seus adoradores, dizendo:
“Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão” (Lc 19.40).
Ninguém vai conseguir calar a voz da Igreja na terra!
17 DE ABRIL

LIÇÕES DO DOMINGO DE PÁSCOA


lCoríntios 15.3-4

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo declara no mesmo tom que
as mesmas Escrituras que confirmam a morte de Jesus Cristo, também confir­
mam sua Ressurreição vitoriosa ao Terceiro Dia. A “Semana da Páscoa” ou “Dia
de Páscoa”, tem a sua origem na Festa da Páscoa Judaica, em que celebrava a saída
e libertação do povo israelita da escravidão do Egito. Como o cordeiro era morto
para preservar cada família israelita do anjo da morte, através da aspersão do
sangue daquele animal nos umbrais das portas de suas casas; assim, o Mundo
Cristão, celebra a Páscoa para comemorar a morte e ressurreição de Jesus Cristo,
o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, cujo sangue foi vertido na cruz
por causa dos nossos pecados, a fim de nos livrar da condenação eterna; porém,
ressuscitou ao terceiro dia rompendo os grilhões da morte (At 2.22-32). Enquanto
na Sexta-Feira da Paixão celebramos a morte redentora de Cristo; no Domingo de
Páscoa celebramos sua vitória sobre a morte quando ressuscitou ao terceiro dia.

I. O DOMINGO DE PÁSCOA É O DOMINGO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO


1. Jesus Cristo é o único personagem da história que o mundo inteiro ce­
lebra seu nascimento, sua morte, e sua ressurreição. Nós sabemos que, em um
mundo capitalista, todas as datas comemorativas, mesmo as datas religiosas,
vem acompanhadas de um apelo mercantilista, que, muitas vezes acabam des­
toando o seu verdadeiro significado. Seja no Natal quando celebramos o Nasci­
mento de Cristo, substituindo o Menino Jesus pelo “Papai Noel”, seja na Páscoa
quando celebramos a Morte e Ressurreição de Cristo, substituindo o Cordeiro
de Deus pelo “coelhinho da páscoa”; entretanto, queira ou não queira, o mundo
chega parar nesta época para se lembrarem de Jesus Cristo de alguma maneira.
2. Na Páscoa Cristã, há o apelo comercial das marcas de chocolate para
venderem os “ovos de páscoa”; que nada tem a ver com o verdadeiro significado
da Páscoa; além, do forte comércio de peixes, especialmente o bacalhau. Porém,
se isso está gerando mais empregos e renda para cada família, diriamos que isso
faz parte do jogo comercial, e deixemos isso com os empresários e comercian­
tes; e, o Cristão também não peca se comer ovos de chocolate ou excelentes
peixes nesta data.
3. Os Cristãos verdadeiros devem focar a mente nesta data da Páscoa, naquilo
que é mais importante para todos nós, a nossa Redenção efetuada por Cristo, atra­
vés de sua morte e ressurreição: “Pois, também Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi
imolado” (1 Co 5.7).
4. Se a Páscoa Judaica celebrava a sua libertação da tirania de Faraó, rei do Egito
(Êx 12.1-28); a Páscoa Cristã celebra a nossa libertação da tirania de Satanás (At

220 | 17 DE ABRIL
26.18 e Cl 1.13-14). Se a Páscoa Judaica foi sancionada com a aspersão do sangue do
cordeiro nos umbrais das portas de suas casas; a Páscoa Cristã foi sancionada por
Cristo através de seu sangue derramado em favor de muitos (Lc 22.14-20). Apro­
veitemos esta data para celebrar a nossa redenção que há em Cristo Jesus, segundo
a riqueza da sua graça (Ef 1.7). A redenção é a libertação de alguém através de um
pagamento. O Sangue de Jesus Cristo derramado na Cruz do Calvário foi o preço
que custou a nossa Redenção!

II. A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO PROVOU SUA VITÓRIA SOBRE A MORTE


1. A Ressureição de Jesus Cristo provou sua vitória sobre Satanás, sobre a
morte, e sobre o inferno. Enquanto a Sexta-Feira da Paixão celebra a morte de
Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo; o Domingo de
Páscoa celebra a Ressurreição vitoriosa do Senhor Jesus Cristo sobre a morte e o
inferno (Ap 1.17-18).
2. O Evangelho completo deve pregar a morte e ressurreição do Senhor
Jesus Cristo. “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo
morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e res­
suscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (IC o 15.3-4). Este era o resumo
do verdadeiro evangelho que Paulo pregava!
3. A Ressurreição de Jesus Cristo é o maior pilar do Cristianismo! Isso faz do
Cristianismo incomparavelmente superior a todas as demais religiões da terra (ICo
15.14-20). Pois todos os demais fundadores de religiões jazem no túmulo; porém,
Jesus Cristo é o Único fundador de religião que está vivo! Por isso, celebremos o
Domingo de Páscoa como o Domingo da Ressurreição gloriosa de Jesus Cristo!
(Mc 16.9).
4 .0 apóstolo Paulo escreveu que a nossa crença na Ressurreição do Senhor Jesus
Cristo é essencial para a nossa salvação, dizendo: “Se, com a tua boca, confessares ao
Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a
salvação.” (Rm 10.9-10).

CONCLUSÃO: Celebremos nesta Páscoa o Cristo vitorioso sobre o pecado, sobre


Satanás, sobre a morte, e sobre o inferno! Jesus Cristo é o Grande Vencedor! “Ele
não está aqui, mas ressuscitou” (Lc 24.6). É o que anunciaram os anjos às mulheres
que foram ao sepulcro visitar Jesus! O Cristo Glorificado e Ressuscitado disse para
o apóstolo João na Ilha de Patmos: “Estive morto, mas eis que estou vivo pelos sé­
culos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1.18). Jesus Cristo
Vive para sempre! Porque Ele Vive, podemos crê no amanhã!

221
18 DE ABRIL

VOCÊ ALCANÇOU GRAÇA DIANTE DE DEUS


Lucas 1.30

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento em que o anjo Gabriel


saudou Maria anunciando o Nascimento de Jesus Cristo. Entretanto, o que nos
chama a atenção são duas coisas importantes que o Mensageiro do Senhor dis­
se a Maria: I o- Não temas; e 2o- Achaste graça diante de Deus. Duas frases de
fortalecimento espiritual. Maria não deveria ficar assustada, pois, ela havia al­
cançado graça diante de Deus para ser a mãe do Salvador do mundo. “Não
temas” é uma das frases mais animadora e fortalecedora das Escrituras. Muitos
homens e mulheres de Deus foram fortalecidos com estas palavras através da
Bíblia. Achar graça diante de Deus é alcançar o seu imerecido favor. Alcançar
graça diante de Deus é ser agraciado por Deus de uma maneira especial em um
universo de milhares e milhares de pessoas.

I. NÃO TEMAS
1. A primeira coisa que o anjo Gabriel disse a Maria neste texto sagrado
foi: “Não temas”. O Senhor encorajou várias pessoas nas Escrituras com estas
palavras. A primeira pessoa encorajada por Deus com estas palavras na Bíblia
foi Abraão. O Senhor disse a Abraão: “Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o
teu grandíssimo galardão.” (Gn 15.1).
2. O Anjo do Senhor também socorreu e fortaleceu Hagar e Ismael no de­
serto, dizendo: “Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do rapaz
desde o lugar onde está.” (Gn 21.17).
3. Deus também renovou a fé de Isaque com estas palavras, dizendo: “Eu
sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas, porque eu sou contigo, e aben-
çoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente por amor de Abraão, meu servo.”
(Gn 26.24)
4. O Senhor anima e fortalece a todos nós, dizendo: “Não temas, porque
eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te
ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.” (Is 41.10). O anjo Gabriel já
havia também fortalecido a fé de Zacarias com estas palavras, dizendo: “Zaca­
rias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz
um filho, e lhe porás o nome de João.” (Lc 1.13).

II. ACHASTE GRAÇA DIANTE DE DEUS


1. A segunda coisa que o anjo Gabriel disse a Maria neste texto bíblico foi:
“Achaste graça diante de Deus” (Lc 1.30). Quando achamos graça diante de uma
pessoa superior que tem condições de nos favorecer em alguma coisa já é muito
importante; você já imaginou o que significa alcançar graça diante de Deus?

222 I 18 DE ABRIL
Você já imaginou o que Deus é capaz de fazer com quem acha graça aos seus
olhos?
2. O Senhor disse a Moisés: “Conheço-te por teu nome; também achaste
graça aos meus olhos.” (Êx 33.12). Não é por acaso que Moisés falava com Deus
cara a cara como um amigo fala com o outro amigo (Êx 33.11 e Nm 12.5-8). Davi
achou tanta graça diante de Deus que o próprio Senhor deu testemunho dele,
dizendo: “Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi;” (SI 89.20).
3. Daniel também achou tanta graça diante de Deus que o Mensageiro de
Deus o chamou de homem muito amado e querido pelo Senhor, dizendo: “Não
temas, homem mui desejado! Paz seja contigo! Anima-te, sim, anima-te! E, fa­
lando ele comigo, esforcei-me e disse: Fala, meu senhor, porque me confortaste.”
(Dn 10.19).
4. Lucas descreveu a graça transbordante que o Menino Jesus alcançou
diante de Deus e dos homens, dizendo: “E crescia Jesus em sabedoria, e em
estatura, e em graça para com Deus e os homens.” (Lc 2.52).
CONCLUSÃO: Feliz o homem e a mulher que acha graça diante de Deus! Quem
acha graça aos olhos do Senhor não precisa nada temer! Receba esta palavra de
Deus para a sua vida hoje: “Não temas, porque achaste graça diante de Deus,”
(Lc 1.30).

A N O TAÇ ÕES

223
19 DE ABRIL

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ÍNDIO


Romanos 1.14

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo revela que todos os povos
são alvos do Evangelho de Cristo, e ele mesmo se sentia na obrigação de anunciar
o Evangelho também aos povos pagãos. O dia 19 de abril de cada ano se come­
mora no Brasil o “Dia do índio”. De acordo com os pesquisadores: Os povos
indígenas que hoje vivem na América do Sul são originários de povos caçado­
res vindos da América do Norte através do istmo do Panamá. Ainda segundo
a Enciclopédia Livre: O s povos indígenas do Brasil compreendem um grande
número de diferentes grupos étnicos que habitam o país desde milênios antes do
início da colonização portuguesa, que principiou no século XVI, fazendo parte
do grupo maior dos povos ameríndios.” O Apóstolo dos Gentios declara que
também se sentia devedor de anunciar o Evangelho de Cristo aos povos bár­
baros, dos quais estão incluídos os índios, e também outros grupos étnicos que
desconhecem a Fé Cristã.

I. OS ÍNDIOS SÃO TAMBÉM ALVOS DO AMOR DE DEUS PELA HUMANIDADE


1. Os “bárbaros” era uma designação dada inicialmente aos povos de ori­
gem germânica; porém, este termo passou a designar a todos os povos tidos
como não civilizados; ou qualquer povo que não compartilhasse com a cultura
grega ou romana, e entre eles estão os povos indígenas. O Senhor Jesus Cristo
declarou o amor de Deus por toda a humanidade, dizendo: “Porque Deus amou
o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16).
2. A Bíblia revela a chegada de Paulo em uma Ilha habitada pelos bárba­
ros, mesmo que de forma inusitada devido ao naufrágio de seu navio: “Ha­
vendo escapado, então, souberam que a ilha se chamava Malta. E os bárbaros
usaram conosco de não pouca humanidade; porque, acendendo uma grande
fogueira, nos recolheram a todos por causa da chuva que caía e por causa do
frio.” (At 28.1-2).
3. Lucas ainda registra Paulo curando o chefe da tribo dos bárbaros da Ilha
de Malta, e alcançando também todos os habitantes daquele isolado lugar do
mundo: “E ali, próximo daquele mesmo lugar, havia umas herdades que per­
tenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou
benignamente por três dias. Aconteceu estar de cama enfermo de febres e di­
senteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre
ele e o curou. Feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha
tinham enfermidades e sararam,” (At 28.7-9). Portanto, o amor de Deus alcan­
çou os povos bárbaros da Ilha de Malta através do apóstolo Paulo!

224 I 19 DE ABRIL
4. Moisés já mencionava o amor de Deus pelos povos, dizendo: “Na verda­
de, amas os povos; todos os teus santos estão na tua mão; postos serão no meio,
entre os teus pés, cada um receberá das tuas palavras.” (Dt 33.3).

II. JESUS CRISTO INCLUIU OS ÍNDIOS NO SEU PLANO DE EVANGELIZAÇÃO


1. Jesus Cristo não se esqueceu dos povos indígenas e incluiu eles na sua
ordem imperativa de evangelização, dizendo: Έ disse-lhes: Ide por todo o mun­
do, pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16.15). Nesse texto a abrangência
da evangelização é vista tanto do ponto de vista geográfico: “Ide por todo o
mundo..”; como do ponto de vista étnico: “Pregai o evangelho a toda criatura”.
Não importa onde essas pessoas estão, de que etnia são, que religião tem, elas
precisam ser alcançadas pelo Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
2. A Bíblia descreve os sinais prometidos por Jesus acompanhando Paulo na
evangelização: “E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides e pondo-
-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão. E os bárbaros,
vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este
homem é homicida, visto como, escapando do mar, a Justiça não o deixa viver.
Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não padeceu nenhum mal. E eles espera­
vam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já mui­
to e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam
que era um deus.” (At 28.3-6). Ao presenciarem a serpente não causar dano
algum em Paulo conforme Jesus prometeu (Mc 16.17-19), os bárbaros abriram
o coração para acreditarem que Paulo tinha algo divino em sua vida!
3. Paulo unifica todos os povos e pessoas em Cristo, dizendo: “Nisto não
há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque
todos vós sois um em Cristo Jesus.” (G1 3.28).
4. Paulo revela qual a extensão e abrangência que o Evangelho de Cristo deve
alcançar, dizendo: “Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos
moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda
criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.” (Cl 1.23).

CONCLUSÃO: Deus ama a todos os povos, tribos, línguas e nações! A Bíblia revela
a extensão da Obra Redentora de Cristo na cruz do calvário, dizendo: “E cantavam
um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque
foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua,
e povo, e nação;” (Ap 5.9). Portanto, o Sangue de Jesus Cristo comprou também os
povos indígenas e qualquer povo independente de sua língua ou nação para Deus!

225
20 DE ABRIL

SEJA UMA PESSOA SINCERA E VERDADEIRA


Salmo 37.37

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos ensina a observarmos as pessoas since­


ras e verdadeiras. O próprio Deus nota os homens que são sinceros e verdadei­
ros (Jó 1.8). O Senhor Jesus Cristo não precisa observar por muito tempo uma
pessoa para conhecer o seu interior e o seu caráter. Jesus Cristo conhece per-
feitamente o interior de cada ser humano. Ele sonda mentes e corações. Ele co­
nhece o caráter de cada pessoa, e declarou publicamente que Natanael era uma
pessoa sincera e verdadeira (Jo 1.47). O homem olha para a aparência; porém,
o Senhor conhece o interior de cada ser humano (ISm 16.7). Pessoas sinceras
não são enganadoras e nem muito menos desonestas; e pessoas verdadeiras são
autênticas e transparentes.

I. SEJA UMA PESSOA SINCERA


1. A Bíblia descreve Jó como uma pessoa sincera, dizendo: “Havia um ho­
mem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente
a Deus; e desviava-se do mal.” (Jó 1.1). Deus Pai deu testemunho da sinceridade
de Jó, e Deus Pilho deu testemunho da sinceridade de Natanael (Jó 1.8 e Jo. 1.47).
2. A palavra “sinceridade”, significa franqueza, lealdade e ausência de hi­
pocrisia. Jó confirmou a ausência de engano em sua maneira de viver, dizendo:
“Se andei com vaidade, e se o meu pé se apressou para o engano (pese-me em
balanças fiéis, e saberá Deus a minha sinceridade);” (Jó 31.5-6).
3. Davi se comprometeu a andar com sinceridade dentro de sua casa, di­
zendo: “Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim?
Andarei em minha casa com um coração sincero. Não porei coisa má diante
dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; nada se me pegará.”
(SI 101.2-3). A sinceridade do homem deve começar dentro de sua casa; pois, lá
fora as pessoas podem mostrar uma falsa aparência para serem melhor avalia­
das pelos outros.
4. O apóstolo Paulo revela a maneira correta do homem viver neste mundo,
dizendo: “Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de
que, com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas
na graça de Deus, temos vivido no mundo e maiormente convosco.” (2Co 1.12).

II. SEJA UMA PESSOA VERDADEIRA


1. A Bíblia revela o exemplo de vários homens que o próprio Deus deu tes­
temunho como pessoas verdadeiras. O próprio Deus deu testemunho de Noé
como um homem verdadeiro, dizendo: “Entra tu e toda a tua casa na arca, por­
que te hei visto justo diante de mim nesta geração.” (Gn 7.1).

226 | 20 DE ABRIL
2. O Senhor defendeu publicamente Moisés como um homem verdadei­
ro, dizendo: “Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o
SENHOR, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. Não
é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca
falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do SENHOR;
por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?”
(Nm 12.6-8).
3. O Senhor também deu testemunho de Davi como um homem verdadei­
ro segundo o seu próprio coração, dizendo: “Achei a Davi, filho de Jessé, varão
conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.” (At 13.22). Al­
guém pode questionar os muitos erros de Davi; porém, ele foi muito sincero e
verdadeiro quando errou, enquanto muitos líderes não tem coragem de assumir
seus erros preocupados com a sua reputação (2Sm 12.13; 2Sm 24.7 e SI 51).
4. O próprio Deus deu testemunho público de Jó como um homem ver­
dadeiro perante o Adversário, dizendo: “Observaste tu a meu servo Jó? Porque
ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus,
e desviando-se do mal.” (Jó 1.8).
CONCLUSÃO: Que possamos imitar o bom exemplo desses homens, cujo ca­
ráter tornou-se muito raro em nossos dias. O apóstolo Paulo nos aconselha a
maneira correta dos filhos de Deus se comportarem no meio desta geração,
dizendo: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis
no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como
astros no mundo;” (Fp 2.15)

ANOTAÇÕES
21 DE ABRIL

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DE TIRADENTES


João 15.13

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor Jesus Cristo nos revela o amor
do verdadeiro herói que morreu pelos seus amigos. Jesus Cristo morreu não
só por seus amigos, como também por homens pecadores que na ignorância o
tinha por inimigo. O dia 21 de abril é celebrado no Brasil como o “Dia de Ti-
radentes”. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi um dentista, tropeiro,
minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial,
mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil,
é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Bra­
sil, e herói nacional. O dia de sua execução, 21 de abril (21.04.1792), é feriado
nacional. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de São José do Rio das
Mortes, foi renomeada em sua homenagem. Entretanto, apesar de seu esforço
pela independência do Brasil em relação a Portugal, a independência do Brasil
só foi proclamada em 1822 por Dom Pedro I. Após a sua morte, ninguém dava
importância a Tiradentes, o qual foi condenado como um desertor e traidor
de Portugal. Porém, o reconhecimento da bravura de Tiradentes só se deu em
1890. Às vésperas da Proclamação da República, o Brasil procurava um herói
nacional; então, ressurgiu a figura de Tiradentes como este “herói nacional”.
Respeitamos a história cívica de cada nação que possui um herói nacional. Po­
rém, para nós os Cristãos, Jesus Cristo é o Verdadeiro Herói da Humanidade.
Ele não só deu a vida por uma causa, ou por uma nação, como deu a sua própria
vida em favor de todos nós pecadores. Jesus Cristo não é apenas uma figura de
herói, Ele é o nosso herói presente todos os dias. Ele mesmo disse: “E eis que
estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20).

I. JESUS CRISTO É O NOSSO VERDADEIRO HERÓI


1. Jesus Cristo é o nosso verdadeiro Herói, porque, Deus prova o seu amor
para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecado­
res (Rm 5.8).
2. Jesus Cristo é o nosso verdadeiro Herói, porque, Cristo nos resgatou da
maldição da lei, fazendo-se Ele próprio maldição em nosso lugar (G1 3.13).
3. Jesus Cristo é o nosso verdadeiro Herói, porque, Deus, sendo rico em mise­
ricórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em
nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos (Ef 2.4-5).
4. Jesus Cristo é o nosso verdadeiro Herói, porque, mesmo subsistindo em
forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mes­
mo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de
homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-

228 I 21 DE ABRIL
-se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que Deus o exaltou sobremanei­
ra e lhe deu o Nome que está acima de todo nome, para que ao Nome de Jesus se
dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse
que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai (Fp 2.5-11).
5. Jesus Cristo é o nosso verdadeiro Herói, porque, tendo cancelado o es­
crito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era
prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz (Cl 2.14).
6. Jesus Cristo é o nosso verdadeiro Herói, porque, há um só Deus e um só
Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, Homem (2Tm 2.5). Jesus Cristo
é o nosso verdadeiro Herói, porque, naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido
tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados (Hb 2.18).
7. Jesus Cristo é o nosso verdadeiro Herói, porque, embora sendo Filho,
aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tor-
nou-se o Autor da Salvação eterna para todos os que lhe obedecem (Hb 5.8-9).
8. Jesus Cristo é o nosso verdadeiro Herói, porque, se pecarmos, temos Ad­
vogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo; e Ele é a propiciação pelos nossos
pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo intei­
ro (ljo 2.1-2).
CONCLUSÃO: Nenhuma outra pessoa mudou tanto a história do mundo quan­
to Jesus de Nazaré. Ralph Waldo Emerson certa vez disse: “O nome de Jesus
não é somente falado, mas é cinzelado na história do mundo”. Mais livros foram
escritos sobre Ele do que sobre qualquer outra pessoa. A vida de Jesus causou
impacto em todas as áreas da existência humana. Jesus não escreveu nenhuma
poesia; entretanto, Milton, Dante e muitos outros dos melhores poetas do mun­
do foram inspirados por Ele. Ele não compôs nenhuma música; mas Haendel,
Haydn, Beethoven, Bach e Mendelssahn alcançaram a mais elevada perfeição
quando compunham hinos, sinfonias e oratórios em seu louvor. Ele não pintou
quadros; mas Raphael, Michelangelo e Leonardo da Vinci foram inspirados a
grandeza retratando a vida de Jesus e seu Ministério!

ANOTAÇOES

229
22 DE ABRIL

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DO PLANETA TERRA


Jeremias 22.29

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor adverte a terra por três vezes para
que ouça a Palavra de Deus. O dia 22 de abril é lembrado como o Dia do Planeta
Terra. A data surgiu nos Estados Unidos na década de 70 quando o senador
Gaylord Nelson organizou o primeiro protesto nacional contra a poluição. Esta
data tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da con­
taminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais
para proteger a Terra. O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não
está regulada por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacio­
nado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas. O Dia
da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos naturais da Terra e seu
manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente
conscientes e responsáveis. A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos.
Foi o próprio Deus quem criou a terra para ser a casa de todos os seres vivos. A
Palavra de Deus afirma que: “Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a
Ele aos filhos dos homens” (SI 115.16). Portanto, cabe a cada ser humano cuidar
deste planeta terra que lhe foi dado como morada.

I. DEUS É O VERDADEIRO DONO DO PLANETA TERRA


1. A Bíblia Sagrada já inicia nos apresentando Deus como o Criador dos
céus e da terra, dizendo: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1).
Nada se compara com a força desta expressão. Não existe Teoria da Evolução e
nem Teoria do Big Bang que subsista diante desta afirmação da Palavra de Deus.
2. Somente Deus possui a escritura definitiva do Planeta Terra. Deus é o
proprietário original da Terra, e deixou isso muito claro, dizendo: “Também
a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é minha; pois vós sois
para mim estrangeiros e peregrinos” (Lv 25.23).
3. O homem depende do fôlego de Deus para viver na terra. A Palavra de
Deus diz: “Quem lhe entregou o governo da terra? Quem lhe confiou o Univer­
so? Se Deus pensasse apenas em si mesmo e para si recolhesse o seu espírito e
o seu sopro, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó”
(Jó 34.13-15).
4. O próprio Criador fez uma pergunta a Jó, dizendo: O n d e estavas tu,
quando Eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento”
(Jó 38.4). O Deus Criador fez outra pergunta a Jó, dizendo: “Tens ideia nítida
da largura da terra? Dize-mo, se o sabes” (Jó 38.18). O salmista Davi enalteceu
ao Criador, dizendo: “Q Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra
é o teu Nome!” (SI 8.9). A Palavra de Deus nos apresenta o verdadeiro dono do

230 I 22 DE ABRIL
planeta terra, dizendo: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém,
e o mundo e os que nele habitam” (SI 24.1). O salmista também nos mostrou
quem é o Rei de toda a terra, dizendo: “Pois o Senhor Altíssimo é tremendo, é o
grande Rei de toda a terra” (SI 47.2).

II. DEUS CUIDA DO PLANETA TERRA E DOS SEUS MORADORES


1. É Deus quem cuida e abençoa toda a produção da terra. A Palavra de
Deus diz: “Tu visitas a terra e a regas; tu a enriqueces copiosamente; os ribeiros
de Deus são abundantes de água; preparas o cereal, porque para isso a dispões,
regando-lhe os sulcos, aplanando-lhes as leivas. Tu a amoleces com chuviscos e
lhe abençoas a produção” (SI 65.9-10).
2. O salmista reconhece e enaltece o Criador e Dono do Universo, dizen­
do: “Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste”
(SI 89.11). O próprio Criador cobra dos habitantes da terra a preservação am­
biental, dizendo: “Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que
formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas
para ser habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro” (Is 45.18).
3. A Palavra de Deus descreve a maneira poderosa e inteligente como o
Senhor criou a terra e os céus, dizendo: “O Senhor fez a terra pelo seu poder;
estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os
céus” (Jr 10.12).
4. O Senhor consola a terra e os seres vivos, dizendo: “Não temas, ó terra,
regozija-te e alegra-te, porque o Senhor faz grandes coisas. Não temais, animais
do campo, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o
seu fruto, a figueira e a vide produzirão com vigor” (J1 2.21-22).
CONCLUSÃO: O Deus Todo-Poderoso, o Criador dos céus e da terra, convida
todos os moradores da terra para que ouça a sua voz. O homem vive na terra
de nariz empinado como se não tivesse que dá satisfação a ninguém. Porém, o
Deus de toda a terra continua ecoando a sua voz notificando aos homens que
todos, em toda parte, se arrependam (At 17.30).

ANO TAÇÕES

231
23 DE ABRIL

0 MAIOR LIVRO MISSIONÁRIO DO MUNDO


João 5.39

INTRODUÇÃO: Jesus Cristo nos ensina através deste texto sagrado que as Es­
crituras devem ser o nosso manual de evangelização, porque a Bíblia inteira
testifica de Jesus Cristo. A Bíblia é o maior livro missionário do mundo. Sem
a Bíblia, a evangelização do mundo seria não apenas impossível, mas também
inconcebível. A Bíblia nos dá o Mandato da evangelização do mundo. A Bíblia
nos dá a mensagem para a evangelização do mundo. A Bíblia nos dá o modelo
da evangelização do mundo. A Bíblia não apenas contém o Evangelho; ela é o
próprio Evangelho. Através da Bíblia o próprio Deus está evangelizando, isto é,
comunicando as boas Novas ao mundo. A Bíblia nos dá também o poder para
Evangelização do mundo. A Bíblia é o instrumento de evangelização do prega­
dor. Como disse o missionário e teólogo Orlando Boyer: “E com o pincel que
o pintor tem destreza. É com o fuzil que o soldado é perito. Mas é a Palavra de
Deus que o crente deve manejar bem” (2Tm 2.15)

I. A IMPORTÂNCIA DA BÍBLIA NA EVANGELIZAÇÃO DO MUNDO


1. A Bíblia é o Maior Livro da História! Ainda hoje, existem muitos livros
importantes que se tornaram grandes best-seller, um clássico da literatura mun­
dial; porém, nenhum pode ser comparado com a Bíblia Sagrada. Certamente
o Espírito Santo inspirou os autores da Bíblia, o que a torna um Livro Divino
e infinitamente superior a todos os demais livros da História. Muitos livros se
perderam na história, e outros nem se publicam mais. Porém, a Bíblia continua
sendo o livro mais publicado, mais divulgado, mais famoso, mais buscado, mais
vendido, e mais lido de toda a História Universal!
2. A Bíblia é o Livro dos Livros. É um livro por Excelência. A Bíblia é a maior reve­
lação de Deus à humanidade. Tudo que Deus tem para o homem e requer do homem
está na Bíblia. Tudo o que o homem precisa saber espiritualmente da parte de Deus,
quanto à sua redenção, conduta cristã e felicidade eterna está revelado na Bíblia. Deus
não tem outra revelação escrita além da Bíblia. As Escrituras Sagradas constituem o
livro mais notável jamais visto no mundo. São de alta dignidade, veracidade e infalibi­
lidade. A história da sua influência é a história da civilização. Porque a Palavra de Deus
é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (SI 119.105).
3. Milhões e milhões de homens e sábios no mundo inteiro têm testemu­
nhado de seu poder como instrumento de iluminação e santidade, visto que
as Escrituras foram preparadas por homens que falaram da parte de Deus mo­
vidos pelo Espírito Santo, a fim de revelar o Ünico Deus Verdadeiro e a Jesus
Cristo, a quem Ele enviou (2Pe 1.19-21).
4. A Bíblia é um livro que merece a primazia sobre todos os demais livros.

232 I 23 DE ABRIL
“Milhões de pessoas estão procurando hoje uma voz de autoridade que mereça
confiança. A Palavra de Deus é a única autoridade real que temos. Ela projeta
luz sobre a natureza humana, sobre os problemas do mundo e sobre os sofri­
mentos do homem” (Billy Grahan).
5. W illiam Lyon Phelps, um dos professores universitários mais amados dos
Estados Unidos outrora presidente da Universidade de Yale declarou o seguinte:
“Creio firmemente na educação universitária, tanto para homens como para
mulheres; mas também creio que o conhecimento da Bíblia sem um curso uni­
versitário tem maior valor do que um curso universitário sem a Bíblia”. O após­
tolo Paulo também reconheceu a importância da Bíblia na educação cristã do
jovem Timóteo desde a sua infância (2Tm 3.14-17). “Acima de todos os livros,
deve a Bíblia merecer nosso cuidadoso estudo. Ela deve ser o grande compên­
dio, a base de toda a educação; nossos filhos devem ser instruídos nas verdades
que nela se encontram” (L. Fortes Reis - Educador).

II. 0 EFEITO PRÁTICO DA BÍBLIA NA EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL


1. A Bíblia educa, instrui, corrige, exorta, e é o grande instrumento de evan-
gelização do Missionário. Lucas escreveu que o Eunuco da Etiópia lia o capítulo
53 do profeta Isaías, e o Evangelista Filipe se aproximou dele, e lhe perguntou,
dizendo: Ό senhor entende o que está lendo? Ele respondeu: — Como poderei
entender, se ninguém me explicar?... Então Filipe explicou. E, começando com
esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a mensagem de Jesus.” (At 8.30-37).
2. Veja a importância da Bíblia como um livro missionário e como um ins­
trumento de evangelização do pregador nesta história. O Eunuco já tinha um
exemplar da Bíblia e estava lendo; porém, precisou do missionário para lhe ex­
plicar o que a Escritura dizia. O Evangelista Filipe foi orientado pelo Espírito a se
aproximar do Eunuco, e por meio da Escritura anunciou-lhe Jesus, levando o Alto
Oficial do governo da Etiópia a crê em Jesus Cristo como o Filho de Deus e se ba­
tizar nas águas (At 8.30-38). Esta é a simetria perfeita da evangelização: O Espírito
Santo, o Pregador, a Bíblia, e o pecador sedento de conhecer a Jesus Cristo!
3. Os Gideões Internacionais, por exemplo, é uma associação evangélica
cristã, sem fins lucrativos, formada por homens de negócio, dedicada na dis­
tribuição de Bíblias, nos hotéis, motéis, escolas, hospitais, repartições públicas,
militares, aeronaves e navios. Os Gideões Internacionais estão presentes em cer­
ca de 200 países, sendo um braço missionário da igreja local, e ninguém como
eles sabem explorar tão bem o grande potencial da Bíblia como um Livro Mis­
sionário, e essa iniciativa tem contribuído para conversão de almas por todo o
mundo (2Tm 2.4).
4. As Escrituras Sagradas estão disponíveis para cerca de 2.935 idiomas fa­
lados por 6,039 bilhões de pessoas. Só em 2015, foram feitas traduções para 50
novos idiomas, falados por quase 160 milhões de pessoas, com auxílio das So­
ciedades Bíblicas Unidas (SBU), graças aos esforços dessa aliança global presente
em mais de 200 países e territórios, e da qual faz parte a Sociedade Bíblica do
233
Brasil (SBB). Paralelamente, de acordo com as SBU, crescem as traduções das
Escrituras para línguas de sinais e em Braile. Estima-se que mais de 300 milhões
de pessoas, em todo o mundo, tenham deficiência auditiva e 70 milhões delas
utilizam a língua de sinais para se comunicar, e assim todas as pessoas no mundo
estão tendo acesso a Palavra de Deus. Portanto, é o Senhor, nosso Deus “quem
envia o seu mandamento à terra; a sua palavra corre velozmente;” (SI 147.15).
5. Em 10 de junho de 1948, sob o lema “Dar a Bíblia à Pátria”, surgiu a Socie­
dade Bíblica do Brasil (SBB). Nesta época, logo após a 2a Grande Guerra, o clima
era de otimismo e esperança - cenário favorável ao crescimento da distribuição
da Palavra de Deus. Criada por destacados líderes cristãos, a SBB assumiu as
atividades de tradução, produção e distribuição da Bíblia em todo o território na­
cional. Com uma produção atual de cerca de 23 mil exemplares por dia, a Gráfica
da Bíblia, localizada em Barueri (SP), no mesmo local da Sede Nacional da SBB,
tornou-se ao longo desses anos, um dos mais credenciados centros de produção
de Bíblias do mundo. A Gráfica da Bíblia é a única, no mundo, dedicada exclu­
sivamente à produção da Bíblia. A Sociedade Bíblica do Brasil é uma entidade
sem fins lucrativos, dedicada a disseminar a Bíblia e, por meio dela, promover o
desenvolvimento integral do ser humano. “A Bíblia é um instrumento de trans­
formação espiritual e social, além de fonte de conhecimento e educação. Base
cultural e do pensamento filosófico de toda a civilização ocidental, o Livro Sa­
grado contém, ainda, valores éticos capazes de auxiliar na construção de uma
sociedade mais justa, pacífica e harmônica.” (SBB). A Sociedade Bíblica do Brasil
(SBB) alcançou em outubro de 2019 a marca de 170 milhões de Bíblias e Novos
Testamentos, contabilizada desde a inauguração da Gráfica da Bíblia, em 1995.
Assim expressou o sábio Salomão: “Não há limite para fazer livros” (Ec 12.12).

CONCLUSÃO: A Bíblia Sagrada é o Registro de Nascimento do mundo, onde o


homem aprende qual é a sua origem e qual é o seu destino, e qual é o nome de
seus primeiros pais. Portanto, a Bíblia aberta já é por si só Deus evangelizando o
mundo!

A N O TA Ç Õ E S

234 I 23 DE ABRIL
24 DE ABRIL

DEUS ABRIU A PORTA DA FÉ PARA TODOS


Atos 14.27

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve o relatório que Paulo e Barnabé


deram à Igreja de Antioquia sobre a primeira viagem missionária que eles ha­
viam feito (At 13.1-4). A primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé foi
um grande sucesso, e abrangeu pontualmente a região da Licaônia ou Galácia.
As principais cidades alcançadas foram: Salamina, Pafos, Antioquia da Pisídia,
Icônio, Listra e Derbe. Em todos esses lugares, Paulo e Barnabé priorizaram o
anuncio do Evangelho aos Judeus em suas respectivas Sinagogas; e, ao perce­
berem que os gentios se mostravam mais receptivos ao Evangelho do que os
próprios Judeus, os ilustres missionários se convenceram que Deus havia aberto
em definitivo a porta da fé aos gentios.

I. A PORTA DA FÉ É ABERTA PARA TODO AQUELE QUE CRÊ


1. Ao ordenar os discípulos que pregassem o seu Evangelho a toda a cria­
tura, o Senhor Jesus Cristo deixou claro que a condenação só acontece quando
o homem não crê (Mc 16.15-16). Paulo e Silas pregaram esta verdade para o
carcereiro de Filipos, dizendo: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a
tua casa.” (At 16.31).
2. No texto áureo da Bíblia, Jesus Cristo também deixou bem claro que o
amor de Deus é extensivo ao mundo inteiro; porém, só escapa da condenação e
recebe a vida eterna “todo aquele que Nele crê” (Jo 3.16).
3. Jesus Cristo voltou a dizer que somente aquele que crê escapa da conde­
nação eterna: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra
e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação,
mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24).
4. Paulo condicionou a salvação seja de Judeus ou Gentios tão somente ao
ato de crê, dizendo: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois
é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e
também do grego.” (Rm 1.16). Na Nova Aliança nos tornamos filhos de Deus
pelo simples ato de crê no Nome de Jesus Cristo (Jo 1.12).

II. A PORTA DA FÉ É ABERTA PELA PREGAÇÃO DO EVANGELHO


1. A pregação da Palavra de Deus é a chave para se abrir a porta da fé para
a humanidade. Paulo escreveu como a pregação do Evangelho abre a porta da
fé para todos, dizendo: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de
Deus.” (Rm 10.17). Em Pafos, é dito que após a resistência de um judeu mágico
chamado Elimas a pregação de Paulo, o apóstolo usou de autoridade espiritual
repreendendo o falso profeta, e o procônsul Sérgio Paulo creu maravilhado da

235
Doutrina do Senhor (At 13.6-12). Portanto, temos dois tipos de ouvintes: Um
que não crê, e outro que crê. A nossa função é pregar a Palavra de Deus; o resul­
tado dependerá da recepção do ouvinte à pregação do Evangelho!
2. Em Antoquia da Pisídia, apesar do esforço de Paulo de priorizar a pre­
gação do Evangelho aos Judeus, estes começaram a zombarem da pregação de
Paulo, e ele mostrou que a porta da fé também estava aberta para os gentios (At
13.46-48).
3. Lucas registrou como a porta da fé se abriu para os gentios na cidade de
Listra, dizendo: Έ estava assentado em Listra certo varão leso dos pés, coxo
desde o seu nascimento, o qual nunca tinha andado. Este ouviu falar Paulo, que,
fixando nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta: Le­
vanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou.” (At 14.8-10). Este milagre
impactou toda a cidade de Listra á ponto dos moradores pensarem que Paulo e
Barnabé eram deuses em forma humana (At 14.11-18).
4. A Bíblia registra a última tentativa de Paulo convencer os Judeus a acei­
tarem o Evangelho de Cristo em Roma; e, ao rejeitarem, Paulo se voltou total­
mente para a pregação aos gentios, dizendo: “Seja-vos, pois, notório que esta
salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão.” (At 28.16-28). O após­
tolo Paulo descreveu a graça como a fonte, e a fé como a porta de entrada para
o homem se apropriar da salvação, dizendo: “Porque pela graça sois salvos, por
meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.” (Ef 2.8).
CONCLUSÃO: Ao abrir a Porta da Fé aos gentios, Deus abriu também a Porta
da Salvação para todo aquele que crê; e tornou sua graça extensiva a todos os
homens; além de um mundo de grandes possibilidades, pois a fé tem a capaci­
dade de tornar todas as coisas possíveis para o que crê (Mc 9.23; Tt 2.11 etc..).

A N O TA Ç Õ E S

236 I 24 DE ABRIL
25 DE ABRIL

DEUS JÁ PROVOU QUE TE AMA


Romanos 5.8

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado é a reafirmação do maior amor do mundo.


Quando há uma dúvida em relação ao amor de um dos cônjuges numa relação
matrimonial; é comum uma das partes perguntarem: “Você me ama mesmo?”.
Se o outro responder com palavras que sim; a outra parte pode lhe fazer uma
segunda exigência: “Qual a prova que você dá que me ama?” No caso do nosso
Deus, Ele não precisa provar mais nada para o homem que o ama. Deus já pro­
vou que nos ama ao enviar o seu Único Filho para morrer pelos nossos pecados
(Jo 3.16). Nenhum ser humano tem a coragem de oferecer seu filho para morrer
por pessoas boas, quando mais por miseráveis pecadores. Entretanto, o nosso
Deus fez isso.

I. A PROVA DO AMOR DE DEUS


1. Deus podería enviar um anjo bom para se encarnar em alguém e morrer
em nosso lugar; ou mesmo, outra criatura inocente para morrer em nosso lu­
gar. Porém, Deus não terceirizou o que Ele decidiu fazer; Ele mesmo fez o que
precisava ser feito através de Cristo. Paulo afirma que “Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em
nós a palavra da reconciliação.” (2Co 5.19).
2. O Senhor Jesus Cristo afirmou que Deus amou o mundo de uma maneira
inexplicável e imensurável! (Jo 3.16). O amor de Deus supera todas as dimen­
sões imagináveis e excede a toda a compreensão humana! (Ef 3.18-19).
3. O Senhor Jesus Cristo desafiou alguém demonstrar um amor tão grande
assim em favor dos pecadores, dizendo: “Ninguém tem maior amor do que este:
de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (Jo 15.13).
4. O apóstolo Paulo declarou que “O amor de Deus está derramado em
nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5.5). João, o apóstolo
do amor escreveu em que consiste o amor de Deus, dizendo: “Nisto está o amor:
não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou
seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.” (1 Jo 4.10).

II. DEUS NOS AMOU PRIMEIRO


1. Deus nos amou antes mesmo que soubéssemos o que significa a palavra
“amor”. O apóstolo João também escreveu esta verdade, dizendo: “Nós o ama­
mos porque ele nos amou primeiro.” (1 Jo 4.19).
2. O profeta Jeremias descreveu o amor de Deus por nós como eterno, di­
zendo: “Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Com amor eterno te
amei; também com amável benignidade te atraí.” (Jr 31.3). O sábio Salomão

237
descreveu como o amor supera o ódio, dizendo: “O ódio excita contendas, mas
o amor cobre todas as transgressões.” (Pv 10.12).
3. O próprio Senhor descreveu como o seu amor cobre todos os nossos pe­
cados, dizendo: “Eu, eu mesmo, sou o que apaga as tuas transgressões por amor
de mim e dos teus pecados me não lembro.” (Is 43.25).
4. O apóstolo João ainda escreveu, dizendo: “E nós conhecemos e cremos
no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está em amor está em Deus,
e Deus, nele.” ( ljo 4.16). Portanto, Deus é o próprio Amor em Pessoa! Por isso,
Ele nos amou primeiro e nos ensinou também a amá-lo!
CONCLUSÃO: Deus não precisa provar mais nada pra ninguém! Ele já provou
de forma prática que nos ama ao enviar o seu tesouro mais precioso para mor­
rer pelos pecadores - Jesus Cristo - O seu Filho Amado (Mt 3.17 e Jo.3.16).

A N O TA Ç Õ E S

238 I 25 DE ABRIL
26 DE ABRIL

HÁ UM SÓ DEUS!
ICoríntios 8.6

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo resume todo o credo cris­
tão em poucas palavras. O ensino geral das Escrituras do Gênesis ao Apocalipse
é que existe um só Deus. Hoje em dia, há uma guerra teológica e desnecessária
entre Unicistas e Trinitaristas. Os Unicistas não distinguem a Pessoa do Pai da
Pessoa do Filho e nem também da Pessoa do Espírito Santo; já os Trinitaristas
também acreditam que há um só Deus; porém, distinguem a Pessoa do Pai da
Pessoa do Filho e da Pessoa do Espírito Santo dentro daquela Única Divindade.
Entretanto, não só neste texto sagrado, como também em vários outros textos
das Escrituras, a Bíblia sempre pregará a existência de um só Deus, um só Se­
nhor e um só Espírito (Ef 4.4-6). Portanto, as Escrituras enfatizam que de fato
há um só Deus e ponto final.

I. A DOUTRINA DO ÚNICO DEUS NAS ESCRITURAS


1. A Doutrina que sustenta a nossa Fé nas Escrituras como a infalível Pala­
vra de Deus é exatamente o ensino de que existe um só Deus. Moisés lembrou
ao povo de Israel da exclusividade do Deus que apareceu no Monte Sinai, dizen­
do: “A ti te foi mostrado para que soubesses que o SENHOR é Deus; nenhum
outro há, senão ele.” (Dt 4.35).
2. Moisés ensinou novamente a Doutrina do Único Deus, dizendo: “Pelo
que hoje saberás e refletirás no teu coração que só o SENHOR é Deus em cima
no céu e embaixo na terra; nenhum outro há.” (Dt 4.39).
3. O grande monoteísta Moisés continuou defendendo a Doutrina do
Único Deus, dizendo: O u v e, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o Único Senhor”
(Dt 6.4). Existe apenas um Deus verdadeiro. Porém, é importante entender que
a palavra “único” vem da palavra Hebraica “echadf’, que significa uma “unidade
composta”; ou seja, uma unidade de mais de uma pessoa. Portanto, Deus é uma
Única Divindade que se manifesta como: Único Deus, Único Senhor, e Único
Espírito (IC o 12.4-6 e 2Co 13.13).
4. O próprio Deus ensinou a Doutrina Monoteísta, e excluiu a existência de
qualquer outro deus além Dele, dizendo: “Assim diz o SENHOR, Rei de Israel e
seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e
fora de mim não há Deus.” (Is 44.6). O Senhor Jesus Cristo confirmou a Doutri­
na Geral das Escrituras que reconhece a existência de um Único Deus, dizendo:
Έ a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o Único Deus Verdadeiro, e a jesus
Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).

239
II. DEUS É PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO
1. Quando o Senhor Jesus Cristo ordenou que os discípulos batizassem as
pessoas convertidas em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Ele não
estava pregando o batismo cristão em nome de três deuses; pelo contrário, o
batismo cristão é feito em Nome de um só Deus que se manifesta na Pessoa do
Pai, na Pessoa do Filho, e na Pessoa do Espírito Santo (Mt 28.19).
2. O apóstolo Paulo distinguiu claramente as Pessoas da Divindade, dizen­
do: “Flá um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só
Senhor, Jesus Cristo” (IC o 8.6). Portanto, Paulo, um Judeu zeloso e extrema­
mente monoteísta, jamais estaria pregando a existência de dois deuses, como se
Jesus Cristo fosse um “outro Deus” à parte.
3. Paulo fazia questão de distinguir as Três Pessoas da Divindade, dizendo:
“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de
ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o
mesmo Deus que opera tudo em todos.” (IC o 12.4-6).
4. O apóstolo Paulo também distinguiu as Três Pessoas da Divindade
na Benção Apostólica, dizendo: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor
de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém!”
(2Co 13.13). Paulo ainda distinguiu as Três Pessoas da Trindade dentro da
Unidade, dizendo: “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes
chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só
fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por
todos, e em todos.” (E f 4 .4-6). Interessante é que os apóstolos não fizeram a
distinção das Três Pessoas da Trindade com o intuito de provar o argumen­
to; eles apenas reafirmavam o que já era um consenso geral preconizado nas
Escrituras!
CONCLUSÃO: Portanto, o ensino geral das Escrituras, tanto do Velho como
do Novo Testamento é que existe um só Deus; e isso foi reafirmado tanto nos
ensinos do Senhor Jesus Cristo como nos ensinamentos dos seus apóstolos.
Por isso, Paulo entoou o Cântico do Deus Único, dizendo: “Assim, ao Rei
Eterno, Imortal, Invisível, Deus Único, honra e glória pelos séculos dos sécu­
los. Amém !” (lT m 1.17).

240 27 DE ABRIL
27 DE ABRIL

LIÇÕES DO DIA DA EMPREGADA DOMÉSTICA


2Reis 5.2

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos apresenta lições importantes de uma


empregada doméstica que Deus usou para evangelizar um importante general.
No dia 27 de abril também se comemora o Dia da Empregada Doméstica. A
empregada doméstica é tida como uma pessoa responsável pela arrumação e
organização do lar, além de tantas outras tarefas que ajudam a manter o equi­
líbrio e bom funcionamento de uma residência familiar. Esta menina israeli­
ta levada como prisioneira pelo exército da Síria e colocada para trabalhar na
residência do general sírio Naamã foi o canal que Deus usou para evangelizar
aquele general e toda a sua família. Naamã era um general vitorioso que osten­
tava muitos títulos e conquistas militares; porém, havia uma lepra corroendo
por dentro dele lhe causando muito sofrimento; entretanto, trabalhava em sua
casa uma moça crente, a qual foi usada por Deus para lhe apresentar o Deus de
Israel.

I. DEUS USA PESSOAS DE TODOS OS NÍVEIS SOCIAIS


1. A Bíblia revela Deus usando pessoas de todas as faixas etárias e de todos
os níveis sociais. Esta menina israelita raptada pelo exército da Síria e colocada
a serviço da mulher do general Naamã, é o símbolo de tantas outras empregadas
domésticas colocadas por Deus para trabalharem em casas de pessoas impor­
tantes para evangelizarem estas pessoas que nunca se dirigem a uma igreja para
ouvirem a Palavra de Deus (2Rs 5.3). Paulo aconselhou a Timóteo, dizendo:
“que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo...” (2Tm 4.2).
2. Deus não enviava anjos só para falarem com generais, profetas, sacer­
dotes ou reis; Ele enviava anjos também para falarem com pessoas simples e
desprezadas como aconteceu com Agar, empregada doméstica de Sara, mulher
de Abraão (Gn 16.6-13).
3. Obadias, o mordomo de Acabe, era um empregado doméstico do palácio
do rei de Israel que Deus usou para salvar a vida de 100 profetas do Senhor que
sua ímpia patroa Jezabel queria matar (IR s 18.3-4). Ebede-Meleque, empregado
doméstico do rei de Judá Zedequias, foi usado por Deus para salvar a vida do
profeta Jeremias que havia sido lançado em um poço de lama! (Jr 38.7-13).
4. Neemias, o copeiro de Artaxerxes, rei da Pérsia, não perdeu a oportuni­
dade de mostrar ao maior monarca de sua época o seu zelo e amor pela obra do
Deus de Israel ao solicitar ao rei que lhe desse permissão e condição de recons­
truir os muros de Jerusalém, onde o próprio Senhor falou que ali habitaria o seu
Nome para sempre! (Ne 2.1-8 e 2Cr 7.16).

241
II. DEUS USA PESSOAS DESPREZÍVEIS E HUMILDES
1. Deus usa as pessoas mais desprezíveis e pobres aos olhos humanos para
realizarem grandes coisas. Deus usou um desprezível egípcio, servo de um
amalequita para servir de guia para Davi alcançar os inimigos amalequitas
que haviam levado sua família e a família dos seus homens como prisioneiros!
(ISm 30.11-18).
2. Deus usou uma pobre viúva de Sarepta para sustentar o profeta Elias por
um longo período de tempo em plena fome e seca em Israel (lR s 17.8-24).
3. O salmista escreveu que: “Ainda que o SENHOR é excelso, atenta para o
humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe.” (SI 138.6). Mesmo sendo Gran­
de, Excelso e Majestoso, Deus atenta para o humilde! O sábio rei Salomão escre­
veu que: “Vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a
sabedoria” (Pv 11.2).
4. O apóstolo também Paulo escreveu, dizendo: “Porque vede, irmãos, a
vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os
poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as
coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas
fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste
mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são; para que
nenhuma carne se glorie perante ele.” (IC o 1.26-29).
CONCLUSÃO: Deus não faz acepção de pessoas e está disposto a usar todos
aqueles que se dispõe a fazerem a sua obra; independente de sua condição eco­
nômica e social.

A N O TA Ç Õ E S

242 | 27 DE ABRIL
28 DE ABRIL

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DO SORRISO


Eclesiastes 10.19

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Salomão destaca um momento de descon-


tração e risadas que normalmente acontece em uma festa social, onde pessoas
são convidadas para participarem, e formam grupos para contarem histórias
engraçadas provocando sorriso nas pessoas. O Dia Mundial do Sorriso é co­
memorado no dia 28 de abril de cada ano. De acordo com alguns estudos, o
sorriso provoca os seguintes benefícios: Diminui a ansiedade; reduz a pressão
arterial; reforça o sistema imunológico; tonifica os músculos do rosto; provoca
relaxamento; alivia as dores; e aumenta a concentração. O cristão não precisa
viver com a cara fechada como se isso fosse sinônimo de santidade; mas sim
alegre e sorridente.

I. 0 PRÓPRIO DEUS É QUEM NOS FAZ SORRIR


1. O Deus da Bíblia é um Deus que nos faz sorrir. A Bíblia revela como a
promessa de Deus provocou riso em Abraão, dizendo: “Então, caiu Abraão so­
bre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há
de nascer um filho? E conceberá Sara na idade de noventa anos?” (Gn 17.17).
2. A Bíblia revela como o cumprimento da promessa de Deus provocou
riso em Sara, dizendo: “E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu
Isaque, seu filho. E disse Sara: Deus me tem feito riso; e todo aquele que o ouvir
se rirá comigo. Disse mais: Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a
filhos, porque lhe dei um filho na sua velhice?” (Gn 21.5-7). O próprio nome da
criança “Isaque” significa “riso” ou “sorriso”.
3. A Bíblia afirma que: “Deus não rejeitará ao reto; nem toma pela mão aos
malfeitores; até que de riso te encha a boca, e os teus lábios, de louvor.” (Jó 8.20-21).
4. O salmista revela como o Senhor encheu de riso a boca dos que regres­
saram do cativeiro babilônico, dizendo: “Então, a nossa boca se encheu de riso,
e a nossa língua, de cânticos; então, se dizia entre as nações: Grandes coisas fez
o SENHOR a estes.” (SI 126.2). A Bíblia mostra o próprio Deus rindo do ímpio
que maquina contra o justo, dizendo: “O Senhor se rirá dele, pois vê que vem
chegando o seu dia.” (SI 37.13).

II. 0 SORRISO REFLETE NO ROSTO A ALEGRIA DO CORAÇÃO


1. Existem vários conceitos positivos acerca do sorriso. Para alguns estudio­
sos do assunto, o sorriso faz bem ao coração e alivia o stress. E, baseado nisso,
eles afirmam que sorrir é florir por dentro e brilhar por fora. O sábio Salomão já
comungava esta ideia, dizendo: “O coração alegre aformoseia o rosto, mas, pela
dor do coração, o espírito se abate.” (Pv 15.13).

243
2. A Bíblia afirma que o próprio rei Artaxerxes percebeu a ausência de ale­
gria no coração de seu copeiro Neemias na hora de lhe servir o vinho, e o ques­
tionou o motivo de sua tristeza (Ne 2.1-2). Geralmente os copeiros deveriam
servir o vinho que é símbolo de alegria ao rei com o rosto alegre e sorridente.
3. A alegria pode ser definida como um estado emocional de júbilo, conten­
tamento e prazer moral que se reflete no rosto das pessoas. A Palavra de Deus
nos incentiva, dizendo: “Servi ao SENHOR com alegria e apresentai-vos a ele
com canto.” (SI 100.2).
4. Após um período de muita tristeza e angústia, Ana se apresentou na pre­
sença do Senhor com alegria, dizendo: Ό meu coração se regozija no SENHOR,
a minha força está exaltada no SENHOR; a minha boca se ri dos meus inimigos,
porquanto me alegro na tua salvação.”. Existe um ditado que diz: “Quem ri por
último ri melhor” (ISm 2.1). Antes era Penina que ria de Ana; porém, Ana deu
a volta por cima e riu dos seus inimigos! (ISm 1.6-7 e ISm 2.1).
CONCLUSÃO: O sábio Salomão nos incentiva a desfrutarmos da vida com ale­
gria e prazer no coração, dizendo: “Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe
gostosamente o teu vinho, pois Deus já de antemão se agrada das tuas obras”
(Ec 9.7). Abra o seu coração e viva alegre e sorridente! “Este é o dia que fez o
SENHOR; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.” (SI 118.24).

A N O TA Ç Õ E S

244 I 28 DE ABRIL
29 DE ABRIL

0 LOUVOR QUE AGRADA A DEUS


Salmo 138.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista nos ensina a louvar a Deus de


todo o nosso coração. O louvor que agrada a Deus é aquele que brota do mais
profundo do nosso ser, de nossa mente, e transborda dos lábios puros que
professam o seu Nome. A palavra “louvor”, significa “elogiar”, “exaltar”, “enal­
tecer com palavras a alguém”. Sem dúvida alguma, ninguém mais no Universo
é digno de ser elogiado, exaltado, e enaltecido com palavras do que o Senhor,
Nosso Deus. Embora o cantor ou adorador deva se preocupar com técnicas
vocais, ou seguir todas as recomendações dos especialistas de canto; louvar a
Deus não é auto exibição de uma voz afinada; mas a expressão de palavras em
tom de poesia e melodia que visam glorificar e exaltar ao Único que é digno
de louvor.

I. LOUVANDO A DEUS COM O CORAÇÃO E COM LÁBIOS PUROS


1. Infelizmente, percebemos em nossos dias, como o espírito mercantilista
dos produtores e compositores musicais tem contribuído para uma profanação
da música sacra. Temos exemplos recentes de músicas cristãs que foram comer­
cializadas com cantores populares de lábios impuros, os quais, logo após canta­
rem estas músicas em shows mundanos, começam a cantarem músicas profanas
e imorais. O Senhor prometeu dar lábios puros aos povos para invocarem o seu
Nome (Sf 3.9).
2. O salmista já havia nos mostrando os tipos de pessoas que convém
louvarem ao Senhor, dizendo: “Regozijai-vos no SENHOR, vós, justos, pois
aos retos convém o louvor.” (SI 33.1). Portanto, o louvor ao Senhor só convém
aos retos; e não a estas pessoas tortuosas que não tem nenhum compromisso
com Deus.
3. O Escritor Sagrado também nos advertiu a quem compete o louvor a
Deus, dizendo: “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício
de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.” (Hb 13.15). O
louvor é fruto de lábios que confessam o Nome do Senhor; por isso, não convém
o louvor a estas pessoas que cantam nossas músicas com lábios impuros e que
não professam o Nome do Senhor!
4. O salmista nos mostrou a grande diferença entre uma música comum
e o verdadeiro louvor, dizendo: “Me pôs nos lábios um novo cântico, um hino
de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Se­
nhor” (SI 40.3). A Bíblia nos ensina a louvar ao Senhor de uma maneira especial,
dizendo: “Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque ele fez maravilhas; a sua
destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória.” (SI 98.1).

245
II. DEUS É 0 NOSSO PRÓPRIO LOUVOR
1. O Senhor é apresentado em várias partes das Escrituras como o nosso
próprio cântico e o nosso próprio louvor. Moisés chamou ao Senhor de seu pró­
prio cântico, dizendo: “O SENHOR é a minha força e o meu cântico; ele me foi
por salvação; este é o meu Deus; portanto, lhe farei uma habitação; ele é o Deus
de meu pai; por isso, o exaltarei.” (Êx 15.2).
2. Moisés ainda descreveu Deus como o nosso próprio louvor, dizendo: “Ele
é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e terríveis coisas que os teus
olhos têm visto.” (Dt 10.21). O profeta Jeremias também se dirigiu ao Senhor
como o seu louvor, dizendo: “Sara-me, SENHOR, e sararei; salva-me, e serei
salvo; porque tu és o meu louvor.” (Jr 17.14).
3. O salmista se comprometeu a louvar ao Senhor durante toda a sua vida,
dizendo: “Cantarei ao SENHOR enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu
Deus, enquanto existir.” (SI 104.33).
4. O salmista ensina o que significa para Deus o verdadeiro louvor, dizendo:
“Louvai ao SENHOR, porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; isto é agra­
dável; decoroso é o louvor.” (SI 147.1).
CONCLUSÃO: Se você serve a Deus e seus lábios professam o seu Nome, louve
ao Senhor independente de você tiver voz bonita ou não. Todos os seres vivos
são convidados a louvarem ao Senhor. “Todo ser que respira louve ao SENHOR.
Aleluia!” (SI 150.6).

A N O TA Ç Õ E S

246 | 29 DE ABRIL
30 DE ABRIL

0 PODER DE DEUS SE MANIFESTA EM NOSSA FRAQUEZA


2Coríntios 12.9

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos traz uma experiência
pessoal que ele teve com Deus, e como o Senhor confortou o seu coração, di­
zendo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.
Muitas vezes pensamos que precisamos ser um super crente ou um super cris­
tão para impressionarmos Deus ou para obter a sua graça; porém, é no reconhe­
cimento de nossa fragilidade que a sua graça nos alcança; é no reconhecimento
de nossas fraquezas que o seu poder se manifesta; é no reconhecimento que
somos pó que Ele nos ergue e nos faz assentar entre os príncipes do seu povo.

I. É NA NOSSA FRAQUEZA QUE A FORÇA DE DEUS APARECE


1. Quanto mais limitados somos, o poder de Deus se evidencia em nossas
vidas. Foi nas limitações de um simples pastor de ovelhas chamado Davi em en­
frentar o gigante Golias que a força de Deus apareceu para derrotar o “homem
de aço” filisteu (ISm 17.40-50).
2. Após alegar toda a sua pobreza e fraqueza ao Senhor como dificuldades
para enfrentar os midianitas, o Senhor disse a Gideão: “Porquanto eu hei de ser
contigo, tu ferirás os midianitas como se fossem um só homem.” (Jz 6.14-16).
Foi na fraqueza de Gideão que a força de Deus apareceu para lhe dá vitória con­
tra um poderoso exército midianita com apenas 300 homens (Jz 7.7).
3. Numa clara desvantagem numérica contra uma guarnição de soldados
filisteus, Jônatas demonstrou confiança na força divina ao seu escudeiro, di­
zendo: “Vem, passemos à guarnição destes incircuncisos; porventura, operará
o SENHOR por nós, porque para com o SENHOR nenhum impedimento há de
livrar com muitos ou com poucos.” (ISm 14.6). Foi nas limitações de Jônatas e
seu escudeiro que a força de Deus apareceu lhes dando vitória contra a guarni­
ção dos filisteus (ISm 14.12-15).
4. O profeta Isaías escreveu que o Senhor é quem: “Dá vigor ao cansado e
multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.” (Is 40.29). O Senhor trans­
forma a nossa fraqueza em força; e nosso cansaço em vigor! Ana afirmou em
seu cântico que: “O arco dos fortes foi quebrado, e os que tropeçavam foram
cingidos de força.” (ISm 2.4). O nosso Deus faz o fraco ficar forte (Jl 3.10).

II. A EXCELÊNCIA DO PODER É DE DEUS E NÃO DE NÓS


1. Deus manifesta o seu poder na nossa fraqueza para que não venhamos
a nos gloriar de alguma coisa. Paulo reconheceu isso, dizendo: “Temos, porém,
esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e
não de nós.” (2Co 4.7).
2. O apóstolo Paulo admitiu sua insignificância diante do poder de Deus,
dizendo: “De um assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei,
senão nas minhas fraquezas.” (2Co 12.5).
3. Paulo chegou a admitir ter prazer em suas próprias fraquezas para que a
força de Deus se evidenciasse Nele, dizendo: “Pelo que sinto prazer nas fraque­
zas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de
Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte.” (2Co 12.10).
4. O Senhor fortaleceu a Daniel que se achava fraco e debilitado, dizendo:
“Não temas, homem muito amado! Paz seja contigo! Sê forte, sê forte. Ao falar
ele comigo, fiquei fortalecido e disse: fala, meu senhor, pois me fortaleceste.”
(Dn 10.19). O apóstolo Paulo nos aconselhou a buscarmos força no poder de
Deus, dizendo: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força
do seu poder.” (Ef 6.10).

CONCLUSÃO: O poder pertence a Deus, e não ao homem. Nenhum homem


pode se gloriar na sua força, na sua riqueza ou na sua sabedoria (Jr 9.23-24).
Mesmo sendo feito do frágil barro, o poder de Deus se manifesta em nossa fra­
queza (2Co 12.9-10). Paulo fechou este assunto com maestria, dizendo: “Porque
a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais
forte do que os homens.” (IC o 1.25).

A N O TA Ç Õ E S

248 I 30 DE ABRIL
SERMÕES PARA, 0 MÊS DE
1 DE MAIO MAIO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO TRABALHO


Tiago 5.4

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Tiago já denunciava o clamor


do trabalhador pelos seus direitos. O Dia do Trabalho é celebrado todos os anos
no Dia 01 de Maio. Em vários países do mundo e também no Brasil é um feria­
do nacional dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos
reivindicatórios. A História do Dia do Trabalho teve sua origem no dia I o de
Maio de 1886 na industrializada cidade de Chicago (EUA), quando milhares de
trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre
elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste
mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalha­
dores. Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores
condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos,
foi crido em 20 de junho de 1889 o Dia Mundial do Trabalho, que seria come­
morado em I o de Maio de cada ano. Aqui no Brasil existem relatos de que a data
é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925
que esta data se tornou oficial, após a criação de um decreto do então presidente
Artur Bernardes. Jesus Cristo reconheceu o legítimo Direito dos Trabalhadores,
dizendo: “Digno é o trabalhador do seu salário” (Mt 10.10). Portanto, a Bíblia
tem muito a nos dizer acerca do trabalho e sua origem.

I. A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO NAS ESCRITURAS


1. O primeiro “Trabalhador” da História Universal foi o próprio Deus, que
aparece trabalhando na execução da Criação dos céus e da terra. A Palavra
de Deus afirma que: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”
(Gn 1.31). Todo o trabalho que Deus faz é perfeito e muito bem feito.
2. A Palavra de Deus afirma que: “Havendo Deus terminado no dia sétimo a
sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito” (Gn
2.2). Portanto, se o próprio Deus descansou após seis dias de intenso trabalho, o
trabalhador também tem direito ao descanso de pelo menos um dia por semana
3. Embora muitas pessoas pensem que o trabalho seja consequência do pe­
cado de Adão, pelo fato de Deus ter dito: “No suor do rosto comerás o teu pão...”
(Gn 3.19). Deus não criou o homem para ser preguiçoso; pois, o próprio Jesus
disse: “Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também” (Jo 5.17). Sim, Deus
trabalha para aquele que Nele espera! (Is 64.4).
4. Davi afirmou que, com penoso trabalho havia ajuntado os materiais para
a construção do templo do Senhor (1 Cr 22.14). Existem trabalhos mais pesados
e trabalhos mais leves, trabalhos mais fáceis e trabalhos mais penosos; entretan­
to, todo trabalho tem a sua recompensa (2Cr 15.7). A Bíblia descreve a rotina

249
diária do trabalhador, dizendo: “Sai o homem para o seu trabalho e para o seu
encargo até à tarde” (SI 104.23). O sábio Salomão afirmou que: “Em todo traba­
lho há proveito; meras palavras, levam à penúria” (Pv 14.23).

II. AS RECOMPENSAS QUE O TRABALHO TRAZ PARA O HOMEM


1. A Bíblia nos mostra vários benefícios que o trabalho traz para o homem.
A Bíblia reconhece que o trabalho traz conforto e felicidade para o homem e sua
família, dizendo: “Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irás
bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus
filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.” (SI 128.2-3).
2. O sábio Salomão afirmou que: “Melhor é o que se estima em pouco e faz
o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão” (Pv 12.9). O mesmo
sábio rei de Israel ainda afirma que: “Os bens que facilmente se ganham, esses
diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento” (Pv 13.11).
3. Salomão também afirmou que o trabalho promove felicidade no lar, di­
zendo: “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de tua vida fugaz,
os quais Deus te deu debaixo do sol; porque esta é a tua porção nesta vida pelo
trabalho com que te afadigaste debaixo do sol” (Ec 9.9).
4. O apóstolo Paulo encorajou a todos os trabalhadores do Mestre, dizen­
do: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, sempre abundan­
tes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”
(IC o 15.58). O apóstolo Paulo ainda nos deixou o seu exemplo de obreiro tra­
balhador, dizendo: “Nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas
com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a ne­
nhum de vós” (2Ts 3.8). O apóstolo Paulo mandou também um recado duro
para os preguiçosos, dizendo: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma”
(2Ts 3.10). O trabalho traz dignidade para o ser humano e evita a ociosidade!

CONCLUSÃO: A Bíblia declara o nosso Deus como o Patrão mais justo do mundo,
dizendo: “Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho...” (Hb 6.10).
Deus é o maior patrão do mundo, e sabe recompensar bem os trabalhadores. Por­
tanto, muitas conquistas dos trabalhadores de hoje, é também uma resposta divina
ao clamor dos trabalhadores através da história (Tg 5.4). O trabalho foi criado por
Deus, e é fonte de renda para o bem-estar do homem e de sua família. Quem traba­
lha Deus ajuda!

250 | ID E MAIO
2 DE MAIO

VOCÊ JÁ FOI LIBERTO POR CRISTO


Gálatas 5.1

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado é uma afirmação categórica de Paulo que


já fomos libertos por Cristo. O apóstolo Paulo estava escrevendo para uma co­
munidade judaica da Galácia que havia se convertido ao Evangelho; mas que
estavam querendo agregar elementos do Judaísmo ao Cristianismo. Ou seja,
parecia que a obra libertadora efetuada por Cristo na Cruz carecia de algum
complemento da Velha Aliança na Nova Aliança. Porém, Paulo declara que tal
concepção dos crentes gálatas era um retrocesso da Fé Cristã que eles haviam
abraçado. É o caso de alguns movimentos cristãos dos nossos dias que estão
introduzindo elementos estranhos aos princípios cristãos em seus cultos para
promoverem a libertação de pessoas. Portanto, a libertação de Cristo é plena
e não precisa de nenhum acréscimo para completá-la; basta o homem tão so­
mente crê na obra redentora de Cristo no Calvário e se apropriar dos benefícios
remidores do sangue de Jesus Cristo.

I. JESUS CRISTO VEIO LIBERTAR OS PRISIONEIROS DO PECADO


1. “Libertação” é o ato de se libertar alguém de qualquer tipo de opressão;
ou o próprio indivíduo libertar-se de qualquer força dominadora. Jesus Cristo
veio libertar o homem de todo o tipo de opressão a que está sujeito. O Senhor
Jesus Cristo deixou isso bem claro, dizendo: Ό Espírito do Senhor é sobre mim,
pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebran-
tados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr
em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.” (Lc 4.18-19).
2. O Senhor Jesus Cristo declarou que a sua libertação é plena e completa,
dizendo: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres.” (Jo 8.36).
0 apóstolo João também escreveu que Jesus Cristo é “Àquele que nos ama, e,
pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados,” ( ljo 1.5).
3. Paulo falou da nossa libertação do pecado, dizendo: “Mas, agora, liberta­
dos do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e
por fim a vida eterna.” (Rm 6.22).
4. O apóstolo Paulo ainda escreveu, dizendo: “Vindo, porém, a plenitude
do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para
resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebéssemos a adoção de filhos.”
(G14.4-5).

II. FOMOS LIBERTOS DA ESCRAVIDÃO DE SATANÁS


1. Uma das coisas que os Evangelhos mais enfatizam além dos preciosos en­
sinamentos do Senhor Jesus Cristo, é o seu grande combate aos demônios, numa

251
clara confrontação para libertar as pessoas da escravidão de Satanás (Mt 12.28 e
L c .ll.21-22).
2. Marcos descreveu a extraordinária libertação da escravidão de Satanás
que Jesus Cristo operou na vida do endemoninhado Gadareno (Mc 5.1-20).
Lucas descreveu o nome de várias mulheres que Jesus libertou de espíritos ma­
lignos. Jesus Cristo veio para nos libertar da escravidão de Satanás e de seus
demônios (Lc 8.2-3).
3. Após ser questionado pelos fariseus acerca da libertação dramática de
uma mulher no sábado, Jesus lhes respondeu, dizendo: “E não convinha soltar
desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Sata­
nás mantinha presa?” (Lc 13.16). Portanto, Jesus Cristo libertou àquela mulher
que vivia há 18 anos debaixo da escravidão de Satanás.
4. O apóstolo Pedro que foi testemunha ocular de várias pessoas libertas
por Cristo da escravidão de Satanás, testemunhou na casa de Cornélio, dizendo:
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual
andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus
era com ele.” (At 10.38).

CONCLUSÃO: Você já foi liberto por Cristo e não precisa temer o Diabo e nem
os seus agentes do mal. Deus já nos libertou do império do mal. O apóstolo
Paulo deixou isso bem claro, dizendo: “Ele nos tirou da potestade das trevas e
nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, em quem temos a redenção
pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;” (Cl 1.13-14)

A N O TA Ç O E S

252 | 2 DE MAIO
3 DE MAIO

DEUS É RIQUÍSSIMO EM MISERICÓRDIA


Efésios 2.4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado declara que o nosso Deus é riquíssimo em


misericórdia. A misericórdia divina permeia as páginas das Escrituras. A supre­
ma riqueza das misericórdias do Senhor é comparada ao filete de ouro que liga
as páginas sagradas do Gênesis ao Apocalipse. Deus é riquíssimo não somente
em misericórdia, como também é rico em graça, é rico em bondade, é rico em
amor, é rico em perdoar, é rico em compaixão, e é rico em esperança.

I. DEUS É RICO EM PERDÃO E GRAÇA


1. A Bíblia revela várias virtudes em que Deus é riquíssimo. A Bíblia des­
creve a riqueza de Deus em perdoar, dizendo: “Deixe o perverso o seu caminho,
o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá
dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.” (Is 55.7).
2. Paulo revela a riqueza de Deus distribuída para todos os que o invocam,
dizendo: “Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é
o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.” (Rm 10.12).
3. Paulo descreveu que o nosso Deus também nos enriquece de esperança,
dizendo: “E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer,
para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.” (Rm 15.13).
4. Paulo também descreveu a riqueza da graça divina manifestada através
de Cristo, dizendo: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que,
sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enrique­
césseis.” (2Co 8.9). Paulo ainda faz referência a riqueza da graça de Deus ma­
nifestada através de Cristo, dizendo: “Para mostrar nos séculos vindouros as
abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo
Jesus.” (Ef 2.7).

II. A SUPREMA RIQUEZA DA MISERICÓRDIA DIVINA


1. A suprema riqueza da misericórdia de Deus é exercida de forma prática
na vida de muitos povos e personagens bíblicos, além de ser extensiva a todos
os homens. Moisés descreveu a suprema riqueza da misericórdia divina, dizen­
do: “Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda o
concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus
mandamentos;” (Dt 7.9).
2. Conhecedor da suprema riqueza da misericórdia divina, Davi clamou ao
Senhor, dizendo: “Responde-me, SENHOR, pois compassiva é a tua graça; vol-
ta-te para mim segundo a riqueza das tuas misericórdias.” (SI 69.16). O salmista
descreveu qual é a extensão da suprema riqueza da misericórdia divina, dizen-

253
do: “Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade a eternidade sobre aqueles
que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos;” (SI 103.17).
3. O salmista também descreveu como a terra é contemplada pelas riquezas
do Senhor, dizendo: “Ó SENHOR, quão variadas são as tuas obras! Todas as
coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas.” (SL104.24). O
homem é beneficiado por muitas riquezas do Senhor na terra, e dentre elas, as
riquezas de sua misericórdia!
4. O profeta Jeremias descreveu a suprema riqueza das misericórdias do Se­
nhor como uma fonte inesgotável, dizendo: “As misericórdias do SENHOR são
a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim.
Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.” (Lm 3.22-23).
CONCLUSÃO: O nosso Deus é tão rico em misericórdia que, o seu Nome é
Misericórdia! Davi chama Deus da própria Misericórdia em Pessoa, dizendo:
“Minha misericórdia e fortaleza minha, meu alto refúgio e meu libertador, meu
escudo, aquele em quem confio e quem me submete o meu povo.” (SI 144.2)

A N O TA Ç Õ E S

254 I 3 DE MAIO
4 DE MAIO

PROSSEGUINDO PARA O ALVO


Filipenses 3.14

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos incentiva a prosse­


guirmos para o alvo. O que é um alvo? Um alvo pode ser definido como uma
mira; um objetivo, ou qualquer coisa que você deseja acertar. Cada pessoa pos­
sui um alvo. Para alguns o seu alvo é passar em um vestibular, para outros em
um concurso público; o alvo para um atleta é ganhar uma medalha olímpica;
ainda para outros o alvo é comprar uma casa própria; para um obreiro o alvo
poder ser o sonho de pastorear uma grande igreja ou ser um pregador bem
sucedido. Portanto, cada um pode ter um alvo ou até algumas metas a serem
alcançadas. Entretanto, para Paulo, o seu alvo maior era alcançar o prêmio da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

I. A PERSEVERANÇA É UM DOS SEGREDOS PARA ATINGIRMOS 0 ALVO


1. Existem várias coisas que são extremamente importantes para atingir­
mos um alvo. Uma delas é a perseverança. Quando uma pessoa está mirando
um alvo, o mesmo pode não ser atingido imediatamente ou na primeira tentati­
va; é preciso perseverança e treinamento até o alvo ser atingido. O próprio Jesus
Cristo disse; “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Mt 24.13). Só
atinge o alvo quem persevera até o fim!
2. Jesus Cristo falou também da boa semente que atingiu o seu alvo, dizen­
do: Έ a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam
num coração honesto e bom e dão fruto com perseverança.” (Lc 8.15).
3. Lucas escreveu sobre a perseverança dos crentes primitivos, dizendo: “E
perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações.” (At 2.42).
4. Paulo também destaca a importância da perseverança para atingirmos
o alvo que queremos, dizendo: O ran d o em todo tempo com toda oração e sú­
plica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os
santos” (Ef 6.18).

II. 0 NOSSO ALVO FINAL


1. Embora tenhamos alvos ministeriais, profissionais, financeiros e mate­
riais, e não há nenhum pecado nisso; o alvo final do cristão a que Paulo está se
referindo é o prêmio final da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus, o qual
é sem dúvida - a vida eterna. Paulo se referiu a este prêmio, dizendo: “Por cuja
causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem
tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até
àquele Dia.” (2Tm 1.12).
2. Tiago também se referiu ao alvo final do homem aprovado por Deus,
dizendo: “Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for
provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o
amam.” (Tg 1.12).
3. O apóstolo Pedro nos fala qual é o alvo final de todo o cristão, dizendo:
“Alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma.” (lP e 1.9). O apóstolo João
também nos advertiu para não perdemos o nosso prêmio final, dizendo: “Olhai
por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganhado; antes, receba­
mos o inteiro galardão.” ( ljo 1.8).
4. O Senhor Deus falou do prêmio final que será concedido aos vencedores,
dizendo: “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será
meu filho.” (Ap 21.7).

CONCLUSÃO: Para prosseguirmos em nossa caminhada e nunca perdermos o


nosso alvo, é preciso não desviarmos os nossos olhos de nosso maior alvo que é
Jesus Cristo! O lh and o para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo
que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se
à destra do trono de Deus.” (Hb 12.2).

A N O TA Ç O E S

256 I 4 DE MAIO
5 DE MAIO

TRATE BEM A SUA ESPOSA


Colossenses 3.19

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo aconselha os maridos a


tratarem bem a sua esposa, e não com amargura, irritação ou grosseria como
alguns fazem. No trato para com a sua esposa, o marido deve substituir a amar­
gura pela doçura, a grosseria pela brandura; o ódio pelo amor; e a irritação pela
educação. Alguns maridos tratam com educação os estranhos, e com desele­
gância a pessoa que faz parte integrante de sua vida. Não é porque a sua esposa
já se acostumou com os seus hábitos e aceitou passivamente as suas ignorâncias,
que você continuará destratando a sua esposa. Alguém disse em certa ocasião
que: O casamento é como uma planta que precisa ser bem cuidada e regada
para não morrer. Da mesma forma é a mulher; de tanto ser mal tratada, uma
hora ela pode se cansar e perder o encanto pelo seu marido.

I. TRATE A SUA ESPOSA COM AMOR


1. A primeira receita que Paulo oferece para o marido tratar bem a sua es­
posa é amá-la: “amai vossa mulher” (Cl 3.19). Tanto nesta Carta aos Colossenses
como em sua Carta aos Efésios, Paulo cobra amor dos homens e sujeição das
mulheres (Ef 5.22-33 e Cl 3.18-19). Não é que as esposas não tenham a mesma
obrigação de amar aos seus maridos; mas naquela sociedade em que alguns
maridos tratavam suas esposas como se fossem apenas objetos de seus prazeres
carnais, Paulo cobrou muito mais amor dos maridos por suas esposas do que o
contrário.
2. Paulo já havia aconselhado aos casais da Igreja de Éfeso, especialmente
aos maridos, dizendo: “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo
amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,” (Ef 5.25). O apóstolo Paulo re­
forçou o seu apelo aos maridos, dizendo: “Assim devem os maridos amar a sua
própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si
mesmo.” (Ef 5.28).
3. Paulo cobrou pela terceira vez no mesmo capítulo o amor do marido
pela sua esposa, dizendo: “Assim também vós, cada um em particular ame a sua
própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.” (Ef 5.33).
4. O sábio Salomão exalta a superioridade do amor dentro de uma casa,
dizendo: “Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e,
com ele, o ódio.” (Pv 15.17).

II. TRATE A SUA ESPOSA COM BRANDURA


1. Tratar a esposa com brandura significa tratá-la com ternura, serenidade,
delicadeza e ausência de severidade. A sociedade moderna e instruída não com-

257
porta mais maridos tratando suas esposas como se fosse um coronel feudal se
dirigindo para um serviçal. O sábio Salomão falou dos benefícios da brandura
em nossas palavras, dizendo: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra
dura suscita a ira.” (Pv 15.1). Alguns homens só sabem responder com ignorân­
cia, em vez de usar palavras brandas em suas respostas!
2. O apóstolo Pedro também nos ensinou sobre a brandura e delicadeza
que o marido deve tratar a sua esposa, dizendo: “Igualmente vós, maridos, coa-
bitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco;
como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impe­
didas as vossas orações.” (lP e 3.7). Ao chamar a mulher de “vaso mais fraco”,
Pedro não está diminuindo a força da mulher; antes, ensinando ao homem que
um vaso fraco deve ser carregado com cuidado para não quebrá-lo!
3. O salmista comparou a esposa do homem que teme ao Senhor como
uma videira frutífera, dizendo: “A tua mulher será como a videira frutífera aos
lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.”
(SI 128.3). Todo mundo sabe que uma videira só produz o vinho que traz alegria
para o homem quando a mesma é bem tratada!
4. O sábio Salomão também enalteceu a importância da mulher na vida do
homem, dizendo: “O que acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a
benevolência do SENHOR.” (Pv 18.22). Salomão ainda exaltou o valor de uma
esposa virtuosa, dizendo: “Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito
excede o de rubins.” (Pv 31.10).
CONCLUSÃO: Trate melhor a sua esposa; pois, ela é a sua companheira e não a
sua empregada. Dê a sua esposa a honra devida e trate ela com amor, delicadeza
e carinho. O apóstolo Paulo ainda aconselhou aos casais, dizendo: “O marido
pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido.”
(IC o 7.3)

A N O TA Ç Õ E S

258 I 5 DE MAIO
6 DE MAIO

NÃO APAGUE A CHAMA QUE ARDE DENTRO DE VOCÊ


1 Tessalonicenses 5.19

INTRODUÇÃO: Este versículo bíblico é um dos mais curtos versículos da Bí­


blia; porém carrega em si uma mensagem profunda e exortativa. A expressão
“extinguir” neste texto nos traz a ideia de apagar um incêndio ou extinguir um
fogo aceso. O fogo é um dos símbolos do Espírito Santo, e esta chama nunca
pode se apagar. Os teólogos cessacionistas que defendem a anti-bíblica teoria
que os dons do Espírito Santo cessaram no primeiro século com a conclusão
do Cânon Sagrado causaram um prejuízo incalculável ao Cristianismo por fa­
zerem exatamente o que a Bíblia condenou neste texto sagrado: “Não extingais
o Espírito”. A nossa incredulidade não pode abafar as chamas do Espírito que
arde no coração dos que acreditam na atualidade dos dons e manifestações do
Espírito Santo no meio da igreja.

I. A CONEXÃO DO FOGO COM 0 ESPÍRITO SANTO


1. As grandes manifestações da Glória Divina reveladas na Bíblia eram qua­
se sempre através de fogo (Gn 15.17; Êx 3.1-4; Êx 24.17; etc..). O Pai (Dt 4.24 e
Hb 12.29); o Filho (Lc 12.49); o Espírito Santo (At 2.1-4).
2. Assim como o fogo purifica e arde, o Espírito Santo é o Espírito de Ardor
que purifica as nossas vidas (Is 4.4). Assim como o fogo queima, o Espírito San­
to queima tudo o que não presta em nossas vidas.
3. O próprio João Batista sempre associava a obra do Espírito Santo ao
fogo (Mt 3.11). Jesus Cristo é o que nos batiza com o Espírito Santo e com
fogo (Mc 1.8).
4. A Descida do Espírito Santo no Dia de Pentecostes foi acompanhada com
fogo (At 2.1-4). Como o fogo se espalha rapidamente, assim, o Espírito Santo
espalha rapidamente sobre a Igreja o seu poder. A operação plena do Espírito
Santo é simbolizada através de sete tochas de fogo que ardem em volta do trono
de Deus (Ap 4.5). Portanto, o Espírito Santo é o fogo divino que deve arder con­
tinuamente em nossos corações.

II. NÃO DEIXE 0 FOGO SE APAGAR


1. Agora que sabemos que o fogo é um dos símbolos do Espírito Santo, não
devemos deixar esta chama se apagar. Moisés já havia deixado escrito um man­
damento expresso sobre este assunto, dizendo: “O fogo arderá continuamente
sobre o altar; não se apagará.” (Lv 6.13).
2. O salmista Davi também fez uma declaração sobre este tema, dizendo:
“Esquentou-se-me o coração dentro de mim; enquanto eu meditava se acendeu
um fogo...” (SI 39.3). Esse fogo que arde dentro dos nossos corações, é a presen-

259
ça do Espírito Santo que incendeia os nossos corações para pregar a palavra do
Senhor!
3. O profeta Jeremias também se referiu a este fogo que ardeu no seu cora­
ção, dizendo: “Então, disse eu: Não me lembrarei dele e não falarei mais no seu
nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus
ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso.” (Jr 20.9).
4. O apóstolo Paulo exorta a Timóteo, dizendo: “Por esta razão, pois, te
admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas
mãos. Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de
amor e de moderação.” (2Tm 1.6-7). O termo “reavivar” vem de uma raiz grega
que nos traz a ideia de “reatiçar o fogo” ou “fazer subir com vida o fogo”. Em
vez de apagar o fogo do Espírito, devemos reacender este fogo colocando mais
lenha pra queimar, fazendo subir com vida as chamas do Espírito Santo nos
nossos corações (Lv 6.12-13).
CONCLUSÃO: Nunca podemos deixar que a chama do Espírito Santo se apague
em nossos corações. A chama do Espírito Santo acesa dentro de nós faz o nosso
coração arder de paixão pelas almas, e nos impulsiona a servir ao Senhor com
fervor (Rm 12.11).

A N O TA Ç O E S

260 I 6 DE MAIO
7 DE MAIO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO SILÊNCIO


Isafas 62.6

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela uma promessa do Senhor que
se cumprirá quando Jerusalém se tornar um centro mundial de adoração ao
Senhor, e ninguém mais poderá calar a voz dos adoradores. No dia 07 de maio
de cada ano se comemora o Dia do Silêncio. Para os pesquisadores do assun­
to, o principal objetivo desta data é conscientizar as pessoas dos males que a
poluição sonora provoca, em diversos aspectos, para a queda da qualidade de
vida das pessoas. Além de consequências físicas, o excesso de ruídos também
prejudica a concentração e eleva os níveis de stress. De fato, as pessoas que
moram nas grandes metrópoles já acostumaram tanto com o barulho que até
acham estranho quando tudo fica em silêncio. Porém, este texto sagrado, pare­
ce caminhar na direção contrária deste “Dia do Silêncio” (Is 62.6), ao proibir o
próprio silêncio, dizendo: “Não haja silêncio em vós”. Entretanto, este silêncio
que a palavra de Deus proíbe não é o direito que as pessoas têm de fugirem do
barulho de uma agitada metrópole; mas sim, a leniência de calarem as suas vo­
zes em defesa da justiça, e da responsabilidade de proclamarem em alto e bom
som o Nome do Senhor Jesus Cristo.

I. NÃO PODEMOS CALAR A NOSSA VOZ


1. Muitos tentaram calar a voz da Igreja de Cristo através da história. Muitas
leis da mordaça foram criadas para impedir a liberdade de pensamento das pes­
soas. A própria Bíblia revela a tentativa de muitos monarcas rebeldes tentarem calar
a voz dos profetas do Senhor; mas os mesmos não se intimidaram e proclamaram
a verdade de Deus. A Palavra de Deus diz: “Abre a tua boca a favor do mudo, pelo
direito de todos os que se acham em desolação.” (Pv 31.8). O “mudo” aqui não está
se referindo aos mudos físicos, mas aos pobres e necessitados que não tem voz para
serem ouvidos na defesa dos seus direitos, e alguém precisa fazer isso por eles!
2. O Senhor já tinha dado uma ordem ao profeta Isaias, dizendo: “Clama
em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao meu
povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados.” (Is 58.1).
3. O Senhor mandou o profeta Oséias abrir a sua boca como uma trombe­
ta, dizendo: “Põe a trombeta à tua boca. Ele vem como águia contra a casa do
SENHOR, porque traspassaram o meu concerto e se rebelaram contra a minha
lei.” (Os 8.1).
4. O Senhor deu uma ordem ao profeta Joel, dizendo: “Tocai a buzina em
Sião e clamai em alta voz no monte da minha santidade; perturbem-se todos os
moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, ele está perto;” (Jl 2.1). João
Batista ecoou a sua voz profética no deserto quebrando um silêncio profético

261
de 400 anos, dizendo: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do
Senhor, endireitai as suas veredas.” (Mt 3.3).

II. O SENHOR JESUS CRISTO PROIBIU SILENCIAREM A NOSSA VOZ


1. A Bíblia afirma que após Jesus Cristo entrar de forma triunfante em Je­
rusalém, as multidões começaram a darem louvores a Deus em altas vozes, e
quando os fariseus pediram a Jesus que proibisse eles clamarem, Jesus lhes res­
pondeu, dizendo: “Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clama­
rão.” (Lc 19.37-40).
2. O Senhor mandou o profeta Jeremias proclamar em alta voz o seu aviso,
dizendo: “Anunciai em Judá, e fazei ouvir em Jerusalém, e dizei: Tocai a trom-
beta na terra! Gritai em alta voz, dizendo: Ajuntai-vos, e entremos nas cidades
fortes!” (Jr 4.5).
3. O Evangelista Lucas escreveu que após um dos dez leprosos curados por
Jesus ter percebido sua cura, voltou para agradecer ao Senhor em alta voz glori-
ficando a Deus! (Lc 17.15). Portanto, não haja silêncio em nosso meio; pois te­
mos motivos sobejados para glorificarmos ao nosso Deus! Muitos tentam calar
a voz dos pentecostais nos acusando de fazer muito barulho; porém, ninguém
consegue calar a voz de um povo de coração agradecido e que glorifica ao Se­
nhor em voz alta!
4. O próprio Senhor prometeu quebrar o silêncio e pelejar contra os
seus inimigos, dizendo: “Por muito tempo, me calei, estive em silêncio e me
contive; mas, agora, darei gritos como a que está de parto, e a todos asso­
larei, e juntam ente devorarei.” (Is 42.14). O próprio Espírito Santo desceu
sobre a Igreja no Dia de Pentecostes acompanhado de um som de um vento
veemente e impetuoso que encheu todo o cenáculo onde a Igreja estava reu­
nida e despertou a atenção de todos os peregrinos e moradores de Jerusalém
(At 2.1-12).

CONCLUSÃO: Portanto, não haja silêncio em vós! Não haja silêncio no meio da
Igreja do Senhor! Que haja um barulho santo que leve todo o povo a glorificar
ao Senhor em alto e bom som! “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que
estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com
ousadia a palavra de Deus.” (At 4.31).

262 I 7 DE MAIO
8 DE MAIO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DA VITÓRIA


ICoríntios 15.57

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o apóstolo Paulo nos ensina a darmos gra­
ças ao nosso Deus pelas vitórias alcançadas por meio de nosso Senhor Jesus
Cristo. No dia 08 de Maio a Europa e grande parte do mundo comemora o
“Dia da Vitória”. Esta data tem origem quando a Alemanha Nazista se rendeu as
forças aliadas em 08 de Maio de 1945 por ocasião da Segunda Guerra Mundial.
Entretanto, para nós os cristãos o Dia da Vitória, foi quando o nosso Senhor
Jesus Cristo ressuscitou vitorioso após ter conquistado as chaves da morte e
do inferno e disse: “É-me dado todo o poder no céu e na terra.” (Mt 28.18). A
vitória pode ser definida como um ato ou efeito de sair-se vencedor, de triunfar
sobre um inimigo, competidor ou antagonista. A vitória é também sinônimo
de triunfo, êxito e sucesso alcançado. Todos os méritos das nossas vitórias e das
nossas conquistas se dão através de Jesus Cristo. Daí a razão de Paulo exclamar,
dizendo: “Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cris­
to.” (ICo 15.57).

I. DEUS NOS FAZ TRIUNFAR EM CRISTO


1. O apóstolo Paulo declarou que Deus sempre nos faz triunfar em Cristo.
O Apóstolo dos Gentios celebrou o nosso triunfo em Cristo, dizendo: “E graças
a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em
todo lugar o cheiro do seu conhecimento.” (2Co 2.14).
2. O salmista escreveu, dizendo: “Aplaudi com as mãos, todos os povos;
cantai a Deus com voz de triunfo.” (SI 47.1). Só quem tem voz de triunfo pode
cantar como vencedores através de Cristo!
3. Mateus reproduz uma profecia de Isaías acerca do triunfo de Jesus Cristo,
o Messias, dizendo: “Eis aqui o meu servo que escolhí, o meu amado, em quem
a minha alma se compraz; porei sobre ele o meu Espírito, e anunciará aos gen­
tios o juízo. Não contenderá, nem clamará, nem alguém ouvirá pelas ruas a sua
voz; não esmagará a cana quebrada e não apagará o morrão que fumega, até que
faça triunfar o juízo. E, no seu nome, os gentios esperarão.” (Mt 12.18-21).
4. A Bíblia descreve o triunfo de Jesus Cristo sobre os principados e potesta-
des na Cruz do Calvário para nos garantir a vitória, dizendo: “Havendo riscado
a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos
era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os
principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.”
(Cl 2.14-15). A apóstolo João também escreveu, dizendo: “Quem é que vence o
mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” ( ljo 5.5). A nossa
vitória e o nosso triunfo está em crê em Jesus Cristo, o Filho de Deus!
II. AO SENHOR PERTENCE A VITÓRIA
1. Todos os homens de Deus na Bíblia que viviam em constantes batalhas
sempre reconheceram que ao Senhor pertence a vitória. Davi se dirigiu ao Se­
nhor, dizendo: “Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vi­
tória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é,
SENHOR, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe.” (lC r 29.11).
2. O salmista Davi ainda afirmou que: “É ele que engrandece as vitórias do
seu rei e usa de benignidade com o seu ungido, com Davi, e com a sua posteri­
dade para sempre.” (SI 18.50).
3. O salmista escreveu, dizendo: “Cantai ao SENHOR um cântico novo,
porque ele fez maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a
vitória.” (SI 98.1).
4. A Palavra de Deus afirma que: “É ele que dá a vitória aos reis e que livra
a Davi, seu servo, da espada maligna.” (SI 144.10). O sábio Salomão também
escreveu que: “O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas do SENHOR vem
a vitória.” (Pv 21.31).
CONCLUSÃO: Celebremos neste dia a nossa vitória! A vitória é nossa pelo san­
gue de jesus Cristo! “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra
do seu testemunho; e não amaram a sua vida até à morte.” (Ap 12.11). Podemos
todos juntos cantar o hino da vitória, dizendo: “Mas graças a Deus, que nos dá
a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” (IC o 15.57)

A N O TA Ç O E S

264 | 8 DE MAIO
9 DE MAIO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DAS MÃES


Provérbios 23.22

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão ofereceu um conselho


a todos os filhos para que não desprezem suas mães na velhice. O “Dia das
Mães”, é, sem dúvida, uma das datas mais celebradas do ano, ficando atrás
apenas do Natal. O “Dia das Mães” teve origem nos Estados Unidos. Em 1905,
Ana Jarvis, moradora do Estado Americano da Virginia Ocidental, filha de
pastor, perdeu a sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com
aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória de
sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães,
vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças homenageassem e se
lembrassem de suas mães. A ideia era fortalecer os laços familiares e o respeito
pelos pais. Porém, a primeira celebração oficial só aconteceu em 26 de abril de
1910, quando o governador de Virginia Ocidental, Wiliam Glasscock, incor­
porou o “Dia das Mães” no calendário de datas comemorativas daquele Esta­
do. Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow
Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os Estados, estabelecendo
que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado no segundo domingo
de cada mês. A sugestão foi da própria Ana Jarvis. Em breve tempo, mais de
40 países adotaram a data. A Bíblia exalta a importância das mães, e enaltece o
amor materno (Is 49.15).

I. A IMPORTÂNCIA DAS MÃES NAS ESCRITURAS


1. Acredito que seja muito justo a celebração desta data tão importante em
que se comemora o “Dia das Mães”. Ser mãe é uma tarefa árdua e difícil. Aquela
que carregou a cada um de nós até 9 meses no seu ventre; sofreu dores e o cuida­
doso trabalho de amamentar os filhos, deve ser muitíssimo homenageada neste
dia. Para o sábio Salomão, a mulher virtuosa é o símbolo que melhor representa
a figura da mãe perfeita e da esposa ideal que teme ao Senhor! (Pv 31.10).
2. A palavra de Deus nos recomenda, dizendo: “A quem respeito, respeito; a
quem honra, honra” (Rm 13.7). Tanto o pai como a mãe merecem o respeito e a
honra devida por parte dos seus filhos! Deus ordenou a todos os filhos, dizendo:
“Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor, teu Deus, te ordenou para que se
prolonguem os teus dias e para que te vá bem na terra que o Senhor, teu Deus,
te dá” (Dt 5.16).
3. A juíza Débora se levantou como mãe espiritual de Israel em um deter­
minado período da história israelita, dizendo: “Até que eu, Débora, me levantei,
levantei-me por mãe em Israel” (Jz 5.7).
4. A Bíblia revela o cuidado de Ana para com seu filho Samuel, dizendo:

265
“Sua mãe lhe fazia uma túnica pequena e, de ano em ano, lha trazia quando,
com seu marido, subia a oferecer o sacrifício anual” (ISm 2.19).

II. É DEUS QUEM REALIZA O SONHO MATERNO NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia possui várias histórias de Deus realizando o sonho materno de
muitas mulheres estéreis: Foi assim com Sara (Gn 21.1); com Rebeca (Gn 25.20-
21); com Raquel (Gn 30.22-24); com Ana (ISm 1.10-28, etc..). O salmista con­
firmou o Senhor realizando o sonho materno da mulher estéril, dizendo: “Faz
que a mulher estéril viva em família e seja alegre mãe de filhos. Aleluia!” (SI
113.9).
2. O próprio Deus elogiou o consolo de uma mãe, dizendo: “Como alguém
a quem sua mãe consola, assim Eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis
consolados” (Is 66.13).
3. O apóstolo Paulo reconheceu que ser mãe já é em si uma grande missão,
e escreveu para as mulheres, dizendo: “Todavia, será preservada através de sua
missão de mãe, se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com bom senso”
(lT m 2.15).
4. Paulo também elogiou a herança espiritual da mãe de Timóteo, dizendo:
“Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primei­
ramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que
também, em ti” (2Tm 1.5).
CONCLUSÃO: A palavra de Deus sempre elogia e reconhece o amor materno.
Parabéns para todas as mamães do mundo. Abraham Lincoln, um dos mais
importantes presidentes dos Estados Unidos, assim se expressou acerca de sua
mãe: “Tudo quanto sou ou espero ser devo à minha mãe”.

A N O TA Ç Õ E S

266 I 9 DE MAIO
10 DE MAIO

0 SENHOR TE GUARDARÁ DO MALIGNO


2Tessalonicenses 3.3

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo exalta tanto a fidelida­


de do Senhor como a sua infalível proteção. O Senhor tem sido Fiel com o
seu povo através da história. Mesmo o seu povo tendo falhado no decurso dos
anos, o Senhor permanece Fiel no cumprimento das suas promessas. É o Se­
nhor quem nos confirma e quem nos garante a sua proteção. Ele é o Guarda
Fiel do seu povo que nos vigia de dia e de noite para nos guardar do Maligno.
É o Senhor quem nos protege e nos guarda do Maligno. O Senhor Jesus Cristo
em sua Oração Sacerdotal pediu ao Pai que guardasse os seus discípulos do
Maligno, dizendo: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”
(Jo 17.15). O apóstolo João enfatizou que o homem gerado de Deus é guardado
do Maligno, dizendo: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive
pecando; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não
lhe toca.” ( ljo 5.18).

I. 0 SENHOR É FIEL
1. O apóstolo Paulo destaca em vários dos seus escritos a Fidelidade do
Senhor. O Apóstolo dos Gentios exalta o Deus Fiel, dizendo: “Fiel é Deus, pelo
qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Se­
nhor.” (IC o 1.9). Paulo reafirmou a Fidelidade Divina para com os que foram
chamados por Deus, dizendo: “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”
(lTs 5.24).
2. Paulo falou da Fidelidade Divina em proteger os que são tentados, di­
zendo: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos
não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o
escape, para que a possais suportar.” (1 Co 10.13).
3. Paulo ainda revelou a Fidelidade incondicional do Senhor, dizendo: “Pa­
lavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; se so-
frermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; se
formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.” (2Tm 2.11-13).
4. O Escritor da Carta aos Hebreus também escreveu sobre a Fidelidade do
Senhor Jesus Cristo, dizendo: “Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhan­
te aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de
Deus, para expiar os pecados do povo.” (Hb 2.17).

II. 0 SENHOR NOS GUARDA DO MALIGNO


1. Após destacar a Fidelidade do Senhor, o apóstolo Paulo enfatiza a prote­
ção do Senhor para as nossas vidas, nos guardando do Maligno. O salmista en-

267
fatizou também com muita eloquência a proteção do Senhor sobre o seu povo,
dizendo: “Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.
Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel. O SENHOR é quem
te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de
dia, nem a lua, de noite. O SENHOR te guardará de todo mal; ele guardará a
tua alma. O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para
sempre.” (SI 121.3-8).
2. O sábio Salomão também destacou a proteção do Senhor sobre as nossas
vidas, dizendo: “Porque o SENHOR será a tua esperança e guardará os teus pés
de serem presos.” (Pv 3.26).
3. O Senhor Jesus Cristo intercedeu pessoalmente para livrar a Pedro das
mãos do Maligno, dizendo: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos
cirandar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu,
quando te converteres, confirma teus irmãos.” (Lc 22.31-32).
4. O apóstolo Paulo demonstrou certeza de que o Senhor o guardaria de
toda obra maligna, dizendo: “E o Senhor me livrará de toda má obra e guar-
dar-me-á para o seu Reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre.
Amém!” (2Tm 4.18).
CONCLUSÃO: O Senhor Jesus Cristo é Fiel em sua Palavra! Ele é Fiel em nos
guardar, em nos proteger e em cumprir infalivelmente todas as suas promessas!
Paulo ainda demonstrou sua inteira confiança na segurança que o Senhor lhe
oferece, dizendo: “porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é
poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.” (2Tm 1.12)

A N O TA Ç O E S

268 I 10 DE MAIO
11 DE MAIO

CONSERVE-SE PURO DIANTE DE DEUS


ITim óteo 5.22

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo aconselhou Timóteo a


conservar-se puro. A pureza cristã é um dos grandes desafios a serem alcança­
dos pelos filhos de Deus. Mesmo os grandes homens piedosos da Bíblia fracas­
saram diante do teste da pureza (SI 51.10). Entretanto, é preciso cada homem
ou mulher de Deus entrarem numa firme aliança com Deus para se manterem
puros. O que fez Daniel se manter puro no meio de tanta impureza na Babi­
lônia foi o firme propósito traçado em seu coração de não se contaminar com
as iguarias oferecidas na corte do rei da Babilônia (Dn 1.8). Alguns tentam
justificar seus atos a pretexto de estarem cumprindo ordens no exercício de
suas funções; porém, Daniel não pensou assim, ele procurou se conservar a si
mesmo puro.

I. HOMENS QUE SE MANTIVERAM PUROS NO MEIO DA IMPUREZA


1. Nós sabemos que o meio em que alguém vive contribui muito para a
formação ou deformação do caráter do ser humano. Porém, também é possível
pessoas se corromperem mesmo habitando em ambiente puro. O que dizer de
Adão e Eva que se corromperam no próprio ambiente do Paraíso, e Judas Isca-
riotes na própria companhia de Jesus Cristo? (Gn 3.1-24 e Jo.6.70). Entretanto,
José e Daniel foram dois jovens que viveram no ambiente profano das duas
maiores potências da época; O Egito e a Babilônia e conseguiram manterem-se
puros (Gn 39.1-23 e Dn.1.8).
2. O patriarca Jó afirmou que fez um concerto de pureza com os seus olhos,
dizendo: “Fiz concerto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa vir­
gem?” (Jó 31.1).
3. O apóstolo Paulo deu testemunho a Timóteo de uma consciência pura,
dizendo; “Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com
uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas ora­
ções, noite e dia;” (2Tm 1.3).
4. O apóstolo Paulo ainda nos aconselha, dizendo: “se alguém se purificar
destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e
preparado para toda boa obra.” (2Tm 2.21). O apóstolo João também nos acon­
selhou, dizendo: “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mes­
mo, como também ele é puro.” ( ljo 3.3).

II. SEGREDOS NA PALAVRA DE DEUS PARA NOS MANTEREM PUROS


1. A Bíblia nos oferece alguns segredos para nos mantermos puros nes­
te mundo. O salmista perguntou qual o segredo de nos conservarmos puros e

269
obteve no mesmo texto a resposta, dizendo: “Como purificará o jovem o seu
caminho? Observando-o conforme a tua palavra.” (SI 119.9).
2. Após reconhecer que fracassou no teste da pureza, Davi implorou ao Se­
nhor, dizendo: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um
espírito reto.” (SI 51.10).
3. O apóstolo Paulo enfatizou o nosso esforço por buscar a pureza, dizendo:
O r a , amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imun-
dícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.”
(2Co 7.1).
4. O apóstolo Paulo reafirmou o seu esforço e zelo para manter a pureza
cristã no meio do povo de Deus, dizendo: “Porque estou zeloso de vós com zelo
de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem
pura a um marido, a saber, a Cristo.” (2Co 11.2). O apóstolo Paulo ainda des­
tacou o processo de purificação que Cristo realizou na sua Igreja (Ef 5.26-27).
CONCLUSÃO: Conservar-se a si mesmo puro deve ser um alvo buscado dia­
riamente pelo cristão (1 Jo 3.3). Paulo ainda enfatizou a nossa vocação para a
pureza e a santificação, dizendo: “Porque não nos chamou Deus para a imun-
dícia, mas para a santificação.” (lT s 4.7). Portanto, não fomos chamados para a
imundícia, mas sim, para a pureza!

A N O TA Ç Õ E S

270 I n DE MAIO
12 DE MAIO

SE FORTALEÇA NA GRAÇA DE CRISTO


2Timóteo2.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo aconselha seu filho na


fé Timóteo a se fortalecer na graça que está em Cristo Jesus. Se fortificar ou se
fortalecer na graça significa tornar-se mais forte ainda, mais resistente e mais
capacitado para enfrentar os embates que a vida cotidiana oferece. Cada dia
para o cristão é um desafio, e alguns costumam dizer que vencem um leão por
dia. Só vencem um leão quem possui uma força maior do que a dele; por isso,
o cristão fortificado e fortalecido na graça de Cristo vence o “leão que ruge” re­
sistindo-lhe firme na fé (lP e 5.8). Davi, Sansão, Benaia e Daniel foram homens
que enfrentaram literalmente leões e saíram vencedores porque foram fortifi­
cados e fortalecidos pelo próprio Deus (Jz 14.5-6; ISm 17.34-37; 2Sm 23.20;
Dn.6.16-27).

I. EXEMPLOS DE PESSOAS FORTALECIDAS NO ANTIGO TESTAMENTO


1. As Escrituras estão cheias de exemplos de pessoas que se fortaleceram
diante das grandes adversidades e desafios que lhes foram impostos. Mesmo en­
frentando perseguições e ameaças até de genocídio no Egito, os filhos de Israel
se fortaleceram ainda mais: “Os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram
muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a
terra se encheu deles” (Êx 1.7).
2. A Bíblia afirma que: “Houve uma longa guerra entre a casa de Saul e a
casa de Davi; porém Davi se ia fortalecendo, mas os da casa de Saul se iam en­
fraquecendo.” (2Sm 3.1). O próprio Deus havia prometido fortalecer a Davi, di­
zendo: “Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi; com ele, a minha
mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá. O inimigo não o importunará,
nem o filho da perversidade o afligirá.” (SI 89.19-21).
3. A Palavra de Deus também afirma que: “Salomão, filho de Davi, fortale­
ceu-se no seu reino, e o Senhor, seu Deus, era com ele e o engrandeceu sobre­
maneira” (2Cr 1.1). O próprio Senhor prometeu nos fortalecer, dizendo: “Não
temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu
te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha Destra Fiel” (Is 41.10).
4. O Senhor prometeu fortalecer ao profeta Jeremias, dizendo: “Na verdade,
Eu te fortalecerei para o bem e farei que o inimigo te dirija súplicas no tempo da
calamidade e no tempo da aflição” (Jr 15.11). O Senhor também fortaleceu ao
profeta Daniel, dizendo: “Não temas, homem muito amado! Paz seja contigo! Sê
forte, sê forte. Ao falar ele comigo, fiquei fortalecido e disse: Fala, meu senhor,
pois me fortaleceste” (Dn 10.19).

271
II. EXEMPLOS DE PESSOAS FORTALECIDAS NO NOVO TESTAMENTO
1. As páginas do Novo Testamento também estão cheias de exemplos de
pessoas que se fortaleceram e se fortificaram. Lucas escreveu acerca do menino
João Batista, dizendo: “O menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu
nos desertos até o dia em que havia de manifestar-se a Israel.” (Lc 1.80). Lucas
escreveu também acerca do Menino Jesus, dizendo: “O menino crescia e se for­
talecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (Lc 2.40).
2. O doutor Lucas também escreveu sobre o fortalecimento espiritual de
Saulo após sua conversão, dizendo: “Saulo, porém, mais e mais se fortalecia e
confundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o
Cristo” (At 9.22).
3. O fortalecido apóstolo Paulo escreveu aos coríntios, dizendo: “Sede vigilan­
tes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos” (IC o 16.13).
4. O apóstolo Paulo nos aconselhou a buscarmos o fortalecimento direta­
mente na fonte, dizendo: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e
na Força do seu Poder” (Ef 6.10). O próprio apóstolo Paulo nos revela de quem
ele foi fortalecido, dizendo: “Dou graças a Cristo Jesus, nosso Senhor, que me
fortaleceu e me considerou fiel, designando-me para o ministério,” (2Tm 1.12).
CONCLUSÃO: Devemos nos fortificarmos e nos fortalecermos a cada dia na
graça que há em Cristo Jesus. Acerca disso o apóstolo Pedro também escreveu,
dizendo: “E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eter­
na glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará,
confirmará, fortificará e fortalecerá.” (lP e 5.10)

A N O TA Ç O E S

272 I 12 DE MAIO
13 DE MAIO

LIÇÕES DO DIA DA LIBERTAÇÃO DOS ESCRAVOS


Jo ão 8.36

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado não nos deixa nenhuma dúvida que Jesus
Cristo é o Verdadeiro Libertador dos oprimidos. Libertador é aquele que liberta,
que dá liberdade e que torna livre. Deus é repetidas vezes celebrado como o Li­
bertador do seu povo. No dia 13 de Maio de cada ano é celebrado no Brasil o “Dia
da Libertação dos Escravos”, cuja Lei Aurea foi assinada pela princesa Isabel no
dia 13 de Maio de 1888. Entretanto, nós celebramos também a nossa libertação
da escravidão de Satanás, a qual foi proclamada por Cristo na Cruz do Calvário.
Deus nos libertou através de Jesus Cristo do “império das trevas”, e nos trans­
portou para o Reino da Luz (Cl 1.13). O regime da escravidão foi uma das gran­
des consequências do pecado. O ato do ser humano explorar e escravizar o seu
semelhante sempre foi uma das grandes mazelas da sociedade. Nas sociedades
pagãs da época do Antigo Testamento, os senhores possuíam o poder absoluto
sobre seus servos, tendo o direito até mesmo de matá-los. Entretanto, a legislação
mosaica veio amenizar um pouco o sofrimento dos escravos. O escravo hebreu
alcançaria a sua liberdade ao sétimo ano, no famoso Ano da Remissão, depois de
seis anos de serviço (Êx 21.2). A escravidão humana nunca foi a vontade de Deus
para o homem; Ele apenas permitiu ao longo da história por causa do pecado e
da dureza do coração das pessoas. O apóstolo Paulo escreveu que: “Vindo, porém,
a plenitude do tempo, Deus enviou seu Lilho, nascido de mulher, nascido sob a
lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebéssemos a adoção de
filhos. E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu
Filho, que clama: Aba, Pai! De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo
filho, também herdeiro por Deus.” (G14.4-7).

I. 0 TRATAMENTO DADO AOS ESCRAVOS NA SOCIEDADE ISRAELITA


1. Nas sociedades pagãs que dispunham também de uma legislação nos períodos
bíblicos, quem matasse o seu escravo, estava simplesmente se desfazendo de um bem.
Porém, a legislação mosaica mostrou-se muito mais humana, ao prever punição para o
dono que matasse o seu escravo. O olho ou o dente do pobre deveria ser compensado
igual ao dente ou olho do rico. O legislador hebreu escreveu que: Se o senhor do escravo
o ferisse com vara, e o escravo viesse a morrer, o dono do escravo era punido (Êx 21.20).
2. A distinção entre propriedade e vida humana é um conceito ético único na
Antiguidade, descrito na Lei de Moisés. Hamurabi decreta: “Quem entregar um
escravo fugitivo ao seu dono, receberá uma recompensa, Moisés proíbe entregá-lo”
(Dt 23.15-16). O grande legislador Moisés escreveu que: Se o dono do escravo o
ferisse no olho, a ponto de inutilizá-lo, o escravo alcançaria a sua liberdade por
causa de seu olho (Êx 21.26).

273
3. Nas demais sociedades pagãs, o escravo era um simples item econômico
de seu senhor. Porém, na sociedade Israelita regida pela lei mosaica, a vida não
tem preço, o homem não é um item econômico. A Lei Mosaica determina que:
Se o dono do escravo o ferisse com violência, fazendo cair um dente do seu escra­
vo, o escravo alcançava a liberdade por causa de seu dente arrancado (Êx 21.27).
4. O Senhor Deus cobrou de Israel um tratamento mais humano para com
os escravos, ao trazer à memória do povo eleito que, eles também haviam sido
escravos, dizendo: “Lembrar-te-às que foste escravo no Egito e de que o Senhor
te livrou dali; pelo que te ordeno que faças isso” (Dt 24.18). O Senhor é o Liber­
tador dos escravos, e nunca aceitou a escravidão e nem a opressão das pessoas!

II. DEUS É 0 LIBERTADOR DO SEU POVO


1. O próprio Deus permitiu que Israel fosse escravo de algumas nações
opressoras por causa do pecado e desobediência dos filhos de Israel aos seus
mandamentos. Entretanto, o Senhor é o Libertador do seu povo e sempre pro­
veu a libertação do seu povo quando se voltavam para Ele e clamavam por liber­
tação. A Palavra de Deus afirma que: “Clamaram ao Senhor os filhos de Israel, e
o Senhor lhes suscitou libertador, que os libertou: Otniel, filho de Quenaz, que
era irmão de Calebe e mais novo do que ele” (Jz 3.9).
2. A Palavra de Deus ainda declara que: “Os filhos de Israel clamaram ao Se­
nhor, e o Senhor lhes suscitou libertador: Eúde, homem canhoto, filho de Gera,
benjamita...” (Jz 3.15). Davi reconheceu o Senhor como o seu Libertador, dizendo:
“O Senhor é a minha Rocha, a minha Cidadela, o meu Libertador” (2Sm 22.2).
3. O salmista Davi mais uma vez reconheceu a sua necessidade de um li­
bertador, dizendo: “Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-te em valer-me,
pois tu és o meu Amparo e o meu Libertador. Senhor, não te detenhas!” (SI 70.5).
4. Davi ainda chamou o Senhor de seu libertador, dizendo: “Minha Misericórdia
e Fortaleza minha, meu alto refugio e meu Libertador, meu Escudo, Aquele em quem
confio e quem me submete o meu povo” (SI 144.2). O profeta Isaías previu a vinda do
Messias Libertador (Is 61.1-2). Jesus Cristo foi levantado como o Messias Libertador
dos oprimidos em cumprimento desta profecia de Isaías (Lc 4.18). Jesus Cristo liber­
tava mesmo os oprimidos do Diabo (Mc 5.1-20; Lc.8.1-3; Lc.13.10-16 etc..).

CONCLUSÃO: Libertação é o ato de se libertar ou libertar-se de qualquer tipo de opres­


são. O homem não consegue se libertar sozinho. O homem não tem força própria para
se libertar dos vícios e do tirano inimigo. Porém, Jesus Cristo é o nosso Libertador por
excelência! Ele é o Libertador por excelência dos oprimidos pelo Diabo! (At 10.38).

274 I 14 DE MAIO
14 DE MAIO

AME O SEU MARIDO E OS SEUS FILHOS


Tito 2.3-4

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo traz ensinamentos pre­


ciosos para as mulheres cristãs, e ordenou a Tito que instruísse as mulheres
mais experientes a ensinarem às mulheres mais novas a amarem o marido e aos
filhos, e valorizarem a família. A mesma orientação que Paulo já havia dados
em outras ocasiões para que os maridos amem suas esposas (Ef 5.25-33), agora
ele mostra que as mulheres possuem a mesma responsabilidade de amarem o
marido e os filhos. O amor deve ser o vínculo permanente que mantém um
casamento em plena harmonia entre marido e mulher (Cl 3.14). Certa ocasião
vi um pastor dizendo que a Bíblia só exige ao homem que ame a esposa, e só
exigem da mulher sujeição. Porém, o mesmo Paulo ensina neste texto sagrado
que as mulheres devem também amarem seus maridos.

I. A IMPORTÂNCIA DO AMOR CONJUGAL NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia sempre destaca o amor conjugal como o segredo de um casamento
feliz. A Bíblia destaca o amor de Isaque por sua esposa Rebeca, dizendo: “E Isaque
trouxe-a para a tenda de sua mãe, Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e
amou-a. Assim, Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.” (Gn 24.67). Isaque
amou Rebeca! Esse foi o segredo da felicidade duradoura desse belo casal patriarcal!
2. A Bíblia destaca o amor de Jacó por Raquel, dizendo: “E Jacó amava a Ra­
quel e disse: Sete anos te servirei por Raquel, tua filha menor.” (Gn 29.18). O amor
de Jacó por Raquel lhe motivou a pagar um dote nupcial de 7 anos de trabalhos
por sua amada!
3. A Bíblia descreve a intensificação do amor de Jacó por Raquel, dizendo:
“Assim, serviu Jacó sete anos por Raquel; e foram aos seus olhos como poucos
dias, pelo muito que a amava.” (Gn 29.20). Jacó não olhou para o sacrifício de 7
anos de trabalho por causa do amor que sentia por Raquel!
4. O sábio Salomão colocou o amor conjugal acima da prosperidade econô­
mica do casal, dizendo: “Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que
o boi gordo e, com ele, o ódio.” (Pv 15.17). O sábio Salomão descreveu a esposa
apreciando o amor e afeto de seu esposo mais do que os deleites da vida, dizen­
do: “Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o seu amor do que
o vinho.” (Ct 1.2). A Palavra de Deus destaca com intensidade e profundidade o
amor conjugal para valorizar a intimidade dentro do casamento! (Ct 2.5).

II. 0 AMOR CONJUGAL DEVE SER RECÍPROCO ENTRE MARIDO E MULHER


1. A Bíblia revela uma entrega total entre os cônjuges motivados pelo amor
recíproco, dizendo: “O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu
rebanho entre os lírios.” (Ct 3.16). Esta declaração de amor da esposa pelo seu
esposo é um compromisso de lealdade e fidelidade inviolável entre ambos!
2. O apóstolo Paulo orientou marido e mulher a serem recíprocos no amor
e na interação conjugal, dizendo: “O marido pague à mulher a devida benevo­
lência, e da mesma sorte a mulher, ao marido.” (IC o 7.3). É comum ouvirmos
reclamações da mulher porque o marido não toma a iniciativa ou do homem
porque a mulher não lhe corresponde; neste texto, Paulo declara que a respon­
sabilidade do “feedback” é de ambos; ou seja, um estímulo provocado por qual­
quer um dos cônjuges deve atrair outro estímulo correspondente!
3. O apóstolo Paulo chegou a considerar uma fraude quando um dos côn­
juges não corresponde ao amor do outro, dizendo: “Não vos defraudeis um ao
outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes
à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela
vossa incontinência.” (IC o 7.5).
4. Paulo ainda afirma que o amor “não busca os seus interesses” (IC o 13.5).
Ou seja, o verdadeiro amor procura o benefício do outro, e não o próprio inte­
resse. Quando o marido procura só a sua felicidade e não a de sua mulher ou
vice-versa, é falta do verdadeiro amor! O marido deve buscar a felicidade de sua
esposa e a esposa deve buscar a felicidade de seu marido; e, o resultado disso
é a felicidade de ambos! Salomão elogia a esposa perfeita, dizendo: “A mulher
virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que procede vergonhosamente é como
apodrecimento nos seus ossos.” (Pv 12.4). A mulher que ama verdadeiramente o
seu marido não procede vergonhosamente; pois, o amor “não se porta com inde­
cência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;” (IC o 13.50).
CONCLUSÃO: A esposa deve amar verdadeiramente o seu esposo, e o esposo
amar verdadeiramente a sua esposa! O sábio rei Salomão aconselhou o casal a
gozarem da vida conjugal em sua plenitude, dizendo: “Goza a vida com a mulher
que amas, todos os dias de vida da tua vaidade; os quais Deus te deu debaixo do
sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida e do teu
trabalho que tu fizeste debaixo do sol.” (Ec 9.9). Não existe esposo perfeito e nem
esposa perfeita; porém, o amor cobrirá todas as imperfeições! (lP e 4.8)

A N O TA Ç O E S

276 I 14 DE MAIO
15 DE MAIO

LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA


Salmo 68.6

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado não deixa dúvida de que o propósito de Deus
desde a origem da família era usar a mesma como um antídoto contra a solidão
do homem (Gn 2.18). O dia 15 de Maio é lembrado como o Dia Internacional da
Família. A verdadeira família criada por Deus é constituída de pai, mãe e filhos. A
intenção da criação desta data foi de mostrar para a sociedade civil os maiores pro­
blemas que afligem a vida familiar, o seu dia a dia, ajudando as mesmas a enfrentá-
-los e resolvê-los da forma mais harmoniosa possível. Antigamente as famílias eram
patriarcais, se apresentavam como um núcleo composto por marido, mulher e filhos.
Os pais eram muito distantes dos filhos, quase não conversavam com os mesmos e
eram tidos como os chefes das famílias, tendo que ser respeitado por todos. Era um
tempo muito severo. Hoje em dia, as famílias se transformaram muito, em razão
das mudanças socioculturais, econômicas e religiosas. Os fatores que mais influen­
ciaram na transformação das famílias foram às conquistas da mulher no mercado
de trabalho. Nesta data é importante que as pessoas reflitam mais sobre a harmonia
familiar, assim como os papéis de cada um dentro da família. A família é o primeiro
contato social de uma criança, onde aprende a conviver com outras pessoas, a respei­
tar regras, a se comportar bem, a respeitar seu próximo, e a desenvolver sentimentos
como: afeto, carinho, amor, e proteção dentre outros. E, para isso, os pais devem ser
bons exemplos para os seus filhos imitarem. A família é uma instituição divina, e a
Palavra de Deus sempre exalta a importância da família criada por Deus.

I. DEUS É 0 CONSTRUTOR E ABENÇOADOR DA FAMÍLIA


1. Por mais que a sociedade liberal queira mudar o conceito divino de famí­
lia, a Bíblia continua afirmando que: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem,
à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27). A verdadeira e
original família criada por Deus é “homem e mulher”; e não homem e homem,
e nem muito menos mulher e mulher (Gn 5.2). A família completa é constituída
de pai, mãe e filhos (Gn 2.24 e SI 128.1-6).
2. Deus iniciou a humanidade através de uma família, a qual, se tornou a matriz
de todas as demais famílias da terra (Gn 2.18-15; Gn 5.1-2; At 17.26). Deus reiniciou a
humanidade após o dilúvio universal, por meio da família de Noé (Gn 9.1). Deus pro­
meteu abençoar todas as famílias da terra através da família de Abraão (Gn 12.1-3).
3. Deus confirmou a Isaque, filho de Abraão, que todas as famílias da terra
seriam abençoadas por meio de sua família (Gn 26.1-4). Deus confirmou tam­
bém a Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, que todas as famílias da terra seriam
abençoadas por meio de sua família. O Deus da Bíblia é o Deus da família (Gn
28.10-17). Deus escolheu a família da tribo de Judá para descender o Messias, que

277
viria para abençoar todas as famílias da terra (Gn 49.8-10). Deus escolheu uma
família da tribo de Levi para se tornar a família sacerdotal de Israel (Êx 6.16-26).
4. A Palavra de Deus mostra o Senhor edificando as famílias das parteiras
que preservaram os meninos hebreus em meio ao infanticídio ordenado por Fa­
raó no Egito, dizendo: “Porque as parteiras temeram a Deus, Ele lhes constituiu
família” (Êx 1.21). Deus é o constituidor e construtor da família. 5. Josué e a sua
família fez a sua opção por servir ao Senhor, dizendo: “Eu e a minha casa ser­
viremos ao Senhor” (Js 24.15). Esta é a minha opção, Senhor! O apóstolo Paulo
qualificou a Igreja como a Família de Deus (Ef 2.19).

II. DEUS TRABALHA PARA A FELICIDADE DA FAMÍLIA


1. O nosso Deus trabalha para a felicidade da família (Is 64.4). Enquanto
o adversário das nossas almas trabalha para destruir as famílias, Deus trabalha
para reconstruir as famílias destruídas pelo inimigo. A Palavra do Senhor nos
mostra Deus restituindo a Jó uma família abençoada e feliz (Jó 42.13-17).
2. O salmista previu as famílias da terra se convertendo em massa ao Senhor
(SI 22.27). As famílias da terra são aconselhadas a darem a glória devida ao Senhor
(SI 96.7). O salmista ainda declarou que o Senhor é quem prospera as famílias
(SI 107.41).
3. O salmista ainda descreveu o Senhor promovendo a felicidade da família,
dizendo: “Faz que a mulher estéril viva em família e seja alegre mãe de filhos. Ale­
luia!” (SI 113.9). O salmista descreveu o que é uma família feliz, dizendo: “Bem-a­
venturado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Pois comerás
do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a
videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à
roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR!
O SENHOR te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os
dias da tua vida. E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.” (SI 128.1-6).
4. Salomão descreveu a importância da mulher na estrutura familiar, dizen­
do: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos
a derriba” (Pv 14.1). Salomão também descreveu a importância da educação
bíblica na família, dizendo: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e,
ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6).
CONCLUSÃO: Celebremos ao Senhor por ter instituído a família na terra. Tudo
começa na família. A família é a célula original da sociedade. Uma cidade é
constituída de famílias; um estado é constituído de famílias; um país é cons­
tituído de famílias, e a Igreja do Senhor Jesus Cristo é constituída de famílias.
Portanto, Deus é o construtor, edificador, e sustentador da família!

278 I 15 DE MAIO
16 DE MAIO

APRENDA A PERDOAR EM NOME DO AMOR


Filemom 1.17

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo faz um apelo ao seu


amigo Filemom que receba com amor a Onésimo e perdoe o prejuízo causa­
do pelo servo fugitivo. Receber com amor e perdoar quem nos tenha ofendi­
do ou causado prejuízo não é uma tarefa fácil. Entretanto, é nesta hora que a
nossa conduta cristã é colocada à prova. O Senhor Jesus Cristo nos deixou o
seu exemplo ao perdoar os seus ofensores e ainda intercedeu por eles a Deus
(Lc 23.34). Jesus Cristo não apenas ensinava; Ele vivia o que pregava e ensinava
(Mt 5.44). Portanto, receba com amor as pessoas, e perdoe quem te ofendeu;
pois, o verdadeiro discípulo de Jesus Cristo é conhecido pelo amor demonstra­
do uns pelos outros (Jo 13.35). Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo im i­
tou o exemplo do seu Mestre quando intercedeu pelos seus próprios algozes que
o apedrejavam, dizendo: “Senhor, não os condenes por causa deste pecado!”
(At 7.60). Portanto, devemos receber com amor as pessoas e também perdoar
até mesmo quem já nos prejudicou.

I. RECEBENDO COM AMOR AS PESSOAS DE FORMA INDISTINTA


1. Receber com amor as pessoas sem distinção alguma é uma prática do
verdadeiro Cristianismo que professamos. Moisés pregou o verdadeiro amor
na Torá, dizendo: “E, quando o estrangeiro peregrinar convosco na vossa terra,
não o oprimireis. Como o natural, entre vós será o estrangeiro que peregrina
convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do
Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.” (Lv 19.33-34).
2. O profeta Eliseu deu uma lição de amor ao rei de Israel recebendo com
amor um exército inimigo oferecendo a eles pão e água (2Rs 6.21-23). O pro­
feta Elizeu mandou tratar com amor e humanidade os soldados do exército da
Síria, reconhecendo que os mesmos estavam apenas cumprindo ordens de seus
superiores! Paulo nos ensinou o verdadeiro amor até para com os inimigos,
dizendo: “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede,
dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua
cabeça.” (Rm 12.20).
3. A Bíblia descreve a maneira alegre e amorosa como Zaqueu recebeu Jesus
em sua casa, dizendo: “E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima,
viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em
tua casa. E, apressando-se, desceu e recebeu-o com júbilo.” (Lc 19.5-6).
4. Enquanto muitas pessoas receberam Jesus com frieza e outras sequer quis
recebê-lo como foi o caso dos samaritanos (Lc 9.51-56), Zaqueu recebeu Jesus
com alegria e regozijo na alma! Daí a razão de Jesus proclamar imediatamente

279
a salvação de toda a sua casa, dizendo: “Hoje, veio a salvação a esta casa, pois
também este é filho de Abraão.” (Lc 19.9).

II. PERDOANDO A QUEM NOS OFENDEU


1. Perdoar não é uma tarefa fácil, porque envolve uma série de fatores. Libe­
rar o perdão quando o nosso ego foi ferido, ou quando a nossa moral foi afetada
por alguém que nos prejudicou não é nada fácil. Entretanto, quando avaliamos
o quanto ofendemos também o nosso Deus com os nossos atos e atitudes, e
ainda assim Ele nos perdoa, mudamos de posição. O salmista descreveu isso, di­
zendo: “Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo
as nossas iniquidades.” (SI 103.10).
2. Jesus Cristo condicionou o perdão divino, dizendo: “Porque, se perdoar­
des aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós.
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos
não perdoará as vossas ofensas.” (Mt 6.14-15).
3. Jesus Cristo nos ensinou quantas vezes devemos perdoar a quem nos
ofendeu, dizendo: “Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quan­
tas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe
disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete.” (Mt 18.21-22).
4. O apóstolo Paulo ainda nos aconselhou a perdoarmos como Cristo nos
perdoou, dizendo: “Suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos
outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou,
assim fazei vós também.” (Cl 3.13).
CONCLUSÃO: Devemos receber com amor e sem discriminação as pessoas e
perdoar a quem nos ofendeu; pois, uma das condições para o sangue de Jesus
Cristo nos purificar de todo o pecado é termos comunhão uns com os outros
( l jo l .7 ) .

A N O TA Ç Õ E S

280 | 16 DE MAIO
17 DE MAIO

DEUS NÃO É INJUSTO


Hebreus6.10

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, nós vamos aprender que Deus não é injus­
to. Nós ouvimos com muita frequência pessoas reclamando de situações na vida
em que se questiona a própria justiça de Deus. Referidas vezes nos deparamos
até mesmo com crentes em Cristo questionando a justiça de Deus; quase que
indiretamente chamando Deus de injusto por permitir esta ou aquela situação
na vida de algumas pessoas. Entretanto, a Bíblia é muito clara em dizer: “Deus
não é injusto...”. Uma das coisas que as Escrituras mais celebram é a justiça e
retidão divina no trato para com o homem. O Nosso Deus é perfeito em justiça,
perfeito em retidão, perfeito em equidade, e perfeito em juízo.

I. 0 PRÓPRIO DEUS CONDENA A INJUSTIÇA


1. Uma das coisas que Deus mais condena na Bíblia é a injustiça. Deus só
exige dos seus filhos aquilo que Ele faz com perfeição. Deus não exige nada dos
seus filhos que Ele não faça. Deus só exige santidade porque Ele é Santo (Lv
19.2); Deus só exige perfeição, porque Ele é perfeito (Mt 5.48); Deus só exige
justiça, porque Ele é justo ( ljo 3.7); e, da mesma forma, Ele condena a injustiça,
porque Ele não é injusto (Hb 6.10).
2. Deus condena a injustiça no meio do seu povo, dizendo: “Não fareis in­
justiça no juízo; não aceitarás o pobre, nem respeitarás o grande; com justiça
julgarás o teu próximo.” (Lv 19.15).
3. O sábio Salomão afirmou que: “Melhor é o pouco com justiça do que a
abundância de colheita com injustiça.” (Pv 16.8). Salomão ainda afirma que:
O s tesouros conseguidos de forma iníqua não servem para nada, mas a justiça
livra da morte.” (Pv 10.2).
4. O Senhor mais uma vez condenou a injustiça, dizendo: “Ai daquele que edi-
fica a sua casa com injustiça e os seus aposentos sem direito; que se serve do serviço
do seu próximo, sem paga, e não lhe dá o salário do seu trabalho;” (Jr 22.13).

II. A BÍBLIA PROVA QUE DEUS NÃO É INJUSTO


1. As Escrituras mostram claramente em suas páginas que Deus não é in­
justo. Moisés confirmou que Deus não é injusto, e escreveu, dizendo: “Ele é a
Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a
verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.” (Dt 32.4).
2. A Palavra de Deus nos mostra a ausência de injustiça na Divindade, di­
zendo: “Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar; grande é em poder; porém a
ninguém oprime em juízo e grandeza de justiça.” (Jó 37.23).
3. O salmista Davi afirmou que o justo terá longevidade para proclamar que

281
Deus não é injusto: “Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes,
para anunciarem que o SENHOR é reto; ele é a minha rocha, e nele não há in­
justiça.” (SI 92.14-15).
4. O próprio Senhor pede que o seu povo apresente alguma acusação de
injustiça praticada por Ele, dizendo: “Assim diz o SENHOR: Que injustiça acha­
ram vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade e tor­
nando-se levianos?” (Jr 2.5). O apóstolo Paulo nos prova que até mesmo nas
escolhas criteriosas de Deus não há injustiça, dizendo: “Que diremos, pois? Que
há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma!” (Rm 9.14).
CONCLUSÃO:O nosso Deus não é injusto, pelo contrário, Ele retribui a cada
um segundo as suas obras. O próprio Senhor revela qual o critério que Ele uti­
liza para recompensar a cada um, dizendo: “Enganoso é o coração, mais do que
todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o
coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus
caminhos e segundo o fruto das suas ações.” (Jr 17.9-10).

A N O TA Ç Õ E S

282 I 17 DE MAIO
18 DE MAIO

COLOQUE EM PRÁTICA A PALAVRA DE DEUS


Tiago 1.25

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Tiago nos ensina a sermos pra­
ticantes da Palavra de Deus e não apenas ouvintes. Há um ditado que diz: “En­
tre a teoria e a prática há uma grande distância”. Este ditado também se aplica
na vida do cristão que ouve com frequência a Palavra de Deus, mas não coloca
em prática. Da mesma forma se aplica ao pregador. Alguns não vivem o que
pregam; ou seja, ensinam os outros a fazerem, mas eles mesmos não fazem. En­
tretanto, Jesus era um Mestre que primeiro fazia para depois ensinar os outros a
fazerem (At 1.1). Jesus Cristo praticava tudo aquilo que Ele ensinava (Jo 13.15).

I. A PRÁTICA DA PALAVRA DE DEUS TRAZ ESTABILIDADE PARA O HOMEM


1 .0 Senhor Jesus Cristo revela a estabilidade do homem prudente que pratica
a palavra de Deus, dizendo: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras
e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre
a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram
aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.” (Mt 7.24-25).
2. O Senhor Jesus Cristo mostrou a falta de estabilidade do homem que não
coloca em prática a palavra de Deus, dizendo: “E aquele que ouve estas minhas
palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a
sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e
combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.” (Mt 7.26-27).
3. Jesus Cristo nos ensinou a sermos praticantes do que ouvimos até mes­
mos dos que não vivem o que ensinam, dizendo: “Observai, pois, e praticai tudo
o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras,
porque dizem e não praticam.” (Mt 23.3). Jesus condenou a hipocrisia dos Escri-
bas e Fariseus por não praticarem o que ensinavam ao povo; porém, responsabi­
lizou também os ouvintes a colocarem em prática o que ouviam. Muitos tentam
justificar os seus erros alegando que os seus líderes não são exemplos a serem
seguidos, e se eles não praticam o que ensinam, também farão o mesmo. Jesus
não aceitará tal justificativa, pois, os líderes religiosos, embora não vivam o que
pregam, o que eles ensinam é correto porque usam a palavra de Deus!
4. O apóstolo Paulo também revelou a diferença entre apenas ser ouvinte e
ser praticante daquilo que ouvem, dizendo: “Porque os que ouvem a lei não são
justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.” (Rm
2.13). O apóstolo João escreveu, dizendo: “Mas quem pratica a verdade vem
para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em
Deus.” (Jo 3.21).

283
M. OS BENEFÍCIOS d e s e r m o s p r a t ic a n t e s d a p a l a v r a d e d e u s
1. São inúmeros os benefícios que colhemos quando colocamos em prática
a palavra de Deus em nossas vidas. A Palavra de Deus afirma que a prática da
justiça é um dos requisitos para morarmos no céu (SI 15.2).
2. A Bíblia revela o privilégio dos que praticam a justiça, dizendo: “Bem-
-aventurados os que observam o direito, o que pratica a justiça em todos os
tempos.” (SI 106.3).
3. O sábio Salomão descreveu o privilégio dos que praticam o bem, dizen­
do: “Porventura, não erram os que praticam o mal? Mas beneficência e fidelida­
de haverá para os que praticam o bem.” (Pv 14.22). O Senhor Jesus Cristo nos
falou sobre a importância da prática da verdade, dizendo: “Mas quem pratica a
verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são
feitas em Deus.” (Jo 3.21).
4. O Senhor ensinou ao seu povo a praticarem o que é reto, dizendo: “Apren­
dei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão;
tratai da causa das viúvas.” (Is 1.17). Há uma profecia messiânica sobre o Reno­
vo de Davi que praticará a justiça e o juízo na terra (Jr 23.5). Jesus Cristo é este
Renovo de Davi que virá estabelecer o seu Reino de Justiça na Terra (Is 11.1-5
e Lc.1.31-33).
CONCLUSÃO: Que possamos colocar em prática a palavra de Deus em nossas
vidas, e procurarmos viver aquilo que aprendemos e ensinamos! O apóstolo
João ainda nos advertiu, dizendo: “Se dissermos que temos comunhão com ele
e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade.” ( ljo 1.6).

A N O TA Ç O E S

284 | 18 DE MAIO
19 DE MAIO

TRATE TODAS AS PESSOAS COM HONRA


1Pedro 2.17

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Pedro nos ensina a forma de


tratamento que devemos dar as pessoas. Não podemos fazer discriminação no
trato com as pessoas. A Palavra de Deus é muito clara em dizer: “Tratai todos
com honra...”. Devemos tratar com honra, respeito e dignidade as pessoas. O
apóstolo Pedro nos ensinou a tratarmos com o devido respeito as autoridades;
porém, nos ensina também a darmos um tratamento honroso a todas as pes­
soas. Vivemos numa época de profunda discriminação, onde as pessoas são
tratadas de acordo com a sua condição social e econômica; porém, o Senhor
Jesus Cristo tratou todas as pessoas com dignidade e honra.

I. JESUS CRISTO TRATAVA A TODOS COM HONRA


1. O Senhor Jesus Cristo se deparou no seu ministério com pessoas dos
mais diversos níveis sociais, econômicos e intelectuais, e tratou a todos de forma
honrosa. Jesus Cristo tratou com honra um chefe da Sinagoga chamado Jairo,
mas tratou também de forma honrosa uma mulher considerada imunda pela
sociedade da época, dizendo: “Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada
deste teu mal.” (Mc 5.21-43 e Mc.5.34).
2. Jesus Cristo parou pra dá atenção para um cego de Jerico chamado Bar-
timeu (Lc 18.35-43); mas também tratou sem nenhuma discriminação um rico
publicano chamado Zaqueu, hospedando-se em sua casa (Lc 19.1-10). Jesus
Cristo não discriminou nem um rabino Judeu chamado Nicodemos que se di­
rigiu até Ele de noite (Jo 3.1-3); e nem muito menos uma desprezível mulher
samaritana de uma reputação duvidosa (Jo 4.7-19).
3. Jesus Cristo nos ensinou que a forma que queremos ser tratados devemos
também tratar as pessoas, dizendo: “Portanto, tudo o que vós quereis que os
homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.” (Mt
7.12). Mesmo sabendo que Judas iria traí-lo, ainda assim Jesus Cristo o tratou
bem, dizendo: “Amigo, o que você veio fazer?” (Mt 26.50). Qualquer um de nós
teria uma reação diferente numa situação dessa; entretanto, Jesus Cristo não
dirigiu nenhuma palavra de impropério a Judas quando o mesmo lhe entregou
aos soldados romanos.
4. Jesus Cristo pediu que imitemos a sua forma de tratar as pessoas, dizen­
do: “Ora, se eu, sendo Senhor e Mestre, lavei os pés de vocês, também vocês de­
vem lavar os pés uns dos outros. Porque eu lhes dei o exemplo, para que, como
eu fiz, vocês façam também.” (Jo 13.15-16).

285
II. EXEMPLOS DE TRATAMENTO DADO ÀS PESSOAS NAS ESCRITURAS
1. Mesmo na Antiga Aliança, Deus sempre exigiu que Israel tratasse com
honra e dignidade os estrangeiros. O Senhor também ordenou que os estran­
geiros tivessem o mesmo tratamento que Israel tinha, dizendo: “Quanto à con­
gregação, haja apenas um estatuto, tanto para vocês como para os estrangeiros
que morarem entre vocês, por estatuto perpétuo nas suas gerações; vocês e os
estrangeiros serão iguais diante do SENHOR. A mesma lei e o mesmo rito se
aplicam a vocês e aos estrangeiros que moram com vocês.” (Nm 15.15-16).
2. O próprio salmista afirmou que o nosso Deus não nos trata segundo os
nossos pecados: “Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui
conforme as nossas iniquidades.” (SI 103.10). Se o nosso Deus assim age para
conosco, assim devemos agir para com os que falharam conosco!
3. O sábio Salomão nos ensinou que até uma árvore que tratarmos bem co­
meremos do seu fruto, e ainda nos mostra a recompensa de um servo que trata
bem ao seu Senhor, dizendo: “Quem cuida da figueira comerá do seu fruto; e o
que trata bem o seu senhor será honrado.” (Pv 27.18).
4. Lucas escreveu que até uma tribo de bárbaros habitantes da Ilha de Mal­
ta trataram eles com dignidade, dizendo: “Uma vez em terra, verificamos que
a ilha se chamava Malta. Os nativos nos trataram com singular humanidade,
porque, acendendo uma fogueira, acolheram a todos nós por causa da chuva
que caía e por causa do frio” (At 28.1-2). Lucas ainda descreveu sobre o bom
tratamento que receberam do chefe da Ilha de Malta (At 28.7-8).
CONCLUSÃO: Que possamos tratar todas as pessoas com dignidade, honra e
respeito; pois, o apóstolo Paulo nos aconselhou, dizendo: “Pois todos vocês são
filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos vocês que foram ba­
tizados em Cristo de Cristo se revestiram. Assim sendo, não pode haver judeu
nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos
vocês são um em Cristo Jesus.” (Gl 3.26-28)

A N O TA Ç O E S

286 I 19 DE MAIO
20 DE MAIO

LIÇÕES DA ASCENSÃO DO SENHOR JESUS CRISTO


M arcos 16.19

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento da Ascensão do Se­


nhor Jesus Cristo. A Ascensão do Senhor Jesus Cristo é a comprovação de que
Ele verdadeiramente veio do céu e para lá retornou após cumprir a sua gloriosa
Missão aqui na terra. A Ascensão visível de Jesus Cristo em corpo Ressurreto
aos céus é a prova mais contundente de que, Ele havia descido lá do alto me­
diante a sua Encarnação, e agora retorna para o céu reassumindo a glória que
Ele já possuía muito antes da fundação do mundo (Jo 17.5,13 e 24). A Ascensão
de Jesus Cristo foi um “até breve” do Rei que retornará da mesma forma visível
com que foi assunto ao céu (At 1.9-11).

I. A ASCENSÃO DE JESUS CRISTO NOS REVELA A SUA ORIGEM ETERNA


1. O profeta Isaías havia profetizado que o Menino-Deus que havería de
nascer é o próprio “Pai da Eternidade” (Is 9.6). Sendo o progenitor da Eternida­
de, Jesus Cristo é quem deu origem a própria Eternidade, e provou isso ofere­
cendo a vida eterna para todo aquele que nele crê! (Jo 3.16 e 5.24).
2. Ao profetizar sobre o local do Nascimento de Jesus Cristo, o profeta Mi-
quéias citou a origem eterna do Senhor Jesus Cristo, dizendo: “E tu, Belém Efra-
ta, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor
em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eterni­
dade.” (Mq 5.2 e Mt 2.1-8).
3. O Evangelista Lucas descreveu a Ascensão de Jesus Cristo, dizendo: “E
aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu.” (Lc
23.51) . Jesus Cristo já havia revelado a sua origem celestial, dizendo: “Porque
eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me
enviou.” (Jo 6.38).
4. Jesus Cristo declarou mais uma vez a sua origem celestial, dizendo: “Eu
sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sem­
pre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.” (Jo
6.51) . Em seu diálogo com os discípulos, Jesus Cristo nos revelou onde Ele es­
tava antes de vir ao mundo, dizendo: “Que seria, pois, se visseis subir o Filho do
Homem para onde primeiro estava?” (Jo 6.62).

II. A ASCENSÃO DE JESUS CRISTO É A COMPROVAÇÃO QUE ELE É DEUS


1. A Ascensão gloriosa de Jesus Cristo ao céu é a comprovação que Ele é
o verdadeiro Deus e a vida eterna ( ljo 5.20). Em sua Oração Sacerdotal, Jesus
Cristo conversou com o Pai Celestial sobre o seu estado glorioso antes de vi a
este mundo (Jo 17.5).

287
2. Lucas descreveu com detalhes o retorno glorioso de Jesus Cristo aos céus,
dizendo: “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem
o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, en­
quanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco,
os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse
Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o
céu o vistes ir.” (At 1.9-11).
3. Paulo descreveu em um só texto a Divindade, Humanidade, Humilhação,
Morte, Ressurreição e Ascensão Gloriosa de Jesus Cristo, dizendo: “De sorte
que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniqui-
lou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos ho­
mens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e
lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre
todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua
confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Fp 2.5-11).
4. O Escritor da Carta aos Hebreus também descreveu de forma magistral a
Ascensão de Jesus Cristo, dizendo: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas
vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últi­
mos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também
o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua
pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito
por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majes­
tade, nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais
excelente nome do que eles.” (Hb 1.1-4).

CONCLUSÃO: A Ascensão de Jesus Cristo o torna como o Personagem mais singu­


lar da História! O apóstolo Pedro também descreveu a Ascensão de Jesus Cristo, di­
zendo: “O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado
os anjos, e as autoridades, e as potências.” (lPe 3.22). Nenhum outro personagem na
história foi visto retornando ao céu a olho nu por centenas de pessoas como teste­
munhas oculares (At 1.9-11 e ICo 15.5). “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e
eternamente.” (Hb 13.8)

288 I 20 DE MAIO
21 DE MAIO

DEUS LIVRA DA PROVAÇÃO OS PIEDOSOS


2 Pedro 2.9

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela como o Senhor livra da provação
os piedosos. Na verdade, a Bíblia revela o Senhor livrando do juízo por vá­
rias vezes os homens piedosos. A preservação de Noé e sua família do Dilúvio
(Gn7.1); e de Ló e sua família da destruição de Sodoma e Gomorra são apenas
dois exemplos claros de como Deus livra da provação e do juízo os homens
piedosos (Gn 19.15-29). Vale a pena ser piedoso e fiel a Deus no meio de uma
geração corrompida e perversa.

I. EXEMPLOS DE HOMENS PIEDOSOS QUE DEUS LIVROU DA PROVAÇÃO


1. É importante frisar que a provação a que Pedro se refere neste texto sa­
grado, não se refere há uma provação que todas as pessoas são submetidas, até
mesmo por permissão divina como foi o caso do piedoso Jó, mas sim, ao juízo
divino derramado sobre a humanidade pecadora (Ap 3.10). Deus livrou o pie­
doso Noé em meio ao Dilúvio Universal, dizendo: “Depois, disse o SENHOR a
Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim
nesta geração.” (Gn 7.1).
2. A Bíblia descreveu como Deus poupou a Ló da destruição de Sodoma e
Gomorra por amor a Abraão, dizendo: “E aconteceu que, destruindo Deus as
cidades da campina, Deus se lembrou de Abraão e tirou Ló do meio da destrui­
ção, derribando aquelas cidades em que Ló habitara.” (Gn 19.19).
3. O próprio rei Nabucodonozor reconheceu como Deus livrou os três jo ­
vens piedosos na fornalha de fogo, dizendo: “Bendito seja o Deus de Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que con­
fiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar os
seus corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus, senão
o seu Deus.” (Dn 3.28).
4. O rei Dario também reconheceu como Deus livrou o piedoso Daniel
na cova dos leões, dizendo: “Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em
todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus
de Daniel; porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino
não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim. Ele livra, e salva, e opera
sinais e maravilhas no céu e na terra; ele livrou Daniel do poder dos leões.”
(Dn 6.26-27).

II. PROMESSAS DE LIVRAMENTOS PARA OS PIEDOSOS NAS ESCRITURAS


1. As Escrituras Sagradas nos mostram várias promessas de livramento para
os piedosos. A Palavra de Deus diz: “Em seis angústias, te livrará; e, na sétima,

289
o mal te não tocará. Na fome, te livrará da morte; e, na guerra, da violência da
espada.” (Jó 5.19-20).
2. O salmista Davi escreveu, dizendo: Έ o SENHOR os ajudará e os livrará;
ele os livrará dos ímpios e os salvará, porquanto confiam nele.” (SI 37.40).
3. Davi ainda orou ao Senhor, dizendo: “Digna-te, SENHOR, livrar-me; SE­
NHOR, apressa-te em meu auxílio.” (SI 40.13). Foram inúmeras as vezes que o
Senhor livrou a Davi!
4. A Bíblia descreve os benefícios que o homem piedoso e generoso recebe,
dizendo: “Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o SENHOR o livrará
no dia do mal. O SENHOR o livrará e o conservará em vida; será abençoado na
terra, e tu não o entregarás à vontade de seus inimigos.” (SI 41.1-2). O Senhor
nos faz uma promessa, dizendo: “E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei,
e tu me glorificarás.” (SI 50.15).

CONCLUSÃO: Há ainda uma promessa gloriosa na Palavra de Deus, dizendo:


“Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao
que não tem quem o ajude.” (SI 72.12). O Senhor é Bom e Maravilhoso! Ele sabe
livrar o justo do mal e sabe distinguir o homem piedoso!

A N O TA Ç Õ E S

290 I 21 DE MAIO
22 DE MAIO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ABRAÇO


Lucas 15.20

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado destaca a importância do abraço que o pai


deu no filho pródigo. No Dia 22 de Maio se comemora também o “Dia do Abra­
ço”. Segundo os estudiosos: A emoção que sentimos quando abraçamos alguém
é de uma qualidade incomensurável. Através deste simples gesto conseguimos
sentir a proximidade do outro e identificá-lo como um semelhante. Segundo a
psicoterapeuta Virginia Satir: “Precisamos de quatro abraços por dia para so­
breviver. Precisamos de oito abraços por dia para nos manter. Precisamos de
doze abraços por dia para crescer”. Investigadores da Universidade da Carolina
do Norte também descobriram que mesmo sendo breve (bastam apenas 20 se­
gundos), um abraço dado pelo cônjuge, filho, mãe, pai, irmão ou amigo pode
ajudar não só a reduzir os níveis de cortisol que contribuem para o stress, mas
também a reduzir a pressão arterial. Portanto, a palavra de Deus valoriza tanto
o ósculo como o abraço como símbolos da fraternidade e amor sincero entre as
pessoas (Rm 12.10 e 16.16).

I. OS BENEFÍCIOS TERAPÊUTICOS DO ABRAÇO


1. Pesquisas cientificas descobriram múltiplos benefícios que um abraço
traz para as pessoas. Abraçar libera oxitocina no sangue. Esta hormona é res­
ponsável pelo fortalecimento de laços entre os entes queridos e também pela
resposta de solidariedade entre estranhos, levando a um aumento do bem-estar.
Ou seja, um abraço é um vício sem efeitos secundários negativos. O sábio Salo­
mão escreveu que há “tempo de abraçar” (Ec 3.5).
2. Abraçar faz-nos sentir plenitude e êxtase ao encontrar consolo na pessoa
que amamos. O sábio Salomão descreveu a importância do abraço entre o casal,
dizendo: “A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua direita
me abrace.” (Ct 8.3).
3. Abraçar reduz o stress e a pressão arterial. Não há nada melhor do que
um abraço para reduzir a ansiedade, e por consequência reduzir a pressão arte­
rial. O rei Ezequias descreveu em sua oração como o Senhor abraçou a sua alma
em momento de grande angústia, dizendo: “Eis que, para minha paz, eu estive
em grande amargura; tu, porém, tão amorosamente abraçaste a minha alma,
que não caiu na cova da corrupção, porque lançaste para trás das tuas costas
todos os meus pecados.” (Ez 38.17).
4. Abraçar é uma boa ação recíproca. Um abraço pode mudar a vida de uma
pessoa ao quebrar o stress mental de um dia ruim, devolvendo-lhe uma sensa­
ção de felicidade. Lucas registrou o apóstolo Paulo abraçando os discípulos de
Cristo, dizendo: “Depois que cessou o alvoroço, Paulo chamou a si os discípulos

291
e, abraçando-os, saiu para a Macedonia.” (At 20.1). Lucas também registra Pau­
lo abraçando um jovem chamado Êutico que havia sofrido uma queda mortal,
dizendo: “Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse:
Não vos perturbeis, que a sua alma nele está.” (At 28.10).

II. O QUE AS ESCRITURAS DIZEM SOBRE O ABRAÇO


1. A Bíblia registra o abraço e o ósculo santo como formas saudáveis das
pessoas se saudarem entre si. A Bíblia registra o beijo e o abraço na recepção
de Jacó por seu tio Labão, dizendo: “E aconteceu que, ouvindo Labão as novas
de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e beijou-o, e
levou-o à sua casa. E contou ele a Labão todas estas coisas.” (Gn 29.13). A Bíblia
celebra o beijo e o abraço da reconciliação entre Esaú e Jacó, dizendo: “Então,
Esaú correu-lhe ao encontro e abraçou-o; e lançou-se sobre o seu pescoço e
beijou-o; e choraram.” (Gn 33.4)
2. A Bíblia celebra o abraço que Jacó deu em seus netos Efraim e Manassés,
dizendo: “Os olhos, porém, de Israel eram carregados de velhice, já não podia
ver bem; e fê-los chegar a ele, e beijou-os e abraçou-os.” (Gn 48.10).
3. A Bíblia celebra a congratulação entre os amigos, dizendo: “O homem
que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do
que um irmão.” (Pv 18.24).
4. A Bíblia revela as mulheres piedosas abraçando os pés do Cristo Ressus­
citado, dizendo: “E, indo elas, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos
saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés e o adoraram.” (Mt 28.9).
CONCLUSÃO: O abraço é uma forma de anularmos toda forma de discrimi­
nação e aproximação entre as pessoas, e a demonstração que todos nós somos
iguais. Quando você estiver estressado, abrace sua esposa, seu marido, seus fi­
lhos, seu pai, sua mãe, seus irmãos e pessoas que você ama, e experimente a
verdadeira paz em seu coração! (Cl 3.13).

A N O TA Ç O E S

292 I 22 DE MAIO
23 DE MAIO

A CERTEZA DA RESPOSTA DAS NOSSAS ORAÇÕES


IJ o õ o 5.15

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo João nos encoraja a termos a


certeza da resposta das nossas orações. O Apóstolo do Amor afirma que de­
vemos estar certos de que obtemos os pedidos que temos feito ao nosso Deus.
Nós experimentamos isso nas nossas orações. Há momentos que levantamos da
oração com a plena convicção que Deus responderá os pedidos que fizemos. O
próprio Espírito Santo que nos ajudar a orar é quem nos faz ter esta certeza que
a nossa oração será atendida. O Espírito Santo intercede por nós com gemidos
inexprimíveis e isso é levado em conta pelo nosso Deus (Rm 8.26).

I. JESUS CRISTO É A GARANTIA DA RESPOSTA DAS NOSSAS ORAÇÕES


1. Em várias ocasiões o Senhor Jesus Cristo garantiu a resposta das nossas
orações e enfatizou o seu empenho pessoal para garantir a resposta das nossas
orações. Jesus Cristo disse: “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebe­
reis.” (Mt 21.22).
2. O Senhor Jesus Cristo prometeu seu empenho pessoal pela resposta das
nossas orações, dizendo: Έ tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei,
para que o Pai seja glorificado no Filho.” (Jo 14.13).
3. Jesus Cristo reforçou esta promessa, dizendo: “Se pedirdes alguma coisa
em meu nome, eu o farei.” (Jo 14.14). Sempre há um amigo que conhece uma
pessoa influente e pode interceder em favor de outro amigo. Jesus Cristo é como
aquele amigo que intercede perante o Pai para beneficiar a todos nós que somos
seus amigos (Jo 15.15).
4. Jesus Cristo reafirmou o seu compromisso conosco em garantir a resposta
das nossas orações, dizendo: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi
a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim
de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.” (Jo 15.16). É
como se o próprio Jesus Cristo se dirigisse ao Pai, dizendo: “Pai, pela considera­
ção que tu tens pelo meu Nome, atende a este teu servo!” (Jo 16.23-24).

II. A CONVICÇÃO PESSOAL QUE TEMOS DA RESPOSTA DAS NOSSAS


ORAÇÕES
1. Há uma convicção muito forte dentro de cada um de nós quando senti­
mos que Deus nos favoreceu naquela determinada oração que fizemos. A Bíblia
revela que o semblante de Ana mudou completamente depois que o sacerdote
Eli lhe pronunciou a seguinte benção: “Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda
a tua petição que lhe pediste.” (ISm 1.17-18). Ana se alegrou naquele momento
como se já estivesse de posse da sua benção!

293
2. Davi também teve a mesma certeza da resposta de suas orações, quando
disse: “O SENHOR já ouviu a minha súplica; o SENHOR aceitará a minha ora­
ção.” (SI 6.9).
3. O Senhor Jesus Cristo disse: “Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes,
orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis.” (Mc 11.24). Que coisa maravilhosa!
Jesus disse: “tê-lo-ei”. Ou seja, no momento da oração você já pode ter o que está
pedindo! Glórias a Deus!
4. O anjo Gabriel disse a Zacarias: “Zacarias, não temas, porque a tua ora­
ção foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de
João.” (Lc 1.13). O apóstolo João ainda escreveu, dizendo: “E qualquer coisa que
lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e
fazemos o que é agradável à sua vista.” ( ljo 3.22).
CONCLUSÃO: Tenha a plena certeza meu irmão que Deus responderá as suas
orações! Deus já deu um sim para as suas orações! Deus já acatou o seu pedido e
atendeu a sua solicitação! Agradeça a Deus pela resposta e permaneça fiel a Ele!

A N O TA Ç O E S

294 I 23 DE MAIO
24 DE MAIO

NÃO PERCA AQUILO QUE VOCÊ JÁ CONQUISTOU


2João 1.8

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo João nos aconselha a tomarmos


o devido cuidado para não perdermos aquilo que já temos conquistado. Nós sa­
bemos o quanto é difícil conquistarmos as coisas. Nada cai de “mão beijada” em
nossas mãos. Tudo o que conquistamos seja espiritualmente, seja materialmen­
te é com muito esforço e dedicação. Porém, para perdermos basta um vacilo de
nossa parte. Daí a necessidade de tomarmos a devida cautela e precaução para
não perdermos aquilo que com tanto sacrifício já temos conquistado. Muitos
levam décadas para chegar em uma determinada posição no ministério; e mui­
tas vezes perdem todo o esforço de anos por uma aventura passageira. Que o
Senhor nos proteja e nos guarde.

I. MUITA CAUTELA PARA MANTERMOS 0 QUE JÁ CONQUISTAMOS


1. Uma das cautelas que devemos tomar é nunca deixar que as nossas
conquistas nos deixem acomodados. Davi já havia conquistado muitas ba­
talhas e quis se acomodar em plena batalha (2Sm 11.1). No tempo em que
os reis costumavam ir para a guerra, Davi ficou acomodado em Jerusalém,
e isso lhe abriu um precedente para o pecado (2Sm 11.2-4). Na época de
consolidar suas conquistas, Davi pôs a perder tudo o que havia conquistado
até ali.
2. Mesmo trabalhando dia e noite para conquistar almas para Cristo, Paulo
ainda tinha medo de ser desqualificado e perder tudo o que já havia conquis­
tado, quando se expressou, dizendo: “Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à
servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma m a­
neira a ficar reprovado.” (IC o 9.27).
3. Paulo ainda continuava cauteloso quando escreveu, dizendo: “Irmãos,
quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, es­
quecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de
mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo
Jesus.” (Fp 3.13-14).
4. Paulo confiava que iria receber o seu inteiro galardão quando escreveu,
dizendo: “Porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso
para guardar o meu depósito até àquele Dia.” (2Tm 1.12). O apóstolo conseguiu
se manter firme até o fim e garantiu o seu inteiro galardão (2Tm 4.7-8).

II. DEUS QUER NOS DÁ UM GALARDÃO INTEIRO


1. O propósito de Deus é nos oferecer um inteiro galardão. Deus não quer
nos recompensar pela metade. A vontade de Deus é nos dá um completo e gra-

295
díssimo galardão. O Senhor fez uma promessa a Abraão: “Não temas, Abrão, eu
sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.” (Gn 15.1).
2. O profeta Isaías descreveu o Senhor vindo com completo galardão para
os seus filhos, dizendo: “Eis que o Senhor Jeová virá como o forte, e o seu braço
dominará; eis que o seu galardão vem com ele, e o seu salário, diante da sua
face.” (Is 40.10).
3. O Senhor Jesus Cristo mostra a futilidade das conquistas humanas diante
do seu galardão, dizendo: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo intei­
ro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?
Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então,
dará a cada um segundo as suas obras.” (Mt 16.26-27).
4. O Escritor da Carta aos Hebreus nos aconselhou, dizendo: “Não rejeiteis,
pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão.” (Hb 10.35). O
Senhor Jesus Cristo revelou o seu desejo de nos oferecer o seu inteiro galardão,
dizendo: “E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada
um segundo a sua obra.” (Ap 22.12).

CONCLUSÃO: Que possamos ser cautelosos e vigilantes em todo o tempo para


não perdermos aquilo que já temos conquistado, e jamais nos acomodarmos
em nossa “zona de conforto” reconhecendo que os desafios são grandes e o
nosso descanso não é aqui (Mq 2.10).

A N O TA Ç Õ E S

296 I 24 DE MAIO
25 DE MAIO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO VIGILANTE


IC o rín tio s 16.13

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos aconselha a sermos


vigilantes. No dia 25 de Maio também se comemora o Dia do Vigilante. O vi­
gilante é aquela pessoa que trabalha velando de dia e de noite aquilo que lhe foi
confiado pelo seu patrão. Vigilante é um oficio que todos nós devemos exercer.
Mesmo que não exerçamos de forma profissional, devemos ser vigilantes de nós
mesmos e daquilo que Deus nos confiou. A palavra de Deus convida a todos
nós a sermos vigilantes. Da mesma forma que um vigilante deve velar e prote­
ger aquilo que lhe foi confiado pelo seu patrão, o cristão precisa ser vigilante em
tudo aquilo que faz e guardar tudo aquilo que lhe foi confiado pelo seu Senhor.

I. A IMPORTÂNCIA DO VIGILANTE
1. Tecnicamente falando, o vigilante executa atividade de vigilância patri­
monial bem como a segurança de pessoas, realiza transporte de valores ou de
qualquer tipo de carga. O vigilante tem a responsabilidade de vigiar a si mesmo
e também os outros. Espiritualmente falando, o vigilante tem a mesma respon­
sabilidade de vigiar a si mesmo, e vigiar outras pessoas que lhe são confiadas.
No caso dos pais, os mesmos devem vigiar os seus filhos (Pv 22.6); e no caso
do pastor, o mesmo deve vigiar também as suas ovelhas e protegê-las dos lobos
(Hb 13.17).
2. Assim como o vigilante guarda valores patrimoniais, o cristão deve guar­
dar os valores espirituais que recebeu do Senhor. Paulo mesmo disse a Timóteo:
“Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.” (lT m 1.14).
3. A Bíblia descreve o Senhor como o nosso Vigilante e Sentinela Fiel, di­
zendo: “Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel. O SENHOR é
quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará
de dia, nem a lua, de noite. O SENHOR te guardará de todo mal; ele guardará a
tua alma. O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para
sempre.” (SI 121.4-5).
4. O Senhor também prometeu ser vigilante com a sua vinha durante o dia e
também a noite (Is 27.3). O Senhor Jesus Cristo nos convidou a sermos vigilan­
tes, dizendo: “Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho
do Homem há de vir.” (Mt 25.13).

II. A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA NAS ESCRITURAS


1. A vigilância foi um dos temas que o Senhor Jesus Cristo deu muita im­
portância nas Escrituras. Ele mesmo disse aos seus discípulos: “Vigiai, pois,
porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.” (Mt 24.42).

297
2. Jesus Cristo nos aconselhou a sermos vigilantes o tempo todo, dizendo:
“Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à
meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso,
não vos ache dormindo.” (Mc 13.35-36). Jesus Cristo ordenou que todos nós
sejamos vigilantes, dizendo: “E as coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai.”
(Mc 13.37). A vigilância não é obrigação apenas de alguns; mas de todos nós!
3. Paulo também nos aconselhou a sermos vigilantes, dizendo: “E isto digo,
conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa
salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é
passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos
das armas da luz.” (Rm 13.11-12). Só os vigilantes conseguem ficarem atentos
em todo o momento, e por isso conhecem bem o tempo!
4. Paulo ainda nos falou da vigilância constante que devemos ter, dizendo:
“Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso
com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18).
CONCLUSÃO: Todos nós devemos ser vigilantes. O apóstolo Pedro também
nos advertiu e nos instruiu acerca da vigilância, dizendo: “Sede sóbrios, vigiai,
porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, bus­
cando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas
aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.” (lP e 5.8-9). Sejamos
lúcidos e vigilantes em todo o tempo!

A N O TA Ç Õ E S

298 I 25 DE MAIO
26 DE MAIO

A DIFERENÇA ENTRE O MAL E O BOM OBREIRO


3 João 1.11

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo João nos aconselha a imitarmos


os bons exemplos das pessoas e não os maus exemplos. O Apóstolo do Amor
nos apresenta dois tipos opostos de obreiros: Diótrefes, o mau obreiro, e Demé-
trio, o bom obreiro. Nós sabemos que em todos os ofícios existem o mau e o
bom profissional. Da mesma forma, no ministério existe o mau e o bom obrei­
ro. Em um pequeno grupo de apenas 12 Discípulos escolhidos por Jesus Cristo
havia um obreiro tão mau que o próprio Jesus o chamou de “diabo” (Jo 6.70).
Imagine quantos obreiros maus existem em um contingente de centenas ou até
milhares de obreiros nos grandes ministérios? Entretanto, acredito que existem
muito mais pessoas boas no ministério do que pessoas ruins, e são estes bons
exemplos que devemos imitar.

I. EXEMPLOS DE OBREIROS MAUS NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia apresenta uma extensa lista de obreiros maus que jamais deve­
mos imitá-los. A Bíblia descreve Corá, Datã e Abirão como obreiros maus que
se rebelaram contra a liderança espiritual de Moisés e tiveram um final infeliz
(Nm 16.1-3 e Nm 16.32).
2. A Palavra de Deus mostra os filhos Eli como maus obreiros e ainda des­
creve o péssimo exemplo que eles davam (ISm 2.12-17).
3. As Escrituras descrevem Geazi como um mau obreiro que foi seduzido
pela cobiça e mentira, e acabou perdendo uma grande oportunidade de ser o
fiel sucessor do profeta Eliseu (2Rs 5.20-27).
4. Paulo citou os nomes de Himeneu e Alexandre como maus obreiros que
vieram a naufragar na própria fé (lT m 1.20). Paulo já havia nos alertado para
tomarmos cuidado com os maus obreiros, dizendo: “Guardai-vos dos cães,
guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão!” (Fp 3.2).

II. EXEMPLOS DE BONS OBREIROS NAS ESCRITURAS


1. As Escrituras Sagradas também nos apresenta uma extensa lista de bons
obreiros, os quais merecem ser imitados por todos nós. O próprio Deus deu
testemunho do zelo do sacerdote Finéias pela sua obra (Nm 25.11-13).
2. A boa fama do profeta Samuel era conhecida por todas as pessoas, à pon­
to do servo de Saul dizer: “Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e ho­
mem honrado é; tudo quanto diz sucede assim infalivelmente; vamo-nos agora
lá; porventura, nos mostrará o caminho que devemos seguir.” (ISm 9.6).
3. A Mulher Sunamita testemunhou do bom caráter e pureza de vida do
profeta Eliseu, dizendo: “Eis que tenho observado que este que passa sempre

299
por nós é um santo homem de Deus.” (2Rs 4.9). O próprio Jesus Cristo deu tes­
temunho do bom obreiro Natanael, dizendo: “Eis aqui um verdadeiro israelita,
em quem não há dolo.” (Jo 1.47).
4. O apóstolo Paulo deu testemunho do bom obreiro Epafras, dizendo:
“Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por
vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em
toda a vontade de Deus. Pois eu lhe dou testemunho de que tem grande zelo
por vós, e pelos que estão em Laodiceia, e pelos que estão em Hierápolis.” (Cl
4.12-13).

CONCLUSÃO: Graças a Deus que a lista de obreiros bons mencionados nas


Escrituras é bem maior do que a lista dos maus obreiros. Que possamos saber
diferenciar o bom obreiro do mau obreiro e não cometermos a injustiça de ge­
neralizar a todos. Paulo tinha autoridade moral e espiritual para dizer: “Sede
meus imitadores, como também eu, de Cristo.” (IC o 11.1). Deus é poderoso
para transformar os maus obreiros de outrora em bons obreiros para servirem
a sua obra!

A N O TA Ç Õ E S

300 I 26 DE MAIO
27 DE MAIO

TENHA COMPAIXÃO DAS PESSOAS DUVIDOSAS


Ju da s 1.22

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Judas nos aconselha a termos


compaixão das pessoas que estão na dúvida. Na verdade, existem muitas pes­
soas que estão na corda bamba da indecisão, e precisam serem ajudadas por
nós. É preciso uma dose de paciência e compaixão para com as pessoas que es­
tão navegando no mar da dúvida e do medo. Nós somos encorajados a sempre
fortalecer as mãos fracas e os joelhos vacilantes (Hb 12.12-13). O Senhor Jesus
Cristo teve muita paciência com o duvidoso Tomé, à ponto de escolhê-lo como
um dos seus apóstolos (Lc 6.15; Jo.14.5-6; Jo.20.24-29).

I. MESMOS OS HERÓIS DA FÉ PRECISARAM SER ENCORAJADOS


1. A Bíblia mostra pessoas fortalecendo a fé dos grandes heróis da fé quan­
do os mesmos se encontravam na dúvida. A Bíblia mostra o próprio Deus sen­
do paciente e compassivo para com Gideão que estava na dúvida, quando lhe
orientou a descer ao arraial e ouvir a narração de um sonho em que um homem
descrevia a sua própria vitória sobre os midianitas, e Gideão foi encorajado e
tirou toda a sua dúvida após ouvir aquele sonho! (Jz 7.10-15).
2. As Escrituras mostram o piedoso cantor Asafe em uma grande dúvida, e
Deus se compadecendo dele e lhe esclarecendo no templo todas as suas dúvidas
(SI 73.1-17).
3. A Bíblia descreve um anjo do Senhor tirando a dúvida que havia no cora­
ção de José acerca da gravidez de Maria (Mt 1.19-20). A Palavra de Deus mos­
tra Jesus Cristo se compadecendo de um pai em sua incredulidade, libertando
completamente o seu filho! (Mt 11.21-27).
4. Jesus Cristo se compadeceu de Pedro e pediu para ele também fortalecer
a fé dos seus irmãos, dizendo: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos
cirandar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu,
quando te converteres, confirma teus irmãos.” (Lc 22.31-32).

II. TENDO COMPAIXÃO DAS PESSOAS


1. O texto nos aconselha a termos compaixão das pessoas que estão na
dúvida. A compaixão pode ser definida como a “participação espiritual na in­
felicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofre­
dor.”. Ter compaixão é se comover de coração com o estado infeliz de alguém e
desejar ajudá-lo com ternura e amor! O patriarca Jó revelou a compaixão que
devemos ter para com o aflito, dizendo: “Ao que está aflito devia o amigo m os­
trar compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-Poderoso.” (Jó 6.14). Jó
também clamou pela compaixão dos seus amigos, dizendo: “Compadecei-vos
de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim, porque a mão de Deus me
tocou.” (Jó 19.21).
2. A Bíblia revela a compaixão de Jesus Cristo pelas pessoas, dizendo: “E,
vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e
errantes como ovelhas que não têm pastor.” (Mt 9.36).
3. A Bíblia mostra a intima compaixão do Pai do Filho Pródigo, dizendo:
“E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai,
e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o
beijou.” (Lc 15.20).
4. O mesmo apóstolo Pedro que foi alvo da compaixão de Jesus Cristo nos
ensinou a sermos também compassivos, dizendo: “E, finalmente, sede todos
de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente
misericordiosos e afáveis,” (lP e 3.8).

CONCLUSÃO: Que possamos ser compassivos para com as pessoas, reconhecen­


do o quanto Deus também tem sido compassivo para conosco! O salmista nos
revelou a compaixão paternal e divina, dizendo: “Como um pai se compadece de
seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem.” (SI 103.13)

A N O TA Ç Õ E S

302 | 27 DE MAIO
28 DE MAIO

VOLTE AO PRIMEIRO AMOR


A pocalipse 2.4

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor Jesus Cristo exorta aos crentes
da Igreja de Éfeso que voltem ao primeiro amor. O que é o primeiro amor? O
primeiro amor a que Jesus se referiu significa o período inicial de fervor e dedi­
cação que todo novo convertido demonstra no princípio de sua fé. Quando nos
convertemos ao Senhor nos encantamos com a nova fé que abraçamos e tudo
passa a ser novidade para nós; entretanto, com o passar do tempo, começamos
a relaxar um pouco em relação ao compromisso que assumimos com o Senhor,
e permitimos que a frieza espiritual tome conta de nossas vidas, daí a razão de
buscarmos urgente uma renovação do nosso compromisso com Deus e voltar­
mos a ter uma devoção maior pelo seu amor e pela sua maravilhosa graça. Para
voltarmos ao primeiro amor, é preciso tomar algumas posições em nossa vida
cristã.

I. É PRECISO BUSCAR RENOVAÇÃO ESPIRITUAL


1. Para voltarmos ao primeiro amor é preciso buscar uma renovação pes­
soal. O profeta Jeremias se referiu a este “primeiro amor” usando outros ter­
mos, dizendo: “Converte-nos, SENHOR, a ti, e nós nos converteremos; renova
os nossos dias como dantes.” (Lm 5.21). Deus está pronto a renovar a nossa fé
e o fervor inicial que tínhamos quando nos convertemos ao Senhor!
2. Deus lembrou a Jacó o seu primeiro encontro com o Senhor em Betei
e ordenou que voltasse ao seu primeiro amor, dizendo: “Depois, disse Deus
a Jacó: Levanta-te, sobe a Betei e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te
apareceu quando fugiste diante da face de Esaú, teu irmão.” (Gn 35.1 e Gn
28.10-22).
3. Após o rei Asa ouvir a advertência do Senhor para que o povo se voltas­
sem para Deus como no princípio, tomou a seguinte decisão: “renovou o altar
do SENHOR, que estava diante do Pórtico do SENHOR.” (2Cr 15.8). Asa colo­
cou em prática o que ele havia acabado de ouvir da parte do Senhor. Não po­
demos ser ouvintes esquecidos, é preciso tomar uma posição imediatamente!
4. Deus traz a memória de seu povo o seu primeiro amor e ordena ao
profeta Jeremias que clame aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: “Vai e clama
aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o SENHOR: Lembro-me de ti,
da beneficência da tua mocidade e do amor dos teus desposórios, quando
andavas após m im no deserto, numa terra que se não semeava.” (Jr 2.2). Deus
está lembrando a Israel que quando eles serviam a Deus no deserto, eram
mais dedicados do que agora que viviam na bonança da Terra Prometida!

303
II. É PRECISO ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO GENUÍNA
1. Para voltarmos ao primeiro amor, é preciso arrependimento de nossa
parte e conversão genuína. Às vezes pregamos o arrependimento e conversão só
para os ímpios; porém, a maioria das mensagens de arrependimento e conver­
são são dirigidas para o próprio povo de Deus. Precisamos nos converter dia­
riamente ao Senhor com arrependimento sincero e quebrantamento espiritual.
O Senhor pediu a conversão do seu próprio povo, dizendo: “E se o meu povo,
que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se
converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os
seus pecados, e sararei a sua terra.” (2Cr 7.14).
2. Deus reclamou da própria recusa de Israel em se converter, dizendo:
“Porque assim diz o Senhor Jeová, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em
repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança, estaria a vossa
força, mas não a quisestes.” (Is 30.15).
3. O Senhor continuou cobrando arrependimento e conversão genuína do
seu povo, dizendo: “Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos
a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.
E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR,
vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e
grande em beneficência e se arrepende do mal.” (Jl 2.12-13).
4. O apóstolo Pedro falou dos tempos de refrigério que acompanha os que
se arrependem e se convertem de forma genuína, dizendo: “Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham,
assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor.” (At 3.19).
CONCLUSÃO: Para mantermos o nosso amor sempre aceso e ardente pelo nos­
so Deus e pela sua causa, é preciso mantermos uma vida devocional diária re­
gada com muita oração e leitura da sua Palavra (At 6.4).

A N O TA Ç O E S

304 I 28 DE MAIO
29 DE MAIO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO SOCIÓLOGO


1C rõ nicas 12.32

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela as habilidades dos representantes de


cada tribo de Israel que foi chegando para se ajuntarem a Davi e formarem um go­
verno forte; e, na tribo de Issacar se apresentaram homens conhecedores da época
e destros na ciência dos tempos. No dia 29 de maio se comemora também o Dia do
Sociólogo. O sociólogo possui a sociedade como objeto de estudo. Ele é um cientista,
com espírito crítico, que se dedica à pesquisa do comportamento humano dentro de
uma sociedade. Esses filhos de Issacar conheciam muito bem os problemas sociais
que afetavam a sociedade israelita de sua época e estavam ali para ajudarem Davi a
resolver a complexidade e diversidade da vida social que afligiam o povo hebreu.

I. 0 COMPORTAMENTO DA SOCIEDADE ISRAELITA NOS DIAS DE DAVI


1. Segundo as tradições bíblicas, após a morte de Saul (1030-1010 a.C), as
tribos de Israel e Judá que não conheciam, como os povos à sua volta, o esque­
ma de sucessão dinástica, entram em crise. É neste contexto que ganha destaque
a figura de Davi (1010-970 a.C), o jovem líder belemita, que no passado traba­
lhara sob o comando de Saul, se emergia como um líder segundo o coração de
Deus para governar a nação de Israel (2Sm 5.1-3; SI 89.20 e At 13.22).
2. O sociólogo tem como objeto de estudo a organização do homem em
sociedade, buscando explicar sua natureza, as estruturas que a compõem e as
relações que se estabelecem entre indivíduos e instituições. Seu trabalho ajuda a
compreender melhor a sociedade. Além dos filhos de Issacar que eram os soció­
logos da época de Davi, havia também conselheiros, ministros, e até chanceler
que fazia parte do governo vitorioso de Davi (lC r 18.14-17).
3. A sociedade israelita havia saído de um governo teocrático comandado
por líderes religiosos, e estava se consolidando como uma sociedade monárqui­
ca liderada por chefes políticos como Saul, o primeiro rei de Israel, e estavam
inaugurando um novo período conhecido como “período de ouro” da monar­
quia israelita sob os governos de Davi e Salomão (1 Cr 11.1-9 e 1Cr 29.23-29).
4. Uma das bandeiras que os socialistas pregam é o estabelecimento da tão
sonhada “Justiça Social”. A Bíblia aponta um governo justo e solidário por oca­
sião do reinado de Davi, dizendo: “Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; e Davi
julgava e fazia justiça a todo o seu povo.” (2Rs 8.15). Não sabemos quanto tempo
durou isso, mas houve um período de justiça social no reinado de Davi!

II. A JUSTIÇA SOCIAL APREGOADA NAS ESCRITURAS


1. A Justiça Social é apregoada em várias passagens das Escrituras. Segundo
os estudiosos do assunto: Justiça social é uma construção moral e política ba-

305
seada na igualdade de direitos e na solidariedade coletiva. Em termos de desen­
volvimento, a justiça social é vista como o cruzamento entre o pilar econômico
e o pilar social.
2. A legislação mosaica já estabelecia a indenização por tempo de serviço
na sociedade israelita, dizendo: “Quando teu irmão hebreu ou irmã hebreia se
vender a ti, seis anos te servirá, mas, no sétimo ano, o despedirás forro de ti. E,
quando o despedires de ti forro, não o despedirás vazio. Liberalmente o forne­
cerás do teu rebanho, e da tua eira, e do teu lagar; daquilo com que o SENHOR,
teu Deus, te tiver abençoado lhe darás” (Dt 15.12-14). Aqui temos já a previsão
de indenização por tempo de serviço. Um grande avanço em legislação traba­
lhista daquela sociedade remota. Nisso percebemos quanto o legislador hebreu
estava avançado, para os seus dias.
3. A Bíblia revela as palavras da mãe de um governante lhe aconselhando a
praticar a justiça social entre os pobres e necessitados, dizendo: “Abre a tua boca
a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham em desolação. Abre a
tua boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” (Pv 31.8-
9). A Bíblia apregoa a estabilidade de um governo que pratica a justiça social,
dizendo: “O rei, que julga os pobres conforme a verdade, firmará o seu trono
para sempre.” (Pv 29.14).
4. O profeta Isaías trouxe esperança de justiça social a todos nós quando
profetizou o surgimento de um Rei que estabelecerá a justiça social na terra, di­
zendo: “Reinará um rei com justiça, e dominarão os príncipes segundo o juízo.
E será aquele varão como um esconderijo contra o vento, e como um refúgio
contra a tempestade, e como ribeiros de águas em lugares secos, e como a som­
bra de uma grande rocha em terra sedenta” (Is 32.1-2). O Senhor Jesus Cristo é
esse Rei Justo e solidário que aguardamos (Is 11.1-10).
CONCLUSÃO: Todos os homens sonham com uma sociedade mais justa e mais
solidária. A Palavra de Deus apregoa um período de Justiça Social na terra,
dizendo: “Naqueles dias e naquele tempo, farei que brote a Davi um Renovo de
justiça, e ele fará juízo e justiça na terra. Naqueles dias, Judá será salvo, e Jeru­
salém habitará seguramente; e este é o nome que lhe chamarão: O SENHOR É
Nossa Justiça.” (Jr 33.15-16). Esse Rei que ainda julgará o mundo com justiça é
Jesus Cristo (At 17.31).

306 I 29 DE MAIO
30 DE MAIO

DEUS RESOLVEU TE DÁ ATENÇÃO


Solm o 106.44

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que Deus atentou
para ouvir o clamor dos aflitos. Deus resolveu acompanhar de perto a condição
real do seu povo, e decidiu dá uma atenção especial para os filhos de Israel em
momento de grande angústia e opressão. Há momentos em nossas vidas que
chegamos a pensar que Deus nos esqueceu e nos perdeu de vista em nosso
sofrimento. Porém, quando Deus resolve nos dar atenção, Ele faz de tudo para
nos tirar daquele sofrimento e nos dá a vitória. Deus resolveu te dar atenção
meu irmão, e te socorrerá neste momento de grande aflição que você enfrenta.

I. DEUS DÁ ATENÇÃO A TODAS AS PESSOAS


1. Deus dá atenção a todas as pessoas independente de sua condição social
ou de seus erros. Após o Senhor dá atenção para uma empregada doméstica
chamada Agar, ela mesmo lhe adorou, dizendo: “Tu és Deus da vista, porque
disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?” (Gn 16.13). Agar reconhe­
ceu que Deus viu de perto a sua aflição e lhe deu a devida atenção!
2. Deus resolveu dá atenção para um anônimo homem chamado Jabez
quando clamou a Ele, dizendo: “Se me abençoares muitíssimo e meus termos
amplificares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja aflito!... E
Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.” (lC r 4.10).
3. Quando Davi pensava que já estava excluído da presença do Senhor por
causa do seu pecado, ele declara como o Senhor lhe deu a devida atenção, dizen­
do: “Pois eu dizia na minha pressa: Estou cortado de diante dos teus olhos; não
obstante, tu ouviste a voz das minhas súplicas, quando eu a ti clamei.” (SI 31.22).
4 .0 Senhor prometeu voltar a dá atenção novamente para o seu povo rebelde,
dizendo: “Em grande ira, escondí a face de ti por um momento; mas com benig-
nidade eterna me compadecerei de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor.” (Is 57.8).

II. JESUS DÁ ATENÇÃO A TODOS OS DISCRIMINADOS DA SOCIEDADE


1. O Senhor Jesus Cristo parou para dá atenção a todos os discriminados
da sociedade. Ele parou para dá atenção para uma mulher considerada imunda
pela sociedade israelita, dizendo: “Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada
deste teu mal.” (Mc 5.25-34).
2. Jesus Cristo parou para dá atenção para um cego e mendigo chamado
Bartimeu e se dirigiu a ele, dizendo: “Que queres que te faça? E o cego lhe disse:
Mestre, que eu tenha vista. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e
seguiu a Jesus pelo caminho.” (Mc 10.46-52).
3. Jesus Cristo resolveu dá atenção para uma mulher que vivia como escrava

307
de Satanás há 18 anos, quando se dirigiu a ela, dizendo: “Mulher, estás livre da
tua enfermidade. E impôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou e glorificava a
Deus.” (Lc 13.10-17).
4. Jesus Cristo resolveu dá atenção para um publicano odiado pelos Judeus,
quando se dirigiu a ele, dizendo: “Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me
convém pousar em tua casa.” (Lc 19.1-10). Jesus Cristo resolveu dá atenção para
um homem paralítico que esperava há 38 anos por um milagre, quando se di­
rigiu a ele, dizendo: “Levanta-te, toma tua cama e anda. Logo, aquele homem
ficou são, e tomou a sua cama, e partiu.” (Jo 5.1-9).
CONCLUSÃO: Deus resolveu também dá atenção para você! Ele resolveu dá
atenção ao seu problema e resolvê-lo! Acredite nisso e tome posse da sua vitó­
ria! (Lc 18.7-8).

A N O TA Ç Õ E S

308 | 30 DE MAIO
31 DE MAIO

LIÇÕES DO DIA DO ESPÍRITO SANTO


Jo ão 14.16

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o Senhor Jesus Cristo apresenta o Espírito San­
to aos seus discípulos como o Consolador. O dia 31 de Maio é lembrado como o Dia
do Espírito Santo. Essa data em que comemora o Dia do Espírito Santo tem origem
nas celebrações ocorridas em Portugal, desde o século XIV, quando a terceira pes­
soa da Santíssima Trindade era festejada com grandes banquetes coletivos, com o
objetivo de distribuir comida e esmolas aos pobres. Porém, a data oficial da vinda
do Espírito Santo sobre a Igreja, é celebrada cinquenta dias após a Páscoa, e, segun­
do consta na Bíblia, foi quando o Espírito Santo desceu do céu sobre os discípulos
de Jesus reunidos no Cenáculo acompanhado de manifestações sobrenaturais no
Dia de Pentecostes (At 2.1-4). Na verdade, devemos celebrar a nossa comunhão
com o Espírito Santo todos os dias do ano; entretanto, já que existe uma data espe­
cial no nosso calendário para que as pessoas se lembrem do Espírito Santo, vamos
celebrar nesta data ao doce e amado Espírito Santo de Deus. O Espírito Santo é
a terceira Pessoa da Santíssima Trindade (Mt 28.19). Esta definição foi dada pelo
próprio Jesus, ao citar o Espírito Santo como uma Pessoa co-existente com o Pai e
com o Filho. O Espírito Santo não é uma energia cósmica ou uma força impessoal
como muitas seitas ensinam. O Espírito Santo não é um mero poder ou influência
iluminadora, como alguns ensinam, mas sim, uma Pessoa dotada de Inteligência,
vontade e emoções que somente uma pessoa pode ter e sentir. O Espírito Santo tan­
to foi enviado para capacitar com poder os discípulos para a evangelização mundial,
como também para consolar e confortar a Igreja na terra diante das tribulações e
aflições da vida presente. Por isso, o Espírito Santo é o Consolador por excelência!

I. JESUS CRISTO CHAMOU 0 ESPÍRITO SANTO DE CONSOLADOR


1. O Espírito Santo é o nosso Consolador Amado. Jesus Cristo disse: “E eu
rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê,
nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.”
(Jo 14.16-17). A expressão grega, utilizada para O u tro Consolador”, é “allos pa-
rakletos”, que significa “outro do mesmo tipo”, “outro da mesma espécie”, e não
“heteros”, que significa “outro”, porém, de espécie diferente. Noutras palavras, o
Espírito Santo continuaria fazendo exatamente o que Cristo faria se continuasse
aqui na terra. Aliás, Cristo continua presente conosco todos os dias, por meio
do Espírito Santo que nos foi enviado (Mt 28.20 e Fp 1.19).
2. Jesus Cristo novamente chama o Espírito Santo de Consolador, dizendo:
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos en­
sinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14.26).

309
O vocábulo “parakletos” utilizado por Jesus Cristo para se referir ao Espírito Santo,
pode ser traduzido ainda como: Consolador, Fortalecedor, Conselheiro, Socorro,
Advogado, Companheiro, Intercessor, Ajudador, Aliado e Amigo (Rm 8.26).
3. O Senhor Jesus Cristo chama o Espírito Santo de Consolador pela tercei­
ra vez, dizendo: “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei
de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim.”
(Jo 15.26). Jesus Cristo chamou o Espírito Santo de Consolador pela quarta vez,
dizendo: “Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu
não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.” (Jo 16.7).
4. Lucas registrou a atividade consoladora do Espírito Santo na Igreja, di­
zendo: “Assim, pois, as igrejas em toda a Judeia, e Galileia, e Samaria tinham
paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na
consolação do Espírito Santo.” (At 9.31).

II. 0 ESPÍRITO SANTO É O DEUS DA CONSOLAÇÃO


1. O Espírito Santo é o Deus da Consolação. Paulo nos apresentou o Deus Pa­
ciente e Consolador, dizendo: “Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda
o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus,” (Rm 5.5). A
palavra “consolação” é sinônimo de “alívio”, “conforto” e “lenitivo”. O ato de consolar
pode ser definido como o alívio da dor e conforto em meio ao sofrimento. O Espíri­
to Santo é exatamente Aquele Consolador que Deus enviou para suavizar as nossas
aflições e aliviar o nosso sofrimento. Jesus previu que os seus seguidores teriam mui­
tas aflições neste mundo, mas deveríam ter ânimo em meio as aflições (Jo 16.33).
2. O apóstolo Paulo novamente nos apresenta o Deus Consolador exercen­
do o consolo para com o seu povo, dizendo: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, que
nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar
os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos
somos consolados de Deus.” (2Co 1.3-4).
3. Paulo ainda escreveu, dizendo: “Porque, como as aflições de Cristo são
abundantes em nós, assim também a nossa consolação sobeja por meio de Cris­
to.” (2Co 1.5). Paulo declara que a consolação divina supera todas as aflições por
meio de Cristo!
4. Paulo escreveu aos Tessalonicenses sobre a eterna consolação que Deus nos
deu juntamente com Cristo, dizendo: “E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e nosso
Deus e Pai, que nos amou e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperan­
ça, console o vosso coração e vos conforte em toda boa palavra e obra.” (2Ts 2.16-17).
CONCLUSÃO: Que possamos desfrutar a cada dia do consolo do Espírito Santo
em nossas vidas, pois, Ele é o Consolador por Excelência! As promessas de Deus
também são imutáveis e nos oferecem consolação (Hb 6.17-20). O Espírito San­
to nos consola a cada dia através das promessas gloriosas contidas na Palavra de
Deus; por isso, Ele é também chamado de Espírito Santo da Promessa (Ef 1.13)

310 I 31 DE MAIO
SERMÕES PARA 0 MÊS DE
1 DE JUNHO JU N H O

DEUS TE DARÁ HABILIDADE PARA FAZER A SUA OBRA


Êxodo 35.31

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que o Espírito de


Deus encheu Bezalel de capacidade e habilidade para trabalhar na construção do
Tabernáculo. É Deus quem habilita e capacita os homens que Ele escolhe para fa­
zer a sua obra. A palavra “habilidade” vem do termo latim “habilitate”, e pode ser
definida como o grau de competência de uma pessoa frente a um determinado
objetivo; ou seja, é uma pessoa hábil e qualificada para tal função. Ter habilidade
significa agir com eficiência e com perícia. Algumas pessoas já nasceram com ha­
bilidade especial para praticar um determinado tipo de esporte, à ponto de alcan­
çarem marcas olímpicas; outras nascem habilitadas para tocaram instrumentos
musicais ou mesmo para cantar; já outras pessoas nasceram com habilidades para
desenhar ou fabricar obras artísticas. Segundo alguns eruditos, Bezalel aprendeu
o oficio da parte de seu pai Uri e de seu avô Hur, e o Espírito de Deus aperfeiçoou
o seu talento para usá-lo na obra de engenharia do Tabernáculo com todos os
seus utensílios revelados por Deus a Moisés no monte (Êx 25.40). Segundo os
sábios Judeus, Ur, o avô de Bezalel teria feito o bezerro de ouro que levou o povo
à idolatria e havia morrido por causa disso; porém, Deus por sua infinita miseri­
córdia usou Bezalel para reparar o erro de seu avô construindo a Arca da Aliança
de ouro puro, o maior símbolo da glória divina no Tabernáculo.

I. A HABILIDADE DE BEZALEL
1. Bezalel, esse ilustre personagem bíblico, filho de Uri, filho de Elur, da
tribo de Judá, foi escolhido por Deus como uma espécie de engenheiro ou ar­
quiteto do Tabernáculo de Moisés no deserto. O nome “Bezalel”, significa “na
sombra de Deus” (Êx 31.1-5).
2. Para ser bem sucedido em sua missão, Bezalel, realmente vivia na “sombra
de Deus”; pois, coube a ele fabricar e desenhar o modelo de todas as peças do
Tabernáculo que foi mostrada por Deus a Moisés no monte (Êx 25.8-9 e 25.40).
3. Moisés escreveu que Bezalel contou com o auxílio de outro perito esco­
lhido por Deus chamado Aoliabe, os quais também ensinaram o oficio a outros
homens e foram capacitados para fazerem toda a obra de mestre, até a mais
engenhosa (Êx 35.34-35).
4. A Palavra de Deus afirma que: “Assim, trabalharam Bezalel, e Aoliabe, e
todo homem sábio de coração a quem o SENHOR dera sabedoria e inteligência,
para saberem como haviam de fazer toda obra para o serviço do santuário, con­
forme tudo o que o SENHOR tinha ordenado.” (Êx 36.1). Cada um trabalhava
em sua especialidade; alguns em desenhos, uns em bordados, outros em lapi­
dação de pedras, ainda outros em trabalhos de ourives e toda sorte de lavores.
II. DEUS POSSUI HOMENS HÁBEIS PARA REALIZAREM TODA BOA OBRA
1. Deus sempre tem o homem certo para a obra certa. José foi o grande
“Ministro da Fazenda” de Faraó que soube administrar com eficiência a econo­
mia do Egito, tanto na época da bonança como na época da escassez, a ponto
de Faraó perguntar para os demais ministros do seu governo: “Acharíamos um
varão como este, em quem haja o Espírito de Deus?” (Gn 41.38).
2. A Bíblia revela que Salomão aceitou a experiência e habilidade de um
engenheiro internacional enviado pelo rei de Tiro para liderar a construção do
Templo, dizendo: “Agora, pois, envio um homem sábio de grande entendimento,
a saber, Hirão-Abi, filho de uma mulher das filhas de Dã e cujo pai foi homem
de Tiro; este sabe lavrar em ouro, e em prata, em bronze, em ferro, em pedras, e
em madeira, e em púrpura, e em pano azul, e em linho fino, e em carmesim; e
é hábil para toda obra de buril e para todas as engenhosas invenções, qualquer
coisa que se lhe propuser, juntamente com os teus sábios e os sábios de Davi,
meu senhor, teu pai.” (2Cr 2.13-14).
3. A Bíblia descreve a perícia e habilidade de Davi em liderar o povo de
Israel, dizendo: “Também elegeu a Davi, seu servo, e o tirou dos apriscos das
ovelhas. De após as ovelhas pejadas o trouxe, para apascentar a Jacó, seu povo, e
a Israel, sua herança. Assim, os apascentou, segundo a integridade do seu cora­
ção, e os guiou com a perícia de suas mãos.” (SI 78.70-72).
4. A Palavra de Deus descreve a habilidade dos filhos de Asafe, Hemã e
Jedutum no ministério do louvor (2Cr 25.1). A Bíblia também descreve a habi­
lidade de Apoio na arte da oratória, dizendo: “E chegou a Éfeso um certo judeu
chamado Apoio, natural de Alexandria, varão eloquente e poderoso nas Escri­
turas.” (At 18.24-25). Deus distribui os dons e talentos aos seus filhos visando
sempre o aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11-13).

CONCLUSÃO: Como vaso que somos dentro da Grande Casa de Deus que é a sua
Igreja, devemos usar toda a habilidade que Deus nos deu para o exercício da sua
obra. Como bem disse Paulo: “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça
que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em
ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em
exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que
exercita misericórdia, com alegria.” (Rm 12.6-8).

312 I 1 DE JUNHO
2 DE JUNHO

SAIBA DISTINGUIR O QUE É CERTO E O QUE É ERRADO


1 Re is 3.9

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Salomão pede a Deus entendimento e


prudência para saber distinguir o certo e o errado e discernir entre o bem e o
mal. A sabedoria divina nos orienta e nos guia na nossa tomada de decisões, e
nos dá a percepção para sabermos distinguir entre o que é certo e o que é erra­
do. Mesmo para aquilo que parece ser inofensivo, a Palavra de Deus nos orienta
a sermos cautelosos (IC o 6.12). Todos aqueles que permitirem o Espírito Santo
ser o Guia de suas vidas certamente saberão distinguir perfeitamente as coisas
corretas das coisas incorretas, e serão conduzidos por um caminho plano (SI
143.10 eR m 8.14).

I. A DIFERENÇA ENTRE LICITUDE E CONVENIÊNCIA


1. A Bíblia estabelece uma diferença entre licitude e conveniência. O após­
tolo Paulo nos aconselha, dizendo: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem
todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma.” (IC o 6.12). De acordo com o teólogo Thiago Zambelli:
“Não basta, ao cristão, justificar-se com um simples “posso ou não posso”. E
necessário que ele vá além disso. É necessário que ele leve em consideração se é
conveniente levar adiante seu pensamento”.
2. O apóstolo Paulo revela como Deus já deixou gravada no coração das
pessoas as noções do que é certo ou errado, dizendo: “Estes mostram a norma
da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os
seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se,” (Rm 2.15).
3. Paulo ainda afirma que: “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm;
todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (IC o 10.23). Aqui, o apóstolo Paulo
deixa claro que nem tudo que é lícito é conveniente! Paulo também nos aconselhou
sobre a forma correta de sabermos distinguir a diferença entre licitude e conve­
niência, dizendo: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios,
e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.” (Ef 5.15-16).
4. O Senhor prometeu nos instruir no caminho correto; porém, nos adver­
tiu também de forma bem dura e realista, dizendo: “Instruir-te-ei e te ensinarei
o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho. Não se­
jais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos
são dominados; de outra sorte não te obedecem.” (SI 32.8-9).

II. A DIFERENÇA ENTRE O MAL E O BEM


1. Além de sabermos diferenciar o que é lícito e o que é conveniente; pre­
cisamos saber diferenciar o mal do bem. Por mais que o mal e o bem sejam

313
opostos entre si; o mal às vezes se apresenta com aparência de bem; por isso é
preciso buscar do Senhor o discernimento para sabermos distinguir o bem do
mal. O apóstolo Paulo também escreveu sobre isso, dizendo: “E não é de admi­
rar, porque o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. Portanto, não deveria
surpreender que os seus próprios ministros se disfarcem em ministros de justi­
ça. O fim deles será conforme as suas obras.” (2Co 11.14-15).
2. O profeta Isaías já denunciava a falta de distinção entre o bem e o mal,
dizendo: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuri-
dade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!”
(Is 5.20).
3. O profeta Amós advertiu ao povo de Deus, dizendo: “Buscai o bem e não
o mal, para que vivais; e, assim, o SENHOR, o Deus dos Exércitos, estará con-
vosco, como dizeis.” (Am 5.14).
4. Paulo também nos ensinou a sermos cautelosos para sabermos distinguir
o bem do mal, dizendo: “Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-
-vos de toda forma de mal.” (lT s 5.21-22).
CONCLUSÃO: Salomão pediu a Deus sabedoria para saber distinguir o bem do
mal. A sabedoria e a prudência são duas virtudes importantes que devemos ter
para sabermos fazer a diferença entre o que é certo e o que é errado; entre o que
é bem e o que é mal, e entre o que é lícito e o que é ilícito, e entre o que é con­
veniente e o que é inconveniente. Jesus Cristo nos deu a receita, dizendo: “Eis
que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes
como as serpentes e símplices como as pombas.” (Mt 10.16)

A N O TA Ç O E S

314 | 2 DE JUNHO
3 DE JUNHO
LIÇÕES DO DIA DE PENTECOSTES
Atos 2.1-4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a descida do Espírito Santo sobre a Igreja
no Dia de Pentecostes. O dia 3 de Junho aparece em nosso calendário como o Dia de
Pentecostes. No Calendário Judaico havia três festas importantes: A Festa da Páscoa,
a Festa do Pentecostes, e a Festa dos Tabernáculos. Na Festa da Páscoa, as primícias
eram um cordeiro, na Festa de Pentecostes, as primícias eram os grãos da colheita, e na
Festa dos Tabernáculos, as primícias eram os frutos da colheita. A Festa de Pentecostes
é também conhecida como: “Festas das Semanas”, “Festa das Primícias” e “Festa da
Colheita”. O termo “Pentecostes” surgiu após a tradução do hebraico para o grego, e
significa “cinquenta” numa alusão ao número de dias que existe entre a Festa da Pás­
coa e a Festa de Pentecostes. É desta expressão: “Pentecostes” que originou os termos:
“Pentecostal” ou “Pentecostalismo”. De acordo com o teólogo Arthur Wood: “Em certo
sentido, o Pentecoste nunca mais poderá acontecer de novo. Em outro sentido, ele po­
derá estar sempre acontecendo, visto que estamos vivendo na era do Espírito Santo” A
Bíblia revela a continuidade do fervor pentecostal entre os cristãos primitivos, dizendo:
Έ , tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios
do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.” (At 4.31).
1.0 FATO MAIS MARCANTE DO DIA DE PENTECOSTES
1 .0 fato mais marcante do Dia de Pentecostes foi sem dúvida a descida do Espí­
rito Santo sobre a Igreja Primitiva (At 2.1 -4). O próprio Deus aproveitou as delegações
oriundas de diversas nações da terra para celebrar a Festa de Pentecostes em Jerusa­
lém para enviar o seu Espírito Santo e transformar aquele Dia memorável em uma
verdadeira Conferência Mundial Pentecostal (At 2.7-12).
2. Nos dias de hoje, todas as Igrejas Cristãs que dão ênfase ao Batismo com o
Espírito Santo com a evidência inicial do falar em novas línguas são chamadas de
Igrejas Pentecostais. Os Pentecostais defendem a atualidade do falar em línguas e da
operação vigente dos dons espirituais com base no que o apóstolo Pedro pregou no
Dia de Pentecostes, dizendo: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos
e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.” (At 2.39).
3. Embora as Igrejas Evangélicas estejam divididas entre: Pentecostais e Tradicio­
nais, cada um deve respeitar a crença do outro; pois, o próprio apóstolo Paulo afirma
que: “A fé não é de todos.” (2Ts 3.2). Tanto os Pentecostais como os Tradicionais serão
salvos pela fé em Jesus Cristo e não por um grupo ser superior ou inferior ao outro
(At 16.31 e E f 2.8).
4 .0 apóstolo Pedro declara que o Dia de Pentecostes marcou para sempre a pro­
messa de uma efusão mundial do Espírito Santo vaticinado pelo profeta Joel, dizendo:
“Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus,
que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas
profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e tam-
bém do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias,
e profetizarão;” (At 2.16-17).

II. A FORÇA DO PENTECOSTALISMO NO MUNDO


1. O Avivamento da Rua Azuza ocorrido na cidade de Los Angeles nos Estados
Unidos em 1906 ficou conhecido como o “Segundo Dia de Pentecostes” da Histó­
ria do Pentecostalismo Mundial. “Com gritos estranhos e pronunciando coisas que
aparentemente nenhum mortal em seu juízo normal pudesse entender, teve início
em Los Angeles, a mais recente seita religiosa”. Essa era a manchete de 18 de abril de
1906 do jornal “Los Angeles Times”, noticiando o início do Pentecostalismo Mundial
no século XX. Não ficamos ressentidos de sermos chamados de seita no começo do
Movimento Pentecostal, pois, o próprio Cristianismo foi também chamado de seita
no seu início (At 26.5 e 28.22).
2. A verdade é que, o mesmo fenômeno de Atos 2 se repetiu na Rua Azuza em
1906. O Espírito Santo, que havia sido negligenciado pela Igreja durante tantos sécu­
los; no início do Século 20, Deus começou restaurar o Cristianismo Primitivo atra­
vés de um novo derramamento do seu Espírito com algumas semelhanças daquele
glorioso derramamento do Espírito no Dia de Pentecostes. Aliás, o apóstolo Paulo já
havia nos advertido, dizendo: “Não extingais o Espírito.” (lTs 5.19).
3 .0 Espírito Santo continua sendo derramado sobre toda a carne nos quatro can­
tos da terra; outros grandes movimentos pentecostais, têm surgido ao redor do mun­
do; o vento do Espírito está soprando nas Igrejas Históricas, e os Pentecostais já são
a maioria entre a Cristandade Protestante. O Escritor da Carta aos Hebreus também
já havia nos falado acerca da proclamação da nossa salvação com a plena operação
do Espírito Santo, dizendo: “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma
tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois,
confirmada pelos que a ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e
milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?”
(Hb 2.3-4).
4 .0 renomado professor e historiador Alderi Souza Matos assim descreveu a for­
ça do Pentecostalismo no mundo: “O moderno movimento pentecostal é considerado
por muitos estudiosos o fenômeno mais revolucionário da história do Cristianismo
no século 20, e talvez um dos mais marcantes de toda a história da igreja. Em relati­
vamente poucas décadas, as igrejas pentecostais reuniram uma imensa quantidade de
pessoas em praticamente todos os continentes, totalizando hoje, segundo cálculos de
especialistas, cerca de meio bilhão de adeptos ao redor do mundo.” (Rm 1.8).

CONCLUSÃO: Acredito que não é o propósito de Deus dividir os Evangélicos entre


Pentecostais e Tradicionais ou entre Calvinistas e Arminianos, o Espírito Santo não
é propriedade dos que se dizem Pentecostais e nem mesmo dos que se dizem Tradi­
cionais, o Senhor Jesus Cristo afirma que o Pai continua bem disposto a nos dá o seu
Espírito Santo, dizendo: “Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos
filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”
(Lc 11.13).

316 I 3 DE JUNHO
4 DE JUNHO

NÃO SEJA IMPACIENTE NA ESTRADA DA VIDA


N úm eros 21.4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela um momento de angústia e impa­


ciência do povo pelo caminho que trilhavam, e isso lhes trouxe duras conse­
quências. Essa impaciência e ânsia de espírito do povo levou muitos deles a
murmurarem contra o Senhor e contra Moisés à ponto de chamarem o pão que
o Senhor lhes enviava do céu diariamente de “pão vil” (Nm 21.5). Esta atitude
de ingratidão do povo aborreceu ao Senhor que permitiu que os murmuradores
fossem atacados por serpentes ardentes naquele deserto. Não podemos perder
a paciência no caminho da vida cristã e nem muitos menos lançar a culpa no
Senhor e nos seus líderes pelos nossos problemas; antes, devemos ser gratos ao
Senhor pela vida e nos humilharmos diante de sua presença para alcançarmos
graça e socorro em ocasião oportuna.

I. ESPERE COM PACIÊNCIA NO SENHOR


1. Reconhecemos que há momentos tão aflitivos que passamos em nossa
caminhada que o caminho parece longo demais para chegarmos ao porto dese­
jado; entretanto, é preciso uma boa dose de paciência e esperança para alcançar­
mos os nossos objetivos (SI 40.1). Segundo cálculo dos estudiosos, Davi esperou
com paciência 13 longos anos de aflição e perseguição por parte de Saul desde
sua unção na casa de Jessé até subir ao trono de Israel (ISm 16.13; 2Sm 2.4 e 5.3).
2. Por causa da impaciência do povo muitos se perderam e morreram pelo ca­
minho sem alcançarem a Terra Prometida; porém, Josué e Calebe perseveram fir­
mes e tomaram posse da terra que o Senhor lhes havia prometido (Nm 14.22-24).
O próprio Jesus Cristo disse: “Na vossa paciência, possuí a vossa alma.” (Lc 21.19).
3. O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciên­
cia, a experiência; e a experiência, a esperança.” (Rm 5.3-4). Paulo ainda descreveu
que estes exemplos narrados na Bíblia servem de instrução para todos nós, afim
de que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança (Rm 15.4).
4. O Escritor da Carta aos Hebreus nos aconselhou, dizendo: “Porque ne­
cessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus,
possais alcançar a promessa.” (Hb 10.36).

II. O DEUS DA PACIÊNCIA TAMBÉM É UM DEUS DE DISCIPLINA


1. A Bíblia sempre exalta a paciência e longanimidade de Deus; porém, um
pai que ama o seu filho também disciplina quando necessário. Os rebeldes fo­
ram castigados pelas serpentes do deserto após esgotarem a paciência divina
por no mínimo uma dezena de vezes (Nm 14.22).
2. Deus na sua infinita misericórdia proveu a cura para os mesmos rebeldes
que haviam sido feridos, ao ordenar a Moisés que fizesse uma serpente de metal
para que eles ao olharem para a serpente de bronze fossem curados (Nm 21.7-9).
3. O Senhor revela sua indignação contra os que lhe aborrecem, dizendo:
“Vede, agora, que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu faço
viver; eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão. Porque levan­
tarei a minha mão aos céus e direi: Eu vivo para sempre. Se eu afiar a minha
espada reluzente e travar do juízo a minha mão, farei tornar a vingança sobre os
meus adversários e recompensarei os meus aborrecedores.” (Dt 32.39-41).
4. A Bíblia descreve a disciplina divina dosada de sua misericórdia, dizendo:
“Porque ele faz a chaga, e ele mesmo a liga; ele fere, e as suas mãos curam.” (Jó
5.18). O próprio Davi sentiu na pele a disciplina divina e se expressou, dizendo:
Ό SENHOR castigou-me muito, mas não me entregou à morte.” (SI 118.18). O
Deus da paciência também nos disciplina, mas também nos consola pelo seu
amor e por sua graça (Rm 15.5).
CONCLUSÃO: Que possamos pedir ao Senhor graça e consolação para atraves­
sarmos com paciência o deserto da aflição e alcançarmos o porto desejado (SI
107.28-30). O apóstolo Tiago conclui, dizendo: “Eis que temos por bem-aven­
turados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o
Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” (Tg 5.11)

A N O TA Ç Õ E S

318 | 4 DE JUNHO
5 DE JUNHO

TENHA UM CASAMENTO FELIZ


D euteronôm io 24.5

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela uma norma divina que favorece
os cônjuges recém-casados. O homem recém-casado deveria se alegrar com a
sua esposa, ficando isento das obrigações militares durante um ano. Na cultura
judaica, o casamento sempre ocupou um destaque especial, e as Escrituras re­
forçam sempre o amor e a estabilidade permanente no matrimônio. De acordo
com este texto, a “lua de mel” de um casal deveria durar um ano inteiro, nos
mostrando o quanto Deus valoriza e abençoa a nossa vida conjugal. O próprio
Deus se alegra com a felicidade existente entre um noivo e uma noiva no dia do
seu casamento (Is 62.5).

I. 0 HOMEM DEVE PROMOVER FELICIDADE À SUA MULHER


1. O texto é muito claro em dizer que o homem deveria promover felici­
dade à mulher que a tomou (Dt 24.5). Vivemos numa sociedade egoísta em
que cada um só pensa em si mesmo; entretanto, não basta querer ser feliz,
é preciso promover a felicidade do outro. Se o homem pensar em fazer sua
esposa feliz, e a esposa pensar em fazer o seu esposo feliz, o resultado é a
felicidade de ambos!
2. A Bíblia descreve a felicidade entre Isaque e Rebeca, dizendo: “E Isaque
trouxe-a para a tenda de sua mãe, Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher,
e amou-a...” (Gn 24.67). Isaque promoveu felicidade a Rebeca através do amor!
3. Paulo ensinou sobre a reciprocidade que deve existir entre o casal, dizen­
do: Ό marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mu­
lher, ao marido.” (IC o 7.3) A responsabilidade é sempre recíproca entre o casal!
4. Paulo aconselhou a sujeição da mulher ao marido para que se evite con­
flitos, dizendo: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;”
(Ef 5.22). Lamentavelmente o feminismo do século 21 conseguiu mudar este
conceito bíblico até de mulheres cristãs que se rebelaram contra este conselho
de Paulo lhe acusando até de machismo, quando na verdade o apóstolo está
fazendo uma referência à própria determinação divina no Éden (Gn 3.16). O
feminismo que acusa Paulo de machismo; esquecem que a missão que Paulo
deu ao homem é muito mais difícil que a função atribuída a mulher; enquanto
Paulo pede da mulher apenas sujeição; Paulo pede do homem que sacrifique a
própria vida se possível para amar e proteger a esposa (Ef 5.25).

II. 0 HOMEM DEVE PROMOVER ALEGRIA À SUA MULHER


1. Promover felicidade à sua mulher neste texto possui o sentido de lhe pro­
mover alegria. O casal deve viver alegre e descontraído dentro de casa. A Bíblia

319
afirma que: “Isaque estava brincando com Rebeca, sua mulher.” (Gn 26.8). Que
exemplo maravilhoso a ser seguido pelos casais dos nossos dias!
2. O salmista fez uma alegoria sobre a mulher do homem que teme ao Se­
nhor, dizendo: “A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa;
os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.” (SI 128.3). Para os
Judeus, a videira de onde se extrai o vinho é fonte de alegria para eles; assim, a
esposa deve ser uma fonte de alegria para o seu esposo!
3. A Palavra de Deus reforça a alegria dentro do casamento, dizendo: “Seja
bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade,” (Pv 5.18).
O sábio rei Salomão valorizou a mulher casada, dizendo: “O que acha uma mu­
lher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do SENHOR.” (Pv 18.22).
4. O sábio Salomão ainda reforçou a alegria entre o homem e a mulher,
dizendo: “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de vida da tua vai­
dade; os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque
esta é a tua porção nesta vida e do teu trabalho que tu fizeste debaixo do sol.”
(Ec 9.9).

CONCLUSÃO: Viva a vida com alegria e felicidade! Problemas todos os casais


tem e enfrentam. Enfrentem e superem juntos todas as suas diferenças e vivam
alegres e felizes!

A N O TA Ç O E S

320 I 5 DE JUNHO
6 DE JUNHO

SÓ ABRA A BOCA NA HORA CERTA


Josué 6.16

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela as estratégias que o Senhor deu
a Josué para conquistar a cidade de Jericó. Uma das orientações que o Senhor
passou a Josué para transmitir aos filhos de Israel era só abrir a boca na hora
certa. Ou seja, só no sétimo dia eles deveríam abrir bem a boca e dá o grito da
vitória. Acredito que nos dias em que eles deram as voltas pelas muralhas da
cidade foram alvos de provocações pelos inimigos enfileirados nos muros da
cidade; porém, Israel não poderia dá ouvidos às provocações e só abrirem a
boca no sétimo dia. Isso é uma lição para todos nós; não podemos cair na pilha
das provocações dos inimigos; e nem muito menos abrir a boca antes da hora,
mesmo que seja para contar uma benção.

I. NÃO ABRA A BOCA PARA CONTAR OS SEUS SONHOS PARA PESSOAS


ERRADAS
1. Contar sonhos e projetos para pessoas invejosas é prejuízo. José foi contar
os seus sonhos para irmãos invejosos e virou alvo de perseguições e represarias
dentro de sua própria casa (Gn 37.5). Ouvidos invejosos não suportam escutar
o testemunho de suas conquistas e vitórias, por isso, até as bênçãos recebidas só
devem ser contadas e testemunhadas na hora certa (Ec 8.6).
2. Abrir a boca para contar os nossos segredos para pessoas erradas é o
mesmo que revelar o esconderijo do ouro para o bandido. A Bíblia revela o fra­
casso de Sansão logo após ele abrir a boca e o coração para revelar a Dalila qual
o segredo de sua força (Jz 16.17-19).
3. O Senhor nos ensinou a gritarmos na hora certa, dizendo: “Por muito
tempo, me calei, estive em silêncio e me contive; mas, agora, darei gritos como
a que está de parto, e a todos assolarei, e juntamente devorarei.” (Is 42.14). Até o
Senhor só abre a boca para agir na hora certa!
4. A Bíblia revela que os 300 Valentes de Gideão só tocaram a buzina e
quebraram os cântaros na hora certa ordenada por Gideão para vencerem os
inimigos midianitas (Jz 7.17-21).

II. O TEMPO DE ABRIR A BOCA PARA DAR O GRITO DA VITÓRIA CHEGOU


1. Tudo tem o seu tempo determinado (Ec 3.1-8). O sábio Salomão escreveu
que: “o tempo de cantar chega” (Ct 2.12). Ana só abriu a boca quando Samuel
nasceu e deu o grito da vitória, dizendo: “O meu coração exulta no SENHOR, o
meu poder está exaltado no SENHOR; a minha boca se dilatou sobre os meus
inimigos, porquanto me alegro na tua salvação.” (ISm 2.1).
2. O Senhor nos mostra o tempo de abrir a nossa boca, dizendo: “Eu sou

321
o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e ta
encherei.” (SI 81.10).
3. O salmista nos mandou abrir a boca para cantar e contar as maravilhas
do Senhor, dizendo: “Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; falai de todas as suas mara­
vilhas.” (SI 105.2).
4. O salmista celebrou o tempo certo de abrir a boca, dizendo: “Então, a
nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de cânticos; então, se dizia entre
as nações: Grandes coisas fez o SENHOR a estes.” (SI 126.2).
CONCLUSÃO: A palavra de Deus sempre nos aconselha moderação no nosso
falar, e precisamos falar só o necessário. Acerca disso, o sábio Salomão também
nos aconselhou, dizendo: “Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração
se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos
céus, e tu estás sobre a terra; pelo que sejam poucas as tuas palavras.” (Ec 5.2).

A N O TA Ç Õ E S

322 I 6 DE JUNHO
7 DE JUNHO

DESFRUTE DA PAZ PROLONGADA QUE DEUS LHE DEU


Juizes 3.30

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o maior tempo de paz da história dos
Juizes de Israel. O período médio que Israel desfrutava de paz após se libertarem de
algum inimigo opressor era de 40 anos (Jz 3.11; 5.32; 8.28); porém, após a libertação
de Israel do jugo de Moabe através de Eúde, o canhoto de Deus, a terra de Israel pas­
sou a gozar de uma paz prolongada de 80 anos. Todos nós enfrentamos períodos de
lutas e aflições em nossas vidas; entretanto, após passarmos por um período de an­
gústias e perturbações, o Senhor sempre nos concede uma época de paz e sossego.

I. O PROPÓSITO DE DEUS PARA O SEU POVO É PAZ E NÃO GUERRA


1. Deus não deseja que o seu povo viva em guerra. O propósito de Deus
para o seu povo é uma vida de paz. O Senhor fez uma promessa de paz aos fi­
lhos de Israel, dizendo: “Também darei paz na terra; e dormireis seguros, e não
haverá quem vos espante; e farei cessar os animais nocivos da terra, e pela vossa
terra não passará espada.” (Lv 26.6).
2. Deus havia prometido a Davi um reinado de paz ao seu filho Salomão,
dizendo: “Eis que o filho que te nascer será homem de repouso; porque repouso
lhe hei de dar de todos os seus inimigos em redor; portanto, Salomão será o seu
nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias.” (lC r 22.9).
3. A Palavra de Deus mencionou este período áureo de paz em Israel nos
dias de Salomão, dizendo: “Judá e Israel habitavam seguros, cada um debaixo
da sua videira e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de
Salomão.” (lR s 4.25).
4. Israel só experimentava períodos de perturbações e falta de paz quando
se afastavam do Senhor; porém, quando se voltavam para Deus a paz também
voltava para eles (2Cr 15.3-5). O salmista afirmou que: “O SENHOR dará força
ao seu povo; o SENHOR abençoará o seu povo com paz.” (SI 29.11). O propósito
divino para o seu povo sempre foi a paz (Is 48.18).

II. O DEUS DA BÍBLIA É CONHECIDO COMO UM DEUS DE PAZ


1. A Bíblia descreve o nosso Deus como um Deus de Paz em várias ocasiões
(Rm 15.33; 16.20; Fp 4.9; lTs 5.23). O apóstolo Paulo nos apresentou o Deus de
Paz, dizendo: “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em
todas as igrejas dos santos.” (IC o 14.33).
2. O Escritor da Carta aos Hebreus também o descreveu como um Deus de
Paz, dizendo: “Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou
a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas, vos
aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós
o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o
sempre. Amém!” (Hb 13.20-21).
3. A Palavra de Deus já havia nos aconselhado a procurar a paz em Deus,
dizendo: “Une-te, pois, a Deus, e tem paz, e, assim, te sobrevirá o bem.” (Jó
22.21). O próprio Senhor aconselha os homens a se apoderarem da sua força e
da sua paz, dizendo: O u que se apodere da minha força e faça paz comigo; sim,
que faça paz comigo.” (Is 27.5).
4. O Deus de Paz nos revelou quais os seus pensamentos para conosco, di­
zendo: “Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR;
pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jr 29.11).
CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo que tanto escreveu acerca do Deus de Paz nos
apresenta o Senhor que nos dá a paz em todas as circunstâncias, dizendo: O ra ,
o mesmo Senhor da paz vos dê sempre paz de toda maneira. O Senhor seja com
todos vós.” (2Ts 3.16).

A N O TA Ç Õ E S

324 | 7 DE JUNHO
8 DE JUNHO

DEUS NÃO SE IMPRESSIONA COM QUANTIDADE


ISam uel 14.6

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a confiança de Jônatas em Deus


e sua extraordinária declaração de fé, dizendo: “Porque para o Senhor nenhum
impedimento há de livrar com muitos ou com poucos” (ISm 14.6). Esta afirma­
ção de Jônatas nos deixa bem claro que Deus não se impressiona com quantida­
de; pois, quando Deus está ao nosso lado somos a maioria. A história sagrada
nos mostra que Deus nunca se impressionou com multidão ou superioridade
numérica dos nossos inimigos; porque Maior é o que está conosco do que o que
está com eles (2Cr 32.7-8).

I. COM DEUS DO NOSSO LADO SOMOS A MAIORIA


1. A Bíblia sempre revela o povo de Deus derrotando inimigos com expres­
siva vantagem numérica em seus exércitos, pois é o próprio Senhor quem peleja
por nós. O Senhor já havia mostrado a Israel que estando do nosso lado somos
mais fortes (Dt 20.1).
2. O Senhor havia feito uma promessa a Israel, dizendo: “Cinco de vós per­
seguirão um cento, e cem de vós perseguirão dez mil; e os vossos inimigos cai­
rão à espada diante de vós” (Lv 26.8).
3. A Bíblia comprova que com Deus ao nosso lado somos a maioria; pois,
quando Gideão derrotou o exército midianita de cerca de 135.000 homens ele
tinha apenas 300 homens (Jz 8.10-12 e Jz 7.7). A Bíblia revela a extraordinária
vantagem numérica do exército etíope de cerca de 1 milhão de soldados contra
o exército de Judá, e, no entanto, com Deus ao seu lado, Judá saiu vitorioso (2Cr
14.9-12). Com Deus do nosso lado somos maiores e mais fortes!
4. A Bíblia afirma que após o moço do profeta Elizeu vê a cidade de Dotã
cercada pelo exército sírio, entrou em desespero, e o profeta Elizeu provou para
ele que com Deus do nosso lado somos a maioria, dizendo: “Não temas; porque
mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. E orou Eliseu e dis­
se: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o SENHOR abriu
os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de
fogo, em redor de Eliseu.” (2Rs 6.15-17).

II. MAIOR É O QUE ESTÁ CONOSCO


1. O rei Ezequias em momento de aperto e desvantagem numérica fez uma
declaração de fé que até hoje fortalece todos os que estão em desvantagem, di­
zendo: “Esforçai-vos e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis por
causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele,
porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne,
mas conosco, o SENHOR, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas
guerras. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá.” (2Cr 32.7-8).
2. O salmista Davi declarou em quem devemos confiar, dizendo: “Uns con­
fiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do
SENHOR, nosso Deus.” (SI 20.7).
3. Davi esbanjou confiança no Maior, dizendo: “Ainda que um exército me
cercasse, o meu coração não temería; ainda que a guerra se levantasse contra
mim, nele confiaria.” (SI 27.3).
4. O apóstolo João também escreveu, dizendo: “Filhinhos, sois de Deus e já
os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mun­
do” ( ljo 4.4). O Maior está conosco! O Maior está do nosso lado!
CONCLUSÃO: Deus não se impressiona com a quantidade dos nossos inimigos,
pois, com Ele seremos sempre mais fortes! Aliás, para derrotar toda a confe­
deração satânica e garantir a nossa salvação, o Senhor Jesus Cristo derrotou
sozinho todos os inimigos juntos (Is 63.4-6).

A N O TA Ç Õ E S

326 I 8 DE JUNHO
9 DE JUNHO

AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DO PÃO


Salmo 132.15

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor promete abençoar de forma


abundante o alimento do seu povo e fartar de pães os necessitados. O dia 09 de
junho é lembrado como o Dia do Pão. O “Pão” é símbolo do alimento universal
e espiritual, e é citado cerca de 385 vezes na Bíblia. O termo “Pão” é citado na
Bíblia com vários significados. Quando a Bíblia fala de “pão”, está se referido
há algo muito mais profundo do que uma simples massa de trigo. A palavra
“pão” surgiu pela primeira vez dos lábios do próprio Deus (Gn 3.19). Quando o
Senhor disse a Adão que “do suor do rosto comerás o teu pão”; o “pão”, se refere
neste caso, a todas as necessidades básicas da família. O próprio Jesus nos ensi­
nou na Oração do Pai Nosso a pedirmos o “pão nosso de cada dia” (Mt 6.9-11).

I. DEUS PROMETEU ABENÇOAR O PÃO DO SEU POVO


1. As Escrituras sempre destacam o propósito divino em abençoar o pão
dos seus filhos. Melquisedeque, rei de Salém, e sacerdote do Deus Altíssimo
trouxe pão e vinho para Abraão (Gn 14.18). O pão que Melquisedeque trouxe
para Abraão foi o pão da comunhão!
2. O patriarca Isaque pronunciou a benção divina sobre seu filho Jacó com
fartura de trigo, dizendo: “Deus lhe dê do orvalho do céu, e da exuberância da
terra, e fartura de trigo e de vinho.” (Gn 27.28). Jacó também pronunciou a ben­
ção divina sobre seu filho Aser com abundância de pão, dizendo: “Aser, o seu
pão será abundante e ele produzirá delícias reais.” (Gn 49.20).
3. O Senhor prometeu abençoar o pão do povo que lhe adora e lhe serve,
dizendo: “Adorem o SENHOR, o Deus de vocês, e ele abençoará o pão e a água
de vocês. Tirarei as enfermidades do meio de vocês.” (Êx 23.25). O Senhor pro­
meteu que o seu povo comería com fartura o seu pão, dizendo: “Vocês comerão
o seu pão à vontade e habitarão em segurança na sua terra.” (Lv 26.5).
4. O salmista revela como o Senhor saciou o seu povo no deserto até mesmo
com o pão do céu, dizendo: “Pediram, e Deus fez vir codornizes e os saciou com
pão do céu.” (SI 105.40).

II. JESUS CRISTO É O VERDADEIRO PÃO QUE ALIMENTA O MUNDO


1. Jesus Cristo é o Pão da Vida que alimenta o mundo inteiro. Quando o
diabo apresentou a Jesus uma proposta para transformar pedras em pães, Jesus
respondeu ao adversário, dizendo: “Está escrito: Nem só de pão viverá o ho­
mem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4.4). Jesus Cristo já é
o verdadeiro pão que alimenta toda a humanidade (Jo 6.35).
2. Ao multiplicar pães e peixes para alimentar as multidões, Jesus Cristo

327
provou para o mundo que Ele é quem supre o alimento para o corpo humano e
também para a alma humana ao se apresentar também como o Pão da Vida (Mt
14.16-21 ejo.6.48).
3. Jesus Cristo deu um novo significado ao pão, dizendo: “Isto é o meu
corpo, que é dado por vocês; façam isto em memória de mim.” (Lc 22.19). Je­
sus Cristo revelou aos Judeus que somente o Pai pode nos dá o verdadeiro Pão
do Céu (Jo 6.32-33). Jesus Cristo é o Verdadeiro Pão do céu que o Pai deu ao
mundo!
4. Jesus Cristo se revela como o Pão Eterno, dizendo: “Eu sou o pão da vida.
Quem vem a mim jamais terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.” (Jo
6.35). Lucas registra como o pão passou a fazer parte da celebração da comu­
nhão entre os primeiros cristãos, dizendo: “E perseveravam na doutrina dos
apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” (At 2.42).
CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo destacou o pão como símbolo da comunhão
e da unidade da Igreja como corpo de Cristo (IC o 10.16-17). O pão simbo­
liza muitas coisas boas. Simboliza a palavra de Deus que nutre a nossa alma;
simboliza as nossas conquistas através do trabalho; simboliza a comunhão da
Igreja como corpo de Cristo, e simboliza o próprio Cristo, o único e verdadeiro
alimento que satisfaz a alma humana (Jo 6.54-58 e IC o 11.23-28)

A N O TA Ç Õ E S

328 I 9 DE JUNHO
10 DE JUNHO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO PASTOR


João 10.11

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o Senhor Jesus Cristo se apresenta como o


Bom Pastor. O segundo domingo do mês de junho de cada ano, comemora-se
o “Dia do Pastor”. Jesus Cristo é o Bom, Perfeito e Maravilhoso Pastor do seu
povo. No Antigo Testamento, era Deus-Pai quem sempre se apresentava como
o Pastor de Israel, o Pastor que sempre guiou o povo e nada lhes deixou faltar
(SI 23). Os próprios israelitas se dirigiam a Deus em suas orações como o seu
Pastor (SI 80.1). Entretanto, o Espírito Santo também constituiu pastores para
apascentarem a Igreja de Deus (At 20.28). E, estes pastores devem ser homena­
geados neste dia especial.

I. A IMPORTÂNCIA DO PASTOR NO ANTIGO TESTAMENTO


1. O pastor é definido como alguém que cuida de ovelhas. Abel foi o primei­
ro pastor de ovelhas mencionado na Bíblia (Gn 4.2). Quis Deus que o seu povo
fosse mais adiante retratado como ovelhas e os líderes espirituais passaram a
serem também retratados como pastores do seu povo (Nm 27.15-18).
2. Ao abençoar o seu filho José, Jacó também retratou Deus como o Pastor
de Israel, dizendo: Ό seu arco permanecerá firme e os seus braços são feitos ati­
vos pelas mãos do Poderoso de Jacó, sim, pelo PASTOR e pela Pedra de Israel”
(Gn 49.24).
3. Davi também se dirigiu a Deus como o seu Pastor, dizendo: Ό Senhor
é o meu Pastor; nada me faltará” (SI 23.1). O salmista ainda se dirigiu a Deus
como Pastor de Israel, dizendo: “Dá ouvidos, ó Pastor de Israel, tu que conduzes
a José como um rebanho; tu que estás entronizado acima dos querubins, mostra
o teu resplendor” (SI 80.1).
4. O salmista retratou o povo como ovelhas do pasto do Senhor e Deus
como o Pastor do seu povo, dizendo: “Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele, e
não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto.” (SI 100.3). Deus prometeu
levantar pastores segundo o seu coração para apascentar o seu povo com inte­
ligência (Jr 3.15).

II. A IMPORTÂNCIA DO PASTOR NO NOVO TESTAMENTO


1. No Novo Testamento, é Jesus Cristo quem se apresenta como o Bom
Pastor que dá a sua vida pelas ovelhas (Jo 10.11). É Jesus Cristo o cumprimento
fiel de todas as profecias que apontavam para um Único e Perfeito Pastor que
agregaria Judeus e Gentios em um só aprisco (Ez 34.23-24).
2. Mateus registrou o Senhor Jesus Cristo como um Pastor cheio de com ­
paixão (Mt 9.36). Jesus Cristo se apresentou como o Verdadeiro e Bom Pas-

329
tor, dizendo: “Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo
10.11). Jesus Cristo revelou seu desejo de agregar Judeus e Gentios em um só
rebanho (Jo 10.16).
3. O apóstolo Paulo exortou os líderes de Éfeso a cuidarem bem do Reba­
nho de Deus, dizendo: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre o qual
o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a Igreja de Deus, que
Ele resgatou com seu próprio sangue” (At 20.28).
4. Paulo também revelou o propósito de Deus ter dado os dons ministeriais
a sua Igreja, dizendo: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edifica­
ção do corpo de Cristo,” (E f4 .11-12). O apóstolo Pedro também nos apresentou
Jesus Cristo como Pastor e Bispo da nossa alma (lP e 2.25). O apóstolo Pedro
ainda nos apresenta Jesus Cristo como o nosso Sumo Pastor (lP e 5.4).
CONCLUSÃO: O pastor é aquele que exerce várias funções ao mesmo tempo:
Uma hora ele é médico, porque cura os enfermos; outra hora é advogado, por­
que defende a igreja; em outro momento é construtor, porque constrói igrejas;
outra hora é psicólogo, porque aconselha as pessoas; num outro momento é
juiz, porque julga litígios entre irmãos; em outra hora é professor, porque en­
sina o povo; e, ainda poderia citar muitas outras funções que o pastor exerce
em favor do rebanho! A Palavra do Senhor ensina o povo de Deus a prestarem
obediência aos pastores (Hb 13.17).

A N O TA Ç Õ E S

330 I 10 DE JUNHO
11 DE JUNHO

0 SEU CRESCIMENTO VEM DE DEUS


2Samuel5.10

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o crescimento espiritual, político


e social de Davi. O crescimento de Davi era sólido porque vinha de Deus. O
Deus dos Exércitos era com Davi. Quando o nosso crescimento vem de Deus,
torna-se um crescimento estável e progressivo. O máximo que o homem conse­
gue é plantar a semente; porém, fazer brotar e crescer é prerrogativa divina. O
próprio apóstolo Paulo reconheceu isso quando disse: “Eu plantei, Apoio regou;
mas Deus deu o crescimento” (IC o 3.6).

I. É DEUS QUEM DÁ 0 CRESCIMENTO


1. Somente Deus tem o poder de fazer crescer. Todo esforço humano de
plantar ou regar torna-se inútil se Deus não dá o crescimento. O apóstolo Paulo
ainda escreveu sobre isso, dizendo: “Pelo que nem o que planta é alguma coisa,
nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (IC o 3.7).
2. A Palavra de Deus afirma que quanto mais os egípcios afligiam os filhos
de Israel tanto mais cresciam. Era Deus quem fazia o seu povo crescer! (Êx 1.12).
3. A Bíblia afirma que: Ό jovem Samuel crescia diante do SENHOR.” ( ISm
2.21). O crescimento do jovem Samuel vinha de Deus! Deus quer fazer os nos­
sos jovens crescerem também. O crescimento de Samuel se expandiu nacional-
mente porque vinha de Deus (ISm 3.19-20).
4. As Escrituras afirmam que: “O justo seguirá o seu caminho firmemente, e
o puro de mãos irá crescendo em força” (Jó 17.9). O justo prosseguirá crescendo
porque o seu crescimento vem de Deus!

II. O CRESCIMENTO DE DEUS É PROGRESSIVO


1. Algumas pessoas querem crescer de forma repentina. Entretanto, as
plantas que crescem muito rápido são também as que menos duram (Jn 4.6-
11). Segundo os estudiosos, algumas oliveiras brotam e crescem chegando a
durarem até 2 mil anos; porém, a primeira colheita de uma oliveira só se dá no
15° ano de vida. Portanto, é melhor crescer de forma progressiva e durar a vida
inteira, do que crescer da noite para o dia e durar pouco!
2. A Palavra de Deus afirma que: “Vão indo de força em força; cada um
deles em Sião aparece perante Deus.” (SI 84.7). De acordo com os estudiosos:
quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica;
suas raízes naturalmente se aprofundam mais e mais na terra, e seu caule se
torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou
derrubá-lo!
3. O salmista afirmou que: “O justo florescerá como a palmeira; crescerá
como o cedro no Líbano” (SI 92.12). Assim como o carvalho, a palmeira tem
uma raiz que se aprofunda na terra até encontrar a água que lhe dá sobrevivên­
cia por muitos anos!
4. O Senhor revelou o crescimento substancioso e frutífero do seu povo,
dizendo: “Dias virão em que Jacó lançará raízes, e florescerá e brotará Israel,
e encherão de fruto a face do mundo” (Is 27.6). Israel sempre foi uma nação
que, a exemplo da oliveira foi esmagada pelos inimigos que tentaram destruí-los
através da história, porém, sempre brotou novamente de suas próprias raízes,
porque foram plantados pelo Senhor para a sua glória! (Rm 11.12-24).
CONCLUSÃO: Que possamos crescer o crescimento que vem de Deus. O
crescimento que vem de Deus é perfeito. O apóstolo Paulo ainda nos revela o
crescimento que vem de Deus, dizendo: “Antes, seguindo a verdade em amor,
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem-
-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de
cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” (Ef 4.15-16).

A N O TA Ç Õ E S

332 I 11 DE JUNHO
12 DE JUNHO

LIÇÕES PARA O DIA DOS NAMORADOS


Provérbios 5.18

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão orienta o homem casado


a valorizar sempre a mulher de sua mocidade. O dia 12 de Junho se comemora
no Brasil o Dia dos Namorados. Nos Estados Unidos, por exemplo, a come­
moração ocorre em 14 de fevereiro, e é chamada de “Valentines Day”. Um bis­
po chamado São Valentim, foi proibido de realizar casamentos pelo imperador
romano Claudius II. Porém, lutou contra as ordens do imperador, que havia
proibido o casamento durante as guerras, acreditando que os solteiros eram
melhores combatentes. Entretanto, o bispo continuou com as celebrações de
matrimônio, porém de forma secreta. Ao ser descoberto, foi preso pelos sol­
dados e condenado à morte em 14 de fevereiro de 270 d.C. Enquanto estava
na prisão, recebeu vários bilhetes e cartões, de jovens apaixonados, valorizan­
do o amor, a paixão e o casamento. Em sua homenagem, esta data passou a
ser destinada aos casais de namorados e ao amor. Embora esta data tenha um
grande apelo comercial, e tenha se tornado um aperitivo para a promiscuidade
entre casais de namorados; cabe a nós os cristãos, extrair desta data aquilo que
é positivo. A Bíblia exalta o verdadeiro amor, e celebra o sexo apenas dentro
do casamento (Gn 2.18-25). Portanto, os casais de namorados cristãos podem
celebrar este momento com pureza, trocando presentes entre si, cartões com
frases românticas, indo a um restaurante ou shopping centers, não há nenhum
problema, ambos se respeitando entre si. Já as pessoas casadas que se amam,
esta data é um momento especial de renovação de compromissos afetivos; pois,
os casados que se amam já são “eternos namorados”.

I. A FASE DO NAMORO NAS ESCRITURAS


1. Deus não criou o homem para uma vida solitária. Após ter criado todas
as coisas: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom...” (Gn 1.31).
Porém, ao observar o homem solitário, Deus viu que isso não era bom, e disse:
“Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idô­
nea” (Gn 2.18). Portanto, foi o próprio Deus quem formou o primeiro casal da
história (Gn 2.18-25).
2. O sábio rei Salomão afirmou que: “O que acha uma esposa acha o bem
e alcançou a benevolência do Senhor” (Pv 18.22). O namoro é o primeiro pas­
so fundamental para a constituição de uma família. É a fase do conhecimento,
perfeitamente lícito e necessário na vida dos jovens, que estão na época de se
prepararem para um compromisso sério que pode resultar em um casamento.
3. Segundo os adeptos do chamado “amor livre”: “A prática do sexo é ne­
cessária antes do casamento”. Entretanto, tal concepção é contraria a Palavra de

333
Deus e a moralidade cristã. O apóstolo Paulo aconselhou ao jovem Timóteo, di­
zendo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor
e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2Tm 2.22).
4. Há um famoso ditado que diz: “Quem ama espera”. Portanto, jovens que
servem a Cristo, saibam esperar o momento certo; pois, há tempo para todo o
propósito debaixo do céu (Ec 3.1).

II. O DIA DOS NAMORADOS DEVE CELEBRAR 0 VERDADEIRO AMOR


1. O Dia dos Namorados foi criado para celebrar o amor existente entre o
casal. Daí o fato, do bispo Valentim continuar celebrando o casamento, mesmo
após a proibição do rancoroso imperador romano. O amor é a coluna mes­
tra que sustenta o casamento. Salomão escreveu que: “O ódio excita contendas,
mas o amor cobre todas as transgressões.” (Pv 10.12). O amor não é cego como
muitos pensam; o amor reconhece os defeitos em alguém, mas procura superar
todos os defeitos!
2. O rei Salomão afirma que: “Melhor é um prato de hortaliças onda há
amor do que o boi cevado e, com ele, o ódio” (Pv 15.17). A Imprensa mostra
todos os dias casos de casais milionários se separando, e um tirando a própria
vida do outro. Ou seja, tem boi cevado, tem dinheiro, tem luxo; porém, em vez
de amor, tem ódio. Há um ditado que diz: Ό amor nunca morre! Porém, o ódio
morre a cada momento!”.
3. O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Acima de tudo isto, porém, esteja
o amor, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3.14). O amor é o sentimento mais
sublime que pode existir entre um homem e uma mulher!
4. O apóstolo Paulo pregou o amor entre os casais, dizendo: “Maridos, amai
vossa esposa e não a trateis com amargura” (Cl 3.19). A mulher deve ser tratada
com brandura e delicadeza pelo homem (lP e 3.7). O amor deve ser recíproco
entre o homem e a mulher (Tt 2.4).
CONCLUSÃO: Um feliz Dia dos Namorados para todos os casais que se amam
de verdade. Celebremos o verdadeiro amor nesta data. Por que: “Aquele que não
ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” ( ljo 4.8).

334 12 DE JUNHO
13 DE JUNHO

DEUS ESTÁ USANDO PESSOAS ANÔNIMAS


PARA FAZER PROEZAS
IReis 18.3-4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a história de um mordomo da


casa de Acabe, rei de Israel, chamado Obadias. Mesmo no meio do caos es­
piritual que reinava no palácio de Acabe e Jezabel, este fiel servo do Senhor
se mantinha firme e temente a Deus, além de evitar o assassinato covarde de
muitos profetas do Senhor planejado pela maligna Jezabel. Da mesma forma
que Obadias, mordomo de Acabe, muitos servos de Deus anônimos realizaram
proezas através da história que só a eternidade revelará.

I. OBADIAS TEMIA MUITO AO SENHOR


1. O nome O bad ias” significa: “Servo de Yahweh” ou “Adorador do Se­
nhor. Existem outros O bad ias” mencionados na Bíblia, e o mais conhecido é o
profeta Obadias (Ob 1.1). Entretanto, este mordomo do rei Acabe é um daque­
les personagens bíblicos pouco citados, mas que realizaram grandes proezas.
2. O próprio Obadias declarou a Elias que temia ao Senhor desde a sua m o­
cidade (lR s 18.12). O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o grande
mandamento geral das Escrituras (Pv 9.10 e Ec.12.13).
3. Foi o temor a Deus que levaram as anônimas parteiras do Egito: Sifrá
e Puá, a preservarem com vida os meninos hebreus (Êx 1.15-17). O temor
do Senhor é o grande tesouro do homem (Is 33.6). Portanto, se as pessoas
temessem mais a Deus muitas tragédias e injustiças contra inocentes seriam
evitadas.
4. A Palavra de Deus diz: “Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos com
tremor.” (SI 2.12). O texto bíblico enfatiza que: “Obadias temia muito ao Se­
nhor” (lR s 18.3). Portanto, Obadias servia ao Senhor com temor e tremor.

II. EXEMPLOS DE ANÔNIMOS TEMENTES A DEUS QUE FIZERAM PROEZAS


1. A Bíblia nos conta vários exemplos de pessoas anônimas que temiam ao
Senhor e realizaram grandes proezas para Deus. A Bíblia conta sobre a impor­
tância de uma menina anônima que foi trabalhar como mordoma da esposa de
Naamã (2Rs 5.1-14). O testemunho daquela menina capturada na guerra levou
o general da Síria a ter o conhecimento do verdadeiro Deus!
2. A Bíblia revela um grande feito que o anônimo Ebede-Meleque, eunuco
da casa do rei Zedequias fez quando salvou o profeta Jeremias de perecer dentro
de um poço de lamas (Jr 38.7-13).
3. A Bíblia destaca a importância de um anônimo rapaz que ofereceu a Jesus

335
Cristo os cinco pães e dois peixes para o Senhor realizar a proeza de alimentar
mais de 5 mil pessoas com o lanche daquele garoto (Jo 6.8-14).
4. Paulo citou uma galeria extensa de pessoas anônimas que realizavam
muitas coisas na obra do Senhor na Igreja de Roma (Rm 16.1-23), e dentre es­
tas pessoas anônimas, Paulo destaca um obreiro chamado Apeles como sendo
“aprovado em Cristo” (Rm 16.10).
CONCLUSÃO: Deus está usando pessoas anônimas em todo o mundo para rea­
lizar proezas. Pessoas cuja mídia não mostra e nem valoriza estão empreenden­
do grandes coisas para Deus ao redor do mundo, e somente naquele “Grande
Dia” será revelado. A Palavra de Deus afirma que: “Em Deus faremos proezas;
porque ele é que pisará os nossos inimigos.” (SI 60.12)

A N O TA Ç Õ E S
14 DE JUNHO

LIÇÕES DO DIA UNIVERSAL DE DEUS


D euteronôm io 8.18

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Moisés adverte o povo para não se esque­
cerem de Deus na hora de suas conquistas e de seu sucesso. O dia 14 de junho é
lembrado como o Dia Universal de Deus. Na verdade, Deus precisa ser lembrado
em todos os momentos e em todos os instantes das nossas vidas. Entretanto, se
existe dias no ano para se lembrarem de tantas coisas, porque não existir um dia
especial para toda a humanidade se lembrar de Deus? Nos Estados Unidos existe
o famoso “Dia de Ações de Graças” comemorado na última quinta-feira do mês
de novembro. O Dia de Ação de Graças, é um feriado celebrado nos Estados Uni­
dos e no Canadá, observado como um dia de gratidão, geralmente a Deus, pelos
bons acontecimentos ocorridos durante o ano. Entretanto, como se pode celebrar
datas como: “Dia de Tiradentes”, “Dia de Aparecida”, “Dia de São João”, “Dia de
São Pedro”, etc.., e deixar que a principal data passe em branco? Como em um
país de maioria Cristã se lembra tão timidamente desta data, e alguns nem sabe
que existe esta celebração do Dia Universal de Deus? Ou, o nosso povo ainda está
como os gregos nos dias de Paulo em busca do “Deus Desconhecido”? (At 17.23).
Na verdade, o “Dia Universal de Deus”, deveria ser feriado não apenas nacional,
mas feriado mundial; onde todos os povos deveríam fazer uma profunda reflexão
espiritual. Devemos celebrar esta data como um dia de agradecimento; pois, é o
Senhor, nosso Deus que nos dá força para trabalhar e adquirimos riquezas.

I. LEMBRANDO-SE DO NOSSO CRIADOR


1. Numa sociedade consumista e capitalista em que vivemos, só há espaço
para se comemorar datas que estimulem as vendas no comércio. Na verdade, as
duas mais importantes festas cristãs do nosso calendário: A Páscoa e o Natal, só
são destaque na imprensa por movimentarem bastante o comércio de chocola­
tes, no caso da Páscoa, e a movimentação geral do comércio, no caso do Natal.
Por isso que o “Dia Universal de Deus” é tão pouco enfatizado pela imprensa;
pois, não interessa a eles que as pessoas parassem ao menos um dia no ano
para meditarem em Deus; porque isso não movimentaria o comércio; em vez
de shopping centers cheios; as igrejas estariam cheias; e, isso nada interessaria
aos materialistas (Mt 6.33).
2. Moisés já alertava o povo para se lembrarem de Deus no momento de sua
prosperidade, dizendo: “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o po­
der do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes te lembrarás do Senhor,
teu Deus, porque é Ele que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar
a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê” (Dt
8.17-18). Alguns só se lembram de Deus na hora da adversidade para clamarem
por socorro; entretanto, precisamos nos lembrar de Deus também na hora da
nossa prosperidade e sermos agradecidos!
3. A Palavra de Deus afirma que: O s filhos de Israel não se lembraram do
Senhor, seu Deus, que os livrara do poder de todos os seus inimigos ao redor”
(Jz 8.34). A ingratidão dos filhos de Israel daquela época, não é o caso da ingra­
tidão da nossa sociedade para com Deus também?
4. O sábio Salomão aconselhou os jovens a se lembrarem do seu Criador,
dizendo: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que ve­
nham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer”
(Ec 12.1). O Senhor denunciou a ingratidão do seu povo para com Ele, dizendo:
“Porquanto te esqueceste do Deus da tua salvação e não te lembraste da Rocha
da tua fortaleza...” (Is 17.10).

II. DEVEMOS GLORIFICAR O NOSSO DEUS PELAS SUAS OBRAS


1. Eliú, o amigo de Jó lhe ofereceu um conselho, dizendo: “Lembra-te de
lhe magnificares as obras que os homens celebram” (Jó 36.24). Precisamos nos
lembrar todos os dias de magnificar o Senhor por suas grandes obras!
2 .0 rei Davi também nos aconselhou, dizendo: “Lembrai-vos das maravilhas
que fez, dos seus prodígios e dos juízos dos seus lábios” (lC r 16.12). O apóstolo
Paulo também escreveu mais adiante, dizendo: “E sede agradecidos.” (Cl 3.15).
3. Neemias pediu ao povo que se lembrassem de Deus, dizendo: “Lembrai-
-vos do Senhor, Grande e Temível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos,
vossas filhas, vossa mulher e vossa casa” (Ne 4.14). O Senhor ainda se dirigiu
a Israel, dizendo: “Lembra-te destas coisas, ó Jacó, ó Israel, porquanto és meu
servo! Eu te formei, tu és meu servo, ó Israel; não me esquecerei de ti” (Is 44.21).
4. O apóstolo Paulo também aconselhou a Timóteo, dizendo: “Lembra-te
de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi, segundo
o meu evangelho” (2Tm 2.8).

CONCLUSÃO: Que possamos refletir mais sobre a nossa espiritualidade neste dia, e
nos lembrar do nosso Criador - O Deus Vivo e Verdadeiro que nos dá a vida, a respi­
ração e tudo mais (At 17.25). Ao contrário de nós que nos esquecemos Dele, o nosso
Deus promete nunca se esquecer de nós: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do fi­
lho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ain­
da que esta viesse a se esquecer dele, Eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Is 49.15).

338 I 14 DE JUNHO
15 DE JUNHO

FAÇA AS COISAS COM HONESTIDADE E FIDELIDADE


2 Reis 12.15

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela no seu contexto histórico o momen­


to da reforma do Templo do Senhor nos dias de Joás, rei de Judá. A passagem
bíblica nos mostra a honestidade e fidelidade dos homens que administravam
o dinheiro arrecadado para custearem as reformas da Casa de Deus. Vivemos
numa época de tanta infidelidade e desonestidade na administração dos recur­
sos públicos pelos nossos governantes e, infelizmente, até no meio cristão há
notícias de desonestidade e infidelidade na administração dos recursos trazidos
a Casa do Tesouro na forma de dízimos e ofertas. Que possamos aprender com
estes homens que procediam com honestidade e fidelidade no trato com os
recursos trazidos pelos fiéis a Casa do Senhor.

I. A IMPORTÂNCIA DA HONESTIDADE
1. A honestidade deveria ser parte integrante de todas as pessoas, e não uma
virtude para poucas pessoas. A “honestidade” é uma qualidade ou característica
de quem possui um caráter decente e moralmente irrepreensível, é também um
atributo de quem mostra probidade, honradez, e lisura naquilo que faz. Paulo
nos aconselhou a termos “uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e
honestidade” (lT m 2.20
2. Jesus Cristo afirmou que a semente que caiu em boa terra simboliza “os
que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto
com perseverança.” (Lc 8.15). Devemos nos esforçar para sermos honestos com
Deus, consigo mesmo e com as pessoas que lidamos. O apóstolo Paulo afirma
que “zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos
homens” (2Co 8.21).
3. A Palavra de Deus nos aconselha a termos pensamentos honestos, dizen­
do: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto,
tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa
fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Fp 4.8).
4. O apóstolo Paulo ainda nos apresentou a honestidade como uma das
qualificações dos ministros de Deus, dizendo: “Convém, pois, que o bispo seja
irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro,
apto para ensinar;” (lT m 3.2).

II. A IMPORTÂNCIA DA FIDELIDADE


1. A fidelidade é irmã gêmea da honestidade. Geralmente as pessoas ho­
nestas são também pessoas fiéis. A fidelidade é uma característica de quem é
fiel, e demonstra zelo, lealdade, e constância nos compromissos assumidos com

339
outrem. A Bíblia revela também os homens administrando com fidelidade o
dinheiro da Casa do Senhor nos dias do rei Josias, dizendo: “Porém com eles se
não fez conta do dinheiro que se lhes entregara nas suas mãos, porquanto pro­
cediam com fidelidade.” (2Rs 22.7).
2. O rei Josafá também aconselhou aos homens, dizendo: “Assim, andai no
temor do SENHOR com fidelidade e com coração inteiro.” (2Cr 19.9). A Palavra
de Deus nos mostra que os levitas agiam com fidelidade na distribuição das
porções a seus irmãos, segundo os seus turnos, tanto aos pequenos como aos
grandes (2Cr 31.15).
3. O sábio Salomão mostrou os benefícios da fidelidade e o erro dos que pro­
cedem de forma errada, dizendo: “Porventura, não erram os que praticam o mal?
Mas beneficência e fidelidade haverá para os que praticam o bem.” (Pv 14.22).
4. Paulo aconselhou aos servos, e também a todos nós servos do Senhor dos
senhores, dizendo: “não defraudando; antes, mostrando toda a boa lealdade, para
que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.” (Tt 2.10).
CONCLUSÃO: Que possamos fazer as coisas com fidelidade e honestidade; por­
que o Senhor vê todas as coisas e observa de que maneira estamos lhe servindo
(Cl 3.23-24)

A N O TA Ç Õ E S

340 I 15 DE JUNHO
16 DE JUNHO

RECONHEÇA 0 QUE DEUS FAZ NA SUA VIDA


IC rôn ica s 14.2

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado mostra Davi reconhecendo e tendo o discer­


nimento espiritual que tudo o que estava acontecendo com ele era a ação divina
na sua vida. O homem precisa ter gratidão no seu coração pelos benefícios que
o Senhor lhe tem feito. Alguns pensam que é o puro esforço humano que leva as
pessoas ao sucesso; entretanto, todo esforço humano é vão se Deus não aprovar
o nosso trabalho. Mas adiante o sábio Salomão vai reconhecer isso, dizendo:
“Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o
SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” (SI 127.1). Lógico que
deve haver o esforço humano, porém, quantas pessoas que se esforçam tanto e
não avançam, parece patinarem sem conseguirem sair do mesmo lugar, e outras
fazem o mesmo esforço ou até menos e conseguem avançar? Feliz o homem que
reconhece o Senhor em todos os seus caminhos (Pv 3.6).

I. ENTENDA 0 AGIR DE DEUS NA SUA VIDA


1. Davi conseguiu entender o que Deus estava fazendo na sua vida. Davi
não se achou como alguns dizem: “A última bolacha do pacote” ou “A última co-
ca-cola do deserto”; ele entendeu que Deus estava fazendo tudo aquilo por amor
do seu povo Israel. Quantos pastores de megas-igrejas estão se ensoberbecendo
por se acharem “acima da média”, em vez de reconhecerem que Deus lhes está
abençoando por amor do seu povo? (2Sm 5.12).
2. A Bíblia afirma que o rei Uzias “foi maravilhosamente ajudado até que se
tornou forte.” (2Cr 26.15). Enquanto o rei Uzias se manteve humilde e entendeu
o que o Senhor estava fazendo em sua vida, Deus o fez prosperar de maneira
extraordinária! (2Cr 26.5).
3. O Senhor já alertava a Israel que reconhecesse o agir de Deus em suas
vidas, dizendo: “Não digas no teu coração: A minha força e a fortaleza de meu
braço me adquiriram este poder. Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus,
que ele é o que te dá força para adquirires poder; para confirmar o seu concerto,
que jurou a teus pais, como se vê neste dia” (Dt 8.17-18).
4. Davi correspondeu com humildade os benefícios do Senhor e reconhe­
ceu que tudo vem do Senhor, dizendo: “Porque quem sou eu, e quem é o meu
povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas?
Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos.” (lC r 29.14). Davi ainda reco­
nheceu o agir de Deus como sendo superior a todo esforço humano, dizendo:
“Dá-nos auxílio na angústia, porque vão é o socorro do homem. Em Deus fare­
mos proezas; porque ele é que pisará os nossos inimigos.” (SI 60.11-12).
II. SEJA GRATO AO QUE DEUS ESTÁ FAZENDO NA SUA VIDA
1. O ser humano tem uma tendência de reclamar de tudo, e esquece que
muitos que estão em sua volta estão padecendo situações bem mais difíceis do
que as que o mesmo anda reclamando. Devemos ter um senso de gratidão a
Deus pelos seus benefícios. O salmista reconheceu isso, dizendo: “Bendize, ó
minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.” (SI
103.2).
2. O salmista se achou incapaz de pagar ao Senhor pelos benefícios recebi­
dos e pergunta a si mesmo, dizendo: “Que darei eu ao SENHOR por todos os
benefícios que me tem feito?” (SI 116.12). A Palavra de Deus nos aconselha a
glorificarmos ao Senhor, dizendo: “Por isso, glorificai ao SENHOR nos vales e
nas ilhas do mar, ao nome do SENHOR, Deus de Israel” (Is 24.15).
3. Paulo nos aconselhou a sermos gratos ao que Deus está fazendo em
nossas vidas, dizendo: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em
nome de nosso Senhor Jesus Cristo,” (Ef 5.20).
4. Paulo nos mostra que Deus é quem de fato opera o seu querer em nossas
vidas, dizendo: “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efe­
tuar, segundo a sua boa vontade.” (Fp 2.13).
CONCLUSÃO: Que possamos reconhecer o que Deus está fazendo em nossas
vidas e entendermos que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15.5). “Porque dele,
e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!”
(Rm 11.39).

A N O TA Ç O E S

342 I 16 DE JUNHO
17 DE JUNHO

DEUS ESTATE AJUDANDO MARAVILHOSAMENTE


2Crônicos 26.15

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve como Deus ajudou maravilhosa­


mente o rei Uzias. O reinado de Uzias foi um dos mais prósperos em Judá desde
a divisão do Reino de Israel. Enquanto Uzias buscava a Deus e aceitava as orien­
tações de seu mentor espiritual Zacarias, Deus o fazia prosperar (2Cr 26.5). Há
momentos em nossas vidas que tudo funciona, tudo dá certo, as coisas fluem
naturalmente, e os ventos sopram em nosso favor. É preciso reconhecer que não
é a nossa capacidade que esteja fazendo isso, mas sim, a boa mão do nosso Deus
é que está sobre nós nos ajudando maravilhosamente. É no auge do sucesso que
alguns são tentados a pensarem que são bons mesmos e chegam a dizer: “Eu sou
o cara!”, e acabam fracassando. Entretanto, o mérito não é nosso, é Deus quem
está facilitando as coisas para nós.

I. DEUS FACILITAVA AS COISAS PARA UZIAS


1. Uzias possuía um mentor espiritual chamado Zacarias “sábio nas visões
de Deus”, e enquanto Uzias seguia os seus conselhos, Deus facilitava as coisas
para Uzias, fazendo prosperar o trabalho das suas mãos (2Cr 26.5).
2. Todos os projetos de Uzias davam certo porque Deus lhe ajudava de ma­
neira extraordinária (2Cr 26.14-15). O próprio Deus realiza por nós as suas
obras (Is 26.12).
3. Há uma promessa grandiosa do próprio Deus facilitar as coisas para os
seus filhos, dizendo: “Determinando tu algum negócio, ser-te-á firme, e a luz bri­
lhará em teus caminhos.” (Jó 22.28). O sábio Salomão escreveu, dizendo: “Confia
ao SENHOR as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.” (Pv 16.3).
4. O sacerdote Esdras também escreveu que: “A mão do nosso Deus é sobre
todos os que o buscam para o bem, mas a sua força e a sua ira, sobre todos os
que o deixam.” (Ed 8.28).

II. DEUS É O NOSSO AJUDADOR


1. A Bíblia descreve como Deus ajudava Uzias, dizendo: “E Deus o ajudou
contra os filisteus, e contra os arábios que habitavam em Gur-Baal, e contra os
meunitas.” (2Cr 26.7). Deus ajudava Uzias contra todos os seus inimigos!
2. A Bíblia continua descrevendo como Deus ajudava Uzias de maneira ex­
traordinária, dizendo: “e voou a sua fama até muito longe, porque foi maravi­
lhosamente ajudado até que se tornou forte.” (2Cr 26.15). Deus operou grandes
maravilhas na vida de Uzias!
3. Davi reconheceu a Deus como o seu Ajudador, dizendo: “Eis que Deus é o
meu ajudador; o SENHOR está com aqueles que sustêm a minha alma.” (SI 54.4).
Reconheça que o teu êxito e o teu sucesso só acontecem porque o teu Deus te ajuda!
4. O profeta Isaías também escreveu, dizendo: “Porque o Senhor Jeová me aju­
da, pelo que me não confundo; por isso, pus o rosto como um seixo e sei que não
serei confundido” (Is 50.7). O Senhor Jeová é quem nos ajuda maravilhosamente!
CONCLUSÃO: Você está sendo maravilhosamente ajudado por Deus! Acredite!
“E, assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não
temerei o que me possa fazer o homem.” (Hb 13.7).

A N O TA Ç O E S

344 | 17 DE JUNHO
18 DE JUNHO

ESTA OBRA É PARA VOCÊ FAZER


EsdraslO .4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento em que o sacerdote Es-


dras recebeu o apoio e adesão dos líderes Judeus para as reformas espirituais ne­
cessárias em Judá. Quando os lideres disseram para Esdras: “Porque te pertence
este negócio”, eles estavam querendo dizer também o seguinte: “Esta obra é para
você fazer”, “Esta coisa é de tua incumbência”. Deus só nos coloca a frente de
um projeto porque Ele mesmo confiou em nós para fazermos aquela obra para
a qual fomos encarregados. Quando Jonas desistiu de ir para Nínive e foi para
Társis, Deus poderia enviar outro profeta em seu lugar, entretanto, aquela obra
era para ele fazer e não outro (Jn 1.1-3). A prova disso foi o grande êxito de sua
pregação em Nínive (Jn 3.1.1-10). O que é para você fazer não terceirize, esta
obra é para você fazer. Deus conta contigo para fazer esta obra.

I. LEVANTA-TE
1. Os líderes disseram a Esdras: “Levanta-te...” (Ed 10.4). A inércia de algu­
mas pessoas tem causado grandes prejuízos para a obra de Deus. Para vencer a
inércia, é preciso nos levantarmos urgente para fazermos o que precisa ser feito
(Ec 9.10).
2. O Senhor também disse a Josué: “Levanta-te! Por que estás prostrado
assim sobre o teu rosto?” (Js 7.10). Há momentos de clamar, mas há momentos
que é preciso marchar e não ficar prostrado no chão clamando (Êx 14.15).
3. O profeta Miquéias nos advertiu, dizendo: “Levantai-vos e andai, porque
não será aqui o vosso descanso; por causa da corrupção que destrói, sim, que
destrói grandemente.” (Mq 2.10).
4. O Senhor ainda animou a Josué, dizendo: “Não to mandei eu? Esfor­
ça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o SENHOR,
teu Deus, é contigo, por onde quer que andares.” (Js 1.9). Portanto, esta obra
é para você fazer e Deus é contigo! O Senhor Deus também animou o desa­
nimado Elias, dizendo: “Levanta-te e come, porque mui comprido te será o
caminho.” (lR s 19.7).

II. ESTE NEGÓCIO PERTENCE A TI


1. Os líderes disseram a Esdras: “Porque te pertence este negócio...” (Ed
10.4). Este negócio é pra você fazer. Deus escolheu você para fazer isso. Esdras
também recebeu o apoio dos líderes: “nós seremos contigo...” (Ed 10.4). Nin­
guém chega a lugar nenhum sozinho, todos nós precisamos do apoio e ajuda de
outras pessoas. Davi recebeu um grande apoio de alguns líderes de Benjamim
e Judá liderados por Amasai que lhe encorajou pelo Espírito, dizendo: “Nós
somos teus, ó Davi! E contigo estamos, ó filho de Jessé! Paz, paz seja contigo! E
paz com quem te ajuda! Pois que teu Deus te ajuda. E Davi os recebeu e os fez
capitães das tropas.” (lC r 12.16-18).
2. O que os lideres exigiram de Esdras foi apenas esforço, dizendo: “Esfor­
ça-te e faze assim” (Ed 10.4). Quando o povo vê o esforço de seu líder todos
chegam juntos para apoiá-los!
3. Os líderes de Israel também apoiaram a Josué e exigiram apenas o esforço
dele para liderar o povo na conquista da Terra Prometida, dizendo: “Como em
tudo ouvimos a Moisés, assim te ouviremos a ti; tão somente que o SENHOR,
teu Deus, seja contigo, como foi com Moisés. Todo homem que for rebelde à tua
boca e não ouvir as tuas palavras em tudo quanto lhe mandares morrerá; tão
somente esforça-te e tem bom ânimo.” (Js 1.17-18).
4. Davi também cobrou esforço e empenho de seu filho Salomão na execu­
ção da obra do Senhor, dizendo: “Esforça-te, e tem bom ânimo, e faze a obra;
não temas, nem te apavores, porque o SENHOR Deus, meu Deus, há de ser con­
tigo; não te deixará, nem te desamparará, até que acabes toda a obra do serviço
da Casa do SENHOR.” (lC r 28.20).
CONCLUSÃO: Faça com empenho e dedicação à obra do Senhor. Este negócio
é de sua responsabilidade e cabe a você fazer. A Palavra de Deus nos encoraja,
dizendo: “Determinando tu algum negócio, ser-te-á firme, e a luz brilhará em
teus caminhos.” (Jó 22.28).

A N O TA Ç O E S

346 I 18 DE JUNHO
19 DE JUNHO

TENHA ÂNIMO PARA TRABALHAR


Neemias 4.6

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o coração do povo inclinado e


animado para trabalhar. Precisamos de ânimo para trabalhar na obra do Se­
nhor. Faça o seu trabalho com ânimo. Não importa se você realiza um trabalho
secular ou religioso, faça como estando fazendo para o Senhor e não para os
homens (Cl 3.23). A palavra “ânimo” no hebraico é “chazaq”, e significa “tornar-
-se forte”, “ser perseverante”, “ser corajoso”, “ser firme”, e “ser encorajador”. No
grego, o vocábulo para “ânimo” é “euthumeo” e significa “ser ousado e confian­
te”; “está entusiasmado”, “ter boa disposição”, ou “está tomado de bom ânimo e
satisfação”. Ninguém consegue produzir bem desanimado, é preciso ter ânimo
para trabalhar. É preciso está tomado de entusiasmado, disposição, coragem e
ânimo para fazer a obra de Deus.

I. AS CONSEQUÊNCIAS DE UM CORAÇÃO DESANIMADO


1. Um coração animado é um fator determinante para um trabalho bem
sucedido. O coração dos inimigos é que deve ficar desanimado e não o nosso.
Raabe revelou o desânimo que se abateu no coração dos inimigos de Israel, di­
zendo: “Ouvindo isso, desmaiou o nosso coração, e em ninguém mais há ânimo
algum, por causa da vossa presença; porque o SENHOR, vosso Deus, é Deus em
cima nos céus e embaixo na terra.” (Js 2.11).
2. A Bíblia ainda revela o desânimo que se abateu no coração dos inimigos
de Israel, dizendo: “E sucedeu que, ouvindo todos os reis dos amorreus que
habitavam desta banda do Jordão, ao ocidente, e todos os reis dos cananeus
que estavam ao pé do mar que o SENHOR tinha secado as águas do Jordão, de
diante dos filhos de Israel, até que passamos, derreteu-se-lhes o coração, e não
houve mais ânimo neles, por causa dos filhos de Israel” (Js 5.1).
3. A Bíblia descreve as consequências que um coração desanimado pode
provocar, dizendo: “E Davi muito se angustiou, porque o povo falava de apedre­
já-lo, porque o ânimo de todo o povo estava em amargura, cada um por causa
dos seus filhos e das suas filhas; todavia, Davi se esforçou no SENHOR, seu
Deus.” (ISm 30.6).
4. A Bíblia ainda descreve as consequências de um coração desanimado,
dizendo: “E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debai­
xo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR;
toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. E deitou-se e
dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Le­
vanta-te e come” (lR s 19.4-5). O desânimo não escolhe ninguém, nem mesmo
um grande homem de Deus como Elias! O salmista ofereceu o remédio para os

347
corações desanimados, dizendo: “Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalece­
rá o teu coração; espera, pois, no SENHOR.” (SI 27.14).

II. OS BENEFÍCIOS DE UM CORAÇÃO ANIMADO


1. A Bíblia nos mostra os grandes benefícios de um coração animado para
fazer a obra do Senhor. A Palavra do Senhor mostra Deus animando a Josué
por diversas vezes (Js 1.6-7). Davi cobrou ânimo de Salomão para fazer a obra,
dizendo: “Então, prosperarás, se tiveres cuidado de fazer os estatutos e os juízos,
que o SENHOR mandou a Moisés acerca de Israel; esforça-te, e tem bom ânimo,
e não temas, nem tenhas pavor” (lC r 22.13).
2. A Bíblia revela os benefícios de um coração animado entre o povo, di­
zendo: “E, no dia vigésimo terceiro do sétimo mês, o rei deixou ir o povo para
as suas tendas, alegres e de bom ânimo, pelo bem que o SENHOR tinha feito a
Davi, e a Salomão, e a seu povo de Israel.” (2Cr 7.10).
3. A Palavra de Deus mostra os benefícios de um líder com o coração ani­
mado, dizendo: “Esforçai-vos e tende bom ânimo; não temais, nem vos espan­
teis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com
ele, porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne,
mas conosco, o SENHOR, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas
guerras. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá.” (2Cr 32.7-8).
4. O profeta Miquéias se levantou animado para profetizar, dizendo: “Mas,
decerto, eu sou cheio da força do Espírito do SENHOR e cheio de juízo e de
ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado.” (Mq 3.8).
CONCLUSÃO: Devemos ter ânimo para trabalhar e ânimo para superar todos
os obstáculos que enfrentamos nesta vida. Ânimo para fazer a obra e ânimo
para superar as dificuldades foi uma das palavras chaves usadas pelo Senhor
Jesus Cristo para fortalecer as pessoas. O Senhor Jesus Cristo nos aconselhou a
termos ânimo para vencermos as aflições deste mundo (Jo 16.33).

A N O TA Ç Õ E S

348 I 19 DE JUNHO
20 DE JUNHO

PENSE EM FAZER 0 BEM AS PESSOAS


Ester 10.3

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos mostra a elevação de Mardoqueu do


pó da calçada do palácio de Assuero para Primeiro-Ministro da Pérsia. O mais
importante desta elevação de Mardoqueu é vê-lo usar a sua função para fazer
o bem às pessoas, ao contrário de seu antecessor Hamã que utilizava a função
para fazer o mal às pessoas (Et 3.8-9). Infelizmente, algumas pessoas se utilizam
do poder para fazer o mal às pessoas, e buscar seus próprios interesses; porém,
Mardoqueu aqui representa o símbolo do “político perfeito” que procurava “o
bem do seu povo e trabalhando pela prosperidade de toda a sua nação” (Et
10.3). Pense em fazer apenas o bem às pessoas e não o mal.

I. FAÇAMOS O BEM A TODOS


1. A palavra de Deus nos orienta fazer o bem a todos. Há uma frase muito
conhecida no Direito que diz: “Os favores da lei para os amigos, e os rigores
da lei para os inimigos”. Porém, somos aconselhados pela Palavra do Senhor a
fazer o bem a todos, começando pelos de casa (G16.9). Mardoqueu fazia o bem
a todos, começando pelo seu povo!
2. A Palavra de Deus nos mostra os inimigos do povo de Deus enfurecidos
pelo bem que alguém estava fazendo aos filhos de Israel, dizendo: “O que ou­
vindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, lhes desagradou com
grande desagrado que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel.” (Ne
2.10). Lamentavelmente, ainda hoje existem os “Sambalates” da vida que não
ficam felizes com aqueles que procuram o bem do povo de Deus!
3. O Senhor ordenou o seu povo a buscarem o bem e não o mal, dizendo:
“Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o SENHOR, o Deus dos
Exércitos, estará convosco, como dizeis.” (Am 5.14).
4. A Bíblia nos revela o Senhor Jesus Cristo fazendo o bem a todos, dizendo:
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual
andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus
era com ele.” (At 10.38). O apóstolo Paulo também nos aconselhou, dizendo:
Έ não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
houvermos desfalecido.” (G1 6.9).

II. REPARTINDO O BEM QUE RECEBEMOS DO SENHOR


1. A Palavra de Deus nos aconselha a repartir com outras pessoas o bem que
recebemos do Senhor. Moisés prometeu repartir com o seu cunhado Hobabe o
bem recebido do Senhor, dizendo: “E será que, vindo tu conosco, e sucedendo
o bem que o SENHOR nos fizer, também nós te faremos bem.” (Nm 10.29-32).

349
2. A Palavra de Deus nos revela o sogro de Moisés se alegrando com o bem
que o Senhor fez a Israel (Êx 18.9). Ao contrário de Sambalate e Tobias que não
queriam que alguém fizesse o bem a Israel, Jetro se alegrou pelo bem que o
Senhor fez a Israel. O Senhor só faz o bem ao seu povo, pois, o Senhor é conhe­
cido em toda a Bíblia pela sua Benignidade (SI 136.1-26). Deus sempre quis que
Israel repartisse o bem que recebeu do Senhor com as demais nações (SI 96.2-3).
3. Moisés ainda escreveu, dizendo: “E te alegrarás por todo o bem que o
SENHOR, teu Deus, te tem dado a ti e a tua casa, tu, e o levita, e o estrangeiro
que está no meio de ti.” (Dt 30.11). Deus já havia prometido a Abraão que todas
as famílias da terra seriam abençoadas pelo bem que o Senhor faria aos seus
descendentes (Gn 12.3).
4. O salmista Davi celebrou o bem recebido do Senhor, dizendo: “Cantarei
ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.” (SI 13.6). Davi considerava
o Senhor como o seu maior Bem (SI 16.2). A Bíblia afirma que: “Também o
SENHOR dará o bem, e a nossa terra dará o seu fruto.” (SI 85.12). O Senhor nos
dará o bem e devemos repartir com os outros o bem que recebemos do Senhor!
CONCLUSÃO: Da mesma forma que Mardoqueu usou a sua posição para fazer
o bem ao seu povo, devemos usar o bem que recebemos do Senhor para repartir
com os outros. A Palavra de Deus nos aconselha, dizendo: “Aprendei a fazer o
bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da
causa das viúvas.” (Is 1.17)

A N O TA Ç Õ E S

350 | 20 DE JUNHO
21 DE JUNHO

A PROSPERIDADE DIVINA EM NOSSAS MÃOS


D euteronôm io 28.8

INTRODUÇÃO: As nossas mãos são os membros do oficio e do trabalho, e por


isso Deus prometeu por diversas vezes nas Escrituras abençoar o trabalho das
nossas mãos (Dt 28.12). A Palavra de Deus nos mostra que existe um poder
extraordinário em nossas mãos. Há uma transferência de poder em nossas
mãos dadas pelo próprio Deus. A Bíblia confirm a esta verdade, dizendo: “E
acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia; mas,
quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia.” (Êx 17.11). Quando
o nosso Deus confirm a as obras das nossas mãos, as coisas fluem através da
graça divina (SI 90.17).

II. O PODER QUE EXISTE EM NOSSAS MÃOS PARA ABENÇOAR


1. A Bíblia revela o poder que as nossas mãos possuem para abençoar; ao
mostrar o momento em que o patriarca Jacó inverteu suas mãos para aben­
çoar os seus dois netos, colocando a mão direita sobre o caçula Efraim e a mão
esquerda sobre o primogênito Manassés. Isso desagradou o próprio José por
acreditar que a mão direita possui um poder para abençoar maior do que a mão
esquerda (Gn 48.13-19).
2. A Bíblia revela o poder que existe no abrir das nossas mãos para abençoar
os necessitados, dizendo: “Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos,
em alguma das tuas portas, na tua terra que o SENHOR, teu Deus, te dá, não
endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre;
antes, lhe abrirás de todo a tua mão e livremente lhe emprestarás o que lhe falta,
quanto baste para a sua necessidade.” (Dt 15.7-8). Davi também reconheceu o
poder que existe nas mãos do povo para contribuírem na obra de Deus, dizen­
do: “Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje volunta­
riamente ao SENHOR?” (lC r 29.5).

II. O PODER QUE EXISTE EM NOSSAS MÃOS PARA PROSPERAR


1. A Bíblia revela o poder que existia nas mãos de José para prosperar, di­
zendo: “Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR estava com ele e que tudo o
que ele fazia o SENHOR prosperava em sua mão, José achou graça a seus olhos
e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa e entregou na sua mão tudo o que tinha.”
(Gn 39.3-4).
2. A Bíblia revela a prosperidade do Senhor sobre o trabalho das mãos do
homem que teme ao Senhor, dizendo: “Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos,
feliz serás, e te irá bem.” (SI 128.1-2).

351
III. 0 PODER DE TRANSFERÊNCIA DE UNÇÃO EM NOSSAS MÃOS
1. A Bíblia revela o poder de transferência de unção que havia nas mãos dos
apóstolos, dizendo: “Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito
Santo.” (At 8.17).
2. A Palavra de Deus ainda nos mostra o poder de Deus que havia nas mãos
do apóstolo Paulo para fazer milagres, dizendo: “E Deus, pelas mãos de Paulo,
fazia maravilhas extraordinárias,” (At 19.11).
CONCLUSÃO: Que possamos aprender a usar as nossas mãos para a glória de
Deus. Deus nos deu mãos para abençoar e não para subtrair alguma coisa das
pessoas. A Bíblia mostra a prosperidade de Deus nas mãos de José (Gn 39.3-4).

A N O TA Ç Õ E S

352 I 21 DE JUNHO
22 DE JUNHO

ESTARÁS SEGURO E NÃO TEMERÁS


Jó 11.15

INTRODUÇÃO: Nós vamos aprender através deste texto sagrado sobre a firme­
za e segurança daqueles que servem ao Senhor com fidelidade. Levantar o rosto
sem mácula significa erguer a cabeça com a consciência tranquila e olhar com
sinceridade dentro dos olhos de outra pessoa. Agindo desta maneira, estaremos
firmes e seguros, não temendo mal algum. Somente o Senhor garante a firmeza
dos nossos pés e a segurança da nossa alma. Tendo o Senhor como a nossa se­
gurança não temeremos enfrentar qualquer que seja o gigante.

I. ESTARÁS SEGURO
1. Estando seguro, estaremos firmes na batalha. Aqui neste texto, temos
Zofar, um dos amigos de Jó profetizando uma reviravolta na vida do sofrido pa­
triarca, a qual se confirmou mais adiante como verdade (Jó 11.15 e Jó 42.10-17).
2. O Senhor já havia feito esta promessa aos que guardam os seus manda­
mentos, dizendo: Έ fazei os meus estatutos, e guardai os meus juízos, e fazei-os;
assim, habitareis seguros na terra. E a terra dará o seu fruto, e comereis a fartar
e nela habitareis seguros.” (Lv 25.18-19).
3. O Senhor confirmou mais uma vez esta promessa aos obedientes, dizen­
do: “Também darei paz na terra; e dormireis seguros, e não haverá quem vos
espante; e farei cessar os animais nocivos da terra, e pela vossa terra não passará
espada.” (Lv 26.6).
4. O Senhor prometeu uma morada segura ao seu povo, dizendo: “Mas passa­
reis o Jordão e habitareis na terra que vos fará herdar o SENHOR, vosso Deus; e vos
dará repouso de todos os vossos inimigos em redor, e morareis seguros.” (Dt 12.10).

II. NÃO TEMERÁS


1. O medo é uma das coisas que mais afetam o ser humano nos dias de hoje.
Há uma sensação de insegurança por todas as partes. Porém, em meio a todas
estas incertezas, a Palavra de Deus diz: “Não temerás..”. Elifaz, um outro amigo
de Jó também já havia profetizado para o patriarca, dizendo: “Em seis angústias,
te livrará; e, na sétima, o mal te não tocará. Na fome, te livrará da morte; e, na
guerra, da violência da espada. Do açoite da língua estarás abrigado; e não te­
merás a assolação, quando vier. Da assolação e da fome te rirás; e os animais da
terra não temerás.” (Jó 5.19-22).
2. O salmista também profetizou a nossa segurança, dizendo: “Não temerás
espanto noturno, nem seta que voe de dia, nem peste que ande na escuridão,
nem mortandade que assole ao meio-dia. Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua
direita, mas tu não serás atingido.” (SI 91.5-7).

353
3. O sábio Salomão também profetizou esta segurança aos filhos de Deus,
dizendo: “Quando te deitares, não temerás; sim, tu te deitarás, e o teu sono será
suave. Não temas o pavor repentino, nem a assolação dos ímpios quando vier.
Porque o SENHOR será a tua esperança e guardará os teus pés de serem presos”
(Pv 3.24-26).
4. O Senhor prometeu segurança ao seu povo mesmo em meio a tempes­
tades e guerras, dizendo: “E o meu povo habitará em morada de paz, e em m o­
radas bem seguras, e em lugares quietos de descanso, ainda que caia saraiva, e
caia o bosque, e a cidade seja inteiramente abatida.” (Is 32.18-19). O Senhor pro­
meteu segurança e livramento ao profeta Jeremias, dizendo: “Não temas diante
deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.” (Js 1.8).
CONCLUSÃO: Somente em Deus temos verdadeira segurança e firmeza. Como
disse o salmista: “Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda
que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam
e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Há um rio
cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altís­
simo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da
manhã.” (SI 46.2-5).

A N O TA Ç Õ E S

354 | 22 DE JUNHO
23 DE JUNHO

DEUS CONTA ATÉ OS NOSSOS PASSOS


Jó 31.4

INTRODUÇÃO: Nós vamos aprender através deste texto sagrado que Deus sabe
de todos os nossos caminhos e conta até os nossos passos. Vivemos em uma
sociedade onde as pessoas insistem que são donas de seus próprios narizes e
que não devem satisfação a ninguém, e nem mesmo ao Criador. Boa parte dos
pensadores e filósofos modernos defendem que Deus não existe, e se existe,
simplesmente abandonou o mundo e nada interfere no comportamento e deci­
sões dos seres humanos. Entretanto, não é isso o que diz a Palavra de Deus. A
Bíblia sempre mostra Deus como o maior interessado nas decisões dos homens,
e o acompanhando em todos os seus passos.

I. DEUS ACOMPANHA DE PERTO 0 CAMINHO DOS HOMENS


1. Deus faz questão de mostrar na sua Palavra que acompanha de perto o
caminho dos homens. A Bíblia revela que, assim que os homens se organiza­
ram em sociedade após o dilúvio e resolveram edificar uma cidade e uma torre,
Deus interferiu na decisão dos homens e confundiu sua linguagem (Gn 11.1-6).
2. Na hora de interpretar o sonho de Faraó, José deixou bem claro para o
monarca egípcio que Deus conhece o futuro e interfere no destino dos homens,
dizendo: Ό sonho de Faraó é um só; o que Deus há de fazer, notificou-o a Fa­
raó.” (Gn 41.25). Deus antecipou ao monarca egípcio o que iria acontecer no
mundo naqueles próximos 14 anos, os quais seriam divididos em dois períodos
distintos e antagônicos de 7 anos na economia mundial (Gn 41.25-37).
3 .0 salmista descreveu o Senhor acompanhando tudo o que se passa nos céus
e na terra (SI 113.5-9). O sábio Salomão também afirmou que: “Todo caminho do
homem é reto aos seus olhos, mas o SENHOR sonda os corações.” (Pv 21.2).
4. Até o ímpio rei Nabucodonozor teve que reconhecer a interferência pessoal
de Deus nos negócios humanos, dizendo: “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, lou­
vo, e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e
os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba.” (Dn 4.37).

II. DEUS CONTA TODOS OS PASSOS DO HOMEM


1. Deus é Transcendente e Imanente. Os que defendem apenas a transcen­
dência divina, afirmam que Deus transcende a tudo e não interfere nos ne­
gócios humanos; e, os que defendem a imanência divina afirmam que Deus
acompanha de perto todos os acontecimentos no mundo. A Bíblia mostra Deus
habitando em um alto e santo lugar (Transcendência), mas mostra também Ele
habitando com pessoas contritas de coração (Imanência) (Is 57.15). Portanto,
Deus acompanha sim todos os passos do homem!

355
2. O patriarca Jó sentia Deus contando os seus passos, e se desabafou, di­
zendo: “Mas agora contas os meus passos; não estás tu vigilante sobre o meu
pecado?” (Jó 34.16). A Palavra de Deus ainda declara que: “Os olhos de Deus
estão sobre os caminhos de cada um, e ele vê todos os seus passos.” (Jó 34.21).
3. O rei Davi orou ao Senhor pedindo direção para os seus passos, dizendo:
“Dirige os meus passos nos teus caminhos, para que as minhas pegadas não
vacilem.” (SI 17.5).
4. O salmista Davi ainda mostrou Deus firmando os passos do homem
bom, dizendo: “Os passos de um homem bom são confirmados pelo SENHOR,
e ele deleita-se no seu caminho.” (SI 37.23).
CONCLUSÃO: Deus acompanha de perto os nossos caminhos e conta todos os
nossos passos. O próprio Davi se sentia vigiado o tempo todo pelo Senhor quan­
do escreveu, dizendo: “SENHOR, tu me sondaste e me conheces. Tu conheces
o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas
o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.” (SI 139.1-3)

A N O TA Ç Õ E S

356 | 23 DE JUNHO
24 DE JUNHO

AS LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO LEITE


lPedro2.2

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Pedro usa a importância do


leite materno para o crescimento de um recém-nascido, para ilustrar a nossa
busca pelo crescimento na salvação através do genuíno leite espiritual que é a
Palavra de Deus. O dia 24 de Junho é lembrado como o Dia Internacional do
Leite. O “leite” é símbolo do alimento espiritual do novo convertido, e é citado
cerca de cinquenta vezes na Bíblia. O leite é um líquido branco, segregado pelas
glândulas mamárias das fêmeas dos animais mamíferos. O leite é um alimento
nutritivo que, juntamente com o pão, fazia parte da dieta básica do povo israe­
lita. O leite nos traz lições espirituais profundas.

I. A IMPORTÂNCIA DO LEITE NAS ESCRITURAS


1. Nas terras Bíblicas usava-se não só o leite de vaca, mas também o de
ovelha, de cabra e de camelas (Gn 32.15; Dt 32.14; Pv 27.27). Existem dois
tipos de leite mencionados na Bíblia: I o- O leite líquido, bebido fresco, logo
após ser tirado. Devido às altas temperaturas da Palestina, esse tipo de leite
se estragava mais rápido, se não houvesse algum tipo de tratamento; e, 2o-
O leite fermentado, similar ao iogurte, mais resistente ao clima da Palesti­
na, traduzido em algumas versões da Bíblia como: “coalhada” (Gn 18.8) ou
“manteiga” (Is 7.22).
2. A primeira menção do leite na Bíblia se deu quando o patriarca Abraão
ofereceu coalhada e leite aos ilustres hóspedes angelicais (Gn 18.18). Deus pro­
meteu ao povo de Israel uma “terra que mana leite e mel” (Êx 3.8). Essa expres­
são significa uma terra de fartura, de abundância e de prosperidade!
3. O patriarca Jó afirmou numa linguagem simbólica que retratava o perío­
do de abundância de sua vida que lavava os seus pés em leite. É uma expressão
do tempo de sua prosperidade (Jó 29.6).
4. O sábio Salomão também falou da importância do leite de cabra, na ali­
mentação familiar (Pv 27.27). Salomão ainda afirmou que o bater do leite pro­
duz manteiga (Pv 30.33).

II. O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DO LEITE


1. O leite possui um significado espiritual muito grande nas Escrituras. O
povo foi convidado pelo Senhor através do profeta Isaías a comprarem vinho e
leite sem dinheiro. É uma figura de linguagem da salvação, que é oferecida de
graça (Is 55.1).
2. O Senhor prometeu que Israel mamará o leite das nações, e se alimentará
do peito dos reis (Is 60.16). Israel tem se beneficiado muito das riquezas das

357
grandes nações. Grande parte da riqueza dos Estados Unidos estão nas mãos
de Judeus.
3. O apóstolo Paulo também usou a figura do leite como um alimento de
recém-nascidos (IC o 3.2). Assim, os crentes de Corinto ainda eram “bebês” na
fé. O Escritor da Carta aos Hebreus também chamou os seus leitores de neces­
sitados de leite, devido a sua inexperiência na fé (Hb 5.12).
4. O Autor da Carta aos Hebreus chamou novamente os crentes hebreus de
inexperientes na fé, dizendo: “Todo aquele que se alimenta de leite, é inexpe­
riente na palavra da justiça, porque é criança” (Hb 5.13). Os cristãos hebreus se
achavam maduros; porém, se comportavam como imaturos (Hb 5.14).
CONCLUSÃO: O leite também é usado simbolicamente na Bíblia para repre­
sentar fartura e abundância (Êx 3.17 e Dt 26.15). Assim, o Cristão bem nutrido
do leite espiritual pode desfrutar da plenitude da benção de Deus em sua vida.

A N O TA Ç Õ E S

358 | 24 DE JUNHO
25 DE JUNHO

DEUS NÃO SE ESQUECE DOS POBRES


Salmo 10.12

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista pede ao Senhor que não se es­
queça dos necessitados. O Deus da Bíblia é um Deus que não se esquece nem
dos pobres e nem dos necessitados. Embora o pobre seja necessariamente um
necessitado, há uma diferença entre ambos. Existe o paupérrimo que é aquele
que vive abaixo da própria linha da pobreza, e o pobre trabalhador que ganha
um salário modesto, porém, se alimenta adequadamente, veste modestamente e
desfruta de uma simples moradia; e, ainda o pobre espiritual, aquele que neces­
sita de Deus. Porém, o necessitado é aquele que precisa ser suprido de alguma
coisa essencial. Neste caso, mesmo um rico pode está necessitando de algo que
os seus recursos materiais não são capazes de suprir, e acaba também sendo
um necessitado. Daí o fato de Davi, mesmo sendo o rei de Israel se dirigiu ao
Senhor, dizendo: “Eu sou pobre e necessitado; mas o Senhor cuida de mim: tu
és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus.” (SI 40.17).

I. HÁ ESPERANÇA PARA O POBRE


1. A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas pobres e necessitadas que
Deus ergueu do monturo e colocou entre os príncipes do seu povo (SI 113.5-7).
O patriarca Jó afirmou que: “Há esperança para o pobre” (Jó 5.16). Somente a
Bíblia, a Palavra de Deus, possui uma mensagem de esperança para os pobres e
necessitados!
2. O salmista Davi ainda declarou que: “O necessitado não será esquecido
para sempre, nem a expectação dos pobres se malogrará perpetuamente.” (SI
9.18). Ou seja, a esperança do pobre não se há de frustrar a vida inteira, Deus
poderá mudar a sua situação a qualquer momento. O sábio Salomão escreveu,
dizendo: “Porque deveras há um fim bom; não será malograda a tua esperança.”
(Pv 23.18). Ou seja, haverá um bom futuro!
3. O profeta Jeremias nos mostrou o resultado daqueles que confiam no Se­
nhor, sejam ricos ou pobres, dizendo: “Bendito o varão que confia no SENHOR,
e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele será como a árvore plantada junto às
águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor,
mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se afadiga nem deixa de
dar fruto.” (Jr 17.7-8).
4. A Palavra de Deus afirma que: “Bom é ter esperança e aguardar em si­
lêncio a salvação do SENHOR.” (Lm 3.26). Há muitas pessoas necessitadas ge­
mendo em silêncio; porém, Deus está vendo tudo e socorrerá na hora certa o
necessitado!

359
II. DEUS SEMPRE SE LEMBROU DOS POBRES
1. A Bíblia sempre mostra Deus se lembrando dos pobres e defendendo a
sua causa. Deus proibiu emprestar dinheiro a juros ao pobre, dizendo: “Se em­
prestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com
ele como um usurário; não lhe imporás usura.” (Êx 22.25).
2. Deus considerou a alma do rico e a alma do pobre como tendo o mesmo
valor, dizendo: “O rico não aumentará, e o pobre não diminuirá da metade do
siclo, quando derem a oferta ao SENHOR, para fazer expiação por vossas al­
mas.” (Dt 30.15).
3. Deus nos ensinou a sermos solidários com os pobres, dizendo: “Quando
entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas portas, na tua
terra que o SENHOR, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fe­
charás a tua mão a teu irmão que for pobre” (Dt 15.7).
4. A Bíblia revela a soberania de Deus sobre o rico e o pobre, dizendo: Ό
SENHOR empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. Levanta o pobre do
pó e, desde o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os prínci­
pes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do SENHOR são os alicerces
da terra, e assentou sobre eles o mundo.” (ISm 2.7-8).
CONCLUSÃO: O Senhor Jesus Cristo colocou os pobres como o público prio­
ritário a serem alcançados pelo seu Evangelho, dizendo: “Os cegos veem, e os
coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são res­
suscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.” (Mt 11.5). Apesar de Alto
e Sublime, Deus sempre se voltou para os pobres, necessitados e contritos de
coração (Is 57.15).

A N O TA Ç Õ E S

360 I 25 DE JUNHO
26 DE JUNHO

ANDE COM PESSOAS NOTÁVEIS


Salmo 16.3

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Davi revela o prazer que ele tinha em pes­
soas ilustres e notáveis. O salmista considerava os santos como as pessoas ilus­
tres e notáveis que estão na terra. Todo governante que assume o poder elege
as pessoas ilustres e notáveis para fazerem parte de seu governo. Os grandes
monarcas da história sempre se acercavam dos notáveis do império. Entretanto,
para Deus, os notáveis da terra não são os intelectuais e sábios segundo o curso
deste mundo, mas sim, os santos que fazem a sua vontade e se deleitam na sua
Palavra. Davi gostava de andar com conselheiros sábios que podiam acrescen­
tar algo espiritual à sua vida. Por isso, ande com pessoas sábias, prudentes, e
tementes a Deus, e que podem contribuir para o seu crescimento espiritual.

I. PESSOAS NOTÁVEIS NA CORTE DE DAVI


1. Desde que Davi começou a viver como fugitivo de Saul, pessoas de todos
os tipos começaram a se aliarem com ele, e com o passar do tempo Davi foi
selecionando os mais ilustres, os quais vieram a fazer parte do seleto grupo dos
“Valentes de Davi” (ISm 22.1-2 e 2Sm 23.8-39).
2. Embora Joabe fosse general do seu exército, e Abiatar, o sacerdote que
lhe acompanhou em seus momentos de aflições pelo deserto, Davi tinha em sua
corte a orientação espiritual do sacerdote Zadoque, do profeta Natã, e a fideli­
dade do capitão de sua guarda pessoal Benaia (lR s 1.7-8).
3. A Bíblia cita Abisai e Joiada como dois dos mais ilustres homens que
faziam parte da corte do rei Davi (lC r 11.20-25). O sábio Salomão aprendeu
com o seu pai Davi e escreveu, dizendo: “Anda com os sábios e serás sábio, mas
o companheiro dos tolos será afligido.” (Pv 13.20).
4. A Bíblia afirma que também vieram para ajudar a Davi: “Dos filhos de
Issacar, destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer,
duzentos de seus chefes e todos os seus irmãos, que seguiam a sua palavra” (lC r
12.32). Davi se cercava não só de guerreiros, como também de homens de no­
tável saber cientifico.

II. CERCANDO-SE DE PESSOAS ILUSTRES


1. Procure andar cercado de pessoas ilustres. Quando falo de pessoas ilus­
tres não falo de pessoas ricas financeiramente, mas de pessoas ilustres no seu
caráter e nas suas atitudes. A Palavra de Deus afirma: “E foi Jabez mais ilustre do
que seus irmãos; e sua mãe chamou o seu nome Jabez, dizendo: Porquanto com
dores o dei à luz.” (1 Cr 4.10).
2. A Bíblia revela que até o monarca pagão Nabucodonozor queria de acer-

361
car de pessoas ilustres e notáveis na sua corte quando deu uma ordem, dizendo:
“E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos
de Israel, e da linhagem real, e dos nobres, jovens em quem não houvesse defeito
algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em
ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viver no
palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus.”
(Dt 1.3-4).
3. O apóstolo Paulo também chamou os crentes de Corinto de ilustres, di­
zendo: “Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós,
fracos, e vós, fortes; vós, ilustres, e nós, vis.” (IC o 4.10). Embora um dos mais
ilustres apóstolos, Paulo se considerava vil para que os crentes fossem ilustres!
4. O salmista também chamou o Senhor de ilustre e glorioso, dizendo: “Tu
és ilustre e mais glorioso do que os montes eternos.” (SI 76.4). Jesus Cristo, o
mais Ilustre de todos os homens, um dia tornou-se pobre para que fossemos
ricos! (2Co 8.9).
CONCLUSÃO: Ande com pessoas sábias e serás sábio. Ande com pessoas ilus­
tres e serás ilustre. Ande com Jesus Cristo - A Pessoa mas Ilustre que já pisou
nesta terra (Hb 8.6)

A N O TA Ç Õ E S

362 I 26 DE JUNHO
27 DE JUNHO

DEUS É MAIS FORTE DO QUE OS TEUS INIMIGOS


Salmo 18.17

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista Davi celebrou o livramento


que recebeu do Senhor contra terríveis inimigos. Davi declarou que estes ini­
migos eram mais poderosos do que ele; porém, o Senhor a quem ele servia é
mais forte do que qualquer inimigo por mais poderoso que seja. Enquanto
os seus inimigos eram poderosos, o Deus a quem Davi e nós servimos é o
Todo-Poderoso (Jó 37.23). O nosso Deus é mais forte do que todos os nossos
inimigos. Quem tem um Deus tão grande como o nosso não se assusta com o
tamanho do inimigo; são os inimigos que devem se assustarem com o tama­
nho do nosso Deus (SI 77.13).

I. DAVI VENCEU VÁRIOS INIMIGOS MAIORES DO QUE ELE


1. Davi nunca teve vida fácil. Desde cedo Deus o treinou para enfrentar ter­
ríveis inimigos. Antes de enfrentar o forte gigante Golias, ele já havia enfrentado
e vencido um urso e um leão (ISm 17.34-36).
2. A luta desigual entre Davi e Golias se tornou um símbolo popular da luta
do fraco contra o forte; porém, Davi venceu Golias, um inimigo bem mais forte
do que ele (ISm 17.4-50). Davi ainda enfrentou outros inimigos mais fortes do
que ele e venceu (2Sm 21.16-22). O Deus que Davi servia era bem Maior do que
todos os seus inimigos!
3. Davi possuía uma confiança inabalável no seu Deus, e se expressou, di­
zendo: “O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O SE­
NHOR é a força da minha vida; de quem me recearei?” (SI 27.1-3).
4. A Palavra de Deus declara que: “É ele que dá a vitória aos reis e que livra a
Davi, seu servo, da espada maligna.” (SI 144.10). É o Senhor dos Exércitos quem
nos livra de toda obra maligna! (2Tm 4.18).

II. O SENHOR NOS LIVRA DE INIMIGOS PODEROSOS


1. Sem o Senhor não teremos forças para vencer nenhum inimigo; porém,
com Ele podemos vencer qualquer inimigo! A Palavra de Deus afirma que: “O
SENHOR resgatou a Jacó e o livrou das mãos do que era mais forte do que ele.”
(Jr 31.11).
2. O Senhor deu vitória ao rei Asa contra um exército inimigo bem mais
forte e numeroso do que o de Judá quando ele orou, dizendo: “SENHOR, nada
para ti é ajudar, quer o poderoso quer o de nenhuma força; ajuda-nos, pois,
SENHOR, nosso Deus, porque em ti confiamos e no teu nome viemos contra
esta multidão; SENHOR, tu és o nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem.”
(2Cr 14.9-12).

363
3. O Senhor deu vitória a Josafá contra uma confederação de fortes inimi­
gos quando ele recorreu a Deus, dizendo: “Ah! SENHOR, Deus de nossos pais,
porventura, não és tu Deus nos céus? Pois tu és dominador sobre todos os rei­
nos das gentes, e na tua mão há força e poder, e não há quem te possa resistir.”
(2Cr 20.6-29).
4. O rei Ezequias venceu o forte exército de Senaqueribe, rei da Assíria
quando reconheceu seu Deus como Maior do que os seus inimigos (2Cr 32.7-
8). A Palavra de Deus nos mostra como o Senhor Jesus Cristo nos libertou da
opressão do diabo, o nosso maior inimigo, dizendo: “Como Deus ungiu a Jesus
de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e
curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” (At 10.38).
O Senhor Jesus Cristo enfrentou uma confederação satânica para nos libertar e
nos dá a vitória contra inimigos mais fortes do que nós (Cl 2.14-15).
CONCLUSÃO: O Senhor Jesus Cristo é mais forte do que Satanás. O próprio Se­
nhor Jesus Cristo afirmou que: “Quando o valente guarda, armado, a sua casa,
em segurança está tudo quanto tem. Mas, sobrevindo outro mais valente do que
ele e vencendo-o, tira-lhe toda a armadura em que confiava e reparte os seus
despojos.” (Lc 11.21-22). Foi isso o que Jesus Cristo fez, Ele sendo mais valente
do que Satanás, o desarmou na Cruz do Calvário e nos libertou do império das
trevas (Cl 1.13-14; Cl 2.14-15; Hb 2.14 eA p 1.17-18).

A N O TA Ç Õ E S

364 I 27 DE JUNHO
28 DE JUNHO

LIÇÕES DO DIA DA RENOVAÇÃO ESPIRITUAL


Lamentações 5.21

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o profeta Jeremias clama ao Senhor por


uma renovação espiritual do povo escolhido como nos dias primitivos. O dia
28 de Junho é lembrado como o Dia da Renovação Espiritual. A Igreja do Se­
nhor Jesus Cristo necessita de uma renovação contínua. A Igreja sempre pas­
sou por reformas espirituais através da História Cristã. “Renovar” é o mesmo
que: tornar novo novamente; restaurar, recomeçar, rejuvenescer e revigorar-se.
O profeta Samuel convidou o povo para renovar o reino nos dias do rei Saul,
dizendo: “Vinde, vamos a Gilgal e renovemos ali o reino” (ISm 11.14). Precisa­
mos sempre de uma renovação individual e coletiva. O Senhor é a nossa fonte
renovadora, o Senhor é o renovador das nossas forças tanto físicas como espi­
rituais (Is 40.31).

I. A IMPORTÂNCIA DA RENOVAÇÃO NAS ESCRITURAS


1. As Escrituras estão cheias de exemplos de renovação em todos os níveis
da nação de Israel. Todos os povos e todas as cidades do mundo precisam de
renovação em todas as suas áreas, principalmente, na vida espiritual. A Palavra
de Deus afirma que o rei Asa “renovou o altar do Senhor, que estava diante do
pórtico do Senhor” (2Cr 15.8).
2. O patriarca )ó acreditava no processo de renovação da árvore mesmo
depois de cortada, e declarou: “Há esperança para a árvore, pois, mesmo cor­
tada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos” (Jó 14.7). O próprio
patriarca Jó se sentia uma árvore que precisava de renovo, dizendo: “A minha
raiz se estenderá até às águas, e o orvalho ficará durante a noite sobre os meus
ramos; a minha honra se renovará em mim, e o meu arco se reforçará na minha
mão” (Jó 29.20).
3. Davi buscou desesperadamente por renovação espiritual, dizendo: “Cria
em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inaba­
lável” (SI 51.10).
4. O salmista nos apresentou o Senhor como o Renovador das nossas vidas,
dizendo: “Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas
enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericór­
dia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova
como a da águia” (SI 103.3-5).

II. A NECESSIDADE QUE TEMOS DE RENOVAÇÃO


1. Todos nós necessitamos de renovação. O Senhor previu a vinda do Reno­
vador das nossas vidas através do profeta Jeremias, dizendo: “Eis que vêm dias,

365
diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, como rei que é,
reinará, agirá com sabedoria e executará o juízo e a justiça na terra.” (Jr 23.5).
2. O salmista descreveu a importância do Espírito de Deus no processo de
renovação da terra, dizendo: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim,
renovas a face da terra” (SI 104.30). O profeta Isaías também nos falou da reno­
vação das nossas forças pelo Senhor (Is 40.31).
3. O Senhor dos Exércitos nos apresentou o Renovador que ainda virá, di­
zendo: “Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edi-
ficará o templo do Senhor” (Zc 6.12). Zorobabel naqueles dias era uma figura
do Messias Renovador que Deus enviaria ao mundo. Jesus Cristo é o verdadeiro
Renovo que necessitamos (Rm 13.14).
4. O apóstolo Paulo escreveu sobre a renovação da nossa mentalidade es­
piritual (Rm 12.2). O mesmo apóstolo Paulo escreveu sobre a necessidade de
renovação do nosso homem interior, dizendo: “Mesmo que o nosso homem
exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em
dia” (2Co 4.16). O sábio Apóstolo dos Gentios também nos falou sobre a neces­
sidade de renovação do nosso entendimento (Ef 4.23).
CONCLUSÃO: Renovação espiritual é sinônimo de avivamento. O cristão pre­
cisa buscar renovação todos os dias. A busca por renovação espiritual traz de
volta o primeiro amor, e uma devoção maior por Cristo. O apóstolo Paulo ainda
escreveu sobre a renovação realizada pelo Espírito Santo no processo regenera-
dor do homem (Tt 3.5).

A N O TA Ç Õ E S

366 | 28 DE JUNHO
29 DE JUNHO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO PESCADOR


Lucas 5.10

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve o momento em que Jesus Cristo


chamou o pescador profissional Pedro para ser Pescador de Almas. O dia 29
de Junho foi escolhido como o Dia do Pescador por ser o dia de São Pedro, o
Apóstolo que era Pescador. O pescador profissional sabe de todos os truques
para uma boa pescaria: conhece a época de reprodução das espécies de peixes
de sua região, sabe escolher a isca e o anzol certo e também conhece o local
mais adequado para pescaria. Todos já ouviram falar que pescador é bom para
contar histórias, não é mesmo? Mas um bom pescador é principalmente aquele
que conhece os segredos do mar, dos rios, e das águas onde ele pesca. No caso
do Pescador de Almas é preciso saber iniciar uma boa conversa com o pecador
para que logre bom êxito de levá-lo até a Cristo.

I. A IMPORTÂNCIA DO PESCADOR NAS ESCRITURAS


1. Boa parte dos discípulos de Jesus Cristo eram pescadores. Ao menos
quatro dos seus apóstolos eram pescadores profissionais: Pedro, André, Tiago e
João (Mt 4.18-22). Jesus Cristo se dirigiu para este grupo de pescadores, dizen­
do: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” (Mt 4.19).
2. O Evangelista Mateus escreveu que: “Eles, deixando imediatamente o
barco e seu pai, seguiram-no.” (Mt 4.22). A chamada de Jesus era urgente, e
àqueles homens abandonaram a vida profissional de pescadores de peixes para
pescarem almas!
3. Esta foi a ordem que Jesus Cristo deu aos seus pescadores de almas após
a sua Ressurreição Vitoriosa: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Mais
uma vez o Senhor Jesus Cristo ordenou aos pescadores de almas, dizendo: “Ide
por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15).
4. O rei Salomão afirmou que o verdadeiro sábio é aquele que ganha almas
(Pv 11.30). Na Elistória Cristã, Deus levantou muitos pescadores de almas para
o seu reino, tais como: D.L.Moody, Charles Finey, Jonh Wesley, Jorge Witifield,
Jonathan Edwards, Charles Spugeon, Giulherme Carey, Daniel Berg e Gunan
Vingren, e muitos outros ganhadores de almas de nossos dias.

II. TODO CRENTE SALVO É UM POTENCIAL PESCADOR DE ALMAS


1. A chamada de Cristo para os seus primeiros discípulos serem pescadores
de almas é extensiva a todos nós que somos salvos. O Apóstolo Paulo não tinha
a pescaria como profissão; entretanto, foi um dos pescadores de almas que mais
se esforçou para ganhar almas em toda a História do Cristianismo (IC o 9.22).

367
2. Paulo nos revelou o seu comprometimento com a pregação do Evangelho
de Cristo, dizendo: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois
sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho”
(IC o 9.16). Cada crente salvo é um potencial ganhador de almas e deve levar
isso muito a sério!
3. Deus havia ordenado ao profeta Jonas que fosse pregar na cidade de Níni-
ve; porém, Jonas desobedeceu a ordem de Deus e pegou um navio e foi para Tá-
rsis (Jn 1.11-17). Entretanto, em vez de Jonas assumir sua missão de pescador de
almas, ele é que foi pescado por um grande peixe que o engoliu vivo e o manteve
três dias e três noite no seu ventre, até que Deus ouviu o seu clamor e ordenou
que o peixe o vomitasse na praia. Jonas recebeu uma segunda oportunidade que
Deus lhe deu para pregar em Nínive e o resultado de sua pregação foi extraor­
dinário levando toda a população da cidade a se converterem ao Senhor e se
arrependerem no pó e na cinza (Jn 3.1-10).
4. Paulo revelou sua disposição em pescar almas em todos os lugares, di­
zendo: “Eu sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a
ignorantes. E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anun­
ciar o evangelho, a vós que estais em Roma. Porque não me envergonho do
evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que
crê, primeiro do judeu e também do grego.” (Rm 1.14-16). Se Jonas tivesse este
entendimento de Paulo não precisaria passar por todo o processo que passou
para ir pregar aos ninivitas.

CONCLUSÃO: O apóstolo Judas pede que tenhamos compaixão das almas que
estão cambaleando na dúvida a caminho do inferno (Jd 1.22-23). Precisamos
nos esforçar para ganhar o maior número possível de almas para o Reino de
Deus. Foi para isso que Cristo nos chamou. Ele nos escolheu como pescadores
de almas! Esta foi a ordem que Ele nos deu: “Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15).

A N O TA Ç O E S

368 I 29 DE JUNHO
30 DE JUNHO

0 CAMINHO DE DEUS É PERFEITO


Salmo 18.30

INTRODUÇÃO: Nós vamos aprender através deste texto sagrado que o cami­
nho de Deus é perfeito. Um Deus Perfeito só faz o que é perfeito. Deus é um Ser
absolutamente perfeito. O seu caminho é perfeito, a sua sabedoria é perfeita, as
suas obras são perfeitas, e a sua Palavra é perfeita. Por mais que não entendamos
muitas vezes o caminho que o Senhor nos leva, ao final de tudo Ele acaba nos
dando o fim que desejamos (Jr 29.11). A palavra “perfeito” no original hebraico
é “tamim”, que nos traz a ideia de algo inteiro, conclusivo, completo, íntegro. O
caminho de Deus é íntegro, completo, perfeito e conclusivo. Ou seja, Deus não
faz as coisas pela metade, sua obra é perfeita, inteira e conclusiva (Fp 1.6).

I. TUDO DE DEUS É PERFEITO


1. A Bíblia sempre mostra que os planos de Deus são perfeitos e infalíveis.
Por mais que o inimigo de nossa alma tente atrapalhar os propósitos de Deus,
não conseguirá jamais impedir o perfeito plano divino para as nossas vidas
(Jó 42.2).
2. Moisés escreveu sobre a Perfeição Divina, dizendo: “Ele é a Rocha cuja
obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a verdade, e
não há nele injustiça; justo e reto é.” (Dt 32.4).
3. Eliú, o amigo de Jó exaltou a perfeição da criação do Todo Poderoso,
dizendo: “Tens tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens e das maravilhas da­
quele que é perfeito nos conhecimentos?” (Jó 37.16). O salmista Davi descreveu
a perfeição da Lei do Senhor, dizendo: “A lei do SENHOR é perfeita e refrigera
a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.” (SI 19.7).
4. O apóstolo Tiago também descreveu a perfeição da obra do Pai, dizendo:
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes,
em quem não há mudança, nem sombra de variação.” (Tg 1.17).

II. DEUS EXIGE PERFEIÇÃO DOS SEUS FILHOS


1. Um Deus Perfeito sempre exige a perfeição dos seus filhos. O Senhor
Deus exigiu a perfeição de seu amigo Abraão, dizendo: “Eu sou o Deus Todo-
-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.” (Gn 17.1).
2. A Palavra de Deus exige a perfeição de todos nós, dizendo: “Perfeito se­
rás, como o SENHOR, teu Deus.” (Dt 18.13). Ser perfeito aqui não significa
que Deus esteja exigindo de nós uma perfeição absoluta; mas sermos íntegros e
completos naquilo que fazemos!
3. Jesus Cristo nos ensinou sobre a perfeição do Pai, dizendo: “Sede vós,
pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.48). A pa-

369
lavra grega para “perfeito” aqui é “teleios”, que nos traz a ideia de “maturidade”
e “integridade”.
4. Paulo também exigiu a perfeição da Igreja de Deus, dizendo: “Quan­
to ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um
mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco.” (2Co
13.11). Paulo ainda escreveu aos efésios sobre a necessidade do aperfeiçoamen­
to dos santos até nos tornarmos varões perfeitos na mesma estatura de Cristo
(Ef 4.12-13).
CONCLUSÃO: O Caminho de Deus é Perfeito e Jesus Cristo, seu Filho Amado
é o próprio Caminho Perfeito que nos leva até o Pai (Jo 14.6). O Escritor da
Carta aos Hebreus descreveu a perfeição de Jesus Cristo, o Filho de Deus, di­
zendo: “Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra
do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.”
(Hb 7.28).

A N O TA Ç Õ E S

370 | 30 DE JUNHO
SERMÕES PARA 0 MÊS DE
1 DE JULHO JULHO
DEUS CONCEDERÁ OS DESEJOS DO TEU CORAÇÃO
Salmo 20.4

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o salmista orou para que o Senhor conce­
da o desejo do teu coração e confirme os teus projetos. Os desejos do nosso co­
ração podem ser lícitos ou ilícitos; os desejos que não contrariam a Palavra de
Deus são perfeitamente lícitos; porém, os que desagradam a Deus são ilícitos.
O desejo do coração dos ímpios é fazer o mal às pessoas; já o desejo do coração
dos justos é fazer o bem as pessoas. Há desejos em nossos corações que são
colocados pelo próprio Deus, e Ele mesmo torna isso possível em nossas vidas
(Fp 2.13). Vamos dividir esta mensagem em dois tópicos:

I. CONCEDA-TE CONFORME 0 TEU CORAÇÃO


1. A Bíblia mostra em várias outras passagens a disposição do Senhor em
realizar os desejos dos nossos corações. O salmista Davi ainda se dirigiu ao Se­
nhor, dizendo: “Cumpriste-lhe o desejo do seu coração e não desatendeste as
súplicas dos seus lábios.” (SI 21.2). O rei Davi também escreveu, dizendo: “De­
leita-te também no SENHOR, e ele te concederá o que deseja o teu coração.” (SI
37.4).
2. O mesmo salmista Davi novamente se expressou, dizendo: “Senhor, dian­
te de ti está todo o meu desejo, e o meu gemido não te é oculto.” (Sl 38.9). O sal­
mista declara que os desejos do seu coração já eram conhecidos diante de Deus!
3. O sábio Salomão revela a diferença entre o justo e o ímpio na concretiza­
ção dos seus desejos, dizendo: “O temor do ímpio virá sobre ele, mas o desejo
dos justos Deus o cumprirá.” (Pv 10.24).
4. O Senhor revelou através do profeta Jeremias a sua intenção em realizar
os desejos dos nossos corações mesmo quando não entendemos os caminhos
difíceis que Ele nos permite passar (Jr 29.11-12).

II. CUMPRA TODO O TEU DESIGNÍO


1. O termo “desígnio” é a ideia de realizar algo; intenção, propósito, e von­
tade de fazer. O designío do nosso coração pode ser o desejo de concretizar um
projeto ou realizar um sonho. O sábio Salomão escreveu, dizendo: “Confia ao
SENHOR as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos.” (Pv 16.3).
2. A Bíblia também descreve Deus livrando o homem dos maus desígnios,
dizendo: “Antes, Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso.
Em sonho ou em visão de noite, quando cai sono profundo sobre os homens, e
adormecem na cama, então abre os ouvidos dos homens, e lhes sela a sua instru­
ção, para apartar o homem do seu desígnio e esconder do homem a soberba; para
desviar a sua alma da cova e a sua vida, de passar pela espada.” (Jó 33.16-18).

371
3. O salmista Davi falou dos desígnios que o Senhor realiza e cumpre em
nossas vidas, dizendo: “São muitas, SENHOR, Deus meu, as maravilhas que
tens operado e também os teus desígnios para conosco; ninguém há que se pos­
sa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se
pode contar.” (SI 40.5).
4. O sábio rei Salomão ainda escreveu que: “Muitos propósitos há no co­
ração do homem, mas o desígnio do SENHOR permanecerá.” (Pv 19.21). O
apóstolo Paulo também declarou que o Senhor manifestará os desígnios dos
corações de todos os homens no Dia de sua Vinda (1 Co 4.5). Tudo o que faze­
mos para o Senhor de bom ou ruim será criteriosamente avaliado no Grande
Dia do Senhor!
CONCLUSÃO: Que todos os nossos desejos, sonhos, projetos, propósitos e de­
sígnios sejam para glorificar ao Senhor. Que nenhum desígnio do nosso cora­
ção seja para satisfação de nosso ego ou para prejudicar as pessoas, mas sim,
para a promoção do Reino de Deus na terra e glorificação do Nome de Nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo! (Cl 3.23-24).

A N O TA Ç Õ E S

372 | ID E JULHO
2 DE JULHO

DEUS NOS TIRA DOS NOSSOS APERTOS


Salmo 25.17

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o salmista Davi expressa toda a sua angústia
e pede ao Senhor que traga alívio para o seu coração e lhe tire dos seus apertos.
Quando o homem está sofrendo alguma dor física ou angústia na alma, o que
mais lhe interessa naquele momento é um alivio para a sua dor. Deus nunca pro­
meteu isentar-nos de angústias e tribulações neste mundo; porém, nos mandou
ter bom ânimo para superarmos as aflições desta vida (Jo 16.33). Vivemos em
uma sociedade angustiada e deprimida em busca de alivio para a sua dor nas
farmácias. A indústria farmacêutica fatura bilhões de dólares oferecendo pílulas
para aliviar a dor das pessoas que se veem cada vez mais reféns dos comprimi­
dos antidepressivos. Entretanto, tudo isso não passa de paliativos momentâneos
que só duram até o próximo comprimido, tornando as pessoas cada vez mais
dependentes destas drogas disfarçadas de remédios. Somente Jesus Cristo é o
verdadeiro alivio para os cansados e oprimidos (Mt 11.28). Deus também nos
tirará dos nossos apertos. Existe um velho ditado que diz: “Cada um sabe onde o
seu sapato aperta”. Porém, Deus também nos tira dos nossos apertos!

I. 0 SINTOMA: A MULTIPLICAÇÃO DA ANSIEDADE DAS PESSOAS


1. O salmista revela o seu sintoma, dizendo: “As ânsias do meu coração se
têm multiplicado...” (SI 25.17). A ansiedade é um mal que tem trazido angústias
e aflições para o coração do homem moderno. A ânsia de querer resolver tudo
de uma só vez vem afligindo o ser humano cada vez mais!
2. Como sintoma físico, a ânsia é uma sensação de aperto na região torácica ou
peitoral; porém, como sintoma emocional, a ânsia é uma perturbação causada por
uma sensação de incerteza. O patriarca Jó retrata os terríveis momentos de angústia
e a busca por um alivio ao menos na hora de dormir, dizendo: “Por isso, não repri­
mirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito; queixar-me-ei na amargura
da minha alma. Sou eu, porventura, o mar, ou a baleia, para que me ponhas uma
guarda? Dizendo eu: Consolar-me-á a minha cama, meu leito aliviará a minha ân­
sia! Então, me espantas com sonhos e com visões me assombras;” (Jó 7.11-14).
3. A Bíblia descreve a ânsia da alma do povo hebreu devido a opressão egíp­
cia, dizendo: “Deste modo falou Moisés aos filhos de Israel, mas eles não ou­
viram a Moisés, por causa da ânsia do espírito e da dura servidão.” (Êx 6.9). O
sofrimento do povo hebreu no Egito era tão grande que a ânsia na alma deles
traziam uma incerteza tal a ponto de não acreditarem mais em uma solução
para os seus problemas.
4. O apóstolo Pedro em seu discurso no Dia de Pentecostes descreve como
Deus livrou Jesus das ânsias da morte por meio de sua Ressurreição, dizendo:
“Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que
fosse retido por ela” (At 2.24). O mesmo apóstolo Pedro pediu que lancemos as
ânsias do nosso coração sobre o Senhor, dizendo: “Lançando sobre ele toda a
vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (lP e 5.7).

II. A CURA: DEUS ALIVIA AS NOSSAS ANGÚSTIAS


1. Este era o clamor da alma do aflito salmista, dizendo: “tira-me dos meus
apertos” (SI 25.17). Em outra tradução diz: “Alivia-me as tribulações do coração;
tira-me das minhas angústias.”. O Senhor é especialista em nos livrar dos nossos
apertos, e nos socorrer na hora da angústia (SI 46.1).
2. Davi revelou um momento que Deus lhe tirou de grandes apertos, dizen­
do: “Livrou-me do meu possante inimigo e daqueles que me tinham ódio, por­
que eram mais fortes do que eu. Encontraram-me no dia da minha calamidade;
porém o SENHOR se fez o meu esteio. E tirou-me para o largo e arrebatou-me
dali, porque tinha prazer em mim.” (2Sm 22.18-20). Quando os inimigos de
Davi lhe apertaram e lhe cercaram, Deus tirou a Davi do centro do aperto e o
livrou dos seus inimigos!
3. A Bíblia mostra um dos momentos mais dramáticos de aperto quando
Saul cercou a Davi para matá-lo, e Saul foi surpreendido pela notícia da invasão
da terra pelos filisteus deixando de perseguir a Davi. Após ser socorrido por
Deus neste aperto, Davi chamou o nome do lugar “Sela-Hamalecote”, que sig­
nifica “Pedra de Escape” (2Sm 23.26-28). Deus tirou Davi do aperto e do cerco
dos seus inimigos!
4. A Bíblia mostra Deus livrando o rei Josafá de um grande aperto, dizendo:
“Sucedeu, pois, que, vendo os capitães dos carros a Josafá, disseram: Este é o rei
de Israel, e o cercaram para pelejarem; porém Josafá clamou, e o SENHOR o
ajudou. E Deus os desviou dele” (2Cr 20.31).

CONCLUSÃO: Deus está pronto para nos aliviar das nossas angústias e nos tirar dos
nossos apertos. Davi ainda revela um momento dramático em que o Senhor o tirou
de grande aperto, dizendo: “Cordéis de morte me cercaram, e torrentes de impiedade
me assombraram. Cordas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreende­
ram. Na angústia, invoquei ao SENHOR e clamei ao meu Deus; desde o seu templo
ouviu a minha voz e aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face.” (SI
18.4-6).

374 I 2 DE JULHO
3 DE JULHO

A VOZ DO SENHOR É PODEROSA


Salmo 29.4

INTRODUÇÃO: Neste Salmo 29, o salmista descreve o poder da Voz do Senhor


como em nenhum outro lugar das Escrituras. Nenhuma voz no Universo se
compara com a Voz de Deus. A Voz de Deus ecoa por todo o Universo de di­
versas maneiras: seja através de um forte trovão, de um forte vento ou mesmo
de um forte terremoto. A Voz de Deus é suave para os seus filhos amados, mas é
como um trovão estrondoso para com os homens impenitentes. Existem muitas
vozes no mundo, mas nenhuma possui tanta autoridade como a Poderosa Voz
do Senhor Deus. Diante da Majestosa Voz do Senhor todas as demais vozes
emudecem! Cale-se diante do Senhor toda a terra (Hc 2.20).

I. O PODER DA VOZ DO SENHOR


1. A Voz poderosa de Deus faz o homem tremer. Moisés descreveu como a
Voz Poderosa de Deus fez o Jardim do Éden tremer após o homem ter pecado,
dizendo: “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela vi-
ração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus,
entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão e disse-lhe:
Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu,
e escondi-me.” (Gn 3.8-10).
2. O Senhor mostra a recompensa que recebemos ao dar ouvidos a Sua
Poderosa Voz, dizendo: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e
guardardes o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre
todos os povos; porque toda a terra é minha.” (Êx 19.5).
3. A Bíblia descreve o Poder da Voz do Senhor no Monte Sinai, dizendo: “E
todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e
a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grande­
mente. E o sonido da buzina ia crescendo em grande maneira; Moisés falava, e
Deus lhe respondia em voz alta.” (Êx 19.18-19).
4. Moisés ainda descreveu o privilégio que Israel teve de ouvir a Voz de
Deus no Monte Sinai e ter permanecido vivo, dizendo: “Porque, quem há, de
toda a carne, que ouviu a voz do Deus vivente falando do meio do fogo, como
nós, e ficou vivo?” (Dt 5.26). O rei Davi também descreveu o grande poder da
voz de Deus, dizendo: “Trovejou desde os céus o SENHOR e o Altíssimo fez
soar a sua voz” (2Sm 22.14).

II. A MAJESTADE DA VOZ DO SENHOR


1. A Voz do Senhor é cheia de Majestade. Imagine o eco da Voz do Senhor
no Universo quando Ele disse: “Haja Luz. E houve luz” (Gn 1.3). Foi a Majestosa

375
Voz do Senhor que criou todas as coisas! A Palavra de Deus afirma que: “Com
a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas que nós não com­
preendemos” (Jó 37.5).
2. O próprio Senhor fez uma pergunta ao homem, dizendo: “Ou tens braço
como Deus, ou podes trovejar com voz como a sua?” (Jó 40.9). O homem pode
gritar bem alto ou mesmo usar a tecnologia para ecoar a sua voz mais alta; po­
rém, somente Deus pode trovejar com a sua Majestosa Voz!
3. O profeta Ezequiel também descreveu o Poder e Majestade da Voz do
Senhor, dizendo: “E eis que a glória do Deus de Israel vinha do caminho do
oriente; e a sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por
causa da sua glória.” (Ez 43.2).
4. O profeta Joel descreveu a Autoridade e Majestade da Voz do Senhor no
comando do seu Exército, dizendo: “E o SENHOR levanta a sua voz diante do
seu exército; porque muitíssimos são os seus arraiais; porque poderoso é, execu­
tando a sua palavra; porque o dia do SENHOR é grande e mui terrível, e quem
o poderá sofrer?” (J1 2.11). A voz de muitos generais como Alexandre Magno,
Napoleão Bonaparte, e tantos outros generais e imperadores fazia os seus solda­
dos tremerem, mas nenhuma se compara com a Majestosa Voz do Senhor dos
Exércitos!
CONCLUSÃO: A Voz do Senhor é Poderosa e Inconfundível! Nada se compara
com aquela Voz Inconfundível que ecoou dos céus após o Batismo de Jesus
Cristo, o Filho de Deus, dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo.” (Mt 3.17). E mais tarde no Monte da Transfiguração, esta Voz Ma­
jestosa novamente ecoou, dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo; escutai-o.” (Mt 17.5).

A N O TA Ç Õ E S

376 | 3 DE JULHO
4 DE JULHO

ÂNIMO PARA VENCER AS AFLIÇÕES


João 16.33

INTRODUÇÃO: Nesta passagem bíblica, percebemos o quanto o Senhor Jesus


Cristo é realista conosco diante dos problemas, aflições e tribulações que en­
frentamos neste mundo. Jesus Cristo não nos prometeu neste mundo o “reino
da fantasia” e nem o “paraíso da facilidade”; pelo contrário, Ele previu aflições.
Porém, Ele nos deu o segredo para vencermos as dificuldades - O Ânimo! Uma
pessoa desanimada não consegue reagir diante das aflições; porém, uma pessoa
cheia de ânimo consegue vencer os desafios deste mundo.

I. 0 NOSSO ÂNIMO DESANIMA O INIMIGO


1. O nosso ânimo desanima os inimigos. Quando estamos animados os
inimigos recuam; porém, quando estamos desanimados os inimigos avançam.
Raabe revelou aos dois espias israelitas o desânimo que se abateu sobre os ini­
migos de Israel quando souberam das vitórias do povo de Deus, dizendo: “Por­
que temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar Vermelho diante de vós,
quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus,
Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes. Ouvindo isto,
desmaiou-nos o coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da
vossa presença; porque o Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embai­
xo na terra.” (Js 2.10-11). Perceba que, ao ouvir o que Deus estava operando em
favor do seu povo, foram os inimigos que perderam o ânimo! Quem tem que
perder o ânimo são os nossos inimigos. Quanto a nós, devemos ter ânimo para
enfrentar e vencer os nossos inimigos!
2. A Bíblia afirma que, da Tribo de Zebulom, havia homens capazes de sair
a guerra, providos de todas as armas, e destros para ordenarem uma batalha
com ânimo resoluto! (lC r 12.33). Estes homens estavam animados e unidos
para vencer os seus oponentes!
3. A Palavra de Deus afirma que: “Ouvindo, pois, Asa estas palavras e a pro­
fecia do profeta, filho de Odede, cobrou ânimo e lançou as abominações fora de
toda a terra de Judá e de Benjamim, como também das cidades que tomara na
região montanhosa de Efraim; e renovou o altar do Senhor, que estava diante do
pórtico do Senhor.” (2Cr 15.8). Uma palavra profética nos anima e nos encoraja
para realizarmos a obra de Deus!
4. Após o rei Ezequias ouvir as ameaças de Senaqueribe: “Ele cobrou ânimo,
restaurou todo o muro quebrado e sobre ele ergueu torres; levantou também o
outro muro por fora, fortificou a Milo na Cidade de Davi e fez armas e escudos
em abundância.” (2Cr 32.5). O rei Ezequias não se intimidou com as ameaças
do inimigo! O rei Ezequias não só cobrou ânimo como também animou ao

377
povo (2Cr 32.8). Um líder com ânimo renovado consegue animar e encorajar
também o seu povo!

II. 0 NOSSO ÂNIMO NOS FORTALECE CONTRA AS ADVERSIDADES DA VIDA


1. Moisés sabia que o nosso ânimo nos fortalece contra os nossos inimigos,
e por isso encorajou os doze espias israelitas enviados para observar a terra que
seria conquistada. Entretanto, Moisés parece que já estava prevendo o desânimo
da maioria dos espias quando os mandou espiar a terra prometida, dizendo:
“Tende ânimo e trazei do fruto da terra. Eram aqueles dias os dias das primícias
das uvas” Entretanto, só Josué e Calebe mostraram este ânimo (Nm 14.6-9).
2. O Senhor fortaleceu a Josué e recompensou sua perseverança, dizendo:
“Esforça-te e tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que
jurei a seus pais lhes daria. Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo para
teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou;
dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudente­
mente te conduzas por onde quer que andares.” (Js 1.6-7).
3. O Senhor fortaleceu novamente o ânimo de Josué, dizendo: “Não to
mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque
o SENHOR, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares.” (Js 1.9).
4. O salmista Davi nos animou, dizendo: “Espera pelo Senhor, tem bom
ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor.” (SI 27.14). A
esperança no Senhor nos traz ânimo e fortifica o nosso coração!
CONCLUSÃO: Ânimo era a palavra chave que Jesus usava para encorajar os
seus discípulos: “Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!” (Mt 14.27). Ele disse
esta mesma palavra ao paralítico de Cafarnaum: “Tem bom ânimo, filho; estão
perdoados os teus pecados.” (Mt 9.2).

A N O TA Ç Õ E S

378 I 4 DE JULHO
5 DE JULHO

TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE


Filipenses4.13

INTRODUÇÃO: Esta expressão bíblica citada por Paulo tem sido utilizada atra­
vés dos séculos como um grito de força e superação diante dos desafios e adver-
sidades que o cristão enfrenta nesta vida. É a própria fraqueza humana tirando
força para vencer. Embora, muitos queiram usar inadequadamente esta frase
como uma espécie de amuleto para cometer loucuras em nome de sua suposta
fé, Paulo não pronunciou esta expressão como uma pedrinha mágica, mas sim,
acreditando que na força do Senhor ele saberia lidar com qualquer situação que
ele vivesse, seja na escassez ou na abundância, seja na tempestade ou na bonan­
ça. Assim, fortalecido pelo Senhor podemos vencer todos os “Golias” que nos
desafiarem.

I. PESSOAS QUE SE FORTALECERAM NO SENHOR NA ANTIGA ALIANÇA


1. Temos vários exemplos de personagens bíblicos da Antiga Aliança que se
fortaleceram no Senhor e realizaram grandes façanhas com a ajuda divina. Jôna-
tas disse ao seu fiel escudeiro: “Porque para o Senhor nenhum impedimento há
de livrar com muitos ou com poucos” (ISm 14.6). Um só homem fortalecido pelo
Senhor consegue enfrentar mil inimigos e vencê-los na força do Senhor (Js 23.10).
2. A vitória do homem não está necessariamente no contingente de pessoas
ou no excessivo aparato humano, mas no Senhor que pode fortalecer 300 valen­
tes de Gideão para vencer um exército de 135.000 soldados inimigos (Jz 7.6-7
e Jz 8.10).
3. Fortalecido pelo Senhor Sansão venceu um leão, venceu mil homens de
uma só vez, arrancou os portões de ferro de Gaza que pesavam cerca de uma
tonelada, e fez muitas outras proezas. Porém, quando o Senhor se retirou dele,
Sansão ficou fraco como qualquer outro homem (Jz 14.5-6; 15.14-16; 16.1-3 e
16.20-22). A história de Sansão nos deixa bem claro que só podemos todas as
coisas quando o Senhor verdadeiramente nos fortalece!
4. Davi enfrentou e venceu o gigante Golias quando se fortaleceu no Se­
nhor, dizendo: “Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo;
eu, porém, vou contra ti em Nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exér­
citos de Israel, a quem tens afrontado” (ISm 17.45). Davi revelou onde estava
a fonte de sua coragem, determinação, superação e força, dizendo: “Deus é a
minha fortaleza e a minha força e Ele perfeitamente desembaraça o meu cami­
nho.” (2Sm 22.33-35).

II. PESSOAS QUE SE FORTALECERAM NO SENHOR NA NOVA ALIANÇA


1. Todos nós nos sentimos verdadeiramente fortalecidos no Senhor sempre
que citamos esta frase tão poderosa: “Posso todas as coisas naquele que me for­
talece.” (Fp 4.13). Recentemente foi feito uma pesquisa e descobriram que este
texto é um dos versículos mais citados pelos cristãos americanos.
2. Lucas escreveu como os cristãos primitivos eram fortalecidos na sua
fé em Cristo, dizendo: “Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia,
aumentavam em número.” (At 16.5). O apóstolo Paulo nos encoraja a sermos
fortalecidos, dizendo: “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos va­
ronilmente, fortalecei-vos.” (IC o 16.13).
3. Paulo recomenda buscarmos o fortalecimento direto da fonte, dizendo:
“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-
-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas
do diabo;” (E f6 .1 0 -ll).
4. A Palavra de Deus afirma que devemos ser “fortalecidos com todo o po­
der, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade;
com alegria,” (Cl 1.11).

CONCLUSÃO: O apóstolo Pedro também nos apresentou o Deus Gracioso que


nos fortalece, dizendo: “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou
à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de
aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.” (lP e 5.10). O homem fortalecido
pelo Senhor pode realizar grandes façanhas que nenhum mortal comum pode
realizar (SI 60.12).

A N O TA Ç Õ E S

380 | 5 DE JULHO
6 DE JULHO

SOMOS MAIS DO QUE VENCEDORES


Romanos 8.37

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Paulo nos chama de “mais que vencedo­
res”. Pessoas normais são apenas vencedoras. Um atleta, seja de qualquer moda­
lidade esportiva pode se tornar um vencedor; porém, “mais que vencedores” é
privilégio somente de quem ama a Cristo e é amado por Ele. Por meio e através
de Cristo somos mais do que vencedores. Por meio de Cristo nós somos vito­
riosos. Por meio de Cristo nós sempre triunfamos (IC o 15.57 e 2Cr 2.14). A
expressão no original grego nos traz a ideia de “super-vencedores”, “super-cam-
peões” ou mesmo “campeão dos campeões”. Somente em Jesus Cristo somos
verdadeiros campeões de Deus!

I. PERSONAGENS MAIS DO QUE VENCEDORES NA ANTIGA ALIANÇA


1. A Bíblia está cheia de exemplos de pessoas mais do que vencedoras, tan­
to no Antigo quanto no Novo Testamento. Pessoas que superaram as maiores
dificuldades e perseguições e nos deixaram nas Escrituras muitas páginas com
histórias de vidas vitoriosas (Hb 11.4-40).
2. A Bíblia conta a história do nascimento de dois irmãos gêmeos, e a von­
tade latente de Jacó vencer a competição da vida ao cruzar a linha de chegada a
este mundo no encalço de seu irmão Esaú (Gn 25.24-26). Após uma intensa luta
com Deus em Pessoa Jacó é declarado mais do que vencedor pelo próprio Deus
que lhe disse: “Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste
com Deus e com os homens e prevaleceste” (Gn 32.28).
3. A Bíblia revela a história de superação de José que se tornou mais do que
vencedor, ao ser levantado por Deus da condição de escravo e presidiário para
ser governador de toda a terra do Egito (Gn 41.37-46).
4. A Bíblia revela o Cântico de Vitória de Davi, um personagem bíblico
mais do que vencedor que, mesmo já sendo ungido rei de Israel, viveu como
fugitivo e perseguido em seu próprio reino pelo rei Saul, e soube esperar com
paciência o tempo de Deus, até que subiu ao trono de Israel como o rei mais
vitorioso e inesquecível da história de seu povo! (2Sm 22.1-51).

II. PERSONAGENS MAIS DO QUE VENCEDORES NA NOVA ALIANÇA


1. Jesus Cristo inaugurou a era dos personagens mais do que vencedores na
Nova Aliança. Somente Jesus Cristo teve autoridade moral e espiritual para di­
zer com todas as letras: “Eu vend o mundo.” (Jo 16.33). Portanto, todos aqueles
que depositam em Jesus Cristo a sua esperança conseguem também vencerem
o mundo!
2. O mais que vencedor apóstolo Paulo nos convida a celebrarmos a nossa

381
vitória por meio de Cristo, dizendo: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por
intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (IC o 15.57). Somos mais do que ven­
cedores através de Cristo Jesus!
3. Paulo ainda nos convida para vivermos uma vida de triunfo por meio
Daquele que nos amou, dizendo: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sem­
pre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fra-
grância do seu conhecimento.” (2Co 2.14).
4. O apóstolo João também nos ensinou quais as condições para sermos
mais do que vencedores, dizendo: “Porque todo o que é nascido de Deus vence
o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” ( ljo 5.4).
CONCLUSÃO: O apóstolo João ainda descreveu quem são os mais do que ven­
cedores, dizendo: “Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus
é o Filho de Deus?” ( ljo 5.5). Se você acreditar que Jesus foi apenas um grande
líder religioso considere-se um derrotado; porém, se você crê que Jesus Cristo é
verdadeiramente o Filho de Deus considere-se mais do que vencedor! O cristão
é estimulado pela Palavra de Deus a deixar de lado toda mentalidade de derro­
tas e fracassos, e assumir sua condição de mais do que vencedor por meio de
Jesus Cristo (IC o 15.57).

A N O TA Ç Õ E S

382 | 6 DE JULHO
7 DE JULHO

DEUS TEM O MELHOR PARA VOCÊ


lsaíasl.19

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor ofereceu o melhor para os que


desejam ser abençoados e dão ouvidos à sua voz. Duas condições importantes:
I o- “Se quiserdes”; 2o- “E me ouvirdes”. Uma promessa gloriosa: “Comereis o
melhor desta terra”. Deus tem sempre o melhor para os seus filhos. O próprio
Jesus disse: O r a , se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos fi­
lhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe
pedirem?” (Mt 7.11). Entretanto, não basta apenas querer o melhor desta terra;
é preciso dar ouvidos a voz de Deus para desfrutarmos do melhor desta terra.
Deus está pronto para ajudar os que querem ser ajudados, e abençoar os que
querem ser abençoados!

I. “SE QUISERDES”
1. “Você quer ser abençoado?”. Isso poderia parecer uma pergunta óbvia,
afinal de contas, quem não quer ser abençoado? Entretanto, alguns parecem
não quererem a benção. O salmista disse: “Amou a maldição; ela o apanhe; não
quis a bênção; aparte-se dele.” (SI 109.17). Algumas pessoas parecem amarem
mais a maldição do que a benção! Querer ser abençoado é a primeira condição
para desfrutarmos o melhor desta terra!
2. O Senhor advertiu os que não querem a benção, dizendo: “Porque assim
diz o SENEIOR Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes,
está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força, mas não o
quisestes.” (Is 30.15). O Senhor deixa o homem livre para fazer a sua escolha (Dt
30.19). O próprio Jesus Cristo denunciou que Jerusalém não quis ser amparada
por Ele (Mt 23.37).

II. “E ME OUVIRDES”
1. Dar ouvidos à voz do Senhor, é a segunda condição para desfrutarmos do
melhor desta terra (Êx 15.26). O Senhor falou com o povo através de Moisés, di­
zendo: “Se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas
estas bênçãos:” (Dt 28.2). O Senhor nos falou com amor, dizendo: “Ouve, filho
meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida” (Pv 4.10).
2. O Senhor advertiu aos que não quiseram ouvir a sua voz, dizendo: “Mas
isto lhes ordenei, dizendo: Daí ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e
vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que
vos vá bem. Mas não ouviram, nem inclinaram os ouvidos, mas andaram nos
seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado; e andaram para
trás e não para diante.” (Jr 7.23-24).

383
III. “COMEREIS O MELHOR DESTA TERRA”
1. Deus sempre abençoou os fiéis com o melhor da terra. O patriarca Isaque
abençoou seu filho Jacó com o melhor da terra, dizendo: “Deus te dê do orva­
lho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto.” (Gn 27.28).
Deus havia prometido aos filhos de Israel “uma terra boa e ampla, terra que
mana leite e mel” (Êx 3.8). Esta expressão: “Terra que mana leite e mel”, significa
um lugar de fartura e abundância.
2. Deus prometeu fazer o seu povo comer o melhor da terra, dizendo: “Co­
mereis abundantemente, e vos fartareis, e louvareis o nome do SENHOR, vosso
Deus, que se houve maravilhosamente convosco; e o meu povo jamais será en­
vergonhado.” (Jl 2.26). O Senhor sempre promete o melhor da terra para o seu
povo obediente (Zc 8.12).

CONCLUSÃO: Deus sempre tem o melhor para os seus filhos. O Senhor já ha­
via prometido paz e tranquilidade ao seu povo, dizendo: “Estabelecerei paz na
terra; deitar-vos-eis, e não haverá quem vos espante; farei cessar os animais no­
civos da terra, e pela vossa terra não passará espada.” (Lv 26.6). A História Bí­
blica mostra que Israel comeu mesmo o melhor da terra enquanto viviam em
comunhão com Deus (lR s 4.25; 2Cr 1.15; 2Cr 20.30 etc..).

A N O TA Ç Õ E S

384 | 7 DE JULHO
8 DE JULHO

QUEM CEDO MADRUGA DEUS AJUDA


Gênesis 28.18

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos mostra Jacó levantando-se de madruga­


da para adorar a Deus. Existe um famoso ditado dito pelos antigos que: “Quem
cedo madruga Deus ajuda”. De fato, a Bíblia está repleta de exemplos em que
Deus cobra dos seus servos que comecem o dia logo cedo ainda de madrugada.
Quando acordamos cedo, o dia fica mais longo e dá para produzirmos muito
mais. Quem já começa o dia buscando a Deus na madrugada receberá força
para enfrentar os desafios daquele dia e vencê-los na força do Senhor. O sábio
Salomão nos traz preciosos conselhos no seu livro de Provérbios sobre tudo o
que diz respeito a nossa vida cotidiana, e alerta o homem a pular logo cedo da
cama, dizendo: “Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levanta­
rás do teu sono?” (Pv 6.9). Mais adiante, o mesmo sábio rei de Israel ainda nos
aconselha, dizendo: “Não ames o sono, para que não empobreças; abre os teus
olhos e te fartarás de pão.” (Pv 20.13)

I. OS HOMENS DE DEUS TINHAM O HÁBITO DE LEVANTAR DE MADRUGADA


1. Abraão, o nosso pai na fé nos deixou o exemplo em tudo, e tinha o hábito
de levantar cedo para ir ao lugar onde o Senhor ordenava (Gn 19.27 e Gn 22.3). A
Bíblia também afirma que: “Moisés escreveu todas as palavras do SENEIOR, e le­
vantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte e doze
monumentos, segundo as doze tribos de Israel;” (Êx 24.4). È importante nos le­
vantarmos logo cedo todos os dias para edificarmos o nosso altar da oração!
2. A Palavra de Deus declara que: “levantou-se Moisés pela manhã de ma­
drugada e subiu ao monte Sinai, como o SENHOR lhe tinha ordenado; e tomou
as duas tábuas de pedra na sua mão.” (Êx 34.4). Precisamos escalar o monte da
oração e da comunhão com Deus todos os dias logo cedo!
3. A Bíblia também diz que: “Levantou-se, pois, Josué de madrugada, e par­
tiram de Sitim, e vieram até ao Jordão, ele e todos os filhos de Israel, e pousaram
ali antes que passassem” (Js 3.1). O líder deve sempre dar o seu exemplo ao povo
que lidera!
4. Elcana e Ana: “levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o SE­
NHOR, e voltaram, e vieram à sua casa, a Ramá. Elcana conheceu a Ana, sua
mulher, e o SENHOR se lembrou dela.” (ISm 1.19).

II. DEVEMOS BUSCAR A DEUS LOGO CEDO


1. A Bíblia mostra o rei Ezequias restabelecendo o culto ao Senhor e iniciando
o trabalho de Deus logo cedo: “Então, o rei Ezequias se levantou de madrugada, e
ajuntou os maiorais da cidade, e subiu à Casa do SENHOR” (2Cr 29.20).
2. Bildade aconselhou Jó a buscar a Deus logo cedo, dizendo: “Mas, se tu de
madrugada buscares a Deus e ao Todo-Poderoso pedires misericórdia, se fores
puro e reto, certamente, logo despertará por ti e restaurará a morada da tua
justiça.” (Jó 8.5-6).
3. Davi se dirigiu ao Senhor, dizendo: “Ó Deus, tu és o meu Deus; de ma­
drugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito
em uma terra seca e cansada, onde não há água, para ver a tua fortaleza e a tua
glória, como te vi no santuário. Porque a tua benignidade é melhor do que a
vida; os meus lábios te louvarão.” (SI 63.1-3).
4. O Senhor nos respondeu através da sua Sabedoria Personificada, dizen­
do: “Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão.”
(Pv 8.17). A Bíblia nos mostra que Jesus Cristo também tinha o hábito de buscar
a Deus de madrugada (Mc 1.35). Marcos escreveu que a Ressurreição de Jesus
Cristo também se deu logo cedo (Mc 16.9). Portanto, Deus começa a trabalhar
logo cedo!

CONCLUSÃO: O trabalho de Deus começa logo cedo! Deus mandou Moisés


se apresentar a Faraó de manhã logo cedo! (Êx 8.20). Deus ressuscitou ao seu
Filho Jesus Cristo logo cedo! (Mc 16.1-9). A Bíblia mostra que Deus derramou
o seu Espírito no Dia de Pentecostes pela manhã logo cedo! (At 2.14-18). Por­
tanto, o trabalho de Deus começa logo cedo e prossegue de dia e de noite para
aqueles que Nele esperam! (SI 121.1-8 e Is 64.4).

A N O TA Ç O E S

386 I 8 DE JULHO
9 DE JULHO

0 QUE CHAMA A ATENÇÃO DE DEUS É O NOSSO CARÁTER


Daniel 10.19

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos mostra que Deus viu algo diferente em
Daniel para que o mesmo fosse reconhecido até pelos anjos como um homem
muito amado no céu. O caráter firme de Daniel chamava atenção de Deus e dos
seus próprios inimigos que procuravam falha na sua conduta e não encontra­
vam (Dn 6.4). O caráter pode ser definido como um aspecto da personalidade
humana que é responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a
cada pessoa. O termo “caráter” procede do grego “charakter” e significa literal­
mente “estampa”, “impressão”, “gravação”, “sinal”, “marca” ou “reprodução exata”.
Traduzindo isso para o lado moral e espiritual das pessoas, o caráter é a marca
de impressão que cada indivíduo revela em sua personalidade. Quanto mais
você convive com uma pessoa, mais se descobre de sua personalidade se é boa
ou má. Pessoas de mau caráter não escondem por muito tempo este sinal es­
tampado em sua personalidade, e quem tem bom caráter deixa também como
legado esta marca na vida de quem convive em sua volta. O bom caráter de
Cristo ficou tão imprimido na mente dos seus discípulos que serve de padrão
para todos nós imitarmos (lP e 2.21-23).

I. 0 CARISMA ATRAI PESSOAS ENQUANTO O CARÁTER ATRAI DEUS


1. Vivemos numa sociedade onde o carisma de uma pessoa atrai muito
mais multidões do que o seu caráter. A palavra “carisma” vem do grego “charis­
ma” que significa “dom”; e, uma pessoa carismática é definida como alguém que
recebeu uma graça ou dom divino. O carisma de alguém é muito importante
para lidar com o público; porém, o perigo está no fato de que uma pessoa caris­
mática; além de possuir o dom de cativar as pessoas, continuam simpáticas até
mesmo quando cometem erros. Por isso, não basta apenas ter carisma, é preciso
também ter caráter! Foi o caráter de Natanael que chamou a atenção de Jesus
(Jo 1.47).
2. Foi o caráter de Ezequias que chamou a atenção de Deus quando ele orou,
dizendo: “Ah! SENHOR! Sê servido de te lembrar de que andei diante de ti em
verdade e com o coração perfeito e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou
Ezequias muitíssimo” (2Rs 20.3-5).
3. Foi o caráter de Jó que chamou a atenção de Deus quando o próprio Se­
nhor testemunhou isso para o adversário, dizendo: O bservaste tu a meu servo
Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e te­
mente a Deus, e desviando-se do mal.” (Jó 1.8).
4. Foi o caráter de Daniel que atraiu a atenção de Deus quando o Mensa­
geiro Celestial lhe disse: “Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia, em

387
que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus,
são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras.” (Dn 10.12).

II. HOMENS DE CARÁTER NA BÍBLIA


1. A Bíblia mostra o exemplo de muitos homens de caráter para imitá-los e
também exemplos de muitos homens de mau caráter para jamais imitarmos os
seus exemplos. A Bíblia descreve o bom caráter de José em momento de uma
terrível tentação quando venceu a sedução sexual de sua própria patroa (Gn
37.7-9).
2. O próprio Deus deu testemunho do caráter de Moisés, dizendo: “Ouvi
agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o SENHOR, em visão
a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu
servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, e de
vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do SENHOR; por que, pois,
não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?” (Nm 12.6-8).
3. A Mulher Sunamita deu testemunho do caráter de Eliseu, dizendo: “Eis
que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de
Deus.” (2Rs 4.9).
4. A Bíblia descreve Barnabé como um homem carismático e também de
caráter, dizendo: “Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé.
E muita gente se uniu ao Senhor” (At 11.24).
CONCLUSÃO: É possível ser carismático e também de caráter firme. Jesus Cris­
to era carismático e de caráter firme (Mt 7.28-29). O líder precisa ser carismá­
tico quando precisa ser, mas também não pode abrir mão do caráter só para
agradar as pessoas. Paulo advertiu a Timóteo, dizendo: “A ninguém imponhas
precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem. Con­
serva-te a ti mesmo puro.” (lT m 5.22).

A N O TA Ç Õ E S

388 | 9 DE JULHO
10 DE JULHO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA LEI


Êxodo 24.10

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que Deus convidou
Moisés para subir ao Monte Sinai a fim de receber das mãos do próprio Senhor as
Tábuas da Lei com os respectivos mandamentos escritos pelo próprio Dedo de Deus.
No dia 10 de Julho de cada ano se comemora o Dia Mundial da Lei com a intenção de
lembrar a importância do cumprimento do Direito. A palavra lei vem do latim “liga-
re” o mesmo que “ligar” Efetivamente, a lei liga, obriga, submete as pessoas, pela es­
perança de recompensas ou pelo temor de castigos, ao cumprimento de seus deveres.
Lei é o preceito racional dirigido ao bem-comum e promulgado por aquele que tem a
seu cargo o cuidado da comunidade. Portanto, o objetivo original da Lei é regular os
atos e condutas do ser humano visando o bem comum das pessoas. Da mesma forma,
a Lei de Deus visa o bem comum de toda a humanidade ao estabelecer princípios
morais e éticos para que o homem viva em paz com Deus, consigo mesmo e com seus
semelhantes. A Palavra “lei” no hebraico é “Torah”, que nos traz a ideia de “preceito”
ou “mandamento”; já no grego é “nómos”, que nos traz o sentido de “norma”.

I. A IMPORTÂNCIA DA LEI MOSAICA


1. Das alturas do Monte Sinai, Moisés traz consigo duas tábuas inscritas
com “Dez Palavras” pelo próprio Dedo de Deus. O famoso Decálogo conheci­
do como os “Dez Mandamentos”, são tão simples, tão básicos que, até hoje, os
homens não aprenderam observá-los. O primeiro é o preâmbulo que declara
a Autoridade do Legislador Divino, os dois seguintes falam ao homem da sua
conduta na relação com o Autor da Lei que é Deus, e sete ensinam o homem a
viver eticamente em sociedade (Êx 20.1-17).
2. A Bíblia revela o caráter Universal da Lei de Deus e mostra Moisés e Israel
apenas como o canal que Deus usou para outorgar esta gloriosa Lei, dizendo: “O
SENHOR veio de Sinai e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parã e
veio com dez milhares de santos; à sua direita havia para eles o fogo da lei.” (Dt
33.2-4). A fonte da Lei Mosaica foi o próprio Deus e não Moisés.
3. A Bíblia nos revela que o soberano da nação também deveria se submeter
a Lei de Deus (Dt 17.18). Mesmo que as leis humanas tenham origem estatal, o
Estado deve ser o primeiro a se submeter à Lei; pois, afinal de contas ninguém
está acima da Lei, muito menos acima da Lei Divina.
4. josué, o sucessor de Moisés foi orientado pelo próprio Deus a colocar a
Lei de Moisés como instrução e caminho de vida (Js 1.7-8). Os líderes do povo
devem ser os primeiros a cumprirem a Lei de Deus para darem exemplo! O Se­
nhor Jesus Cristo nos deixou o seu bom exemplo de submissão a Lei (Mt 5.17).
jesus Cristo ainda fez muito mais; sabendo que nunca teríamos condições de
cumprir toda a Lei, Ele cumpriu integralmente a Lei em nosso lugar e nos res­
gatou de toda a maldição da Lei (G1 3.13; e G14.4-6).

II. DEUS É A FONTE DA LEI E DA JUSTIÇA


1. Deus é apresentado na Bíblia como a Fonte e Origem de toda Lei Justa. Mes­
mo entre os povos pagãos, a Divindade sempre foi reconhecida como a fonte da lei e
do direito. A própria descoberta do Código de Hamurabi em uma pedra talhada de 2
metros de comprimento por 60 cm de largura apresenta Hamurabi (rei da Babilônia)
recebendo as leis das mãos do rei-sol Chamás. Mesmo em sua ignorância, os reis pa­
gãos reconheciam que a Lei e a Justiça eram outorgadas por uma divindade superior,
e no caso de Moisés, o mesmo recebeu a Lei diretamente de Deus (Dt 34.27-28).
2. A Bíblia mostra que o propósito de Deus com a outorga da Lei a Moisés
era revelar aos povos pagãos que o Senhor Deus é a Fonte da Verdadeira Lei e da
Justiça, dizendo: “Guardai-os, pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria
e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que ouvirão todos estes esta­
tutos e dirão: Só este grande povo é gente sábia e inteligente. Porque, que gente há
tão grande, que tenha deuses tão chegados como o SENHOR, nosso Deus, todas
as vezes que o chamamos? E que gente há tão grande, que tenha estatutos e juízos
tão justos como toda esta lei que hoje dou perante vós?” (Dt 4.6-8).
3. O salmista e estadista Davi afirma que: “A lei do SENHOR é perfeita e
refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.”
(SI 19.7). O profeta Isaías previu uma época em que todos os povos se voltarão
para aprenderem a Lei do Senhor que procede de Jerusalém (Is 2.3).
4. Paulo, que era também Doutor da Lei revela que a Lei de Deus já está escrita
nos corações de todos os homens fazendo a consciência de cada um distinguir o que
é certo e o que é errado (Rm 2.12-15). “Há uma lei verdadeira, norma racional, con­
forme a natureza, inscrita em todos os corações, tem Deus por autor, não pode, por
isso, ser revogada nem pelo Senado, nem pelo povo; e o homem não a pode violar
sem negar a si mesmo e à sua natureza e receber o maior castigo”, assim reproduziu
a sabedoria clássica do grande jurista e orador romano Marco Túlio Cícero.

CONCLUSÃO: Que neste dia possamos celebrar a importância da Lei e do Direito


em nossa sociedade, e lembrar que Deus é a Fonte de toda a Justiça, e deixou a sua
Lei gravada em nossos corações! “Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações,
conhecida e lida por todos os homens, porque já é manifesto que vós sois a carta de
Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo,
não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração” (2Co 3.2-3).

390 I 10 DE JULHO
11 DE JULHO

MANTENDO 0 FOCO EM JESUS


Hebreus 12.2

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos alerta sobre a necessidade de mantermos


o nosso foco em Jesus Cristo. Jesus Cristo é o nosso alvo final e não podemos
tirar os nossos olhos Dele. O lh a r”, é fixar os olhos em algo ou alguém. Assim
como a Bíblia mostra exemplos negativos de pessoas que desviaram o olhar
do Senhor e sofreram suas consequências, mostra também exemplos positivos
de pessoas que mantiveram os seus olhos no Senhor e tiveram o final feliz. O
profeta Ezequiel manteve os olhos no Senhor e viu a Glória de Deus (Ez 44.4);
Daniel manteve os olhos no Senhor e viu Deus assentando no seu trono (Dn
7.9); Estevão manteve os olhos no Senhor e viu a Glória de Deus e Jesus Cristo à
sua Direita (At 7.5). João sempre manteve os olhos no Senhor Jesus Cristo e viu
o céu por dentro (Ap 4.1; 5.1-14; 14.1, etc..).

I. EXEMPLOS DE PESSOAS QUE DESVIARAM 0 FOCO DO SENHOR


1. Temos vários exemplos nas Escrituras de pessoas que olharam para o que
não deviam alhar e desviaram o foco do Senhor, sofrendo terríveis consequên­
cias. A Bíblia revela o perigoso olhar de Eva para o fruto proibido e suas terríveis
consequências (Gn 3.6).
2. A Bíblia mostra que Ló olhou para as campinas de Sodomia e Gomorra
e veio sofrer depois as terríveis consequências de sua escolha (Gn 13.10). O
próprio Acã afirmou que olhou para uma atraente capa babilônica e uma cunha
de ouro e cobiçou. O olhar para o que não se deve olhar atrai a cobiça e gera o
pecado! (Js 7.21).
3 .0 olhar de Sansão para uma mulher filistéia em Timna lhe trouxe terríveis
consequências e um final triste com os seus próprios olhos vazados! (Jz 14.1-3).
A Palavra de Deus nos manda corrigirmos o nosso olhar, dizendo: “Os teus olhos
olhem direitos, e as tuas pálpebras olhem diretamente diante de ti” (Pv 4.25).
4. O olhar de Davi para uma mulher despida do terraço de seu palácio lhe
gerou a cobiça e o pecado, trazendo-lhe depois terríveis consequências (2Sm
I I . 2). Ainda bem que Davi se arrependeu com sinceridade e fez uma alian­
ça com o Senhor, dizendo: “Portar-me-ei com inteligência no caminho reto.
Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero. Não
porei coisa má diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se des­
viam; nada se me pegará” (SI 101.1-2).

II. EXEMPLOS DE PESSOAS QUE MANTIVERAM O SEU OLHAR NO SENHOR


1. A Palavra de Deus nos mostra a importância de focarmos os nossos olhos
no Senhor e os benefícios que recebemos desta decisão. O Senhor mandou

391
Abraão olhar para cima, dizendo: “Olha para os céus e conta as estrelas, se é que
o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade” (Pv 15.5). O foco do crente
salvo deve ser as coisas do alto e não da terra! (Cl 3.1-2).
2. O rei Josafá contou para Deus em quem estava posto os olhos do povo
de Judá, dizendo: “Ah! Deus nosso, porventura, não os julgarás? Porque em nós
não há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos
nós o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em ti.” (2Cr 20.12).
3. O salmista revela que mantinha os seus olhos no Senhor, dizendo: “Para
ti, que habitas nos céus, levanto os meus olhos. Eis que, como os olhos dos ser­
vos atentam para as mãos do seu senhor, e os olhos da serva, para as mãos de
sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o SENHOR, nosso Deus, até
que tenha piedade de nós.” (SI 123.1-2).
4. O profeta Isaías escreveu que: “Naquele dia, olhará o homem para o seu
Criador, e os seus olhos atentarão para o Santo de Israel” (Is 17.7). O Senhor
ainda nos aconselhou, dizendo: O lh a i para mim e sereis salvos, vós, todos os
termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.” (Is 45.22).
CONCLUSÃO: Conta -se a história de um atleta famoso do Suriname que o seu
pai vendeu seus bens e apostou com alguém que seu filho ganharia aquela ma­
ratona em disputa; o seu filho arrancou bem e liderava com folga a maratona,
quando os seus adversários começaram a jogar moedas de ouro no chão para
desviar o seu olhar para aquelas moedas; porém, em determinado momento
ele não só desviou o foco de sua corrida como olhou para as moedas de ouro e
abaixou-se para pegá-las pensando que ainda se manteria a frente dos seus con­
correntes, quando foi ultrapassado por outro maratonista e não deu mais tempo
alcançá-lo, levando ele a perder a maratona e o seu pai perder também todo o
investimento feito nele. Portanto, não se distraia com outras coisas, mantenha o
foco em Jesus Cristo, o nosso Verdadeiro Alvo! (Hb 12.2)

A N O TA Ç Õ E S

392 I 11 DE JULHO
12 DE JULHO

JESUS CRISTO EM TRÊS TEMPOS


Hebreus 13.8

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos ensina sobre a Pessoa de Jesus Cristo
nos três tempos: Passado, Presente e Futuro. Além de revelar a Imutabilidade
de Cristo, esta passagem bíblica nos ensina sobre a estabilidade da Pessoa de
Cristo em qualquer época da história. Muda-se as pessoas, muda-se as estações,
muda-se os tempos, muda-se os governos, muda-se os conceitos, muda-se os
comportamentos, muda-se as teorias, mas Jesus Cristo permanece o mesmo.
Ele permanece em seu trono majestoso de forma inabalável. Impérios caem,
governos passam, políticos caem, artistas e famosos caem, mas Jesus Cristo per­
manece em seu trono eternamente!

I. JESUS CRISTO É 0 MESMO ONTEM


1. Quando falamos de “ontem” em relação a Jesus Cristo é bem mais pro­
fundo do que o dia de ontem que se passou, porque para o Senhor mil anos é
como um dia e um dia é como mil anos (2Pe 3.8). O “ontem” de Jesus Cristo se
refere não só ao período que Ele esteve aqui na terra no primeiro século, mas
também ao seu trabalho lá no passado eterno (Jo 1.1).
2 .0 apóstolo Paulo descreveu o Cristo pré-existente lá no passado eterno para os
romanos (Rm 16.25-27). O apóstolo Paulo ainda descreveu Cristo como um mistério
que esteve oculto por muitos séculos, e foi revelado por Deus no devido tempo aos
gentios, dizendo: “Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória
deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;” (Cl 1.27).
3. O próprio Senhor Jesus Cristo nos falou do seu “ontem”, dizendo: “Em
verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou.” (Jo 8.58).
O próprio Jesus Cristo nos revela como era o seu “ontem” lá no passado eterno,
dizendo: “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória
que tinha contigo antes que o mundo existisse.” (Jo 17.5).

II. JESUS CRISTO É 0 MESMO HOJE


1. Para mim, o “hoje” de Jesus Cristo se refere não apenas ao dia que se
chama hoje, mas o período correspondente desde o dia que o Verbo se fez
carne e habitou entre nós até o dia da sua Segunda Vinda (Jo 1.14 e Hb 9.28).
O apóstolo Paulo descreveu o que Jesus Cristo faz hoje, dizendo: “Porque há
um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem,”
(lT m 2.5).
2. O Escritor da Carta aos Hebreus também descreve o que Jesus Cristo faz
hoje, dizendo: “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus,
que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não

393
temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hb 4.14-15).
3. O apóstolo Pedro descreveu qual a posição que Jesus Cristo se encontra
hoje, dizendo: Ό qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-
-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.” (lP e 3.22). O apóstolo
João ainda descreveu o que Jesus Cristo faz por todos nós pecadores hoje, dizen­
do: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém
pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.” ( ljo 2.1).

III. JESUS CRISTO É 0 MESMO ETERNAMENTE


1. A Bíblia nos antecipa claramente em suas páginas como será Jesus Cristo
na Eternidade. Este terceiro tempo profético descrito neste texto corresponde
desde a sua Segunda Vinda em Glória até o seu reinado pelos séculos dos sé­
culos e de eternidade a eternidade (Ap 11.15). O profeta Daniel vislumbrou o
governo de Cristo na eternidade e descreveu o que viu (Dn 7.13-14).
2. O Anjo Gabriel já havia revelado a Maria o futuro eterno do Menino Jesus, di­
zendo: Έ eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome
de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará
o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá
fim.” (Lc 1.31-32). O próprio Senhor Jesus Cristo falou de seu Reino futuro e eterno
aos seus discípulos, dizendo: “Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando,
na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos
assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19.28).
3. O salmista já havia descrito a eternidade do Senhor Jesus Cristo, dizendo:
“Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos. Eles pe­
recerão, mas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como
roupa os mudarás, e ficarão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca
terão fim.” (SI 102.25-27). O Escritor da Carta aos Hebreus confirmou que esta
descrição profética do salmista se referia mesmo a Jesus Cristo (Hb 1.10-12).

CONCLUSÃO: Este texto sagrado é um consolo e segurança para a Igreja do Senhor


na terra. Aconteça o que acontecer, passe o tempo que passar, Jesus Cristo continua
o mesmo ontem, hoje e eternamente! A Palavra de Deus revela a estabilidade abso­
luta do Senhor em seu trono eternamente, dizendo: “Mas o SENHOR está assentado
perpetuamente; já preparou o seu tribunal para julgar. Ele mesmo julgará o mundo
com justiça; julgará os povos com retidão” (SI 9.7-8)

394 | 12 DE JULHO
13 DE JULHO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO CANTOR


2Crônicas 35.15

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a existência de cantores que se


dedicavam integralmente ao ministério da música na Casa do Senhor. No dia
13 de Julho se comemora o Dia do Cantor. Nesta data celebra-se o talento de al­
guém que tanta alegria traz para as pessoas, emprestando sua voz para dar vida
a uma música. Além do talento, existem diversas técnicas que são utilizadas
para melhorar a prática do canto. Várias instituições de ensino oferecem cursos
relacionados à arte que abordam essa prática, além de existirem cursos especí­
ficos para quem quer se tornar um bom cantor ou cantora. De acordo com as
Escrituras, Davi além de rei, era músico, poeta e até fabricante de instrumentos
musicais (2Sm 23.1 e Am 6.5). Nenhum monarca na história investiu tanto no
ministério da música como Davi. Foi ele o responsável por organizar e escolher
os mais competentes músicos de Israel: Asafe, Hemã e Jedutum para liderarem
os cantores sacros na Casa do Senhor.

I. OS CANTORES MAIS IMPORTANTES DA BÍBLIA


1. Embora Jubal tenha sido o primeiro inventor de instrumentos musicais
(Gn 4.21), Moisés foi o primeiro cantor que a Bíblia menciona cantando nas Es­
crituras (Êx 15.1). Moisés ensinou para todos os cantores modernos quem deve
ser o verdadeiro motivo do nosso canto, dizendo: “O SENHOR é a minha força
e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, lhe farei
uma habitação; ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei.” (Êx 15.2).
2. A Bíblia também revela Miriã, irmã de Moisés como a primeira cantora
feminina mencionada nas Escrituras! (Êx 15.20-21). A Bíblia menciona Débora
e Baraque como o primeiro dueto das Escrituras, dizendo: “E cantou Débora e
Baraque, filho de Abinoão, naquele mesmo dia”. (Jz 5.1).
3. Além de cantores e músicos famosos como Asafe, Hemã, Jedutum e Etã,
a Bíblia menciona um professor especialista em canto chamado Quenanias, di­
zendo: Έ Quenanias, príncipe dos levitas, tinha cargo de entoar o canto; ensi­
nava-os a entoá-lo, porque era entendido nisso” (lC r 15.16-21).
4. A Bíblia também menciona Paulo e Silas formando uma dupla ungida
para louvarem ao Senhor, dizendo: “Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e
cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.” (At 16.25).

II. DEUS DEVE SER O MOTIVO MAIOR DO NOSSO CANTO


1. Vivemos em uma sociedade onde o rock pesado, o rap, o fank e tantos
outros estilos musicais, tem promovido os pancadões da vida com letras cada
vez mais profanas e obscenas agredindo cada vez mais os ouvidos daqueles que

395
amam a boa música clássica e sacra. Porém, a Bíblia revela que o Senhor deve ser
o motivo e a essência de cada canção, dizendo: “Ele é o teu louvor e o teu Deus,
que te fez estas grandes e terríveis coisas que os teus olhos têm visto.” (Dt 10.20).
2. O salmista Davi disse: “Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito
muito bem.” (SI 13.6). Temos milhões de motivos para oferecer o nosso cântico
ao Senhor que nos deu a vida, a respiração e tudo mais! O salmista ainda pro­
meteu cantar ao Senhor por toda a sua vida, dizendo: “Cantarei ao SENHOR en­
quanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto existir” (SI 104.33).
3. Davi já mostrava o desejo de ser um cantor sacro internacional, dizendo:
“Louvar-te-ei entre os povos, SENHOR, e a ti cantarei salmos entre as nações.”
(SI 108.1). Davi ainda prometeu ao Senhor renovar o seu repertório musical,
dizendo: “A ti, ó Deus, cantarei um cântico novo; com o saltério e com o instru­
mento de dez cordas te cantarei louvores.” (SI 144.9).
4. O profeta e cantor Habacuque prometeu que o Senhor será sempre o mo­
tivo de seu louvor independente da situação do momento, dizendo: “Porquanto,
ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira
minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam
arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no SENHOR,
exultarei no Deus da minha salvação.” (Hc 3.17-18).
CONCLUSÃO: O primeiro cântico mencionado da Bíblia sempre será lembrado
ao lado do Cântico do Cordeiro como o Cântico da Redenção no Céu (Êx 15.1-
2 2 Ap 15.3-4). Através de Moisés Israel foi redimido do Egito, e através de Jesus
Cristo, o Cordeiro de Deus, pessoas do mundo inteiro que creu em sua obra
redentora irão entoar o Cântico da Salvação! Que os nossos cantores e cantoras
nunca aceitem outro motivo maior para as suas canções do que oferecerem ao
Senhor Jesus Cristo o perfeito louvor (Hb 13.15).

A N O TA Ç O E S

396 | 13 DE JULHO
14 DE JULHO

LIÇÕES DO DIA DA LIBERDADE DE PENSAMENTO


Gálatas 5.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos ensina a valorizar­


mos a liberdade que Cristo trouxe para todos nós. O dia 14 de julho é celebra­
do como o Dia da Liberdade de Pensamento. A “liberdade”, pode ser definida
como o estado de uma pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física
ou moral. É o poder de exercer livremente a sua vontade. A Declaração Univer­
sal dos Direitos Humanos diz o seguinte: “Todo homem tem direito à liberdade
de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar
de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo
ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente,
em público ou em particular. Todo homem tem direito à liberdade de opinião
e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões
e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e
independentemente de fronteiras”. Todos nós desejamos ser livres. Não nasce­
mos para ser prisioneiros. Deus nos criou para sermos livres. O Espírito Santo é
o Espirito da Liberdade (2Co 3.17). Foi Jesus Cristo é quem conquistou a nossa
liberdade na Cruz do Calvário (G1 5.1).

I. APRENDENDO SOBRE A LIBERDADE NA ANTIGA ALIANÇA


1. O Ano de Jubileu instituído por Deus em Israel, era conhecido como
o Ano da Liberdade. Moisés escreveu, dizendo: “Santificáreis o ano quinqua-
gésimo e proclamareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de
jubileu vos será, e tornareis cada um à sua possessão, e cada um à sua família”
(Lv 25.10).
2 .0 salmista também escreveu, dizendo: “E andarei em liberdade, pois bus-
quei os teus preceitos.” (SI 119.45). A Palavra de Deus liberta o homem da prisão
física, emocional, intelectual e espiritual. A Bíblia Sagrada é o Livro da Liberda­
de! Até os animais deveríam ser postos em liberdade na proclamação do Ano da
Liberdade, quanto mais os homens (Is 32.20).
3. O Profeta Messiânico ainda escreveu, dizendo: “O Espírito do Senhor
Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos
quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar li­
bertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados” (Is 61.1). O Espírito
Santo é o Espírito da Liberdade!
4. O profeta Ezequiel também fez menção “ao ano da liberdade” (Ez 46.17).
A liberdade é então a capacidade que tem o sujeito humano para tomar todo o
tipo de decisões relativo ao seu estilo de vida, às suas crenças, aos seus valores e
à sua forma de pensar. Entretanto, para o cristão, essa liberdade do ser humano

397
só é compatível com a palavra de Deus, quando usada para o bem, e em submis­
são à Cristo (G1 5.13).

II. APRENDENDO SOBRE A LIBERDADE NA NOVA ALIANÇA


1. Jesus Cristo veio proclamar a liberdade para todos os prisioneiros do
pecado, e das hostes de Satanás. Jesus Cristo se levantou como o Libertador dos
oprimidos, dizendo: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu
para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e
restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lc 4.18).
2. O apóstolo Paulo escreveu que: Vivemos “na esperança de que a própria
criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos
filhos de Deus” (Rm 8.21). O apóstolo Paulo também escreveu sobre o pruden­
te uso da liberdade, dizendo: “Mas vede que essa liberdade não seja de alguma
maneira escândalo para os fracos.” (IC o 8.9).
3. O Apóstolo dos Gentios ainda escreveu, dizendo: “O Senhor é o Espírito;
e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2Co 3.17). O Espírito Santo
não é um “espírito opressor” como muitos pensam, o Espírito Santo não oprime
ninguém. A falta de entendimento de alguns é que impõe regras humanas pe­
sadas sobre pessoas e dizem que o Espírito Santo fica triste se não obedecerem
tais e tais regras, quando na verdade, o Espírito Santo nunca impõe regras que
os homens não podem cumpri-las (At 15.28).
4. Paulo ainda escreveu, dizendo: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à
liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes,
servos uns dos outros, pelo amor” (G15.1). A liberdade do ser humano também
possui limites. A nossa liberdade termina onde começa a liberdade do próximo.
Nós somos livres para fazer o bem, e não o mal.
CONCLUSÃO: A liberdade faz parte de um dos direitos fundamentais do ho­
mem. A nossa verdadeira liberdade foi conquistada por Cristo (Jo 8.36). O
apóstolo Pedro também descreveu o uso correto da nossa liberdade, dizendo:
“Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia,
mas vivendo como servos de Deus” (lP e 2.16).

A N O TA Ç O E S

398 I 14 DE JULHO
15 DE JULHO
LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DO HOMEM
Salmo 8.4

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista Davi reconhece a insignificância


do homem diante da grandeza de Deus. O dia 15 de julho é lembrado no Brasil
como o Dia Internacional do Homem. A criação do Dia Internacional do Ho­
mem foi sugerida pelo ex-presidente russo Mikhail Gorbachev para homenagear
os grandes homens de seu país que tiveram destaque no mundo. No Brasil, foi
instituído o dia 15 de julho, talvez por homenagear o mês que o homem pisou
na lua. O termo “homem” é citado cerca de 2695 vezes na Bíblia; proveniente do
hebraico “adama” ou “adam” que significa “terra”; e do latim “homine”, sendo
aplicado ao ser humano como um mamífero bípede, dotado de capacidade de
raciocinar e se expressar de modo articulado. Embora, o termo “homem”, seja
aplicado ao ser humano do sexo masculino; na maioria dos casos, se aplica tam­
bém a todos os indivíduos da espécie humana. O homem foi criado por Deus de
uma maneira especial (Gn 1.26). Embora feito do pó da terra, o homem possui
um grande valor para Deus (Gn 2.7), pois dentro de cada ser humano está o fôle­
go divino que foi soprado pelo próprio Deus no homem para que o mesmo tives­
se a respiração, a vida e todas as coisas (At 17.25). O homem é Tricotômico: ou
seja, é composto de três elementos: Espírito, Alma e Corpo (lT s 5.23). O espírito
é o elemento espiritual do homem. A alma é o elemento intelectual do homem, e
o corpo é o elemento material do homem. Isso faz do homem um ser: Espiritual,
Racional e Material. Com o espírito, o homem adora a Deus; com a alma, o ho­
mem crer e obedece a Deus, e com o corpo, o homem serve e faz a obra de Deus.

I. 0 CORPO HUMANO
1. O corpo humano é a composição física e material do homem, e foi fei­
to de forma apropriada para viver no planeta terra. O homem foi formado do
pó da terra (Gn 2.7). Portanto, com um sopro divino, aquilo que era barro se
tornou ossos, articulações, tendões, músculos, nervos, vasos sanguíneos, olhos,
ouvidos, etc, gerando um ser vivo e inteligente. O químico Dr.Edwin Emery
Slosson (1865-1929), ficou fascinado ao constatar a coerência da afirmação bí­
blica ao encontrar uma precisão química entre os elementos presentes no barro
e no corpo humano: “No pó da terra há dezesseis elementos químicos diferen­
tes, e no corpo humano há esses mesmos dezesseis elementos químicos!”. O
pesquisador fez essa afirmação, destacando que havia ainda outros elementos a
serem descobertos. Alguns anos depois a ciência confirmou que existem cerca
de 92 elementos químicos que se encontram naturalmente na Terra, e cerca de
18 desses elementos químicos são encontrados no corpo humano, alguns em
quantidades maiores; outros encontrados em percentuais menores.

399
2. O homem é a coroa da criação de Deus. O homem foi feito à imagem e
semelhança de Deus (Gn 1.26-27). Dizer que o homem veio do macaco, é uma
blasfêmia contra o próprio Deus; pois, o homem foi feito à imagem de Deus, e não
à imagem do macaco. E muito melhor crer na Palavra de Deus, que é a verdade (Jo
17.17), do que crer na mentira da Teoria da Evolução de Charles Darwin.
3. Dos cerca de 18 elementos químicos encontrados no corpo humano, seis
são responsáveis por cerca de 99% da massa do corpo humano: Oxigênio (65%),
Carbono (18%), Hidrogênio (10%), Nitrogênio (3%), Cálcio (1,5%), e Fósforo
(1,2%). Ainda podem ser encontrados mesmo em quantidades menores os se­
guintes elementos químicos: Potássio (0,2%); Enxofre (0,2%), Cloro (0,2%), Só­
dio (0,1%), Magnésio (0,05%); Ferro (0,05%), Cobalto (0,05%), Cobre (0,05%),
Zinco (0,05%), Iodo (0,05%), Selênio (0,01%) e Flúor (0,01%).
4. A ciência ainda não criou uma máquina que tenha um mecanismo tão
perfeito como o corpo humano. O Corpo humano possui uma dimensão gigan­
tesca em vários dos seus aspectos. Calcula-se que o cérebro humano é composto
por cerca de 9 milhões de células nervosas, e todo o corpo humano é formado
por cerca de 1 trilhão de células. O valor físico do homem não tem preço. Alguém
foi calcular o valor físico do corpo humano, e descobriu que ultrapassava 6 mi­
lhões de dólares, se fossem vendidos todos os elementos químicos que compõem
o corpo humano. O homem possui um valor incalculável para Deus (SI 49.7-8).
5. O apóstolo Paulo confirmou o grande tesouro que Deus depositou neste
vaso de barro feito do pó da terra chamado homem, dizendo: “Temos, porém,
esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e
não de nós.” (2Co 4.7). No hebraico a palavra “corpo” é “basar”; e no original gre­
go é “somma”. O corpo humano é apenas a parte tangível, visível e temporal do
homem; porém, criado por Deus com elementos valiosíssimos extraídos da pró­
pria terra (Lv 17.11; lRs.21.27; SI 38.3; P v4.22; SI 119.120; Gn 2.24; lCo.15.47-
49; 2Co.4.7). Entretanto, o conteúdo depositado por Deus neste vaso de barro é
muito mais precioso do que os valiosos elementos químicos que compõe o corpo
humano. Deus depositou em nós o seu Bom Espírito Santo (2Tm 1.14).

II. A ALMA HUMANA


1. A “alma” é a parte racional e intelectual do homem. È um termo oriundo do
hebraico “néfesh” e do grego “psykhé” que significa “ser”, “vida” ou “criatura”. Para
alguns estudiosos, a alma humana é o próprio ser humano racional, emocional e
intelectual, que se manifesta ao mundo exterior por meio do corpo, e se conecta
também com o mundo espiritual por meio do espírito que fica no próprio interior
da alma. Ou seja, a alma fica no interior do corpo, e o espirito fica no interior da
alma. Embora o ser humano completo seja constituído de espírito, alma e corpo, é
a alma que faz a interlocução com o mundo material por meio do corpo e com 0
mundo espiritual por meio do espírito (Gn 2.7). O termo “nephesh” nos transmite
o sentido literal de “respiração da vida” (SI 107.5,9; Gn 35.18; 1Rs. 17.21; Dt 12.23;
Lv 17.14; Pv 14.10; Jó 16.13; Ap 2.23; Ec.11.5; SI 139.13-16).

400 I 15 DE JULHO
2. Se o corpo material do homem vale tanto assim como ficou mostrado
cientificamente através da composição química do corpo humano, imagine o
seu valor intelectual e espiritual? É simplesmente incalculável. Nenhum valor
monetário no mundo seria capaz de pagar o resgate da alma humana. A Pala­
vra de Deus revela isso, dizendo: “Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode
remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate. Pois a redenção da alma deles é
caríssima...” (SI 49.6-8). Nem toda a prata e o ouro deste mundo serviría para
pagar o valor da alma humana (lP e 1.18). Só o Precioso Sangue de Jesus Cristo
(lP e 1.19 e ICo 6.20).
3. Para Deus a alma do rico possui o mesmo valor da alma do pobre (Êx
30.15). O Senhor Jesus descreveu o grande valor da alma humana, dizendo:
“Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder a sua alma? Ou
que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mt 16.26).
4. A alma é a sede dos desejos e emoções do ser humano que podem se
manifestar em órgãos e membros do corpo humano: no coração, no cérebro,
nos rins e outras partes sensíveis. A alma pode desejar coisas boas ou tam ­
bém coisas más. A alma se apaixona pelas pessoas (Gn 34.3); a alma sente an­
gústia (Gn 42.21; Jó 7.11; SI 13.2; Mt 26.38, etc..); a alma se apega às pessoas
(ISm 18.1-3); a alma sente tédio (Jó 10.1); a alma sente necessidade de Deus
(SI 42.1-2); a alma se abate (SI 42.5); a alma espera (SI 62.1); a alma absolve a
sabedoria e o conhecim ento (Pv 1.10; Pv 24.10 etc,); a alma goza dos praze­
res da vida (Ec 2.24); a alma ama (Ct 3.1-4); a alma que rejeita a Deus pode
perecer no inferno (Mt 10.28); a alma pode desfrutar do descanso oferecido
por Cristo (Mt 11.29); alma salva teme a Deus (At 2.43); a alma pode ser san­
tificada por Deus (lT s 5.23); a alma pode alcançar a salvação final (lP e 1.9);
o desejo de Deus é que a nossa alma esteja bem (3Jo 1.2). O desejo de Deus
é que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade (lT m 2.4).
5. A Bíblia estabelece uma distinção entre a alma e o espírito (Hb 4.12).
Certo autor cristão escreveu que “corpo, alma e espírito não são outra coisa que
a base real dos três elementos do homem: consciência do mundo externo, cons­
ciência própria e consciência de Deus”.

III. O ESPÍRITO HUMANO


1. O espírito humano é a parte responsável pelo contato do homem com o
seu Criador através da oração, da meditação e da adoração. Deus é Espírito (Jo
4.24), e sendo Espírito, o homem só se comunica com Deus através também
do seu espírito interior. É o intangível, invisível espírito humano que governa
a existência mental e emocional do homem. As palavras “espírito” e “sopro”
são traduções das palavras hebraicas “neshamah” ou “ruach” e da palavra grega
“pneuma” Para os estudiosos, o termo “neshamah” nos transmite ideia de uma
fonte da vida que vitaliza a humanidade (Jó 33.4), e “ruach” nos transmite a
ideia de vida imortal (Ec 12.7; Dn.12.2 e Lc.20.35-38).
2. Todo ser humano tem um “espírito” que é distinto da “vida” ou “alma”
dos animais. Os animais têm uma “nephesh” traduzida também como “alma
vivente” presente no sangue dos animais (Gn 1.20 e Lv 17.11); porém, os seres
humanos têm uma “neshamah” que pode ser traduzido como o “fôlego divino”
soprado pelo próprio Deus nas narinas do homem. Deus fez o homem diferente
dos animais por ter-nos criado à sua própria imagem e semelhança (Gn 1.26-
27; Gn 2.7; Jó 33.4). Isso faz do homem um ser racional capaz de pensar, sentir,
amar, projetar, criar, inventar, apreciar música, humor, arte e cores etc... É por
causa do espírito humano que temos um “livre-arbítrio” que nenhuma outra
criatura na terra tem. A Palavra de Deus declara que, nas mãos do Senhor Deus
está toda a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda a carne humana (Jó
12.9-10). O profeta Isaías também confirmou esta verdade (Is 42.5).
3. O apóstolo Paulo descreve a importância do espírito no equilíbrio da
vida espiritual do ser humano, dizendo: “Porque, se viverdes segundo a carne,
morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.” (Rm
8.13). O Apóstolo dos Gentios já nos fala do homem espiritual restaurado por
Deus após o pecado, dizendo: “Porque não recebestes o espírito de escravidão,
para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de fi­
lhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus.” (Rm 8.15-17)
4. O apóstolo Paulo deixou claro para todos nós que, embora o espírito
humano seja a parte imaterial e intangível do ser humano, o mesmo pode se
contaminar e precisa de purificação: “Ora, amados, pois que temos tais promes­
sas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a
santificação no temor de Deus.” (2Co 7.1).
5. O apóstolo Paulo ainda nos revela o pleno processo santificador que Deus
opera nos três elementos de composição do homem tricotômico, dizendo: “E o
mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e
corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Se­
nhor Jesus Cristo.” (lTs 5.23). De acordo com o importante teólogo Elienai Ca­
bral: “O espírito do homem não é simples sopro ou fôlego, é vida imortal (Ec 12.7;
Lc.20.35-38; lCo.15.53; Dn.12.2). O espírito é o princípio ativo de nossa vida espi­
ritual, religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre Deus e o homem.”.
CONCLUSÃO: O propósito de Deus é restaurar o homem em sua totalidade.
Após o pecado, o homem foi afetado radicalmente nos três elementos que com­
põe o seu ser: corpo, alma e espírito (Rm 3.23). O homem peca através dos mem­
bros do corpo, por via dos desejos ilícitos desordenados da alma, e afetando o
seu próprio espírito. Entretanto, através da morte expiatória de Cristo, Deus pro­
veu solução para os três elementos que formam o ser humano. O corpo do crente
salvo tornou-se morada de Deus através do Espírito Santo (IC o 6.19-20), a alma
do crente salvo tornou-se fonte do temor de Cristo (At 2.43), e o espírito do cren­
te salvo tornou-se amigo íntimo do Espírito de Deus (Rm 8.15-16 e IC o 2.10-13)

402 | 15 DE JULHO
16 DE JULHO

HAJA LUZ
Gênesis 1.3

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que a poderosa


voz de Deus ecoou no Universo, dizendo: “Haja Luz”. A luz do Sol é garantidora
da vida em todo o planeta. As plantas dependem dela pra sobreviver, para gerar
o alimento. Nós, precisamos do oxigênio liberado pelas plantas para também
nos mantermos vivos. Ou seja, a toda uma cadeia de vida que depende da luz
solar. A luz produzida pelo Sol vai viajar por todo o universo a uma velocidade
espantosa de 300.000 km/s (trezentos mil quilômetros por segundo). Aparelhos
sofisticados e pesquisadores apontam que a luz chega à Terra por volta de 8 mi­
nutos depois de ter sido liberada pelas explosões ocorridas na área solar. Essa
constatação já foi comprovada por meio de satélites. A produção de luz a partir
da criatividade humana surgiu com a experiência do fogo. Saímos do período
da lamparina, da vela e hoje temos formas mais sofisticadas de produção de luz
para que não exista escuridão no universo dos humanos. Porém, nada se com ­
para com força desta expressão divina: “Haja Luz”.

I. A ORIGEM E COMPOSIÇÃO DA LUZ


1. O universo primitivo passou por sua própria idade das trevas antes das
primeiras estrelas serem formadas e emitirem a primeira luz (Gn 1.2). Agora, os
astrônomos estão tentando desvendar esta primeira época para descobrir quan­
do e de que forma isso aconteceu. Este texto sagrado não nos deixa nenhuma
dúvida que Deus é a fonte e origem da luz no universo (Gn 1.3).
2. Nenhum cientista pode se considerar o pai, descobridor ou inventor da
luz; aliás, a própria Bíblia declara que Deus é o Paz das luzes (Tg 1.17). Portanto,
somente Deus possui a paternidade e patente da luz.
3. De acordo com a Wikipédia, a Enciclopédia Livre: As três grandezas fí­
sicas básicas da luz são herdadas das grandezas de toda e qualquer onda ele­
tromagnética: intensidade (ou amplitude), frequência e polarização. No caso
específico da luz, a intensidade se identifica com o brilho e a frequência com
a cor. Já a intensidade diz respeito as ondas eletromagnéticas da luz. A Bíblia
afirma que: “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” ( ljo 1.5).
4. O importante e famoso físico judeu: Sir Isaac Newton, no século XVII,
propôs uma teoria na tentativa de explicar o que é a luz, essa teoria ficou conhe­
cida como “modelo corpuscular da luz”, que foi aceita durante vários anos. Esse
modelo dizia que a luz era constituída de partículas pequenas, que são emitidas
pela fonte luminosa, e que se propagam em linha reta e com velocidades muito
grandes. Ao atingir o olho, essas partículas estimulavam uma determinada re­
gião que dava origem à visão. O apóstolo Paulo escreveu que o nosso Deus “ha-

403
bita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver” (lTm
6.16). Não sabemos de onde vêm 80% de toda a luz do Universo. Entretanto,
não é preciso ser cientista e nem astrônomo para descobrir a origem da luz. Bas­
ta crê nestas palavras que ainda hoje ecoam no Universo: “Haja Luz!” (Gn 1.3).

II. O CONTRASTE ENTRE A LUZ E AS TREVAS


1. A Bíblia estabelece um grande contraste entre a luz e as trevas. Sabedor
que as trevas são o oposto da luz, Deus procurou logo cedo fazer a separação
entre a luz e as trevas (Gn 1.4). A luz simboliza tudo o que é bom, e as trevas
simbolizam tudo o que é mal!
2. Quando enviou a praga de trevas sobre toda a terra do Egito, o próprio
Deus mais uma vez fez separação entre a luz e as trevas, classificando o povo
de Israel como filhos da luz, e os ímpios egípcios como os filhos das trevas! En­
quanto as casas dos egípcios eram cobertas de trevas, havia luz nas habitações
dos filhos de Israel! (Êx 10.21-23).
3. O sábio Salomão descreveu a superioridade da luz sobre as trevas, dizen­
do: “Então, vi eu que a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quanto a
luz é mais excelente do que as trevas” (Ec 2.13). O profeta Daniel descreveu a
distinção que o Senhor faz entre a luz e as trevas, dizendo: “Ele revela o profundo
e o escondido e conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz.” (Dn 2.22).
4. O Senhor Jesus Cristo - A Luz do Mundo nos revelou o motivo da conde­
nação dos homens, dizendo: “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e
os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.”
(Jo 3.19).
CONCLUSÃO: Jesus Cristo é a Verdadeira Luz que ilumina todo o homem! O
apóstolo João nos revela que Jesus Cristo estava lá naquele princípio remoto
quando a Voz de Deus ecoou no Universo, dizendo: “Haja Luz”, dizendo: “Ele
estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele
nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens; e a
luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” (Jo 1.2-5).

A N O TA Ç Õ E S

404 I 16 DE JULHO
17 DE JULHO

ONDE ESTÁS?
Gênesis 3.9

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o Senhor faz uma pergunta ao homem


escondido e envergonhado pelo pecado, dizendo: “Onde estás?” Lógico que o
Deus Onisciente e Onipresente sabia muito bem onde estava Adão; porém, Ele
queria uma resposta adequada do homem ao motivo pelo qual o mesmo estava
se escondendo de Deus. Quando a voz do Senhor ecoava todos os dias ao final
da tarde para falar com o homem antes do pecado, talvez Adão já estivesse de
prontidão, dizendo: “Eis-me aqui!”. Entretanto, pela primeira vez o homem emu­
deceu e teve medo da voz de Deus por causa do seu pecado. Quando um filho
sabe que fez algo errado, a primeira coisa é tentar encobrir o erro, além de ficar
acanhado diante de seu pai demonstrando está ocultando alguma coisa. Assim
estava Adão para com o Senhor naquele fatídico dia. Porém, o bondoso Pai Ce­
lestial saiu em busca do homem, dizendo: O n d e estás?”. Ainda hoje, Deus anda
a procura do pecador, dizendo: “Onde estás? Eu quero conversar com você, não
precisa se esconder de mim, desejo promover a sua reconciliação comigo”.

I. DEUS SEMPRE INTERROGOU AO HOMEM ATRAVÉS DA HISTÓRIA


1. Deus não toma nenhuma atitude sem antes interrogar ao homem (Am
3.7). Assim que Caim se irou por ter a sua oferta rejeitada, o Senhor Deus tam­
bém fez um interrogatório a Caim para que o mesmo evitasse cometer um mal
maior, dizendo: “Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem
fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta,
e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.” (Gn 4.6-7).
2. Infelizmente Caim não ouviu o conselho de Deus ao consumar o pecado, e
o Senhor novamente o interrogou, dizendo: “Onde está Abel, teu irmão? E ele disse:
Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” (Gn 4.9). Além de mentir a Deus, Caim foi
mal-educado para com Deus em sua resposta. Lamentavelmente, muitos pecadores
se comportam ainda hoje como Caim, não admitindo o seu pecado e ainda sendo
mal-educados em sua resposta ao chamado de Deus para a reconciliação por meio do
seu Evangelho (SI 32.9). Em sua grande paciência Deus faz uma outra interrogação
a Caim, dizendo: “Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a
terra.” (Gn 3.10). Deus deseja que o homem confesse o que fez de errado para alcançar
o perdão dos seus pecados, pois, a primeira pregação evangelística de Jesus Cristo foi
esta: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.” (Mt 4.17).
3 .0 Senhor fez também uma interrogação a Agar, dizendo: “Agar, serva de Sarai, de
onde vens e para onde vais?” (Gn 16.8). Agar foi sincera para com o Senhor e respondeu,
dizendo: “Venho fugida da face de Sarai, minha senhora.” Deus se agrada da sinceridade,
e por isso aconselhou a desorientada escrava egípcia, lhe mostrando o caminho para a
mesma alcançar a vitória e ainda lhe fez grandiosas promessas (Gn 16.9-12).

405
4. Deus iniciou uma série de interrogatórios sobre a sua criação a Jó e ao mes­
mo tempo prometeu lhe responder o questionário (Jó 38.3-11). Jó reconheceu
que nada sabia, e respondeu ao Senhor, dizendo: “Bem sei que tudo podes, e
nenhum dos teus planos pode ser frustrado... Na verdade, falei do que não en­
tendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia. Es­
cuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu
te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino
e me arrependo no pó e na cinza.” (Jó 42.2-6). Jó chegou ao ponto que Deus
queria e teve sua sorte mudada (Jó 42.10-17).

II. JESUS TAMBÉM INTERROGAVA AS PESSOAS PARA ABENÇOÁ-LAS


1. Antes de abençoar as pessoas Jesus sempre interrogava e perguntava o que
elas queriam. Antes de curar o paralítico de Cafarnaum, Jesus Cristo fez uma
pergunta aos murmuradores, dizendo: “Por que pensais mal em vosso coração?
Pois o que é mais fácil? Dizer ao paralítico: Perdoados te são os teus pecados, ou:
Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra
autoridade para perdoar pecados — disse então ao paralítico: Levanta-te, toma
a tua cama e vai para tua casa. E, levantando-se, foi para sua casa.” (Mt 9.4-7).
2. Antes de curar dois cegos em Cafarnaum Jesus lhes fez uma pergunta, di­
zendo: “Credes vós que eu possa fazer isto? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor. Tocou,
então, os olhos deles, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé.” (Mt 9.28-29).
3. Após sair virtude de Jesus Cristo para curar a Mulher do fluxo de sangue,
ele fez uma pergunta, dizendo: “Quem tocou nas minhas vestes?”. (Mc 5.30).
Antes de curar o cego Bartimeu, Jesus também lhe interrogou, dizendo: “Que
queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. E Jesus lhe disse:
Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.” (Mc 10.51-52).
4. Antes de Jesus Cristo curar o Paralítico do Tanque de Betesda, lhe fez
uma pergunta, dizendo: “Queres ficar são? O enfermo respondeu-lhe: Senhor,
não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque;
mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Jesus disse-lhe: Levanta-te,
toma tua cama e anda.” (Jo 5.6-8). A Palavra de Deus diz: “Se quiserdes, e ou­
virdes, comereis o bem desta terra.” (Is 1.19). Jesus Cristo perguntava o que as
pessoas queriam antes de abençoá-las, porque é preciso antes querer para ser
abençoado! Nada merecemos do Senhor, é de acordo com a nossa humilde res­
posta ao Senhor que somos abençoados!
CONCLUSÃO: Deus continua interessado em perdoar e abençoar o homem!
Ele não nos criou como robôs programados para fazermos somente o que Ele
quer; mas nos deu a oportunidade de escolhermos o que queremos. Ele mesmo
nos deu a oportunidade de apresentarmos as nossas reivindicações, dizendo:
“Apresentai a vossa demanda, diz o SENHOR; trazei as vossas firmes razões,
diz o Rei de Jacó.” (Is 42.21). Se alguém acha que tem alguma razão diante Deus
que apresente! Veja a que ponto chega a misericórdia do Senhor para conosco!

406 | 17 DE JULHO
18 DE JULHO

ANDANDO COM DEUS


Gênesis 5.24

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a história de um homem que


andava com Deus. No meio de uma sociedade corrom pida e im oral como
era a civilização pré-diluviana, ali estava Enoque como uma garça de penas
brancas no meio da lama do pecado. Entretanto, Enoque ficou tão íntimo
de Deus, a ponto dos dois andarem juntos em estreita com unhão e devo­
ção. De tanto andar com Deus, Enoque teve o privilégio de nem sentir a
dor da m orte, quando o Senhor o transladou vivo para o céu. Que possa­
mos im itar o exemplo de Enoque, andando com Deus e sendo íntim o de
Jesus Cristo - Aquele que prometeu andar conosco todos os dias das nossas
vidas (Mt 28.20).

I. HOMENS QUE ANDARAM COM DEUS


1. A Bíblia nos conta a história de muitos outros homens que andaram com
Deus além de Enoque. A Palavra de Deus afirma que: “Noé era varão justo e
reto em suas gerações; Noé andava com Deus.” (Gn 6.9).
2. O próprio Deus exigiu que Abraão andasse com perfeição em sua pre­
sença, dizendo: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê
perfeito.” (Gn 17.1).
3. O próprio Abraão testificou perante seu mordomo que andava com
Deus, dizendo: “O SENHOR, em cuja presença tenho andado, enviará o seu
Anjo contigo e prosperará o teu caminho, para que tomes mulher para meu
filho da minha família e da casa de meu pai.” (Gn 24.4).
4. O próprio Senhor testificou a Salomão que Davi havia andado nos seus
caminhos, dizendo: “E, se andares nos meus caminhos guardando os meus esta­
tutos e os meus mandamentos, como andou Davi, teu pai, também prolongarei
os teus dias.” (lR s 3.14). O rei Josafá aconselhou os líderes que andassem no
temor do Senhor, dizendo: “Assim, andai no temor do SENHOR com fidelidade
e com coração inteiro.” (2Cr 19.9).

II. DEUS TAMBÉM ANDA CONOSCO


1. A Bíblia não só revela a história de homens que andaram com Deus,
como também mostra Deus andando com os seus filhos. O próprio Senhor pro­
meteu andar com o seu povo, dizendo: “E andarei no meio de vós e eu vos serei
por Deus, e vós me sereis por povo.” (Lv 26.12).
2. Moisés lembrou ao próprio Deus que o fato de Ele andar com o povo
de Israel os fazia diferente dos demais povos, dizendo: “Como, pois, se saberá
agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso, não é por
andares tu conosco, e separados seremos, eu e o teu povo, de todo o povo que
há sobre a face da terra?” (Êx 33.16).
3. A Bíblia revela Deus andando no acampamento do seu povo, dizendo:
“Porquanto o SENHOR, teu Deus, anda no meio do teu arraial, para te livrar e
entregar os teus inimigos diante de ti; pelo que o teu arraial será santo, para que
ele não veja coisa feia em ti e se torne atrás de ti.” (Êx 23.14).
4. A Bíblia nos mostra que o nosso Deus não é estático e nem fica parado,
Ele anda em toda a parte, dizendo: “Porque eis que o SENHOR sai do seu lugar,
e descerá, e andará sobre as alturas da terra” (Mq 1.3). Jesus Cristo prometeu
andar conosco todos os dias (Mt 28.20). A Bíblia revela de fato Jesus andando e
cooperando com os seus discípulos (Mc 16.20).
CONCLUSÃO: Que possamos nos esforçar a cada dia para andarmos com Deus.
Pois, a Palavra de Deus afirma que: “Se andarmos na luz, como ele na luz está,
temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos
purifica de todo pecado.” ( ljo 1.7). Andemos na Luz do Senhor (Is 2.5).

A N O TA Ç Õ E S

408 | 18 DE JULHO
19 DE JULHO

LIÇÕES DO DIA DA CARIDADE


U o ã o 3.17

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado enfatiza a nossa responsabilidade de prati­


carmos a caridade. A palavra “caridade” é sinônimo de amor da mesma forma
que a prudência é sinônimo de sabedoria. A diferença está na prática. Enquanto
a prudência é a prática da sabedoria, a caridade é o próprio amor em exercício.
No dia 19 de Julho de cada ano se comemora o Dia Internacional da Caridade. A
caridade é o ato pelo qual se beneficia o próximo, principalmente os necessitados
e pobres da sociedade. Os ignorantes criticam a Deus e se exime de suas respon­
sabilidades culpando-o pelas pessoas que passam fome ao redor do mundo. A
ingratidão dos homens não tem limites; pois, Deus já abençoou as nações ricas
do planeta o suficiente para socorrerem os necessitados e erradicarem a fome no
mundo. Se as nações mais ricas do mundo investissem 10% (dez por cento) do
que gastam com armamentos nucleares para destruírem vidas humanas resolve­
ríam o problema da fome na África e demais regiões pobres do mundo. Portan­
to, não fujamos de nossa responsabilidade como os discípulos queriam fazer, e
obedeçamos a voz do Mestre, dizendo: “dai-lhes vós de comer” (Mt 14.15-16).

I. GLORIFICANDO A DEUS COM OS NOSSOS RECURSOS


1. O amor é um dos temas mais recorrentes nos escritos joaninos, cabendo-lhe o
título de “Apóstolo do Amor” João - O discípulo que Jesus amava exorta os que possuem
recursos financeiros neste mundo que não fechem os seus corações para a realidade dos
menos favorecidos, dizendo: “Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão
necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos,
não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1Jo 3.16-17).
2 .0 apóstolo Paulo também aconselhou aos ricos deste mundo para exercerem a
caridade, dizendo: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham
a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas
as coisas para delas gozarmos; que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam
de boa mente e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom funda­
mento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna.” (lTm 6.17-19).
3. O patriarca Jó revela como ele glorificava a Deus com as suas riquezas, di­
zendo: “Porque eu livrava o miserável, que clamava, como também o órfão que
não tinha quem o socorresse. A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu
fazia que rejubilasse o coração da viúva” (Jó 29.12-13).
4. O patriarca Jó continua testemunhando do exercício da caridade em fa­
vor dos necessitados, dizendo: “Eu era o olho do cego e os pés do coxo; dos
necessitados era pai e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com
diligência” (Jó 29.15-16). Por isso ele teve um final tão rico e glorioso (Jó 42.10-
17). O salmista aponta vários benefícios do Senhor sobre aqueles que glorificam
a Deus com suas riquezas socorrendo os necessitados (SI 41.1-2).

II. PRATICANDO A CARIDADE COM AMOR


1. Esta frase: “Praticando a caridade com amor”, pode parecer contraditó­
ria, mas não é. Embora em algumas traduções a palavra “amor”, tenha o mesmo
sentido de “caridade”, há uma diferença entre ambas. É o mesmo caso colocado
anteriormente sobre a sabedoria e a prudência. Embora sejam sinônimas uma
da outra, há uma nítida diferença. É possível sim exercer a caridade sem amor. O
apóstolo Paulo estabelece uma nítida diferença entre amor e caridade, dizendo:
“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda
que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso
me aproveitaria.” (IC o 13.3). Quantos ricos que ajudam instituições filantrópicas
só para deduzirem os valores no seu imposto de renda, e não pelo verdadeiro
amor ao próximo? Portanto, é possível também fazer caridade sem amor!
2. A verdadeira essência do amor e da caridade é amar a Deus sobre todas
as coisas e ao próximo como a si mesmo. O rico Zaqueu demonstrou isso quan­
do revelou desapego pelos seus bens e apego a Jesus Cristo, dizendo: “Senhor,
eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho
defraudado alguém, o restituo quadruplicado” (Lc 19.8). Jesus Cristo não tinha
outra coisa a fazer a não ser dizer: “Hoje, veio a salvação a esta casa, pois tam­
bém este é filho de Abraão.” (Lc 19.9).
3. A Bíblia revela a preocupação que o justo tem para com o pobre, dizendo:
“Informa-se o justo da causa dos pobres, mas o ímpio não compreende isso”
(Pv 29.7). Alguns vivem regaladamente e nem quer saberem dos pobres e ne­
cessitados; porém, os justos movidos pelo amor procuram informar-se sobre a
necessidade dos pobres para socorrê-los!
4. A Bíblia aconselha aos governantes que se empenhem pela causa dos
necessitados, dizendo: “Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos
os que se acham em desolação. Abre a tua boca, julga retamente e faze justiça
aos pobres e aos necessitados.” (Pv 31.7-8). O próprio Deus firma o trono de um
governo que olha com amor para os pobres e necessitados (Pv 29.14).

CONCLUSÃO: Que possamos neste Dia Internacional da Caridade refletirmos o


que estamos fazendo para socorrer os pobres e necessitados, e não apenas destinar
uma doação financeira como se fosse uma obrigação ou mesmo um desejo de re­
compensas, mas se inteirar com amor da causa dos pobres e necessitados e acompa­
nhados mais de perto!

410 I 20 DE JULHO
20 DE JULHO

LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DO AMIGO


Provérbios 17.17

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão descreve as características


do verdadeiro amigo. O dia 20 de Julho é a data oficial do Dia do Amigo, que é
ao mesmo tempo o Dia Internacional da Amizade. O Dia do Amigo oficialmen­
te comemorado nesta data, é um momento para celebrar a amizade, quando as
pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas às outras.
Jesus Cristo, nosso maior e melhor amigo descreveu o seu amor leal por nós,
dizendo: “Ninguém tem maior amor do que este: De dar alguém a própria vida
em favor dos seus amigos” (Jo 15.13). Amigo é sinônimo de amor sincero. Pois,
a própria palavra “amigo” é oriunda da palavra hebraica “ahab”, um verbo parti-
cípio que se aplica ao amor. Amigo é aquele que ama e quer bem a outra pessoa.
O termo “amigo” possui o seu equivalente em latim “amicu”, que é alguém que
tem gosto por alguma coisa; um apreciador, um aliado, um afeiçoado a outra
pessoa; ou um indivíduo unido a outro por amizade.

I. A AMIZADE DE DEUS COM ABRAÃO


1. O “amigo” pode ser definido como um indivíduo unido a outro por ami­
zade, sinceridade, fidelidade, e que deseja o bem do outro. Na Antiga Aliança, as
Escrituras destacam importantes amizades, principalmente, a amizade entre Deus e
Abraão. O Senhor disse: “Ocultarei eu a Abraão o que faço, visto que Abraão certa­
mente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações
da terra?” (Gn 8.19-20). O amigo é aquele que você confidencia os seus segredos. O
que Deus está dizendo é que não queria ocultar nada a Abraão, seu amigo!
2. A amizade entre Deus e Abraão era tão conhecida pelos descendentes do
Patriarca que o próprio rei Josafá lembrou a Deus de sua amizade com Abraão
quando se dirigiu a Deus em oração, dizendo: “Porventura, ó Deus nosso, não
lançaste tu fora os moradores desta terra, de diante do teu povo de Israel, e não
a deste à semente de Abraão, teu amigo, para sempre?” (2Cr 20.7).
3. Para que não pairasse nenhuma dúvida sobre esta amizade entre Deus
e Abraão, o próprio Deus confirma que Abraão é de fato seu amigo, dizendo:
“Mas tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegí, semente de Abraão, meu
amigo,” (Is 41.8).
4. O Sábio Salomão descreveu o amor leal como a principal qualidade de
um amigo (Pv 17.17). O verdadeiro amigo ama em todo tempo. O verdadeiro
amigo não ama o que a pessoa tem, e sim o que a pessoa é. Deus amou tanto a
Abraão e seus descendentes que Ele próprio falou a Moisés que gostaria de ser
lembrado de geração em geração como o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e
o Deus de Jacó (Êx 3.15).
II. A AMIZADE DE JESUS CRISTO COM OS PECADORES
1. Pelo menos, numa coisa os críticos de Jesus acertaram, quando o cha­
mou de “Amigo de Pecadores”. Jesus Cristo é mesmo o Amigo dos Publicanos
e Pecadores redimidos pelo seu sangue (Mt 11.19 e Ap 1.5). Jesus Cristo amava
e abraçava todas as pessoas, independente de sua condição social. Jesus Cristo
deu atenção ao rico Zaqueu, mas deu atenção também ao pobre Bartimeu (Lc
19.1-10 eM c.10.46-52).
2. Jesus Cristo é o Grande Amigo que derrubou a muralha da inimizade
entre o homem e Deus; e construiu a “Ponte da Amizade”, para que o homem
tenha acesso a Deus. Ele restaurou a nossa amizade com Deus por amor aos
seus amigos, ao dar a sua própria vida por nós pecadores (Ef 2.14-16 e Jo. 15.13).
3. A história mostra que sempre existiram amigos falsos e amigos verdadei­
ros. Jesus Cristo é o verdadeiro Amigo Fiel. Jesus é o Maior de todos os amigos
(Jo 15.13). A Bíblia diz que Ele amou todos os seus amigos até o fim; ainda que
tenha sido traído por um dos seus mais próximos amigos (Jo 13.1).
4. Jesus Cristo é o único Amigo que verdadeiramente nos ama em todo
tempo. Ele prometeu estar conosco todos os dias (Mt 28.20). Jesus Cristo é o
Único Amigo Amoroso em quem podemos confiar. Para que não haja nenhu­
ma dúvida de sua amizade conosco, Jesus se dirigiu aos seus discípulos, dizen­
do: “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor,
mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos te­
nho feito conhecer.” (Jo 15.15).

CONCLUSÃO: Salomão também afirma que, o rico tem muitos amigos (Pv 14.20).
Quanto mais a pessoa tem dinheiro e influência, mais “amigos” ele atrai. Porém, é
na dificuldade que se conhece o amigo. Pois, o amigo ama em todo tempo: Ama na
alegria e na tristeza; ama na escassez e na fartura; ama na pobreza e na riqueza. Deus
é o nosso Verdadeiro Amigo que nos ama em todo o tempo!

A N O TA Ç O E S

412 | 20 DE JULHO
21 DE JULHO

ACHANDO GRAÇA AOS OLHOS DE DEUS


Gênesis 6.8

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento em que Noé achou graça
aos olhos de Deus. Achar graça aos olhos de alguém significa alcançar o favor
e a generosidade daquela pessoa. Há pessoas que conseguem cativar o nosso
coração para ajudá-las, já outras não. Às vezes não escolhemos amar alguém,
simplesmente amamos. Também não escolhemos ser amado por alguém, sim­
plesmente somos amados. Assim é a graça, não escolhemos alcançá-la como se
dependesse apenas de nós para alcançá-la, dependemos da Soberania Daquele
que poderá nos favorecer ou não. Ainda bem que Noé alcançou o favor do Se­
nhor (Gn 6.8). A Bíblia revela outras pessoas alcançando graça aos olhos do
Senhor, e algumas não eram necessariamente perfeitas; pois, afinal de contas, a
graça dispensa qualquer mérito humano.

I. PESSOAS QUE ALCANÇARAM GRAÇA AOS OLHOS DO SENHOR NO ANTIGO


TESTAMENTO
1. ABRAÃO: Abraão pediu graça aos olhos do Senhor, dizendo: “Meu Se­
nhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu
servo.” (Gn 18.3). Quem lê a história de Abraão nas Escrituras não irá duvidar ja ­
mais que ela tenha achado graça aos olhos do Senhor (Ne 9.7-8; Is 41.8 e Tg 2.23).
2. MOISÉS: O próprio Deus confirma que Moisés achou graça aos olhos do
Senhor, dizendo: “Conheço-te por teu nome; também achaste graça aos meus
olhos.” (Êx 33.12).
3. GIDEÃO: A Bíblia confirma que Gideão também alcançou graça aos
olhos do Senhor, dizendo: “Se agora tenho achado graça aos teus olhos, dá-me
um sinal de que és o que comigo falas. Rogo-te que daqui te não apartes, até que
eu venha a ti, e traga o meu presente, e o ponha perante ti. E disse: Eu esperarei
até que voltes.” (Jz 6.17-18)
4. SAMUEL: A Bíblia também revela Samuel achando graça aos olhos do
Senhor, dizendo: “E o jovem Samuel ia crescendo e fazia-se agradável, assim
para com o SENHOR como também para com os homens.” (lS m 2.26). A ex­
pressão “fazia-se agradável” para com o Senhor e para com os homens é tradu­
zida por “achar graça aos olhos do Senhor e dos homens”.

II. PESSOAS QUE ALCANÇARAM GRAÇA AOS OLHOS DO SENHOR NO NOVO


TESTAMENTO
1. MARIA: A Bíblia revela Maria achando graça aos olhos do Senhor, dizen­
do: “Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus” (Lc 1.30).
2. JESUS: A Bíblia revela a graça de Deus sobre o Menino Jesus, dizendo:
“E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de
Deus estava sobre ele.” (Lc 2.40). Como em )esus Cristo a graça de Deus é abun­
dante e duplicada, a Bíblia mostra mais uma vez Jesus achando graça aos olhos
de Deus e dos homens, dizendo: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e
em graça para com Deus e os homens.” (Lc 2.52).
3. OS DOZE APÓSTOLOS: A Bíblia revela a abundante graça de Deus so­
bre a vida dos Doze Apóstolos de Cristo, dizendo: “E os apóstolos davam, com
grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles ha­
via abundante graça.” (At 4.33).
4. PAULO: A Bíblia revela a suficiência da graça do Senhor Jesus Cristo
sobre a vida de Paulo, dizendo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza.” (2Co 12.9).
CONCLUSÃO: Louvamos a Deus por todos aqueles que acharam graça aos seus
olhos e servem de exemplo para compreendermos a imensidão de sua graça e
seu amor para com todos nós! “E a graça de nosso Senhor superabundou com
a fé e o amor que há em Jesus Cristo” (lT m 1.14).

A N O TA Ç Õ E S

414 | 21 DE JULHO
22 DE JULHO

FAZENDO 0 QUE DEUS MANDA


Gênesis 6.22

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela como Noé foi obediente ao Senhor
e fez exatamente como Deus lhe mandou. O segredo da vitória de Noé e sua
família foi fazer exatamente o que Deus mandou. Muitos não prosperam e não
são abençoados porque não fazem da maneira que Deus manda. Há exemplos
de muitos homens na Bíblia que fracassaram e foram até rejeitados pelo Senhor
por deixarem de fazer como o Senhor mandou. Sejamos, pois, obedientes ao
Senhor e façamos o que Ele nos mandou fazer.

I. EXEMPLOS DE HOMENS QUE FIZERAM COMO DEUS MANDOU FAZER


1. ABRAÃO: A Bíblia mostra Abraão fazendo exatamente como Deus man­
dou ao obedecer de forma incondicional uma ordem do Senhor muito difícil
para qualquer ser humano cumprir (Gn 22.1-18). O próprio Deus testemunhou
da obediência de Abraão, dizendo: “Porquanto Abraão obedeceu à minha voz
e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas
leis.” (Gn 26.5).
2. ISAQUE: A Bíblia mostra Deus testando a obediência de Isaque, dizendo:
“Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser; peregrina nesta terra, e
serei contigo e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras
e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai.” (Gn 26.2-3). A
Bíblia revela a obediência de Isaque, dizendo: “Assim, habitou Isaque em Gerar.”
(Gn 26.6). A Palavra de Deus nos mostra qual foi o resultado da obediência de
Isaque (Gn 26.12-14).
3. OS FILHOS DE ISRAEL: A Bíblia revela os filhos de Israel fazendo
exatamente o que Deus mandou fazer na construção do Tabernáculo, dizen­
do: “Conforme tudo o que o SENHOR ordenara a Moisés, assim fizeram os
filhos de Israel toda a obra. Viu, pois, Moisés toda a obra, e eis que a tinham
feito; como o SENHOR ordenara, assim a fizeram; então, Moisés os aben­
çoou.” (Êx 39.42-43). A forma como a Glória Divina encheu o Tabernáculo é
a própria autenticação do Senhor ao trabalho feito pelos obreiros no Taber­
náculo (Êx 40.34-35).
4. SALOMÃO: A Bíblia revela como Salomão concluiu com precisão a obra
de construção da Casa do Senhor, dizendo: “Assim se acabou toda a obra que fez
o rei Salomão para a Casa do SENHOR. Então, trouxe Salomão as coisas santas
de seu pai Davi; a prata, e o ouro, e os utensílios pôs entre os tesouros da Casa do
SENHOR.” (lR s 7.51). A comprovação que Salomão havia feito como o Senhor
havia mandado fazer foi a Glória Divina enchendo o Templo construído por
Salomão (2Cr 7.1-3).
II. EXEMPLOS DE PESSOAS QUE NÃO FIZERAM COMO DEUS MANDOU FAZER
1. MOISÉS E ARÃO: Da mesma forma que a Bíblia mostra exemplos de
homens que fizeram como Deus mandou, não esconde também o mau exemplo
de pessoas que não fizeram como Deus mandou e sofreram as consequências.
Deus deu a seguinte ordem a Moisés e Arão: “Toma a vara e ajunta a congre­
gação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha perante os seus olhos, e dará a sua
água; assim, lhes tirarás água da rocha e darás a beber à congregação e aos seus
animais.” (Nm 20.7-8). Porém, a Bíblia mostra Moisés e Arão fazendo diferente
do que Deus mandou e sofreu as consequências! (Nm 20.11-12). Deus mandou
Moisés apenas falar a rocha para dela sair água, e ele feriu a rocha duas vezes!
2. SAUL: Deus deu uma ordem ao rei Saul, dizendo: “Vai, pois, agora, e fere
a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém
matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde
os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos.” (ISm 15.3). Po­
rém, Saul não fez como Deus havia ordenado e veio a ser rejeitado pelo próprio
Deus! (ISm 15.9-23).
3. UM PROFETA DE JUDÁ: Um homem de Deus enviado para profetizar
contra o altar de Jeroboão havia recebido a seguinte ordem do Senhor: “Não
comerás pão, nem beberás água e não voltarás pelo caminho por onde foste.”
(lR s 13.1-26). Porém, a Bíblia revela que o homem de Deus foi induzido por
um profeta velho a fazer diferente do que Deus havia lhe ordenado, e sofreu as
terríveis consequências! (lR s 13.11-24).
4. A Palavra de Deus afirma que: “Obedecer é melhor do que o sacrificar; e
o atender melhor é do que a gordura de carneiros.” (ISm 15.22). Que possamos
obedecer à voz do Senhor e fazer o que Ele nos mandar fazer! A Bíblia revela o
povo de Israel se comprometendo a fazer o que Deus mandou fazer, dizendo:
“Tudo o que o SENHOR tem falado faremos e obedeceremos.” (Êx 24.7). A Bí­
blia mostra a recompensa de quem obedece a voz de Deus, dizendo: “Se quiser­
des, e ouvirdes, comereis o bem desta terra.” (Is 1.19).

CONCLUSÃO: Quando fazemos o que Deus manda somos recompensados e


abençoados por Ele! O apóstolo Pedro afirmou que nós somos “eleitos segundo a
presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão
do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas.” (IPe 1.2). A nossa
própria alma é purificada quando obedecemos a verdade (IPe 1.22). Que sejamos
obedientes ao Senhor e façamos o que Deus nos manda fazer!

416 | 22 DE JULHO
23 DE JULHO

LIÇÕES DA DESTRA DE DEUS


1 Pedro 3.22

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a posição de autoridade que o


Senhor Jesus Cristo ocupa no Universo. Esta palavra é usada como uma figura
de linguagem, para indicar habilidade, poder, autoridade, intimidade, ou lugar
de honra próxima de alguém. A “Destra de Deus” ou “Mão Direita de Deus”,
é também expressada nas Escrituras como uma posição de honra, de glória e
de autoridade. Moisés foi o primeiro escritor sagrado a descrever o poder da
Destra de Deus, dizendo: “A tua destra, ó SENHOR, se tem glorificado em po­
tência; a tua destra, ó SENHOR, tem despedaçado o inimigo;” (Êx 15.6). Somos
ensinados desde pequenos a pedir a benção aos nossos pais sempre com a mão
direita, e a cumprimentar as pessoas sempre com a mão direita. Portanto, o lado
direito é sempre carregado de grandes mistérios.

I. O MISTÉRIO DO LADO DIREITO


1. O lado direito de cada pessoa é sempre carregado de mistérios e visto
como o lado do bem através da história. José revelou o aspecto misterioso da
mão direita de cada pessoa no episódio em que seu pai Jacó abençoou seus fi­
lhos Efraim e Manassés invertendo a posição das mãos do patriarca quase que
o forçando a colocar a mão direita sobre a cabeça de Manassés só por ser o pri­
mogênito; porém, o patriarca manteve a sua destra sobre a cabeça do mais novo
Efraim indicando que o mesmo teria mais destaque do que Manassés através da
história (Gn 48.17-19).
2. Davi exaltou a Destra do Senhor, dizendo: “Agora sei que o SENHOR
salva o seu ungido; ele o ouvirá desde o seu santo céu com a força salvadora da
sua destra.” (SI 20.6).
3. O salmista também descreveu o poder da destra do Messias vitorioso, di­
zendo: “Cinge a tua espada à coxa, ó valente, com a tua glória e a tua majestade.
E neste teu esplendor cavalga prosperamente pela causa da verdade, da mansi­
dão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis.” (SI 45.3-4).
4. O salmista descreveu a elevação da Destra do Senhor, dizendo: “Tu tens
um braço poderoso; forte é a tua mão, e elevada, a tua destra.” (SI 89.13). O
salmista ainda descreveu a vitoriosa Destra do Senhor, dizendo: “Cantai ao SE­
NHOR um cântico novo, porque ele fez maravilhas; a sua destra e o seu braço
santo lhe alcançaram a vitória.” (SI 98.1).

II. JESUS CRISTO ESTÁ ASSENTADO À DESTRA DE DEUS PAI


1. A Palavra de Deus sempre descreve Cristo em posição de honra, autori­
dade e poder à Destra do Deus Todo Poderoso. Davi já havia descrito muitos

417
séculos antes de Jesus nascer esta posição de honra do Messias glorificado, di­
zendo: “Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até
que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés” (SI 110.1).
2. O próprio Jesus Cristo respondeu a pergunta do sumo sacerdote se Ele
era o Filho de Deus, dizendo: “Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à
direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.” (Mc 14.62). O mes­
mo Evangelista Marcos descreveu o cumprimento da profecia, dizendo: “Ora, o
Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de
Deus.” (Mc 16.19).
3. O apóstolo Pedro descreveu com autoridade em sua pregação como a
Destra de Deus havia exaltado a Cristo, dizendo: “Deus, com a sua destra, o
elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos
pecados.” (At 5.31).
4. A Bíblia descreve a grande visão que Estevão teve da posição que Cristo
ocupa atualmente no céu, dizendo: “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo
e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de
Deus, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé
à mão direita de Deus.” (At 7.55-56).
CONCLUSÃO: A Destra ou Mão Direita é o lado da honra e do bem. Na crucifi­
cação de Cristo, o ladrão da direita foi salvo e o ladrão da esquerda se perdeu (Lc
23.39-43). O Escritor da Carta aos Hebreus confirma a posição de honra em que
Jesus Cristo se encontra à Destra de Deus, dizendo: O lhando para Jesus, autor
e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz,
desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” (Hb 12.2).

A N O TA Ç O E S

418 I 23 DE JULHO
24 DE JULHO

A MULHER QUE TEME AO SENHOR


Provérbios 31.30

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão exalta o temor do Senhor


na vida de uma mulher muito acima de sua beleza estética. A “graça” a que
Salomão se refere neste texto como “enganosa” não é a graça como virtude tão
exaltada nas Escrituras (SI 63.3 e E f 2.8); mas sim, a graça como sinônimo de
beleza física. Salomão não está também desvalorizando a beleza da mulher, ele
está ensinando sobre a transitoriedade da beleza física diante da beleza interior
da mulher que teme ao Senhor. O valor da mulher que teme ao Senhor é muito
superior aos seus aparentes dotes físicos; e isso também não impede que uma
pessoa seja bonita por fora e bonita também por dentro.

I. EXEMPLOS DE PESSOAS FORMOSAS E TEMENTES A DEUS


1. A Bíblia revela Sara, esposa do grande patriarca Abraão, como uma mu­
lher muito formosa; porém, temente a Deus (Gn 11.10-20; Gn 18.15 e lPe 3.6).
2. A Bíblia descreve José do Egito como um homem formoso de aparência,
porém, temente a Deus! (Gn 39.6-9). A Bíblia descreve a rainha Ester como
uma moça formosa à vista, mas temente ao Senhor (Et 2.7 e Et.4.15-17).
3. A Bíblia descreve Davi como um jovem de boa aparência exterior, mas
também possuía a beleza interior de temer ao Senhor (ISm 16.18 e 2Sm 6.9).
4. O próprio Boaz mencionou o caráter e boa reputação que Rute tinha
perante toda a cidade onde morava, dizendo: “Pois toda a cidade do meu povo
sabe que és mulher virtuosa.” (Rt 3.11). A mulher que teme ao Senhor será lou­
vada pela sua boa reputação perante a sociedade em que ela vive!

II. O GRANDE VALOR DO TEMOR DO SENHOR NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia exalta em suas páginas o grande valor do temor do Senhor na
vida das pessoas. A Bíblia descreve Jó como um “homem sincero, reto e temente
a Deus; e desviava-se do mal.” (Jó 1.1).
2. A Bíblia exalta o grande valor do temor do Senhor ao equiparar com a
própria sabedoria, dizendo: “Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apar-
tar-se do mal é a inteligência.” (Jó 28.28).
3. Salomão comparou o valor da sabedoria e do temor do Senhor como
tesouros valiosos que as pessoas devem buscar, dizendo: “Se como a prata a
buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor
do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus.” (Pv 2.4-5).
4. O profeta Isaías descreve o temor do Senhor como um grande tesouro,
dizendo: “E haverá estabilidade nos teus tempos, abundância de salvação, sabe­
doria e ciência; e o temor do SENHOR será o seu tesouro.” (Is 33.6).

419
CONCLUSÃO: O sábio Salomão ainda descreveu o grande valor do temor do
Senhor e os benefícios oriundos dele, dizendo: “O temor do SENHOR é o prin­
cípio da sabedoria, e a ciência do Santo, a prudência. Porque, por mim, se mul­
tiplicam os teus dias, e anos de vida se te acrescentarão.” (Pv 9.10-11)

A N O TA Ç Õ E S

420 I 24 DE JULHO
25 DE JULHO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ESCRITOR


Salmo 45.1

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o escritor do Salmo 45 cheio de ins­


piração e de boas palavras para escrever. No dia 25 de Julho também se come­
mora o Dia do Escritor. O escritor pode ser definido como uma pessoa que se
dedica às letras, dando asas a sua imaginação e aos seus pensamentos na for­
mulação de idéias que podem formar até mesmo a opinião de outras pessoas. O
escritor precisa ser honesto consigo mesmo e com os seus leitores na propaga­
ção de boas idéias que cooperem para a construção de uma sociedade melhor.
O sábio Salomão descreveu tão bem a responsabilidade do escritor como um
formador de opiniões, dizendo: “E, quanto mais sábio foi o Pregador, tanto mais
sabedoria ao povo ensinou; e atentou, e esquadrinhou, e compôs muitos pro­
vérbios.” (Ec 12.9). Jesus Cristo disse que: “O homem bom, do bom tesouro do
seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o
mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.” (Lc 6.45). Assim, o bom
escritor extrai boas idéias do seu coração como um tesouro de conhecimento
oferecido aos seus leitores.

I. A RESPONSABILIDADE DO ESCRITOR
1. O sábio Salomão revela o compromisso do escritor com a verdade, di­
zendo: “Procurou o Pregador achar palavras agradáveis; e o escrito é a retidão,
palavras de verdade” (Ec 12.10).
2. Salomão também revela como os escritos dos mestres fixam na mente
das pessoas, dizendo: “As palavras dos sábios são como aguilhões e como pregos
bem-fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo único
Pastor.” (Ec 12.11).
3. Salomão ainda previu uma farta literatura no mundo e deixou aberta a
porta para novos escritores, dizendo: “E, de mais disso, filho meu, atenta: não há
limite para fazer livros, e o muito estudar enfado é da carne.” (Ec 12.12).
4. O patriarca Jó já alimentava o sonho de lançar um livro, dizendo: “Quem
me dera, agora, que as minhas palavras se escrevessem! Quem me dera que
se gravassem num livro!” (Jó 9.23). A Palavra de Deus revela Moisés como o
primeiro Escritor da Bíblia escrevendo um diário das suas jornadas (Nm 33.2).
Moisés escreveu conforme o mandato do Senhor. Aí está à responsabilidade do
escritor sagrado só escrever o que Deus manda!

II. A INSPIRAÇÃO DOS ESCRITORES SAGRADOS


1. Ainda hoje temos muitos escritores ao redor do mundo, cujos livros tem
impactado a vida de milhares de pessoas. Porém, os Escritores Sagrados foram

421
inspirados de forma especial pelo Espírito de Deus para escrever as palavras da
Bíblia - O Livro dos livros e também único livro no mundo chamado de Palavra
de Deus! O apóstolo Pedro afirmou que “Nenhuma profecia da Escritura é de
particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de
homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito
Santo.” (2Pe 1.20-21).
2. A Inspiração é o conceito teológico segundo o qual obras e feitos de seres
humanos intimamente ligados a Deus, sobretudo as Escrituras do Antigo e do
Novo Testamento, receberam uma supervisão especial do Espírito Santo, de tal
sorte que as palavras ali registradas expressam, de alguma maneira, a revelação
de Deus. Em resumo, a inspiração é a influência sobrenatural do Espírito San­
to que capacitou os Escritores Sagrados a escreverem exatamente o que Deus
queria que eles escrevessem! Davi, autor de vários Salmos da Bíblia reconheceu
esta verdade, dizendo: “O Espírito do SENEIOR falou por mim, e a sua palavra
esteve em minha boca” (2Sm 23.2). Isso é comprovado pelo cumprimento de
inúmeras profecias messiânicas que Davi jamais falaria se não fosse inspirado
pelo Espírito Santo (SI 2; SI 22; SI 110 etc...).
3. O profeta Isaías descreveu a inspiração que recebia do Senhor todas as
manhãs, dizendo: Ό Senhor Jeová me deu uma língua erudita, para que eu
saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me
todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça como aqueles que apren­
dem” (Is 50.4).
4. Jesus Cristo revelou para os Judeus que Moisés foi um dos autores sa­
grados que escreveu acerca dele, dizendo: “Porque, se vós crésseis em Moisés,
crerieis em mim, porque de mim escreveu ele.” (Jo 5.46).

CONCLUSÃO: Louvamos a Deus neste dia pela vida dos Escritores Sagrados
que presentearam ao mundo com a Bíblia Sagrada - O Livro dos livros, e pela
vida de tantos escritores que moldaram e influenciaram sociedades inteiras
através dos seus escritos, e, pelos escritores que ainda hoje continuam produ­
zindo uma literatura sadia para a alma e salutar para o crescimento espiritual
das nossas vidas!

A N O TA Ç Õ E S

422 I 25 DE JULHO
26 DE JULHO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DOS AVÓS


2Tim óteol.5

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a influência espiritual que Loide,
a avó de Timóteo exerceu em sua vida. No dia 26 de Julho também se comemo­
ra o Dia dos Avós. Existe um velho ditado que diz que: “A avó é mãe duas vezes”.
Isso é mesmo uma verdade, pois uma avó é mãe dos filhos e dos netos também
por tabela; e, o avô por sua vez, também é pai duas vezes. De acordo com a
educadora Suely Buriasco: “O relacionamento entre avós e netos além de gos­
toso é muito salutar tanto para o bom desenvolvimento da criança, como para
a satisfação do idoso. O papel dos avós é de grande importância na vida das
crianças; eles representam uma referência familiar, fonte de histórias, relatos
e anedotas que incrementam o desenvolvimento social e intelectual das crian­
ças. Além disso, os avós representam uma forma especial de amor, diferente da
dos pais” Portanto, as experiências dos avós podem contribuírem muito para o
amadurecimento dos seus netos.

I. A BENÇÃO DOS AVÓS SOBRE A VIDA DOS SEUS NETOS


1. Os avós sempre tiveram autoridade espiritual para abençoarem os seus
netos, e os pais devem sempre ensinar seus filhos a pedirem a benção para os
seus avós. Isaque desejou que seu filho Jacó fosse o herdeiro da benção de seu
avô Abraão, dizendo: “E Deus Todo-Poderoso te abençoe, e te faça frutificar, e te
multiplique, para que sejas uma multidão de povos; e te dê a bênção de Abraão,
a ti e à tua semente contigo, para que em herança possuas a terra de tuas pere­
grinações, que Deus deu a Abraão.” (Gn 28.3-4).
2. José fez questão de levar seus filhos Manassés e Efraim para o avô Jacó
abençoá-los (Gn 48.8-10). Na época patriarcal os netos eram recebidos pelos
avós como filhos e perpetuadores do legado deixado pelos seus antepassados.
3. Jacó abençoou os seus netos Efraim e Manassés, dizendo: “O Deus, em
cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou,
desde que eu nasci até este dia, o Anjo que me livrou de todo o mal, abençoe
estes rapazes; e seja chamado neles o meu nome e o nome de meus pais Abraão
e Isaque; e multipliquem-se, como peixes em multidão, no meio da terra.” (Gn
48.15-16).
4. A Bíblia revela o privilégio que Deus deu a Jó de ver os seus netos,
bisnetos e tataranetos, dizendo: “E, depois disto, viveu Jó cento e quarenta
anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração.” (Jó
42.16). O salmista descreveu como será abençoada a geração dos justos, di­
zendo: “A sua descendência será poderosa na terra; a geração dos justos será
abençoada.” (SI 112.2).

423
II. 0 LEGADO QUE OS AVÓS DEIXAM PARA OS SEUS NETOS
1. O grande legado que os avós deixam para os netos é enfatizado nas Escri­
turas Sagradas. Alguns deixam um exemplo negativo para os seus descenden­
tes, porém, outros deixam um legado positivo para ser imitado pelas gerações
futuras. A Palavra de Deus afirma que: “Asa fez o que era reto aos olhos do
SENHOR, como Davi, seu pai,” (lR s 15.11). Na verdade, Asa era tataraneto de
Davi, entretanto a Bíblia chama Davi de pai de Asa, o que é verdade do ponto de
vista de sua árvore genealógica. Ainda bem que Asa herdou o legado espiritual
de seu ancestral Davi e não de sua idólatra avó Maaca (lR s 15.13).
2. A Palavra de Deus também afirma que Josias “fez o que era reto aos olhos
do SENHOR e andou nos caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem
para a direita nem para a esquerda.” (2Cr 34.2). O avô de Josias foi Manas-
sés, classificado como o pior de todos os reis de Judá (2Cr 33.9); e seu pai era
Amom, outro idólatra rei de Judá (2Cr 33.21-25), mas em vez de seguir o mau
legado de seu avô Manassés, preferiu seguir o bom legado de seu ancestral mais
distante Davi!
3. O próprio Deus aconselhou os descendentes de Israel a olharem para o
bom exemplo de seus ancestrais Abraão e Sara, dizendo: “Olhai para Abraão,
vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque, sendo ele só, eu o chamei, e o
abençoei, e o multipliquei.” (Is 51.2).
4. O apóstolo Paulo elogiou o grande legado espiritual que a avó de Timóteo
havia deixado para ele, dizendo: “Trazendo à memória a fé não fingida que em
ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou
certo de que também habita em ti.” (2Tm 1.5).
CONCLUSÃO: Que possamos agradecer a Deus neste dia pelos nossos avós ma­
ternos e paternos, e aprender com seus erros e acertos. A Palavra de Deus asse­
gura que o homem que teme ao Senhor será avô e até bisavô, dizendo: “Eis que
assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR! O SENHOR te aben­
çoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida. E
verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.” (SI 128.4-6).

A N O TA Ç O E S

424 I 26 DE JULHO
27 DE JULHO

SEIS TIPOS DE EXEMPLO QUE O OBREIRO DEVE DAR


lTimóteo4.12

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos ensina sobre seis tipos de exemplo que o obrei­
ro deve dar. O exemplo pode ser definido como tudo aquilo que se pode imitar, seguir,
e servir de modelo. Vivemos nestes dias numa crise de liderança e de maus exemplos a
serem seguidos. Entretanto, Deus levantou os líderes espirituais para serem exemplos
de boas obras para os seus liderados. Deus sempre cobrou o bom exemplo dos líderes
do povo. Devemos nos esforçar diariamente para não darmos motivo de escândalo e
para que o nosso ministério não venha ser censurado (2Co 6.3).

I. EXEMPLO NA PALAVRA
1. Sê exemplo na “palavra”, aqui neste texto não se refere ao conhecimento
da Palavra de Deus. Ou seja, Paulo não está cobrando de Timóteo um grande
conhecimento da Palavra de Deus, isso ele faz em outra ocasião (2Tm 2.15).
Sê exemplo na “palavra” aqui significa ter uma linguagem sadia, evitando uma
linguagem chula e de baixo calão. Paulo também aconselhou a Tito, dizendo:
“Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo
nenhum mal que dizer de nós” (Tt 2.8).
2. O apóstolo Paulo já havia nos aconselhado, dizendo: “Não saia da vossa
boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação,
para que dê graça aos que a ouvem” (Ef 4.29).

II. EXEMPLO NO TRATO


1. Sê exemplo no “trato” significa cumprir o compromisso assumido, e
honrar o que foi tratado e combinado entre as partes. Significa ser um homem
de palavra! O apóstolo Paulo condenou os que são “infiéis nos contratos” (Rm
1.31). Ou seja, não cumprem o que foi acordado e tratado entre os contratantes.
2. Tiago também nos aconselhou, dizendo: “Quem dentre vós é sábio e in­
teligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria”
(Tg 3.13). Ou seja, os verdadeiros sábios praticam o que ensinam através da sua
fiel conduta no trato com as pessoas.

III. SÊ EXEMPLO NO AMOR


1. Sê exemplo no “amor” significa praticar o verdadeiro amor ao próximo.
Significa amar com atitude e não apenas com palavras ( ljo 3.18). Jesus Cristo
deu a dica de como sê exemplo no amor, dizendo: “Nisto todos conhecerão que
sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (Jo 13.35).
2. O apóstolo Pedro também nos ensinou como sê exemplo no amor, di­
zendo: “Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque
o amor cobrirá a multidão de pecados, sendo hospitaleiros uns para os outros,
sem murmurações” (lP e 4.8-9).

IV. SÊ EXEMPLO NO ESPÍRITO


1. Sê exemplo dos fiéis no “espírito” significa cuidar de sua vida devocio-
nal e espiritual à ponto de influenciar outros a fazerem o mesmo. Os apóstolos
deram exemplo de espiritualidade logo cedo ao se dedicarem integralmente ao
ministério da oração e da palavra (At 6.4). A Bíblia mostra Jesus dando exem­
plo de espiritualidade aos seus discípulos, dizendo: “E, levantando-se de manhã
muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
E seguiram-no Simão e os que com ele estavam.” (Mc 1.35-36).
2. O apóstolo Paulo nos ensinou o que significa sê exemplo de espiritualida­
de, dizendo: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são
de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são
de cima e não nas que são da terra;” (Cl 3.1-2).

V. SÊ EXEMPLO NA FÉ
1. Sê exemplo dos fiéis na “fé” neste texto sagrado significa manter-se firme e ina­
balável diante do rebanho mesmo nas circunstâncias mais adversas. Significa tomar a
firme posição de Josué e Calebe de confiarem em Deus diante dos gigantes que desa­
fiam o povo de Deus (Nm 14.6-9). Paulo ainda aconselhou Timóteo a militar na fé, di­
zendo: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste
chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” (lTm 6.12).
2. O apóstolo Judas também nos falou da verdadeira fé que devemos ser
exemplo, dizendo: “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência
acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a
batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” (Jd 1.3).

VI. SÊ EXEMPLO NA PUREZA


1. Sê exemplo dos fiéis na “pureza” significa manter-se puro em ações e ati­
tudes diante do rebanho. Significa tratar “às mulheres idosas, como a mães, às
moças, como a irmãs, em toda a pureza.” (lT m 5.2). O apóstolo Paulo exortou
mais uma vez a Timóteo sobre a necessidade do obreiro manter-se puro, dizen­
do: “Conserva-te a ti mesmo puro.” (lT m 5.22).
3. O apóstolo Paulo ainda afirmou que: “Se alguém se purificar destas coi­
sas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado
para toda boa obra.” (2Tm 2.21).
CONCLUSÃO: Que possamos nos esforçar para imitarmos o nosso Exemplo
Maior que é o Divino Mestre Jesus Cristo conforme o apóstolo Pedro escreveu,
dizendo: “Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por
nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas” (lP e 2.21). Im i­
tando a Cristo seremos exemplo dos fiéis na palavra, no trato, no espírito, no
amor, na fé e na pureza!

426 I 27 DE JULHO
28 DE JULHO

LIÇÕES DO DIA DO AGRICULTOR


João 15.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor Jesus Cristo se identifica com


uma “Videira” e apresenta o Deus Pai como o “Lavrador” ou “Agricultor”. O
Dia do Agricultor é comemorado anualmente em 28 de Julho. Os agricultores
ou lavradores são pessoas que trabalham com o cultivo de “produtos da terra”,
como frutas, hortaliças e vegetais, sendo uma das atividades mais antiga da hu­
manidade. Ao identificar Deus como “Agricultor”, Jesus Cristo prestigia não só
os agricultores do mundo inteiro, como reconhece a importância do agricultor
para aperfeiçoar o cultivo das plantas no intuito de aumentar a sua capacidade
de produção (Jo 15.2). Mais adiante o apóstolo Paulo identifica a Igreja como
uma “lavoura de Deus” (IC o 3.9). Todos nós somos plantação dentro da Lavou­
ra de Deus e dependemos do cuidado do Divino Lavrador para que possamos
produzir com mais abundância para o seu reino (Jo 15.8).

I. A IMPORTÂNCIA DO LAVRADOR NAS ESCRITURAS


1. Caim é citado como o primeiro lavrador nas Escrituras (Gn 4.2). Entre­
tanto, ele perdeu uma grande oportunidade de glorificar o Divino Agricultor
alimentando um ódio desnecessário contra o seu irmão Abel, levando-o a assas­
sinar o seu próprio irmão de sangue! (Gn 4.3-8). Lamentavelmente a violência
no campo é também uma realidade terrível em nossos dias!
2. A Palavra de Deus afirma que: “Começou Noé a ser lavrador da terra
e plantou uma vinha.” (Gn 9.20). O cultivo da uva é hoje uma das atividades
agrícolas mais rentáveis do mundo por produzir o vinho que é a bebida mais
apreciada pela humanidade.
3. A Bíblia afirma que: “Dos mais pobres da terra deixou o capitão da guarda
ficar alguns para vinheiros e para lavradores.” (2Rs 25.12). Apesar de exercerem
a nobre função de prover os alimentos fundamentais para os seres humanos,
os lavradores sempre foram discriminados e inferiorizados, porém, o próprio
Cristo identificou Deus Pai como “Lavrador” (Jo 15.1).
4. O apóstolo Paulo afirmou que: “O lavrador que trabalha deve ser o pri­
meiro a gozar dos frutos.” (2Tm 2.6). Quem teve todo o trabalho de plantar,
cuidar, e colher deve ser o primeiro a desfrutar do fruto do seu trabalho (Ec
5.18-19).

II. AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DO AGRICULTOR


1. A primeira lição que aprendemos do agricultor é a sua paciência. A co­
lheita só ocorre depois que o agricultor se empenhou em cultivar a terra du­
rante um longo período, e espera pacientemente o momento certo de colher

427
o que plantou. O apóstolo Tiago destacou a paciência do agricultor (Tg 5.7).
As plantações não nascem e crescem da noite para o dia; é preciso paciência e
perseverança até o momento da colheita. Da mesma forma, as coisas não acon­
tecem da noite para o dia; é preciso compreendermos que tudo tem o seu tempo
determinado debaixo dos céus (Ec 3.1).
2. Jesus Cristo nos revelou a paciência do Vinhateiro Misericordioso em
investir na figueira estéril para produzir frutos, dizendo: “Senhor, deixa-a este
ano, até que eu a escave e a esterque; e, se der fruto, ficará; e, se não, depois a
mandarás cortar.” (Lc 13.6-9). O Deus da Bíblia é também o Deus da Paciência
(Rm 15.5).
3. A agricultura inclui a preparação do solo, pois nem todo solo é original­
mente fértil, e o agricultor é quem prepara todo o solo para o plantio. O após­
tolo Paulo afirmou que Deus Pai é quem opera em nós tanto o querer como o
efetuar segundo a sua vontade (Fp 2.13). Deus é o Divino Agricultor que investe
em nós para produzirmos muitos frutos (Jo 15.8).
4. O trabalho do agricultor ainda envolve analisar o solo, preparar e arar a
terra, plantar, irrigar, fertilizar, combater as pragas, colher e preservar a colhei­
ta. É Deus quem cuida da sua lavoura. Paulo afirmou que o principal trabalho
quem realiza é Deus e não nós, dizendo: “Eu plantei, Apoio regou; mas Deus
deu o crescimento. Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega,
mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas
cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho. Porque nós somos
cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.” (IC o 3.6-9).
CONCLUSÃO: Que possamos aprender com o trabalho, a paciência, e a espe­
rança do agricultor para termos grandes colheitas em nossa vida espiritual (Cl
1 . 10 - 12 ).

A N O TA Ç O E S

428 I 28 DE JULHO
29 DE JULHO

LIÇÕES DA LÂMINA DE OURO


Êxodo 28.36

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado nós vamos aprender sobre a importância


da lâmina de ouro no ministério sacerdotal. Dentre as peças que compunham
as vestimentas sacerdotais estava a mitra e a lâmina de ouro. A mitra era uma
cobertura para a cabeça do sumo sacerdote, um tipo de turbante. Amarrada
à mitra havia uma lâmina de ouro gravada com frase “Santidade ao Senhor”.
Nesta lâmina de ouro encontramos dois grandes valores agregados: O valor do
ouro e o valor da santidade. Parece duas coisas antagônicas: Ouro e Santidade.
Entretanto, Deus quer nos revelar o que os homens valorizam, e o que Ele valo­
riza. Os homens valorizam o ouro; porém, Deus valoriza a santidade. Quando
o brilho do ouro na testa do sumo sacerdote atraia os olhares do povo, eles
obrigatoriamente teriam que lê: Santidade ao Senhor! E, sem dúvida esta frase
impactante ficava gravada na mente de cada pessoa.

I. O GRANDE VALOR DO OURO


1. O ouro é sem dúvida o metal mais cobiçado pelos homens em todo o
mundo desde a antiguidade. No ouro estão agregados valores econômicos e até
mesmo espirituais. O próprio Senhor do Universo deixou bem claro quem é o
dono do ouro, dizendo: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos
Exércitos.” (Ag 2.8).
2. O ouro sempre esteve associado ao que é sagrado através da história.
Porém, é preciso tomar cuidado para não fazermos mau uso daquilo que existe
para a glória de Deus. O mesmo ouro que pode ser usado para confeccionar
uma lâmina de ouro para glorificar a Santidade Divina (Êx 28.36), pode tam­
bém ser usado para fazer um bezerro de ouro (Êx 32.2-4).
3. O salmista relembrou este episódio de profanação do sagrado ouro que
pertence ao Senhor, dizendo: “Fizeram um bezerro em Horebe e adoraram a
imagem fundida. E converteram a sua glória na figura de um boi que come erva.
Esqueceram-se de Deus, seu Salvador, que fizera grandes coisas no Egito,” (SI
106.19-21). O ouro não foi feito para a glória humana, e nem muito menos para
fazer imagens de escultura; mas sim para glória de Deus (Jó 41.11).
4. A Bíblia revela o valor oculto e misterioso do ouro, dizendo: “Se te con­
verteres ao Todo-Poderoso, serás edificado; afasta a iniquidade da tua tenda.
Então, amontoarás ouro como pó e o ouro de Ofir, como pedras dos ribeiros. E
até o Todo-Poderoso te será por ouro e por prata amontoada.” (Jó 22.23-25). O
homem natural só observa o valor monetário do ouro, porém, o homem espiri­
tual descobre que Deus é o nosso maior tesouro!
5. O apóstolo João contemplou Jesus Cristo glorificado “cingido pelo peito
com um cinto de ouro” andando no meio dos sete castiçais de ouro que são as
igrejas (Ap 1.13-20). A Bíblia nos revela o ouro na terra e no céu (Gn 2.11 e Ap
21.18), e para Cristo nós somos ouro (Ap 1.20), nós somos o seu tesouro parti­
cular (Êx 19.5 e lPe 2.9).

II. O GRANDE VALOR DA SANTIDADE


1. A santidade possui um valor espiritual incalculável nas Escrituras. O
ouro é substituível; porém, a santidade é insubstituível. Você não precisa de
ouro puro para entrar no céu; porém, sem a santificação ninguém verá o Se­
nhor (Hb 12.14).
2. Não seja atraído pelo brilho da lâmina de ouro; seja atraído pelo que nela
está escrito: “Santidade ao Senhor”. A Santidade do Senhor é um dos atributos
morais de Deus mais enfatizado nas Escrituras. Moisés celebrou a Santidade
Divina em seu cântico, dizendo: “Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses?
Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em louvores, operando ma­
ravilhas?” (Êx 15.11).
3. O salmista deu um grito de Santidade na Casa do Senhor, dizendo: “Mui
fiéis são os teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, SENHOR, para
sempre.” (SI 93.5).
4. O salmista convida todos a adorarem ao Senhor da Santidade, dizendo:
“Adorai ao SENHOR na beleza da santidade; tremei diante dele todos os mora­
dores da terra.” (Sl 96.9).
5. Os Serafins proclamam a Santidade do Senhor, dizendo: “Santo, Santo,
Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Is 6.3).
O Pai é Santo, o Filho é Santo, e o Espírito já é chamado Espírito Santo!
CONCLUSÃO: Que a gravura da lâmina de ouro atraia o nosso olhar para a San­
tidade do Senhor em nossos dias, a fim de que o nosso coração seja confirmado
em santidade na presença do nosso Deus e na Vinda do Senhor Jesus Cristo
(lT s 3.13). O apóstolo Paulo nos revela o interesse de Deus em santificar todo
o nosso ser, dizendo: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo
o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis
para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (lT s 5.23).

A N O TA Ç O E S

430 | 29 DE JULHO
30 DE JULHO

APASCENTANDO 0 REBANHO COM INTEGRIDADE


Salmo 78.72

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista relembra a escolha divina de


Davi para liderar o povo de Israel. Deus havia tirado Davi de detrás do curral das
ovelhas para apascentar o povo de Deus (2Sm 7.8). As Escrituras sempre elogiam
o cuidado pastoral que Davi tinha para com as ovelhas de seu pai, e como con­
tinuou cuidando e defendendo a nação de Israel dos seus inimigos após assumir
o trono como rei de Israel (ISm 17.32-37 e 2Sm 8.13-15). Apascentar o povo de
Deus com integridade deve ser o alvo de todo pastor chamado por Deus para li­
derar o rebanho do Senhor. Há uma profecia que alimenta a esperança messiâni­
ca de Davi voltar a apascentar o povo de Israel, dizendo: Έ levantarei sobre elas
um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as há de apascentar;
ele lhes servirá de pastor. E eu, o SENHOR, lhes serei por Deus, e o meu servo
Davi será príncipe no meio delas; eu, o SENHOR, o disse.” (Ez 34.23-24). Esta
promessa se cumpre em Jesus Cristo, o Filho de Davi, que deu a sua vida pelas
ovelhas (Lc 1.32-33; Lc.1.69; lTm 2.8; Ap 5.5; Ap 7.17 e Ap 22.16).

I. A INTEGRIDADE DE DAVI COMO PASTOR


1. A Bíblia nos revela em diversas ocasiões o estreito relacionamento que
Davi tinha com as ovelhas, e elogia sua integridade no apascentamento das ove­
lhas. Já descobrimos esta ligação de Davi com as ovelhas logo no dia em que foi
ungido pelo profeta Samuel como rei de Israel na casa de seu pai Jessé. Quando
o profeta fez a pergunta a Jessé: “Acabaram os jovens?”, a resposta foi: “Ainda
falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas.” (ISm 16.11).
2. A Palavra de Deus afirma que, quando Davi foi cumprir uma ordem de
seu pai Jessé para levar alimentos ao acampamento militar de Israel, ele “deixou
as ovelhas a um guarda, e carregou-se, e partiu, como Jessé lhe ordenara; e che­
gou ao lugar dos carros, quando já o arraial saía em ordem de batalha, e, a gritos,
chamavam à peleja.” (ISm 17.20). Davi não abandonou as ovelhas, ele mostrou
preocupação com o rebanho ao deixar as ovelhas sob os cuidados de um guarda!
3. Davi relatou ao rei Saul como arriscava a própria vida para defender as
ovelhas, dizendo: “Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e vinha um leão
ou um urso e tomava uma ovelha do rebanho, e eu saía após ele, e o feria, e a
livrava da sua boca; e, levantando-se ele contra mim, lançava-lhe mão da barba,
e o feria, e o matava.” (ISm 17.34-35). Jesus Cristo, o Filho de Davi afirmou que:
“O bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, que não é pastor,
de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo
as arrebata e dispersa.” (Jo 10.10.11-12). Davi não só enfrentava o lobo, como
também enfrentava ursos e leões para defender as ovelhas!
4. A Bíblia revela Davi assumindo a sua culpa no lugar das ovelhas, dizen­
do: “E, vendo Davi ao Anjo que feria o povo, falou ao SENHOR e disse: Eis que
eu sou o que pequei e eu o que iniquamente procedí; porém estas ovelhas que
fizeram? Seja, pois, a tua mão contra mim e contra a casa de meu pai.” (2Sm
24.17). Davi não amava apenas a si mesmo como muitos pastores fazem; ele
estava disposto a se sacrificar pelas ovelhas. Davi era integro até para admitir
quando errava!

II. A INTEGRIDADE DE DAVI COMO PESSOA


1. A integridade é sinônimo de retidão, imparcialidade e honestidade. Sig­
nifica ser uma pessoa de honra e de conduta reta. Apesar de todas as suas falhas,
a Bíblia exalta a integridade de Davi (2Sm 22.25; 2Rs 8.19; SI 78.72; SI 89.20
etc..). Ao assumir o seu pecado Davi foi integro quando se expressou, dizendo:
“Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que se­
jas justificado quando falares e puro quando julgares” (SI 51.4). Precisamos ter
integridade para assumir também os nossos erros!
2. Davi mostrou ser um homem íntegro consigo mesmo quando aceitou ser sub­
metido ao crivo divino, dizendo: “O SENHOR julgará os povos; julga-me, SENHOR,
conforme a minha justiça e conforme a integridade que há em mim.” (SI 7.8).
3. A Palavra de Deus crava Davi como um “homem de Deus” por duas
vezes (2Cr.8.14 e Ne 12.24). Poucos homens foram chamados de “homem de
Deus” na Bíblia, e Davi era um deles (Dt 33.1; ISm 9.6; lRs 12.22; 2Rs 4.9; 2Rs
5.8; Jr 35.4 etc..).
4. O próprio Senhor deu testemunho de Davi, dizendo: “Achei a Davi, meu
servo; com o meu santo óleo o ungi; com ele, a minha mão ficará firme, e o meu
braço o fortalecerá.” (SI 89.20-21). As Escrituras também confirmam Davi como
um homem segundo o coração de Deus, dizendo: “Achei a Davi, filho de Jessé,
varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade” (At 13.22).

CONCLUSÃO: Com exceção de seu erro cometido com Bate-Seba, Davi serviu de
parâmetro de integridade para todos os reis que o sucederam (lRs 15.11; 2Cr 17.3; 2Cr
29.2; 2Cr 34.2 etc..). As Escrituras confirmam isso, dizendo: “Porquanto Davi tinha
feito o que era reto aos olhos do SENHOR e não se tinha desviado de tudo o que lhe
ordenara em todos os dias da sua vida, senão só no caso de Urias, o heteu.” (lRs 15.5).

A N O TA Ç O E S

432 I 30 DE JULHO
31 DE JULHO

TÚNICA NA MEDIDA CERTA


ISom uel 2.19

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o cuidado que Ana tinha com o seu filho
Samuel, quando levava a cada ano uma túnica para o menino de acordo com o seu
tamanho e na exata medida que o mesmo crescia. Através desta lição de Ana apren­
demos que cada um de nós deve usar a túnica na medida certa. A túnica nos fala da
posição de honra que Samuel ocupava na Casa de Deus à medida que crescia no mi­
nistério. Alguns estão colocando a túnica sacerdotal em seus filhos antes do tempo,
colocando um peso ministerial que os mesmos ainda não podem suportar. É preciso
deixar o menino crescer e pegar corpo para usar a túnica no seu tamanho normal.

I. EVITE QUEIMAR ETAPAS


1. Algumas pessoas na precipitação de crescer no ministério queimam
etapas e fazem atalhos para ocuparem determinadas funções antes do tempo.
Samuel soube esperar o tempo certo até o próprio Senhor o confirmar como
profeta perante todo o Israel, desde Dã até Berseba (ISm 3.19-20).
2. A Bíblia afirma que: “Israel amava a José mais do que a todos os seus fi­
lhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.” (Gn
37.3). Talvez Jacó tenha se precipitado ao vestir José de uma túnica de honra
antes do tempo, e teria evitado a fúria dos seus outros filhos (Gn 37.4).
3. A Bíblia ainda afirma que: “Chegando José a seus irmãos, tiraram a José
a sua túnica, a túnica de várias cores que trazia.” (Gn 37.23). Os irmãos de José
haviam assimilado que a túnica de várias cores entregue a seu irmão menor por
Jacó era sinal de uma possível liderança que José exercería sobre eles!
4. A Bíblia revela que os sacerdotes só vestiam a túnica no momento certo
da consagração deles ao ministério sacerdotal, dizendo: “Depois, farás chegar
seus filhos, e lhes farás vestir túnicas,” (Êx 29.8-9). A túnica sacerdotal só foi
colocada nos filhos de Arão no momento certo!
5. Davi, mesmo já ungido rei de Israel, soube esperar o tempo certo, pois,
mesmo tendo a chance de eliminar Saul para assumir logo o trono de Israel, cor­
tando um pedaço da túnica de Saul “conteve os seus homens e não lhes permitiu
que se levantassem contra Saul; e Saul se levantou da caverna e prosseguiu o seu
caminho.” (ISm 24.1-7). Davi conteve a euforia dos seus soldados e esperou o
tempo de Deus para assumir o trono de Israel (2Sm 5.1-3).

II. ESPERE O TEMPO DE DEUS


1. A Bíblia revela que Samuel sempre vestia a túnica de acordo com sua
idade, dizendo: “Porém Samuel ministrava perante o SENHOR, sendo ainda
jovem, vestido com um éfode de linho” (ISm 2.18).
2. A Bíblia afirma que: “Davi saltava com todas as suas forças diante do SE­
NHOR; e estava Davi cingido de um éfode de linho.” (2Sm 6.14). Davi sonhou
com aquele dia e esperou o tempo certo para transportar a Arca para Jerusalém!
3. O próprio Jesus Cristo soube esperar o tempo de Deus quando conteve a
precipitação de sua própria mãe, dizendo: “Ainda não é chegada a minha hora”
(J° 2.4).
4. O sábio Salomão afirmou que: “Há um tempo para todo intento e para
toda obra.” (Ec 3.17). Salomão ainda escreveu que: “Para todo propósito há tem­
po e modo” (Ec 8.6). É preciso esperar o tempo e descobrir o modo certo para
fazer as coisas!
5. O apóstolo Paulo exortou Timóteo a evitar a precipitação em consagrar
alguém ao ministério antes do tempo, dizendo: “A ninguém imponhas precipi­
tadamente as mãos,” (lT m 5.22).
CONCLUSÃO: Deus tem o homem para o tempo certo e na medida certa!
Precisamos cumprir fielmente cada etapa de nossas vidas, e só vestir a túnica
que caiba em nós e tenha a nossa medida. Davi recusou a armadura de Saul
por não possuir a medida ideal que ele precisava (ISm 17.38-39). Prefira so­
mente a túnica que Deus lhe deu. Deus tem a medida certa para cada um de
nós (Rm 12.3).

A N O TA Ç Õ E S

434 | 31 DE JULHO
SERMÕES PARA 0 MÊS DE
1 DE A G O S T O AGOSTO
PLANTADO POR DEUS PARA FRUTIFICAR
Jeremias 17.8
INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o profeta Jeremias procura destacar a importância
do homem confiar e esperar no Senhor (Jr 17.7). O homem que confia no Senhor e cuja
esperança é o Senhor é comparado como uma importante árvore plantada junto às águas
que suas folhas ficam verde em plena sequidão e continua produzindo frutos mesmo em
épocas difíceis. A confiança e esperança do homem no Senhor lhe oferece a segurança de
produzir frutos mesmo em épocas de crises. Quem confia no Senhor caminha por cima
da crise e não debaixo da crise; e quem deposita a sua esperança no Senhor consegue
prosperar em plena crise econômica (Hc 3.17-19). O homem que confia no Senhor e
cuja esperança é o Senhor é plantado por Deus em terra fértil. O homem que confia em
Deus e deposita no Senhor a sua esperança possui seis comparações neste texto sagrado:
i. PRIMEIRA: “É COMO ÁRVORE PLANTADO JUNTO ÀS ÁGUAS...”.
1. Todos nós sabemos da importância de uma árvore plantada junto as águas. A
água é fonte de vida para o reino animal e também vegetal. Na Benção Patriarcal de
Jacó, José foi comparado como um ramo frutífero junto a fonte! (Gn 49.22). O segredo
é permanecer junto a fonte! Você quer ser frutífero? Permaneça junto a fonte!
2. O patriarca Jó descreve a importância da água para ressuscitar e revitalizar até
mesmo uma árvore morta, dizendo: “Porque há esperança para a árvore, que, se for cor­
tada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz,
e morrer o seu tronco no pó, ao cheiro das águas, brotará e dará ramos como a planta.”
(Jó 14.7-9). O homem que medita dia e noite na Lei do Senhor e não segue o conselho
dos ímpios “será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto
na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.” (SI 1.3).
II. SEGUNDA: “SUAS RAÍZES SE ESTENDEM PARA O RIBEIRO...”
1.0 homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor procura aprofundar
suas bases! O salmista descreve como Deus plantou Israel na terra e aprofundou as suas
raízes, dizendo: “Preparaste-lhe lugar, e fizeste com que ela aprofundasse raízes; e, assim,
encheu a terra” (SI 80.9-11). O Senhor prometeu que: “Dias virão em que Jacó lançará
raízes, e florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto a face do mundo” (Is 27.6).
2 .0 Senhor ainda fez uma promessa ao seu povo, dizendo: “Serei para Israel como
orvalho, ele florescerá como o lírio e lançará as suas raízes como o cedro do Líbano.
Estender-se-ão os seus ramos, o seu esplendor será como o da oliveira, e sua fragrância,
como a do Líbano.” (Os 14.5-7).

III. TERCEIRA: “NÃO RECEIA QUANDO VEM O CALOR...”


1. O homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor está preparado
para enfrentar períodos de seca! Jacó relatou o quanto foi afligido pelos dias de calor em
sua vida, e manteve-se firme (Gn 31.40). O sábio Salomão escreveu, dizendo: “Quem
observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará.” (Ec 11.4).

435
Não fique com receio nem do calor, nem do frio, nem da chuva, e nem da falta de chu­
va, confie no Deus que domina sobre todas estas coisas! (Dn 2.21).
2. O Senhor prometeu abençoar o seu povo, dizendo: “Porque haverá sementeira
de paz; a vide dará o seu fruto, a terra, a sua novidade, e os céus, o seu orvalho; e farei
que o resto deste povo herde tudo isto.” (Zc 8.12).
IV. QUARTA: “SUA FOLHA FICA VERDE...”
1. As raízes estendidas para o ribeiro conseguem manter suas folhas verdes em
plena seca! Davi declarou: “Mas eu sou como a oliveira verde na Casa de Deus; confio
na misericórdia de Deus para sempre, eternamente.” (SI 52.8). O Senhor advertiu a
Efraim que não confiasse nos ídolos e prometeu ser para o seu povo como um cipreste
verde, dizendo: “Ó Efraim, que tenho eu com os ídolos? Eu te ouvirei e cuidarei de ti;
sou como o cipreste verde; de mim procede o teu fruto.” (Os 14.8).
2 .0 Senhor ainda fez uma promessa ao seu povo, dizendo: “Não temais, animais
do campo, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu
fruto, a vide e a figueira darão a sua força.” (Jl 2.22).
V. QUINTA: “NO ANO DE SEQUIDÃO NÃO SE PERTURBA...”
1.0 homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor sabe fortalecer suas
raízes na época das águas abundantes e cria reserva para atravessar com segurança o
ano da crise e da sequidão! O salmista afirmou que o justo: “Não temerá maus rumo­
res; o seu coração está firme, confiando no SENHOR.” (SI 112.7).
2 .0 profeta Habacuque mostrou segurança em Deus mesmo em época de escas­
sez, dizendo: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da
oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas
do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no
Deus da minha salvação.” (Hc 3.17-18).
VI. SEXTA: “NÃO DEIXA DE DAR FRUTO”
1. O homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor consegue conti­
nuar dando fruto em qualquer estação e em qualquer idade. O salmista afirmou que:
“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na
Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos,
serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha
rocha, e nele não há injustiça.” (SI 92.12-15).
2. Jesus Cristo nos chamou para darmos frutos permanentes, dizendo: “Não me
escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fru­
to, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai
ele vos conceda.” (Jo 15.16). O apóstolo Paulo afirmou que devemos ser “cheios do fru­
to de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.” (Fp 1.11).
CONCLUSÃO: Deus lhe plantou juntos das águas! Procure absolver o máximo destas
águas e aprofunde suas raízes para o ribeiro, não fique com medo da crise, pois o calor
vem e passa, mantenha-se firme e não se perturbe com o momento difícil que você
está atravessando, pois logo vai passar, e continue produzindo frutos para Deus! Seja
abençoado com esta palavra!

436 | ID E AGOSTO
2 DE AGOSTO

QUATRO AÇÕES DE DEUS NO APRIMORAMENTO


DA VIDA CRISTÃ
1 Pedro 5.10

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o apóstolo Pedro nos ensina sobre quatro
ações divinas para o aprimoramento da nossa vida cristã. Estas quatro ações de
Deus podem ser conjugadas nestes quatro verbos: Aperfeiçoar, Confirmar, Fortifi­
car e Fortalecer. O texto nos deixa bem claro que é Deus quem aperfeiçoa, é Deus
quem confirma, é Deus quem fortifica, e é Deus quem fortalece. Ao nos aperfei­
çoar Deus procura nos melhorar a cada dia; ao nos confirmar Deus procura nos dá
um voto de confiança a cada dia; ao nos fortificar Deus procura nos guardar a cada
dia, e ao nos fortalecer Deus procura renovar as nossas forças a cada dia!

I. APERFEIÇOARÁ
1. A primeira ação divina naqueles que são chamados é o aperfeiçoamento. O
termo “aperfeiçoar” é um verbo transitivo direto que significa: melhorar, tornar per­
feito, aprimorar, ou tornar algo melhor. Daí surge expressões como: Aperfeiçoar o
trabalho, elevar a qualidade do trabalho ou tornar algo mais excelente. A Palavra de
Deus diz que: “edificaram a casa e a aperfeiçoaram conforme o mandado do Deus
de Israel...” (Ed 6.13). O Senhor é quem aperfeiçoará o que nos concerne (SI 138.8).
2. O apóstolo Paulo afirmou que Deus quer “O aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos che­
guemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito,
à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.12-13). O apóstolo Paulo ainda
escreveu que: “Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia
de Jesus Cristo.” (Fp 1.6). O trabalho de Deus é perfeito e completo (Gn 1.31).

II. CONFIRMARÁ
1. A segunda ação divina naqueles que são chamados é a confirmação. Este
termo significa: Tornar mais certo, mais firme, mais seguro, comprovar a vera­
cidade, certificar, afirmar e aprovar. A confirmação de Deus em nós é como um
selo de autenticação divina em nossas vidas. O Senhor fez uma promessa ao seu
povo, dizendo: “E para vós olharei, e vos farei frutificar, e vos multiplicarei, e
confirmarei o meu concerto convosco.” (Lv 26.9).
2. A Bíblia afirma que: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de
homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e
não o confirmaria?” (Nm 23.19). É Deus quem confirma, e o que Ele confirma
está confirmado e ninguém desautoriza o que Deus autorizou! O apóstolo Paulo
também escreveu que o próprio Cristo é quem nos confirmará até o fim, dizendo:

437
“O qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de
nosso Senhor Jesus Cristo.” (IC o 1.8).

III. FORTIFICARÁ
1. A terceira ação divina naqueles que são chamados é fortificar. Este verbo
significa: Tornar mais forte, mais vigoroso, mais protegido ou cercá-lo de forti­
ficações. Os reis da antiguidade procuravam construir grandes fortificações em
torno da cidade para protegê-la dos ataques dos inimigos (2Cr 26.9). A Palavra
de Deus ainda afirma que: “Salomão se assentou no trono de Davi, seu pai, e o
seu reino se fortificou sobremaneira.” (lR s 2.12). Foi Deus quem fortificou o
reinado de Salomão (2Cr 1.1).
2. Há uma promessa gloriosa do Senhor, dizendo: Έ o SENHOR te guiará
continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará teus ossos; e
serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas nunca faltam.” (Is
58.11). Até nossos ossos são fortificados pelo Senhor! O apóstolo Paulo aconselhou
a Timóteo, dizendo: “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo
Jesus.” (2Tm 2.1). A graça de Cristo é o maior fortificante para Deus aperfeiçoar o
seu poder em nossas fraquezas (2Co 12.9-10).

IV. FORTALECERÁ
1. A quarta ação de Deus neste texto sagrado em nossas vidas é nos fortalecer.
Este termo significa: Encorajar, corroborar, animar, dar força, robustecer, reforçar
e incrementar (2Cr 24.13). O salmista Davi nos aconselhou, dizendo: “Espera no
SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR.” (SI
27.14).
2. A Palavra de Deus também exige um esforço de nossa parte para sermos
fortalecidos, dizendo: “Esforçai-vos, e ele fortalecerá o vosso coração, vós todos
os que esperais no SENHOR.” (SI 31.24). O apóstolo Paulo também escreveu,
dizendo: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” (Fp 4.13). Este texto
sagrado é uma vitamina de Deus para fortalecer o nosso espirito, alma e corpo!

CONCLUSÃO: O Deus de toda a graça nos aperfeiçoará, nos confirmará, nos forti­
ficará e nos fortalecerá. Ele tornará o nosso trabalho melhor, aprovará o nosso tra­
balho, protegerá as nossas vidas, e nos revestirá de forças para vencermos todas as
batalhas! “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu po­
der.” (Efó.lO).

438 | 2 DE AGOSTO
3 DE AGOSTO

DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DE DEUS


ICoríntios 4.1-2

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo deseja que os líderes da


igreja sejam considerados pelas pessoas de fora como ministros de Cristo e des-
penseiros dos mistérios de Deus. A palavra grega para o termo “despenseiro”
é “oikonomos”, vocábulo usado para descrever o “administrador” ou “mordo­
mo de uma casa”. O despenseiro era um servo respeitado e eficiente a quem
o fazendeiro entregava a administração da propriedade. O despenseiro tinha
autoridade sobre os demais servos e lhes atribuía os afazeres e também distri­
buía os mantimentos. Ele era o superintendente de toda a fazenda e mordomo
de confiança de seu senhor. Entretanto, o despenseiro estava sempre ciente de
que era um escravo, e deveria executar a vontade do dono da casa. Todas estas
características se aplicam perfeitamente ao ministro de Cristo.

I. CONSIDERADO COMO MINISTROS DE CRISTO


1. O primeiro desejo de Paulo neste texto sagrado é que os homens nos
respeitem como Ministros de Cristo. Quando a sociedade considera os líderes
cristãos como ministros de Cristo comprovam que a nossa reputação aí fora é
boa. Uma das exigências do candidato ao Santo Ministério é que “tenha bom
testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta e no laço do
diabo.” (lT m 3.7).
2. A Bíblia mostra que as pessoas consideravam o profeta Samuel como um
homem de Deus respeitado na cidade onde morava (ISm 9.6). A Bíblia também
nos revela que a Mulher Sunamita considerava o profeta Elizeu como um santo
homem de Deus (2Rs 4.9).
3. O próprio Jesus Cristo “interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem di­
zem os homens ser o Filho do Homem?” (Mt 16.13). O povo considerava Jesus
como um grande profeta (Mt 16.14 e Mt 21.11); e, os seus discípulos muito mais
que isso: “O Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mt 16.16).
4. Paulo e Silas eram considerados até pelos demônios como “servos do
Deus Altíssimo” (At 16.17). A Bíblia afirma que até o espírito maligno conhecia
quem era Jesus e quem era Paulo (At 19.15). Os homens de Deus são respeita­
dos por pessoas e até pelos demônios como servos do Deus Altíssimo!

II. CONSIDERADOS COMO DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DE DEUS


1. Os despenseiros tinham a chave da despensa e conhecia todos os tipos
de alimentos guardados na dispensa para servir as pessoas. Da mesma forma os
Ministros de Cristo são os despenseiros que possuem a chave dos mistérios de
Deus para alimentar o povo com a Palavra do Senhor (Mt 13.11).
2. O próprio Jesus Cristo se referiu a figura do despenseiro como o encar­
regado de dá o sustento aos seus servos, dizendo: “Quem é, pois, o servo fiel e
prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu
tempo?” (Mt 24.45). O despenseiro fiel sabe buscar na despensa o alimento cer­
to para dá o sustento aos servos de seu senhor!
3. O apóstolo Paulo escreveu que fomos chamados para revelar ao povo o
mistério de Deus que esteve oculto desde os tempos eternos, e que foi revelado
agora através da Escrituras (Rm 16.25). Paulo também assumiu esta figura de
despenseiro dos mistérios de Deus quando declara que a ele Deus revelou o
mistério que esteve oculto desde a eternidade que é Cristo nesta dispensação da
graça (Ef 3.1-8).
4. O apóstolo Pedro também pediu para assumirmos esta incumbência de
despenseiros dos mistérios de Deus, dizendo: “Cada um administre aos outros
o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.”
(lP e 4.10).
CONCLUSÃO: Que possamos assumir nossa responsabilidade como ministros
de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus, ensinando ao povo todo o con­
selho de Deus (At 20.27).

A N O TA Ç Õ E S

440 | 3 DE AGOSTO
4 DE AGOSTO

LIÇÕES DO DIA DO SACERDOTE


Gênesis 14.18

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos apresenta o primeiro sacerdote da his­


tória bíblica - Melquisedeque. O dia 04 de Agosto é lembrado como o Dia do
Sacerdote. O sacerdote é uma autoridade espiritual ou ministro religioso, ha­
bilitado para dirigir ou participar em rituais sagrados de uma religião em par­
ticular. Seu cargo ou posição é chamado de sacerdócio, um termo que pode
também se aplicar à essas pessoas coletivamente. O primeiro oficio ministerial
do serviço sagrado do Antigo Testamento era o do sacerdote. O sacerdote era a
figura religiosa que representava o homem perante Deus. Era um sacrificador
que tinha o poder de oferecer animais em holocausto à divindade. O sacerdote
trazia a ideia de um mediador entre Deus e o homem. O primeiro sacerdo­
te mencionado na Bíblia foi Melquisedeque (Gn 14.18-20). Porém, o primeiro
sumo sacerdote oficial de Israel foi Arão (Êx 28.1-3). Arão e seus filhos recebe­
ram a unção sacerdotal pelo óleo da sagrada unção (Lv 8.12-13).

I. A IMPORTÂNCIA DO SACERDOTE NA ANTIGA ALIANÇA


1. Na Antiga Aliança, Deus havia escolhido Israel como uma nação sacer­
dotal, quando lhe disse: “Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São
estas palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êx 19.6). Dentre os filhos de
Israel, Deus escolheu a Tribo de Levi para ser a Tribo Sacerdotal (Nm 3.5-6).
E, dentre a Tribo de Levi, Deus escolheu a família de Arão para ser a Família
Sacerdotal (Nm 3.10). No Salmo 133 o salmista descreve a unção do sacerdócio
de Arão como símbolo da união do povo de Deus (SI 133.1-3).
2. O Senhor fez uma promessa ao seu povo de estender o ministério sacer­
dotal para todos, dizendo: “Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e
vos chamarão ministros de nosso Deus; comereis as riquezas das nações e na
sua glória vos gloriareis” (Is 61.6).
3. Os sacerdotes tinham a função de representarem o povo diante de Deus
e intercederem pelo povo, e Deus se prontificava em atendê-lo: “Chorem os
sacerdotes, ministros do Senhor, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu
povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações
façam escárnio dele. Por que hão de dizer: Onde está o seu Deus? Então, o Se­
nhor se mostrou zeloso da sua terra, e compadeceu-se do seu povo” (Jl 2.17).
4. Os sacerdotes tinham a função de instruírem o povo no conhecimento
de Deus: “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da
sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é o mensageiro do
Senhor dos Exércitos” (Ml 2.7).

441
II. A IMPORTÂNCIA DO SACERDOTE NA NOVA ALIANÇA
1. Israel e os seus sacerdotes falharam na sua missão sacerdotal, ao terem
rejeitado a Jesus Cristo como o seu Messias, inclusive aprovando sua crucifica­
ção (Mt 26.59-66). Então, o próprio Deus quebrou o monopólio sacerdotal de
Arão, elegendo ao Senhor Jesus Cristo como Sumo Sacerdote Eterno, segundo a
ordem de Melquisedeque (Hb 7.11-28).
2. Na Nova Aliança, Jesus Cristo é o Nosso Sumo Sacerdote Fiel e Miseri­
cordioso: “Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse se­
melhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas
referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hb 2.18).
3. O sacerdócio de Cristo é bem mais eficaz e superior ao sacerdócio de
Arão; pois, enquanto Arão entrava no Santo dos Santos uma vez por ano para
fazer expiação por si e pelo povo, com o sangue de animais (Hb 9.11-14); Jesus
Cristo realizou de uma vez por todas o sacrifício perfeito pelos nossos pecados,
entrando no Santo dos Santos com o seu próprio Sangue e inaugurando um Novo
e Vivo Caminho para que todos nós tenhamos acesso a Deus (Hb 10.19-22).
4. Havendo quebrado o monopólio sacerdotal de Israel, Deus constituiu a
sua Igreja como um Reino Sacerdotal, dizendo: “Vós, porém, sois raça eleita, sa­
cerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de pro­
clamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa
luz” (lP e 2.9). Jesus Cristo nos constituiu na Nova Aliança como reino sacerdotal
(Ap 1.6). Portanto, todos os Cristão são considerados sacerdotes para Deus.
CONCLUSÃO: A figura do pastor, bispo, ou ministro de confissão religiosa é
o que mais se aproxima da função do sacerdote da Antiga Aliança. Porém, o
trabalho ministerial da Igreja na Nova Aliança, não é mais o de mediação entre
Deus e os homens; mas sim, o trabalho de aperfeiçoamento e instrução dos san­
tos (Ef 4.11-14). Só temos um Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo,
Homem (lT m 2.5). Na Antiga Aliança, somente o sumo sacerdote podia entrar
no Santo dos Santos uma vez por ano (Hb 9.7). Porém, na Nova Aliança, todos
nós temos “intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus”
(Hb 10.19). Não necessitamos de mediadores ou mediadoras para falar com
Deus, podemos nos dirigir diretamente ao Pai em Nome de Jesus Cristo.

A N O TA Ç O E S

442 I 4 DE AGOSTO
5 DE AGOSTO

JESUS CRISTO TE DÁ SAÚDE


Atos 9.34

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que o apóstolo


Pedro se dirigiu com autoridade para um paralítico chamado Enéias, dizendo:
“Jesus Cristo te dá saúde”. Embora o dia 07 de abril seja o Dia Mundial da Saúde,
no dia 05 de agosto também se comemora no Brasil o Dia Nacional da Saúde. A
saúde pode ser definida como um “estado de equilíbrio dinâmico entre o orga­
nismo e seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais
do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase
do ciclo vital.”. Saúde também significa um bem-estar físico, emocional, mental,
social e espiritual. Hoje se fala até em saúde financeira; ou seja, tal pessoa, tal em­
presa ou tal governo se encontra com suas contas equilibradas. Portanto, a saúde
pode ser resumida como o equilíbrio de todas as funções orgânicas do corpo
físico, psíquicas, emocionais, sociais e espirituais. O mesmo Jesus Cristo que deu
saúde a Eneias está pronto para dá saúde a todos nós hoje (Hb 13.8).

I. ORIGEM DAS DOENÇAS


1. Existem muitas opiniões e conceitos sobre a origem das doenças. Os pesqui­
sadores estudam as causas das doenças desde a antiguidade. Alguns partem do prin­
cípio de que a doença resulta da ação de forças alheias ao organismo que neste se
introduzem por causa do pecado ou de maldição. Daí o fato de a medicina antiga ser
muitas vezes associadas a feitiçaria, quando os feiticeiros eram chamados para expelir
as doenças supostamente introduzidas no corpo humano por espíritos maus. Para os
antigos hebreus, a doença não era necessariamente devida à ação de demônios, ou
de maus espíritos, mas representava, de qualquer modo, um sinal da cólera divina,
diante dos pecados humanos (Dt 7.15 e SI 31.10). Entretanto, o Senhor se apresentou
para eles como o Médico dos médicos, dizendo: “Eu sou o SENHOR, que te sara.” (Êx
15.26).
2. Na verdade, quem analisa minunciosamente o texto sagrado vai descobrir
que são muitas as origens que a Bíblia nos mostra acerca das doenças. As leis die-
téticas do Pentateuco como proibições de se comerem carne de porco, moluscos
e outros tipos de carnes tinham o objetivo de prevenir o povo hebreu de muitas
doenças (Lv 11.1-31). Portanto, uma das causas das doenças são os alimentos pre­
judiciais à saúde que ingerimos.
3. A doença era sinal de desobediência ao mandamento divino, e a outros tipos
de transgressões. A enfermidade proclamava o pecado, quase sempre em forma vi­
sível, como no caso da lepra (Nm 12.9-16). Davi atribuiu a causa de sua enfermida­
de ao pecado, dizendo: “Porque a minha vida está gasta de tristeza, e os meus anos,
de suspiros; a minha força descai por causa da minha iniquidade, e os meus ossos se

443
consomem.” (SI 31.10).
4. Jesus Cristo atribuiu também a Satanás a origem de algumas enfermidades (Lc
13.16 e Lc.8.1-3 etc..). Portanto, as doenças tem origem nos alimentos prejudiciais que
ingerimos, no pecado humano que trouxe deterioração no corpo pelo homem ter troca­
do a árvore da vida pela árvore do conhecimento do bem e do mal, e também nos espíri­
tos malignos causadores de enfermidades. Porém, a Palavra de Deus afirma que: “Deus
ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o
bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” (At 10.38).

II. JESUS CRISTO É A RESPOSTA DE DEUS PARA O HOMEM DOENTE


1. Quando o homem pecou, o mesmo adoeceu tanto fisicamente como espiri­
tualmente. Alguns médicos só acreditam nas doenças físicas; porém, a medicina já
admite claramente hoje não só as doenças do corpo como também as doenças da
alma. A Bíblia sempre apresenta a cura também associada ao perdão dos pecados,
exatamente pelo fato de o remédio para a cura está exatamente em sua própria
causa. A visão do Calvário que Isaías teve de Cristo contemplava o Cordeiro de
Deus levando sobre si tanto os nossos pecados como as nossas doenças (Is 53.4-7).
2. O salmista associou o perdão dos pecados também com a cura, dizendo: “É
ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades; quem re­
dime a tua vida da perdição e te coroa de benignidade e de misericórdia; quem enche
a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia.” (SI 103.3-5).
3. Antes de curar o corpo do paralítico de Cafarnaum, Jesus curou a alma
do doente, dizendo: “Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados.”
(Mt 9.1-8). O apóstolo Pedro declarou perante as autoridades que foi o Nome de
Jesus que deu perfeita saúde ao paralítico da porta do templo (At 3.16).
4. O apóstolo Pedro ainda escreveu sobre a saúde que Jesus Cristo conquistou
para nós através de sua morte redentora na Cruz do Calvário, dizendo: “Levando ele
mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pe­
cados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (lPe 2.24).

CONCLUSÃO: Jesus Cristo te dá saúde! Receba esta palavra de Deus para a sua vida
hoje! Mateus escreveu, dizendo: “E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas
suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades
e moléstias entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os
que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados,
os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava.” (Mt 4.23-24).

444 | 5 DE AGOSTO
6 DE AGOSTO

GERADOS PELA PALAVRA


IPedro 1.23

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Pedro nos revela qual o tipo
de semente que nós fomos gerados, e nos assegura que fomos gerados pela se­
mente incorruptível da Palavra de Deus. A Bíblia nos apresenta uma grande
conexão entre a semente e a Palavra de Deus (Is 55.10-11). Da mesma forma
que o tipo de semente plantada determina o tipo de árvore que nasce; a Palavra
de Deus plantada em nossos corações determinará o tipo de pessoas que somos.
O Senhor Jesus Cristo afirma que a semente germinada em boa terra consegue
produzir a 30 (trinta), a 60 (sessenta) e a 100 (cem) por um (Mc 4.20). Nós não
fomos gerados por nenhuma ideologia filosófica ou cientifica, mas sim pela
Palavra de Deus.

I. FOMOS GERADOS PELA PALAVRA DA VERDADE


1. Foi o próprio Deus quem nos gerou pela Palavra da verdade. O apóstolo
Tiago também afirmou que: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra
da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.” (Tg 1.18).
2. A Bíblia afirma que Adão “gerou um filho à sua semelhança, conforme
a sua imagem, e chamou o seu nome Sete.” (Gn 5.3). Através de um processo
natural Adão gerou um filho parecido com ele. Porém, Deus quer gerar filhos
parecidos com Ele através da sua Palavra (Ef 4.24).
3. O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Porque os que dantes conheceu,
também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim
de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rm 8.29). Quando Jesus
nasceu, o Pai confirmou, dizendo: “Tu és meu Filho; eu hoje te gerei” (SI 2.6; Mt
I . 18-20; At 13.31-33; Hb 1.5 etc..). Portanto, a vontade de Deus é que sejamos
conforme a imagem de seu perfeito Filho Jesus Cristo (Mt 3.16-17).
4. O apóstolo Pedro ainda celebrou a maneira gloriosa como fomos gerados
por Deus, dizendo: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva es­
perança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (lP e 1.3). Quem é
gerado pela Palavra de Deus ama tanto ao Pai como ao Filho e ao Espírito Santo
(ljo 5.1). A nossa salvação e eleição é trabalho do Pai, do Filho e do Espírito
Santo (Mt 28.19; 2Co 13.13 e 1 Pd.1.2).

II. FOMOS GERADOS DE SEMENTE INCORRUPTÍVEL


1. A semente é definida como a parte do fruto que contém o embrião no
estado de vida latente e que provém do desenvolvimento do óvulo vegetal (Gn
1.11-12). Foi o próprio Deus quem ordenou pela sua Palavra que a semente
determina o tipo de árvore, e Jesus Cristo também afirmou que a árvore se co­
nhece pelo fruto (Mt 12.33). Nós fomos gerados não de semente corruptível,
mas de semente incorruptível (lP e 1.23).
2. O próprio Deus proibiu a mistura de sementes (Dt 22.9). Não devemos
semear na vinha do Senhor as sementes corruptíveis das vãs filosofias, e do
liberalismo teológico, mas unicamente a incorruptível semente da Palavra de
Deus (2Co 4.1-2).
3. A Bíblia também chama os nossos filhos e descendentes de “semente”
(Gn 22.17-18). Nós somos a semente divina, porque fomos gerados pela Palavra
de Deus, e a sua semente permanece em nós (Tg 1.18; lPe 1.23 e 1 Jo.3.9). O
salmista declarou que: “Uma semente o servirá; falará do Senhor de geração em
geração.” (SI 22.30). Nós somos a semente divina que proclama de geração em
geração a Palavra do Senhor (SI 145.4).
4. A Palavra de Deus afirma que: “Aquele que leva a preciosa semente, an­
dando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus
molhos.” (SI 126.6). A Igreja do Senhor leva ao mundo inteiro a preciosa semen­
te do Evangelho de Cristo até aos confins da terra! (Is 52.7; Mc.16.15; At 1.8; Rm
1.16 etc..).
CONCLUSÃO: O profeta Isaías descreveu a simetria perfeita entre a semente
e a Palavra de Deus, dizendo: “Porque, assim como descem a chuva e a neve
dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar,
e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair
da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e
prosperará naquilo para que a enviei.” (Is 55.10-11). A incorruptível semente da
Palavra de Deus nunca falhará, e sempre germinará e prosperará no solo fértil
dos nossos corações (Mt 13.23).

A N O TA Ç O E S

446 I 6 DE AGOSTO
7 DE AGOSTO

SOMOS NASCIDOS DE DEUS


U o ã o 5.4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o privilégio daquele que é nascido
de Deus. Os nascidos de Deus vencem o mundo. Os nascidos de Deus vencem o
Maligno ( ljo 2.14). Os nascidos de Deus vencem a carne (2Co 10.3-6). Os nas­
cidos de Deus vencem o pecado ( ljo 3.9). Nós somos nascidos de Deus porque
Ele nos gerou pela palavra da verdade (Tg 1.18). Nós somos nascidos de Deus
porque Ele nos gerou de novo para uma viva esperança (lP e 1.3). A Palavra
de Deus nos declara vencedores do mundo, dizendo: “Filhinhos, sois de Deus
e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no
mundo” ( ljo 4.4).

I. OS NASCIDOS DE DEUS VENCEM O MUNDO


1. A palavra “mundo” no original grego é “cosmos”. Entretanto, este “cos­
mos” em que vivemos pode ser entendido à luz das Escrituras através de três
aspectos: I o O “COSMO FÍSICO”, que se refere ao universo e tudo quanto nele
existe (galáxias, estrelas, planetas etc...), como também ao planeta terra e seus
ecossistemas (Jo 1.9; Jo.1.29; At 17.31 etc..); 2o- O “COSMOS HUMANO”, que
se refere a humanidade como um todo, a quem Deus amou de uma maneira
inexplicável (Jo 3.16; Mt 5.14 etc..); e 3o O “COSMOS PECAMINOSO”, que se
refere ao sistema imoral e maligno que tenta controlar o “cosmos humano” que
habita no “cosmos físico” ( ljo 2.15; 1 Jo.5.19 etc..). O “cosmos físico” e tudo o
que nele existe pertencem ao Senhor (SI 24.1 e IC o 10.26); o “cosmos humano”
é objeto do amor de Deus e alvo da proclamação do Evangelho de Cristo (Jo
3.16 e Mc.16.15); porém, o “cosmos pecaminoso” conhecido como “mundo” ou
“sistema mundano” jaz no maligno, é objeto da ira divina, é passageiro e jamais
devemos amá-lo ( ljo 5.19; Tg 4.4; e 1 Jo.2.15).
2. Jesus Cristo venceu o mundo e nos fortaleceu para vencermos também,
dizendo: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (Jo 16.33). Jesus Cristo nos
ofereceu uma paz superior da que o mundo oferece, dizendo: “Deixo-vos a paz,
a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).
3. Jesus Cristo orou para sermos guardados em meio ao sistema pecamino­
so e maligno deste mundo, dizendo: “Não peço que os tires do mundo, mas que
os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os
na verdade; a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.15-17).
4. O apóstolo Paulo nos convida a transformarmos este mundo através de
uma nova mentalidade cristã, dizendo: “E não vos conformeis com este mundo,

447
mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experi­
menteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2).

II. VENCEMOS 0 MUNDO PELA FÉ


1. O apóstolo João também declara que vencemos o mundo pela fé (1 Jo
5.4). A Fé Cristã nunca foi tão confrontada e desafiada neste mundo de pecado
como nos dias atuais. Os princípios éticos e morais ensinados por Cristo estão
cada vez mais deixados de lado através da aprovação de leis imorais que des-
troem os valores da família. Porém, em meio a tudo isso, o profeta Habacuque
mostrou uma única alternativa para o justo, dizendo: “Eis o soberbo! Sua alma
não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé.” (Hc 2.4). No meio de um mundo
cada vez mais soberbo, o justo vai vencendo pela fé!
2. Da mesma forma que pela fé aceitamos a criação do mundo através da
Palavra de Deus, também vencemos todo o sistema pecaminoso deste mundo
pela Fé na Palavra de Deus (Hb 11.3 e Fp 1.27). O apóstolo Paulo descreveu a
arma da fé que pode anular todos os ataques do inimigo neste mundo, dizendo:
“Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dar­
dos inflamados do maligno.” (Ef 6.16).
3. Paulo ainda aconselhou Timóteo a exercer neste mundo a boa batalha da
fé, dizendo: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual
também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemu­
nhas.” (lT m 6.12).
4. O apóstolo Judas Tadeu nos revela o motivo de escrever a sua Epístola,
dizendo: “Tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que
uma vez foi dada aos santos.” (Jd 1.3). A nossa maior batalha neste mundo é
exatamente no que diz respeito à defesa da nossa fé!
CONCLUSÃO: As maiores batalhas da história envolveram a fé das pessoas.
Cada duelo na antiguidade era também uma disputa da fé das pessoas em suas
divindades, mesmo que pagãs. Enquanto Israel depositava a sua fé no Deus
Vivo, não havia inimigo e nem batalha que eles não vencessem (2Cr 32.7-8).
Vamos continuar focando os nossos olhos em Jesus Cristo, o Autor e Consuma-
dor da nossa fé (Hb 12.2).

A N O TA Ç Õ E S

448 I 7 DE AGOSTO
8 DE AGOSTO

AS LIÇÕES IMPORTANTES DO DIA DOS PAIS


Efésios 6.1

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado ensina os filhos a obedecerem aos seus pais.
Todo o 2 ° Domingo de Agosto se comemora aqui no Brasil o “Dia dos Pais”.
Assim como as mães são tão reverenciadas e lembradas merecidamente no 2o
Domingo de Maio, os pais também merecem ser honrados e lembrados neste
dia tão importante. Segundo os estudiosos, o “Dia dos Pais” teve a sua origem
na Babilônia, onde, há mais de 4 mil anos, um jovem chamado Elmesu teria
moldado em argila o primeiro cartão, onde desejava sorte, saúde e vida longa
ao seu pai. Entretanto, a institucionalização dessa data é bem mais recente. Em
1909, uma filha de um importante cidadão americano chamada Sonora Luise,
resolveu criar um dia dedicado aos pais, motivada pela admiração que sentia
pelo seu pai, Wiliam Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade
de Spokane para todo o estado de Washington, e daí tornou-se uma festa nacio­
nal. Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o “Dia do Pai”.
Entretanto, nos Estados Unidos e em boa parte do mundo é comemorado no
terceiro domingo de Junho; e, em Portugal, no dia 19 de Março. Não importa
qual seja a data, o mais importante é cada filho honrar aos seus pais todos os
dias; e, em especial neste dia tão importante. As promessas de saúde, vida longa
e bem-estar em todas as áreas da vida acompanham os filhos que honram os
seus pais.

I. A IMPORTÂNCIA DO PAI HUMANO NAS ESCRITURAS


1. A família completa instituída por Deus envolve pai, mãe e filhos (Gn
2.24). O pai geralmente é chamado de “pai de família”, e sendo o patriarca da
família deve ser sempre honrado por seus filhos. Honrar pai e mãe é o primeiro
mandamento divino com promessa (Êx 20.12 e E f 6.1-3).
2. O Senhor fez questão de honrar o pai de Isaque, dizendo: “Eu sou o Deus
de Abraão, teu pai. Não temas, porque Eu sou contigo; abençoar-te-ei e multi­
plicarei a tua descendência por amor de Abraão, meu servo” (Gn 26.24)
3. O Senhor ordenou ainda o respeito para com os pais, dizendo: “Cada um
respeitará a sua mãe e o seu pai e guardará os meus sábados. Eu sou o Senhor, vosso
Deus” (Lv 19.3). Salomão também aconselhou os filhos a valorizarem o manda­
mento do pai, dizendo: “Filho meu, guarda o mandamento de teu pai...” (Pv 6.20).
4. O sábio Salomão escreveu que: “O filho sábio alegra a seu pai” (Pv 10.1).
O sábio rei de Israel ainda afirmou que: “O filho sábio ouve a instrução do
pai....” (Pv 13.1). O sábio apóstolo Paulo também aconselhou a todos os filhos,
dizendo: “Filhos, em tudo obedecei a vosso pais; pois fazê-lo é grato diante do
Senhor” (Cl 3.20).

449
II. A IMPORTÂNCIA DO PAI DIVINO NAS ESCRITURAS
1. Assim como temos um pai humano, também temos um Pai Divino que
devemos honrá-lo. O próprio Deus cobra essa honra dos seus filhos, dizendo:
“O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha
honra?...” (Ml 1.6). Devemos transmitir todos os dias ao nosso Pai celestial toda
a honra e toda a glória!
2. O salmista comparou a compaixão que um pai tem por seus filhos com a
compaixão que o Senhor demonstra para conosco, dizendo: “Como um pai se com­
padece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem” (SI 103.13).
3. Pela primeira vez na história, Jesus Cristo ensinou o homem a se dirigir a
Deus como o seu Pai, dizendo: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o
teu Nome...” (Mt 6.13). O Senhor Jesus Cristo nos ensinou a imitarmos o caráter
do nosso Pai Celestial, dizendo: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o
vosso Pai celeste.” (Mt 5.48).
4. O Senhor Jesus Cristo nos apresentou o Pai Celestial bem mais disposto
ainda de nos atender do que nossos pais humanos, dizendo: “Ou qual dentre vós
é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe
pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas
dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas
coisas aos que lhe pedirem?” (Mt 7.9-11). O apóstolo Tiago também escreveu
sobre a grande generosidade de nosso Pai Celestial, dizendo: “Toda boa dádiva e
todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode
existir variação ou sombra de mudança.” (Tg 1.17).

CONCLUSÃO: Lembrar-se do pai neste dia tão importante; além, de ser honroso e
recompensador para os filhos; é um mandamento expresso da Palavra de Deus. E,
acima de tudo, honrar o pai, é honrar o próprio Deus, o nosso Bondoso Pai Celestial.
A própria Palavra de Deus nos ensina a darmos maior honra, respeito e submissão
ao nosso Pai Celestial, dizendo: “Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a car­
ne, que nos corrigiam, e os respeitavamos; não havemos de estar em muito maior
submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos?” (Hb 12.9).

A N O TA Ç O E S

450 I 8 DE AGOSTO
9 DE AGOSTO

LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS


Salmo 96.3

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos traz uma conscientização missionária


sobre a nossa responsabilidade de anunciar entre as nações a glória do Senhor
e entre todos os povos as suas maravilhas. No dia 09 de agosto se comemora o
Dia Internacional dos Povos Indígenas. A data foi criada por decreto da ONU
em 09 de agosto de 1995, como resultado da atuação de representantes de povos
indígenas de diversos locais do globo terrestre. Os povos indígenas são também
alvos do amor de Deus, e a Palavra do Senhor nos manda anunciar entre todos
os povos as suas maravilhas, e os povos indígenas estão incluídos neste contexto.
Quando o Senhor Jesus Cristo ordenou anunciarmos o Evangelho a toda criatura,
a expressão no original grego aponta para uma proclamação do Evangelho a to­
dos os grupos étnicos e raciais (Mc 16.15). Afinal de contas, o Cordeiro de Deus
comprou para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5.9).

I. A ORIGEM DOS POVOS INDÍGENAS


1. Existem muitas especulações sobre a origem dos povos indígenas. No
Período Colonial, houve muita discussão sobre a origem dos índios: uns acredi­
tavam que eram descendentes das tribos perdidas de Israel, outros duvidavam
até de que fossem humanos. A expressão “povo indígena” significa: “originário
de determinado país, região ou localidade; nativo”, e abrange vários povos dife­
rentes espalhados por todo o mundo. As famílias dos filhos de Noé é que deram
origem a todos os povos e nações existentes na terra nos dias de hoje (Gn 10.32).
Alguns destes povos evoluíram e criaram grandes civilizações urbanas (Gn
10.8-12); e outros continuaram como povos tribais vivendo de forma primitiva
nas florestas, o que pode explicar a origem dos índios (Gn 10.30-32 e Gn 11.8).
2. Nos dias do apóstolo Paulo, os povos gentios ou pagãos eram divididos
entre gregos e bárbaros (Rm 1.14). Os gregos representavam todos os povos
gentios civilizados, e os bárbaros representavam todos os povos pagãos não ci­
vilizados. Entretanto, o apóstolo dos gentios se declarou devedor de anunciar
o Evangelho também aos bárbaros, dos quais faziam parte os povos indígenas.
3. A Bíblia revela a existência desses povos na Ilha de Malta onde o navio de
Paulo afundou, e todos os náufragos sobreviventes foram bem recebidos pelos
nativos daquela Ilha, e Paulo não perdeu a oportunidade de evangelizá-los! (At
28.1-10). A Bíblia revela que: “Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é
agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.” (At 10.34-
35). A palavra de Deus ainda declara que Deus ama todos os povos (Dt 33.3).
4. No Brasil existem cerca de 850 mil indígenas que habitam o território
nacional, divididos em mais de 200 etnias, segundo o levantamento feito pelo
Censo Demográfico do IBGE, realizado em 2010. Louvamos a Deus por existir

451
importantes trabalhos missionários entre os índios, onde tem dado muito fruto
e muitos povos indígenas tem se convertido ao Senhor Jesus Cristo. O apóstolo
Paulo já havia pregado sobre a união indiscriminada de todos os povos em tor­
no da Pessoa de Cristo tornando um só povo no Reino de Deus (G13.26-28).

II. 0 AMOR DE DEUS ABRAÇA E CONTEMPLA A TODOS OS POVOS


1. Os povos indígenas e todos os demais povos e etnias do mundo são alvos
do amor inexplicável de Deus revelado por Jesus Cristo, dizendo: “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16).
2. Deus conhece a língua de todos os povos e etnias, a Igreja do Senhor é que pre­
cisa investir na evangelização desses povos capacitando missionários para evangelizá-
-los e mostrar-lhes o quanto Deus os ama, e isso é feito através da tradução da Bíblia
para muitas línguas indígenas. O apóstolo Paulo nos mostrou a carência e urgência
da evangelização desses povos, dizendo: “Porquanto não há diferença entre judeu e
grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10.12-15).
3. Aprendemos através dos livros de História que o português Pedro Alva­
res Cabral descobriu o Brasil em 1500. Havia cerca de um milhão de índios que
já habitavam o Brasil quando Cabral chegou, e esse número se reduziu mui­
to nos dias atuais. A população indígena no Brasil provavelmente procedeu da
Ásia e depois se espalhou pelas Américas. O Senhor prometeu salvar a todos os
termos da terra, dizendo: “Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos
da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. Por mim mesmo tenho jurado;
saiu da minha boca a palavra de justiça e não tornará atrás: que diante de mim
se dobrará todo joelho, e por mim jurará toda língua.” (Is 45.22-23).
4. Os portugueses classificaram os indígenas como povos idílicos: “Uma no­
bre raça de selvagens, incrivelmente inocentes, sem religião, nem governo”. Entre­
tanto logo se tornaram alvos de exploração, miscigenação e evangelização forçada
dos católicos. A história mesma não nega que os Jesuítas forçavam os índios a
viverem em aldeias, o que fizeram para se livrarem da morte ou da escravidão.
Um dos resultados disso foi sincretismo. Mais tarde muitos índios se revoltaram,
muitos foram mortos, outros se espalharam pelas selvas. A Palavra de Deus afir­
ma que: “Toda carne verá a salvação de Deus.” (Lc 3.6). Deus deseja que todos os
homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (lTm 2.4).
CONCLUSÃO: A graça de Deus se manifestou para salvar a todos os povos, tri­
bos, línguas e nações (Tt 2.11). A graça de Deus é suficiente para salvar sábios e
ignorantes, ricos e pobres, aborígenes, autóctones, indígenas, africanos, asiáticos,
europeus, oceânicos, americanos etc... Deus ama os povos indígenas, e todas as
demais etnias existentes no mundo. O apóstolo Paulo revelou de forma indireta
a origem dos povos indígenas e o que Deus deseja deles em seu famoso discurso
no areópago de Atenas (At 17.26-31). Como de um só Deus fez a raça humana,
logo os indígenas também são filhos de Adão e alvos do grande amor de Deus!

452 I 9 DE AGOSTO
10 DE AGOSTO

A CHAMADA MISSIONÁRIA DE ISRAEL


IC rôn ica s 16.23

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o propósito de Deus em fazer de Is­


rael uma nação missionária. Muitos acham que a visão missionária não soa
tanto no Antigo Testamento como acontece no Novo Testamento. Isso se deve
pelo fato de muitos não compreenderem que Deus estava preparando a nação
de Israel como luz do mundo em meio aquele mundo pagão. Você percebe o
propósito claro de Deus em usar o povo de Israel como uma nação missionária
em várias passagens bíblicas. O plano missionário de Deus para Israel se dividia
em três pontos: I o Proclamar seu propósito de abençoar as nações (Gn 12.1-3);
2 ° Participar do seu sacerdócio como agente dessa benção (Êx 19.4-6); 3o Provar
seu propósito de abençoar todas as nações (SI 67.1-7).

I. A VOCAÇÃO MISSIONÁRIA DE ISRAEL NAS ESCRITURAS


1 .0 poderoso resgate de Israel do Egito através de muitos prodígios e maravi­
lhas, além das vitórias obtidas contra Ogue, rei de Basã, e Seom, rei dos amorreus,
era pra ser proclamado por cada israelita perante as nações, e os cananeus sabiam
muito bem disso conforme as declarações da própria Raabe aos espias (Js 2.8-11).
2. O Senhor revelou o seu propósito de usar Israel como uma nação que
servisse de exemplo para os demais povos, dizendo: “Agora, pois, se diligente­
mente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis a minha
propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha. E vós
me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos fi­
lhos de Israel.” (Êx 19.5-6). Israel deveria ser uma nação intercessora do mundo,
e um exemplo de vida santa no meio dos povos pagãos! Deus pregou o amor
que Israel deveria ter pelos povos estrangeiros, dizendo: “Como o natural, entre
vós será o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos,
pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.” (Lv
19.34).
3. Salomão também revelou o propósito missionário de Deus para com Is­
rael em sua longa oração no dia da inauguração do Templo, dizendo: “E tam­
bém ouve ao estrangeiro que não for do teu povo Israel, porém vier de terras
remotas, por amor do teu nome (porque ouvirão do teu grande nome, e da tua
forte mão, e do teu braço estendido), e vier orar a esta casa. Ouve tu nos céus,
assento da tua habitação, e faze conforme tudo o que o estrangeiro a ti clamar,
a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem
como o teu povo de Israel e para saberem que o teu nome é invocado sobre esta
casa que tenho edificado.” (lR s 8.41-43).
4. O salmista Davi compreendeu o propósito de Deus em usar Israel para

453
proclamar ao mundo a sua salvação, dizendo: “Cantai ao SENHOR, todas as
terras; proclamai a sua salvação, dia após dia. Anunciai entre as nações a sua
glória, entre todos os povos, as suas maravilhas, porque grande é o SENHOR e
mui digno de ser louvado, temível mais do que todos os deuses.” (lC r 16.23-25).
O profeta Zacarias previu um dia em que os próprios povos gentios implorarão
aos judeus para buscarem juntamente com eles o Deus de Israel (Zc 8.22-23).

II. O PROPÓSITO DE DEUS DE ABENÇOAR 0 MUNDO ATRAVÉS DE ISRAEL


1. Desde a chamada do patriarca Abraão, o propósito de Deus sempre foi aben­
çoar todas as famílias da terra através dos seus descendentes (Gn 12.1-3). O salmista
revelou o propósito de Deus abençoar a Israel para alcançar a todos os povos, dizen­
do: “Deus nos abençoará, e todas as extremidades da terra o temerão.” (SI 67.1-7).
2. A Bíblia revela o grande propósito de Deus em usar a Israel como canal de
benção para o mundo inteiro, dizendo: “Dias virão em que Jacó lançará raízes, e
florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto a face do mundo.” (Is 27.6). O profeta
Isaías já havia se predisposto a atender o chamado missionário de Deus, dizendo:
“Eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is 6.8). Deus escolheu também Jeremias como um
profeta transcultural, dizendo: “Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci;
e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.” (Jr 1.5).
3. O Senhor começou a usar o profeta Isaías revelando o teor missionário de
sua mensagem messiânica e evangélica, dizendo: “Eu, o SENHOR, te chamei em
justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por concerto do povo e
para luz dos gentios; para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos
e do cárcere, os que jazem em trevas.” (Is 42.6-7).
4. Deus enviou o profeta Jonas à Nínive, como autêntico missionário judeu,
mesmo contra a vontade do profeta, dizendo: “Levanta-te, e vai à grande cidade
de Nínive, e prega contra ela a pregação que eu te disse.” (Jn 3.1-2). O grande su­
cesso da pregação de Jonas em Nínive se deu pela conversão nacional de todos
os ninivitas (Jn 3.5-10). Mesmo com a falta de visão missionária do profeta Jo­
nas, Deus ensinou ao profeta relutante a sua intenção de alcançar os pecadores
de qualquer nação por mais ímpia que seja (Jn 4.1-11).

CONCLUSÃO: Mesmo que Israel tenha fracassado em sua chamada missionária,


Deus ainda assim cumpriu o seu propósito quando transformou o fracasso de Israel
na salvação dos gentios (Rm 11.11-15). O propósito de Deus não era que Israel fa­
lhasse; porém, na falha deles, Deus trouxe salvação aos gentios! Israel deixou como
legado o Monoteísmo que é o conhecimento de um único Deus, a salvação por meio
de Cristo, e a Bíblia Sagrada (Dt 6.4; Jo.4.22; Rm 9.4-5). Quer legado maior do que
estes? O mundo cristão deve muito ao povo de Israel e deve sempre interceder por
eles! (SI 122.6).

454 I 10 DE AGOSTO
11 DE AGOSTO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ADVOGADO


U o a o 2.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo João nos apresenta Jesus Cristo
- O Maior Advogado do Universo. O Dia do Advogado é comemorado em 11
de Agosto de cada ano. Esta data teve origem em 1827, quando foram criados
os primeiros cursos de Direito no Brasil, em Olinda-PE; e no mosteiro de São
Bento no Largo de São Francisco em São Paulo. O Direito é a ciência das nor­
mas que regulam as relações entre os indivíduos na sociedade; porém, quando
essas relações não funcionam dentro das normas estabelecidas, entra o trabalho
do advogado, que é o de nortear e representar clientes em qualquer instância,
juízo ou tribunal. O advogado é indispensável à Justiça, e merece ser lembrado
neste importante dia. A Bíblia menciona o Maior de todos os advogados - Jesus
Cristo. Jesus Cristo é o Maior Advogado do Mundo. Ele é o Advogado dos ad­
vogados. Ele é o Advogado dos pecadores; Advogados dos oprimidos; Advoga­
do dos fracos e indefesos; Advogado dos pobres e injustiçados. Jesus Cristo é o
Maior Advogado que existe! É a própria palavra de Deus quem afirma: “Temos
Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” ( ljo 2.1). O Diabo atua como uma
espécie de “promotor” que apresenta acusações contra nós de dia e de noite (Ap
12.10); porém, Jesus Cristo é o nosso Advogado Fiel que nos defende diante de
Deus Pai que é o Juiz de toda a terra (Gn 18.25). Além disso, o nosso Juiz é m i­
sericordioso e não nos julga segundo os nossos pecados, pois conhece as nossas
fraquezas e sabe que somos pó (SI 103.10-14).

I. A IMPORTÂNCIA DO ADVOGADO HUMANO


1. O vocábulo para advogado em latim é “advocatu” isto é, aquele que é
chamado para junto de alguém, a fim de o assistir e defender. Em nosso Direito
Moderno, o advogado é figura indispensável no processo judiciário conforme
preceitua o Artigo 133 da nossa Constituição Federal.
2. No Brasil, o advogado é um profissional graduado em Direito, legalmente
habilitado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que orienta juridica­
mente quem o consulta e presta assistência, em juízo ou fora dele, a parte de
que é mandatário. É órgão auxiliar da Justiça. O Advogado Dativo, é aquele que
defende beneficiário da justiça gratuita por designação da Assistência Judiciária
ou nomeado por juiz.
3. O apóstolo Paulo revelou como Jesus Cristo presta assistência gratuita a
todos os pecadores, dizendo: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça,
pela redenção que há em Cristo Jesus,” (Rm 3.24). Jesus Cristo é o nosso Ad­
vogado Dativo nomeado pelo próprio Deus para nos defender gratuitamente!
4. Partindo de uma ótica que, o pecado significa a transgressão de uma lei, ou
à infração de um mandamento e quebra de uma norma, o transgressor terá que

455
sofrer a pena pelo delito cometido, e, terá o direito assegurado por lei, a um Advo­
gado para defendê-lo das acusações, vindo a ser condenado ou absolvido. E isso é,
justamente, o que mais observamos o Mestre de Nazaré fazer em prol dos conde­
nados e oprimidos pela sociedade de seus dias. Foi assim para com a mulher pega
em flagrante de adultério, a qual, o Advogado dos pecadores conseguiu absolvê-la
de seus acusadores (Jo 8.1-11); foi assim para com o homicida Barrabás, que, até
mesmo na hora de sua morte, o Mestre Galileu, o Advogado dos advogados, foi
condenado, a fim de que o condenado fosse absolvido (Mt 27.16-26).

II. A IMPORTÂNCIA DO ADVOGADO DIVINO


1. O primeiro homem na História Sagrada a sentir a necessidade de um ad­
vogado divino foi o patriarca Jó O patriarca bíblico mostrou confiança em seu
Advogado Divino, dizendo: “Já agora sabei que a minha testemunha está no céu,
e nas alturas, quem advoga a minha causa” (Jó 16.19). A palavra “testemunha”
usada aqui é originada do vocábulo hebraico “sahedf’, palavra vinda do aramaico,
e que significa “advogado, fiador, patrocinador”. Alguém que toma a causa em
mãos, e garante a solução satisfatória. Dezenas de séculos antes de Cristo, Jó já vis­
lumbrava a figura profética de Jesus Cristo, o nosso Advogado Celestial (ljo 2.1).
2. Jó reconheceu mais uma vez a necessidade de um Advogado Divino, di­
zendo: “Promete agora, e dá-me um Fiador para contigo; quem há que me dê
a mão?” (Jó 17.3). Em sentido teológico, só o próprio Deus tem condições de
providenciar os meios que satisfazem as exigências da sua Justiça, e isto o fez por
meio de Jesus Cristo, o Advogado da Humanidade (IC o 1.30; 2Co 5.21 e 1 Jo.2.1-
2). Jesus Cristo é o Mediador indispensável entre Deus e o homem (lTm 2.5).
Jesus Cristo é o nosso Fiador, Mediador e Advogado diante de Deus, o nosso Pai.
3. Paulo revelou como o Senhor Jesus Cristo lhe deu assistência como seu
Advogado de Defesa em Roma, dizendo: “Mas o Senhor assistiu-me e forta­
leceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios a
ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.” (2Tm 4.17).
4. O apóstolo João apresenta Jesus Cristo como o nosso Advogado de De­
fesa, dizendo: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis.
Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;”
( ljo 2.1). A palavra grega para “advogado” aqui é “parakletos”, o mesmo termo
aplicado ao Espírito Santo pelo próprio Senhor Jesus Cristo (Jo 14.16, 14.16,
15.26, e 16.7), que significa “alguém chamado para defender outra pessoa”, prin­
cipalmente quando se trata de uma acusação legal. Sendo assim, o crente pode
desfrutar da assistência tanto de Jesus Cristo como do Espírito Santo em sua
defesa nos momentos mais difíceis (Rm 8.26).
CONCLUSÃO: Fm nossa Justiça Comum, o próprio Estado pode oferecer a assis­
tência judiciária gratuita de um advogado de defesa, caso o acusado não disponha
de condições para contratar um advogado particular. A Justiça Divina também
proveu assistência gratuita a todos os pecadores, por meio de Jesus Cristo, o Ad­
vogado por excelência dos pecadores arrependidos e oprimidos (Rm 3.24).

456 I 11 DE AGOSTO
12 DE AGOSTO

LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE


Eclesiastes 11.9

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão escreveu para a juven­


tude reconhecendo o legitimo direito dos jovens se alegrarem e recrearem o
seu coração, mas ao mesmo tempo cobrou deles responsabilidade e modera­
ção na liberdade dos mesmos se divertirem. O Dia Internacional da Juventude
celebra-se dia 12 de agosto de cada ano, por resolução da Assembléia Geral
da ONU em 1999. A “mocidade”, é entendida como a idade da juventude em
que antecede a vida adulta. É período que antecede o estado de maturidade
da pessoa humana. É considerado jovem no Brasil todo o cidadão que com ­
preende a idade entre 15 e 29 anos, sendo dividido em: Jovem-Adolescente,
Jovem-Jovem e Jovem-Adulto. Já segundo a própria ONU, o termo juventude
geralmente refere-se àqueles que estão entre as idades de 15 a 24 anos. Esta é a
fase em que as pessoas estão mais vulneráveis e propensas aos desvios de con­
duta, por causa da sua inexperiência. O próprio Deus reconheceu isso, quando
disse que: “É mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade” (Gn
8.21). Deus compreende perfeitamente cada fase da vida humana e cada faixa
etária tanto do homem como da mulher. A Bíblia mostra uma lista de moços
que aprenderam a temer ao Senhor desde a sua mocidade, e oferece conselhos
valiosos e prudentes para a juventude.

I. A IMPORTÂNCIA DA JUVENTUDE NAS ESCRITURAS


1. Alguns indivíduos se recusam passar para a vida adulta, esse comporta­
mento é conhecido como “Síndrome de Peter Pan” ou “Síndrome do homem que
nunca cresce”. Porém, olhando para a Bíblia, alguns jovens atingiram a maturida­
de ainda muito novo; e, Josué, sucessor de Moisés, foi um desses (Êx 33.11). A Bí­
blia descreve o crescimento físico, social e espiritual do jovem Samuel, dizendo:
“O jovem Samuel crescia em estatura e no favor do Senhor e dos homens” (ISm
2.26). Samuel aprendeu a confiar no Senhor desde a sua mocidade.
2. Um dos moços que conhecia o jovem Davi deu testemunho dele, dizendo: “Co­
nheço um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é forte e valente, homem de guerra,
sisudo em palavras e de boa aparência; e o Senhor é com ele” (ISm 16.18). As proezas
de Davi na sua juventude é uma fonte de inspiração para muitos jovens. A Palavra de
Deus afirma que: “Olhando o filisteu e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era moço
ruivo e de boa aparência” (ISm 17.42). O gigante Golias subestimou a juventude de
Davi. Nunca devemos subestimar as pessoas pela sua idade ou condição social.
3. Temeroso de ser castigado pelos pecados da sua juventude, Jó se queixou
diante de Deus, dizendo: “Pois decretas contra mim coisas amargas e me atribuis
as culpas da minha mocidade” (Jó 13.26). A idade da juventude é uma fase sem-
pre propícia para o jovem cometer atos irresponsáveis, e Jó pensava que Deus
estaria lhe cobrando algum erro cometido quando ainda era jovem (SI 25.7).
4. O salmista revelou seu relacionamento com Deus desde a sua juventude,
dizendo: “Pois tu és a minha esperança, Senhor Deus, a minha confiança desde
a minha mocidade” (SI 71.5). O mesmo salmista ainda diz: “Tu me tens ensi­
nado, ó Deus, desde a minha mocidade; e até agora tenho anunciado as tuas
maravilhas” (SI 71.17).

II. A RESPONSABILIDADE DA JUVENTUDE DIANTE DE DEUS


1. O sábio rei Salomão já tinha passado por todas as fases da juventude e
após ficar maduro e experiente aconselhou aos jovens, dizendo: “Lembra-te do
teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e che­
guem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer” (Ec 12.1). O jovem tem
o livre-arbítrio para se alegrar e se divertir da forma como desejarem; porém,
haverá o dia da prestação de contas diante de Deus!
2. O profeta Ezequiel pôde dar o seu testemunho de pureza desde a sua juven­
tude, dizendo: “Ah! Senhor Deus! Eis que a minha alma não foi contaminada, pois,
desde a minha mocidade até agora, nunca comi animal morto de si mesmo nem
dilacerado por feras, nem carne abominável entrou na minha boca” (Êx 4.14).
3. O apóstolo Paulo deu testemunho da sua mocidade, dizendo: “Quanto à
minha vida, desde a mocidade, como decorreu desde o princípio entre o meu
povo e em Jerusalém, todos os judeus a conhecem” (At 26.4). O apóstolo Paulo
ordenou para ninguém subestimar a juventude de Timóteo, dizendo: “Ninguém
despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra,
no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (lT m 4.12).
4. Paulo também aconselhou o jovem Timóteo a fugir das paixões perigo­
sas da juventude, dizendo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue
a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”
(2Tm 2.22). O apóstolo João também escreveu para uma juventude vencedora,
dizendo: “Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus perma­
nece em vós, e tendes vencido o Maligno” ( ljo 2.14).

CONCLUSÃO: A mocidade representa o vigor de um povo e de uma nação; é a


idade da primavera, do romance, dos sonhos e do encantamento. Jesus Cristo já vi­
veu a fase da mocidade, e entende perfeitamente os conflitos próprios da juventude.
Portanto, Jovem não desanime, Jesus te ama e te entende!

458 | 12 DE AGOSTO
13 DE AGOSTO

LIÇÕES DO DIA DO ECONOMISTA


Gênesis 39.4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que José foi coloca­
do como o mordomo e administrador de todos os bens de Potifar, Chefe da guar­
da de Faraó. No dia 13 de agosto de cada ano se comemora o Dia do Economista.
O economista é o profissional que compreende a forma como as sociedades usam
seus recursos materiais, visando produzir e distribuir bens e serviços. A figura
que mais representa a função do economista nas Escrituras é a do mordomo.
O termo “mordomo” no original grego é “oikonomos”, que significa “mordomo”,
“administrador”, “despenseiro” ou “economista”. O economista moderno orienta
o planejamento econômico e financeiro do negócio, controlando gastos e custos
e fazendo previsões sobre os nichos do mercado. O mordomo antigo orientava
todo o planejamento econômico e financeiro de uma casa ou fazenda, cuidan­
do da despensa e distribuindo bens e serviços aos empregados de seu senhor. A
sabedoria e competência de José na administração da casa de Potifar e sua as­
censão como ministro da fazenda de Faraó, o credencia como um dos maiores
economistas da Bíblia. Através de sua competência, José administrou a economia
egípcia com previdência na fartura e muita prudência na escassez de recursos.

I. JOSÉ - O MINISTRO DA ECONOMIA DE FARAÓ


1. O plano econômico apresentado por José a Faraó para resolver o proble­
ma da fome mundial que viria foi determinante para o rei do Egito nomeá-lo
como Primeiro Ministro da nação mais potente do mundo naqueles dias (Gn
41.33-52). José era o homem mais sábio e inteligente de sua época, e o rei do
Egito reconheceu isso, dizendo: “Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém
há tão inteligente e sábio como tu.” (Gn 41.39).
2. José foi chamado de “Zafenate-Panéia” que significa “salvador do mun­
do” (Gn 41.45). José foi de fato o ministro da economia do Egito que conseguiu
salvar o mundo que girava em torno do império egípcio da fome que assolou a
terra por sete anos (Gn 47.13-20).
3. José soube fazer previdência para o futuro ao armazenar muitíssimo trigo
como a areia do mar nos dias de fartura que vieram sobre o Egito (Gn 41.47-49).
Precisamos aprender com o economista José a construirmos celeiros no período da
abundância para atravessarmos o período da escassez sem nada nos faltar (Gn 41.56).
4. O salmista cantou em prosa a ascensão de José da posição de escravo a
ministro da economia de Faraó, dizendo: “Adiante deles enviou um homem,
José, vendido como escravo; cujos pés apertaram com grilhões e a quem pu­
seram em ferros, até cumprir-se a profecia a respeito dele, e tê-lo provado a
palavra do SENHOR. O rei mandou soltá-lo; o potentado dos povos o pôs em

459
liberdade. Constituiu-o senhor de sua casa e mordomo de tudo o que possuía,
para, a seu talante, sujeitar os seus príncipes e aos seus anciãos ensinar a sabe­
doria.” (SI 105.20-21).

II. LIÇÕES DE ECONOMIA NO MINISTÉRIO DE JESUS


1. O Senhor Jesus Cristo nos deu grandes lições de economia tanto nos seus
ensinamentos como no seu ministério. Na primeira multiplicação de pães e pei­
xes, Jesus nos deu uma lição econômica contra o desperdício quando mandou
recolher os pedaços dos pães que sobraram em doze cestos cheios! (Mt 14.20).
Jesus Cristo nos deu outra lição prática de economia quando na segunda mul­
tiplicação dos pães e peixes, ele mandou que fosse recolhido a sobra em sete
cestos cheios! (Mt 15.32-38).
2. Jesus Cristo nos deu uma lição econômica ao falar sobre a necessidade de
calcularmos os custos de uma obra, dizendo: “Pois qual de vós, querendo edifi-
car uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se
tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os ali­
cerces e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,
dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” (Lc 14.28-30).
3. Jesus Cristo nos deu uma outra lição de economia quando nos ensinou
a calcularmos os custos de uma batalha, dizendo: O u qual é o rei que, indo à
guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre
se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? De
outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores e pede con­
dições de paz.” (Lc 14.31-32). Isso vale para qualquer preito que alguém quiser
disputar; é preciso sentar primeiro para calcular os custos!
4. Jesus Cristo nos deu o privilégio de trabalharmos no seu reino e nos ofe­
receu recursos para sabermos negociar, dizendo: “E, chamando dez servos seus,
deu-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu venha.” (Lc 19.13). Quem
souber administrar com sabedoria o que Deus lhe confiou, receberá do Senhor
a capacidade de administrar coisas maiores ainda! (Lc 19.15-26).

CONCLUSÃO: Que possamos pedir ao Senhor a sabedoria de um bom economista


para administrarmos todos os bens que Ele nos confiou! O Senhor dirá para o servo
fiel e bom administrador, dizendo: “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste
fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” (Mt 25.21).

460 I 13 DE AGOSTO
14 DE AGOSTO

LIÇÕES DO DIA DO CARDIOLOGISTA


Provérbios 15.13

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão nos traz lições importantes
acerca do duplo estado emocional do coração humano. No dia 14 de Agosto de
cada ano se comemora o Dia do Cardiologista. O cardiologista é um profissional
da especialidade médica que atua no diagnóstico e tratamento de doenças e disfun-
ções do nosso sistema cardiovascular. O cardiologista pode atuar no diagnóstico
das doenças, na realização de exames físicos e clínicos e na interpretação de exa­
mes cardíacos como eletrocardiograma, ecocardiograma e exames relacionados
a doenças do coração. Para esses especialistas do coração, uma boa alimentação
rica em frutas e verduras, a prática de exercícios físicos sempre com orientação de
um profissional, dormir em torno de 8 horas por noite, são recomendações bási­
cas para se manter um coração sadio. De acordo com a Palavra de Deus, o estado
emocional do coração humano se reflete no próprio rosto das pessoas (Pv 15.13).

I. 0 CORAÇÃO ALEGRE AFORMOSEIA O ROSTO


1. Salomão declara que um coração jubiloso e cheio de alegria deixas as
pessoas com um semblante melhor que se reflete em um rosto mais brilhante
(Pv 15.13). O sábio Salomão cita a alegria como o bom remédio para o coração,
dizendo: “O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a
secar os ossos.” (Pv 17.22).
2. O sábio Salomão escreveu muitas coisas importantes acerca do coração.
O sábio rei de Israel nos alertou sobre o cuidado que devemos ter com o nosso
coração, dizendo: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, por­
que dele procedem as saídas da vida.” (Pv 4.23).
3. O sábio Salomão também falou da importância da saúde do coração,
dizendo: “O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos
ossos.” (Pv 14.30).
4. O Senhor Jesus Cristo nos deixou uma paz gloriosa que traz tranquilida­
de para o nosso coração, dizendo: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não
vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”
(Jo 14.27). Por duas vezes Jesus usou esta frase: “Não se turbe o vosso coração”
no capítulo 14 do Evangelho de João (Jo 14.1 e 14.27).

II. PELA DOR DO CORAÇÃO O ESPÍRITO SE ABATE


1. Salomão descreve dois estados do coração: Um coração alegre e um cora­
ção dolorido (Pv 15.13). O rei Davi descreveu os terrores que se abateram sobre
o seu coração dolorido, dizendo: Ό meu coração está dorido dentro de mim, e
terrores de morte sobre mim caíram.” (SI 55.4).

461
2. O próprio Neemias revela como a tristeza de seu coração também se re­
fletiu no seu próprio rosto, quando o próprio rei da Pérsia notou isso, dizendo:
“Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? Não é isso senão tristeza
de coração. Então, temi muito em grande maneira” (Ne 2.2).
3. Davi ainda revelou as ânsias do seu coração, e pediu ao Senhor que lhe ti­
rasse dos seus apertos, dizendo: “As ânsias do meu coração se têm multiplicado;
tira-me dos meus apertos.” (SI 25.17).
4. Davi também revelou como a inquietação de seu coração lhe deixou aba­
tido, dizendo: “Estou fraco e mui quebrantado; tenho rugido por causa do de-
sassossego do meu coração.” (SI 38.9). O estimado rei Davi já se apresenta agora
com o seu coração curado, dizendo: “Preparado está o meu coração, ó Deus,
preparado está o meu coração; cantarei e salmodiarei.” (SI 57.7).
CONCLUSÃO: Que possamos cuidar melhor do nosso coração a cada dia, e
poder dizer como Davi: “Preparado está o meu coração, ó Deus; cantarei e sal­
modiarei com toda a minha alma.” (SI 108.1).

A N O TA Ç Õ E S

452 | 14 DE AGOSTO
15 DE AGOSTO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DOS SOLTEIROS


Gênesis 2.18

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, nós vamos aprender que o próprio Deus
reprova a solidão humana. Dia 15 de agosto de cada ano se comemora o Dia dos
Solteiros. No capítulo primeiro de Gênesis é repetida por várias vezes a seguinte
frase: Έ viu Deus que era bom.” (Gn 1.10; 1.112; 1.18; 1.21; 1.25 e 1.31); porém,
neste segundo capítulo de Gênesis, uma coisa Deus viu que não era bom: “Não
é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). Deus não quer que o homem ou a
mulher viva em solidão. De acordo com o famoso poeta Jonh Milton: “A solidão
foi a primeira coisa que os olhos de Deus declararam não ser boa”. O homem
não se completava afetivamente com a companhia dos animais, nem mesmo
com as belezas do Jardim do Éden. Evidentemente Deus podería ter feito outro
homem como irmão, amigo e companheiro de Adão, mas não o fez. Em lugar
disto, Deus fez uma mulher e lha deu como esposa e companheira com um cor­
po anatomicamente diferente do corpo do homem para que os sexos opostos
pudessem se atraírem (Gn 2.22-24).

I. DEUS NÃO DESEJA A SOLIDÃO NEM PARA O HOMEM E NEM PARA A MULHER
1. Este texto sagrado declara que: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn
2.18). Entretanto, Deus também não vê com bons olhos a mulher solitária; pois,
as Escrituras também afirmam que Deus “faz com que a mulher estéril habite
em família e seja alegre mãe de filhos? Louvai ao SENHOR!” (SI 113.9). O texto
não só fala da situação estéril da mulher, como também Deus lhe tira da solidão
para fazê-la habitar em família!
2. A Bíblia descreve como Deus resgatou o seu povo de um deserto so­
litário, dizendo: “Achou-o na terra do deserto e num ermo solitário cheio de
uivos; trouxe-o ao redor, instruiu-o, guardou-o como a menina do seu olho.”
(Dt 32.10).
3. Davi também se sentiu solitário em um momento de sua vida e clamou
por socorro ao Senhor, dizendo: O lh a para mim e tem piedade de mim, porque
estou solitário e aflito.” (SI 25.16). O salmista Davi também afirmou que: “Deus
faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões;
mas os rebeldes habitam em terra seca.” (SI 68.6).
4. O Senhor prometeu que Josué nunca estaria sozinho, dizendo: “Não to
mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque
o SENHOR, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares.” (Js 1.9). Onde quer
que Josué fosse estaria acompanhado pelo Senhor!

463
II. A IMPORTÂNCIA DE NÃO ESTÁ SÓ
1. A Bíblia sempre destaca a importância do homem não está só. O sábio
Salomão falou da importância do homem não está só, dizendo: “Melhor é serem
dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair,
o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não
haverá outro que o levante.” (Ec 4.9-10).
2. Salomão ainda destacou a importância da pessoa não está só, dizendo:
“Também se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se
aquentará? E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o
cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” (Ec 4.11-12).
3. O próprio Jesus Cristo reconheceu a importância de ser dois e não um só,
dizendo: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de
qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.”
(Mt 18.19). As orações feitas em concordância por um casal unidos em oração
tem muito efeito! (lP e 3.7).
4. O apóstolo Paulo, embora tenha optado por permanecer solteiro, acon­
selhou ao homem e a mulher que evitem ficarem sozinhos, dizendo: “Mas, por
causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o
seu próprio marido.” (IC o 7.2). A união conjugal se torna um antídoto não só
contra a solidão, como também se evita a promiscuidade! O sábio Salomão ain­
da classificou o achado de uma mulher como algo muito bom para o homem,
dizendo: “O que acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolên­
cia do SENHOR.” (Pv 18.22).
CONCLUSÃO: Dentre todas as coisas feitas pelo Senhor no princípio da criação,
apenas uma Ele achou que não era boa - A solidão do homem (Gn 2.18). De
acordo com Thomas Adams: “Assim como pela criação Deus de um fez dois,
pelo casamento, Ele de dois fez um”. O Senhor Jesus Cristo referendou a união
conjugal, dizendo: “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que
Deus ajuntou não separe o homem.” (Mt 19.6)

A N O TA Ç Õ E S

464 I 15 DE AGOSTO
16 DE AGOSTO
LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO FILÓSOFO
Atos 17.18
INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Lucas cita a discussão que Paulo teve com dois
grupos de filósofos que ele encontrou em Atenas, na Grécia, conhecida como a “Capital
Mundial da Filosofia”. O dia 16 de Agosto é lembrado como o Dia do Filósofo. A palavra
“filosofia”, significa “amor a sabedoria” O filósofo é tido como uma pessoa que está aci­
ma das paixões, dos acidentes da vida, um incrédulo, um livre-pensador, vive meio afas­
tado da sociedade e é indiferente às coisas do mundo, é praticamente um ser excêntrico,
está mais próximo do saber e da ciência. A Filosofia estuda o conhecimento racional da
natureza, do ser humano, do universo e suas transformações. Embora Tales de Mileto
seja considerado o primeiro filósofo; Sócrates é considerado o pai da filosofia. Ele se
tornou o divisor de águas da Filosofia Grega. Para tanto, a filosofia é dividida entre os
pré-socráticos e os pós-socráticos. Dedicou sua vida ao ensino e conhecimento da vir­
tude, visando libertar a consciência da opinião errada e da opinião alheia, estimulando a
descoberta por si mesmo da verdade. Sócrates, Platão, e Aristóteles formam o tripé dos
maiores nomes da Filosofia Grega. Orígenes, Clemente, Tertuliano e Agostinho, são os
grandes filósofos cristãos da Patristica. Tomás de Aquino e Anselmo de Cantuária, são
os grandes filósofos cristãos da Escolástica na Idade Média. Thomas Hobbes, Jonh Lo­
cke, Descartes, Hegel e Kant, foram os filósofos que mais contribuíram na construção
dos alicerces da Filosofia Moderna. Estudiosos de Filosofia contemporâneos falam que
a humanidade vive um processo acelerado de mudança, o qual tem deixado o mundo
sem memória, onde as opiniões são consideradas móveis e frágeis. O filósofo encarna a
figura do “inquiridor deste século” que o apóstolo Paulo se referiu aos coríntios e tenta
explicar todas as coisas pela razão, e, ao mesmo tempo mostra-se cético diante das ques­
tões pontuais da vida (ICo 1.20)

I. A IMPORTÂNCIA DOS FILÓSOFOS NA HISTÓRIA


1. O texto sagrado afirma que, Paulo teve um grande embate entre filósofos epi-
cureus e estóicos (At 17.18). Os epicureus eram seguidores do filósofo grego Epícuro
(341-270 a.C). A filosofia dos epicureus ensinava que o prazer é o ideal da vida. Para
eles, o maior prazer seria a paz, ausência de dores, paixões e temores. Os Estóicos eram
seguidores do filósofo grego Zenon de Citium (340-265 a.C). A filosofia estóica ensi­
nava que a vida ideal se conformava com a natureza, da qual a maior expressão era a
razão ou logos; e defendiam o panteísmo. Entretanto, Paulo, o apóstolo mais intelectual
de sua época, soube apresentar para àqueles filósofos o genuíno Evangelho de Cristo,
revelando-lhes o Único e Verdadeiro Deus (At 17.22-31).
2 .0 apóstolo Paulo desafiou os filósofos a apresentarem uma solução melhor para
a salvação do homem, dizendo: “Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inqui­
ridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto
como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua sabedoria, aprouve a
Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação” (ICo 1.20-21).

465
3. O apóstolo Paulo nos apresentou uma sabedoria muito superior da que os gregos
conheciam, dizendo: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus,
loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pre­
gamos a Cristo, poder de Deus e Sabedoria de Deus” (ICo 23-24). O sábio apóstolo Paulo
está dizendo para os filósofos que: “Sem a loucura e a fraqueza da crucificação, não podería
ter havido a sabedoria e o poder da ressurreição de Jesus Cristo e os inúmeros benefícios
oriundos dela” O sábio apóstolo Paulo ainda afirmou que: ‘Ά loucura de Deus é mais sábia
do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (ICo 1.25).
4. O grande embate entre teólogos e filósofos é que, os filósofos não aceitam as
respostas prontas dos teólogos. Enquanto os filósofos perguntam: O que é isso? Os teó­
logos respondem a pergunta de forma simples e objetiva baseada na Palavra de Deus,
o que os filósofos não aceitam. A raiva dos filósofos é porque Deus não revelou a sa­
bedoria da salvação para os grandes sábios e entendidos deste mundo, mas sim, para
os pequeninos, conforme o próprio Jesus Cristo exclamou, dizendo: “Graças te dou, ó
Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as
revelastes aos pequeninos” (Mt 11.25).
II. JESUS CRISTO É A VERDADEIRA SABEDORIA QUE OS GREGOS PROCURAM
1. Um grupo de gregos, ao ouvirem falar da fama da sabedoria de Jesus Cristo, su­
biram para Jerusalém, e se dirigiram a Filipe, dizendo: “Queremos ver Jesus” (Jo 12.20-
21). Jesus Cristo ensinou, pregou e curou os enfermos num Ministério ativo de apenas
três anos de duração, enquanto muitos dos mais famosos “Filósofos” do mundo ensina­
ram por muito mais tempo: Sócrates ensinou durante 40 anos; Platão, durante 50 anos,
Aristóteles, 40 anos. Mesmo assim, os ensinamentos de Jesus Cristo ultrapassaram o
impacto causado pelos 130 anos de ensino desses três grandes filósofos da Antiguidade.
2. O sábio Apóstolo dos Gentios declarou que nós: “Falamos a sabedoria de Deus
em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa
glória; sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a
tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória” (ICo 2.7-8).
3. O apóstolo Paulo também colocou o conhecimento de Deus acima de todos os
sofismas defendidos pelos inquiridores deste século, dizendo: “As armas da nossa mi­
lícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós
sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo pensamento à obediência de Cristo” (2Co 10.4-5).
4. O grande teólogo Paulo, o mais sábio dos apóstolos de Jesus Cristo, ainda es­
creveu que em Jesus Cristo “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão
escondidos” (Cl 2.3). Tiago, o irmão carnal de Jesus Cristo também descreveu a supe­
rioridade da Sabedoria Divina, dizendo: “A sabedoria, porém lá do alto é, primeiramen­
te, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos,
imparcial, sem fingimento” (Tg 3.17). A sabedoria do alto é bem superior a sabedoria
de todos os filósofos gregos!
CONCLUSÃO: Os gregos são um povo amante da sabedoria; e se orgulham de seus
grandes filósofos. Entretanto, nenhum deles lhes apresentaram uma mensagem de sal­
vação. Somente Jesus Cristo é a verdadeira luz que ilumina a todo o homem (Jo 1.9).

466 | 16 DE AGOSTO
17 DE AGOSTO

AS SETE CONQUISTAS DE CRISTO NA CRUZ


Efésios 2.16

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela como Cristo destruiu o muro da inimi­
zade que separava o homem de Deus e como promoveu por meio da cruz a reconci­
liação do homem com Deus. Dentre as várias conquistas de Cristo na cruz, podemos
destacar pelo menos sete principais conquistas: 1aA salvação da nossa alma (1 Co 1.18);
2aA reconciliação do homem com Deus (Ef 2.16); 3aUm Nome acima de todos os no­
mes (Fp 2.8-11); 4aA paz universal (Cl 1.20); 5aO pagamento da nossa dívida (Cl 2.14);
6a O triunfo sobre os principados e potestades (Cl 2.15); e 7a A vitória sobre Satanás e
sobre a morte (Hb 2.14 e Ap 1.18).

I. A SALVAÇÃO DA NOSSA ALMA


1. A primeira conquista de Cristo na cruz foi a salvação da nossa alma (1 Co 1.18).
A morte expiatória de Cristo na Cruz do Calvário trouxa a nossa Redenção (Ef 1.7). O
apóstolo Paulo declarou isso, dizendo: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que
perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1 Co 1.18). A Mensagem
da Cruz é loucura para os perdidos; porém, é o poder de Deus para a salvação de todo
aquele que crê (Rm 1.16).
2. Paulo ainda descreveu a glória da mensagem da cruz, dizendo: “Mas longe esteja
de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo
está crucificado para mim e eu, para o mundo” (G16.14).

II. A RECONCILIAÇÃO DO HOMEM COM DEUS


1. A segunda conquista de Cristo na cruz foi a reconciliação do homem com Deus
(Ef 2.16). A palavra “reconciliação” vem do vocábulo grego “katallassõ”, que sugere a
ideia de “trocar”, “mudar” ou “transformar” A reconciliação é uma mudança da relação
entre Deus e o homem, onde a inimizade foi trocada pela amizade. Reconciliar signi­
fica também acalmar, apaziguar, atrair as vontades opostas, restabelecer a harmonia
e a concórdia entre as partes. Jesus Cristo construiu uma “Ponte de Amizade” entre o
homem e Deus e encurtou a grande distância que havia entre ambos através da cruz (Ef
2.15-18). O apóstolo Paulo explicou todo o processo da reconciliação, dizendo: “Por­
que, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho,
muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não somente isto,
mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora
alcançamos a reconciliação.” (Rm 5.10-11).
2. O apóstolo Paulo ainda nos deu uma aula de reconciliação, dizendo: “E tudo
isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu
o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação”
(2Co 5.18-19).

467
III. UM NOME ACIMA DE TODOS OS NOMES
1. A terceira conquista de Cristo na cruz foi um Nome acima de todos os nomes. O
apóstolo Paulo descreveu em forma de “V” a humilhação e exaltação de Cristo, dizendo:
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a
si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra,
e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus
Pai.” (Fp 2.8-11). Na descrição de Paulo, Cristo vai descendo do topo de sua glória e vai até
o fundo do poço morrendo numa humilhante cruz, para depois ir subindo de novo até o
topo de sua glória recebendo um Nome que está acima de todos os nomes.
2. Paulo ainda descreveu como Deus colocou o Nome de Jesus acima de nomes
do presente século e do século vindouro, dizendo: “Acima de todo principado, e po­
der, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas
também no vindouro.” (Ef 1.21). O Escritor da Carta aos Hebreus também descreveu
esta conquista de Cristo, dizendo: Ό qual, sendo o resplendor da sua glória, e a ex­
pressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,
havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da
Majestade, nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais
excelente nome do que eles.” (Hb 1.3-4).
IV. A PAZ UNIVERSAL
1. A quarta conquista de Cristo na cruz foi a Paz Universal. O apóstolo Paulo escre­
veu, dizendo: “E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele
reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que
estão nos céus” (Cl 1.20). Jesus Cristo trouxe a paz pelo sangue da sua cruz. Jesus Cristo
restabeleceu a ordem universal através de seu sacrifício expiatório (Jo 1.29).
2. Um dos maiores legados que Jesus Cristo nos deixou foi a sua paz: “Deixo-vos
a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). O apóstolo Paulo também declarou que Jesus
Cristo restaurou a “Paz Judicial” entre o homem e Deus, dizendo: “Sendo, pois, justifi­
cados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;” (Rm 5.1).
V. O PAGAMENTO DAS NOSSAS DÍVIDAS
1. A quinta conquista de Cristo na cruz foi o Pagamento das nossas Dívidas. O
apóstolo Paulo afirmou que: “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas
ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós,
cravando-a na cruz.” (Cl 2.14). Havia uma cédula de dívida ou uma “duplicata” impa­
gável pelo homem; porém, Jesus Cristo quitou de forma integral o valor da nossa dívida
quando clamou: “Está consumado” (Jo 19.30). O apóstolo Paulo ainda explicou como
se deu isso, dizendo: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por
nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que
a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós rece­

468 | 17 DE AGOSTO
bamos a promessa do Espírito.” (G13.13-14). A Lei nos declarava malditos quando fa-
lhávamos em um só mandamento (G13.10); porém, Cristo assumiu a nossa maldição
e transformou a maldição da cruz em benção para todos nós! Deus é especialista em
trocar maldição por benção! (Ne 13.2).
2. O apóstolo Paulo declarou como se deu o processo de pagamento de nossa dí­
vida, dizendo: ‘Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele,
fôssemos feitos justiça de Deus.” (2Co 5.21). A nossa dívida para com Deus é o pecado;
porém, Cristo assumiu os nossos próprios pecados e pagou integralmente a nossa dí­
vida para com Deus!
VI. O TRIUNFO SOBRE OS PRINCIPADOS E POTESTADES
1. A sexta conquista de Cristo na cruz foi o Triunfo sobre os principados e po-
testades. O apóstolo Paulo explicou isso, dizendo: “E, despojando os principados e as
potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.” (Cl 2.15).
Quando Paulo chegou na Grécia pregando a mensagem da cruz, os gregos começaram
a escarnecer de uma divindade que havia morrido de forma tão humilhante numa
cruz; entretanto, é na humilhação de Cristo na cruz que Ele estava derrotando todos os
principados e potestades do mal!
2 .0 Autor da Carta aos Eíebreus descreveu como Cristo foi elevado acima de todos
após o sofrimento na Cruz do Calvário, dizendo: “Olhando para Jesus, autor e consu-
mador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a
afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” (Hb 12.2). O apóstolo Pedro também
confirmou como Jesus Cristo foi elevado acima de todos os principados e potestades
após a sua morte e ressurreição, dizendo: “O qual está à destra de Deus, tendo subido
ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.” (lPe 3.22).
VII. A VITÓRIA SOBRE SATANÁS E SOBRE A MORTE
1. A sétima conquista de Cristo na cruz foi a Vitória sobre Satanás e sobre a morte.
O Autor da Carta aos Hebreus explicou isso, dizendo: “E, visto como os filhos partici­
pam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela
morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, e livrasse todos os
que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Elb 2.14).
2. O apóstolo Paulo declarou como Cristo aboliu e destruiu a morte mediante sua
obra expiatória na cruz, dizendo: “Que nos salvou e chamou com uma santa vocação; não
segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada
em Cristo Jesus, antes dos tempos dos séculos, e que é manifesta, agora, pela aparição de
nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção,
pelo evangelho,” (2Tm 1.9-10). Deus nos resgatou através de Cristo da potestade de Sata­
nás para Deus, e das trevas para a luz (At 26.18). O próprio Cristo Vitorioso se apresentou
a João na Ilha de Patmos como o vencedor de Satanás, da morte e do inferno, dizendo:
“Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo
para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno.” (Ap 1.17-18).
CONCLUSÃO: A Cruz foi o instrumento de maldição que Deus transformou em ben­
ção; o instrumento de morte que Deus transformou em vida; e o instrumento de hu­
milhação que Deus transformou em glorificação (Fp 2.5-11).

469
18 DE AGOSTO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA LIBERTAÇÃO HUMANA


Romanos 11.26

INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo citou a profecia de Isaías para defender sua


posição teológica acerca da libertação futura do povo de Israel no final dos tem­
pos quando reconhecerão o Senhor Jesus Cristo como o mesmo Libertador que
no passado havia libertado eles do Egito através de Moisés (Rm 11.26). O Dia
Mundial da Libertação Humana é comemorado anualmente em 18 de Agos­
to para homenagear os trabalhadores voluntários que arriscaram e perderam
a vida no serviço humanitário. A Bíblia celebra a libertação humana em suas
páginas como nenhum outro livro que existe. Libertador é aquele que liberta,
que dá liberdade e que torna livre. Deus é repetidas vezes celebrado como o Li­
bertador do seu povo. No Novo Testamento, Jesus Cristo é o nosso Libertador
(Lc 4.18-19 e Jo.8.36). O Pai é Salvador, o Filho é Salvador; o Pai é Redentor, o
Filho é Redentor; o Pai é Libertador, o Filho é Libertador, e o Espírito Santo é
também conhecido como o Espírito de Liberdade (2Co 3.17).

I. DEUS É 0 LIBERTADOR POR EXCELÊNCIA DO SEU POVO


1. Moisés é retratado como o grande libertador de Israel da escravidão egíp­
cia; entretanto, foi Deus quem libertou Israel do Egito com o seu Braço Forte.
Moisés foi apenas o instrumento que Deus usou para promover a libertação do
povo hebreu (Êx 3.7-14 e Êx 14.31).
2. Em todas as épocas da história quando Israel se via debaixo da opressão
de algum inimigo era Deus quem providenciava o libertador. A Bíblia afirma
que; “Clamaram ao Senhor os filhos de Israel, e o Senhor lhes suscitou liberta­
dor, que os libertou: Otniel, filho de Quenaz, que era irmão de Calebe e mais
novo do que ele” (Jz 3.9).
3. A Palavra do Senhor afirma que Deus proveu novamente um libertador
em resposta ao clamor do seu povo, dizendo: “Os filhos de Israel clamaram ao
Senhor, e o Senhor lhes suscitou libertador: Eúde, homem canhoto, filho de
Gera, benjamita...” (Jz 3.15).
4. O rei Davi reconheceu o Senhor como o seu próprio Libertador Pessoal,
dizendo: Ό Senhor é a minha Rocha, a minha Cidadela, o meu Libertador”
(2Sm 22.2). O mesmo Davi repetiu isso, dizendo: “O Senhor é a minha Rocha,
a minha Cidadela, o meu Libertador; o meu Deus, o meu Rochedo em que me
refúgio; o meu Escudo, a Força da minha salvação, o meu Baluarte” (SI 18.2).
Davi ainda declarou o Senhor como o seu Libertador em Pessoa, dizendo: “M i­
nha Misericórdia e Fortaleza minha, meu alto refúgio e meu Libertador, meu
Escudo, Aquele em quem confio e quem me submete o meu povo” (SI 144.2).

470 | 18 DE AGOSTO
II. JESUS CRISTO É O LIBERTADOR DOS OPRIMIDOS
1. Na Nova Aliança é Jesus Cristo quem assume a função de Libertador por
excelência dos pobres e oprimidos. Jesus Cristo se levantou como o Libertador
dos oprimidos, dizendo: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me un­
giu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos
e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lc 4.18).
2. Jesus Cristo comprovou sua autoridade de Libertador dos oprimidos por
meio da libertação dramática que operou na vida do endemoninhado gadare-
no (Mc 5.1-20). O Senhor Jesus Cristo novamente comprovou sua autoridade
libertadora através da extraordinária libertação de uma mulher encurvada que
vivia 18 anos debaixo da escravidão de Satanás (Lc 13.10-16).
3. O Senhor Jesus Cristo nos apresentou o conhecimento da verdade como
uma ação libertadora, dizendo: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos liber­
tará.” (Jo 8.32). O Senhor Jesus Cristo nos revelou a sua eficácia libertadora,
dizendo: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres.” (Jo 8.36).
4. O apóstolo Paulo declarou a ação libertadora operada conjuntamente en­
tre o Pai e o Filho, dizendo: “Ele nos libertou do império das trevas e nos trans­
portou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão
dos pecados.” (Cl 1.13-14).
CONCLUSÃO: O propósito final de Deus para o homem é libertá-lo do jugo
de Satanás. Libertar, salvar, redimir, resgatar, e restaurar são prerrogativas ex­
clusivas do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Lc 4.18-19; At 26.18; 2Co 3.17; Cl
1.13-14 e Ap 1.5). Ele veio libertar os cativos. Ele é o Libertador por excelência:
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36).

A N O TA Ç Õ E S
19 DE AGOSTO

A IMAGEM DO DEUS INVISÍVEL


Colossenses 1.15

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo apresenta Jesus Cristo


como a “imagem do Deus invisível”. A expressão “imagem” é um termo que
provem do latim “imãgo” que se refere à figura, representação, semelhança ou
aparência de algo. Jesus Cristo, o “Adão Perfeito” é a verdadeira “Imago Dei”, a
“Imagem de Deus”. As palavras hebraicas para “imagem” são “tselem” e “demu-
th’ (Gn 1.26-27 e Gn 5.1), o equivalente às palavras gregas “eikon” e “homoiosis”.
“Tselem” significa imagem ou figura moldada, imagem no sentido concreto da
palavra. Já “demuth” também se refere à ideia de similaridade, mas num aspec­
to mais abstrato ou idealístico. Embora o homem tenha sido feito a imagem e
semelhança de Deus como um ser moral e racional; Jesus Cristo é a Imagem
Perfeita do Deus Invisível, porque Nele reside corporalmente toda a plenitude
da divindade (Cl 2.9). Jesus Cristo não é uma cópia de Deus, Ele é a própria
imagem real do Deus invisível.

I. JESUS CRISTO É A PRÓPRIA EXPRESSÃO EXATA DE DEUS


1. Jesus Cristo é a Imagem mais realística e perfeita de Deus. O Autor da
Carta aos Hebreus nos explicou sobre isso, dizendo: “O qual, sendo o resplen-
dor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as
coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos
nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas;” (Hb 1.3). Por
“expressa imagem da sua pessoa”, entendemos que Cristo não é uma imitação de
Deus, mas a própria essência de Deus!
2. A Palavra de Deus afirma que Filipe, um dos discípulos de Jesus se diri­
giu ao Mestre, dizendo: “Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.” (Jo 14.8).
Porém, para surpresa de Filipe o Senhor Jesus Cristo lhe respondeu, dizendo:
“Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me
vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 14.9). Portanto, Jesus
Cristo é a imagem e expressão perfeita do Deus Pai Todo-Poderoso!
3. O apóstolo Paulo nos revelou como o inimigo cegou o entendimento das
pessoas para não enxergarem Cristo como a Imagem Perfeita do Pai, dizendo:
“Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para
que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem
de Deus.” (2Co 4.4).
4. Paulo também nos revelou que Deus deseja que sejamos também a ima­
gem de seu Filho Jesus Cristo, dizendo: “Porque os que dantes conheceu, tam­
bém os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que
ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rm 8.29). Ao sermos parecidos

472 I 19 DE AGOSTO
com Cristo, também nos tornamos parecidos com Deus, o nosso Pai. O apósto­
lo Paulo nos revela que chegaremos a esse nível de sermos a imagem de Cristo
(Ef 4.12-13).

II. JESUS CRISTO É 0 VERDADEIRO DEUS


1. Jesus Cristo não é só a Imagem do Deus Invisível, Ele é o Verdadeiro
Deus! O apóstolo João nos revelou isso, dizendo: “E sabemos que já o Filho de
Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e
no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadei­
ro Deus e a vida eterna.” ( ljo 5.20).
2. O apóstolo Paulo declarou que Cristo é o próprio Deus Eterno, dizendo:
“Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre
todos, Deus bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.5). O próprio Senhor Jesus
Cristo assegurou que a nossa crença em Deus Pai é a mesma crença que deve­
mos ter Nele, dizendo: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede
também em mim.” (Jo 14.1).
3. O apóstolo Pedro chamou Jesus de “nosso Deus e Salvador Jesus Cris­
to”, dizendo: “Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco
alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus
Cristo:” (2Pe 1.1).
4. O próprio Jesus Cristo se revela como o Deus Todo Poderoso, dizendo:
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era,
e que há de vir, o Todo-Poderoso.” (Ap 1.8). Jesus Cristo é quem tem a Palavra
inicial e a Palavra final de todas as coisas! Ele é o mesmo Deus que se apresenta
nos três tempos verbais: Passado, Presente e Futuro!
CONCLUSÃO: Mesmo em sua natureza humana Jesus Cristo foi aqui na terra a
mais fiel representação do Deus Invisível em caráter, pureza e obras; e em sua
natureza divina Jesus Cristo é o Perfeito e Verdadeiro Deus que criou todas as
coisas (Jo 1.1-3 e Cl 1.15-19). Jesus Cristo é o homem perfeito que Deus dese­
ja que sejamos. O próprio Deus expressou este desejo de sermos como Cristo
quando falou do céu aos seus discípulos, dizendo: “Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo; escutai-o.” (Mt 17.5).

A N O TA Ç Õ E S
20 DE AGOSTO

AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DA SABEDORIA


Provérbios 8.11

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado fala da excelência da sabedoria e seu valor


incalculável. O termo hebraico para “sabedoria” é “chokhmah” que traz a ideia
de agir da forma mais sensata e mais correta diante das situações da vida; ou
seja, é fazer exatamente o que deveria ser feito. Um homem que age com sa­
bedoria é um “chakam” ou “sábio”. No grego a palavra aplicada para sabedoria
é “sofia”, que significa “estudo” ou “conhecimento”, e “sophos”, tem como sig­
nificado “aquilo que o sábio possui”; ou seja, um “sábio” é um “sophos”. Já no
latim a palavra “sapere” é que se usa para expressar o termo “sabedoria”. Para
os entendidos, a sabedoria consiste em aplicar a verdade à vida, e a justiça no
julgamento das coisas.

I. MELHOR É A SABEDORIA DO QUE OS RUBINS


1. O Rubi está entre as quatro pedras preciosas mais valiosas, e é ampla­
mente usado em jóias finas. De cor vermelho, o rubi é uma pedra muito rara e
é considerada a rainha das gemas. Na verdade, os maiores monarcas do mundo,
sempre quiseram usá-lo decorando com frequência suas coroas e jóias. Entre­
tanto, o sábio Salomão exalta a sabedoria acima do rubi, dizendo: “Mais precio­
sa é do que os rubins; e tudo o que podes desejar não se pode comparar a ela”
(Pv 3.15).
2. O Rubi é uma das pedras preciosas mais caras e populares entre os jo a­
lheiros, que o utilizam para suas criações. Uma boa pedra pode ser mais cara do
que um diamante de qualidade. O Rubi é utilizado por longo tempo pelos gran­
des reinos e pelos marajás indianos que amavam em seus ornamentos. Salomão
exaltou o conhecimento acima da abundância de rubins que existe, dizendo:
“Há ouro e abundância de rubins, mas os lábios do conhecimento são joia pre­
ciosa.” (Pv 20.15).
3. O rubi é tão raro e valioso como o diamante, e até pode superá-lo de acor­
do com seu tipo e origem. Salomão nos apresenta outra coisa que se iguala com
a sabedoria e também supera o valor dos rubins, dizendo: “Mulher virtuosa,
quem a achará? O seu valor muito excede o de rubins.” (Pv 31.10).
4. Na exaltação de Jerusalém o Senhor prometeu construir as suas portas
de rubins, dizendo: “E as tuas janelas farei cristalinas e as tuas portas, de rubins,
e todos os teus termos, de pedras aprazíveis” (Is 54.12). O sábio Salomão nos
aconselhou qual o tipo de material que devemos utilizar para edificar a nossa
casa, dizendo: “Com a sabedoria se edifica a casa, e com a inteligência ela se
firma;” (Pv24.3).

474 I 20 DE AGOSTO
II. JESUS CRISTO É A SABEDORIA INCOMPARÁVEL
1. O sábio rei Salomão afirma que nada pode se comparar com a sabedoria
(Pv 8.11). O sábio apóstolo Paulo chamou Jesus Cristo da própria Sabedoria de
Deus, dizendo: “Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes
pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” (IC o 1.24). Jesus Cristo
é incomparável!
2. O apóstolo Paulo declarou como Jesus Cristo se tornou Sabedoria, di­
zendo: “Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus
sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;” (IC o 1.30).
3. O apóstolo Paulo declarou como Deus em Cristo derramou sobre nós
sabedoria e prudência abundantemente, dizendo: “Ele tornou abundante para
conosco em toda a sabedoria e prudência” (Ef 1.8).
4. O sábio apóstolo Paulo revelou com quem estão os tesouros da sabedoria
e do conhecimento, dizendo: “Para que os seus corações sejam consolados, e
estejam unidos em amor e enriquecidos da plenitude da inteligência, para co­
nhecimento do mistério de Deus — Cristo, em quem estão escondidos todos os
tesouros da sabedoria e da ciência.” (Cl 2.2-3).
CONCLUSÃO: Jesus Cristo é o Arquiteto da Sabedoria Divina que desenhou a
Planta do Universo (Pv 8.22-31 e Jo. 1.1-3). Foi Ele quem criou todo o Universo
pela sua Sabedoria. Por isso, somente Ele é Digno de receber: Poder, Riqueza,
Sabedoria, Força, Honra, Glória e Adoração (Ap 5.12).

A N O TA Ç Õ E S

475
21 DE AGOSTO

AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DA PRUDÊNCIA


Mateus 10.16

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a preocupação de Jesus em en­


sinar aos seus discípulos como agirem e se comportarem nas situações mais
adversas da vida. A prudência é uma virtude que nos ensina a sermos tempe-
rantes, moderados, cautelosos, ponderados, e justos naquilo que fazemos. Os
egípcios representavam a prudência através de uma serpente com três cabeças
diferentes: cabeça de leão, de lobo e de cão. No entendimento deles, o sujeito
prudente deve ter a astúcia da serpente, a força do leão, a agilidade do lobo e
a paciência do cão. A palavra prudência vem do termo hebraico “sekel”, que
significa “considerar cuidadosamente um caminho ou um curso de ação”; e do
grego “phronésis”, que é uma espécie de sabedoria prática, sabedoria do agir,
para o agir e no agir; e também do latim “prudentia”, que significa “previsão”,
“sagacidade” ou “habilidade”. A prudência forma, junto com a coragem, a tem­
perança e a justiça, o conjunto das quatro virtudes cardeais da Antiguidade e da
Idade Média.

I. AGINDO COM PRUDÊNCIA


1. As pessoas que agem com prudência são chamadas de “prudentes”. A
Bíblia nos revela o exemplo de muitos homens e mulheres que agiram com
prudência e também nos mostra exemplos de pessoas que seguiram o cami­
nho contrário agindo com imprudência. A Bíblia nos revela Davi como um
homem que se conduzia com prudência, dizendo: “E saía Davi aonde quer
que Saul o enviava e conduzia-se com prudência; e Saul o pôs sobre a gente
de guerra, e era aceito aos olhos de todo o povo e até aos olhos dos servos de
Saul.” (ISm 18.5).
2. A Bíblia nos revela como o rei Ezequias se conduzia com prudência, di­
zendo: “Assim, foi o SENHOR com ele; para onde quer que saía, se conduzia
com prudência; e se revoltou contra o rei da Assíria e não o serviu.” (2Rs 18.7).
3. A Bíblia nos revela o rei Davi pedindo ao Senhor que desse prudência ao
seu filho Salomão, dizendo: “O SENHOR te dê tão somente prudência e enten­
dimento e te instrua acerca de Israel; e isso para guardar a Lei do SENHOR, teu
Deus.” (lC r 22.12).
4. A Bíblia nos mostra um rei pagão glorificando a Deus pela prudência
de Salomão: “E Hirão, rei de Tiro, respondeu por escrito e enviou a Salomão,
dizendo: Porquanto o SENHOR ama o seu povo, te pôs sobre ele rei. Disse mais
Hirão: Bendito seja o SENHOR, Deus de Israel, que fez os céus e a terra; que deu
ao rei Davi um filho sábio, de grande prudência e entendimento, que edifique
casa ao SENHOR e para o seu reino.” (2Cr 2.12)

476 | 21 DE AGOSTO
II. 0 GRANDE VALOR DA PRUDÊNCIA NAS ESCRITURAS
1. O sábio Salomão exaltou em extremo a prudência, a sabedoria, a inteli­
gência, o entendimento, e o conhecimento nos seus escritos. A Bíblia explica o
motivo de Salomão escrever os seus provérbios, dizendo: “Provérbios de Salo­
mão, filho de Davi, rei de Israel. Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para
se entenderem as palavras da prudência” (Pv 1.1-2).
2. Salomão nos orientou a buscarmos a sabedoria e a prudência para ven­
cermos o pecado, dizendo: “Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência
chama tua parenta; para te guardarem da mulher alheia, da estranha que lison-
jeia com as suas palavras.” (Pv 7.4-5).
3. Salomão exaltou o grande valor da prudência, dizendo: “Quanto melhor
é adquirir a sabedoria do que o ouro! E quanto mais excelente, adquirir a pru­
dência do que a prata!” (Pv 16.16).
4. O Senhor Jesus Cristo exaltou a estabilidade que a prudência oferece ao
homem, dizendo: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pra­
tica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela
casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mt 7.23-24). O após­
tolo Paulo também nos revelou como Deus derramou sobre nós abundância de
sabedoria e prudência por meio de Cristo (Ef 1.8).
CONCLUSÃO: A Sabedoria possui quatro virtudes que a completam: prudên­
cia, inteligência, entendimento e conhecimento. A prudência é a filha prática
da sabedoria; a inteligência é a filha intelectual da sabedoria; o entendimento é
o filho compreensivo da sabedoria, e o conhecimento é o filho teórico da sabe­
doria. A prudência nos faz praticar a sabedoria, a inteligência nos faz estudar a
sabedoria, o entendimento nos faz compreender a sabedoria, e o conhecimento
nos faz divulgar a sabedoria!

ANOTAÇÕES
22 DE AGOSTO

A LIÇÕES ESPIRITUAIS DA INTELIGÊNCIA


Provérbios 19.8

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão descreve a importância


do homem conservar a inteligência. A inteligência pode ser definida como a
capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair, com­
preender as idéias, e aprender a verdade. A inteligência pode ser chamada
de “filha intelectual” da sabedoria. O termo “inteligência” vem do vocábulo
latim “intelligentia”, que, por sua vez, deriva de “inteligere”. A palavra “in­
teligência” é composta por dois outros termos: “intus” (“entre”) e “legere”
(“escolher”). Portanto, a origem etimológica do conceito de inteligência faz
referência a quem sabe escolher. Um homem inteligente saberá selecionar e
escolher as melhores opções na hora de solucionar uma questão. A palavra
de Deus sempre exalta a inteligência ao lado da sabedoria, do entendimento,
e do conhecimento.

I. DEUS É A FONTE DA INTELIGÊNCIA


1. A Bíblia descreve a presença da inteligência ao lado da sabedoria na
construção do Tabernáculo no deserto, dizendo: “Assim, trabalharam Bezalel,
e Aoliabe, e todo homem sábio de coração a quem o SENHOR dera sabedoria
e inteligência, para saberem como haviam de fazer toda obra para o serviço do
santuário, conforme tudo o que o SENHOR tinha ordenado.” (Êx 36.1). Neste
texto, o Senhor Deus é apresentado como a fonte da inteligência!
2. O homem procura desesperado a sabedoria e a inteligência, dizendo: “De
onde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência?” (Pv 28.20). O
Patriarca Jó deixa bem claro que Deus sabe onde está o lugar da inteligência
(Jó 28.23), e revela ao homem onde encontrá-la, dizendo: “Eis que o temor do
Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.” (Jó 28.28).
3. Deus desafia a inteligência dos cientistas e de todos os homens, dizendo:
O n d e estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligên­
cia.” (Jó 38.4). A ciência não tem resposta para esta pergunta do Criador e fica
conjecturando com a fracassada e mal explicada teoria do Big Bam!
4. O salmista exaltou o Deus da suprema inteligência, dizendo: “Pois Deus é
o Rei de toda a terra; cantai louvores com inteligência.” (SI 47.7). Até para cantar
louvores ao Senhor deve ser com inteligência. O rei Davi prometeu se compor­
tar com inteligência na presença do Senhor, dizendo: “Portar-me-ei com inteli­
gência no caminho reto. Quando virás a mim?” (SI 101.2).

II. OS BENEFÍCIOS DA INTELIGÊNCIA


1. Os benefícios da inteligência são inúmeros. O sábio e inteligente rei Sa-

478 | 22 DE AGOSTO
lomão nos revelou como a inteligência nos conserva e nos guarda do perigo,
dizendo: Ό bom siso te guardará, e a inteligência te conservará;” (Pv 2.11).
2. Salomão ainda nos revela como Deus fez o uso de sua sabedoria e de sua
inteligência na elaboração dos céus e da terra, dizendo: Ό SENHOR, com sabe­
doria, fundou a terra; preparou os céus com inteligência.” (Pv 3.19).
3. O Senhor prometeu dar ao seu povo pastores inteligentes, dizendo: Έ
vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com ciência
e com inteligência.” (Jr 3.15). A Bíblia descreve a grande inteligência de Jesus
desde criança, dizendo: “E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência
e respostas.” (Lc 2.47). A Inteligência de Jesus era muito elevada!
4. Paulo, o mais sábio apóstolo do Cristianismo revela como orava para que
os crentes de Colossos fossem cheios de sabedoria e inteligência, dizendo: “Por
esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar
por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a
sabedoria e inteligência espiritual;” (Cl 1.9).
CONCLUSÃO: Que possamos nos esforçar a cada dia para buscarmos a inteli­
gência de Cristo. O apóstolo Paulo ainda revela como lutava para que os corações
dos crentes fossem enriquecidos pela inteligência de Cristo, dizendo: “Para que
os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor e enriquecidos da
plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus — Cristo, em
quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” (Cl 2.2-3).

A N O TA Ç Õ E S

479
23 DE AGOSTO

LIÇÕES ESPIRITUAIS DO ENTENDIMENTO


Provérbios 2.6

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão nos revela que o Senhor
é a fonte da sabedoria, do conhecimento e do entendimento. O verbo hebraico
“bin” e o substantivo “bináh” são mais freqüentemente relacionados com enten­
dimento, e significa primariamente “discernir com os sentidos’”, “perceber dife­
renças”, e “prestar detida atenção a algo”. A palavra “entendimento” no original
grego é “dianoia” que significa “pensamento profundo”; e do latim “intendere”,
que significa “entender”, “reforçar” ou “compreender”. Em sentido teológico, o
entendimento é a capacidade de compreender de forma racional um determi­
nado assunto aparentemente complexo. Embora se confunda o entendimento
com a sabedoria e o conhecimento, a Palavra de Deus faz questão de diferenciar
os três termos no presente texto sagrado. O nosso Deus possui a fonte do en­
tendimento (Jó 12.13)

I. DEUS É A FONTE DO ENTENDIMENTO


1. O entendimento de Deus é infinito e só Ele possui a matriz do verdadeiro
entendimento. O salmista escreveu, dizendo: “Grande é o nosso SENHOR e de
grande poder; o seu entendimento é infinito.” (SI 147.5). O salmista também es­
creveu, dizendo: “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom enten­
dimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre.”
(SI 111.10).
2. A Bíblia revela que o nosso Deus nunca precisou ser ensinado por nin­
guém, por ser a própria fonte do entendimento, dizendo: “Com quem tomou
conselho, para que lhe desse entendimento, e lhe mostrasse as veredas do juízo,
e lhe ensinasse sabedoria, e lhe fizesse notório o caminho da ciência?” (Is 40.14).
Deus não aprendeu com ninguém, pois Ele é a fonte do entendimento!
3. A Bíblia revela a origem da sabedoria e do entendimento de Daniel e
seus amigos, dizendo: “Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a
inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em
toda visão e sonhos” (Dn 1.17).
4. O rei Nabucodonozor reconheceu de onde vem o entendimento, dizen­
do: “Mas, ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao
céu, e tornou-me a vir o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei,
e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno,
e cujo reino é de geração em geração.” (Dn 4.34). Sem o entendimento dado por
Deus o homem se comporta como um animal irracional (SI 32.9).

480 I 23 DE AGOSTO
II. A IMPORTÂNCIA DO ENTENDIMENTO PARA O HOMEM
1. A Bíblia nos revela em suas páginas o grande valor do entendimento e
sua importância para o homem viver. A Bíblia nos mostra o grandíssimo enten­
dimento que Deus deu a Salomão, dizendo: “E deu Deus a Salomão sabedoria, e
muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia
do mar.” (lR s 4.29).
2. A Palavra de Deus exorta o homem falto de entendimento, dizendo: “Não
sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca
precisa de cabresto e freio, para que se não atirem a ti.” (SI 32.9). O salmista
rogou a Deus por entendimento, dizendo: “Dá-me entendimento, e guardarei a
tua lei e observá-la-ei de todo o coração.” (SI 119.34).
3. O homem reconhece a sua ignorância e falta de entendimento, dizendo:
“Na verdade, que eu sou mais bruto do que ninguém; não tenho o entendimen­
to do homem, nem aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do Santo.”
(Pv 30.2-3).
4. Jesus Cristo nos ensinou a amar a Deus com todo o nosso entendimento,
dizendo: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo
como a ti mesmo.” (Lc 10.27).

CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo nos revela o que um entendimento renovado é


capaz de fazer, dizendo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transfor-
mai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual
seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2). Quando amamos
a Deus de todo o nosso entendimento, podemos transformar o próprio mundo
pela renovação do nosso entendimento!

ANOTAÇÕES
24 DE AGOSTO

LIÇÕES ESPIRITUAIS DO CONHECIMENTO


IC orín tios 1.5

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo destaca como a Igreja de


Corinto era enriquecida em toda a palavra e em todo o conhecimento. Deus
sempre cobrou do seu povo o conhecimento (Os 6.6), e atribuiu o perecimen-
to do seu povo pela falta do conhecimento (Os 4.6). A palavra “conhecimento”
vem de um termo transliterado do hebraico com pronuncia “daath”, e do grego
“ginosko” ou “gnosis” que significa conhecer plenamente; e do latim “cognosce-
re”, que “é o ato ou efeito de conhecer”. O conhecimento pode ser adquirido por
ensino, por pesquisa ou por revelação. O conhecimento adquirido por ensino é
passado através dos nossos pais desde o berço de nascimento, na escola através
dos nossos professores, e no templo através dos líderes religiosos; o conhecimen­
to adquirido por pesquisa é quando procuramos nos aprofundar em conhecer o
que queremos descobrir; e, o conhecimento adquirido por revelação, é quando
Deus resolve se revelar ao homem. Como cristãos acreditamos que Deus se reve­
lou ao homem através de sua Palavra - A Bíblia Sagrada. O apóstolo Paulo dese­
java o nosso crescimento no conhecimento de Deus quando escreveu, dizendo:
“Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo,
frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl 1.10).

I. O CONHECIMENTO DE DEUS FOI DESPREZADO PELO HOMEM


1. Deus havia revelado para Adão a existência da árvore do conhecimento
do bem e do mal no Jardim do Éden; e, além de proibi-lo comer daquela árvore,
mostrou para o homem qual seria a punição pela desobediência (Gn 2.16-17).
Entretanto, a mulher e o homem acreditaram no “novo conhecimento” trazido
por Satanás através da serpente, e caíram na cilada do Diabo, desprezando o
conhecimento de Deus (Gn 3.1-8).
2. Deus é a origem de todo o conhecimento verdadeiro. No dia em que o
homem saiu a procura de outro conhecimento além do que foi passado por Deus,
o mesmo transgrediu e trouxe consequências terríveis para a humanidade (Gn
2.16-17 eG n 3.1-8).
3. Todo o conhecimento espiritual fora de Deus é oriundo do Maligno (Mt 5.37).
O homem já tinha o “sim” de Deus: “De toda árvore do jardim comerás livremente,..”
(Gn 2.16); e também o “não” de Deus: “mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela
não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn 2.17). A
serpente apresentou uma terceira alternativa: “Certamente não morrereis...”, e o homem
acreditou no “pai da mentira” (Gn 3.4-5 e Jo.8.44). O homem desprezou o conhecimen­
to de Deus quando aceitou a alternativa do Diabo. O patriarca Jó nos revela como o
homem se tornou ímpio e passou a desprezar o conhecimento de Deus (Jó 21.14-15).

482 I 24 DE AGOSTO
4. O conhecimento de Deus traz vida e paz para o homem (Dt 30.15-20); o
conhecimento oferecido pelo Maligno traz a falsa sensação de liberdade e inde­
pendência, e no final o leva a escravidão e a opressão (Gn 3.4-5 e Rm 1.28). Só o
verdadeiro conhecimento de Deus liberta o homem (Os 6.3). O Sábio Salomão
afirmou que: “Os justos são libertados pelo conhecimento.” (Pv 11.9); e, Jesus
Cristo disse: Έ conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8.32).

II. TODO O CONHECIMENTO VERDADEIRO SÓ VEM DE DEUS


1. Deus é a fonte do verdadeiro conhecimento não só espiritual como tam­
bém intelectual. Os homens da ciência deveríam agradecer a Deus por cada
descoberta cientifica, pois, o conhecimento já foi deixado por Deus no Universo
através de formulas tanto algébricas como matemáticas, o homem apenas des­
cobre através de suas pesquisas o que de Deus se pode conhecer (Rm 1.19). O
verdadeiro conhecimento de Deus é revelado na sua Palavra e proclamado em
sua própria Criação (SI 19.1; SI 119.130; Hc.2.14; e IC o 1.7).
2. O Senhor atendeu o pedido de Salomão por sabedoria e conhecimento,
dizendo: “Sabedoria e conhecimento te são dados; e te darei riquezas, e fazenda,
e honra, qual nenhum rei antes de ti teve, e depois de ti tal não haverá.” (2Cr
1.12). Quando Salomão reconheceu que Deus é a fonte da sabedoria e do verda­
deiro conhecimento, recebeu de Deus mais do que ele imaginava (2Cr 1.10-12).
3. Mas tarde o sábio Salomão escreveu, dizendo: “Porque o SENHOR dá a
sabedoria, e da sua boca vem o conhecimento e o entendimento.” (Pv 2.6). Sa­
lomão nos apresentou o Senhor como a fonte da sabedoria, do conhecimento e
do entendimento. Buscar o conhecimento em outras fontes é buscar água suja
para beber (Jr 2.12-13).
4. Jesus Cristo repreendeu os próprios líderes espirituais de sua época por não
buscarem diretamente na fonte o conhecimento de Deus, dizendo: “Errais, não
conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mt 22.29). Os saduceus não
confiavam integralmente nas Escrituras; só acreditavam no Pentateuco, e Jesus
provou que nem o Pentateuco eles conheciam, pois, citou uma passagem do pró­
prio Pentateuco para esclarecer a dúvida deles acerca da ressurreição (Mt 22.31 -32
e Êx 3.6). O apóstolo Paulo orou para que recebamos o conhecimento verdadeiro
direto do Pai da Glória (Ef 1.17). É Deus quem distribui ao seu povo através do
seu Espirito a Palavra do Conhecimento, e a Palavra de Sabedoria (IC o 12.8).
CONCLUSÃO: Conhecimento fora de Deus não é conhecimento; é tolice. O
verdadeiro conhecimento consiste em conhecer a Deus. Em sua Oração Sacer­
dotal o Senhor Jesus Cristo nos revela qual é o verdadeiro conhecimento que
Deus requer do homem, dizendo: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só
por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). O após­
tolo Paulo afirmou que Deus “Quer que todos os homens se salvem e venham
ao conhecimento da verdade.” (lT m 2.4).

483
25 DE AGOSTO

LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DO SOLDADO


2Timóteo 2.3

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo compara o obreiro como


um soldado de Cristo. O Dia do Soldado é comemorado no dia 25 de Agosto
de cada ano. A data tem por objetivo homenagear o trabalho dos membros do
Exército Brasileiro, e foi instituída em homenagem a Luís Alves de Lima e Sil­
va, Duque de Caxias, Patrono do Exército brasileiro, nascido em 25 de agosto
de 1803. Com pouco mais de 20 anos já era capitão. Duque de Caxias lutou e
defendeu o Brasil em confrontos externos e internos. Soldado é uma graduação
do fundo da hierarquia militar. O termo soldado deriva do latim “solidarius” -
“alguém que é pago para servir”. A carreira de soldado proporciona ao jovem o
aprendizado de valores como disciplina, organização, amor à pátria, solidarie­
dade e perseverança, entre vários outros que orientam suas atividades dentro e
fora do quartel. O soldado exerce atividade em tempos de guerra e na manu­
tenção da paz, dentro e fora do país. Presta auxílio à população em situações de
calamidade. O “Soldado de Cristo”, é aquele arregimentado pelo nosso General
Jesus Cristo para o exercício do ministério cristão. Todo cristão é um soldado
voluntário de Jesus Cristo; porém, existem os soldados contratados por Cristo
para trabalharem de forma integral no Ministério Cristão. Por isso, Paulo cha­
mou o jovem obreiro Timóteo de um “bom soldado de Jesus Cristo” (2Tm 2.3)

I. A IMPORTÂNCIA DO SOLDADO NA ANTIGA ALIANÇA


1. A Bíblia sempre valoriza o trabalho do soldado, e apregoa os seus direi­
tos. De acordo com a Lei de Moisés, os soldados tinham o direito de desfrutar
de uma casa nova, plantar uma vinha e desfrutar dela, e direito à ficar um ano
em casa promovendo felicidade à sua esposa, caso fosse recém-casado (Dt 20.5-
7 e Dt 24.5).
2. De acordo com a Bíblia, para fazer parte do exército de Israel, o soldado
precisava ser capaz de sair à guerra, e ter a idade mínima de 20 anos (Nm 1.3).
Ainda de acordo com a Bíblia, o soldado não poderia ser medroso e nem de
coração tímido (Dt 20.8).
3. A Bíblia está repleta de exemplos de soldados valorosos no Exército de
Israel. Davi, por exemplo, montou um poderoso exército dos “Valentes de Davi”,
cujas proezas e façanhas militares estão registradas na Bíblia (2Sm 23.8-39 e lC r
12.21- 22).
4. Em cada Exército de uma nação, existem uma hierarquia com várias pa­
tentes. No Exército Brasileiro, as patentes começam pelo soldado, cabo, 3o sar­
gento, 2o sargento, I o sargento, subtenente, aspirante, segundo tenente, primeiro
tenente, capitão, major, tenente-coronel, coronel, general de brigada, general de
divisão, general de exército, e marechal. No Exército de Deus também existem
484 I 25 DE AGOSTO
várias patentes. Davi, por exemplo, possuía uma patente tão alta no Exército de
Deus, que, ele valia por dez mil soldados do Exército de Israel (2Sm 18.3).

II. A IMPORTÂNCIA DOS SOLDADOS DE CRISTO NA NOVA ALIANÇA


1. Enquanto na Antiga Aliança os soldados de Israel eram arregimentados
para enfrentarem inimigos físicos, e cada nação recruta soldados para fortale­
cerem os seus exércitos contra invasões estrangeiras; os soldados do Exército de
Cristo são recrutados na Nova Aliança para enfrentarem inimigos espirituais; e,
por isso, suas armas também devem ser espirituais (2Co 10.4).
2. Hoje, os soldados de Cristo são convidados a se fortalecerem no Senhor
e na força do seu poder (Ef 6.10). Hoje, os soldados de Cristo são convidados a
se revestirem de toda armadura de Deus (Ef 6.11). Hoje, os soldados de Cristo
são equipados com o cinto da verdade, a couraça da justiça, os sapatos da pre­
paração do evangelho da paz, o escudo da fé, o capacete da salvação, e a espada
do Espírito, que é a palavra de Deus (Ef 6.13-17).
3. O apóstolo Paulo ordenou ao soldado Timóteo que milite a boa milí­
cia da fé, dizendo: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para
a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas
testemunhas.” (lT m 6.12). O próprio apóstolo Paulo se declarou um soldado
combatente da fé, dizendo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei
a fé.” (2Tm 4.7).
4. O apóstolo Judas também nos estimulou a sermos soldados combatentes
da fé que uma vez por todas nos foi entregue, dizendo: “Amados, procurando
eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por ne­
cessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos
santos.” (Jd 1.3).

CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo ainda afirmou que: “Nenhum soldado em ser­


viço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele
que o arregimentou” (2Tm 2.4). Portanto, o soldado não pode brincar em ser­
viço; não pode se distrair em serviço. É preciso andar atento e vigilante, orando
em todo o tempo no Espírito (Ef 6.18).

A N O TA Ç Õ E S
26 DE AGOSTO

O PROPÓSITO DE DEUS PARA A FAMÍLIA


Efésios 2.19

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo declara que todos os


salvos são membros da família de Deus. O propósito original de Deus para a
família é unir e agregar os seres humanos em um ambiente de comunhão e de
segurança. A família é a prole do Criador. Além de ser instituída por Deus, a fa­
mília é a base que sustenta todas as sociedades civis existentes no mundo. A fa­
mília local é o protótipo de uma Família Maior e Universal que tem Deus como
o seu Pai pessoal e protetor do Lar Eterno construído por Ele mesmo (2Co 6.18
e Ap 21.2-3). Esta é a própria Família de Deus que Paulo se refere neste texto
e nos coloca como membros da mesma. Ora, se a nossa família é o protótipo
da “Família de Deus”, veja a responsabilidade que cada um deve ocupar dentro
do contexto familiar. Uma família em que cada membro saiba cumprir as suas
responsabilidades, glorificará sempre a Deus, que é o construtor e edificador
da família. O profeta Isaías afirma que: “A sua posteridade será conhecida entre
as nações, os seus descendentes, no meio dos povos; todos quantos os virem os
reconhecerão como família bendita do SENHOR.” (Is 61.9).

I. A RESPONSABILIDADE DA ESPOSA
1. A responsabilidade da esposa e do esposo é sempre recíproca. A esposa
deve cumprir o seu papel instituído pelo próprio Deus dentro da família que é
a submissão ao seu marido, e administrar com sabedoria o seu lar (Ef 5.22-24 e
Pv 14.1). A esposa prudente e responsável edifica com sabedoria o seu lar!
2. A esposa tem a responsabilidade de exercer a sua missão de mãe com
modéstia na fé, no amor, e na santificação (lT m 2.15). A esposa tem a respon­
sabilidade de serem sérias no seu viver, não caluniadoras, não escravas de vicio
algum, educadoras, prudentes, amorosas como esposas e como mães, modera­
das, castas, e boas donas de casa para que a palavra de Deus não seja difamada
(Tt 2.3-5).

II. A RESPONSABILIDADE DO ESPOSO


1. O esposo tem a responsabilidade de amar intensamente sua esposa e pro-
tegê-la (Ef 5.25-28). O esposo que ama de verdade a sua esposa, sempre a terá
como uma videira frutífera que alegra o seu lar (SI 128.3).
2. O esposo tem a responsabilidade de cuidar bem da sua família, e não
tratar a sua esposa com amargura (Cl 3.19 e lTm 5.8). O esposo tem a responsa­
bilidade de viver a vida comum do lar, educar os seus filhos no temor do Senhor,
e compreender a sua esposa como vaso mais fraco (Ef 6.4 e lPe 3.7).

486 I 26 DE AGOSTO
III. A RESPONSABILIDADES DOS FILHOS
1. Os filhos tem a responsabilidade de honrarem os seus pais (Êx 20.12). Os
filhos que honram pai e mãe serão bem sucedidos e terão vida longa na terra
(Ef 6.2-3).
2. Os filhos tem a responsabilidade de obedecerem aos seus pais; pois, a
obediência é o segredo de uma vida abençoada por Deus (Ef 6.1). Os filhos de­
vem aceitar a correção para que sejam sábios, trazendo alegria e contentamento
para os seus pais (Pv 10.1).

CONCLUSÃO: Deus instituiu a família na terra para perpetuar a espécie huma­


na, e criar um ambiente de felicidade para recepcionar cada novo ser vindo ao
mundo. A família é também um antídoto divino para a vida solitária (SI 68.6).

A N O TA Ç Õ E S
27 DE AGOSTO

LIÇÕES DO DIA DO PSICÓLOGO


Filipenses 4.7

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo declara que a Paz de


Deus guarda o nosso coração e protege a nossa mente. O dia 27 de agosto é
lembrado como o Dia do Psicólogo. Devemos parabenizar e reconhecer o im­
portante trabalho de auto ajuda que estes profissionais oferecem as pessoas com
doenças psicossomáticas. O Psicólogo é o profissional da área da saúde que
conhece e estuda a mente humana. Sua função é analisar o comportamento
do ser humano, e assim, ajudá-lo a enfrentar seus problemas emocionais. Esse
profissional deve ser cauteloso e muito compreensivo, pois está sempre lidando
com questões profundamente íntima das pessoas, seus sentimentos, problemas
e anseios. A palavra psicologia vem do grego, “psyche”, que significa “mente”, e
logos que significa conhecimento ou estudo; ou seja, a psicologia estuda a men­
te humana. Durante toda sua história, o homem buscou respostas para questões
existenciais. Hoje, há muitos pastores psicólogos que se formaram nesta área
com o intuito de agregar a visão da psicologia sobre o comportamento humano,
com o ponto de vista bíblico e cristão sobre as questões existenciais de cada ser
humano. Não devemos negar as grandes contribuições que Freud e Jung deram
a Psicologia da Religião. Jung com a sua visão analítica; e Freud com a sua visão
psicanalítica. Entretanto, de acordo com a Bíblia Sagrada, ninguém conhece tão
bem a mente humana, seus anseios e suas angústias como o Senhor Jesus Cristo
(Ap 2.23). Portanto, Jesus Cristo é o Maior Psicólogo que existe!

I. A RESPOSTA BÍBLICA DOS PROBLEMAS EXISTENCIAIS DO SER HUMANO


1. Apesar de muitos filósofos e pensadores terem se ocupado da mente hu­
mana em seus estudos, foi apenas no século XV I que apareceu pela primeira
vez o termo “Psicologia”, quando o humanista croata Marco Marulik publicou a
obra: “A psicologia do pensamento humano”. Suas idéias, porém, estavam ainda
muito atreladas a conceitos fisiológicos e não avançaram muito. O salmista de­
tectou a causa dos males humanos, e se dirigiu ao Senhor como o seu Psicólogo
Divino, dizendo: “Cesse a malicia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; pois
sondas a mente e o coração, ó justo Deus” (SI 7.9).
2. Diversas escolas da psicologia foram se desenvolvendo: Behaviorismo,
Psicanálise, Gestalt, Desenvolvimentista e Humanismo. Cada uma dessas esco­
las tem uma perspectiva diferente de estudo da Psicologia: Para os Behavioristas
é o comportamento, para os Psicanalistas é a alma através do inconsciente, para
os Gestaltistas, é o homem por meio de sua percepção; e, para os Desenvol-
vimentistas, é a relação desenvolvimento/ aprendizagem. Cada escola aborda
o “eu” conforme sua ótica, mas todas se empenham em tratar os conflitos, as

488 I 27 DE AGOSTO
angústias e o equilíbrio emocional do indivíduo. Ninguém conhece tão bem o
interior do ser humano como o nosso Deus (ISm 16.7).
3. Carl Gustav Jung foi um psiquiatra e psicoterapeuta suíço, de família
protestante e filho de pastor, que fundou a psicologia analítica. Jung propôs e
desenvolveu os conceitos da personalidade extrovertida e introvertida, arquéti­
pos, e o inconsciente coletivo. Seu trabalho tem sido influente na psiquiatria e
no estudo da religião, literatura e áreas afins. Já Sigmund Freud, foi um médico
neurologista e criador da Psicanálise. Freud nasceu em uma família judaica, na
Áustria. Freud iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose como
forma de acesso aos conteúdos mentais no tratamento de pacientes com histe­
ria. Ao observar a melhoria de alguns pacientes, elaborou a hipótese de que a
causa da doença era psicológica, não orgânica. Essa hipótese serviu de base para
seus outros conceitos, como o do inconsciente. Acredita-se que, a ascendên­
cia religiosa de ambos: Jung, protestante; e, Freud, judeu, tenha influenciando
grandemente a interpretação que eles deram da religião na psique humana. En­
tretanto, o profeta Jeremias, dezenas de séculos antes destes dois grandes ícones
da Psicologia e Psiquiatria mundial já revelava onde está a fonte de todos os
problemas humanos (Jr 17.9-10).
4. Jesus Cristo, mesmo sem ter estudado Psicologia na acepção moderna
do termo, deu enorme contribuição ao estudo das angústias e aflições do ser
humano, como nenhum outro psicólogo moderno já deu. A ansiedade pode
ser definida como o estado de inquietação, impaciência, angústia, aflição, dese­
jo excessivo, e preocupação. Jesus Cristo mostrou que a origem de todas estas
angústias do homem está na ansiedade e preocupações com as coisas materiais
(Mt 6.27-32). Em uma sociedade tão materialista e capitalista em que vivemos,
estas preocupações do ser humano apresentadas por Jesus Cristo são as que
mais afligem as pessoas nos nossos dias. Entretanto, Jesus Cristo apresentou a
solução, dizendo: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas
estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Na Psicologia de Jesus Cristo, o
corpo vale mais do que o seu vestuário, a vida vale mais do que o alimento que
a sustenta, e acima destas preocupações terrenas está a nossa comunhão espiri­
tual com Deus, de onde vem a nossa provisão e sustento.

II. A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA CRISTÃ


1. A Psicologia Cristã consegue ver o mundo não apenas sob a visão cien­
tífica; mas também sob a perspectiva espiritual e bíblica. A Psicologia Cristã é
uma forma única de psicologia, que procura desenvolver um modelo distinta­
mente cristão para a compreensão da condição humana. Jesus Cristo foi um
Psicólogo realista para os seus ouvintes, ao apontar as aflições humanas como
sendo inevitáveis; porém, apresentou um antídoto para combater as angústias
e aflições humanas, dizendo: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz
em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; Eu venci o

489
mundo” (Jo 16.33). Qual o trabalho dos psicólogos na hora de aconselhar algum
paciente em opressão, angústia, decepção, ou aflição, não é tentar animá-lo ou
tentar elevar a sua autoestima? Jesus Cristo já havia detectado isso há milhares
de anos atrás. Se o homem não tiver ânimo e não se mostrar forte na hora da
angústia, não terá forças para superar as suas aflições.
2. O apóstolo Paulo nos ensinou a sermos psicologicamente renovados e
fortes, dizendo: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradá­
vel e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
3. O apóstolo Paulo fortaleceu ainda mais a Psicologia Cristã, ao firmar que:
“Temos a mente de Cristo” (IC o 2.16). Ter a mente de Cristo significa olhar
para cada problema como Cristo olharia, e enfrentar cada situação como Cristo
enfrentaria!
4. O apóstolo Paulo também nos apresentou a solução para a ansiedade hu­
mana e ainda ora pela proteção da nossa mente, dizendo: “Não andeis ansiosos
de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas
petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que
excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo
Jesus” (Fp 4.6-7).

CONCLUSÃO: A ansiedade, e a busca excessiva pelo ter; e não pelo ser, é um dos
problemas que mais afligem as pessoas em nossos dias. Acredito que, os psicólo­
gos cristãos, reunindo o conhecimento científico com o conhecimento da palavra de
Deus no tratamento dos distúrbios do comportamento humano, poderá ser eficaz
no aconselhamento e cura das doenças psíquicas que tanto afligem as pessoas. O
apóstolo Pedro não foi psicólogo, mas nos deixou um conselho primordial e impor­
tante, dizendo: “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado
de vós” (lPe 5.7). Jesus Cristo, o Maior Psicólogo que existe, é especialista em curar
pessoas deprimidas pelos seus problemas e angústias; e libertar pessoas oprimidas
pelo Diabo (At 10.38).

A N O TA Ç Õ E S

490 I 27 DE AGOSTO
28 DE AGOSTO

LIÇÕES ESPIRITUAIS DAS ABELHAS


Juizes 14.8

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a capacidade das abelhas pro­
duzirem mel até em carcaça de leão (Jz 14.8). Na NASA (Agência Espacial
Americana), existe um pôster pendurado em uma das paredes onde se lê: “Ae-
rodinamicamente o corpo de uma abelha não é feito pra voar; o bom é que ela
não sabe disso”. A Lei da física diz que uma abelha não pode voar; o princípio
aerodinâmico diz que a amplitude de suas asas é muito pequena para conservar
seu corpo em voo, mas ela não sabe; ela não conhece nada sobre física e nem
sua lógica, ela simplesmente voa, não só voa, mas é produtiva, produz mel e
contribui para fertilização das plantas, isso é o que devemos fazer: voar e su­
perar nossos desafios diários mesmo sem saber do grande poder que em nós
opera (Ef 3.20). Sejamos como as abelhas, não importando o tamanho das asas,
ou o tamanho das nossas limitações, alcemos voo e desfrutemos do melhor que
Deus tem para as nossas vidas.

I. A IMPORTÂNCIA DAS ABELHAS NAS ESCRITURAS


1. As abelhas são insetos voadores, conhecidos pelo seu papel na poliniza­
ção, e são aparentados das vespas e formigas. Os vespões e as vespas são dois
tipos de abelhas grandes. Como as vespas são parentes das abelhas podem ser
reconhecidas porque gostam muito do sumo dos frutos e porque magoam mui­
to quando picam. Algumas vespas vivem sozinhas e outras em colonias, como
as abelhas. Todas as vespas são úteis já que protegem as colheitas e as pessoas
de outros insetos malignos. Davi aprendeu com as abelhas e protegia também o
rebanho de outros predadores como o urso e o leão (ISm 17.32-36).
2. Nas três passagens em que se mencionam as vespas na Bíblia, são referi­
das como instrumentos do Senhor para castigar os cananeus e tirá-los para fora
das suas habitações: “Também enviarei vespas diante de ti, que lancem fora os
heveus, os cananeus e os heteus” (Êx.23.28). Moisés escreveu também que os
amorreus já haviam perseguido os filhos de Israel como abelhas (Dt 1.44).
3. Moisés ainda citou os vespões como instrumentos de juízo contra os ini­
migos do povo de Deus, dizendo: “Além disso, o SENHOR, teu Deus, mandará
entre eles vespões, até que pereçam os que ficarem e se esconderem de diante
de ti.” (Dt 7.20).
4. Josué também citou como o Senhor usou os vespões para expulsar os
amorreus da sua terra, dizendo: “Enviei vespões adiante de vós, que os expul­
saram da vossa presença, bem como os dois reis dos amorreus, e isso não com
a tua espada, nem com o teu arco.” (Js 24.12). A espécie mas vulgar do vespão,
que se encontra na Palestina, é a “vespa orientalis”, que se distingue da espécie

491
conhecida no ocidente da Europa. Quase 50 espécies de vespas e vespões têm
sido obtidas no Sinai e em sítios circunvizinhos do Egito e da Arábia.
5. O salmista Davi descreveu como foi cercado pelos inimigos como abe­
lhas e obteve vitória, dizendo: “Como abelhas me cercaram, porém como fogo
em espinhos foram queimadas; em nome do SENHOR as destruí.” (SI 118.12).
6. A Bíblia revela a capacidade que as abelhas têm de produzirem mel até
em carcaça de leão, dizendo: “Depois de alguns dias, voltou ele para a tomar;
e, apartando-se do caminho para ver o corpo do leão morto, eis que, neste,
havia um enxame de abelhas com mel.” (Jz 14.8). Sansão tirou mel da carcaça
do próprio leão que queria matá-lo! O nosso Deus pode nos ensinar a extrair
coisas positivas até mesmo daquilo que veio tentar nos destruir. O nosso Deus é
especialista em transformar o mal em bem (Gn 50.20).
7. A abelha é especialista em produzir mel, e isso nos fala de doçura. Como
a abelha o crente deve deixar de lado toda a tristeza e amargura e desfrutar das
doçuras do Senhor, pois, a alegria do Senhor é a nossa força (Ne 8.10).
8. O salmista descreveu a Palavra do Senhor sendo mais doce do que o mel,
dizendo: O h ! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do
que o mel à minha boca.” (SI 119.103).
CONCLUSÃO: Que possamos aprender a superar as nossas limitações como as
abelhas, e também deixar de lado toda a raiz de amargura e produzir coisas que
trazem alegria, assim como as pessoas apreciam o doce mel produzido pelas
abelhas (Hb 12.14-15)

A N O TA Ç Õ E S

492 | 28 DE AGOSTO
29 DE AGOSTO

A COSMOVISÃO DA TRANSFORMAÇÃO
Romanos 12.2

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos apresenta uma nova
maneira de ver o mundo em que vivemos. A cosmovisão é entendida como
um modo particular de vermos o mundo, os papéis de cada indivíduo nas rela­
ções humanas e o nosso próprio papel individual dentro da sociedade em que
vivemos. A cosmovisão bíblica para a Igreja atual, é uma cosmovisão de trans­
formação. A metamorfose é vista como uma transformação completa de uma
coisa. O termo “metamorfose” provém do latim “metamorphosis” que, por sua
vez, deriva de um vocábulo grego chamado “metanóia” que significa “mudança
de mentalidade” ou “transformação espiritual”. O sentido mais preciso da pala­
vra, por conseguinte, diz respeito à transformação de algo em outra coisa. De
acordo com esta cosmovisão paulina, nós podemos sim, transformar este mun­
do através da renovação de nosso entendimento. Não é pelo entendimento do
mundo, como querem fazer os que defendem a contextualização do Evangelho.
Não é o Evangelho que deve se adequar às necessidades das pessoas deste mun­
do; as pessoas é que devem se adequar ao Evangelho transformador de Cristo.

I. 0 EVANGELHO TRANSFORMA O MUNDO EM QUE VIVEMOS


1. Transformar o mundo pela renovação do nosso entendimento, é transformá-
-lo através de uma mente renovada. Paulo também declarou que nós temos a mente
de Cristo (ICo 2.16). Tendo a mente de Cristo, nós podemos transformar este mun­
do, usando os métodos que o próprio Cristo usaria para transformar as pessoas. Jesus
Cristo não reforma pessoas, Ele transforma o homem velho em um novo homem,
“criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.24).
2. A metamorfose pode ser física (concreta e real) ou simbólica (abstrata
e perceptível). A passagem de um estado para outro, como o da pobreza para
o da riqueza; ou do estado de escravidão para o estado de libertação. Todas as
pessoas que tiveram um encontro real com Cristo, foram radicalmente trans­
formadas. 1) Maria Madalena (Lc 8.2 e Jo.20.1-2); 2) A Mulher Samaritana (Jo
4.1-42); 3) O Gadareno (Lc 8.35-39), e muitas outras pessoas.
3. Existem muitas pessoas hoje em dia que se dizem cristãs, porém, querem con­
tinuar fazendo as mesmas coisas que faziam antes. Ser Cristão hoje em dia é status.
Todavia, estas pessoas querem que Deus façam a vontade delas, e não o contrário. Por
isso, é inevitável o choque que sempre vai existir entre a cosmovisão bíblica e a cosmo­
visão moderna. O nosso Deus não estará disposto a fazer negociatas ou concessões,
simplesmente para satisfazer os caprichos humanos. Ou aceitaremos o Evangelho em
sua essência, ou não estaremos aptos para entrarmos no Reino de Deus (Mt 7.13-14).
4. A cosmovisão bíblica para a Igreja do século 21, não carece de adaptação

493
ou atualização. Ela já é uma cosmovisão atualizada. Os anseios, problemas e pe­
cados dos homens da época em que foi escrito a Bíblia, são os mesmos anseios,
problemas e pecados do homem moderno (Lm 3.39).

II. SÓ 0 EVANGELHO TRANSFORMA 0 CARÁTER DAS PESSOAS


1.0 avanço cientifico, tecnológico, cibernético ou quântico de nossos dias não pro­
duziu uma sociedade de homens regenerados ou menos pecadores do que no passado.
Pelo contrário, os apóstolos do Senhor Jesus Cristo, mesmo em épocas tão distantes,
puderam contemplar pelas lentes do Espírito de Deus, uma sociedade futura muito mais
deteriorada, do que a sociedade daqueles dias. Basta pesquisar a Palavra de Deus e tere­
mos uma ideia da real condição da sociedade de nossos dias prevista pelos apóstolos de
Jesus Cristo (2Tm 3.1-5). Paulo não mandou Timóteo tentar transformar estes homens
pregando mensagens que satisfaça o ego deles, antes, mandou fugir deles. Não adianta
a Igreja querer ser melhor do que Jesus Cristo, e achar que vai transformar todas as pes­
soas, fazendo concessões e pregando mensagens que melhor agrade a estas pessoas.
2. A Cosmovisão Bíblica para a Igreja atual, é uma visão de mundo, pautada
pelos princípios imutáveis da Palavra de Deus, sem precisar adequar a mensa­
gem do Evangelho à cosmovisão secular dos nossos dias, mas sim, usarmos to­
dos os meios disponíveis para levar as pessoas a Cristo, e fazê-las entender que,
o seu jugo é suave e o seu fardo é leve (Mt 11.28-30).
3. Deus sempre desejou operar uma verdadeira metamorfose no coração das pes­
soas, e revelou isso ao profeta Ezequiel, dizendo: Έ lhe darei um mesmo coração, e
um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes
darei um coração de carne; para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus
juízos, e os executem; e eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.” (Ez 11.19-20).
4. O Senhor repetiu a sua promessa de nos transformar completamente,
dizendo: Έ vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo;
e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. E
porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guar­
deis os meus juízos, e os observeis.” (Ez 36.25-26).

CONCLUSÃO: Somente Deus, o nosso Pai, com base na obra expiatória de Cristo, é que
pode transformar por meio da obra regeneradora do Espírito Santo o mais vil pecador
numa nova criatura (Tt 3.4-5). É com base nesta mensagem transformadora do Evangelho
que podemos transformar também o mundo pela renovação do nosso entendimento!

494 | 29 DE AGOSTO
30 DE AGOSTO

LIÇÕES DO DIA DO PERDÃO


Mateus 6.14

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor Jesus Cristo condiciona o perdão do


Pai Celestial às nossas ofensas, ao nosso perdão aos que nos tem ofendido. O Dia
do Perdão é comemorado no Brasil dia 30 de Agosto por lei aprovada no próprio
Senado Federal. Em sentido espiritual, o perdão pode ser definido como a ação
divina de se libertar alguém de uma culpa, ou mesmo a ação humana de aceitar o
pedido de desculpas de alguém que lhe tenha ofendido. A palavra grega traduzida
para “perdão” é “aphíemi” que significa “abrir mão, deixar ir embora”. É como se
alguém abrisse mão do pagamento de uma dívida. O perdão é a liberação ou can­
celamento de uma obrigação e foi algumas vezes usada no sentido de perdoar um
débito financeiro. A palavra “perdão” no hebraico possui dois principais termos
para expressá-lo; o primeiro termo é “nasa”, que tem o sentido de “levantar”; o se­
gundo termo é “kaphar” que nos traz a ideia de “cobrir”. De fato, somente o perdão
divino consegue levantar o homem caído e cobrir às suas transgressões (SI 32.1-2
e Mt 9.2-7). Nesta mensagem vamos aprender sobre o lado vertical e horizontal do
perdão. O lado vertical do perdão nos ensina sobre o perdão divino ao homem, e
o lado horizontal do perdão nos fala sobre o perdão do homem ao seu semelhante.

I. 0 PERDÃO DE DEUS AO HOMEM


1. Toda a história da graça divina narrada nas Escrituras após a queda do
homem no pecado, retrata o perdão divino ao homem caído. O Deus da Bíblia é
um Deus perdoador. Ele é “Eloah-Silichot” o Deus perdoador (Ne 9.17).
2. Moisés intercedeu diante de Deus pelo povo e rogou de Deus o perdão,
dizendo: “Perdoa, pois, a iniquidade deste povo, segundo a grandeza da tua be-
nignidade e como também perdoaste a este povo desde a terra do Egito até aqui.”
(Nm 14.19). O Senhor, por sua vez se mostrou disposto em perdoar o seu povo e
respondeu a Moisés, dizendo: “Conforme a tua palavra, lhe perdoei.” (Nm 14.20).
3. Davi implorou ao Senhor o perdão, dizendo: “Por amor do teu nome,
SENHOR, perdoa a minha iniquidade, pois é grande.” (SI 25.11). Davi pediu
perdão a Deus por amor do Nome do Senhor, pois, o amor cobre uma multidão
de pecados (Pv 10.12). Davi ainda pediu perdão ao Senhor pela segunda vez no
mesmo salmo, dizendo: O lh a para a minha aflição e para a minha dor e perdoa
todos os meus pecados.” (SI 25.18). O profeta Isaías afirmou que o nosso Deus
é rico em perdoar (Is 55.7).
4. O salmista listou o perdão dos pecados como um dos grandes benefícios
recebidos pelo Senhor, e louvou ao Senhor, dizendo: “Bendize, ó minha alma, ao
SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa
todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova
redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua ve­
lhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.” (SI 103.2-5). Mateus
também registrou a disposição do Senhor Jesus Cristo em perdoar aos homens,
dizendo: “Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados...” (Mt 9.2-7).

II. O PERDÃO DO HOMEM AO HOMEM


1. Já aprendemos sobre a disposição do Senhor perdoar ao homem os seus
pecados; porém, é preciso o homem ter a mesma disposição em perdoar ao seu
semelhante. Jesus Cristo disse: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes
são perdoados; e, àqueles a quem os retiverdes, lhes são retidos.” (Jo 20.23). Já
pensou na seriedade disso? Se você reter o perdão ao seu próximo, o seu perdão
também será retido diante de Deus.
2. Mateus ainda registrou que Pedro se aproximou de Jesus, dizendo: “Senhor,
até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete.” (Mt 18.21-23).
Às vezes costumamos não perdoar erros reincidentes dos nossos semelhantes; en­
tretanto, Jesus nos manda perdoar tantas quantas vezes for necessário!
3. Jesus Cristo não só ensinava como também praticava o que ensinava, e
deixou o seu exemplo quando não só perdoou os seus algozes como até interce­
deu ao Pai pelos seus próprios ofensores, dizendo: “Pai, perdoa-lhes, porque não
sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.” (Lc 23.34).
4. O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Antes, sede uns para com os outros
benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus
vos perdoou em Cristo.” (Ef 4.32). O apóstolo Paulo repetiu o mesmo ensino do
perdão para a Igreja de Colossos, dizendo: “Suportando-vos uns aos outros e
perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como
Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.” (Cl 3.13).

CONCLUSÃO: Que possamos demonstrar a nossa disposição em perdoar aos que


nos ofenderam, da mesma forma que o nosso Deus demonstra disposição em per­
doar os nossos pecados. O profeta Miquéias escreveu, dizendo: “Quem, ó Deus, é
semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante
da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na
misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e
lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.” (Mq 7.18-19).

496 | 30 DE AGOSTO
31 DE AGOSTO
AS QUATRO DIMENSÕES DO AMOR DE DEUS
Efésios 3.17-19
INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela as quatro dimensões do amor de
Deus. O profeta Zacarias havia visto um homem misterioso com um cordel para
medir a largura e o comprimento de Jerusalém (Zc 2.2); porém, ninguém con­
segue medir e nem calcular qual a largura, qual o comprimento, qual a altura, e
qual a profundidade do amor de Deus. O apóstolo Paulo declarou que o amor de
Deus é largo, comprido, alto e profundo. Por largura, entendemos que o amor de
Deus abraça o mundo inteiro; por comprimento, entendemos que o amor de Deus
alcança o mais distante de todos os pecadores; por altura, entendemos que o amor
de Deus é elevado e sublime; e por profundidade, entendemos que o amor de Deus
é insondável, imensurável e inexplicável (Jo 3.16 e Rm 5.8).
I. A LARGURA DO AMOR DE DEUS
1. Segundo a ciência a Terra têm um diâmetro de 12.756 km. Portanto, é pos­
sível medir a largura da terra. Porém, ninguém consegue medir a largura do amor
de Deus. Quando falamos de largura do amor de Deus, a imagem que aparece em
nossa mente é a de um Pai com os dois braços bem abertos para nos abraçar com
o seu extenso e grandioso amor. O próprio Jesus Cristo descreveu a incalculável
extensão deste amor do Pai pelo mundo (Jo 3.16). O apóstolo Paulo também des­
creveu a extensão deste amor, dizendo que: “Se manifestou a benignidade de Deus,
nosso Salvador, e o seu amor para com todos,” (Tt 3.4). O texto não diz que o seu
amor se manifestou apenas para alguns; mas sim, “para com todos”.
2. O apóstolo João nos revela a grandeza do amor de Deus pelos seus filhos,
dizendo: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos cha­
mados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece
a ele” ( ljo 3.1). O Senhor fez uma pergunta a Jó, dizendo: “Tens ideia nítida da
largura da terra? Dize-mo, se o sabes.” (Jó 38.18). A largura do amor de Deus al­
cança toda a largura da terra e abraça a todos os povos! (Mc 16.15).
II. 0 COMPRIMENTO DO AMOR DE DEUS
1. Segundo os estudiosos, o telescópio Hubble já conseguiu detectar o ponto
mais distante do Universo já alcançado pelo homem, e fica há cerca de 12 bilhões de
anos-luz da terra. Embora o homem tenha conseguido medidas inimagináveis de
comprimento entre um ponto e outro do Universo, jamais conseguiu medir o com­
primento do amor de Deus. Quando falamos do comprimento do amor de Deus,
nos referimos ao amor de um Pai que alcança os seus filhos mais distantes. O amor
de Deus é tão comprido que alcança o passado, presente e futuro. O Senhor prome­
teu resgatar o seu povo levado em cativeiro com base numa aliança de amor que ele
tinha feito com os patriarcas em um passado distante (Lv 26.45). O amor de Deus é
tão comprido que se estende a todas as gerações! (SI 100.5 e Lc.1.50).
2. A Bíblia revela o comprimento do amor de Deus em proteger os seus filhos
mesmo quando andavam errantes de nação em nação, dizendo: “Andavam de
| 497
nação em nação e de um reino para outro povo. A ninguém permitiu que os opri­
misse e, por amor deles, repreendeu reis, dizendo: Não toqueis os meus ungidos
e aos meus profetas não façais mal” (lC r 16.20-22). O profeta Jeremias declarou
que o amor de Deus é tão comprido que alcança a própria eternidade, dizendo:
“Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Com amor eterno te amei;
também com amável benignidade te atraí.” (Jr 31.3).
III. A ALTURA DO AMOR DE DEUS
1. O Monte Everest é uma montanha onde se encontra o ponto mais alto do
mundo, com 8.848 metros de altura em relação ao nível do mar. Portanto, é possível
medir o lugar mais alto da terra. Porém, ninguém consegue medir a altura do amor de
Deus. Quando nos referimos a altura do amor de Deus, estamos falando do sublime
e elevado amor de Deus pelos seus filhos. O Senhor nos revelou a altura de sua gran­
deza e também a altura de seu amor pelos quebrantados de coração, dizendo: “Porque
assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um
alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar
o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos.” (Is 57.15).
2. O apóstolo João nos aconselhou a alcançarmos a altura do amor de Deus,
dizendo: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e deve­
mos dar nossa vida pelos irmãos.” ( ljo 3.16). O rei Davi reconheceu que o co­
nhecimento de Deus é tão elevado e tão alto que ele não conseguia alcançar e
reconheceu a sua limitação, dizendo: “Tal ciência é para mim maravilhosíssima;
tão alta, que não a posso atingir.” (SI 139.6).
IV. A PROFUNDIDADE DO AMOR DE DEUS
1. Segundo os estudiosos, o lugar mais fundo que já se mediu no oceano atingiu
cerca de 11.500 km de profundidade. Porém, ninguém consegue medir a profun­
didade do amor de Deus. Quando falamos da profundidade do amor de Deus, nos
referimos ao amor que brota do próprio coração de Deus pelos seus filhos. O salmista
descreveu o profundo e compassivo amor de Deus pelos filhos, dizendo: “Como um
pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o te­
mem.” (SI 103.13). O apóstolo Paulo também descreveu a profundidade do amor de
Deus por miseráveis pecadores, dizendo: “Mas Deus prova o seu amor para conosco
em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm 5.8).
2. A Palavra de Deus ainda descreve a profundidade do amor de Cristo por nós,
dizendo: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por
amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecésseis” (2Co 8.9). À
exemplo do rei Davi, Paulo declarou que os arcanos de Deus são tão profundos e
insondáveis que ele reconheceu suas limitações em compreendê-los, dizendo: “Ó pro­
fundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondá­
veis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Rm 11.33).
CONCLUSÃO: Não existe medidas humanas que consiga delimitarem o imen­
surável amor de Deus. O ser humano nunca conseguirá medir a largura, o com­
primento, a altura e a profundidade do amor de Deus, porque ultrapassa toda a
nossa compreensão humana e excede a todo o nosso entendimento!

498 | 31 DE AGOSTO
SERMÕES PARA 0 MÊS DE
1 DE SETEMBRO SETEMBRO

QUATRO TIPOS DE VASOS QUE EXISTE NA CASA DE DEUS


2Timóteo 2.20

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a importância de nos purifi­


carmos a cada dia para sermos vasos de honra, santificado e útil para uso do
Senhor. O texto também nos mostra o apóstolo Paulo retratando a Igreja do
Senhor como uma grande casa onde existe vasos de diferentes materiais: Va­
sos de ouro, vasos de prata, vasos de madeira, e vasos de barro (2Tm 2.20). De
fato, na Grande Casa do Deus Vivo, existem pessoas de diferentes origens, de
diferentes famílias, de diferentes culturas, de diferentes personalidades, de dife­
rentes comportamentos, de diferentes condutas, e oriundas de todas as classes
sociais; entretanto, quando cada uma destas pessoas se esforçam a cada dia para
se purificarem de seus maus hábitos, de seus comportamentos reprováveis, de
suas condutas duvidosas, e de seu caráter deformado com a ajuda do Espírito
Santo, estas pessoas se tornam vasos de honra, santificados, e úteis para serem
aproveitados na Obra do Senhor.

I. VASOS DE OURO
1. Vasos de ouro é o primeiro tipo de vasos citados por Paulo neste texto
sagrado. O ouro é o mais nobre dos metais. Um vaso de ouro possui um valor
inestimável. A primeira menção a “vaso de ouro” na Bíblia se dá quando o mor­
domo de Abraão deu vasos de prata, vasos de ouro, e vestes a Rebeca, a noiva
que ele havia ido buscar para se casar com Isaque (Gn 24.53).
2. Moisés ordenou aos filhos de Israel que pedissem aos egípcios vasos de
prata e vasos de ouro antes de saírem do Egito (Êx 11.2) Deus havia escolhido
Israel para brilhar como um vaso de ouro neste mundo! Os soldados que vence­
ram a guerra contra os midianitas também ofertaram ao Senhor vasos de ouro
(Nm 24.50). O ouro nos fala de excelência! Devemos sempre oferecer o melhor
que temos ao Senhor!
3. Davi também consagrou para a Casa do Senhor vasos de ouro e vasos de
prata oriundos de suas conquistas militares (2Sm 8.10-11). O próprio Davi foi
um vaso de ouro que Deus levantou para brilhar na terra, e até depois de morto
o seu legado continuou brilhando (lR s 11.31-34; Jr 23.5-6; Lc.1.69-75; Lc.2.10-
11; Ap 5.5 e Ap 22.16). Os vasos de ouro também estavam relacionados entre os
presentes trazidos ao rei Salomão pelos reis da terra que vinha de longe ouvir
a sua sabedoria (2Cr 9.24). Como vaso de ouro, algumas pessoas conseguem
brilhar mais do que outras. Salomão foi um vaso de ouro que brilhou no mundo
inteiro através de sua sabedoria (2Cr 9.22-23).

499
II. VASOS DE PRATA
1. Vasos de prata é o segundo tipo de vasos citados por Paulo neste texto
sagrado. A prata é sempre mencionada na Bíblia ao lado do ouro (Ag 2.8). En­
quanto o ouro é o mais nobre dos metais, a prata era a moeda corrente entre
os comerciantes, vendedores e mercadores (Gn 23.16). Os vasos de prata tam­
bém estavam entre os presentes que Rebeca recebeu do mordomo de Abraão
(Gn 24.53).
2. Os vasos de prata também estavam entre os presentes trazidos pelos reis
da terra a Salomão (lR s 10.25). Algumas pessoas brilham como o ouro e outros
como a prata. O sábio apóstolo Paulo nos ensina que: “Uma é a glória do sol,
outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há
diferenças de esplendor.” (IC o 15.41).
3. Os vasos de prata estavam também entre os utensílios valiosos que Davi
conquistou na guerra e consagrou para a Casa do Senhor (lC r 18.9). Não im­
porta se você é vaso de ouro ou de prata, o importante é ser consagrado ao
Senhor! O próprio sábio Salomão escreveu o seguinte acerca do vaso de prata,
dizendo: “Tira da prata as escórias, e sairá vaso para o fundidor.” (Pv 25.4). Se
purificar destas coisas é exatamente isso, tirar de nossas vidas toda a escória e
tudo aquilo que esteja impedindo o nosso brilho e o nosso valor como vaso nas
mãos do Senhor!

III. VASOS DE MADEIRA


1. Vasos de madeiras é o terceiro tipo de vasos citados por Paulo neste texto
sagrado A madeira pode não ter o valor monetário do ouro e da prata; porém,
possuem mais utilidade para o homem do que o ouro e a prata. Além é claro,
de existirem também madeiras raríssimas e de grande valor comercial. Aliás,
a Bíblia menciona a existência de “vaso de madeira preciosíssima” (Ap 18.12).
2. Moisés escreveu que: “Todo vaso de madeira será lavado com água.”
(Lv 15.12). Os vasos de metais como ouro, prata, bronze ou cobre poderíam ser
passados pelo fogo para serem purificados; porém, os vasos de madeira por não
serem resistentes ao fogo, deveríam ser lavados somente com água (Nm 31.23).
3. A Bíblia revela a grande importância da madeira na construção do Taber-
náculo (Êx 37.1-25). Os vasos de madeira também são muito úteis na Casa do
Senhor. A Bíblia também revela a grande importância e utilidade da madeira na
construção do Templo de Salomão (2Cr 2.8-9). Os vasos de madeira podem não
serem muito resistentes ao fogo da provação como os de metais; mas possuem
também um valor inestimável para Deus! As madeiras de sândalo usadas para
a fabricação de instrumentos musicais simbolizam os vasos preciosos que Deus
usa para louvarem ao Senhor na Sua Casa! Grandes palácios reais do passado,
e grandes casas ainda hoje são feitas de madeira, mostrando a grande utilidade
da madeira! (lR s 10.11-12).

500 I ID E SETEMBRO
IV. VASOS DE BARRO
1. Vasos de barro é o quarto tipo de vasos citados por Paulo neste texto sa­
grado. O barro é a matéria prima do oleiro para a fabricação de vasos. O próprio
Deus ensinou esta verdade ao profeta Jeremias, dizendo: “Dispõe-te, e desce à
casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e eis que
ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de
barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe
pareceu.” (Jr 18.2-6).
2. O patriarca Jó reconheceu que o barro foi a matéria prima que Deus usou
para formar o homem, e no seu sofrimento se desabafou diante de Deus, di­
zendo: “As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram, porém, agora, queres
devorar-me. Lembra-te de que me formaste como em barro; e queres, agora,
reduzir-me a pó?” (Jó 10.8-9). Também Eliú, o amigo de Jó reconheceu isso,
dizendo: “Eis que diante de Deus sou como tu és; também eu sou formado do
barro.” (Jó 33.6).
3. A Palavra de Deus nos ensina a reconhecermos quem realmente somos,
dizendo: “Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nos­
so oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.” (Is 64.8). O profeta Jeremias revela
que tipo de vaso os filhos de Sião haviam se tornado, dizendo: “Os preciosos
filhos de Sião, comparáveis a puro ouro, como são, agora, reputados por vasos
de barro, obra das mãos do oleiro!” (Lm 4.2).

CONCLUSÃO: Embora alguns vasos brilhem como ouro, outros como a prata, e
ainda outros como o verniz sobre a madeira, todos indistintamente são feitos do
barro. O ouro e a prata eram apenas uma camada brilhosa para cobrirem as peças
de madeira do tabernáculo; porém, a natureza das peças era a madeira. Da mesma
forma, o brilho que temos diante dos homens são apenas o reflexo da Glória do Se­
nhor que habita em nós, mas fomos feitos do barro. Entretanto, o que nos consola
como disse Paulo é que: “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2Co 4.7).

A N O TA Ç Õ E S

501
2 DE SETEMBRO

VOCÊ FOI APROVADO POR DEUS


ITessalonicenses 2.4

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos revela que fomos
aprovados por Deus, a ponto de nos confiar Ele o Evangelho. Em todas as áreas
da vida humana, as pessoas precisam passar no teste para serem aprovadas. Os
estudantes precisam tirar boas notas nas provas para serem aprovados, os can­
didatos a uma vaga de emprego precisam passar no teste de seleção para serem
aprovados, os funcionários públicos precisam passarem no concurso público
para serem aprovados, os Bacharéis em Direito precisam passar no Exame da
OAB para serem advogados aprovados, os atletas que disputam uma vaga olím­
pica precisam atingir o índice olímpico para terem o direito de disputar os jogos
olímpicos; e da mesma forma, os que são chamados por Deus são testados pelo
Senhor para serem aprovados.

I. JESUS FOI PROVADO E APROVADO POR DEUS COMO HOMEM


1. Jesus Cristo foi submetido a várias provas como homem para depois ser
aprovado por Deus. O apóstolo Pedro confirmou isso no seu discurso no Dia
de Pentecostes, dizendo: “Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Na­
zareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais,
que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;” (At 2.22).
2. Jesus foi aprovado por Deus quando se submeteu ao batismo nas águas
por João Batista no Rio Jordão, mesmo sem ter pecados para se arrepender, re­
cebendo o selo de aprovação do Pai que testificou, dizendo: “Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo.” (Mt 3.16-17).
3. Jesus foi aprovado por Deus quando enfrentou e venceu o Diabo no de­
serto em três investidas do Tentador (Mt 4.1-11). Jesus foi provado na carne e
aprovado quando resistiu a tentação de transformar pedras em pães para ali­
mentar o seu corpo (Mt 4.2-4); Jesus foi provado na alma e aprovado quando re­
sistiu a tentação de ser aplaudido pelo povo como Filho de Deus após se lançar
do pináculo do Templo sendo aparado pelos anjos (Mt 4.5-7); Jesus foi provado
no espírito e aprovado quando resistiu a tentação de se prostrar diante do Ten­
tador em troca de fama, poder e glória (Mt 4.8-11).
4. Jesus foi aprovado por Deus diante dos seus discípulos no Monte da
Transfiguração quando bradou do céu, dizendo: “Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo; a ele ouvi.” (Mt 17.5). Jesus foi aprovado publicamente
pelo Pai que trovejou do céu diante da multidão, dizendo: “Eu já o glorifiquei e
ainda o glorificarei.” (Jo 12.28). Jesus foi aprovado por Deus quando se esvaziou
a si mesmo e se humilhou sendo obediente até à morte de cruz, sendo depois
aprovado pelo Pai quando recebeu um Nome acima de todos os nomes (Fp 2.5-

502 | 2 DE SETEMBRO
11). Jesus foi provado e aprovado por Deus quando em tudo foi tentado e nunca
pecou e nem engano algum se achou na sua boca (lP e 2.22).

II. NÓS TAMBÉM SOMOS PROVADOS E APROVADOS POR DEUS


1. Da mesma forma que Jesus foi provado e aprovado por Deus como ho­
mem, todos os servos do Senhor são também provados e aprovados por Deus.
O apóstolo Paulo afirmou que: “Aquele que deste modo serve a Cristo é agra­
dável a Deus e aprovado pelos homens.” (Rm 14.18). Paulo ainda apresentou a
Igreja de Roma um obreiro aprovado chamado Apeles, dizendo: “Saudai Apeles,
aprovado em Cristo” (Rm 16.10).
2. Mesmo com toda a bagagem e experiência que tinha, o apóstolo Paulo
ainda temia ser reprovado quando escreveu, dizendo: “Antes, subjugo o meu
corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não ve­
nha de alguma maneira a ficar reprovado.” (IC o 9.27).
3. Paulo ainda escreveu para a Igreja de Corinto, dizendo: “Porque até mes­
mo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tor­
nem conhecidos em vosso meio.” (IC o 11.19). A Palavra de Deus afirma que:
“Não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor
louva.” (2Co 10.18).
4. O sábio Apóstolo dos Gentios deu um conselho a todos os obreiros da
Seara do Mestre, dizendo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro
que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2Tm
2.15). O apóstolo Tiago também escreveu, dizendo: “Bem-aventurado o homem
que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado,
receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” (Tg 1.12).

CONCLUSÃO: Temos o exemplo de vários homens nas Escrituras que foram apro­
vados por Deus. Deus aprovou a oferta de Abel (Hb 11.4); Deus aprovou o testemu­
nho de Enoque (Hb 11.5); Deus aprovou a retidão de Noé (Gn 7.1); Deus aprovou a
fé de Abraão e achou o seu coração fiel perante Ele (Gn 15.6 e Ne 9.7-8); Deus apro­
vou Moisés e o achou fiel em toda a sua casa (Nm 12.6-8); Deus aprovou Davi e o
ungiu com o seu santo óleo (SI 89.20); Deus aprovou a integridade e retidão de Jó (Jó
1.8 e Jó 42.7); Deus aprovou Daniel ao lhe declarar como um homem muito amado
no céu (Dn 10.19); Jesus Cristo também aprovou o caráter de Natanael (Jo 1.47)

A N O TA Ç Õ E S

503
3 DE SETEMBRO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO BIÓLOGO


Atos 17.25

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que o Senhor


Deus soprou o seu fôlego de vida no homem tornando-lhe uma alma vivente
ou um ser vivo. No brilhante discurso que Paulo deu no areópago de Atenas pe­
rante duas importantes escolas de filósofos, ele também apresentou ao mundo
grego o Deus Transcendente e Imanente que deu a todos os seres vivos a vida, a
respiração e tudo mais (At 17.25). No dia 03 de setembro é celebrado o Dia do
Biólogo. O biólogo é um cientista que estuda a origem da vida. Por mais que a
ciência procure explicar a origem da vida em teorias infundadas, não existe vida
fora de Deus. Deus é a origem e fonte da vida. Quem soprou o fôlego de vida no
homem foi o próprio Deus (Gn 2.7). A vida é definida como uma atividade de
subsistência comum a todos os seres vivos. Existir é a essência da vida, e todos
lutam desesperadamente para sobreviver, não importando o valor que tenha
que ser pago para continuar vivendo.

I. DEUS É A FONTE DA VIDA TERRENA


1. A vida humana e existência de todos os seres vivos na face da terra co­
meça em Deus. É Deus quem criou todas coisas do nada. A vida é um ato da
criação divina “ex-nihilo”, isto é, “do nada” Deus chamou a existência todas coi­
sas. “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de
maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” (Hb 11.3).
2. Moisés escreveu como se deu a origem da vida humana na terra, dizendo:
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas
narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Gn 2.7). Eliú,
o sábio cientista e amigo do patriarca Jó não tinha dúvida que Deus é a fonte
da vida humana quando se expressou, dizendo: Ό Espírito de Deus me fez, e o
sopro do Todo-Poderoso me dá vida.” (Jó 33.4).
3. O patriarca Jó também não tinha dúvida de quem lhe deu a vida quando
se expressou, dizendo: “Vida me concedeste na tua benevolência, e o teu cuida­
do a mim me guardou.” (Jó 10.12). O salmista nos revela em quem está a fonte
e o manancial da vida, dizendo: “Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz,
vemos a luz.” (SI 36.9).
4 .0 profeta Isaías já havia revelado quem realmente originou a vida e quem é
que dá a respiração a todos os seres vivos, dizendo: “Assim diz Deus, o SENHOR,
que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá
fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela.” (Is 42.5). O
apóstolo Paulo confirmou perante os filósofos gregos no areópago de Atenas que
Deus é quem a todos dá a vida, a respiração e todas as coisas (At 17.25).

504 I 3 DE SETEMBRO
II. DEUS É A FONTE DA VIDA ETERNA
1. Além de ser a fonte da vida humana na terra; Deus também é a fonte da
vida eterna no céu. Deus criou o homem para viver para sempre sem pecado. É
tanto que no Jardim do Éden havia a árvore do conhecimento do bem e do mal
e a árvore da vida (Gn 2.16-17 e Gn 3.22-24). Entretanto, o homem preferiu co­
mer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal que trouxe a morte a
todos os homens, do que comer do fruto da árvore da vida que traria vida eterna
a todos os homens. Porém, Deus não desistiu do homem e já tinha um plano
elaborado desde a eternidade para oferecer vida eterna ao homem por meio de
Jesus Cristo (Jo 3.16 e Ef 1.3-7).
2. O profeta Daniel já havia previsto a Doutrina da Vida Eterna quando
escreveu, dizendo: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns
para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.” (Dn 12.2). A Bíblia
nos revela a preocupação das pessoas com a vida eterna, dizendo: “E eis que
alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para al­
cançar a vida eterna?” (Mt 19.16).
3. Jesus Cristo apresentou Deus como a fonte da vida eterna, dizendo: “Por­
que Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16). O Senhor
Jesus Cristo ainda nos revelou o que é a vida eterna, dizendo: Έ a vida eterna
é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste.” (Jo 17.3).
4. O apóstolo Paulo nos revela como Deus, o Autor da Vida Eterna opera
o processo de ressurreição espiritual do pecador que havia sido morto em seus
delitos e pecados, dizendo: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do
grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu
vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos
ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;” (Ef 2.4-6).

CONCLUSÃO: Deus é fonte da vida humana e da vida eterna; e Jesus Cristo é o meio
de obtermos a vida eterna. O apóstolo João nos confirmou esta verdade, dizendo: “E o
testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho.” (ljo
5.11). O próprio Jesus Cristo já havia nos revelado esta Doutrina, dizendo: “Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6).

A N O TA Ç Õ E S

505
4 DE SETEMBRO

TIQUICO - UM FIEL MINISTRO DO SENHOR


Colossenses4.9

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo apresenta para a Igreja de


Colossos Tíquico, um fiel ministro de Cristo. O nome Tíquico significa “sorte”
ou “sucesso”, e Paulo deu testemunho da fidelidade e utilidade deste importante
obreiro da Seara do Mestre em várias ocasiões. Paulo era um líder que valori­
zava muito aqueles que se esforçavam na obra do Senhor. Apesar de ter a fama
de duro, Paulo se derretia em elogios aos seus companheiros leais e fiéis. Basta
perceber isso na extensa lista de amigos e irmãos que ele cita nominalmente,
inclusive elogiando e reconhecendo o trabalho importante que cada um desem­
penhava no trabalho do Senhor Jesus Cristo (Rm 16.1-23; ICo 16.15-19 etc..).
A Tradição Cristã coloca Tíquico como um dos Setenta principais discípulos de
Jesus Cristo, e bispo de Cólofon, antiga cidade grega na região da Lídia, na Ásia
Menor, e posteriormente bispo de Calcedônia e Neápolis.

I. REFERÊNCIAS A TÍQUICO NAS ESCRITURAS


1. Tíquico é mencionado pela primeira vez na Bíblia, quando Lucas o rela­
ciona em uma lista de nomes que acompanharam a equipe missionária de Paulo
(At 20.4). Paulo apresentou Tíquico como o seu emissário perante a Igreja de
Éfeso, dizendo: “E, para que saibais também a meu respeito e o que faço, de
tudo vos informará Tíquico, o irmão amado e fiel ministro do Senhor. Foi para
isso que eu vo-lo enviei, para que saibais a nosso respeito, e ele console o vosso
coração.” (E f 6.21-22).
2. O Apóstolo Paulo também apresentou Tíquico para a Igreja de Colossos
como alguém muito próximo e inteirado de sua situação, dizendo: “Quanto à
minha situação, Tíquico, irmão amado, e fiel ministro, e conservo no Senhor, de
tudo vos informará. Eu vo-lo envio com o expresso propósito de vos dar conhe­
cimento da nossa situação e de alentar o vosso coração.” (Cl 4.7-8).
3. O sábio Apóstolo dos Gentios ainda faz referência a Tíquico como um
importante e útil emissário, dizendo: “Quanto a Tíquico, mandei-o até Éfeso.”
(2Tm 4.12). O Apóstolo Paulo continua fazendo menção da importância de Tí­
quico para o seu ministério, dizendo: “Quando te enviar Ártemas ou Tíquico,
apressa-te a vir até Nicópolis ao meu encontro. Estou resolvido a passar o inver­
no ali.” (Tt 3.12).
4. Ao contrário de Demas, que tendo amado o presente século havia aban­
donado a Paulo na hora que ele mais precisava, Tíquico permaneceu fiel ao
grande Apóstolo dos Gentios até o fim (2Tm 4.10-12).

506 | 4 DE SETEMBRO
II. OBREIROS QUE PAULO ELOGIOU PUBLICAMENTE A SUA FIDELIDADE
1. O Apóstolo Paulo era muito sincero e coerente naquilo que fazia e acredi­
tava como estilo de vida Cristã. Quando não concordava com alguma coisa, ele
não hesitava em falar na cara da pessoa o que pensava, doessem a quem does-
sem, gostassem a quem gostassem e fosse quem fossem (G1 2.11-12). Entretan­
to, se ele reprendia publicamente quem fosse passível de repreensão, também
elogiava publicamente quem merecesse elogios (Fp 4.1-4).
2. Paulo elogiou a fidelidade de Timóteo perante a Igreja de Corinto, di­
zendo: “Por esta causa, vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no
Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo Jesus, como, por toda
parte, ensino em cada igreja.” (1 Co 4.17).
3. Paulo elogiou a fidelidade de Epafras perante a Igreja de Colossos, dizen­
do: “Segundo fostes instruídos por Epafras, nosso amado conservo e, quanto a
vós outros, fiel ministro de Cristo,” (Cl 1.7).
4. Paulo também elogiou a fidelidade de Onésimo, dizendo: “Em sua com ­
panhia, vos envio Onésimo, o fiel e amado irmão, que é do vosso meio. Eles vos
farão saber tudo o que por aqui ocorre.” (Cl 4.9).
CONCLUSÃO: Que possamos permanecer como fiéis ministros de Cristo assim
como Tíquico que perseverou fiel até o fim ao ministério que havia recebido do
Senhor. “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros
de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer
dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.” (IC o 4.1-2).

A N O TA Ç Õ E S

507
5 DE SETEMBRO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO IRMÃO


Tiago 2.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Tiago, o irmão carnal de Jesus Cris­
to nos ensina a tratarmos todos por igual, e não fazermos acepção de pessoas. No dia
05 de Setembro se comemora o Dia do Irmão. O Senhor Jesus Cristo, nosso Irmão
Maior, nos ensinou um mandamento universal que se fosse praticado por todos
os homens não havería guerras, nem contendas, nem brigas, nem confusões, nem
roubos, e nem assassinatos, dizendo: “O meu mandamento é este: que vos ameis
uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Jo 15.12). O “irmão” é definido como
aquele que é filho do mesmo pai e da mesma mãe, biológica ou adotiva. Aquele que
só é filho do mesmo pai ou só filho da mesma mãe é denominado de meio-irmão.
Pode-se chamar de irmão também aquele que se tem laço forte de amizade, tendo
o mesmo significado de amigo. Pode ser usado também para aquele que possui a
mesma crença religiosa; daí o fato de chamarmos uns aos outros de irmãos.

I. OS IRMÃOS DE SANGUE MAIS FAMOSOS DA BÍBLIA


1. A Bíblia menciona a história de vários irmãos de sangue que se tornaram
famosos nas Escrituras. Os primeiros irmãos de sangue mencionados na Bíblia
foram Caim e Abel (Gn 4.1-2). De acordo com os estudiosos do comportamento
humano, na maior parte das sociedades pelo nosso mundo, irmãos geralmente
crescem juntos e passam um bom tempo da infância socializando uns com os ou­
tros. Entretanto, esta proximidade genética e física pode ser marcada pelo desen­
volvimento de fortes laços emocionais, como o amor e a fraternidade, mas também
o ciúme, a inveja, a competição, a rivalidade, e até mesmo hostilidade (Gn 4.3-11).
2. O apóstolo João nos revela o grande contraste que existia entre Caim e
Abel, mesmo sendo filhos de um mesmo pai e uma mesma mãe, e as motivações
que levaram Caim a assassinar o seu próprio irmão Abel, dizendo: “Porque a
mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros;
não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o as­
sassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.” ( ljo 3.11-12).
3. A Bíblia revela um dos mais frequentes motivos de briga entre irmãos, dizen­
do: “Vendo Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual ela dera à luz a Abraão, caçoava
de Isaque, disse a Abraão: Rejeita essa escrava e seu filho; porque o filho dessa escra­
va não será herdeiro com Isaque, meu filho.” (Gn 21.9-10). Nesta passagem bíblica
é mostrado Ismael caçoando o seu meio-irmão Isaque, e Sara tomou as dores de
Isaque, exigindo de Abraão que mandasse embora de casa Ismael e sua mãe Agar.
O termo “caçoar” é zombar, tirar o sarro; ou seja, Ismael estava praticando bullying
contra o seu próprio irmão Isaque. O bullying é a prática de atos violentos, inten­
cionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e

508 | 5 DE SETEMBRO
psicológicos às vítimas. Certamente esse é um dos grandes motivos de desenten­
dimento entre irmãos, quando um começa chamar o outro de feio, molenga, etc...
4. A Bíblia revela a grande rivalidade existente desde o ventre da mãe entre
os irmãos de sangue Esaú e Jacó (Gn 25.22-26). A Bíblia também revela a par­
cela de culpa que os pais tiveram na rivalidade existentes entre os irmãos Esaú
e Jacó, dizendo: “Cresceram os meninos. Esaú saiu perito caçador, homem do
campo; Jacó, porém, homem pacato, habitava em tendas. Isaque amava a Esaú,
porque se saboreava de sua caça; Rebeca, porém, amava a Jacó.” (Gn 25.27-28).
O favoritismo dos pais por cada filho, certamente contribuíam para que os âni­
mos dos irmãos Esaú e Jacó fossem mais acirrados ainda!

I. O PERDÃO É A CHAVE DA RECONCILIAÇÃO ENTRE IRMÃOS


1. Após cerca de 20 anos sem se falarem por causa da briga pelo direito de
primogenitura que Esaú acusava Jacó de roubá-lo dele, a Bíblia revela de for­
ma magistral a reconciliação dos irmãos Esaú e Jacó (Gn 33.4). Que neste Dia
do Irmão, muitos irmãos que estejam sem se falarem por qualquer que seja o
desentendimento possam se perdoarem entre si e se reconciliarem uns com os
outros à exemplo dos irmãos Esaú e Jacó.
2. O perdão é a chave para a reconciliação entre irmãos. A Bíblia revela de
forma épica a reconciliação de José com os seus irmãos após encontrá-lo como
governador do Egito depois de muitos anos por tê-lo vendido como escravo
para o Egito (Gn 45.3-5).
3. A Bíblia descreve a importância do irmão como um verdadeiro amigo e
consolo em momento de angústia, dizendo: “Em todo tempo ama o amigo, e na
angústia se faz o irmão.” (Pv 17.17). A Bíblia descreve a dificuldade de se con­
quistar um irmão ofendido, dizendo: “O irmão ofendido resiste mais que uma
fortaleza; suas contendas são ferrolhos de um castelo.” (Pv 18.19). Entretanto,
com uma boa dose de perdão e amor os corações duros podem ser conquistados!
4. O Senhor Jesus Cristo nos ensinou a priorizarmos a reconciliação entre ir­
mãos, dizendo: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu
irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” (Mt 5.23-24).
O verdadeiro amor e o perdão são os únicos meios dos irmãos viverem unidos e
andando na luz (ljo 2.9-10).

CONCLUSÃO: Que neste Dia do Irmão reine a paz, a harmonia, o amor, e que sem­
pre seja liberado o perdão para que haja verdadeira união fraternal entre os irmãos.
A Bíblia descreve a importância da união entre os irmãos, dizendo: “Oh! Quão bom
e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (SI 133.1). Somente o verdadeiro
amor e o perdão podem restaurar e manter o relacionamento fraterno entre irmãos.
6 DE SETEMBRO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO ALFAIATE


Gênesis 37.3

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que Jacó fez para
seu filho José uma túnica de várias cores. No dia 06 de Setembro se comemora
também o Dia do Alfaiate. O Alfaiate é um profissional especializado que exerce
o ofício da alfaiataria, uma arte que consiste na criação de roupas masculinas de
forma artesanal e sob medida. De acordo com as Escrituras, Deus foi o primei­
ro Alfaiate da história quando confeccionou roupas de peles de animais para
Adão e Eva (Gn 3.21). A túnica de várias cores que Jacó fez para José era uma
vestimenta de honra que gerou ciúmes e inveja por parte dos irmãos de José
(Gn 37.4). Quando o nosso Deus nos veste com uma vestimenta de honra, isso
provoca também ciúmes e invejas por parte dos nossos próprios irmãos, seja
irmãos de sangue ou mesmo irmãos de fé. Entretanto, o nosso Deus é Aquele
que faz para cada um de nós as vestimentas sob medida.

I. VESTIMENTAS SOB MEDIDA


1. Existe uma vestimenta sob medida para cada um de nós. A Palavra de
Deus afirma que: “Samuel ministrava perante o SENHOR, sendo ainda menino,
vestido de uma estola sacerdotal de linho. Sua mãe lhe fazia uma túnica peque­
na e, de ano em ano, lha trazia quando, com seu marido, subia a oferecer o sacri­
fício anual.” (ISm 2.18-19). Na medida que Samuel crescia, sua mãe fazia uma
túnica de acordo com o seu tamanho. Não podemos colocar túnica de adulto
em criança. A túnica deve ser de acordo com o nosso tamanho!
2. O nosso Deus providencia para nós vestimentas de acordo com a posição
de honra que Ele nos coloca. O Senhor ordenou a Moisés, dizendo: “Farás vestes
sagradas para Arão, teu irmão, para glória e ornamento.” (Êx 28.2). Um sumo
sacerdote era um representante de Deus que ministrava no Santuário do Senhor
e precisava de vestimentas dignas de sua função! Como se fosse um alfaiate pro­
fissional Deus deu todos os detalhes de como deveria se fazer as vestimentas dos
sacerdotes (Êx 28.3-4). Se fizermos uma pesquisa descobriremos a importância
e significado de cada peça que fazia parte da vestimenta sacerdotal.
3. A Bíblia afirma que: “Fizeram também de estofo azul, púrpura e carme­
sim as vestes, finamente tecidas, para ministrar no santuário, e também fizeram
as vestes sagradas para Arão, como o SENHOR ordenara a Moisés.” (Êx 39.1).
O azul revela o sacerdote como um ministro representante do céu, a púrpura
revela o sacerdócio como uma função nobre e real, e o carmesim nos revela o
sacrifico expiatório de Cristo - O Sumo Sacerdote Eterno!
4. O salmista descreveu de forma poética as vestimentas dos sacerdotes,
dizendo: “Vistam-se de justiça os teus sacerdotes, e exultem os teus fiéis.” (SI

510 | 6 DE SETEMBRO
132.9). A Bíblia descreve a unção divina sobre as vestes de Arão, dizendo: “É
como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão,
e desce para a gola de suas vestes.” (SI 132.2). A Bíblia descreve o poder que ha­
via nas vestes de Jesus Cristo - O Sumo Sacerdote Eterno (Mt 9.19-22).

II. DEUS FEZ PARA CADA UM DE NÓS VESTIMENTAS APROPRIADAS


1. As vestimentas que Deus proveu para cada um de nós são limpas e apro­
priadas. O profeta Isaías descreve a forma apropriada como Deus veste os seus
filhos, dizendo: “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra
no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o
manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se
enfeita com as suas joias.” (Is 61.10).
2. O profeta Ezequiel descreveu em vivas cores a forma como Deus vestiu o
seu povo, dizendo: “Também te vesti de roupas bordadas, e te calcei com couro
da melhor qualidade, e te cingi de linho fino, e te cobri de seda.” (Ez 16.8-10).
3. A Bíblia revela o perigo do homem de Deus ministrar com vestes sujas e
revela a misericórdia do Senhor em provê vestes apropriadas para os seus m i­
nistros, dizendo: O r a , Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo. To­
mou este a palavra e disse aos que estavam diante dele: Tirai-lhe as vestes sujas.
A Josué disse: Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniquidade e te vestirei de
finos trajes...” (Zc 3.3-5).
4. A Bíblia ainda revela o patriarca Jacó preocupado com a limpeza das
vestimentas de sua família, dizendo: “Então, disse Jacó à sua família e a todos
os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio,
purificai-vos e mudai as vossas vestes;” (Gn 35.2). A Bíblia revela a preocupa­
ção do Senhor com as vestes limpas do seu povo, dizendo: “Disse também o
SENHOR a Moisés: Vai ao povo e purifica-o hoje e amanhã. Lavem eles as suas
vestes” (Êx 19.10).

CONCLUSÃO: O Senhor Deus é o nosso Divino Alfaiate que faz para cada um de
nós vestimentas limpas e apropriadas. Os que vencerem o pecado e as tentações deste
mundo andarão com vestimentas de honra na sua santa presença (Ap 3.5). O Senhor
Jesus Cristo também nos exortou a guardarmos as vestes apropriadas que recebemos
de Deus para cobrir as nossas vergonhas, para que não venhamos nos achar nus no
dia de sua Vinda (Ap 16.15).
7 DE SETEMBRO

LIÇÕES DO DIA DA INDEPENDÊNCIA


Colossenses 1.13

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos apresentou Jesus


Cristo como Aquele que proclamou a nossa independência do império das tre­
vas. O Dia 7 de setembro de cada ano se comemora no Brasil, o Dia da Inde­
pendência. Cada nação celebra o seu dia da independência. No caso do Brasil,
esta data é celebrada como o dia da sua independência de Portugal. Cada nação
que foi colonizada, celebra a independência de uma outra nação potente que a
dominava. Foi assim com os Estados Unidos em relação a Inglaterra; foi assim
com as nações de língua espanhola que se libertaram do domínio da Espanha;
foi assim com as nações portuguesas que se libertaram do domínio Português;
e, assim sucessivamente. Podemos aproveitar essa data para celebrar a nossa
independência do império do mal.

I. JESUS CRISTO - O NOSSO LIBERTADOR DO IMPÉRIO DA TREVAS


1. Nós vivíamos na situação de uma colônia dominada pelo império das
trevas; porém, Cristo nos libertou desse império do mal, e nos declarou livres.
O apóstolo Paulo afirma que nos convertemos “das trevas para a luz e da potes-
tade de Satanás para Deus”, a fim de recebermos herança entre os que pela fé são
santificados em Cristo (At 26.18).
2. Jesus Cristo passou a sua infância numa região conhecida como “região
e sombra da morte”; e, quando chegou o tempo de se manifestar ao mundo Ele
declarou a chegada do Reino dos céus naquela região sombria (Mt 4.16-17). A
Luz do Mundo dissipou as trevas daquela região tenebrosa (Jo 8.12).
3. O apóstolo João escreveu que: “A vida estava nele e a vida era a luz dos
homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.”
(Jo 1.4-5). O nosso Libertador do império das trevas se revelou, dizendo: “Eu
sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá
a luz da vida.” (Jo 8.12).
4. Satanás era o “valente” que nos dominava e nos mantinha como os seus
prisioneiros. Porém, vindo Jesus Cristo, o “Mais Valente” do que Satanás; lhe
desarmou, e conquistou as almas como despojos, libertando-nos do domínio
de Satanás (Lc 11.20-22).

II. JESUS CRISTO PROCLAMOU INDEPENDÊNCIA E VIDA


1. De acordo com a história do Brasil, Dom Pedro I, declarou a Independên­
cia do Brasil em relação a Portugal com o famoso grito: “Independência ou mor­
te”. Porém, de acordo com a Bíblia, Jesus Cristo declarou a nossa Independência
do império das trevas, com o seu famoso grito: “Está consumado!” (Jo 19.30).

512 | 7 DE SETEMBRO
2. Dom Pedro I declarou: “Independência ou morte”. Porém, Jesus Cristo
declarou: “Independência e Vida”. Paulo declara que o nosso Salvador Cristo
Jesus, não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, me­
diante o evangelho (2Tm 1.10).
3. Jesus Cristo, o nosso Libertador do império das trevas proclamou nossa
verdadeira libertação do império do mal, dizendo: “Se, pois, o Filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36). O apóstolo Pedro declarou que Deus
ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder para nos libertar do
inimigo opressor (At 10.38).
4. Solon Lopes é celebrado como o libertador do Paraguai; San Martin é
celebrado como o libertador da Argentina; Simom Bolívar é celebrado como
o libertador da Venezuela; Francisco Pizzarro é celebrado como o libertador
do Peru; Hernan Cortez é celebrado como o libertador do México; George
Washington é celebrado como o conquistador da Independência Americana;
Dom Pedro I é celebrado como o conquistador da Independência do Brasil.
E, Jesus Cristo é celebrado como o Conquistador da Independência da Huma­
nidade! Todas as pessoas que o aceitarem como o seu Salvador e Libertador,
podem declarar a sua independência do império do mal.
CONCLUSÃO: Celebramos pois, a nossa independência do império de Satanás.
Pois, “Para isto se manifestou o Filho de Deus; para destruir as obras do diabo”
(1 Jo 3.8). Jesus Cristo é o Imperador do Universo que veio proclamar a liber­
tação de todos os escravos do pecado, e a nossa independência do império de
Satanás (Lc 4.18-19 e At 26.18).

A N O TA Ç Õ E S

513
8 DE SETEMBRO

LIÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO


Atos 8.30-31

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela um alto oficial da rainha da Etiópia
lendo uma parte das Escrituras, porém, não entendendo o que estava lendo. Entre­
tanto, Deus enviou o Evangelista Filipe para explicar a passagem bíblica que o Eunu-
co da Etiópia estava lendo. No dia 08 de Setembro também se comemora o Dia da
Alfabetização. A alfabetização é definida como o processo de aprendizagem onde
se desenvolve a habilidade de ler e escrever de maneira adequada. Entretanto, esse
processo não se resume apenas na aquisição da habilidade de ler, mas na capacidade
de interpretar, compreender, criticar, e produzir conhecimento. O Eunuco da Etiópia
sabia lê; porém, não conseguia entender e nem interpretar o texto. Existem muitas
pessoas que consegue lê a Bíbba, mas não conseguem entender o que está lendo. Es­
tas pessoas precisam de uma alfabetização bíblica que consiste em saber interpretar,
compreender e produzir o conhecimento das Escrituras para outras pessoas.

I. A IMPORTÂNCIA DAS ESCRITURAS NA ALFABETIZAÇÃO


1. A incapacidade de adquirir a habilidade da leitura e da escrita é chamada
de analfabetismo ou iliteracia. Existe também a incapacidade de compreensão
de textos simples, que é chamada de analfabetismo funcional ou semi-analfabe-
tismo. O Judaísmo e o Cristianismo são duas religiões extremamente voltadas
para a leitura e estudo das Escrituras Sagradas, e há inúmeros relatos de pes­
soas que foram alfabetizadas pelo simples interesse de aprenderem lê a Bíblia.
O Deus da Bíblia é o Deus da alfabetização. Deus sempre orientou os pais a
alfabetizarem os seus filhos desde novo (Dt 6.6-9).
2. O conhecimento na antiguidade, antes da evolução da escrita, era transmitido
principalmente de forma oral, sendo a oratória, a base dos ensinamentos que os mes­
tres transmitiam a seus aprendizes, que eram apenas “ouvintes”. Na Grécia Antiga e no
Antigo Egito, a escrita e a leitura eram restritas a poucos privilegiados, que eram filó­
sofos e aristocratas, chamados escribas. Na Roma Antiga, a escrita era uma forma de
garantir os direitos dos patrícios às propriedades. O Deus da Bíblia apregoou uma al­
fabetização nacional de Israel através da leitura pública do Livro da Lei (Dt 31.11-12).
3. Na Idade Média, poucos eram alfabetizados. Igrejas, mosteiros e abadias eram
os únicos centros da cultura letrada, onde se encontravam as únicas escolas e biblio­
tecas da época. Havia um caráter sagrado na leitura, e tanto o seu ensino, como o da
escrita, não eram obrigatórios àqueles que não seguiríam a vocação religiosa. Porém,
Deus nunca ensinou o monopólio da leitura das Escrituras como prerrogativa só
dos líderes religiosos. A Bíblia revela a felicidade e a prosperidade que acompanham
todos os que se dedicam a leitura diária das Escrituras Sagradas (SI 1.1-3).
4. O sábio Salomão nos revela a maneira como foi alfabetizado pelos seus pais,

514 | 8 DE SETEMBRO
dizendo: “Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único diante de mi­
nha mãe, então, ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras;
guarda os meus mandamentos e vive; adquire a sabedoria, adquire o entendimento e
não te esqueças das palavras da minha boca, nem delas te apartes. Não desampares
a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá.” (Pv 4.3-6). O profeta Isaías
nos incentivou o hábito da leitura do Livro do Senhor, dizendo: “Buscai no livro do
SENHOR e lede; nenhuma dessas coisas falhará, nem uma nem outra faltará; porque
a sua própria boca o ordenou, e o seu espírito mesmo as ajuntará.” (Is 34.16).

II. JESUS CRISTO NOS ENSINOU 0 HÁBITO DA LEITURA DAS ESCRITURAS


1. A Bíblia nos revela o hábito que Jesus tinha de lê, dizendo: “Indo para Na­
zaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e
levantou-se para ler.” (Lc 4.16). O Senhor Jesus Cristo incentivou a nossa alfabeti­
zação bíblica pelo exame das Escrituras, dizendo: “Examinais as Escrituras, porque
julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.” (Jo 5.39).
2. A Bíblia revela como os primeiros cristãos eram alfabetizados nas Escri­
turas, dizendo: O r a , estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica;
pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os
dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (At 17.11).
3. Paulo, o mais instruído e alfabetizado apóstolo do Cristianismo incenti­
vou seu pupilo Timóteo a se dedicar a leitura, dizendo: “Até à minha chegada,
aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino.” (lT m 4.13). Paulo revela como Tim ó­
teo havia sido alfabetizado desde criança através das sagradas letras, dizendo:
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, saben­
do de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que
podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” (2Tm 3.14-15).
4 .0 apóstolo Paulo ainda nos revela sobre a importância das Escrituras na alfabeti­
zação das pessoas, dizendo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem
de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Tm 3.16-17).

CONCLUSÃO: A simples leitura das Escrituras tem dado uma grande contribuição a
alfabetização de grande parte das pessoas em todo o mundo. E estudo das Escrituras
traz instrução, luz e conhecimento as pessoas. Horace Greeley, jornafista americano
e fundador do Partido Repubbcano afirmou que “É impossível escravizar mental ou
socialmente um povo que lê a Bíbha. Os princípios bíblicos são os fundamentos da
liberdade humana”.

515
9 DE SETEMBRO

LIÇÕES DO DIA DO ADMINISTRADOR


lCrônicos 27.31

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela que havia vários administradores
da fazenda do rei Davi. No dia 09 de Setembro de cada ano se comemora tam­
bém o Dia do Administrador. Os administradores modernos são profissionais
que organizam, planejam e orientam o uso dos recursos financeiros, físicos,
tecnológicos e humanos das empresas, buscando soluções para todos os tipos
de problemas administrativos. Na antiguidade, os administradores seriam os
mordomos, os servos de confiança, e despenseiros encarregados de gerenciar
os bens a eles confiados. Administrar não é uma tarefa tão fácil, principalmen­
te quando se administra os bens públicos e alheios. Entretanto, devemos nos
esforçar para administrar com eficiência não só os bens dos outros, como tam­
bém os nossos próprios bens; pois, todos nós somos em última análise apenas
mordomos neste mundo. Deus confiou ao homem a administração de si mes­
mo, da família, dos recursos, e do tempo. A Bíblia revela a história de excelentes
administradores, como também de maus administradores.

I. DEVEMOS SER EFICIENTES COMO ADMINISTRADORES


1. Na Parábola dos Talentos ensinada por Jesus Cristo, temos três níveis
de administradores: I o administrador pequeno, o que recebeu um talento; 2o
administrador médio, o que recebeu dois talentos, e 3o administrador grande, o
que recebeu cinco talentos (Mt 25.14-30). Os administradores médio e grande
souberam multiplicar os seus talentos, e foram honestos na sua prestação de
contas (Mt 25.16-17,20-23); porém, o administrador que recebeu um talento
provou que não tinha capacidade para administrar o único talento que recebeu,
quanto menos se tivesse recebido dois ou cinco talentos (Mt 25.18,24-28).
2. Através de sua competência, sabedoria e eficiência José mostrou ser um
dos mais qualificados administradores da antiguidade no Egito (Gn 41.33-38).
José já havia mostrado competência administrativa na casa de Potifar, quan­
do gerenciou com eficiência os negócios de seu senhor trazendo prosperidade
econômica (Gn 39.2-5); e também mostrou competência administrativa como
encarregado do presidio egípcio (Gn 39.20-23).
3. Faraó se rendeu a eficiência administrativa de José, e disse a José: “Visto
que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão ajuizado e sábio como tu. Ad­
ministrarás a minha casa, e à tua palavra obedecerá todo o meu povo; somente
no trono eu serei maior do que tu.” (Gn 41.39-40). A Bíblia revela mais adiante
como José controlou e administrou com eficiência uma grave crise econômica,
enriquecendo ainda mais a fazenda do governo egípcio (Gn 47.13-26).
4. A Bíblia revela como Davi reuniu na capital federal uma eficiente equi-

516 | 9 DE SETEMBRO
pe de administradores em seu governo, dizendo: “Então, Davi convocou para
Jerusalém todos os príncipes de Israel, os príncipes das tribos, os capitães dos
turnos que serviam o rei, os capitães de mil e os de cem, os administradores de
toda a fazenda e possessões do rei e de seus filhos, como também os oficiais, os
poderosos e todo homem valente.” (lC r 28.1).

II. DEVEMOS ADMINISTRAR COM FIDELIDADE AQUILO QUE DEUS NOS CONFIOU
1. O Senhor Jesus Cristo nos mostrou a recompensa daqueles que admi­
nistram com fidelidade as pequenas coisas, dizendo: “Quem é fiel no pouco
também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.”
(Lc 16.1-10).
2. O apóstolo Paulo nos falou da honestidade que devemos ter na adminis­
tração dos recursos oriundos das contribuições da Igreja, dizendo: “Evitando,
assim, que alguém nos acuse em face desta generosa dádiva administrada por
nós; pois o que nos preocupa é procedermos honestamente, não só perante o
Senhor, como também diante dos homens.” (2Co 8.20-21).
3. O apóstolo Paulo declarou que a eficiência do obreiro em administrar a
sua casa serve de parâmetro para ele mostrar capacidade para administrar tam­
bém a Casa de Deus, dizendo: “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus
filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar
a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);” (lT m 3.4-5).
4. O apóstolo Pedro nos aconselhou a submetermos a nossa administração
ao poder de Deus, dizendo: “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus;
se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em
tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder
para todo o sempre. Amém!” (lP e 4.10).
CONCLUSÃO: A Bíblia descreve como Deus administra o mundo com eficiên­
cia e justiça, dizendo: “Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os
povos com retidão.” (SI 9.8). Deus é o Administrador por excelência do Univer­
so. Que possamos buscar sempre a direção de Deus na administração de tudo
aquilo que Ele nos confiou. Deus procura administradores leais e fiéis, e que
saibam administrar com diligência e sabedoria à sua Casa!

A N O TA Ç O E S

517
10 DE SETEMBRO

SILVANO - OBREIRO INDISPENSÁVEL


1Pedro 5.12

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Pedro recomendou Silvano


como um irmão fiel. É interessante como os dois mais influentes apóstolos do
Cristianismo Pedro e Paulo tiveram como auxiliares os mesmos obreiros. Tanto
João Marcos como Silvano foram auxiliares dos apóstolos Pedro e Paulo (2Co
1.19; 2Tm 4.11; e lPe 5.12-13). De acordo com alguns estudiosos, Silvano se­
ria o mesmo Silas que havia acompanhado Paulo em lugar de João Marcos no
momento em que a dupla de missionários Paulo e Barnabé se separaram (At
15.35-40). Silvano era um conceituado servo do Senhor que gozava de presti­
gio perante os apóstolos e líderes espirituais da Igreja Primitiva em Jerusalém,
tanto que foi eleito como um dos emissários do Colegiado Apostólico perante
às Igrejas acerca das novas regras para admissão dos gentios como membros do
Corpo de Cristo. Silvano também esteve muito próximo a Pedro, de quem foi
escriba e ajudante por conta de seus vastos conhecimentos sobre as Escrituras
(lP e 5.12).

I. SILVANO OU SILAS - UM OBREIRO NOTÁVEL DA IGREJA PRIMITIVA


1. Silvano, também chamado Silas é mencionado pela primeira vez na Bí­
blia como um obreiro notável entre os irmãos e líderes da Igreja Primitiva, e
elegido pelos apóstolos ao lado de Judas Barsabás como emissários para acom­
panharem Paulo e Barnabé até Antioquia para comunicar aos irmãos as deci­
sões eclesiásticas deliberadas pelo Ministério por ocasião do Primeiro Concilio
do Cristianismo em Jerusalém (At 15.22-31). O nome “Silvano”, significa “habi­
tante da floresta”, sendo oriundo do nome grego “Silas”. Portanto, “Silvano” era o
seu nome romano; e “Silas”, era o seu nome grego. O Deus da Bíblia muda tanto
o caráter como o nome das pessoas (Gn 32.28).
2. A Bíblia nos revela que “Judas e Silas, que eram também profetas, conso­
laram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram.” (At 15.32). Portanto,
Silas era também um eloquente profeta do Senhor na Igreja Primitiva. Silva­
no, também chamado de Silas, foi um companheiro que Paulo escolheu para
acompanhá-lo à partir de sua segunda viagem missionária e permaneceu fiel ao
Apóstolo dos Gentios até o fim (At 15.45-40).
3. Silvano, também chamado Silas é preso com Paulo em Filipos por causa
de uma perseguição religiosa na cidade; porém, testemunhou também junto
com Paulo um terremoto sobrenatural que sacudiu os alicerces da prisão e a
conversão do carcereiro ao Senhor Jesus Cristo! (At 16.19-34).
4. Silvano, também chamado Silas aparece ao lado do apóstolo Paulo como
um dos fundadores da Igreja de Tesalônica, conseguindo reunir uma numerosa

518 I 10 DE SETEMBRO
multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres (At 17.1-4). Silvano,
também chamado Silas ainda é mencionado ao lado de Paulo como os funda­
dores da nobre Igreja de Beréia (At 17.10-12).

II. SILVANO OU SILAS - UM EFICIENTE AUXILIAR DE PAULO E PEDRO


1. Silvano era um eficiente e fiel auxiliar dos apóstolos Paulo e Pedro e os aju­
dou muito, lhes acompanhando nos momentos mais difíceis de suas vidas (At
15.35-40 e At 16.1-40 e lPe 5.12). A Bíblia mostra como a chegada a Macedonia de
Silas e Timóteo contribuíram para um desempenho maior do ministério de Pau­
lo, dizendo: “Quando Silas e Timóteo desceram da Macedonia, Paulo se entregou
totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus.” (At 18.5).
2. A Bíblia mostra Silvano e Timóteo como dois eficientes auxiliares do
apóstolo Paulo (2Co 1.19). Em todas as três menções que Paulo faz de Silvano, o
mesmo aparece ao lado de Timóteo, o que demonstra que formavam uma dupla
eficiente e produtiva na obra do Senhor!
3. Paulo colocou Silvano e Timóteo no mesmo nível de liderança espiritual
diante da Igreja de Tessalônica, dizendo: “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos
tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros.”
(lTs 1.1). Louvamos a Deus pelos pastores que não tem ciúmes de seus eficien­
tes auxiliares, e dão respaldo aos seus ministérios perante a Igreja. Paulo não
tinha ciúmes de seus auxiliares que se destacavam e fazia questão de valorizar e
honrar os seus auxiliares fiéis (2Ts 1.1).
4. O Senhor Jesus Cristo também valorizava os seus discípulos e desejou que
eles fizessem obras até maiores do que as que Ele fez aqui na terra (Jo 14.12). O
apóstolo Pedro também testemunhou da eficiência e fidelidade de Silvano, dizen­
do: “Por Silvano, vosso fiel irmão, como cuido, escreví abreviadamente, exortando
e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes” (lPe
5.12). O Senhor Jesus Cristo nos ensinou sobre a importância de sermos fiéis (Lc
16.10). Silvano serviu fielmente aos dois maiores apóstolos do Cristianismo; e se­
gundo a Tradição Cristã, chegou a ser depois Bispo de Corinto e de Tessalônica.

CONCLUSÃO: Que Deus possa levantar mais obreiros em nossos dias com a efi­
ciência e fidelidade de Silas, também chamado de Silvano. Numa época de escassez
de homens fiéis (SI 12.1), Deus está à procura de homens fiéis para servi-lo (SI 101.6)

A N O TA Ç Õ E S

519
11 DE SETEMBRO

LIÇÕES DO DIA NACIONAL DE MISSÕES


ICoríntios 9.16

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos revela o seu extraor­
dinário comprometimento em anunciar o Evangelho de Cristo. No segundo
domingo do mês de Setembro de cada ano, é celebrado em todas as Igrejas
Assembléias de Deus no Brasil o Dia Nacional de Missões. As Assembléias de
Deus no Brasil nasceram como fruto da chegada de dois missionários suecos:
Daniel Berg e Gunan Vingren. Por isso, nunca deve esquecer sua vocação e
origem missionária. Da mesma forma aconteceu com as Igrejas Históricas
oriundas da Reforma Protestante, quando chegaram ao Brasil através de mis­
sionários enviados para a nossa pátria. Devemos ter um comprometimento sé­
rio em anunciar o Evangelho de Cristo para as pessoas. Para Paulo, o maior
missionário do Cristianismo, pregar o evangelho não era apenas um direito,
era uma obrigação a ele imposta por Deus. Portanto, devemos ter esta mesma
conscientização missionária.

I. A ORDEM DE JESUS CRISTO PARA FAZERMOS MISSÕES


1. O Senhor Jesus Cristo ressuscitou vitorioso como o Imperador do céu e
da terra, e deu uma ordem para os seus seguidores fazerem discípulos, dizendo:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em Nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Jesus Cristo ainda ampliou a sua
ordem imperativa aos seus discípulos, dizendo: “Ide por todo mundo, e pregai
o Evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).
2. O Senhor Jesus Cristo ordenou para fazermos missões até aos confins da
terra, dizendo: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e se­
reis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria
e até aos confins da terra” (At 1.8).
3. Estas três passagens bíblicas citadas acima, e que fazem parte da Grande
Comissão entregue por Jesus aos seus discípulos, já são o suficiente para descre­
ver qual a prioridade número um do Senhor Jesus Cristo: “A evangelização do
mundo”. A evangelização do mundo é a tarefa suprema da Igreja!
4. Mesmo antes da sua Ressurreição Vitoriosa sobre a morte, o Senhor Jesus
Cristo já havia dito: Έ será pregado este Evangelho do Reino por todo o mun­
do, para testemunho a todas as nações. Então, virá o Fim” (Mt 24.14).

II. A NECESSIDADE E URGÊNCIA DA OBRA MISSIONÁRIA


1. Já naqueles dias o Senhor Jesus Cristo via tanto a necessidade e urgên­
cia da obra missionária, que numa determinada ocasião, ao olhar para a seara
viu que faltava quatro meses para a ceifa; porém, ao observar uma multidão de

520 | 11 DE SETEMBRO
samaritanos vindo ao seu encontro para conhecê-lo, disse aos seus discípulos:
“Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: er­
guei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.” (Jo 4.35).
2. O livro de Atos dos Apóstolos menciona os grandes feitos dos Apóstolos
no início do Cristianismo em Jerusalém. Porém, nós sabemos que os discípulos
não fariam nada sem o poder do Espírito Santo. Jesus Cristo jamais enviaria os
seus discípulos para evangelizar o mundo sozinhos. Por isso, prometeu para
eles enviar o Espírito Santo para capacitá-los com poder para realizarem a obra
da evangelização mundial (At 1.8). Jesus Cristo envia e prepara as condições
necessárias para a realização de sua obra.
3. Após os discípulos serem cheios do Espírito Santo, o mundo naquela épo­
ca foi alcançado pela pregação do Evangelho; e, isso se deve ao grande propaga­
dor de Missões - O Espírito Santo. O Espírito Santo é o maior incentivador da
obra missionária. Ele impulsiona, encoraja e chama os missionários (At 13.1-4).
4. A Palavra de Deus nos mostra como o Espírito Santo guiava os missio­
nários para as regiões que Ele priorizava a Evangelização, dizendo: “E, percor­
rendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar
a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito
de Jesus não o permitiu. E, tendo contornado Mísia, desceram a Trôade. À noi­
te, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e
lhe rogava, dizendo: Passa à Macedonia e ajuda-nos. Assim que teve a visão,
imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus
nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho.” (At 16.6-10). O Espírito
Santo tanto chama os missionários, como guia até as regiões mais necessitadas
de evangelização, como também convence o mundo do pecado, da justiça e do
juízo (At 13.1-3 e Jo. 16.8). Esta é a grande Missão do Espírito Santo.
CONCLUSÃO: Despertemos neste Dia Nacional de Missões para a urgência da
evangelização dos povos. O Departamento de Missões deve ser um dos depar­
tamentos mais fortes da igreja, e toda a igreja deve participar do evangelismo
pessoal e de massa, e sempre investindo na salvação dos pecadores, seja contri­
buindo, orando, ou testemunhando de Cristo para as pessoas.

A N O TA Ç Õ E S

521
12 DE SETEMBRO

EPAFRAS - DESBRAVADOR DO EVANGELHO EM COLOSSOS


Colossenses 1.7-8

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos apresenta Epafras,


um amado conservo e fiel ministro de Cristo. Segundo a Enciclopédia Livre:
“Epafras foi um pregador cristão que espalhou o evangelho a seus concidadãos
colossenses. Quando Paulo era um prisioneiro em Roma, Epafras veio se en­
contrar com ele para contar ao apóstolo sobre um estranho ensinamento que
ameaçava a segurança da Igreja de Colossos”. Deus havia usado Epafras como
um desbravador do Evangelho em Colossos; e com o crescimento do Evange­
lho, começaram a surgir também muitas heresias no seio da Igreja que agiam
como “ervas daninhas” tentando impedir o crescimento da “Lavoura de Deus”.
Os hereges de Colossos fizeram um verdadeiro sincretismo de tendências re­
ligiosas distintas, negando a própria Divindade de Cristo, ao apresentarem
um gnosticismo incipiente próprio das religiões de mistério que proliferavam
na Ásia Menor no primeiro século, provocando dúvidas nas mentes fracas de
alguns crentes. Epafras, mesmo sendo um excelente expositor da Palavra de
Deus, procurou a ajuda do Doutor dos Gentios para dar uma resposta à altura
daquelas heresias. Paulo respondeu com muita propriedade que Cristo é o ver­
dadeiro mistério de Deus em quem estão escondidos todos os tesouros da sabe­
doria e do conhecimento (Cl 2.1-3), e Epafras pôde instruir melhor os crentes
de Colossos, combatendo os hereges com base na Apologia que Paulo fez da
Divindade de Cristo em sua missiva Epístola aos Colossenses (Cl 1.13-23).

I. EPAFRAS - 0 FUNDADOR DA IGREJA DE COLOSSOS


1. Acredita-se que Epafras foi o fundador da Igreja de Colossos, sendo aquele
que levou o Evangelho até aquele povo. O apóstolo Paulo declarou neste texto
bíblico que os colossenses haviam aprendido de Epafras (Cl 1.7).
2 .0 apóstolo Paulo reconheceu que Epafras era um pregador do genuíno Evange­
lho, e primava pela pregação da cristalina Palavra da Verdade (Cl 1.5-6). Os hereges de
Colossos defendiam até culto aos anjos, baseando-se em visões e sonhos, e misturando
a palha com o trigo (Jr 23.28 e Cl 2.18). Deus está à procura de homens como Epafras
que pregue a Palavra com verdade, sem misturar a palha com o trigo (2Tm 2.15).

II. EPAFRAS - UM AMADO CONSERVO


1. O nome “Epafras”, significa “amável”, e talvez por isso Paulo tenha usado
um trocadilho com o significado de seu nome o chamando de “amado conser­
vo” (Cl 1.7). A palavra “conservo”, significa “aquele que serve juntamente com
outro servo”. Aliás, os próprios anjos não aceitam serem adorados, e quando
João quis fazer isso, o anjo lhe respondeu, dizendo: “Vê, não faças isso; eu sou

522 I 12 DE SETEMBRO
conservo teu, dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste
livro. Adora a Deus.” (Ap 22.9). O anjo se identificou a João como um conservo
que igualmente serve a Deus como todos nós!
2. Além de alguém que servia juntamente com Paulo a Cristo, Epafras era um
conservo amado. Ou seja, alguém que servia com amor. Paulo nos aconselhou, di­
zendo: “Todos os vossos atos sejam feitos com amor.” (IC o 16.14). Epafras servia
com amor, e por isso era amado por todos. Paulo ainda nos revelou a dedicação
e preocupação de Epafras pelo crescimento espiritual dos crentes de Colossos,
dizendo: “Saúda-vos Epafras, que é dentre vós, servo de Cristo Jesus, o qual se es­
força sobremaneira, continuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis
perfeitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus.” (Cl 4.12).

III. EPAFRAS - UM FIEL MINISTRO DE CRISTO


1. Além de fundador, instrutor e conservo da Igreja de Colossos, Epafras
foi também chamado por Paulo de “Fiel ministro de Cristo” (Cl 1.7). Mas um
obreiro que Paulo testemunhou de sua fidelidade. Paulo já havia chamado T i­
móteo de fiel (IC o 4.17); Tíquico (E f 6.21 e Cl 4.7); e Onésimo (Cl 4.9). Paulo
comprovou a fidelidade de Epafras mesmo em circunstancias adversas, dizen­
do: “Saúdam-te Epafras, prisioneiro comigo, em Cristo Jesus,” (Fm 1.23). Por­
tanto, Epafras foi também um fiel e leal companheiro de Paulo até o fim!
2 .0 próprio Paulo testemunhou que o Senhor o considerou fiel o colocando
no ministério, dizendo: “Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo
Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério,”
(lTm 1.12). Paulo também declarou a fidelidade do Deus que nos chamou, di­
zendo: “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus
Cristo, nosso Senhor.” (IC o 1.9). O Deus que nos chama é também o mesmo
que confirma a nossa chamada! (lT s 5.24).

CONCLUSÃO: Que o Senhor possa levantar obreiros fiéis como Epafras que ma­
neja bem a Palavra da Verdade (2Tm 2.15). Que o Senhor levante conservos como
Epafras que servia a Igreja de Cristo com amor e dedicação. O Escritor Sagrado nos
mostra qual é a recompensa de servir com amor aos santos, dizendo: “Porque Deus
não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes
para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos.” (Hb 6.10). O trabalho
feito com amor por Epafras certamente não ficou esquecido por Deus!
13 DE SETEMBRO

TIMÓTEO - 0 SÍMBOLO DE UMA LIDERANÇA JOVEM


lCoríntios4.17

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela a primeira vez em que Paulo reco­
mendou o jovem obreiro Timóteo como o seu amado filho na fé. Timóteo foi
um fiel discípulo de Cristo em que o apóstolo Paulo abraçou e investiu muito
no seu ministério para torná-lo no símbolo de uma nova geração de obreiros
que Deus estaria levantando após o período apostólico. O nome “Timóteo” sig­
nifica “que honra a Deus”. De fato, Timóteo honrou a Deus no seu ministério,
e da mesma forma, todos os obreiros da Seara do Senhor, independentemente
de sua idade, jovem ou velho, devem honrar ao Deus que os chamou até ao fim.
Podemos extrair muitas lições importantes deste jovem obreiro que as Escritu­
ras o colocam num elevado padrão de liderança cristã.

I. TIMÓTEO - UM OBREIRO DE SÓLIDA EDUCAÇÃO BÍBLICA


1. Timóteo foi favorecido desde o berço com uma sólida educação bíblica.
Timóteo era filho de pai grego e mãe judia, e foi educado nas sagradas letras
desde a sua infância. Timóteo atravessa o palco da História Bíblica pela primei­
ra vez justamente em Atos 16 quando Lucas o descreve como um discípulo que
tinha uma excelente reputação em sua região de origem (At 16.1-2).
2. Paulo lembrou a Timóteo de sua formação religiosa por influência de
sua avó e mãe, dizendo: “Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento,
a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice,
e estou certo de que também, em ti.” (2Tm 1.5). Paulo ainda elogiou a educação
bíblica que Timóteo havia recebido desde a sua infância (2Tm 3.14-15).
3. Mesmo depois de Tim óteo se tornar um obreiro formado, Paulo ainda
insistiu que Tim óteo continuasse se dedicando a leitura (lT m 4.13). Timóteo
precisava ser aplicado à leitura das Escrituras para que tivesse mensagem
para exortar e ensinar a Igreja. Pela intimidade que tinha com seu filho na fé
Timóteo, Paulo pegou firm e contra a negligência no ministério e exortou a
Timóteo, dizendo: “Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o
qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do pres­
bitério.” (lT m 4.14).
4. Paulo ainda cobrou de Timóteo mais fervor espiritual exatamente em
razão de sua boa formação cristã, dizendo: “Por esta razão, pois, te admoesto
que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.
Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e
de moderação.” (2Tm 1.6-7).

524 I 13 DE SETEMBRO
II. TIMÓTEO - UM OBREIRO DE SÓLIDA FORMAÇÃO MINISTERIAL
1. Além da sólida formação bíblica e espiritual que recebeu desde a infância,
Timóteo teve uma sólida formação ministerial que poucos tiveram. O privilégio
de trabalhar ao lado do maior e mais influente Apóstolo do Cristianismo, e vi-
venciando ao seu lado as grandes experiências que o Ministério Cristão oferece,
trouxe a Timóteo uma bagagem espiritual e ministerial extraordinária. Timóteo
é mencionado ainda novo exercendo o ministério pastoral ao lado de Silas na
Igreja de Tessalônica (At 17.14-15).
2. A Bíblia revela Timóteo e Silas ajudando Paulo a exercer plenamente o
seu ministério na cidade de Corinto (At 18.5). Lucas ainda escreve que Tim ó­
teo permaneceu algum tempo na Àsia acompanhado de outro obreiro chama­
do Erasto (At 19.22). Lucas ainda mencionou Timóteo fazendo parte de uma
grande equipe de missionários que acompanhavam o Apóstolo dos Gentios.
Certamente foram muitas as experiências nestas difíceis viagens missionárias
(At 20.4).
3. Paulo já apresenta Timóteo à igreja de Corinto como seu filho amado e
fiel (IC o 4.17). Paulo confere elevada autoridade eclesiástica à Timóteo perante
a Igreja de Corinto, dizendo: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de
Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em Corinto e a todos os
santos em toda a Acaia,” (2Co 1.1). Embora chame Timóteo apenas de irmão na
introdução desta Epístola aos Coríntios, Paulo o coloca ao lado dele no topo da
Carta para lhe respaldar ministerialmente perante à Igreja.
4. Paulo respaldou Tim óteo e também Silvano perante à igreja de Tessa­
lônica, em suas duas Epístolas aos Tessalonicenses (lT s 1.1 e 2Ts 1.1). C er­
tamente honrando o trabalho que os dois haviam feito em Tessalônica (At
17.14-15). Paulo também apresentou Tim óteo à Igreja de Tessalônica como
Ministro do Evangelho de Cristo (lT s 3.2). Paulo já eleva Tim óteo ao status
de homem de Deus, dizendo: “Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coi­
sas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.”
( l T m 6 .l l ) .

CONCLUSÃO: Na última menção de Timóteo nas Escrituras é dito que ele havia
sido “posto em liberdade” (Hb 13.23). Que Deus possa levantar uma nova geração
cheia do Espírito Santo e compromissada com a Palavra de Deus para se apresenta­
rem diante de Deus como obreiros aprovados, e que como Timóteo tenham liberda­
de para manejarem bem a Palavra da Verdade! (2Tm 2.15).

525
14 DE SETEMBRO

LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DA CRUZ


Gálatas 6.14

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Paulo, o “Teólogo da Cruz” demonstra que


sacrificou todo o seu orgulho na cruz de Cristo, e nos revela a cruz como instru­
mento de Deus para crucificar o nosso ego. Como se gloriar de algo que sempre
foi utilizado como instrumento de tortura e crueldade? No dia 14 de Setembro de
cada ano se comemora o Dia da Cruz. A Cruz foi um instrumento de morte que
Deus transformou em instrumento de vida; a cruz foi um instrumento de conde­
nação que Deus transformou em instrumento de salvação; a cruz foi um instru­
mento de crucificação que Deus transformou em instrumento de reconciliação
do homem com Ele por intermédio da morte expiatória do Senhor Jesus Cristo.

I. A CRUZ COMO INSTRUMENTO DE MALDIÇÃO


1. Segundo a Enciclopédia Livre: A cruz na forma de duas vigas teve sua
origem na antiga Caldeia e foi usada como símbolo do deus Tamuz (tendo a
forma do Tau místico, a letra inicial de seu nome) naquele país e em terras adja­
centes no Egito. Na subcultura gótica, o símbolo da cruz geralmente representa
sofrimento, dor ou angústia. Na Roma Antiga, antes mesmo da morte de Jesus
Cristo, uma cruz era usada para atar ou pregar condenados à morte, fazendo-os
padecer terrivelmente.
2. A Bíblia já descrevia a crucificação desde os tempos de Moisés como um
dos métodos de punição para os transgressores, dizendo: “Se alguém houver
pecado, passível da pena de morte, e tiver sido morto, e o pendurares num ma­
deiro, o seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite, mas, certa­
mente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o que for pendurado no madeiro
é maldito de Deus; assim, não contaminarás a terra que o SENHOR, teu Deus,
te dá em herança.” (Dt 21.22-23).
3. O apóstolo Paulo nos revela como Deus nos livrou da maldição da cruz por
meio de Cristo, dizendo: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele
próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for
pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Je­
sus Cristo, a fim de que recebéssemos, pela fé, o Espírito prometido.” (G13.13-14).
Portanto, a cruz não é uma invenção de Jesus, nem dos apóstolos e nem muito me­
nos da Igreja Cristã, o que ocorre é que Deus transformou a maldição da cruz em
benção através da morte de Jesus Cristo na cruz do Calvário (Ef 2.13-16 e G13.13).
4. Jesus Cristo nos revelou o verdadeiro significado de ser um cristão, di­
zendo: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e
siga-me.” (Mt 10.38). Tomar a cruz significa a negação de si mesmo, e nem todo o
mundo quer deixar a sua zona de conforto para carregar um instrumento de ab-

526 I 14 DE SETEMBRO
negação, de tortura e de morte. Entretanto, o único caminho para a auto realiza­
ção é a negação de si mesmo; o único caminho para a nossa auto realização plena
é torturar o nosso ego e renunciar os nossos desejos que não glorificam a Deus; e o
único caminho para a auto realização plena de nossas vidas é justamente morrer­
mos a cada dia para o pecado e o mundo e vivermos para Deus (G12.20 e G16.14).

II. A CRUZ COMO INSTRUMENTO DE BENÇÃO


1. O Deus da Bíblia é conhecido nas Escrituras como Aquele que transfor­
ma o mal em bem, e a maldição em benção (Gn 50.20 e Ne 13.2). Foi exata­
mente isso que Deus fez; Ele transformou a tortura e morte de Cristo na cruz
do Calvário em benção para a salvação da humanidade e exaltação do próprio
Nome de Jesus Cristo acima de todos os nomes (Fp 2.5-11 e E f 2.13-18). O pró­
prio Jesus Cristo transformou o vinho que embriaga os homens em símbolo do
seu sangue derramado pelos nossos pecados (Mt 26.27-29).
2. Paulo também nos revelou como Deus transformou a loucura da cruz em
sabedoria para salvar os homens, dizendo: “Porque não me enviou Cristo para
batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que
se não anule a cruz de Cristo. Certamente, a palavra da cruz é loucura para os
que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” (1 Co 1.17-18).
3. Paulo nos revelou como Deus transformou a cruz em instrumento de
reconciliação do homem com Deus, dizendo: “E reconciliasse ambos em um só
corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.” (Ef
2.16). Paulo ainda nos revelou como Deus transformou a cruz em instrumento
de paz e reconciliação (Cl 1.20).
4. Paulo nos revela como Deus transformou a cruz em instrumento de qui­
tação dos nossos pecados e vitória de Cristo sobre os nossos inimigos, dizendo:
“Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de
ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o
na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao
desprezo, triunfando deles na cruz.” (Cl 2.14-15).

CONCLUSÃO: Que possamos neste Dia da Cruz celebrarmos não o crucifixo de


madeira ou de metal; mas a vitória que o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo obte­
ve sobre o pecado, sobre a morte, sobre principados e potestades, e sobre Satanás na
cruz do Calvário. A mensagem da cruz nunca pode ser negligenciada por nós (ICo
2.2). Que possamos dizer como Paulo: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão
na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim,
e eu, para o mundo.” (Cl 6.14).

527
15 DE SETEMBRO

TITO - UM PASTOR PREPARADO


2Coríntios 7.6

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela como Paulo ficou feliz com a che­
gada de Tito, bem como toda a Igreja foi consolada com a sua chegada na cida­
de de Corinto. O nome “Tito” significa “honrado” ou “respeitável”. Realmente
Tito foi um ministro do Senhor Jesus Cristo que era honrado onde chegava
e respeitado em todas as cidades que pastoreava. Segundo a Tradição Cristã:
“Tito estava com Paulo e Barnabé em Antioquia e os acompanhou no Concilio
de Jerusalém, embora seu nome não seja citado nos Atos dos Apóstolos. Ele
está listado como um dos Setenta Discípulos.” Tito fazia parte do círculo dos
companheiros mais próximos do Apóstolo Paulo. Tito, Timóteo, Silas/Silvano,
e Lucas, faziam parte do quarteto de obreiros mais influentes da equipe missio­
nária liderada por Paulo, embora também muitos outros nomes sejam citados
em submissão à liderança de Paulo como Epafras, Trófimo, Epafrodito, Tíquico,
Marcos, etc. (At 17.14; At 20.4; E f 6.21; Fp 4.18; Cl 1.7; 2Tm 4.10-12 etc..).

I. TITO - UM PASTOR CONSOLADOR


1. O texto sagrado nos revela que todos foram consolados com a chegada
de Tito a Corinto (2Co 7.6). Tito era uma espécie de “pastor consolador”, cuja
chegada trazia conforto espiritual para os crentes. Há muitas almas gemendo
nas igrejas debaixo do jugo de alguns líderes que pastoreiam o rebanho na base
da “mão de ferro”, e, em vez de trazer uma palavra de consolação aos crentes, usa
o próprio púlpito para descarregar suas mágoas no povo.
2. O próprio Paulo era confortado com a simples presença de Tito, e revelou
isso aos coríntios, dizendo: “Não tive, contudo, tranquilidade no meu espírito,
porque não encontrei o meu irmão Tito; por isso, despedindo-me deles, parti
para a Macedonia.” (2Co 2.13). A ausência de Tito fazia muita falta. A saída de
alguns obreiros traz até alivio para o povo, a chegada de Tito trazia consolação
ao povo!
3. A Bíblia menciona também um outro pastor consolador chamado Bar­
nabé, cujo próprio nome significa: “filho da consolação” (At 4.36-37). A Bíblia
revela o consolo que os crentes de Antioquia receberam com a chegada do pas­
tor Barnabé, dizendo: “A notícia a respeito deles chegou aos ouvidos da igreja
que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia. Tendo ele chegado
e, vendo a graça de Deus, alegrou-se e exortava a todos a que, com firmeza de
coração, permanecessem no Senhor. Porque era homem bom, cheio do Espírito
Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.” (At 11.22-24).
4. Lucas mostra como a Igreja cresce quando há o consolo do Espírito San­
to, dizendo: “Assim, pois, as igrejas em toda a Judeia, e Galileia, e Samaria ti-

528 I 15 DE SETEMBRO
nham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor
e na consolação do Espírito Santo.” (At 9.31).

II. ΤΙΤΟ - UM PASTOR ADMINISTRADOR


1. Além de um pastor consolador e amoroso, Tito era também um excelente ad­
ministrador da Casa de Deus. Paulo se dirigiu a Tito com a mesma afinidade com que
se dirigia a Timóteo, e reconhece sua competência administrativa, dizendo: “A Tito,
meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de
Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador. Por esta causa te deixei em Cre-
ta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade,
estabelecesses presbíteros, como já te mandei:” (Tt 1.4-5). Tito tinha a fama de colocar
o Campo que recebia para pastorear em ordem. Portanto, era um pastor organizado!
2. Paulo já conhecia a competência administrativa de Tito desde que o en­
carregou de cuidar da administração dos recursos financeiros para socorrer os
crentes pobres da Judéia, e o recomendou para isso aos coríntios (2Co 8.6). Pau­
lo revelou a voluntariedade e solicitude do organizado obreiro Tito, dizendo:
“Mas graças a Deus, que pôs no coração de Tito a mesma solicitude por amor
de vós; porque atendeu ao nosso apelo e, mostrando-se mais cuidadoso, partiu
voluntariamente para vós outros.” (2Co 8.16-17).
3. Paulo revelou a honestidade de Tito em não explorar nenhuma Igreja que
pastoreou, dizendo: “Roguei a Tito e enviei com ele outro irmão; porventura,
Tito vos explorou? Acaso, não temos andado no mesmo espírito? Não seguimos
nas mesmas pisadas?” (2Co 12.18).
4. Paulo revela que Tito havia partido para Dalmácia, uma província roma­
na que faz parte hoje do território da Croácia, e certamente para organizar um
novo trabalho naquela cidade (2Tm 4.10). Portanto, Tito, estava disposto a ir
aonde quer que o ministério o enviasse, e onde chegava, organizava o trabalho
do Senhor com amor e com competência!

CONCLUSÃO: Que Deus possa levantar pastores como Tito que seja padrão de boas
obras perante o rebanho do Senhor (Tt 2.7). O profeta Jeremias nos revela uma glo­
riosa promessa que o Senhor fez ao seu povo, dizendo: “Dar-vos-ei pastores segundo
o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência.” (Jr 3.15).
Que Deus possa presentear a sua Igreja nestes dias atuais com pastores honestos que
apascentam o rebanho do Senhor com conhecimento e inteligência!

529
16 DE SETEMBRO

APOLO - UM PREGADOR PODEROSO NAS ESCRITURAS


Atos 18.24

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que Apoio atraves­
sa o palco da história bíblica de forma brilhosa como um pregador eloquente e
poderoso nas Escrituras. O nome “Apoio”, significa “belo, elegante, e que possui
harmonia, sendo sinônimo de beleza”. O significado de Apoio está diretamente
ligado com a mitologia grega na qual Apoio é um dos deuses do olimpo, sendo fi­
lho de Zeus, o “deus” maior do panteão grego, e tido também como o mensageiro
principal dos deuses. Entretanto, o Apoio da Bíblia era um mensageiro fervoroso
do Deus Vivo, que pregava com ousadia a Palavra de Deus (At 18.24-28). Era na­
tural de Alexandria, no Egito, considerada a “Atenas” do Egito, por sua avidez pelo
conhecimento, principalmente por causa de sua grandiosa biblioteca, o que certa­
mente contribuiu muito para a formação intelectual de Apoio. Podemos aprender
muitas lições importantes acerca deste virtuoso pregador chamado Apoio.

I. APOLO - UM PREGADOR ELOQUENTE


1. A primeira qualidade que Lucas observou em Apoio em sua chegada a
Éfeso foi sua eloquência (At 18.24). A eloquência pode ser definida como a ca­
pacidade de falar e expressar-se com desenvoltura. Sendo um orador “eloquen­
te”, Apoio possuía habilidade e poder para persuadir as pessoas com as palavras.
Portanto, Apoio era um especialista em idéias, pensamentos e palavras. Lucas
não economizou nas qualidades que Apoio possuía, e escreveu outras virtudes
do eloquente pregador, dizendo: “Era ele instruído no caminho do Senhor; e,
sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus,
conhecendo apenas o batismo de João.” (At 18.25).
2. Apesar de toda bagagem intelectual que possuía, Apoio permanecia hu­
milde, e aceitou ser melhor instruído acerca da Fé Cristã pelo experiente casal
de Missionários Àquila e Priscila (At 18.26). Apoio passou a se destacar como
um eloquente pregador itinerante apoiado pelas Igrejas Cristãs (At 18.27).
3. O próprio termo “Apologética” ou “Apologia”, uma matéria teológica que
se propõe a fazer a defesa da fé, é oriunda do nome “Apoio”. A Bíblia comprova
que Apoio era um grande apologista da Fé Cristã, dizendo: “Porque, com grande
poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que
o Cristo é Jesus.” (At 18.28).
4. O apóstolo Paulo apoiava o ministério itinerante de Apoio, e ordenou
que Tito lhe oferecesse a provisão necessária, dizendo: “Encaminha com di­
ligência Zenas, o intérprete da lei, e Apoio, a fim de que não lhes falte coisa
alguma.” (Tt 3.13). Há muitas críticas generalizadas contra pregadores itine­
rantes em nossos dias, porém, os pregadores itinerantes eram apoiados pelos

530 I 16 DE SETEMBRO
apóstolos, sendo o próprio Jesus Cristo e Paulo os dois maiores pregadores
itinerantes da Bíblia.

II. APOLO - UM PREGADOR ESSENCIALMENTE BÍBLICO


1. O texto diz que Apoio era natural de Alexandria. Alexandria foi o berço
da Septuaginta, uma Versão das Escrituras Sagradas traduzida do hebraico para
o grego por 72 teólogos judeus. Certamente a Bíblia que Apoio utilizava era a
Septuaginta, e era familiarizado com esta Tradução da Bíblia como poucos (At
18.28). A segunda virtude que Lucas observou em Apoio neste texto sagrado foi
sua extraordinária dinâmica de expor com poder a Palavra de Deus (At 18.24).
2. Lucas registrou a chegada de Apoio a Corinto, dizendo: “Aconteceu que,
estando Apoio em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões mais altas, che­
gou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,” (At 19.1). A permanência de Apo-
lo pregando em Corinto fez com que ele atraísse muitos admiradores, à ponto
de se formar uma espécie de “Lã Clube de Apoio” em Corinto.
3. O apóstolo Paulo, o fundador da Igreja de Corinto chegou a se incomodar
com isso, e se desabafou para os crentes de Corinto, dizendo: “Refiro-me ao fato
de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apoio, e eu, de Cefas, e eu,
de Cristo.” (IC o 1.12). O grupo de Apoio, era formado pelos crentes elitistas,
intelectuais, filósofos e sábios de Corinto (IC o 1.20-23; IC o 2.1-6; IC o 3.18-19).
4. Paulo colocou as coisas no eixo e corrigiu o partidarismo dos crentes de
Corinto, e mandou um recado ao “Lã Clube de Apoio”, corrigindo a rivalidade
que eles queriam promover entre Paulo e Apoio na área do ensino, dizendo: “Eu
plantei, Apoio regou; mas o crescimento veio de Deus.” (IC o 4.4-6). Quando
Paulo insiste para que Apoio vá a Corinto, ele não demonstra muito entusiasmo
em retornar aquela igreja, talvez com receio que sua presença estimulasse ainda
mais as divisões. Embora um partido se formasse em torno de seu nome, Apoio
não apoiava a qualquer facção na Igreja Local, e isso é comprovado pela humil­
dade que demonstrou em outras ocasiões (IC o 16.12 e At 18.26).

CONCLUSÃO: Martinho Lutero sugere que a autoria da Epístola aos Hebreus é de


Apoio, e compartilho também com a mesma tese do Grande Reformador Cristão.
O conhecimento extraordinário que o Escritor da Epístola aos Hebreus demonstrou
ter, e a lista extensa de personagens do Antigo Testamento que citou na famosa Ga­
leria dos Heróis da Fé, só poderia ser feita por alguém poderoso nas Escrituras como
Apoio (At 18.24-28 e Hb 11.1-40 e Hb 13.23). Que Deus possa levantar pregadores
eloquentes e poderosos nas Escrituras como Apoio. Quem prega Bíblia sempre terá
púlpitos para pregar. Priorize as Escrituras na sua pregação, e você terá um ministé­
rio bem sucedido (Js 1.8 e SI 1.1-3).
17 DE SETEMBRO

ANANIAS - 0 HOMEM QUE OROU


PELA CONVERSÃO DE PAULO
Atos 9.10

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos fala de um discípulo do Senhor que mo­
rava em Damasco chamado Ananias. Este Ananias foi o cristão que orou por
Saulo por ordem do Senhor logo após a conversão daquele que teve o nome mu­
dado para Paulo, o mais influente Apóstolo do Cristianismo. Ananias é um nome
de origem hebraica, que quer dizer: “Yahweh é Gracioso”. Um significado muito
apropriado para quem presenciou como Deus foi tão gracioso e misericordioso
com o perseguidor e outrora blasfemador Saulo de Tarso (lTm 1.12-14). Este fiel
discípulo que orou pela conversão de Paulo faz parte de um grupo de milhares de
outros discípulos anônimos que às vezes são poucos citados nas Escrituras; entre­
tanto, estão realizando grandes coisas para Deus (lR s 18.3-4). Existiram outros
personagens com este nome tanto no Antigo como no Novo Testamento (Ne 7.2;
Dn.1.6-7; At 9.10-17; At 24.1 etc...). Lucas cita no livro de Atos dos Apóstolos três
Ananias; sendo dois “maus Ananias” e um “bom Ananias”. O primeiro “mau”
Ananias foi aquele que em concordância com sua esposa Safira foram punidos na
Igreja Primitiva por causa do engano e da mentira (At 5.1-11); o segundo “mau”
Ananias foi o sumo sacerdote que mandou bater na boca de Paulo no Sinédrio (At
23.1-3); e o bom Ananias é este que orou pelo novo convertido Saulo por ordem
do próprio Senhor Jesus Cristo em Damasco (At 9.10-18).

I. ANANIAS - UM DISCÍPULO DE PRONTIDÃO


1. O texto nos mostra que Ananias era um piedoso discípulo de Cristo, e
que estava sempre em prontidão. Quando foi solicitado pelo Senhor, imediata­
mente se apresentou, dizendo: “Eis-me aqui, Senhor!” (At 9.10).
2. A Bíblia revela que quando foi solicitado por Deus, Abraão também res­
pondeu, dizendo: “Eis-me aqui” (Gn 22.1). A Bíblia também revela a prontidão
de Jacó, dizendo: “E falou Deus a Israel em visões, de noite, e disse: Jacó! Jacó! E
ele disse: Eis-me aqui.” (Gn 46.3).
3. A Bíblia também revela a prontidão do profeta Samuel quando foi cha­
mado por Deus, dizendo: “Fala, porque o teu servo ouve.” (ISm 3.10). Deus é
paciente conosco e chamou Samuel por diversas vezes até ele aprender distin­
guir a voz do Senhor da voz do homem (ISm 3.1-9).
4. A Bíblia revela a prontidão e disposição do profeta Isaías após passar pelo
processo de purificação, dizendo: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8). Ana­
nias também obedeceu imediatamente a ordem do Senhor e foi cumprir a sua
missão de orar por Saulo (At 9.11-12).

532 I 17 DE SETEMBRO
II. ANANIAS - UM DISCÍPULO PIEDOSO E DE BOM TESTEMUNHO
1. Ananias foi agraciado por Deus por ter sido escolhido pelo Senhor para
orar por Paulo, o maior vulto do Novo Testamento depois de Jesus Cristo (At
9.17). Ananias foi um homem piedoso e de bom testemunho. Mas adiante o
próprio Apóstolo Paulo deu testemunho da vida piedosa de Ananias, dizendo:
“Um homem, chamado Ananias, piedoso conforme a lei, tendo bom testemu­
nho de todos os judeus que ali moravam, veio procurar-me e, pondo-se junto a
mim, disse: Saulo, irmão, recebe novamente a vista. Nessa mesma hora, recobrei
a vista e olhei para ele.” (At 22.12-13).
2. Lucas também descreveu um outro homem piedoso chamado Cornélio,
dizendo: “E havia em Cesareia um varão por nome Cornélio, centurião da coor-
te chamada Italiana, piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia
muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus.” (At 10.1-2).
3 .0 apóstolo Pedro nos falou do privilégio e da proteção que os homens pie­
dosos tem do Senhor, dizendo: “Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os pie­
dosos e reservar os injustos para o Dia de Juízo, para serem castigados” (2Pe 2.9).
4. Paulo também declarou que Ananias, além de piedoso, tinha “bom teste­
munho de todos os judeus que ali moravam” (At 22.12). Lucas também descre­
veu o bom testemunho que Timóteo tinha onde morava, dizendo: “E chegou a
Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho
de uma judia que era crente, mas de pai grego, do qual davam bom testemunho
os irmãos que estavam em Listra e em Icônio.” (At 16.1-2).
CONCLUSÃO: O Apóstolo Paulo declara que ter bom testemunho dos que estão
de fora é um dos requisitos para ser um ministro do Senhor (lT m 3.7). Por­
tanto, Ananias atendia os requisitos para ser um fiel e qualificado ministro de
Cristo. Deus está à procura de homens piedosos e de bom testemunho como
Ananias. Deus procura também homens de prontidão e dispostos a obedece­
rem a sua voz e atenderem o seu chamado para ganhar almas para o seu reino!

A N O TA Ç Õ E S

533
18 DE SETEMBRO

ÁQUILA E PRISCILA - UM CASAL MISSIONÁRIO EXEMPLAR


Atos 18.2^3

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a história de Áquila e Priscila,


um casal de missionários que ajudou muito o Apóstolo Paulo e deixou um bom
exemplo para todos nós. Áquila e Priscila, também chamada Prisca, eram fa­
bricantes de tendas, os quais haviam sido evangelizados por Paulo, e passaram
a integrarem a sua grande Equipe de Missionários Transculturais. Áquila tam­
bém aparece como um dos Setenta discípulos, nome dado aos primeiros segui­
dores de Jesus Cristo. O nome “Áquila” significa “águia”. Já o nome de sua esposa
“Priscila” ou “Prisca” significa: “velho” ou “venerável”, nos trazendo mais uma
conotação de maturidade do que algo antigo. A Bíblia nos ensina muitas lições
importantes acerca deste casal.

I. EXEMPLO DE MISSIONÁRIOS FAZEDORES DE TENDAS


1. O texto nos revela que Áquila e Priscila tinham por oficio a fabricação de
tendas, ofício profissional que Paulo também havia aprendido, provavelmente
desde a infância através dos seus pais (At 18.1-4). O Talmude Judaico nos revela
que todo Judeu tem a responsabilidade de ensinar um ofício ao seu filho: Ό pai
tem para com seu filho as obrigações de circuncidá-lo, redimi-lo, ensinar-lhe a
Torá, casá-lo e ensinar-lhe um ofício. E há quem diga: ensinar-lhe a nadar. Rabi
Iehudá diz: todo aquele que não ensina a seu filho um ofício ensina-o a roubar”
(Talmud Kidushin 29a).
2. Por causa deste oficio profissional de Paulo, Áquila e Priscila, surgiu a
figura missionária do “Fazedor de Tendas”, uma referência aos profissionais que
utilizam seu oficio para se sustentarem e ao mesmo tempo fazerem missões em
outros países. Quantos médicos cristãos, por exemplo, que trabalham para a
Cruz Vermelha e conseguem entrar em países fechados para o Evangelho para
socorrem vítimas de catástrofes naturais ou guerras, que de outra maneira não
conseguiríam entrarem nestes países, se não fossem pelo oficio que exercem.
3. O Apóstolo Paulo e o casal de Missionários Áquila e Priscila usaram essa
atividade como estratégia para expandir a mensagem de Cristo em Corinto.
Através de suas habilidades profissionais podiam se aproximarem das pessoas
de diferentes crenças e também serem seus próprios mantenedores. Por isso que
Paulo fez questão de dizer aos coríntios que não usava do direito que tinha de
tirar o seu sustento da Igreja para não criar nenhum obstáculo ao Evangelho de
Cristo (1 Co 9.12).
4. Paulo e o casal de missionários Áquila e Priscila se tornaram uma inspi­
ração para os missionários que usam suas habilidades profissionais para servir
ao Senhor em qualquer contexto, sendo local ou transcultural. A Bíblia revela

534 I 18 DE SETEMBRO
Paulo levando Áquila e Priscila em sua companhia para a conquista de novos
desafios missionários (At 18.18). Áquila e Priscila eram também excelentes dis-
cipuladores quando instruíram melhor o famoso pregador Apoio no caminho
do Senhor (At 18.24-26).

II. EXEMPLO DE UM CASAL UNIDO NA OBRA DE DEUS


1. Áquila e Priscila era um casal unido na Obra de Deus. Quando o marido
e a esposa compartilham dos mesmos ideais cristãos, ficam mais fácil de se uni­
rem para juntos fazerem a Obra do Senhor. Paulo destacou a união do casal na
cooperação do trabalho do Senhor (Rm 16.3-4).
2. Paulo ainda destacou a união do casal ao abrir as portas da própria casa
para reunirem a Igreja do Senhor (IC o 16.19). Paulo também destacou a uni­
dade de Áquila e Priscila na Obra do Senhor até o fim, dizendo: “Saúda Prisca,
e Áqüila, e a casa de Onesíforo.” (2Tm 4.19). Aqui, Priscila é chamada por Paulo
de “Prisca”, uma outra derivação do seu nome.
3. O Apóstolo Pedro, em sua experiência como homem casado destaca a
união do casal em um mesmo propósito, dizendo: “Maridos, vós, igualmente,
vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com
a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois,
juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as
vossas orações.” (lP e 3.7).
4. Josué também nos deu o exemplo da unidade da família no serviço do
Senhor, dizendo: “Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.” (Js 24.15). Paulo
também revelou a responsabilidade de cada cônjuge dentro do casamento, di­
zendo: “Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém no Senhor.
Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura.” (Cl 3.18-19).
CONCLUSÃO: É importante a mulher e o marido compreenderem o papel de
cada um dentro do casamento, e se unirem para juntos glorificarem a Deus
através de suas vidas como fez o casal Áquila e Priscila. Deus está à procura de
casais como Áquila e Priscila que se disponham a fazerem a Obra do Senhor
com amor e dedicação!

A N O TA Ç Õ E S
19 DE SETEMBRO

EVÓDIA E SINTIQUE - DUAS LÍDERES


COM VISÕES DIFERENTES
Filipenses 4.2

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a história de Evódia e Síntique,


duas líderes na Igreja de Filipos que tinham visões diferentes, pensavam dife­
rentes, mas que podiam unir as suas diferenças em um só propósito em Cristo
Jesus. Essas duas mulheres foram muito importantes para o fortalecimento do
trabalho do Senhor na cidade de Filipos; mas por alguma razão qualquer esta­
vam se desentendendo e precisou da intervenção do Apóstolo Paulo que lhes
aconselhou deixar de lado a discórdia para que a obra do Senhor não sofresse
prejuízos naquela cidade. O nome “Evódia”, significa “ir bem”, “prosperar”, ou
“fazer uma boa jornada”. Já o nome “Síntique”, significa “afortunada”. Os no­
mes de ambas tinham significados bons e positivos, e deveriam condizerem
com a forma de vida que estavam vivendo. Estas duas mulheres faziam parte
da grande equipe missionária do Apóstolo Paulo, e isso fez com que o mesmo
as exortasse publicamente para servirem de exemplo para os demais, e isso nos
traz lições espirituais muito importantes.

I. EVÓDIA E SÍNTIQUE PRECISAVAM TER CONCORDÂNCIA


1. Evódia e Síntique precisavam entrar em concordância. A Bíblia não entra
em detalhes sobre o motivo da discordância entre elas; porém, o apóstolo Pau­
lo tornou notório tal discordância ao aconselhá-las, dizendo: “Rogo a Evódia
e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor...” (Fp 4.2). Pensar com
concordância, significa ter um mesmo pensamento (IC o 1.10).
2 .0 profeta Amós já havia revelado a dificuldade de duas pessoas andarem jun­
tas sem estarem de acordo fazendo a seguinte interrogação: “Andarão dois juntos,
se não estiverem de acordo?” (Am 3.3). Moisés já havia advertido sobre o perigo do
jugo desigual, dizendo: “Não lavrarás com junta de boi e jumento.” (Dt 22.10). Tem
que ser uma junta de bois, e não uma junta com um boi e um jumento; pois, isso
provoca um jugo desigual. O boi vai puxar para um lado e o jumento para outro.
3. Paulo também já havia dado os mesmos conselhos aos crentes filipenses,
dizendo: “Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, te­
nhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada
façais por partidarismo ou vangloria, mas por humildade, considerando cada
um os outros superiores a si mesmo.” (Fp 2.2-3).
4 . 0 apóstolo Paulo também pediu que as duas servas do Senhor tivessem um
mesmo sentimento, dizendo: “Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o mes­
mo no Senhor.” (Fp 4.2). Elas precisavam ter o mesmo sentimento que houve em

536 | 19 DE SETEMBRO
Cristo Jesus. Precisamos vencer a síndrome do “Eu estou com a razão”, e abrir mão
de nossas preferências para o próprio bem da obra de Deus e da boa convivência!

II. EVÓDIA E SÍNTIQUE PRECISAVAM SEREM AJUDADAS A VENCEREM AS


DESAVENÇAS
1. O apóstolo Paulo demonstrou muita paciência com Evódia e Síntique, e
pede ao pastor da Igreja de Filipos, provavelmente Epafrodito, que ajudassem
estas duas servas do Senhor a entrarem em acordo, dizendo: “E peço-te também
a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam
comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos
nomes estão no livro da vida.” (Fp 4.3). Em vez de críticas ou disciplina, Paulo
aconselhou que Evódia e Síntique fossem ajudadas pelo líder da Igreja Local.
2. Evódia e Síntique eram mulheres trabalhadoras incansáveis no Evange­
lho que haviam muito auxiliado Paulo, e o mesmo não queria tomar partido
para defender nenhuma e nem outra. É tanto que ele adverte as duas nominal­
mente, dizendo: “Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente.” O
“rogo” que vem do verbo “rogar”, significa uma “súplica” ou um “pedido com
grande empenho”. Paulo dirigiu o rogo para as duas individualmente para dei­
xar claro que não estava defendendo esta ou aquela. A desavença era algo que só
elas mesmas poderíam resolverem entre si.
3. O próprio Paulo havia se desentendido com seu grande companheiro de
ministério Barnabé por causa de João Marcos, à ponto da famosa “Dupla Mis­
sionária” se separarem (At 15.36-40). Entretanto, mas adiante, Paulo mostrou
que não havia guardado mágoas nem contra Barnabé e nem contra João Mar­
cos, ao citá-los positivamente em suas Epístolas, e inclusive reconheceu também
a grande utilidade de João Marcos no Ministério (IC o 9.6; Cl 4.10 e 2Tm 4.11).
4. É preciso reconhecer que sempre houve desavenças e desentendimen­
tos tanto de ordens doutrinárias como de ordens administrativas entre líderes
cristãos, e líderes de departamentos dentro das próprias igrejas; entretanto, é
preciso cada um aprender a perdoarem uns aos outros e prosseguirem fazendo
a Obra do Senhor (Cl 2.13). Paulo ainda nos apregoou a paz e a gratidão entre
as pessoas (Cl 3.15). O sábio Salomão já havia nos aconselhado a vencermos o
ódio entre as pessoas através do amor, dizendo: “O ódio excita contendas, mas
o amor cobre todas as transgressões” (Pv 10.12). Evódia e Síntique precisavam
superarem a contenda pelo verdadeiro amor cristão.

CONCLUSÃO: A história de Evódia e Síntique nos ensina que, mesmo entre pessoas
envolvidas na obra de Deus e trabalhadores do Evangelho de Cristo, podem surgir
contendas, desavenças e desentendimento, mas que podem ser superados pelo amor,
pela paz, pelo perdão e pela concordância entre si. Um acordo amigável vale muito
mais do que uma desgastante demanda judicial, algo que sequer pode existir entre
cristãos. A Palavra de Deus celebra a união entre os irmãos, dizendo: “Oh! Quão
bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (SI 133.1)
20 DE SETEMBRO

LIÇÕES DA FAMÍLIA DE ESTÉFANAS


ICoríntios 16.15

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo elogia o empenho e de­


dicação da família de Estéfanas ao ministério da Igreja do Senhor Jesus Cristo.
Dedicar-se à obra de Deus é também dedicar-se ao Ministério dos Santos. Deus
concedeu os dons ministeriais à sua amada Igreja para o aperfeiçoamento dos
santos (E f 4.11-13). Paulo destacou duas coisas da família de Estéfanas: Eles
eram as primícias da Acaia e eram dedicados ao ministério dos santos. É impor­
tante observar que há famílias escolhidas por Deus desde a Antiga Aliança que
eram dedicadas em determinadas áreas do Ministério, sejam na área da música,
sejam no cuidado das coisas do Tabernáculo e do Templo, ou mesmo no Mi­
nistério Sacerdotal. Ainda hoje percebemos famílias inteiras na Igreja que Deus
escolheu para o ministério da música ou também para o ministério pastoral.
O nome “Estéfanas” significa “coroa” ou “grinalda”, um significado apropriado
para alguém que ajudou muito o apóstolo Paulo no início da Obra de Deus na
região da Acaia e isso o tornava merecedor da coroa da vitória.

I. A FAMÍLIA DE ESTÉFANAS ERAM AS PRIMÍCIAS DA ACAIA


1. Estéfanas e sua família foram os primeiros convertidos na cidade de Co-
rinto, a capital da província da Acaia, e foram inclusive batizados nas águas pelo
próprio Apóstolo Paulo, o qual declara isso com as suas próprias palavras, dizendo:
“E batizei também a família de Estéfanas; além destes, não sei se batizei algum
outro.” (IC o 1.16). Daí a razão de Paulo os chamarem de: “Primícias da Acaia”.
Numa linguagem moderna, a família de Estéfanas seria as primeiras almas gan­
has por Paulo na Acaia e os pioneiros da Igreja do Senhor naquele lugar. “Acaia”,
era também o nome que os romanos davam a toda a Grécia para diferenciá-la da
Macedonia, tornando-se uma província senatorial romana durante o reinado de
César Augusto, e Corinto foi constituída em sua capital por volta do ano 44 antes
de Cristo (At 18.12-16).
2. Ao chamar a família de Estéfanas de “Primícias da Acaia”, Paulo mostra um
carinho especial para com esta família por serem os primeiros frutos de seu traba­
lho na Acaia. A Bíblia revela a importância das primícias, dizendo: “As primícias,
os primeiros frutos da tua terra, trarás à casa do SENHOR, teu Deus” (Êx 23.19).
As primícias são definidas como: “Primeiros frutos; primeiras produções; primei­
ros efeitos; primeiros lucros; primeiros sentimentos; primeiros gozos; etc..”. Por­
tanto, as primícias são sempre a “primeira parte de algo”. As primícias são sempre
para Deus, porque Ele é o Primeiro em nossas vidas (Mt 6.33 e Cl 1.18).
3. Salomão nos fala da benção que acompanham os que honram a Deus
com as suas primícias, dizendo: “Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com

538 | 20 DE SETEMBRO
as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente,
e trasbordarão de mosto os teus lagares.” (Pv 3.9-10).
4. Paulo ainda menciona uma família também como primícias da Àsia, di­
zendo: “Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu
amado, que é as primícias da Ásia em Cristo” (Rm 16.5). O apóstolo Tiago tam­
bém nos descreveu como primícias de Deus (Tg 1.18). O apóstolo João também
nos falou dos homens eleitos como as primícias de Deus e do Cordeiro (Ap 14.4).

II. A FAMÍLIA DE ESTÉFANAS ERA DEDICADA AO MINISTÉRIO DOS SANTOS


1. A dedicação pode ser definida como a qualidade de quem se dedica a
algo ou alguém com entrega sacrificial, com manifestação de amor, de apreço e
de consideração. A Bíblia chama a dedicação da família de Estéfanas de consa­
gração aos santos, dizendo: “E agora, irmãos, eu vos peço o seguinte (sabeis que
a casa de Estéfanas são as primícias da Acaia e que se consagraram ao serviço
dos santos):” (IC o 16.15). Isto nos mostra que devemos nos consagrar e nos
dedicar ao que fazemos para fazermos bem feito!
2. Paulo declarou a família de Estéfanas como cooperadores e obreiros respeitados
que os crentes de Corinto deveríam se sujeitarem a eles, dizendo: “Que também vos su­
jeiteis a esses tais, como também a todo aquele que é cooperador e obreiro.” (ICo 16.16).
3. Paulo ainda mencionou a alegria e suprimento que Estéfanas e seus com­
panheiros trouxeram para ele, dizendo: “Alegro-me com a vinda de Estéfanas, e de
Fortunato, e de Acaico; porque estes supriram o que da vossa parte faltava.” (ICo
16.17). Ao contrário de alguns que só trazem tristezas e problemas, Estéfanas e seus
companheiros trouxeram para Paulo alegria e suprimento para as suas necessidades.
4. Paulo ainda mencionou o refrigério que Estéfanas e seus companheiros
trouxeram para Paulo e a própria Igreja de Corinto, dizendo: “Porque trouxe­
ram refrigério ao meu espírito e ao vosso. Reconhecei, pois, a homens como
estes.” (IC o 16.18). Que a nossa presença e o nosso trabalho sejam de reforço e
refrigério espiritual para os que estão aflitos! Paulo ainda incentivou a constân­
cia em nossa dedicação ao trabalho do Senhor (IC o 15.58).

CONCLUSÃO: Que Deus possa levantar famílias como a de Estéfanas dedicadas a


fazerem a Obra do Senhor com amor, sacrifício e muita determinação. Assim como
a família de Estéfanas, Deus tem levantado famílias que se dedicam integralmente ao
Ministério dos Santos e promovem o crescimento do Reino de Deus na terra!
21 DE SETEMBRO

LIÇÕES DO DIA DA ÁRVORE


Salmo 1.3

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista compara o homem que medita


na Lei do Senhor de dia e de noite como uma árvore frondosa e frutífera planta­
da junto a corrente de águas. O dia 21 de setembro é lembrado como o “Dia da
Árvore”. No Hemisfério Sul, o dia 21 de setembro marca a chegada da primave­
ra, estação onde a natureza parece recuperar toda a vida que estava adormecida
pelos dias frios de inverno. A árvore é considerada a maior planta da superfície
terrestre. Possui caule lenhoso, que se transforma em galhos em sua parte mais
alta. Além disso, é formada também por raiz, folha, flor, fruto e semente. Algu­
mas espécies são mais conhecidas, como os pinheiros americanos, as palmeiras
brasileiras, as árvores frutíferas que podem ser encontradas em todo o mundo,
etc. No Brasil, quase todos os estados apresentam uma árvore como símbolo da
região. A árvore que representa nosso país é o Ipê Amarelo, uma espécie que
atinge 15 metros de altura, tendo sua copa com até 6 metros de diâmetro. A
Bíblia sempre exalta a importância das árvores para a sobrevivência humana;
e compara o homem justo e fiel a uma árvore frutífera junto a fonte de águas.

I. A IMPORTÂNCIA DA ÁRVORE NA BÍBLIA SAGRADA


1. As árvores são muito abundantes nas páginas da Bíblia e nos ensinam
muitas lições espirituais importantes. Deus é o Criador das árvores (Gn 1.11). A
Palavra de Deus ainda afirma que Deus plantou um jardim chamado Éden onde
colocou o homem e ali havia também duas árvores emblemáticas e misteriosas:
A árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.8-9).
2. As Escrituras nos mostram Noé plantando a primeira árvore após o Di­
lúvio, dizendo: “Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha” (Gn 8.20). A
videira é a árvore que produz uvas, e simboliza alegria e vitalidade.
3. As Escrituras também nos mostra Abraão reflorestando o deserto, dizen­
do: “Plantou Abraão tamargueiras em Berseba e invocou ali o Nome do Senhor,
Deus Eterno” (Gn 21.33). O nosso pai da fé, nos deixou muitos exemplos posi­
tivos; e, dentre eles, um exemplo ecológico de preservação ambiental plantando
um bosque numa região desértica.
4. O povo de Deus é comparado a “árvores de sândalo que o Senhor plantou,
como cedro junto às águas” (Nm 24.6). O Anjo do Senhor assentou-se debaixo
de um carvalho, e observava a Gideão malhando o trigo (Jz 6.11). A Bíblia des­
creve a importância das árvores no próspero reinado de Salomão, dizendo: “Judá
e Israel habitavam confiados, cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua
figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão” (lR s 4.25). A Bíblia
também descreve a importância da água na renovação das árvores (Jó 14.7-9).

540 I 21 DE SETEMBRO
II. A ÁRVORE É TAMBÉM SÍMBOLO DO JUSTO NAS ESCRITURAS
1. A Palavra de Deus compara o justo como uma palmeira e um cedro, di­
zendo: “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano.
Plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice
darão ainda frutos, serão cheiros de seiva e de verdor, para anunciar que o Se­
nhor é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça” (SI 92.12-15).
2. Davi se sentia como uma árvore verdejante, e exclamou, dizendo: “Quan­
to a mim, porém, sou como oliveira verdejante, na Casa de Deus; confio na
misericórdia de Deus para todo o sempre” (SI 52.8). O povo do Senhor será cha­
mado de “carvalho de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória” (Is 61.3).
3. O profeta Jeremias comparou o homem que confia no Senhor e cuja es­
perança é o Senhor: “como a árvore plantada junto as águas, que estende as suas
raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde;
e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto” (Jr 17.7-8).
4. O Senhor Jesus Cristo usou bastante exemplos de árvores como metá­
foras para nos ensinar lições espirituais importantes (Mt 7.17). O Senhor Jesus
Cristo comparou o caráter do ser humano com a espécie de fruto que uma ár­
vore produz (Mt 12.33). O próprio Jesus Cristo se identificou como uma árvore,
dizendo: “Eu sou a Videira Verdadeira, e meu Pai é o Agricultor” (Jo 15.1). O
Senhor já havia também se identificado para Israel como um Cipreste Verde
(Os 14.8). Nós somos os ramos ligados no tronco central da Videira Verdadeira
que é Cristo, e somos totalmente dependentes Dele!
CONCLUSÃO: As árvores são muito importantes para a preservação do meio
ambiente, e sobrevivência do homem. Através das árvores, podemos extrair
muitas lições importantes para o nosso crescimento espiritual. O Senhor Jesus
Cristo fez uma promessa aos vencedores, dizendo: “Ao vencedor, dar-lhe-ei que
se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.” (Ap 2.7). O
apóstolo João contemplou a Árvore da Vida no meio da Cidade Santa (Ap 22.2)

A N O TA Ç Õ E S
22 DE SETEMBRO

LIÇÕES DO DIA DO CONTADOR


Jeremias 33.13

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o profeta Jeremias prevê um futuro prós­


pero na região da Judéia, além de um forte comércio de gado anotado pelas
mãos dos contadores. O ato de contar, seja dinheiro em espécie ou notas emi­
tidas, ou mesmo mercadorias de valor precisa de uma pessoa eficaz, rápida e
instruída, além de muito comprometida com os números. É aí que entra a fi­
gura do contador. No dia 22 de setembro de cada ano se comemora o Dia do
Contador. Além de mexer com o dinheiro das empresas e cuidar dos interes­
ses econômicos dos empresários, os contadores modernos também auxiliam
na abertura e fechamento das empresas, tramitações de documentos e afins. O
termo “contabilidade” surgiu na Suméria, há milênios, sem ter um registro es­
pecífico no calendário. A Suméria, região da antiga Mesopotâmia, hoje Iraque,
era um país próspero, muito rico, por isso havia a necessidade de contadores. A
figura do contador também nos traz lições espirituais importantes.

I. 0 CONTADOR ERA UM ADMINISTRADOR DE BENS


1. O contador acumulava as funções de administrador dos bens de uma
casa ou de uma fazenda. A Bíblia afirma que: “Logrou José mercê perante ele,
a quem servia; e ele o pôs por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo
o que tinha.” (Gn 39.4). José se tornou mordomo, administrador e contador
encarregado dos bens de Potifar, o chefe da guarda de Faraó.
2. José deu um conselho a Faraó que o governo egípcio constituísse admi­
nistradores sobre a terra do Egito para recolherem os tributos das colheitas para
o tesouro egípcio, dizendo: “Faça isso Faraó, e ponha administradores sobre a
terra, e tome a quinta parte dos frutos da terra do Egito nos sete anos de fartura.”
(Gn 41.34-35). Os “contadores” existentes nos reinos antigos já eram os respon­
sáveis pelas finanças e pelas obtenções de tributos a serem recolhidos dos povos.
3. José, através de sua habilidade contábil instruiu como os administradores
deveríam recolher os tributos para a fazenda egípcia, dizendo: “Ajuntem os admi­
nistradores toda a colheita dos bons anos que virão, recolham cereal debaixo do
poder de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem.” (Gn 41.35). A Bíblia
revela uma lista grande de administradores que ocupavam várias funções no rei­
nado de Davi (lC r 27.25-31). Certamente havia a figura do contador responsável
pelo recolhimento dos tributos para o tesouro real.
4. O Senhor Jesus Cristo revelou a importância do administrador na hora
do pagamento dos salários do trabalhador, dizendo: “Ao cair da tarde, disse o
senhor da vinha ao seu administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes o
salário, começando pelos últimos, indo até aos primeiros.” (Mt 20.8). Uma das

542 | 22 DE SETEMBRO
funções do contador nos dias atuais é elaborar o holerite ou folha de pagamento
de salários dos trabalhadores de uma determinada empresa.

II. 0 CONTADOR PRECISAVA SER HONESTO E FIEL


1. O contador ou administrador precisava ser uma pessoa honesta e fiel. A
Bíblia revela o quanto Potifar confiava na honestidade e fidelidade de José como o
contador e administrador dos seus bens (Gn 39.6). O contador é uma pessoa em
que se deposita muitas responsabilidades na área econômica e fiscal de uma em­
presa, o mesmo deve ser prudente, fiel e honesto na administração dessas respon­
sabilidades para manter a empresa saudável em sua prestação de contas! (Lc 16.10).
2. A Bíblia revela a honestidade e fidelidade dos que cuidavam do dinheiro
da Casa do Senhor (2Rs 12.15). O rei Josafá deu um conselho aos agentes públi­
cos, dizendo: “Assim, andai no temor do SENHOR, com fidelidade e inteireza
de coração.” (2Cr 19.9). Todos os profissionais independentes da profissão que
ocupam devem ser fiéis e tementes a Deus em tudo o que faz, pois há um Deus
nos céus que contempla as ações de todos os homens!
3. O Senhor Jesus Cristo enfatizou a fidelidade que deve haver naqueles
que administram valores terrenos, dizendo: “Se, pois, não vos tornastes fiéis na
aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira rique­
za?” (Lc 16.11). O contador administra até mesmo dinheiro ou bens de origem
injusta por não saber algumas vezes da procedência dos recursos; entretanto,
deve fazer sua parte com responsabilidade e honestidade!
4. Jesus Cristo ainda cita a responsabilidade dos que administram os bens
alheios, dizendo: “Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos
dará o que é vosso?” (Lc 16.12). O contador é aquele que cuida de coisas alheias,
isto é, coisas que não são suas, e por isso deve ser fiel e honesto na administra­
ção dos bens dos outros! O Senhor Jesus Cristo fala da promoção dos que são
fiéis e justos na administração de suas responsabilidades (Mt 25.21). Os que
administrarem com fidelidade e honestidade o que lhe foi confiado receberão
promoção na função que ocupa, e assumirão responsabilidades maiores!

CONCLUSÃO: Que possamos ser honestos e fiéis em tudo aquilo que fazemos para
Deus e para o nosso próximo. O Senhor Jesus Cristo nos deixou como legado o se­
guinte ensinamento sobre a fidelidade e honestidade nas mínimas coisas, dizendo:
“Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também
é injusto no muito.” (Lc 16.10).
23 DE SETEMBRO

FEBE - UMA AUXILIAR EFICIENTE E HOSPITALEIRA


Romanos 16.1-2

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, nós vamos aprender a história de Febe,


uma irmã atuante na obra de Deus que servia ao Senhor provavelmente como
diaconisa na Igreja de Cencreia, uma região portuária que ficava a cerca de 7
km de Corinto. Febe é definida como uma atuante serva de Deus que muito
ajudava a igreja de Cencréia, exercendo um ministério de misericórdia que aju­
dava os pobres, os doentes e necessitados da época. O nome “Febe”, significa
“brilhante” ou “radiante”, e combinou muito com esta mulher de Deus que de
forma radiante e brilhante muito trabalhou a favor do ministério dos santos na
congregação do Porto de Cencreia. A recomendação que o apóstolo Paulo faz
de Febe, não só derruba a ideologia feminista que acusa Paulo de ser machista,
como também mostra o quanto ele valorizava o trabalho das mulheres na Igre­
ja. O nome de Febe aparece uma única vez na Bíblia; porém, o suficiente para
brilhar diante de Deus e dos homens.

I. FEBE - UMA AUXILIAR EFICIENTE


1. De acordo com estudiosos da Bíblia, Febe ocuparia a função equivalente
de um “shammash” a pessoa que cuida das tarefas práticas do dia-a-dia rela­
cionadas ao andamento de uma sinagoga. O equivalente no grego é “diáconos”,
chamado também de “servo” ou “obreiro”, termos muitos usados no Novo Tes­
tamento. Sendo assim, Febe, seria a primeira mulher a ocupar uma função dia-
conal na Igreja Cristã (Rm 16.1).
2. A Igreja de Cencreia em que a irmã Febe atuava, provavelmente seria
uma congregação necessitada da região periférica de Corinto. Febe provavel­
mente viajaria em busca de auxílio para socorrer os necessitados daquela con­
gregação, e tinha o aval do apóstolo Paulo para este mister (Rm 16.1-2). Assim
como um obreiro viaja com uma carta assinada pelo seu Pastor Presidente para
ser bem recebido nos lugares, Febe estaria viajando com uma carta assinada
pelo próprio Apóstolo Paulo.
3. Febe deveria ser bem recebida como convém aos santos, e ser atendida
nas suas necessidades (Rm 16.1-2). Febe era uma auxiliar eficiente e não estava
pedindo ajuda para ela mesma, mas sim para a Igreja da qual ela servia.
4. Paulo tanto reconhecia o trabalho das pessoas, como também pedia que
a Igreja reconhecesse isso. “Alegro-me com a vinda de Estéfanas, e de Fortunato,
e de Acaico; porque estes supriram o que da vossa parte faltava. Porque trou­
xeram refrigério ao meu espírito e ao vosso. Reconhecei, pois, a homens como
estes.” (IC o 16.17-18). Paulo também estava pedindo que a Igreja reconhecesse
o trabalho da irmã Febe!

544 | 23 DE SETEMBRO
II. FEBE- UMA AUXILIAR HOSPITALEIRA
1. Febe era uma auxiliar eficiente tanto para a Igreja de Cencreia como para
o ministério do apóstolo Paulo (Rm 16.2). Febe tinha hospedado em sua casa
muitos irmãos, inclusive o próprio Paulo!
2. A Palavra de Deus sempre recomenda a boa hospitalidade exercida entre os
irmãos. O Senhor Jesus Cristo declarou como uma dignidade a hospitalidade entre
as pessoas, dizendo: “E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai
saber quem nela seja digno e hospedai-vos aí até que vos retireis.” (Mt 10.11).
3. O apóstolo Paulo já havia recomendado a pratica da hospitalidade e com ­
partilhamento das necessidades aos irmãos de Roma, dizendo: “Compartilhai
as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade;” (Rm 12.13).
4. O próprio Paulo coloca a pratica da hospitalidade como uma das quali­
ficações dos candidatos ao ministério, dizendo: “Antes, hospitaleiro, amigo do
bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si,” (Tt 1.8). A Bíblia desta­
ca os benefícios da hospitalidade, dizendo: “Não negligencieis a hospitalidade,
pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos.” (Hb 13.2).
CONCLUSÃO: Que Deus possa levantar mulheres como Febe que servia a Igre­
ja de Cencreia com muito amor e determinação. Há espaço de sobra para as
mulheres trabalharem na obra de Deus. Deus quer usar as Déboras, as Raabes,
as Rutes, as Anas, as Marias, as Martas, as Madalenas, as Priscilas, e as Febes que
se disponham a fazerem a Obra do Senhor!

A N O TA Ç Õ E S

545
24 DE SETEMBRO

NICODEMOS - UM MESTRE À PROCURA


DO MESTRE DOS MESTRES
Joâo 7.50-51

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos fala da história de Nicodemos, um sábio


em busca da verdadeira sabedoria, e um mestre em busca do Mestre dos mestres.
Nicodemos era um discípulo oculto que acompanhava Jesus de longe com medo
de represálias por parte de seus colegas rabinos, até que teve coragem de pessoal­
mente se dirigir a Jesus Cristo em busca de um conhecimento mais profundo
sobre a Pessoa Gloriosa do Rabi de Nazaré. Nicodemos já vinha observando os
passos do Mestre dos mestres, a notoriedade de seu ministério, e o grande mo­
vimento de pessoas que cercava o Mestre da Galiléia. Nicodemos já conhecia as
Escolas Rabínicas mais famosas da época, como as de Hilel, avô de Gamaliel e
de Shamah, porém, o Rabino de Nazaré estava formando não apenas uma nova
escola, mas um movimento transformador que iria impactar mais adiante toda
a humanidade. A matricula para fazer parte da Escola do Mestre de Nazaré era
nascer de novo. O nome Nicodemos significa “vitorioso” ou “o que conduz o
povo a vitória”, um lindo significado para um “príncipe dos judeus” que marcou
uma audiência a noite com o “Rei dos Judeus” (Jo 3.1 e Jo.1.49).

I. NICODEMOS - UM LIDER RELIGIOSO QUE PRECISAVA NASCER DE NOVO


1. A Bíblia declara que Nicodemos era um “príncipe dos judeus” (Jo 3.1).
Nessa qualidade, Nicodemos era um dos membros do Sinédrio Judaico (Tribu­
nal composto por 70 membros além do presidente), sendo respeitado como uma
importante autoridade judaica. O fato de ir à procura de Jesus, mostra como a
influência dos ensinamentos de Jesus já atingia a própria cúpula do povo Judeu.
2. O fato de procurar Jesus a noite para não se expor publicamente perante
os Judeus, revela sua cautela, e ao mesmo tempo sua sede em conhecer a verdade
(Jo 8.32). Nicodemos é símbolo daqueles filósofos e intelectuais religiosos que
não estão certos da religião que estão seguindo, acreditam nos ensinamentos de
Jesus, mas por causa da reputação escondem sua fé no Nazareno. Nicodemos
reconhecia que Jesus era um Mestre vindo de Deus (Jo 3.2).
3. O Mestre dos mestres não queria saber se Nicodemos era membro do
Sinédrio ou um líder religioso respeitado, e foi direto ao ponto, dizendo: “Em
verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus.” (Jo 3.3). O mesmo Jesus ainda diz para os intelectuais, ignoran­
tes, ricos, pobres, e religiosos do nosso tempo: “Se alguém não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus”
4. Na sua primeira aula com o Mestre dos mestres Nicodemos parecia ape­
nas um calouro e mostrou sua ignorância espiritual, dizendo: “Como pode um

546 | 24 DE SETEMBRO
homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nas­
cer segunda vez?” (Jo 3.4). Depois de ter recebido uma aula de Novo Nascimento
e de Regeneração, Nicodemos continuou como um aprendiz diante do Mestre
dos mestres, e admitiu sua ignorância, dizendo: “Como pode ser isso?” (Jo 3.9).

II. NICODEMOS - UM LIDER RELIGIOSO QUE SE CONVERTEU A CRISTO


1. Depois daquele encontro que teve com Jesus Cristo a noite, Nicodemos
nunca mais foi o mesmo. Aliás, quem cruza o caminho de Jesus não volta mais
pelo mesmo caminho (Mt 2.12). Nicodemos perdeu o medo de se expor e co­
meçou defender Jesus publicamente. “Nicodemos, que era um deles (o que de
noite fora ter com Jesus), disse-lhes: Porventura, condena a nossa lei um ho­
mem sem primeiro o ouvir e ter conhecimento do que faz?” (Jo 7.50-51).
2. A Bíblia revela outro discípulo oculto assumindo a Fé Cristã após a morte
de Jesus, dizendo: “Depois disso, José de Arimateia (o que era discípulo de Jesus,
mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o cor­
po de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então, foi e tirou o corpo de Jesus.” (Jo 19.39).
3. A Bíblia revela Nicodemos seguindo os mesmos passos de José de Ari­
mateia e assumindo publicamente a sua fé após a morte de Jesus, dizendo: “E
foi também Nicodemos (aquele que, anteriormente, se dirigira de noite a Jesus),
levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o
corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus
costumam fazer na preparação para o sepulcro.” (Jo 19.40-41).
4. José de Arimateia representa a classe rica e nobre assumindo a Fé em
Jesus Cristo, e Nicodemos representa a classe nobre e intelectual assumindo
sua Fé em Jesus Cristo. Jesus veio para salvar todo aquele que crê, independen­
temente de sua cor, origem, sexo, e posição social. Ele veio para ricos, pobres,
sábios e ignorantes. Jesus Cristo veio para o pobre Bartimeu e também para o
rico Zaqueu (Mc 10.46-52 e Lc.19.1-10).

CONCLUSÃO: Jesus Cristo não zombou da inteligência de Nicodemos, antes reco­


nheceu sua posição à frente do povo, porém exigiu dele um conhecimento maior da
salvação, dizendo: “Tu és mestre de Israel e não sabes isso?” (Jo 3.10). Como um líder
religioso pode ensinar a salvação ao povo sem ele mesmo ser salvo? O apóstolo Paulo
afirma que: “O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (lC o
2.14-15). Um líder religioso não pode ser um homem natural, ele trabalha com coi­
sas espirituais, e deveria discernir as coisas espirituais. A conclusão é que Nicodemos
precisava mesmo nascer de novo!
25 DE SETEMBRO

DANIEL - UM EXEMPLO DE CARÁTER A SER SEGUIDO


Daniel 6.4

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela uma investigação profunda que
as autoridades babilônicas fizeram na vida de Daniel, e nada acharam para o
acusar. Usando uma linguagem moderna, fizeram uma “CPI”, na vida de Da­
niel, uma devassa em sua vida pública e privada e não encontraram nele ne­
nhum vício e nenhuma culpa. Hoje em dia, a coisa mais difícil é encontrar um
governante honesto ou algum agente público que não esteja envolvido direta
ou indiretamente em algum esquema de corrupção. Entretanto, Daniel é um
exemplo de caráter a ser seguido por todos nós, e a demonstração de que é
possível viver no meio de uma geração corrompida sem precisar se corromper.

I. PERMANECER ÍNTEGRO É UMA DECISÃO PESSOAL


1. Desde que foi contratado para viver no palácio da Babilônia, Daniel to­
mou uma decisão pessoal de permanecer íntegro: “Resolveu Daniel, firmemen­
te, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele
bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.”
(Dn 1.8).
2. O salmista nos revelou que tomou a seguinte decisão: “Escolhí o caminho
da fidelidade e decidi-me pelos teus juízos.” (SI 119.30). O salmista ainda tomou
uma outra decisão, dizendo: “De todo mau caminho desvio os pés, para obser­
var a tua palavra.” (SI 119.101).
3. Após ter fracassado em algumas decisões tomadas, Davi tomou uma
decisão pessoal de ser uma pessoa íntegra, dizendo: “Atentarei sabiamente ao
caminho da perfeição. Oh! Quando virás ter comigo? Portas a dentro, em m i­
nha casa, terei coração sincero. Não porei coisa injusta diante dos meus olhos;
aborreço o proceder dos que se desviam; nada disto se me pegará.” (SI 101.2-3).
4. O patriarca Jó colocou à prova a sua integridade, dizendo: “Se andei com
falsidade, e se o meu pé se apressou para o engano (pese-me Deus em balanças
fiéis e conhecerá a minha integridade);” (Jó 31.6).

II. DANIEL ERA UM HOMEM DE CARÁTER NOBRE


1. Daniel era um homem de caráter nobre e rara beleza moral. Não havia
vício e nem culpa em Daniel (Dn 6.4). Algo desta natureza nas Escrituras só
se vê em Jesus Cristo, quando o apóstolo Pedro escreveu, dizendo: “Porquanto
para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso
lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu
pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;” (lP e 2.21-22).
2. A Bíblia revela como Daniel foi parar no palácio da Babilônia, dizendo:

548 | 25 DE SETEMBRO
“Disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos
de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres, jovens sem nenhum defeito,
de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, versados
no conhecimento e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei e
lhes ensinasse a cultura e a língua dos caldeus.” (Dn 1.3-4). Daniel era um desses
nobres (Dn 1.6). Além de sua origem nobre, seu caráter e suas atitudes eram
mais nobres ainda!
3. O profeta Isaías escreveu, dizendo: “Mas o nobre projeta coisas nobres e
na sua nobreza perseverará.” (Is 32.8). Pessoas verdadeiramente nobres de cará­
ter permanecerão em sua nobreza até o fim!
4. Até o pagão rei Belsazar ouvia falar da fama de Daniel como um homem
de nobre caráter e se dirigiu a ele, dizendo: “És tu aquele Daniel, dos cativos de
Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá? Tenho ouvido dizer a teu respeito que
o espírito dos deuses está em ti, e que em ti se acham luz, inteligência e excelente
sabedoria.” (Dn 5.13-14).
CONCLUSÃO: Jesus Cristo também viu nobreza de caráter em Natanael, e o
referendou, dizendo: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!” (Jo
1.47). Que possamos imitar homens de caráter e integridade como Daniel e tan­
tos outros homens de Deus que servem de modelo para imitarmos. “Lembrai-
-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando
atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram.” (Hb 13.7).

ANOTAÇÕES
26 DE SETEMBRO

LIÇÕES BÍBLICA DO DIA DOS PRIMOS


Colossenses 4.10

INTRODUÇÃO: Paulo menciona neste texto sagrado que, Marcos, era primo de
Barnabé. No dia 26 de Setembro de cada ano se comemora o Dia dos Primos.
São considerados primos nossos os filhos de nossos tios e de nossas tias. Para o
Direito, os primos são considerados parentes colaterais de quarto grau, ou seja,
não possuem relações familiares diretas. De acordo com o parentesco colateral,
todo o primo é de quarto grau. Ao contrário do que muitos pensam, não exis­
tem primos de “segundo grau” ou “terceiro grau”. Ou seja, a partir de um ponto
de vista jurídico, os filhos dos nossos primos já não são considerados membros
da família, apenas, claro, por consideração e afeto. Entretanto, sabemos que os
primos são muito importantes e são considerados nossos irmãos, até mesmo
pelo fato da maioria conviverem juntos e brincarem juntos desde a infância até
se tornarem adultos. A Bíblia nos conta a história de muitos primos de pessoas
importantes e sua influência nas páginas das Escrituras.

I. MARCOS - PRIMO DE BARNABÉ


1. De acordo com esta informação que Paulo nos oferece na sua Epístola aos
Colossenses, Marcos, o autor do Evangelho que leva o seu nome, era primo de
Barnabé, um destacado ministro de Cristo que foi enviado pelos apóstolos para
pastorear a Igreja de Antioquia da Síria (At 11.22-24 e Cl 4.10).
2. Marcos, também chamado de João, era integrante da equipe missionária
formada por Barnabé e Saulo (At 12.25). Quando Paulo e seus demais compa­
nheiros que integravam a equipe missionária resolveram navegar de Pafos para
Perge da Panfília, João Marcos abandonou a equipe missionária e retornou a
Jerusalém (At 13.13).
3. Quando Paulo propôs realizar a segunda viagem missionária, Barnabé
queria integrar Marcos novamente na equipe missionária, e Paulo não concor­
dou, ainda ressentido por João Marcos os terem abandonados desde a Panfília;
e, isso levou Barnabé se separar de Paulo, formando uma nova dupla missioná­
ria com Marcos para Chipre; e Paulo também formou uma nova dupla missio­
nária com Silas seguindo para Síria e Cilicia (At 15.36-40). Entretanto, o fato
de Paulo pedir que a Igreja de Colossos receba a Marcos, primo de Barnabé, e
o acolha, demonstra que Paulo não guardava mais nenhum ressentimento de
João Marcos (Cl 4.10).
4. Após observar um comprometimento muito grande de Marcos no mi­
nistério, Paulo escreveu a Timóteo, dizendo: “Toma contigo Marcos e traze-o,
pois me é útil para o ministério.” (2Tm 4.11). Após a chegada de Marcos para
lhe ajudar no ministério, Paulo já cita como um dos seus cooperadores na obra,

550 I 26 DE SETEMBRO
dizendo: “Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.” (Fm 1.24). O
apóstolo Pedro também reconheceu a grande utilidade de Marcos no ministério
(lP e 5.13).

II. OUTROS PRIMOS IMPORTANTES MENCIONADOS NAS ESCRITURAS


1. Rebeca, com quem veio a se casar com Isaque também eram primos (Gn
22.20-23 e Gn 24.4-67); e Raquel e Lia que se casaram com Jacó, da mesma for­
ma eram primos (Gn 29.9-28).
2. Todos os três generais do Exército de Israel: Joabe, Abisai, e Amasa, eram
primos de Davi, por serem filhos de Zeruia e Abigail, irmãs de Davi (lC r 2.13-
17). Devido algumas decisões tomadas sem consultá-lo, Davi teve alguns de­
sentendimentos com seus primos generais, à ponto de dizer: “No presente, sou
fraco, embora ungido rei; estes homens, filhos de Zeruia, são mais fortes do que
eu. Retribua o SENHOR ao que fez mal segundo a sua maldade.” (2Sm 3.39).
3. Deus não leva em conta nenhum laço sanguíneo ou parentesco no trato
para com a sua obra, e mesmo um irmão ou primo por mais chegado que seja,
deve respeitar a autoridade espiritual na vida de quem Deus chamou e colocou
à frente de sua obra (Nm 12.1-16).
4. O próprio anjo Gabriel sabia que Isabel era prima de Maria, e citou isso,
dizendo: “E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhi­
ce; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril.” (Lc 1.36). Mesmo
sabendo que Jesus era seu primo, João Batista humildemente reconheceu a su­
perioridade de seu ilustre primo (Jo 1.15-16 e Fp 2.3).
CONCLUSÃO: Que cada um saiba conviver em paz, e que haja respeito e con­
sideração entre irmãos e irmãs, entre primos e primas; entre tios e tias, e entre
todos os familiares, parentes e amigos! Jesus disse: “Tende sal em vós mesmos e
paz uns com os outros.” (Mc 9.50)

ANOTAÇÕES
27 DE SETEMBRO

A DIFERENÇA ENTRE A VISÃO HUMANA E A VISÃO DIVINA


2Reis 6.15-17

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado nós percebemos claramente a diferença en­


tre a visão humana e a visão divina. Geazi, o moço do profeta Elizeu acordou e
viu a cidade de Dotã cercada de cavalos e soldados do exército da Síria e entrou
em desespero; porém, o profeta Elizeu estava vendo um outro exército do mundo
espiritual que estava em sua volta para protegê-los, e Elizeu orou ao Senhor para
que abrisse os olhos espirituais de seu moço, e, quando o Senhor abriu os olhos
espirituais de Geazi, ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo,
em redor de Elizeu. Geazi possuía apenas a visão humana; porém, Elizeu possuía a
visão divina. Geazi representa os que caminham apenas por vista, apenas pelo que
os olhos humanos conseguem ver; entretanto, Elizeu caminhava por fé, e enxerga­
va o que os olhos humanos não consegue ver (2Co 5.7). A visão humana é o modo
de pensar da natureza humana, fruto de suas limitações e do meio em que vive. A
visão natural é aquela que o homem nasce naturalmente com ela, e faz parte dos
cinco sentidos naturais do homem. Dentre os órgãos dos sentidos, o olho é o que
fornece maior número de informações do mundo exterior. Pelos olhos se distin­
gue: forma, cor, distância, movimento e aparência. A visão divina é uma visão ver­
tical. A visão vertical é uma visão de altura. A visão vertical é uma visão espiritual.

I. VISÃO HUMANA
1. A visão natural e humana do homem pode conter vários desvios e distúr­
bios oculares: ASTIGMATISMO: É a visão embaralhada e embaçada. O obreiro
precisa enxergar bem (Mc 8.24). ESTRABISMO: É a visão desviada de um dos
olhos. São os chamados zarolhos. Cada olho fixa um alvo diferente. Não pode­
mos perder o nosso alvo principal (Fp 3.14 e Hb 12.2).
2. MIOPIA: É a chamada visão curta. Só consegue ver perto e não longe. Ló
só via o que estava perto (Gn 13.10-11), porém, Abraão viu longe, viu abenção
total (Gn 13.14-17). Jó também enxergava a vitória ao longe (Jó 19.25-26).
3. HIPERMETROPIA: É a visão que não vê perto, só vê longe. A hipermetro-
pia é o contrário da miopia. Agar só enxergava o deserto longo, e não a fonte de
água que estava tão perto (Gn 21.14-19). Deus está perto, e o inimigo longe (Fp 4.5;
SI 34.7 e lPe 5.7). DALTONISMO: É a visão incapaz de distinguir perfeitamente
as cores. O obreiro precisa saber distinguir bem as cores, para que saiba a hora de
parar (sinal vermelho), esperar (sinal amarelo) e prosseguir (sinal verde).
4. PRESBIOPIA: É a visão cansada. Fenômeno que ocorre nas pessoas que
vão chegando na idade. Entretanto, isso pode ser resolvido com lentes oculares de
descanso. Porém, o mais grave é ter a visão espiritual cansada. O sacerdote Eli ti­
nha este problema (ISm 3.2); porém, o profeta Aias, ao contrário, tinha a visão fí­
sica cansada, mas a sua visão espiritual continuava enxergando bem (lR s 14.4-6).

552 I 27 DE SETEMBRO
5. ABLEPSIA: É a perda e a falta completa da visão. Deus reclamou dos ata­
laias cegos (Is 56.10). O pastor da Igreja de Laodicéia estava cego (Ap 3.17), po­
rém, a cura para a cegueira espiritual é o colírio divino (Ap 3.18), que é a unção
divina. EMETROPIA É a visão normal. Nossos olhos precisam serem bem cui­
dados para ninguém arrancar os nossos olhos e perderemos a visão. Naás, que
significa “serpente” quis arrancar os olhos dos israelitas (ISm 11.2). Sansão não
vigiou e perdeu a sua visão (Jz 16.21). Jó perdeu os seus bens, mas não perdeu a
visão espiritual (Jó 31.1 e 42.5). Que Deus possa sempre guardar a nossa visão.

II. VISÃO DIVINA


1. A visão divina é perfeita e enxerga muito além dos nossos olhos natu­
rais. Paulo afirmou ao rei Agripa que não foi desobediente a visão celestial (At
26.19). O foco da visão celestial de Paulo era o Senhor Jesus Cristo (At 9.1-20).
Ele mesmo temia, depois de tanto esforço, ser desqualificado (lC o 9.27).
2. Ter a visão vertical é pensar nas coisas lá do alto, não nas que são aqui
da terra (Cl 3.1-2). Não podemos ser tentados a querer reinarmos aqui mesmo,
“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o
Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). Abraão, mesmo com a promessa de uma terra
para os seus descendentes nesta vida, ele “aguardava a cidade que tem funda­
mentos, da qual Deus é o Arquiteto e Edificador” (Hb 11.8-10). Isso que é visão
vertical.
3. A visão vertical é gerada no coração de Deus e transmitida ao coração do
homem. José, Davi, Eliseu, Isaías, Daniel, Estevão, Paulo e João, são exemplos
de homens que desfrutavam de uma grande visão vertical. A visão espiritual,
independe de um conteúdo físico ou material para que tenha lugar na mente
humana. É uma visão vertical, apontando para o céu, e através dela experimen­
tamos o sobrenatural de Deus (Is 6.1-8).
4. O salmista nos revelou onde estava focada a sua visão, dizendo: “Para ti,
que habitas nos céus, levanto os meus olhos. Eis que, como os olhos dos servos
atentam para as mãos do seu senhor, e os olhos da serva, para as mãos de sua
senhora, assim os nossos olhos atentam para o SENHOR, nosso Deus, até que
tenha piedade de nós.” (SI 123.1-2).
5. O próprio Senhor Deus nos convida a termos a visão divina, dizendo:
“Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou
Deus, e não há outro.” (Is 45.22). O Autor da Carta aos Hebreus nos aponta a vi­
são divina que devemos ter, dizendo: O lh and o para Jesus, autor e consumador
da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a
afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” (Hb 12.2).
CONCLUSÃO: Deus ordenou a Abraão que levantasse os olhos e percorresse a
terra no seu comprimento e na sua largura. Precisamos como Abraão, melhorar
a nossa visão espiritual, e ampliarmos as nossas fronteiras, tanto para a direita
como para a esquerda (Gn 13.17). O Senhor Jesus Cristo ampliou a visão mis­
sionária dos seus discípulos pelas lentes divinas, dizendo: “levantai os vossos
olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.” (Jo 4.35)

553
28 DE SETEMBRO

0 CRESCIMENTO INTELECTUAL DA IGREJA


Atos 6.7

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o crescimento intelectual da Igreja


Primitiva, e isso redundou também em crescimento físico, social e espiritual. O
crescimento intelectual de uma pessoa está em sua capacidade de compreender
de forma inteligente o sentido das coisas. O termo “Intelecto” ou “Intelectual”
vem do vocábulo latim “intellectus”, e significa ler por dentro, é uma leitura que
a alma humana faz através da mente, da qual ela conhece algo de si, algo que
lhe rodeia e algo que a transcende. Lê por dentro a Palavra de Deus, é entender
quem somos, quem nos rodeia, e quem está acima de todos nós. Todo o segre­
do do desenvolvimento do corpo humano começa pela cabeça. Existe muitas
crianças que se desenvolveram no corpo, mas não se desenvolveram na cabeça.
Antes de mencionar o crescimento físico de Jesus, o doutor Lucas menciona
o seu crescimento intelectual: “Crescia em sabedoria” (Lc 2.52). Crescer inte­
lectualmente, é crescer na sabedoria que a Palavra de Deus transmite. A Igreja
precisa crescer na Palavra. É conhecendo a “Cabeça” que é Cristo, que a Igreja
cresce como “Corpo” bem ajustado (E f 4.15-16). Existem muitos movimentos
até grandes no Brasil, que cresceram muito no corpo, e muito pouco na cabeça.
São movimentos guiados apenas por supostas revelações e experiências místi­
cas, e não pela Palavra de Deus. Porém, o crescimento completo de uma Igreja,
começa pelo seu crescimento intelectual, que é ter aptidão pela Palavra de Deus
(At 6.7; At 12.24; e At 19.20).

I. O CRESCIMENTO INTELECTUAL DO POVO DE DEUS


1. O crescimento intelectual gera o crescimento racional no ser humano.
Os sacerdotes judeus eram extremamente instruídos no Judaísmo; porém, o ex­
traordinário crescimento da Igreja Primitiva na Palavra de Deus convencia eles
de forma racional a abraçarem a Fé Cristã (At 6.7).
2. O profeta Oséias já recomendava o nosso crescimento intelectual, dizen­
do: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...” (Os 6.3). E, mais
adiante o mesmo profeta colocou o crescimento intelectual acima da liturgia
sacerdotal, dizendo: “Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhe­
cimento de Deus, mais do que holocaustos.” (Os 6.6).
3. Lucas descreveu o crescimento intelectual da Igreja Primitiva, dizendo:
“E a palavra de Deus crescia e se multiplicava...” (At 12.24). Quando a Palavra de
Deus ocupa o coração e a mente das pessoas, isso redunda em um crescimento
sólido da Igreja (Mt 7.24-25).
4. O sábio Salomão também nos recomendou o crescimento intelectual,
dizendo: “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele

554 | 28 DE SETEMBRO
crescerá em entendimento.” (Pv 9.9). A Palavra de Deus é o nosso Manual de
Instrução (2Tm 3.16-17). A Bíblia também registra o crescimento intelectual da
Igreja Primitiva em Antioquia (At 13.1). A Igreja é um lugar de homens prepa­
rados e capacitados por Deus!

II. A PALAVRA DE DEUS É A FONTE DO CRESCIMENTO PLENO DA IGREJA


1. A Palavra de Deus é a fonte do crescimento pleno da Igreja. Lucas revelou
o crescimento intelectual pleno dos Cristãos Primitivos da cidade macedônica
de Bereia (At 17.11-12).
2. Lucas continuou registrando o crescimento intelectual da Igreja Primi­
tiva em Éfeso, dizendo: “Assim, a palavra do Senhor crescia poderosamente e
prevalecia.” (At 19.20). Nenhum livro de magia conseguia prevalecer contra a
Palavra de Deus em Éfeso (At 19.19).
3. O apóstolo Paulo recomendou o crescimento intelectual da Igreja em C o­
lossos, dizendo: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda
a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos,
hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração.”
(Cl 3.16).
4. O apóstolo Paulo recomendou o crescimento intelectual de Timóteo, di­
zendo: “Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino.” (lTm
4.13). O obreiro precisa ser persistente e aplicado na leitura diária da Palavra de
Deus (Js 1.8 e SI 1.1-3). O apóstolo Pedro ainda escreveu sobre o crescimento
pleno do cristão, dizendo: “Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Se­
nhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia
da eternidade. Amém!” (2Pe 3.18).
CONCLUSÃO: Precisamos crescer de forma plena. Uma mente bem instruída
gera crescimento completo para todo o corpo. O apóstolo Paulo escreveu tam­
bém sobre o crescimento perfeito e completo da Igreja, dizendo: “Antes, seguin­
do a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do
qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segun­
do a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação
em amor.” (Ef 4.15-16)

ANOTAÇÕES
29 DE SETEMBRO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO


Provérbios 4.23

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão descreveu o nosso cora­


ção como um grande tesouro que deve ser guardado e bem cuidado por cada
um de nós. O dia 29 de setembro é lembrado como o Dia Mundial do Coração.
O “coração” é o centro da vida humana e é citado cerca de 820 vezes na Bíblia.
A palavra coração vem de uma raiz hebraica “lebh” ou “lebabh”, que significa
“centro”. Quando a Bíblia diz: “Filho meu, dá-me o teu coração!” (Pv 23.26),
Deus está pedindo para ocupar o centro da nossa vida. O coração como órgão
físico pesa em média 250 gramas e não é maior do que o punho fechado do
seu possuidor. Bate 100.800 vezes por dia, 4.200 vezes por hora e uma média
de 70 vezes por minuto. No espaço de uma vida, o coração humano é capaz de
bombear sangue suficiente para encher 13.000.000 de barris. O homem ainda
não criou uma máquina mais perfeita que o coração. Cada pulsação desloca 44
gramas de sangue. Esse deslocamento em 24 horas é de 5.850 quilos diários.
Este órgão fantástico faz circular o equivalente a 2 mil galões de sangue pelo es­
paço de 12.000 milhas, cerca de 19.200 km de veias todos os dias. Em 12 horas,
o coração humano cria energia suficiente para levantar o peso de 65 toneladas
a uma altura de 30 cm do chão. Um grande cardiologista explanou o seguinte:
“Estudando o coração, pude sentir que Deus é uma realidade!”

I. O ESTADO ESPIRITUAL DO CORAÇÃO HUMANO APÓS O PECADO


1. A primeira menção do coração humano nas Escrituras aparece retratando
o estado espiritual em que se tornou o coração do homem após o pecado: “E viu
o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda
imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.” (Gn 6.5).
2. A Bíblia revela que a negação de Deus chegou ao próprio coração do
homem insensato, dizendo: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Cor­
rompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem.” (SI 14.1).
3. Davi reconheceu a necessidade de purificação do seu coração e implo­
rou a Deus, dizendo: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em
mim um espírito reto.” (SI 51.10). Davi novamente implorou a Deus, dizendo:
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus
pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho
eterno.” (SI 139.23-24).
4. Os segredos mais íntimos do coração humano, somente Deus conhece
perfeitamente (Jr 17.9-10). Jesus Cristo nos revelou que o coração se inclinará
exatamente para onde estiver o que for mais importante para nós os seres hu­
manos (Mt 6.21). Jesus Cristo ainda afirmou que: “O homem bom do bom te-

556 I 29 DE SETEMBRO
souro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca
fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45).

II. 0 ESTADO ESPIRITUAL DO CORAÇÃO HUMANO APÓS A SUA


REGENERAÇÃO
1. Deus pode regenerar o coração das pessoas através de uma transformação
radical. Deus prometeu um transplante espiritual de coração para o seu povo
rebelde, dizendo: “Dar-lhe-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles;
tirarei da sua carne o coração de pedra e lhe darei coração de carne” (Ez 11.9).
2. Mesmo sabendo que o coração humano pode se tornar em um poço de
pecados, Jesus Cristo também reconheceu que as pessoas podem ter um co­
ração limpo e regenerado, dizendo: “bem-aventurados os limpos de coração,
porque eles verão a Deus;” (Mt 5.8).
3. Jesus Cristo nos ensinou que o maior de todos os mandamentos deve
estar no nosso coração, dizendo: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.” (Mt 22.37).
4. Paulo também nos revelou que é no coração que se confirma a salvação
da alma (Rm 10.8-10). Paulo ainda declarou que é nos corações que Deus sela
a nossa salvação (2Co 1.21-22). O Autor da Carta aos Hebreus escreveu que
devemos nos aproximar de Deus “com verdadeiro coração, em inteira certeza
de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água
limpa,” (Hb 10.22).
CONCLUSÃO: O apóstolo João escreveu que: “Se o nosso coração nos acusar,
certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas”
( ljo 3.20). O Senhor Deus apontou o tipo de coração que Ele gosta de habitar,
dizendo: “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual
tem o nome de Santo: Elabito no alto e santo lugar, mas habito também com o
contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o
coração dos contritos” (Is 57.15)

ANOTAÇÕES

557
30 DE SETEMBRO

0 CRESCIMENTO NA PALAVRA DE DEUS


Atos 12.24

INTRODUÇÃO: Nós vamos aprender através deste texto sagrado sobre o crescimen­
to da Igreja na Palavra de Deus. O crescimento na Palavra de Deus é o verdadeiro
crescimento sustentado da Igreja de Cristo. A Palavra de Deus ocupava o primeiro
lugar na Igreja Primitiva. Quando a Palavra de Deus ocupa a primazia em nossas
vidas, o nosso crescimento é sólido, pleno e permanente. Muitas Igrejas já transfor­
maram o culto em apresentações teatrais, em concertos musicais, e em encontros
sociais. Muitos pastores se tornaram apenas motoristas de culto, e preenchem o
horário do culto com apresentações de jograis e outras atrações afins por não ter
uma Palavra nova a cada culto para entregar ao povo. Precisamos urgente retornar
ao modelo original da Igreja Cristã que priorizava a Palavra de Deus nos seus cultos.

I. A IGREJA PRIMITIVA CRESCIA NA PALAVRA DE DEUS


1. O Livro de Atos dos Apóstolos nos revela o crescimento extraordinário
da Igreja Primitiva na Palavra de Deus. As frases que expressam o crescimento
da Palavra de Deus nos corações dos cristãos primitivos é a tônica que marcou
o início áureo da Igreja do Senhor. Lucas escreveu que: “Crescia a palavra de
Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também mui­
tíssimos sacerdotes obedeciam à fé.” (At 6.7).
2. O historiador Lucas escreveu que: “A palavra do Senhor crescia e se mul­
tiplicava.” (At 12.24). A Palavra de Deus cresce como uma semente divina quan­
do o solo dos nossos corações é fértil e receptivo (Mc 4.20). O doutor Lucas
descreveu a fome do povo pela Palavra de Deus, dizendo: “No sábado seguinte,
afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.” (At 13.44). As pessoas
estão sedentas e com fome ainda hoje de ouvir da Palavra de Deus!
3. Lucas ainda descreveu a sede que os moradores de Beréia tinham pela
Palavra de Deus, dizendo: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tes-
salônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras
todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (At 17.11).
4. O Escritor Sagrado também descreveu a força poderosa que a Palavra de
Deus exerce aonde chega, dizendo: “A palavra do Senhor crescia e prevalecia
poderosamente.” (At 19.20). A Bíblia é o Livro dos livros! Este texto mostra que
a Palavra de Deus prevaleceu sobre todos os livros que ensinavam magia e ocul­
tismo em Éfeso (At 19.18-19).

II. O CRESCIMENTO DA PALAVRA DE DEUS RESULTA EM CRESCIMENTO


NUMÉRICO DA IGREJA
1. É importante notar como o autor de Atos dos Apóstolos dá ênfase também

558 | 30 DE SETEMBRO
ao crescimento numérico da Igreja Primitiva. Entretanto, esse crescimento numé­
rico se deu exatamente em virtude do crescimento da Palavra de Deus no meio
dos primeiros cristãos. A Palavra de Deus afirma que: “crescia mais e mais a mul­
tidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor,” (At 5.14).
2. Lucas ainda escreveu que: “A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Ju-
déia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no
conforto do Espírito Santo, crescia em número” (At 9.31).
3. O Senhor Jesus Cristo explica o efeito da semente geradora do cresci­
mento, dizendo: O s que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem a
palavra e a recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um.” (Mc 4.20).
O efeito do crescimento da Palavra de Deus em nossos corações é progressivo!
4. O apóstolo Paulo nos revelou a origem do crescimento numérico da Igre­
ja, dizendo: “Eu plantei, Apoio regou; mas o crescimento veio de Deus” (IC o
3.6). Deus é a fonte do crescimento, e a sua Palavra é a semente que cabe aos
pregadores plantarem! A Bíblia ainda nos revela o crescimento pleno que Deus
deseja para a sua Igreja, dizendo: “A fim de viverdes de modo digno do Senhor,
para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno
conhecimento de Deus;” (Cl 1.10).
CONCLUSÃO: O crescimento da Palavra do Senhor em nossos corações gera o
crescimento pleno no conhecimento de Deus. Crescendo na Palavra de Deus é
o segredo para o crescimento na fé, no amor, na graça, e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Co 10.15; lTs 3.12; 2Pe 3.18)

ANOTAÇÕES

559
SERMÕES PARA 0 MÊS D£
1 DE OUTUBRO OUTUBRO
LIÇÕES ESPIRITUAIS DO DIA DO IDOSO
2Somuel 19.32

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a história de um homem idoso


chamado Barzilai, cujo nome significa “homem de ferro”. O Dia do Idoso é co­
memorado no Brasil no dia 01 de outubro de cada ano e tem como objetivo a
valorização do idoso. A população no mundo está ficando cada vez mais velha
e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por volta de 2025, pela pri­
meira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta. O avanço
da medicina e a melhora na qualidade de vida das pessoas são as principais
razões dessa elevação da expectativa de vida em todo o mundo. A Bíblia sempre
manda honrar os idosos; e, a longevidade das pessoas é vista pela palavra de
Deus como uma dádiva de Deus para o homem.

I. A IMPORTÂNCIA DO IDOSO NAS ESCRITURAS


1. Barzilai, este gileadita, amigo do rei Davi, era um homem de rara beleza
moral, que socorreu a Davi em seus vários momentos de provações. Com 80
anos de idade, ainda se mostrava um homem combativo, inteligente, atencioso,
e sobretudo companheiro e amigo fiel do rei Davi (2Sm 19.31-38).
2. O próprio Deus aconselhou reverenciar e honrar as pessoas idosas, di­
zendo: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presença do ancião, e temerás
o teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19.32). Matusalém foi o homem mais idoso da
Bíblia, ao ter vivido 969 anos! (Gn 5.27). Deus sempre prometeu provisão, saúde
e vida longa aos seus filhos obedientes (Êx 23.25-26).
3. Abraão foi o primeiro homem que Deus prometeu vida longa nas Escritu­
ras, dizendo: “E tu irás para os teus pais em paz; serás sepultado em ditosa velhi­
ce” (Gn 15.15). Deus cumpriu fielmente o que prometeu a Abraão (Gn 25.7-8).
4. Calebe aos 85 anos se mostrava um idoso ainda muito forte e combativo
quando se animou, dizendo: “Eis agora, o Senhor me conservou em vida, como
prometeu; quarenta e cinco anos há desde que o Senhor falou esta palavra a
Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, já agora, sou de oitenta e cinco anos.
Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha
força naquele dia, tal ainda agora para o combate, tanto para sair a ele como
para voltar” (Js 14.10-11).

II. PROMESSAS DE LONGEVIDADE NAS ESCRITURAS


1. A Palavra de Deus está cheias de promessas de longevidade. O patriarca
Jó mesmo acometido de várias enfermidades e provações recebeu uma promes­
sa de vida longa: “Em robusta velhice entrarás para a sepultura, como se recolhe
o feixe de trigo a seu tempo. Eis que isto já o havemos inquirido, e assim é;

560 I ID E OUTUBRO
ouve-o e medita nisso para teu bem” (Jó 5.26-27). Esta promessa se cumpriu
integralmente na vida de Jó (Jó 42.17).
2. A Palavra de Deus promete que o justo ainda dará frutos na velhice, di­
zendo: “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como cedro no Líbano.
Plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice
darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Se­
nhor é reto. Ele é a minha Rocha, e Nele não há injustiça” (SI 92.12-15).
3. O salmista descreveu como o Senhor abençoa a nossa velhice, dizendo:
“Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfer­
midades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia;
quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como
a da águia” (SI 103.3-5). O sábio Salomão também descreveu a vida longa que a
sabedoria nos oferece, dizendo: “O alongar-se da vida está na sua mão direita,
na sua esquerda, riquezas e honra” (Pv 3.16).
4. O Senhor consola os idosos e prometeu a sua presença com eles, dizendo:
“Até à vossa velhice, Eu serei o mesmo e, até às cãs, Eu vos carregarei; já o tenho
feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei” (Is 46.4). O profeta Joel
ainda escreveu que “os vossos velhos terão sonhos” (J12.28). A velhice não pode
impedir que as pessoas idosas continuem sonhando e tendo os seus sonhos rea­
lizados (SI 37.4).
CONCLUSÃO: Celebremos este importante Dia do idoso, e honremos os nos­
sos anciãos, e todas as pessoas da terceira idade. Pois, assim o singular idoso
apóstolo São João desejou para o seu amigo Gaio, dizendo: “Amado, acima de
tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua
alma” (3Jo 1.2).

ANOTAÇÕES
2 DE OUTUBRO

A COSMOVISÃO DO CRESCIMENTO
Efésios 4.15-16

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve a necessidade da Igreja crescer de


forma plena. A cosmovisão do crescimento é a visão bíblica para que a Igreja
desfrute de um crescimento pleno no Século 21. É uma cosmovisão que in­
vestiga a expansão, implantação, multiplicação, funcionamento e saúde espi­
ritual das Igrejas Cristãs em seu relacionamento com a implementação efetiva
da ordem divina de fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.18-20). A visão
de crescimento que a Igreja do Senhor precisa ter, é uma visão de crescimento
completo. Na passagem bíblica acima, Paulo fala do crescimento pleno, ajustado
e bem consolidado que a Igreja deve ter. O corpo jamais pode crescer à margem
da cabeça. A Igreja nunca poderá ter o crescimento completo e bem ajustado, à
parte da Cabeça, que é Cristo. Sem Cristo como o centro de nossa cosmovisão,
não há crescimento com sustentação. Crescimento completo, é crescimento em
todas as áreas.

I. CRESCIMENTO NA VERDADE
1. A Igreja Cristã nunca pode abrir mão da verdade bíblica. Precisamos
crescer na verdade, porque ninguém se sustenta por muito tempo na m en­
tira. Jesus Cristo declarou que só o conhecim ento da verdade pode libertar
o homem (Jo 8.32). Paulo considerou a Igreja como a coluna e firmeza da
verdade neste mundo: “Mas, se tardar, para que saibas como convém andar
na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.”
(lT m 3.15).
2. O apóstolo Paulo advertiu aos crentes da Galácia, dizendo: “Vós corríeis
bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?” (G1 5.7). Em
outras palavras, Paulo está dizendo: “Vocês estavam caminhando tão bem?
Quem foi que desviou vocês da verdade?” Não podemos andar para trás, mas
sim caminhar para a frente (Jr 7.23-24).

II. CRESCIMENTO NO AMOR


1. O verdadeiro discípulo de Cristo é conhecido pelo amor demonstrado de
uns para com os outros (Jo 13.35). A Igreja de Cristo precisa praticar e crescer
no amor de Cristo, e não apenas pregar o amor de Cristo ( ljo 3.16-18). O após­
tolo Paulo escreveu sobre o nosso crescimento no amor, dizendo: “E também
faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimen­
to e toda a percepção,” (Fp 1.9).
2. Paulo ainda escreveu sobre o crescimento do amor aos crentes de Tessa-
lônica, dizendo: “E o Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns para com

562 | 2 DE OUTUBRO
os outros e para com todos, como também nós para convosco,” (lT s 3.12). Paulo
elogiou pela segunda o crescimento da fé e do amor dos crentes de Tessalônica
(2Ts 1.3).

III. CRESCIMENTO EM CRISTO


1. A Igreja Cristã necessita urgentemente da busca incessante pelo seu cres­
cimento em Cristo. Sendo o corpo de Cristo, a Igreja precisa estar em sintonia
com a Cabeça, que é Cristo (Cl 1.18). Paulo falou do crescimento da Igreja em
Cristo, dizendo: “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele,
nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos,
crescendo em ações de graças.” (Cl 2.6-7).
2. O apóstolo Paulo ainda falou do crescimento em Cristo de forma plena,
dizendo: “Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e
culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua
mente carnal, e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vin­
culado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.”
(Cl 2.18-19).
CONCLUSÃO: Uma Igreja que cresce na verdade, cresce no amor e cresce em
Cristo, estará apta para crescer em todas as demais áreas da vida cristã.

ANOTAÇÕES
3 DE OUTUBRO

0 DEUS QUE NOS ABENÇOA EM TUDO


Gênesis 24.1

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela que Deus havia abençoado Abraão
em tudo. Nenhum homem na história foi tão abençoado por Deus como Abraão.
Abraão foi o único homem na história que o próprio Deus o constituiu para ser
a própria “Benção em Pessoa”, quando lhe disse: “E tu serás uma bênção” ou “Sê
tu uma bênção” (Gn 12.1). Abençoar o homem faz parte da própria essência de
Deus. No hebraico, a palavra bênção, é oriunda do vocábulo “baarah”, e vem de
uma raiz “barakeh ” que significa, abençoar, exaltar, agradecer, felicitar, saudar.
A palavra grega para “benção” é “eulalia”, e nos traz também a ideia não só de
bens materiais como também de bens espirituais. Tanto no hebraico como no
grego apresenta um sentido de concessão de alguma coisa material. A benção de
Deus é plena e contempla os seus filhos com benefícios físicos, materiais, sociais
e espirituais. Não houve nada na vida de Abraão que Deus não abençoasse. Até
os erros de Abraão Deus consertou para se transformar em benção (Gn 17.20)

I. DEUS ABENÇOOU A VIDA PESSOAL DE ABRAÃO E SEUS DESCENDENTES


1. A vida pessoal de Abraão foi abençoada por Deus nos mínimos detalhes.
O Senhor prometeu sete bênçãos pessoais a Abraão (Gn 12.2-3). A Bíblia mos­
tra as bênçãos materiais e financeiras fluindo na vida de Abraão: “Era Abrão
muito rico; possuía gado, prata e ouro.” (Gn 13.2).
2. A Bíblia mostra a benção do Senhor fluindo sobre Isaque, filho de Abraão,
dizendo: “Semeou Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por
um, porque o SENHOR o abençoava. Enriqueceu-se o homem, prosperou, fi­
cou riquíssimo; possuía ovelhas e bois e grande número de servos, de maneira
que os filisteus lhe tinham inveja.” (Gn 26.12-14).
3. A Bíblia mostra a benção do Senhor fluindo sobre Jacó, neto de Abraão,
dizendo: “E o homem se tornou mais e mais rico; teve muitos rebanhos, e servas,
e servos, e camelos, e jumentos...” (Gn 30.43 e 31.1). Jacó não roubou nenhuma
ovelha de seu tio e sogro Labão, apenas usou sua habilidade e inteligência com
a benção de Deus para multiplicar o seu rebanho (Gn 31.3-13).
4. A Bíblia mostra a benção do Senhor fluindo sobre os descendentes de
Abraão, dizendo: “O SENHOR mandará que a bênção esteja contigo nos teus
celeiros e em tudo que puseres a tua mão; e te abençoará na terra que te der o
SENHOR, teu Deus” (Gn 28.8).

II. DEUS ABENÇOOU O MUNDO INTEIRO POR MEIO DE ABRAÃO


1. Dentre as sete grandes bênçãos que o Senhor pronunciou sobre Abraão,
a maior e mais extensiva delas é esta: “E em ti serão benditas todas as famílias

564 | 3 DE OUTUBRO
da terra.” (Gn 12.3). O propósito maior de Deus era tornar Abraão uma fonte de
bênçãos para toda a humanidade!
2. O apóstolo Paulo considerou o momento que Deus pronunciou esta sé­
tima benção sobre Abraão como uma pregação do Evangelho, dizendo: “Ora,
tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou
o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos.” (G13.8). O ideal
de Deus, ao contrário do que o exclusivismo judeu pensa, sempre foi abençoar
todos os demais povos por meio de Abraão e seus descendentes!
3. O salmista teve esta visão missionária que Deus sempre quis que Israel
tivesse, dizendo: “Para que se conheça na terra o teu caminho, e em todas as na­
ções a tua salvação. Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.
Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgarás os povos com equidade, e go­
vernarás as nações sobre a terra. Louvem-te a ti, ó Deus, os povos, louvem-te os
povos todos. Então, a terra dará o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, nos abençoa­
rá. Deus nos abençoará, e todas as extremidades da terra o temerão.” (SI 67.2-7).
O plano de Deus sempre foi abençoar todos os povos através do povo eleito!
4. Nesta última frase: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”, é que
se cumpre o que Paulo escreveu aos Gálatas, dizendo: “Para que a benção de
Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebéssemos pela
fé o Espírito prometido” (G1 3.14). O apóstolo Paulo foi o judeu que mais com ­
preendeu o propósito Divino de alcançar todos os povos através da benção de
Abraão e seus descendentes (G1 3.28-29).
CONCLUSÃO: As primeiras palavras pronunciadas por Deus ao homem foram
de bênçãos (Gn 1.28). A Bíblia é o Livro da Benção do Senhor. Todas as suas
páginas estão permeadas da Benção do Senhor. Cada Promessa do Senhor nas
Escrituras constitui-se numa Benção Divina para o Cristão. O prazer de Deus é
abençoar os seus filhos. A benção do Senhor não contempla só provisões mate­
riais e financeiras, a benção do Senhor nos contempla também com toda sorte
de benefícios espirituais em Cristo Jesus, nosso Senhor (E f 1.3)

ANOTAÇÕES

565
4 DE OUTUBRO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS


Salmo 50,10

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o próprio Criador declarou que são seus
todos os animais do campo, e as alimárias sobre as montanhas. Tudo o que
existe no Universo é do Senhor (SI 24.1). O nosso Deus criou tudo para deter­
minados fins, e os animais foram também criados por Deus com propósitos
que glorifiquem o seu Nome. O Dia Mundial dos Animais é comemorado todos
os anos em 4 de outubro. Neste dia, a vida animal em todas as suas formas é
celebrada, e eventos especiais são planejados em locais por todo o mundo. Um
adágio judaico diz haver quatro coisas que tem proeminência no mundo: “O
homem entre as criaturas, a águia entre os pássaros, o boi entre o gado e o leão
entre as feras”. Deus nos ensina muitas lições importantes através do próprio
comportamento e natureza dos animais que Ele criou. Tanto as qualidades posi­
tivas, como as qualidades negativas dos animais ensinam muito sobre a própria
natureza do homem e da própria Divindade.

I. OS ANIMAIS NOS ENSINAM ASPECTOS SOBRE A NATUREZA HUMANA


1. A Bíblia compara alguns de seus personagens humanos com alguns ani­
mais para ilustrar a natureza e comportamento das pessoas. A Palavra de Deus
compara Ismael como um jumento selvagem (Gn 16.12). O comportamento de
alguns povos que se dizem descendentes de Ismael e sua vocação para conflitos
com os demais povos através da história talvez estejam associados mesmo a esta
declaração de que o seu progenitor teria um comportamento de um jumento
selvagem!
2. O patriarca Jacó comparou o seu filho Judá como um leão (Gn 49.9). O
leão é símbolo de liderança, e Judá sempre saiu na dianteira liderando o seu
povo através da história (Nm 2.3; Jz 1.1-2 e SI 78.67-72). Jacó também compa­
rou seu filho Issacar como um jumento de ossos fortes (Gn 49.14). Jacó viu em
Issacar alguém que suportaria o peso de outros sobre si.
3. O patriarca Jacó ainda comparou seu filho Dã como uma serpente junto
ao caminho (Gn 49.17). Ninguém conhece tão bem os filhos como o pai conhe­
ce, e certamente Jacó conhecia a sagacidade de seu filho Dã.
4. Jacó comparou o seu filho Naftali como uma gazela formosa (Gn 49.21).
Jacó viu versatilidade e vocação poética em seu filho Naftali. Jacó também com­
parou seu filho Benjamim como um lobo (Gn 49.27). A natureza de lobo de
Benjamim ficou muito evidenciada quando despedaçou seus próprios irmãos
israelitas em conflitos ao longo da história (Jz 20.1-48)

566 | 4 DE OUTUBRO
II. OS ANIMAIS NOS ENSINAM ASPECTOS SOBRE A NATUREZA DIVINA
1. A Bíblia também usa alguns animais como metáforas para nos ensinar
lições importantes sobre a natureza divina. O próprio Deus comparou o seu
trabalho de resgate de Israel do Egito como o trabalho que a águia faz com os
seus filhotes (Êx 19.4).
2. A Bíblia descreve a pomba como um dos símbolos do Espírito Santo (Mt
3.16). O Senhor Jesus Cristo citou o nome de quatro animais para nos ensinar
verdades espirituais, dizendo: “Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio
de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pom­
bas.” (Mt 10.16).
3. O próprio Jesus Cristo comparou o seu desejo de amparar Jerusalém
como uma galinha ampara e protege os seus pintinhos (Mt 23.37). João Batista
chamou Jesus de Cordeiro Redentor do Universo (Jo 1.29). O apóstolo Paulo
confirmou que Jesus Cristo, nosso Cordeiro Pascal foi imolado (IC o 5.7).
4. A Palavra de Deus também comparou o Senhor Jesus Cristo como Cor­
deiro e Leão ao mesmo tempo (Ap 5.5-6). O apóstolo Pedro descreveu o Diabo
como um leão que ruge procurando alguém para devorar (lP e 5.8); porém, o
apóstolo João já descreveu Jesus Cristo como o Leão da Tribo de Judá que ven­
ceu todos os seus oponentes e reinará sobre todo o Universo (Ap 5.5-12 e Ap
19.11-16).
CONCLUSÃO: A Palavra de Deus nos ensina verdades eternas acerca dos ani­
mais. Todos os animais foram criados por Deus. Mesmo os dois animais que a
Bíblia utiliza para ilustrar a ação do Diabo contra as nossas vidas: A serpente
e o leão (Gn 3.1-1; SI 91.13 e 1 Pd.5.8); mostra também qualidades positivas
nestes dois animais (Nm 21.4-9; Jo.3.14 e Ap 5.5). Salomão nos ensinou sobre
a intrepidez do justo como o leão (Pv 28.1); e Jesus elogiou a prudência da ser­
pente (Mt 10.16). Deus transforma o mal em bem, e a maldição em benção. No
Milênio, Deus tirará toda a hostilidade do leão, da serpente e de tantos outros
animais nocivos para mostrar que Ele é Senhor sobre todas as coisas (Is 11.6-9).

ANOTAÇÕES
5 DE OUTUBRO

VISÃO CELESTIAL
Atos 26.19

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo afirmou ao rei Agripa


que não foi desobediente a visão celestial. A visão celestial é uma visão vertical.
A visão vertical é uma visão que olha para o alto. Muitos líderes já perderam o
foco da visão celestial e concentraram a sua visão apenas no que é terreno. A
Igreja pode conquistar o mundo inteiro para Cristo, porém, não pode perder
o foco do céu. A Igreja não pode querer transformar o Reino de Deus em um
reino temporal e de conquistas terrenas. Não podemos perder o foco principal
da cosmovisão bíblica, que é Cristo. A Palavra de Deus comprova que Paulo não
era desobediente a visão celestial, dizendo: “E Paulo teve, de noite, uma visão
em que se apresentava um varão da Macedonia e lhe rogava, dizendo: Passa à
Macedonia e ajuda-nos! E, logo depois desta visão, procuramos partir para a
Macedonia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o
evangelho.” (At 16.9-10). A visão vertical é uma visão espiritual que foca nas
coisas de Deus. O foco da visão celestial de Paulo era o Senhor Jesus Cristo (At
9.1-20 eF p 3.12-14).

I. A IMPORTÂNCIA DA VISÃO CELESTIAL NA VIDA DOS PATRIARCAS


1. Abraão não foi desobediente à visão celestial que recebeu do Senhor e
obedeceu em tudo a visão divina Gn 12.1-4; Gn 22.1-3; e Gn 26.5). Deus apa­
receu em visão a Abraão e se apresentou como o foco principal do patriarca,
dizendo: “Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.”
(Gn 15.1).
2. Deus levou Abraão para fora de sua tenda e lhe deu uma visão celestial,
dizendo: “Olha, agora, para os céus e conta as estrelas, se as podes contar. E
disse-lhe: Assim será a tua semente.” (Gn 15.5). Abraão aprendeu a focar a sua
visão no céu, e, mesmo com a promessa de uma terra para os seus descendentes
nesta vida, ele “aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o Ar­
quiteto e Edificador” (Hb 11.8-10), isso que é visão vertical.
3. Jacó era um homem muito focado apenas nas conquistas terrenas (Gn
25.29-31); porém, em sua viagem para Padã-Arã, Deus lhe deu a seguinte visão
celestial, dizendo: “E sonhou: e eis era posta na terra uma escada cujo topo to­
cava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela. E eis que o
SENHOR estava em cima dela e disse: Eu sou o SENHOR, o Deus de Abraão,
teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra em que estás deitado ta darei a ti e à tua
semente...” (Gn 28.12-15).
4. A visão terrena de Jacó o levava a obter as coisas através de fraudes ou
engano; entretanto, a visão celestial que Deus lhe deu favorecendo o crescimento

568 | 5 DE OUTUBRO
do seu rebanho, mostra que o seu sucesso não dependia da esperteza humana de
conseguir as coisas, mas sim, das promessas divinas em sua vida (Gn 31.11-13).

II. A IMPORTÂNCIA DA VISÃO CELESTIAL NA VIDA DOS PROFETAS E


APÓSTOLOS
1. O profeta Isaías nunca mais foi o mesmo depois que recebeu uma visão
celestial de sua chamada (Is 6.1-8). Isaías não foi desobediente a visão celestial e
descreve como se rendeu a sua chamada, dizendo: “Então, disse eu: eis-me aqui,
envia-me a mim” (Is 6.8).
2. O profeta Jeremias também recebeu uma visão celestial quando teve sua
visão espiritual renovada pelo Senhor, dizendo: “Ainda veio a mim a palavra
do SENHOR, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de
amendoeira. E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha
palavra para a cumprir.” (Jr 1.11-12). Quem tem visão celestial observa muito
além do que está por trás de uma simples vara de amendoeira!
3. O profeta Ezequiel revelou como recebeu de Deus a visão celestial de sua
chamada, dizendo: “E aconteceu, no trigésimo ano, no quarto mês, no dia quin­
to do mês, que, estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram
os céus, e eu vi visões de Deus.” (Ez 1.1). Após receber a visão celestial, o profeta
Ezequiel se tornou um dos homens que mais viu a Glória de Deus (Ez 1.27-28;
113.23; Ez 10.1-4; Ez 43.1-5; Ez 44.4 etc..).
4. Paulo nos revelou ser um homem de visão celestial, dizendo: “Conheço
um homem em Cristo que, há catorze anos (se no corpo, não sei; se fora do
corpo, não sei; Deus o sabe), foi arrebatado até ao terceiro céu. E sei que o tal
homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao
paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar.” (2Co
12.1-4). Ter a visão celestial é pensar nas coisas lá do alto, não nas que são aqui
da terra (Cl 3.1-2). Paulo tinha a sua visão focada no céu quando escreveu, di­
zendo: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salva­
dor, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).

CONCLUSÃO: A visão celestial é gerada no coração de Deus e transmitida ao cora­


ção do homem. O apóstolo João era um homem que tinha uma visão vertical e tinha
os seus olhos postos no céu, e nos revelou como Deus lhe mostrou o céu por dentro
e por fora quando foi arrebatado até a Sala do Trono de Deus (Ap 4.1-11).

569
6 DE OUTUBRO

RECEBENDO VISÃO LONGITUDINAL


Jó 39.29

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a visão longitudinal da águia.


Segundo alguns estudiosos, se o homem tivesse uma visão igual à da águia,
poderia, sem grande esforço, ler um jornal a 500 metros de distância! A visão
longitudinal é a visão de comprimento. A visão de comprimento é uma visão
mais ampliada e nos faz enxergar bem mais longe do que possamos imaginar.
A visão longitudinal nos faz enxergar bem mais longe do que a nossa visão
natural pode alcançar. Deus nos faz alcançar muito além do que os nossos
olhos naturais conseguem ver; e nos faz chegar onde não imaginaríamos che­
gar (E f 3.20).

I. EXEMPLOS DE HOMENS QUE TINHA UMA VISÃO LONGITUDINAL


1. Deus havia dado a Abraão uma visão longitudinal à ponto de ele enxer­
gar coisas que só aconteceria muitos séculos depois (Gn 15.12-21), e, até o dia
de Jesus Cristo, que estava ainda tão distante, ele enxergou (Jo 8.56). Deus deu
a Jacó uma visão longitudinal e ele viu o futuro distante de cada um dos seus
filhos, e previu muitas coisas que de fato aconteceram com eles séculos depois
(Gn 49.1-28).
2. José mostrou que tinha visão longitudinal quando enxergou a própria
saída dos filhos de Israel do Egito com os seus restos mortais; “Certamente, vos
visitará Deus, e fareis transportar os meus ossos daqui.” (Gn 50.24-25). Cerca
de 400 anos depois Israel saiu do Egito e Moisés transportou consigo os ossos
de José (Êx 13.19).
3. Além de enxergar longe e prevê muitas coisas que aconteceriam com Is­
rael no futuro, Moisés nunca perdeu a sua visão longitudinal, e a Bíblia descreve
isso, dizendo: “Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os
seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor.” (Êx 34.7).
4. O próprio Balaão recebeu uma visão longitudinal, e quando deixou Deus
usá-lo, ele viu coisas que ainda estavam bem distantes, dizendo: “Vê-lo-ei, mas
não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, e
um cetro subirá de Israel, que ferirá os termos dos moabitas e destruirá todos os
filhos de Sete.” (Nm 24.17).

II. EXEMPLOS DE HOMENS QUE DEUS AMPLIOU A VISÃO LONGITUDINAL


1. O Senhor deu a Josué uma visão longitudinal quando lhe disse que ainda
tinha muitas terras não conquistadas, e que precisavam ser possuídas, dizendo:
“Já estás velho, entrado em dias; e ainda muitíssima terra ficou para possuir.”
(Js 13.1-2). Se não conquistarmos estas terras, vem os inimigos e habitam nelas

570 | 6 DE OUTUBRO
(ISm 7.14 e ISm 31.7). Precisamos ter a valentia de Samá para enfrentarmos os
inimigos e defendermos o campo do Senhor (2Sm 23.11-12).
2. Jabez pediu a Deus que ampliasse a sua visão longitudinal, dizendo: “Se
me abençoares muitíssimo e meus termos amplificares, e a tua mão for comigo,
e fizeres que do mal não seja aflito!... E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pe­
dido.” (1 Cr 4.10). Deus atendeu Jabez e ampliou as suas fronteiras!
3. Ter a visão longitudinal é ter visão de águia, e enxergar longe o nosso
alvo. O próprio Deus fez menção a Jó da visão longitudinal da águia, dizendo:
“Ou é pelo teu mandado que se remonta a águia e faz alto o seu ninho? Habita
no penhasco onde faz a sua morada, sobre o cimo do penhasco, em lugar segu­
ro. Dali, descobre a presa; seus olhos a avistam de longe.” (Jó 39.27-29). Deus
quer ampliar a nossa visão e nos fazer enxergar longe como a águia!
4. Jesus Cristo nos ofereceu uma visão ampla e urgente da Obra Missioná­
ria, dizendo: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa?
Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão bran­
cas para a ceifa.” (Jo 4.35). Ter a visão longitudinal é ter uma visão do reino de
Deus ampliado e estendido pelos quatro cantos da terra. A visão missionária
que Jesus Cristo teve da sua Igreja foi uma visão que alcançava “até os confins
da terra” (At 1.8).

CONCLUSÃO: Precisamos pedir ao Senhor que amplie o campo da nossa visão


espiritual. Necessitamos enxergar longe o nosso alvo através da visão longitu­
dinal. Jesus Cristo enxergou longe as necessidades de sua obra, e alertou aos
seus discípulos, dizendo: “A seara é realmente grande, mas poucos são os cei­
feiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.”
(Mt 9.37-38).

ANOTAÇÕES
7 DE OUTUBRO

DEUS FEZ UMA ALIANÇA CONOSCO


Isaías 55.3

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela Deus prometendo fazer uma
aliança perpétua conosco baseada nas misericórdias prometidas a Davi. O Deus
da Bíblia é também um Deus de Aliança. Ele é “Yhaweh-Berit” - “O Senhor
da Aliança”, ou “El-Berit” - “O Deus de aliança”. A “aliança”, pode ser definida
como: um pacto, um acordo, uma coligação, uma união ou um concerto. Deus
estabeleceu aliança com vários dos seus servos através da História Sagrada. A
Bíblia revela a Aliança Edênica, Aliança Adâmica, a Aliança Noética, a Aliança
Abraâmica, a Aliança Mosaica, a Aliança Davídica, e a Nova Aliança. Se você
olhar para o círculo que uma aliança de ouro forma, você verá que não tem co­
meço e nem fim. Assim é a nossa aliança com Deus. É uma aliança eterna. Ele
mesmo disse: “Com amor eterno Eu te amei; por isso, com benignidade te atraí”
(Jr 31.3). Por isso Ele prometeu fazer conosco uma aliança perpétua.

I. AS BASES DA ALIANÇA DIVINA COM DAVI


1. Deus prometeu fazer conosco uma aliança baseada nas firmes misericórdias
prometidas a Davi. As bases da aliança entre Deus e Davi foram misericórdia e per-
petuidade (2Sm 7.14-16). O próprio Davi celebrou a segurança e firmeza da aliança
que Deus havia feito com ele, dizendo: “Não está assim com Deus a minha casa?
Pois estabeleceu comigo uma aliança eterna, em tudo bem definida e segura. Não
me fará Ele prosperar toda a minha salvação e toda a minha esperança?” (2Sm 23.5)
2. O próprio Deus ratificou a sua aliança com seu servo Davi, dizendo: “Fiz
aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo” (SI 89.3). Deus não volta
atrás no seu juramento. Ele mesmo garantiu isso, dizendo: “Uma vez jurei por
minha santidade (não mentirei a Davi).” (SI 89.35). O Senhor confirmou a per-
petuidade de sua aliança com Davi (SI 89.28).
3 .0 próprio Deus confirmou a irrevogabilidade da sua aliança com Davi, dizen­
do: “Não violarei a minha aliança, nem modificarei o que os meus lábios proferiram”
(SI 89.34). Ainda que Davi tenha fracassado e cometido um grave pecado em algum
momento da sua vida, Deus manteve de pé tudo aquilo que havia prometido a Davi
4. Deus já havia assinado com o seu povo uma clausula de misericórdia,
dizendo: “Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus Fiel, que guarda
a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus
mandamentos” (Dt 7.9). O apóstolo Paulo descreveu a fidelidade incondicional
de Deus em sua aliança conosco, dizendo: “Se somos infiéis, ele permanece fiel,
pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.” (2Tm 2.13). Ainda que o
homem não cumpra a sua parte, Deus cumpre a parte Dele!

572 | 7 DE OUTUBRO
II. AS BASES DA ALIANÇA DE DEUS CONOSCO
1. A aliança que Deus prometeu fazer conosco possui os mesmos fundamen­
tos da aliança feita com Davi; e para ter validade, teria que ser através do descen­
dente de Davi (Is 9.6-7). O profeta Jeremias também se referiu a esse descendente
de Davi, dizendo: “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um
Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na ter­
ra.” (Jr 23.5). Deus prometeu fazer uma aliança eterna com o seu povo, dizendo:
“Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e
porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jr 32.40).
2. O anjo Gabriel anunciou a Maria o nascimento deste descendente de Davi,
dizendo: “E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás
o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor
Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o
seu Reino não terá fim.” (Lc 1.31-33). Jesus Cristo, o descendente de Davi estabe­
leceu a Nova Aliança conosco, dizendo: “Isto é o meu sangue, o sangue da Nova
Aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 28.28).
3. O apóstolo Paulo também falou da misericórdia como base da aliança de
Deus conosco, dizendo: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu
muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas,
nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou
juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela
sua benignidade para conosco em Cristo Jesus” (Ef 2.4-7).
4 .0 apóstolo Pedro também confirmou que não tínhamos alcançado misericór­
dia, mas, agora, alcançamos misericórdia (lPe 2.10). O Escritor da Carta aos Hebreus
falou da superioridade da Nova Aliança que Cristo fez conosco, dizendo: “Agora,
com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é Ele também Me­
diador de Superior Aliança instituída com base em superiores promessas” (Hb 8.6).

CONCLUSÃO: Além da misericórdia, outra grande base da aliança feita entre Deus
e Davi é a perpetuidade. O Autor da Carta aos Hebreus também confirmou a perpe-
tuidade da aliança do Senhor Deus conosco por intermédio de Jesus Cristo, o Gran­
de Pastor das Ovelhas pelo Sangue da Eterna Aliança (Hb 13.20-21). Toda aliança
é marcada e ratificada pela fidelidade entre as partes. Deus sempre faz a sua parte
permanecendo fiel à sua aliança. Assim, devemos permanecer fiéis a aliança de que
fizemos de servir ao Senhor com todo o nosso coração e com toda a nossa alma!

573
8 DE OUTUBRO

0 ESCONDERIJO DO ALTÍSSIMO
Salmo 91.1

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a proteção daquele que habita
no esconderijo do Altíssimo e a segurança daquele que descansa à sombra
do Deus Onipotente. O Salmo 91, é sem dúvida um dos Salmos mais lidos e
conhecidos de toda a Bíblia. Algumas pessoas até deixam a Bíblia aberta no
Salmo 91, e usam isso como um amuleto de sorte ou proteção para o seu lar.
Entretanto, melhor mesmo é conhecer o Deus Altíssimo e Onipotente do Sal­
mo 91. O “Deus Altíssimo”, que em hebraico significa “EL-Elyon”, é um dos
títulos divinos de mais rara ocorrência nas Escrituras. O Altíssimo é Aquele
que é Excelso, Sublime e Supremo. Ele é “ELOHIM MAROM, DEUS DAS AL­
TURA S” (Mq 6.6). O Deus Altíssimo é o Deus Alto e Sublime (Is 57.15). Ele é
o Deus Insuperável e Inigualável (Is 46.5). O Nome “Altíssimo” é o superlativo
de “Alto”, e significa alguém que é muito alto e elevado. Sendo assim, o Nos­
so Deus é mais Alto e mais Sublime do que todas as coisas. Nada está acima
Dele. Ele é Superior a tudo e está acima de tudo e de todos! Glórias e Honras
ao Nosso Deus Altíssimo! O esconderijo do Altíssimo é um lugar inalcançável
pelo inimigo.

I. 0 ESCONDERIJO DO DEUS ALTÍSSIMO


1. Melquisedeque, o primeiro sacerdote mencionado na Bíblia foi também
o primeiro homem a transmitir o conhecimento do Altíssimo a Abraão. Mel­
quisedeque trouxe pão e vinho a Abraão, exatamente os elementos que repre­
sentam o corpo e o sangue de Cristo; e, abençoou a Abraão pelo Deus Altíssimo
(Gn 14.19-20).
2. O Deus Altíssimo prometeu ser o próprio escudo e proteção de Abraão,
dizendo: “Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.”
(Gn 15.1). Abraão foi abençoado pelo Deus Altíssimo, e passou a estar no es­
conderijo do Altíssimo e na sombra do Onipotente!
3. O salmista pediu que o Altíssimo lhe escondesse à sombra de suas asas,
dizendo: “Guarda-me como à menina do olho, esconde-me à sombra das tuas
asas,” (SI 17.8). O salmista ainda descreveu como o Altíssimo nos escondeu, di­
zendo: “Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto
do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha.” (SI 27.5).
4. O salmista também nos falou da proteção e estabilidade que a presença
do Deus Altíssimo traz para a cidade, dizendo: “Há um rio cujas corren­
tes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus
está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã.”
(SI 46.4-5).

574 | 8 DE OUTUBRO
II. 0 DEUS ALTÍSSIMO NOS ESCONDE DOS HOMENS MAUS
1. O salmista Davi descreveu como o Altíssimo nos esconde das contendas
dos homens maus, dizendo: “Tu os esconderás, no secreto da tua presença, das
intrigas dos homens; ocultá-los-ás, em um pavilhão, da contenda das línguas.”
(SI 31.20). O salmista ainda pediu ao Senhor que o escondesse do conselho dos
homens maus (SI 64.2).
2. O profeta Isaías nos falou de um esconderijo preparado pelo Altíssimo
Deus, dizendo: “E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia, e
para refúgio e esconderijo contra a tempestade e contra a chuva.” (Is 4.6).
3. A Palavra de Deus também nos fala de um Rei Glorioso que reinará e
servirá de esconderijo para o seu povo, dizendo: “Reinará um rei com justiça, e
dominarão os príncipes segundo o juízo. E será aquele varão como um escon­
derijo contra o vento, e como um refúgio contra a tempestade, e como ribeiros
de águas em lugares secos, e como a sombra de uma grande rocha em terra
sedenta” (Is 32.1-2). Jesus Cristo é o Filho do Altíssimo que reinará e servirá de
esconderijo para o seu povo (Lc 1.32).
4. O profeta Habacuque também descreveu onde se encontra o esconderi­
jo do Altíssimo, dizendo: “E o seu resplendor era como a luz, raios brilhantes
saíam da sua mão, e ali estava o esconderijo da sua força” (Hb 3.4).
CONCLUSÃO: O próprio Deus Altíssimo se dirigiu ao seu povo, dizendo: “Sou
eu apenas Deus de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de longe? Es-
conder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? — diz o
SENHOR. Porventura, não encho eu os céus e a terra? — diz o SENHOR” (Jr
23.23-24). O único esconderijo que nos deixa verdadeiramente seguro é o Es­
conderijo do Altíssimo!

ANOTAÇÕES
9 DE OUTUBRO

QUATRO CARACTERÍSTICAS DA VERDADEIRA


UNIDADE DA IGREJA
Filipenses 2.2

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve o que é a verdadeira unidade da


Igreja. A palavra unidade no hebraico é “yahad” e significa: unanimidade de
sentimento e afeição; e no grego é “henotes” que significa “unanimidade nas
mesmas verdades de Deus”. A unidade pode ser definida como a capacidade
de juntar diversos aspectos diferentes e torná-los um só. A verdadeira unidade
não consiste em tornar todas as pessoas iguais; mas sim, em reconhecer que há
pessoas que pensam de formas diferentes, e que através do amor de Cristo, estas
diferenças podem ser convergidas para um só propósito, que é glorificar a Deus
e promover o bem comum. A unidade é a conduta ideal que sempre deveria
existir no meio do povo de Deus (SI 133.1). O apóstolo Paulo nos apresentou
quatro expressões que caracterizam a perfeita unidade da Igreja.

I. MESMO PENSAMENTO
1. A primeira característica da perfeita unidade da Igreja é termos um mes­
mo pensamento (Fp 2.2). Pensar a mesma coisa, é deixar de lado as divergências
de opiniões, e desenvolver um só pensamento no sentido de manter o nosso
único foco em Cristo (Fp 3.12-14). A Bíblia revela a unidade de pensamento
que havia em Judá nos dias do rei Ezequias, dizendo: “E em Judá esteve a mão
de Deus, dando-lhes um só coração, para fazerem o mandado do rei e dos prín­
cipes, conforme a palavra do SENHOR.” (2Cr 30.12).
2. O Senhor prometeu operar nos corações dos seus filhos para que todos
tenham um só coração, dizendo: “Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho,
para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos.” (Jr 32.29).
Paulo ainda nos falou desta unidade de pensamento, dizendo: “Todos, pois, que
somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro
modo, também isto Deus vos esclarecerá.” (Fp 3.15).

II. MESMO AMOR


1. A segunda característica da verdadeira unidade da Igreja é termos um
mesmo amor (Fp 2.2). O apóstolo Paulo nos falou de um amor cordial que deve
existir entre os irmãos, dizendo: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com
amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” (Rm 12.10). O após­
tolo Paulo ainda escreveu que: “O amor não pratica o mal contra o próximo; de
sorte que o cumprimento da lei é o amor.” (Rm 13.10).
2. O apóstolo Paulo descreveu a unidade afetiva dos nossos atos, dizendo:
“Todos os vossos atos sejam feitos com amor.” (IC o 16.14). Unidade afetiva é
fazer tudo com amor, e não por obrigação! O apóstolo Paulo ainda nos falou da

576 | 9 DE OUTUBRO
multiplicação deste amor afetivo entre os irmãos, dizendo: “E o Senhor vos faça
crescer e aumentar no amor uns para com os outros e para com todos, como
também nós para convosco,” (lT s 3.12).

III. UNIDOS DE ALMA


1. A terceira característica da verdadeira unidade da Igreja é sermos unidos
de alma (Fp 2.2). Ser unido de alma significa viver a própria unidade do Espírito
que brota do nosso interior. Paulo escreveu aos efésios, dizendo: “esforçando-
-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;” (Ef
4.3). O Senhor Jesus Cristo orou ao Pai por esta unidade espiritual da Igreja,
dizendo: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam
um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados
na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como
também amaste a mim.” (Jo 17.22-23).
2. A Bíblia descreve esta unidade espiritual na alma dos primeiros cristãos,
dizendo: “Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos
por intermédio dos apóstolos.” (At 2.43). O apóstolo Paulo ainda nos falou desta
unidade espiritual, dizendo: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batiza­
dos em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos
nós foi dado beber de um só Espírito.” (IC o 12.13).

IV. MESMO SENTIMENTO


1. A quarta característica da verdadeira e perfeita unidade da Igreja é a uni­
dade sentimental (Fp 2.2). Mais adiante neste mesmo capítulo Paulo reforça este
argumento, dizendo: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus,” (Fp 2.5). Nesta mesma Epístola, Paulo exortou nominalmente
duas irmãs em Cristo que precisavam resolver suas diferenças através da uni­
dade de sentimento, dizendo: “Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o
mesmo no Senhor.” (Fp 4.3).
2. O apóstolo Paulo já havia ensinado a Igreja de Roma sobre esta unida­
de sentimental, dizendo: “Tende o mesmo sentimento uns para com os outros;
em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais
sábios aos vossos próprios olhos.” (Rm 12.16). O apóstolo Paulo ainda ensinou
para os crentes de Roma sobre esta unidade de sentimentos, dizendo: O r a , o
Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com
os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifi-
queis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Rm 15.5-6).
CONCLUSÃO: Que possamos nos esforçar a cada dia para preservar a unidade da
Igreja do Senhor, deixando de lado as questões pessoais e pensando no bem de toda
a comunidade cristã. A unidade nos faz ter uma visão de Reino e não de Tribo.
Quem tem visão de tribo só pensa em si mesmo e nas pessoas de sua raça; porém,
quem tem a visão do Reino de Deus pensa na Igreja do Senhor como um todo!
10 DE OUTUBRO

UMA SANTÍSSIMA TRINDADE MISSIONÁRIA


Mateus 28.19

INTRODUÇÃO: As três Pessoas da Santíssima Trindade desceram ao mundo


para fazer missões. Deus fez o papel do primeiro Missionário quando desceu
até o Jardim do Éden e proclamou o evangelho a toda raça humana, escondida
nos lombos de Adão (Gn 3.15); e, mais adiante anunciou também o Evangelho
a Abraão, dizendo: “Em você serão abençoados todos os povos.” (G1 3.8). De­
pois disso, Deus fez o papel de Agente Missionário quando enviou o seu Único
Filho para evangelizar o mundo, e entregar sua própria vida para salvar a hu­
manidade (Jo 3.16 e Rm 5.8). Jesus Cristo desceu a este mundo e evangelizou a
paz aos que estavam longe e paz aos que estavam perto; porque, por meio dele,
ambos temos acesso ao Pai em um só Espírito (Ef 2.17-18). Quando completou
a missão que o Pai lhe confiou, Jesus Cristo enviou o Espírito Santo como Mis­
sionário para convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-8).
O Espírito Santo também desceu a terra no Dia de Pentecostes, e capacitou a
Igreja para evangelizar o mundo (At 1.8; 2.1-39; 13.1-3; 16.6-10 etc.). Por causa
disso, o Batismo Cristão deve ser feito em Nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo (Mt 28.19). Então, o pecador redimido passa a desfrutar do Amor do Pai,
da Graça do Filho, e da Comunhão do Espírito Santo (2Co 13.13).

I. DEUS PAI FOI O PRIMEIRO MISSIONÁRIO


1. Toda a criação de Deus é importante. Porém, Deus criou o homem de um
modo especial, formando-o a sua imagem e semelhança (Gn 1.26-28). Deus es­
tabelecia um relacionamento de companheirismo e comunhão com Adão e Eva
no jardim do Éden, mediante o amor. Para que Adão e Eva continuassem esse
relacionamento com Deus, teriam apenas de passar na prova de obediência total
a vontade Divina. Porém, nesse caso falharam em sua prova (Gn 2.16-17 e 3.1-8).
2. Deus havia previsto a possibilidade do pecado e idealizado um meio para
resgatar o homem. Foi neste momento que o amor de Deus escreveu na história
da Redenção o seu mais importante capítulo. Deus desceu no Jardim do Éden
naquela tarde sombria, e proclamou como autêntico Missionário, a primeira
mensagem evangelística, conhecida pelos teólogos como “Proto-Evangelho”:
“Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descen­
dente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” (Gn 3.15).
3. Deus estava anunciando Cristo - O Descendente da Mulher que resgataria
os homens da escravidão do pecado e que derrotaria o maior inimigo do homem
- O diabo (G14.4-5 e Hb 2.14). Naquele momento, Deus estava anunciando Cris­
to a todos os descendentes de Adão que havería de nascer do decorrer dos séculos,
e já havia traçado um plano para salvar o homem desde a eternidade (Ef 1.4-5).

578 I 10 DE OUTUBRO
I. JESUS CRISTO - O MISSIONÁRIO ENVIADO POR DEUS AO MUNDO
1. Em João 3.16, encontramos o plano de Deus se concretizando, ao enviar
o seu Único Filho ao mundo, para construir a mais linda história, da redenção
numa inexplicável expressão de amor, a ponto do “Apóstolo do Amor”, que sabe
tão bem descrever a cena apoteótica do Amor de Deus, usar a expressão “de tal
maneira”, como uma forma incompreensível para sintetizar a profundidade do
Amor de Deus ao mundo.
2. O Amor de Deus ultrapassa as fronteiras culturais, raciais e linguísticas.
O Amor de Deus não se restringe a uma raça nação ou grupo cultural. Ele ama a
todos os povos. Deus deseja que todos os homens se arrependam e sejam salvos,
mediante a obra realizada por Jesus Cristo (lT m 2.4-6).
3. Mateus descreve o começo do trabalho evangelizador de Jesus Cristo,
dizendo: “Daí em diante Jesus começou a pregar e a dizer: — Arrependam-se,
porque está próximo o Reino dos Céus.” (Mt 4.17). A Bíblia ainda descreve a
paixão do Missionário Jesus Cristo pelas almas, e o seu desejo do Pai enviar
obreiros para a sua Seara em caráter de urgência (Mt 9.35-38).

III. 0 ESPÍRITO SANTO - 0 PROPAGADOR DAS MISSÕES MUNDIAIS


1. O livro de Atos dos Apóstolos menciona os grandes feitos dos Apóstolos
no início do Cristianismo em Jerusalém. Porém, nós sabemos que, os discípu­
los não fariam nada se antes não fosse obedecido o preceito ensinado por Jesus
Cristo, antes de sua ascensão ao Céu. “Mas vocês receberão poder, ao descer
sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém
como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra.” (At 1.8).
2. Após eles serem cheios do Espírito Santo, o mundo naquela época foi
alcançado pela pregação do Evangelho: E isso se deve ao grande propagador de
Missões - O Espírito Santo. O Espírito Santo é o maior incentivador da obra
missionária. Ele impulsiona, encoraja e chama os missionários (At 13.1-3).
3. O Espírito Santo tanto chama os missionários como também convence
o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Esta é a grande Missão
do Espírito Santo. Era o Espírito Santo quem comandava a Obra Missionária
na Igreja Primitiva, tanto chamando os missionários como delimitando as
áreas geográficas a serem evangelizadas (At 16.6-10). Os Missionários que são
enviados pelo Espírito Santo pregam ao pecador, e o Espírito Santo também
convence o pecador a aceitarem a mensagem que os missionários pregam
(At 8.29-40).
CONCLUSÃO: As três Pessoas da Santíssima Trindade desceram ao mundo
para fazer missões. O Pai desceu no Éden para evangelizar o homem caído
(Gn 3.8-15); o Filho se fez carne e habitou entre nós para salvar o homem
(Jo 1.14 e Jo 3.16-17); o Espírito Santo desceu a terra no Dia de Pentecostes para
habitar na Igreja e convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo, além de
assumir o controle da Evangelização Mundial (Jo 16.7-13 e At 1.8).
11 DE OUTUBRO

OS SÍMBOLOS DO PÃO E DO CÁLICE


ICoríntios 11.26

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a importância do pão e do cálice


da Santa Ceia do Senhor. De acordo com o ensino de Paulo, a Santa Ceia é um
memorial que nos faz lembrar de um passado distante onde Cristo morreu na
Cruz do Calvário para nos salvar, e também nos faz olhar para o presente e
futuro aguardando a sua Vinda Gloriosa a qualquer momento. Cada vez que
comemos o pão e bebemos o cálice estamos proclamando a obra redentora de
Cristo até que Ele venha nos buscar. A Santa Ceia possui dois elementos simbó­
licos da Obra Redentora de Cristo: O pão e o vinho (Mt 26.26-28). O primeiro
homem na história a utilizar esses dois elementos simbólicos da Santa Ceia na
celebração de um culto foi Melquisedeque, o primeiro sacerdote mencionado
na Bíblia quando trouxe pão e vinho e abençoou a Abraão (Gn 14.18-20). O
Senhor Jesus Cristo, que foi constituído também sacerdote segundo a ordem
de Melquisedeque (Hebreus 5.1-10 e 6.19-20), abençoou o pão e o vinho na sua
Última Ceia aqui na terra (Lc 22.19-20).

I. O PÃO SIMBOLIZA O CORPO DE CRISTO PARTIDO POR NÓS


1. O pão é um alimento universal e simboliza todas as necessidades bási­
cas que um ser humano precisa para viver. Jesus Cristo já havia multiplicado o
pão em duas ocasiões para matar a fome de milhares de pessoas (Mt 14.14-21
e Mt 15.29-38). O pão é também símbolo da própria Palavra de Deus que nos
alimenta (Dt 8.3; Mt 4.4).
2. O próprio Jesus Cristo se identificou para o mundo como o Pão da Vida (Jo
6.35 e Jo.6.48). O ser humano come pão todos os dias e nunca enjoa, porque o pão é
o alimento básico de toda humanidade. Jesus Cristo é o Pão Universal que alimenta
todos os seres humanos e nunca nos enjoamos desse maravilhoso pão da vida!
3. Jesus Cristo ainda se revela ao mundo como o Pão Vivo, dizendo: “Eu sou
o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente. E
o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.” (Jo 6.51).
4. A Bíblia revela o habito dos Cristãos Primitivos se reunirem no primeiro
dia da semana para partirem o pão (At 20.7). O apóstolo Paulo nos ensinou o
modo correto de celebração da Santa Ceia, dizendo: “Porque, todas as vezes que
comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que
venha...” (IC o 11.23-26).

II. O CÁLICE SIMBOLIZA O SANGUE DE CRISTO DERRAMADO POR NÓS


1. O segundo elemento da Santa Ceia é o cálice contendo o vinho que sim­
boliza o Sangue de Jesus Cristo que foi derramado por nós pecadores. Lucas

580 | 11 DE OUTUBRO
descreveu a forma simbólica que o cálice representa para nós, dizendo: “Seme­
lhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testa­
mento no meu sangue, que é derramado por vós.” (Lc 22.20). A Bíblia descreve
como a Igreja foi comprada pelo sangue de Cristo, (At 20.28).
2. Paulo nos falou da comunhão que o cálice da benção nos traz, dizendo:
“Não é fato que o cálice da bênção que abençoamos é a comunhão do sangue de
Cristo? E não é fato que o pão que partimos é a comunhão do corpo de Cristo?”
(IC o 10.16).
3. O salmista declarou o Senhor como o seu próprio cálice, dizendo: “O SE­
NHOR é a porção da minha herança e o meu cálice; tu sustentas a minha sorte.” (SI
16.5). Davi ainda disse: “Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus
inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.” (SI 23.5).
4. O salmista jubiloso se expressou, dizendo: “Tomarei o cálice da salvação
e invocarei o nome do SENHOR.” (Sl 116.13). A expressão no original hebraico
traduziría esse texto assim: “Erguerei o cálice da salvação” ou “Levantarei o cá­
lice da salvação”. Para os Judeus, erguer o cálice da salvação ou levantar o cálice
da salvação é proclamar a vitória do Senhor ou proclamar o livramento do Se­
nhor. Quando Jesus Cristo levantou o cálice, Ele estava proclamando sua vitória
e também nossa vitória sobre Satanás, sobre a morte, e sobre o inferno através
do seu precioso sangue! (Rm 5.9; E f 1.7; E f 2.13; Cl 1.3-14; 2Tm 1.10; Hb 2.14;
lPe 1.18-19; 1 Jo.l.7;A p 1.5; Ap 1.17-18; Ap 5.9; Ap 12.11; Ap 22.14).

CONCLUSÃO: Devemos valorizar o culto de Santa Ceia, e jamais arrumarmos


desculpas para nos eximirmos de participar da Mesa do Senhor (Lc 14.16-24).
O próprio Senhor Jesus Cristo deseja cear conosco, dizendo: “Eis que estou à
porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa
e cearei com ele, e ele, comigo.” (Ap 3.20). Muitos de nós só pregamos esta pas­
sagem para o pecador; porém, o convite de Jesus nesta passagem é para a sua
Igreja. Jesus Cristo deseja comungar com todos aqueles que abrem o coração
para Ele entrar!

A N O TA Ç Õ E S

581
12 DE OUTUBRO

LIÇÕES DO DIA DAS CRIANÇAS


Provérbios 22.6

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão orienta os pais a educarem os


seus filhos desde cedo no caminho do Senhor. O “Dia Mundial da Criança” é ofi-
cialmente dia 20 de novembro, data em que a ONU reconhece como o “Dia Univer­
sal das Crianças”, por ser a data em que foi aprovada a “Declaração dos Direitos da
Criança”. Porém, a data efetiva de comemoração do “Dia das Crianças” varia de país
para país. No Brasil, a comemoração se dá dia 12 de outubro, por meio de um de­
creto assinado pelo presidente da República Arthur Bernardes em 1924. Nesta data
importante, as crianças são lembradas através dos generosos presentes dados pelos
pais. Mesmo sendo oficializada desde 1924, esta data só passou a ser celebrada a
partir de 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta
com a Johnson & Johnson para lançar a “Semana do Bebê Robusto” e aumentar as
suas vendas. Embora saibamos que esta data serve mais para movimentar o co­
mércio de brinquedos, o importante são os pais aproveitarem esta data para curtir
melhor os seus filhinhos. O mais apreciado nesta data é o grande valor que a criança
tem para o futuro da nossa sociedade. Pois, Jesus Cristo valorizou todas as crianças.

I. DEUS SEMPRE VALORIZOU AS CRIANÇAS NA ANTIGA ALIANÇA


1. Deus se preocupou desde cedo com a educação espiritual das crianças
(Dt 6.6-7). Deus ordenou aos pais que educassem seus filhos em todo o tempo,
dizendo: “Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e
andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos.” (Dt 11.19).
2. Alguns países estão tirando Deus do coração das crianças, através de seus
ensinamentos ateístas e perniciosos nas escolas, quando seus professores estão
produzindo alunos revoltados e sem religião, e colhendo as consequências de
terríveis chacinas nas escolas provocadas por alunos que invadem escolas ati­
rando e dizimando seus próprios colegas e genitores. A palavra de Deus já se
referia a esta classe de pessoas “desobedientes aos pais”, cujo comportamento foi
influenciado pelos próprios pais e educadores irresponsáveis (2Tm 3.1-5). Deus
sempre valorizou a educação das crianças através das Escrituras.
3. As crianças são alvos do cuidado divino desde o ventre materno. O sal-
mista revelou o cuidado de Deus para com ele desde o ventre materno, dizendo:
“Em ti me tenho apoiado desde o meu nascimento; do ventre materno tu me
tiraste, tu és motivo para os meus louvores constantemente.” (SI 71.6).
4. O profeta Jeremias revela como Deus lhe escolheu desde o ventre mater­
no, dizendo: “A mim me veio, pois, a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que
eu te formasse no ventre materno, eu te conhecí, e, antes que saísses da madre,
te consagrei, e te constituí profeta às nações.” (Jr 1.4-5). Joás e Josias foram es-

582 | 12 DE OUTUBRO
colhidos como reis de Judá quando ainda eram crianças (2Rs 11.21 e 2Cr 34.1).
Samuel e Jeremias foram escolhidos como profetas por Deus, ainda crianças
(ISm 2.18 e Jr 1.4-8).

II. JESUS CRISTO TAMBÉM VALORIZOU MUITO AS CRIANÇAS NA NOVA


ALIANÇA
1 .0 Nosso Senhor Jesus Cristo valorizou a todas as crianças, dizendo: “Dei­
xai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o Reino de
Deus” (Mc 10.14). Jesus Cristo declarou as crianças como integrantes naturais
do Reino dos Céus, dizendo: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes
e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”
(Mt 18.3).
2. Jesus Cristo usou a criança como exemplo de humildade e simplicidade,
dizendo: “Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior
no reino dos céus” (Mt 18.2,4). Jesus Cristo pegava as crianças nos seus braços,
e impondo-lhes as mãos, as abençoava (Mc 10.16).
3. A palavra de Deus descreve o desenvolvimento perfeito do Menino Jesus,
dizendo: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos
homens” (Lc 2.52).
4. Jesus Cristo valorizou o nascimento de uma criança ao descrever a ale­
gria que acontece quando uma criança vem ao mundo (Jo 16.21). O apóstolo
Paulo aconselhou os pais a educarem seus filhos da forma correta, dizendo: “E
vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na ad-
moestação do Senhor” (Ef 6.4).
CONCLUSÃO: A Bíblia sempre exalta a importância da criança, e o próprio
Deus sempre valorizou a criança, escolhendo muitos reis e profetas ainda crian­
ças para o desempenho de grandes tarefas no meio do seu povo. Portanto, não
esqueçamos que, foi o lanche de uma simples criança entregue nas mãos de
Jesus Cristo que Ele usou para multiplicar e alimentar uma multidão de mais de
5 mil homens (Jo 6.8-12).

A N O TA Ç Õ E S

583
13 DE OUTUBRO

A IMPORTÂNCIA DO BATISMO NAS ÁGUAS


Marcos 16.16

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor Jesus Cristo reconhece o batismo


como algo importante para a salvação. Embora, o batismo por si só não salve
as pessoas; ele é uma ordenança de Jesus Cristo para que o convertido assuma
através deste ritual que é um seguidor dos seus mandamentos. O batismo é uma
demonstração pública que houve o arrependimento dos pecados por parte da­
quela pessoa batizada, e que a mesma está sepultando através daquele ato a velha
natureza pecaminosa, e ressuscitando com uma nova natureza em Cristo. A pa­
lavra “batismo” vem do grego “baptizo” e possui o sentido de “imergir”, “banhar”,
“lavar”, ou “purificar”, conforme utilizado pelos escritores sagrados no Novo Tes­
tamento. O termo grego “baptizo” nos traz literalmente a ideia de “mergulhar”;
e, por isso acreditamos que o batismo correto deve ser por imersão e não por
aspersão. Na aspersão as pessoas são apenas aspergidas pela água; porém na
imersão, as pessoas são mergulhadas na água e levantadas em seguida da mesma
água, nos trazendo a ideia de “sepultamento do velho homem e ressurreição do
novo homem”, o que condiz melhor com o significado pleno da palavra batismo.

I. A ORIGEM DO BATISMO NAS ÁGUAS


1. O primeiro personagem bíblico associado ao batismo nas águas foi João
Batista (Mt 3.1-6). Seu próprio sobrenome “Batista”, ficou vinculado ao seu nome
devido a este importante ritual pregado e praticado por ele. O arrependimento é
sempre o pré-requisito necessário para o batismo nas águas; pois, ao observar que
vinham fariseus e saduceus ao batismo; João Batista pregava um discurso muito
duro, dizendo: “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Pro­
duzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mes­
mos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode
suscitar filhos a Abraão.” (Mt 3.7-9).
2. João Batista não se impressionava com nenhuma classe de pessoas por mais
privilegiada que fosse - A senha era a seguinte: “Arrependei-vos” (Mt 3.2). Alguns
estudiosos afirmam que João Batista havia tido contato com os Essênios (um grupo
religioso entre os judeus, que tinha sua própria interpretação das Escrituras e queria
manter a pureza do judaísmo, e havia aprendido com eles a prática do batismo). Os
essênios eram uma comunidade bastante fechada e alguns se isolavam no deserto
em busca de purificação e praticavam o batismo nas águas para se purificarem.
3. Alguns estudiosos também acreditam que o batismo nas águas pode ter
também a sua origem nos rituais de purificação que as pessoas imundas eram
submetidas através da água purificadora prevista na legislação mosaica (Nm
19.1-20).

584 | 13 DE OUTUBRO
4. O profeta Ezequiel já havia previsto uma purificação espiritual através da
água pura, seguida de uma grande transformação nas pessoas, dizendo: “Então,
aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imun-
dícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e
porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei
coração de carne.” (Ez 36.25-26)

II. 0 BATISMO É 0 PRIMEIRO RITUAL DE PURIFICAÇÃO DA NOVA ALIANÇA


1. O batismo nas águas é tão importante que, além de ser o primeiro ritual
de purificação dos pecados apresentado no Novo Testamento, o próprio Jesus
Cristo se submeteu ao batismo para nos deixar o seu exemplo e incluiu o batis­
mo nas suas ordenanças aos seus discípulos (Mt 3.16-17). A própria Trindade
Santa aprovou o batismo nas águas!
2. Jesus Cristo também queria que a Santíssima Trindade estivesse presente
no batismo nas águas dos seus seguidores, e ordenou aos seus apóstolos, dizen­
do: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas
que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consuma­
ção do século.” (Mt 28.19-20).
3. Jesus Cristo novamente incluiu o batismo na Grande Comissão, dizendo:
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for ba­
tizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.” (Mc 16.15-16). Após
serem tocadas pela pregação de Pedro no Dia de Pentecostes, as pessoas per­
guntaram, dizendo: “Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrepen­
dei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão
dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2.37-29).
4. Os que se convertiam com a pregação de Filipe, “iam sendo batizados,
assim homens como mulheres.” (At 8.12). Após o Eunuco crê em Jesus Cristo
como Filho de Deus “Filipe batizou o eunuco.” (At 8.26-39). Saulo, após se con­
verter ao Senhor no caminho de Damasco “A seguir, levantou-se e foi batizado.”
(At 9.1-18). Após Cornélio e toda a sua família se converterem após a pregação
de Pedro “ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo” (At 10.48).
Portanto, o batismo é necessário para todos aqueles que aceitam a Jesus Cristo
como o seu Salvador!

CONCLUSÃO: Paulo afirmou que estas foram as palavras que ele ouviu de Ana­
nias quando foi orar por ele após seu encontro com Jesus Cristo no caminho
de Damasco: “E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava
os teus pecados, invocando o nome dele.” (At 22.16). Paulo também empregou
uma figura de linguagem envolvendo a água e a palavra para retratar a santifi­
cação da Igreja (Ef 5.25-27). Portanto, o batismo nas águas é um ritual essencial
para todos aqueles que se convertem a Cristo!
14 DE OUTUBRO

O VERDADEIRO CULTO É OFERECIDO SOMENTE A DEUS


Lucas 4.8

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado é uma resposta de Jesus Cristo ao Diabo,


deixando bem claro que a adoração e o culto são atos que podem ser ofereci­
dos exclusivamente a Deus. A palavra “culto” deriva do Latim, “cultu”, e signi­
fica adorar, honrar ou homenagear a Deus. O vocábulo hebraico para “culto”
é “shachah” e significa “inclinar-se” ou “prostrar-se” (Is 66.22); e, ainda existe
um termo hebraico conhecido como “abad”, que nos traz a ideia de “servir”
(Êx 3.12); enquanto que no original grego, a palavra para “culto” é “proskuneo”,
e significa “abaixar-se para beijar”, “prostrar-se para adorar”, “reverenciar” ou
“homenagear” (Jo 4.24); e ainda existe outro termo no grego conhecido como
“latreia”, que possui também o mesmo equivalente de “servir” (Mt 4.10). O teó­
logo suíço Karl Barth (1886-1968), afirmou, certa vez, que o culto cristão é o
ato mais relevante e glorioso na vida do homem. Todo culto oferecido a Deus é
acompanhado de sua liturgia própria.

I. A LITURGIA DO CULTO DEVE SER ACOMPANHADA DE ORGANIZAÇÃO


1. A palavra “liturgia” é originária do termo grego “leitourgia”. Este, por seu tur­
no, é formado por dois vocábulos: “leitos”, que significa “público” e “ergon”, que signi­
fica “serviço” ou “trabalho”. A “liturgia” significa serviço público. Na Grécia, o termo
era usado para designar uma função administrativa em órgão governamental. Desde
a sua origem, a liturgia tem uma forte conotação com o serviço que os súditos devem
prestar ao rei. No caso da Igreja, a liturgia do culto é um serviço de adoração que os
crentes prestam a Jesus Cristo - O Rei dos reis. Lucas escreveu como era o culto na
Igreja Primitiva, dizendo: “Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam
pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração,
louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acres­
centava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (At 2.46-47)
2 .0 apóstolo Paulo combateu a falta de liturgia que havia em Corinto quan­
do os crentes se reuniam, dizendo: “Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos
louvo, porquanto vos ajuntais não para melhor, e sim para pior. Porque, antes
de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja;
e eu, em parte, o creio.” (IC o 11.17-18).
3. O apóstolo Paulo ainda condenou a falta de organização na liturgia do
culto de Santa Ceia em Corinto, dizendo: “Quando, pois, vos reunis no mesmo
lugar, não é a ceia do Senhor que comeis. Porque, ao comerdes, cada um toma,
antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há
também quem se embriague. Não tendes, porventura, casas onde comer e be­
ber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que
vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto, certamente, não vos louvo.” (IC o 11.20-22).

586 | 14 DE OUTUBRO
4. Após ensinar os crentes de Corinto sobre a organização que deve existir
na liturgia do culto de Santa Ceia e no culto público, o apóstolo Paulo exortou
a terem organização na liturgia do culto, dizendo: “Tudo, porém, seja feito com
decência e ordem.” (IC o 14.40). O apóstolo Paulo ainda ensinou a Igreja de
Colossos como deve ser a liturgia de um culto, dizendo: “Habite, ricamente,
em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda
a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com
gratidão, em vosso coração.” (Cl 3.16).

II. O CULTO DEVE SER OFERECIDO EXCLUSIVAMENTE A DEUS


1. O culto oferecido a Deus é muito importante, e existe desde que o ho­
mem foi criado. Cada incenso oferecido a Deus, e cada oferta oferecida sobre o
altar era a maneira primitiva dos homens adorarem a Deus (Gn 4.3-5; Gn 8.20;
Gn 12.7-8, etc...).
2. A Palavra de Deus proíbe explicitamente se oferecer culto às imagens de
escultura que representam deuses pagãos: “Não farás para ti imagem de escul­
tura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na
terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto;
porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos
pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço
misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus man­
damentos.” (Êx 20.4-6).
3. A Bíblia revela os filhos de Israel quebrando este mandamento do Senhor
e sofrendo terríveis consequências, dizendo: O s filhos de Israel fizeram o que
era mau perante o SENHOR e se esqueceram do SENHOR, seu Deus; e ren­
deram culto aos baalins e ao poste-ídolo. Então, a ira do SENHOR se acendeu
contra Israel, e ele os entregou nas mãos de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia;
e os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim oito anos.” (Jz 3.7-8).
4. O salmista revelou como devemos prestar o nosso culto ao Senhor, dizen­
do: “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao SENHOR com ale­
gria, apresentai-vos diante dele com cântico.” (SI 100.1-2). Jesus Cristo respondeu
a Mulher Samaritana que o lugar de se prestar um culto de adoração a Deus não
está mais restrito há um lugar específico, dizendo: “Mas vem a hora e já chegou,
em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; por­
que são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa
que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.20-24).
CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo ensinou a oferecermos a Deus o verdadeiro
culto racional (Rm 12.1). Desde os primórdios da raça humana, o homem pres­
ta cultos ao Verdadeiro Deus; porém, após o pecado, o homem se afastou do
Verdadeiro Deus e passou a oferecer culto às divindades pagãs. Porém, Jesus
Cristo deixou muito claro para Satanás: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a
ele darás culto.” (Mt 4.10). Adoração Verdadeira e Culto Verdadeiro só se for
oferecido ao Senhor Deus Todo-Poderoso (Ap 14.6-7).

587
15 DE OUTUBRO

LIÇÕES DO DIA DO PROFESSOR


Gá latas 6.6

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo ensina ao aluno a honrar


aquele que o instruiu. No dia 15 de outubro comemora-se o Dia do Professor.
Professor ou docente é uma pessoa que ensina uma ciência, arte, técnica ou
outro conhecimento. Para o exercício dessa profissão, requer-se qualificações
acadêmicas e pedagógicas, para que consiga transmitir e ensinar a matéria de
estudo da melhor forma possível ao aluno. É uma das profissões mais antigas
e mais importantes, tendo em vista que as demais, na sua maioria, dependem
dela. O filósofo grego Platão já alertava para a importância do papel do profes­
sor na formação do cidadão, e o próprio termo “academia” ou “acadêmico” é
oriundo da escola fundada por Platão em 387 A.C onde ele lecionou até aos 81
anos. No dia 15 de outubro de 1827, Dom Pedro I baixou um Decreto Imperial
que criou o Ensino Elementar no Brasil. O decreto dizia que: “Todas as cidades,
vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. A data deste decreto
foi estabelecida como o Dia do Professor. Durante seu período de formação,
esse profissional desenvolve habilidades que o ajudará a lidar com crianças e
jovens que estão em fase escolar, como metodologias de trabalho e didática de
ensino. A Bíblia sempre recomenda honrar as pessoas que se esmeram em ensi­
nar e instruir os outros (G16.6).

I. A IMPORTÂNCIA DOS PROFESSORES E MESTRES NA HISTÓRIA


1. O primeiro professor da história universal, foi aquele que deu a primei­
ra instrução para alguém. De acordo com Bíblia Sagrada, Deus foi o primeiro
instrutor do homem (Gn 2.16-17). Portanto, Deus foi o primeiro professor da
história. Entretanto, os primeiros professores humanos são os nossos próprios
pais. São os pais que ensinam os seus filhos até saberem andar sozinhos, e con­
tribuem para a formação do seu caráter. Com o surgimento das sociedades,
as mesmas se transformaram em Estados Soberanos, os quais se tornaram de­
tentores da educação popular. Entretanto, a nossa educação começa no lar. O
sábio Salomão sabia da importância dos pais como professores dos seus filhos,
dizendo: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for
velho, não se desviará dele” (Pv 22.6).
2. O mesmo sábio Salomão, que se tornou o próprio símbolo da sabedoria,
reconheceu a importância dos pais em sua formação intelectual, dizendo: “Quan­
do eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único diante de minha mãe, en­
tão, ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda
os meus mandamentos e vive; adquire a sabedoria, adquire o entendimento e não
te esqueças das palavras da minha boca, nem delas te apartes” (Pv 4.3-5).

588 | 15 DE OUTUBRO
3. O Sábio Salomão continuou nos instruindo, dizendo: “Dá instrução ao
sábio, e ele se fará mais sábio ainda; ensina ao justo, e ele crescerá em prudência”
(Pv 9.9). A história revela que cada príncipe ou filho da nobreza, possuía um
instrutor e educador que contribuía para a sua educação. Alexandre Magno, o
grande general grego-macedônio, tinha nada menos que o grande filósofo Aris­
tóteles como o seu mentor e instrutor intelectual. Desde os primórdios, o alto
ensino sempre foi privilégio mesmo da nobreza.
4. Antigamente, não só os pais eram responsáveis pela educação da crian­
ça; como também, os professores influenciavam na formação intelectual, moral
e até religiosa da criança. Porém, hoje, com a visão puramente mercantilista
do mundo, os professores se preocupam apenas com a formação intelectual e
profissional dos seus alunos, deixando de lados muitos valores morais e espiri­
tuais, que contribuem tão bem para a formação do caráter das pessoas. A con­
sequência deste descuido, é o surgimento de alunos revoltados, desafeiçoados,
desobedientes aos pais como o sábio apóstolo Paulo já havia previsto há muitos
séculos atrás (2Tm 3.1-5). Esse é o grande desafio dos educadores. O desafio de
não apenas formar profissionais para o mercado de trabalho; mas sim, formar
pessoas humanas e respeitadoras.

II. A IMPORTÂNCIA DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO CRISTÃ


1. Em 1780, Robert Raikes, um homem de profundas convicções religiosas,
fundou uma escola que funcionava aos domingos, porque as crianças e os jovens
trabalhavam 6 dias por semana, durante 12 horas, tornando-se o fundador da Es­
cola Dominical. Usava a Bíblia como livro de estudo, cantava com os alunos e m i­
nistrava-lhes, também, lições de boas maneiras, de moral e civismo. O professor
Robert descobriu que o abandono em que viviam as crianças pobres da localidade,
eram um estímulo à prática do crime: “Que perversos os meninos de Gloucester!
Depredavam propriedades e infestavam as ruas, tornando-as perigosas com as
calamidades deles”. Porém, o efeito da Escola Dominical foi tão poderoso, que, 12
anos após sua fundação, não havia um só criminoso na sala dos réus dos tribunais
de Gloucester, quando a média antes era 50 a 100 em cada julgamento.
2. O historiador John Richard Green afirmou o seguinte: “As Escolas Domi­
nicais fundadas pelo Sr.Raikes, no final do século XVIII, originaram o estabeleci­
mento da educação popular”. A ética e moral cristã precisam voltar com urgência
para as nossas salas de aula, se quisermos formar uma geração melhor para o
futuro. Paulo exalta o grande valor que a palavra de Deus possui na educação
das pessoas, dizendo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3.16).
3. Jesus Cristo, o Mestre dos mestres, e Professor dos professores, afirmou
que: “O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do
mau tesouro tira coisas más” (Mt 12.35). O verdadeiro professor é esse homem
bom que tira de seu bom tesouro de conhecimento coisas boas para ensinar aos
seus alunos.

589
4. Jesus Cristo ainda afirmou que: “Todo escriba versado no reino dos céus
é semelhante a um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas
velhas” (Mt 13.52). Os escribas eram os professores da época, os quais tinham a
chave do conhecimento. Neste texto, Jesus Cristo quis dizer que, o escriba ver­
sado, preparado, e bem exercitado na palavra de Deus, é semelhante a um pai de
família que tem armazenado em seu depósito muitas coisas. Da mesma forma,
o professor precisa ter um bom acervo cultural em sua casa, onde possa tirar
coisas novas, velhas, e boas para instruir melhor os seus alunos.
CONCLUSÃO: Os próprios opositores reconheciam Jesus Cristo como um Mes­
tre que só ensinava o caminho correto as pessoas (Mt 22.16). O sábio Salomão
escreveu sobre a importância do professor, dizendo: “O ensino do sábio é fonte
de vida, para que se evitem os laços da morte.” (Pv 13.14). Que os trabalhos dos
professores sejam reconhecidos e valorizados por todos nós a cada dia, pois
educam as pessoas no caminho do bem. O profeta Daniel descreveu qual será a
recompensa dos que ensinam o bem às pessoas, dizendo: “Os que forem sábios,
pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos condu­
zirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente” (Dn 12.2). A função
primordial do sábio é conduzir as pessoas ao caminho da justiça.

A N O TA Ç Õ E S

590 | 15 DE OUTUBRO
16 DE OUTUBRO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO


Salmo 136.25

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela que o nosso Deus é quem provê
o alimento para toda a humanidade através da abundância de recursos naturais
que Ele criou para o homem. O dia 16 de Outubro é lembrado como o Dia
Mundial da Alimentação. Esta comemoração, que teve início em 1981, é na
atualidade celebrada em mais de 150 países como importante data para cons­
cientizar a opinião pública sobre a questões da nutrição e alimentação. O Nosso
Deus é quem alimenta toda a humanidade. Na verdade, o Bondoso Pai Celestial
nos colocou para habitar em um planeta com muita fartura e diversidade de
alimentos. O alimento é definido como toda a substância que serve para a nu­
trição dos seres vivos. As Escrituras mencionam alimentos vegetais como: ce­
reais, verduras, legumes e frutas; como também alimentos animais da terra, das
águas, e dos ares. Inicialmente os homens se alimentavam de produtos vegetais
(Gn 1.29). Depois do Dilúvio, Deus deu-lhes permissão para comerem dos pro­
dutos alimentícios de origem animal (Gn 9.3). Deus criou tudo com fartura e
abundância, sendo até incompatível com a abundância que Deus criou, pessoas
passando fome e sofrendo desnutrição ao redor do mundo.

I. O DEUS QUE ALIMENTA TODA A HUMANIDADE


1. Nos EUA, há uma tribo de índios, conhecidos como os índios de pele ver­
melha, que assistimos muito nos antigos filmes. O governo soube que muitos de­
les estavam morrendo de fome, o que seria vergonhoso para uma nação tão rica
ter os seus cidadãos morrendo de fome. Então, descobriu-se que não estavam
plantando, pois, não tinham sementes para plantar. O governo enviou semen­
tes para eles plantarem. Passando algum tempo, o governo recebeu a notícia que
continuavam morrendo de fome; e, ao verificar, descobriram que eles estavam
comendo as sementes, em vez de plantarem as sementes. Da mesma forma acon­
teceu com o homem na terra, Deus deixou sementes de toda espécie para o ho­
mem plantar; e, quando eles comem a semente, só se alimentam naquele instante.
Porém, quando se planta a semente, se tem colheita para muitos anos (Gn 1.29).
2. Deus criou a habitação do homem com fartura: “Do solo fez o Senhor
Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e tam­
bém a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do
mal” (Gn 2.9). O Senhor Deus ainda disse: “Tudo o que se move e vive ser-vos-á
para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora” (Gn 9.3). Deus
enviou do céu o pão para alimento dos filhos de Israel no deserto (Êx 16.15).
3. O Senhor Deus prometeu abençoar o alimento do seu povo, dizendo:
“Servireis ao Senhor, vosso Deus, e Ele abençoará o vosso pão e a vossa água;
e tirará do vosso meio as enfermidades” (Êx 23.25). O Senhor Deus fez uma
grandiosa promessa de alimentação mundial, dizendo: “Abençoarei com abun­
dância o seu mantimento e de pão fartarei os seus pobres” (SI 132.15).
4 .0 próprio Deus faz uma pergunta intrigante a Jó, dizendo: “Quem prepara aos
corvos o seu alimento, quando os seus pintainhos gritam a Deus e andam vaguean­
do, por não terem que comer?” (Jó 38.41). Na verdade, se Deus ouve até o grito dos
desprezíveis filhos do corvo, preparando-lhes o alimento, como não ouvirá também
os gritos dos seus filhos que são bem mais importantes que os corvos? (Mt 6.26).

II. É DEUS QUEM GARANTE A PROVISÃO DE ALIMENTOS PARA 0 HOMEM


1. O salmista reconheceu que dependemos do Senhor para provê o nosso ali­
mento, dizendo: “Em ti esperam os olhos de todos, e tu, a seu tempo, lhes dás o ali­
mento” (SI 145.15). O Senhor Jesus Cristo revelou o cuidado do Pai Celestial para
conosco, dizendo: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao
que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.
Não é a vida mais que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observais as aves
do céu; não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai Ce­
leste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mt 6.25-26).
2. O apóstolo Paulo descreveu Deus como o provedor do alimento para a
humanidade, dizendo: O r a , aquele que dá semente ao que semeia e pão para
alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os fru­
tos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual
faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus” (2Co 9.10-11).
3. O apóstolo Paulo ainda descreveu Deus como o provedor de todas as
nossas necessidades, dizendo: “O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória,
há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp 4.19).
4. Lucas descreveu Jesus Cristo matando a fome de milhares de pessoas atra­
vés da multiplicação de pães e peixes (Lc 9.12-13). Alguns arrumam a desculpa
de Filipe, ao dizerem que custa muito caro comprar alimento para tanta gente (Jo
6.7). Porém, Jesus multiplicou os pães e os peixes, e alimentou com sobra toda a
multidão de homens, mulheres e crianças (Lc 9.14-17). Jesus Cristo alimentou o
corpo e a alma das pessoas. Ele deu pão material e pão espiritual ao povo (Jo 6.1-
15 e 6.35-48). Precisamos também alimentar o mundo com a palavra de Deus!

CONCLUSÃO: O Deus Todo-Poderoso é o alimentador, provedor, e sustentador do


Universo. É Deus quem manda a chuva para regar a terra, e que prepara o alimento
para o homem. O salmista reconheceu isso, e disse: “Tu visitas a terra e a regas; tu a
enriqueces copiosamente; os ribeiros de Deus são abundantes de água; preparas o
cereal, porque para isso a dispões, regando-lhe os sulcos, aplanando-lhe as leivas. Tu
a amoleces com chuviscos e lhe abençoas a produção. Coroas o ano da tua bondade;
as tuas pegadas destilam fartura” (SI 65.9-11).

592 | 16 DE OUTUBRO
17 DE OUTUBRO

LIÇÕES DO DIA DO ELETRICISTA


Salmo 27.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista descreve o Senhor como a sua


verdadeira luz. O dia 17 de outubro é lembrado como o Dia do Eletricista. São
esses profissionais que nos auxiliam com a instalação desde uma simples lâm­
pada, até toda a rede elétrica de um edifício. Segundo uma lenda: Um eletricis­
ta, um jardineiro, e um carpinteiro começaram a discutir qual a profissão mais
antiga do mundo. O jardineiro defendeu sua profissão como a mais antiga, ao
afirmar que Adão foi o primeiro jardineiro. O carpinteiro defendeu a sua pro­
fissão como a mais antiga, ao afirmar que Noé foi o primeiro carpinteiro ao
construir a arca. Já o eletricista, arrematou o assunto ao afirmar que Deus foi
o primeiro “Eletricista” da história, quando acendeu a primeira lâmpada do
Universo, dizendo: “Haja Luz; e houve luz” (Gn 1.3). Sendo assim, o jardineiro
e o carpinteiro não tiveram mais o que dizer. A eletricidade é responsável por
fornecer luz e energia para fazer todo o motor do mundo girar. A “Luz” é sím­
bolo da verdade e da transparência. A luz é também o símbolo da presença de
Deus e da justiça. A luz revela o oculto e o escondido. Portanto, a luz simboliza
tudo o que é bom e perfeito. A luz traz esclarecimento. Portanto, a luz liberta o
homem da escuridão e da ignorância espiritual.

I. A IMPORTÂNCIA DA LUZ NO ANTIGO TESTAMENTO


1. No Antigo Testamento, Deus sempre é mostrado como a fonte da luz
(SI 27.1; Dn.2.22). A luz foi a primeira coisa que Deus criou (Gn 1.3). Deus viu
que a luz era boa, e fez separação entre a luz e as trevas (Gn 1.4). Aí começou a
se estabelecer o grande contraste entre a luz e as trevas. A luz passou a ser vista
como algo positivo, e as trevas como algo negativo. O Dia passou a ser associado
com a luz, e as trevas passou a ser associada com a Noite (Gn 1.5).
2. O nascimento de uma criança começou a simbolizar também o nascer
de uma luz (Gn 3.16 e 4.1-2). Mais tarde, Jesus Cristo, a Verdadeira Luz, nasceu
para iluminar este mundo de trevas (Mt 4.16; Lc.2.8-11 e Jo.8.12). Moisés nos
apresentou o azeite como fonte de eletricidade para o Candelabro fornecer luz
para o Tabernáculo (Êx 25.6 e 27.20). Davi nos apresentou o Senhor como uma
Lâmpada que derrama luz nas nossas trevas (2Sm 22.29). Davi ainda descreveu
o Senhor como a Luz da manhã, quando sai o sol (2Sm 23.4).
3. A Palavra de Deus descreve a Luz Divina dissipando as trevas dos nossos
caminhos, dizendo: “Se projetas alguma coisa, ela te sairá bem, e a luz brilhará
em teus caminhos” (Jó 22.28). O salmista descreveu a Palavra de Deus como luz
e lâmpada, dizendo: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os
meus caminhos.” (SI 119.105).
4. O sábio Salomão afirma que: A vereda dos justos é como a luz da aurora
(Pv 4.18). O sábio Salomão ainda afirmou que: “A luz dos justos brilha intensa­
mente, mas a lâmpada dos perversos se apagará” (Pv 13.9). “Levanta-te, resplan­
dece, porque já vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti.” (Is
60.1). O Senhor será a nossa Luz perpétua (Is 60.20).

II. A IMPORTÂNCIA DA LUZ NO NOVO TESTAMENTO


1. No Novo Testamento, Jesus Cristo sempre é retratado como a própria
Luz em Pessoa (Jo 8.12 e 9.5). A região de Nazaré que Jesus Cristo foi criado era
conhecida como uma região de trevas e sombras de morte até que Jesus Cristo
resplandeceu naquela região escura dissipando todas as trevas (Mt 4.16). Nós
somos a luz do mundo, e a nossa luz deve brilhar diante dos homens (Mt 5.14-
15). Jesus Cristo ainda nos classificou como “filhos da luz” (Lc 16.8).
2. João Batista veio para testificar da Verdadeira Luz que ilumina a todo o
homem (Jo 1.8-9). Jesus Cristo - A Verdadeira Luz afirmou que: “O julgamento
é este: Que a Luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a
Luz; porque as suas obras eram más” (Jo 3.19).
3. O Senhor Jesus Cristo se apresentou como o Iluminador do Universo,
dizendo: “Eu sou a Luz do Mundo, quem me segue não andará nas trevas; pelo
contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12). O apóstolo Paulo afirmou que Deus o
levantou para abrir os olhos dos gentios para se converterem das trevas para a
luz e da potestade de Satanás para Deus (At 26.18).
4. O apóstolo Paulo afirmou que devemos nos revestir das armas da luz
(Rm 13.12). Paulo ainda afirmou que o Senhor trará à luz todas as coisas que es­
tão ocultas (IC o 4.5). O apóstolo João afirmou que: “Deus é Luz, e não há Nele
treva alguma” ( ljo 1.5). O apóstolo João ainda escreveu que: “Se, porém, andar­
mos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” ( ljo 1.7).
CONCLUSÃO: Na Nova Jerusalém, não precisaremos da luz de candeia, e nem
da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre nós, e será a nossa Luz Per­
pétua (Ap 22.5). Como “filhos da luz” que somos, a luz de Cristo deve sempre
resplandecer em nossas vidas, para que o Pai seja glorificado com o brilho de
nossa luz diante dos homens (Mt 5.16).

594 | 17 DE OUTUBRO
18 DE OUTUBRO

LIÇÕES DO DIA DO MÉDICO


Colossenses 4.14

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo envia uma saudação de Lu­
cas, o médico amado. O dia 18 de outubro é comemorado o Dia do Médico no
Brasil e em vários outros países. Esta data foi escolhida por ser o dia consagrado
a São Lucas, o “amado médico”. Segundo os estudiosos, Lucas teria estudado me­
dicina em Antioquia, além de ser pintor, músico e historiador; um dos mais inte­
lectuais discípulos de Cristo. A tradição de ter Lucas como o patrono dos médicos
se iniciou por volta do século XV. O Doutor Lucas, o Evangelista, teria nascido no
início do século I, na cidade de Antioquia-Orontes (Antakya/Turquia). Teria sido
um médico bondoso, abnegado e dedicado aos pacientes. Tornou-se discípulo dos
apóstolos e teria seguido o apóstolo Paulo até seu martírio. Lucas escreveu um dos
Quatro Evangelhos, e também o livro de Atos dos Apóstolos e teria morrido aos
84 anos. O médico é um dos mais importantes profissionais presentes em nossa
sociedade. Sua função está ligada à manutenção e restauração da saúde. Este pro­
fissional utiliza o saber específico, técnicas e abordagens que lhe permitem promo­
ver a saúde e o bem-estar físico, mental e social dos indivíduos. A Bíblia faz muitas
referências ao médico, e também apresenta Deus como o Médico dos médicos.

I. DEUS É 0 MÉDICO DO SEU POVO NO ANTIGO TESTAMENTO


1. A primeira menção aos médicos na Bíblia se deu quando estes profis­
sionais são citados no processo de embalsamento do corpo de Jacó no Egito
(Gn 50.2). Moisés era formado em todas ciências do Egito, dentre as quais se
destacavam: a Medicina, a Metafísica, e a Geometria. Deus se apresentou como
o Médico do seu povo, dizendo: “Eu sou o Senhor que te sara” (Êx 15.26). Os
estudiosos chamam ao Senhor neste texto de “Yhaweh-Rafá” - O Senhor que te
sara ou “Yhaweh- Ropheka” - O Senhor é o teu Médico.
2. As Escrituras registram o rei Asa recorrendo aos médicos, dizendo: “No
trigésimo nono ano do seu reinado, caiu Asa doente dos pés; a sua doença era em
extremo grave; contudo, na sua enfermidade não recorreu ao Senhor, mas con­
fiou nos médicos” (2Cr 16.12). Para o judeu piedoso, o Senhor era em primeira e
última instância o Médico do seu povo. Daí o fato desta referência acerca do rei
Asa. Para alguns, a medicina antiga estava muito associada à feitiçaria. Portanto,
o Escritor Sagrado não está criticando a consulta aos médicos profissionais; e
sim, aos que utilizavam técnicas de magia na suposta cura dos pacientes.
3. O patriarca Jó se dirigiu aos seus amigos, dizendo: “Vós, porém, besun­
tais a verdade com mentiras e vós todos sois médicos que não valem nada” (Jó
13.4). Ou seja, ao não apresentarem um diagnóstico verdadeiro do problema de
Jó, os amigos de Jó eram tidos como médicos inúteis.
4. O salmista Davi também reconheceu o Senhor como o Médico do seu
povo (SI 103.3-5). O salmista ainda descreveu o Senhor como o Médico do seu
povo, dizendo: “Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes
era mortal” (SI 107.20). A Bíblia reconhece a importância do médico para a
cura das pessoas, dizendo: “Acaso, não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá
médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo?” (Jr 8.22). A
medicina é uma profissão de meio e não de fim; por isso, espera que os médicos
empreguem todos os seus esforços para salvar a vida das pessoas!

II. JESUS CRISTO É O MÉDICO DO SEU POVO NO NOVO TESTAMENTO


1. No Novo Testamento, Jesus Cristo é o Médico por excelência. O profe­
ta Isaías já havia previsto a vinda do Messias trazendo cura e perdão para as
pessoas (Is 53.3-4). O Evangelista Mateus descreveu Jesus Cristo trazendo cura
para todos os doentes, dizendo: “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas
sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e
enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe,
então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos; ende-
moninhados, lunáticos e paralíticos. E Ele os curou” (Mt 4.23-24).
2. Marcos escreveu que: A Mulher do Fluxo de Sangue “muito padecera à
mão de vários médicos, tendo dispendido tudo quanto possuía, sem, contudo,
nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior” (Mc 5.26). A medicina tam­
bém só vai até um certo limite. Somente Jesus Cristo, o Médico dos médicos, é
que vai além da medicina.
3. Jesus Cristo pronunciou um antigo provérbio médico que dizia o seguin­
te: “Médico, cura-te a ti mesmo” (Lc 4.23). O médico cura outras pessoas; mas a
si mesmo, muitas vezes, não pode curar-se. O Doutor Lucas também registrou a
importância que Jesus deu aos médicos, dizendo: O s sãos não precisam de m é­
dico, e sim os doentes” (Lc 5.31). Os médicos só fazem o possível. O impossível
somente Deus pode fazer!
4. O apóstolo Paulo tinha sempre o Doutor Lucas ao seu lado quando redi­
gia da prisão as suas Epístolas, e escreveu, dizendo: “Saúda-vos Lucas, o médico
amado, e também Demas” (Cl 4.14). O apóstolo Pedro que viu Jesus Cristo curar
sua sogra na primeira vez que Jesus visitou a sua casa, além de presenciar tantas
outras curas operadas por Jesus Cristo, escreveu, dizendo: “Carregando ele mes­
mo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que, mortos para o
pecado, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados” (lP e 2.24).
CONCLUSÃO: Agradecemos a Deus pela existência dos médicos sérios e com ­
petentes; e, reconhecemos também as limitações destes profissionais. Somente
Jesus Cristo cura todas as enfermidades e moléstias entre o povo. O apóstolo
Pedro se dirigiu a um homem chamado Enéias, que havia oito anos de cama,
pois era paralítico, e lhe disse: “Enéias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te e arruma
o teu leito. Ele, imediatamente, se levantou” (At 9.34). Portanto, Jesus Cristo é
o Médico dos médicos! Ele não estudou medicina, mas cura todas as doenças e
enfermidades! Jesus Cristo te dá saúde agora!

596 | 18 DE OUTUBRO
19 DE OUTUBRO

A IMPORTÂNCIA DO CULTO DE DOUTRINA


2Timóteo 4.3

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo prevê um terrível período


de apostasia espiritual em que as pessoas simplesmente rejeitarão a sã doutrina.
Não é por acaso que nos dias de hoje os cultos de ensino na maioria dos luga­
res estejam cada vez mais menos frequentados pelas pessoas. O nosso povo se
tornou “crentes domingueiros”, só frequentando à Igreja nos cultos de domingo.
Para muitos a própria doutrina apostólica já ficou ultrapassada precisando de
uma contextualização para os dias atuais. Entretanto, precisamos urgente voltar
à genuína doutrina bíblica, valorizando ainda mais o culto de doutrina. É no
culto de doutrina que a Igreja recebe o alimento mais sólido para fortalecer a
sua vida espiritual. A palavra “doutrina” na Nova Aliança tem sua origem no
grego: “didache”, que significa “ensino” ou “instrução” dos apóstolos. Entende­
mos que a sã doutrina é a revelação do Deus Eterno por meio das Escrituras
Sagradas e representa o alicerce que sustenta o Edifício da Fé Cristã (Ef 2.20).

I. A VALORIZAÇÃO DA DOUTRINA APOSTÓLICA NA IGREJA PRIMITIVA


1. A Bíblia nos revela o quanto a doutrina apostólica era valorizada na Igreja
Primitiva, dizendo: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no
partir do pão e nas orações.” (At 2.42). Os próprios inimigos da Doutrina Cristã ha­
viam reconhecido que a Doutrina Apostólica já havia enchido Jerusalém (At 5.28).
2. Lucas registrou até pessoas da alta sociedade se maravilhando com a
Doutrina do Senhor, dizendo: “Então, o procônsul, vendo o que sucedera, creu,
maravilhado com a doutrina do Senhor.” (At 13.12).
3. O mesmo Lucas já havia registrado como as pessoas se maravilhavam da
Doutrina de Jesus Cristo, dizendo: “E muito se maravilhavam da sua doutrina,
porque a sua palavra era com autoridade.” (Lc 4.32).
4. Lucas registrou as próprias pessoas pagãs levando Paulo ao Areópago de
Atenas na Grécia interessadas em conhecer a Doutrina Apostólica (At 17.19-20).
Paulo elogiou como a Doutrina Apostólica foi tão bem recebida em Roma, di­
zendo: “Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes
a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues;” (Rm 6.17).

II. A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA BÍBLICA


1. A Doutrina Bíblica se reveste de grande importância por conter um en­
sinamento puro e carregado de instruções sábias para o bom viver das pessoas.
Moisés escreveu, dizendo: “Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a
minha palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a relva e como gotas de
água sobre a erva.” (Dt 32.2).
2. A Sabedoria Personificada se dirigiu a todos nós como filhos, dizendo:
“Porque vos dou boa doutrina; não deixeis o meu ensino.” (Pv 4.2). Mateus es­
creveu sobre o impacto que a Doutrina de Jesus Cristo causava nas pessoas,
dizendo: “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões
maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autori­
dade e não como os escribas.” (Mt 7.28-29).
3. Marcos também registrou o impacto da Doutrina de Cristo na vida dos
seus ouvintes, dizendo: “Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si:
Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíri­
tos imundos, e eles lhe obedecem!” (Mc 1.27).
4. O apóstolo Paulo nos orientou a identificarmos as pessoas que estão em
desacordo com a doutrina e nos afastarmos delas, dizendo: “Rogo-vos, irmãos,
que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com
a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a
Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lison-
jas, enganam o coração dos incautos.” (Rm 6.17-18).
CONCLUSÃO: Precisamos valorizar mais e mais os nossos cultos de doutrina,
e reconhecermos a sua importância para a nossa saúde espiritual. O apóstolo
Paulo aconselhou a Timóteo, dizendo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutri­
na. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo
como aos teus ouvintes.” (lT m 4.16). O apóstolo Paulo também aconselhou a
Tito, dizendo: “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.” (Tt 2.1).

A N O TA Ç Õ E S

598 | 19 DE OUTUBRO
20 DE OUTUBRO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DE MISSÕES


Marcos 16.15

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor Jesus Cristo ordenou a evangeli-


zação mundial aos seus discípulos. No dia 20 de outubro é comemorado o Dia
Mundial de Missões. Nessa data, somos chamados a refletir sobre nosso posicio­
namento missionário. Recebemos a incumbência de continuar a obra de Jesus
Cristo no mundo e, por isso, temos a responsabilidade de desenvolver um minis­
tério missiológico. Precisamos repensar a nossa vocação missionária como ver­
dadeira Igreja, cuja função no mundo é a evangelização dos povos. Como Igreja,
devemos ter a consciência de que a principal razão da nossa existência é adorar
a Deus e fazer missões. O mandamento do Senhor para nós é: “Ide, portanto,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E
eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.19-20).
Essa é a ordem que recebemos do Supremo Cabeça da Igreja (Mt 16.18).

I. FAZER MISSÕES DEVE SER A PRIORIDADE DA IGREJA DE JESUS CRISTO


1. A Igreja do Senhor Jesus Cristo possui em sua essência natural a vocação
missionária. Cada discípulo de Cristo é um missionário nato que dá testemunho
de Cristo desde Jerusalém, Judéia, Samaria, e até aos confins da terra (At 1.8). A
Igreja Primitiva não tinha prata e nem ouro, porém, com o poder do Nome de
Jesus Cristo evangelizou e impactou o mundo da sua época (At 3.6 e Cl 1.23).
2. A Igreja Atual possui prata, ouro, e o poder do Nome de Jesus continua
à sua disposição; entretanto, não estamos conseguindo evangelizar o mundo
de nossa época. Os dados atualizados das atividades missionárias ao redor do
mundo mostram que os desafios são enormes, e precisamos investir em mis­
sões na mesma proporção que investimos em magníficos templos. Paulo faz
quatro perguntas missionárias inquietantes e desafiadoras para a Igreja: “Como,
invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada
ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não
forem enviados?...” (Rm 10.14-15). Portanto, fazer missões é divulgar o Nome
do Senhor para os pecadores ouvirem, e, isso implica no envio de missionários
para levarem esta mensagem de salvação aos povos ainda não alcançados.
3. Portanto, o êxito da obra missionária depende do esforço conjunto de toda
a Igreja do Senhor Jesus Cristo. Pois, missões se faz com o poder do Espírito Santo,
com o clamor dos que oram, com o dinheiro dos que contribuem, com a respon­
sabilidade dos que enviam, e com a fé e disposição dos que são enviados (At 1.8; At
13.2, e ICo 9.7-14). Ou como diz este ditado: “Missões se fazem com os PÉS dos
que vão, com os JOELHOS dos que ficam e com as MÃOS dos que contribuem.”
4. Jesus Cristo ensinou sobre a necessidade de priorizarmos as cidades não
alcançadas, dizendo: “É necessário que eu anuncie o evangelho do reino de
Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado” (Lc 4.43).

II. DEVEMOS TER A MESMA PAIXÃO QUE JESUS TINHA PELAS ALMAS
1. A Bíblia revela a incansável atividade missionária de Jesus Cristo (Mt
9.35). A Bíblia ainda revela a paixão de Jesus Cristo pelas almas, dizendo: “Ven­
do ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas
como ovelhas que não tem pastor” (Mt 9.36). As chamas da compaixão divina
ardiam no coração de Jesus pelas almas perdidas.
2. Após ser incendiado com o fogo do Espírito Santo no Dia de Pentecos-
tes, Pedro ganhou quase três mil almas para Cristo em apenas um dia (At 2.1-
41). O apóstolo Paulo nos revelou seu compromisso inadiável em anunciar o
Evangelho de Cristo, dizendo: “Eu sou devedor tanto a gregos como a bárbaros,
tanto a sábios como a ignorantes. E assim, quanto está em mim, estou pronto
para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma. Porque não
me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação
de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” (Rm 1.14-16).
3. O apóstolo Tiago também nos falou da importância de ganharmos os
desviados para Cristo, dizendo: “Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado
da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro
do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multi­
dão de pecados.” (Tg 5.20).
4. O apóstolo Judas Tadeu da mesma forma nos incentivou a termos com­
paixão e misericórdia das almas que estão na dúvida, dizendo: “E apiedai-vos de
alguns que estão duvidosos; e salvai alguns, arrebatando-os do fogo; tende deles
misericórdia com temor, aborrecendo até a roupa manchada da carne.” (Jd 1.23).

CONCLUSÃO: “Da mesma forma como os bombeiros têm pressa em apagar as cha­
mas de um grande fogo para salvar as vidas, deveriamos ter pressa em incendiar o
mundo com o fogo do Espírito Santo para realmente salvar as vidas.” (Marvyo Dar-
ley). Tiago e João quiseram fazer descer fogo do céu para destruir os samaritanos que
não quiseram recebê-los (Lc 9.51-56). Entretanto, eles incendiaram Samaria com o
fogo do Espírito Santo para confirmar a salvação de vidas! (At 8.14-15). Assim deve­
mos incendiar o mundo com as chamas do amor de Deus pelos pecadores! (Jo 3.17).

600 | 20 DE OUTUBRO
21 DE OUTUBRO

A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA DOMINICAL


Provérbios 9.9

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Salomão nos fala da importância da ins­


trução e do ensino para o nosso crescimento espiritual. A Escola Dominical se
reveste de grande importância para a nossa formação bíblica e cristã. A Escola
Dominical que conhecemos teve origem na Inglaterra por volta do ano 1780
na cidade de Gloucester, através da visão espiritual de um homem chamado
Robert Raikes. A cidade de Goucester possuía um alto índice de criminalidade,
e muitas crianças entravam muito cedo no mundo do crime, espalhando terror
aos moradores daquela industrializada cidade inglesa. Daí surgiu no coração
de Robert Raikes a ideia de formar classes de ensino aos domingos, pois, as
crianças e os jovens trabalhavam cerca de 12 horas por dia e 6 dias da semana, e
só tinham tempo pra frequentar às reuniões aos domingos. Daí surgiu o termo
“Escola Dominical”. No Brasil, a Escola Dominical foi fundada por um missio­
nário escocês também chamado Robert, que chegou ao Brasil com sua esposa
Sara Kalley por volta do ano 1855, e deu início a Escola Dominical na cidade
imperial de Petrópolis/RJ; e hoje, a Escola Dominical tornou-se em uma das
mais eficientes escolas de formação bíblica e cristã que existe.

I. O LEGADO DA ESCOLA DOMINICAL


1. O legado deixado pela Escola Dominical fundada na Inglaterra no final
do século 18 para as gerações futuras é algo extraordinário. O historiador John
Richard Green afirmou: “As Escolas Dominicais fundadas pelo Sr. Raikes, no fi­
nal do século XVIII, originaram o estabelecimento da educação pública popular”.
O efeito da Escola Dominical foi tão poderoso, que 12 anos após sua fundação,
não havia um só criminoso na sala dos réus dos tribunais da cidade inglesa de
Gloucester, quando antes a média era de 50 a 100 em cada julgamento! Em muito
pouco tempo, o movimento se espalhou e várias Igrejas ao redor do Mundo or­
ganizaram suas Escolas Dominicais. Já dizia o sábio Salomão: “Ensina a criança
no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.”
(Pv 22.6).
2. No dia 3 de novembro de 1783, Robert Raikes publica, em seu jornal, o
que Deus operara e continuava a operar na vida daqueles meninos de Glouces­
ter. Por isso a data foi escolhida como o dia da fundação da Escola Dominical.
Mal sabia Robert Raikes que estava lançando os fundamentos de uma obra espi­
ritual que atravessaria os séculos e abarcaria o globo, chegando até nós, a ponto
de ter hoje dezenas de milhões de alunos e professores, sendo a maior e mais
poderosa agência de ensino da Palavra de Deus que a Igreja dispõe. A Escola
Dominical se tornou tão importante, que já não podemos conceber uma igreja
sem ela. É na Escola Dominical onde aprendemos os rudimentos da fé e o valor
de uma vida inteiramente consagrada ao serviço do Mestre.
3. É na Escola Dominical que somos melhor instruídos na Palavra do Se­
nhor. O apóstolo Paulo nos instruiu, dizendo: “Habite, ricamente, em vós a pa­
lavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria,
louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em
vosso coração.” (Cl 3.16).
4. O apóstolo Paulo lembrou a Timóteo a boa instrução na Palavra de Deus
que ele havia recebido desde a sua infância, dizendo: “Tu, porém, permanece
naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste
e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para
a salvação pela fé em Cristo Jesus.” (2Tm 3.14-15).

II. A ESCOLA DOMINICAL É UMA FONTE DE ENSINO BÍBLICO


1. Não importa a idade, todos precisam aprender a Palavra de Deus; e, por
isso, existem classes formadas por pessoas de todas as faixas etárias. O sábio Sa­
lomão nos aconselhou a aplicarmos o nosso coração ao ensino, dizendo: “Aplica
o coração ao ensino e os ouvidos às palavras do conhecimento.” (Pv 23.12).
2. A Bíblia registra o professor Esdras ensinando ao povo a Palavra de Deus por
uma manhã inteira, dizendo: “Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congrega­
ção, tanto de homens como de mulheres e de todos os que eram capazes de entender
o que ouviam. Era o primeiro dia do sétimo mês. E leu no livro, diante da praça, que
está fronteira à Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mu­
lheres e os que podiam entender; e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao Livro da
Lei.” (Ne 8.1 -3). A Bíblia ainda nos mostra o sábio Escriba da Lei de Deus ensinando
homens e mulheres ao lado de outros professores (Ne 8.4-5).
3. A Bíblia também revela a capacidade que o professor Esdras possuía para
ensinar, dizendo: “Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do
SENHOR, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus
juízos.” (Ed 7.10). Os professores da Escola Dominical precisam serem pessoas
qualificadas para ensinar.
4. O apóstolo Paulo nos revela qual é a nossa fonte primordial de ensino, di­
zendo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreen­
são, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus
seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Tm 3.16-17). É na
Escola Dominical que somos melhor ensinados e educados na Palavra de Deus!
CONCLUSÃO: A Escola Dominical precisa ser cada vez mais valorizada pela
Igreja do Senhor na face da terra. O Senhor Jesus Cristo ordenou aos seus discí­
pulos que fizessem muito mais do que pregar o evangelho a toda a criatura; Ele
pediu que os mesmos fizessem discípulos de todas as nações, batizando-os em
Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; e que os ensinassem a guardar todas
as coisas que Ele havia ordenado (Mt 28.19-20). A Escola Dominical é a melhor
escola de fazer discípulos que existe no mundo!

602 | 21 DE OUTUBRO
22 DE OUTUBRO

OS QUATRO ELEMENTOS DE UM CULTO VERDADEIRO


Salmo 134.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista pede para que todos possamos
bendizer ao Senhor nas horas que passamos assistindo ao culto na Casa do Senhor.
Sabemos que o principal objetivo de nos reunir na Casa do Senhor é para adorar­
mos e bendizermos ao seu Santo Nome. Entretanto, podemos adorar ao Senhor
orando, louvando, contribuindo e proclamando a sua Santa Palavra. Os quatro
principais elementos que encontramos em um culto de adoração a Deus é: Ora­
ção, Louvor, Contribuição e Palavra. Os três primeiros elementos apresentam o
homem se dirigindo a Deus; porém, no quarto elemento, que é a Palavra, é Deus se
dirigindo a nós. Na oração falamos com Deus, nos louvores cantamos para Deus,
na contribuição ofertamos para Deus; e na Palavra Deus fala conosco. Quatro coi­
sas básicas formam a liturgia de um culto: Oração, Louvor, Contribuição e Palavra.

I. ORAÇÃO
1. Todo culto deve começar com oração. É na oração que iniciamos o nosso
dialogo com Deus. Se o culto é algo que oferecemos a Deus, a primeira coisa que
devemos fazer é se dirigir ao dono do culto, o único Deus que merece ser ado­
rado. Após Salomão concluir o templo ajoelhou-se na presença de toda a con­
gregação de Israel e iniciou o culto com uma fervorosa oração (2Cr 6.13-20).
2. A Bíblia registra como Deus respondeu com poder à oração de Salomão,
dizendo: “Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu e consumiu o
holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa.” (2Cr 7.1).
Quando iniciamos o culto com oração sincera acompanhada de quebrantamen-
to espiritual, a resposta de Deus com poder não tarda acontecer!
3. Lucas registrou a oração como o primeiro elemento presente nos cultos
da Igreja Primitiva (At 1.13-14). Lucas ainda registrou um culto fervoroso na
Igreja Primitiva após orarem, dizendo: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde
estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez,
anunciavam a palavra de Deus.” (At 4.31).

II. LOUVOR
1. Todo culto a Deus começa com oração e prossegue com louvores oferecidos
a Deus. O salmista já havia nos ensinado, dizendo: “Servi ao SENHOR com alegria,
apresentai-vos diante dele com cântico.” (SI 100.2). A Bíblia revela como Davi or­
ganizou o louvor na Casa do Senhor através de músicos competentes (lC r 25.1-6).
2. Lucas ainda registrou a presença do louvor em todos os cultos da Igreja
Primitiva, dizendo: “Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam
pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de cora-

603
ção, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso,
acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (At 2.46-47).
3. O Autor da Carta aos Hebreus nos revela a qualidade de louvor que deve­
mos oferecer ao Senhor nos cultos, dizendo: “Por meio de Jesus, pois, ofereça­
mos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam
o seu nome.” (Hb 13.15).

III. CONTRIBUIÇÃO
1. A contribuição também faz parte da nossa adoração a Deus com os bens
que possuímos. Desde os primórdios da humanidade não havia culto sem ofer­
tas e sacrifícios oferecidos sobre o altar (Gn 4.3-5; Gn 8.20-21; Gn 12.7-8; etc...).
Moisés escreveu sobre a importância das contribuições nos cultos, dizendo:
“Cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o
SENHOR, seu Deus, lhe houver concedido.” (Dt 16.16-17).
2. Lucas descreveu a existência de contribuição nos cultos da Igreja Pri­
mitiva, dizendo: “Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que
possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e
depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida
que alguém tinha necessidade.” (At 4.33-35).
3. O apóstolo Paulo também descreveu a importância da contribuição na Igreja
de Corinto, dizendo: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não
com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” (2Co 9.7).

IV. PALAVRA
1. Depois que oramos, louvamos e ofertamos através das nossas contribui­
ções, chega o momento da Palavra. É através da Palavra que Deus fala conosco e
a fé nasce nos corações. O apóstolo Paulo escreveu sobre a importância da pre­
gação da Palavra de Deus no culto, dizendo: “E, assim, a fé vem pela pregação, e
a pregação, pela palavra de Cristo.” (Rm 10.17).
2. O apóstolo Paulo falou da prioridade da Palavra de Deus no culto, dizen­
do: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos
mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e
cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.” (Cl 3.16).
3. Lucas escreveu como os apóstolos priorizavam o ministério da Palavra
nos cultos, dizendo: “E, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao minis­
tério da palavra.” (At 6.4). Lucas ainda escreveu, dizendo: “Assim, a palavra do
Senhor crescia e prevalecia poderosamente.” (At 19.20).
CONCLUSÃO: Oração, Louvor, Contribuição e Palavra, são quatro coisas fun­
damentais que não podem faltarem em um culto. Na oração pedimos, no lou­
vor agradecemos, na contribuição entregamos, e na Palavra recebemos. Cada
etapa do culto é importante; mas na hora da Palavra é Deus se dirigindo para
falar conosco e nos abençoar!

604 | 22 DE OUTUBRO
23 DE OUTUBRO

AS QUALIDADES DE UM PASTOR
1Pedro 5.2-3

INTRODUÇÃO: Nós encontramos através deste texto sagrado, as qualidades


que um pastor deve ter. Apascentar ovelhas é um dos mais antigos ofícios que
existe. Abel, o segundo filho de Adão foi pastor de ovelhas, sendo este um dos
primeiros ofícios mencionados nas Escrituras (Gn 4.2). Mais adiante, quis Deus
na sua infinita graça que o seu povo fosse chamado de “ovelhas” (SI 100.3); e,
portanto, em primeira análise, Deus é o Pastor do seu povo (SI 23.1); e, em
segunda análise, Deus escolheu alguns líderes espirituais como pastores para
apascentarem o seu rebanho (Ef 4.11). O próprio Senhor Jesus Cristo já havia
ordenado por três vezes a Pedro, dizendo: “Apascenta as minhas ovelhas.” (Jo
21.15-17). Neste texto sagrado, o mesmo Pedro descreve a função pastoral e as
qualidades que o pastor precisa ter.

I. APASCENTADOR
1. A primeira qualidade que o pastor precisa ter é ser apascentador (lPe
5.2). A palavra “pastor” no original grego é “poimén”, e significa “aquele que
apascenta”. Apascentar é cuidar, alimentar, pacificar e proteger as ovelhas dos
animais predadores.
2. O Senhor fez uma promessa ao seu povo, dizendo: “Dar-vos-ei pastores
segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inte­
ligência.” (Jr 3.15). O apóstolo Paulo se dirigiu aos líderes de Éfeso, dizendo:
O lh a i, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos cons­
tituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu
próprio sangue.” (At 20.28). Mais adiante, Paulo incluiu o pastor na lista dos
dons ministeriais (Ef 4.11).

II. CUIDADOSO
1. A segunda qualidade que o pastor precisa ter é ser cuidadoso (lP e 5.2).
O pastor precisa ser cuidadoso com o rebanho de Deus, pois há de prestar con­
tas de cada ovelha que lhe foi entregue (Hb 13.17). Jacó se mostrou um pastor
cuidadoso com o rebanho que lhe foi confiado quando se desabafou diante de
seu sogro Labão revelando seu esforço para proteger o rebanho (Gn 31.38-40).
2. A Bíblia descreve o cuidado de Davi para com as ovelhas que lhe foi en­
tregue, dizendo: “Davi, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas
de seu pai, em Belém.” (ISm 17.15). Quando precisava se ausentar, Davi entre­
gava as ovelhas a um guarda (ISm 17.20); e também protegia as ovelhas dos
animais predadores arriscando sua própria vida (ISm 17.34-35).
III. VOLUNTARIOSO
1. A terceira qualidade que um pastor precisa ter é ser voluntarioso (lPe
5.2). O pastor não pode fazer as coisas por constrangimento, como se estivesse
sendo forçado a fazer as coisas; mas de forma espontânea e voluntária. O pró­
prio Davi orou pedindo a Deus para ter um espírito voluntário (SI 51.10). Davi
também mencionou os voluntários que existiam na obra do Senhor em seus
dias (lC r 28.21).
2. Paulo descreveu com que espírito devemos fazer a obra do Senhor, dizen­
do: “E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não
aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque
a Cristo, o Senhor, servis.” (Cl 3.23-24). Deus saberá recompensar todos os que
fazem voluntariamente à obra do Senhor (Hb 6.10).

IV. NÃO AVARENTO


1. A quarta qualidade que o pastor precisa ter é não ser avarento (lP e 5.2).
O pastor não pode fazer as coisas com ganância. Lamentavelmente alguns só
fazem as coisas por interesse, e só ambiciona o lucro (lT m 6.5). Jetro, o sogro
de Moisés o aconselhou que escolhesse líderes com qualidades para estarem à
frente do povo, e que aborrecessem a avareza (Êx 18.21).
2. Jesus Cristo nos advertiu, dizendo: “Acautelai-vos e guardai-vos da ava­
reza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.” (Lc
12.15). Paulo também afirmou que o bispo não pode ser avarento (lT m 3.2). E,
também reprovou a ganância na vida do obreiro em sua segunda lista de quali­
ficações para o bispo (Tt 1.7).

V. ANIMADO
1. A quinta qualidade exigida na vida do pastor é que o mesmo seja anima­
do (lP e 5.2). Um pastor desanimado também desanimará o povo; porém, um
pastor animado conseguirá animar o povo diante dos grandes desafios. Mesmo
diante da afronta de Senaqueribe, o rei Ezequias animou o povo (2Cr 32.7). O
resultado não podería ser diferente: “O povo cobrou ânimo com as palavras de
Ezequias, rei de Judá.” (2Cr 32.8).
2. Jesus Cristo foi realista ao nos mostrar os desafios que iriamos enfrentar
no mundo, mas nos animou, dizendo: “Tenho-vos dito isso, para que em mim
tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mun­
do.” (Jo 16.33). O apóstolo Paulo pregou ânimo e fervor a todos nós, dizendo:
“Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Se­
nhor;” (Rm 12.11).

VI. NÃO DOMINADOR


1. A sexta qualidade que o pastor precisa ter neste texto pastoral é não ser
dominador (lP e 5.3). Existem alguns pastores que pensam que são donos das
igrejas, e querem exercer domínio sobre o rebanho de forma autoritária e ar­

606 I 23 DE OUTUBRO
rogante. Deus não deu igrejas a pastores; pelo contrário, Deus deu pastores às
igrejas. A Igreja é de Deus e não do pastor, pois custou o precioso sangue divino
de Cristo (At 20.28). O apóstolo João denunciou o mau exemplo de Diótrefes
como um obreiro que exercia domínio sobre o rebanho de Deus (3Jo 1.9-10).
2. O apóstolo Paulo se dirigiu a Igreja que ele fundou não como dominador,
mas rogando aos crentes pela mansidão de Cristo (2Co 10.1). O apóstolo Paulo
ainda orientou a Timóteo como o líder deve tratar o povo sendo manso para
com todos (2Tm 2.24-25). A palavra de Deus recomenda ao pastor que trate a
todos com mansidão e não com dominação!

VII. EXEMPLO PARA O REBANHO


1. A sétima qualidade que o pastor precisar ter é ser exemplo para o rebanho
(lP e 5.3). O exemplo de uma pessoa fala muito mais do que palavras. Alguns
pregam muito bem e possuem uma boa oratória; porém, sua vida não serve de
exemplo para o rebanho. O Senhor Jesus Cristo nos deixou o seu exemplo como
legado para imitarmos (Jo 13.15). O apóstolo Pedro também nos instruiu mais
adiante a seguirmos o exemplo de Cristo (lP e 2.21).
2. O apóstolo Paulo nos aconselhou a imitarmos seu bom exemplo para
o rebanho (Fp 3.17). O mesmo Paulo também instruiu o pastor Timóteo a sê
exemplo para o rebanho, dizendo: “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê
o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.”
(lT m 4.12). O apóstolo Paulo também cobrou do pastor Tito que fosse exemplo
para o rebanho (Tt 2.7-8).
CONCLUSÃO: Deus prometeu nos dar pastores segundo o seu coração, e que
apascentem o seu povo com conhecimento e com inteligência (Jr 3.15). Jesus
Cristo, o Bom e Supremo Pastor é sempre o nosso modelo perfeito, e recom­
pensará com a incorruptível coroa de glória aos que apascentarem de forma
cuidadosa e responsável o rebanho que lhe foi confiado (lP e 5.4)

A N O TA Ç Õ E S
24 DE OUTUBRO

AS QUALIDADES DE UM EVANGELISTA
2Timóteo4.5

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo oferece alguns conselhos


a Timóteo e pede que o mesmo faça a obra de um Evangelista. O evangelista é o
terceiro dos cinco ofícios citados por Paulo na lista dos dons ministeriais (Ef 4.11).
O termo “evangelista” é de origem grega e vem do verbo “euangelion”, que significa
uma recompensa para se levar uma boa notícia. Os evangelistas eram inclusive re­
compensados por serem mensageiros portadores de boas notícias. O próprio Pau­
lo reconheceu isso, dizendo: “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam
o evangelho, que vivam do evangelho.” (IC o 9.14). Entretanto, a prioridade do
evangelista é exatamente evangelizar; e, evangelizar é levar as boas novas do evan­
gelho de Cristo para as pessoas. Embora todas as pessoas salvas em Cristo tenham
a responsabilidade de anunciar o evangelho de Cristo; o evangelista faz disso sua
prioridade número um, e seu objetivo é levar o maior número possível de almas
a Cristo. Paulo destaca neste texto quatro qualidades que o evangelista precisa ter:
I. SOBRIEDADE
1. A primeira qualidade de um evangelista neste texto é sobriedade (2Tm 4.5).
A palavra “sobriedade” no original grego é “nefálios” que significa “ficar livre de
coisas inebriantes”. Uma pessoa sóbria é definida como alguém lúcido, moderado,
e que possui sanidade mental e moral. O evangelista precisa ser sóbrio mentalmen­
te e moralmente sadio para que não dê motivo de escândalo algum (IC o 15.34).
2. Paulo escreveu aos tessalonicenses que a sobriedade deve ser acompa­
nhada de vigilância e revestimento da armadura de Deus (lT s 5.6-8). Foi na fal­
ta de sobriedade por parte de Sansão que Dalila cortou seus cabelos e ele perdeu
a unção de Deus na sua vida (Jz 16.19-20). O apóstolo Paulo já tinha colocado a
sobriedade como uma das qualificações do bispo (lT m 3.2). O apóstolo Pedro
também nos alertou sobre a necessidade da sobriedade está acompanhada da
vigilância para vencermos o Diabo (lP e 5.8-9).
II. RESISTÊNCIA
1. A segunda qualidade do evangelista neste texto é a resistência (2Tm 4.5).
Paulo pede a Timóteo que sofra ou suporte as aflições. O evangelista precisa
ter resistência para suportar as aflições. Nesta fase muitos acabam desistindo
do ministério de evangelista por várias aflições como: falta de apoio, falta de
reconhecimento do ministério, os quais são taxados de aventureiros só porque
não pastoreiam uma igreja; a distância da família, a falta de recursos, e outras
situações adversas trazem muitas aflições ao evangelista. Muitos evangelistas
bem-sucedidos nos dias de hoje em seus ministérios já sofreram todas estas
aflições, mas venceram pela resistência (2Co 4.8-10).
2. O apóstolo Paulo ainda nos dá uma aula de resistência e como a graça

608 | 24 DE OUTUBRO
divina lhe deu forças em meio ao sofrimento, dizendo: “Pelo que sinto prazer
nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias,
por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” (2Co
12.9-10). O apóstolo Paulo ainda nos ensinou sobre a resistência que o obreiro
deve ter no sofrimento, nas privações e em todas as circunstâncias (Fp 4.11-13).
III. DISPOSIÇÃO
1. A terceira qualidade que o evangelista precisa ter é disposição (2Tm 4.5).
Paulo pede a Timóteo disposição para fazer a obra de evangelização. A Bíblia
descreve a disposição de Jesus Cristo para fazer a obra de um evangelista, dizen­
do: “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evan­
gelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.”
(Mt 4.23). Lucas também descreveu a disposição de Jesus para fazer a obra de
um evangelista nas cidades ainda não alcançadas (Lc 4.43).
2. A Bíblia revela a disposição de Filipe para fazer a obra do evangelista, di­
zendo: “Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. As multi­
dões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais
que ele operava. Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando
em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. E houve grande alegria
naquela cidade.” (At 8.5-8). O apóstolo Paulo também havia revelado aos crentes
de Roma a sua disposição de fazer a obra de um evangelista (Rm 1.14-16).
IV. DETERMINAÇÃO
1. A quarta qualidade que o evangelista precisa ter é determinação (2Tm
4.5). Ao pedir a Timóteo que cumpra o seu ministério, Paulo está lhe pedindo
mais determinação para exercer o ministério recebido do Senhor. Paulo ainda
advertiu Timóteo a deixar de lado toda negligência e indisposição para cumprir
o seu ministério (lT m 4.14). Paulo também cobrou determinação de Arquipo
para cumprir o seu ministério, dizendo: “Atenta para o ministério que recebeste
no Senhor, para o cumprires.” (Cl 4.17).
2. O apóstolo Paulo ainda despertou Timóteo a exercer com determinação
o seu ministério, dizendo: “Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom
de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos
tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” (2Tm
1.6-7). Paulo também reconheceu a determinação e utilidade de Marcos para
cumprir o ministério, dizendo: “Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil
para o ministério.” (2Tm 4.11).
CONCLUSÃO: O evangelista precisa ser sóbrio, resistente em meio ao sofrimen­
to, disposto e determinado para fazer a obra de Deus. O apóstolo Paulo orien­
tou Tito a apoiar Zenas e Apoio a fazerem o trabalho do evangelista, dizendo:
“Encaminha com diligência Zenas, o intérprete da lei, e Apoio, a fim de que
não lhes falte coisa alguma.” (Tt 3.13). Enquanto alguns pastores não apoiam e
nem reconhecem o ministério do evangelista, Paulo ordenou ao pastor Tito que
desse o apoio necessário para Zenas e Apoio exercerem o ministério itinerante
que os mesmos realizavam (At 18.24-28).

609
25 DE OUTUBRO

AS QUALIFICAÇÕES DE UM PRESBÍTERO
Tito 1.5-6

INTRODUÇÃO: O apóstolo Tiago nos revelou a importância da função de um


presbítero na Igreja do Senhor (Tg 5.14). Entretanto, a função de um presbítero
não se resume apenas a ungir com azeite os enfermos para serem curados. Os
presbíteros ocupavam também funções pastorais na direção de congregações,
e alguns também se especializavam na área do ensino (Tt 1.5 e lTm 5.17). O
termo “presbítero” vem do vocábulo grego “presbyteros” que significa, “pes­
soa mais velha”. O presbítero sempre foi uma função eclesiástica de grande
importância na Igreja Cristã. Portanto, o presbítero era uma pessoa madura,
experiente, de caráter, de vida moral ilibada e que também dirigiam congre­
gações locais. O apóstolo Paulo escreveu ao pastor Tito algumas qualificações
que o presbítero precisa ter e sua importância em cada igreja local (Tt 1.5-6).
O apóstolo Paulo reconhecia a importância da função do presbítero nas igrejas
instaladas em cada cidade (At 14.23). O apóstolo Paulo valorizou a função do
presbítero (lT m 5.17). O apóstolo Paulo demonstrou como tinha em elevada
honra a conduta moral do presbítero (lT m 5.19).

I. “ALGUÉM QUE SEJA IRREPREENSÍVEL” (Tt 1.6).


1. O termo “irrepreensível” significa alguém não sujeito a punição ou re­
preensão. O obreiro deve mostrar uma conduta cristã madura e consistente que
não dá margem para vir a ser acusado de algum erro grave.
2. O apóstolo Paulo também já havia exigido do bispo esta mesma quali­
ficação (lT m 3.2). O apóstolo Paulo também cobrou uma vida irrepreensível
de todos os cristãos, dizendo: “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros,
filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na
qual resplandeceis como luzeiros no mundo,” (Fp 2.15).

II. “MARIDO DE UMA SÓ MULHER” (Tt 1.6).


1. A frase “marido de uma só mulher” também pode ser traduzida como
“homem de uma mulher só”. Isso indicaria que o bispo, pastor, presbítero ou
diácono deve ser inteiramente fiel à mulher com quem é casado. O apóstolo
Paulo também já havia exigido esta qualificação do bispo (lT m 3.2).
2. O Senhor advertiu a todos os casados, dizendo: “Portanto, cuidai de vós
mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Porque o
SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre
de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós
mesmos e não sejais infiéis.” (Ml 2.15-16).

610 I 25 DE OUTUBRO
III. “QUE TENHA FILHOS CRENTES QUE NÃO SÃO ACUSADOS DE
DISSOLUÇÃO, NEM SÃO INSUBORDINADOS.” (Tt 1.6).
1. É importante observar que o obreiro é avaliado não só de forma indivi­
dual, como também de forma familiar. O apóstolo Paulo exigiu que os filhos
dos pastores, bispos ou presbíteros sejam filhos exemplares e não dissolutos e
insubordinados. A Bíblia revela como os filhos do sacerdote Eli eram dissolutos
e insubordinados e sofreram terríveis consequências (ISm 2.22-23).
2. A Bíblia continua revelando como os filhos do sacerdote Eli eram insu­
bordinados, dizendo: “Não, filhos meus, porque não é boa fama esta que ouço;
estais fazendo transgredir o povo do SENHOR. Pecando o homem contra o pró­
ximo, Deus lhe será o árbitro; pecando, porém, contra o SENHOR, quem inter­
cederá por ele? Entretanto, não ouviram a voz de seu pai, porque o SENHOR os
queria matar.” (ISm 2.24-25). O apóstolo Paulo aconselhou aos filhos, dizendo:
“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a
tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e
sejas de longa vida sobre a terra.” (E f 6.1-3).
CONCLUSÃO: A função do presbítero é muito importante para a Igreja de Cris­
to, e por isso, a Palavra de Deus exigia que o bispo, pastor, presbítero ou diácono
tivessem também uma vida familiar exemplar (lT m 4.12 e Tt 2.7-8)

A N O TA Ç Õ E S
26 DE OUTUBRO

AS QUALIDADES DE UM DIÁCONO
ITim óteo 3.8-9

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos apresenta as qua­


lidades que um diácono precisa ter para exercer o seu ministério. A palavra
diácono surgiu a partir do grego “diáconos”, que significa “atendente” ou “ser­
vente”, e aparece cerca de 30 vezes no Novo Testamento. Um outro termo grego
“diakonia” se aplica ao ministério do diaconato; e também o termo “diakoneo”,
nos traz a própria ideia de “servir” ou “ministrar”. O diaconato é um ministério
local implantado pelos apóstolos como um órgão auxiliar para servir aos san­
tos, tanto no andamento do culto, como no departamento de assistência social
e burocrático da Igreja do Senhor (At 6.1-6 e Fp 1.1). A diaconia serve também
como uma espécie de “escola de preparação” para os que aspiram degraus maio­
res no ministério eclesiástico (lT m 3.8-13). Vejamos:

I. HONESTIDADE
1. A primeira qualidade exigida aos diáconos nesta lista de Paulo é a ho­
nestidade (lT m 3.8). Numa época de tanta desonestidade nos vários setores da
sociedade; a honestidade deve ser algo indispensável ao cristão; principalmente
nos candidatos a ocupar qualquer função no ministério da Igreja (At 6.3).
2. A palavra “honestidade” origina-se do latim “honos” que designa aquilo
que é digno e honroso. Honestidade é não fraudar, não mentir e não enganar
ninguém. É ser decente e fiel aos princípios morais e éticos. Os irmãos de José
se apresentaram no Egito, dizendo: “Somos todos filhos de um mesmo homem;
somos homens honestos; os teus servos não são espiões.” (Gn 42.11). O sábio
Salomão escreveu que: “Tortuoso é o caminho do homem carregado de culpa,
mas reto, o proceder do honesto.” (Pv 21.8).

II. HOMENS DE UMA SÓ PALAVRA


1. A segunda qualidade de um diácono é que tenha uma só palavra (lTm 3.8).
Uma pessoa de língua dobre é alguém que tem duas palavras; e não sustenta aquilo
que fala. O profeta Jeremias havia feito uma denúncia muito grave contra pessoas
de língua dobre que só prejudicavam seus próprios irmãos em seus dias (Jr 9.4-5).
2. O apóstolo Tiago nos alertou sobre o uso correto de nossa língua, di­
zendo: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no
falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo.” (Tg 3.2).

III. SOBRIEDADE
1. A terceira qualificação exigida de um diácono neste texto é a sobriedade
(lT m 3.8). Pessoas dadas a muito vinho acabam perdendo a sobriedade e a luci-

612 I 26 DE OUTUBRO
dez. Todos nós conhecemos as consequências que a embriaguez traz às pessoas
(Pv 20.1 e Pv 23.30-31). O apóstolo Paulo ainda nos aconselhou, dizendo: “E
não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Es­
pírito,” (Ef 5.18).
2. O apóstolo Paulo transmitiu esta mesma recomendação a Tito, dizendo:
“Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de
Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobi­
çoso de torpe ganância;” (Tt 1.7).
IV. NÃO GANANCIOSO
1. A quarta qualidade de um diácono é não ser ganancioso (lTm 3.8). Uma
pessoa gananciosa é dominada pela cobiça e pela avareza. A torpe ganância leva
às pessoas a praticarem todo jogo sujo para obterem ganhos desonestos. O Senhor
Jesus Cristo já havia nos advertido do perigo da avareza e da ganância (Lc 12.15).
2. O Escritor da Carta aos Hebreus também nos aconselhou, dizendo: “Seja a
vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem
dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.” (Hb 13.5).
V. QUE GUARDE A FÉ
1. A sexta qualificação exigida do diácono neste texto sagrado é que guarde
a fé (lT m 3.9). Guardar o mistério da fé significa manter a fé cristã genuína. O
próprio Paulo deixou o exemplo de ter guardado sua fé até o fim (2Tm 4.7). O
apóstolo João também escreveu, dizendo: “Porque todo o que é nascido de Deus
vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (1 Jo 5.4).
2. O apóstolo Judas Tadeu escreveu, dizendo: “Vós, porém, amados, edi-
ficando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo, guardai-vos no
amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a
vida eterna.” (Jd 1.20-21).
VI. QUE TENHA UMA CONSCIÊNCIA PURA
1. A sexta qualificação do diácono neste texto é ter uma consciência pura
(lT m 3.9). Não existe nada melhor do que o homem deitar a sua cabeça no
travesseiro com uma consciência limpa. O patriarca Jó deu o testemunho de
sua consciência, dizendo: “À minha justiça me apegarei e não a largarei; não me
reprova a minha consciência por qualquer dia da minha vida.” (Jó 27.6).
2. O apóstolo Paulo também deu testemunho a Timóteo de sua consciência
pura, dizendo: “Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo
com consciência pura, porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações,
noite e dia.” (2Tm 1.3).
CONCLUSÃO: Os diáconos exercem uma função muito importante na igreja,
cuja responsabilidade exige que sejam honestos, que tenham uma só palavra,
que sejam sóbrios, que não sejam gananciosos, que guardem a fé e que tenham
uma consciência pura diante de Deus e dos homens!

613
27 DE OUTUBRO

AS QUALIDADES DE UM COOPERADOR
Romanos 16.9

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo apresenta Urbano como o


seu cooperador em Cristo. O nome “Urbano”, significa “aquele que veio da cida­
de”, “civilizado” ou “nobre”. Urbano foi um importante cristão romano que Paulo
destacou como seu cooperador em Cristo, e o fato de ser mencionado na lista de
outros notórios obreiros, nos revela ser alguém de respeito entre a Comunidade
Cristã da capital do Império Romano. A palavra grega para “cooperador” ou
“cooperação” é “sunerguéou”, oriunda de “érgon”, que significa “trabalhar lado a
lado”. O cooperador é aquele obreiro que se coloca lado a lado com o pastor da
igreja para auxiliá-lo em qualquer necessidade na obra de Deus. É tido em algu­
mas igrejas como o primeiro degrau ministerial para os que aspiram ao minis­
tério. Entretanto, cooperador é uma função que nunca perdemos; pois sempre
continuaremos como cooperadores no Reino de Deus trabalhando lado a lado
com Cristo para promover a expansão do seu Reino entre os homens (IC o 3.9).

I. LISTA DE COOPERADORES CITADOS NAS ESCRITURAS


1. O apóstolo Paula nos apresenta uma lista de muitos cooperadores citados
em suas Epístolas. Paulo citou Áquila e Priscila como seus cooperadores, dizen­
do: “Saudai Priscila e Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela
minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente
eu, mas também todas as igrejas dos gentios;” (Rm 16.3-4).
2. O apóstolo Paulo também citou Timóteo como seu cooperador (Rm
16.21). Paulo recomendou a sujeição dos crentes aos cooperadores e obreiros
da Casa de Deus, dizendo: “Que também vos sujeiteis a esses tais, como também
a todo aquele que é cooperador e obreiro.” (IC o 16.16).
3. O apóstolo Paulo ainda citou Tito como o seu cooperador (2Co 8.23). O
apóstolo Paulo também citou Epafrodito como seu cooperador, dizendo: “Jul-
guei, todavia, necessário mandar até vós Epafrodito, por um lado, meu irmão,
cooperador e companheiro de lutas; e, por outro, vosso mensageiro e vosso au­
xiliar nas minhas necessidades;” (Fp 2.25).
4. O apóstolo Paulo ainda citou uma lista de quatro importantes coopera­
dores que lhe auxiliava no Reino de Deus, dizendo: “Marcos, Aristarco, Demas
e Lucas, meus cooperadores.” (Fm 1.24).

II. PAULO - UM COOPERADOR DO EVANGELHO


1. Mesmo sendo pregador, apóstolo e mestre (2Tm 1.11), Paulo nunca dei­
xou de ser cooperador. Paulo se apresentou como um dos cooperadores da ale­
gria e firmeza dos crentes de Corinto (2Co 1.23-24).

614 I 27 DE OUTUBRO
2. O apóstolo Paulo se soma a Apoio como cooperadores de Deus, dizendo:
“Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois
vós.” (IC o 3.9). O apóstolo Paulo se apresenta como um cooperador do Evan­
gelho de Cristo, dizendo: “Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me
tornar cooperador com ele.” (IC o 9.23).
3. O apóstolo Paulo ainda se apresentou como um dos cooperadores ao
lado de Cristo, dizendo: Έ nós, na qualidade de cooperadores com ele, também
vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus” (2Co 6.1).
4. O apóstolo Paulo citou outros cooperadores que juntamente com ele se
esforçavam na obra de Deus, dizendo: “A ti, fiel companheiro de jugo, também
peço que as auxilies, pois juntas se esforçaram comigo no evangelho, também
com Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram
no Livro da Vida.” (Fp 4.3).
CONCLUSÃO: O apóstolo João nos aconselhou a sermos cooperadores da ver­
dade, dizendo: “Portanto, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos
cooperadores da verdade.” (3Jo 1.8). Cada cristão é um cooperador na obra
do Senhor. Todas as pessoas que se convertiam a Cristo imediatamente saiam
cooperando com Cristo na expansão do seu evangelho (Jo 4.28-39). O próprio
Jesus Cristo, mesmo depois de ter subido ao céu, continuou cooperando com
os seus discípulos e “confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam.”
(Mc 16.20)

ANOTAÇÕES
28 DE OUTUBRO

LIÇÕES DO DIA DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO


Romanos 16.23b

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Paulo envia uma saudação de Erasto, um


funcionário público da cidade de Corinto que havia se convertido ao Senhor.
No dia 28 de outubro de cada ano se comemora o Dia do Funcionário Público.
A data foi instituída no governo do presidente Getúlio Vargas, através da cria­
ção do Conselho Federal do Serviço Público Civil, em 1937. Os salários dos
funcionários públicos são pagos pelos cofres públicos. Se for municipal, são
pagos pelas prefeituras; se estadual, pelos governos estaduais; e se federal, pagos
pelos cofres da União. Os servidores públicos devem ser prestativos e educados,
pois trabalham para atender a população civil de uma localidade. Em épocas de
tantas denúncias de corrupção de políticos e servidores públicos, é preciso uma
busca maior pela ética e pela honestidade em tudo aquilo que fazemos no nosso
dia a dia. A Bíblia nos conta a história de muitos servidores públicos, e exalta a
honestidade e fidelidade de cada um na função que ocuparam.

I. ERASTO - UM FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONVERTIDO AO SENHOR


1. Erasto era um funcionário público de grande dignidade e a sua conversão
ao evangelho foi a prova do maravilhoso sucesso do trabalho do apóstolo Paulo
na cidade de Corinto. O nome “Erasto”, significa “amado”, e é mencionado cerca
de três vezes na Bíblia (At 16.21-22; Rm 16.23 e 2Tm 4.20).
2. Em 1929, entre as ruínas escavadas na cidade grega de Corinto foi des­
coberta uma inscrição em um bloco de mármore usado para calçamento de
uma praça, contendo uma inscrição em latim que declara ser Erasto o encar­
regado de obra pública de Corinto. A pedra, doada por Erasto, possivelmente
foi assentada com muitas outras nos anos da década de 50 do primeiro século.
Erasto teria doado fundos para projetos como a construção de prédios e ruas
públicas. O termo grego usado por Paulo para “administrador”, “procurador”
ou “tesoureiro” dependendo da tradução é “oikonomos”, termo apropriado
para descrever o “aedile”, vocábulo também aplicado para um “supervisor de
obras públicas”.
3. A Bíblia nos mostra a história de muitos funcionários públicos convertidos
ao Senhor Jesus Cristo, e a própria escolha de um funcionário público chamado
Mateus para ser um dos seus apóstolos (Mt 9.9-10). Jesus Cristo repreendeu a
incredulidade de alguns judeus e previu a entrada de publicanos redimidos e
meretrizes redimidas no Reino de Deus antes mesmo deles (Mt 21.31-32).
4. Lucas também registrou que muitos funcionários públicos foram atraídos
pela mensagem de João Batista e foram aconselhados a não serem corruptos:
“Foram também publicanos para serem batizados e perguntaram-lhe: Mestre,

616 I 28 DE OUTUBRO
que havemos de fazer? Respondeu-lhes: Não cobreis mais do que o estipulado.”
(Lc 3.12-13).

II. DANIEL - UM FUNCIONÁRIO PÚBLICO HONESTO E FIEL


1. Daniel foi um grande servidor público da Babilônia e deixou para todos
os seus colegas de trabalho um exemplo de honestidade e fidelidade na fun­
ção pública que ocupava (Dn 6.4). A Bíblia também revela a honestidade de
Neemias como um homem público que abria mão de seu próprio salário para
beneficiar os mais pobres (Ne 5.14).
2. O governador Neemias revela o critério para nomear pessoas para o ser­
viço público, dizendo: “Eu nomeei Hanani, meu irmão, e Hananias, maioral do
castelo, sobre Jerusalém. Hananias era homem fiel e temente a Deus, mais do
que muitos outros.” (Ne 7.2).
3. A Bíblia revela que o rei Josafá fortaleceu o Poder Judiciário no Reino de
Judá e cobrou honestidade dos funcionários da justiça, dizendo: “Agora, pois,
seja o temor do SENHOR convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque não há
no SENHOR, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele suborno.”
(2Cr 19.5-7).
4. Lucas também registrou o conselho que João Batista deu aos policiais
sobre a forma correta de atender a população evitando a corrupção: “Também
soldados lhe perguntaram: E nós, que faremos? E ele lhes disse: A ninguém
maltrateis, não deis denúncia falsa e contentai-vos com o vosso soldo.” (Lc 3.14).
Lucas ainda registrou a conversão de um famoso servidor público chamado Za-
queu ao Senhor Jesus Cristo e sua disposição de ressarcir o dinheiro porventura
obtido por corrupção (Lc 19.8-10).
CONCLUSÃO: Parabenizamos a todos os funcionários públicos que atendem a
população com educação e paciência, e todos os agentes públicos que trabalham
com honestidade e responsabilidade no trato com a coisa pública (Cl 3.23-25)

ANOTAÇÕES
29 DE OUTUBRO

AS LIÇÕES DO DIA NACIONAL DO LIVRO


Eclesiastes 12.12

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão já preconizava a capaci­


dade ilimitada das editoras produzirem livros. No dia 29 de outubro de cada
ano se comemora no Brasil o Dia Nacional do Livro. Foi no dia 29 de outubro
de 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, quando
então foi fundada a Biblioteca Nacional. O Brasil passou a editar livros a partir
de 1808 quando Dom João V I fundou a Imprensa Régia, e o primeiro livro
editado foi “MARÍLIA DE DIRCEU”, de Tomás Antônio Gonzaga. O primeiro
livro do mundo que se tem registro são trechos de poemas sobre um rei da
Mesopotâmia. Esse livro foi escrito em cerâmica e pedra, como era o costume
na época. Entretanto, o primeiro livro a ser impresso no mundo foi a Bíblia em
1455, por John Gutenberg, o inventor da imprensa. Ele inventou a prensa de
tipos móveis, em 1439, que revolucionou a produção de livros da época. Graças
a essa invenção, os livros, que antes eram reproduzidos à mão, passaram a ser
impressos e produzidos de forma mais rápida e barata. Essa invenção foi de
extrema importância na época do Renascimento, pois favoreceu a circulação de
idéias e conhecimentos de forma mais rápida. O invento também favoreceu o
processo das grandes Reformas Religiosas no século XVI.

I. A ORIGEM DO LIVRO NA HISTÓRIA


1. O primeiro livro mencionado na Bíblia é o “Livro da genealogia de Adão”
ou “Livro das gerações de Adão” (Gn 5.1). Certamente Moisés utilizou de regis­
tros antigos para escrever o livro canônico de Gênesis, e este “Livro das gerações
de Adão” foi uma das obras pesquisadas. O livro tem aproximadamente seis mil
anos de história para ser contada. O homem utilizou os mais diferentes tipos de
materiais para registrar a sua passagem pelo planeta e difundir seus conheci­
mentos e experiências.
2. Os sumérios guardavam suas informações em tijolo de barro. Os india­
nos faziam seus livros em folhas de palmeiras. Os maias e os astecas, antes do
descobrimento das Américas, escreviam os livros em um material macio exis­
tente entre a casca das árvores e a madeira. Os romanos escreviam em tábuas
de madeira cobertas com cera. Os egípcios desenvolveram a tecnologia do pa­
piro, uma planta encontrada às margens do rio Nilo, suas fibras unidas em tiras
serviam como superfície resistente para a escrita. Os rolos com os manuscritos
chegavam a 20 metros de comprimento. A palavra “papiryrus”, em latim, deu
origem a palavra “papel”.
3. Nesse processo de evolução surgiu o pergaminho feito geralmente da pele
de carneiro, que tornava os manuscritos enormes, e para cada livro era neces-

618 | 29 DE OUTUBRO
sária a morte de vários animais. O papel como conhecemos surgiu na China no
início do século 2, através de um oficial da corte chinesa. O papel é considerado
o principal suporte para divulgação das informações e conhecimento humano.
Por isso, já dizia o sábio Salomão: “Demais, filho meu, atenta: não há limite para
fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne” (Ec 12.12).
4. A Bíblia é um livro insuperável e incomparável. Por mais que os homens
zombem da Bíblia e deixem de crer nela, ela continua sendo a inconfundível e
inerrante Palavra de Deus (Mt 24.35). Da mesma forma que Deus continua sen­
do Deus independente dos ateus crerem ou não; a Bíblia continua sendo o Livro
dos livros, independente dos críticos aceitarem ou não (Jo 5.39 e 2Tm 3.16).

II. A IMPORTÂNCIA DO LIVRO NAS ESCRITURAS


1. Nos dias de Abraão a capacidade literária do homem já havia atingido um
grau notável de adiantamento. A praxe de registrar eventos importantes era co­
mum desde o alvorecer da História Universal, dando certo que os primeiros even­
tos do livro canônico de Gênesis podiam ter sido registrados em documentos
contemporâneos daqueles fatos, o que é muitíssimo verossímil, tornando mais e
mais crível que desde o princípio, Deus preparou o núcleo de sua Palavra e supe­
rintendeu a sua transmissão e desenvolvimento através das eras, confirmando a
tese de que “As Escrituras Sagradas não exigem credulidade cega por parte daque­
les que a examinam a fim de estudá-las, mas sim, crença inteligente fundamenta­
da na base de fatos críveis”. O Senhor ordenou a Moisés que repetisse a Josué um
memorial sobre a destruição do povo amalequita escrito em um livro (Êx 17.14).
2. A Bíblia já revela Moisés com um livro pronto em suas mãos para fazer
a leitura perante o povo, dizendo: “E tomou o livro da aliança e o leu ao povo; e
eles disseram: Tudo o que falou o SENHOR faremos e obedeceremos.” (Êx 24.7).
3. O Cristão precisa gostar de ler bons livros. Em primeiro lugar, a Bíblia, o
Livro dos livros; e, em segundo lugar, outros livros que podem contribuir para o
seu crescimento moral, intelectual e espiritual (Js 1.8). Segundo o pensador bra­
sileiro Mario Quintana: “O verdadeiro analfabeto é aquele que aprendeu a ler e
não lê”. O apóstolo Paulo já havia aconselhado ao jovem obreiro Timóteo, dizen­
do: “Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino” (lTm 4.13).
4. O apóstolo Paulo também revelou o apego que tinha aos livros e no final
de sua vida ainda fez um pedido a Timóteo, dizendo: “Quando vieres, traze a
capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os
pergaminhos.” (2Tm 4.13).
CONCLUSÃO: Celebremos esta data importante, agradecendo a Deus por nos
ter dado em forma de livro a sua preciosa e rica palavra. Neste Dia do Livro,
louvemos a Deus pela existência da Bíblia, e de tantos outros livros importantes.
Pois, a existência da Bíblia como livro é o maior benefício que a raça humana
já experimentou!

619
30 DE OUTUBRO

A UNIDADE DA FÉ
Efésios 4.13

INTRODUÇÃO: Nós vamos aprender através deste texto sagrado sobre a uni­
dade da fé. A palavra unidade tem origem no termo latim “unitas” e designa a
qualidade do que é único ou indivisível. No hebraico, o termo é “yahad” que
nos traz a ideia de unanimidade de sentimento, afeição, ou conduta existente
no meio do povo de Deus (SI 133.1); já na língua grega, o vocábulo é “henotes”
que aponta para uma unanimidade cristã nas verdades da palavra de Deus. A
unidade da fé se refere a união do povo de Deus na crença em uma só doutri­
na, e em um só evangelho. A nossa crença nunca esteve tão dividida como nos
dias atuais. Cada igreja cristã parece ter um evangelho particular só para aquele
determinado seguimento. Entretanto, todos nós que professamos a fé cristã pre­
cisamos ser unânimes naquilo que acreditamos.

I. UNIDADE DOUTRINÁRIA
1. A Igreja do Senhor Jesus Cristo necessita de unidade doutrinária. Porque
possuímos um só livro - a Bíblia Sagrada, e somos tão diferentes uns dos outros
na Doutrina? A unidade da fé tem o objetivo de promover uma unidade doutri­
nária entre o povo de Deus. O apóstolo Paulo defendeu esta unidade, dizendo:
“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo
ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em
um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica;” (Fp 1.27).
2. O apóstolo Paulo já alertava a Igreja de Corinto sobre o perigo da falta
de unidade doutrinária, dizendo: “Mas receio que, assim como a serpente enga­
nou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se
aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém,
prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que
não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de
boa mente, o tolerais.” (2Co 11.3-4).
3. O apóstolo Paulo também advertiu os crentes da Galácia sobre o perigo
da falta de unidade doutrinária, dizendo: “Admira-me que estejais passando tão
depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o
qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o
evangelho de Cristo.” (G1 1.6-7).
4. O apóstolo Paulo pediu a Timóteo que ensinasse ao povo a unidade dou­
trinária (lT m 4.6). O Apóstolo Judas Tadeu no exorta a batalharmos diligente­
mente pela unidade doutrinária que aprendemos, dizendo: “Amados, quando
empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação,
foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a bata-

620 I 30 DE OUTUBRO
lhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.”
(Jd 1.3).

II. TIPOS DE UNIDADE NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia nos fala de vários tipos de unidade. O Senhor Jesus Cristo orou
para que sejamos aperfeiçoados na mesma unidade existente entre o Pai e o
Filho em sua Oração Sacerdotal (Jo 17.22-23). O apóstolo Paulo nos falou da
unidade de pensamento: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes,
sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.”
(IC o 1.10).
2. O apóstolo Paulo ainda nos falou da unidade do Espírito, dizendo: “Es­
forçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da
paz;” (Ef 4.3).
3. O apóstolo Paulo nos apresentou uma lista das Sete Unidades da Fé Cris­
tã, dizendo: “Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chama­
dos numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só
batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos
e está em todos.” (Ef 4.4-6).
4. O apóstolo Paulo ainda nos falou da unidade da fé, dizendo: “Até que
todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus,
à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,” (Rf.4.13).
CONCLUSÃO: A unidade da fé nos ensina sobre a necessidade do povo de Deus
está alinhado na defesa do genuíno Evangelho de Cristo. O apóstolo Paulo pe­
diu unidade aos filipenses, dizendo: “Completai a minha alegria, de modo que
penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o
mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vangloria, mas por humil­
dade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.” (Fp 2.2-3).

ANOTAÇÕES
31 DE OUTUBRO

LIÇÕES DO DIA DA REFORMA PROTESTANTE


Judos 1.3

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Judas Tadeu coloca diante de


nós a responsabilidade de batalharmos pela fé que uma ver por todas foi entre­
gue aos santos. O dia 31 de outubro é lembrado como o Dia da Reforma Protes­
tante. Esse dia marca o início da Reforma Protestante, promovida por Martinho
Lutero. Esse monge Agostiniano se opôs à venda de indulgências, documentos
assinados pelo papa Leão X que garantiam o perdão dos pecados e um lote no
céu. A venda de indulgências era promovida pela Igreja Católica do século XVI.
Os protestantes tinham como objetivo o retorno à doutrina e práticas cristãs ori­
ginais. Para tanto, em 31 de outubro de 1517, Lutero fixou na porta da Igreja do
Castelo de Wittemberg na Alemanha 95 teses combatendo as principais doutri­
nas católicas. As Igrejas Protestantes surgiram a partir desse inconformismo de
Martinho Lutero, em aceitar algumas práticas da Igreja Católica. Lutero atacava
duramente a venda de indulgências, ou seja, a obtenção de perdão para um de­
terminado pecado em troca de dinheiro. Esse manifesto de Lutero com 95 teses,
combatia não só a venda de indulgências, como também outros procedimentos
da Igreja Católica, como a negociação de cargos eclesiásticos. O papa Leão X
exigiu uma retratação de Lutero, ameaçando condená-lo por heresia. Mas Lutero
não voltou atrás e rompeu com a Igreja Católica, dando início à chamada Re­
forma Protestante, movimento que se espalhou pela Europa, impulsionado pela
maior flexibilidade religiosa que oferecia. Lutero foi um homem levantado por
Deus para realizar a maior Reforma Religiosa de todos os tempos, ao não se con­
formar com o mundo da sua época; e conseguiu transformá-lo pela renovação
do seu entendimento das Escrituras Sagradas (Rm 12.2). A Reforma Protestante
nos deixou como legado cinco grandes pilares: I o- Sola Scriptura (Somente a Es­
critura); 2o- Solus Christus (Somente Cristo); 3o- Sola Gratia (Somente a Graça);
4°-Sola Fide (Somente a Fé); e, 5o- Soli Deo Gloria (Somente a Deus Glória).

1o. SOLA SCRIPTURA (SOMENTE A ESCRITURA).


1. “Escritura” é o nome mais apropriado para a Bíblia Sagrada como sendo
Escritos divinamente inspirados por Deus (lT m 3.16). Acreditamos nas Escri­
turas Sagradas como sendo o sopro de Deus e possuidora de autoridade defini­
tiva sobre a nossa conduta e fé. Sola Scriptura é o ensinamento de que a Bíblia é
a única palavra autorizada e inspirada por Deus, e é única fonte para a doutrina
cristã, sendo acessível a todos (2Tm 3.16-17). Foi com este pilar que o rei Josias
impactou todo o reino de Judá (2Rs 23.1-3).
2. Somente a Escritura é o grito dos reformadores para que a Palavra de
Deus volte a ocupar a primazia no culto (Cl 3.16). Somente a Escritura é o grito
dos reformadores de que a Palavra de Deus deve ser prioridade no ministério

622 | 31 DE OUTUBRO
eclesiástico (At 6.4). Somente a Escritura é o grito dos reformadores para que
voltemos a examinar diariamente as Escrituras (Jo 5.39).
3. Somente a Escritura é o grito dos reformadores para que não corramos o
erro de não conhecer as Escrituras e nem o poder de Deus (Mt 22.29). Somente a
Escritura é o grito dos reformadores para que aceitemos a Escritura como a inspira­
da Palavra de Deus e única regra de fé e prática para as nossas vidas (2Tm 3.16-17).

2o. SOLUS CHRISTUS (SOMENTE CRISTO).


1. Cristo é o termo usado em português para traduzir a palavra grega “Chis-
tus” que significa “Ungido”. O termo grego, por sua vez, é uma tradução do
vocábulo hebraico “Mashiach”, transliterado para o português como “Messias”.
Cristo é exatamente aquilo que foi revelado pelo Pai a Pedro: “Tu és o Cristo, o
Filho do Deus vivo.” (Mt 16.16). Somente Cristo era o grito dos reformadores
contra a mariolatria e outras formas de idolatria que dominava a Igreja Católica
naquela época e ainda hoje. Somente Cristo é o ensinamento de que Cristo é o
único mediador entre Deus e a humanidade, e que não há salvação através de
nenhum outro (lT m 2.5 e At 4.12).
2. Somente Cristo é o ensinamento que Cristo deve ser o assunto principal
da nossa pregação (IC o 2.2). Somente Cristo é o ensinamento de que Cristo é o
único caminho que leva o homem a Deus. Jesus Cristo não é um dos caminhos,
Ele é o Único Caminho que nos conduz ao Pai (Jo 14.6). Somente Cristo é o
grito dos reformadores para que Cristo e somente Cristo seja o nosso principal
alvo de contemplação (Hb 12.2).
3. Somente Cristo é o grito dos reformadores de que Jesus Cristo é a Pedra
Principal e único fundamento que sustenta a Igreja (IC o 3.11). Somente Cristo
é o grito dos reformadores para que Cristo volte a ocupar a primazia na Igreja.
Cristo é a Cabeça da Igreja e não o homem (Cl 1.17-19).

III. SOLA GRATIA (SOMENTE A GRAÇA)


1. A palavra “Graça” é um substantivo oriundo do termo latim “gratia” e
significa benevolência, mercê, estima ou um favor que se dispensa ou recebe.
No grego, o termo é “charis”, que nos traz a ideia de um amor incondicional, um
dom gratuito, um favor imerecido e uma generosidade espontânea; e na língua
hebraica o termo é “chen”, que se traduzem também por misericórdia e favor.
Somente a graça é o grito dos reformadores de que a salvação é obra da graça
divina e não do esforço humano (Ef 2.8).
2. Somente a graça é o ensinamento de que a salvação vem por graça divina
apenas, e não como algo merecido pelo pecador (At 15.11). Somente a graça é o
ensinamento de que a graça é suficiente para a salvação de todos os homens, e
nada precisa ser acrescentado ao Evangelho da Graça (Tt 2.11).
3. Somente a graça é o ensinamento de que temos a remissão dos pecados
segundo a riqueza da sua graça (Ef 1.7). Somente a graça é o ensinamento de que
transbordou a graça de nosso Senhor Jesus Cristo com fé e amor que há em Cristo
Jesus, e nada mais precisa ser pago para alcançarmos a salvação eterna ( lTm 1.14).

623
IV. SOLA FIDE (SOMENTE A FÉ).
1. A palavra “fé” vem do vocábulo latim “fides” que se traduz também pôr
fidelidade; no original grego o termo é “pistis” que se traduz por crença e no
hebraico, o termo é “emunah”, que se traduz por fidelidade e confiança plena.
Porém, segundo os estudiosos do assunto: “Existem diferença entre fé e crença.
Você pode crer em qualquer coisa, mas a fé só pode ser no Senhor, pois a fé vem
somente de uma maneira e é ouvindo a palavra do Eterno”.
2. Somente a Fé é o grito dos reformadores de que a justificação é recebida
somente pela fé, sem qualquer interferência ou necessidade de boas obras, em­
bora na teologia protestante clássica, a fé salvadora é sempre evidenciada, mas
não determinada pelas boas obras (Rm 5.1). Somente a Fé é o ensinamento de
que embora a salvação seja por exclusiva obra da graça divina, a fé é o único
meio de obtê-la (Ef 2.8).
3. Somente a Fé é o ensinamento de que Jesus Cristo é o autor e consuma-
dor da nossa fé (Hb 12.2). Somente a Fé é o ensinamento de que o fim da nossa
fé é a salvação da nossa alma (lP e 1.9). Somente a Fé é o ensinamento de que a
nossa vitória sobre o mundo se dá através da nossa fé (1 Jo 5.4). Somente a Fé é o
ensinamento de que devemos batalhar diligentemente pela fé que uma vez por
todas foi entregue aos santos (Jd 1.3).

V. SOLI DEO GLORIA (SOMENTE A DEUS GLÓRIA).


1. A palavra “glória” no hebraico é “hesed” ou “kavod”, e significa “esplen­
dor”, “brilho”, “deslumbramento”, “fulgor”, “refulgência” “resplandecência”,
“magnificência”, etc. Todos os predicados para expressar o significado de glória
são devidos exclusivamente a Deus. Somente a Deus a Glória é o grito dos refor­
madores de que toda a glória é devida somente a Deus: “Porque dele, e por ele, e
para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36).
2. Enquanto a Igreja Católica Romana buscava a glória dos papas, e os pa­
gãos davam glória aos seus imperadores, Deus nos faz lembrar que não divide
sua glória com ninguém (Is 42.8). O homem não foi feito para ter glória, mas
sim para dá glória ao Deus Todo Poderoso (SI 96.7).
3. Somente a Deus a Glória é darmos ao mundo a mesma resposta que Jesus
Cristo deu ao diabo na tentação no deserto, dizendo: “Somente a Deus adorarás e
só a Ele prestarás culto” (Mt 4.10 e Rm 1.21-25). Somente a Deus a glória é o reco­
nhecimento de que tudo o que fizermos deve ser para a Glória de Deus (IC o 10.31).
CONCLUSÃO: O legado da Reforma é continuarmos defendendo as Doutrinas
Fundamentais da Fé Cristã; e, através destes grandes pilares que sustentam a
Igreja podemos enfrentar e vencer todos os modismos, inovações, heresias, e as
vãs e sutis filosofias do nosso tempo. Martinho Lutero foi o homem escolhido
por Deus para dar início a maior Reforma Religiosa da Cristandade. Que possa­
mos manter os princípios que norteiam a nossa fé; e nos apegar às verdades que
ouvimos deste o princípio, a fim de que, jamais nos desviemos delas (Hb 2.1).

624 | 31 DE OUTUBRO
SERMÕES PARA O MÊS DE
1 DE NOVEMBRO NOVEMBRO

A UNIDADE DO ESPÍRITO
Efésios 4.3

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos fala sobre a preser­
vação da unidade do Espírito. O Espírito Santo é o Espírito da unidade cristã.
As pessoas que promovem divisões são carnais e não tem o Espírito (Jd 1.19).
Os que tem o Espírito Santo promovem harmonia, união e são pacificadores. A
preservação da unidade do Espírito não é uma tarefa fácil; por isso, Paulo afir­
ma que deve haver um esforço de forma bem diligente para que esta unidade
seja mantida entre o povo de Deus. É possível e perfeitamente normal que haja
discordância por parte daqueles que não concordam com algumas decisões ar­
bitrárias de alguns líderes; porém, tanto os líderes como seus liderados devem
se esforçarem para chegarem em um acordo que seja o melhor para a obra de
Deus, e não apenas para seus interesses pessoais ou de um determinado grupo.
A unidade do Espírito existe para promover a união do povo de Deus e promo­
ção do crescimento do Reino de Deus na terra.

I. UM ESFORÇO CONTÍNUO PELA PRESERVAÇÃO DA UNIDADE


DO ESPÍRITO
1. O apóstolo Paulo defende um esforço contínuo por parte de cada um de
nós pela preservação da unidade do Espírito (Ef 4.3). Davi descreveu o esforço
que fazia para promover paz e harmonia entre o povo, dizendo: “Já há tempo
demais que habito com os que odeiam a paz. Sou pela paz; quando, porém, eu
falo, eles teimam pela guerra.” (SI 120.6-7).
2. O salmista comparou a união entre o povo de Deus com a própria unção
derramada sobre Arão, dizendo: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos
os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a
barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.” (SI 133.1-2). A palavra união
aqui no original hebraico é “beychad”, que significa “juntos” ou “unidos”.
3. Jesus Cristo afirmou que: “Desde os dias de João Batista até agora, o rei­
no dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.” (Mt
I I . 12). O esforço pela preservação da unidade do Espírito é também precedido
de grandes embates no Reino de Deus!
4. O apóstolo Paulo nos revelou o esforço que fazia pela harmonia de sua
própria consciência para com Deus, dizendo: “Por isso, também me esforço por
ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens.” (At 24.16). O após­
tolo Paulo ainda aconselhou que haja um esforço de cada um de nós pela pre­
servação da unidade do Espírito entre o povo de Deus (IC o 1.10).

625
II. A PAZ É 0 VÍNCULO QUE PROMOVE A UNIDADE DO ESPÍRITO
1 .0 apóstolo Paulo afirma que a paz é o vínculo responsável pela preserva­
ção da unidade do Espírito (Ef 4.3). Jesus Cristo nos aconselhou, dizendo: “Bom
é o sal; mas, se o sal vier a tornar-se insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende
sal em vós mesmos e paz uns com os outros.” (Mc 9.50). O sal da harmonia, da
comunhão e da paz não pode perder o sabor!
2. Lucas registrou um período de paz e harmonia na Igreja Primitiva, dizen­
do: “A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edifi-
cando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo,
crescia em número.” (At 9.31).
3. O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Se possível, quanto depender de
vós, tende paz com todos os homens;” (Rm 12.18). O apóstolo Paulo escreveu
novamente, dizendo: “Porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em
todas as igrejas dos santos,” (IC o 14.33).
4. O apóstolo Paulo pediu aos crentes de Colossos que a paz de Cristo seja
o próprio árbitro para balizar suas decisões, dizendo: “Seja a paz de Cristo o
árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e
sede agradecidos.” (Cl 3.15).
CONCLUSÃO: Que possamos nos esforçar todos os dias para promovermos a
paz, a harmonia, e a união entre o povo de Deus. Nós somos pela paz e não pela
confusão; nós somos pela concórdia e não pela discórdia; somos pela unidade
do Espírito através do vínculo da paz!

ANOTAÇÕES

626 I ID E NOVEMBRO
2 DE NOVEMBRO

0 ESPÍRITO DE VIDA
Romanos 8.2

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo declara que a lei do Espí­
rito da vida nos livrou da lei do pecado e da morte por meio de Jesus Cristo. O
dia 02 de novembro é lembrado no Brasil como o “Dia de Finados”, uma cria­
ção da Igreja Católica que reza pelos mortos neste dia. Entretanto, os cristãos
evangélicos não celebram o “dia de finados” ou “dia dos mortos”; pois, o próprio
Senhor Jesus Cristo afirma que já passamos da morte para a vida (Jo 5.24). A
nossa celebração deve ser da vida, e não da morte. O Espírito Santo que habita
em nós é por excelência o Espírito de Vida. A Bíblia diz que, por causa do pe­
cado, a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12). De
certa forma, não há nada de errado em se lembrar de um ente querido que dei­
xou muita saudade; porém, não é certo orar ou rezar por mortos; pois, a Bíblia
diz que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o
juízo” (Hb 9.27). Portanto, orar ou rezar pelos mortos não irá alterar em nada o
seu curso ou destino. As pessoas devem se entregarem a Cristo enquanto estão
vivas. Assim, o crente salvo em Cristo, tem a esperança de que: “O Espírito Da­
quele que ressuscitou a Jesus dos mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo
Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do
seu Espírito, que em vós habita” (Rm 8.11).

I. AS PESSOAS QUE MORREM SALVAS CONTINUAM VIVAS PARA DEUS


1. De acordo com as Escrituras devemos orar pelas pessoas enquanto estão
vivas (lTm .2.1-2). Pois, a Bíblia diz que, Davi orou por seu primeiro filho com
Bate-Seba, enquanto estava vivo; após seu filho morrer, ele se levantou da ora­
ção e foi se alimentar, na certeza que um dia se encontraria com o seu filho na
eternidade (2Sm 11.18-23).
2. A atitude de Davi foi mal interpretada pelas pessoas em sua volta,
que, julgaram este ato de Davi como desrespeito para com a criança morta,
e questionaram a ele, dizendo: “Que é isto que fizeste? Pela criança viva je-
juaste e choraste; porém, depois que ela morreu, tu levantaste e comeste pão”
(2Sm 12.21). Porém, Davi lhes respondeu, dizendo: “Vivendo ainda a crian­
ça, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o Senhor se compadecerá de
mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, porque jejuaria
eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará a mim”
(2Sm 12.22-23).
3. Jesus Cristo afirmou que o Nosso Deus “não é Deus de mortos, e sim de
vivos” (Mt 22.32). Pois, os que partem salvos desta vida não morrem, permane­
cem vivos para Deus. Por isso que, Ele não é Deus de mortos e sim de vivos. O
apóstolo Paulo revela a esperança que os crentes salvos possuem de se encontrar
com os seus entes queridos e pessoas que morreram salvas (lT s 4.13-14).

II. O ESPÍRITO SANTO É O ESPÍRITO DE VIDA


1. O Espírito Santo é sempre revelado nas Escrituras como o Espírito de
Vida (Gn 1.2 e SI 104.30). A Palavra de Deus declara que: Ό Espírito de Deus
me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida.” (Jó 33.4). O fôlego de vida que
temos foi dado pelo Espírito Santo de Deus. O Espírito Santo é por excelência o
Espírito de Vida.
2. O profeta Ezequiel nos revela como o Espírito Santo operou a ressurrei­
ção no vale de ossos secos, dizendo: “Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos qua­
tro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. Profetizei
como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé,
um exército sobremodo numeroso.”. (Ez 37.9-10).
3. O Espírito Santo é o Espírito de Vida. O apóstolo Paulo afirma que: “O
pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz” (Rm 8.6).
Nós celebramos a vida que Deus nos deu através de Jesus Cristo e do Espírito
de Vida que habita em nós! O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Porque o que
semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito
do Espírito ceifará a vida eterna.” (G1 6.8).
CONCLUSÃO: O Espírito de Vida convida todos para terem vida eterna gra­
tuita, dizendo: “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem!
Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água viva” (Ap
22.17). Nós não celebramos o dia dos mortos, e sim o dia dos vivos! Pois a Pala­
vra de Deus diz: “Os vivos, os vivos, esses te louvarão, como eu hoje faço; o pai
aos filhos fará notória a tua verdade.” (Is 38.19).

ANOTAÇÕES

628 | 2 DE NOVEMBRO
3 DE NOVEMBRO

VOCÊ É UM VASO DE HONRA


2T im óteo 2.20-21

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo utiliza a metáfora de uma


casa onde possui diversos tipos de vasos para nos ensinar lições espirituais impor­
tantes sobre os tipos de pessoas dentro da Casa do Senhor. Alguns vasos brilham
como o ouro, outros como a prata, outros como a madeira e ainda outros como o
barro. No Reino de Deus, alguns possuem um ministério brilhante como o ouro,
mas continuam sendo vasos de barro; outros possuem o brilho da prata; mas con­
tinuam sendo vasos de barro; outros podem ser úteis como a madeira; mas con­
tinuam sendo vasos de barro; e outros que são de cerâmica, porcelana ou barro;
continuam sendo o mesmo barro com que foi formado, para que a excelência do
poder seja de Deus, e não de nós (2Co 4.7). Dentro de uma casa existem os vasos
de honra e os vasos para desonra. Um vaso de honra pode ser colocado com flores
em cima de uma mesa para enfeitar; porém, um vaso de desonra pode ser colocado
no canto da cozinha ou do banheiro para ser depósito de lixo. Que possamos nos
santificar a cada dia para sermos vasos de honra na Casa de Deus e não de desonra.

I. A IMPORTÂNCIA DA HONRA NAS ESCRITURAS


1. O termo hebraico para “honra” é “kavóhdh”, que significa “peso”, trazen­
do a ideia de algo que tem preço, valor ou importância. No grego, o substantivo
“timé” para “honra”, também nos transmite a ideia de “estima”, “valor”, e “algo
precioso”. O vaso de honra é também um vaso escolhido e preciosíssimo para
Deus (At 9.15-16). O profeta Jeremias descreveu como os filhos de Sião eram
vasos preciosos para Deus (Lm 4.2).
2. O apóstolo Paulo faz uma interrogação acerca da soberania de Deus sobre
a utilidade de cada vaso, dizendo: “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para
da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Rm 9.21).
3. O sábio rei Salomão afirmou que: “O que segue a justiça e a bondade
achará a vida, a justiça e a honra.” (Pv 21.21). O sábio Salomão ainda escreveu
que: “A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra.”
(Pv 29.23).
4. O Senhor prometeu uma honra dupla para os que Ele deseja honrar, di­
zendo: “Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta,
exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis
perpétua alegria.” (Is 61.7).

II. OS VASOS DE HONRA SÃO VASOS PURIFICADOS


1. Os vasos de honra devem ser vasos purificados. Paulo deixa claro neste
texto que: “Se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santifica-

629
do e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra.” (2Tm 2.21).
Existe uma condicional para o vaso se tornar vaso de honra!
2. O sábio Salomão escreveu, dizendo: “Tira da prata a escória, e sairá vaso
para o ourives;” Pv 25.2). O vaso de honra precisa ser purificado de toda escó­
ria. O profeta Isaías menciona os filhos de Israel trazendo ofertas “Em vasos
puros à Casa do SENHOR.” (Is 66.20).
3. Davi era um vaso de honra; porém, precisou clamar a Deus por purifica­
ção, dizendo: “Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais
alvo que a neve.” (SI 51.7). Na mesma oração Davi novamente implorou a Deus
por purificação, dizendo: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova
dentro de mim um espírito inabalável.” (SI 51.10).
4. O apóstolo Paulo exortou a todos nós, dizendo: “Tendo, pois, ó amados,
tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do
espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.” (2Co 7.1). Pau­
lo ainda reforçou a necessidade de possuirmos o nosso vaso em santificação
e honra, dizendo: “Cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e
honra,” (lT s 4.4).
CONCLUSÃO: Que possamos nos purificarmos a cada dia para sermos vasos
de honra na Casa do Senhor. O apóstolo João ainda nos falou desta necessidade
que temos de nos mantermos puros, dizendo: “E a si mesmo se purifica todo o
que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.” ( ljo 3.3).

ANOTAÇÕES

630 | 3 DE NOVEMBRO
4 DE NOVEMBRO

DEUS É O NOSSO REFÚGIO E FORTALEZA


Salmo 46.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista apresenta Deus como: Refúgio,


Fortaleza, e Socorro presente na angústia. Os Salmos 23, 46 e 91 são os três Sal­
mos mais conhecidos e citados da Bíblia. Este Salmo 46, assim como tantos ou­
tros conhecidos textos sagrados tem consolado e confortado milhões e milhões
de pessoas através da história. O salmista afirma que “Deus é...” Deus sempre é
Deus e nunca deixou de Ser. Sempre houve através dos séculos, e ainda existem
em nossos dias, momentos tão conturbados ao redor do mundo que chegamos
a pensar que as coisas fugiram do controle de Deus; entretanto, o Nosso Deus
nunca perdeu o controle da história e sempre intervirá no momento certo.

I. DEUS É O NOSSO REFÚGIO


1. A primeira coisa que o salmista chama Deus é de Refúgio. O refúgio
sempre nos traz a ideia de abrigo e de proteção. Quando acontece uma tempes­
tade, tanto as pessoas como os animais logo correm para um abrigo, um lugar
coberto que lhe proteja da chuva ou da tempestade. Deus é esse abrigo seguro
que nos protege das intempéries da vida (Na 1.7).
2. Deus ordenou que Israel separasse seis cidades de refúgio para abrigar
o criminoso involuntário e protegê-lo das mãos do vingador (Nm 35.6-15). Se
Deus se preocupou em abrigar criminosos involuntários nas cidades de refúgio,
Ele mesmo se torna o refúgio e o abrigo seguro para os que nele se refugiam.
3. Davi havia declarado que: Ό SENHOR é também alto refúgio para o
oprimido, refúgio nas horas de tribulação.” (SI 9.9). Não existe refúgio mais
seguro e abrigo mais confortável do que o Senhor Jesus Cristo. O profeta Isaías
também escreveu, dizendo: “Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do
necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o
calor;” (Is 25.4).

II. DEUS É A NOSSA FORTALEZA


1. A segunda coisa que o salmista chama Deus é de Fortaleza. A fortaleza
nos traz a ideia de segurança. Na antiguidade, as cidades construíam grandes
fortalezas de pedras para se protegerem de inimigos invasores. Porém, somente
o Nosso Deus é uma Fortaleza indestrutível, e quem busca proteção no Nome
do Senhor sempre estará seguro (Pv 18.10).
2. O rei Davi já havia declarado Deus como a sua fortaleza, dizendo: “Deus
é a minha fortaleza e a minha força e ele perfeitamente desembaraça o meu
caminho.” (2Sm 22.33).
3. O rei Davi novamente elegeu o Senhor como a sua Fortaleza, dizendo: “O
SENHOR é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR é
a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” (SI 27.1). Davi ainda se dirigiu ao
Senhor como a sua fortaleza, dizendo: “Tirar-me-ás do laço que, às ocultas, me
armaram, pois tu és a minha fortaleza.” (SI 31.4).

III. SOCORRO BEM PRESENTE NA ANGÚSTIA


1. A terceira coisa que o salmista chama Deus é de Socorro bem presente na
angústia. O socorro nos traz a ideia de algo imediato e de algo que precisamos
que chegue com urgência. Deus é essa urgência que precisamos (SI 124.8).
2. A Palavra de Deus afirma que: “Por causa das muitas opressões, os ho­
mens clamam, clamam por socorro contra o braço dos poderosos.” (Jó 35.9). O
salmista Davi celebrou o socorro recebido do Senhor, dizendo: “Na minha an­
gústia, invoquei o SENHOR, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo
ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos.” (SI 18.6).
3. O salmista reconheceu o Senhor como o socorro imediato de todos os
aflitos que o clamam, dizendo: “Pois não desprezou, nem abominou a dor do
aflito, nem ocultou dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro.”
(SI 22.24).

CONCLUSÃO: O salmista reconheceu o Senhor como o seu verdadeiro socorro,


dizendo: “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu
socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra.” (SI 121.1-2). Deus é o nosso
refúgio contra a tempestade; a nossa fortaleza contra os ataques do inimigo; e
nosso socorro em todo o tempo!

ANOTAÇÕES

632 | 4 DE NOVEMBRO
5 DE NOVEMBRO

DEUS VÊ A NOSSA AFLIÇÃO DE PERTO


Êxodo 2.25

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve o momento em que o Senhor des­


ceu pessoalmente ao Egito para se identificar com a aflição do seu povo que
estava sendo escravizado. O Deus da Bíblia é sempre apresentado como o Deus
que vê de perto a aflição do seu povo. Deus viu com os seus próprios olhos a
aflição de seu povo no Egito, e desceu para livrá-lo. Antes de libertar Israel do
Egito, Deus procurou se inteirar pessoalmente da condição de sofrimento do
seu povo. Da mesma maneira, para nos salvar da escravidão do pecado, o Se­
nhor Jesus Cristo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14 e Hb 5.8-9). Moisés
deixou a glória e o conforto do palácio de Faraó para sofrer com o seu povo e
depois libertá-lo (Hb 11.24-26). Jesus Cristo também deixou sua glória celestial
para sofrer conosco, e depois nos libertar da nossa escravidão (Fp 2.5-11 e Hb
2.14-18).

I. DEUS VÊ TUDO O QUE PASSAMOS


1. Algumas pessoas só acreditam na transcendência de Deus, imaginam
que Deus é muito grande para se preocupar com pequenas coisas dos seres hu­
manos. Entretanto, quem tem Deus como um Pai amoroso, acredita sim, que
Ele se preocupa com os problemas pessoais dos seus filhos. A Palavra de Deus
afirma que: “Vendo o Senhor que Lia era desprezada, fê-la fecunda; ao passo
que Raquel era estéril” (Gn 29.31). O Senhor viu de perto o desprezo de Lia, e
compensou seu desprezo por parte de Jacó com a realização do sonho materno!
2. A Bíblia prova que Deus vê tudo o que passamos, dizendo: “Levanta ago­
ra os olhos e vê que todos os machos que cobrem o rebanho são listados, salpi­
cados e malhados, porque vejo tudo o que Labão te está fazendo” (Gn 31.12). O
Senhor vê tudo. Ele vê os que estão nos prejudicando, e peleja em nosso favor
reparando as injustiças que sofremos!
3. O Senhor disse a Moisés: “Certamente, vi a aflição do meu povo, que está
no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofri­
mento; por isso, desci a fim de livrá-lo e para fazê-lo subir daquela terra a uma
terra boa e ampla, terra que mana leite e mel...” (Êx 3.7-8).
4. O Senhor disse a Ezequias: “Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis
que Eu te curarei; ao terceiro dia subirás à Casa do Senhor” (2Rs 20.5). O Senhor
Deus vê os problemas mundiais, nacionais, locais e pessoais, mesmo sendo o
Rei do Universo. Ele viu de perto as lágrimas de Ezequias e revogou a sentença
de morte que havia contra o rei de Judá.
II. DEUS VE A NOSSA HUMILHAÇÃO E AS INJUSTIÇAS QUE SOFREMOS
1. A Palavra de Deus afirma que: “Vendo, pois, o Senhor que se humilha­
ram, veio a palavra do Senhor a Semaías, dizendo: Humilharam-se, não os
destruirei; antes, em breve lhes darei socorro...” (2Cr 12.7). Quando Deus vê
atitudes positivas de nossa parte, Ele nos socorre!
2. Zacarias, filho do sacerdote Joiada, após ser covardemente apedrejado,
reconheceu que Deus vê tudo o que passamos e antes de expirar, exclamou,
dizendo: Ό Senhor o verá e o retribuirá” (2Cr 24.22). O Senhor vê tudo! Ele vê
as justiças, e as injustiças também, e no momento oportuno Ele trata com cada
um, e retribuiu a cada um segundo o seu procedimento (Jr 17.10).
3. A Palavra de Deus afirma que: “Ele perscruta até as extremidades da ter­
ra, vê tudo o que há debaixo dos céus” (Jó 28.24). Nada passam desapercebido
diante dos olhos do Deus que tudo vê. O patriarca Jó fez uma pergunta, dizen­
do: “Ou não vê Deus os meus caminhos e não conta todos os meus passos?” (Jó
31.4). Os olhos de Deus estão sobre os caminhos dos homens e vê todos os seus
passos (Jó 34.21).
4. Os ímpios cometem toda sorte de impiedade, e pensam que Deus não vê
isso, dizendo: “O Senhor não o vê; nem disso faz caso o Deus de Jacó” (SI 94.7).
Enganam-se os que assim pensam! No momento certo Deus retribuiu a cada
um segundo o fruto das suas ações (Jr 32.19). A Bíblia mostra o Senhor Jesus
Cristo vendo de perto até as coisas abstratas e invisíveis que existem em nós:
“Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho, estão perdoa­
dos os teus pecados” (Mt 9.2). Jesus Cristo vê a fé, a disposição, e o esforço de
cada um de nós!
CONCLUSÃO: A Bíblia mostra Deus vendo de perto o arrependimento sin­
cero do povo ninivita (Jn 3.10). A Bíblia mostra Deus vendo a aflição de uma
simples escrava, e saindo em seu socorro (Gn 16.11). Agar, a escrava egípcia,
reconheceu que Deus ver de perto as nossas aflições, e exclamou, dizendo: “Tu
és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê?”
(Gn 16.13).

ANOTAÇÕES

634 | 5 DE NOVEMBRO
6 DE NOVEMBRO

0 PODER ILIMITADO DE DEUS


Jó 37.23

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o poder ilimitado do nosso Deus.
O poder do nosso Deus é tão grandioso que é inalcançável, infinito, inigualável,
inexplicável e imensurável. O Nome Divino nas Escrituras que mais exprime o
grande poder do Deus Onipotente é este: Todo Poderoso. Entre os seres espiri­
tuais criados por Deus podem até existirem anjos poderosos (SI 103.20); porém,
Todo Poderoso é somente o nosso Deus (Gn 17.1). Entre os seres humanos cria­
dos por Deus na terra podem até existirem homens poderosos, porém, Todo
Poderoso é somente o nosso Deus (Dn 4.37). Somente o nosso Deus é Onipo­
tente, Onipresente e Onisciente. Somente o nosso Deus é o Todo poderoso.

I. TODO O PODER PERTENCE A DEUS


1. A Bíblia Sagrada não deixa nenhuma dúvida em suas páginas que todo
o poder pertence a Deus. A Palavra de Deus declara isso, dizendo: “Uma coisa
disse Deus, duas vezes a ouvi: que o poder pertence a Deus.” (SI 62.11). A Cons­
tituição Federativa do Brasil diz logo em seu primeiro artigo a seguinte frase:
“Todo o poder emana do povo”. É lógico que isto está se referindo ao poder
político. Entretanto, mesmo que alguém exerça esse poder político em nome
do povo, o mesmo só se dá por permissão do Deus Todo Poderoso (Rm 13.1).
2. Davi, o mais poderoso rei da História de Israel reconheceu que todo o
poder pertence a Deus, dizendo: “Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder,
e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na
terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe.” (lC r
29.11). Bom seria se todos os governantes reconhecessem isso!
3. O rei Josafá também reconheceu que todo o poder está nas mãos de Deus
e se dirigiu ao Senhor em oração, dizendo: “Ah! SENHOR, Deus de nossos pais,
porventura, não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os
reinos dos povos? Na tua mão, está a força e o poder, e não há quem te possa
resistir.” (2Cr 20.6).
4. A Palavra de Deus afirma que: “A Deus pertence o domínio e o poder; ele
faz reinar a paz nas alturas celestes.” (Jó 25.2). O Deus Todo Poderoso domina
em cima nos céus e embaixo na terra. O profeta Isaías afirma que por ser forte
em poder Deus chama todas as estrelas pelo seu nome e nenhuma só vem a
faltar (Is 40.26). O profeta Jeremias descreveu de forma magistral o inigualável
poder de Deus, dizendo: “Ninguém há semelhante a ti, ó SENHOR; tu és gran­
de, e grande é o poder do teu nome.” (Jr 10.6).
II. JESUS CRISTO É O PRÓPRIO PODER DE DEUS EM AÇÃO NO MUNDO
1. Jesus Cristo é o próprio Poder de Deus em Pessoa. O Senhor Jesus Cristo
nos ensinou na conclusão da Oração do Pai Nosso a quem pertence todo o po­
der, dizendo: “E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é
o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!” (Mt 6.13).
2. O Senhor Jesus Cristo denunciou a falta de conhecimento do poder de
Deus pelos homens, dizendo: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o po­
der de Deus.” (Mt 22.29). Após ressuscitar vitorioso sobre a morte, sobre o in­
ferno e sobre Satanás, o Senhor Jesus Cristo recebeu de Deus Pai todo o Poder,
e exclamou, dizendo: “É-me dado todo o poder no céu e na terra.” (Mt 28.18).
3. O apóstolo Paulo declarou que Jesus Cristo é o próprio Poder de Deus em
Pessoa, dizendo: “Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos,
lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” (IC o 1.24).
4. O próprio Jesus Cristo se revelou como o Deus Todo Poderoso, dizendo:
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e
que há de vir, o Todo-Poderoso.” (Ap 1.8). Para que não paire nenhuma dúvida
sobre a quem pertence mesmo o poder, a grande multidão que João contemplou
no céu mandou ao mundo um recado a quem de fato pertence o poder, dizen­
do: “Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor, nosso
Deus” (Ap 19.1).
CONCLUSÃO: Todo o poder no Universo pertence exclusivamente ao nosso
Deus. É por isso que Ele é conhecido como o Deus Todo-Poderoso. Todas as
manifestações do poder do Senhor do Gênesis ao Apocalipse, emanam de EL-
-Shadday - O Deus Todo Poderoso, e não do povo!

ANOTAÇÕES

636 I 6 DE NOVEMBRO
7 DE NOVEMBRO

AS FORMAS QUE DEUS FALA COM O HOMEM


Jó 33.14

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela sobre as diversas formas de Deus
falar com o homem. É preciso termos sensibilidade espiritual para ouvirmos a
voz de Deus. A Bíblia nos revela Deus falando com o homem de acordo com
o grau de intimidade que cada um tinha com Ele. Para alguns, Deus só falava
através de sonhos, outros através de visões, e outros tinham o privilégio de ou­
vir a voz audível de Deus. O Deus da Bíblia não é como as supostas “divindades”
pagãs adoradas pelas nações idólatras que nada lhes falavam e nem lhes respon­
diam, porque não passavam de ídolos e estátuas que precisavam ser carregadas
pelos seus adeptos. O povo de Israel teve o privilégio de ouvir a voz audível de
Deus no Monte Sinal e exclamaram, dizendo: “Eis aqui o SENHOR, nosso Deus,
nos fez ver a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo;
hoje, vimos que Deus fala com o homem e que o homem fica vivo.” (Dt 5.24).

I. DEUS FALA ATRAVÉS DE SONHOS E VISÕES


1. Os sonhos e visões são dois métodos que Deus sempre usou para falar
com o homem. A Bíblia confirma que Deus fala com o homem através de so­
nhos e visões, e ainda mostra qual o propósito de Deus falar com o homem,
dizendo: “Em sonho ou em visão de noite, quando cai sono profundo sobre os
homens, quando adormecem na cama, então, lhes abre os ouvidos e lhes sela a
sua instrução, para apartar o homem do seu desígnio e livrá-lo da soberba; para
guardar a sua alma da cova e a sua vida de passar pela espada.” (Jó 33.15-18).
2. A Bíblia revela Deus falando em visão com Abrão, dizendo: “Depois des­
tas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas,
Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.” (Gn 15.1). A Bíblia
mostra Deus falando com Salomão a noite, dizendo: “Naquela mesma noite,
Deus apareceu a Salomão e disse-lhe: Pede o que quiseres que eu te dê.” (2Cr
1.7). A Bíblia ainda mostra Deus falando pela segunda vez a Salomão também
durante a noite: “E o SENHOR apareceu de noite a Salomão e disse-lhe: Ouvi
tua oração e escolhí para mim este lugar para casa de sacrifício.” (2Cr 7.12).
3. A Bíblia revela Deus falando com os magos que foram visitar o Menino
Jesus por divina revelação e através de sonhos: “E, sendo por divina revelação
avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes, partiram
para a sua terra por outro caminho.” (Mt 2.12).
4. A Bíblia revela Deus falando com José e Maria através de sonhos para livrar
o Menino Jesus de Herodes: “Eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos,
dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te
lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o menino para o matar.” (Mt
2.13). A Bíblia revela novamente Deus usando o sonho para falar com José e Maria:
“Morto, porém, Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu, num sonho, a José, no
Egito, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel,
porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino.” (Mt 2.19-20).

II. DEUS FALA CONOSCO TAMBÉM DE FORMA AUDÍVEL


1. Para alguns Deus se revelava com mais intimidade, de acordo com o grau
de proximidade que aquela pessoa tinha com Ele. O Senhor mesmo revelou isso,
dizendo: “Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o SE­
NHOR, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. Não é
assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo
com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do SENHOR; por
que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?” (Nm
12. 6- 8).
2. Moisés celebrou o privilégio do povo de Deus ouvir de forma audível a
voz de Deus, dizendo: “Porque quem há, de toda carne, que tenha ouvido a voz
do Deus Vivo falar do meio do fogo, como nós ouvimos, e permanecido vivo?”
(Dt 5.26). A Bíblia revela Deus falando com voz audível com o profeta Samuel,
dizendo: “Então, veio o SENHOR, e ali esteve, e chamou como das outras vezes:
Samuel, Samuel. E disse Samuel: Fala, porque o teu servo ouve.” (ISm 3.10).
3. A Bíblia revela Deus falando de forma audível dos céus após o batismo
de Jesus Cristo, dizendo: “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que
se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo
sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem
me comprazo.” (Mt 3.16-17).
4. A Bíblia mostra Deus falando de forma audível com os apóstolos Pedro,
Tiago e João no Monte da Transfiguração (Mt 17.5-6). A Bíblia descreve Deus
Pai falando de forma audível com seu Filho Jesus Cristo: “Pai, glorifica o teu
nome. Então, veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado e outra vez o
glorificarei. Ora, a multidão que ali estava e que a tinha ouvido dizia que havia
sido um trovão. Outros diziam: Um anjo lhe falou. Respondeu Jesus e disse: Não
veio esta voz por amor de mim, mas por amor de vós.” (Jo 12.28-30)

CONCLUSÃO: Deus continua falando conosco ainda hoje através da sua Palavra,
através dos seus mensageiros, através do seu Filho Jesus Cristo, e através do seu Espí­
rito Santo (Rm 10.17; At 3.21; Hb 1.1-3; e Ap 3.6).

638 I 7 DE NOVEMBRO
8 DE NOVEMBRO

A ETERNIDADE DE DEUS
Salmo 90.2

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a eternidade de Deus. A eterni­


dade pode ser definida como uma existência sem começo e sem fim, sem con­
tagem regressiva ou progressiva, e sem está sujeita a qualquer cronometragem
temporal. Ou seja, é uma duração que não tem começo nem fim, que prescinde
de qualquer determinação cronológica. A palavra “eternidade” no hebraico é
“olam”, que nos traz o significado de “para sempre”. Neste sentido, o nosso Deus
é sempiterno, perene, contínuo, eterno e infinito. Deus só criou o calendário cro­
nológico para introduzir a sua Criação terrena (Gn 1.5), e para regular o tempo
cronológico para cada propósito debaixo do céu (Ec 3.1). Entretanto, Deus não
está sujeito ao tempo, e sim os homens. A Palavra do Senhor descreve a imensi­
dão e eternidade do nosso Deus, dizendo: “Eis que Deus é grande, e nós o não
compreendemos, e o número dos seus anos não se pode calcular” (Jó 36.26).
I. DEUS É IMUTÁVEL E NÃO ESTÁ SUJEITO AO DESGASTE DO TEMPO
1. Todas as coisas existentes neste mundo estão sujeitas ao desgaste por cau­
sa do tempo e passarão; porém, o nosso Deus não sofre nenhuma mudança ou
sombra de variação. O apóstolo Tiago escreveu isso, dizendo: “Toda boa dádiva
e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há
mudança, nem sombra de variação.” (Tg 1.17).
2. Após pesquisar o nascimento e morte de algumas estrelas, a própria ciên­
cia já descobriu que o sol, a lua, e os astros não são eternos. Entretanto, o nos­
so Deus continuará brilhando eternamente. O apóstolo João escreveu isso no
Apocalipse, dizendo: “E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela
resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua
lâmpada.” (Ap 21.23).
3. Tanto a terra como os próprios céus atmosféricos e planetários passarão;
porém, o nosso Deus permanecerá eternamente. A Palavra do Senhor confirma
isso, dizendo: “Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas
mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, enve­
lhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados. Mas tu és o mesmo, e os
teus anos nunca terão fim.” (SI 102.25-27).
4. O profeta Isaías nos falou da transitoriedade dos céus e da terra, e descreve
a salvação eterna do nosso Deus, dizendo: “Levantai os olhos para os céus e olhai
para a terra embaixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra enve­
lhecerá como um vestido, e os seus moradores morrerão como mosquitos, mas a
minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será anulada.” (Is 51.6).
5. O Senhor Jesus Cristo também descreveu a transitoriedade dos céus e da
terra e a eternidade de sua Palavra, dizendo: “O céu e a terra passarão, mas as
minhas palavras não hão de passar.” (Mt 24.35). O salmista já havia declarado
isso, dizendo: “Para sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu.” (SI
89.20). O Escritor da Carta aos Hebreus também nos falou da imutável e eterna
Pessoa do Senhor Jesus Cristo, dizendo: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje,
e eternamente.” (Hb 13.8).
II. DEUS É DEUS DE ETERNIDADE A ETERNIDADE
1. A Bíblia nos revela em suas páginas que o nosso Deus é Deus de eternida­
de a eternidade. O rei Davi louvou e glorificou ao Deus Eterno, dizendo: “Ben­
dito és tu, SENHOR, Deus de nosso pai Israel, de eternidade em eternidade.”
(lC r 29.10). Para os estudiosos do assunto, estas “duas” eternidades que a Bíblia
se refere, seria a eternidade passada e a eternidade futura. A eternidade passada
correspondería ao período eterno antes da criação do tempo cronológico; e,
a eternidade futura correspondería o período eterno subsequente ao findar o
tempo cronológico de todas as coisas tidas como matéria (Ap 20.11).
2. Moisés escreveu que: “Plantou Abraão Tamargueiras em Berseba e invocou
ali o Nome do Senhor, Deus Eterno” (Gn 21.33). Segundo os estudiosos, as tamar­
gueiras chegam a levar 100 anos para produzirem as tâmaras. Aos 100 anos de idade,
o patriarca da fé estava plantando tâmaras para que as gerações futuras pudessem
colher. Talvez, Abraão foi o primeiro homem a compreender a Eternidade de Deus!
3. Os levitas nos ensinaram a exaltarmos o Deus Eterno, dizendo: “Levantai-vos,
bendizei ao SENHOR, vosso Deus, de eternidade em eternidade. Então, se disse:
Bendito seja o nome da tua glória, que ultrapassa todo bendizer e louvor.” (Ne 9.5).
4. O salmista descreveu a eterna misericórdia divina, dizendo: “Mas a mi­
sericórdia do Senhor é de Eternidade a Eternidade, sobre os que o temem, e a
sua justiça, sobre os filhos dos filhos” (SI 103.17). O profeta Isaías vaticinou o
Nascimento de Jesus Cristo e o descreveu como o Pai da Eternidade, dizendo:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre
os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.” (Is 9.6).
5. O profeta Daniel também exaltou o Deus Eterno, dizendo: “Seja Bendito
o Nome de Deus, de Eternidade a Eternidade, porque Dele é a Sabedoria e o
poder” (Dn 2.20). A Palavra de Deus descreve o reinado dos santos com o Deus
Eterno, dizendo: “Os Santos do Altíssimo receberão o Reino e o possuirão para
todo o sempre, de Eternidade em Eternidade” (Dn 7.18).
CONCLUSÃO: O Nosso Deus é Eterno (Dt 33.27), o seu Filho é Eterno (Hb
13.8), o seu Espírito é Eterno (Hb 9.14), a sua Palavra é Eterna (SI 119.89), o seu
Evangelho é Eterno (Ap 14.6), e os que praticam a justiça brilharão eternamente
(Dn 12.3). O Pai da Eternidade faz uma promessa as suas ovelhas, dizendo: “Eu
lhes dou a Vida Eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha
mão” (Jo 10.28). “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e
glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (lT m 1.17).

640 I 8 DE NOVEMBRO
9 DE NOVEMBRO

0 DEUS DA PROVISÃO
Salmo 65.9

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve como Deus visita a terra para re­
frescar o solo para o plantio do trigo para alimentar e abastecer a humanidade
que nela habita. O Deus da Bíblia é o Deus da provisão. Deus é quem provi­
dencia o alimento para os homens, e até para o filho do corvo (Jó 38.41). As
páginas da Bíblia estão cheias de exemplos da provisão divina para o seu povo.
Deus cuida de todos os seres vivos que Ele criou, vestindo os lírios do campo,
provendo o alimento para as aves, e o pão que sustém as forças do homem. Se
existe alguém passando fome ou necessidade neste mundo não é culpa de Deus;
mas sim, do próprio homem que promoveu as desigualdades sociais, e Deus
pela sua misericórdia e graça supre as necessidades de cada um de nós, e ainda
nos oferece a oportunidade de socorrer os necessitados.

I. 0 DEUS DA BÍBLIA É O DEUS QUE ALIMENTA TODA A CARNE


1. Deus criou a terra com fartura e abundância de frutas, verduras, e carnes
de várias espécies para os homens se alimentarem. A Palavra do Senhor afirma
que é Deus quem “dá alimento a toda carne, porque a sua misericórdia dura
para sempre.” (SI 136.25). Deus cuidou do povo de Israel por quarenta anos
no deserto, provendo água para o povo beber, e o pão nosso de cada dia. Deus
prometeu provisão de pão e carne para o povo pela manhã e também a tarde
(Êx 16.12). O Deus da provisão prometeu abençoar o pão e a água do seu povo
(Êx 23.25).
2. A Bíblia revela o Deus da provisão preparando o alimento para os ho­
mens, dizendo: “Ele faz crescer a erva para os animais e a verdura, para o serviço
do homem, para que tire da terra o alimento e o vinho que alegra o seu coração;
ele faz reluzir o seu rosto com o azeite e o pão, que fortalece o seu coração.” (SI
104.14-15).
3. O Deus da provisão prometeu fartar de pão os necessitados, dizendo:
“Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus neces­
sitados.” (SI 132.15).
4. O Deus da provisão prometeu ouvir os aflitos e necessitados que clamam
por água, dizendo: O s aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua
língua se seca de sede; mas eu, o SENHOR, os ouvirei, eu, o Deus de Israel os
não desampararei.” (Is 41.17).

II. O DEUS DA PROVISÃO É O DEUS QUE SUPRE AS NOSSAS NECESSIDADES


1. A Bíblia está cheia de exemplos de como o Deus da provisão supre cada
uma das nossas necessidades. Após ser suprido diversas vezes pela Igreja de

641
Filipos, o apóstolo Paulo abençoou os crentes filipenses pelo Deus da provisão,
dizendo: Ό meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas neces­
sidades em glória, por Cristo Jesus.” (Fp 4.19).
2. O Senhor Jesus Cristo nos mostrou como o Deus da provisão cuida de
nós quando priorizamos o seu reino, dizendo: “Mas buscai primeiro o Reino
de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6.33).
3. A Bíblia revela o Deus da provisão suprindo as necessidades do profeta
Elias (lR s 17.3-6). Neemias relembrou como o Deus da provisão supria as ne­
cessidades do povo de Israel no deserto, dizendo: “Pão dos céus lhes deste na sua
fome e água da rocha lhes fizeste brotar na sua sede; e lhes disseste que entrassem
para possuírem a terra que, com mão levantada, lhes juraste dar.” (Ne 9.5).
4. O salmista também retratou como Deus supria com amor as necessida­
des do povo de Israel no deserto, dizendo: “Fez chover maná sobre eles, para
alimentá-los, e lhes deu cereal do céu. Comeu cada qual o pão dos anjos; en-
viou-lhes ele comida a fartar.” (SI 78.24-25).
CONCLUSÃO: Acredite meu amigo e irmão. O Deus da provisão está neste mo­
mento enviando um grande suprimento para você! A dispensa de Deus está
cheia e os seus celeiros nunca se esgotam! Veja o que a Palavra de Deus lhe
pergunta, e ao mesmo tempo lhe responde, dizendo: “Há ainda semente no ce­
leiro? Nem a videira, nem a figueira, nem a romeira, nem a oliveira têm dado os
seus frutos; mas desde este dia vos abençoarei.” (Ag 2.19). O Deus da provisão
promete encher o teu celeiro a partir de hoje!

ANOTAÇÕES

642 | 9 DE NOVEMBRO
10 DE NOVEMBRO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO TRIGO


Gênesis 27.28

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, Isaque abençoa seu filho Jacó desejando-
-lhe muita prosperidade e abundância de trigo e de mosto. No dia 10 de no­
vembro de cada ano se comemora o Dia do Trigo. O trigo é sem dúvida um
dos alimentos mais consumidos pelo homem em todo o mundo. O uso do pão
branco, de massa fermentada, é atribuído aos egípcios, 20 a 30 séculos a.C.
Com o passar dos tempos, a técnica de fabricação foi aperfeiçoada, permitindo
controlar melhor a fermentação. Devido à seleção dos produtores e, mais re­
centemente, ao trabalho de pesquisas científicas, a cultura do trigo ampliou-se,
ocupando áreas cada vez maiores e alcançando produtividade maior. A origem
do precioso grão mistura-se com as lendas de quase todas as religiões: Os egíp­
cios atribuíam o seu aparecimento à deusa Isis; os fenícios à Dagon; os hindus à
Brama; os árabes à São Miguel; os cristãos à Deus. O trigo foi criado por Deus
e é sempre mostrado nas Escrituras Sagradas como uma benção de Deus para o
homem, e nos traz lições espirituais importantes.

I. A IMPORTÂNCIA DO TRIGO NAS ESCRITURAS


1. A primeira menção do trigo na Bíblia está justamente nesta benção
pronunciada por Isaque ao seu filho Jacó (Gn 27.28). Todavia, o pão, norm al­
mente derivado do trigo é mencionado pela primeira vez em Gênesis 3.19
pela boca do próprio Deus. O trigo, ao lado do milho e do arroz sãos os três
grãos mais consumidos no mundo, e possui inúmeras utilidades no fabrico
de farinha para a produção de pães, bolos e massas de consumo em geral.
Um dos conselhos que José deu a Faraó para atravessarem a crise econômica
que se abateria sobre o Egito e o mundo inteiro era armazenarem muito trigo
(Gn 41.35).
2. Deus ordenou que Israel celebrasse todos os anos a Festa das Primícias
da sega do trigo, e a Festa da Colheita no fim de cada ano (Êx 34.22). Moisés
também ordenou ao povo de Israel que não comessem pão e nem trigo tostado,
antes que oferecessem a oferta do Senhor, Nosso Deus (Lv 23.14). O Senhor
precisava ser honrado primeiro (Pv 3.9-10 e Mt 6.33).
3. A Palavra de Deus afirma que após os filhos de Israel comerem do trigo
da terra de Canaã, o maná cessou no dia seguinte, e o povo comeu das novi­
dades da Terra Prometida. Antes de se alimentarem do trigo terreno, Israel se
alimentava do trigo celestial (Js 5.11-12).
4. A Bíblia afirma que: Ό Anjo do SENHOR veio e assentou-se debaixo do
carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho,
estava malhando o trigo no lagar, para o salvar dos midianitas.” (Jz 6.11). O

643
lugar de malhar o trigo é na eira; porém, Gideão queria se despistar do inimigo
malhando o trigo no lagar, um lugar de pisar uvas.

II. DEUS PROMETEU ABENÇOAR COM FARTURA O TRIGO DO SEU POVO


1. O salmista nos revelou como Deus visita a terra do seu povo e enche de
fartas colheitas de trigo e abençoa as suas novidades (SI 65.9-10). O Senhor ainda
revela o que faria com Israel se tivesse dado ouvidos à sua voz, dizendo: “Eu o
sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel saído da rocha.” (SI 81.16).
2. Deus sempre prometeu abençoar o seu povo fiel com fartura de trigo nas
Escrituras: “Louva, Jerusalém, ao SENHOR; louva, Sião, ao teu Deus. Pois ele re­
forçou as trancas das tuas portas e abençoou os teus filhos, dentro de ti; estabe­
leceu a paz nas tuas fronteiras e te farta com o melhor do trigo.” (SI 147.12-14).
3. O sábio Salomão escreveu, dizendo “Honra ao SENHOR com a tua fazenda
e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundante­
mente, e trasbordarão de mosto os teus lagares.” (Pv 3.9-10). O sábio Salomão ain­
da escreveu sobre a importância comercial do trigo, dizendo: “Ao que retém o trigo
o povo o amaldiçoa, mas bênção haverá sobre a cabeça do vendedor.” (Pv 11.26).
4. O Senhor faz uma promessa ao seu povo, dizendo: “Nunca mais darei o
teu trigo por comida aos teus inimigos, nem os estranhos beberão o teu mos­
to, em que trabalhaste.” (Is 62.8). O profeta Zacarias ainda descreveu o poder
nutritivo do trigo abençoado por Deus, dizendo: “Porque quão grande é a sua
bondade! E quão grande é a sua formosura! O trigo fará florescer os jovens, e o
mosto, as donzelas.” (Zc 9.17).
CONCLUSÃO: O Senhor Jesus Cristo ainda nos trouxe a seguinte lição sobre
o trigo: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na
terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.” (Jo 12.24). Jesus
Cristo é a boa semente do trigo que morreu pelos nossos pecados e continua
produzindo muitos frutos para Deus através dos séculos (Rm 4.25 e Ap 5.9). Os
inimigos de Jesus achavam que com sua morte acabaria com o movimento em
torno Dele e dispersaria os seus discípulos; pelo contrário, eles não contavam
com a ressurreição do grão de trigo - Jesus Cristo, o qual ressuscitou vitorioso
ao terceiro dia trazendo vida para o mundo inteiro e fazendo a Igreja impactar
toda a humanidade (At 17.6; Rm 1.8; Cl 1.23 etc..).

ANOTAÇÕES

644 | 10 DE NOVEMBRO
11 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE CORINTO


Atos 18.1
INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento em que o apóstolo Paulo
chegou a Corinto para realizar uma grande obra para Deus. A cidade de Corinto,
à qual Paulo chegou por volta do ano 50 depois de Cristo era uma grande me­
trópole comercial do Norte da Grécia e também importante centro político co­
nhecida não só como Acaia, mas também como Região do Peloponeso, onde no
passado houve a famosa “Guerra do Peloponeso que durou cerca de 27 anos entre
Esparta (outro nome da região liderada pela cidade de Corinto) e Atenas (capi­
tal da Grécia). A guerra se deu porque Atenas enfrentava problemas comerciais
com Corinto. Foram anos de batalha até que Esparta saísse vitoriosa da guerra,
tornando-se a grande cidade-estado da Grécia.”. Não importa quão notável tenha
sido Corinto como sede de autoridade governamental e como principal cidade
comercial da Grécia, na mente de muitos a cidade simbolizava a licenciosidade e
a luxúria dissoluta, tanto assim, que a expressão “corintianizar” passou a ser usada
no sentido de “praticar imoralidade”. Esta sensualidade era produto da adoração
coríntia, especialmente da deusa Afrodite (equivalente à Vênus romana, à Astarte
fenícia e cananéia, e à Istar babilônica), além do famoso templo de Apoio (o deus
da poesia e da beleza), e também templo de outros deuses. Daí o fato de Paulo
tocar muito neste tema de que o nosso corpo é o Templo do Espírito Santo (lC o
3.16 e lC o 6.19-20). Os cristãos de Corinto não precisavam mais ir ao templo de
Afrodite para oferecerem seus corpos em prostituição a “deusa do amor livre”,
pois os seus corpos já eram o próprio templo onde o verdadeiro Deus habitava!
I. FUNDAÇÃO DA IGREJA DE CORINTO POR PAULO
1. A Igreja de Corinto foi fundada por Paulo durante a sua terceira via­
gem Missionária. A Bíblia revela o encorajamento que Paulo recebeu do Senhor
quando chegou a Corinto e a promessa de salvar muitas almas naquela próspera
cidade grega (At 18.9-11). Realmente o Senhor salvou muita gente em Corinto,
tanto judeus como gregos (lC o 1.21-24).
2. Mesmo sendo o fundador da Igreja de Corinto, Paulo atribuiu ao Senhor
o crescimento da Igreja naquela cidade e reconheceu também o trabalho poste­
rior de outros obreiros que passaram por Corinto, dizendo: “Eu plantei, Apoio
regou; mas Deus deu o crescimento. Pelo que nem o que planta é alguma coisa,
nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.” (IC o 3.6-7).
3. O apóstolo Paulo chama os crentes de Corinto de filhos amados e reivin­
dicou sua autoridade apostólica aos que estavam esquecendo de seu trabalho
realizado em Corinto (IC o 4.14-15). Ainda hoje acontece isso. Alguns obreiros
chegam depois e já encontram o trabalho pronto, e desprezam os que vieram
antes e lançaram o primeiro alicerce daquela obra!
4. O apóstolo Paulo comparou a Igreja como um edifício e revela sob quais

645
bases ele havia lançado a fundação da Igreja de Corinto, dizendo: “Segundo a
graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e
outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque nin­
guém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cris­
to.” (IC o 3.10-11). O apóstolo Paulo prometeu retornar brevemente a Corinto e
repreender os crentes orgulhosos (IC o 4.19-21). O apóstolo Paulo relembrou aos
crentes de Corinto quais foram as credenciais de seu apostolado quando chegou
em Corinto, dizendo: “Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre
vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas.” (2Co 12.12).
II. IMPORTÂNCIA DOUTRINÁRIA DA IGREJA DE CORINTO
1. A Igreja de Corinto teve uma grande importância no ministério de Paulo
e para todo o Cristianismo por causa das duas Epístolas de Paulo endereçadas
aos coríntios que possui farto ensinamento teológico para a formação Cristã em
todas as áreas do conhecimento (1 Co 1.5).
2. Paulo lembrou aos crentes de Corinto que Cristo, e somente Cristo era o
conteúdo principal de sua mensagem (IC o 2.2). Paulo era o cristão mais culto e
intelectual de sua época, e podería esbanjar conhecimento filosófico e acadêmi­
co entre os coríntios; porém, evitou expor o conhecimento humano, dando lugar
à obra do Espírito Santo em seu ministério, para que a fé dos crentes de Corinto
não se apoiasse em sabedoria humana, mas no poder de Deus (IC o 2.1-8).
3 .0 apóstolo Paulo estabeleceu um contraste entre o templo de Afrodite (su­
posta deusa grega do amor) onde as pessoas ofereciam seus corpos em prostitui­
ção cultuai; com o nosso corpo comprado por Cristo que é o próprio templo do
verdadeiro Deus onde o Espírito Santo habita, o qual não foi criado para a prosti­
tuição; mas para ser a morava aprazível de Deus no Espírito (IC o 3.16 e 6.19-20).
4. Como capital da Província da Acaia, Corinto abrigava os principais tribunais
de justiça, e isso incentivava muitos crentes a recorrerem à justiça com frequência
contra os seus próprios irmãos; e isso levou Paulo a exortá-los (IC o 6.1-2). O após­
tolo Paulo respondeu várias perguntas acerca da moralidade cristã, principalmente
numa sociedade tão imoral como a de Corinto, e revelou a grande importância do
casamento como um antídoto contra uma vida promíscua (IC o 7.1-39).
CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo também nos deu uma aula profunda acerca
da Doutrina Pentecostal, quando trata com maestria acerca do correto uso dos
dons espirituais na Igreja de Corinto (IC o 12.1-11 e IC o 14.1-40). O apóstolo
Paulo ainda escreveu o mais lindo capítulo de todos os seus escritos ao descre­
ver a sublimidade do amor de Deus, e elevá-lo acima de todas as demais virtu­
des cristãs (IC o 13.1-13). O Apóstolo dos Gentios tratou também com muita
profundidade o tema da Ressurreição de Cristo e nos ofereceu uma aula sobre
a ressurreição escatológica aos crentes de Corinto (IC o 15.1-56). A Igreja de
Corinto trouxe para nós os cristãos do século 21 lições extraordinárias sobre
diversos assuntos doutrinários; cujos ensinamentos recebidos pelos coríntios
através de Paulo continuam ecoando aos nossos ouvidos, principalmente no
que tange aos dons espirituais e a excelência do amor cristão!

646 I 11 DE NOVEMBRO
12 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE ROMA


Romanos 1.15

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo se mostra disposto a pre­


gar o Evangelho em Roma. Apesar de sua grande fama e importância na história
secular mundial, a cidade de Roma só é mencionada pela primeira em Atos 18.2,
quando o historiador da Igreja Lucas registra um fato ocorrido nos dias do im ­
perador Claudio, quando expulsou os Judeus de Roma. Acredita-se que a Igreja
de Roma tenha sido fundada por judeus ou romanos piedosos que haviam se
convertido ao Cristianismo quando presenciaram o derramamento do Espírito
Santo no Dia de Pentecostes (At 2.10). Quando o Cristianismo surgiu, e durante
os primeiros séculos de sua existência, Roma dominava o mundo politicamente.
Não obstante o fato de que havia muitas regiões fora de seu domínio, o mundo
civilizado conhecido era a área geográfica dominada pelo Império Romano. Os
habitantes desse Império o consideravam como abrangendo o mundo inteiro,
pois ignoravam o que existia além de suas fronteiras. Além disso, o mundo ro­
mano incluía todas as terras que seriam alcançadas pelo Cristianismo durante
os primeiros três séculos da Era Cristã. Na verdade, ainda antes do término do
primeiro século o Evangelho já havia alcançado todo o mundo dominado por
Roma, à ponto do Apóstolo Paulo afirmar que o Evangelho do qual ele havia se
tornado ministro já havia sido pregado a toda criatura debaixo do céu (Cl 1.23).

I. O DESEJO DO APÓSTOLO PAULO PREGAR EM ROMA


1. Ao longo de suas viagens missionárias, o apóstolo Paulo sempre manifes­
tou o desejo de pregar o Evangelho na capital do Império e fortalecer a Igreja do
Senhor em Roma. Lucas já havia registrado o desejo que Paulo alimentava de
pregar o Evangelho em Roma, dizendo: Έ , cumpridas estas coisas, Paulo pro­
pôs, em espírito, ir a Jerusalém, passando pela Macedonia e pela Acaia, dizendo:
Depois que houver estado ali, importa-me ver também Roma.” (At 19.21).
2. Lucas também registrou uma revelação divina em que o próprio Senhor
desejava que Paulo testificasse dele em Roma, dizendo: “Paulo, tem ânimo! Por­
que, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques tam­
bém em Roma.” (At 23.11).
3. Lucas também registrou a chegada de Paulo a Roma, dizendo: “E, logo que
chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao general dos exércitos; mas a
Paulo se lhe permitiu morar por sua conta, com o soldado que o guardava.” (At 28.16).
4. Paulo saudou os crentes de Roma como um autêntico Apóstolo dos Gentios,
dizendo: “A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Gra­
ça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” (Rm 1.7). Paulo revelou mais
uma vez seu propósito de ir a Roma, dizendo: “E bem sei que, indo ter convosco,

647
chegarei com a plenitude da bênção do evangelho de Cristo.” (Rm 15.29). Isso de­
monstra que a Carta aos Romanos foi escrita antes de Paulo chegar em Roma.

II. A IMPORTÂNCIA DA IGREJA ROMANA NA EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL


1. O Cristianismo é uma religião de caráter universal, não conhecendo dis­
tinções de raças, apelando para os homens como simplesmente homens, tor­
nando todos um só em Cristo. Para tal religião, a preparação mais valiosa foi a
unificação de todos os povos sob o poder político de Roma. Cavalgando sobre
a sela desse poderoso Império, a Igreja conquistou o mundo romano, e mudou
para sempre a história da Civilização Mundial (Rm 1.14-16 e Rm 15.19).
2. Mesmo que mais tarde a Igreja Romana tenha se distanciado de seu pro­
pósito espiritual e utilizado a influência política de Roma para dominar o mundo
através do papado por cerca de mil anos durante a idade média, é inegável a im­
portância da Igreja Romana na conquista do mundo ocidental e parte do mundo
oriental pelo Cristianismo. O apóstolo Paulo reconheceu como a fé dos romanos
convertidos a Jesus Cristo já era proclamada no mundo inteiro no primeiro sécu­
lo, dizendo: “Primeiramente, dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no
tocante a todos vós, porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa fé.” (Rm 1.8).
3. O mesmo império que autorizou a crucificação de Jesus Cristo, cerca
de três séculos depois estava se inclinando diante do Senhorio do mesmo Je­
sus Cristo que eles haviam autorizado sua morte, quando o imperador romano
Constantino se converteu ao Cristianismo, provando que apenas seu calcanhar
havia sido ferido, mas sua Ressurreição fez e fará que todos os impérios mun­
diais se sujeitem a Ele (Gn 3.15 e Rm 16.20).
4. O apóstolo Paulo nos revelou que as Escrituras Judaicas do Antigo Testa­
mento já apontavam que os gentios iriam abraçarem o Evangelho de Cristo (Rm
15.8-12), e ainda louvou a Deus por ter sido escolhido para ser “Ministro de
Jesus Cristo entre os Gentios” (Rm 15.16). Paulo também revelou como os gen­
tios deveríam retribuir aos valores espirituais recebidos dos judeus contribuin­
do para os necessitados da Judéia (Rm 15.26-28). Os cristãos de Roma, a capital
do império, seriam mais avantajados materialmente e poderíam contribuir para
ajudar os mais necessitados, pois, o Evangelho de Cristo também promove não
só a inclusão espiritual das pessoas no Reino de Deus, como também a inclusão
social dos menos favorecidos materialmente (Rm 12.13-21).

CONCLUSÃO: A Igreja de Roma nos ensina sobre o propósito de Deus de alcançar


a todos os povos sem nenhuma distinção de raça ou cor, e que jamais devemos con­
fundir o poder espiritual com o poder político e temporal.

648 I 12 DE NOVEMBRO
13 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DA GENTILEZA


Romanos 12.10

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo aconselha os cristãos de


Roma a praticarem a cordialidade e a gentileza entre si. A gentileza é caracteri­
zada pela cordialidade, amabilidade, nobreza, cortesia, e educação no trato en­
tre as pessoas. No dia 13 de novembro de cada ano se comemora o Dia Mundial
da Gentileza. A ideia de criar um dia dedicado aos atos de gentileza surgiu em
1996, numa conferência em Tóquio. O grupo Movimento das Pequenas Gen­
tilezas do Japão reuniu diversos grupos de diferentes países que propagavam a
gentileza em suas nações e apresentou a proposta de criação do “Dia da Genti­
leza”, o qual foi oficializado em 2000. A gentileza e cordialidade entre as pessoas
além de evitar grandes conflitos, são gestos que marcam a vida tanto de quem
recebe a gentileza, como de quem pratica a gentileza. A palavra de Deus não só
recomenda a gentileza entre as pessoas, como também nos revela muitos exem­
plos de gentileza praticados entre o povo de Deus.

I. EXEMPLOS DE GENTILEZA NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia revela um grande ato de gentileza de Abrão, quando arregimentou
um exército de 318 servos nascidos em sua casa, e saiu em defesa dos moradores
de Sodoma e Gomorra que juntamente com o seu sobrinho Ló haviam sidos
levados cativos numa guerra, e Abrão não só libertou todos os cativos, como re­
cusou receber o despojo da guerra que tinha direito, apenas para preservar a sua
reputação de qualquer acusação de ser um aproveitador (Gn 14.14-24).
2. A Palavra de Deus revela um exemplo de gentileza por parte dos dois es­
pias israelitas que foram escondidos e preservados dos inimigos cananeus pela
prostituta Raabe em Jerico, e se comprometeram a preservar a vida dela e de
toda a sua família, o que de fato aconteceu por ocasião da conquista da cidade
de Jerico (Js 2.1-19 e Js 6.21-25).
3. A Palavra de Deus registra como um ato de gentileza por parte de uma
mulher prudente chamada Abigail evitou uma grande tragédia provocada pela
indelicadeza de seu imprudente marido Nabal para com Davi, saindo ao en­
contro do futuro rei de Israel com um carregamento de alimentos para ele e
seus homens que furiosos pela falta de delicadeza de Nabal havia jurado passar
ao fio da espada ao rico fazendeiro do Monte Carmelo e toda a sua casa (ISm
25.2-39).
4. A Bíblia registra um grande ato de delicadeza de Davi para com os seus
homens que por causa do cansaço não prosseguiram na perseguição aos amale-
quitas, e quando Davi regressou vitorioso da batalha repartiu por partes iguais
os despojos com os homens que havia ficado no meio do caminho cansados

649
(ISm 30.1-24). A Palavra de Deus também nos mostra como um gesto de de­
licadeza por parte de Davi foi mal interpretado pelo rei de Amom provocando
uma grande guerra envolvendo várias nações (2Sm 10.1-19).

II. CONSELHOS BÍBLICOS SOBRE A PRÁTICA DA GENTILEZA


1. A Bíblia oferece vários conselhos sobre a prática da gentileza e cordiali­
dade entre as pessoas. A Palavra de Deus recomenda a prática da gentileza para
com os mais velhos, dizendo: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presen­
ça do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR.” (Lv 19.32). O Senhor
Deus ordenou a prática da gentileza para com o estrangeiro, dizendo: “Amai,
pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.” (Dt 10.19).
2. O Senhor Jesus Cristo nos ensinou a prática da gentileza para com todos,
dizendo: “Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem
te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.” (Mt 5.41-42).
3. A Bíblia revela a gentileza, delicadeza, cordialidade e amabilidade entre
os primeiros cristãos, dizendo: “Da multidão dos que creram era um o coração
e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que
possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (At 4.32).
4. O apóstolo Paulo ainda aconselhou os crentes de Roma a prática da gen­
tileza, dizendo: “Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o
bem perante todos os homens” (Rm 12.17); e ainda nos aconselhou, dizendo:
“Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber;
porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.” (Rm 12.20).
CONCLUSÃO: Podemos praticar a gentileza através de palavras, gestos e atitu­
des que promovam o bem às pessoas, e provoquem um feedback, que é carac­
terizado por um efeito retroativo que alguém corresponde ao ser estimulado
na mesma prática do bem. O apóstolo Paulo ainda nos aconselhou, dizendo:
“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos.” (G1 6.9)

ANOTAÇÕES

650 | 13 DE NOVEMBRO
14 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DOS GÁLATAS


Gá latos 3.1

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o apóstolo Paulo advertindo de for­


ma dura e firme aos crentes da Galácia que estavam se desviando do genuíno
Evangelho para um outro evangelho. As Igrejas da Galácia foram fundadas por
Paulo e Barnabé por ocasião da primeira viagem missionária, e correspondia as
cidades de Listra, Derbe, Icônio, Antioquia da Psidia, Frigia, Ponto, Bitínia, Ca-
padócia etc.. Paulo chamou os crentes da Galácia de insensatos por duas vezes
(G1 3.1,3). Uma pessoa insensata é alguém com falta de sabedoria e bom senso.
Talvez para alguns, Paulo tenha sido muito duro e áspero ao chamar os crentes
da Galácia de insensatos; entretanto, há momentos de afagos entre o pastor e a
igreja, mas há momentos de se cobrar com dureza de uma igreja que esteja se
desviando dos retos caminhos do Senhor. O próprio Deus se dirigiu com afagos
ao seu povo através de palavras consoladoras em determinados momentos; po­
rém, em outros momentos teve que cobrar com duras palavras aos seus filhos
(Is 40.1 e Is 1.21). O próprio Jesus se dirigia aos seus discípulos com palavras
consoladoras; mas também foi duro em seu discurso quando precisou ser duro
(Jo 15.15 e Jo.6.60-71). O apóstolo Paulo também foi enérgico com a Igreja de
Corinto quando escreveu a eles, dizendo: “Que preferis? Irei a vós outros com
vara ou com amor e espírito de mansidão?” (IC o 4.21). Entretanto, Paulo tam­
bém foi amoroso com os coríntios quando precisou ser, à ponto de chamá-los
de filhos amados, dizendo: “Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar;
pelo contrário, para vos admoestar como a filhos meus amados.” (IC o 4.14).

I. EXEMPLOS DA INSENSATEZ DO POVO DE DEUS NA ANTIGA ALIANÇA


1. A Bíblia nos revela que Deus precisou ser duro e enérgico com o seu povo
em várias ocasiões. O próprio Deus também chamou o seu povo de insensatos,
dizendo: “Porque o meu povo é gente falta de conselhos, e neles não há enten­
dimento. Tomara fossem eles sábios! Então, entenderíam isto e atentariam para
o seu fim.” (Dt 32.28-29).
2. Deus chegou a comparar o seu povo como um jumento que dá coices no
seu próprio dono (Dt 32.15). O Senhor chegou advertir a seus filhos que não
fossem como uma mula sem entendimento, dizendo: “Não sejais como o cavalo
ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados;
de outra sorte não te obedecem.” (SI 32.9).
3. O Senhor chegou a considerar o próprio boi e o jumento mais sensatos
do que o seu povo em determinados momentos quando bradou dessa forma
através da boca do profeta Isaías (Is 1.2-3). O Senhor ainda chamou o seu povo
desviado de “meretriz descarada”, através do profeta Ezequiel (Ez 16.30), e ainda

651
assim clamou aos ouvidos deles para que dessem ouvidos à sua voz de amor,
dizendo: “Portanto, ó meretriz, ouve a palavra do SENHOR.” (Ez 16.35).
II. EXEMPLOS DE INSENSATEZ DO POVO DE DEUS NA NOVA ALIANÇA
1. A Bíblia também revela vários momentos em que Jesus Cristo e seus
apóstolos se dirigiram com dureza ao povo na Nova Aliança. João Batista, o pre­
cursor de Jesus Cristo se dirigiu com dureza aos seus ouvintes, dizendo: “Raça
de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dig­
nos de arrependimento;” (Mt 3.7-8).
2. Após os seus discípulos fracassarem em uma missão de libertar um menino
endemoninhado, Jesus Cristo se dirigiu a eles com dureza, dizendo: “Ó geração
incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Tra­
zei-me aqui o menino.” (Mt 17.14-17). Jesus Cristo pegou pesado contra os líderes
religiosos de sua época, dizendo: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque
sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas inte­
riormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!” (Mt 23.27).
3. O apóstolo Paulo também pegou pesado contra os maus obreiros de
sua época, dizendo: “Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros!
Acautelai-vos da falsa circuncisão!” (Fp 3.2). O próprio Senhor Jesus Cristo pe­
gou pesado contra os soberbos crentes de Laodiceia quando chamou o seu pró­
prio líder de desgraçado, miserável, pobre, cego e nu (Ap 3.15-17).
III. CONSELHOS BÍBLICOS PARA OS INSENSATOS
1. A Bíblia nos apresenta vários conselhos aos insensatos e apregoa o retor­
no dos mesmos a sensatez. Insensato é aquele que não está em seu juízo, cujos
atos são contrários ao bom senso, à justa medida; insano, doido ou delirante. O
Senhor advertiu aos insensatos, dizendo: “Atendei, ó estúpidos dentre o povo; e
vós, insensatos, quando sereis prudentes?” (SI 94.8).
2. A própria sabedoria nos aconselha deixar de lado o insensato, dizendo: “Dei­
xai os insensatos e vivei; andai pelo caminho do entendimento.” (Pv 9.6). Jesus Cristo
também chamou os líderes religiosos de sua época de insensatos, dizendo: “Insensa­
tos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro?” (Mt 23.17).
3 .0 apóstolo Paulo aconselhou os crentes de Éfeso a serem sábios e não insensa­
tos, dizendo: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim
como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos tor­
neis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.” (Ef 5.15-17).
CONCLUSÃO: Os crentes gálatas que já estavam se afastando do genuíno Evan­
gelho de Cristo e retrocedendo em sua fé, nos ensina que todo aquele que deixa
de seguir à verdade de Cristo, é considerado como alguém insensato, e será
advertido severamente pelo próprio Cristo para que retorne urgentemente ao
primeiro amor, e a prática das primeiras obras, sob pena de ser removido da
própria presença de Deus (Ap 2.4-5). Entretanto, o propósito de Deus é sempre
o retorno dos rebeldes arrependidos à sua comunhão (Os 14.1 e Ap 3.20)

652 | 15 DE NOVEMBRO
15 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DO DIA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA


Levítico 25.10

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve a proclamação do Ano de Jubileu


em Israel a cada 50 anos. No caso do Brasil o dia 15 de novembro é lembrado
como o Dia da Proclamação da República. A Proclamação da República Brasi­
leira foi um levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que
instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil,
derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil
e, por conseguinte, pondo fim à soberania do imperador Dom Pedro II. A pro­
clamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade
do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de m i­
litares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fon­
seca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país. A Bíblia sempre exalta a
proclamação da justiça social, e das melhorias éticas, morais, e espirituais para a
população de cada país ou nação. Ao entregar a Moisés a Constituição de Israel,
Deus ordenou que a cada 50 anos fosse proclamado o Ano do Jubileu. Neste
dia de proclamação que ocorria no dia 10 do sétimo mês do calendário israeli­
ta, todos os escravos tinham sua liberdade restaurada, e todos os proprietários
recebiam seus haveres em restituição, além de haver um cancelamento geral de
todas as dívidas; ou seja, uma espécie de anistia nacional.

I. LIÇÕES SOBRE ALGUMAS PROCLAMAÇÕES NAS ESCRITURAS


1. A Proclamação do Jubileu Israelita, era uma excelente maneira de evitar
os extremos das riquezas ilícitas e demasiada, como também tinha a finalidade
de combater a pobreza aviltante no meio do povo de Deus. O profeta Ezequiel
chamou o Ano de Jubileu de “Ano da Liberdade” (Ez 46.17).
2. A Bíblia revela também a Proclamação do Ano da Remissão, dizendo:
“Ao fim de cada sete anos, farás remissão. Este, pois, é o modo da remissão:
todo credor que emprestou ao seu próximo alguma coisa remitirá o que havia
emprestado; não o exigirá do seu próximo ou do seu irmão, pois a remissão do
Senhor é proclamada” (Dt 15.1-2).
3. O profeta Isaías previu uma Proclamação Messiânica de Libertação para
todos os oprimidos, dizendo: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, por­
que o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a
curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em
liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingan­
ça do nosso Deus; a consolar todos os que choram” (Is 61.1-2).
4. Moisés ainda nos falou de uma outra proclamação bem maior do que a
proclamação da república, dizendo: “Porque proclamarei o Nome do Senhor.
Engrandecei o nosso Deus” (Dt 32.3). A Palavra de Deus nos manda proclamar
a salvação do Senhor todos os dias, dizendo: “Cantai ao Senhor, todas as terras;
proclamai a sua salvação, dia após dia” (lC r 16.23).

II. NÓS DEVEMOS PROCLAMAR AS BOAS NOVAS DO SENHOR


1. Nós devemos proclamar as boas novas do Senhor. A Bíblia revela o pró­
prio universo proclamando a existência de Deus, dizendo: “Os céus proclamam
a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (SI 19.1).
2. O salmista revela sua disposição de proclamar as boas-novas da justiça
do Senhor, dizendo: “Proclamei as boas-novas de justiça na grande congrega­
ção; jamais cerrei os lábios, tu o sabes, Senhor” (SI 40.10). O salmista também
revela a nossa responsabilidade de proclamarmos os louvores do Senhor como
povo de Deus que somos (SI 79.13).
3. Jesus Cristo mandou os seus discípulos proclamarem os seus ensinamen­
tos, dizendo: “O que vos digo às escuras, dizei-o a plena luz; o que se vos diz ao
ouvido, proclamai-o dos eirados” (Mt 10.27). Após ser liberto por Jesus Cristo,
o Jovem Gadareno “começou a proclamar em Decapolis tudo o que Jesus lhe
fizera; e todos se admiravam” (Mc 5.20).
4. O Senhor Jesus Cristo fez a Proclamação Messiânica da libertação dos
cativos, dizendo: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que mim ungiu
para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e
restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar
o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18-19). O apóstolo Pedro também revelou a
nossa responsabilidade como povo de Deus de proclamarmos as virtudes do
Senhor que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (lP e 2.9).
CONCLUSÃO: Neste dia de celebração da Proclamação da República, celebre­
mos a proclamação da nossa libertação do império de Satanás. Jesus Cristo é o
nosso proclamador da “República da Salvação”. Jesus Cristo é o proclamador da
nossa salvação. Foi o próprio Deus Pai que “nos libertou do império das trevas
e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção,
a remissão dos pecados” (Cl 1.13-14).

ANOTAÇOES

654 | 15 DE NOVEMBRO
16 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE ÉFESO


Efésiosl.l

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo introduz à sua Epístola a


famosa e importante Igreja de Efeso. Éfeso foi uma cidade Greco-romana da An­
tiguidade, e ficava na costa ocidental da Ásia Menor, em uma área litorânea da
atual Turquia. Durante o período em que Roma a dominou, foi a segunda maior
cidade de seu império, com cerca de 250 mil habitantes no século I. A Igreja de
Éfeso foi fundada por um casal de missionários chamado Áquila e Priscila que
o apóstolo Paulo deixou naquela cidade já no final da sua segunda viagem mis­
sionária (At 18.18-21), e, quando retornou a Éfeso por ocasião de sua terceira
viagem missionária já encontrou doze discípulos novos convertidos, e com este
pequeno grupo iniciou uma poderosa Igreja naquela cidade, concentrando seu
ministério em Éfeso por cerca de 3 anos (At 19.1-20 e At 20.31). Apesar de ser a
sede do templo de uma deusa greco-romana chamada Diana, conhecido como
uma das sete maravilhas do mundo antigo, o trabalho evangelístico de Paulo es­
tava ofuscando o suntuoso templo de mármore da deusa Diana, o qual, de uma
pequena sala da escola de Tirano atraia a atenção de toda a cidade, porque Deus
fazia milagres extraordinários através das mãos de Paulo, à ponto de incomodar
todos os comerciantes de imagens de escultura da deusa Diana (At 19.9-41). A
Igreja de Éfeso teve pastores famosos como Timóteo e o apóstolo João, e ainda
teve uma Carta de Cristo endereçada à esta Igreja (Ap 2.1-7).

I. A IMPORTÂNCIA DE ÉFESO NAS ESCRITURAS


1. A cidade de Éfeso era a capital da província romana conhecida como Ásia
Menor, além de ser um grande centro de turismo religioso por abrigar o tem­
plo de Diana e também uma suposta imagem que caiu de Júpiter segundo uma
lenda existente na época (At 19.35). Sua importância maior se deu no cenário
bíblico não por causa dessas coisas, mas sim, por causa da grande obra realizada
por Deus naquele lugar através dos seus servos que por ali passaram (At 18.19).
2. Lucas registrou a chegada de um eloquente pregador chamado Apoio a
Éfeso, e como Áquila e Priscila o recebeu e o instruiu melhor ainda nos cami­
nhos do Senhor (At 18.24-28). Lucas registrou Paulo retornando a Éfeso e en­
contrando já alguns discípulos como frutos do trabalho missionário realizado
por Áquila e Priscila (At 19.1-6).
3. Lucas registrou como Deus fazia milagres extraordinários através das
mãos de Paulo em Éfeso e como o Nome de Jesus Cristo era engrandecido na­
quela cidade (At 19.11-17). Lucas registrou como a Palavra de Deus prevalecia
em Éfeso, à ponto de pessoas queimarem todos os livros de magia para abraça­
rem a Bíblia - O Livro dos livros (At 19.18-20).
4. O apóstolo Paulo havia revelado seu desejo de permanecer algum tempo
em Éfeso para consolidar o trabalho de Deus naquele lugar, e reconheceu que o
Senhor lhe havia aberto uma grande porta para a evangelização em Éfeso (IC o
16.8-9).

II. UMA IGREJA DOUTRINADA QUE PERDEU 0 PRIMEIRO AMOR


1. O apóstolo Paulo mencionou o objetivo da posse de Timóteo como pas­
tor de Éfeso para fortalecer doutrinariamente àquela Igreja, dizendo: “Quando
eu estava de viagem, rumo da Macedonia, te roguei permanecesses ainda em
Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra dou­
trina,” (lT m 1.3).
2. Em sua Carta endereçada a Igreja de Éfeso, o Senhor Jesus Cristo elogiou
de fato as primeiras obras, a perseverança e ortodoxia doutrinária daquela Igreja;
porém, os advertiu pela perda do primeiro amor (Ap 2.1-4). Todo o fervor e amor
demonstrado pelos crentes de Éfeso pelo Nome de Jesus Cristo e pela sua Palavra
ficou guardado na memória de Cristo como sendo o primeiro amor daquela igre­
ja, e precisavam voltar a demonstrarem novamente àquele amor (Ap 2.5).
3. O apóstolo Paulo já havia elogiado o primeiro amor dos efésios, dizendo:
“Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que há entre vós no Senhor Jesus e o
amor para com todos os santos,” (Ef 1.15). O apóstolo Paulo ainda escreveu para
os efésios o grande amor de Deus para com eles e para com todos nós, dizendo:
“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos
amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com
Cristo, — pela graça sois salvos,” (E f 2.4-5).
4. O apóstolo Paulo descreveu as quatro dimensões do amor de Cristo para
os efésios (E f 3.17-19); e ainda aconselhou eles crescerem em amor (Ef4.15-16).
Não foi falta de ensino sobre o amor que levou a Igreja de Éfeso a perder o seu
primeiro amor!

CONCLUSÃO: Aprendemos através da Igreja de Éfeso que Jesus Cristo sempre co­
brará amor de uma Igreja que recebeu muito amor, e que também foi muito instruí­
da acerca do amor. O Senhor Jesus Cristo já havia nos aconselhado, dizendo: “Como
o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor.” (Jo 15.9)

ANOTAÇÕES

656 | 16 DE NOVEMBRO
17 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE FILIPOS


Filipenses 1.1

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo se dirigiu aos crentes e


obreiros da Igreja localizada na cidade de Filipos. Foi uma cidade importante do
Império Romano, considerada uma porta de entrada da Europa em relação aos
visitantes provenientes da Ásia; e estava localizada no leste da antiga província da
Macedonia, a 13 km do mar Egeu, no topo de uma colina. Filipos pertencia ao rei­
no antigo da Trácia com o nome de Crêmides, e, após ser conquistada por Filipe II,
pai de Alexandre Magno por volta de 358 a.C, teve seu nome mudado para Filipos
em homenagem ao seu conquistador; e, posteriormente se tornou uma colônia
romana cujos moradores possuíam uma cidadania com os mesmos privilégios de
quem nascia em Roma. Paulo e Silas foram os fundadores da Igreja de Filipos,
onde aconteceu aquele grande milagre do terremoto que sacudiu os alicerces da
prisão, culminando com a conversão do diretor do presidio de Filipos e de toda a
sua família (At 16.11-34). Todos os acontecimentos com Paulo e Silas em Filipos
contribuíram para o crescimento e fortalecimento da Igreja naquela importante
cidade, a qual passou a sustentar o ministério de Paulo por muito tempo, e o Após­
tolo dos Gentios nutria um carinho especial por esta Igreja (Fp 4.10-19).

I. IMPORTÂNCIA DA IGREJA DE FILIPOS NAS ESCRITURAS


1. A Igreja de Filipos ocupa um importante destaque nas páginas das Escri­
turas não só pelos milagres que aconteceram na fundação da Igreja, mas tam­
bém pela participação ativa daquela comunidade cristã no ministério de Paulo.
Lucas registrou que a Igreja de Filipos se iniciou com um grupo de mulheres
que se reuniam para orar, tendo como destaque uma importante comerciante
de confecções chamada Lídia (At 16.11-15).
2. Lucas registrou que a libertação de uma jovem advinha por Paulo e Silas
foi também a causa deles serem levados a prisão em Filipos (At 16.16-24). Lucas
registrou que a prisão de Paulo e Silas no cárcere de Filipos foi transformada por
Deus em vitória, quando sacudiu os alicerces da prisão por um grande terremoto
que resultou na soltura dos presos e conversão do diretor do presidio (At 16.25-34).
3. Lucas ainda registrou que as próprias autoridades da cidade pediram des­
culpas a Paulo pela prisão injusta ao descobrirem que haviam prendido com maus
tratos um cidadão romano. Filipos era uma espécie de miniatura de Roma por
ser uma cidade habitada por veteranos combatentes do exército romano, e seus
moradores tinham cidadania romana e possuíam inclusive direitos de propriedade
equivalentes aos de uma terra em solo itaüano, e conheciam muito bem os direitos
que Paulo gozava por ser também detentor da cidadania romana (At 16.35-40).
4. O apóstolo Paulo citou as lutas enfrentadas em Filipos para a implan-

657
tação da Igreja naquela região, dizendo: “Porque vós, irmãos, sabeis, pessoal­
mente, que a nossa estada entre vós não se tornou infrutífera; mas, apesar de
maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos
ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em
meio a muita luta.” (lT s 2.1-2). Por duas vezes a Bíblia registra o Apóstolo Paulo
visitando a cidade de Filipos, animando e fortalecendo a fé da igreja ali estabe­
lecida, a qual, segundo alguns estudiosos esteve por muitos anos sob o cuidado
de Lucas, o médico amado (At 16.11-12; At 20.1-6 e Cl 4.14).

II. O AMOR DE PAULO PELA IGREJA DE FILIPOS


1. O amor de Paulo pela Igreja de Filipos era muito grande, e o progresso
do Evangelho foi notório naquela importante colônia romana. O apóstolo Paulo
revelou a saudade e amor que tinha pela Igreja de Filipos (Fp 1.8-9). O apóstolo
Paulo sabia tirar lições espirituais de cada acontecimento em sua vida e revela
como sua prisão em Filipos contribuiu para o próprio progresso do Evangelho
entre a população militar residente em Filipos (Fp 1.12-14).
2. O apóstolo Paulo se dirigia com afagos aos crentes de Filipos e aconse­
lhou a reconciliação de duas mulheres importantes na fundação da Igreja de
Filipos, dizendo: “Portanto, meus irmãos, amados e mui saudosos, minha ale­
gria e coroa, sim, amados, permanecei, deste modo, firmes no Senhor. Rogo a
Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor.” (Fp 4.1-2).
3. O apóstolo Paulo aconselhou os crentes de Filipos a se regozijarem com
dupla alegria no Senhor, dizendo: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo:
alegrai-vos.” (Fp 4.4). Deus transformou a dor dos vergões que Paulo e Silas re­
ceberam no cárcere na alegria de verem o florescimento da obra do Senhor em
Filipos. “Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e
chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” (SI 126.5-
6). Aquilo que você semeia com dores e lágrimas, colherá com gozo e alegria!
4. O apóstolo Paulo revela que o progresso da colheita de almas em Filipos
foi tão notório que já tinha alcançado até pessoas ligadas ao palácio do Impera­
dor Romano (Fp 4.22). Filipos foi palco da batalha de Marco Antônio e Otávio,
que buscavam vingar a morte de Júlio César, contra Bruto e Cássio no ano 42
a.C. Os veteranos dessas batalhas instalaram-se em Filipos, e a cidade acabou
ganhando status de colônia romana com o nome de: Colônia Júlia Augusta Fi-
lipense. Aí está a razão do Evangelho ter alcançado até a guarda pretoriana e
pessoas ligadas ao palácio de César.
CONCLUSÃO: Paulo e Silas plantaram a semente do Evangelho em Filipos com
dores e sofrimento; porém, colheram os frutos com gozo e alegria; pois, mes­
mo aprisionados no cárcere de Filipos oravam e cantavam louvores a Deus (At
16.25 eF p 4.15-19).

658 I 17 DE NOVEMBRO
18 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE COLOSSOS


Colossenses 1.2

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo saúda os irmãos da Igreja


de Colossos. Pouco se sabe a respeito da fundação da igreja em Colossos. O livro
de Atos dos Apóstolos não registra especificamente uma visita que Paulo hou­
vesse feito a Colossos como registra a sua visita às outras cidades como Filipos,
Tessalônica, Corinto e Éfeso (At 16.11; 17.1; 18.1 e 19.1); embora alguns eru­
ditos tenham sugerido que Paulo podería ter ido a Colossos e a outras cidades
do vale do Lico, quando esteve na região da Galácia e da Frigia através de uma
estrada comercial que ligava Colossos a Antioquia da Psidia e também a Éfeso
(At 18.23 e 19.1). O conhecimento que Paulo demonstra ter de vários irmãos
e obreiros de Colossos revela alguma ligação que ele tinha com esta igreja (Cl
4.7-15). A Frigia, área em que se localizava a cidade de Colossos, era a terra de
Cibele, “deusa da fertilidade”, um outro nome de “Diana”, a “deusa dos efésios”
(At 19.34-35). Afrodite em Corinto, Diana em Éfeso, e Cibele em Colossos,
eram praticamente a mesma coisa, e as mesmas formas de celebração do “culto
à sensualidade”, oferecido pelos adeptos destas supostas “divindades”. Portanto,
o Evangelho logrou muito êxito nestas regiões de tantas práticas imorais, por
apresentar justamente a pureza de Cristo como uma espécie de antídoto contra
tanta impureza moral existente nestas cidades.

I. A IMPORTÂNCIA DA IGREJA DE COLOSSOS NAS ESCRITURAS


1. Embora não seja tão citada nas Escrituras como as Igrejas de Jerusalém,
Antioquia, Filipos, Tessalônica, Beréia, Corinto e Éfeso, a Igreja de Colossos
teve uma grande importância nas páginas da Bíblia, principalmente pela Epísto­
la que Paulo escreveu aos Colossenses exaltando a primazia de Cristo em todas
as coisas e sua suprema inteligência (Cl 1.17-19 e Cl 2.3).
2. O apóstolo Paulo descreveu de forma magistral a Divindade de Cristo aos
Colossenses e como Deus nos transportou do império das trevas para o Reino do
Filho do seu amor (Cl 1.13-19). O apóstolo Paulo revela o seu grande empenho em
favor do crescimento espiritual das Igrejas de Colossos e de Laodiceia (Cl 2.1-3).
3. O apóstolo Paulo revela a preocupação que o pastor Epafras tinha com
as igrejas de Colossos, Laodiceia, e Hierápolis, dizendo: “Saúda-vos Epafras,
que é dentre vós, servo de Cristo Jesus, o qual se esforça sobremaneira, conti­
nuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos e plenamente
convictos em toda a vontade de Deus. E dele dou testemunho de que muito se
preocupa por vós, pelos de Laodiceia e pelos de Hierápolis.” (Cl 4.12-13).
4. A Igreja de Laodiceia parecia ser uma congregação ligada à Igreja de C o­
lossos, pois, por quatro vezes Paulo associa uma igreja com a outra (Cl 2.1; Cl
4.13; Cl 4.15-16). E a mesma Epístola Paulina enviada a Colossos deveria ser
lida em Laodiceia e vice-versa (Cl 4.16).

II. UMA IGREJA SEDENTA POR MISTÉRIOS


1. Os crentes de Colossos eram sedentos por mistérios. Isso fica evidencia­
do pelo fato de Paulo citar por diversas vezes a palavra “mistério” (Cl 1.26; 1.27,
2.2 e 4.3). O mistério é definido como algo secreto, escondido, não repartido
com outros; e mantido em segredo. Ainda hoje há muitas igrejas sedentas por
“mistério”, “manto”, etc.., e esquecem que Cristo é o grande mistério de Deus
que já foi revelado (Ef 3.1-12).
2. Em Colossos existia as chamadas “religiões de mistério”. O termo religião
de mistério foi dado a uma diversidade de credos e práticas que começavam a se
proliferarem naquela região, e consistiam numa mistura de elementos religiosos
e filosóficos diversificados, provenientes de culturas orientais, gregas, romanas e
judaicas. Chamam-se de mistério porque grande parte de seu ensino e ativida­
des ritualísticas se faziam em segredo ao qual não eram admitidos senão os ini­
ciados. Entretanto, o apóstolo Paulo apresenta aos Colossenses “o mistério que
estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus
santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mis­
tério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;” (Cl 1.26-27).
3. Para os gregos sedentos por sabedoria e os judeus que buscavam sinais,
Paulo apresentou Cristo como poder de Deus e sabedoria de Deus (IC o 1.22-
24). E, para os colossenses sedentos por mistérios, Paulo lhes apresentou Cristo,
o grande mistério de Deus que foi revelado (Cl 2.1-3). O apóstolo Paulo ainda
pediu orações aos colossenses para que Deus lhe abrisse a porta da palavra para
continuar falando do mistério de Cristo (Cl 4.3). O apóstolo Paulo já havia fala­
do de Cristo aos romanos como o mistério oculto durante muitos séculos e que
Deus havia revelado a todas as nações (Rm 16.25-26).
4. O apóstolo Paulo também já havia revelado aos coríntios que nós somos
despenseiros dos mistérios de Deus (IC o 4.1-2). O despenseiro é alguém de
confiança que tem a chave da despensa de seu senhor; assim, nós somos pessoas
da confiança de Cristo e que conhecemos os mistérios de Deus não para ficarem
ocultos, mas sim revelado a todas as pessoas pela pregação do genuíno Evange­
lho das insondáveis riquezas de Cristo (E f 3.8-11).
CONCLUSÃO: Aprendemos através da Igreja de Colossos que, embora as reli­
giões de mistérios sejam um conjunto de crenças e práticas que são reveladas
apenas aos iniciados em seus segredos, o Cristianismo é a religião de Cristo, o
grande mistério de Deus que foi revelado ao mundo, e cada convertido a Cristo
é um iniciado na Fé Cristã não para guardar em sete chaves os ensinamentos de
Cristo, mas sim proclamar o seu Evangelho a toda a criatura debaixo dos céus
(Mc 16.15 e Cl 1.23)

660 I 19 DE NOVEMBRO
19 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DO DIA DA BANDEIRA


Isaías 59.20

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o Espírito do Senhor arvorando a ban­


deira da vitória contra o inimigo. O dia 19 de novembro comemora-se o Dia da
Bandeira do Brasil, essa comemoração passou a fazer parte da história do país
após a Proclamação da República, no ano de 1889. Com o fim do período Impe­
rial (1822-1889), a bandeira desenhada por Jean Baptiste Debret, que represen­
tava o império, foi substituída pelo desenho de Décio Vilares. A substituição da
bandeira imperial por uma bandeira republicana representa as mudanças que o
Brasil passava naquele momento: mudanças na forma de governo e de governar,
do regime imperial para uma república federativa. Além disso, a nova bandeira
representava a simbologia que estava agregada ao republicanismo, como a ideia
de um Estado-Nação, o patriotismo e o surgimento do sentimento nacionalista,
ou seja, a construção da identidade do povo brasileiro. A bandeira é definida clas-
sicamente como sendo o símbolo representativo de um estado soberano, ou país,
estado, município, intendência, província, bairro, organização, sociedade, clã, co­
roa, reino, desde que reconhecidos pelos entes interagidos por Lei ou Tradição. A
bandeira também é chamada de insígnia, emblema, estandarte e pendão. Arvorar
a bandeira significa mostrar o próprio poder que ela representa. Portanto, se o
inimigo vier como corrente de águas, o próprio Espírito do Senhor arvorará con­
tra o inimigo a bandeira que representa todo o poder da Divindade. E, quem é
que vai encarar o próprio Deus? O Senhor é a nossa Bandeira (Êx 17.15).

I. A IMPORTÂNCIA DA BANDEIRA NAS ESCRITURAS


1. O Senhor Deus é também conhecido nas Escrituras como Yhaweh-Nis-
si - O Senhor é a Nossa Bandeira. Após Israel obter uma grande vitória sobre
os amalequitas, Moisés atribuiu a vitória ao Senhor, e chamou ao altar que ele
edificou: “O Senhor É Minha Bandeira” (Êx 17.15).
2. Moisés afirmou que: “Os filhos de Israel armarão as suas tendas, cada um
debaixo da sua bandeira, segundo as insígnias da casa de seus pais; ao redor,
defronte da tenda da congregação, armarão as suas tendas” (Nm 2.2). A Bíblia
descreveu a organização militar no acampamento israelita, quando o exército
de Israel deveria marchar cada um no seu lugar, segundo a ordem das suas ban­
deiras no acampamento (Nm 2.17).
3. A bandeira do arraial de Judá marchava primeiro, segundo os seus exér­
citos (Nm 10.14). Os estudiosos afirmam que a insígnia da bandeira de Judá era
um leão, numa lembrança, tanto da benção do patriarca Jacó sobre Judá (Gn
49.9-10), como da referência profética ao futuro “Leão da Tribo de Judá” (Ap
5.5), que viria nascer dessa importante Tribo de Israel.

661
4. O Noivo Amado comparou a sua Noiva Amada com a beleza de um exér­
cito com bandeiras (Ct 6.4). Mais uma vez o Noivo elogiou a beleza formidável
da Noiva como um exército com bandeiras, dizendo: “Quem é esta que aparece
como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol, formidável como um
exército com bandeiras?” (Ct 6.10).

II. O SENHOR É A BANDEIRA DA NOSSA VITÓRIA


1. O Senhor é revelado em várias partes das Escrituras como a Bandeira
da nossa vitória. O profeta Isaías fez uma alusão ao Messias como Bandeira ou
Pendão dos povos, dizendo: “E acontecerá, naquele dia, que as nações pergun­
tarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso
será glorioso.” (Is 1.10).
2. O profeta Isaías previu o Messias levantando uma grande bandeira ou
pendão na terra, dizendo: “E levantará um pendão entre as nações, e ajuntará os
desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins
da terra.” (Is 11.12).
3. O próprio Senhor fez uma promessa de arvorar a sua bandeira em favor
do seu povo, dizendo: “Eis que levantarei a mão para as nações e ante os povos
arvorarei a minha bandeira; eles trarão os teus filhos nos braços, e as tuas filhas
serão levadas sobre os ombros” (Is 49.22).
4. O profeta Isaías ainda escreveu, dizendo: “Passai, passai pelas portas; pre­
parai o caminho ao povo; aterrai, aterrai a estrada, limpai-a das pedras; arvorai
bandeira aos povos” (Is 62.10). O salmista Davi também nos convidou para has­
tearmos a bandeira da vitória, dizendo: “Celebraremos com júbilo a tua vitória
e em Nome do nosso Deus hastearemos pendões; satisfaça o Senhor a todos os
seus votos” (SI 20.4).
CONCLUSÃO: A bandeira nos fala de vitórias e conquistas. Quando um terri­
tório é conquistado por uma nação, a primeira coisa que se faz é hastear a sua
bandeira. O Senhor Jesus Cristo é a Bandeira das nossas conquistas e vitórias
(2Co 2.14). Jesus Cristo já conquistou o território que era dominado pelo ini­
migo das nossas almas e já hasteou a sua Bandeira (Cl 2.14-15). “Graças a Deus,
que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (IC o 15.57).

ANOTAÇÕES

662 I 19 DE NOVEMBRO
20 DE NOVEMBRO

VOCÊ PRECISA TOMAR UMA ATITUDE


Provérbios 24.10-11

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão nos aconselhou a tomar­


mos uma atitude firme diante dos desafios que se apresentam diante de nós. Não
podemos nos mostrar frouxos e desanimados diante das dificuldades. Deus es­
pera que tomemos uma atitude para ajudar os necessitados, e salvar a vida dos
que estão em perigo, caso esteja ao nosso alcance fazer. Se “mostrar frouxo no
dia da angústia”, é esmorecer diante das dificuldades e focar só no problema,
em vez de buscar a solução. Se “mostrar frouxo no dia da angústia”, é colocar
mil dificuldades para socorrer e ajudar alguém que muito precisa. Entretanto,
Salomão nos aconselha no versículo seguinte a tomarmos uma atitude: “Livra
os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se
os puderes retirar.” (Pv 24.11). Deus nunca nos mandar cumprir uma missão
sem nos dar o suporte necessário, e nunca permite uma luta que não possamos
suportar (IC o 10.13).

I. PESSOAS QUE O PRÓPRIO DEUS COBROU UMA ATITUDE FIRME


1. Deus animou Moisés para tomar uma atitude diante do desafio do Mar
vermelho, dizendo: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que mar­
chem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para
que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.” (Êx 14.15-16).
2. O Senhor Deus animou Josué para tomar uma atitude após a morte de
Moisés, dizendo: “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa
este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo
lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a M oi­
sés” (Js 1.2-3).
3. Deus ainda despertou o ânimo de Josué, dizendo: “Não to mandei eu?
Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o SENEIOR,
teu Deus, é contigo, por onde quer que andares.” (Js 1.9). Quando Josué desani­
mou diante do primeiro revés sofrido na Terra Prometida, o Senhor o encorajou
de seu desânimo e melancolia, dizendo: “Levanta-te! Por que estás prostrado
assim sobre o teu rosto?” (Js 7.10).
4. Débora despertou Baraque em Nome do Deus de Israel para tomar uma
atitude para mudar aquela situação de opressão que Israel sofria dos cananeus
(Jz 4.6-7). O Senhor também despertou Gideão para libertar Israel da opressão
midianita mesmo com uma força limitada, dizendo: “Vai nesta tua força e li­
vrarás a Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu?” (Jz 6.14).

663
II. É NA AFLIÇÃO QUE TIRAMOS FORÇA DA NOSSA PRÓPRIA FRAQUEZA
1. Muitas pessoas conseguiram tomar uma atitude na aflição e conseguiram
da sua própria fraqueza tirarem forças (Hb 11.34). Após sofrer muita humilha­
ção e frustração por não poder ter um filho, Ana se despertou para mudar aque­
la situação quando tomou uma atitude de orar com insistência e fez um voto ao
Senhor de forma determinada até alcançar a benção (ISm 1.9-18).
2. O Senhor despertou o profeta Elias de seu desânimo e melancolia, quan­
do enviou um anjo para alimentá-lo e fortalecê-lo em seu estado de depressão
(lR s 19.5-8). O sacerdote Esdras foi despertado a tomar uma atitude quando
um grupo de pessoas lhe animou, dizendo: “Levanta-te, pois, porque te perten­
ce este negócio, e nós seremos contigo; esforça-te e faze assim.” (Ed 10.4).
3. Neemias foi despertado para mudar a desgraça social que se encontrava o
seu povo em Jerusalém após ter notícia de que o povo que havia ficado em Jeru­
salém estavam “em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido,
e as suas portas, queimadas a fogo.” (Ne 1.1-11).
4. A Bíblia revela que Neemias tomou uma atitude para mudar aquela si­
tuação quando pediu ao rei autorização para reconstruir Jerusalém, e confiou
no Senhor, dizendo aos opositores da obra: “O Deus dos céus é o que nos fará
prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos; mas vós não
tendes parte, nem justiça, nem memória em Jerusalém.” (Ne 2.1-20).
CONCLUSÃO: Deus animou o apóstolo Paulo a não se mostrar frouxo diante
dos desafios e perseguições para anunciar o Evangelho, dizendo: “Não temas;
pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousa­
rá fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade. E ali permaneceu um ano
e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.” (At 18.9-11). Por mais
difícil que seja o problema que você esteja enfrentando, tome uma atitude, faça
alguma coisa, e quando não tiver mais nada para fazer, tenha ânimo ao menos
para orar, pois sua oração provocará uma reação dos céus ao seu favor (Ed 8.23).

ANOTAÇÕES

664 I 20 DE NOVEMBRO
21 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DO DIA DAS SAUDAÇÕES


Colossenses 4.21
INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo envia saudações para cada um
dos crentes em Cristo que havia na Igreja de Colossos. Era de praxe as saudações que
Paulo enviava a todas as Igrejas, e em particular, o Apóstolo dos Gentios gostava de
saudar nominalmente cada crente e cada obreiro reconhecendo o trabalho individual
de cada um (Rm 16.3-17). No dia 21 de novembro de cada ano se comemora o Dia da
Saudação. A saudação pode ser definida como um gesto tradicional de cumprimentar
alguém com cortesia e deferência. “Shalom Aleichem”, era uma saudação frequente­
mente utilizada por Jesus e que significa “Paz seja convosco!” (Lc 24.36). A palavra
“Shalom” é geralmente traduzida como paz, e faz parte da saudação tradicional entre
judeus do mundo inteiro. De acordo com o Rabino Avraham Cohen: “Refere-se à paz
entre duas ou mais entidades, nações ou indivíduos, mas pode também se referir à
paz interior de espírito de uma única pessoa. A palavra Shalem significa ser completo,
estar repleto ou pleno. A raiz etimológica da palavra Shalom ensina que somente uma
pessoa completa, íntegra e com boas intenções pode alcançar a verdadeira e duradou­
ra paz.”. O judeu valorizava muito uma saudação. Segundo os estudiosos das tradições
judaicas, uma saudação judaica, bem feita, poderia levar até meia hora; e, talvez seja
este o motivo de Jesus ter ordenado aos Setenta Evangelistas comissionados para não
saudarem ninguém pelo caminho, devido a urgência da missão (Lc 10.4). Entretanto,
ao chegarem numa casa deveria saudarem com a tradicional saudação de paz, di­
zendo: “Paz seja nesta casa!” (Lc 10.5). O princípio bíblico é que a saudação seja uma
benção proclamada sobre a outra pessoa de forma recíproca com o maior desejo ou
consolo da época, e nada é mais consolador para alguém do que ser saudado com a
Graça e a Paz de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo (Rm 1.7 e ICo 1.3; 2Co 1.2 etc); ou
simplesmente com a “Paz do Senhor Jesus Cristo” (Jo 14.27).
I. A HISTÓRIA DAS SAUDAÇÕES ENTRE OS POVOS
1. Desde os tempos mais remotos existia a necessidade de identificação entre
os grupos sociais para promoverem uma aproximação entre si ou mesmo um
afastamento completo. Desta forma era imprescindível a identificação da pessoa
ou grupo que estava vindo, se vinha em paz ou não. Bandeiras, vestimentas e in­
sígnias começaram a serem usadas. A saudação com paz era o maior presente que
um povo poderia oferecer ao outro nesses tempos de insegurança (Dt 20.10-12).
Daí o fato de Jesus, Paulo, Pedro e João manterem a boa tradição de sempre sau­
darem as pessoas com paz (Lc 24.36; lTm 1.2; 2Tm 1.2; Tt 1.4; lPe 1.2 e 2 Jo.1.3).
2. Na época das perseguições ao Cristianismo, ser cristão era considerado
crime em Roma, e por isso os cristãos tinham uma forma codificada de se sau­
darem entre si principalmente utilizando o símbolo do peixe. Essa saudação
consistia em que um cristão desenharia um arco no solo, sendo que uma se-
gunda pessoa desenharia um segundo arco sobre o primeiro, formando assim
o desenho estilizado de um peixe, caracterizando que os dois eram cristãos. O
peixe de certa forma foi um símbolo criado pelo próprio Cristo para identificar
as almas das pessoas a serem conquistadas pelo Evangelho (Lc 5.10).
3. Os chineses se cumprimentam curvando-se em uma reverência com as
mãos postas. Este gesto é chamado Kowtow e é realizado apenas por homens.
As mulheres, no entanto, fazem um movimento com as mãos postas ao longo
do corpo, o chamado Wanfu. Os indianos se saúdam com as palmas das mãos
juntas na altura do peito, cabeça ligeiramente inclinada, e o clássico “Namaste”
que significa: “Eu me curvo às qualidades divinas que estão em você”.
4. Na França os amigos são recebidos com três beijinhos, uma saudação que
vem agradando também na Itália, Bélgica, Holanda, Sérvia e Ucrânia, e também
copiado por vários outros países. No mundo árabe cumprimenta-se assim: a
mão toca o peito, em seguida os lábios e finalmente a testa. A mensagem pas­
sada com este gesto é a seguinte: “Eu te dou meu coração, minha alma, meus
pensamentos” Nas Filipinas cumprimenta-se com uma espécie de beijar a mão,
gesto reservado à demonstração de respeito às pessoas mais velhas. Depois de
pedir permissão, aproxima-se a própria testa em direção à mão do destinatário,
pressionando-a como que para aceitar uma bênção.
II. AS SAUDAÇÕES PRATICADAS PELOS CRISTÃOS NAS ESCRITURAS
1. O ósculo santo era chamado também de beijo da paz, uma forma de
saudação usada por Jesus Cristo e seus discípulos, pela ação de beijar a face
mutuamente, não somente em regiões onde esse era um costume habitual, mas
também entre os cristãos de Roma. Até os dias de hoje ainda existe denomina­
ções religiosas que praticam a saudação com o ósculo santo (IC o 16.20).
2. Na introdução de todas as suas Epístolas endereçadas às Igrejas, o apóstolo
Paulo saudava os seus destinatários com graça e paz (Rm 1.7; ICo 1.3; 2Co 1.2; G1
1.3; Ef 1.2; Fp 1.2; Cl 1.2; lTs 1.1; e 2Ts 1.2). Entretanto, em suas Epístolas endereçadas
aos obreiros, Paulo acrescentou também a misericórdia (lTm 1.2; 2Tm 1.2 e Tt 1.4).
3. Saudar alguém com graça é desejar que a pessoa seja alcançada pelo favor
divino mesmo sem ter nenhum mérito; saudar alguém com paz é desejar que
a pessoa tenha tranquilidade para resolver todos os conflitos; e saudar alguém
com misericórdia é desejar que a pessoa tanto alcance compaixão divina como
também tenha compaixão no trato com outras pessoas (Ef 2.8; lTs 3.16 e Mt 5.7).
4. Quando alguém é saudado pelo nome e ainda lembrado por uma pessoa
muito importante é algo muito gratificante, e a pessoa citada se sente prestigia­
da. O apóstolo Paulo possuía esta grande qualidade de enviar saudações através
de suas Epístolas citando o nome das pessoas e destacando o valor do trabalho
que realizavam na obra do Senhor (Rm 16.3-4).
CONCLUSÃO: A saudação entre as pessoas é praticada em todos os povos e de di­
versas maneiras, e faz parte da cortesia, referência, e respeito mútuo que deve existir
entre os seres humanos. Nós os cristãos nos saudamos e nos cumprimentamos com
a Paz do Senhor Jesus Cristo - O Príncipe da Paz (Mc 9.50 e Jo. 14.27)

666 I 21 DE NOVEMBRO
22 DE NOVEMBRO

LIÇÕES BÍBLICAS DO DIA DO MÚSICO


lCrônicas 15.16

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o grande interesse que Davi tinha
pela música ao ordenar aos príncipes levitas que constituíssem seus irmãos can­
tores com instrumentos musicais na direção dos louvores dirigidos ao Senhor por
ocasião do transporte na Arca da Aliança para Jerusalém. Davi, apesar de grande
guerreiro, era tão ligado à música, que não só oficializou o ministério da música
sacra na Casa do Senhor, como também era inventor de instrumentos musicais
(lC r 25.1 e Am.6.5). No dia 22 de novembro de cada ano se comemora o Dia do
Músico. A palavra música, do grego “mousike”, que quer dizer a arte das musas, é
uma referência à mitologia grega e sua origem não é clara. Muitos acreditam que
a música já existia na pré-história em caráter religioso, como forma de agradeci­
mento pela caça, pela pesca, pelos frutos plantados ou em cultos ritualísticos. Exis­
tem várias lendas sobre a origem da música. Na Grécia antiga, acreditava-se que
a música havia se originado em um passado remoto, a partir dos deuses míticos.
Apoio era considerado o deus da música e as Musas eram deusas que utilizavam
seu canto e dança para encantar os deuses; já Hermes era tido como o criador da
lira (instrumento musical de corda). Lendas à parte, nós que conhecemos as Es­
crituras sabemos muito bem que a origem da música é divina, e foi criada para os
seres humanos louvarem e glorificarem o seu Criador (Sl 150.1-6). Com o passar
dos anos a música foi se evoluindo e aperfeiçoada pelas chamadas notas musicais.
Notas musicais são sinais que representam a altura do som musical. Apesar de se­
rem inúmeros os sons empregados na música, para representá-los bastam apenas
sete notas: DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI, inventadas pelo músico Guido dArezzo,
um monge italiano e regente do coro da Catedral de Arezzo na cidade italiana da
Toscana onde nasceu e viveu por volta do século X, o que comprova mais ainda a
associação da música desde a sua origem com o que é sagrado.

I. A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NAS ESCRITURAS


1. O ministério da música era tão importante quanto o ministério profético
nas Escrituras, e possui um grande destaque nas páginas da Bíblia. Jubal, foi
responsável por inventar a harpa e a flauta, os primeiros instrumentos musicais
mencionados na Bíblia (Gn 4.21).
2. Adota-se o termo “músico” quando nos referimos a qualquer pessoa li­
gada diretamente à música, em caráter profissional ou amador, exercendo al­
guma função no campo da música, como a de tocar um instrumento musical,
cantando, escrevendo arranjos, compondo, regendo um coral, uma orquestra,
uma banda, etc. Moisés foi o primeiro cantor mencionado na Bíblia (Êx 15.1-2).
3. Moisés declarou o Senhor como a sua própria música e seu próprio cân-
tico, dizendo: Ό SENHOR é a minha força e o meu cântico; ele me foi por sal­
vação; este é o meu Deus; portanto, eu o louvarei; ele é o Deus de meu pai; por
isso, o exaltarei.” (Êx 15.2).
4. Moisés ainda declarou que o Senhor é a nossa música e o nosso louvor,
dizendo: “Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e temíveis
coisas que os teus olhos têm visto.” (Dt 10.21). Nos gêneros musicais profanos,
a paixão, a sensualidade, e a mulher é o centro das letras das canções; porém,
a verdadeira música e o perfeito louvor existem unicamente para o Senhor (SI
33.1-3). O salmista disse: “Louvarei ao SENHOR durante a minha vida; cantarei
louvores ao meu Deus, enquanto eu viver.” (SI 146.2).

II. DAVI, ASAFE, BEETHOVEN E HANDEL: OS MAIORES MÚSICOS DA HISTÓRIA


1. A grande ligação do rei Davi com a música, o torna também o mais famo­
so músico da Bíblia. A própria Bíblia o chama de “mavioso salmista de Israel”
(2Sm 23.1). Davi foi o primeiro homem na história bíblica a utilizar a musicote-
rapia, uma técnica baseada na música e empregada no tratamento de problemas
somáticos, psíquicos ou psicossomáticos (ISm 16.23). A Bíblia revela que Davi
organizou o ministério da música sacra na Casa do Senhor e nomeou a Asafe,
um dos músicos mais talentosos de Israel como o chefe do departamento musi­
cal da Casa de Deus (lC r 16.4-5; lC r 25.1).
2. Beethoven é considerado por muitos como o maior e o mais influente
compositor da música clássica universal, Ludwing Van Beethoven nasceu em
17 de dezembro de 1770 na cidade alemã de Bonn. Filho de um músico inculto,
veio melhorar sua posição social e formação musical quando mudou para Vie­
na, em 1792. Ele não era superdotado. Sua evolução foi gradativa. Ali na capital
da Áustria, ele obteve grandes sucessos como pianista e compositor, generosa­
mente apoiado por membros da aristocracia austríaca, que em 1809 deram-lhe
pensão vitalícia. Entretanto, o próprio Beethoven afirmou que o maior com ­
positor que já existiu foi Handel, e outro grande compositor chamado Haydn
também afirmou que Handel era o pai deles todos.
3. O Aleluia de Handel, é tida como uma importantíssima obra que vai es­
tar para sempre na memória da história da música como uma das maravilhas
do gênio humano, e uma das maiores composições musicais da humanidade. O
oratório “Messias” composto por Georg Friedrich Hándel, consistia numa peça
para coro e orquestra que usava passagens da Bíblia para descrever Jesus Cristo,
desde as profecias que anunciaram sua chegada, sua vida e obra, sua morte na
cruz e sua ressurreição. Dentro deste oratório encontramos o famoso Aleluia de
Handel que é a obra clássica mais conhecida em todo o mundo. Segundo relatos
históricos, quando o Aleluia de Handel estreou em 13 de abril de 1742 em Du-
blim na Irlanda, as pessoas saíram do teatro profundamente emocionadas, alguns
aos prantos, outros prometendo se reconciliar com Deus. Conta-se ainda que nos
dias seguintes várias pessoas foram soltas das prisões em Dublin, outras foram as
autoridades retirar as queixas contra seus malfeitores e vários encarcerados foram

668 I 22 DE NOVEMBRO
soltos. O salmista disse: “Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque ele tem fei­
to maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória.” (SI 98.1).
4. Ainda de acordo com relatos históricos, quando Handel apresentou o seu
oratório Messias em Londres, houve o mesmo impacto, e a capital inglesa foi
abalada com a imensa espiritualidade da música, e quando a orquestra e o coro
começaram a cantar “Halleluiah” o rei George II se pós em pé. Perguntaram se
ele estava cansado; mas ele disse que era em reverência ao Rei maior de todos
que estava sendo exaltado naquele momento. O oratório do Messias mudou a
vida de Handel, e tornou-se o musico mais querido da Inglaterra. Era o músico
preferido do rei e de toda a corte, recebeu cidadania inglesa, pagou suas dívidas,
foi coroado de honrarias, sua música viajou o mundo, e se tornou o maior com ­
positor de todos os tempos, mesmo já velho para os padrões da época.
CONCLUSÃO: Ainda hoje temos muitos músicos na Igreja do Senhor que mar­
caram épocas com os seus louvores, e há músicas como: “Cem ovelhas”, “Quão
Grande és tu”, “Tu és Fiel”, “Estou contigo”, “Porque Ele vive”, “O Rei está vol­
tando”, “Alma cansada”, “Foi na cruz”, “Se isto não for amor”, “Tocou-me”, e tan­
tas outras músicas que se tornaram um clássico e nunca estarão ultrapassadas.
“Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico.” (Sl
100.2). A Palavra de Deus nos aconselha, dizendo: “Por meio de Jesus, pois,
ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que con­
fessam o seu nome.” (Hb 13.15). Que possamos valorizar todos os bons músicos
que servem a Deus fielmente e contribuem de maneira extraordinária para pre­
servar a genuína música sacra que nunca se perderá no tempo!

ANOTAÇÕES
23 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE TESSALÔNICA


Atos 17.1

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento da chegada de Paulo e sua


equipe missionária para pregar o evangelho na cidade de Tessalônica. Segundo
os historiadores, a cidade de Tessalônica foi construída por volta do ano 315
antes de Cristo por um dos generais de Alexandre Magno chamado Cassandro,
cujo nome da cidade era o mesmo nome de sua esposa Tessalônica, meia-irmã
de Alexandre, o grande, a qual recebeu este nome de seu pai Filipe II por ter
nascido no mesmo dia da vitória dos macedônios sobre os tessálios, povo que
habitava antigamente na região da Tessalônica. O nome “Tessalônica” significa
“vitória sobre os tessálios”, e atualmente chama-se Salônica, a segunda maior
cidade da Grécia. O Evangelho floresceu de forma extraordinária em Tessalô­
nica após Paulo fazer uma exposição das Escrituras por três sábados seguidos
na sinagoga judaica da cidade, à ponto de muitas pessoas serem persuadidas
e unidas a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de gregos piedosos e
muitas distintas mulheres (At 17.1-3).

I. UMA IGREJA NASCIDA NUMA SINAGOGA


1. O texto sagrado afirma que Paulo usou o púlpito da Sinagoga Judaica da
cidade de Tessalônica para anunciar a Cristo por meio das Escrituras (At 17.1-
4). Originada nos tempos do cativeiro babilônico, em função do afastamento do
templo e visando manter viva a chama da fidelidade aos ensinamentos do Deus
de Israel, a sinagoga transformou-se, a partir de mais ou menos 200 a.C. numa
organização desenvolvida, estruturada e solidamente infiltrada na cultura dos
judeus, tanto dos que habitavam a Palestina como nos dispersos pelo mundo
romano. O próprio Tiago, pastor da Igreja de Jerusalém destacou a força e pre­
sença da sinagoga em todos os lugares, dizendo: “Porque Moisés tem, em cada
cidade, desde tempos antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido todos
os sábados.” (At 15.21).
2. O próprio Lucas descreveu Jesus Cristo ensinando nas sinagogas e era
glorificado por todos, e costumava também frequentar a sinagoga aos sábados
(Lc 4.15-18). A forte influência da sinagoga atingiu também o seio da Igreja
Primitiva, para a qual exportou alguns de seus elementos, perceptíveis tanto na
estrutura organizacional, como na liturgia daquele período.
3. Como podemos verificar nas viagens missionárias de Paulo, narradas ao
longo do livro de Atos dos Apóstolos, a sinagoga transformou-se numa parada
obrigatória para os muitos cristãos primitivos de ascendência judaica, os quais,
em suas missões evangelizadoras, se valeram dessa instituição para praticarem
a regra de irem primeiro aos judeus e, então, aos gentios (At 13.46).

670 I 23 DE NOVEMBRO
4. Nas sinagogas, os judeus da dispersão, assim como os prosélitos e sim­
patizantes dentre os gentios, disseminavam, com grande ardor, a esperança
messiânica, colaborando para a familiarização do mundo greco-romano com a
mensagem apostólica, que anunciava a Jesus Cristo como o Messias prometido
das Escrituras judaicas (At 13.14-53). Lucas escreveu que: “Em Icônio, Paulo e
Barnabé entraram juntos na sinagoga judaica e falaram de tal modo, que veio a
crer grande multidão, tanto de judeus como de gregos.” (At 14.1).

II. UMA IGREJA QUE JÁ NASCEU GRANDE


1. A Igreja de Tessalônica já nasceu grande devido a adesão em massa dos
tessalonicenses ao Evangelho de Cristo pregado por Paulo e Silas. O historiador
Lucas escreveu que: “Alguns deles foram persuadidos e unidos a Paulo e Silas,
bem como numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres.”
(At 17.3). Da mesma forma acontece nos dias de hoje, há cidades que o solo é
fértil e a mensagem do Evangelho floresce rapidamente, e em outras o solo é
menos fértil e o Evangelho floresce de forma mais lenta (Mc 4.20).
2. O apóstolo Paulo chegou a dizer que a fé dos tessalonicenses havia se
espalhado por todos os lugares, dizendo: “Porque por vós soou a palavra do
Senhor, não somente na Macedonia e Acaia, mas também em todos os lugares
a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos ne­
cessidade de falar coisa alguma;” (lT s 1.8).
3. Lucas descreveu a inveja provocada pelo crescimento da Igreja em Tes­
salônica, dizendo: “Mas os judeus desobedientes, movidos de inveja, tomaram
consigo alguns homens perversos dentre os vadios, e, ajuntando o povo, alvo­
roçaram a cidade, e, assaltando a casa de Jasom, procuravam tirá-los para junto
do povo.” (At 17.4). Assim acontece nos dias de hoje; toda Igreja que cresce em
uma cidade desperta a inveja de outros grupos religiosos.
4. A Palavra de Deus descreve o espanto das pessoas com o crescimento
da Fé Cristã, dizendo: “Estes que têm alvoroçado o mundo chegaram também
aqui,” (At 17.5). O crescimento espantoso do Evangelho no Brasil tem inco­
modado muita gente, e isso ficou nítido quando uma revista secular de grande
circulação soltou uma matéria com o seguinte título: “Esta gente incomoda”. Em
qualquer lugar onde o Evangelho é anunciado com poder, a Palavra de Deus
sempre prevalece e multidões são atraídas a Cristo.
CONCLUSÃO: A Igreja de Tessalônica nos ensina a crescermos na fé mesmo no
meio das adversidades, e como podemos influenciar o mundo pregando com
ousadia e convicção a Palavra de Deus (lT s 1.5-7). O apóstolo Paulo revelou
como a Igreja de Tessalônica se tornou um exemplo de fé e de crescimento para
as demais igrejas, dizendo: “E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor,
recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo, de ma­
neira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedonia e Acaia.” (lT s 1.6-7).
24 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE ANTIOQUIA


Atos 17.26

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento da formação da Igreja


do Senhor em Antioquia, quando os seguidores de Cristo foram pela primeira vez
chamados de cristãos. Antioquia da Síria foi fundada nos finais do século IV a.C.
por Seleuco I Nicátor, um dos generais de Alexandre III da Macedonia que a tornou
capital do seu império. Flávio Josefo descreveu Antioquia como tendo sido a tercei­
ra maior cidade do Império Romano e também do mundo, com uma população
estimada em mais de meio milhão de habitantes, depois de Roma e Alexandria.
Cresceu a ponto de se tornar o principal centro comercial e industrial da província
romana da Síria. Era considerada como a porta para o Oriente. Antioquia ocupa
um lugar de destaque na História Cristã pelo fato de ter sido pastoreada por Bar-
nabé e Paulo, e tornou-se também a primeira Igreja a enviar missionários trans-
culturais de forma oficial (At 13.1-3). Depois da Igreja Matriz de Jerusalém onde
se reunia o colegiado apostólico, Antioquia era o centro cristão mais importante
do primeiro século. Segundo os historiadores, os Cristãos de Antioquia cresceram
tanto na cidade que, nos dias em que Inácio foi bispo de Antioquia, mais da metade
da população da cidade que era de cerca de meio milhão de pessoas eram cristãs.

I. UMA IGREJA GENUINAMENTE CRISTÃ


1. O historiador cristão Lucas escreveu que: “Em Antioquia, foram os discí­
pulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (At 11.26). Embora o Cristianismo
tenha nascido em Jerusalém, Antioquia foi o berço nominal do Cristianismo
pelo fato dos seguidores de Cristo serem chamados pela primeira vez de Cristãos.
2. Originalmente o significado da palavra “Cristãos” no grego é “Pequenos
Cristos”, dando o sentido de que o cristão deve ser uma cópia fiel e submissa de
Cristo (E f 5.1-2). O verdadeiro cristão é um imitador de Deus Pai e anda como
Cristo verdadeiramente andou (Mt 5.14-16 e Jo.8.12).
3. Alguns acham que a população pagã talvez os apelidassem de cristãos
por brincadeira ou desprezo, mas a Bíblia mostra que se tratava dum nome
dado por Deus; os quais “por providência divina, foram chamados cristãos” (At
I I . 26). Há traduções que interpretam da seguinte maneira: “Os discípulos tam­
bém foram divinamente chamados de cristãos pela primeira vez em Antioquia.”
O certo é que o nome pegou em todo o mundo, embora alguns grupos que se
dizem cristãos não se parecerem em nada com Cristo.
4. O Senhor Jesus Cristo nos aconselhou a fazermos o que exatamente Ele
fazia, dizendo: “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou.
Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns
aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós

672 I 24 DE NOVEMBRO
também.” (Jo 13.13-15). O Senhor Jesus Cristo ainda nos revelou qual a condi­
ção para sermos um cristão verdadeiro, dizendo: “Nisto todos conhecerão que
sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (Jo 13.35).

II. UMA IGREJA MISSIONÁRIA


1. Enquanto a Igreja Matriz de Jerusalém relutava em enviar missionários
às terras estrangeiras, Deus faz da Igreja de Antiquia uma grande potência m is­
sionária (At 13.1-4).
2. A Bíblia descreve uma lista de homens capacitados por Deus que havia na
Igreja de Antioquia, dizendo: “Na igreja que estava em Antioquia havia alguns
profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Niger, e Lúcio, cire-
neu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.” (At 13.1). Na
Igreja Matriz de Jerusalém estava reunida grandes lideranças do Cristianismo,
porém, a Igreja de Antioquia reunia também grandes lideranças cristãs.
3. Lucas registrou o grande despertamento missionário ocorrido na Igreja
de Antioquia, dizendo: “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito
Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.” (At
13.2). O Espírito Santo era a voz maior que ecoava na Igreja de Antioquia esco­
lhendo e chamando pessoas nominalmente para realizarem a obra missionária
(At 13.3-4).
4. A Bíblia revela que a Igreja de Antioquia continuou sendo o quartel gene­
ral missionário de Barnabé e Paulo após regressarem da bem-sucedida primeira
viagem missionária (At 14.26-28). Lucas ainda escreveu que Paulo, mesmo de­
pois de ter se separado de Barnabé e formado uma nova dupla missionária com
Silas, continuou usando Antioquia como sua base missionária (At 18.22-23).
CONCLUSÃO: A Igreja de Antioquia foi fundada por cristãos itinerantes que
se espalharam pelo Império Romano propagando a Fé Cristã (At 11.19-26), e
após ser solidificada na Palavra de Deus pelos ensinamentos de Barnabé e Paulo
tornou-se numa referência mundial para o Cristianismo.

ANOTAÇÕES
25 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE JERUSALÉM


Atos 5.14

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos mostra o extraordinário crescimento


da Igreja-Mãe em Jerusalém. A palavra de Deus crescia de forma sobremanei­
ra, o número dos discípulos se multiplicava a cada dia, e grande parte da elite
sacerdotal judaica já estava se sujeitando a Fé Cristã. Tudo no mundo aponta
para Jerusalém. As três maiores religiões monoteístas da terra são: Judaísmo,
Cristianismo e Islamismo e, brigam pelo “status” de Jerusalém. Em Jerusalém,
sinagogas, igrejas e mesquitas disputam espaço. Essas três maiores religiões m o­
noteístas do mundo, representam mais de 50% da população da terra e estão
com os seus olhos voltados para Jerusalém. Os adeptos destas três religiões se
declaram filhos de Abraão, o homem que pagou dízimo para o primeiro Sacer­
dote e Rei de Jerusalém (Gn 14.18-20); todos os judeus são filhos de Abraão por
meio de Isaque (Gn 28.13-14); todos os cristãos são filhos de Abraão por meio
de Jesus Cristo (G1 3.29; 3.7-9). Todos os islâmicos se dizem filhos de Abraão
por meio de Ismael (Gn 16.11-12; 17.20), e almejam Jerusalém. Localizada em
um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mediterrâneo e o mar Morto, é
uma das cidades mais antigas do mundo. Durante a sua longa história, Jeru­
salém foi destruída pelo menos duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes
e capturada e recapturada outras 44 vezes. Jerusalém é o centro espiritual do
mundo, e o metro quadrado mais disputado do mundo. Foi em Jerusalém que
a Igreja do Senhor Jesus Cristo foi inaugurada no Dia de Pentecostes (At 2.1-4).

I. A IGREJA DE JERUSALÉM É A MATRIZ DO CRISTIANISMO E NÃO ROMA


1. O verdadeiro e autêntico Cristianismo tem como matriz a Igreja nascida
em Jerusalém no Dia de Pentecostes. Roma é a sede do Catolicismo Romano, e
não do Cristianismo. O Cristianismo não está resumido ao Catolicismo Roma­
no. O Senhor Jesus Cristo já havia apontado Jerusalém para os seus seguidores
como o ponto de partida da Fé Cristã, dizendo: “E eis que sobre vós envio a
promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais
revestidos de poder.” (Lc 24.49).
2. Jesus Cristo novamente colocou Jerusalém como o centro da Fé Cristã, di­
zendo: “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém,
mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.” (At 1.4).
3. Jesus Cristo citou Jerusalém como o ponto de partida de onde se irradia­
ria a Fé Cristã por todo o mundo, dizendo: “Mas recebereis poder, ao descer so­
bre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como
em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1.8).
4. Lucas registrou que cada nova congregação que surgiam era necessário

674 | 25 DE NOVEMBRO
o reconhecimento por parte da Igreja-Matriz em Jerusalém (At 8.14-16). Assim
que Paulo se converteu ao Senhor no caminho de Damasco procurou o apoio da
Igreja-Sede em Jerusalém (At 9.26-28). Lucas também revelou que a nova con­
gregação de Antioquia precisou do reconhecimento e assistência da Igreja-Mãe
em Jerusalém que empossou a Barnabé como pastor daquela Igreja (At 11.22-23).

II. TODOS OS GRANDES EVENTOS PROFÉTICOS COMEÇARAM POR


JERUSALÉM E TERÃO SEU DESFECHO FINAL EM JERUSALÉM
1. O apóstolo Paulo revelou Jerusalém como a referência inicial de seu m i­
nistério, dizendo: “Porque não ousaria dizer coisa alguma, que Cristo por mim
não tenha feito, para obediência dos gentios, por palavra e por obras; pelo poder
dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que, desde
Jerusalém e arredores até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo.”
(Rm 15.19). Paulo, o maior apóstolo do Cristianismo começou seu ministério
de Jerusalém para o mundo inteiro (At 9.26-29 e Cl 1.23).
2. Em Jerusalém Jesus Cristo foi crucificado e ressuscitado (Lc 13.33; 24.18-
23). Por isso, a salvação e a redenção da humanidade vieram de Jerusalém. Jesus
Cristo ascendeu aos céus em Jerusalém (At 1.8-11), e descerá por ocasião de sua
Segunda Vinda em Glória em Jerusalém (At 1.11; Zc.14.3-4).
3. A cidade cujo Arquiteto e Edificador é Deus chama-se “Jerusalém celes­
tial” (Hb 11.10; 12.22). O apóstolo Paulo usou uma metáfora para nos revelar
Jerusalém como nossa mãe espiritual, dizendo: “Mas a Jerusalém que é de cima
é livre, a qual é mãe de todos nós;” (Gl 4.26).
4. A cidade de Roma está edificada sobre 7 colinas e é chamada pelos histo­
riadores de “cidade eterna”. A verdadeira “cidade eterna” é Jerusalém e não Roma
(Zc 8.3; Ap 21.2). Existe um ditado bem conhecido que diz o seguinte: “Todos os
caminhos levam a Roma”. Porém, a verdade é a seguinte: Todo caminho levará o
homem a Jerusalém no final dos tempos, e não a Roma (Zc 8.22-23 e Zc. 12.2-9).

CONCLUSÃO: Ao contemplar a Nova Jerusalém que descia do céu, João percebeu


uma grande conexão entre a Cidade Santa e a Igreja de Cristo quando descobriu que
a Jerusalém Eterna também chamada pelo anjo de “Esposa do Cordeiro” tem como
fundamento de suas portas os nomes dos Doze Apóstolos do Cordeiro e das Doze
Tribos de Israel mostrando a União Final entre Gentios e Judeus na formação do
Corpo de Cristo na Jerusalém Celestial (Ap 21.1-14).

675
26 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE SAMARIA


Atos 8.14

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento da implantação da


Igreja do Senhor na cidade de Samaria. A cada nova congregação que surgia em
outros lugares, a Igreja Matriz de Jerusalém enviava alguém para confirmar e
reconhecer a nova igreja. A primeira menção de Samaria nas Escrituras aparece
como uma região que abrigava cidades contaminadas pela idolatria (lR s 13.32).
Samaria é um termo oriundo do hebraico “shomron”, conhecido como “Semer”
que era proprietário de uma grande área montanhosa e vendeu a Omri, rei de
Israel, que edificou a cidade sobre o monte e lhe deu o nome de Samaria, a qual
se tornou capital do Reino Norte de Israel, e grande rival de Jerusalém, capital
do Reino Sul de Judá (lR s 16.24). Atualmente situa-se entre os territórios da
Cisjordânia e de Israel. A religião dos samaritanos baseava-se no Pentateuco, tal
como o judaísmo. Entretanto, os samaritanos rejeitam a importância histórica
de Jerusalém, não possuem rabinos e não aceitam o Talmud Judaico. Seu culto
é centrado no Monte Gerizim, ao contrário do Judaísmo, que tem o monte M o­
riah (Jerusalém) como sua montanha sagrada, daí o fato da Mulher Samaritana
questionar a Jesus sobre o lugar correto de adorar a Deus (Jo 4.20). Uma coisa
é certa, foi Jesus Cristo quem lançou a primeira semente do Evangelho entre
o povo samaritano através daquela anônima e desprezível Mulher Samaritana
preparando o caminho para o surgimento de uma Igreja Poderosa em Samaria
(Jo 4.4-42).

I. A RELAÇÃO ENTRE JESUS CRISTO E O POVO SAMARITANO


1. Dos Quatro Evangelhos, Mateus, Lucas e João registram fatos que reve­
lam a relação existente entre Jesus e o povo samaritano. Quando enviou os dis­
cípulos de dois em dois para pregarem o Evangelho Jesus Cristo pediu a eles que
evitassem as cidades samaritanas (Mt 10.5). Havia uma rixa muito grande entre
judeus e samaritanos, e Jesus queria resolver pessoalmente essas diferenças, as
quais seus discípulos não estavam ainda aptos para resolverem (Jo 4.9).
2. Lucas revelou a dificuldade encontrada por Jesus Cristo para se aproxi­
mar dos samaritanos quando eles recusaram hospedá-lo em seu território (Lc
9.51-53). Lucas registrou o despreparo dos discípulos em ganhar os samarita­
nos, quando queriam se vingar dos mesmos utilizando de sua autoridade espi­
ritual, como o profeta Elias havia utilizado no passado ao invocar fogo do céu
para consumir seus adversários (Lc 9.54-56 e 2Rs 1.9-15). Jesus Cristo usou de
mansidão e misericórdia para com os samaritanos revelando aos seus discípulos
o seu propósito de salvar o povo samaritano (Mt 11.28-30 e Lc.9.55-56).
3. Jesus Cristo passou pelo meio de Samaria e Galiléia e curou dez leprosos
de uma só vez, sendo um deles samaritano, e também foi o único que voltou

676 | 26 DE NOVEMBRO
para agradecê-lo, abrindo caminho para uma aproximação de Jesus com o povo
samaritano (Lc 17.11-19).
4. O apóstolo João fez o seguinte registro: “E era-lhe necessário passar por
Samaria.” (Jo 4.4). Mesmo não sendo bem recebido na primeira vez, Jesus Cristo
não desistiu do povo samaritano, e quebrou um protocolo da época, ao iniciar
um diálogo com uma mulher samaritana na cidade de Sicar, e que resultou na
salvação daquela pobre alma, e de uma multidão de samaritanos que receberam
a Jesus Cristo como o Salvador do Mundo (Jo 4.5-42).
II. FUNDAÇÃO DA IGREJA EM SAMARIA
1. Antes de sua ascensão aos céus, o Senhor Jesus Cristo fez uma promessa
missionária aos seus discípulos e incluiu Samaria no projeto evangelístico (At
1.8). Lucas registrou como Deus usou o Evangelista Filipe para fundar a Igreja
em Samaria, dizendo: “E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a
Cristo.” Cristo deve ser o tema central da nossa pregação (At 8.5).
2. Filipe anunciou Jesus Cristo ao povo samaritano acompanhado de m i­
lagres sobrenaturais, e o resultado foi extraordinário: “E havia grande alegria
naquela cidade.” (At 8.6-8). O povo samaritano aderiu ao Evangelho de Cristo
em massa. Lucas mostrou o povo samaritano sendo iludido pelas mágicas de
Simão, à ponto de chamá-lo de “poder de Deus” (At 8.9-13). Porém, quando Fi­
lipe anunciou Cristo, o verdadeiro Poder de Deus (IC o 1.24), a cidade foi toma­
da de alegria com os milagres que Deus fazia através do ministério de Filipe, à
ponto de Simão Mágico ficar espantado com o poder de Deus na vida de Filipe.
3. Lucas revelou como os apóstolos deixaram de lado as diferenças étnicas e re­
ligiosas entre judeus e samaritanos e foram confirmar a Igreja do Senhor em Sama­
ria, dizendo: “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria
recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo descido,
oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo.” (At 8.14-15). Lembra que
João havia pedido a Jesus permissão pra mandar descer fogo do céu e consumir os
samaritanos por recusarem receber Jesus em seu território? (Lc 9.51-56). Pois é,
agora João é enviado a Samaria para pôr fogo do Espírito Santo nos samaritanos!
4. Lucas também registrou o progresso espiritual da Igreja do Senhor em
vária cidades, inclusive Samaria, dizendo: “Assim, pois, as igrejas em toda a Ju­
deia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam,
andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.” (At 9.31).
Lucas ainda registrou Paulo e Barnabé testemunhando na Igreja de Samaria e
trazendo grande alegria para o povo (At 15.3).
CONCLUSÃO: Ao observar a multidão de samaritanos vindo ao seu encontro
atraídos pelo testemunho da mulher que encontrou junto a fonte, Jesus Cristo
disse aos seus discípulos: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que
venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que
já estão brancas para a ceifa.” (Jo 4.35). O Senhor Jesus Cristo já havia previsto
uma grande colheita de almas entre o povo samaritano, e abriu caminho para o
surgimento de uma Igreja forte em Samaria.
27 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE ESMIRNA


Apocalipse 2.8

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o envio de uma Carta de Jesus
Cristo à Igreja localizada na cidade de Esmirna. A Igreja de Esmirna estava
sofrendo terríveis perseguições por causa do Evangelho de Cristo trazendo con­
sigo um histórico de muitos mártires, inclusive o próprio Policarpo que havia
sido discípulo do apóstolo João e posteriormente bispo de Esmirna foi martiri-
zado cerca de 70 anos após o envio desta Carta na época do Imperador Romano
Marco Aurélio. Esmirna era uma cidade onde ocorreu diversos fatos históricos
importantes. Para uma Igreja sofredora enfrentando o martírio, Jesus Cristo
se apresenta como o Primeiro e o Último, o que esteve morto e tornou a viver.
Além de revelar que com Ele está a primeira e última palavra sobre todos os
acontecimentos da história. Ele também havia enfrentado a morte e reviveu.
Podemos aprender lições importantes sobre a Igreja de Esmirna.

I. UMA IGREJA POBRE PARA OS HOMENS MAIS RICA PARA DEUS


1. Jesus Cristo mostrou conhecer o sofrimento de sua Igreja, dizendo: “Eu
sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico)” (Ap 2.9). Jesus Cristo
conhecia de perto a tribulação e pobreza que os crentes de Esmirna enfrenta­
vam, porém, os considerava ricos para com Deus. Ao contrário da Igreja de
Laodiceia que se consideravam ricos e auto suficientes, e Jesus Cristo os chamou
de pobres e miseráveis, a Igreja de Esmirna era pobre e atribulada, mas Jesus
Cristo os chamou de ricos (Ap 2.9 e Ap 3.17-18).
2. O apóstolo Paulo revelou o mesmo processo que Cristo havia enfrentado,
dizendo: “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico,
se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.”
(2Co 8.9). O apóstolo Paulo revelou como ele mesmo lidava com as tribulações
e necessidades que enfrentava, dizendo: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas,
nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de
Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” (2Co 12.10).
3. O apóstolo Paulo ainda revelou sua reação diante das adversidades, di­
zendo: “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em
todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter
abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me
fortalece.” (Fp 4.12-13).
4. O apóstolo Paulo também nos declarou mais do que vencedores diante
de qualquer situação, dizendo: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que
vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que
nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do

678 I 27 DE NOVEMBRO
presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade,
nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em
Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8.37-39).

II. UMA IGREJA FIEL NO MEIO DA TRIBULAÇÃO


1. A Igreja de Esmirna aprendeu a permanecer fiel no meio da tribulação.
O Senhor Jesus Cristo encorajou os crentes de Esmirna, dizendo: “Não temas
as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns
dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até
à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Ap 2.10).
2. O salmista afirmou que: “Vem do SENHOR a salvação dos justos; ele é a
sua fortaleza no dia da tribulação.” (Sl 37.39). O salmista descreveu que após a
tribulação o Senhor leva o crente ao porto desejado, dizendo: “Então, clamam
ao SENHOR na sua tribulação, e ele os livra das suas angústias. Faz cessar a tor­
menta, e acalmam-se as ondas. Então, se alegram com a bonança; e ele, assim,
os leva ao porto desejado.” (Sl 107.28-30).
3. O salmista Davi também se expressou, dizendo: “Em meio à tribulação,
invoquei o SENHOR, e o SENHOR me ouviu e me deu folga.” (Sl 118.5). Nin­
guém aguenta viver na tribulação o tempo todo. Clame ao Senhor e Ele lhe dará
folga das suas angústias e das suas tribulações!
4 .0 apóstolo Paulo também descreveu a tribulação como uma escola de vida
que nos leva a termos grandes experiências com Deus (Rm 5.3-5). O apóstolo
Paulo ainda nos revelou como Deus nos consola no meio da tribulação, dizendo:
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias
e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para
que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a
consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus.” (2Co 1.3-4).

CONCLUSÃO: A paciência dosada pela consolação divina é sempre o remédio para


o cristão superar todas as tribulações da vida presente. O apóstolo Tiago escreveu, di­
zendo: “Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais
falaram em nome do Senhor. Eis que temos por febzes os que perseveraram firmes.
Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor
é cheio de terna misericórdia e compassivo.” (Tg 5.10-11).

ANOTAÇÕES

679
28 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DO DIA MUNDIAL DE AÇÕES DE GRAÇAS


Colossenses3.15

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos aconselha a sermos


agradecidos ao Senhor por tudo. Nos Estados Unidos existe o famoso “Dia de
Ações de Graças” comemorado na última quinta-feira do mês de novembro de
cada ano. O Dia de Ação de Graças, é um feriado celebrado nos Estados Unidos
e no Canadá como um dia de gratidão a Deus, pelos bons acontecimentos ocor­
ridos durante o ano com festas e orações. No Brasil, o presidente Gaspar Dutra
instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, por sugestão do embaixador Joa­
quim Nabuco, entusiasmado com as comemorações que vira em 1909, na Cate­
dral de São Patrício, quando embaixador em Washington. Esta data é lembrada
por muitas famílias de origem americana, por algumas denominações Cristãs
Protestantes, universidades confessionais e cursos de inglês. A Bíblia revela a
prática de ações de graças por muitos homens e mulheres que celebraram lou­
vores a Deus pelas bênçãos recebidas. A gratidão é uma das coisas que alegram
o coração de Deus e jamais deve ser negligenciada por aqueles que foram alvos
da beneficência divina (SI 103.1-5).

I. EM TUDO DAI GRAÇAS


1. Não é uma tarefa fácil darmos graças em meio às adversidades. Entre­
tanto, a recomendação de Paulo é sermos gratos por todas as coisas (lT s 5.18).
A Bíblia revela Davi formando uma equipe de louvor só para darem graças ao
Senhor no Templo (IC o 25.3).
2. A Bíblia revela o rei Davi dando graças ao Senhor, dizendo: “Tua é, SE­
NHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque
teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltas­
te sobre todos como chefe. E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas
sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar
força a tudo. Agora, pois, ó Deus nosso, graças te damos e louvamos o nome da
tua glória.” (lC r 29.11-13).
3. A Bíblia revela que nos dias de Neemias o grupo escolhido por Davi para
renderem graças ao Senhor ainda estava ativo, dizendo: “Foram, pois, os chefes
dos levitas: Hasabias, Serebias e Jesua, filho de Cadmiel; e seus irmãos estavam
defronte deles para louvarem e darem graças, segundo o mandado de Davi, ho­
mem de Deus, guarda contra guarda.” (Ne 12.24).
4. O salmista Davi prometeu engrandecer ao Senhor com ações de graças,
dizendo: “Louvarei o nome de Deus com cântico e engrandecê-lo-ei com ação
de graças.” (SI 69.30). O profeta Isaías afirmou que o principal propósito da ação
de graças é engrandecer ao Senhor por seus poderosos feitos: “E direis, naque-

680 | 28 DE NOVEMBRO
le dia: Dai graças ao SENHOR, invocai o seu nome, tornai manifestos os seus
feitos entre os povos e contai quão excelso é o seu nome. Cantai ao SENHOR,
porque fez coisas grandiosas; saiba-se isso em toda a terra.” (Is 12.4-5).

II. SEDE AGRADECIDOS


1. Devemos ser agradecidos: Agradecidos pela vida, agradecidos pela nossa
salvação, agradecidos pelo perdão dos nossos pecados, agradecidos pelo nosso
nome está escrito nos céus, agradecidos pelo pão, pela água, pela vestimenta, pela
moradia, pela provisão, pela proteção e por tantos outros benefícios. O apóstolo
Paulo escreveu, dizendo: “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados
em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.” (Cl 3.15).
2. O salmista Davi também se mostrou agradecido, dizendo: “Bendize, ó
minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.” (SI
103.2). O salmista ainda se mostrou imensamente agradecido, dizendo: “Que
darei eu ao SENHOR por todos os benefícios que me tem feito?” (SI 116.12).
3. Após curar dez leprosos de uma só vez, Jesus Cristo elogiou o único que
voltou para agradecer e censurou os outros beneficiados que não retornaram
para agradecer, dizendo: “Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não
houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? E disse-lhe:
Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.” (Lc 17.11-19).
4. O apóstolo Paulo nos ensinou a darmos graças a Deus que nos garan­
te a vitória por meio de Jesus Cristo (IC o 15.57). O apóstolo Paulo ainda nos
ensinou a darmos graças pelos triunfos e vitórias que conquistamos por meio
de Jesus Cristo, dizendo: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos
conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do
seu conhecimento.” (2Co 2.14).
CONCLUSÃO: A gratidão a Deus até pelas mínimas coisas vacina o homem
contra a auto suficiência, e o torna não só uma pessoa humilde e agradecida,
como também agrada ao Deus “que abundantemente nos dá todas as coisas
para delas gozarmos;” (lT m 6.17).

ANOTAÇÕES
29 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE PÉRGAMO


Apocalipse 2.12

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a mensagem que Jesus Cristo en­
viou à sua Igreja localizada na cidade de Pérgamo por meio de uma Carta. Além
de ser a terceira das Sete Igrejas da Ásia em que Cristo enviou uma mensagem
através do apóstolo João no livro do Apocalipse, Pérgamo era uma cidade notó­
ria e abrigava uma das maiores indústrias de pergaminho, uma espécie de couro
polido de animais que estava substituindo o papiro como material de escrita por
ser mais resistente e duradouro; o próprio nome da cidade está associado a este
material empregado na escrita. A cidade de Pérgamo abrigava uma das maiores
bibliotecas do mundo naquela época, só ficando atrás da grande biblioteca de
Alexandria no Egito. Pérgamo, foi uma antiga cidade grega rica e poderosa loca­
lizada a 26 quilômetros da costa do mar Egeu, e a noroeste da moderna cidade de
Bergama (Turquia). Durante o período helenístico, tornou-se a capital do Reino
de Pérgamo entre 281-133 a.C., e foi transformada em um dos principais centros
culturais do mundo grego. Para uma cidade que fabricava pergaminhos, e tinha
muitos livros Jesus Cristo se apresenta como “Aquele que tem a espada aguda de
dois fios” (Ap 2.12). No meio de milhares de livros que havia na famosa biblio­
teca de Pérgamo, somente a Bíblia é o Livro dos livros, a verdadeira Espada do
Espírito que penetra até a divisão da alma e do espírito, das juntas e medulas e é
apta para discernir os pensamentos e intenções dos corações (Hb 4.12).

I. UMA IGREJA ESTABELECIDA DENTRO DO TERRITÓRIO DO INIMIGO


1. O próprio Senhor Jesus Cristo reconheceu que a Igreja de Pérgamo estava
estabelecida dentro do próprio território do inimigo quando disse: “Conheço o
lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome
e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu
fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.” (Ap 2.13). Além do famoso
“altar de Pérgamo”, uma magnífica estrutura de 113 metros dedicada a Zeus, o
“deus pagão” da mitologia grega, havia um santuário dedicado a “Esculápio”, o
“deus pagão” da cura e da medicina que carregava a imagem de uma serpente,
um símbolo do próprio Satanás.
2. A Igreja do Senhor Jesus Cristo também está estabelecida dentro do pró­
prio território do inimigo, pois o mundo inteiro jaz no Maligno, e a Igreja pre­
cisa das armas espirituais para destruir as fortalezas do inimigo e conquistar o
território para Cristo ( ljo 5.19 e 2Co 10.4-5).
3. O apóstolo Paulo escreveu aos efésios como esta luta é travada no mundo
espiritual, dizendo: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar
firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a car-

682 I 29 DE NOVEMBRO
ne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Ef 6.11-12).
4. Jesus Cristo descreveu o trabalho que Ele veio fazer para nos libertar do
domínio de Satanás, dizendo: “Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de
Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós. Quando o valente, bem
armado, guarda a sua própria casa, ficam em segurança todos os seus bens. So­
brevindo, porém, um mais valente do que ele, vence-o, tira-lhe a armadura em
que confiava e lhe divide os despojos.” (Lc 11.21-22). Jesus Cristo outorgou aos
seus discípulos poder sobre o Maligno (Lc 10.19-20). O apóstolo João descreveu
o trabalho que Jesus Cristo veio fazer neste mundo, dizendo: “Para isto se mani­
festou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.” ( ljo 3.8).

II. UMA IGREJA LEVANTADA PARA COMBATER O INIMIGO PELA ESPADA


DO ESPÍRITO
1. O Senhor Jesus Cristo se apresentou para a Igreja de Pérgamo como o
portador da Espada do Espírito que é a Palavra de Deus (Ap 2.12). O apóstolo
João já havia contemplado uma espada afiada de dois gumes que saia da boca
do Senhor Jesus Cristo no primeiro capítulo do Apocalipse (Ap 1.16); e também
contemplou uma espada afiada de dois gumes que saia da boca do REI DOS
REIS E SENHOR DOS SENHORES para ferir as nações rebeldes por ocasião de
sua gloriosa vinda (Ap 19.15-16).
2. O próprio Senhor já havia dito o seguinte: “Levanto a mão aos céus e
afirmo por minha vida eterna: se eu afiar a minha espada reluzente, e a minha
mão exercitar o juízo, tomarei vingança contra os meus adversários e retribuirei
aos que me odeiam.” (Dt 32.39-41). O salmista também escreveu, dizendo: “Se
o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no
pronto;” (SI 7.12).
3. O salmista ainda previu o povo de Deus armado com a espada de dois
gumes, dizendo: “Nos seus lábios estejam os altos louvores de Deus, nas suas
mãos, espada de dois gumes, para exercer vingança entre as nações e castigo so­
bre os povos; para meter os seus reis em cadeias e os seus nobres, em grilhões de
ferro; para executar contra eles a sentença escrita, o que será honra para todos
os seus santos. Aleluia!” (SI 149.6-9).
4. O profeta Isaías também previu o Senhor castigando os seus adversários
com sua dura e poderosa espada (Is 27.1). O apóstolo Paulo também aconse­
lhou a Igreja tomar a Espada do Espírito para combater o Diabo e seus demô­
nios, dizendo: “Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito,
que é a palavra de Deus;” (Ef 6.17).
CONCLUSÃO: Da mesma forma que a Igreja de Pérgamo atuava em um terri­
tório dominado por Satanás, vivemos em um mundo que jaz no Maligno, mas
podemos vencê-lo através da Espada do Espírito que é a Palavra de Deus e nos
revestindo de toda armadura de Deus (Ef 6.13-17).
30 DE NOVEMBRO

LIÇÕES DO DIA DO TEÓLOGO


2Timóteo 1.11

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos apresenta o maior teólogo da Bíblia. O


apóstolo Paulo foi o primeiro teólogo do Cristianismo a sistematizar a Dou­
trina Cristã, e explicar os fundamentos da Teologia Cristã, algo reconhecido e
referendado pelo próprio apóstolo Pedro - Líder do Colegial Apostólico (2Pe
3.15-16). O dia 30 de novembro é lembrado como o Dia do Teólogo. O homem
sempre buscou conhecer e se aproximar do Criador de todas as coisas. Por isso,
para entender melhor esse Ser Supremo, pesquisadores passaram a estudá-lo
intensamente, resultando na Teologia. Um teólogo é uma pessoa bem mais pró­
xima de nós do que pensamos. Ele presta serviços de consultoria a escritores e
editores, por exemplo, que estejam usando a religião para contar alguma histó­
ria ou fornece orientação a grupos religiosos em geral, principalmente organi­
zações não-governamentais. Um padre ou um pastor podem ser um teólogo,
mas um teólogo nem sempre é um padre ou pastor. Podemos encontrar um
teólogo dando aulas em cursos universitários da área de ciências sociais, como
Letras, Antropologia, Sociologia e Filosofia. Basicamente o teólogo formado
estuda e analisa as diversas religiões do mundo e sua influência sobre o homem
do ponto de vista antropológico e sociológico. Sua principal fonte de pesquisa
são os textos sagrados, as doutrinas e dogmas religiosos defendidos pelos pais
da igreja e pensadores cristãos ao longo da história.

I. A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA NA HISTÓRIA


1. A Teologia já foi classificada no passado como a “Rainha das Matérias
Universitárias”, por pesquisar e estudar sobre o Maior de todos os mistérios do
Universo - Deus. E também, por ser um dos mais antigos cursos universitários
da história. Aliás, as primeiras universidades da Europa ofereciam basicamente
três cursos: Teologia, Filosofia e Direito. Hoje, com a extrema secularização das
universidades, o Curso de Teologia sofre toda a discriminação da Comunidade
Científica, por sua associação com a religião, e pelo fato de ir contra todos os ar­
gumentos e teorias científicas acerca da origem do homem e do universo, como
a Teoria da Evolução, Teoria do Big Ban, e tantas outras teorias.
2. Entretanto, as previsões teóricas dos sábios deste mundo fracassaram,
e a Teologia voltou a ficar em evidência. Eles previam que o povo perderia o
interesse pela religião, e consequentemente, Deus seria tirado da pauta. Toda­
via, apesar do materialismo das pessoas, elas resolveram querer Deus e também
a prosperidade econômica. Portanto, Deus nunca saiu e nem jamais sairá da
mente humana. Deus sempre será o assunto principal do mundo. Os maiores
conflitos hoje ao redor do mundo, ainda são por questões religiosas. Os Cursos
de Teologia voltaram a ser reconhecidos e valorizados pelo próprio Ministério

684 | 30 DE NOVEMBRO
da Educação. Os teólogos estão cada vez mais se tornando fonte de consulta
para os problemas existenciais da vida humana. A pergunta que Pilatos fez a Je­
sus Cristo é uma pergunta que não se cala: “Que é a verdade?” (Jo 18.38). Tanto
filósofos como teólogos tentam explicar Deus.
3. Para o filósofo grego Platão: “Ele é o começo, meio e fim de todas as coi­
sas. É a metade ou a razão suprema; a causa eficiente de todas as coisas; eterno,
imutável, onisciente, onipotente. Tudo permeia e tudo controla. É justo, santo,
sábio e bom; o absolutamente perfeito, começo de toda a verdade, a fonte de
toda a lei e justiça, a origem de toda a ordem e beleza e, especialmente, a causa
de todo o bem”. Essa descrição foi aceita por muitos teólogos.
4. Já o teólogo cristão Anselmo de Cantuária, o Pai da Escolástica definiu
Deus da seguinte forma: “Deus é o princípio e o fim de todas as coisas, Ele existe
antes, durante e depois de todas as coisas, pois Ele criou tudo, mantêm tudo e
permanecerá eterno e imutável depois que todas as coisas tiverem seu fim. Em
tudo se pode notar Deus, pois em cada criatura está uma inscrição de seu Cria­
dor. Ele criou todas as coisas existentes à nossas realidades sensíveis a também
aquelas que nossa limitação sensitiva não é capaz de perceber somente sofrer suas
consequências. Tu estás inteiro por toda a parte e a tua eternidade é inteira e im-
perecível. Tu estás de tal maneira fora do espaço que não há em ti nem meio, nem
metade, nem parte alguma. Tu és misericordioso porque é sumamente bom, e és
sumamente bom porque sumamente justo, deve-se admitir que és verdadeira­
mente misericordioso porque és sumamente justo. Portanto, tu és justo conforme
a tua natureza, ó Deus justo e benigno, tanto ao castigar como ao perdoar. Tu não
és apenas aquilo de que não é possível pensar nada maior, mas és, também, tão
Grande que superas a nossa possibilidade de pensar-te”. Já dizia o profeta Isaías:
“Verdadeiramente, tu és Deus misterioso, ó Deus de Israel, ó Salvador” (Is 45.15).
5. O termo “teologia” foi usado pela primeira vez por Platão, no diálogo “A
República”, para referir-se à compreensão da natureza divina de forma racional,
em oposição à compreensão literária própria da poesia, tal como era conduzida
pelos seus conterrâneos. O teólogo protestante suíço Karl Barth definiu a Teolo­
gia como um “falar a partir de Deus”. O Cristianismo produziu grandes teólogos
através da História. O apóstolo Paulo foi sem dúvida o maior teólogo da Histó­
ria Cristã. A Igreja Cristã, em seus quase dois mil anos de história, foi riquíssima
pelo número de teólogos que despontaram em seu meio, eminentes em santi­
dade e sabedoria, e faltaria espaço para descrever todos os nomes importantes.

II. 0 TEÓLOGO TENTA DEFINIR DEUS DE FORMA COMPREENSÍVEL


PELOS HOMENS
1. O teólogo tenta definir Deus e torná-lo compreensível para todos os ho­
mens. Porém, definir exatamente quem é Deus; não se pode fazer meramente
por palavras. Se não houver uma revelação acima de tudo do próprio Deus ao
homem, nunca iríamos compreendê-lo, daí a necessidade do teólogo ser alguém
nascido de novo que já teve uma experiência com Deus (Jo 3.1-10). Acreditando
ou não na Existência de Deus, o homem necessita de Deus para compreender a
si mesmo, e eis a questão que definirá o nosso destino eterno. A definição básica
que os dicionários Bíblicos dão sobre Deus é esta: “Deus é um Ser existente por
si mesmo, Infinito, Supremo, Criador e Conservador do Universo”. Entretanto,
o próprio Deus é quem dá a definição de si mesmo (Is 57.15). Aqui Deus revela
a sua transcendência e a sua imanência. Ele é um Deus que transcende a tudo e
está acima de tudo; porém, é um Deus imanente, o qual está bem perto de sua
criação, e mora também dentro do coração das pessoas contritas.
2. A crença na existência de Deus é Universal. Nunca existiram povos ateus.
Ficou provado tanto pela história, como pela Arqueologia que, nunca se en­
controu Tribo ou Nação que não tenha alguma noção de um Ser Supremo, um
Deus, e que através de suas religiões procuram se aproximar dele e agradar-lhe
por meio de sacrifícios, as vezes até de sangue. “Porquanto o que de Deus se
pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou” (Rm 1.19).
3. O Moralista e Historiador grego Plutarco (45-125 d.C.) costumava dizer:
“É possível encontrar cidades sem muralhas, sem ginásios, sem leis, sem moedas,
sem cultura literária, mas um povo sem Deus, sem orações, sem juramentos, sem
ritos religiosos, sem sacrifícios jamais foi encontrado”. Para alguns é um “Deus des­
conhecido”, a quem na sua cegueira estão tateando para achá-lo, conforme Paulo
disse ao chegar em Atenas e ver tantos deuses sendo adorados (At 17.23-27).
4. No íntimo do homem há uma sentença moral sobre os seus atos pratica­
dos, sejam bons ou maus. Isso fala da existência de uma origem Superior que em
seu íntimo faz registrar os princípios da Lei Divina (Rm 2.14-15). É a Consciência
Humana. A Consciência Universal nos faz compreender que o Ser Supremo é um
Ser Moral. É a Consciência que regula a vida humana por conceitos do bem e do
mal. Mesmo estando mal e sem esclarecimento, a consciência ainda fala com au­
toridade e faz sentir sua responsabilidade. “Duas coisas me impressionam: O alto
Céu Estrelado e a Lei Moral em meu interior”, assim declarou um filósofo alemão.
5. Tudo o que no mundo há fala da existência de um Criador. Assim como
o relógio fala da existência de um relojoeiro, o Universo fala também da existên­
cia de um Arquiteto que planejou tudo. “Os céus manifestam a Glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra de suas Mãos” (SI 19.1).
CONCLUSÃO: Desde que o tempo teve início, o homem tem procurado des­
crever ou retratar Deus por meio de figuras, pinturas e de palavras descritivas.
Porém, tem sempre falhado nestas descrições humanas. A Natureza de Deus
melhor se revela pelo que Ele é. Deus é Espírito, Infinito, Eterno e Imutável em
seu Ser, Sabedoria, Poder, Santidade, Justiça, Bondade e Verdade. O materialis-
mo despreza a distinção entre mente e matéria. A Espiritualidade é fundamen­
tal à existência de Deus. Ele é o Agente, Ator, Ser Vivo e o Espírito de Vida. A
verdade da Espiritualidade de Deus é revelada em nosso ser espiritual. Deus
sendo Espírito é incorpóreo, invisível, sem substância material, sem partes ou
paixões físicas e livre de todas as limitações temporais. Verifica-se, portanto que
Deus, na qualidade de Espírito deve ser apreendido não pelos sentidos do cor­
po, mas antes pelas faculdades da alma, vivificadas e iluminadas pelo Espírito
Santo. E, por isso, deve ser adorado em espírito e em verdade (Jo 4.24).

686 | 30 DE NOVEMBRO
1 DE DEZEMBRO DEZEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE TI ATIRA


Apocalipse 2.18

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a mensagem que o Senhor Jesus
Cristo endereçou a sua Igreja na cidade de Tiatira. Foi um importante centro co­
mercial da Ásia Menor, na fronteira entre a Lídia e a Mísia. Antes de ser refunda-
da como um posto militar por Seleuco I Nicátor, um dos generais de Alexandre,
o Grande, em 280 a.C., chamava-se Pelópia. Tiatira foi destruída por um grande
terremoto durante o reino de Augusto (27 a .C .-14 d.C.), mas foi reconstruída
com a ajuda do Império Romano. A cidade em si dava a impressão de “fraca
tornada forte”. Tiatira também era conhecida pelas suas corporações de ofício
conhecidas como guildas comerciais. Para poder trabalhar no comércio era ne­
cessário que o cidadão pertencesse a alguma delas, sendo muito comum que os
seus membros participassem de festas dedicadas às divindades pagãs. Tiatira era
famosa pelo seu comércio e pela sua produção de tecidos variados (At 16.14). O
Senhor Jesus Cristo se identificou para a Igreja de Tiatira como o Filho de Deus,
que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao latão reluzente,
uma cena muito forte para despertar uma Igreja que já duvidava da Divindade do
Filho de Deus, dando mais valor a uma suposta profetisa que lembrava a ímpia
rainha Jezabel do que o próprio Cristo - O Senhor da Igreja (Ap 2.18-29).

I. UMA IGREJA DE MUITAS OBRAS E DOUTRINADA POR JEZABEL


1. A Igreja de Tiatira se destacava pelo volume de serviços e obras que apre­
sentava, à ponto de suas últimas obras serem maiores do que as primeiras (Ap
2.19); porém, Deus não se impressiona por obras humanas como grandes ca­
tedrais e edifícios de mármores cintilantes, mas aprova obras feitas por pessoas
anônimas que estão longe dos holofotes (Mt 6.1 e 2Co 10.18).
2. O apóstolo Paulo escreveu que: “Manifesta se tornará a obra de cada um;
pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a
obra de cada um o próprio fogo o provará.” (IC o 13.13). Nada escapará aos
olhos como chamas de fogo do Filho de Deus (Jr 17.9-10 e Ap 2.18,23). Paulo
revelou que todos iremos prestar contas de nossas obras, gestos e atitudes diante
do Tribunal de Cristo (Ef 2.10). Nós fomos chamados para praticar boas obras e
não más obras. Todas as nossas obras devem ter por finalidade única glorificar
ao nosso Pai Celeste (Mt 5.16).
3. O volume de obras e serviços na Igreja de Tiatira não era suficiente para
encobrir seu grande erro de tolerar a idolatria acompanhada de imoralidade
no seu meio (Ap 2.20). A Jezabel do Antigo Testamento era uma sacerdotisa
declarada de Baal que utilizava sua posição de rainha para conseguir seus in-
tentos malignos ao manipular o próprio marido, o rei Acabe para matar pes-
soas inocentes e ainda tomar posse de seus bens (lR s 16.31-32 e 21.1-16). Para
alguns estudiosos, essa Jezabel que a Igreja de Tiatira tolerava podería ser uma
referência a própria esposa do pastor da igreja que manipulava o marido e dita­
va as normas da Igreja de Tiatira. Seja para o bem ou para o mal, hoje a esposa
dos pastores são figuras influentes nas igrejas e nos próprios ministérios de seus
respectivos maridos.
4. O profeta Amós denunciou a influência negativa que as esposas exerciam
sobre os líderes de Israel com o objetivo de manterem suas vidas de luxo, dizendo:
“Ouvi esta palavra, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, oprimis os po­
bres, esmagais os necessitados e dizeis a vosso marido: Dá cá, e bebamos.” (Am 4.1).

II. UMA IGREJA QUE PRECISAVA DAR A PRIMAZIA A CRISTO


1. O Senhor Jesus Cristo precisou se apresentar de forma enérgica para a
Igreja de Tiatira, dizendo: “Estas coisas diz o Filho de Deus, que tem os olhos
como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido:” (Ap 2.18). Os
crentes de Tiatira estavam colocando a instituição acima de Cristo e já esta­
vam ignorando sua própria divindade. Jesus Cristo já havia advertido aqueles
que colocavam a instituição e estrutura religiosa acima dele, dizendo: “Aqui está
quem é maior que o templo.” (Mt 12.6).
2. A promessa que Jesus Cristo fez que edificaria a sua Igreja e as portas do
inferno não prevaleceríam contra ela só aconteceu depois de Pedro reconhecê-
-lo como Filho de Deus por revelação do próprio Pai (Mt 16.13-18). No dia que
a Igreja deixar de crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus ou reconhecê-lo apenas
como um grande mestre religioso que viveu entre nós, ela deixará de ser igreja e
se tornará uma mera instituição religiosa, nada mais do que isso!
3. O apóstolo Paulo revelou porque Jesus Cristo deve ter a primazia na Igre­
ja, dizendo: “Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as
coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o
primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque
aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude” (Cl 1.14-19).
4. O apóstolo Paulo advertiu Timóteo sobre o perigo de até pastores se esque­
cerem de Jesus Cristo, dizendo: “Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre
os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho;” (2Tm 2.8). O após­
tolo João também escreveu, dizendo: “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele
que não tem o Filho de Deus não tem a vida.” ( ljo 5.12). A Igreja só tem vida es­
piritual enquanto estiver ligava em Jesus Cristo, a Videira Verdadeira (Jo 15.4-5).
CONCLUSÃO: Aprendemos através da Igreja de Tiatira que o nosso ativismo
em excesso não impressiona Deus e nem serve de justificativa para sermos tole­
rantes com o pecado e nem muito menos coniventes com os erros dos que estão
dentro da nossa própria casa. Aprendemos ainda que Jesus Cristo deve sempre
exercer a primazia em nossas vidas, pois Ele é o Filho de Deus e nada escapa aos
seus olhos como chamas de fogo (Hb 4.13).

688 I ID E DEZEMBRO
2 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE SARDES


Apocalipse 3.1

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela a forma como Cristo se identifi­
cou à sua Igreja localizada na cidade de Sardes. Estava localizada a cerca de 17
km ao sul da cidade de Tiatira. A cidade estava posicionada no cruzamento de
algumas das mais importantes estradas na Ásia. Ela estava localizada no sopé
do Monte Tmolo, no vale do Rio Hermo, um corredor natural que liga o mar
Egeu e Anatólia. A antiga cidade de Sardes era considerada inexpugnável, por
estar localizada a aproximadamente uns 500 metros acima do vale, no topo de
penhascos praticamente verticais. Nos tempos antigos, o rei Creso da Lídia es­
colheu Sardes como capital do seu reino, por imaginar que ali os seus tesouros
estariam seguros. Entretanto, a auto suficiência dos seus moradores e a sensa­
ção de segurança que eles sentiram sabendo que nenhum exército havería para
escalar tais penhascos fez com que ficassem despreocupados e adormecidos.
Numa certa noite um dos soldados do exército de Ciro escalou o penhasco e
vendo que os guardas não estavam nos seus postos de vigília, entrou na cidade
e abriu as portas para os persas naquela noite. Em idênticas circunstâncias, a ci­
dade de Sardes foi tomada por diversas vezes por exércitos inimigos. Daí a razão
da advertência de Jesus acerca da vigilância ao relembrar a eles de tais episódios
na história da cidade, dizendo: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido,
e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e
não saberás a que hora sobre ti virei.” (Ap 3.3).

I. UMA IGREJA QUE PRECISAVA DE RESSURREIÇÃO ESPIRITUAL


1. A Igreja de Sardes estava na “U TI espiritual”, e respirava por aparelhos.
Necessitava de uma verdadeira ressurreição espiritual. Jesus Cristo revelou o
grave sintoma da Igreja de Sardes, dizendo: “Eu sei as tuas obras, que tens nome
de que vives e estás morto.” (Ap 3.2). Entretanto, o mesmo Senhor que tem os
Sete Espíritos de Deus já havia se revelado diante de seu amigo Lázaro que es­
tava morto, dizendo: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda
que esteja morto, viverá;” (Jo 11.25).
2. O salmista tinha certeza que Deus operaria uma ressurreição espiritual
em sua vida, dizendo: “Tu, que me tens feito ver muitos males e angústias, me
darás ainda a vida e me tirarás dos abismos da terra.” (SI 71.20).
3. O profeta Ezequiel revela Deus operando uma verdadeira ressurreição
espiritual entre o seu povo, dizendo: “Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos qua­
tro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. Profetizei
como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé,
um exército sobremodo numeroso.” (Ez 37.9-10).

689
II. UMA IGREJA DE OBRAS IMPERFEITAS
1. Sardes era uma igreja de obras imperfeitas. Deus não achava íntegra as
obras da Igreja de Sardes. Jesus Cristo disse: “Porque não achei as tuas obras
perfeitas diante de Deus.” (Ap 3.2). Deus cobrou perfeição até das obras pratica­
das pelo seu amigo Abraão, dizendo: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na
minha presença e sê perfeito.” (Gn 17.1).
2. Jesus Cristo nos aconselhou a imitarmos as obras perfeitas do Nosso Pai
Celestial, dizendo: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai
Celeste.” (Mt 5.48).
3. O apóstolo Paulo afirma que: “Manifesta se tornará a obra de cada um;
pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a
obra de cada um o próprio fogo o provará.” (IC o 3.13). Paulo ainda afirmou que
“Somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de
antemão preparou para que andássemos nelas.” (E f 2.10).

III. UMA IGREJA QUE DEVIA MANTER AS VESTES LIMPAS


1. A Igreja de Sardes precisava manter as suas vestes limpas. Jesus Cristo
elogiou os crentes de Sardes que mantinham suas vestes limpas, dizendo: “Tens,
contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vesti-
duras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas.” (Ap 3.4).
2. O Senhor falou a Moisés sobre a necessidade do povo lavarem as suas
vestes, dizendo: “Disse também o SENHOR a Moisés: Vai ao povo e purifica-o
hoje e amanhã. Lavem eles as suas vestes” (Êx 19.10). O sábio rei Salomão escre­
veu sobre a necessidade de mantermos nossas vestes limpas, dizendo: “Em todo
tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais falte o óleo sobre a tua cabeça.” (Ec 9.8).
3. O Senhor Jesus Cristo advertiu a todos nós para cuidarmos bem das nos­
sas vestimentas espirituais, dizendo: “(Eis que venho como vem o ladrão. Bem-
-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e
não se veja a sua vergonha.)” (Ap 16.15).

CONCLUSÃO: A Igreja de Sardes nos ensina sobre a necessidade de vivermos não


apenas de aparência, mas também sobre a necessidade de praticarmos boas obras,
de sermos vigilantes e mantermos nossas vestes limpas diante de Deus! (Ap 22.14)

ANOTAÇÕES

690 | 2 DE DEZEMBRO
3 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE FILADÉLFIA


Apocalipse 3.7

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor Jesus Cristo introduziu sua mensa­
gem a Igreja de Filadélfia e se identificou como o Santo e Verdadeiro, o que tem a
chave de Davi que abre e ninguém, e fecha e ninguém abre. A Igreja de Filadélfia
era uma igreja sadia espiritualmente, e por isso, Jesus Cristo não lhe fez nenhuma
exortação ou repreensão severa como havia feito às igrejas anteriores; pelo con­
trário, só lhe fez elogios e promessas. A cidade estava localizada a aproximada­
mente 45 km a leste de Esmirna, 15 km a sudoeste de Sardes e 20 km a noroeste
de Laodiceia. De acordo com um relato, foi originalmente criada pelo Rei Átalo II
Filadelfo de Pérgamo em 189 A.C, já um outro relato atribui sua fundação a Ptolo-
meu Filadelfo. Nos tempos do Novo Testamento, Filadélfia fazia parte da província
Romana da Ásia. A cidade foi devastada por um terremoto em 17 d.C. e por um
tempo as pessoas viveram com medo de tremores. Filadélfia foi reconstruída com
ajuda do imperador Tibério. O nome Filadélfia significa amor fraternal; e isto faz
jus ao amor fraterno existente na Comunidade Cristã de Filadélfia. Apesar de não
ter a fama de Éfeso, nem a cultura de Pérgamo, nem as grandes obras de Tiatira, e
nem a riqueza de Laodiceia, Filadélfia abrigava uma Igreja Cristã que priorizava a
Palavra de Deus, e não negava o Nome de Jesus (Ap 3.8-10). Para uma Igreja dessa,
nunca haverá portas fechadas; o Senhor Jesus Cristo sempre colocará uma porta
aberta diante de uma Igreja que assim procede (Ap 3.8).

I. UMA IGREJA QUE PRIORIZAVA A PALAVRA DE DEUS


1. A Palavra de Deus possuía a primazia na Igreja de Filadélfia. O próprio
Jesus Cristo elogiou isso, dizendo: “Conheço as tuas obras — eis que tenho pos­
to diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar — que tens pouca
força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.” (Ap
3.8). Há muitas igrejas nos dias atuais que suas reuniões parecem mais uma
apresentação teatral do que um culto de adoração a Deus, e quase não sobra
tempo para a pregação da Palavra de Deus!
2. Os apóstolos entenderam logo cedo que a Palavra de Deus precisa ter
prioridade na Igreja (At 6.4). Lucas ainda descreveu a prioridade da Palavra
do Senhor na Igreja Primitiva, dizendo: “Assim, a palavra do Senhor crescia
e prevalecia poderosamente.” (At 19.20). O apóstolo Paulo escreveu, dizendo:
“Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mu­
tuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânti­
cos espirituais, com gratidão, em vosso coração.” (Cl 3.16).
3. O Senhor Jesus Cristo fez uma promessa a Igreja de Liladélfia como re­
compensa por guardarem e priorizarem a sua Santa Palavra, dizendo: “Porque
guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da
provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habi­
tam sobre a terra.” (Ap 3.10).
II. UMA IGREJA QUE NÃO NEGAVA O NOME DE JESUS
1. Além de priorizarem a Palavra de Deus, os crentes de Filadélfia professa­
vam com entusiasmo o Nome de Jesus. O próprio Senhor Jesus Cristo elogiou
esta atitude deles, dizendo: “Guardaste a minha palavra e não negaste o meu
nome.” (Ap 3.8). Quantas igrejas nos dias atuais já não perderam o entusiasmo de
anunciar o Nome de Jesus? Algumas só mantem a aparência de uma igreja cristã,
o nome que prevalece nelas é o nome de seus líderes, menos o Nome de Jesus!
2. O Senhor fez questão de nos lembrar o seguinte: “Eu sou o SENHOR, este
é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra,
às imagens de escultura.” (Is 42.8). Embora os evangélicos critiquem a Igreja
Católica por darem honra às imagens de escultura, existem alguns cultos em
nossas igrejas evangélicas que existem mais tributos a personalidade humana de
alguns líderes do que ao próprio Cristo!
3. O Senhor Jesus Cristo já havia advertido aos seus discípulos acerca disso,
dizendo: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também
eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar
diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.”
(Mt 10.32-33). O apóstolo Paulo também já havia advertido a Timóteo sobre o
perigo de muitos líderes estarem se esquecendo de Jesus Cristo (2Tm 2.8).
III. UMA IGREJA QUE JÁ TEM COROA
1. Filadélfia era uma Igreja que já tinha uma coroa e precisava tão somente
zelar e guardar a sua coroa. O próprio Senhor Jesus Cristo disse: “Eis que venho
sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (Ap 3.11).
Só quem tem coroa é rei ou rainha. A própria Palavra de Deus considera a Igreja
como um sacerdócio real constituído de reis e sacerdotes (lP e 2.9 e Ap 1.6).
2. A coroa nos fala de posição de honra e de galardões e recompensas. A Igreja
de Filadélfia ocupava uma posição de honra no Reino de Deus e deveria lutar para
que ninguém lhe tomasse esta posição e nem perdesse o seu galardão. O apóstolo
João já havia nos advertido, dizendo: “Olhai por vós mesmos, para que não perca­
mos o que temos ganhado; antes, recebamos o inteiro galardão.” (2Jo 1.8).
3. O apóstolo Paulo já demonstrava a preocupação de guardar a sua coroa
se empenhando com muito esforço na Obra de Deus (IC o 9.25-27). O Escritor
da Carta aos Hebreus escreveu, dizendo: “Guardemos firme a confissão da es­
perança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” (Hb 10.23). O apóstolo
Tiago também nos falou da importância de sermos aprovados para que receba­
mos como recompensa de Deus a coroa da vida (Tg 1.12).
CONCLUSÃO: A Igreja de Filadélfia nos ensina dentre tantas coisas, a impor­
tância de priorizarmos a Palavra de Deus, professarmos com entusiasmo o
Nome de Jesus, e guardarmos a coroa que o Senhor Jesus Cristo nos confiou até
àquele grande Dia da entrega dos galardões e recompensas (Ap 22.12).

692 | 3 DE DEZEMBRO
4 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE LAODICEIA


A pocalipse 3.14

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o Senhor Jesus Cristo introduziu sua


mensagem à Igreja localizada na cidade de Laodiceia, e se identificou como o
Amém, a Testemunha Fiel e Verdadeira, o Princípio da Criação de Deus. Como
o Amém, Jesus Cristo é a confirmação plena de todas as promessas para o seu
povo nas Escrituras; como a Testemunha Fiel e Verdadeira, Jesus Cristo é fide-
líssimo em todas as suas promessas, e como o Princípio da Criação de Deus,
Jesus Cristo, é o mesmo por quem Deus fez todas as coisas (Jo 1.1-3), é também
o mesmo por quem Deus inicia uma nova criação espiritual no estabelecimento
de um Novo Céu e de uma Nova Terra (Ap 21.1-14). A Igreja de Laodiceia é
uma das igrejas que mais foi advertida por Cristo, à ponto de lhe causar náuseas
(Ap 3.15-19). O vale de Lico, na Ásia Menor, tinha três cidades principais: C o­
lossos, conhecida por suas fontes de água fria, Hierápolis, conhecida por suas
fontes de águas termais, e Laodiceia, conhecida por sua igreja morna, que cau­
sou náuseas no Senhor Jesus Cristo. Laodiceia ficava situada na parte ocidental
da Ásia Menor, há cerca de 160 km ao Leste de Éfeso. Era conhecida anterior­
mente como Dióspolis e Rhoas, mas foi evidentemente reconstruída no terceiro
século antes de Cristo pelo governante selêucida Antíoco II, e assim chamada
em homenagem à esposa dele, Laódice. Situada no fértil vale do rio Lico, Lao­
diceia ficava no entroncamento de principais rotas comerciais e estava ligada,
por meio de estradas, a cidades como Éfeso, Pérgamo e Filadélfia. A posição
econômica e privilegiada de Laodiceia aguçou a soberba dos seus moradores
e afetou a própria Igreja de Cristo naquela cidade, e isso levou Jesus Cristo a
exortar severamente os crentes de Laodiceia por sua auto suficiência (Ap 3.17).

I. UMA IGREJA QUE CAUSAVA NÁUSEAS EM CRISTO


1. Laodiceia era uma Igreja que nem Jesus Cristo conseguia digerir. O com ­
portamento dos crentes causava repulsas em Cristo (Ap 3.15-16). Diferente da
cidade vizinha de Hierápolis, com suas fontes termais famosas por suas proprie­
dades curativas, e Colossos, com revigorante água fria, Laodiceia não dispunha
de água potável, e o viajante sedento encontrava apenas fontes eméticas com
águas mornas e salobras para consumo lhe causando náuseas em vez de saciar
a sua sede.
2. O Senhor já havia condenado a atitude semelhante tomada pelo seu povo
na Antiga Aliança, dizendo: “Porque dois males cometeu o meu povo: a mim
me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas,
que não retêm as águas.” (Jr 2.13).
3. Ao contrário de Laodiceia, o Senhor Jesus Cristo sempre nos ofereceu a

693
melhor água: “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que
beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu
lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.” (Jo 4.13-14). Enquanto
Laodiceia só tinha água morna para oferecer a Jesus, Ele oferece o pão da vida e
água viva para os sedentos (Jo 6.35). Somente o Senhor Jesus Cristo providencia
a água que mata a nossa sede tanto física como espiritual (Jo 7.37-38).

II. UMA IGREJA AUTO-SUFICIENTE


1. A riqueza produzida em Laodiceia deixou sua população orgulhosa, e até
os crentes convertidos continuavam se sentindo auto suficientes como se não
dependessem de Cristo. Jesus Cristo advertiu aos crentes de Laodiceia, dizendo:
“Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes
que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.” (Ap 3.17).
2. Laodiceia usufruía grande prosperidade como cidade manufatureira e
centro bancário. Um indício da grande riqueza dessa cidade é o fato de que,
quando sofreu extensivos danos causados por um terremoto, no reinado de
Nero, ela conseguiu reconstruir-se sem nenhuma ajuda financeira de Roma.
Jesus Cristo tocou no ego deles ao lembrar-lhes de sua auto suficiência através
deste fato histórico. O Senhor Jesus Cristo nos revelou o quanto dependemos
Dele: “Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá mui­
to fruto, porque sem mim nada podereis fazer.” (Jo 15.5).
3. Jesus Cristo mostra para os orgulhosos e auto suficientes crentes de
Laodiceia que eles dependiam mais dele do que do forte comércio da cidade,
dizendo: “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que
te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da
tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas.” (Ap 3.18). A lã ne­
gra e lustrosa de Laodiceia, e as roupas fabricadas com ela, eram amplamente
conhecidas. Laodiceia era também sede de uma famosa escola de Medicina, e
também produzia o remédio para os olhos conhecido como pó frígio. O nosso
querido Jesus também entende de economia, e usou toda a produção econô­
mica e industrial da cidade para ensinar verdades espirituais e eternas a sua
amada Igreja!

III. A IGREJA QUE DEIXOU JESUS DO LADO DE FORA


1. A Igreja de Laodiceia por se achar independente e auto suficiente con­
seguiu deixar Jesus do lado de fora. Mesmo sendo deixado de fora, Jesus Cristo
bate na porta e oferece a sua comunhão aos crentes de Laodiceia, dizendo: “Eis
que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei
em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.” (Ap 3.20).
2. Desde a Antiga Aliança, a terna compaixão de Deus é sempre convidan­
do o povo rebelde para a reconciliação com Ele. Ele mesmo convidou ao rebelde
povo de Israel no passado, dizendo: “Volta, ó Israel, para o SENHOR, teu Deus,
porque, pelos teus pecados, estás caído. Tende convosco palavras de arrependi­

694 | 4 DE DEZEMBRO
mento e convertei-vos ao SENHOR; dizei-lhe: Perdoa toda iniquidade, aceita
o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nossos lábios.” (Os 14.1).
3. A Palavra de Deus nos mostra o segredo para o homem ter a sua comunhão
com Deus restaurada, dizendo: “Reconcilia-te, pois, com ele e tem paz, e assim te
sobrevirá o bem.” (Jó 22.21). O apóstolo Paulo também escreveu o desejo do próprio
Deus em promover a nossa comunhão com o seu Filho Jesus Cristo, dizendo: “Fiel
é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso
Senhor.” (1 Co 1.9).
CONCLUSÃO: A Igreja de Faodiceia nos ensina que a nossa apatia espiritual
causa náuseas em Cristo, e que nenhuma riqueza material supre a ausência de
Deus em nossas vidas; como também, a nossa comunhão com Cristo vale mais
do que todos os tesouros deste mundo (Hb 11.24-26)

ANOTAÇÕES
5 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DA IGREJA DE CRETA


T ito l.5

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o apóstolo Paulo lembrando ao pas­
tor Tito o motivo pelo qual o havia deixado em Creta para presidir a Igreja do
Senhor naquela Ilha Grega. Paulo havia deixado Tito em Creta para organizar as
coisas naquele lugar. Creta é a maior ilha localizada ao sul da Grécia, no mar Egeu.
A ilha tem uns 250 km de comprimento e varia em largura de 13 a 56 km. Creta
está situada na extremidade meridional do mar Egeu, a uns 100 km ao Sudeste
da Grécia, sendo considerada a quinta maior Ilha do Mediterrâneo. Os cretenses
destacaram-se no comércio marítimo, principalmente com ilhas próximas e com
a Grécia continental, exportando azeite, objetos de cerâmica, jóias, lã e artigos de
metal. Portanto, a economia de Creta era baseada quase que exclusivamente nas
atividades marítimas. Na religião, os cretenses eram muito ligados à figura da
mulher. Imagens femininas aparecem em afrescos e esculturas ligadas a práticas
religiosas. O Cristianismo havia sido introduzido em Creta provavelmente por
cretenses prosélitos ou judeus residentes na Ilha que havia ido visitar Jerusalém
naquele memorável Dia de Pentecostes e retornaram pra sua terra convertidos
a Fé Cristã (At 2.5,11). De acordo com a narrativa histórica em Atos dos Após­
tolos, Paulo, em caminho a Roma para ser julgado, passou por Creta a bordo de
um navio graneleiro de Alexandria para ser julgado aproximadamente no outono
do ano 58 depois de Cristo (At 27.1-8). Para alguns eruditos bíblicos, depois de
dois anos de encarceramento em Roma, Paulo visitou Creta e exerceu ali grande
atividade cristã durante o período final do seu ministério; e, ao retornar a Roma
deixou Tito em Creta organizando melhor aquele campo eclesiástico (Tt 1.5).

I. DEUS É ORGANIZADO E EXIGE ORGANIZAÇÃO NA SUA OBRA


1. O nosso Deus é organizado e exige organização na sua Igreja. O apósto­
lo Paulo deixou bem claro a Tito que o principal motivo de empossá-lo como
pastor de Creta era colocar em boa ordem as coisas por lá (Tt 1.5). A Palavra
de Deus revela como o sumo sacerdote Arão e seus filhos deveríam colocarem
em ordem as lâmpadas no Tabernáculo (Êx 27.20-21). Jesus Cristo é o Sumo
Sacerdote Eterno que anda no meio dos castiçais de ouro que são as Igrejas,
colocando em ordem as lâmpadas (Ap 1.12 e Ap 2.1-4).
2. Moisés escreveu ainda sobre a função importante que Arão e seus filhos
possuía de colocarem em ordem o altar de Deus, dizendo: “E os filhos de Arão,
os sacerdotes, porão fogo sobre o altar, pondo em ordem a lenha sobre o fogo.”
(Lv 1.7). O altar de Deus precisa ser colocado em ordem! Moisés também des­
creveu a organização que havia no acampamento entre as 12 tribos de Israel
(Nm 2.2). Deus trabalha no meio da organização!

696 | 5 DE DEZEMBRO
3. Marcos descreveu como Jesus mandou as multidões se organizarem em
grupos para operar o milagre da multiplicação, dizendo: “E ordenou-lhes que
fizessem assentar a todos, em grupos, sobre a erva verde. E assentaram-se re­
partidos de cem em cem e de cinquenta em cinquenta.” (Mc 6.39-40). Depois de
tudo organizado o milagre aconteceu (Mc 6.41).
4. Lucas também descreveu o apóstolo Pedro fazendo uma exposição por
ordem, dizendo: “Mas Pedro começou a fazer-lhes uma exposição por ordem”
(At 1.14) Um sermão deve seguir também uma ordem com introdução, expla­
nação e conclusão. O apóstolo Paulo também pediu organização a Timóteo na
administração da Casa de Deus (lT m 3.15).

II. PAULO SEMPRE EXIGIU ORGANIZAÇÃO NA IGREJA DE CRISTO


1. O nosso Deus trabalha com ordem e decência. O apóstolo Paulo ensinou
a Igreja de Corinto a serem organizados, dizendo: “Tudo, porém, seja feito com
decência e ordem.” (IC o 14.40). O apóstolo Paulo corrigiu a falta de organiza­
ção que havia na celebração da Santa Ceia na Igreja de Corinto (IC o 11.21-22).
Os crentes de Corinto eram muito desorganizados no culto e Paulo cobrou de­
les organização até no uso correto dos dons espirituais (IC o 14.1-33).
2. O apóstolo Paulo também pediu ordem no culto pentecostal e organi­
zação na liturgia da Igreja de Corinto: “Mas faça-se tudo decentemente e com
ordem.” (IC o 14.37-40). O apóstolo Paulo elogiou a organização que havia na
Igreja de Colossos, dizendo: “Porque, ainda que esteja ausente quanto ao corpo,
contudo, em espírito, estou convosco, regozijando-me e vendo a vossa ordem e
a firmeza da vossa fé em Cristo.” (Cl 2.5).
3. O apóstolo Paulo pediu organização no Departamento Feminino da Igre­
ja de Creta, dizendo: “Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam
sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; se­
jam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao
marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas,
sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada.” (Tt 2.3-4).
4. O apóstolo Paulo pediu também organização no Departamento da M oci­
dade da Igreja de Creta, dizendo: “Quanto aos moços, de igual modo, exorta-os
para que, em todas as coisas, sejam criteriosos.” (Tt 2.6). O apóstolo Paulo cobrou
do próprio Tito que fosse exemplo de organização pessoal, dizendo: “Torna-te,
pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência,
linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não
tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito.” (Tt 2.7-8).
CONCLUSÃO: A lição principal que a Igreja de Creta nos deixa é sobre a ne­
cessidade de organização. Precisamos ser organizados em tudo aquilo que faze­
mos! Precisamos ter organização na igreja, organização na família, organização
na empresa, organização pessoal e organização em todas as áreas da nossa vida!

697
6 DE DEZEMBRO

DEUS SE LEVANTA PARA ATENDER O GEMIDO DO POBRE


Salmo 12.5

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela que a opressão dos pobres e o gemi­
do dos necessitados faz Deus se levantar do seu trono para agir em benefício dos
menos favorecidos. Infelizmente, a tendência dos que são ricos e poderosos é cada
vez mais explorar o pobre como se fosse um burro de carga, muitas vezes a troco
de um péssimo salário ou apenas em troca de um prato de comida. Os homens
poderosos deste mundo esquecem que acima deles existe um Deus Todo Pode­
roso que não resiste ao clamor dos pobres e gemido dos necessitados. Os menos
favorecidos não têm ninguém por eles a não ser Deus. De vez em quando vemos
na imprensa muitos destes poderosos presos na cadeia e punidos exemplarmente
por desonestidade e falta de integridade, os quais estão sendo punidos por já te­
rem enchido a medida da tolerância divina; e por já terem oprimido tantos pobres
e necessitados. Além disso, existe o próprio sistema opressor de governos que só
exigem impostos dos seus cidadãos, e até mesmo sistemas religiosos opressores
que exigem dos fiéis cargas tão pesadas que nem mesmo seus líderes conseguem
carregarem, quanto menos o povo (Mt 23.4). Deus prometeu se levantar agora
mesmo em favor dos pobres afligidos e do gemido dos necessitados.

I. DEUS AINDA OUVE 0 GEMIDO DOS MENOS FAVORECIDOS


1. Deus ouviu o gemido dos aflitos israelitas que sofriam debaixo do jugo opres­
sor de Faraó, e se levantou para libertar o seu povo. Moisés escreveu que: “Ouvindo
Deus o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó.
E viu Deus os filhos de Israel e atentou para a sua condição.” (Êx 2.24-25).
2. Após os filhos de Israel gemerem e clamarem ao Senhor por livramento
nos dias dos Juizes de Israel: “Então, já não pôde Ele reter a sua compaixão por
causa da desgraça de Israel” (Jz 10.15-16). O livro de Juizes revela vários inimi­
gos opressores afligindo os filhos de Israel por terem abandonado ao Senhor;
mas, ainda assim, Deus não conseguia reter sua compaixão e misericórdia dian­
te do gemido dos que clamavam por socorro e livramento!
3. A Palavra de Deus afirma que: “Quando o SENHOR lhes suscitava juizes,
o SENHOR era com o juiz e os livrava da mão dos seus inimigos, todos os dias
daquele juiz; porquanto o SENHOR se compadecia deles ante os seus gemidos,
por causa dos que os apertavam e oprimiam.” (Jz 2.18).
4. Mesmo sendo rei, Davi pediu que o Senhor atendesse o seu gemido, di­
zendo: “Dá ouvidos, Senhor, às minhas palavras e acode ao meu gemido” (SI
5.1). Davi foi uma testemunha viva de como Deus ouviu o seu gemido muitas
vezes, e o acudiu em suas necessidades (ISm 30.1-6). Davi ainda revelou sua
aflição e seu gemido, dizendo: “Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos

698 | 6 DE DEZEMBRO
por efeito do desassossego do meu coração.” (SI 38.8). Como Davi, muitos estão
desassossegados e aflitos clamando por socorro! Mas o nosso Deus prometeu
se levantar agora mesmo para socorrê-los! O apóstolo Pedro nos mostrou que
Jesus Cristo também se levantou em favor dos que vivem debaixo do regime
opressor do diabo para libertá-los (At 10.38).

II. DEUS OUVE OS GEMIDOS DE SEU PRÓPRIO ESPÍRITO EM NOSSO FAVOR


1. Todos os que se sentem afligidos e necessitados podem contar agora mes­
mo com os gemidos inexprimíveis do Espírito Santo em seu favor! O apóstolo
Paulo escreveu que: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nos­
sa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito
intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26).
2. O salmista Asafe implorou ao Senhor, dizendo: “Chegue à tua presença o ge­
mido do cativo; consoante à grandeza do teu poder, preserva os sentenciados à morte”
(SI 79.11). O salmista descreveu a resposta do Senhor, dizendo: “O Senhor do alto do
seu santuário, desde os céus baixou vistas à terra, para ouvir o gemido dos cativos e
libertar os condenados à morte” (SI 102.19-20). O profeta Isaías descreveu a alegria
dos que foram socorridos e resgatados de sua opressão pelo Senhor: “Assim voltarão
os resgatados do SENHOR e virão a Sião com júbilo, e perpétua alegria lhes coroará a
cabeça; o regozijo e a alegria os alcançarão, e deles fugirão a dor e o gemido.” (Is 51.11).
3. O próprio Jesus Cristo denunciou o regime opressor dos religiosos de sua
época, dizendo: “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem sobre
os ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los.” (Mt
23.4). O povo já sofria com o regime opressor de Roma que os dominava politi­
camente; e ainda tinham que suportar o regime religioso opressor de seu tempo!
4. O Senhor Jesus Cristo veio acabar com o regime opressor do sistema
religioso de sua época, dizendo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de
mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa
alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mt 11.28-29)

CONCLUSÃO: Deus Pai se levanta em favor dos pobres e necessitados para socorrê-
-los em seu gemido; Deus Filho se levantou do trono e desceu até esta terra para so­
correr os que vivem debaixo do jugo dos seus opressores; e o Espírito Santo também
geme conosco com gemidos inexprimíveis para nos socorrer em nossas fraquezas!
7 DE DEZEMBRO

0 MAGNÍFICO EU SOU
Levítico 18.2

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Magnífico Eu Sou deixa bem claro para
os filhos de Israel quem é o seu verdadeiro Deus, dizendo: “Eu sou o SENHOR,
vosso Deus”. Esse Nome de Deus que já havia sido revelado a Moisés na sarça
ardente, era tão sagrado e reverenciado pelos rabinos Judeus, que, muitos deles
recusavam-se a proferi-lo, de tão Santo que esse Nome é para eles. Alguns se
limitavam a chamá-lo apenas de “HASHEM”, que quer dizer: “O NOME”, ou
“ADONAY”, que quer dizer: “SENHOR”. O verbo “EU SOU” que originou o
Nome “YHAWEH”, produz o passado, o presente e futuro ao mesmo tempo, in­
dicando o caráter imutável de Deus, e demonstra a superioridade do seu Nome
acima de qualquer outro nome de divindades locais conhecidas pelos israelitas
e outros povos. “EU SOU”, indica que ELE É. Somente ELE É, mais ninguém.
Traduções que utilizam o pretérito e o futuro para indicar que “Ele era e será”,
não estão dando o sentido perfeito ao termo. Na verdade, passado, presente e
futuro, para Ele são a mesma coisa; ELE É no passado, ELE E no presente, e ELE
É no futuro. ELE sempre É. O “EU SOU” está presente por todas as páginas das
Escrituras Sagradas, como que sempre dizendo a todos nós que confiamos Nele:
“EU SOU o sempre presente meu filho; Eu sempre estarei contigo”. Os estudio­
sos das línguas originais da Bíblia o chamam de “EHYEH-ASHER-EHYEH -
EU SOU O QUE SOU” (Êx 3.14). Glórias a Deus!
I. 0 MAGNÍFICO EU SOU NO ANTIGO TESTAMENTO
1. Embora o Magnífico EU SOU só tenha revelado sua identidade a Moisés na
sarça ardente com este Nome (Êx 3.14), Ele já havia se apresentado a Abraão como
EU SOU, dizendo: “EU SOU o teu Escudo, o teu galardão será sobremodo grande”
(Gn 15.1). Ele se apresentou novamente a Abraão como EU SOU, dizendo: “EU
SOU o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1).
2. Deus também se apresentou a Isaque como EU SOU, dizendo: “EU SOU
o Deus de Abraão, teu pai. Não temas, porque EU SOU contigo; abençoar-te-ei
e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão, meu servo” (Gn 26.25)
3. Ele também disse a Jacó: “EU SOU o Deus de Betei, onde ungiste uma
coluna, onde me fizeste um voto...” (Gn 31.13). Ele novamente disse a Jacó: “EU
SOU o Deus Todo-Poderoso; sê fecundo e multiplica-te; uma nação e multidão
de nações sairão de ti, e reis procederão de ti” (Gn 35.11). Ele disse a Moisés:
“EU SOU o Deus, de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de
Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus” (Êx 3.6).
4. O EU SOU prometeu ser o nosso Médico, dizendo: “EU SOU O SENHOR
QUE TE SARA” (Ex 15.26). Aleluia! Glórias a Deus! O EU SOU ainda nos acal­
ma, dizendo: “Aquietai-vos e sabei que EU SOU Deus; sou exaltado entre as
nações, sou exaltado na terra” (SI 46.10).

700 | 7 DE DEZEMBRO
5 .0 EU SOU promete nos ajudar, dizendo: “Não temas, porque EU SOU con­
tigo; não te assombres, porque EU SOU o teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e
te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10). O EU SOU ainda reafirma a sua
pré-existência, dizendo: “Ainda antes que houvesse dia, EU SOU; e nenhum há que
possa livrar alguém das minhas mãos; agindo EU, quem o impedirá?” (Is 43.13).
II. O MAGNÍFICO EU SOU NO NOVO TESTAMENTO
1. No Novo Testamento o Magnífico EU SOU se encarnou e veio morar
pessoalmente com os homens (Jo 1.14). Ficamos sabendo que Jesus Cristo é o
mesmo EU SOU em Pessoa que apareceu a Moisés na sarça ardente, quando
confirmou ser o Messias para a Mulher Samaritana, dizendo: “EU o SOU, EU
que falo contigo” (Jo 4.26). Jesus Cristo continuou se manifestando ao mundo
como o EU SOU, dizendo: “EU SOU o pão da vida; o que vem a mim jamais terá
fome; e o que crê em mim jamais terá sede.” (Jo 6.48). Jesus Cristo continuou se
revelando como o EU SOU, dizendo: “EU SOU a luz do mundo; quem me segue
não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.” (Jo 8.12).
2 . 0 EU SOU que se fez carne e habitou entre nós reafirmou a sua pré-existên-
cia, dizendo: “Em verdade, em verdade vos digo: Antes que Abraão existisse, EU
SOU” (Jo 8.58). Jesus Cristo, o Magnífico EU SOU também diz: “EU SOU a porta.
Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.” (Jo 10.7).
3. Jesus Cristo ainda se revela, dizendo: “EU SOU o bom pastor. O bom
pastor dá a vida pelas ovelhas.” (Jo 10.11). O EU SOU se identifica quem é nas
horas mais difíceis de nossas vidas, dizendo: “EU SOU a ressurreição e a vida.
Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;” (Jo 11.25). O EU SOU também se
apresentou como: Único Caminho, Única Verdade, e Única Vida, dizendo: “EU
SOU o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo
14.6). O EU SOU continuou se revelando, dizendo: “EU SOU a videira verda­
deira, e meu Pai é o agricultor.” (Jo 15.1).
4. O EU SOU revelou sua identidade a Saulo no caminho de Damasco, di­
zendo: “EU SOU Jesus, a quem tu persegues” (At 9.5). Jesus Cristo se apresenta
no Apocalipse como o mesmo EU SOU que havia se revelado a Abraão lá no
passado distante, e Senhor de toda a História, dizendo: “Eu sou o Alfa e Ômega,
diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.” (Ap
1.8 eG n 17.1).
5. O EU SOU se apresentou a João na Ilha de Patmos, dizendo: “Não Temas;
EU SOU o Primeiro e o Último e Aquele que vive; estive morto, mas eis que es­
tou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap
1.17-18). O EU SOU nos mostra ser a conclusão de tudo, dizendo: “EU SOU o
Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim” (Ap 22.13).
CONCLUSÃO: O EU SOU mostra a sua Carteira de Identidade a João, dizendo:
“EU, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. EU SOU a
Raiz e a Geração de Davi, a Resplandecente Estrela da manhã” (Ap 22.16). A Bíblia
é uniforme e harmônica. Só existe um Único Deus! O Magnífico EU SOU que se
revelou a Israel na Antiga Aliança, e a todo o mundo na Nova Aliança! (1 Jo 5.20).

701
8 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DO DIA DA JUSTIÇA


Salmo 11.7

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o amor de Deus pela justiça. O
dia 08 de dezembro é lembrado como o Dia da Justiça. Para os advogados, o
Dia da Justiça é simbólico porque representa a aspiração de um sentimento e de
um valor que diariamente todos procuram; embora na prática, os mesmos exis­
tem para lutarem pela defesa de direitos de seus clientes, e não necessariamente
para fazerem justiça. As petições iniciais começam invocando uma autoridade
judiciária e terminam pedindo Justiça. O símbolo da Justiça é uma mulher de
olhos vendados com uma espada e uma balança nas mãos, que simboliza a im ­
parcialidade com a qual a justiça trata os indivíduos em litígio: sem diferenças
entre ricos e pobres, poderosos ou humildes, grandes ou pequenos. A espada
representa a força, prudência, ordem, regra e aquilo que a consciência e a razão
ditam. A balança simboliza a equidade, o equilíbrio, a ponderação, a justeza das
decisões na aplicação da lei, embora, na prática a justiça humana não seja tão
imparcial assim. Entretanto, deixando de lado a mitologia, o verdadeiro Deus
da Justiça é o Deus Todo-Poderoso, o Juiz de toda a terra (Gn 18.25), e não The­
mis - a Deusa da justiça para os gregos. Deus é Justo e ama a Justiça (SI 11.7).
O Todo-Poderoso não perverte o direito e nem a justiça. Deus defende a causa
dos pobres e dos injustiçados. Ele promete saciar todos os que têm fome e sede
de justiça (Mt 5.6). A justiça é irmã gêmea da verdade (Pv 12.17). Dessa forma,
a justiça é a manifestação da verdade.

I. A IMPORTÂNCIA DA JUSTIÇA NAS ESCRITURAS


1. Existe a definição jurídica, e a definição bíblica de justiça. Justiça é a vir­
tude moral que faz reconhecer o direito dos outros, e dar a cada um o que é seu,
esta é a definição clássica de justiça. A Bíblia define justiça como a manifestação
da verdade e direito das pessoas (Pv 12.17 e SI 37.6). A justiça é uma das sete
grandes colunas que sustentam a Casa da Sabedoria, porque, a sabedoria só va­
loriza tudo aquilo que é correto, justo e verdadeiro (Pv 8.20 e Pv 9.1).
2. A Bíblia é também o livro da justiça. As páginas das Escrituras estão cheias
de exemplos de justiça, bem como de mandamentos acerca da justiça. O grande
patriarca Abraão reconheceu a justiça e a retidão de Deus, dizendo: “Longe de
ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao
ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25). Deus esco­
lheu a Abraão e seus descendentes para praticarem a justiça (Gn 18.19)
3. Moisés, o maior legislador da antiguidade escreveu, dizendo: “A justiça
seguirás, somente a justiça, para que vivas e possuas em herança a terra que te
dá o Senhor, teu Deus” (Dt 16.20). Após o rei Salomão proferir uma sentença ju ­
dicial com sabedoria, todo o povo teve profundo respeito por ele, porque viram
que havia nele a sabedoria de Deus para fazer justiça (lR s 3.28). A expressão
702 | 8 DE DEZEMBRO
“Justiça de Salomão” é conhecida no próprio meio jurídico.
4. A Bíblia descreve a perfeição da Justiça de Deus, dizendo: “Ao Todo-Po-
deroso, não o podemos alcançar; Ele é grande em poder, porém, não perverte
o juízo e a plenitude da justiça” (Jó 37.23). O salmista afirmou que: “O Senhor
julga o mundo com justiça e administra os povos com retidão” (SI 9.8). O Se­
nhor “guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o seu caminho” (SI 25.9).
5 .0 rei Davi afirmou que: O Senhor fará sobressair a tua justiça como a luz, e o
teu direito, como o sol ao meio-dia (SI 37.6). O sábio rei Salomão afirmou que: “Os
tesouros da impiedade de nada aproveitam, mas a justiça livra da morte” (Pv 10.2).
II. A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DA JUSTIÇA NAS ESCRITURAS
1. O Senhor Deus ama a justiça e também os que ensinam e praticam a
justiça. O salmista descreveu a bem-aventurança dos que praticam a justiça,
dizendo: “Bem-aventurados os que observam o direito, o que pratica a justiça
em todos os tempos.” (SI 106.3).
2. O Senhor pediu ao homem três coisas importantes, dizendo: “Ele te decla­
rou, ó homem, o que é bom e o que é o que o Senhor pede de ti: Que pratiques a
justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq 6.8).
3. O apóstolo João escreveu sobre a necessidade de praticarmos a justiça,
dizendo: “Se sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é
nascido dele.” ( ljo 2.29). E também escreveu, dizendo: “Nisto são manifestos os
filhos de Deus e os filhos do diabo: qualquer que não pratica a justiça e não ama
a seu irmão não é de Deus.” ( ljo 3.10).
4. Jesus Cristo, o Sol da Justiça prometeu saciar a sede de justiça das pessoas,
dizendo: “Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão far­
tos” (Mt 5.6). Jesus Cristo, a própria Justiça em Pessoa nos aconselhou, dizendo:
“Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e as demais coisas vos serão
acrescentadas” (Mt 6.33).
5. O apóstolo Pedro revelou o grande sonho da humanidade que teme a
Deus, dizendo: “Nós, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova
terra, nos quais habita Justiça” (2Pe 3.13). O apóstolo João contemplou o grande
Cavaleiro da Justiça Jesus Cristo descendo dos céus para estabelecer a verda­
deira justiça na terra, dizendo: “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu
cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.” (Ap 19.11).
CONCLUSÃO: A justiça é reconhecida como uma das sete maiores virtudes que
um ser humano deve seguir. Sete é o número da sabedoria universal, porque,
existem várias coisas no universo e na história que se completa com o número
sete. 7 dias da semana, 7 notas musicais, 7 cores do arco-íris, 7 maravilhas do
mundo antigo, 7 pessoas completam um júri criminal, foram eleitos 7 pecados
capitais que os homens mais cometem, e foram eleitos também as 7 maiores vir­
tudes que o homem deve seguir que são: Fé, Esperança, Amor, Justiça, Prudên­
cia, Temperança e Constância. Seguindo a justiça, o homem estará seguindo o
próprio Deus, que é a própria Justiça em Pessoa (Jr 23.5-6).
9 DE DEZEMBRO

0 SENHOR TE LIVRARÁ DE TODOS OS TEUS INIMIGOS


ISom uel 17.37

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o testemunho pessoal que Davi
deu a Saul acerca do Deus do livramento. Davi mostrou perante Saul a fé pura
de um novo convertido diante de um crente velho que já não acreditava mais
na ação divina para livrá-lo do inimigo. Davi acreditava que o Deus que o havia
livrado das garras do urso e do leão, também lhe livraria do gigante Golias. As
coisas que o Senhor já fez por nós em outras ocasiões, serve de curriculum para
acreditarmos que o nosso Deus continuará fazer o que sempre fez por nós. A
palavra “livramento” no hebraico é “yeshua”, e, significa “salvar-se do perigo”,
“escapar do inimigo”, “soltar-se da prisão”, “libertar-se das algemas”, “ser tirado
da dificuldade”, “livrar-se da morte”, ou ficar livre de algum perigo iminente, e
este termo é também o mesmo aplicado para “salvação”. O livramento de certa
forma é uma salvação de algo ou de alguém. O Nosso Deus é Aquele que tanto
nos livra dos perigos nesta vida, como nos salva da condenação eterna. Ele nos
salva e nos livra nesta vida, e também nos livra da tirania de Satanás e nos salva
para a outra vida. O Senhor nos livrará de todos os nossos inimigos.

I. DEUS NOS LIVRA DO INIMIGO OPRESSOR


1.0 Senhor prometeu livramento ao seu povo da opressão e tirania egípcia, di­
zendo: “Eu Sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei
da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações
de julgamento. Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus; e saberei que Eu
Sou o Senhor, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito” (Êx 6.6-7).
2. Após o Senhor ter tirado a Israel do Egito, Faraó não satisfeito com a
libertação de Israel, perseguiu o povo até o mar vermelho, e Israel se viu nova­
mente em grande perigo e angústia; porém, Moisés acalmou o povo, dizendo:
“Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará;
porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor
pelejará por vós, e vós vos calareis” (Êx 14.13-14).
3. A Palavra de Deus confirma o livramento que o Senhor deu a Israel, di­
zendo: “Assim, o Senhor livrou Israel, naquele dia, da mão dos egípcios; e Israel
viu os egípcios mortos na praia do mar. E viu Israel o grande poder que o Senhor
exercitara contra os egípcios; e o povo temeu ao Senhor e confiou no Senhor e em
Moisés, seu servo” (Êx 14.30-31). Deus cumpre as suas promessas fielmente!
4. Jônatas, o filho de Saul mostrou uma grande fé que faltava em seu pai, e se
expressou, dizendo: “Para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos
ou com poucos” (ISm 14.6). Deus não precisa de quantidade de pessoas para ope­
rar o seu livramento. O exemplo dos 300 de Gideão e tantos outros casos na Bíblia

704 I 9 DE DEZEMBRO
comprovam isso! A Palavra de Deus confirma que o Senhor nos livra de todos os
nossos inimigos, dizendo: “Falou Davi ao SENHOR as palavras deste cântico, no dia
em que o SENHOR o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul.”
(2Sm 22.1).

II. DEUS NOS LIVRA DA MORTE


1. Deus nos livra a todo instante de muitos perigos de morte. Um dos li­
vramentos que os seres humanos mais celebram são os livramentos de morte.
Sejam crentes ou descrentes todos desfrutam de livramentos constantes, porque
o próprio Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ez 18.23).
2. A Palavra de Deus nos prometeu muitos livramentos, dizendo: “De seis
angústias te livrará, e na sétima o mal te não tocará. Na fome te livrará da morte;
na guerra, do poder da espada. Do açoite da língua estarás abrigado e, quando
vier a assolação, não a temerás.” (Jó 5.19-21).
3. Após ter a sua vida poupada em meio a um “tsunami” de tribulações e
provações, o patriarca Jó celebrou a vida, dizendo: “Vida me concedeste na tua
benevolência, e o teu cuidado a mim me guardou” (Jó 10.12). A vida precisa ser
sempre celebrada! Davi que vivia tão perigosamente no campo de batalha e era
alvo de inumeráveis inimigos celebrou o livramento da morte, dizendo: “Pois da
morte me livraste a alma, sim, livraste da queda os meus pés, para que eu ande
na presença de Deus, na luz da vida.” (SI 56.13).
4. O salmista celebrou como Deus também nos livra de tantas coisas mortais,
dizendo: “Na sua angústia, clamaram ao Senhor, e Ele os livrou das suas tribulações.
Enviou-lhes a sua palavra e os sarou, e os bvrou do que lhes era mortal” (SI 107.19-
20). O apóstolo Paulo celebrou também um grande livramento de morte por parte
de Deus, dizendo: “Nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos espe­
rado que ainda continuará a livrar-nos” (2Co 1.10). Paulo ainda escreveu, dizendo:
“O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu
reino celestial. A Ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (2Tm 4.18).

CONCLUSÃO: O Nosso Deus é Aquele que nos livra de inimigos visíveis e invisíveis,
de inimigos humanos e espirituais. Deus sempre livrou a Israel dos inimigos opres­
sores na Antiga Aliança, e continua livrando a Igreja das portas do inferno na Nova
Aliança (Mt 16.18). O Escritor da Carta aos Hebreus afirmou que o Senhor Jesus
Cristo se manifestou para que: “Livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam
sujeitos a escravidão por toda a vida” (Hb 2.15).
10 DE DEZEMBRO

DEUS É 0 MOTIVO DO NOSSO LOUVOR


Deuteronômio 10.21

INTRODUÇÃO: Moisés escreveu neste texto sagrado que o nosso Deus é o nosso
louvor, o motivo maior de nossas canções, porque Ele tem feito coisas grandes
e tremendas em nosso favor. Infelizmente, hoje em dia as motivações de mui­
tos cantores e compositores para louvarem a Deus têm sido muito distorcidas, e
exaltam a promoção do ser humano, em vez de exaltar o Deus que faz maravi­
lhas diante dos nossos olhos. Porém, ao mesmo tempo exaltamos os cantores e
compositores que procuram exaltar a Deus em suas canções, e colocá-lo como o
centro de suas composições. O presente texto enfatiza muito mais ainda do que
compor ou apresentar um louvor ao Senhor, é reconhecer a Deus como o nosso
próprio louvor em pessoa. Deus é o nosso novo louvor, o nosso novo cântico, e
a nossa maior alegria.

I. FAÇA DO SENHOR 0 SEU PRÓPRIO CÂNTICO


1. Moisés elegeu o Senhor como o seu próprio cântico de louvor, dizendo:
“O Senhor é a minha força e o meu cântico; Ele me foi por salvação; Ele é o meu
Deus; portanto, eu o louvarei; Ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei” (Êx
15.2). O mavioso salmista de Israel nos aconselhou, dizendo: “Cantai-lhe, can­
tai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas” (IC o 16.9).
2. A Bíblia nos revela os benefícios de termos o Senhor como o nosso lou­
vor, dizendo: “Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o Senhor em­
boscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram
contra Judá, e foram desbaratados” (2Cr 20.22). Quando reconhecemos a Deus
como o nosso louvor, Ele mesmo se encarrega de pelejar pelos nossos inimigos!
3. Davi, o rei que mais amou e apreciou o louvor na Casa do Senhor nos
aconselhou, dizendo: “Cantai ao Senhor, todas as terras; proclamai a sua salva­
ção, dia após dia” (lC r 16.23). Davi revelou o motivo que o levou a louvar ao
Senhor, dizendo: “Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem” (SI
13.6). Sim, Deus nos tem feito tanto bem que temos infinitas razões para sem­
pre louvá-lo e glorificá-lo!
4. A Palavra de Deus diz: “Cantai ao Senhor um cântico novo, porque Ele
tem feito maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória”
(SI 98.1). O salmista nos ensinou a maneira correta de servirmos a Deus como
o nosso louvor, dizendo: “Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos diante
Dele com cântico” (SI 100.2).
5. O salmista prometeu fazer do Senhor o seu louvor a vida inteira, dizendo:
“Cantarei ao Senhor enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus durante
a minha vida” (SI 104.33). O salmista nos revela o prazer que existe em termos a

706 | 10 DE DEZEMBRO
Deus como o nosso louvor, dizendo: “Louvai ao Senhor, porque é bom e amável
cantar louvores ao nosso Deus; fica-lhe bem o cântico de louvor” (SI 147.1).

II. TODO O SER QUE RESPIRA DEVE LOUVAR AO SENHOR


1. A Palavra de Deus nos revela quem está liberado para louvar a Deus, di­
zendo: “Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!” (SI 150.6). O profeta
Isaías também nos aconselhou, dizendo: “Cantai louvores ao Senhor, porque
fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra” (Is 12.5). O profeta Isaías
descreveu a própria natureza louvando ao seu Criador, dizendo: “Saireis com
alegria e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos
diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas” (Is 55.12).
2. O profeta Jeremias também elegeu o Senhor como o seu louvor, dizendo:
“Cura-me, SENHOR, e serei curado, salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu
louvor.” (Jr 17.14). O profeta Jeremias ainda nos aconselhou, dizendo: “Cantai
ao Senhor, louvai ao Senhor; pois livrou a alma do necessitado das mãos dos
malfeitores” (Jr 20.13).
3. O profeta Sofonias também orientou o povo a louvar a Deus, dizendo:
“Canta, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija-te e, de todo o coração, exulta,
ó filha de Jerusalém. O Senhor afastou as sentenças que eram contra ti e lançou
fora o teu inimigo. O Rei de Israel, o Senhor, está no meio de ti; tu já não verás
mal algum” (Sf 3.14-15).
4. A Bíblia nos revela os benefícios de termos ao Senhor como o nosso lou­
vor, dizendo: “Por volta da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores
a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio
tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as por­
tas, e soltaram-se as cadeias de todos.” (At 16.25-26).
5. O apóstolo Paulo afirmou que os gentios devem glorificar e louvar a Deus
por sua misericórdia, como está escrito: “Por isso, glorificarei entre os gentios e
cantarei louvores ao teu Nome” (Rm 15.9). A Palavra de Deus ainda nos aconse­
lha, dizendo: “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de
louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.” (Hb 13.15).

CONCLUSÃO: A Bíblia revela a multidão dos vencedores louvando a Deus com o


Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro na eternidade (Ap 15.3). Devemos eleger
o nosso Deus como o nosso próprio cântico e o nosso próprio louvor. Deus é o nosso
motivo de viver, de lutar, de trabalhar, de cantar, de louvar, e de vencer.
11 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DO DIA DO ENGENHEIRO


2Crônicas 26.15

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o avanço da engenharia de guerra


nos dias de Uzias, rei de Judá. O dia 11 de dezembro é lembrado como o Dia
do Engenheiro. No Dia da Engenharia, são relembradas as vantagens que essa
atividade trouxe para a vida humana em sociedade. Ciência e matemática se
unem com o propósito de resolver problemas e criar estruturas que facilitam e
muitas vezes revolucionam completamente a vida humana. Edifícios, máqui­
nas, computadores e até avanços em áreas como a genética se devem à enge­
nharia. O engenheiro é o profissional que exerce a prática de engenharia. O
termo “engenharia” em si tem uma etimologia muito mais recente, derivando
da palavra “engenheiro”, que apareceu na língua portuguesa no início do século
XVI, e que se referia a alguém que construía ou operava um engenho. Naquela
época, o termo “engenho” referia-se apenas a uma máquina de guerra como
uma catapulta ou uma torre de assalto. A palavra “engenho”, em si, tem uma
origem ainda mais antiga, vindo do latim “ingenium” que significa “gênio”, ou
seja, uma qualidade natural, especialmente mental, portanto, uma invenção in­
teligente. A engenharia também está presente na Bíblia. A Bíblia está repleta de
obras de engenharia, como a engenhosa construção do Tabernáculo no deserto,
a magnífica construção do Templo de Salomão, e tantos outros empreendimen­
tos registrados na Bíblia; e até invenção e fabricação de máquinas de guerra no
próspero reinado de Uzias, rei de Judá (2Cr 26.15).

I. A ENGENHARIA NAS ESCRITURAS SAGRADAS


1. O conceito de engenharia existe desde a antiguidade, a partir do momen­
to em que o ser humano desenvolveu invenções fundamentais como a polia,
a alavanca e a roda. Cada uma destas invenções é consistente com a moderna
definição de engenharia, explorando princípios básicos da mecânica para de­
senvolver ferramentas e objetos utilitários. Tubal-Caim, foi um artífice e inven­
tor de todo instrumento cortante de bronze e de ferro. Portanto, aqui temos o
surgimento da “indústria metalúrgica” através de um descendente de Caim, que
se destacou como o primeiro engenheiro e perito nas invenções (Gn 4.22).
2. A Palavra de Deus destaca o grande trabalho de engenharia realizado por
Bezalel no Tabernáculo (Êx 35.30-33). Portanto, Bezalel foi capacitado por Deus
para ser o engenheiro do Tabernáculo. As Escrituras destacam também Hirão-
-Abi como um grande engenheiro do Templo de Salomão (2Cr 2.13). De acor­
do com os entendidos, a expressão neste texto seria: “Hirão, o mestre de obras”.
Hirão-Abi, foi um engenheiro formado no exterior, o qual, o rei de Tiro enviou
para coordenar e dirigir a construção do magnífico Templo de Salomão. Deus

708 I 11 DE DEZEMBRO
jamais descarta àqueles que estudam e se especializam no conhecimento cientí­
fico e tecnológico para auxiliar na sua grandiosa Obra. Assim como Bezalel foi o
engenheiro do Tabernáculo, Hirão-Abi foi o engenheiro do Templo de Salomão.
3. O primeiro engenheiro civil conhecido pelo nome foi Imhotep. Como
um dos funcionários do faraó Djoser, Imhotep provavelmente projetou e su­
pervisionou a construção da Pirâmide de Djoser, uma pirâmide de degraus em
Saqqara, por volta de 2630-2611 a.C. Ele pode também ter sido o responsável
pelo primeiro uso da coluna na arquitetura.
4. A engenharia é a arte de aplicar conhecimentos científicos à criação,
construção, instalação ou aperfeiçoamento de estruturas, máquinas e equi­
pamentos para atender às necessidades humanas. Esta arte é adquirida, tanto
pelos estudos, como por inspiração divina. Existem pessoas que já nasceram
com uma determinada aptidão. “Assim, trabalharam Bezalel, e Aoliabe, e todo
homem hábil a quem o Senhor dera habilidade e inteligência para saberem fa­
zer toda obra para o serviço do santuário, segundo tudo o que o Senhor havia
ordenado” (Êx 36.1).

II. A ENGENHARIA NO TEMPLO DE SALOMÃO E NA HISTÓRIA


1. Toda grande construção precisa de homens capazes como: arquitetos, en­
genheiros, pedreiros, carpinteiros, mestres de obras etc. Deus prepara pessoas
qualificadas para trabalharem na sua obra. O rei Davi animou o seu filho Salomão
em relação a construção do Templo, dizendo: “Além disso, tens contigo trabalha­
dores em grande número, e canteiros, e pedreiros, e carpinteiros, e peritos em
toda sorte de obra de ouro, e de prata, e também de bronze, e de ferro, que se não
pode contar. Dispõe-te, pois, faze a obra, e o Senhor seja contigo” (lC r 22.15-16).
2. A Bíblia descreve o avanço da engenharia nos dias de Uzias, rei de Judá,
dizendo: “Preparou-lhe Uzias, para todo o exército, escudos, lanças, capacetes,
couraças e arcos e até fundas para atirar pedras. Fabricou em Jerusalém má­
quinas, de invenção de homens peritos, destinadas para as torres e cantos das
muralhas, para atirarem flechas e grandes pedras; divulgou-se a sua fama até
muito longe, porque foi maravilhosamente ajudado, até que se tornou forte”
(2Cr 26.14-15). É a primeira vez na história bíblica que se menciona a inven­
ção de “máquinas” de guerra. Aqui, já percebemos um grande avanço da en­
genharia militar nos dias de Uzias, rei de Judá. Os exércitos chineses, gregos e
romanos empregaram máquinas e invenções complexas como a artilharia que
foi desenvolvida pelos gregos por volta do século IV a.C. Estes desenvolveram
a trirreme, a balista e a catapulta. Na Idade Média, foi desenvolvido o trabuco.
3. Os antigos gregos desenvolveram máquinas tanto no domínio civil como
no militar. A Máquina de Antikythera (o primeiro computador mecânico co­
nhecido) e as invenções mecânicas de Arquimedes são exemplos da primitiva
engenharia mecânica. Estas invenções requereram um conhecimento sofisti­
cado de engrenagens diferenciais e planetárias, dois princípios-chave na teoria
das máquinas que ajudou a projetar as embrenhagens empregadas na Revolu­

709
ção Industrial e que ainda são amplamente utilizadas na atualidade, em diversos
campos como a robótica e a engenharia automóvel. O Farol de Alexandria, as
Pirâmides do Egito, os Jardins Suspensos da Babilônia, a Acrópole de Atenas,
o Parténon, os antigos Aquedutos Romanos, a Via Ápia, o Coliseu de Roma, as
cidades e pirâmides dos antigos Maias, Incas e Astecas, a Grande Muralha da
China, entre muitas outras obras, mantêm-se como um testamento do engenho
e habilidade dos antigos engenheiros militares e civis. O salmista começou a m e­
ditar no trabalho humano, e louvou ao Senhor pelas variedades das suas obras (SI
104.23-24). Portanto, Deus deixou tudo à disposição para facilitar a vida huma­
na. Mas, infelizmente, alguns usam a engenharia para fazer o mal, e para destruir
a si mesmos, como as invenções de armas nucleares de destruição em massa.
4. A engenharia moderna tem crescido muito, e não se restringe apenas ao
campo civil e militar. Temos engenharia em todos os campos do conhecimento:
engenharia civil, engenharia militar, engenharia mecânica, engenharia eletrôni­
ca, engenharia elétrica, engenharia química, engenharia aeroespacial, engenharia
da computação, engenharia da informática, engenharia quântica, e tantos outros
campos da engenharia. A palavra de Deus já havia previsto que: “A ciência se mul­
tiplicará” (Dn 12.4). O salmista Davi falou do acompanhamento que o Senhor faz
das obras dos homens, dizendo: “O Senhor olha dos céus; vê todos os filhos dos
homens; do lugar de sua morada, observa todos os moradores da terra, Ele, que
forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras” (SI 32.13-15).

CONCLUSÃO: Louvemos a Deus pela sabedoria, inteligência, entendimento, e co­


nhecimento que Ele deu ao homem para fabricar, construir, e inventar coisas que
facilitam a vida humana, e contribuem para o progresso da humanidade. Que os
engenheiros usem a sua genialidade para fazerem o bem a todos, e reconheçam que
há um Deus no céu que contempla as ações de todos os homens. Há um limite para
a engenharia humana, e não há nenhum engenho humano que venha surpreender
a Deus; pois, o sábio Salomão já havia deixado isso muito claro, dizendo: “Não há
sabedoria, nem inteligência, nem mesmo conselho contra o Senhor” (Pv 21.30).

ANOTAÇÕES

710 | 11 DE DEZEMBRO
12 DE DEZEMBRO

0 SENHOR É HOMEM DE GUERRA


Êxodo 15.3

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado Moisés em seu cântico poético e também


épico chama o Senhor de “Homem de Guerra”. A Bíblia utiliza em várias de suas
páginas uma linguagem antropológica ou antropomórfica como queiram, para
nos revelar aspectos divinos que melhor se identificam com os humanos. Quan­
do olhamos para esse termo: “Homem de Guerra”, nos traz a memória àqueles
grandes generais conquistadores da antiguidade que venceram reinos e nações, e
ninguém ousavam desafiá-los; nos faz também pensar naqueles heróis de batalhas
que vence todos os seus oponentes retratados nas telas de Hollywood. O super-ho-
mem, conhecido como o homem de aço, e tantos outros heróis dos filmes america­
nos transmitem às crianças e a todos nós que assistimos o desejo que alimentamos
de um super-homem que proteja a humanidade de inimigos invasores que tentam
nos atacar. Entretanto, o super-homem, o superman, o homem de ferro, e tantos
outros super-heróis das telas dos cinemas não passam de ficção; porém, o Senhor
nosso Deus é o verdadeiro Super-Homem que nos defende e nos protege de todos
os nossos inimigos. Ele é “Homem de Guerra; Senhor é o seu Nome” (Ex 15.3).

I. QUEM É ESSE HOMEM DE GUERRA?


1. Em várias passagens da Bíblia Deus é retratado como um “Homem” Mis­
terioso que sempre se identificou com os seus escolhidos. A Bíblia revela o en­
contro de Jacó com um “Homem” que lutava com ele, dizendo: “Ficando ele só;
e lutava com ele um homem, até ao romper do dia.” (Gn 32.24). Esse misterioso
“Homem de Guerra” lutou com Jacó até descolar a coxa direita do patriarca.
2. O “Homem” que lutava com Jacó se identificou, dizendo: “Já não te cha­
marás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os ho­
mens e prevaleceste.” (Gn 32.28). Só os que choram e se humilham conseguem
prevalecer na luta com esse “Homem de Guerra”. Por ser invencível, ninguém
consegue vencer a Deus pela força, mas consegue convencê-lo com um coração
quebrantado e contrito (SI 51.17).
3. A Bíblia revela esse “Homem de Guerra” se apresentando a Josué com
uma espada desembainhada na mão (Js 5.13-15). Esse “Homem de Guerra” foi
o mesmo que apareceu a Moisés na sarça e havia ordenado a mesma coisa a
Moisés, dizendo: “Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra
santa.” (Êx 3.5).
4. O salmista também criou um suspense sobre a identidade desse “Homem
de Guerra”, e obteve a resposta, dizendo: “Quem é o Rei da Glória? O SENHOR,
forte e poderoso, o SENHOR, poderoso nas batalhas.” (SI 24.8). O salmista nos
revela a formosura e majestade desse misterioso “Homem de Guerra”, dizendo:
“Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; nos teus lábios se extravasou a gra-
ça; por isso, Deus te abençoou para sempre. Cinge a espada no teu flanco, herói;
cinge a tua glória e a tua majestade! E nessa majestade cavalga prosperamente,
pela causa da verdade e da justiça; e a tua destra te ensinará proezas.” (SI 45.1-4).
5. Agur reconheceu sua ignorância acerca desse “Homem” Misterioso e fez
a seguinte pergunta: “Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos
nos seus punhos? Quem amarrou as águas na sua roupa? Quem estabeleceu
todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho,
se é que o sabes?” (Pv 30.2-4).
II. O SENHOR JESUS CRISTO É ESSE HOMEM DE GUERRA
1. O profeta Isaías nos respondeu quem é este “Homem de Guerra”, dizendo:
“O SENHOR sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra;
clamará, lançará forte grito de guerra e mostrará sua força contra os seus inimigos.”
(Is 42.13).
2. O profeta Isaías também revelou este “Homem de Guerra” pelejando so­
zinho em favor da nossa salvação, dizendo: “Viu que não havia ajudador algum
e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio
braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça,
como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a
vesti dura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto.” (Is 54.16-17). O
profeta Isaías ainda revela este “Homem de Guerra” esmagando sozinho os seus
adversários e pelejando pelos seus redimidos (Is 63.1-4).
3. O profeta Daniel também contemplou este “Homem de Guerra” e descre­
veu o seu aspecto, dizendo: “Levantei os olhos e olhei, e eis um homem vestido
de linho, cujos ombros estavam cingidos de ouro puro de Ufaz; o seu corpo era
como o berilo, o seu rosto, como um relâmpago, os seus olhos, como tochas de
fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das
suas palavras era como o estrondo de muita gente.” (Dn 10.5-6).
4. O “Homem de Guerra” se identifica e revela sua estratégia para vencer
Satanás, dizendo: “Quando o valente, bem armado, guarda a sua própria casa,
ficam em segurança todos os seus bens. Sobrevindo, porém, um mais valente do
que ele, vence-o, tira-lhe a armadura em que confiava e lhe divide os despojos.
Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” (Lc
11.21-23). O “Homem de Guerra” ainda revela sua missão e vitória contra as
forças dominadoras deste mundo, dizendo: “Chegou o momento de ser julgado
este mundo, e agora o seu príncipe será expulso.” (Jo 12.31).
5. O apóstolo Paulo descreveu a vitória do “Homem de Guerra” sobre as
forças do mal, dizendo: “E, despojando os principados e as potestades, publi­
camente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.” (Cl 2.15). O apóstolo
Paulo revela quem é esse “Homem”, dizendo: “Porquanto há um só Deus e um
só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” (lT m 2.5).
CONCLUSÃO: O Senhor Jesus Cristo é o Verdadeiro Homem de Guerra que
peleja por todos nós. O apóstolo João contemplou este Poderoso Homem de
Guerra e descreveu sua Vinda Gloriosa para derrotar todos os seus adversários
como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.11-16)
712 I 12 DE DEZEMBRO
13 DE DEZEMBRO

0 ÚNICO DEUS QUE OPERA MARAVILHAS


Salm o 136.4

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o salmista celebra ao Único Deus que opera
maravilhas. Deus é totalmente Maravilhoso. Deus é maravilhoso em sua forma
de criar as coisas no Universo, é Maravilhoso em sua forma de operar milagres,
é Maravilhoso em sua forma de redimir e libertar o seu povo, é Maravilhoso em
sua forma peculiar de trabalhar em favor dos seus filhos. A palavra “maravilha”
no hebraico é “tamah”, e significa “maravilhar-se”; “admirar-se”, ou aquilo que
causa “espanto” ou “admiração”. Outra palavra é “Pala”, que pode ser traduzida
como: “prodígio”, “milagre”, “maravilhas”, “grandezas” e “grandes obras”. Ainda
outro vocábulo é “mophet”, que também significa “prodígio” ou “milagre”. É
usada principalmente para relembrar os poderosos feitos de Deus no Egito com
o propósito de livrar seu povo da escravidão (Êx 15.11). No grego é “semeion”
que nos traz a ideia de um “prodígio” ou um “sinal milagroso”. O que o nosso
Deus faz verdadeiramente causa espanto e admiração às pessoas (At 2.12).

I. AS MARAVILHAS QUE DEUS OPERA CAUSA ESPANTO NAS PESSOAS


1. Deus é tão extraordinário naquilo que faz, que as suas maravilhas
causam, espanto, admiração, assombro, e deixam as pessoas estupefatas,
pasmas e surpreendidas. A m eretriz Raabe revelou aos espias israelitas o
espanto que as maravilhas do Deus de Israel causaram em todos os m ora­
dores da terra, dizendo: “Bem sei que o SENHOR vos deu esta terra, e que o
pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão
desmaiados” (Js 2.9-11).
2. Moisés exaltou ao Único Deus que opera maravilhas, dizendo: “Ó Senhor,
quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade,
terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?” (Êx 15.11). Moisés relem­
bra ao povo as maravilhas que Deus havia operado no Egito, dizendo: “Tendes
visto tudo quanto o Senhor fez na terra do Egito, perante vós, a Faraó, e a todos
os seus servos, e a toda a sua terra; as grandes provas que os vossos olhos viram,
os sinais e grandes maravilhas” (Dt 29.2-3).
3. A Palavra do Senhor nos exorta a lembrarmos das maravilhas que Deus
opera, dizendo: “Lembrai-vos das maravilhas que fez, dos seus prodígios e dos
juízos dos seus lábios” (lC r 16.12). A Bíblia nos orienta a buscarmos o Deus que
opera maravilhas, dizendo: “Quanto a mim, eu buscaria a Deus e a Ele entrega­
ria a minha causa; Ele faz coisas grandes e inescrutáveis e maravilhas que não se
podem contar” (Jó 5.8-9).
4. O salmista escreveu, dizendo: “Tu és o Deus que operas maravilhas e,
entre os povos, tens feito notório o teu poder” (SI 77.14). A Bíblia nos aconselha
a anunciarmos entre os povos as maravilhas do Senhor (SI 96.3). Dario, mesmo
sendo um rei pagão reconheceu as maravilhas do Senhor, dizendo: “Ele livra, e
salva, e faz sinais e maravilhas no céu e na terra; foi Ele quem livrou a Daniel do
poder dos leões” (Dn 6.27).

II. AS MARAVILHAS QUE JESUS FAZIA CAUSAVA ESPANTO NAS PESSOAS


1. A Bíblia descreve as pessoas espantadas com a maneira maravilhosa de
Jesus Cristo ensinar, dizendo: “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras,
estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina” (Mt 7.28). As Escrituras
descrevem os próprios discípulos espantados após Jesus Cristo acalmar o mar e
a tempestade (Mt 8.27). A Bíblia descreve as multidões espantadas com as ma­
ravilhas que Jesus fazia, dizendo: “Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes
miraculosos?” (Mt 13.54).
2. A Palavra do Senhor descreve o povo admirado com as maravilhas que
Jesus operava, dizendo: “O povo se maravilhou ao ver que os mudos falavam, os
aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorifi­
caram ao Deus de Israel” (Mt 15.31).
3. A Bíblia descreve as pessoas estupefatas com a maravilhosa sabedoria de
Jesus, dizendo: “Donde vêm a este estas coisas? Que sabedoria é esta que lhe foi
dada? E como se faz tais maravilhas por suas mãos?” (Mc 6.2). A Bíblia descre­
ve as pessoas espantadas com as coisas maravilhosas que Jesus fazia, dizendo:
“Maravilhavam-se sobremaneira, dizendo: Tudo Ele tem feito esplendidamente
bem; não somente faz ouvir os surdos, como falar os mudos” (Mt 7.37).
4. A própria Palavra de Deus previu que o povo ficaria tão espantado com a
obra maravilhosa que o Senhor realizaria que eles não conseguiríam crê, dizen­
do: “Vede, ó desprezadores, maravilhai-vos e desvanecei, porque eu realizo, em
vossos dias, obra tal que não crereis se alguém vo-lo contar” (At 13.41).

CONCLUSÃO: A Bíblia revela Deus operando maravilhas extraordinárias através


das mãos do apóstolo Paulo, dizendo: “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas
extraordinárias,” (At 19.11). O Deus a quem servirmos deseja operar maravilhas em
nosso meio ainda hoje. Deus operou maravilhas no passado através dos seus líderes,
sacerdotes e profetas. Na Nova Aliança Deus continua operando maravilhas no meio
da sua Igreja através dos seus apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, pregadores,
missionários e doutores (2Co 12.12).

714 I 13 DE DEZEMBRO
14 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DO DIA DA BÍBLIA


2Crônicas 34.15

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento glorioso em que o Li­
vro dos livros foi achado na Casa do Senhor nos dias de Josias, rei de Judá. C e­
lebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549,
na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do
Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a popu­
lação intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser
celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros Missio­
nários Cristãos Evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu
quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do
Ipiranga, em São Paulo. Nesta data o Brasil inteiro celebra a Palavra de Deus
com várias passeatas, gincanas bíblicas, e leitura pública das Escrituras Sagra­
das. A Bíblia foi escrita num período de aproximadamente 1600 anos, por mais
de 40 autores, sendo pessoas das mais variadas profissões e posições sociais,
desde reis e príncipes, médico e advogado, poeta e filósofo, profetas e estadistas,
pastores e agricultores, funcionário público e pescadores, sacerdotes e generais,
juizes e músicos, pecuarista e teólogo, boiadeiro e cientista, etc. Tudo isto para
que a Bíblia se tornasse o Livro de todas as classes sociais e amado por todos,
tendo uma completa harmonia e unidade.

I. A IMPORTÂNCIA DA BÍBLIA SAGRADA COMO LIVRO DOS LIVROS


1. A Bíblia é o livro mais lido, mais traduzido, mais editado, mais pesqui­
sado, mais conhecido, mais valioso, mais ensinado, mais proclamado, mais
exaltado, e mais amado do mundo. A Bíblia é um livro tão forte e poderoso
que foi citada tanto por Jesus (Mt 4.1-11), como também pelo próprio Diabo
(Mt 4.6).
2. A Bíblia já foi traduzida para mais de 2 mil idiomas diferentes, seja ela
completa, seja só o Novo Testamento ou somente algumas porções do texto sa­
grado. Assim, hoje, dos 8,5 bilhões de habitantes do planeta terra, cerca de quase
6 bilhões de pessoas tem condições de lerem porções da Bíblia Sagrada. A Bíblia
é uma biblioteca divina que possui: 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos,
773.692 palavras e 3.566.480 letras (de acordo com o tipo de tradução). Sendo
39 livros, 929 capítulos, 23.214 versículos, 592.429 palavras e 2.728.100 letras no
Antigo Testamento. E 27 livros, 260 capítulos, 7.959 versículos, 181.253 palavras
e 838.380 letras no Novo Testamento.
3. A expressão “Assim diz o Senhor” ou “diz o Senhor” aparecem cerca de 3
mil vezes nas Escrituras, autenticando a Bíblia como a inconfundível, infalível e
inspirada Palavra de Deus (Jr 23.28-29). A palavra Yhaweh - o nome sagrado de
Deus - aparece cerca de 7 (sete) mil vezes nas Escrituras (6.855), confirmando
que a Bíblia é mesmo o Livro de Deus (Êx 3.14 e Êx 6.2-7).
4. A Bíblia foi dividida em capítulos pelo clérigo inglês Stephen Langton, ar­
cebispo de Cantuária, quando era professor da Universidade de Paris, na França
por volta do século 13. Quem dividiu a Bíblia em versículos foi o renomado
erudito francês Robert Estienne, por volta do século 16, portanto, 300 anos após
a Bíblia ser dividida em capítulos, com o objetivo de facilitar a leitura da Bíblia
em todo o mundo.
5. “A Bíblia contém a mente de Deus, o estado do homem, a ruína dos impe-
nitentes e a eterna felicidade dos crentes. Suas doutrinas são santas, seus precei­
tos são justos, suas histórias verdadeiras e suas decisões imutáveis. Leia a Bíblia
para ser sábio, creia nela para estar seguro e pratique ela para ser santo. Ela
contém luz para dirigi-lo, alimento para sustentá-lo, consolo para animá-lo e
armadura para defendê-lo. A Bíblia é o mapa do viajante, o cajado do peregrino,
a bússola do navegante, a espada do soldado e o guia do cristão. Por meio dela
o paraíso é restaurado, os céus são abertos e as portas do inferno são cerradas.
Cristo é o seu assunto, nosso bem é o seu propósito e a Glória de Deus o seu
fim. Estude este livro divino, sobrenatural em origem, inexprimível em valor,
infinito em escopo, divinal em autoria, apesar de humano na escrita, regenera-
dor em poder, infalível em autoridade, pessoal em aplicação e inspirado em sua
totalidade.” (Novo Testamento dos Gideões Internacionais).

II. A IMPORTÂNCIA QUE JESUS CRISTO E SEUS APÓSTOLOS DAVAM A BÍBLIA


1. Jesus Cristo e a Bíblia tem tudo a vê. Jesus Cristo é a própria Palavra de
Deus em Pessoa. O Senhor Jesus Cristo disse o seguinte acerca da Bíblia Sagra­
da: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas
mesmas que testificam de mim.” (Jo 5.39). Ele mesmo disse: Ό espírito é o que
vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e
vida.” (Jo 6.63).
2. O apóstolo Paulo disse o seguinte acerca da Bíblia Sagrada: “Toda a Es­
critura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a cor­
reção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Tm 3.16-17).
3. O Escritor da Carta aos Hebreus descreveu o poder e vivacidade da Pala­
vra de Deus, dizendo: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante
do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e
espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos
do coração.” (Hb 4.12).
4. O apóstolo Tiago descreveu como a Palavra de Deus nos gerou, dizendo:
“Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que
fôssemos como que primícias das suas criaturas.” (Tg 1.18). O apóstolo Pedro
também descreveu a Palavra de Deus como uma semente incorruptível e eterna,
dizendo: “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorrup­

716 I 14 DE DEZEMBRO
tível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é
como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua
flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra
que vos foi evangelizada.” (lP e 1.23-25).
5. O apóstolo João ainda descreveu que a força da juventude para vencer
o Maligno se encontra na Palavra de Deus, dizendo: “Jovens, eu vos escreví,
porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o
Maligno.” ( ljo 2.14). Jesus Cristo conhece a Igreja que prioriza a sua Palavra e
prometeu abrir grandes portas para uma igreja que guarda a sua Palavra, dizen­
do: “Conheço as tuas obras — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta,
a qual ninguém pode fechar — que tens pouca força, entretanto, guardaste a
minha palavra e não negaste o meu nome.” (Ap 3.8).
CONCLUSÃO: O apóstolo João descobriu que Jesus Cristo é a própria Palavra
de Deus em Pessoa e descreveu isso em uma visão, dizendo: “E vi o céu aber­
to, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e
Verdadeiro e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de
fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito que
ninguém sabia, senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de
sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.” (Ap 19.11-13).

ANOTAÇÕES

717
15 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DO DIA DO ARQUITETO


Provérbios 8.30

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o sábio Salomão descreve a Sabedoria


como um arquiteto que desenhava o formato do Universo antes de Deus criar
os céus e a terra. O dia 15 de dezembro é lembrado como o Dia do Arquiteto.
Um arquiteto é o profissional responsável pelo projeto, supervisão e execução
de obras de arquitetura. Embora esta seja sua principal atividade, o campo de
atuação de um arquiteto envolve todas as áreas correlatas ao controle e dese­
nho do espaço habitado, como o urbanismo, o paisagismo, e diversas formas de
design. A palavra arquiteto vem do grego “arkhitektôn” que significa “o cons­
trutor principal” ou “mestre de obras”. Desta forma, o arquiteto seria o cons­
trutor primordial e fundamental, seu próprio arquétipo; ou seja, o arquiteto é
o construtor ideal. Existe também outra interpretação onde o significado do
prefixo “arqui” pode ser entendido “mais que” ou “além de” assim “arquiteto”
é “mais que construtor”, e “arquitetura”, é “mais que construção”. Existe ainda a
associação de “tectum” com “pedra”, sendo depois associada com construção. O
próprio apóstolo Paulo associou a figura do arquiteto à construção, e se colocou
como um sábio arquiteto que construía com prudência a Igreja de Deus, dizen­
do: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto,
o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre
ele.” (1 Co 3.10). A Bíblia valoriza a figura do arquiteto, e elege a Sabedoria como
“Arquiteto de Deus” (Pv 8.30).

I. A IMPORTÂNCIA DO ARQUITETO NAS ESCRITURAS


1. O arquiteto é aquele que sonha, planeja, e idealiza um projeto. É o que
projeta ou idealiza alguma coisa. Partindo deste princípio, Deus é o Grande
Arquiteto e Idealizador do Universo. O grande sábio Salomão descreveu como
Deus usou a Sabedoria como seu arquiteto no projeto de construção dos céus e
da terra (Pv 8.27-31). Deus usou a Sabedoria como seu arquiteto para traçar as
linhas do horizonte, os limites dos mares, a abóboda dos céus, as constelações,
as estrelas, as galáxias, os planetas, o sistema solar, os círculos da terra etc. O
arquiteto planeja e desenha o projeto, e o engenheiro executa com o mestre de
obras.
2. O próprio Arquiteto do Universo descreveu para o patriarca }ó sua gran­
de obra de arquitetura na criação da terra e do mar, dizendo: “Onde estavas tu,
quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento.
Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cor­
del? Sobre que estão fundadas as suas bases ou que lhe assentou a pedra angular,
quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os

718 I 15 DE DEZEMBRO
filhos de Deus? Ou quem encerrou o mar com portas, quando irrompeu da ma­
dre; quando eu lhe pus as nuvens por vestidura e a escuridão por fraldas? Quan­
do eu lhe tracei os limites, e lhe pus ferrolhos e portas, e disse: até aqui virás e
não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas?” (Jó 38.4-11).
3. O patriarca Jó descreveu o Senhor como um Arquiteto que conhece
minunciosamente o seu projeto, dizendo: “Porque Ele perscruta até as extre­
midades da terra, vê tudo o que há debaixo dos céus. Quando regulou o peso
do vento e fixou a medida das águas; quando determinou leis para a chuva e
caminho para o relâmpago dos trovões, então, viu Ele a sabedoria e a m ani­
festou; estabeleceu-a e também a esquadrinhou. E disse ao homem: Eis que o
temor do Senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento” (Jó
28.24-28).
4. Deus é o Arquiteto do Tabernáculo Celestial. Ele desenhou cada peça
do Tabernáculo e entregou a planta a Moisés no Monte Sinai, e lhe ordenou,
dizendo: “Atenta, pois, que o faças conforme o seu modelo, que te foi mostrado
no monte.” (Êx 25.40). Deus elegeu a Bezalel como o arquiteto e engenheiro do
Tabernáculo Terreno e o encheu de habilidade e sabedoria para executar toda
obra (Êx 31.2-5).
5. Foi o próprio Deus quem deu a Davi a planta do Templo do Senhor com
todo o material calculado milimetricamente, o qual entregou a Salomão para
executar a construção do Templo (lC r 28.11-19).

II. JESUS CRISTO É O ARQUITETO QUE PLANEJOU O MUNDO AO LADO DO PAI


1. Ficamos sabendo através do apóstolo João que Jesus Cristo é o Logos
Eterno, a Sabedoria Eterna que estava com o Pai criando o mundo naquele prin­
cípio eterno referido por Salomão, quando escreveu, dizendo: “No princípio era
o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio
com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do
que foi feito se fez” (Jo 1.1-3 e Pv 8.22-31).
2. O apóstolo Paulo reforçou esta verdade, dizendo: “Este é a imagem do
Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas
as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam
soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e
para ele. Ele é antes de todas coisas. Nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo,
da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as
coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele residisse toda a pleni­
tude” (Cl 1.15-19). Portanto, Jesus Cristo é o Arquiteto que planejou e criou o
mundo ao lado do Pai e do Espírito Santo.
3. O Espírito Santo é também o Arquiteto que ornamentou o Universo. A
Palavra de Deus afirma que: “Pelo seu Espírito ornou os céus” (Jó 26.13). Hoje,
fala-se muito em Design Inteligente. Ou seja, “certas características do universo
e dos seres vivos são mais bem explicadas por uma causa inteligente, e não por
um processo não-direcionado como a seleção natural”. Portanto, Deus é o Ar­
quiteto que planejou todo o Universo de forma inteligente, e podemos ver o seu
Design Inteligente na grande variedade das suas Obras (SI 104.24).
4. Nós ficamos encantados com a arquitetura moderna e urbanística ao re­
dor do mundo. Ficamos vislumbrados com as obras de Oscar Niemeyer, Lú­
cio Costa, e tantos outros importantes arquitetos que existe no mundo. Porém,
nenhum arquiteto na história conseguiu planejar a cidade que Deus preparou
para o seu povo morar. Imagine a beleza arquitetônica da Nova Jerusalém? (Ap
21.9-23).
5. Já na antiguidade o patriarca Abraão aguardava esta cidade; e, o Escri­
tor da Carta aos Hebreus se referiu a Deus como o Arquiteto desta cidade que
Abraão aguardava (Hb 11.8-10). O Nosso Deus é o Verdadeiro Arquiteto do
Universo. Foi Ele quem planejou, idealizou, e executou todas as coisas. “Os céus
proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”
(Sl 19.1). O Pai arquitetou e planejou o Universo. O Filho executou o projeto, e
Espírito Santo ornamentou o Universo!
CONCLUSÃO: O Deus Todo Poderoso desenhou cada Constelação do seu imenso
Universo, e fez a terra pelo seu poder, estabeleceu o mundo por sua sabedoria, e
com sua inteligência estendeu os céus (Jr 10.12). O nosso Deus é: “O que sozinho
estende os céus e anda sobre os altos do mar; o que faz a Ursa, e o Órion, e o Sete-
-estrelo, e as recâmaras do sul. O que faz coisas grandes, que se não podem esqua­
drinhar, e maravilhas tais que se não podem contar.” (Jó 9.8-10).

ANOTAÇÕES

720 I 15 DE DEZEMBRO
16 DE DEZEMBRO

0 DEUS QUE NOS SARA DAS NOSSAS ENFERMIDADES


S alm o 103.3

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado do Salmo 103 nos revela o salmista com toda a
gratidão da sua alma bendizendo ao Senhor por todos os benefícios recebidos, e nes­
te versículo especifico somos informados que o Deus que servimos é quem perdoa
todas as nossas iniquidades e sara todas as nossas enfermidades. Ao nos perdoar de
todas as nossas iniquidades, Deus sara a nossa alma, e ao nos curar de todas as nos­
sas enfermidades, Deus sara o nosso corpo. Deus é especialista em sarar as doenças
da alma e as doenças do corpo. Vivemos em uma sociedade afetada pelo stress, pela
depressão, pela opressão, pela culpa, e por outros tipos de sintomas de ordem física
e psíquica que afetam tanto o corpo como a alma e o bem estar das pessoas. Entre­
tanto, o nosso Deus nos sara das enfermidades físicas, psicossomáticas, patológicas e
espirituais. É o Senhor quem te sara hoje de todas as tuas enfermidades.

I. DEUS SARA QUANDO ORAMOS A ELE


1. A Bíblia nos revela muitos exemplos em que Deus sarou os doentes atra­
vés das orações dos seus servos: “E, orando Abraão, sarou Deus Abimeleque,
sua mulher e suas servas, de sorte que elas pudessem ter filhos;” (Gn 20.17).
Deus sara qualquer tipo de pessoa quando oramos a Ele, não importa se a pes­
soa é cristã ou não.
2. A Bíblia revela Deus atendendo a oração de Moisés para sarar o povo
das picadas das serpentes, dizendo: “Então, Moisés orou pelo povo. Disse o SE­
NHOR a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será
que todo mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a
pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava
para a de bronze, sarava.” (Nm 21.7-9).
3. A Bíblia revela Deus atendendo a oração do próprio enfermo que chorou
diante Dele, dizendo: “Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao
terceiro dia, subirás à Casa do SENHOR.” (2Rs 20.5). A Palavra de Deus afirma que:
“Ouviu o SENHOR a Ezequias e sarou a alma do povo.” (2Cr 30.20). Deus já havia
atendido a oração de Ezequias quando chorou pedindo a sua cura, e agora atende
novamente o seu pedido de intercessão pela congregação sarando a alma do povo!
4. O próprio Deus prometeu sarar a nossa terra em resposta ao clamor do
seu povo, dizendo: “Se o meu povo, que se chama pelo meu Nome, se humilhar,
e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, Eu ouvirei dos
céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr 7.14). A Bíblia tam­
bém reconhece a enfermidade como uma disciplina de Deus em nossas vidas,
dizendo: “Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina; não desprezes,
pois, a disciplina do Todo-Poderoso. Porque ele faz a ferida e ele mesmo a ata;
ele fere, e as suas mãos curam.” (Jó 5.17-18). O Deus que permite os seus filhos
serem afligidos por alguma enfermidade como disciplina, é o mesmo Deus que
sara as feridas que Ele mesmo permite em nós!
5. Davi revelou como o Senhor lhe sarou das suas enfermidades e o livrou
da sepultura em resposta as suas orações, dizendo: “SENHOR, meu Deus, cla­
mei a ti por socorro, e tu me saraste. SENHOR, da cova fizeste subir a minha
alma; preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura.” (SI 30.2). O
profeta Jeremias também orou por cura, dizendo: “Cura-me, SENHOR, e serei
curado, salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor.” (Jr 17.14).

II. DEUS PROMETEU SARAR O SEU POVO DAS SUAS ENFERMIDADES


1. Deus prometeu sarar o seu povo, dizendo: “Se ouvires atento a voz do SE­
NHOR, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus
mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre
ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o SENHOR, que te sara.” (Êx 15.26).
2. Deus prometeu não só sarar, como também afastar as próprias enfermi­
dades do meio do seu povo, dizendo: “Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele
abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades.”
(Êx 23.25). A Palavra de Deus afirma que: “Enviou-lhes a sua palavra, e os sa­
rou, e os livrou do que lhes era mortal.” (SI 107.20).
3. A Bíblia afirma que o Senhor “sara os de coração quebrantado e lhes pensa
as feridas.” (SI 147.3). O profeta Isaias visualizou a completa obra redentora do
Senhor Jesus Cristo na cruz do calvário e escreveu, dizendo: “Ele foi transpassado
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos
traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras nós fomos sarados” (Is 53.5).
4 .0 mesmo Senhor prometeu sarar o seu povo, dizendo: “Tenho visto os seus
caminhos e os sararei; também o guiarei e lhe tornarei a dar consolação, a saber,
aos que dele choram. Como fruto dos seus lábios criei a paz, paz para os que estão
longe e para os que estão perto, diz o Senhor, e Eu o sararei” (Is 57.18-19).
5. O Senhor também prometeu sarar as chagas do seu povo, dizendo: “Por­
que restaurarei a tua saúde e sararei as tuas chagas, diz o Senhor...” (Jr 30.17). O
Senhor ainda prometeu sarar o seu povo, dizendo: “Eis que lhe trarei a ela saúde
e cura e os sararei; e lhes revelarei abundância de paz e segurança” (Jr 33.6).

CONCLUSÃO: O nosso Deus é quem perdoa todas as nossas iniquidades e sara to­
das as nossas enfermidades. Ele é quem da cova redime a nossa vida e nos coroa de
graça e misericórdia. Ele é quem farta de bens a nossa velhice e renova a nossa moci­
dade e o nosso vigor físico e espiritual como a águia (SI 103.3-5).

722 | 16 DE DEZEMBRO
17 DE DEZEMBRO

0 SENHOR É O PENDÃO DA NOSSA VITÓRIA


Salmo 20.5

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista celebra as vitórias concedidas


pelo Senhor, e prometeu o hasteamento de pendões em Nome do nosso Deus.
Pendão é o substantivo masculino correspondente ao mesmo significado de
bandeira ou estandarte. Auriverde pendão é uma expressão usada para designar
a Bandeira Nacional Brasileira. Esta expressão teve origem no poema intitula­
do “Navio Negreiro” de autoria do grande poeta Castro Alves. Pendão real é
também o título do hino 46 da Harpa Cristã, e indica que Deus deu aos seus
soldados um pendão real para eles carregarem corajosamente. Entretanto, só
conseguimos hastear o estandarte da vitória em Nome do Senhor Jesus Cristo;
pois, Ele é o Pendão da nossa vitória. Ele é a bandeira da nossa vitória. Ele é a
garantia real da nossa vitória (IC o 15.57 e 2Co 2.14)

I. HASTEAREMOS O PENDÃO DA VITÓRIA EM NOME DO SENHOR


1. Os pendões eram peças com mastros de mais de 13 metros de altura,
sendo necessário muita força nos braços para mantê-los erguidos. O Senhor te
dará força para manter hasteado o Pendão da Vitória. Após receber forças para
manter os seus braços levantados na batalha contra os amalequitas, Moisés has­
teou o Pendão da Vitória, dizendo: Ό SENHOR É Minha Bandeira.” (Êx 17.15).
2. O equilíbrio que temos que fazer para mantermos o pendão hasteado
contra o vento contrário é outro desafio que temos para manter o pendão aber­
to. O sábio rei Salomão descreveu a Igreja Vitoriosa marchando com o Pendão
da Vitória, dizendo: “Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa
como a lua, brilhante como o sol, formidável como um exército com bandei­
ras?” (Ct 6.10).
3. Os pendões são estandartes ou bandeiras de grandes dimensões, usados
em cerimônias civis, religiosas e militares. A Palavra de Deus nos manda has­
tearmos o Pendão da Vitória aos povos, dizendo: “Passai, passai pelas portas;
preparai o caminho ao povo; aterrai, aterrai a estrada, limpai-a das pedras; arvo­
rai bandeira aos povos” (Is 62.10). Ninguém conseguirá ficar na frente ou tentar
deter a Noiva de Cristo marchando como um Exército poderoso e arvorando
diante dos povos a Bandeira do Evangelho Vitorioso que Cristo conquistou por
nós na Cruz do Calvário (Rm 1.16).
4. Davi não temeu o gigante Golias e hasteou o Pendão da Vitória em Nome
do Senhor, dizendo: “Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com es­
cudo; eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos
exércitos de Israel, a quem tens afrontado.” (lS m 17.45).
5. A Bíblia revela em quem estava o Pendão da Vitória de Israel, dizendo:
“Pois não foi por sua espada que possuíram a terra, nem foi o seu braço que lhes
deu vitória, e sim a tua destra, e o teu braço, e o fulgor do teu rosto, porque te
agradaste deles. Tu és o meu rei, ó Deus; ordena a vitória de Jacó.” (SI 44.3-4). É
o nosso Deus quem ordena a nossa vitória! (Pv 21.31). É somente no Senhor e
através de seu glorioso Nome que hastearemos o Pendão da Vitória!

II. JESUS CRISTO É 0 PENDÃO DA NOSSA VITÓRIA


1. O profeta Isaías descreveu de forma profética o Senhor Jesus Cristo como
o Pendão dos povos, dizendo: “E acontecerá, naquele dia, que as nações pergun­
tarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso
será glorioso.” (Is 11.10).
2. O profeta Isaías ainda descreveu a unificação de Israel e dos povos que
o nosso Pendão da Vitória irá realizar, dizendo: “E levantará um pendão entre
as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará
desde os quatro confins da terra.” (Is 11.12).
3. A Palavra de Deus ainda descreve o próprio Senhor hasteando o Pendão
da Vitória, dizendo: “Eis que levantarei a mão para as nações e ante os povos
arvorarei a minha bandeira; eles trarão os teus filhos nos braços, e as tuas filhas
serão levadas sobre os ombros” (Is 49.22).
4. A Bíblia descreve o próprio Espírito Santo hasteando o Pendão da Vitória
contra o inimigo das nossas almas, dizendo: “Então, temerão o nome do Senhor
desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol; vindo o inimigo como
uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira”
(Is 59.20).
5. O apóstolo Paulo nos manda hastear com confiança o Pendão da nossa
vitória, dizendo: “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós,
quem será contra nós?” (Rm 8.31). O apóstolo Paulo nos apresenta o Pendão da
nossa Vitória, dizendo: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de
nosso Senhor Jesus Cristo.” (IC o 15.57).

CONCLUSÃO: O sábio Salomão ainda disse: “Torre forte é o nome do SENHOR,


à qual o justo se acolhe e está seguro.” (Pv 18.10). Em Nome do Senhor Jesus Cristo
hastearemos o Pendão da Vitória! “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre
nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do
seu conhecimento.” (2Co 2.14).

724 I 17 DE DEZEMBRO
18 DE DEZEMBRO

0 DEUS QUE SE COMPADECE DE NÓS


S olm o 103.13

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado o salmista nos apresenta um Deus que se


compadece de nós, assim como um pai se compadece dos seus filhos. Enquanto
as demais religiões apresentam um “deus” cruel e sem piedade, os quais exigem
até sacrifícios humanos de crianças para aplacarem a sua ira, o Deus da Bíblia
se mostra como alguém que se move de intima compaixão pelos que o temem.
O Verdadeiro Deus se ira sim contra o erro, o pecado e a injustiça, por causa de
seu caráter justo e santo; porém, sempre se comove de compaixão para com os
penitentes pecadores. Aliás, a Bíblia afirma que a sua ira dura um só momento;
enquanto isso, o seu favor dura a vida inteira (SI 30.4). A compaixão da mãe
pelo filho está também entre os sentimentos mais afetuosos conhecidos pelos
humanos. Mas existe um sentimento infinitamente mais forte do que a com ­
paixão do pai e da compaixão da mãe: a terna compaixão do nosso Deus. Nas
Escrituras, os termos compaixão e misericórdia estão intimamente ligados. O
vocábulo hebraico “racham”, usado para revelar o sentido de “compaixão”, sig­
nifica: “mostrar misericórdia” ou “ter pena”.

I. DEUS É MOVIDO POR COMPAIXÃO E MISERICÓRDIA


1. A Bíblia sempre revela o nosso Deus movido e comovido pela situação
de penúria e desgraça que alguns se encontram. O livro de Juizes nos revela um
dos momentos mais dramáticos da opressão israelita; entretanto, com um simples
gesto de arrependimento do povo moveu as entranhas misericordiosas e com­
passivas do nosso Deus: “E tiraram os deuses alheios do meio de si e serviram ao
SENHOR; então, já não pôde ele reter a sua compaixão por causa da desgraça de
Israel.” (Jz 10.16). Israel já havia abusado da compaixão e misericórdia de Deus no
período dos juizes, à ponto de Deus não querer mais livrá-los dos seus inimigos;
porém, um simples gesto de penitencia por parte dos filhos de Israel foi o suficien­
te para movê-lo de intima compaixão pelos seus reincidentes e rebeldes filhos!
2. O rei Salomão já havia clamado por antecedência pela compaixão divina
pelos que viessem a pecarem, dizendo: “Perdoa o teu povo, que houver pecado
contra ti, todas as suas transgressões que houverem cometido contra ti; e move tu
à compaixão os que os levaram cativos para que se compadeçam deles.” (lR s 8.50).
3. O salmista Davi clamou pela compaixão de Deus, dizendo: “Tem compai­
xão de mim, SENHOR, porque eu me sinto debilitado; sara-me, SENHOR, porque
os meus ossos estão abalados.” (SI 6.2). Davi novamente recorreu a compaixão di­
vina, dizendo: “Volta-te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito.
Alivia-me as tribulações do coração; tira-me das minhas angústias.” (SI 25.16-17).
4. A Bíblia nos revela em vivas cores a compaixão divina pelo seu povo em

725
sua condução na antiguidade, dizendo: “Em toda a angústia deles, foi ele angus­
tiado, e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão,
ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade.” (Is 63.9).
5 .0 Senhor se moveu novamente de compaixão para com o seu povo e pro­
meteu não rejeitar para sempre os filhos dos homens, dizendo: “O Senhor não
rejeitará para sempre; pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão
segundo a grandeza das suas misericórdias; porque não aflige, nem entristece
de bom grado os filhos dos homens.” (Lm 3.31-33).

II. JESUS CRISTO ERA MOVIDO POR COMPAIXÃO E MISERICÓRDIA


1. Se Deus Pai é movido por compaixão e misericórdia, essa compaixão chega
a transbordar na Pessoa de seu Glorioso Filho Jesus Cristo. Mateus nos revelou
Jesus Cristo atendendo ao pedido de compaixão de dois cegos, dizendo: “Partindo
Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão de nós, Filho de
Davi! Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes pergun­
tou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor! Então, lhes
tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé.” (Mt 9.27-29).
2. Mateus ainda descreveu a compaixão de Jesus Cristo pelos aflitos, di­
zendo: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e
exaustas como ovelhas que não têm pastor.” (Mt 9.36). Mateus também revelou
a compaixão de Jesus Cristo pela multidão faminta, dizendo: “E, chamando Je­
sus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias
que permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em je ­
jum, para que não desfaleça pelo caminho.” (Mt 15.32).
3. Após libertar o endemoninhado gadareno, o Senhor Jesus Cristo orde­
nou que ele testemunhasse da compaixão divina, dizendo: “Vai para tua casa,
para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão
de ti.” (Mc 5.19).
4. Marcos ainda revelou o Senhor Jesus Cristo atendendo a solicitação do
cego Bartimeu que clamava por compaixão, dizendo: “Jesus, Filho de Davi, tem
compaixão de mim !” (Mc 10.46-52).
5. O apóstolo Tiago ainda nos revela a compaixão do Senhor, dizendo: “Eis
que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência
de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna mise­
ricórdia e compassivo.” (Tg 5.11).
CONCLUSÃO: Deus é movido por graça, amor, compaixão, bondade e miseri­
córdia! Que possamos também sermos revestidos de compaixão e misericórdia
para com os nossos irmãos! O apóstolo Pedro nos aconselhou, dizendo: “E,
finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os ir­
mãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis,” (lP e 4.8).

726 | 18 DE DEZEMBRO
19 DE DEZEMBRO

0 CARÁTER SANTO DE DEUS


1Pedro 1.14-16

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Pedro utilizou uma referência


da santidade divina do livro de Levítico para expressar para os seus leitores o
caráter santo de Deus. A santidade é um dos atributos morais mais enfáticos de
Deus. Você não vai vê nas Escrituras os serafins proclamando a Onipotência de
Deus; não vê os serafins proclamando a Onipresença de Deus; e não vê os sera­
fins proclamando a Onisciência de Deus; porém, verá os serafins proclamando
dia e noite a Santidade de Deus (Is 6.1-3). Deus nunca exige dos seus filhos
aquilo que Ele não seja. Deus só exige justiça dos seus filhos, por ser Justo; Deus
só exige retidão dos seus filhos por ser Reto; e só exige santidade dos seus filhos
por ser Santo.

I. DEUS EXIGIU SANTIDADE DO SEU POVO NA ANTIGA ALIANÇA


1. O Senhor ordenou que se fizesse uma lâmina de ouro puro para colocar
na testa do sumo-sacerdote com a seguinte gravura: “Santidade ao Senhor” (Êx
28.36). O Senhor exige santidade dos líderes espirituais que ensinam ao povo a
Palavra de Deus!
2. O próprio Deus exigiu santidade dos seus filhos, dizendo: “Eu Sou o Se­
nhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que Eu seja vosso Deus; portan­
to, vos sereis santos, porque Eu Sou Santo” (Lv 11.45).
3. O Senhor exigiu mais uma vez a Moisés a santidade dos filhos de Israel,
dizendo: “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos se­
reis, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, Sou Santo” (Lv 19.2). Deus ainda exigiu
a santidade do seu povo, dizendo: “Portanto, santificai-vos e sede Santos, pois
Eu Sou o Senhor, Vosso Deus” (Lv 20.7). Josué exigiu do povo santidade para o
Senhor fazer maravilhas, dizendo: “Santificai-vos, porque amanhã o SENHOR
fará maravilhas no meio de vós.” (Js 3.5).
4. O rei Davi exigiu santidade dos líderes religiosos para transportarem a
Arca do Senhor, dizendo: “Vós sois os cabeças das famílias dos levitas; santifi­
cai-vos, vós e vossos irmãos, para que façais subir a arca do SENHOR, Deus de
Israel, ao lugar que lhe preparei.” (lC r 15.12).
5. O rei Ezequias também exigiu santidade dos líderes religiosos, dizendo:
“Ouvi-me, ó levitas! Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do SENHOR, Deus
de vossos pais; tirai do santuário a imundícia.” (2Cr 29.5). A Palavra de Deus
exige santidade na Casa do Senhor, dizendo: “À tua Casa convém Santidade,
Senhor, para todo o sempre” (SI 93.5).
II. DEUS EXIGE SANTIDADE DO SEU POVO NA NOVA ALIANÇA
1. O mesmo Deus que exigiu santidade do seu povo na Antiga Aliança é o
mesmo Deus que exige santidade dos seus filhos na Nova Aliança. A Palavra
de Deus afirma que devemos andar “em Santidade e justiça perante Ele, todos
os nossos dias” (Lc 1.75). Jesus Cristo orou para que o Pai santificasse os seus
discípulos pela Palavra da Verdade (Jo 17.17).
2. A Palavra de Deus exige a santidade do nosso corpo, dizendo: “Assim
como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da mal­
dade para a maldade, assim oferecei, agora, vossos membros para servirem a
justiça para a santificação” (Rm 6.19).
3. A Palavra de Deus exige que possamos produzir o fruto da santificação, di­
zendo: “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus,
tende o vosso fruto para a Santificação e, por fim, a Vida eterna” (Rm 6.22).
4. Deus exige o aperfeiçoamento da nossa santidade, dizendo: “Tendo,
ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne
como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (2Co 7.1).
5. O apóstolo Paulo nos revela qual é a perfeita vontade de Deus para as
nossas vidas, dizendo: “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos
abstenhais da prostituição” (lT s 4.3). A Palavra de Deus exige que a santificação
seja uma condição indispensável para vermos ao Senhor, dizendo: “Segui a paz
com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
CONCLUSÃO: A Bíblia nos revela que o nosso Deus é tão puro que os seus
olhos não podem vê o mal (Hc 1.13). Portanto, o caráter do nosso Deus é Puro
e Santo! (ISm 2.2).

ANOTAÇÕES

728 I 19 DE DEZEMBRO
20 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DO DIA DA BONDADE


Salmo 23.6

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o salmista Davi já havia elegido o Senhor


como um bondoso Pastor; e encerrou o Salmo demonstrando a plena certeza que a
Bondade e a Misericórdia do Bom Pastor lhe seguirá todos os dias da sua vida. No
dia 20 de dezembro de cada ano se comemora o Dia da Bondade. Apesar de termos
a necessidade de exercer a bondade para com o nosso próximo todos os dias do ano,
nesta data especial, podemos refletir melhor qual é o pleno significado da bondade
em nossas vidas. A primeira coisa que devemos agradecer é a bondade de Deus para
conosco. Deus é bom para com todos indistintamente. O próprio Jesus Cristo afir­
mou que o nosso Bondoso Pai Celestial faz o seu sol nascer sobre maus e bons, e faz
a sua chuva descer sobre justos e injustos (Mt 5.45). A segunda coisa que devemos
refletir é se estamos praticando a bondade para com o nosso próximo. O apóstolo
Paulo afirma que devemos ser cheios de bondade (Rm 15.14). Em hebraico, utiliza-
-se para “bondade”, entre outros vocábulos, o termo “chesed” (Gn 21.23). O curioso
é que esta palavra está relacionada a “chasad”, que significa “dobrar”, como alguém
que dobra a cabeça em sinal de respeito a um semelhante. Assim vemos que este
fruto se relaciona com a inclinação a ajudar o próximo, respeitando-o como alguém
digno de ser bem tratado e auxiliado. Em grego, a palavra para bondade é “agatho-
sune”, que também pode ser traduzida como “virtude” ou “beneficência”. A origem
desse termo grego é a palavra “agathos”, que significa “bom”.

I. A BONDADE DE DEUS PARA CONOSCO


1. Deus é plenamente Bom, e sua natureza bondosa sempre planejou o bem para
a sua criação: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). O
Senhor fez uma promessa a Moisés, dizendo: “Farei passar toda a minha bondade
diante de ti e te proclamarei o nome do SENHOR; terei misericórdia de quem eu tiver
misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer.” (Êx 33.19).
2. O rei Davi acreditou na bondade divina sobre a terra, e se expressou,
dizendo: “Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes.” (SI
27.13). Davi revela como a terra está cheia da bondade do Senhor, dizendo: “Ele
ama a justiça e o direito; a terra está cheia da bondade do SENHOR.” (SI 33.5).
3. O salmista Davi ainda nos revela como Deus coroa o ano inteiro com a
sua bondade, dizendo: “Coroas o ano da tua bondade; as tuas pegadas destilam
fartura,” (SI 65.11). O Senhor confirmou que sua bondade irá acompanhar o seu
servo Davi, dizendo: “A minha fidelidade e a minha bondade o hão de acom­
panhar, e em meu nome crescerá o seu poder.” (SI 89.24). E, ainda prometeu
jamais retirar dele a sua bondade, dizendo: “Mas jamais retirarei dele a minha
bondade, nem desmentirei a minha fidelidade.” (SI 89.33).
4. A Palavra de Deus declara que o Senhor também usa de bondade para
com os filhos dos homens, dizendo: “Rendam graças ao SENHOR por sua bon­
dade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens!” (SI 107.15). O
apóstolo Paulo também nos revelou em sua Carta aos Efésios como Deus usou
de bondade para conosco através de Cristo Jesus (Ef 2.4-7).

II. A NOSSA BONDADE PARA COM O PRÓXIMO


1. Que Deus é bom não existe nenhuma dúvida em nós; porém, Deus espera de
todos nós que usemos de bondade para com o nosso próximo da mesma bondade
que Ele usa para conosco. O Senhor pediu para exercermos a bondade para com o
nosso próximo, dizendo: “Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e misericórdia,
cada um a seu irmão; não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o po­
bre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu próximo.” (Zc 7.9-10).
2. Jonatas fez uma aliança de bondade com Davi e lhe implorou, dizendo:
“Se eu, então, ainda viver, porventura, não usarás para comigo da bondade do
SENHOR, para que não morra? Nem tampouco cortarás jamais da minha casa
a tua bondade; nem ainda quando o SENHOR desarraigar da terra todos os
inimigos de Davi.” (ISm 20.14-15).
3. Davi cumpriu na risca a aliança feita com Jonatas, e assim que se forta­
leceu no trono de Israel usou de bondade para com o seu amigo Jonatas (2Sm
9.3-7). O apóstolo Paulo acreditava que os cristãos romanos estavam possuí­
dos de bondade, dizendo: “E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso
respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento,
aptos para vos admoestardes uns aos outros.” (Rm 15.14).
4. O apóstolo Paulo classificou a bondade como um dos gomos do Fruto do
Espírito, dizendo: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” (G1 5.22). O apóstolo Paulo
nos aconselhou a sermos também revestidos de bondade, dizendo: “Revesti-
-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de miseri­
córdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.” (Cl 3.12).

CONCLUSÃO: Que possamos agradecer ao Senhor a cada dia pela sua bondade
para conosco, e usar também de bondade para com o nosso próximo. O Senhor pro­
meteu nos saciar com a sua bondade, dizendo: “Saciarei de gordura a alma dos sa­
cerdotes, e o meu povo se fartará com a minha bondade, diz o SENHOR.” (Jr 31.14)

730 | 20 DE DEZEMBRO
21 DE DEZEMBRO

A FIDELIDADE DE DEUS É INVIOLÁVEL


Salmo 89.33-34
INTRODUÇÃO: O Salmo 89 é o um dos Salmos que mais exaltam a fidelidade di­
vina para com Davi. Mesmo Davi tendo falhado e pecado contra Deus, o Senhor
Deus prometeu manter tudo o que os seus lábios proferiram em sua incondi­
cional aliança com Davi. A fidelidade de Deus é inviolável. Quando Deus assina
um acordo conosco ou faz uma aliança, ainda que não cumpramos as cláusulas
do contrato, Deus cumpre todas as cláusulas que cabe a Ele. A Palavra de Deus
é muito clara em dizer: “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-
-se a si mesmo.” (2Tm 2.13). Deus é absolutamente fiel. Quando Davi fracassou,
talvez todos os seus inimigos achavam que os termos da aliança de Deus com
Davi seriam quebrados; ou utilizando uma linguagem moderna: “o caldo havia
entornado” ou “o leite havia derramado”. Porém, o Senhor Deus deixou bem re­
gistrado em sua Palavra a inviolabilidade de sua aliança com Davi, dizendo: “Não
quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei
por minha santidade (não mentirei a Davi).” (SI 89.34-35). Glórias ao Deus Fiel!
I. DEUS NÃO QUEBRA ALIANÇAS POR CAUSA DE SUA INVIOLÁVEL FIDELIDADE
1. Deus nunca quebra alianças. É o homem quem quebra a sua aliança com
Deus. Na aliança entre Deus e Adão, o casal entrou em acordo de não comerem
do fruto proibido (Gn 2.16-17). Porém, o casal quebrou a aliança com Deus co­
mendo do fruto proibido (Gn 3.1-8). Porém, o Deus Fiel manteve a sua aliança
com a raça humana através do “DESCENDENTE” da Mulher que haveria de
esmagar a cabeça da “serpente” (Gn 3.15; G1 4.4-5; Hb 2.14; Ap 1.17-18). Deus
entrou em aliança com Noé e seus descendentes de que o Arco nas nuvens seria
a sua assinatura do acordo de não destruir mais a terra com água (Gn 9.12-17).
Mesmo os descendentes de Noé terem fracassado e até feito oposição a Deus
(Gn 11.1-9), até hoje o Arco de Deus aparece nas nuvens como sinal de sua in­
violável fidelidade para com os descendentes de Noé que somos nós!
2. Deus entrou em aliança com Abraão e Sara de que lhes daria um filho e
por meio de sua descendência abençoaria todas as famílias da terra (Gn 12.1-3).
Entretanto, Abraão e Sara falharam quando arrumaram um filho com a escrava
egípcia Hagar (Gn 16.1-16). Todavia, Deus manteve sua fidelidade inviolável
dando um legitimo filho a Abraão e Sara (Gn 17.1-19 e Gn 21.1-3).
3. Deus entrou em aliança com Israel no Monte Sinai e o povo anuiu ao
Livro da Aliança, dizendo: “Tudo o que falou o SENHOR faremos e obedece­
remos.” (Êx 24.7-8). Porém, antes mesmo de Moisés descer do monte com as
Tábuas da Aliança, o povo já estava embaixo quebrando o acordo que haviam
assumido com Deus, adorando um bezerro de ouro (Êx 32.1-35). Todavia, Deus
manteve inviolável a sua fidelidade, e ainda escreveu novamente suas palavras
em novas tábuas que substituíram as tábuas quebradas (Êx 34.1).
4. Deus entrou em aliança com Davi de que edificaria para sempre a sua
casa e estabelecería uma dinastia eterna através dos seus descendentes numa
clara alusão ao Messias que descendería de sua linhagem (2Sm 7.12-17). Porém,
Davi cometeu um grave pecado contra Deus em seu adultério com Bate-Seba
acompanhado do assassinato de Urias, o marido dela, sendo passível de morte
caso possível fosse aplicada a pena capital da Lei Mosaica (Lv 20.10 e 2Sm 11.1-
27). Todavia, Deus manteve inviolável a sua fidelidade à aliança feita com Davi
perdoando-lhe o seu pecado, suspendendo-lhe a pena capital (2Sm 12.13), e
ainda manteve todos os acordos firmados com Davi (SI 89.20-35).
5. O profeta Miquéias descreveu a disposição de Deus de ainda continuar
mostrando aos Patriarcas a sua inviolável fidelidade, dizendo: “Mostrará a Jacó
a Fidelidade e a Abraão, a Misericórdia, as quais juraste a nossos pais, desde os
dias antigos” (Mq 7.20). O apóstolo Paulo também escreveu que: Nem a incre­
dulidade dos Judeus, poderá desfazer a Fidelidade de Deus (Rm 3.3). Portanto,
a Fidelidade de Deus é inquebrável e inviolável!
II. UM DEUS ABSOLUTAMENTE FIEL
1. A Bíblia declara de forma absoluta que Deus é Fiel. Moisés escreveu com todas
as letras a inviolável, absoluta e extensiva fidehdade de Deus, dizendo: “Saberás, pois,
que o SENFIOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia
até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos;” (Dt 7.9).
2. Moisés ainda descreveu Deus como a própria Fidehdade em Pessoa, di­
zendo: “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos
são juízo; Deus é Fidehdade, e não há Nele injustiça; é Justo e Reto” (Dt 32.4).
3. O salmista descreveu a própria imensidão e altura da fidehdade de Deus,
dizendo: “A tua misericórdia, SENHOR, está nos céus, e a tua fidehdade chega
até às mais excelsas nuvens.” (SI 36.5). O salmista ainda descreveu a extensão da
absoluta fidehdade de Deus, dizendo: “Porque o Senhor é Bom, a sua Miseri­
córdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua Fidehdade” (SI 100.2).
4. O profeta Jeremias também descreveu a grandeza da absoluta fidehdade
de Deus, dizendo: “As Misericórdias do Senhor são a causa de não sermos con­
sumidos, porque as suas Misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã.
Grande é a tua Fidehdade” (Lm 3.22-23).
5. O apóstolo Paulo descreveu a absoluta Fidehdade de Deus em nos cha­
mar para a comunhão com o seu Filho Jesus Cristo, dizendo: “Fiel é Deus, pelo
qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”
(1 Co 1.9). A Palavra de Deus ainda descreve a absoluta Fidehdade de Deus para
conosco, dizendo: “Se somos infiéis, Ele permanece Fiel, pois de maneira ne­
nhuma pode negar-se a si mesmo” (2Tm 2.13).
CONCLUSÃO: A Fidehdade do Nosso Deus é inquebrável, irrevogável e invio­
lável. Entretanto, devemos nos esforçar para não vacilarmos, pois, abusar da
graça e da fidehdade de Deus é profanar o sangue da aliança e ultrajar o Espírito
da Graça (Hb 10.26-29). Portanto: “Guardemos firme a confissão da esperança,
sem vacilar, pois quem fez a promessa é Fiel” (Hb 10.23).

732 | 21 DE DEZEMBRO
22 DE DEZEMBRO

DEUS DOS DEUSES E SENHOR DOS SENHORES


Deuteronômio 10.17

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado descreve com muita maestria e autoridade


cinco dimensões imensuráveis do Deus que a Bíblia nos apresenta. Ele é o Deus
dos deuses, o Senhor dos senhores, o Deus Grande, o Poderoso, e o Temível.
Nestas cinco dimensões que Moisés descreveu o Deus de Israel o torna Único,
Inigualável, Incomparável, e exclui qualquer outra divindade que possa se asse­
melhar com o Deus que se revelou ao povo Hebreu. É importante salientar que
quando a Bíblia descreve o Deus de Israel como o Deus dos deuses, não está ad­
mitindo que exista outra divindade real, mesmo que seja inferior ao Deus Cria­
dor do Universo, mas apenas reconhecendo que outras nações pagãs elegeram
ídolos imaginários como seus deuses. Pois, o ensino geral das Escrituras é que
só existe, sempre existiu, e sempre existirá uma Única Divindade (Dt 32.39).

I. O DEUS DOS DEUSES


1. Na qualidade de Deus dos deuses, o Deus que se revelou a Moisés como
o Grande Eu Sou, está acima de todas as supostas divindades pagãs das nações
e culturas existentes no mundo (Êx 3.14). Como Deus dos deuses, o Deus de
Israel está acima de Marduc, o “deus” maior do panteão babilônico, acima de
Atom, o “deus” maior do panteão egípcio, acima de Baal, o “deus” maior do pan­
teão fenício e cananeu, acima de Dagom, o “deus” adorado pelos filisteus, aci­
ma de Moloque, o “deus” adorado pelos amonitas, acima de Quemos, o “deus”
adorado pelos moabitas, acima de Rimom, o “deus” adorado pelos sírios, acima
de Nisroque, o “deus” adorado pelos assírios, acima de Zeus, o “deus” maior do
panteão grego, acima de Júpter, o “deus” maior do panteão romano, e acima de
qualquer outra divindade pagã.
2. O salmista ordena que rendamos graças ao Deus dos deuses, dizendo:
“Rendei graças ao Deus dos deuses, porque a sua misericórdia dura para sem­
pre.” (SI 136.2). O próprio rei Nabucodonozor que venerava todo o panteão de
deuses babilônicos teve que admitir o Deus Hebreu como o maior de todos os
deuses, dizendo: “Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos
reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério.” (Dn 2.47).
3. A Bíblia descreve o Senhor Deus acima não só das supostas divindades
pagãs das nações, como também acima dos seres celestiais, dizendo: “Pois quem
nos céus é comparável ao SENHOR? Entre os seres celestiais, quem é seme­
lhante ao SENHOR? Deus é sobremodo tremendo na assembléia dos santos e
temível sobre todos os que o rodeiam.” (SI 89.6-7). O salmista ainda escreveu,
dizendo: “Porque grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, temível mais
que todos os deuses.” (SI 96.4).
II. 0 SENHOR DOS SENHORES
1 .0 Deus que se revelou a Moisés na sarça ardente e tirou a Israel do Egito é
também o Senhor dos senhores. O termo “senhor” com letra minúscula é usado
como tratamento dado a alguém que ocupava uma posição superior hierarqui­
camente em função do cargo, ou possuidor de servos nascidos em casa, ou ser­
vos comprados por dinheiro. Entretanto, o termo “Senhor” com letra maiúscula
é título com prerrogativa exclusiva do Soberano do Universo. O credo judaico
se resume exatamente nisso: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único
SENHOR.” (Dt 6.4).
2. O salmista ordena que rendamos graças ao Senhor dos senhores, dizen­
do: “Rendei graças ao Senhor dos senhores, porque a sua misericórdia dura
para sempre;” (SI 136.3). O apóstolo Paulo também revela a Timóteo quem é
este Senhor dos senhores, dizendo: “que guardes o mandato imaculado, irre­
preensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo; a qual, em suas
épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei
dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita
em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele
honra e poder eterno. Amém!” (lT m 6.14-16).
3. O apóstolo João nos revela quem é o Senhor dos senhores, dizendo: “Pe­
lejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos
senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se
acham com ele.” (Ap 17.14). O apóstolo João ainda teve a visão da manifestação
triunfal do Senhor dos senhores, dizendo: “Tem no seu manto e na sua coxa um
nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.” (Ap 19.16).

III. 0 DEUS GRANDE


1. O Deus de Israel é superlativamente Grande. Ele é um Deus tão Grande,
que sua grandeza é insondável. O salmista descreveu a grandeza insondável do
Deus dos Hebreus, dizendo: “Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado;
a sua grandeza é insondável.” (SI 145.3).
2. Moisés declarou ao povo de Israel que quem tem um Deus Grande como
o nosso não pode temer nenhum adversário, dizendo: “Não te espantes diante
deles, porque o SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, Deus grande e temível.”
(Dt 7.21). O salmista desafiou qualquer outra divindade, dizendo: “Que deus é
tão grande como o nosso Deus?” (SI 77.13).
3. O profeta Jeremias também descreveu esse Deus Grande, dizendo: “Nin­
guém há semelhante a ti, ó SENHOR; tu és grande, e grande é o poder do teu
nome.” (Jr 10.6). O salmista ainda nos orientou a louvarmos ao Senhor pela sua
muita grandeza, dizendo: “Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o con­
soante a sua muita grandeza.” (SI 150.2).

IV. PODEROSO
1. Uma pessoa poderosa é alguém que tem muito poder em suas mãos.

734 | 22 DE DEZEMBRO
Entretanto, o nosso Deus é ainda mais do que Poderoso, Ele é o Deus Todo
Poderoso. Ele mesmo se identificou a Abraão, dizendo: “Eu sou o Deus Todo-
-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.” (Gn 17.1).
2. O Patriarca Jacó já havia abençoado seu filho José através desta Divinda­
de Poderosa, dizendo: “0 seu arco, porém, permanece firme, e os seus braços
são feitos ativos pelas mãos do Poderoso de Jacó, sim, pelo Pastor e pela Pedra
de Israel, pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual
te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos das profundezas, com
bênçãos dos seios e da madre...” (Gn 49.24-26).
3. O salmista Davi também nos revelou quem é esse Poderoso Deus, di­
zendo: “Quem é o Rei da Glória? O SENHOR, forte e poderoso, o SENHOR,
poderoso nas batalhas.” (SI 24.8). O apóstolo Paulo ainda nos revelou a capaci­
dade infinita desse Poderoso Deus fazer coisas grandes, dizendo: “Ora, àquele
que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou
pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja
e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Ef 3.20).

V. TEMÍVEL
1. Uma pessoa temível é alguém que impõe respeito não só pelo poder que
possui, como também pela autoridade moral que exerce. O nosso Deus é Temí­
vel tanto pelo seu imensurável poder, como também pela sua pureza e santidade
(Is 6.1-8). Só a presença de Deus no lugar já causa temor nas pessoas. O próprio
Jacó teve esta sensação após a visão da grande escada celestial, dizendo: “Na
verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia. E, temendo, disse: Quão
temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus.” (Gn 28.16-17).
2. Moisés revela o Deus Temível que impõe temor em todos os inimigos de
Israel, dizendo: “Não te espantes diante deles, porque o SENHOR, teu Deus, está
no meio de ti, Deus grande e temível.” (Dt 7.21).
3. A Bíblia revela que, além de ser Temível, Deus fez até o rei Davi também
temível pelos seus inimigos, dizendo: “Assim se espalhou o renome de Davi por
todas aquelas terras; pois o SENHOR o fez temível a todas aquelas gentes.” (lC r
14.17). Davi devolveu a honra ao único Deus Temível, dizendo: “Porque grande
é o SENHOR e mui digno de ser louvado, temível mais do que todos os deuses.”
(lC r 16.25).
CONCLUSÃO: O Nosso Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos senhores, o
Rei dos reis, o Grande Deus, o Poderoso Deus, e o Temível Deus. Não temas! Se
aquiete, porque Ele é Deus! Neemias encorajou o povo contra os seus inimigos
pelo Deus Temível, dizendo: “Não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e
temível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossa mulher
e vossa casa.” (Ne 4.14).
23 DE DEZEMBRO

NÃO HÁ OUTRO SEMELHANTE A DEUS


Deuteronômio 33.26

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o grande monoteísta Moisés deixa bem cla­
ro para os filhos de Israel que não há outro semelhante a Deus. Israel foi uma
nação que se formou no meio do politeísmo egípcio, onde se adorava diversos
deuses, e acreditavam existir um “deus” para cada situação da vida. Essa ideia
foi passando para os demais povos pagãos, já era assim na Babilônia, na Grécia,
em Roma, e ainda hoje existe esta falsa ideia em muitas nações. Infelizmente, até
numa parte do Cristianismo se acredita que haja um tipo de “santo” para cada
situação da vida, o que não deixa de ser uma reprodução disfarçada do que acon­
tece no paganismo. Entretanto, a Bíblia deixa muito claro em suas páginas sagra­
das que não há outro deus além do nosso Deus. Em vez de pedir a São Judas, o
“santo das causas impossíveis”, porque não pedir diretamente ao Deus que faz o
impossível? (Mt 19.26); em vez de pedir a “santo” Expedito, o “santo das causas
urgentes”, porque não pedir ao Pai em Nome de Jesus Cristo? (Jo 14.13-14). Não
precisamos de “santos” intermediários e nem muito menos de “divindades” me­
nores para conseguir as coisas, se já temos Jesus Cristo, o Único Mediador entre
Deus e o homem (lT m 2.5).

I. NÃO HÁ OUTRO DEUS


1. A Bíblia mostra muitas referências de que não há outro Deus. Ana ex­
pressou sua fé monoteísta, dizendo: “Não há santo como o SENHOR; porque
não há outro além de ti; e Rocha não há, nenhuma, como o nosso Deus.” (ISm
2 . 2 ).
2. Davi também declarou que não há outro, dizendo: “Portanto, grandíssi­
mo és, ó SENHOR Deus, porque não há semelhante a ti, e não há outro Deus
além de ti, segundo tudo o que nós mesmos temos ouvido.” (2Sm 7.22).
3. O sábio Salomão declarou que não há outro deus, dizendo: “Para que
todos os povos da terra saibam que o SENHOR é Deus e que não há outro.” (lR s
8.60). O salmista Asafe declarou que não há outro deus, dizendo: “Quem mais
tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.” (SI 73.25).
4. O próprio Deus de Israel se identificou como único, dizendo: “Eu sou o
SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não
me conheces. Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de
mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro.” (Is 45.5-6). O Senhor nova­
mente declarou, dizendo: “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu
sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim;” (Is 46.9).
5. O próprio Imperador pagão da Babilônia reconheceu que não há outro
deus, dizendo: “Portanto, faço um decreto pelo qual todo povo, nação e língua

736 I 23 DE DEZEMBRO
que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja
despedaçado, e as suas casas sejam feitas em monturo; porque não há outro
deus que possa livrar como este.” (Dn 3.29).

II. SÓ EXISTE UM ÚNICO DEUS


1. As páginas da Bíblia estão permeadas de referências em que só existe um
Único Deus. Moisés proclamou o Único Deus a Israel, dizendo: “Ouve, Israel, o
SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.” (Dt 6.4). O salmista declarou que
Deus é o Único que opera maravilhas, dizendo: “Ao único que opera grandes
maravilhas, porque a sua misericórdia dura para sempre;” (SI 136.4).
2. Salomão ainda declarou que Deus é o Único Pastor, dizendo: “As palavras
dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados as sentenças coligi-
das, dadas pelo único Pastor.” (Ec 12.11).
3. Jesus Cristo também declarou que o principal mandamento da Bíblia é
o que proclama Deus como Único, dizendo: “Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso
Deus, é o único Senhor!” (Mc 12.29). Jesus Cristo ainda declarou que a vida
eterna consiste em acreditarmos que há um Único Deus, dizendo: “E a vida
eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a
quem enviaste.” (Jo 17.3).
4. O apóstolo Paulo glorificou ao Único Deus, dizendo: “Ao Deus único
e sábio seja dada glória, por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos.
Amém!” (IC o 16.27).
5. O apóstolo Paulo ainda declarou Deus como Único Soberano e Único que
possui a imortalidade, dizendo: “A qual, em suas épocas determinadas, há de ser
revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o úni­
co que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum
jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!” (lTm 6.15-16).

CONCLUSÃO: Não há outro deus além do nosso Deus. Deus é Único, e quando se
diz Único, se exclui naturalmente qualquer outro. Israel foi tentado por várias vezes
a abandonar o Único Deus, e sofreu quase a sua eliminação de debaixo dos céus, se
não fosse a aliança incondicional, irrevogável e irretratável feita com os patriarcas
(2Rs 13.23). O apóstolo Judas escreveu uma das mais lindas doxologias sobre o Úni­
co Deus, dizendo: “Ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor
nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por
todos os séculos. Amém!” (Jd 1.25)
24 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DE MANASSES E EFRAIM


Gênesis 41.51-52

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento que nasceu os dois
filhos de José: Manassés e Efraim, e como cada filho que nasceu lhe trouxe im ­
portantes lições espirituais. Quando Manassés nasceu, José disse: “Deus me fez
esquecer de todo o meu trabalho e de toda a casa de meu pai”; e, quando Efraim
nasceu, José disse: “Deus me fez crescer na terra da minha aflição” Manassés
significa: “Esquecimento” ou “O que me faz esquecer”, e Efraim, significa “Fru­
tífero” ou “Duplamente Frutífero”. Porém, José sempre colocou Deus na frente:
Deus me fez esquecer, e Deus me fez crescer. Com o nascimento de Manassés,
Deus fez José esquecer do seu sofrimento; e com o nascimento de Efraim, Deus
fez José prosperar na terra da sua aflição. O Deus que servimos é especialista
em transformar o mal em bem, e em converter maldição em benção. Os irmãos
de José venderam ele como escravo para o Egito desejando seu mal e sua mal­
dição; porém, o Deus de José transformou todas as coisas desfavoráveis a José
em bênçãos e prosperidade.

I. MANASSÉS - DEUS ME FEZ ESQUECER DA AFLIÇÃO


1. A palavra de Deus é muito clara em dizer que os filhos são herança do
Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão (SI 127.3). Manassés e Efraim foram
dois galardões que Deus deu a José no Egito para consolá-lo de todo o sofrimen­
to que ele havia passado em terra estranha longe da casa de seu querido pai Jacó.
2. Quando seu filho primogênito Manassés nasceu, José exclamou, dizen­
do: “Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho e de toda a casa de meu pai”.
Deus fez José esquecer da maldade que seus irmãos fizeram com ele, Deus fez
José esquecer da calúnia que a mulher de Potifar lhe fez, Deus fez José esquecer
do tempo de sofrimento na prisão, Deus fez José esquecer de todas as injustiças
sofridas.
3. O salmista aconselhou a Noiva esquecer da casa de seu pai e desfrutar do
conforto que o Noivo lhe oferece, dizendo: “Ouve, filha, e olha, e inclina teus
ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa de teu pai.” (SI 45.10). Às vezes preci­
samos tirar o olho do retrovisor e olhar para frente!
4. O profeta Jeremias disse: “Quero trazer à memória o que me pode dar
esperança” (Lm 3.21). É preciso esquecermos das coisas que nos trazem más
recordações, e recordar somente de coisas boas que nos pode trazer esperança.
5. O apóstolo Paulo também escreveu, dizendo: “Irmãos, quanto a mim,
não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das
coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo
para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp

738 | 24 DE DEZEMBRO
3.13). Como diz um velho ditado: “Quem vive de passado é museu”. Precisamos
esquecer das coisas que para traz ficam e prosseguir para o nosso alvo maior
que é Jesus Cristo (Hb 12.2).

II. EFRAIM - DEUS ME FEZ CRESCER NA AFLIÇÃO


1. Quando Efraim nasceu, José exclamou, dizendo: “Deus me fez crescer
na terra da minha aflição” (Gn 41.52). Numa outra tradução diz: “Deus me fez
próspero na terra da minha aflição” José aprendeu crescer na terra da sua afli­
ção, e saiu mais forte ainda do que antes. Precisamos aprender a lição e sairmos
mais forte de cada situação difícil que enfrentamos!
2. Após enfrentar um período de escassez, inveja e perseguição dos filisteus,
Isaque cresceu mais ainda na terra de sua aflição, e a Bíblia mostra a sua prospe­
ridade, dizendo: “Semeou Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento
por um, porque o SENHOR o abençoava. Enriqueceu-se o homem, prosperou,
ficou riquíssimo;” (Gn 26.12-13).
3. A Palavra de Deus afirma que após os filisteus se apropriarem indevi­
damente de alguns poços de Isaque: “Partindo dali, cavou ainda outro poço; e,
como por esse não contenderam, chamou-lhe Reobote e disse: Porque agora
nos deu lugar o SENHOR, e prosperaremos na terra.” (Gn 26.22).
4. A Palavra de Deus afirma que: “Contudo, o justo segue o seu caminho,
e o puro de mãos cresce mais e mais em força.” (Jó 17.9). Devemos como José
prosseguir o nosso caminho crescendo mais e mais em força e prosperando na
terra da nossa aflição!
5. A Palavra de Deus afirma que: “O justo florescerá como a palmeira; cres­
cerá como o cedro no Líbano. Os que estão plantados na Casa do SENHOR flo­
rescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos
e florescentes, para anunciarem que o SENHOR é reto; ele é a minha rocha, e
nele não há injustiça.” (SI 92.12-15).
CONCLUSÃO: Deus deu a José Manassés para ele esquecer do seu sofrimento,
e lhe deu Efraim para ele crescer e prosperar na terra da sua aflição. É no lugar
que fomos afligidos e humilhados que Deus quer nos abençoar, nos exaltar e
nos fazer prosperar!

ANOTAÇÕES
25 DE DEZEMBRO

LIÇÕES ESPIRITUAIS DO NATAL


Lucos 2.11

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que o anjo do Se­
nhor anunciou com alegria e entusiasmo o Nascimento de Jesus Cristo - O Sal­
vador do mundo. O “Natal” celebra o nascimento de Cristo em todo o mundo.
Para alguns historiadores, a data comemorada deveria ser no dia 14 de abril e
não no dia 25 de dezembro. Entretanto, o foco não está em qual dia, ou em qual
mês; mas sim, no Aniversariante. O Natal é a Festa mais importante do Calen­
dário Mundial, principalmente, o Calendário Ocidental. O Natal é a “Festa das
Luzes”, bilhões de lâmpadas são acesas no mundo inteiro iluminando as casas,
as ruas, as avenidas, e os shopping centers das cidades. Tudo isso combina com
Jesus Cristo, a Verdadeira Luz que ilumina a todo homem (Jo 1.9).

I. A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DO NATAL


1. Na velha Roma, o dia 25 de dezembro era o “ies natalis invicti”, o dia do
nascimento do invicto. Era uma comemoração do solstício, ou seja, do nasci­
mento do “sol”. O dia 25 de dezembro, como Dia de Natal, é mencionado pela
primeira vez no ano 354 d.C. Porém, a comemoração foi transferida para se
lembrar mundialmente do nascimento de Jesus Cristo, o “Sol da Justiça” (Ml
4.2) que nasceu sobre nossas vidas (Lc 1.78-79).
2. Segundo informações de alguns historiadores, no século III, em alguns
círculos da Igreja Cristã, se comemoravam o aniversário natalício de Jesus Cris­
to dia 6 de janeiro. Porém, depois entenderam que esta data se referia ao seu
batismo e não ao seu nascimento. Ainda segundo historiadores judeus, os cor­
deiros selecionados para o sacrifício da Páscoa eram postos a pastar nos campos
que circundavam Belém. Estes animais nascidos aos 14 de Nisã (abril), à tarde,
eram selecionados, para que, um ano depois o cordeiro fosse morto, exatamen­
te, no dia do seu aniversário, para se cumprir a exigência do cordeiro pascal (Êx
12.6). Sendo assim, pela providência de Deus, foi concedido àqueles pastores
que circundavam Belém na noite do nascimento de Cristo, estarem presentes
no nascimento do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
3. Com base nestas informações, os estudiosos concordam que Nosso Se­
nhor Jesus Cristo tenha nascido no dia 14 de Nisã (abril) do ano “zero” da vira­
da do milênio que iniciava a era Cristã. Porém, o mais importante é comemorar
este momento tão especial; e, no nosso caso dia 25 de dezembro de cada ano.
4. Embora o mundo empresarial tenha explorado mais o lado comercial
desta data do que o religioso; cabe a nós os Cristãos mostrar ao mundo o ver­
dadeiro sentido do Natal. O comércio valoriza mais a figura do “papai Noel”,
do que o Menino Jesus. Todavia, o Cristão deve exaltar nesta data à Pessoa de
Cristo - O Salvador do mundo, o Emanuel - O Deus Conosco! (Mt 1.18-23).

740 | 25 DE DEZEMBRO
5. A postura dos Cristãos nesta data deve ser a mesma que o Anjo do Se­
nhor comunicou aos pastores de Belém: “Não temais, porque eis aqui vos trago
novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos
nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. (Lc 2.10-11). Portanto, o Natal
celebra a Jesus Cristo, o Salvador, e não o Papai Noel.
II. A IMPORTÂNCIA DO NATAL PARA O MUNDO CRISTÃO
1. No Natal, todas as pessoas ficam mais solidárias e generosas. Esse “espí­
rito natalino” combina com a generosidade de Jesus Cristo para com todas as
pessoas. A própria prática de se distribuir presentes e receber presentes tem sua
origem na visita que os Magos fizeram ao Menino Jesus, lhe dando três tipos de
presentes: Ouro, Incenso e Mirra (Mt 2.11). O Ouro simbolizava a sua Glória
e Realeza; o Incenso simbolizava a sua Divindade; e a Mirra simbolizava o seu
sofrimento por todos os pecadores.
2. Portanto, o Natal celebra o Nascimento de Cristo, o Salvador do Mundo, a
Luz do Mundo, e a Paz que o mundo precisa. “Glória a Deus nas maiores alturas,
e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lc 2.14). O profeta Isaías
havia previsto o nascimento miraculoso de Jesus Cristo através de uma virgem,
dizendo: “Portanto, o Senhor mesmo lhes dará um sinal: eis que a virgem con­
ceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel.” (Is 7.14). “Emanuel” quer
dizer: “Deus Conosco”. O nascimento de Jesus Cristo marcou a chegada da pre­
sença do próprio Deus em Pessoa no seio da humanidade (Mt 1.18-23).
3. O profeta Messiânico ainda mencionou os títulos divinos do Menino-
-Deus, o Emanuel, dizendo: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos
deu. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: “Maravilhoso
Conselheiro”, “Deus Forte”, “Pai da Eternidade”, “Príncipe da Paz” (Is 9.6).
4. O profeta Miquéias já havia profetizado o exato local do nascimento de
Jesus Cristo, o Emanuel, dizendo: “E você, Belém-Efrata, que é pequena demais
para figurar como grupo de milhares de Judá, de você me sairá aquele que há de
reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade.” (Mq 5.2).
5. O anjo do Senhor foi muito claro em revelar o exato local que Cristo
nasceu, dizendo: “Não tenham medo! Estou aqui para lhes trazer boa-nova de
grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje, na cidade de Davi, lhes
nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10-11). A cidade de Davi, todo o
mundo sabe que é Belém (ISm 16.18). Além, de revelar que Jesus Cristo nasceu
em Belém, o anjo do Senhor ainda nos trouxe três revelações acerca do Menino
Jesus que havia acabado de nascer: I a- Ele é o Salvador (Veio salvar o mundo);
2a- Ele é o Cristo (O Messias de Israel); e, 3a- Ele é o Senhor (YHAWEH - O
Senhor do Universo!).
CONCLUSÃO: Celebremos, pois, esta bonita festa com muita Paz, Alegria,
Amor, Fraternidade, Luz, e Generosidade para com os menos favorecidos. E,
não esqueçamos que Jesus Cristo é o Verdadeiro sentido do Natal. Ele é o m o­
tivo maior da nossa Alegria.
26 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DO DIA DA LEMBRANÇA


Jeremias 2.2

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o Senhor afirma que se lembrava do povo


de Israel desde que eles eram uma nação jovem em formação e que seguia ao
Senhor no deserto. Em certo sentido, Jerusalém representava a totalidade do
povo de Deus em várias partes das Escrituras; daí o fato do Senhor ordenar ao
profeta Jeremias que revelasse aos ouvidos de Jerusalém que o Senhor guardava
uma boa lembrança de como Israel lhe seguia por amor mesmo na escassez do
deserto. Deus se lembra de todas as nossas atitudes para com ele. No dia 26 de
dezembro de cada ano se comemora o Dia da Lembrança. A lembrança pode
ser definida como a recordação de fatos passados que se conserva na memória.
O termo “lembrar” no hebraico é “zakar”, que significa “recordar” ou “trazer a
memória”. As Escrituras Sagradas não só revelam que o nosso Deus possui lem­
branças, como também nos ensina sobre várias coisas que devemos nos lembrar.

I. AS LEMBRANÇAS DE DEUS NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia nos mostra Deus se lembrando de pessoas e de pactos e alianças
feitas com os homens e o seu povo nas Escrituras: “Lembrou-se Deus de Noé
e de todos os animais selváticos e de todos os animais domésticos que com ele
estavam na arca; Deus fez soprar um vento sobre a terra, e baixaram as águas.”
(Gn 8.1).
2. A Palavra de Deus afirma que: “Ao tempo que destruía as cidades da
campina, lembrou-se Deus de Abraão e tirou a Ló do meio das ruínas, quando
subverteu as cidades em que Ló habitara.” (Gn 19.29).
3. A Palavra de Deus também afirma que: “Lembrou-se Deus de Raquel,
ouviu-a e a fez fecunda.” (Gn 30.22). Moisés ainda escreveu que: “Ouvindo Deus
o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó.”
(Êx 2.23).
4. O salmista ainda afirmou que Deus “Lembrou-se da sua misericórdia e
da sua fidelidade para com a casa de Israel; todos os confins da terra viram a
salvação do nosso Deus.” (Sl 98.3). O próprio Senhor prometeu se lembrar da
sua aliança com o seu povo, dizendo: “Mas eu me lembrarei da aliança que fiz
contigo nos dias da tua mocidade e estabelecerei contigo uma aliança eterna.”
(Ez 16.60).

II. AS LEMBRANÇAS QUE O HOMEM DEVE TER NAS ESCRITURAS


1. A Palavra de Deus nos aconselha lembrarmos de várias coisas impor­
tantes para o nosso próprio bem. Moisés ordenou aos filhos de Israel, dizendo:
“Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão;

742 | 26 DE DEZEMBRO
pois com mão forte o SENHOR vos tirou de lá; portanto, não comereis pão
levedado.” (Êx 13.3). Israel é aconselhado a lembrar-se do dia de sua libertação
da escravidão do Egito. Da mesma forma, Jesus Cristo estabeleceu o memorial
da Santa Ceia para que sempre possamos nos recordar de sua obra redentora
na Cruz do Calvário para nos redimir dos nossos pecados (Lc 22.19-20 e 1 Co
11.23-26).
2. Moisés escreveu que devemos nos lembrar de que o Senhor é quem nos
dá forças para adquirimos riquezas e prosperarmos em tudo o que fazemos (Dt
8.18). Israel também deveria se lembrar que haviam sido escravos na terra do
Egito, e isso levaria eles a respeitarem os estrangeiros (Dt 15.15).
4. O sábio Salomão nos aconselhou, dizendo: “Lembra-te do teu Criador
nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos
dos quais dirás: Não tenho neles prazer;” (Ec 12.1). O profeta Malaquias tam­
bém aconselhou aos filhos de Israel, dizendo: “Lembrai-vos da Lei de Moisés,
meu servo, a qual lhe prescreví em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos
e juízos.” (Ml 4.4).
5. O apóstolo Paulo aconselhou a Timóteo e a todos nós, dizendo: “Lem­
bra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi,
segundo o meu evangelho;” (2Tm 2.8).

CONCLUSÃO: O que nos conforta é sabermos que o Senhor só se recorda de


nossas boas ações e de nosso primeiro amor para com ele; porém, se esquece de
todos os nossos pecados (Is 43.25; Jr 2.2 e Ap 2.4). A Palavra de Deus também
nos aconselha a lembrarmos das maravilhas do Senhor (SI 105.5); lembrarmos
dos nossos líderes espirituais (Hb 13.7); lembrarmos de onde caímos (Ap 2.5); e
lembrarmos do que temos recebido e ouvido do Senhor (Ap 3.3).

ANOTAÇÕES
27 DE DEZEMBRO

EU ESTOU CONTIGO
Gênesis 28.15
INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento marcante em que Jacó
teve a sua primeira experiência pessoal com Deus. Jacó havia se apartado de
seus pais para fugir de seu irmão Esaú para uma terra distante onde morava os
seus avós maternos. Entretanto, Deus se revelou a Jacó naquela famosa visão da
grande escada que ligava a terra ao céu e anjos de Deus subiam e desciam por
ela e perto dele estava o Senhor que se apresentou como o Deus de seus pais
e lhe fez grandiosas promessas. Em momento de solidão e fuga, quando Jacó
pensava que estava sozinho, o Senhor lhe assegurou a sua presença. O Senhor
prometeu a Jacó sua presença, sua proteção, o retorno a sua terra, sua assistên­
cia e sua garantia no cumprimento das suas promessas. Deus é maravilhoso e se
revela a nós nos momentos mais cruciais das nossas vidas.
I. SUA PRESENÇA
1. A primeira coisa que o Senhor garantiu a Jacó neste texto foi a sua presença
pessoal, dizendo: “Eis que eu estou contigo...” (Gn 28.15). Não existe consolo maior
para o peregrino que caminha por este mundo do que a presença do Deus Vivo. Jacó
pensava que estava sozinho, mas Deus lhe assegurou a sua própria presença pessoal.
2. O texto sagrado não deixa dúvida da presença pessoal do Senhor com Jacó,
dizendo: “Perto dele estava o SENHOR...” (Gn 28.13). Jacó viu anjos de Deus su­
bindo e descendo pela escada, mas perto dele estava o Senhor. O Senhor está perto
de nós (Fp 4.5). O Senhor também garantiu sua presença pessoal a Paulo, dizendo:
“Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e nin­
guém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade.” (At 18.9-10).
II. SUA PROTEÇÃO
1. A segunda coisa que o Senhor prometeu a Jacó neste texto foi a sua pro­
teção, dizendo: “te guardarei por onde quer que fores...” (Gn 28.15). Sem a pro­
teção divina o homem não chega a lugar nenhum.
2. Só a proteção do Senhor nos faz chegar ao porto seguro. O salmista nos
revela isso, dizendo: “Então, se alegram com a bonança; e ele, assim, os leva ao
porto desejado.” (SI 107.30). O Senhor também assegurou a sua proteção ao
profeta Jeremias, dizendo: “Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque eu
sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar.” (Jr 1.19).
III. O RETORNO A SUA TERRA
1. A terceira coisa que o Senhor assegurou a Jacó foi o retorno à sua terra,
dizendo: “e te farei voltar a esta terra...” (Gn 28.15). Talvez Jacó tivesse medo de
nunca mais voltar a terra de seus pais. Entretanto, Deus lhe garantiu o retorno. A
Bíblia revela o momento que o próprio Senhor ordenou que Jacó retornasse a sua

744 I 27 DE DEZEMBRO
terra, dizendo: “Torna à terra de teus pais e à tua parentela; e eu serei contigo.”
(Gn 31.3). Tudo tem o seu tempo determinado por Deus (Ec 3.1). Após 20 anos
servindo ao seu desonesto tio e sogro Labão, Jacó recebeu a orientação de Deus
para retornar a sua terra a fim de trazer estabilidade a sua família (Gn 31.38-42).
2. Deus foi tão fiel e maravilhoso para com Jacó que o fez retornar para a
sua terra cheio de riquezas (Gn 30.43). A benção do Senhor é que enriquece
(Pv 10.22). A habilidade de Jacó para gerar riquezas foi importante; porém, a
benção do Senhor foi determinante para a prosperidade de Jacó (Gn 30.37-43
e Gn 31.6-13). A Bíblia ainda nos revela que Jacó estava bem acompanhado no
retorno à sua terra (Gn 32.1-2).
IV. SUA ASSISTÊNCIA
1. A quarta coisa que o Senhor assegurou a Jacó neste texto foi a sua as­
sistência permanente, dizendo: “porque te não desampararei...” (Gn 28.15). O
nosso Deus prometeu sua assistência o tempo todo. Nunca estamos desampa­
rados. O Senhor prometeu sua assistência permanente ao seu povo, dizendo:
“O SENHOR é quem vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te
desamparará; não temas, nem te atemorizes.” (Dt 31.8).
2. O apóstolo Paulo testemunhou da assistência que recebeu do Senhor, dizen­
do: “Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me aban­
donaram. Que isto não lhes seja posto em conta! Mas o Senhor me assistiu e me
revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cum­
prida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão.” (2Tm 4.16-17).
V. SUA GARANTIA NO CUMPRIMENTO DAS PROMESSAS
1. A quinta coisa que o Senhor garantiu a Jacó neste texto sagrado foi o cum­
primento fiel das suas promessas, dizendo: “até cumprir eu aquilo que te hei re­
ferido.” (Gn 28.15). Deus deu a Jacó a certeza de cumprir todas as promessas que
lhe fez. Deus não só nos faz as promessas, como também assegura o cumprimento
das suas promessas. Deus sempre estava renovando às suas promessas a Jacó (Gn
35.9). Deus está outra vez renovando às suas promessas em nossas vidas!
2. O Senhor garantiu infalivelmente o cumprimento das suas promessas, di­
zendo: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se
arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o
cumprirá?” (Nm 23.19). O Senhor ainda assegurou o cumprimento infalível de suas
promessas, dizendo: “Assim diz o SENHOR Deus: Não será retardada nenhuma das
minhas palavras; e a palavra que falei se cumprirá, diz o SENHOR Deus.” (Ez 12.23).
CONCLUSÃO: O Deus de Jacó é o nosso Refúgio (SI 46.11). Todos nós de certa
maneira nos identificamos com Jacó, e contamos com a presença pessoal do
Senhor conosco, com sua proteção, com sua assistência, e com a garantia do
cumprimento de todas as suas promessas em nossas vidas. “Bem-aventurado
aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no SENHOR,
seu Deus,” (SI 146.5).
28 DE DEZEMBRO

0 HOMEM QUE JESUS EXALTOU O CARÁTER


João 1.47

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado nos revela o momento em que Jesus Cristo
elogiou o caráter de Natanael. Uma pessoa que tem caráter é exatamente uma
pessoa que tem a marca da sinceridade em sua vida. Uma pessoa de caráter é
alguém que anda sem máscara, porque não tem nada para esconder. É uma
pessoa transparente e leal com as demais pessoas em sua volta. Jesus Cristo não
se ilude com a aparência externa das pessoas; Ele olha para a beleza interior das
pessoas. Ele olhou para Natanael e seus olhos fizeram rapidamente um Raio X
do caráter de Natanael, e o resultado foi um diagnóstico positivo de um homem
sincero em que não havia engano.

I. QUEM FOI NATANAEL?


1. O nome “Natanael” significa “Presente de Deus” ou “Dom de Deus. Exis­
tiram pelo menos uns sete personagens na Bíblia com o nome de Natanael. O
primeiro personagem bíblico com este nome foi um príncipe da Tribo de Issa-
car (Nm 2.5). O nome do quarto filho de Jessé e consequentemente irmão do
afamado rei Davi chamava-se Natanael (lC r 2.14).
2. Natanael também era o nome de um escrivão da Tribo de Levi (lC r 24.6).
Natanael era o nome do quarto filho de Obede-Edom, o encarregado da Arca
da Aliança (lC r 26.4).
3. Natanael era também um dos príncipes encarregados pelo rei Josafá para
promover a educação do povo em todas as cidades do Reino de Judá (2Cr 17.7).
Natanael era também o nome de um dos maiorais dos levitas encarregados de
ministrar a Páscoa no reinado de Josias (2Cr 35.9).
4. Natanael era também um dos filhos de Pasur que havia se casado com
mulheres estranhas e entrou em aliança com Esdras para se enquadrarem na Lei
do Senhor (Ed 10.22).
5. Natanael era o nome de um dos discípulos de Cristo, o qual passou a ser
conhecido também como Bartolomeu, que significa “filho de Tolmai” (Jo 1.45-
49). Natanael foi também listado entre os sete discípulos que seguiram Pedro
em sua iniciativa de voltarem a pescar, e tiveram um reencontro com o Cristo
Ressuscitado na praia (Jo 21.2).

II. UM HOMEM QUE NÃO HAVIA DOLO


1. Jesus Cristo fez uma leitura interior de Natanael e disse: “Eis aqui um ver­
dadeiro israelita, em quem não há dolo.” (Jo 1.47). A palavra “dolo” vem de um
vocábulo grego “dólos” que significa: má-fé; fraude; embuste; astúcia; engano
e traição. Na mitologia grega “dolo” ou “dolus” era um “espírito”, que personi-

746 | 28 DE DEZEMBRO
ficava o ardil, a fraude, o engano, a astúcia, as malícias, as artimanhas e as más
ações. O oposto de “dolus”, temos “alethéia”, que é a verdade, a qual se opõe a
“apate”, o engano, e a “pseudeia”, a mentira (2Co 13.8).
2. Na mitologia grega, “apate” era um espírito que personificava o engano,
o dolo e a fraude; e, foi junto com o seu correspondente masculino “dolos” (o
espírito das ardilosidades), um dos espíritos que saíram da famosa “Caixa de
Pandora”. O primeiro personagem a agir com engano na Bíblia foi a serpente
quando a própria mulher respondeu ao Senhor, dizendo: “A serpente me enga­
nou, e eu comi.” (Gn 3.13).
3. Esaú declarou ao seu pai Isaque que seu irmão Jacó já o havia enganado
duas vezes (Gn 27.36). Por causa de sua astúcia, Jacó ficou negativamente marca­
do nas Escrituras como enganador, em parte, devido também ao próprio signifi­
cado de seu nome “Jacó”, que significa “suplantador” ou “enganador”. O próprio
Jacó declarou as suas mulheres que Labão, o seu sogro já o havia enganado dez
vezes mudando o seu salário. Pra enganar Jacó tinha que ser “mestre” na arte de
enganar; e Labão era “mestre” na arte de enganar às pessoas (Gn 31.7).
4. O patriarca Jó defendeu a sua sinceridade, dizendo: “Se andei com vai­
dade, e se o meu pé se apressou para o engano (pese-me em balanças fiéis, e
saberá Deus a minha sinceridade);” (JÓ31.5-6). O rei Davi descreve a felicidade
do homem sem engano que: “Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR
não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.” (SI 32.2).
5. A Palavra de Deus afirma que: “O que usa de engano não ficará dentro
da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos.”
(SI 101.7). O profeta Jeremias descreveu o verdadeiro Raio X que o Senhor rea­
liza no coração das pessoas, dizendo: “Enganoso é o coração, mais do que to­
das as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o
coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus
caminhos e segundo o fruto das suas ações.” (Jr 17.9-10).
CONCLUSÃO: Aprendemos através da vida de Natanael a sermos pessoas de
caráter e integridade, abandonando toda a malícia e todo o engano, e seguirmos
o exemplo de Cristo que nunca pecou e nem se achou engano na sua boca.

ANOTAÇÕES
29 DE DEZEMBRO

TE VI EU DEBAIXO DA FIGUEIRA
João 1.48

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado revela o momento do encontro de Natanael


com o Senhor Jesus Cristo. Neste encontro, Jesus revelou um segredo íntimo de
Natanael, dizendo: “Antes que Filipe te chamasse, te vi eu estando tu debaixo da
figueira”. A expressão “debaixo da figueira” é frequentemente usado nas Escrituras
e traz a ideia de paz e prosperidade para o povo Judeu (lR s 4.25). Além de figos,
a figueira produz boa sombra, devido á massa compacta de suas grandes folhas
verdes. Era comum em tempos de paz e prosperidade um Judeu se dirigir para
debaixo da figueira para uma meditação e um diálogo com Deus onde o piedoso
revelava os seus segredos mais íntimos ao Senhor. Existem muitas teorias acerca
desta revelação que Jesus Cristo fez a Natanael; porém, o mais importante é sa­
bermos que o Senhor em sua onisciência conhece os segredos mais íntimos de
todos os homens. Deus vê todas as coisas. Ele viu Hagar no deserto (Gn 16.7-13);
Ele viu Josué ao pé de Jerico (Js 5.13-15); Ele viu Gideão debaixo do carvalho (Jz
6.11 -12); Ele viu Elias dentro de uma caverna ( lRs 19.9-13); Ele viu Amós entre o
gado e os sicômoros (Am 7.14-15); Ele viu Mateus na alfândega (Mt 9.9); Ele viu
Zaqueu em cima da figueira (Lc 19.1-10); e também viu a Natanael debaixo da
figueira (Jo 1.48). Ele nos vê em todos os lugares (SI 33.18 e Hb 4.13).

I. A IMPORTÂNCIA DA FIGUEIRA
1. A figueira é uma árvore originária do Oriente, e muito abundante na
Ásia e na Europa. Sua altura chega a atingir cerca de 9 metros, de acordo com
a espécie. Se for bem cuidada, uma figueira chega a durar muitos séculos. A
figueira em algumas culturas é também símbolo do conhecimento; é tanto que,
para alguns estudiosos a árvore do conhecimento lá no Jardim do Éden era uma
figueira, onde Adão e Eva fizeram vestimentas de folhas de figueira para cobri­
rem a sua nudez (Gn 3.7).
2. Moisés escreveu que a terra que o Senhor havia prometido aos filhos de
Israel era “terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de olivei­
ras, abundante de azeite e mel;” (Dt 7.8). Jotão, o filho de Gideão citou a figueira
como uma árvore conhecida pela doçura e pelo seu bom fruto (Jz 9.10-11).
3. A Bíblia afirma que: “Judá e Israel habitavam seguros, cada um debaixo da
sua videira e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salo­
mão” (lR s 4.25). Esta expressão revela um período de muita paz e prosperidade
no reinado de Salomão. O sábio Salomão afirmou também que: “O que guarda a
figueira comerá do seu fruto; e o que vela pelo seu senhor será honrado.” (Pv 27.8).
4. O Senhor prometeu um novo tempo de paz e prosperidade ao seu povo
restaurado, dizendo: “Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e de-

748 | 29 DE DEZEMBRO
baixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do SENHOR
dos Exércitos o disse.” (Mq 4.4).
5. O profeta Ageu mostra que o período da escassez econômica já passou,
dizendo: “Há ainda semente no celeiro? Nem a videira, nem a figueira, nem a
romeira, nem a oliveira têm dado os seus frutos; mas desde este dia vos aben­
çoarei.” (Ag 2.19). O Senhor confirmou um novo tempo de paz e prosperidade
para o seu povo, dizendo: “Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, cada um
de vós convidará o seu companheiro para debaixo da videira e para debaixo da
figueira.” (Zc 3.10). Jesus Cristo nos aconselhou, dizendo: O lh a i para a figueira
e para todas as árvores.” (Lc 21.29).

II. VI-TE DEBAIXO DA FIGUEIRA


1. O segundo segredo que aprendemos nesta história do encontro de Nata-
nael com Jesus, é que o Senhor nos vê em qualquer lugar que estejamos. Após o
Senhor vê de perto a sua aflição, Hagar disse: “Tu és Deus da vista, porque dis­
se: Não olhei eu também para aquele que me vê?” (Gn 16.13). O mesmo Deus
que viu Natanael debaixo da figueira, viu Agar aflita no deserto e lhe socorreu.
Moisés escreveu, dizendo: “E viu Deus os filhos de Israel e atentou para a sua
condição.” (Êx 2.25). Deus vê de perto a nossa aflição e nos socorre!
2. Moisés ainda escreveu que: “Na vigília da manhã, o SENHOR, na coluna
de fogo e de nuvem, viu o acampamento dos egípcios e alvorotou o acampa­
mento dos egípcios;” (Êx 14.24). O nosso Deus também vê o acampamento do
inimigo e sua trama, e confunde os nossos adversários.
3. A Palavra de Deus afirma que o Senhor: “Não viu iniquidade em Jacó,
nem contemplou desventura em Israel; o SENHOR, seu Deus, está com ele, no
meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei.” (Nm 23.21). O Senhor não vê man­
cha em seu povo redimido (Ct 4.7).
4. O Senhor assentou-se debaixo do carvalho e também viu Gideão malhan­
do o trigo no lagar. Certamente o Senhor viu boas coisas em Gideão, à ponto de se
dirigir a ele, dizendo: Ό SENHOR é contigo, varão valoroso.” (Jz 6.11-12). A Pala­
vra de Deus afirma que: “O SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem vê
o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.” (ISm 16.7).
5. A Bíblia revela o memento que Deus viu a humilhação e conversão dos
ninivitas, dizendo: “Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau
caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.” (Jn
3.10). Deus vê a atitude e o comportamento de cada pessoa e de cada povo!
CONCLUSÃO: A Bíblia afirma que: “Partindo Jesus dali, viu um homem chama­
do Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.”
(Mt 9.9). Jesus Cristo nos vê em todos os lugares, e segundo o seu querer nos cha­
ma para fazermos a sua obra! O Senhor Jesus Cristo vê e observa as atitudes tanto
de ricos como de pobres! (Lc 21.1-2). O mesmo Senhor que viu a Natanael de­
baixo da figueira, é aquele que vê todas as coisas nos céus e na terra! (SI 113.5-6).
30 DE DEZEMBRO

A NECESSIDADE DO DESPERTAMENTO
Juizes 5.12

INTRODUÇÃO: Este texto sagrado faz parte de uma das citações do belo
Cântico de Débora. O que nos chama atenção são as quatro vezes em que
ela utiliza a expressão: “Desperta”. A palavra “despertar” significa sair do
sono, do estado dormente; acordar, espertar, sair do estado de torpor ou de
inércia; readquirir força ou atividade. Existem alguns tipos de sonolências
que devemos despertar: O sono da imprudência: A sonolência de Sansão
(Jz 16.19). “Tal sono lhe custou a moral, honra, força e pôr fim a própria vida”.
O sono da indiferença: A sonolência de Jonas (Jn 1.5). “Tal sono lhe custou
tensas tempestades e terríveis prejuízo aos que estavam em sua companhia”.
O sono da displicência: A sonolência dos apóstolos (Lc 22.43-46). “Tal sono
lhe custaram o privilégio de contemplarem uma visão celestial e angelical”. O
sono da distração: A sonolências de Êutico (At 20.09). “Tal sono lhe custou
uma horrível queda e consequentemente sua própria vida”. Deus quer que
acordemos do sono do comodismo e nos despertemos para fazermos algo
para o seu reino aqui na terra. Podemos experimentar um despertamento
pessoal, social e espiritual.

I. EXEMPLOS DE PESSOAS TOMADAS PELO SONO NAS ESCRITURAS


1. A Bíblia nos revela o despertar de Jacó do seu sono, dizendo: “Acordado,
pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o SENHOR está neste lugar, e eu não
o sabia.” (Gn 28.16).
2. A Palavra de Deus nos revela o despertar de uma mulher corajosa cha­
mada Jael que cravou uma estaca na fronte de Sísera, general cananeu quando o
mesmo estava “carregado de um profundo sono” (Jz 4.22).
3. As Escrituras nos revelam as consequências da sonolência de Sansão
quando os filisteus cortaram as sete tranças do seu cabelo quando o mesmo
estava dormindo sobre os joelhos de Dalila (Jz 16.18).
4. O sábio Salomão condenou o sono da indolência, dizendo: “Ó pregui­
çoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?” (Pv 6.9).
Salomão ainda nos advertiu sobre o perigo de amarmos o sono, dizendo: “Não
ames o sono, para que não empobreças; abre os teus olhos e te fartarás de pão.”
(Pv 20.13). O sábio rei Salomão também nos falou sobre as consequências eco­
nômicas da sonolência, dizendo: “O beberrão e o comilão cairão em pobreza; e
a sonolência faz trazer as vestes rotas” (Pv 23.21).
5. Em contraste ao sono do preguiçoso, Salomão elogia o sono do traba­
lhador, dizendo: “Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito;
mas a fartura do rico não o deixa dormir.” (Ec 5.12). O profeta Jeremias também

750 | 30 DE DEZEMBRO
celebrou o seu doce sono, dizendo: “Sobre isto despertei e olhei, e o meu sono
foi doce para mim.” (Jr 31.26).

II. EXEMPLOS DE PESSOAS DESPERTADAS DO SONO NAS ESCRITURAS


1. O profeta Zacarias descreveu como foi despertado do seu sono por um
anjo, dizendo: “E tornou o anjo que falava comigo, e me despertou, como a um
homem que é despertado do seu sono,” (Zc 4.1). Lucas escreveu que: “Pedro e
os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram,
viram a sua glória e aqueles dois varões que estavam com ele.” (Lc 9.32). Jesus
Cristo prometeu despertar Lázaro do seu sono, dizendo: “Lázaro, o nosso ami­
go, dorme, mas vou despertá-lo do sono.” (Jo 11.11).
3. A Bíblia descreve o sono da distração do jovem Êutico, dizendo: “E, es­
tando um certo jovem, por nome Êutico, assentado numa janela, caiu do ter­
ceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio durante o extenso
discurso de Paulo; e foi levantado morto.” (At 20.9).
4. O apóstolo Paulo nos fala da importância de nos despertarmos do sono,
dizendo: “E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do
sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando
aceitamos a fé.” (Rm 13.11). O apóstolo Paulo ainda gritou aos ouvidos dos cris­
tãos tomados da sonolência espiritual, dizendo: “Pelo que diz: Desperta, ó tu
que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” (Ef 5.14).
Devemos nos despertar da nossa sonolência espiritual, pessoal e social. O des-
pertamento espiritual acontece quando somos impelidos pelo Espírito Santo a
tomarmos uma atitude para mudarmos a nós mesmos, e a transformarmos o
mundo pela renovação do nosso entendimento (Rm 12.2).
5. O despertamento pessoal se dá quando acordamos para a vida e desper­
tamos para sair da situação de apatia, e desânimo que nos encontramos (Pv
24.10). O despertamento social acontece quando somos sensibilizados a fazer­
mos alguma coisa para mudar o caos social que as pessoas que estão em nossa
volta vivem. Neemias foi despertado para mudar a desgraça social que se en­
contrava o seu povo em Jerusalém após ter notícia de que o povo que havia fica­
do em Jerusalém estava “em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém,
fendido, e as suas portas, queimadas a fogo.” (Ne 1.1-11).

CONCLUSÃO: Necessitamos urgentemente nos despertarmos do sono do


desânimo, do sono da falta de atitude, do sono do comodismo, do sono
da ociosidade, do sono da indolência, e do sono da insensibilidade. É hora
de despertarmos do sono da escuridão e nos revestirmos das armas da luz
(Rm 13.11-12).
31 DE DEZEMBRO

LIÇÕES DO DIA DA ESPERANÇA


2Coríntios3.12

INTRODUÇÃO: Neste texto sagrado, o apóstolo Paulo nos estimula a termos ou­
sadia para falar do Evangelho de Cristo por causa dos fundamentos da nossa es­
perança. No dia 31 de dezembro de cada ano se comemora o Dia da Esperança.
Nada melhor do que celebrar a esperança no último dia do ano para continuarmos
na expectativa de dias melhores em um novo ano que se aproxima. A esperança é
uma das três virtudes mais importantes do Cristianismo em que a Palavra de Deus
coloca ao lado da fé e do amor (2Co 13.13). A palavra “esperança” no hebraico é
“tikvah” que pode ser interpretada como um “Olhar esperançosamente em uma di­
reção particular”; e isto para o cristão aponta para um olhar em direção ao Senhor
Jesus Cristo, a nossa esperança (SI 39.7 e Cl 1.27). Já na língua grega o vocábulo
“elpis”, que nos traz a ideia de “permanecermos confiantes em uma promessa”. A
esperança do cristão está fundamentada nas promessas que o Senhor Jesus Cristo
nos fez através da sua Santa Palavra. Paulo chama a nossa esperança em Cristo de
“boa” (2Ts 2.16) e “bendita” (Tt 2.13). O Escritor da Carta aos Hebreus chama esta
esperança de “âncora da alma” (Hb 6.17-18), e de “esperança superior” (Hb 7.19);
e o apóstolo Pedro chama de “viva esperança” (lPe 1.3). A grande questão é em
quem está fundamentada a nossa esperança. A mensagem central tanto da Antiga
como da Nova Aliança aponta para o Senhor Deus como a nossa Ünica Esperança.

I. A ESPERANÇA NO ANTIGO TESTAMENTO


1. As páginas da Bíblia, tanto do Antigo Testamento, quanto do Novo Testa­
mento estão permeadas de esperança. Na Antiga Aliança, o Senhor é retratado
pelo seu povo como a própria Esperança em Pessoa. Davi se dirigiu ao Senhor
como a sua própria esperança, dizendo: “E eu, Senhor, que espero? Tu és a m i­
nha esperança.” (SI 39.7).
2. O salmista ainda diz: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silen­
ciosa, porque dele vem a minha esperança.” (SI 62.5). O salmista declarou que
o Senhor Deus é também a esperança dos confins da terra, dizendo: “Com tre­
mendos feitos nos respondes em tua justiça, ó Deus, Salvador nosso, esperança
de todos os confins da terra e dos mares longínquos;” (SI 65.5).
3. O salmista ainda declarou o Senhor como sua própria esperança e con­
fiança, dizendo: “Pois tu és a minha esperança, SENHOR Deus, a minha con­
fiança desde a minha mocidade.” (SI 71.5).
4. O salmista chamou de bem-aventurado ou bendito o homem que deposi­
ta em Deus a sua esperança, dizendo: “Bem-aventurado aquele que tem o Deus
de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no SENHOR, seu Deus,” (Sl 146.5).
5. O profeta Jeremias defendeu a mesma linha de pensamento do salmista,

752 | 31 DE DEZEMBRO
dizendo: “Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SE­
NHOR.” (Jr 17.7). Portanto, o Senhor é a Fonte da Esperança do seu povo desde
a Antiga Aliança (Jr 14.8 e Jr 17.13).

II. A ESPERANÇA NO NOVO TESTAMENTO


1. As páginas do Novo Testamento nos revelam que a Esperança dos santos
da Antiga Aliança se materializa e se consuma na Pessoa Gloriosa de Jesus Cris­
to. Lucas deixou isso bem claro quando afirmou que o velho Simeão esperava a
consolação de Israel, e após vê e tomar o Menino Jesus em seus braços declarou
que seus próprios olhos já haviam visto a própria salvação em pessoa (Lc 2.25-30).
2. O apóstolo Paulo se referiu a esta esperança que os santos da Antiga
Aliança aguardavam, dizendo: “E, agora, estou sendo julgado por causa da es­
perança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais, a qual as nossas doze
tribos, servindo a Deus fervorosamente de noite e de dia, almejam alcançar; é
no tocante a esta esperança, ó rei, que eu sou acusado pelos judeus.” (At 26.6-7).
3. O apóstolo Paulo declarou como as Escrituras nos trazem esperança, di­
zendo: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a
fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperan­
ça.” (Rm 15.4).
4. O apóstolo Paulo ainda declarou que o Deus da Bíblia é o próprio Deus
da Esperança, dizendo: “E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz
no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.”
(Rm 15.13).
5. O apóstolo Paulo também declarou que Cristo é a Esperança tão aguar­
dada e revelada pelo Pai, dizendo: “Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja
a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a espe­
rança da glória;” (Cl 1.27). Paulo, o “Apóstolo da Esperança” chamou Jesus Cristo
da própria Esperança em Pessoa, dizendo: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pelo
mandato de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança,” (lTm 1.1).

CONCLUSÃO: A mensagem de esperança tanto do Antigo quanto do Novo Testa­


mento é a mesma: O Senhor é a nossa Esperança! Daí o fato do apóstolo Pardo afir­
mar com autoridade, dizendo: “Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos
sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de
todos os homens, especialmente dos fiéis.” (lTm 4.10).
ÍN DIC E DE R E F E R Ê N C I A S
Gênesis 1 .3 .......................................403 ISam uel 2 .1 9 ...................................433 Salmo 1 3 4 .1 ..................................... 603
Gênesis 1 .3 1 .......................................41 1 Samuel 7 .1 2 ......................................33 Salmo 13 6 .2 5 ...................................591
Gênesis 1 4 .1 8 ..................................441 ISam uel 8 .6 ........................................ 17 Salmo 1 3 6 .4 ..................................... 713
Gênesis 1 6 .1 3 .................................. 110 2Samuel 1 9 .3 2 ............................... 560 Salmo 1 3 8 .1 ..................................... 245
Gênesis 2 .1 8 .................................... 463 /Sam uel 2 2 .2 9 ............................... 128 Salmo 1 6 .3 ........................................361
Gênesis 24.1 .................................... 564 2Samuel 5 .1 0 ................................... 331 Salmo 1 8 .1 7 ..................................... 363
Gênesis 2 6 .2 9 .................................... 34 1 Reis 1 8 .3 -4 .....................................335 Salmo 1 8 .3 0 ..................................... 369
Gênesis 2 7 .2 8 ..................................643 1 Reis 3 .9 ............................................313 Salmo 2 0 .4 ........................................371
Gênesis 2 8 .1 5 ..................................744 1 Reis 5 .1 2 ..........................................130 Salmo 2 0 .5 ........................................723
Gênesis 2 8 .1 8 ..................................385 2Reis 1 2 .1 5 .......................................339 Salmo 2 3 .6 ........................................729
Gênesis 3 . 9 .......................................405 2Reis 4 .9 ............................................ 132 Salmo 2 5 .1 7 ..................................... 373
Gênesis 3 0 .2 2 .................................. 101 2Reis 5 .2 ............................................241 Salmo 2 7 .1 ........................................593
Gênesis 3 7 .3 .................................... 510 2Reis 6 .1 5 -1 7 ..................................552 Salmo 2 9 .4 ........................................375
Gênesis 3 9 .4 .................................... 459 1 Crônicas 1 2 .3 2 .............................. 305 Salmo 3 2 .8 .......................................... 83
Gênesis 4 1 .5 1 -5 2 ............................738 1 Crônicas 1 4 .2 .................................341 Salmo 3 4 .1 5 ........................................73
Gênesis 5 .2 4 .................................... 407 1 Crônicas 1 5 .1 6 .............................. 667 Salmo 3 7 .3 7 ..................................... 226
Gênesis 6 .2 2 .................................... 415 1 Crônicas 1 6 .1 1 .............................. 134 Salmo 3 7 .4 ........................................ 157
Gênesis 6 . 8 .......................................413 1 Crônicas 1 6 .2 3 .............................. 453 Salmo 3 7 ,5 .......................................... 31
Êxodo 1 5 .2 6 ........................................ 97 1 Crônicas 1 6 .2 4 .................................99 Salmo 4 .8 ...........................................105
Êxodo 1 5 .3 ........................................ 711 1 Crônicas 2 7 .3 1 .............................. 516 Salmo 4 5 .1 ........................................421
Êxodo 1 8 .7 ........................................ 144 2Crônicas 1 5 .7 ................................... 55 Salmo 4 6 .1 ........................................631
Êxodo 2 .2 5 ........................................ 633 2Crônicas 2 0 .1 5 .............................. 103 Salmo 5 0 .1 0 ..................................... 566
Êxodo 2 3 .2 5 ......................................112 2Crônicas 2 6 .1 5 .............................. 343 Salmo 5 5 ,2 2 .................................... 159
Êxodo 2 4 .1 0 ......................................389 2Crônicas 2 6 .1 5 .............................. 708 Salmo 6 5 .9 ........................................641
Êxodo 2 8 .3 6 ......................................429 2Crônicas 3 0 .2 0 ............................ 136 Salmo 6 6 .2 0 ...................................... 78
Êxodo 3 5 .3 1 ......................................311 2Crônicas 3 4 .1 5 .............................. 715 Salmo 6 8 .6 ...................................... 277
Levítico 1 6 .1 9 ................................... 114 2Crônicas 3 5 .1 5 .............................. 395 Salmo 7 8 .7 2 .................................... 431
Levitico 1 8 .2 ......................................700 Esdras 1 0 .4 .......................................345 Salmo 8 .4 .......................................... 399
Levítico 2 5 .1 0 ................................... 653 Esdras 8 .2 3 ....................................... 142 Salmo 8 4 .7 ...........................................15
Números 2 1 .4 ................................... 317 N e e m ia s 4 .6 ......................................347 Salmo 8 9 .3 3 -3 4 ..............................731
Números 2 3 .1 9 .................................112 N e e m ia s 6 .1 6 ................................... 146 Salmo 9 0 .2 ........................................639
Deuteronômio 1 0 .1 7 .......................733 Ester 1 0 .3 ...........................................349 Salmo 9 1 .1 ........................................574
Deuteronômio 1 0 .2 1 .......................706 Ester 2 .1 5 ...........................................148 Salmo 9 1 .1 0 ........................................37
Deuteronômio 1 1 .1 2 ......................... 13 JÓ 1 1 .1 5 ............................................353 Salmo 9 6 .3 ........................................451
Deuteronômio 2 4 .5 ......................... 319 Jó 2 2 .2 8 .............................................. 36 Provérbios 1 5 .1 3 .............................461
Deuteronômio 2 8 .1 2 ....................... 118 Jó 3 1 .4 .............................................. 355 Provérbios 1 6 .3 ............................... 161
Deuteronômio 2 8 .8 ......................... 351 Jó 3 3 .1 4 ............................................637 Provérbios 1 7 .1 7 .............................411
Deuteronômio 3 3 .2 6 .......................736 Jó 3 3 .2 8 .............................................. 77 Provérbios 1 9 .8 ............................... 478
Deuteronômio 8 .1 8 ......................... 337 Jó 3 7 .2 3 ............................................635 Provérbios 2 . 6 ..................................480
Josué 1 .9 ............................................. 53 Jó 3 9 .2 9 ............................................570 Provérbios 2 2 .6 ............................... 582
Josué 2 4 .1 5 ......................................120 JÓ 5 .2 6 -2 7 ........................................ 150 Provérbios 2 3 .1 8 ............................... 47
Josué 6 .1 6 ........................................ 321 Jó 8 . 6 ................................................... 91 Provérbios 2 3 .2 2 .............................265
Juizes 1 4 .8 ........................................ 491 Salmo 1 .3 ...........................................540 Provérbios 2 3 .2 3 .............................152
Juizes 3 .3 0 ........................................ 323 Salmo 1 0 .1 2 ......................................359 Provérbios 2 4 .1 0 -1 1 ...................... 663
Juizes 5 .1 2 ........................................ 750 Salmo 1 0 3 .1 3 .................................. 725 Provérbios 2 5 .2 5 ............................... 57
Juizes 6 .1 2 ...........................................42 Salmo 1 0 3 .3 .................................... 721 Provérbios 3 1 .3 0 .............................419
Juizes 6 .2 3 ........................................ 122 Salmo 1 0 6 .4 4 ................................... 307 Provérbios 4 . 2 3 ............................... 556
Rute 2 . 4 ........................................... 124 Salmo 1 1 .7 ........................................ 702 Provérbios 5 .1 8 ............................... 333
1 Samuel 1 4 .6 ................................... 325 Salmo 1 2 .5 ........................................ 698 Provérbios 8 .1 1 ............................... 474
1 Samuel 1 7 .2 6 .................................126 Salmo 1 2 8 .2 ......................................164 Provérbios 8 .3 0 ............................... 718
1 Samuel 1 7 .3 7 .................................704 Salmo 1 3 2 .1 5 .................................. 327 Provérbios 9 . 9 ..................................601

754 |
Eclesiastes 10 .1 9.............................243 Marcos 6 .3 ...................................... 162 1 Coríntios 1 5 .3 -4 .............................220
Eclesiastes 1 1 ,9 ............................... 457 Lucas 1 .3 0 ........................................ 222 1 Coríntios 1 5 .5 7 ............................ 263
Eclesiastes 1 2 ,1 2 .............................618 Lucas 1 5 .2 0 ......................................291 1 Coríntios 1 6 .1 3 ..............................297
Eclesiastes 7 .1 8 ............................... 164 Lucas 2 .1 1 ........................................ 740 1 Coríntios 1 6 .1 5 ..............................538
Eclesiastes 9 .9 .................................... 93 Lucas 4 . 8 .......................................... 586 1 Coríntios 1 6 .9 ................................... 59
Cântico dos Cânticos 1 .2 ............... 212 Lucas 5 .1 0 ........................................367 1 Coríntios 4 .1 -2 ............................... 439
Cântico dos Cânticos 4 .7 ............... 170 João 1 .1 6 ............................................. 19 1 Coríntios 4 .1 7 .................................524
isaías 1 .1 9 ......................................... 383 João 1 .4 7 ...........................................746 1 Coríntios 5 .7 ................................... 214
Isaías 2 1 .1 4 .......................................168 João 1 .4 8 ...........................................748 1 Coríntios 8 .6 ................................... 239
Isaías 3 .1 0 ......................................... 172 João 1 0 .1 1 ........................................ 329 1 Coríntios 9 .1 6 ................................ 520
Isaías 3 3 .6 ......................................... 174 João 1 1 .3 .............................................89 2Coríntios 1 2 .9 .................................247
Isaías 4 0 .2 9 ..................................... 108 João 1 4 .1 6 ........................................ 309 2Coríntios 3 .1 2 ................................ 752
Isaías 4 1 .9 ............................................80 João 1 5 .1 ...........................................427 2Coríntios 3 .1 7 ................................... 25
Isaías 4 9 .1 ............................................51 João 1 5 .1 3 ........................................ 228 2Coríntios 3 .1 8 ................................... 27
Isaías 5 5 ,3 ......................................... 572 João 1 6 .3 3 ....................................... 377 2Coríntios 7 ,6 ...................................528
Isaías 5 9 .2 0 .......................................661 João 5 .3 9 ......................................... 234 Gálatas 3 .1 ........................................ 651
Isaías 6 2 .6 ......................................... 261 João 7.50-51 ................................... 546 Gálatas 5 .1 ........................................ 251
Isaías 6 4 .4 ............................................82 João 8 .3 6 ......................................... 273 Gálatas 5 .1 ........................................ 397
Jeremias 1 7 .8 ..................................435 Atos 1 2 .2 4 ........................................ 558 Gálatas 5 ,1 6 ........................................85
Jeremias 2 . 2 .................................... 742 Atos 1 4 .2 7 ........................................ 235 Gálatas 6 .1 4 ......................................524
Jeremias 2 2 .2 9 ............................... 230 Atos 1 6 .1 4 ........................................ 140 Gálatas 6 .6 ........................................ 588
Jeremias 2 9 .1 1 ............................... 176 Atos 1 7 .1 ...........................................670 Efésios 1 . 1 ........................................ 655
Jeremias 3 3 ,1 3 ............................... 542 Atos 1 7 .1 8 ........................................ 465 Efésios 2 . 1 6 ..................................... 467
Jeremias 3 3 .6 .................................... 29 Atos 1 7 .2 5 ........................................ 504 Efésios 2 . 1 9 ..................................... 486
Lamentações 5 .2 1 .......................... 365 Atos 1 7 .2 6 ........................................ 672 Efésios 2 . 4 ........................................253
Ezequiel 3 .2 2 .................................... 178 Atos 1 8 .1 ...........................................645 Efésios 3 .1 7 -1 9 ............................... 497
Daniel 1 0 .1 9 ..................................... 387 Atos 1 8 .2 -3 .......................................534 Efésios 4 , 1 3 ..................................... 620
Daniel 1 1 .3 2 ......................................180 Atos 1 8 .2 4 ...........................................61 Efésios 4 .1 5 -1 6 ............................... 562
Daniel 6 .4 .......................................... 548 Atos 1 8 .2 4 ........................................ 530 Efésios 4 . 2 5 ......................................188
Oseias 2 .1 5 .......................................182 Atos 1 9 .9 ...........................................154 Efésios 4 . 3 ........................................625
Joel 2 ,2 6 ............................................184 Atos 2 .1 -4 ......................................... 315 Efésios 6 . 1 ........................................449
Amós 9 .1 1 ......................................... 186 Atos 2 6 .1 9 ........................................ 568 Fílipenses 1 . 1 ................................... 657
Jonas 2 . 7 ...........................................192 Atos 6 . 7 .............................................554 Filípenses 2 . 2 ................................... 576
Miqueias 5 .4 ......................................194 Atos 6 . 7 .............................................674 Fílipenses 3 .1 4 ................................ 255
Miqueias 7 ,7 ........................................65 Atos 8 .1 4 ...........................................676 Fílipenses 4 .1 3 ................................ 379
Naum 1 .7 .......................................... 196 Atos 8 .3 0 -3 1 .................................... 514 Fílipenses 4 .1 9 ...................................75
Habacuque 3 . 6 .................................198 Atos 9 . 1 0 ...........................................532 Fílipenses 4 . 2 ...................................536
Obadias 1 .1 7 .................................... 190 Atos 9 . 3 4 .......................................... 443 Fílipenses 4 . 7 ...................................488
Sofonias 3 .1 6 ................................... 202 Romanos 1 .1 4 ..................................224 Colossenses 1 .1 3 ........................... 512
Ageu 2 . 4 ............................................204 Romanos 1 .1 5 ..................................647 Colossenses 1 .1 5 ........................... 472
Zacarias 8 .1 3 ................................... 206 Romanos 1 .1 7 .................................... 21 Colossenses 1 . 2 ..............................659
Malaquias 3 .1 2 ................................ 208 Romanos 1 1 .2 6 ............................... 470 Colossenses 1 .7 -8 .......................... 522
Malaquias 4 .2 ......................................63 Romanos 1 2 ,1 0 ............................... 649 Colossenses 3 .1 5 ........................... 680
Romanos 1 2 .2 ..................................493 Colossenses 3 .1 9 ............................257
Mateus 1 0 .1 6 ................................... 476 Romanos 1 2 .2 0 ..................................69 Colossenses 4 .1 0 ............................550
Mateus 3 .3 ........................................ 218 Romanos 1 6 .1 -2 .............................. 544 Colossenses 4 . 1 4 ........................... 595
Mateus 5 .1 6 ..................................... 210 Romanos 1 6 .2 3 b .............................616 Colossenses 4 . 2 .............................. 138
Mateus 5 .3 9 ........................................ 67 Romanos 1 6 .9 ..................................614 Colossenses 4 . 2 1 ........................... 665
Mateus 5 .6 ........................................ 102 Romanos 5 .8 .................................... 237 Colossenses 4 . 9 .............................. 502
Mateus 6 ,1 4 ..................................... 495 Romanos 8 . 2 .................................... 627 Uessalonicenses 2 .4 ..................... 502
Mateus 2 8 .1 9 ...................................578 Romanos 8 .3 7 ..................................381 ITessalonicenses 5 ,1 8 ..................... 23
Marcos 1 6 .1 5 ...................................599 1 Coríntios 1 .5 ................................... 482 1 Tessalonicenses 5 .1 9 ...................259
Marcos 1 6 .1 6 ...................................584 1 Coríntios 1 1 .2 6 .............................. 580 2Tessalonicenses 3 .1 ........................71
Marcos 1 6 .1 9 ...................................287 1 Coríntios 1 3 .1 1 .................................39 2T essalonicenses 3 .3 ..................... 267
Marcos 5 .3 6 ..................................... 216 1 Coríntios 1 3 .1 3 .................................95 1Timóteo 3 .8 -9 ...............................612
...4 2 5 Hebreus 6 .1 0 .................... ..............281 U o ã o 3 .1 7 ...................................... 409
.... 269 Tiago 1 .2 5 ......................... ..............283 U o ã o 5 .1 5 ...................................... 293
...6 8 4 Tiago 1 .2 7 ......................... ................49 U o ã o 5 .4 ........................................ 447
...4 2 3 Tiago 2 .1 ........................... ..............508 2João 1 .8 ......................................... 295
,..2 7 1 Tiago 4 .1 0 ......................... ................46 3 João 1 .1 1 ...................................... 299
,..4 9 9 Tiago 5 .4 ........................... ..............249 3João 1 .2 ......................................... 191
,..6 2 9 1 Pedro 1 .1 4 -1 6 ............... ..............727 Judas 1 .2 2 ...................................... 301
,..4 8 4 1 Pedro 1 .2 3 ................................... 445 Judas 1 .3 ......................................... 622
......87 1 Pedro 2 .1 7 ................................... 285 Apocalipse 2 ,1 2 .............................. 682
,..5 9 7 1 Pedro 2 . 2 ....................... .............. 357 Apocalipse 2 .1 8 .............................. 687
,,6 0 8 1 Pedro 3 .2 2 ....................................417 Apocalipse 2 ,4 ................................ 303
,,6 9 6 1 Pedro 5 .1 0 ....................................437 Apocalipse 2 .8 ................................ 678
.... 610 1 Pedro 5 .1 2 ....................................518 Apocalipse 3 .1 ................................ 689
, , 275 1 Pedro 5 .2 -3 ...................................605 Apocalipse 3 .1 4 ............................. 693
,,2 7 9 1 Pedro 5 . 7 ....................... ................. 44 Apocalipse 3 .7 ................................ 691
.... 391 2Pedro 2 . 9 ....................... ...............289
,,3 9 3 1 João 2 .1 .........................................455
Homilética
e Hermenêutica
para Pregadores
HOMILÉTICA E HERMENÊUTICA
PARA P R E G A D O R E S
INTRODUÇÃO:
O pregador precisa ter um conhecimento mínimo de homilética e hermenêu­
tica para ser bem-sucedido no ministério da pregação e do ensino. A homilética
é a arte de pregar; enquanto a hermenêutica é a arte de interpretar textos. Um
bom pregador se apresentará melhor perante o público conhecendo as principais
regras da homilética, e será um bom intérprete do texto sagrado se conhecer as
principais regras da hermenêutica bíblica. A palavra “homilética”, é originada da
palavra grega “homiletiké”, que significa ciência e arte da pregação, que por sua
vez derivou de “homília”, que significa “ensino em tom familiar”. A homilética é
a ciência que aperfeiçoa o pregador, orador, palestrante, conferencista, congres­
sista, evangelista ou missionário na transmissão da mensagem aos seus ouvintes.
A Homilética utiliza os princípios da retórica e da oratória com a finalidade es­
pecífica de aperfeiçoar o pregador na arte de falar em público. Os estudos da ho­
milética são importantes para os pregadores aprenderem a preparar e apresentar
os sermões bíblicos de maneira mais eficaz e interessante para cativar o público.
Quando os princípios da homilética são aplicados corretamente, ajudam o ora­
dor, preletor, palestrante ou pregador a serem mais eficazes no ministério da pre­
gação e do ensino. A homilética está também intrinsecamente relacionada com as
regras da hermenêutica, que consiste na técnica de explicar e interpretar um texto
ou discurso proporcionando uma melhor compreensão da mensagem pelo ou­
vinte. A palavra “hermenêutica” é originada do verbo grego “herméneuein”, que
significa “declarar”, “anunciar”, “interpretar”, “esclarecer” e, por último, “traduzir o
que o texto original quer dizer”. O termo grego deriva do nome do suposto “deus”
da mitologia grega “Hermes”, o mensageiro de Zeus, a quem os gregos atribuíam a
origem da linguagem e da escrita, sendo ainda considerado o patrono da comuni­
cação e do entendimento humano. O certo é que este termo originalmente expri­
mia a compreensão e a exposição de uma sentença “dos deuses”, a qual precisava
de uma interpretação para ser entendida corretamente. Neste caso, “Hermes”, era
o mensageiro de Zeus, e ao mesmo tempo o intérprete das mensagens. Por causa
disso, o apóstolo Paulo foi confundido com o “deus” Mercúrio (Hermes para os
gregos e Mercúrio para os romanos) na cidade de Listra, pelo fato de Paulo ser o
mensageiro do Deus Vivo, à ponto de quererem venerar Paulo como Hermes e
Barnabé como Júpiter (Zeus para os gregos e Júpiter para os romanos), os quais
com muito custo impediram os sacerdotes pagãos de sacrificarem holocaustos
para eles (At 14.12-18). Portanto, no caso do Cristianismo, o pregador do Evan­
gelho de Cristo é o mensageiro divino encarregado de entregar ao pecador uma
mensagem de Deus, e o Espírito Santo é o intérprete por excelência dos oráculos
divinos expressos no texto sagrado (2Pe 1.20-21).
NOÇÕES BÁSICAS DE HOMILÉTICA
O principal tripé da homilética é a oratória, a retórica e a eloquência. Ora­
tória e Retórica por vezes se confundem entre si como se fossem a mesma coisa.
Muitas pessoas podem fazer a mesma coisa, porém, cada um tem o seu segre­
do de fazer a coisa. Muitas pessoas fazem comida; porém, nem todos os pratos
têm o mesmo paladar. O segredo está no preparo do alimento. Muitas pessoas
falam em público; mas nem todos se expressam bem em público. A oratória é a
arte de falar em público; já a retórica é a arte de falar bem utilizando técnicas de
linguagem e estilo de comunicação eficaz, persuasiva e convincente; enquanto a
eloquência é a arte de comover e transmitir com intrepidez e ousadia a mensa­
gem pregada. Na arte da oratória, o pregador aprende falar em público; na arte
da retórica, o pregador aprender a ser eficaz, e na arte da eloquência, o pregador
aprende a ser intrépido e destemido na transmissão da mensagem. Já para alguns
eruditos a retórica é a mesma oratória para os gregos, e a oratória é a mesma retó­
rica para os romanos. Para mim, a oratória é o exercício de falar em público, a re­
tórica é a técnica de falar em público, e a eloquência é o estilo de falar em público.

ORATÓRIA
Na arte da oratória, o pregador aprende a falar em público melhorando a
sua apresentação. Isócrates (436-338 a.C.), não confundir com Sócrates, o pai
da filosofia ocidental, é considerado o “pai da oratória”, porque foi o primeiro
a escrever discursos, que serviam de modelo a seus discípulos. Era ateniense, e
destacou-se muito em sua filosofia e retórica. Dedicou-se ao ensino e fundou
sua escola de retórica, contemporânea e rival da Academia Platônica. Em sua
primeira obra, “Contra os Sofistas”, atacava a retórica meramente formalista e
erística praticada pelos sofistas, mas defendia a retórica como núcleo essencial
de uma formação. Combateu a filosofia platônica, que julgava inapta para a
formação ética e política do homem grego. Isócrates conseguiu implantar a re­
tórica no currículo escolar de Atenas. Os oradores foram os primeiros grandes
advogados, porque, o poder da fala produzia muito mais convencimento do
que as peças processuais dos dias atuais. Uma boa oratória carregada de fun­
damentos criveis produzem um poder de persuasão muito grande entre os ou­
vintes dentro de um tribunal, inclusive no próprio juiz da causa. Entrou para a
história como um orador e retórico ateniense de grande capacidade intelectual.
O apóstolo Paulo foi um orador tão eficaz que foi convidado para pregar no
areópago de Atenas pelos exigentes filósofos gregos da escola dos estoicos e dos
epicureus, uma tribuna importante da capital da filosofia que poucos oradores
tinham o privilégio de se dirigir ao exigente público ateniense (At 17.16-34).

RETÓRICA
Na arte da retórica, o pregador aprende a ser eficaz utilizando as técnicas
da oratória, pois, os grandes oradores da história não nasceram prontos; foram
aperfeiçoados com muito treinamento, persistência e perseverança. Demóste-
nes (384-322 a .C ), foi considerado o “príncipe dos oradores” gregos; e para
alguns eruditos mereceu o título de primeiro advogado da Grécia, pela sua ex­
traordinária dedicação ao estudo das leis, demonstrando uma vocação fora do
comum para a interpretação e a comparação de textos de leis da época. Segundo
o historiador Plutarco, Demóstenes tornou-se um dos mais famosos oradores
do mundo antigo depois de exercitar-se duramente nas artes da retórica: como
era gago, para superar o defeito colocava pedrinhas na boca durante os exercí­
cios, à beira-mar, em que fazia a voz sobressair sobre o barulho das ondas. Sua
oratória constitui uma importante expressão da capacidade intelectual da Ate­
nas antiga, e despertam um olhar sobre a política e a cultura grega, e seu colossal
legado intelectual para a Sociedade Ocidental. Demóstenes aprendeu retórica
estudando os discursos dos grandes oradores antigos. Aos sete anos de idade,
Demóstenes perdeu o pai e teve sua herança roubada por seus tutores. Poste­
riormente, abriu processo para recuperar os bens roubados. Ganhou o proces­
so, mas não recuperou todos os bens que lhe pertenciam. Com vinte e sete anos
iniciou sua carreira de orador e logo conseguiu destaque. Ainda muito jovem,
Demóstenes assistiu a um julgamento no qual um orador chamado Calístrato
teve um desempenho brilhante e, com sua eloquente retórica, mudou um ve­
redicto que parecia perdido. Demóstenes invejou a glória de Calístrato ao ver
a multidão escoltá-lo e felicitá-lo, mas ficou ainda mais impressionado com o
poder da palavra, que parecia capaz de vencer todos os argumentos contrários.
Jesus Cristo, o maior orador que o mundo já conheceu arrebatava as multidões
com sua retórica refinada, à ponto dos seus adversários se renderem dizendo:
“Nunca homem algum falou assim como este homem.” (Jo 7.46).

ELOQUÊNCIA
Na arte da eloquência, o pregador aprende a ser intrépido e destemido na
transmissão da mensagem. Antifon (479-411 a.C.), foi um grande orador atenien­
se conhecido por sua eloquência arrebatadora e de uma personalidade de grande
argúcia e talento. O estilo de Antifon era apurado e um tanto rebuscado, mas alta­
mente eloquente; ele recorria em geral a antíteses para dar relevo às idéias e argu­
mentos. Incluído na desprezível categoria de pré-socrático, foi um sofista (filosofia
baseada em uma falácia que pressupõe uma refutação aparente), quesito este em
que Antifon era mestre da retórica e da persuasão. É interessante notar que os so­
fistas eram exímios mestres da oratória e do convencimento, habilidades essas que
certamente facilitaram muito o trabalho deles. Antifon foi um estadista que fez da
retórica sua profissão. Esteve sempre presente em assuntos políticos de Atenas, e,
como defensor zeloso do partido oligárquico, foi o grande responsável pela criação
do golpe de Estado em 411 a.C.; por ocasião da restauração da democracia ate­
niense. Pouco tempo depois, Antifon foi acusado de traição e condenado à morte.
Segundo Tucídides, um grande historiador da Grécia Antiga (460 a 400 a.C.), o
discurso pronunciado por Antifon em 411 a.C., em sua própria defesa, foi o mais
brilhante jamais apresentado diante da Assembléia. O grande orador alexandrino
Apoio era também um pregador tão eloquente e convincente que o Doutor Lucas
o descreveu da seguinte maneira: “E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apo-
lo, natural de Alexandria, varão eloquente e poderoso nas Escrituras.” (At 18.24).
Apoio era tão convincente em sua oratória que Lucas também qualificou esta habi­
lidade de Apoio, dizendo: “Porque com grande veemência convencia publicamente
os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo.” (At 18.28).

AS TRÊS PRINCIPAIS ETAPAS DE UM SERMÃO


Um sermão é composto basicamente de três etapas: Introdução, Explana­
ção e Conclusão. O pregador precisa ser sensível a voz do Espírito Santo que
pode lhe orientar no andamento do culto o tipo e a quantidade de comida que
deve oferecer ao público presente.
l.INTRODUÇÃO: A introdução de um sermão se dá após a leitura do texto
sagrado, quando o pregador descreve de forma resumida o assunto que irá dis­
correr durante a mensagem. De acordo com o texto lido é possível perceber se
o pregador irá pregar um sermão temático, textual, expositivo ou biográfico.
Se der um tema no início da mensagem será um sermão temático, se lê o texto
inteiro sem citar um tema específico será um sermão textual, se lê um capítulo
inteiro, ou mesmo o texto completo de uma parábola ou de uma história bíblica
deverá ser um sermão expositivo, e se lê um texto exaltando as qualidades ou
defeitos de um determinado personagem bíblico será um sermão biográfico. Na
introdução é bom citar um breve histórico do livro da Bíblia lido, do autor do
livro, e da geografia do lugar se possível. Antes da introdução, o pregador deve
iniciar a fala cumprimentando os ouvintes, agradecer o pastor da Igreja pela
oportunidade, lê o texto bíblico, orar se quiser antes de introduzir a mensagem,
descrever resumidamente o assunto que irá falar, e entrar no desenvolvimento
da mensagem que é a própria explanação da mensagem.
2. EXPLANAÇÃO: A explanação do sermão é o próprio corpo da mensagem divi­
dida em tópicos ou mesmo o texto sendo explicado palavra por palavra, ou mesmo
citando vários textos dentro do tema escolhido. O pregador precisa ficar atento
com o tempo que é dado para pregar a sua mensagem. Usando uma metáfora: Um
experiente pregador falou que vai ao culto com um canivete (mensagem curta), e
uma espada (mensagem longa). Se lhe der pouco tempo, ele usa uma mensagem
curta; porém, se tiver tempo suficiente ele usa a mensagem mais longa. Entretanto,
o importante é ambas as mensagens, seja curta ou longa, atingirem o objetivo.
3. CONCLUSÃO: A conclusão é a aplicação do desfecho final da mensagem na
vida dos ouvintes. A conclusão é como a “cereja do bolo”. O pregador deve dei­
xar o melhor para o final, concluindo com êxito a sua mensagem. O prega­
dor poderá contar uma pequena história ou testemunho que venha se encaixar
como uma luva dentro da mensagem pregada, e aplicá-la aos seus ouvintes con­
tando sempre com o auxílio do Espírito Santo (IC o 2.1-5).
TIPOS DE SERMÕES EXISTENTES
Existem quatro principais tipos de sermões: Temático, Textual, Expositivo
e Biográfico. O sermão temático é quando você extrai um tema específico do
texto e discorre todo o sermão dentro do tema escolhido. O sermão textual é
quando você lê um texto e interpreta o pensamento geral do texto ou explica
palavra por palavra existente no texto. O sermão expositivo é quando você faz
uma exposição de todo o capítulo de um livro da Bíblia ou mesmo todo o livro.
O sermão biográfico é quando você discorre sobre um personagem específico
da Bíblia, e extrai lições importantes do personagem escolhido. Muitas pessoas
perguntam qual o melhor tipo de sermão, e atualmente há uma exaltação do
sermão expositivo acima dos demais. Não existe esse negócio de melhor ou pior
tipo de sermão; o que existe são preferencias pessoais. Alguns pregadores gos­
tam de pregarem sermões temáticos, e isso deve ser respeitado; outros gostam
de pregarem sermões textuais, e isso deve ser respeitado; já outros gostam de
pregarem sermões expositivos, e isso deve ser respeitado; ainda outros gostam
de pregarem sermões biográficos, e isso também deve ser respeitado.

SERMÃO TEMÁTICO
Acredito que o sermão temático é o tipo mais usado pelos pregadores. Pois, afi­
nal de contas, quando alguém prepara um sermão, a primeira coisa que se preocupa
é com o tema. Todo evento, seja congresso, conferência, escola bíblica ou convenção
geralmente se trabalha um tema escolhido como base daquele determinado concla­
ve. Porém, o pregador que gosta de sermões temáticos deve se esforçar para pregar
dentro do tema do começo ao fim da mensagem; pois, do contrário será criticado
pelos ouvintes por ter pregado fora do tema. Exemplo: se você escolher pregar sobre
amor, deve se esforçar para falar de amor do começo ao fim. É preciso dominar
bem o tema escolhido para não esgotar o assunto no meio da mensagem, e querer
preencher o horário com outros assuntos que fogem do tema como alguns fazem.

SERMÃO TEXTUAL
O sermão textual é indicado para quem está começando no ministério da
pregação pelo fato de abrir um leque mais amplo na pregação. Quando esgo­
tar os argumentos sobre um ponto do texto, você já pode pular para outro as­
sunto no mesmo texto. O sermão textual dá a possibilidade de discorrer sobre
vários temas dentro de um mesmo sermão. Por exemplo: O texto bíblico de
IC o 13.13, diz o seguinte: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,
estes três; mas o maior destes é o amor.”. Você pode pregar sobre as três virtudes
mais importantes do Cristianismo: Fé, Esperança e Amor. Três temas com uma
amplitude muito grande nas Escrituras.

SERMÃO EXPOSITIVO
O sermão expositivo está muito em moda atualmente; sendo muito aconse­
lhado por quem é adepto deste tipo de sermão. É um tipo de sermão que explora
todo o conteúdo de um capítulo ou livro da Bíblia. Usando o mesmo exemplo
anterior, caso alguém pregasse um sermão expositivo em 1 Coríntios 13, deveria
explorar todas as características do amor ensinadas por Paulo naquele capítulo.
O erro das pessoas adeptas do sermão expositivo é faltarem com a sinceridade
intelectual ao venderem a ideia de que este é o verdadeiro tipo de sermão como se
os demais não fossem verdadeiros ou mesmo incorretos. Não posso usar minha
preferência pessoal como uma espécie de doutrina para convencer todas as pes­
soas a gostar do mesmo tipo de sermão que uso. Cada pregador possui seu estilo,
e cada pregador se adequa melhor com um determinado tipo de sermão. Minha
preferência pessoal é o sermão temático, nem por isso devo achar que esse é o
melhor tipo de sermão; por isso, na Bíblia do Pregador Pentecostal você encontra
sermões de todos os quatro tipos: temático, textual, expositivo e biográfico.

SERMÃO BIOGRÁFICO
O sermão biográfico é quando você extrai lições pessoais de um
determinado personagem bíblico masculino ou feminino. Do Gênesis ao
Apocalipse a Bíblia apresenta uma lista extensa de pessoas que servem como
exemplos negativos ou positivos. Os exemplos negativos são para nos ensinar
o que não devemos fazer e nem muito menos imitar; já os exemplos positivos
são para nos ensinar o que devemos fazer e imitar. Jesus Cristo é sempre o
nosso Maior exemplo a ser seguido (Jo 13.15 e lPe 2.21). O próprio apóstolo
Paulo escreveu, dizendo: “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo.”
(IC o 11.1). Alguns personagens bíblicos foram tipos de Cristo no Antigo Tes­
tamento como Enoque, Noé, Abraão, Isaque, José, Moisés, Josué, Samuel, Elias,
Elizeu, Neemias, Esdras, Jó, Daniel e tantos outros homens piedosos que sem­
pre inspiram a todos nós a vivermos eticamente e caminhar em justiça diante
de Deus e dos homens.

NOÇÕES BÁSICAS DE HERMENÊUTICA E EXEGESE


A hermenêutica é a arte e a ciência que interpreta o texto lido. É uma arte
porque estabelece regras práticas; é uma ciência porque estabelece regras positi­
vas e técnicas de interpretação. Existem a Hermenêutica Bíblica e a Hermenêu­
tica Secular. A Hermenêutica Bíblica pode ser subdividida em: Hermenêutica
Católica, Hermenêutica Reformada e Hermenêutica Pentecostal. Já a Herme­
nêutica Secular pode ser subdividida em: Hermenêutica Jurídica e Hermenêu­
tica Filosófica. Além da Hermenêutica, existem também a exegese; as quais
estão ligadas de forma intrínsecas, assim como a oratória está ligada de forma
intrínseca com a retórica. A Hermenêutica estabelece a aplicação das regras de
interpretação do texto; enquanto a exegese aplica as regras estabelecidas pela
Hermenêutica. A exegese é a própria interpretação dada ao texto; ou seja, é o
que o pregador pode arrancar do texto e aplicar aos seus ouvintes. A diferença
básica pode estar entre a teoria e a prática. A Hermenêutica é a teoria da inter­
pretação do texto; e a exegese é a prática da interpretação do texto.
1. HERMENÊUTICA CATÓLICA: valoriza mais a Tradição do que a Bíblia. Para
os exegetas católicos a Bíblia apenas confirma o que os pais da Igreja diziam.
Para esta corrente de interpretação a Bíblia deve se submeter ao crivo de in­
terpretação que os pais da Igreja davam, e não o contrário. Hugo de São Vitor
chegou a dizer: “Aprende primeiro o que deves crer e então vais à Bíblia para
encontrares a confirmação”.
2. HERMENÊUTICA REFORMADA: rejeita qualquer outra fonte de interpreta­
ção do texto sagrado, que não seja a própria Bíblia. O fundamento da Herme­
nêutica Reformada é “Sola Scriptura” (Somente a Bíblia), de onde originou o
princípio hermenêutico de que a própria Bíblia explica a Bíblia. A Hermenêu­
tica Reformada utiliza o método histórico gramatical para interpretar o texto
bíblico. O método é Histórico por levar em consideração os costumes da época
que o texto foi escrito; e é gramatical por levar em consideração as línguas ori­
ginais em que o texto foi escrito; a língua hebraica para o Antigo Testamento, e
a língua grega para o Novo Testamento.
3. HERMENÊUTICA PENTECOSTAL: também defende que a Bíblia explica a
própria Bíblia; e, além de considerar o método histórico gramatical de inter­
pretação do texto sagrado, leva ainda em consideração o método pneumáti­
co, por entender que o Espírito Santo é o verdadeiro intérprete da Bíblia por
excelência (Jo 16.13 e 2Pe 1.20-21). Devido a sua inspiração divina, a Bíblia só
pode ser compreendida plenamente com a ajuda do Espírito Santo. Acerca dis­
so o apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Ora, o homem natural não compreende
as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode enten­
dê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discer­
ne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente
do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” (IC o
2.14-16). O homem natural pode até entender o texto pelo método histórico gra­
matical, porém, o princípio espiritual por trás do texto sagrado, só o homem es­
piritual que tem a mente de Cristo pode compreender através do Espírito Santo
que nos foi outorgado e enviado para nos guiar em toda a verdade (Jo 16.13 e
Rm 5.5). Portanto, qualquer pessoa instruída, independentemente de ser conver­
tida ou não pode entender a letra do texto valendo-se do método científico de
interpretação; porém, somente os que tem a mente de Cristo por terem nascido
de novo podem compreender a Bíblia em sua plenitude, e aceitá-la como única
regra de fé e prática em suas vidas (Jo 3.3-12). Lucas escreveu que o Eunuco
da Etiópia lia o capítulo 53 do profeta Isaías, e o Evangelista Filipe foi orien­
tado pelo Espírito Santo a se aproximar do carro e perguntou ao Eunuco, di­
zendo: “Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém
me não ensinar?... Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritu­
ra, lhe anunciou a Jesus.” (At 8.30-35). Veja a importância de o Espírito Santo
usar a Bíblia como um instrumento de evangelização do pregador nesta his­
tória. O Eunuco já tinha um exemplar da Bíblia e estava lendo sem entender
a interpretação correta do texto; porém, precisou do missionário que tinha o
Espírito Santo para lhe explicar o que a Escritura estava querendo dizer. O Evan­
gelista Filipe foi orientado pelo Espírito a se aproximar do Eunuco, e por meio
da Escritura anunciou-lhe Jesus Cristo, levando o Alto Oficial do governo da
Etiópia a crê em Jesus Cristo como o Filho de Deus e se batizar nas águas (At
8.30-38). Esta é a simetria perfeita na evangelização de um homem natural: O
Espírito Santo ilumina o Pregador para interpretar corretamente a Bíblia, e o
pecador sedento de conhecer a Jesus Cristo é convencido pelo Espírito Santo a se
converter ao Evangelho por meio de uma interpretação correta do texto sagrado
explicado pelo pregador. O homem natural não conseguiu por si só enxergar
Jesus Cristo naquele texto; porém, o homem espiritual enxergou Jesus Cristo
naquele texto bíblico pelo Espírito Santo, e não por qualquer método científico
de interpretação.

12 REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO DO TEXTO BÍBLICO


O filósofo grego Platão foi o primeiro sábio a mencionar o termo herme­
nêutica em seus escritos. Clemente de Alexandria (150-215 d.C.), e Orígenes
(185-254 d.C.), fundadores da Escola Teológica do Cristianismo Oriental foram
os primeiros teólogos a se aprofundarem no tema da Hermenêutica Bíblica, e até
abusaram da interpretação alegórica, simbólica e figurativa na interpretação das
Escrituras Sagradas. Tertuliano (160-220 d.C.), oriundo da cidade de Cartago,
ao Norte da África, e fundador da Escola Teológica do Cristianismo Ocidental
se valeu inclusive da Hermenêutica Jurídica para explicar os aspectos jurídi­
cos da salvação do pecador. Tertuliano foi um importante teólogo e advogado
que fazia muitas analogias legais utilizando termos jurídicos, numa espécie de
Teologia do Direito para interpretar a situação penal do pecador. Tertuliano
Interpretou a vida cristã e a salvação do pecador à semelhança de um processo
penal, em que Deus é o legislador, o Evangelho a lei, quem obedece recebe a
compensação, quem desobedece torna-se culpado e é castigado. Tertuliano in­
troduziu na Teologia Latina, e no Cristianismo em geral, uma série de termos e
conceitos provenientes do Direito. Porém, foi Santo Agostinho (304-430 d.C.),
quem sistematizou a Hermenêutica Bíblica como arte e ciência, estabelecendo
doze regras básicas de interpretação do texto sagrado, as quais são utilizadas até
hoje pelos intérpretes da Bíblia:
1. O intérprete deve possuir fé autêntica;
2. Deve-se ter em alta conta o significado literal e histórico das Escrituras;
3. As Escrituras possuem mais que um significado e, portanto, o método
alegórico é adequado;
4. Há significado nos números bíblicos;
5. O Antigo Testamento é documento Cristão; porque Cristo está retrata­
do nele do começo ao fim;
6. Compete ao intérprete entender o que o autor pretendia dizer, e não
introduzir no texto o significado que ele, o intérprete, quer lhe dar;

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7. O intérprete deve consultar o credo ortodoxo;
8. Um verso deve ser estudado em seu contexto, e não isolado dos versos
que o cercam;
9. Se o significado de um texto é obscuro, nada na passagem pode consti­
tuir-se matéria de fé ortodoxa;
10. O Espírito Santo não toma o lugar do aprendizado necessário para se
entender as Escrituras. O intérprete deve conhecer Hebraico, Grego,
Geografia Bíblica e outros assuntos;
11. A passagem obscura deve dar preferência à passagem clara:
12. O intérprete deve levar em consideração que a revelação é progressiva.

OUTRAS REGRAS CONHECIDAS DE INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SAGRADO


O grande reformador Martinho Lutero defendia que cada cristão poderia
interpretar a Bíblia de acordo com a iluminação do Espírito Santo. Sem a presen­
ça do Espírito Santo, ninguém aceitará a Bíblia como a Palavra de Deus, pois, é o
Espírito Santo quem convence o ser humano a crê nas Escrituras como a inerran-
te e inspirada Palavra de Deus. Com base nisso, surgiram três principais corren­
tes de interpretação do texto sagrado: A conservadora, a racionalista e a dialética.
1.INTERPRETAÇÃO CONSERVADORA: Esta corrente rejeita qualquer méto­
do científico de interpretação das Escrituras para entender o que está escrito.
O cristão precisa apenas lê, e do modo que Deus quiser, se entende o texto
sagrado que esteja lendo. Apesar de possuir muitas falhas com interpretações
equivocadas de alguns textos, por falta mesmo de conhecimento das regras da
hermenêutica; a interpretação conservadora era o único meio de interpretação
dos crentes piedosos quando não se tinha acesso a um curso formal de teologia,
e nem por isso Deus deixou de abençoar grandes igrejas fundadas por missio­
nários sem muito conhecimento teológico; porém, a unção e iluminação do
Espírito Santo sempre fez toda a diferença na vida desses homens chamados
por Deus para fundarem grandes obras.
2.INTERPRETAÇÃO RACIONALISTA: A interpretação racionalista foi influen­
ciada pelo iluminismo inglês e francês que começou a negar os milagres. Esta
corrente filosófica traz como argumento a noção de que a razão é a única forma
que o ser humano tem de alcançar o verdadeiro conhecimento por completo.
O filósofo, físico e matemático René Descartes foi um dos principais difusores
dos pensamentos ligados a essa teoria. Personagens como Abraão, Isaque e Jacó
eram pessoas lendárias e não personagens históricos. Adão e Eva eram apenas
figuras míticas, o jardim do Éden não era um lugar real, e a história do Dilúvio
de Noé também era uma lenda épica e não um acontecimento histórico. Jesus
Cristo passou a ser considerado apenas um mestre como Buda, Confúcio e tan­
tos outros mestres religiosos, e daí surgiu a chamada crítica textual, e o método
crítico textual de interpretar os textos sagrados rejeitando qualquer elemento
sobrenatural. Infelizmente esta corrente já contaminou muitos seminários cris­
tãos que migraram para o liberalismo teológico.
3.INTERPRETAÇÃ0 DIALÉTICA: A interpretação dialética também chamada
de hegeliana em homenagem a Friedrich Hegel (1770-1831), considerado o “pai
da dialética”, é uma forma de interpretação baseada no tripé: tese, antítese e
síntese. Segundo Hegel, toda ideia que pode ser definida como uma tese, pode
ser contestada através de uma ideia contrária, a antítese. Essa disputa entre te­
ses e antíteses seriam a dialética. Assim, o processo é regido por uma lógica
dialética. No entanto, longe de prejudicar a tese, a discussão entre duas idéias
opostas daria origem a síntese que seria uma ideia aperfeiçoada. Nesta linha de
interpretação, a Antiga Aliança seria a tese, a Nova Aliança seria a antítese, e
misericórdia divina seria a síntese de ambas as alianças. Na verdade, cada livro
da Bíblia possui seu estilo peculiar, e isso deve ser levado em consideração na
hora de interpretar a Bíblia. A Bíblia contém narrativas, mandamentos, leis,
poesias, profecias, parábolas, provérbios e cânticos. Não se deve interpretar
história como se fosse poesia e nem parábola como se fosse história. É preciso
buscar primeiro o sentido literal do texto quando possível, depois seus sentidos
simbólicos, alegóricos e figurativos.

CONCLUSÃO
Jesus Cristo foi o maior Pregador Itinerante que o mundo já conheceu. A
pregação é a forma mais expressiva de disseminar o Evangelho de Cristo, e ocu­
pou lugar central no Ministério terreno de Jesus Cristo. Seu púlpito era quase
sempre improvisado: Um monte, a popa de um barco, o alto de uma pedra, a
casa de amigos, ou mesmo o púlpito de uma Sinagoga. Não tinha um lugar fixo
ou uma sede. Ele ia de vila em vila, de aldeia em aldeia, e de cidade em cidade.
Seu estilo eletrizante arrastava após si multidões para ouvir seus sermões cheios
de graça e autoridade divina; à ponto dos próprios oponentes se renderem a
Ele, dizendo: “Jamais alguém falou como este Homem” (Jo 7.46). Ninguém na
história foi tão perfeito na arte de pregar como Jesus Cristo. Ele usou todos os
recursos oferecidos pela Homilética para alcançar os seus ouvintes. Ele utilizou
da oratória, da eloquência, e da retórica como mais ninguém usou tão bem na
história. Jesus Cristo também se valeu das regras da hermenêutica bíblica para
neutralizar a interpretação equivocada que o Diabo quis dar ao texto sagrado
no momento da sua tentação no deserto ao rejeitar toda interpretação bíblica
fora do contexto (Mt 4.1-11). Além disso Jesus Cristo nos ensinou um princípio
básico para compreender e interpretar o texto sagrado, dizendo: “Examinais
as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim
testificam.” (Jo 5.39). Examinar é muito mais do que lê, é utilizar uma lupa es­
piritual para descobrir as minúcias do texto sagrado, e descobrir Jesus Cristo,
o eixo central da Bíblia, em cada parte das Escrituras Canônicas (Lc 24.44-45).

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