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17/01/24, 15:29 Prefeitura Municipal de Ipanguaçu

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE


PREFEITURA MUNICIPAL DE IPANGUAÇU

GABINETE DO PREFEITO
LEI Nº 039/2023

Dispõem sobre a criação e implantação da Verba


Indenizatória Parlamentar, na Câmara Municipal de
Ipanguaçu – RN, e dá outras providencias.

O Prefeito Municipal de Ipanguaçu/RN, no uso das atribuições que lhe


são conferidas pela Lei Orgânica do Município, faz saber que a
Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a presente Lei:

CAPÍTULO I

DA VERBA INDENIZATÓRIA

Art.1º - Fica instituída a Verba Indenizatória Parlamentar, no âmbito


da Câmara Municipal de Ipanguaçu/RN, considerando a legislação
vigente destinada exclusivamente ao ressarcimento das despesas
relacionadas ao exercício do mandato parlamentar desta Egrégia Casa
Legislativa, no valor máximo, de 50% (cinquenta por cento) sobre o
subsídio do Vereador.

§1º - No início de cada ano legislativo, a presidência da Câmara


Municipal, através de decreto, estabelecerá o percentual que será
disponibilizado para Verba Indenizatória, não podendo ser inferior a
25% (vinte e cinco por cento) do percentual global estabelecido no art.
1º desta Lei.

I - Essa observação financeira se fará necessária para garantir de


forma plena, o funcionamento desta Casa Legislativa, de maneira que
esta despesa não venha inviabilizar o cumprimento das atividades
institucionais obrigatórias.

II – Na ausência deste Ato da Mesa prevalecerá o percentual global


previsto no art. 1º desta Lei.

§2º Esse percentual dependerá do reajuste anual do Duodécimo, o qual


é feito de acordo com as receitas de impostos de transferências
constitucionais realizadas no ano anterior.

§3º - O Presidente do Legislativo Municipal, poderá, caso constate o


comprometimento do funcionamento desta Casa Legislativa,
suspender o pagamento das verbas indenizatórias por um período de
até 06 meses em cada ano legislativo.

§4º - O dispêndio e a aplicação da Verba Indenizatória Parlamentar de


que trata o caput deste artigo obedecerá às exigências contidas nesta
Lei.

Art. 2º- O ressarcimento das despesas relacionadas com o exercício do


mandato parlamentar será efetivado mediante solicitação formulada
pelo Vereador, dirigida ao Presidente da Câmara necessariamente
instruída com a documentação fiscal comprobatória da despesa.

§1º. O Presidente da Câmara Municipal encaminhará esta


documentação a Controladoria desta Casa para análise.

§2º. A Controladoria têm atribuição de auditoria, podendo promover


verificações, conferências, requisitar informações adicionais e demais
providências pertinentes a verificação de autenticidade e ao regular
processamento da documentação comprobatória apresentada.

§3º. As notas fiscais apresentadas pelo parlamentar ficarão disponíveis


para consulta popular e cópias a serem extraídas por qualquer pessoa
física ou jurídica, mediante requerimento escrito encaminhado à
Controladoria, pelo período de sessenta dias, anualmente, de 30 de
abril a 30 de junho do ano subsequente à realização da despesa.

https://www.diariomunicipal.com.br/femurn/materia/F2CFEDB3/03AFcWeA4x97-RXViGFrcO7thXdA7q2mfQ1aug9IEfXEmguRcLRVJa2-zIMXR-e… 1/5
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Art. 3º - Somente serão ressarcidas as despesas efetivamente pagas


pelo parlamentar e relativas a:

§1º – Imóveis, mediante apresentação de cópia autenticada do contrato


de locação ou termo equivalente, com firma reconhecida em cartório,
utilizados exclusivamente como escritório de apoio ao exercício da
atividade parlamentar, compreendendo estritamente gastos com
aluguel, taxas condominiais, IPTU, taxas de Bombeiros, água,
telefone fixo e energia elétrica.

§2º – Locomoção de parlamentar e viagens de assessores


parlamentares vinculados ao gabinete parlamentar, compreendendo
passagens, hospedagem, alimentação. No caso de pagamento de
diárias, deverá apresentar relatório de viagem contendo: declarações
e/ou certificados, recibos e/ou cupom fiscal de alimentos, recibos de
traslado; quando se tratar de hospedagem o parlamentar deverá
apresentar Nota Fiscal, Recibo quando se tratar de locação de veículo

locado pelo parlamentar, este deve apresentar contrato de locação e/ou


notas fiscais.

§ 3º – Combustíveis e lubrificantes até 50% do limite mensal


estabelecido nesta lei quando não houver locação de veículo pelo
parlamentar e este se utilizar de veículo próprio;

§ 4º – Contratação, para fim de apoio a atividade parlamentar, de


consultorias, assessorias, pesquisas e trabalhos técnicos até o limite
mensal estabelecido por esta lei;

§5º – Divulgação de atividade parlamentar, matérias e notícias


correlatas com a atividade legislativa, em blogs, sites, Instagram,
facebook e demais redes sociais exceto nos 180 (cento e oitenta dias)
dias anteriores a data das eleições municipais e desde que não
caracterize gastos com campanha eleitoral nem exceda ao limite
estabelecido nesta lei;

§ 6º – Aquisição de material de expediente, excetuando-se aqueles


necessários ao funcionamento dos gabinetes, quando for o caso;

§ 7º – Locação de veículos, móveis e equipamentos;

I - A locação mensal de automóvel, com ou sem o fornecimento do


serviço de motorista deverá respeitar o limite de 01 (um) automóvel
por gabinete;

II - A locação de automóvel poderá ser feita através de diárias ou por


aquisição de passagens.

§ 8º – Cópias heliográficas de documentos de interesse da atividade


parlamentar;

§ 9º – Edição de jornais, livros, revistas e impressos gráficos para


consumo do gabinete parlamentar.

CAPITULO II

DO RESSARCIMENTO

Art. 4º - A verba parlamentar será transferida para conta bancária de


titularidade deste, de preferência no Banco do Brasil ou Caixa
Econômica Federal.

Art. 5º - A solicitação de reembolso será efetuada no período


compreendido de 1º ao 10º dia útil do mês subsequente por meio de
requerimento padrão, do qual constará atestado do parlamentar de que
o serviço foi realizado ou o material recebido e de que assume a
inteira responsabilidade pela veracidade, legitimidade e autenticidade
da documentação apresentada.

Art. 6º - Serão objeto de ressarcimento os seguintes documentos:

I – Nota fiscal hábil, segundo a natureza da operação, emitida no mês


de competência, quando se tratar de pagamento à pessoa jurídica,

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admitindo-se recibo comum acompanhado de declaração de isenção
de emissão de documento fiscal com citação do fundamento legal,
bem como nota avulsa;

II – Recibo devidamente assinado, constando nome e endereço


completos do beneficiário do pagamento, número de CPF e da
Carteira de Identidade – RG e discriminação da despesa quando se
tratar de locações contratadas como pessoa física;

§ 1º - O documento a que se refere este artigo deverá ser idôneo, estar


isento de rasuras, acréscimos, emendas, entidades ou entrelinhas,
datado e discriminado por item de serviço prestado ou material
fornecido, não se admitindo generalização ou abreviaturas que
impossibilitem a identificação da despesa;

Art. 7º - De posse dos documentos comprobatórios das despesas


apresentadas na forma descrita pelos artigos 5º e 6º, desta lei, O
controle Interno da Câmara Municipal, no prazo de até 10 (dez) dias,
contados do recebimento, após examiná-los sob os aspectos fiscais e
contábeis, emitirá relatório de liberação, remetendo-o diretamente à
Presidência da Câmara, que encaminhará para o setor financeiro para
processar e efetuar o respectivo ressarcimento.

Art. 8º - Os documentos inidôneos, inaptos ou que estejam em


desacordo com as normas da presente Lei serão devolvidos ao
parlamentar para as devidas correções e substituições.

Art. 9º - Os documentos relativos ao mês de competência que tiverem


que sofrer correções e não forem reapresentados não poderão mais ser
objeto de ressarcimento.

I – Não haverá ressarcimento ao Gabinete do Parlamentar de despesas


já pagas pela Câmara Municipal como, energia elétrica, água e
internet.

§ 2º – O parlamentar apresentará a documentação relativa as suas


despesas até o dia 25 de cada mês. Todas as despesas serão pagas até
dia 30 de cada mês, respeitadas, obrigatoriamente, a ordem
cronológica, de acordo com legislação do Tribunal de Contas do
Estado do Rio Grande do Norte – TCE/RN.

Art. 10 – Os reembolsos decorrentes de Verba Indenizatória


Parlamentar – VIP se farão mediante transferência eletrônica, em
conta corrente em nome do Vereador, não podendo, em hipótese
alguma, ser realizada mediante pagamento em cheque ou dinheiro em
espécie.

DO LIMITE DO RESSARCIMENTO

Art. 11 - As despesas contraídas pelo parlamentar com relação ao § 1º,


do artigo 3º desta lei, somente serão ressarcidas se as instalações
próprias da Câmara Municipal de Ipanguaçu não oferecerem
condições apropriadas ao estabelecimento e manutenção de um
gabinete para o referido parlamentar, que não ultrapassará o limite
máximo de 20% (vinte por cento) do valor total da Verba
Indenizatória.

Art. 12 - As despesas elencadas no § 2º, art. 3º desta lei, somente serão


ressarcidas até o limite máximo de 75% (setenta e cinco por cento) do
valor total da Verba Indenizatória.

Parágrafo Único – exceto quando se tratar de excepcionalidades


como: locomoção e hospedagem para missões, seminários,
conferências, marchas, congressos, dentro e fora do estado,
devidamente autorizado pela presidência desta Casa Legislativa.

Art. 13 - As despesas com combustíveis e lubrificantes serão


ressarcidas até o limite máximo de 50% (cinquenta por cento) do total
da Verba Indenizatória do Gabinete do Vereador, quando utilizado em
veículo próprio.

Art. 14 - Será fixado para o Vereador que fizer a opção pela não
locação de veículo, 01 (um) litro de combustível, para cada 08 (oito)

https://www.diariomunicipal.com.br/femurn/materia/F2CFEDB3/03AFcWeA4x97-RXViGFrcO7thXdA7q2mfQ1aug9IEfXEmguRcLRVJa2-zIMXR-e… 3/5
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quilômetros rodados como ressarcimento de despesas de viagem, com
carro próprio.

§ 1º-Terá direito ao ressarcimento, o Vereador proprietário ou


declarado veículo de uso exclusivo, quando viajar, para participar de
Congressos, seminários, treinamentos, encontros, cursos e outras
viagens a serviço ou em representação da Câmara Municipal de
Vereadores.

§ 2º - Será ressarcido com combustível até o limite máximo de 50%


(cinquenta por cento) do total da Verba Indenizatória do Gabinete do
Vereador.

§ 3º - Serão ressarcidas as despesas com peças e acessórios para


veículos próprios a serviço do gabinete do parlamentar, necessárias a
manutenção e conservação do mesmo, respeitando até o limite
máximo de 30% (trinta por cento) do valor total da Verba
Indenizatória.

Art. 15 - As despesas elencadas nos §§ 4º e 5º, do artigo 3º desta lei


serão ressarcidas até o limite máximo de 50% (cinquenta por cento)
do total da Verba Indenizatória do Gabinete do Vereador.

Art. 16 - Mesmo que haja saldo disponível, não serão ressarcidas as


despesas que ultrapassarem os percentuais previstos nesta lei.

CAPITULO IV DAS VEDAÇÕES

Art. 17 – Não se admitirão gastos com propaganda eleitoral de


qualquer espécie de acordo a legislação da Justiça Eleitoral Brasileira.
Art. 19 – Não se admitirão gastos superiores ao valor total da Verba
Indenizatória Parlamentar previsto nesta lei.

Art. 18 – É vedado o reembolso de despesas efetuadas em favor de


empresas de propriedade do parlamentar, de seus assessores
parlamentares, de servidores públicos lotados na Câmara Municipal
ou de parente até o terceiro grau de qualquer dessas pessoas.

Parágrafo Único – é vedada a locação de imóvel de que trata o § 1º, do


art. 3º desta lei, de propriedade de parlamentares, de servidores
públicos lotados na Câmara Municipal ou de parente até o terceiro
grau de qualquer dessas pessoas.

Art. 19 – É vedado o reembolso de pagamento realizado à pessoa


física, salvo nas hipóteses previstas nos §§§ 1º, 2º e 4º do art. 3º desta
lei.

Art. 20 – Na locação de bens moveis e imóveis e/ou equipamentos não


poderá ser aplicada a modalidade de leasing.

Art. 21 – É vedada a utilização de Verba indenizatória Parlamentar,


durante o período de recesso parlamentar, salvo para ressarcir as
despesas de natureza fixa, contratadas antes desse período.

Art. 22 – Só poderão ser ressarcidas durante este período as despesas


de natureza fixa até o milite de 70% (setenta por cento) do valor da
Verba Indenizatória.

Parágrafo Único – O saldo não utilizado não será acumulado.

CAPITULO V

DA PERDA DA VERBA INDENIZATÓRA PARLAMENTAR

Art. 23 – A Verba Indenizatória Parlamentar não é forma de


remuneração, não compondo o subsídio do parlamentar.

Art. 24 – O parlamentar titular do mandato perderá o direito à verba


de que trata esta lei quando:

I – Investido em cargo de Secretário Municipal previsto no art. 41, da


Lei Orgânica do Município de Ipanguaçu;

II – Afastado para tratar de interesse particular, sem remuneração;

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III – O respectivo suplente se encontrar no exercício do mandato.


Parágrafo Único – no momento em que o parlamentar reassumir seu
mandato passará a receber a Verba Indenizatória.

CAPITULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 25 – O reembolso das despesas não implica em manifestação da


Câmara Municipal quanto a observância de normas eleitorais
relativamente a tipicidade ou licitude.

Art. 26 – As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta das


dotações orçamentárias próprias e especificas, alocadas ao orçamento
da Câmara Municipal de Vereadores, observadas as normas da
legislação financeira quanto aos créditos necessários.

Art. 27 - Esta Lei entrará em vigor a partir de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Ipanguaçu/RN, em 28 de dezembro de 2023.

REMO DA FONSECA SILVEIRA


Prefeito Constitucional

Publicado por:
Anderson Dantas Alexandre
Código Identificador:F2CFEDB3

Matéria publicada no Diário Oficial dos Municípios do Estado


do Rio Grande do Norte no dia 17/01/2024. Edição 3202
A verificação de autenticidade da matéria pode ser feita
informando o código identificador no site:
https://www.diariomunicipal.com.br/femurn/

https://www.diariomunicipal.com.br/femurn/materia/F2CFEDB3/03AFcWeA4x97-RXViGFrcO7thXdA7q2mfQ1aug9IEfXEmguRcLRVJa2-zIMXR-e… 5/5

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