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Introdução......................................................................................15
O
casamento é a união entre duas pessoas de sexo
oposto para a formação de uma família. A cons-
trução desta é feita com amor, carinho, diálogo,
alegria, cumplicidade e a busca pelos mesmos sonhos e obje-
tivos. Entretanto, muitos casais vivem em pé de guerra e de-
baixo de uma enxurrada de palavras ofensivas, que têm afe-
tado a autoestima dos cônjuges e abalado o relacionamento.
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Ótima leitura!
Pr. Lúcio Duarte
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F
rases como “não te amo mais” e “não sinto mais amor
por você” têm sido muito comuns dentro do casa-
mento, mas, na verdade, amar não é um sentimento
que entra no coração e vai embora de repente. Amar é uma de-
cisão segundo um mandamento, dando origem ao sentimento.
Quando um cônjuge decide amar o outro e construir uma
família, deve trabalhar muito na manutenção do casamento,
para que essas frases não sejam comuns na boca do casal.
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guem viver juntos por mais de dois anos, período que é con-
siderado por vários estudos o tempo médio de duração da
paixão. O amor é para ser conquistado e trabalhado todos
os dias no casamento.
EROS
É o amor que existe entre homem e mulher, um amor
emocional. A ideia fundamental é a de um amor român-
tico, apaixonado e sentimental, e inclui também o aspecto
sexual. Salomão descreve esse tipo de amor com bastante
propriedade no livro Cântico dos Cânticos da Bíblia.
Por meio do amor Eros, muitos casais começaram o seu
namoro. É o que vemos naquela fase de casal apaixonado,
em que os namorados andam de mãos dadas, com o coração
ardente batendo forte, achando tudo muito lindo. Por fim, é
concretizado no casamento.
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STORGE
É o amor entre pais e filhos ou entre irmãos, um amor so-
cial. Quem já não ouviu falar de uma mãe que enfrenta tudo
e todos pelos filhos e, se necessário, vira uma leoa? Talvez
você, mãe, já tenha passado por isso, ou você, irmão.
Esse é o amor Storge, que podemos também descrever
como “afeição”. Talvez seja o tipo mais simples de amor.
Todo ser humano tem a necessidade de pertencer a um
grupo. Esse aspecto do amor dá aos cônjuges a necessidade
de pertencerem um ao outro. Não mais “eu”, mas “nós”.
PHILEO
É o amor que existe entre amigos, um amor intelectual.
Envolve camaradagem, partilha, comunicação e amizade.
Esse tipo de amor pode e deve existir entre marido e mu-
lher, pois reforça, e muito, a ligação entre os dois. Cria uma
amizade íntima e o prazer em estar junto, dividindo pensa-
mentos, sentimentos, atitudes, planos e sonhos.
Com esse amor, compartilhar assuntos íntimos e parti-
cularidades fica mais leve e fácil. Um casamento sem Phileo
se torna insatisfatório, mesmo com muito prazer na cama.
ÁGAPE
Esse é o amor que Deus tem por nós, um amor sobre-
natural. É o amor que transcende o natural, o comum, o
humano. Foi com essa qualidade de amor que Cristo amou
e ama a Igreja, e Ele pede que o marido ame a sua esposa da
mesma forma. Esse é o tipo de amor que todo ser humano
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FALTA DE MANUTENÇÃO
Casamento feliz dá trabalho, e você tem que se esforçar
pela sua manutenção todos os dias. O problema não é a falta
de amor, mas a falta de ferramentas para fazer essa manu-
tenção diária do casamento. À medida que um não corres-
ponde ao outro, o amor vai se desgastando. Os motivos são
diversos, de significativos a insignificativos, dependendo do
ponto de vista de cada um. Entre eles, estão:
Falta de carinho físico: apalpar um ao outro com as
mãos, tocar-se com o rosto, beijar-se, sair de mãos dadas,
abraçados etc. Isso é o que casais fazem no namoro. E por
que não o fazem mais quando se casam? Saibam os homens
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M
inha esposa, conversando com uma senhora
na academia enquanto fazia hidroginástica,
ouviu dela uma situação lastimável. Ela conta
que não havia sido feliz no casamento, até porque o relacio-
namento havia sido arranjado pelos seus pais. O esposo não
lhe trazia segurança alguma dentro de casa, muito menos
paz, tranquilidade e conforto. Ele sempre a olhava com a
cara muito feia, a ponto de assustar, e ainda a ofendia ver-
balmente. Com o tempo, ela passou a ter ódio dele, a cada
dia mais. Quando ele faleceu, o ódio que ela alimentava em
relação ao comportamento do esposo no casamento a fez
dizer: “Graças a Deus ele morreu e nem o diabo o quis”,
como se, para ela, fosse uma expressão de alívio. É claro que
não nos compete julgar o destino de quem parte desta vida.
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CONSTRUINDO EM AMOR
A vida conjugal deve ser construída com muito amor e
ternura e seguir de geração em geração. Muitos casais, por
não cultivarem o amor e criarem muitas situações constran-
gedoras, como ofensas físicas e verbais, traições e despre-
zo, acabam ferindo um ao outro. Aos poucos, vão nascen-
do mágoa, angústia, tristeza, ressentimento, rancor e raiva.
E, com isso, o coração do mais ofendido ou do mais fraco
emocional e espiritualmente vai permitindo que a semente
no seu interior vá crescendo, até gerar o ódio. Um veneno
destruidor brota de dentro para fora, produzindo amargura
que corrói os nossos corações e nossa mente.
As Escrituras nos alertam para não deixarmos que uma
“raiz de amargura” cresça em nossos corações (Hb 12:15). Por
isso, a nossa mente tem que estar sempre aberta, impedindo
pensamentos negativos que implicarão julgamentos e brigas
em que o ódio transborda agressivamente. Construa a sua fa-
mília com muito afeto, e, no caminhar da vida a dois, caso
tenha algum acidente, não queira resolver com ódio, mas re-
solva com amor. Com ele, você sempre sairá ganhando.
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ouco após o casamento, Ruth1 resolveu deixar o ma-
rido e voltar para a casa de seus pais. Segundo ela,
Adriano, o seu esposo, não estava correspondendo
às expectativas que ela havia criado acerca do casamento. Al-
guns dias mais tarde, ela decidiu retornar com o objetivo de
se adequar à vida de casada. Os anos foram passando, sem
muita evolução na convivência dos dois. Quando o casal já
completava onze anos juntos, com dois filhos, ela achou por
bem, em vez de sair novamente, mandar que ele fosse embo-
ra de casa, e assim fazia repetidamente. Até que, um dia, ele
pegou as suas coisas e, sem avisar, foi embora.
Foi uma decisão precipitada, porém provocada por estas
palavras impróprias para o casamento: “Vai embora desta
casa”. Após ficarem separados por um ano, sem nunca dese-
jarem o divórcio, ele voltou para casa. Estive aconselhando
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NINHO SEGURO
A nossa casa não é uma pousada no meio do caminho em
que só entramos para nos alimentar, tomar um bom banho, des-
cansar e seguir viagem. É uma morada onde o casal irá compar-
tilhar toda a sua vida. Os dois terão de enfrentar bons e maus
momentos, mas tudo isso faz parte de uma vida a dois, para que
possam se conhecer e se adaptar. Havendo amor entre os cônju-
ges, tudo suportarão, tudo enfrentarão e tudo vencerão.
A casa onde os cônjuges passam a viver juntos deve ser
um ninho seguro. Quando o homem ou o casal saem para
trabalhar ou para realizar qualquer outra atividade, devem
desejar voltar logo para casa, para seu ninho seguro. Mas,
infelizmente, para muitos não tem sido uma satisfação ou
alegria voltar para casa.
Aconselhando casais e, muitas vezes, exclusivamente ho-
mens, tenho ouvido de alguns esta infeliz frase: “Não tenho
prazer em voltar para casa” ou “não tenho desejo de chegar
à minha casa”. É claro que algumas mulheres também têm
tido esse mesmo desejo, de não querer chegar à própria casa
ou, estando em casa, de não querer que o marido chegue da
rua. Quem de nós já não falou, em meio a uma intensa dis-
cussão, ou ouviu de um cônjuge a seguinte frase: “Por mim,
você nem precisa mais voltar para casa! Pode passar o dia e
a noite na rua, é um favor que me faz”.
O que faz uma pessoa não ter mais desejo de voltar para
a própria casa? E o que faz uma pessoa mandar outra ir em-
bora? A resposta se deve às mais diversas e variadas situa-
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O QUE FAZER?
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termo “nunca” é semelhante a jamais, em tempo
algum ou em circunstância nenhuma. Se Jesus
nos ensinou que devemos perdoar setenta ve-
zes sete ao dia, como pode alguém usar o termo “nunca”? É
compreensível diante do tamanho e da gravidade da situa-
ção, mas não é aceitável segundo os ensinamentos de Jesus
e as Suas palavras. Quando alguém diz “estou decidido, não
vou te perdoar”, é como se estivesse se colocando estupida-
mente acima de Deus.
Sem saber, a pessoa vai alimentando, em sua mente e em
seu coração, que o seu cônjuge não merece perdão, inde-
pendentemente do motivo por que se trancou no seu inte-
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A NOBREZA DE PERDOAR
Uma das maiores causas da falta de perdão tão recorren-
te entre os casais é o adultério. Uma relação extraconjugal
de fato causa um descontrole emocional e psicológico na
pessoa ofendida, e também nos filhos.
A infidelidade conjugal que inclui o adultério e qual-
quer outro tipo de imoralidade sexual dá ao cônjuge que
foi traído o direito de se divorciar e se casar de novo, com
base nas palavras de Jesus: “Portanto, eu afirmo a vocês
o seguinte: o homem que mandar a sua esposa embora, a
não ser em caso de adultério, se tornará adúltero se casar
com outra mulher” (Mt 19:9).
A vontade de Deus para o casamento é que ele seja vita-
lício, até que a morte os separe, e único. Portanto, isso não
significa que o divórcio é a solução em todos os casos de
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TRABALHO EM DUPLA
A pessoa traída normalmente joga toda a culpa na outra,
acreditando que é quem traiu que deve trabalhar para resga-
tar a confiança, mas não é assim.
Quando há verdadeiro arrependimento por parte da pes-
soa que traiu a confiança de seu cônjuge, ela carrega dois
pesos: um pela traição e o outro pelo que irá ouvir de seu
companheiro ou companheira. É claro que ninguém conse-
gue esquecer de um dia para o outro, mas é muito impor-
tante que a pessoa ferida evite ficar jogando o erro na cara
do ofensor, a toda hora e todos os dias. Ambos terão de ter
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O QUE É O PERDÃO?
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PERDÃO UNILATERAL
Há muitas pessoas que levam feridas causadas por uma
situação que aconteceu anos atrás para o seu casamento.
A dor e os traumas que ficaram alojados no seu interior
certamente causam desconforto e muitas mágoas, a pon-
to de a pessoa descontar toda essa carga negativa no seu
cônjuge e até mesmo nos filhos, que não têm culpa algu-
ma deste ocorrido.
Nesse caso, a pessoa precisa perdoar quem a ofendeu,
independentemente do grau da ofensa, mesmo que o
ofensor já esteja morto ou viva em uma localidade mui-
to distante, sem contato com o ofendido. Nessa situação,
apenas uma pessoa toma consciência da necessidade de
liberar perdão, levando ao chamado perdão unilateral.
Perdoe, não pelo outro, mas por si mesmo. Perdoar é li-
bertar o outro para poder chegar a casa e descobrir que
o prisioneiro era você. A mágoa é a ira congelada, é a
ausência do perdão.
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A pessoa que não perdoa não tem ideia do mal que causa
para si mesma. Ela é nutrida de ódio pelo outro, o que come-
ça a gerar mágoa, rancor, ressentimento, vingança, feridas
internas. O ódio também compromete as emoções, o físico,
a psique e o coração, e tudo isso resulta em doenças. Eis o
porquê de muitas pessoas que foram traídas dizerem: “Eu
não entendo, o fulano que fez mal para mim está lá aprovei-
tando a vida, e eu, que fui traída, estou aqui, sofrendo”.
Os cônjuges devem seguir a paz e ter uma vida de comu-
nhão, para que possam experimentar a presença de Deus
em seu lar. Se houver alguma situação em que um feriu ao
outro, o ofensor deve pedir perdão e o ofendido perdoar,
não permitindo que brote em seu coração raiz de amargura.
Essa raiz pode levar a algumas ramificações.
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primeiro que
aparecer
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erta mulher, após ouvir muitas palavras ofensivas
a seu respeito ao discutir com o cônjuge, resolveu
deixar o homem falando sozinho e foi dar uma vol-
ta pelas ruas próximas a sua casa. Passando diante de uma pra-
ça, resolveu sentar-se em um banco e começou a chorar.
Quando percebeu, um homem apareceu e se sentou ao
seu lado, perguntando se estava tudo bem. Ela, muito fragi-
lizada pelas ofensas verbais do companheiro e se sentindo
carente naquele momento, começou a relatar toda a situa-
ção para esse homem que mal acabara de conhecer. Ele, por
sua vez, demonstrando muita calma e dando a ela toda a
atenção que não tinha em casa, deixou-a muito confortável
e segura ao seu lado.
Ele procurava acalmá-la e orientá-la com palavras de acon-
selhamento, mas logo ela percebeu que as suas palavras esta-
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A
mentira tem sido uma das maiores causas da
separação de casais no mundo, e um dos piores
males. Ela é sedutora e aparentemente mais fácil
e cheia de vantagens que a verdade. No entanto, é a principal
arma do diabo para nos afastar da presença de Deus e cau-
sar divisão entre amigos ou familiares, além de tantas outras
destruições morais.
Trabalhar a mentira ou usar esse artifício dentro do casa-
mento é muito prejudicial, pois destrói a confiança do casal.
E, depois de perdida, é muito difícil reconquistar a confiança.
Por isso, a importância de o cônjuge procurar ter um re-
lacionamento transparente, buscar sempre a comunicação e
informar ao outro constantemente o que está acontecendo.
E, se um dos dois tem a intenção de fazer qualquer coisa ou
quer tomar uma atitude por conta de certa situação, o me-
lhor caminho é conversar antes.
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O PAI DA MENTIRA
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AS CONSEQUÊNCIAS DA MENTIRA
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— Você é um mentiroso.
— Você não vale nada, só presta para mentir.
— Você nasceu grudado na mentira.
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asei-me porque queria realizar o meu sonho.
Hoje, sou frustrada e a única coisa que me segu-
ra com ele é que eu disse “sim” no altar. Nunca
senti falta nem saudades dele. Desde o início, percebia que
alguma coisa não estava bem. O tempo passou e eu não sei
como falar para ele que não o quero mais.
Ele é nervoso e já fez muitas cenas de ignorância sem
motivos. O que eu faço? Não o amo.
Essa é a carta de uma pessoa pedindo ajuda no programa
televisivo The Love School (Escola do Amor).
Infelizmente, há muitas pessoas nessa mesma condição.
Um dia, seguiram o desejo do seu coração de se casar com
um príncipe encantado, de véu e grinalda, com uma gran-
de festa, sendo a noiva e o noivo as estrelas da noite. Mas,
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FALTA DE ADMIRAÇÃO
Quando você tem admiração por alguém, passa a apre-
ciar essa pessoa e a desejar estar o mais próximo possível
dela, a ponto de começar a desejar um namoro e um possí-
vel casamento, imaginando que esta pessoa irá fazê-lo feliz.
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O sexo foi criado por Deus e é bom. Ele foi dado para
procriação, mas também para o prazer.
“Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher
da tua mocidade. Como cerva amorosa e gazela graciosa;
saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê
atraído perpetuamente.” (Pv 5:18–19)
O homem pode suportar bem um fracasso acadêmico,
social ou até no trabalho, desde que ele e a esposa se en-
tendam bem na cama. Mas o sucesso em outras áreas não
significa nada para ele se ele se sentir um fracasso no leito.
Já a mulher satisfaz seu senso de feminilidade. Desde crian-
ça, ela anseia, no futuro, tornar-se mãe, ser boa esposa e ter
uma linda casa.
Assim, no casamento, se ocorre uma frustração na área
sexual, parece que todos os sonhos acabam. É muito impor-
tante que os cônjuges se realizem na intimidade sexual, para
que a felicidade reine na área amorosa.
COMUNICAÇÃO
A comunicação é essencial para o desenvolvimento in-
telectual e emocional do ser humano. Para isso, precisamos
usar as linguagens verbal e gestual. Se não usarmos esses
dois tipos de linguagem, jamais poderemos nos comunicar
bem com os outros e externar nossos sentimentos, desejos,
pensamentos e projetos.
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FALTA DE COMPATIBILIDADE
Compatibilidade é a capacidade de pessoas ou grupos se
unirem e funcionarem em conjunto, promovendo o bem e o
crescimento mútuo.
Não significa necessariamente ter os mesmos dons e ha-
bilidades que o outro, mesmo porque todo ser humano tem
uma bagagem, um conjunto próprio de princípios, valores,
experiências, cultura, visão de mundo, opiniões, hábitos,
passado, traumas, influências da família, escolas, amigos,
sonhos e muito mais. Um virá de uma cultura e família dife-
rente do outro, mas ambos deverão habitar na mesma casa,
buscando os mesmo sonhos e objetivos.
Biblicamente incompatíveis são a luz e as trevas, a jus-
tiça e a injustiça, o bem e o mal, Deus e o diabo, os fiéis
e os infiéis.
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INFIDELIDADE
O índice de infidelidade conjugal tem sido altíssimo em
nosso país, acarretando um desmoronamento da família,
com a desmoralização e o desrespeito entre os cônjuges. Em
contrapartida, a fidelidade é um dos principais pilares do
casamento, contribuindo para um desenvolvimento equili-
brado, tanto físico quanto mental e espiritual, para os côn-
juges e seus filhos.
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que faz uma pessoa preferir ver o diabo a ver
o seu cônjuge?
A expressão “ver o cão”, nesse contexto,
não se refere ao animal, mas ao próprio diabo. Infeliz-
mente, os casais de hoje vivem em conflitos acirrados, e
os lares têm se tornado um campo de batalha, com ofen-
sas físicas e verbais. Um não tem prazer em estar perto do
outro, muito menos olhar para ele. A paz e a harmonia
dessa pessoa se esvaem tão rápido que ela, consciente ou
inconscientemente, diz uma frase dessas.
Será que essa pessoa tem consciência do que está
dizendo? Obviamente não. Na verdade, ninguém quer
ver o “cão” ou permitir que ele faça atrocidades no
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QUEM É SATANÁS?
Satanás é uma palavra hebraica que significa “adver-
sário, inimigo oponente, maligno”. Pode ser traduzida
também como “caluniador”, significado que a equipara ao
termo grego diabolo, a saber, diabo.
É um ser real cuja existência está descrita na Bíblia.
É perigoso, destruidor, tentador. Imagine alguém ficar
dizendo que prefere ver esse “sujeito” — ele atende o
pedido na hora. É ofício dele entrar sem convite, ima-
gine quando é convidado.
Jesus menciona Satanás várias vezes. Esse ser gosta
muito de diminuir a própria existência, para que possa
realizar aquilo que deseja sem ser percebido. É uma das
suas táticas mais sutis: fazer com que as pessoas pensem
que ele não existe. Mas, de acordo com as Escrituras Sa-
gradas, ele existe e faz muitos estragos na vida de quem
lhe permite entrar.
Suas características principais são seu intelecto para
armar ciladas e sua vontade de destruir as pessoas,
principalmente, famílias e aqueles que confessam a sua
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asamento é a união de duas pessoas comple-
tamente diferentes, portanto, é natural que,
apesar do amor, haja momentos em que não
entrem em acordo. Cada um irá trazer a sua cultura e a
educação que recebeu dos pais, e, muito provavelmente,
no tempo de adaptação, entrará em conflito com o côn-
juge. São duas escolas, duas formações opostas. Um vai
dizer que é assado, o outro vai dizer que é cozido, e os
dois vão achar que estão certos.
Como resolver essa situação?
Ela acha que ela está certa. Ele acha que ele é quem está
certo. Achar não significa nada, não prova coisa alguma e
não resolve a situação.
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A CULPA É SUA
Os homens têm a tendência de jogar o problema para a
esposa e continuar vivendo a própria vida como se tudo es-
tivesse normal. Quando a mulher diz: “precisamos resolver
esta situação”, ele responde com a maior cara de pau: “Que
situação? Eu não criei situação nenhuma, e não tenho nada
a ver com isso”.
O casal precisa aprender que todos os problemas são
problema do casal. Não dá para separar e cada um resolver
o seu. Tampouco vai ajudar um jogar a culpa no outro.
O que o casal precisa fazer é: tirar a dureza do coração,
que é basicamente uma teimosia em insistir no que não fun-
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ciona, dizendo que não vai mudar e que a culpa não é sua,
mas do cônjuge. Será que essa pessoa não reconhece que
precisa de ajuda em relação aos seus problemas pessoais e
que tem construído muralhas para o seu parceiro? Ela de-
monstra orgulho, egoísmo e falta de vontade de resolver a
situação, e nunca está errada.
A melhor forma de resolver uma situação não é achar
o culpado, mas sentar-se com o cônjuge para buscar a
melhor solução.
FINANÇAS
O descontrole das finanças é outro problema que tem le-
vado muitos casamentos a crises e à dissolução.
Quando uma família passa por um colapso financei-
ro devido ao mau desempenho ou à má administração
dos recursos, logo vem a questão: de quem é a culpa? É
óbvio que um vai querer dizer que a culpa é do outro,
que gasta mais e que não tem autocontrole algum quando
vê dinheiro. Na verdade, todo o dinheiro que ganhamos
com muito trabalho e suor deve ser gasto com critério e
responsabilidade.
A crise financeira é uma situação bem delicada para se
tratar. O casal precisará de muita paciência e de um novo
planejamento, buscando economizar o máximo possível.
Essa situação tira da pessoa o ânimo e a perspectiva de me-
lhora. Muitos não conseguem ter noites de sono agradáveis,
acordam irritados, pensativos, indispostos, como se nada
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COMUNICAÇÃO
A comunicação é o oxigênio do casamento. A língua
pode dar vida a um relacionamento ou matá-lo. Vivemos,
hoje, o fenômeno do divórcio progressivo, ou seja, a morte
do diálogo; e, onde a comunicação morre, o casamento não
sobrevive. O divórcio também tem sido uma consequência
da comunicação enferma.
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RELAÇÃO SEXUAL
O casamento é uma aliança entre o homem e a mulher,
consumada na relação sexual. Os homens são os que mais
reclamam da falta dessa prática com a esposa. Por outro
lado, elas também reclamam que eles não sabem preparar o
dia e o ambiente para esse momento amoroso, que é o antes,
o durante e o depois.
É muito importante que o marido trate bem a sua es-
posa, dando-lhe a devida atenção e carinho em todo o
tempo, para que, no momento da relação amorosa, ela
não venha sentir que está apenas sendo usada, ou até
mesmo se negue a consumar a relação com o cônjuge,
alegando vários motivos.
Em muitos casos, essa atitude se chama “frigidez sexual”,
que é a incapacidade de desfrutar do amor, bloqueando-o.
Essas dificuldades devem ser tratadas pelo diálogo entre os
cônjuges, com muita transparência.
O homem faz sexo para ficar bem e a mulher só faz sexo
quando está bem. O sexo é bom, santo e prazeroso no ca-
samento. Depois da salvação, é a coisa mais fantástica que
Deus nos deu. Após uma bela noite, tanto o homem quan-
to a mulher se sentem realizados e dormem bem. A saúde
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INFIDELIDADE
A infidelidade é o descumprimento de um compromisso
de fidelidade. É uma violação de regras e limites mutuamen-
te acordados. É um ato infiel.
Para muitos casais, essa situação provavelmente é a mais
difícil de resolver. Uma quebra de aliança deixa o cônjuge
traído, muito fragilizado e vulnerável. É necessário muito
equilíbrio emocional, fé em Deus e força para enfrentar isso,
sempre acreditando que é possível resolver a situação.
Existem vários caminhos para a infidelidade entre os cônju-
ges, mas os mais comuns e que têm causado um estrago muito
grande são a relação extraconjugal e o adultério virtual, atra-
vés da pornografia. A pornografia, hoje, se tornou o câncer
mais silencioso da terra, devido ao mal que causa no corpo e na
mente. Outro problema são os sites de relacionamentos.
Uma boa conversa, honesta e transparente, deve ser a
primeira atitude de um casal para se proteger da infidelida-
de. Para manter o relacionamento vivo, é necessário guardar
o melhor de suas energias para o parceiro e não privilegiar
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ASSUMA O GOVERNO
Deus criou a mulher com uma estrutura emocional di-
ferente do homem, para que ela se sinta protegida ao lado
dele. O marido deve exercer bem a função de líder e sacer-
dote do lar.
A responsabilidade de manter uma família em ordem,
na disciplina e, principalmente, ensiná-la a andar e crescer
nos caminhos do Senhor foi dada ao homem. Satanás tem
fragilizado o homem e tirado dele essa tarefa, atraindo-o
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HÁ SOLUÇÃO
A pergunta é: por que casais que passam por uma situação
nem tão difícil — ou até mesmo difícil — não conseguem ven-
cer os desafios que o casamento propõe, ainda que se amem?
A resposta é: eles vêm usando a ferramenta errada para
resolver os problemas. Têm usado a “emoção”. O segredo
não é usar a emoção para resolver problemas, mas a razão.
Não se resolve nada usando sentimentos.
Neste momento, não importa se eu gosto de você ou se
você gosta de mim. O que importa é que nós temos alguns
problemas que estão se tornando insuportáveis, e precisa-
mos resolvê-los para que possamos viver melhor, e, juntos,
alcançar os nossos objetivos. Portanto, o que vamos fazer
para resolver?
Este é o foco no casamento em crise: o que vamos fazer?
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casamento e a família foram estabelecidos por
Deus como a primeira e mais importante ins-
tituição humana na terra, pela qual homem e
mulher se tornam “uma só carne”, unidos em corpo e alma.
Os frutos dessa união são os filhos.
Na verdade, o casamento é como uma empresa, uma so-
ciedade, e ambos terão que ter a mesma visão e ideia, senão
a empresa vai à falência.
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FELICIDADE
Você se casou porque estava pensando na felicidade, mas
ela não é automática, e, sim, um alvo a ser perseguido com
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CONSTRUINDO UM LAR
Você se casou para construir um lar, um lugar de paz, de
alegria e de harmonia, mas, infelizmente, para muitos ca-
sais, esse lar não passa de uma casa.
Entenda a diferença entre uma casa e um lar:
Casa é uma construção de cimento e tijolos, lar é uma
construção de valores e princípios.
Numa casa, criamos e alimentamos problemas, já o lar é
o centro da resolução de problemas.
Numa casa, moram pessoas que mal se cumprimentam
e não se suportam; num lar, vivem companheiros que, mes-
mo na decadência, se apoiam e se solidarizam.
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ÁRVORE FRUTÍFERA
Você se casou para formar uma família e, como fruto do
seu amor, gerar filhos, tornando-se um referencial para os
parentes e amigos.
“Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do
ventre, o seu galardão.” (Sl 127:3)
Esse é o propósito de Deus para as famílias: que o ca-
sal, como uma boa sementeira e árvore frutífera, enrai-
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UMA CONQUISTA
Você se casou para exercer, com excelência, a prática da
conquista. Muitos casais acham que o casamento já vem
pronto, basta uma palavrinha mágica para cada problema
ser resolvido. Na verdade, as palavras positivas declaradas
na vida conjugal devem ser seguidas de ações e mudanças
de comportamento.
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UMA SÓ CARNE
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“Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória,
pois, a ele eternamente. Amém!”
(Rm 11:36)
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