Você está na página 1de 91

APOSTILA

CND - Curso Normal à Distância


INFORMÁTICA
APLICADA A EDUCAÇÃO

(21) 3347-3030 / 2446-0502


Sumário
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................4

1.CAMINHADA DA INFORMÁTICA EDUCATIVA. ...........................................................................7

1.1 Os primeiros passos na década de 1970 ...............................................................................7


1.2. Alguns progressos na década de 1980 .................................................................................9
1.3. O progresso mais recente: .................................................................................................. 12
2.O USO DO COMPUTADOR ....................................................................................................... 16

2.1. As novas tecnologias na sala de aula................................................................................. 16


2.2 Para alguns, o “futuro já chegou”... ...................................................................................... 21
2.3. A utilização de softwares na educação............................................................................... 25
2.4 Os sistemas operacionais e alguns programas ................................................................... 29
2.4.1 Algumas ideias sobre o WORD ........................................................................................ 30
2.4.2 Tornando o PowerPoint um aliado em apresentações para trabalhos e aulas ................ 32
2.4.2. O Microsoft Excel pode ajudar muito. .............................................................................. 35
3. O PREPARO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO COM A
INFORMÁTICA ............................................................................................................................... 40

3.1 Buscando a ajuda dos grandes pensadores da Educação ................................................. 46


3.2 Algumas ponderações para concluir o capítulo ................................................................... 47
4. UTILIZANDO A INTERNET COMO RECURSO PEDAGÓGICO .............................................. 51

4.1 Serviços da internet que podemos utilizar ........................................................................... 52


4.1.1 Sítio, página ou homepage ............................................................................................... 52
4.1.2 Envio e recebimento de arquivos ...................................................................................... 53
4.1.3 Correio eletrônico ou e-mail .............................................................................................. 54
4.1.4 Salas de bate-papo ou chat. ............................................................................................. 55
4.1.5 Lista de discussão............................................................................................................. 56
4.1.6 Blog ou weblog .................................................................................................................. 59
4.1.7 As redes sociais e os diversos softwares sociais ............................................................. 61
4.1.8 Buscando mais algumas ideias ........................................................................................ 64
4.1.9. Projeto pedagógico com a utilização da internet. ........................................................... 66
5. TRABALHANDO COM AS CRIANÇAS NO COMPUTADOR .................................................... 69

5.1 O computador na Educação Infantil..................................................................................... 69


5.2. As novas tecnologias no Ensino Fundamental ................................................................... 73
5.2.1 Trabalhando com os computadores em Língua Portuguesa ............................................ 74
5.2.2. As possibilidades do trabalho em Artes ........................................................................... 76
5.2.3 A Geografia usando as novas tecnologias. ...................................................................... 78
5.2.4 Preparando o aluno para pesquisa em sites confiáveis ................................................... 79
5.2.5. Mais e mais sobre o uso da Tecnologia .......................................................................... 81
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 87

3
INTRODUÇÃO

Olá aluno/aluna do CND


Apresentamos a você o módulo sobre a Informática na Educação. A
educação à distância, que está permitindo a você complementar a sua formação,
já foi feita no através do correio e da televisão, mas a utilização dos
computadores e da internet é que está ampliando muito a oferta e as formas de
aprendizagem.
Essa parceria entre educação e tecnologia está caminhando no sentido de
ser efetivada, de maneira cada vez mais ampla no Brasil mesmo reconhecendo,
que ainda ocorrem dificuldades nessa trajetória.
Dessa forma no nosso curso temos o objetivo de levá-lo a discutir e refletir
sobre as vertentes que podem ser percorridas para que, na sua atuação como
professor, você possa se valer das inúmeras possibilidades trazidas pelo uso da
Informática na Educação, bem como para apontar. diferentes usos dessa
tecnologia o que já vem ocorrendo com sucesso em algumas Instituições de
ensino.
É nossa intenção trazer para discussão assuntos que encontramos
corriqueiramente nas falas dos educadores a respeito da Informática e da
Tecnologia
Embora muitas escolas possuam computadores, esses não são utilizados
como deveriam, ficando muitas vezes trancados em salas isoladas, longe da
utilização, tanto dos professores quanto dos alunos.
Por outro lado há professores mais conservadores que têm resistência à
interação. Mesmo assim, dificilmente hoje podemos pensar em um professor que
não utilize a tecnologia, o computador e o acesso à internet para preparar suas
aulas. Complexo mesmo é lidar com os computadores para transformá-los em
recurso pedagógico que facilitem o processo ensino aprendizagem.
Alguns dos professores que ainda temem o uso da informática assim
agem por medo do novo, por achar a informática difícil de trabalhar ou mesmo

4
receando ser substituído pela máquina. Dentro do cenário de temor é possível
ouvir relatos de professores que citam o fato de ter alunos que conhecem mais o
computador do que eles próprios conhecem e isso seria um fator limitador, uma
vez que ele precisaria atuar em um cenário desconhecido para si próprio. .
Há inúmeras atividades que podem ser realizadas com uso da
informática, como organização de notas dos alunos em planilha eletrônica,
produção e correção de trabalhos, tarefas de educação à distância como a
nossa, que criam interatividade no aprendizado e permitem envio arquivos
digitais entre outras atividades.
Sobretudo interessa-nos abordar atividades em que os nossos alunos
tenham a possibilidade de utilizar o computador como recurso didático e
pedagógico, tornando-se agentes condutores do seu próprio aprendizado.
A proposta desse módulo é apresentar a você um pouco da trajetória da
Informática na educação no Brasil abordando atividades governamentais e não
governamentais no setor ; as possibilidades do uso do computador na educação;
a necessidade da formação do educador para se tornar capaz de lidar com as
mudanças tecnológicas em curso bem como apresentar as múltiplas visões
sobre o uso da internet.
Não há espaço nesse trabalho para demonstrar tecnicamente o uso da
Informática. Você aluno, ao longo de sua vida acadêmica , é que deverá buscar
os tutoriais de sistemas operacionais visando a destreza no uso das ferramentas
de informática que já existem e também poderão surgir. No nosso módulo serão
indicados alguns sítios que disponibilizam tutoriais para ajudá-los nas suas
descobertas.
Para completar o módulo pretendemos trabalhar com exemplos da
utilização da Informática tanto na Educação Infantil como no Ensino
Fundamental, através da exposição de caminhos já percorridos por outros
educadores.

5
Caminhada
da Informática
Educativa

Informática na O computador
Educação e seu uso
Infantil e
Ensino
Fundamental

Informática e
Educação

Ampliando a Preparação
visão com a do Educador
Internet para a
tecnologia

6
1.CAMINHADA DA INFORMÁTICA EDUCATIVA.

A proposta desse capítulo é traçar um panorama da caminhada da


Informática na educação no Brasil. Aqui a opção foi trazer aspectos sobre a
Informática na educação que ficaram mais marcadas ao longo do tempo e ainda
hoje repercutem.

Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de:


 Identificar as diversas etapas que foram vencidas para introduzir a
informática na educação.
 Citar os principais implantados para esse fim.
 Entender as vitórias e as dificuldades ainda existentes nesse caminho.

Quanto tempo
para chegar até
aqui!

Esse histórico não se destina a descer a detalhes em que você precise


saber de datas e decorar siglas.
Na verdade queremos que você situe e perceba o quanto já se conseguiu
e o quanto ainda precisamos, num esforço conjunto entre a sociedade e o
governo, avançar.

1.1 Os primeiros passos na década de 1970


Na década de 1970 começou de modo mais efetivo, a discussão sobre o
uso da informática na educação.
As instituições pioneiras nas pesquisas sobre o uso do computador na
educação brasileira foram a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a

7
UNICAMP (Universidade de Campinas) e a UFRGS (Universidade Federal do
Rio Grande do Sul).
Na UFRJ o computador foi utilizado em atividades acadêmicas no
Departamento de Cálculo Científico que deu origem ao Núcleo de Computação
Eletrônica. Surgia, ao mesmo tempo, uma disciplina direcionada para o ensino
da informática.
Em 1973, no Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde e no Centro
Latino Americano de Tecnologia Educacional, ambos na UFRJ, a informática se
volta para a avaliação dos alunos de Química. Ainda nesse mesmo ano teve
início o uso de aplicativos especiais para o curso de pós-graduação em
Educação.
Dois anos mais tarde, o MEC num acordo com Banco Interamericano para
o Desenvolvimento (BID) financiou o documento “Introdução de Computadores
na Escola”, escrito por um professor do Instituto de Matemática, Estatística e
Ciências da Computação da UNICAMP. Nesse mesmo ano e nessa mesma
universidade estiveram notáveis cientistas que aprofundaram estudos sobre a
inteligência artificial.

Que tal conhecer uma definição sobre a IA:


A Inteligência Artificial é uma área de pesquisa da ciência da computação dedicada a
buscar métodos ou dispositivos computacionais que possuam ou multipliquem a capacidade
racional do ser humano de resolver problemas, pensar ou, de forma ampla, ser inteligente.
Também pode ser definida como o ramo da ciência da computação que se ocupa do
comportamento inteligente ou ainda, o estudo de como fazer os computadores realizarem coisas
que, atualmente, os humanos fazem melhor.
Fonte da imagem e texto: WIKIPEDIA

8
Você saberia explicar a imagem a partir da explicação do texto?

No ano seguinte pesquisadores da UNICAMP foram ao Instituto de


Tecnologia de Massachusetts nos Estados Unidos e daí surgiu um grupo de
especialistas de diversas áreas tais como computação, linguística e psicologia
educacional, que pesquisou o uso de computadores na educação, usando a
linguagem de programação chamada Logo. A partir de 1977, o projeto passou a
envolver a participação de crianças. Esse trabalho deu ensejo à constituição já
na década seguinte, em 1983, do Núcleo Interdisciplinar de Informática aplicada
à educação da UNICAMP mas já com apoio do MEC.
Duas perguntinhas
1- Qual a importante contribuição da UFRJ nesse primeiro momento da
informática educativa?
2-Que relação é possível estabelecer entre o projeto Logo e a UNICAMP?

1.2. Alguns progressos na década de 1980


O governo federal brasileiro procurou estimular o desenvolvimento do
setor de informática criando vários órgãos ligados ao setor. Para discutir as
estratégias procurando a informatização da sociedade realizou-se o I Seminário
Nacional de Informática na Educação, na Universidade de Brasília (UnB) em

9
agosto de 1981, que foram seguidos de outros. Firmava-se dessa forma o
interesse do país no uso da Informática na Educação.
A partir desse seminário foram implantados projetos piloto em
universidades para servirem de base para uma política nacional de
informatização.
No final de 1981 foi divulgado o documento “Subsídios para a Implantação
do Programa Nacional de Informática na Educação”. Em 1982 foi criado o Centro
de Informática do MEC que mais tarde se tornou responsável pela
implementação, coordenação e supervisão técnica do Projeto Educom.
Ainda em 1983 foi apresentado o “Projeto Educom” como proposta
interdisciplinar direcionada para pesquisas, visando a capacitação e a coleta de
subsídios para incrementar a informatização na educação e na sociedade como
um todo.
A partir desse momento, segundo Nascimento (2007), o MEC assumiu a
liderança do processo de informatização da educação brasileira.
Um dos argumentos utilizados para a transferência do Projeto Educom
para o MEC era o de que informática na educação tratava de questões de
natureza pedagógica relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem,
envolvendo escolas públicas brasileiras e universidades, na busca de subsídios
para uma futura política para o setor educacional.
Entretanto, em março de 1985, com o fim do governo militar, muitas
mudanças funcionais ocorreram na administração federal com reflexos na
orientação política e administrativa.
Já na fase de abertura política, com o fim da ditadura militar, a
capacitação dos professores foi realizada pelo Projeto Formar, através da
UNICAMP, com a colaboração dos vários centros-pilotos do Projeto Educom. O
Projeto Formar destinava-se, em sua primeira etapa, à formação de profissionais
para atuarem nos diversos centros de informática educativa dos sistemas
estaduais e municipais de educação.

10
Parada para Atividade
Vamos entender melhor o objetivo do Projeto Formar lendo o texto abaixo
e explicando a filosofia desse projeto, distinguindo-o de um simples treinamento:

Com a escolha do nome Projeto Formar, tínhamos em mente marcar uma


transição importante em nossa cultura de formação de professores. Ou seja,
pretendíamos fazer uma distinção entre os termos formação e treinamento, mostrando
que não estávamos preocupados com adestramento ou em simplesmente adicionar
mais uma técnica ao conhecimento que o profissional já tivesse, mas, sobretudo,
pretendíamos que o professor refletisse sobre sua forma de atuar em sala de aula e
propiciar-lhe condições de mudanças em sua prática pedagógica na forma de
compreender e conceber o processo ensino aprendizagem, levando-o a assumir uma
nova postura como educador. (MORAES, 1997, p.23).

Os professores formados tinham compromisso de agirem como


multiplicadores nas secretarias de educação das quais eram oriundos. Assim
foram implantados Centros de Informática Educativa (Cieds). Cada um dos 17
Cieds tinha como propósito atender professores e alunos do ensino fundamental
e médio, bem como a educação especial e a comunidade em geral. O Cied
deveria ser um centro irradiador e multiplicador da tecnologia da informática para
as escolas públicas brasileiras.
Todas as iniciativas brasileiras para a difusão da informática chegaram à
Organização dos Estados Americanos (OEA) .A instituição em 1988, convidou o
MEC para apresentar um projeto de cooperação com outros países latino-
americanos, estendendo-se até a cooperações internacionais no setor.
Em decorrência de todas essas iniciativas, foi estabelecida uma sólida
base para a criação de um Programa Nacional de Informática Educativa

11
(Proninfe), que foi efetivado em outubro de 1989. O Proninfe tinha por finalidade
desenvolver a informática educativa no Brasil, a nível federal,estadual e
municipal através de projetos e atividades, articulados e convergentes, apoiados
em fundamentação pedagógica sólida e atualizada, de modo a assegurar a
unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e
investimentos envolvidos. No decorrer de sua atuação é importante destacar
que:
 os objetivos do Proninfe passaram a fazer parte do Plano Nacional
de Educação
 incrementou-se o desenvolvimento de pesquisas
 foram implantados mais centros de informática educativa.
 produziram-se e avaliaram-se softwares educativos.

1.3. O progresso mais recente:


É preciso registrar que ao longo dos anos 90 tanto o Proninfe que já
citamos, quanto o Planinfe (Plano de ação integrada) ligado ao MEC criado em
1990 para o período de 1991 a 1993, com objetivos, metas e atividades para o
setor,destacavam a necessidade de atuar na formação do professor.

Em 1997 foi criado o Programa Nacional de


Informática na Educação (PROINFO) e está em vigor até hoje
Esse foi mais um programa visando promover o uso da informática nas
escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio. Desta vez o programa é
desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC, através do
Departamento de Infraestrutura Tecnológica (Ditec) com a colaboração das
Secretarias de Educação de estados e municípios.

12
Segundo as estatísticas de 2001, o Estado que apresentava o maior grau
de inclusão digital nas escolas era São Paulo e o menos incluído era o Tocantins.
Nos últimos anos, o Proinfo deu ênfase à implementação de laboratórios
de informática nas escolas de Ensino Médio e, atualmente, concentra seus
esforços para implementação de laboratórios de informática em escolas de
Ensino Fundamental de áreas rurais e urbanas que ainda não dispõem deste tipo
de infraestrutura. O programa compreende também ações de apoio à formação a
distância de professores. A coordenação geral do Proinfo é de âmbito federal,
mas é operacionalizada pelos estados e municípios. Em cada estado há uma
coordenação que introduz as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)
nas escolas, articula as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE),
que possuem uma infraestrutura de informática e comunicação e reúnem
especialistas em tecnologia de hardware e software. Cada estado brasileiro
possui um Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional (Cete).
Os profissionais que trabalham nos NTEs são especialmente capacitados
pelo Proinfo para auxiliar as escolas em todas as fases do processo de
incorporação das novas tecnologias. A capacitação dos professores é realizada a
partir desses núcleos, nos quais os agentes multiplicadores dispõem de toda a
estrutura necessária para qualificar os educadores a fim de utilizar a internet no
processo educacional.
O laboratório de informática é um patrimônio que pode beneficiar toda a
comunidade, e o NTE é um agente colaborador. Sua função é orientar o uso
adequado desses instrumentos para beneficiar a escola e a comunidade.
Como vocês sabem, pois são parte desse processo, o desenvolvimento e a
expansão da EaD (Educação a Distância) se devem ao uso da informática.
Até aqui tentamos mostrar a vocês o quanto de caminhada na
implementação da Informática educativa já foi feita.
Por outro lado, uma manchete da Revista Nova Escola chamou a atenção
com o seguinte título: "Tecnologia na escola:tem mais ainda é pouco". De acordo

13
com Paulina e Costa (2009) em pesquisas realizadas foi constatado que em 1996,
o governo federal prometeu distribuir 300 mil computadores às escolas e em 1997
após o lançamento do Proinfo, o número baixou para 100 mil. Em 2002, havia
apenas 20 mil laboratórios instalados. E, sete anos depois, esse número ainda
não tinha chegado a 50 mil. segundo dados de 2009.
A reportagem também trabalha com os números da pesquisa feita pela
Fundação Victor Civita. A pesquisa envolveu 400 escolas. Esses dados mostram
que há equipamentos nas escolas, mas seu uso ainda é muito mais burocrático
do que pedagógico. Assim a proporção de uso dos funcionários administrativos é
de 4,7 vezes por semana, em média , enquanto os professores só fazem isso 3,2
vezes por semana e os alunos ainda menos: 2,6 vezes por semana, em média.
São citadas como causas para essas diferenças:
 a quantidade de máquinas disponíveis uma vez que quanto mais
computadores a escola tem, maior é a frequência de uso para
atividades educacionais, inclusive com a participação dos
estudantes.
 a conexão à internet é fundamental para desenvolver um bom
trabalho. Pelo levantamento realizado as escolas que têm apenas
conexão discada acabam utilizando as máquinas apenas para
atividades administrativas ou para tarefas muito básicas ,enquanto
os trabalhos mais elaborados são feitos onde o acesso é via banda
larga.
É verdade que os recursos materiais para uso da tecnologia já estão
disponíveis, ao menos nas escolas públicas das grandes capitais. Mas ainda são
insuficientes e não estão a serviço da aprendizagem dos alunos.
Dessa maneira, confirmando o exposto, chama a atenção é o número de
escolas com laboratório de informática que não usam o recurso , que poderia ser
pedagógico, com alunos(18% do total das escolas envolvidas na pesquisa).

14
PARADA PARA ATIVIDADE
A partir da manchete da reportagem - Tecnologia na escola: tem mais
ainda é pouco da Revista Nova Escola (2009) você vai confrontar dois pontos
de vista: um positivo e outro negativo a respeito da caminhada da Informática
educativa.

A linha de tempo dá uma visão geral e resumida do caminho seguido nos


últimos 40 anos, para que a informática se tornasse útil à educação:
1970_______________1980_____________1990_____________2000__

As primeiras Mais
pesquisas na O Projeto Proinfo- uso da laboratórios
UFRJ, na UFRGS EDUCOM e informática nas nas escolas,
e na UNICAMP. FORMAR. escolas públicas. expansão da
EaD.

Neste capítulo procuramos mostrar como ocorreu a evolução do uso


da informática na educação, abrangendo um período de aproximadamente
40 anos.
Vamos agora entender melhor o uso do computador na escola,
como recurso pedagógico.

15
2.O USO DO COMPUTADOR

O uso do computador permite ao professor e à escola dinamizarem o


processo ensino-aprendizagem, com aulas mais motivadoras que despertem o
interesse e a curiosidade dos alunos. A informática na educação não está restrita
à informatização da parte administrativa da escola.

Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de:


 Identificar as formas de utilização do computador como recurso
pedagógico.
 Preparar o aluno para o mundo virtual, cada vez mais presente na vida
de todos.
 Entender como cada tecnologia pode desenvolver a criatividade e
despertar o interesse do aluno.

2.1. As novas tecnologias na sala de aula

Nesta segunda década do século XXI as TICs (Tecnologias da Informação


e Comunicação) estão cada vez mais presentes na vida de todos. Nas salas de
aula os computadores, os celulares, as câmeras digitais, a internet, as
mensagens instantâneas ainda provocam reações diferentes. Para alguns
professores há expectativa pela chegada dos novos recursos, ansiedade com as
possibilidades que se abrem ou como já disse medo que eles tomem o seu lugar.
Vamos responder às questões iniciais:
Quando usar a tecnologia em sala de aula?
Como utilizar os novos recursos?

Para responder à primeira pergunta é essencial dizer que a tecnologia


deve estar sempre a serviço dos conteúdos, sendo adequada às faixas etárias.

16
Não é razoável, por exemplo, mostrar o exemplo da germinação de uma
semente numa animação, se o aluno pode acompanhar a experiência real.
Com os professores ensinando e aprendendo com as TIC e com a
inclusão de Mídias na Educação, todos com abrangência nacional através de
EaD /Proinfo, os professores adquirem a consciência da necessidade de
mudanças de paradigmas e exercitam os três itens básicos da “teoria de Shőn"
que consiste em três aspectos: reflexão na ação docente (pensar enquanto
pratica), reflexão sobre a ação docente (pensar depois que pratica) e reflexão
sobre o que foi refletido (pensar sobre o que foi pensado).

Dessa forma diferentes estudos concluem que o uso das TIC como
recurso pedagógico pode:
estimular as habilidades cognitivas dos alunos,
tornar a aula mais interessante e
despertar no aluno novas formas de aprendizagem.
Novas estratégias de ensino

Novas estratégias de aprendizagem.

Preparado para o uso de diferentes mídias como ferramentas


pedagógicas, o professor também desenvolve suas aptidões cognitivas e
conhece novos procedimentos, atuando de modo mais efetivo no processo de
aprendizagem dos alunos.
Com o computador é possível fazer pesquisas, redigir textos, criar
desenhos, fazer cálculos, armazenar fotos, digitar provas, lançar notas, tirar
médias, apresentar textos, fotos, ilustrações, filmes, reportagens. É um mundo
que se abre para novas formas de ensinar, novas formas de aprender.

17
Vamos apresentar classificações para o uso do computador sob diferentes
enfoques: em relação à proposta da escola; quanto ao controle do tempo para a
utilização e ainda de acordo com os objetivos.
De acordo com a proposta pedagógica da escola a utilização do
computador na educação pode ser classificada de duas formas:
Por disciplina – o computador serve para o lançamento, reforço ou
complementação dos conteúdos dados na sala de aula, numa
determinada disciplina.
Exemplo; O professor de Geografia apresenta no “data show” diferentes
paisagens naturais e urbanas do Brasil para chegar à regionalização do
país.
Projetos educacionais: nesse caso a informática integra as diversas
disciplinas no desenvolvimento de projetos.
Vejam alguns exemplos num projeto sobre a preservação do meio
ambiente, sobre a sustentabilidade:
 Matemática: levantamentos estatísticos das áreas
desmatadas em todas as regiões brasileiras.
 Geografia: estudo das áreas e das regiões
desmatadas com a produção de mapas indicando a localização das
áreas atingidas pelo desmatamento em todo o Brasil.
 Ciências: consequências do desmatamento para o
meio ambiente e para o homem.
 Língua Portuguesa: elaboração de entrevistas com
especialistas no assunto para produção de textos, como transcrição
das entrevistas, dos relatórios, das redações, dos artigos, etc.
Muitas vezes surge algum questionamento sobre o tempo de utilização da
informática.
Podemos então classificar a utilização dos ambientes da informática de
duas maneiras:

18
Sistematizada: Com horários previamente definidos por ocasião do
planejamento; pode ser semanal, quinzenal ou até diário. Essa forma é
adequada à escola que está começando o seu processo de
informatização, para que professores e alunos vençam suas resistências e
se familiarizem com o computador.
Não sistematizada: O uso do computador é livre e depende do interesse e
das necessidades do professor. Essa forma de utilização pressupõe
professores em avançado estágio de integração tecnológica. Em alguns
casos pode deixar o ambiente de informática com baixa utilização.
O uso do computador pode ainda ser classificado de acordo com os
objetivos:
Pedagógico: computador utilizado como instrumento de sensibilização ou
complementação de conteúdos disciplinares. Os alunos devem saber
manusear o computador para alcançar de modo adequado os objetivos
estabelecidos.
Social. A escola procura passar alguns conhecimentos de tecnologia para
serem aplicados no dia a dia, em caixas eletrônicos de bancos, em
terminais de consulta.
Responda bem rapidinho
Como se classifica o uso do computador com relação à proposta da escola?
Como se classifica o uso do computador com quanto manejo do tempo de uso?
Como se classifica o uso do computador com relação quanto ao objetivo de uso?

19
Com a leitura do texto que se segue pretendemos que você entenda melhor a
importância do computador na educação.
A importância da utilização da tecnologia computacional na área
educacional é indiscutível e necessária, seja no sentido pedagógico, seja no
sentido social. Não cabe mais à escola preparar o aluno apenas nas habilidades
de linguística e lógico-matemática, apresentar o conhecimento dividido em
partes, fazer do professor o grande detentor do conhecimento e valorizar apenas
a memorização. Hoje, com o novo conceito de inteligência, em que podemos
desenvolver as pessoas em suas diversas habilidades, o computador aparece
num momento bastante oportuno, inclusive para facilitar o desenvolvimento
dessas habilidades-lógico-matemática, linguística, interpessoal, intrapessoal,
espacial, musical...
Reescreva o texto mostrando a sua habilidade de interpretação.

Para aqueles que estão ainda se adaptando ao uso do computador na sala


de aula, algumas observações são válidas.
Os alunos devem aprender a ligar e desligar o computador para entender
melhor a inicialização da máquina.
O professor deve evitar deixar os programas prontos, fazendo com que os
alunos os iniciem durante a aula e assim se familiarizem com a máquina.
O professor deve, sempre que possível, imprimir os trabalhos
desenvolvidos pelos alunos.
Será também oportuno que o aluno tenha um CD ou pen drive para copiar
seus trabalhos.
No laboratório de informática devem ocorrer muitas atividades práticas,
evitando explanações muito longas. Podem ainda existir mesas e cadeiras
para outras atividades quando não há computadores suficientes para
todos os alunos presentes.

20
2.2 Para alguns, o “futuro já chegou”...
Em muitas escolas o uso de computadores portáteis e laptops nas salas
de aula já é uma realidade. Mas até mesmo nessas escolas professores e alunos
ainda enfrentam dificuldades.

Tecnologia sozinha não


aprimora o aprendizado.

Analise esta ideia sob o olhar de Scachetti (2012):


Imagine duas cenas. Na primeira, a sala de aula possui um quadro-negro, o
professor usa o giz e senta em uma mesa em frente às crianças, posicionadas
nas carteiras enfileiradas. Na segunda cena, o docente utiliza uma lousa digital e
os alunos estão atrás de mesas brancas com computadores. O que muda se
compararmos esses dois cenários? Se você disse que "na segunda cena o
aprendizado é melhor", cuidado. A euforia geral com a tecnologia leva a pensar
que o investimento em equipamentos garante a melhoria do ensino e da
aprendizagem, mas a realidade mostra que em muitas salas de aula que se
enquadram na segunda descrição a diferença está apenas nas ferramentas
empregadas no trabalho. A resposta para a pergunta do primeiro parágrafo é,
portanto, "depende". Depende de como a interação entre professores, alunos e
conteúdos se dá após a inclusão dos novos recursos. (SCACHETTI, 2012, p.32)

Voltando a citar estatísticas é interessante demonstrar como está a


presença do computador nas escolas no país e nas diferentes regiões. O Censo
Escolar de 2010 mostrou que 39,37% das escolas brasileiras já possuíam
laboratório de informática, 60,45% tinham computador, e 45%, acesso à internet.
Mas a presença das máquinas não é igualitária no Brasil. As regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste estão com a maioria das unidades preparadas.

21
Um questionamento sério
O que a distribuição dos computadores e do seu uso está refletindo em
relação às regiões brasileiras?

Combater a exclusão digital e preparar os alunos para a vida atual é um


ganho, mas precisa de complementos.
É essencial que a tecnologia seja incorporada ao Projeto político-
pedagógico (PPP) e integrada aos conteúdos do currículo. O computador na sala
de aula ou no laboratório deve ter um uso dirigido.

Muito bem! Agora você deverá responder. Quais os dois marcos


essenciais para melhor fazer uso do computador na escola?

Mestrandos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo


encontraram, em suas pesquisas, cenas distintas nessa utilização. Há, por
exemplo, computadores com sistemas convencionais e outros com programas
específicos para o uso em sala de aula.
De acordo com uma das pesquisadoras: “Agora, planejar uma aula
significa preparar os recursos que vão ser utilizados pelos alunos, desde sites
até equipamentos que se somam aos laptops.” (MENDES, 2011, p.88)
Em alguns casos os recursos são usados para desenvolver atividades que
poderiam ser feitas sem a tecnologia. Uma das explicações para o fato é a
deficiência na formação. Esse foi um dos aspectos observados no trabalho De
acordo com Silva, citada por Mendes (2012) a maioria dos profissionais que
foram entrevistados na rede pública de São Paulo, indicou que a falta de
conhecimentos gera inseguranças no manuseio dos computadores.

22
No estudo de Mandaio (apud MENDES, 2012), os educadores também
apontaram o baixo acesso a materiais de apoio. Como consequência, dependem
do apoio de técnicos, sentem que falta tempo para cumprir o conteúdo e têm
dificuldade para preparar as aulas.
Como é possível vencer esses desafios?Buscar o apoio da gestão da
escola é um dos caminhos indicados para vencer essas adversidades e seguir
em frente com as novidades. Ainda referente a pesquisa realizada por Mandaio
(apud MENDES,2012) em duas escolas públicas do interior de São Paulo,
conclui-se que na maioria das vezes os docentes usam os computadores para
auxiliar aulas expositivas, propor exercícios, interpretar textos, usar jogos
educativos e explorar imagens, sons e animações.
Outra forma de utilização é disponibilizar as máquinas para que os alunos
realizem apresentações de trabalhos e conteúdos. Em uma pesquisa ficou
constatado que 89% dos professores de uma escola de Campinas, em São
Paulo assim agiam.
Podemos apontar vantagens indiscutíveis do uso do computador na
escola:
 A melhora na leitura e na escrita é um dos destaques apontados
pelas pesquisas. Com as máquinas, os estudantes tiram dúvidas
sobre ortografia, corrigem a concordância de frases e têm uma
maior autonomia em relação à produção escrita.
 Os estudantes sentem a necessidade de reorganizar a posição de
sua mesa. Eles se unem em grupos para trocar conteúdos e
compartilhar informações sobre os usos dos programas e sobre as
descobertas.
 O acompanhamento da classe passa a ser mais individualizado. O
professor caminha, intervindo se necessário. Ele também precisa
se preparar para atender a mais interrupções feitas por alunos e
abrir espaço para que eles compartilhem ideias.

23
Ao preparar as atividades, o docente precisa testar os programas e prever
o uso inovador dos equipamentos. É importante avisar aos alunos, caso eles não
fiquem sempre na classe, que as aulas com computadores portáteis ocorrem em
dias determinados. O professor tem o papel de orientar o trabalho. Mas, por mais
autonomia que as máquinas possam trazer aos alunos, cabe a ele indicar dados
confiáveis.
A tecnologia por si só não muda as práticas existentes. A máquina
substitui o caderno e os livros, mas não altera o contexto pedagógico.

Curiosidades
Em Londres, uma feira (Bett Show 2012) mostrou as novidades que, mais
cedo ou mais tarde, estarão nas salas de aula.
Os cerca de 700 expositores e palestrantes apresentaram tudo o que
hardwares e softwares podem fazer para ajudar no ensino e facilitar a
aprendizagem e mostraram como algumas escolas já estão aproveitando isso.
Em todos os corredores, a ênfase era para a capacidade que a tecnologia
tem de promover a interatividade, colocar a produção intelectual e cultural ao
alcance de todos e facilitar a inclusão - com produtos capazes de atender
individualmente a qualquer necessidade especial de aprendizagem. "Gostaria de
ver os estudantes usando na escola as mesmas ferramentas que os profissionais
utilizam no trabalho. Mas para isso precisamos mudar o currículo e formar os
professores", disse Michael Gove, secretário de Estado para a Educação da Grã-
Bretanha.

24
Novidades mostradas na feira:
MP3 para leitura: Os fones de ouvido coloridos vêm com histórias,
músicas e jogos de palavras. O professor pode incluir arquivos de áudio e ainda
gravar a fala das crianças.
Caneta leitora: Indicado para disléxicos, o dispositivo lê documentos, que
ficam arquivados por escrito e em áudio. Este modelo armazena o texto redigido
pelo aluno.
Carteira interativa: Com tampo de LCD sensível ao toque, biblioteca,
videoteca e outras ferramentas, esta mesa permite o trabalho em grupo de até
seis alunos.
Dispositivo de respostas: Basta apertar as teclas para responder às
questões feitas pelo professor, que recebe a avaliação em tempo real e replaneja
a aula se necessário.
Monitor inclusivo: Tela gigante sensível ao toque possibilita a participação
de estudantes com baixa visão ou dificuldade de movimento nas atividades
propostas em aula.
(Publicado em Revista Nova Escola, nº 250)

2.3. A utilização de softwares na educação

Há diversos tipos de softwares (programas de computador) que podem


ser usados em educação.
Os softwares podem ser classificados nos seguintes grupos:
 Softwares tutoriais: apresentam conceitos e instruções para a realização
de tarefas específicas, com baixa interatividade. Muitos tutoriais ensinam
a utilizar programas de computador.
 Softwares de exercitação: permitem atividades interativas por meio de
respostas às questões apresentadas. O professor pode propor exercícios
sobre conceitos apresentados em aula.

25
 Softwares de investigação: possibilitam a localização de informações
sobre diversos assuntos, como, por exemplo, as enciclopédias.
 Softwares de simulação: são recursos usados para o aprendizado de um
piloto, pois simulam a realidade. É o caso dos simuladores de voo.
 Softwares de entretenimento: os jogos podem ser utilizados com
finalidades educativas, além de tornar as aulas mais atraentes e
divertidas. Há jogos matemáticos, de raciocínio lógico, de leitura e escrita.
Podem ser usados desde a Educação infantil.
 Softwares abertos: Apresentam várias ferramentas como editores de texto,
banco de dados, planilhas eletrônicas.
Entendendo melhor o que significa software:
Software logiciário ou suporte lógico é uma sequência de instruções a
serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou
modificação de um dado/informação ou acontecimento. Software também é o
nome dado ao comportamento exibido por essa seqüência de instruções quando
executada em um computador ou máquina semelhante além de um produto
desenvolvido pela Engenharia de software, e inclui não só o programa de
computador propriamente dito, mas também manuais e especificações.
(Fonte: Wikipédia)

Ao utilizar os editores de textos de um software aberto, apresentam - se


recursos variados podendo ser criados:

Relatórios Cartas Entrevistas


Redações

Os bancos de dados permitem armazenar informações, dados (textos,


imagens, atividades) que podem ser utilizadas mais tarde em outras atividades
de análise e elaboração de relatórios. Os alunos podem imprimir relatórios,
definir prioridades, estabelecer associações.

26
As planilhas eletrônicas possibilitam a realização de cálculos de modo
rápido e a elaboração de diversos tipos de gráfico.
Você já utilizou um software gráfico? Os softwares gráficos servem para a
confecção de desenhos e produções artísticas como cartões, convites,
calendários. É possível criar os próprios desenhos ou usar os disponíveis em
arquivos. Também é possível obter imagens através de um scanner. Um
exemplo de atividade que pode ser desenvolvida com um software gráfico é pedir
ao aluno para elaborar um desenho que represente um texto fornecido pelo
professor ou, a partir de um desenho ou cenário apresentado no programa, pedir
que o aluno elabore um texto. As atividades com softwares gráficos despertam a
criatividade artística dos alunos.

Este cartão foi criado com


desenhos disponíveis em
arquivos.

Diante dos vários tipos de softwares disponíveis para utilização como


recurso pedagógico, o ideal é que a escola faça uma análise prévia dos
programas que pretende utilizar, a fim de avaliar se os programas são
apropriados às necessidades das disciplinas e aos objetivos que os professores
e a própria escola pretendem atingir com sua utilização.
Podemos sugerir, também, a elaboração de projetos educacionais, com
ajuda do computador. Nesse caso é conveniente seguir alguns passos:

27
Apresentação e uma breve explicação sobre o tema do projeto.
Levantamento com os alunos de recursos materiais e humanos que vão ser usados.
Confirmação ou reformulação do tema proposto.
Discussão com os alunos sobre conhecimentos anteriormente adquiridos sobre o tema
proposto.
Elaboração de um roteiro de pesquisa pelos alunos.
Localização da bibliografia e dos outros recursos que vão ser usados.
Apresentação dos relatórios individuais ou de grupos.

Atividade:
Com base no texto que se segue e na sua experiência pessoal, apresente
vantagens e desvantagens do uso do computador na educação e explique a
importância do papel do professor no uso das TIC:
O computador pode ser um importante recurso para promover a passagem da
informação ao usuário ou para promover a aprendizagem. No entanto, da análise dos
softwares, é possível entender que o aprender não deve estar restrito ao uso deles, mas
deve estar restrito à interação professor-aluno-software. Alguns deles apresentam
características que favorecem a atuação do professor, como no caso da programação;
outros, em que certas características não estão presentes, requerem um maior
envolvimento do professor para auxiliar o aluno a aprender, como no caso do tutorial.
(VALENTE, 1998, p.49)

28
2.4 Os sistemas operacionais e alguns programas

Você poderá contar também


com outros sistemas
operacionais como é o caso
do Linux. Procure conhecer
mais sobre o LINUX.
Um sistema
operacional é um programa ou um conjunto
de programas cuja função é gerenciar os
recursos fornecendo uma interface entre o
computador e o usuário.
O sistema mais comumente
encontrado nos computadores pessoais é o
Windows. Utilizamos o Windows 7, mas é
preciso esclarecer que nova versão desse
sistema esta sendo lançada.:Windows 8. TUX,o logo e mascote do Linux
Há no pacote do Office que trabalha
no ambiente Windows programas que
usamos muito em Educação. São eles o Imagem br-linux.org
Word,o Excel e o Power point.
acesso
É importante ressaltar que continuam sendo em setas
usadas 2012
versões 2003,
2007 e 2010 do Office. Mas a Microsoft já disponibilizou a versão mais
atualizada, o Office 2013, para testes.

Você percebe a importância de estar antenado com as

novidades (A interrogação da pergunta foi criada no Word art.)

29
2.4.1 Algumas ideias sobre o WORD

Você certamente tem alguma familiaridade com esse editor de textos.


Durante o nosso curso será indispensável que seu domínio sobre ele vá
aumentando porque vários exercícios serão solicitados e você terá que produzir
textos ,salvá-los e anexar ao AVA para enviar a seu tutor.
O Microsoft Word é um dos editores de textos mais utilizados do mundo.
Trata-se de uma ferramenta repleta de recursos e funcionalidades, o que a torna
apta à elaboração dos mais diversos tipos de documentos.1
Que tal seguir algumas informações para o uso do Word? Esse editor de
texto apresenta uma porção de opções. Vamos explorar algumas.
 Você já utilizou a possibilidade de ter um sinônimo de uma palavra
na hora que precisa sem usar dicionário? A dica do Infowester é a
seguinte:
" Para isso, clique com o botão direito do mouse sob a palavra que
deseja substituir e, no menu que surgir, escolha uma palavra que
aparece na opção Sinônimos."
Uma nova caixa de texto apresentará uma série de opções. É só
escolher!
 Você quer imprimir um texto, mas percebe que a última página
contém apenas algumas poucas linhas. Para contornar o problema
use o recurso Reduzir. No Word 2003, clique em Arquivo e em
seguida Visualizar impressão. Na tela de visualização do arquivo,
clique no botão Reduzir para caber. O pequeno texto que estava na
última página vai para a página anterior. No Word 2007, clique no
botão Office (o botão redondo no canto superior esquerdo do
programa), vá à opção Imprimir e escolha Visualização de

1
http://www.infowester.com/dicasword.php.Acesso em set 2012

30
impressão. Na tela que surgir, procure e clique no botão Reduzir
uma página.

Se você se deparar com problemas desse tipo, como deverá agir?


 Uma professora recebeu um texto do Word 2007 e sua versão é
2003. O arquivo não abriu! E agora?
O Word 2007 abre sem dificuldades arquivos das edições 2003 e
anteriores, mas o contrário não acontece. O Word 2003 não consegue abrir
arquivos do Word 2007 (cuja extensão é docx). Para resolver esse problema,
basta instalar um conversor oferecido gratuitamente pela Microsoft. Depois de
instalado, o próprio Word 2003 fará a conversão do arquivo para um formato que
o programa possa ler.

 Na hora de digitar o projeto final do nosso curso você se deparou


com essa situação: Encontrou um texto interessante na internet,
mas ao colá-lo em seu documento do Word, notou que ele veio
com tabelas, figuras e formatações que atrapalham a organização
do trabalho.
Para evitar que isso aconteça, copie o texto e se tiver a versão 2003, vá
ao menu Editar, escolha Colar Especial e selecione a opção Texto não
formatado. No Word 2007, vá à aba Início, clique no botão Colar, selecione o
item Colar Especial e, por fim, escolha Texto não formatado. Dessa forma, o
texto será inserido no Word sem formatação ou outros elementos que possam
atrapalhar o layout do seu documento.
As sugestões apresentadas são só uma mostra das chances de fazer
belos trabalhos no Word.

31
Parada para uma atividade
Que tal colocar marca d'água no trabalho? Outra boa ideia é dada em
http://www.infowester.com/dicasword.php.Acesse e descubra! .

2.4.2 Tornando o PowerPoint um aliado em apresentações para trabalhos e


aulas

Quando você vai preparar material para fazer projeção é provável


que utilize o PowerPoint. Ele é recurso do Office utilizado para fazer
apresentações diversas. Seu principal objetivo e passar as ideias de forma clara
e atrativa. Já foi usado em aparelhos como o retroprojetor.

fonte :if.usp.br
Atualmente usamos os recursos de projeção no data show, termo que foi
utilizado para definir equipamentos que eram semelhantes aos retroprojetores de
transparências mas cuja imagem vem através do computador. Ele é adaptado no
lugar do monitor e vai refletir a imagem na parede, quadro ou tela, só que em
tamanho grande. Para qualquer que seja o equipamento a ser utilizado
recomendam-se algumas providências para a elaboração de apresentações.

32
Segundo Cardoso (2008) há cuidados essenciais quando elaboramos
material para o PowerPoint. Vamos apresentar algumas sugestões para a correta
elaboração de material.

Um bom slide
 Previna a leitura antecipada ,
 Se for possível mostre um tópico por
Algumas ideias baseadas em Cardoso(2008) vez
 Mantenha no apresentador ao foco da
atenção.

3

Crie um sumário Um bom slide


 Não ultrapasse as margens do slide.
Siga durante a apresentação a  Use fonte de pelos menos 18 pontos.
ordem estabelecida no sumário.  Os tópicos principais devem ter fonte se
animações bem de acordo com o tema.
 maior.
 As fontes devem ter formas pouco
1 elaboradas

4.

Um bom slide
Um bom slide
 Use de 1 a 2 slides por minuto de sua  Use Times New Roman, Arial ou Tahoma.
apresentação.  O uso de maiúsculas deve ser feita
somente se necessário , pois são difíceis
 Inclua até 5 tópicos por slide. de ler.
 As sentenças são apresentadas na  Use uma cor de fonte que contrasta
forma de tópicos. nitidamente com o fundo como fonte azul
e fundo branco.

2

6

33
Um bom slide Concluindo a apresentação
 Resuma os pontos principais .
 Apresente possibilidades futuras de
 Prefira fundos de slides leves para pesquisa ou discussão,quando se tratar de
não poluir o visual. trabalhos acadêmicos.
 Crie uma conclusão que cause impacto.
 Escolha preferencialmente o mesmo  Lembre-se de encerrar a apresentação.
fundo em toda a apresentação.
 10
7

Um bom slide Cuidados no planejamento


 Prefira usar gráficos em lugar de mapas e  As transições e efeitos devem ser
palavras porque o visual é mais facilmente escolhidas de forma a não saturar o
entendido. público.
 Defina o intervalo entre as apresentações.
 O título do gráfico é elemento essencial.  Trabalhe com imagens e sons que
atraiam as pessoas , mas sem excessos.
 Saiba escolher o tipo mais adequado ao  Analise o visual da apresentação
que se pretende fixar..  11.
8

Cuidados no término da
Um bom slide apresentação
 Os cuidados com a ortografia são muito  Termine sua apresentação perguntas
necessários. simples sobre seu tema .
 Convide a plateia a fazer perguntas.
 Selecione um apelo visual para o slide
 Reveja seus slides para evitar erros de no período de perguntas.
concordância.  Evite terminar uma apresentação de
forma precipitada.
 12
 Cuide de verificar se há repetição de
palavras.
9

34
O Power Point é muito útil também na exibição de aulas em lousas
digitais. Você já teve a oportunidade de assistir a alguma aula em que essa
tecnologia foi utilizada? A lousa digital é como uma tela imensa de um
computador, mas é sensível ao toque. Desta forma, tudo o que se pensar em
termos de recursos de um computador, de multimídia, simulação de imagens e
navegação na internet é possível com ela. Ou seja, funciona como um
computador, mas com uma tela melhor e maior.
O professor pode preparar apresentações em programas comuns de
computador, como Power Point, por exemplo, e complementar com links de sites.
Durante a aula, é possível, enquanto apresenta o conteúdo programado, navegar
na internet com os estudantes.
Pode ainda criar ou utilizar jogos e atividades interativas, contando com a
participação dos alunos, que vão até a lousa e escrevem nela por meio de um
teclado virtual - como aqueles de páginas de banco na internet seja com uma
caneta especial ou com o dedo, já que a lousa lê ambas as formas

2.4.2. O Microsoft Excel pode ajudar muito.


O Excel é a planilha eletrônica das mais utilizados do mundo. Por se tratar
de um aplicativo riquíssimo em recursos, é sempre possível descobrir
funcionalidades e truques que podem facilitar bastante a elaboração ou a edição
de uma planilha nele. Para tanto, esperamos que você aluno ou aluna do CND
tenha familiaridade com termos como células, linhas e colunas. Quando você
cria uma planilha nova no Excel, a tela do computador é dividida em linhas e
colunas, formando uma grade. A interseção de uma linha e de uma coluna é
chamada de célula. As linhas são numeradas sequencialmente, as colunas são
identificadas por letras também sequenciais e cada célula pela linha e coluna que
a forma.

35
Se você, como professor for avaliar a sua turma e precisar calcular a soma
ou média das notas obtidas encontrará, no Excel, o auxiliar ideal.

Uma característica interessante do Excel é a exibição automática de


cálculos de soma, média e outros na Barra de Status da planilha na última barra
da interface, na parte inferior, cada vez que duas ou mais células são
selecionadas. Observe o detalhe na planilha anterior e verifique que se você
quiser, por exemplo, saber o valor da soma de três células, basta selecioná-las.

O tipo de trabalho será muito útil a você é o de cálculo de médias.

36
Para calcular as médias dos seus alunos faça o seguinte:
Na barra de fórmulas clique no ícone f x surgirá a caixa inserir função (1). E
selecione a função MÉDIA, clique no botão OK. Na caixa Argumentos da função
(2) aparecerão selecionadas as células onde estão lançadas as notas, então
basta você clicar no botão OK e a média aparecerá calculada na célula
correspondente. Calculada a primeira média leve o cursor no canto inferior direito
da célula (ele irá se transformará numa cruz semelhante ao sinal de adição +) e
a seguir arraste o cursor até a última célula correspondente ao último aluno da
lista. As médias de todos os alunos aparecerão calculadas.

37
Agora está na hora de você se aventurar por conta própria e experimentar
essas e outras possibilidades do Excel.
A seguir para você ter habilidades cada vez maiores estamos informando
o endereço eletrônico de vários sítios e redes sociais que em muito irão ajudar
nessa busca pelo autoconhecimento.

38
Apostilas de Conteúdos de Produtividade
http://institutocrescer.org.br/noticias/apostilas-de-conteudos-de-produtividade/

Download da Apostila de Word 2010:


https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?hl=pt_BR&formkey=dGsxR3k0Mng4TDN
5TW5MS3BlRHBQQWc6MA#gid=0

Download da Apostila de Excel 2010:


https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?hl=pt_BR&formkey=dFJjcEhXT2tnbzNTV
HM4ZWFncmZtVlE6MA#gid=0

Download da Apostila de Power Point 2010:


https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?hl=pt_BR&formkey=dGsxR3k0Mng4TDN
5TW5MS3BlRHBQQWc6MA#gid=0

Download da Apostila de Práticas de Internet:


https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dGJTVUtXQVNTaVo3MG00Qn
VQTGRKVUE6MA

Download da Apostila de Informática Básica:


https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?hl=pt_BR&pli=1&formkey=dGhaQlROQU
9GZEllUDd1aUYtSnN1NlE6MQ#gid=0

Microsoft Excel - Aula 1 (Parte 1/3)


http://www.youtube.com/watch?v=30OmFJvV7pA&feature=player_embedded

Microsoft Excel - Aula 1 (Parte 2/3)


http://www.youtube.com/watch?v=wxD4FB5BVFE&feature=player_embedded

Microsoft Excel - Aula 1 (Parte 3/3)


http://www.youtube.com/watch?v=m0O9VFMJWw0&feature=player_embedded

Neste capítulo procuramos habilitar você para o uso consciente do


computador como um auxiliar no seu trabalho de sala de aula e na educação
em geral.
No próximo vamos preparar o educador para o uso das tecnologias que
se renovam a cada momento.

39
3. O PREPARO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO
COM A INFORMÁTICA
Você aluna ou aluno do nosso CND, por força da sua trajetória educativa,
já está familiarizado com muito do que vamos apresentar a respeito da
Informática e Educação.

Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de:


 Avaliar a necessidade de educação continuada e autodidatismo
 Propiciar aos seus futuros alunos um ambiente favorável à construção e
reconstrução de conhecimentos.
 Identificar entre os grandes nomes do pensamento pedagógico alguns
daqueles que fazem a ponte entre educação e tecnologia

De acordo com Nascimento (2007) a nova perspectiva educacional que


estamos vivenciando, na qual a inserção da informática como recurso
pedagógico se faz presente, traz para as escolas um novo papel, que facilita o
trabalho em equipe e favorece o desenvolvimento do aluno uma vez que ele é
levado a pensar, interagir e tomar decisões.
Nesse sentido a utilização da informática, que a cada dia se torna mais
essencial no cotidiano escolar, obriga o educador a assumir uma nova postura
no processo de ensino-aprendizagem.
Pense em você já como alguém atuante numa sala de aula e membro de
uma equipe de trabalho. A palavra chave para o educador que quer atuar com
segurança e tendo a tecnologia como aliada é a capacitação e a busca contínua
do conhecimento sempre utilizando uma visão crítica e tendo a consciência do
seu papel levando em conta a realidade e o contexto educacional.
Para que os educadores tenham condições propiciar ambientes de
aprendizagem facilitando o movimento contínuo de construção e reconstrução do

40
conhecimento tanto seu quanto dos seus alunos uma
série de cuidados devem ser assumidos.
Para saber mais
sobre a Fundação De acordo com Polato (2009) vamos apresentar
Cecierj- CEDERJ
Acesse. algumas considerações a serem levadas em conta, uma
http://www.cederj.edu.
br/fundacao/index.php vez que se esteja pretendendo a realização de um
?option=com_content&
view=frontpage&Itemid eficaz trabalho com a Informática.
=4
Que tal começar a utilizar a tecnologia em sala,
O CEDERJ tem
conhecendo o potencial das ferramentas digitais. Uma
como objetivos
Oferecer educação
superior a distância
boa providência é buscar conhecer as experiências
(EAD), gratuita e de
qualidade; promover a bem-sucedidas de outros colegas.
divulgação científica;
proporcionar a Todo início de ano letivo, durante o planejamento
formação continuada de
professores do ensino anual, é uma boa atividade avaliar em grupo quais
fundamental, médio e
superior; e promover a
expansão e
conteúdos que poderiam ser mais bem abordados com
interiorização do ensino
gratuito e de qualidade a tecnologia e quais as novas aprendizagens,
no Estado.
necessárias ao mundo de hoje, que podem ser inseridas
Para vocês que vão
atuar no Ensino
no currículo.
Fundamental é O professor que já reconhece a facilitação do
interessante saber
que o CEDERJ tem trabalho proporcionado pela Informática certamente tem
cursos modulares
em diversas áreas: que estar familiarizado com o básico do computador e
Antropologia, Arte e
Comunicação, da internet. Dessa forma, conhecer processadores de
Biologia, Educação
em Ciências,
texto, correio eletrônico e mecanismos de busca são o
Educação Especial mínimo indispensável. Há escolas que ao entrevistarem
e Inclusiva, Física,
Informática professores para lecionar indagam sobre as suas
Educativa,
Geociências, habilidades nesse setor. Em outras escolas são
Governança:
Gestão, Auditoria e oferecidos treinamentos considerados básicos a fim de
TI, Letras,
Matemática e
que se garanta um bom trabalho com a Informática.
Química. Por outro lado, assim como em outras tecnologias
aplicada às aulas para dinamizá-las, não é possível
iniciar a atividade em sala, sem que se compreendam as

41
funções elementares dos aparelhos e aplicativos que se quer usar na aula.
Fica evidente que é preciso ampliar constantemente o conhecimento para
avançar no uso pedagógico das TICs na Educação. Boas opções são os cursos
como os oferecidos tanto pelo MEC como no PROINFO, ou cursos oferecidos
pelo CEDERJ no Rio de Janeiro, além de tantas outras oportunidades que
continuadamente são anunciadas.
Acesse: objetoseducacionais2.mec.gov.br
objetoseducacionais2.mec.gov.br/retrievefile/guia

Contudo o dinamismo das tecnologias cria a necessidade de sempre estar


buscando o novo pelos nossos próprios caminhos, porque a internet também
ajuda na aquisição desses conhecimentos técnicos. Assim quando nos guiamos
pelos os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de
programas e recursos, estamos exercitando o autodidatismo, como temos
acentuado ao longo das unidades desse material.
Como educadores estamos também estamos envolvidos com as questões
formativas. Isso nos traz a responsabilidade do trabalho reflexivo junto aos
alunos, alertando-os sobre o nível de exposição adequado na Internet e também
a responsabilidade sobre o que ele postar em blogs e fotoblogs.

42
Caso a turma vá trabalhar fazendo comunicação online, várias
informações de segurança devem ser discutidas e apresentadas. Nesse caso é
preciso trabalhar na escola com textos que orientem o grupo para uma
navegação segura. É importante frisar que nesse quesito vale trocar informações

Blog é uma abreviação de


weblog, entendido como
qualquer registro frequente de
informações. .As últimas notícias
de um jornal online por exemplo,
pode ser considerada um blog.
[
Fotolog é um site de fotografias.
Por ele os usuários podem
mandar todas suas fotografias e
compartilhar com os amigos.

com os próprios alunos, estabelecendo com eles uma parceria, que permitirá
aclarar as suas dúvidas ,valorizando o saber que muitos alunos já trazem.
Uma contribuição importante no tocante ao papel do professor diante da
tecnologia é trazida por Almeida (1998). Para a autora é preciso mais do que
treinamento técnico ou cursos em que os conceitos educacionais e o domínio do
computador são trabalhados de forma estanque, na esperança que o profissional
consiga integrar as informações.
De acordo com a autora somente a formação continuada trará a cada um
a chance de estar ciente da própria prática para transformá-la e ainda entender
aspectos ligados ao como se ensina e como se aprende.

43
Este sinal de trânsito indica uma via de mão dupla. Retire
do parágrafo acima e reescreva a parte que menciona a ideia
trazida pela placa.

Já abordamos durante esse capítulo mais de uma vez a importância da


mudança na formação do professor de modo a torná-lo mais "antenado" com as
grandes e velozes mudanças que vêm ocorrendo no mundo da tecnologia. Se
você, com futuro professor, quer criar ambientes de aprendizagem onde se
proporcione constante construção e reconstrução de conhecimentos, fugindo do
papel de apenas repetir o que já está consagrado, mais do que nunca é
necessário que se coloque em formação continuada.
É preciso ter em conta que o uso das TICs em vários setores da
sociedade está se tornando crescente com múltiplas ofertas de conexão. Ao lado
disso o acesso aos bens digitais pelos professores, facilitado pelo barateamento
dos computadores vai se efetivando. Da mesma forma as políticas públicas de
informatização da Escola acompanhada muitas vezes da capacitação dos seus
profissionais vai tornando essencial o uso mais intenso dos recursos dos
computadores e da internet.
A partir do exposto, interprete a afirmativa de Nascimento (2007, p 64):

Assim, o processo de capacitação dos profissionais de educação deve


englobar conhecimentos básicos de informática, conhecimentos
pedagógicos, integração das tecnologias com as propostas
pedagógicas, formas de gerenciamento da sala de aula com os novos
recursos tecnológicos, revisão das teorias de aprendizagem, didática,
projetos multi, inter e transdisciplinares. Com isso, será obtida uma
maior segurança para atuar com a informática na educação.

44
t

Partindo ainda para uma visão mais imediata, o uso do computador,


propiciará um apoio efetivo na elaboração de provas, no registro das avaliações,
na elaboração de relatórios e de toda série de exigências comuns ao dia a dia da
escola, quer seja, por exemplo, criando mensagens que serão distribuídas nas
datas festivas ou produzindo faixas (banners) para ilustrar um mural.
De forma geral o que temos apresentado sobre a preparação do professor
o uso da Informática tem-nos apontado perspectivas sempre favoráveis.
No entanto basta conversar com alguns professores sobre a utilização
dessa tecnologia para nos vermos diante de problemas técnicos e situacionais.
Imagine-se conversando com professores. É possível que você encontre
depoimentos como os que se seguem.

Escreva outras respostas comuns que mostram fatores que dificultam a


utilização dos computadores pelos professores numa escola.

45
O nosso módulo está enfocando o uso das TICs como essencial ao
educador, sendo assim a ênfase dessa formação envolve a articulação entre a
tecnologia computacional, as teorias pedagógicas e a ação pedagógica com o
uso do computador.

3.1 Buscando a ajuda dos grandes pensadores da Educação


Vamos apresentar ideias de autores que escreveram sobre as questões
relativas ao processo ensino aprendizagem, a fim de estabelecer a ponte entre a
ação pedagógica e as TICs. Alguns desses autores não foram contemporâneos
da expansão da Internet, no entanto as suas propostas são atuais.
Iniciamos citando Paulo Freire que tem uma frase famosa e merece ser
repetida: "Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens
se educam entre si, mediatizados pelo mundo." (FREIRE, 1987, p.78). Assim
esse recorte das ideias freireanas aponta para os homens aprendendo em
comunidade. Transpondo para as situações em que a pessoa está conectada
serão maiores as possibilidades de situações de aprendizagem.
Já Vygotsky afirma que é na interação entre aqueles que sabem mais com
aqueles que ainda não conseguem fazer sozinhos que o pensamento se
desenvolve.2 A partir do citado pode-se inferir que as TICs proporcionam as
interações, criando novos espaços de aprendizagens.

Se acrescentarmos a teoria de Piaget com a contribuição de Vygostky


para a elaboração do processo de comunicação, interação, de ensino e de
aprendizagem, deve-se buscar uma aprendizagem essencialmente ativa. O
aluno aprende algo novo e incorpora a essa experiência toda a sua bagagem de
experiências.

2
http://revistas.udesc.br/index.php/udescvirtual/article/viewFile/1655/1332

46
Todo o impacto tecnológico não tira do professor o principal papel de
modificador desse novo ambiente de aprendizagem, dependendo dele a didática,
a abordagem e o rumo das aulas, como sempre foi, só que, agora, transformada
em alguns detalhes, com novas ferramentas tecnológicas.

3.2 Algumas ponderações para concluir o capítulo


Para finalizar o capítulo vamos ressaltar citando Alvarenga (2011) que as
novas mídias cresceram na Internet e são frequentemente usadas por alunos
para fins diversos e não são vistas pelos mesmos como espaços culturais e de
aprendizagem. Na sociedade do conhecimento, um novo paradigma se abre
exigindo novas práticas e um educador ousado com olhar de pesquisador que
esteja avaliando constantemente sua prática, pois a velocidade da mudança
tecnológica deve ser acompanhada pelo repensar da ação educativa.

Aluno atento ao mundo a sua volta que você é, você deve ter percebido
que as revistas impressas e os jornais introduziram contatos, via internet, com
seus leitores. As reportagens on-line permitem a troca de informações entre os
interessados nos diferentes assuntos e muitas pedem avaliação sobre o que foi
oferecido. A televisão também incorporou o mundo digital aos seus programas,
muitas vezes com participações on-line.

E você? Já criou o hábito de se comunicar com profissionais de educação


usando, por exemplo, o fale conosco das publicações educacionais, entrou em
tira dúvidas oferecidas pelas publicações? Criou o hábito de postar comentários
sobre matérias publicadas?

Se houve respostas positivas é ótimo. Caso tenham ocorrido respostas


negativas é preciso buscar interagir rapidamente.

Uma interessante discussão apresentada em 2001 traz uma conhecida


classificação: “nativos digitais” e os “imigrantes digitais”. Ao usarmos essa
denominação estaremos acentuando a diferenças entre os nascidos antes e
depois da difusão do uso dos recursos da web. De fato as crianças e os jovens já

47
nasceram num mundo com muitos recursos tecnológicos, no entanto você deve
contribuir atenuar esse discurso. Sabe como você fazer isso? Mostrando que há
tanto adultos que dominam ferramentas da web quanto há também jovens que
não conseguem lidar com eles.

Entre nessa discussão e escreva usando justificativas e se posicionando


quanto a classificação das pessoas como::

Sugestões de vídeos no youtube, com essa abordagem.

http://www.youtube.com/watch?v=r4VEZ3aKXso&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=BKHL6fftPH8

48
ESTUDO DE CASO- para ler, analisar e responder.

A professora Celinha encontrou na Internet um vídeo público sobre a visão lúdica da

Matemática. Ficou toda animada com a possibilidade de utilizá-lo com seus alunos do quinto ano,

para tentar desmistificar as barreiras que seus alunos tinham quanto a essa disciplina. Copiou

em casa o vídeo em uma mídia de DVD, testou-o na TV e no computador da própria casa, e a

partir do vídeo, criou um roteiro para ajudar seus alunos na observação.

A professora já sabia que a sua sala de aula dispunha de TV e leitor de DVD que já

tinham sido usados em outras ocasiões. Avisou com antecedência ao funcionário responsável

pelos recursos tecnológicos sobre a necessidade de deixar tudo preparado. Mesmo assim levou

seu laptop pessoal para caso de algo não dar certo e se precisar usar o data show da escola. .

Quando foi fazer a utilizar as tecnologias a TV da sala não funcionou e na sala ao lado,

que estava sem turma, a TV funcionou mas a leitura do DVD no aparelho dessa sala não deu

certo.A sorte da Professora Celinha é que ela havia elaborado um estudo dirigido a partir de um

texto,assim enquanto as tentativas iam sendo feitas, a turma tinha outra tarefa para realizar. Por

outro lado o funcionário responsável pelos recursos tecnológicos esteve todo tempo ao lado da

professora contribuindo para a solução do problema. Finalmente foi exibido o vídeo através do

laptop da Professora e do data show da escola.. A única coisa que não ficou muito boa foi o som

mas os alunos ficaram bem quietos e conseguiram ouvir bem. A seguir ocorreu um debate sobre

o que havia sido visto e a professora solicitou um trabalho fotográfico sobre o eles haviam visto

no vídeo, trazendo para o cotidiano do aluno e transformando-o em produtor de conteúdo sobre a

Matemática.

1-Como você classifica o trabalho de preparação da professora?

2-Há alguma sugestão a ser feita quanto aos recursos tecnológicos envolvidos?

3-Se a escola não tem alguém responsável pela tecnologia como se deve agir?

4-Opine sobre a tarefa solicitada pela professora.

49
Parada para aprofundar conhecimentos

A realização colaborativa de uma atividade é uma competência cada vez


mais necessária para o exercício profissional dos professores. É essencial ter
cada vez mais confiança no desenvolvimento dessas atividades com os alunos.

Para tanto é preciso estar bem preparado!

Você precisa ser ao mesmo tempo um estudioso e um aprendiz e


compartilhar sempre os conhecimentos que vão sendo adquiridos. Sobre a nova postura de sua
formação, em que a fluência tecnológica se torna vital, comente a citação de Demo:

Vai muito além de saber usar na posição de consumidor de programas e informações.


Atinge os patamares da criação de informação, busca semântica de informação, formação de
autoria. Assim, podemos entender fluência tecnológica como habilidade minimalista de digitar
texto, navegar na internet, conhecer comandos repetitivos, mas igualmente como exigência
rebuscada de dar conta de empreitadas não lineares interpretativas, nas quais a postura é de
sujeito participativo/reconstrutivo. (DEMO, 2008, p. 7)

Neste capítulo vocês conheceram ou ampliaram o conhecimento


sobre novas tecnologias e ficaram sabendo mais como todas as
novidades podem modernizar e dinamizar as suas aulas.
Agora vamos abordar as possibilidades do uso da internet como
recurso educativo.

50
4. UTILIZANDO A INTERNET COMO RECURSO PEDAGÓGICO

Como você, aluno ou aluna do CND, sente a sua vida após a


disseminação do uso da Internet? O que em termos pessoais ou profissionais
mudou?

Ao final desse capítulo você deverá ser capaz de


Listar as possibilidades e desafios referentes ao uso da Internet no
cotidiano escolar.
Incorporar mais palavras ao seu vocabulário tecnológico.

De uma forma generalizada temos que admitir que há diferentes usos


possíveis para a utilização da Internet na atualidade. Você pode movimentar sua
conta bancária, fazer compras virtualmente, buscar e sugerir receitas gostosas e
muito mais.

Se do ponto de vista pessoal e profissional isso acontece, não há como


ignorá-la na escola. Dessa maneira, utilizar a internet como mais um recurso
para dinamizar e facilitar o processo de ensino aprendizagem merece a nossa
análise.

Precisamos considerar também a própria mudança da Internet que se


antes já se mostrava um descortinamento de conteúdos para consulta à medida
que nos deslocávamos mudando de um sítio para outro através de hiperlinks,
apresenta-nos, mais atualmente, a possibilidade de trabalharmos produzindo
também conteúdos.

Hiperlink ou link é uma palavra ou


imagem que quando clicada nos
permite o acesso a outro sítio, página
ou tópico na Internet.
51
É possível apontar uma série de aberturas para uso pedagógico da
Internet tais como:

 o trabalho com fontes variadas para pesquisa quer de assuntos


apresentados pela escola ou mesmo assunto de interesse do
próprio aluno.

 a utilização de páginas específicas sobre educação que já se


encontram disponíveis.

 a chance de estabelecer comunicação e interação com outras


escolas seja do nosso país ou de outros países em todos os
continentes.

 possibilidade efetiva de desenvolvimento da autonomia e


aprendizado individualizado,além do desenvolvimento do raciocínio
lógico.

 facilitação da troca de experiências entre professores/professores,


aluno/aluno e professor/aluno.

4.1 Serviços da internet que podemos utilizar


Abordaremos, nesse tópico, os serviços que temos chance de transformar
em recursos educacionais. Há nessa perspectiva desde as possibilidades mais
tradicionais como a visita a sítios interessantes até as versões mais modernas de
aprendizagem colaborativa resultantes da chamada expansão da chamada web
2.0 em uso educativo.

4.1.1 Sítio, página ou homepage


Você acessa o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) da nossa
instituição através do endereço eletrônico:

52
<http://www.coloniadosaber.com.br/cursos/. >

Pode também navegar até o Ministério da Educação acessando:


www.mec.gov.br .

Lá você encontra informações sobre a educação no Brasil, programas e


projetos, notícias, e links de interesse.

Cada página tem um endereço na internet que permite sua localização.


Visite por exemplo, a página principal ou homepage da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro: www.uerj.br.

É abrindo um sítio, uma página ou homepage


Ao navegar na internet
que temos acesso às variadas informações em forma dados são trocados entre
computadores a todo
de texto, imagens e sons na internet. Na educação, o momento. Esse processo é
serviço pode ser utilizado principalmente para chamado de Download e
Upload de informações.
pesquisas e estudos de temas ligados às diferentes Muitas pessoas já se
acostumaram com esses
disciplinas. dois termos.
Mas e você? Sabe o que é
Para ter acesso às páginas, é preciso estar Download e Upload?
Download – Baixar em
conectado à internet e possuir um programa que Português, é a
transferência de dados
possibilite o que denominamos de navegação. entre um computador
qualquer e o seu.Esses
dados podem ser uma
4.1.2 Envio e recebimento de arquivos música, um filme, um
Outra chance de aprendizado por meio da arquivo de texto e até
mesmo este artigo que
internet, é o envio (upload) e recebimento você está lendo no
momento. Upload – O
(download) de arquivos de programas, imagens e inverso do download, é
transferência de arquivos
sons. do seu computador para
um outro qualquer ou
É possível baixar arquivos de páginas da servidor, um exemplo de
upload seria colocar fotos
internet e também baixar ou enviar arquivos por meio ou vídeos em sua página
nas redes sociais.
do correio eletrônico. Alunos, professores e http://www.meajuda.net/o-
funcionários podem utilizar esse serviço para que-e-download-e-upload/

conseguir programas gratuitos que sejam úteis às

53
disciplinas ou ainda baixar arquivos com conteúdos das aulas ou de apoio a elas,
por exemplo.

4.1.3 Correio eletrônico ou e-mail


Você tem um endereço eletrônico pessoal? Há pessoas que tem vários ,
inclusive mantendo um pessoal e outro profissional. Como fazemos um curso a
distância você seguramente já sabe como se valer desse serviço.

É ele que nos permite enviar e receber mensagens pela internet. As


contas de e-mail podem ser criadas nos provedores de acesso particulares que
são pagos, ou em sítios que oferecem esse serviço de forma gratuita, criando a
possibilidade de recebimento e envio mensagens de correio eletrônico de
qualquer computador que esteja conectado à internet em qualquer parte do
planeta e a qualquer hora. Os celulares também são utilizados cada vez mais
para isso.

Uma característica interessante desse serviço é que não precisamos estar


conectados quando o remetente nos envia uma mensagem. A qualquer momento
que se acessa a caixa de e-mail, as mensagens estão lá. Também é interessante
arquivar as mensagens de acordo com uma classificação que nos interesse.
Quando o aluno e o professor têm uma conta de correio eletrônico, é fácil a troca
mensagens fora do horário das aulas. É possível enviar tarefas, tirar dúvidas ou
repassar material de estudo quando por algum motivo o aluno se ausenta da
aula. Com o uso do e-mail a comunicação entre a equipe escolar também pode
ser se dinamizada.

Apresentamos três situações envolvendo a questão do uso do correio


eletrônico e outras formas de envio de mensagens pela Internet. A partir delas
você deverá fazer um comentário a respeito.

A - Alguns funcionários que trabalham em empresas que exigem que eles


estejam conectados, mesmo após o expediente, estão procurando a Justiça

54
reivindicando horas extras e a tendência de obterem a remuneração das horas
extras está aumentando.

B - Novos integrantes da Justiça foram aconselhados a não utilizar a


internet, especialmente nas chamadas redes sociais, de forma a preservar seus
dados pessoais e evitando a sua exposição.

C - A escolha do nickname (apelido) no endereço eletrônico é também


algo a ser bem pensado, pois há empresas que avaliam o candidato até a partir
do seu endereço eletrônico. Reflita bem antes de escolher o seu!

4.1.4 Salas de bate-papo ou chat.


É uma forma de comunicação instantânea pela internet. Trata-se de um
campo de investigação imenso e ainda pouco estudado, o que não significa que
já não ocorram experiências educacionais utilizando múltiplas ideias, quer para a
educação a distância quer se tratando de pesquisa, troca de informação e
comunicação entre os diversos colaboradores nas escolas. Dessa forma pensar
no chat como uma ferramenta pedagógica é algo desafiador para o professor.

A sala de bate papo é um ambiente bem interessante que permite a


conversação on-line.onde os alunos interagem com os outros participantes por
meio da comunicação escrita, utilizando códigos comuns no ambiente virtual.
Essa ferramenta pode contribuir para o aprimoramento da capacidade de
raciocínio e agilidade na escrita. Há chats de temáticas variadas que possibilitam
aos interessados acessarem e discutirem sobre assuntos de seus interesses. As
salas são divididas, geralmente, por assuntos.

Na escola, a turma e o(a) professor(a) podem procurar uma sala para


discutir assunto de interesse da disciplina, para troca de ideias, opiniões e
informações. Fora do horário de aula, a turma pode marcar um encontro na

55
internet para estabelecer uma discussão sobre algum tema que esteja sendo
estudado.

De acordo com Pechi (2011) há possibilidades de com antecedência,


combinar um horário com os alunos para tirar dúvidas sobre os conteúdos
ministrados em sala de aula. Você pode usar os chats de redes já conhecidas
como as do Facebook, do Google Talk, do MSN ou até mesmo organizar uma
conversação através do sítio da própria escola se a Instituição disponibilizar o
mecanismo.

Outra alternativa é a criação junto com seus colegas, de um espaço virtual


para discutir as possibilidades da sua nova formação , as atividades solicitadas
pela Instituição em que trabalham; um plano de carreira ou também sobre as
tarefas realizadas na escola.

4.1.5 Lista de discussão


Esse serviço reúne pessoas com os mesmos interesses e objetivos para
troca de ideias, opiniões e informações. Entretanto, diferentemente das salas de
bate-papo, os interessados não precisam estar conectados simultaneamente
para a troca de mensagens. Assim é possível entender que as listas de
discussão são ferramentas de comunicação assíncronas, ou seja, para o
recebimento e envio de mensagens não é necessário que os participantes
estejam conectados ao mesmo tempo. Mas, essas possibilitam também podem
ter uma comunicação síncrona através da ferramenta de bate-papo existente na
lista, exigindo que os participantes da discussão estejam conectados
simultaneamente para que o processo de comunicação seja efetuado. A lista de
discussão permite ainda que todas as pessoas que estejam cadastradas
recebam ou enviem uma mesma mensagem para todos da lista de uma só vez,
visto que a comunicação é coletiva.

Segundo Nascimento (2007) na escola, esse serviço pode ser empregado


para integrar as pessoas que façam parte de um mesmo projeto. Por meio da

56
lista de discussão, é possível motivar a participação e a integração dos
envolvidos numa tarefa ou projeto.

Além disso, esse serviço facilita a comunicação, uma vez que, ao enviar
mensagem pela lista, todas as pessoas nela cadastradas irão recebê-la. Assim, é
possível uma comunicação mais rápida e integrada.

Quando se decide trabalhar com lista de discussão algumas regras são


estabelecidas, tais como limitar o formato e tamanho dos arquivos uma vez que
há provedores que acabam por rejeitar seu conteúdo ou o acúmulo deles
prejudica os recebimentos dos mesmos.

As possibilidades que serão expostas pertencem ao documento Mídia e


Educação 3.De acordo com o pesquisado existem diversas situações em que a
lista de discussão pode ser utilizada. A seguir apresentamos algumas delas.:

 Para discutir sobre um assunto: os participantes trocam experiências,


sugestões, dúvidas e contribuições, sendo possível elaborar um
documento final com a análise destas participações.

 Para discutir sobre um documento: envia-se, juntamente com a


mensagem, um documento anexado para ser analisado individualmente
pelos participantes. A partir daí, cada um pode contribuir para a
construção deste documento, fazendo anotações e justificativas.

 Para construir um documento: utilizando-se do dinamismo de troca de


mensagens na lista de discussão, pode-se elaborar artigos, trabalhos e
projetos colaborativos sem a promoção de encontros presenciais.

 Para agilizar a comunicação numa equipe de trabalho: por ser uma


ferramenta assíncrona em que os participantes não precisam estar
conectados simultaneamente na internet, todos os membros tem a

3
http://www.ePROINFO.mec.gov.br/webfolio/Mod82673/etapa2/leituras/lista/midia_educacao.html

57
oportunidade de participar, dentro de suas possibilidades de horários e
deslocamentos.

Mais especificamente, como você aluno ou aluna do CND estará


brevemente tratando com seus alunos do Ensino Fundamental, deve conhecer o
que propõe o mesmo documento do MEC. Nele são apresentadas sugestões de
utilização da lista de discussão na prática pedagógica.

Cita como uma das possibilidades a chance de um professor discutir com


seus alunos sobre questões ou dúvidas a respeito da disciplina lecionada em
sala de aula presencial. Assim após a realização de uma atividade, o professor
orienta que as dúvidas dos alunos sejam enviadas ao grupo de discussão. Dessa
maneira ao responder o questionamento de um aluno o professor estará
disponibilizando a resposta para todos os demais.

Outra vertente possível é o estímulo aos alunos na construção de textos


de forma colaborativa. A estratégia nesse caso é dividir a turma em grupos e
propor temas para que eles elaborem um texto virtualmente. Na lista de
discussão existe a possibilidade de acompanhar o andamento do grupo bem
como a participação individual de cada membro na elaboração de textos, até
mesmo o conteúdo das contribuições feitas.

É válido registrar também a argumentação de Nogueira (2007) que alerta


para a característica multidirecional da comunicação ponderando que para que
ela seja eficaz, se faz necessário a presença de um mediador que terá o papel
de orientar a comunicação entre os participantes na busca de atingir os objetivos
propostos na atividade. Sobressai nesse caso a figura do professor como
mediador.

58
4.1.6 Blog ou weblog
A definição de blog, já apresentada na outra unidade, aponta para a
definição de blog como uma página pessoal ou profissional na internet, na qual a
pessoa expõe suas ideias, reflexões, observações, comentários, apontamentos
etc., sendo possível a interação com seus leitores. (NASCIMENTO, 2007)

É bem marcante o fato de que os blogs inicialmente tinham como


característica a sua utilização por jovens, como se fosse o seu diário pessoal
publicado na rede.

Aos poucos os blogs viraram uma espécie de gênero jornalístico


complementar às outras formas mais tradicionais de apresentação de opiniões e
comentários que não estando na mídia tradicional, apresentam por outro lado a
chance de interação com os leitores.

Segundo Nascimento (2007)

Uma das vantagens das ferramentas do blog é permitir que os


usuários publiquem seu conteúdo sem a necessidade de
conhecimentos técnicos especializados a respeito de construção
de páginas na internet. Assim, professores e alunos podem criar
blogs para expor e trocar ideias a respeito de conteúdos das
disciplinas escolares, bem como para publicar seus trabalhos.
Isso tudo com o auxílio do técnico em multimeios didáticos.
(NASCIMENTO, 2007, p. 77)

Os blogs tem-se constituído num dos recursos de publicação mais


utilizados na Internet. Os blogs são ágeis e mostram todo o conteúdo mais
recente na primeira página, no formato de textos curtos, as chamadas postagens
ou posts, sem muitas divisões internas Podem apresentar ainda uma quantidade
grande de links (ligações) para outras páginas.

59
Outra característica importante neles é a facilidade em criá-los sem
necessidade de grandes conhecimentos técnicos. No site da Revista Nova
Escola , por exemplo, é possível encontrar orientação para a criação de blogs.

Acesse: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/blog-
escola-vale-pena-ter-tecnologia-comunicacao-internet-615012.shtml?page=2

Rodrigues (2011) oferece doze "dicas" no artigo "Blog da escola: vale a


pena ter um". Apresenta a possibilidade de uso de dois sítios publicadores de
blogs: "o Blogger e o Wordexpress". Que tal visitá-los?

Os educadores que já trabalham com blogs sugerem que o blog não deva
se restringir apenas a uma disciplina, pois é um recurso para todos os eixos do
conhecimento, porque a realidade não se apresenta de forma fragmentada.

Merecem destaque também as propostas de Richardson (2006), que


ressalta a aplicabilidade dos blogs. Observe o gráfico a seguir e retire dele as
duas sugestões que você considera mais interessantes, explicando o porquê.
Aproveite as linhas para fazer o seu registro.

60
trata-se de uma tem uma audiência
potencial que
ferramenta ultrapassa os limites
construtivista de da escola,que
aprendizagem possibilitam
experiências além-
muros escolares

cria arquivos de
aprendizagem que
alunos e até
professores
construíram

pode favorecer o é uma


desenvolvimento da
competência em
ferramenta
determinados tópicos democrática
quando os alunos que suporta
focam leitura e
escrita num tema.
vários estilos de
escrita

4.1.7 As redes sociais e os diversos softwares sociais


Você já tinha ouvido falar em rede social? Já houve até um filme com esse
título.. Você já assistiu?
A escola está sendo aconselhada a tecer conhecimentos em rede. É
possível "tecer conhecimentos em rede" como propõe a educadora Alves (2001,
p 120) abrindo espaço entre o conhecimento real, o currículo concreto e as
novas tecnologias e novos conhecimentos existentes na sociedade?

61
Mas a que redes estamos nos referindo? Uma ideia bem interessante é
apresentada por Amaral (2007)4. A autora sugere um voo de imaginação:

Pense na teia de relações que você tece na sua vida escolar:


professores, colegas, o cara do ônibus ou metrô, o vendedor de passes,
a servente da escola etc. Pense na rede de relações que você
estabelece para abastecer a casa, comprar vestimentas, na sua vida
profissional. Sua rede de afetos: as pessoas que você ama. Perceba
como todas as suas atividades dão origem a redes de relações. São
redes espontâneas, que derivam da sociabilidade humana. Estão aí o
tempo inteiro, apenas não costumamos focar nosso olhar sobre elas,
vendo-as como um sistema vivo e dinâmico, mas são elas que dão
sustentação a nossa vida e a reproduzem diariamente. O que todas
estas redes têm em comum é a forma como os elementos que as
constituem (pessoas, lojas, máquinas, ongs etc) se relacionam.

Amaral (2007) apresenta ainda a ideia de rede da seguinte forma:


"Imagine uma rede de pescar, com linhas se entrecruzando, formando um nó,
um ponto de encontro, e formando outro nó, outro ponto de conexão e assim por
diante".

Evidentemente as definições visam ajudá-lo a formar a conexão entre elas


e a internet, conhecida como a rede mundial de computadores.

Em Machado (2009) essa imagem é complementada com a parte


tecnológica, mais específica do nosso estudo no módulo sobre Informática e
educação, onde "os fluxos e ciclos das redes sociais estão permeados e são
canais de circulação de informação, conhecimento, mas também de valores".

4
http://escoladeredes.net/profile/VivianneAmaral

62
Na internet as redes sociais são bem comuns e são oferecidas num
grande número de sítios que permitem os contatos entre as pessoas como o
Orkut, Linkedln, e Twitter entre outros.

O Twitter é uma rede social que permite aos


usuários enviar e receber atualizações pessoais de
outros contatos através de textos de até 140
caracteres, conhecidos como "tweets". "What's
happening?" O que está acontecendo? Como a
mensagem é obrigatoriamente um texto curto essa
rede é também chamada SMS da Internet. SMS vem
do inglês e traduzido quer dizer serviço de mensagem
curta.

Se quiser saber mais acesse: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-

continuada/twitter-o-que-e-como-funciona-624754.shtml

Na esfera educacional a rede social mais utilizada na atualidade é o


Facebook (em inglês). Você já acessou o Facebook da nossa Instituição? Lá
estão postadas fotos e notícias sobre o dia a dia do nosso curso, além de
informações variadas relativas a eventos educacionais. Basta fazer seu cadastro
e acessar.

É interessante destacar que o Facebook disponibiliza um tutorial para


educadores. Está em inglês, mas há ferramentas para tradução. No site da

63
Revista Nova escola também há um tutorial para o uso tanto do Facebook, como
do Twitter e do Orkut.

Para saber mais acesse:

http://facebookforeducators.org/

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/como-
funciona-facebook-624752.shtml

A utilização das redes sociais e softwares sociais na educação ainda


causa muita polêmica. Algumas escolas proíbem o acesso dos estudantes com o
intuito de protegê-los de eventuais problemas, sem levar em conta, que todos
precisam aprender a utilizar esses recursos de forma adequada, responsável,
reconhecendo quais são os comportamentos aceitáveis devem fazer parte dos
objetivos de quem se propõe a utilizar as TICs.

O fato é que as TICs estão mudando o mundo e consequentemente a


escola. Você nosso aluno ou aluna do CND precisa estar atento às
transformações em curso!

4.1.8 Buscando mais algumas ideias

Por outro lado vale ainda destacar os Wikis. Você já ouviu falar sobre
elas?

64
Será que nas suas consultas na internet você buscou significados de
termos pedagógicos ou biografias de educadores na WIKIPEDIA? A enciclopédia
é o primeiro e mais famoso dos Wikis e começou a ser escrita em 2001.

A Wikipédia é uma enciclopédia internacional, colaborativa virtual,


multilíngue e livre. Em outras palavras isto quer dizer que várias pessoas podem
colaborar postando informações em suas páginas. Esse conteúdo não passa por
revisão o que significa que erros podem incorrer em seus conteúdos.

De acordo com Machado (2009) 5" .

O termo Wiki significa "super-rápido" em havaiano. Wiki ou


WikiWiki são termos utilizados para identificar um tipo específico
de coleção de documentos em hipertexto ou o software
colaborativo usado para criá-lo, permitindo a edição coletiva dos
documentos usando um sistema que não necessita que o
conteúdo tenha que ser revisto antes da sua publicação.

Uma enciclopédia virtual permite acesso fácil e tem possibilidade de


edição; pode também guardar históricos das alterações. Se pensada para tal a
wiki pode ser feita por um grupo restrito de usuários além de permitir que o
visitante comente sobre o que está sendo construído.

Há, no entanto certas controvérsias quanto a enciclopédias como a


WIKIPÉDIA, não só nas escolas, mas também fora delas. Cazes (2012, p.4)
numa interessante reportagem: "É tudo (in) verdade", coloca opiniões
divergentes de aprovação e condenação ao uso. Porém uma delas afirma que,
apesar de conter erros a WIKIPÉDIA representa uma revolução como forma de
informação, pois coloca verbetes nas mãos de pessoas que se interessam por
eles.

5
http://revistas.udesc.br/index.php/udescvirtual/article/viewFile/1655/1332

65
Alvarenga (2011) ressalta que, a Wikipédia não deveria ser utilizada como
referência bibliográfica, pelas razões já expostas, mas é possível considerá-la
quando se quer ter uma ideia abrangente sobre um assunto.

Na escola os wikis podem ser usados para a criação coletiva de


documentos a colaboração e cooperação entre os alunos.

Anote as suas opiniões sobre o uso da WIKIPÉDIA.

Há ainda a estudar uma série de perspectivas para utilização de podcasts


e marcadores sociais ou social bookmarking.

Ficou difícil entender? Vamos explicar:

O termo podcast está se referindo a programas gravados em áudio e


disponibilizados na internet que podem ser acessados.

Os marcadores sociais são sistemas de endereços online, públicos e


gratuitos que guardam os nossos sites favoritos.

Observe na página principal do nosso curso. Há vários marcadores sociais


indicados como por exemplo o "Faça um tour em alguns museus brasileiros" e
"Dicas de livros - educar para crescer" .

4.1.9. Projeto pedagógico com a utilização da internet.

De acordo com Nascimento (2007) a utilização da rede como recurso


pedagógico exige que os profissionais da educação sejam preparados tenham
consciência sobre suas implicações, conheçam seus serviços e sejam
capacitados para trabalhar com suas ferramentas com fins pedagógicos.

66
Os projetos de ensino aprendizagem traçados pela equipe e inseridos em
seus projetos pedagógicos precisam contar com professores capazes de
dinamizar as aprendizagens fazendo bom uso das ferramentas que já temos
para usar e estando alerta para as que hão de vir.

A Revista Nova Escola apresenta, por exemplo, uma reportagem


chamada "Oito razões para você usar o youtube em sala de aula" que você deve
acessar através do endereço que se segue.

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/8-razoes-usar-youtube-sala-aula-
647214.shtml

A proposta é se produzir vídeos e planejar aulas mais dinâmicas. e


interessantes. Mesmo tendo o nosso curso a ênfase formação para a sua
atuação na Educação Infantil e Ensino Fundamental I, esse recurso pode ser
utilizado e feito pelo coletivo dos professores, até porque que nossos alunos do
quarto e quinto ano já costumam ter habilidades que permitem eles mesmos
serem criadores de conteúdos.

Para ajudar aos educadores


pesquisadores e interessados nas múltiplas possibilidades da utilização das TICs
como recurso pedagógico, os profissionais do Youtube criaram um tutorial que
facilita a utilização do mesmo. A Revista Nova Escola também disponibiliza
vários vídeos das diferentes áreas de conhecimento que podem ser acessados
por você, na reportagem à qual estamos nos referindo, para a cada dia se
aperfeiçoar no uso da tecnologia da informática aplicada à educação.

67
Pechi (2011), autora da reportagem oferece sugestões importantes,
tiradas da matéria Youtube para educadores, para incentivar o uso:

 1- Oferecer conteúdos que sirvam como recursos didáticos para as


discussões em aula
 2- Armazenar todos os vídeos que você precisa em um só lugar
 3- Montar um acervo virtual de seus trabalhos em vídeo
 4- Permitir que estudantes explorem assuntos de interesse com maior
profundidade
 5- Ajudar estudantes com dificuldades
 6 - Elaborar uma apresentação de slides narrada para ser usada em sala
 7- Incentivar os alunos a produzir e compartilhar conteúdo
 8 - Permitir que os alunos deixem suas dúvidas registradas

Que tal assistir a vídeo sobre reunião de pais?

Acesse http://www.youtube.com/watch?v=qhH_kJxFa18

Neste capítulo você aprofundou um pouco seus conhecimentos


sobre as múltiplas perspectivas de utilização pedagógica da Internet,
conheceu mais termos usados na área da tecnologia que estão se tornando
corriqueiros entre as pessoas e que necessitam ser cada vez mais
incorporados ao nosso fazer pedagógico. O próximo capítulo vai apresentar
exemplos de atividades já realizadas por educadores nos segmentos
Educação Infantil e Ensino Fundamental que merecem registro, por
mostrarem a viabilidade da parceria entre Educação e Informática.

68
5. TRABALHANDO COM AS CRIANÇAS NO COMPUTADOR

Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de:


 Identificar as vantagens do uso do computador com as crianças.
 Entender as desvantagens e limitações dessa prática.
 Desenvolver atividades com o uso das novas tecnologias em
educação, com mais segurança.
 Compreender que precisa continuar aprendendo junto com as
inovações que surgem a cada momento.

5.1 O computador na Educação Infantil.

Vamos começar analisando duas opiniões, uma a favor e outra contra a


utilização do computador na Educação Infantil.

Inicialmente uma opinião que apresenta as vantagens:


Com a utilização do computador por alunos da Educação Infantil a criança pode
desenvolver-se de forma global; o computador promove a criatividade e a
curiosidade, desenvolve a coordenação motora fina, permite acesso a
informações e ilustrações fascinantes. O pensamento crítico pode ser
elaborado, linguagens diferentes podem ser trabalhadas. (SARDENBERG,
2009. Acesso em: 2 set. 2012)

69
Eu estou
escrevendo!

A ideia oposta é apresentada em seguida:


O desenvolvimento da criança é um processo equilibrado no qual o crescimento
intelectual está intimamente vinculado ao crescimento dos aspectos afetivos e
sociais, que em hipótese alguma podem ser colocados em segundo plano, pela
ênfase dada a aspectos estritamente cognitivos ou até mecanicistas. Infelizmente
o que vemos em muitas escolas, ditas de Educação Infantil é a criança na "aula
de computação" colorindo desenhos prontos na tela como os antigos
mimeografados, utilizando joguinhos que a punem quando não acerta alguma
atividade em um determinado número de vezes, deixando-a, por exemplo, sem
saber o fim da estória; repetindo incontáveis vezes um movimento com o mouse,
quando ainda não tem o controle motor necessário, dado o seu estágio de
desenvolvimento. <http://www.centrorefeducacional.com.br/refletir.html>Acesso em: 2 set. 2012

O Referencial Curricular para a Educação Infantil (volume 3, 1998), cujo


tema é “conhecimento de mundo”, sugere o uso do computador como recurso
material nas práticas da Educação Infantil para garantir acesso a materiais
variados que contribuam para a formação da criança e para a elaboração do
conhecimento de mundo.
As crianças possuem um jeito peculiar ao realizar suas descobertas. Elas
se entregam à aventura da descoberta e não deixam o medo do novo envolvê-
las. Os relatos de adultos que se impressionam com o manejo das crianças com

70
algumas tecnologias presentes no cotidiano são recorrentes. Não podemos
esquecer que esta geração cresce em meio a transformações tecnológicas
significativas e o valor educativo do computador para a Educação Infantil precisa
ser debatido, inclusive, pelas próprias crianças. Apesar das mudanças naturais e
significativas do mundo, o sistema educacional ainda não se adaptou à ideia de
estar recebendo um estudante com outro tipo de pensamentos e ações.
Os nativos digitais, aos quais já nos referimos anteriormente, nasceram e
cresceram no mundo digital, aprenderam a falar digitalmente, a conviver em
rede, a lidar com a convergência das tecnologias, processando as informações
de forma diferenciada de seus professores.
As crianças precisam, ao longo da construção de sua identidade,
experimentar o uso do computador nesse contexto da Educação Infantil. É
preciso ressaltar que esta experimentação na escola deve considerar os
contextos culturais e históricos em constante transformação nos quais a criança
está inserida. Vale lembrar que, no processo de descobertas, a criança acaba
por ser transformada, modificando seus conceitos.
Quando há o questionamento sobre a informática como objeto de ensino
ou ferramenta do processo de ensino, é necessário refletir sobre esse aspecto e
principalmente conscientizar as crianças do uso de recursos tecnológicos e
principalmente desenvolver nelas a limitação do uso, sem impor esta
circunstância. As crianças que se apoderarem do uso da informática na
aquisição de informações, sem ao menos pesquisar, promover a reflexão e
crítica do conteúdo, não saberão contextualizar as informações, desenvolver
projetos e apreender o conhecimento.
A criança, ao ser alfabetizada em informática, deve compreender quando
se pode utilizar os recursos, como utilizá-los e quais recursos são praticáveis. É
importante compreender que essa prática não faz parte da aquisição
educacional, mas sim do processo de ensino aprendizagem.

71
Vamos conhecer uma experiência interessante:
Computadores na pré-escola:

A criançada da pré-escola pode escolher jogos,


desenhos, pintura... e computador (Pires,2011)

A experiência de uma escola, citada por Pires (2001), no município de


Piraí no Rio de Janeiro ilustra bem essa ideia.

Trabalhando em grupo, as crianças do Jardim de Infância Municipal Doutor Luiz


Silveira, em Piraí, a 105 quilômetros do Rio de Janeiro, aprendem a escrever seu
nome digitando no computador. Para esses pequenos, com idades entre 3 e 5
anos, mexer no notebook parece uma tarefa simples. Outra atividade proposta foi
a de apreciar obras de grandes artistas, como a pintora Tarsila do Amaral (1886-
1973). Enquanto a tela Abaporu é projetada no computador da professora, os
pequenos são instigados a falar sobre cores e formas. Depois das explicações
sobre as pinturas, inspiradas pela arte de Tarsila, eles se arriscam a tirar
autorretratos com a máquina fotográfica embutida em cada computador. Na
sequência, passaram a outra atividade: pesquisaram imagens de animais da
fauna brasileira com a orientação das professoras, usando seu notebook com
acesso à internet. Novamente, as crianças demonstram uma desenvoltura capaz
de deixar os adultos presentes, inclusive esta repórter, bastante impressionados.

Um dia na rotina dessa pré-escola mostra como a tecnologia foi


incorporada de forma natural ao processo de ensino e aprendizagem, de modo
que hoje o computador tem status de material básico de ensino - o mesmo pode
ser observado em outras unidades da rede municipal. A naturalidade dos
pequenos diante das máquinas comprova essa afirmação.
"Tô escrevendo uma carta”, diz Julia, enquanto tenta digitar seu nome.

72
Enquanto ela tecla, outros brincam ou desenham.
"Alguns pais ficaram aflitos achando que cadernos, livros, canetas e lápis
iam ser abolidos. Mas só acrescentamos uma nova ferramenta, que também
serve para ensinar". Pires (2011) registrou essa ponderação feita chefe da
divisão pedagógica da secretaria de educação do município.
Concluímos mostrando que o papel da escola é apresentar os elementos
do mundo em que vivemos e ensinar a interagir com eles. Ao planejar atividades
com o computador na pré-escola, o professor possibilita que a criança conheça
várias manifestações de linguagem. A tecnologia deve ser usada para expandir
conhecimento.
O computador dá espaço para brincadeiras com massa de modelar, leitura
ou cortar e colar. As fotografias tiradas pelas crianças, por exemplo, podem ser
usadas para fazer uma colagem. Sentadas em semicírculo no chão, elas podem
desenhar livremente em papel.
E assim, intercalando atividades tradicionais com outras, que usam o
computador com aliado, os pequenos da pré-escola adquirem conhecimentos.

5.2. As novas tecnologias no Ensino Fundamental


Partimos da palavra de um especialista identificando as novas
tecnologias usadas na educação:
Por novas tecnologias em educação, estamos entendendo o uso da
informática, do computador, da internet, do CD-ROM, da hipermídia, da
multimídia, de ferramentas para educação a distância – como chats, grupos ou
listas de discussão, correio eletrônico etc. – e de outros recursos e linguagens
digitais de que atualmente dispomos e que podem colaborar significativamente
para tornar o processo de educação mais eficiente e mais feliz. (MASETTO,
2007, p. 152).
Sobre este aspecto já trabalhado durante o nosso módulo acrescente a
sua opinião.

73
De fato são amplas as possibilidades de utilização das diferentes mídias.
Apresentamos exemplos de atividades com o uso do computador.

5.2.1 Trabalhando com os computadores em Língua Portuguesa

Começamos com o exemplo de produção de textos.

Agora vou escrever certo!


O computador vai ajudar!

Além de gerar novas buscas de informações e novidades, as ferramentas


digitais modificam procedimentos consagrados em Língua Portuguesa.
O exemplo mais significativo diz respeito à edição e revisão de textos. Em
processadores como o Word, a verificação ortográfica é muito facilitada. O
professor pode deixar o corretor ortográfico ligado para que os estudantes
tentem resolver, com autonomia, alguns dos erros, porém deve continuar
ensinando ortografia.
Em termos de organização textual, a vantagem é poder mudar de lugar,
ampliar, cortar e eliminar frases e parágrafos, experimentando novas soluções
para a composição sem precisar escrever tudo de novo a cada nova versão.

74
A informática também pode ajudar no trabalho com gêneros textuais.
Vamos conhecer um exemplo citado por Polato (2009) na Revista Nova
Escola.
Na Escola da Vila, na capital paulista, a professora propôs à turma do 4º
ano a construção de um informativo sobre o ciclo da água, um conteúdo que já
havia sido tratado nas aulas de Ciências. Depois de planejar o texto, decidir o
destinatário, selecionar as informações e escrever, as crianças foram para o
computador fazer títulos e quadros e escolher fontes e cores. Assim, tanto a
forma como o conteúdo da produção se aproximaram ainda mais dos exemplos
de jornais, aprofundando a caracterização do gênero estudado.

Língua Portuguesa
Tecnologias: Ferramentas de publicação, Processadores de texto e Sites
de áudio e vídeo Conteúdos: Comunicação oral, Produção de textos e Análise e
reflexão sobre a língua Oportunidades de ensino: Criar blogs; Produzir
podcasts, Realizar e publicar vídeos e Revisar e editar textos no computador.
Assim cara aluna ou aluno do CND já é possível verificar que não estamos
sonhando com o uso dos computadores, mas conhecendo propostas que já
foram viabilizadas em diferentes escolas.

Uma pergunta bem interessante: Você já imaginou que, da mesma


maneira que as nossas professoras nos ensinaram a escrever bilhetes e cartas o
email precisa também ser ensinado?
De acordo com Lopes(2012) o e-mail é mais um gênero textual a ser
explorado ."É necessário planejar aulas para esmiuçar as características
marcantes e trabalhar a fundo o potencial de comunicação das mensagens
eletrônicas." A mensagem eletrônica pode ser usada para convidar, notificar,
solicitar, comprar, denunciar, relatar e noticiar, entre outras possibilidades.

75
A reportagem feita por Lopes (2012) relata o trabalho de uma professora
do quinto ano, em Petrópolis .A professora começou indagando sobre para que
as mensagens eletrônicas serviam para eles a função básica era a de
comunicação com os colegas da turma, da mesma forma que usavam nas redes
sociais. Ninguém soube apontar outros usos, como enviar uma solicitação aos
gestores da escola ou se corresponder com parentes distantes. A professora
desafiou a turma a explorar os diferentes possibilidades de uso desse tipo de
comunicação,explicou que o tom do texto pode ser mais ou menos formal, a
depender do destinatário escolhido.
Outras ideias para quem quer ensinar o aluno a utilizar o e-mail :
 Peça que ele compare com os outros gêneros semelhantes como
bilhete e carta e relate as diferenças percebidas.
 Peça que criem endereços pessoais, escrevam para os colegas
sobre diversos assuntos já combinados previamente, como tarefa
de casa.
 Ressalte as possibilidades de incluir o assunto principal em
destaque , cópias e cópias ocultas bem como fotos e até vídeos.
Concluímos com uma citação de Lopes(2012)
"um gênero se constitui para atender a demandas de comunicação e expressão próprias de
situações típicas de determinada esfera de atividades, pública ou privada."
Agora opine:
Como você estabelece vínculo entre a citação e o uso de e-mail

5.2.2. As possibilidades do trabalho em Artes

Continuamos apresentando sugestões de atividades em outras disciplinas.


Polato (2010) descreve um exemplo relativo ao uso de recursos digitais nas

76
aulas de Arte. O trabalho foi feito por uma professora em Bagé,no Rio Grande do
Sul. A ideia da professora foi usar o Paint, programa de desenho que vem com o
Windows, para expandir a produção de ateliê da 7ª série. "Tomei o cuidado de
mostrar como artistas contemporâneos utilizam ferramentas similares, o que
trouxe bons exemplos de como os alunos poderiam aproveitar o computador
para acrescentar intervenções às criações com lápis".
De acordo ainda com Polato (2010) as câmeras digitais e celulares
popularizaram a fotografia. Saber tratar e modificar imagens em softwares de
edição é uma competência cada vez mais valorizada. Os programas de
desenhos no computador ampliam as formas de criação. Mas atenção: não se
pode incorporar tantas novidades de maneira apressada, sem uma boa
discussão. O professor precisa mostrar à turma de que forma essas ferramentas
têm sido usadas não só pelos artistas, mas pela sociedade. Dessa maneira
ocorre um diálogo entre o ateliê "real" e o computador, que, aliás, é essencial
para fazer a produção da turma avançar.
"O trabalho de fazer e refazer uma imagem desenvolve a objetividade na
composição da obra, no uso do espaço e no domínio dos instrumentos artísticos,
sejam eles tradicionais ou virtuais", defende Ferreira coordenador da área de
Arte de um Colégio na capital paulista. (citado por POLATO, 2009)
Arte
Tecnologias: Internet, Editores de imagens e Programas de desenhos
Conteúdos: Desenho, pintura, escultura e colagem (produção e apreciação)
Oportunidades de ensino: Editar imagens virtuais e trabalhar digitalmente
técnicas de ateliê.
Parada para realizar uma atividade:
Partindo do texto, explique como a tecnologia pode realmente auxiliar na
educação, ou “ter apenas um fim em si mesmo”.

77
Incluir a tecnologia no projeto pedagógico é a única forma de garantir que
as máquinas se tornem, de fato, ferramentas a serviço da aprendizagem dos
conteúdos curriculares, e não um fim em si mesmas.
(DINIZ, 2009, p.11)

5.2.3 A Geografia usando as novas tecnologias.

“Mapas e atlas impressos continuam tendo utilidade. Porém aprender a


utilizar a cartografia digital permite converter o aluno em sujeito ativo do processo
de construção da informação geográfica”. (BOLIGIAN citado por POLATO, 2009)
O maior diferencial dos mapas virtuais é a interatividade. Além de livre
escolha de local, escala e tema (vegetação, fronteiras políticas ou malha de
transporte, por exemplo), o usuário ainda tem mobilidade de observação: pode ir
para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda e até girar as imagens.
No Google Earth há também uma ferramenta que permite ver a
transformação na ocupação de um local ao longo do tempo. Para os anos iniciais
do Ensino Fundamental, é mais indicado trabalhar com a identificação de
elementos geográficos próximos, como ruas e bairros da cidade, ou a
comparação dessas áreas com as de cidades de outros países.
Geografia
Tecnologias: Internet e Sites e programas de visualização de mapas
Conteúdos: Representação da paisagem e Cartografia
Oportunidades de ensino: Ler mapas virtuais e Orientar-se usando serviços e
sites de localização online.

78
5.2.4 Preparando o aluno para pesquisa em sites confiáveis

Parece que o antigo hábito de nos dirigirmos à biblioteca, ir até uma


estante e pegar um livro estão perdendo a força. A possibilidade de pesquisar via
internet ganhou espaço com os buscadores como o Google e mais recentemente
ganham mais espaço as bibliotecas digitais oferecidas por muitas instituições. A
diferença entre essas ferramentas se ligam ao fato que as primeiras remetem a
inúmeras informações nem sempre confiáveis e é preciso que aos poucos os
alunos aprendam a filtrar e escolher, enquanto que as bibliotecas digitais têm o
aval de instituições de relevância acadêmica, e científica.

Com um acervo de mais de 123 mil obras e um registro de 18,4 milhões de visitas,
o Portal Domínio Público é a maior biblioteca virtual do Brasil (dados de junho de
2009).
Lançado em 2004, o portal oferece acesso de graça a obras literárias, artísticas e
científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou
que tenham a sua divulgação autorizada.
Essa biblioteca está a nosso dispor no endereço eletrônico a seguir:.
Acesse
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12329:d
ominio-publico&catid=296:dominio-publico&Itemid=676>

e cresça em conhecimentos

A proposta que vamos em seguida apresentar é mais uma contribuição da


Revista Nova escola que traz uma sugestão de projeto para auxiliar o aluno a
selecionar bem as informações disponibilizadas via internet.

Objetivo: Identificar fontes confiáveis para pesquisa na internet.

79
Conteúdo específico: Leitura e Procedimentos de seleção de fontes de
pesquisa
Anos escolares: Do 3º ao 5º ano.
Tempo estimado: Duas aulas.
Material necessário: Computadores com acesso à internet e cartolina.
Desenvolvimento em etapas: 1ª etapa - Escolha um tema de estudo
com seus alunos e estabeleça os pontos mais importantes para investigar,
definindo as perguntas que devem ser respondidas na pesquisa.
2ªetapa - Na sala de informática, pergunte se eles conhecem sites que
servem para fazer pesquisa. Aproveite a oportunidade para explicar como
funcionam. O Google, por exemplo, tem um enorme banco de dados e busca
nele a palavra ou frase pesquisadas sem levar em consideração se as
informações do site são certas ou erradas.
3ªetapa - Acesse o Google e pergunte quais são as melhores palavras-
chave para o tema pesquisado. Questione os estudantes sobre a qualidade dos
resultados com os comandos do computador. Certifique-se de que compreendam
que, quanto mais específicos os termos ou a frase usado no campo "busca",
melhores são os resultados.
4ªetapa - Proponha uma situação-problema, confrontando dois sites que
possuam informações conflitantes sobre o tema da pesquisa, procedimento que
costumamos realizar quando utilizamos material impresso a partir de uma revista
ou jornal. A pesquisa feita dessa maneira na Internet cria a possibilidade de
ensinar a busca em sites confiáveis.
Se há respostas conflitantes pergunte: "Em qual confiar? Por quê?".
No caso da Internet um primeiro passo é verificar a terminologia dos sites.
Assim temos que
".org" refere-se a sites de organizações não governamentais,
".com", a endereços comerciais, ".gov", a sites do governo.

80
5ªetapa - Lance a pergunta: a pessoa ou a instituição têm acesso a
informações confiáveis ou estudam o tema? Apresente também seus sites de
confiança, explicando suas escolhas. Registre as informações em um cartaz para
consulta.
6ªetapa - Oriente os alunos a selecionar três bons sites para a pesquisa
proposta inicialmente. Peça que expliquem critérios de escolha e certifiquem-se
de que as informações obtidas respondem aos questionamentos.
Avaliação Programe uma nova visita ao laboratório de informática e
proponha outra pesquisa. Observe se os alunos utilizam palavras-chave
adequadas ao conteúdo, escolhem os sites, verificando sua procedência, e
analisam sua confiabilidade.

Parada para realizar uma atividade:


Elabore um plano de aula com base na ideia apresentada na frase que se
segue:
Uma janela para o mundo:
O correio eletrônico leva o planeta para dentro da classe e torna a
Geografia mais interessante.
Discrimine as etapas do trabalho, como nos exemplos citados.

5.2.5. Mais e mais sobre o uso da Tecnologia

O jornalista Uribe (2012) numa reportagem em setembro de 2012 mostrou


que a leitura voluntária contribui para combater o analfabetismo funcional,
melhorando o desempenho dos alunos. Mais de 20% da população brasileira

81
apresenta algum grau de analfabetismo funcional, ou seja, tem dificuldade de
entender o que lê.
A popularização dos televisores e dos celulares, disponíveis para quase
2/3 da população mundial começa a ser usada em vários programas. É o caso
do programa adotado na Índia que insere legendas no idioma deles (híndi) em
filmes e atrações da TV. A estratégia é fazer com que pessoas com baixo nível
de alfabetização associem a fonética das palavras com sua grafia.
No Brasil, onde 72% da população têm celulares, o matemático Poli
(2012, citado por URIBE) relata que está preparando um programa para
smartphones que oferece atividades de leitura e escrita para crianças e adultos.
O aplicativo, em fase de teste, conterá 4800 exercícios de português, matemática
e ciências.

De acordo com Diniz


(2010), uma pesquisa sobre o uso
de tecnologias na educação
apontou que 78% dos
pesquisados, considera que a
tecnologia aumenta as
possibilidades de exploração dos
conteúdos escolares.
FONTE: CLIPART ON LINE
Ilustração Marcelo Calenda sobre foto de Gilvan Barreto

Uma outra possibilidade de uso tecnológico vem tomando espaço na


discussão de educadores, editores, designers, além dos próprios fabricantes de
equipamentos e autoridades. Trata-se da crescente atração que vêm causando
os livros digitais e a possibilidade de acesso a e-books e tablets.
Da parte textual feita diretamente no computador para o livro eletrônico e-
book, foi um salto muito rápido. E, agora, com as modernas telas portáteis e
sensíveis ao toque - os tablets -o livro digital ganha cada vez mais espaço

82
Portanto, mais um aparato tecnológico da era da informática, o qual afeta o modo
de ensinar e de aprender, graças a recursos inovadores.
Em 2009 o chamado e-bookreader foi considerado o "gadget" do ano Era
descrito como um aparelho simples ,com tela como a de um livro de bolso e nele
se podia fazer o download de mais de 100000 títulos para a compra virtual. Ao
ser lançado nos Estados Unidos em 2009 tinha capacidade para armazenar até
200 obras e como vantagens o fato de ser leve e fácil de carregar.
gadget-aparelho,
engenhoca

Na 22ª Bienal do Livro de São Paulo ocorrida em agosto de 2012 cujo


tema foi "Os livros transformam o mundo, os livros transformam as pessoas”ao
espaço dedicado aos e-books ainda foi bem pequeno se comparado aos de
papel. o entender de Kulesz (2012) isso se deve ao ,por enquanto, ao baixo
faturamento com a venda de livros eletrônicos. Mas ele indica a tendência
crescente à mudança. Dentre as causas dessa mudança são indicados o
interesse em adaptar os livros digitais ao perfil do leitor brasileiro com parcerias
entre empresas brasileiras as estrangeiras que trabalham nesse setor. Por outro
lado as editoras nacionais têm trabalhado na digitalização de seus catálogos
disponibilizando as suas publicações.
De acordo com Milarch6 a mídia digital que se destaca atualmente é o
tablet: computador portátil em forma de prancheta eletrônica, sem teclado físico e
com tela sensível ao toque.
Esse equipamento permite navegação na internet, e tem funções que
usamos na leitura como virar páginas, sublinhar ou procurar palavras,
armazenando uma grande quantidade de livros digitais.

6
www.congressodolivrodigital.com.br/.../TC-vilson-milarch-2703121

83
Empresas gigantes da produção de livros digitais estão disputando o
mercado brasileiro. Uma empresa canadense é a primeira a anunciar as
operações no Brasil e a IBookstore loja de livros digitais da Apple chegará até o
fim de 2012.

Fique atento a esta notícia


O Ministério da Educação vai investir cerca de R$ 150 milhões neste ano
para a compra de 600 mil tablets para uso dos professores do ensino médio de
escolas públicas federais, estaduais e municipais. De acordo com o ministro da
Educação os equipamentos serão doados às escolas e entregues no segundo
semestre.
O objetivo do projeto Educação Digital – Política para computadores
interativos e tablets, anunciado pelo ministro Mercadante nesta quinta-feira, 2, é
oferecer instrumentos e formação aos professores e gestores das escolas
públicas para o uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação
(TICs) no processo de ensino e aprendizagem.
Para o ministro, o mundo evolui em direção a uma sociedade do conhecimento e
a escola tem que acompanhar esse processo. “É muito importante que a gente
construa uma estratégia sólida para que a escola possa formar, preparar essa
nova geração para o uso de tecnologias da informação”, disse. Segundo o
ministro, esse é um processo e o governo federal quer acelerar, sem atropelos.
“É evidente que a tecnologia não é um objetivo em si, nada substitui a relação
professor-aluno.”
A tecnologia, afirmou, vai ser tão mais eficiente quanto maiores forem os
cuidados pedagógicos e quanto maior for o envolvimento dos professores no
processo. “Estamos definindo que, na educação, a inclusão digital começa pelo
professor.”
Fonte <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17479>, 02 de fevereiro de
2012 -

84
PARADA PARA REALIZAR ATIVIDADE

Você se considera preparado para utilizar computadores na sala de aula?


Com intuito de avaliar como estava a formação de professores diante das
mídias digitais a Fundação Vitor Civita realizou uma pesquisa com esta mesma
pergunta. Para 72% dos entrevistados a resposta foi "não". Além disso, apenas
15% afirmaram ter recebido formação para o uso de tecnologias aplicadas à
Educação. Com um agravante: na maior parte dos casos, esses cursos são
focados nas próprias ferramentas, tendo, portanto, um cunho mais técnico.
(DINIZ, NOVA ESCOLA, 2009)
Agora fique atento ao gráfico sobre o alcance do PROINFO:
Matrículas de professores nos cursos:

(Fonte MEC)

Com base no texto e no gráfico, comente a atual situação dos professores


que querem usar o computador como recurso pedagógico, destacando nesse
comentário como você se coloca.

85
Neste capítulo apresentamos exemplos das possibilidades do uso
das novas tecnologias na educação e listamos atividades que vêm sendo
desenvolvidas com crianças da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental trabalhando com esses recursos.

Concluímos o módulo sobre a Informática na educação.


Esperamos que esse material tenha contribuído para o seu
aprimoramento como futuro educador e que possibilite o uso adequado da
informática, tornando-o não somente hábil na utilização das ferramentas cada dia
mais diversificada, mas especialmente tornando-o um profissional que cuidará da
própria formação continuada e capaz de colocar toda a tecnologia que
conhecemos, e as que seguramente virão, como mais uma ponte entre seus
alunos e você.
B@m trabalho!

86
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACADÊMICAS DO CURSO DE PEDAGOGIA. Reunião de Pais para professor


Curitiba, Paraná: Faculdade Padre João Bagozzi, 2011. Disponível em
http://www.youtube.com/watch?v=qhH_kJxFa18 . Acesso em: 1 set. 2012.

ALECRIM, Emerson. Infowester Site. Disponível em


<www.infowester.com/dicasgoogle.php > Acesso em: 12 set 2012.
________________________ Vinte dicas para word .Disponível em
<http://www.infowester.com/dicasword.php> Acesso em: 12 set. 2012.

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de Da atuação à formação de


professores. Salto Para o Futuro:TV e Informática na Educação. Brasília:
MEC, SEED, 1998.

ALVARENGA, Cacilda Encarnação Augusto. Autoeficácia de professores para


utilizarem tecnologias de informática no ensino. Tese de doutorado.
Orientadora: Roberta Gurgel Azzi. Faculdade de Educação (FE), UNICAMP,
2011. Disponível em
<www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000789633> Acesso em :
10 ago. 2012.

ALVES, Nilda. Tecer conhecimentos em rede. O sentido da escola. Rio de


Janeiro: DP&A, 2001.

AMARAL, Viviane. Rede/ABDL, 2007 Disponível em


< redesedesenvolvimento.org.br. > Acesso em: 11 set 2012.

87
BRASIL. . Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. Brasília:
Secretaria de Educação Básica. Disponível em
<portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf > Acesso em : 30 ago. 2012.

CARDOSO, Jiani. Criando bons Slides no PowerPoint. Rio Grande do


Sul, Uruguaiana : PUC. Disponível em <
http://www.slideshare.net/lepereira/criando-bons-slides-prof-jiani-cardoso >
Acesso em: 4 set. 2012.

CAZES, Leonardo. Wikipédia - É tudo (in)verdade? O Globo, 15 de setembro de


2012 , Rio de Janeiro: Caderno Prosa , p.4 .

COSTA,Renata.Como funciona a lousa digital? . Revista Nova Escola, Gestão


escolar-Gestão de Materiais. São Paulo: Editora Abril.set 2009.Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/como-
funciona-lousa-digital-tecnologia-501324.shtml> Acesso em: 17 set.2012

DEMO, Pedro. Habilidades do Século XXI, Boletim Técnico do SENAC.: Rio de


Janeiro, v. 37, nº 2, mai./ago. 2011. Disponível em

< http://www.senac.br/conhecimento/bts-tudo.html> Acesso em: 5 set. de 2012.

DINIZ, Melissa. A chave para o sucesso: O grande desafio de quem ensina,SP,


2009. Revista Nova Escola,Gestão escolar São Paulo: Editora Abril, dezembro
de 2009.

88
FREIRE, Paulo Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
Disponível em <http://portal.mda.gov.br/portal/saf/arquivos/view/ater/livros/.pdf p
107>.Acesso em: 2 set. 2012.

GOOGLE - Buscador e diretório. Disponível em < www.google.com.br/>


Acesso em: 28 ago. de 2012.

LOPES,Noêmia. E-mail, mais um gênero para ensinar à garotada. Revista Nova


Escola. São Paulo: Editora Abril. Nº 255, set. 2012.
.

MACHADO, A.C.T. Novas formas de produção de conhecimento: utilização


de ferramentas da Web 2.0 como recurso pedagógico Revista Virtual da
Universidade de Santa Catarina., Udesc Virtu@l 2008. Disponível em
<Revistas.udesc.br/index.php/udescvirtual/article/view/1655/1332 >Acesso em
:12 set. 2012

MASETTO, Marcos T.; MORAN, José Manuel; BEHRENS, Marilda Aparecida.


Novas tecnologias e mediação pedagógica. 12 ed. Campinas, SP: Papirus,
2007.

MENDES, Mariza. Laptops na sala. E agora? Revista Nova Escola. São Paulo:
Editora Abril. Nº 251, abril. 2012.

MILARCH, Vilson.. Livros digitais na educação - perspectivas e desafios.


São Paulo: Câmara Brasileira do livro. Disponível em
< www.congressodolivrodigital.com.br> Acesso em :15 de set. 2012

89
MORAES, Maria Cândida. Informática educativa no Brasil: uma história
vivida, algumas lições aprendidas. 1997. Disponível em
<http://www.edutec.net/. > Acesso em: 3 set. 2012.

NASCIMENTO, João Kerginaldo Firmino do. Informática aplicada à educação.


Curso técnico de formação para os funcionários da educação. Brasília :
Universidade de Brasília, 2007. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=462&id=244&option=com_content&vi
ew=article.> Acesso em: 10 set. 2012.

NOGUEIRA, Vanessa dos Santos. Uso pedagógico do chat. Brasil Escola.com


Disponível em <http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-uso-
pedagogico-chat.htm >. Acesso em: 30 ago. de 2012.

PAULINA, Iracy e COSTA, Renata. Tem, mas ainda é pouco. Revista Nova
Escola São Paulo: Editora Abril Disponível em <
http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas>. Acesso em: 6 set. 2012

PECHI, Daniela. 8 razões para usar o youtube em sala de aula. Revista Nova
Escola. Gestão escolar. São Paulo: Editora Abril, novembro de 2011.

PIRES, Alaíde. Computadores na pré-escola. Revista Nova Escola, nº 232. São


Paulo: Editora Abril, maio de 2010.

POLATO, Amanda. O uso de recursos digitais para ensinar Artes. Revista Nova
Escola nº 223 . São Paulo: Editora Abril, maio de 2010.

________________Utilize mapas virtuais para ensinar geografia. Revista Nova


Escola nº 232 . São Paulo: Editora Abril, junho de 2009.

90
PROINFO. Material original de Mídias na Educação. Disponível em
<http://www.ePROINFO.mec.gov.br/webfolio/Mod82673/etapa2/leituras/lista/midi
a_educacao.htm > Acesso em: 3 set. 2012

RODRIGUES, Cinthia. Blog da escola: por que vale a pena ter um:
Ferramenta do mundo virtual, o blog é um recurso simples de criar e eficaz para
compartilhar as ações pedagógicas. Disponível em
<novaescola@atleitor.com.br>. Publicado em Nova Escola- Gestão escolar,
edição 011, dezembro 2010/janeiro 2011. Acesso em: 2 set. 2012.

SANTOS, Robinson Nelson dos O professor como profissional reflexivo:o


legado de Donald Schön no Brasil. São Paulo: USP., Monografia Programa de
Mestrado em Educação Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo
Disponível em <http://pt.scribd.com/doc/19472839/O-professor-como-
profissional-reflexivo-o-legado-de-Donald-Schon-no-Brasil> Acesso em: 13 set.
2012

SARDENBERG, Maria Elisa. Computador na Educação Infantil, vantagens e


perigos. Instituto A vez do mestre. AVM. Faculdade Integrada. Rio de Janeiro:
Curso de Pedagogia. Novembro de 2009. Disponível em <
http://computadornaeducacaoinfantil.blogspot.com.br/.> Acesso em: 9 set. 2012.

SCACHETTI, Ana Ligia. Nova Escola discute: tecnologia sozinha não aprimora o
aprendizado. Revista Nova Escola. São Paulo: Editora Abril. nº 253, junho/julho
2012.

SILVA, Rodrigo O que é download e upload. . Disponível em


<http://www.meajuda.net/ /o que é download e upload >. Acesso em: 15 set. de
2012.

91
TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na Educação: novas ferramentas
pedagógicas para o professor da atualidade. São Paulo: Ética, 2000.

VALENTE, José Armando. Análise dos diferentes tipos de software usados na


educação. Salto para o futuro: TV informática na educação. Secretaria de
Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, 1998.

92

Você também pode gostar