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A formação de uma nova política no âmbito das lutas contra a pobreza no Brasil desde
2013 traz grandes desafios para a compreensão da sociedade e da política brasileiras. O novo
tema da cena, composto de indivíduos e sociais, introduz uma configuração diferente em termos
de social do tempo. A ação coletiva dessa nova ordem dos grupos tem uma cultura cultural, mas
também emergem com diferentes formas de apropriação das rotinas subjacentes à sua ação. E no
sentido de explorar e descrever o contexto de emergência que proporciona a abertura na
estrutura da política de prioridade para o surgimento de novos participantes nas políticas dos
Estados Unidos que residem na problemática dessa exploração de investigação.
Os conflitos que marcaram o ano 2013 no país, com maior êxodo durante o
mês de junho, assinaram as mudanças que foram cometidas. O surgimento de novos atores com
uma visão ideológica de um estado liberal, relacionado à economia, foi indiretamente destacado
pela multidão que tomou as ruas ao redor do mundo em 2013 (GOHN, 2016).
levou a cabo no ano 2013. O ciclo de protesto iniciado nesse ano com grande quantidade em
atuação que gerou o surgimento de um ativismo reação liderado por atores sociais vinculados a as
classes dominantes brasileiras (SILVA, PEREIRA, SILVA, 2016). O corte realizado por estes
autores mostra a existência de pesquisa destinada ao conhecimento político dos atores
relacionados com Classe dominante brasileira entretanto, pouco se tem estudado até o momento
sobre as possibilidades de abertura, emergência, sucesso e manutenção de movimentos sociais
como o MBL.
Nos perguntamos como deve ser a atuação dos professores frente a esses
tempos de revisionismo absurdos, caça á esquerda e questionamento há tudo que não seja de
aspecto liberal. Mas a atuação de uma ação docente mais próxima e interlocutora ao educando
não é simples como apresentada, uma visão como essa tende a positividade e de certa forma a
idealização da profissão que conta com grandes dificuldades, merecendo destaque os baixos
salários e a indisciplina escolar, somado a isso o professor tem de seguir um planejamento de
conteúdos que estejam de acordo com os parâmetros curriculares nacional ou os parâmetros de
cada estado, como os que temos estabelecidos aqui no Paraná.
aula que é um processo dinâmico, pois se se estabelece caminhos muito fixos deixará o professor
sobrecarregado, sem uma ação transformadora. Entretanto, o agente mais dinâmico desse
processo é o professor, que tem a possibilidade de re-selecionar os conteúdos de uma forma que
julgue ser mais importante para a formação daquele aluno, por mais que os programas, sejam eles
no campo nacional ou regional, busquem uma unificação na execução do trabalho em sala de
aula, o que contará mesmo é “final da ponta dessa corda” que é ação do professor que terá como
resultado seus próprios recortes e destacando aquilo que segundo sua formação e/ou experiência
lhe indique como um caminho correto.
Sacristan aborda de uma forma expressiva as vozes que formam esse ensino,
que existem maneiras de dizer sobre os conteúdos e de como ele chega até o aluno, o que cada
agente desse processo afirma e defende e o que acaba acontecendo no sentido prático tanto sobre
a composição do currículo como a assimilação por parte dos alunos.
Um item claro, que inclusive acontece com boa parte dos alunos, é a busca de
uma linha teórica ou ideologia de seu professor, modulando, dessa forma, seu discurso nas
atividades e avaliações de uma forma que lhe garanta uma melhor visão do professor sobre seu
trabalho. Muitas vezes o que nossos alunos escrevem e defendem é apenas feito para a pessoa do
professor, não havendo uma problematização ou reflexão realizada propriamente pelo educando.
Sobre o que seria um currículo e sua função podemos citar o trabalho que
discute a relação do currículo com a história e a teoria, trata-se de um texto de Ivor F. Goodson
intitulado “Currículo: Teoria e História”, e sobre a função do currículo o autor pondera:
Goodson, que é traduzido por Tomaz Tadeu da Silva, reflete que a ação do
docente não está intrinsecamente ligada ao currículo, aliás, observa o currículo como um agente
burocrático de certa forma, pois trata o currículo escrito como um simples documento de
padronização de recursos. Dessa forma entendemos que a atuação do professor frente aos
questionamentos realizados por grupos como MBL e o Brasil paralelo necessita cada vez de uma
atuação de agente transformador, deixar o aspecto de detentor do conhecimento para se tornar
alguém que possa interagir o ensino de história.
Para responder a isso vamos nos valer de Lana Mara de Castro Siman, que
enxerga o professor como um mediador, ou seja, uma pessoa responsável em trabalhar os
assuntos relativos a disciplina de história de uma forma que seja possível aproveitar esse
conhecimento que o aluno possui previamente para assim poder construir seu entendimento
sobre as relações do passado.
Thomas Giuliano ultrapassou as barreiras físicas da sala de aula. Hoje vem ensinando a história
brasileira sem revisionismos via internet para milhares de alunos através dos portais "A
Civilização Ocidental" e "História Expressa."Thomas acha a divergência humana benéfica para
a saúde, respeita a singularidade do direito à escolha própria dos indivíduos e antipatiza com
qualquer tipo de doutrinação ideológica.Formado em História pela PUCRS, coordenador do
livro “Desconstruindo Paulo Freire”, mantenedor do site historiaexpressa.com.br, professor
dos cursos “Em torno de Nabuco”, “Gilberto Freyre: vida, forma e cor” e o “Brasil segundo
Machado de Assis”, palestrante bimestral da Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul,
pesquisador autodidata.
Esse artigo trata-se dos aspectos iniciais de pesquisa sobre essa relação entre o
MBL, na qual faz ampla divulgação de conteúdos do Brasil paralelo e a concepção de trazer uma
nova história do Brasil, fica claro que o ensino de história é um importante lugar de disputa ao
imaginar a política vigente ou ao imaginarmos as perspectivas dos projetos políticos que se
projetam.
Referências:
BAUMAN, Zigmunt. Modernidade líquida. Tradução Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 2001.
GOHN, Maria da Glória. A sociedade brasileira em movimento: vozes das ruas e seus ecos
políticos e sociais. Caderno CRH, Salvador, v. 27, n. 71, p. 431 – 441, Maio/Ago. 2016.
SILVA, Marcelo Kunrath. PEREIRA, Matheus Mazzilli. SILVA, Camila Farias da. As raízes do
ativismo reacionário contemporâneo no Rio Grande do Sul: as manifestações públicas
dos empresários e profissionais liberais gaúchos, 1970 – 2010. 40° Encontro Anual da
ANPOCS, Caxambú, 2016. Disponível em: < http://www.anpocs.com/index.php/papers-40-
encontro/st-10/st13-7/10270-as-raizes- do-ativismo-reacionario-contemporaneo-no-rio-grande-
do-sul-as-manifestacoes- publicas-de-empresarios-e-profissionais-liberais-gauchos-1970-
2010/file>. Acesso em: 15/03/2017.
SIMAN, Lana Mara de Castro. O papel dos mediadores culturais e da ação mediadora do
professor no processo de construção do conhecimento histórico pelos alunos.in: Ensino de
história e educação. Ijuí: Unijuí, p. 81-107, 2004.
Anais eletrônicos -
XVI ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA – Tempos de transição - 12
ISSN 1808-9690