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Meu nome é Leonardo Spencer, tenho 14 anos e moro com o meu tio Charles Spencer e meu

irmão Liam Spencer e tenho uma história para contar. Eu nasci em 22 de setembro de 1985, 1 ano
depois do meu irmão, nosso país eram: Diana Spencer, a mamãe, ela era vocalista de uma banda
muito popular até hoje chamada Garotas Fogosas e Percy Spencer, o papai, ele era sócio da oficina do
vovô, que fazia um certo sucesso na época deles.
Nossa família era feliz, mesmo com os holofotes sobre os nossos pais, eles sempre foram
muito presentes na nossa vida, principalmente nos anos 90, quando a mamãe se aposentou da banda e
o papai virou o dono oficial da oficina onde era sócio, sempre viajávamos e sempre amava, menos o
meu irmão, que geralmente ficava de cara fechada para qualquer viagem, apesar disso, ele sempre me
protegia dos meninos que me zuavam, chamando meu pai de corno por eu me parecer muito com o
meu tio Charles, eu gosto do meu irmão.
O papai me ensinou a gostar de carros e fórmula 1, eu e ele sempre se juntava no sofá no final
de semana para assistir as corridas, até me levou para interlagos com 12 anos, foi a melhor
experiência da minha vida e isso me deu vontade de virar jornalista esportivo para estar sempre
próximo desses carros e tentar mostrar para a próxima geração o quanto esse esporte é incrível. Nesse
mesmo ano ele me ensinou a dirigir seu Ford Maverick, no começo estava com medo, mas pelo jeito
consegui me lidar bem com aquele carro enorme e imponente, até mesmo sai de lado algumas vezes,
me senti fazendo drift naquele dia.
A mamãe tentou me ensinar a tocar guitarra, mas meu irmão se deu melhor com essa
habilidade, mas mesmo assim o gosto musical foi compartilhado comigo e com o meu irmão, eu posso
me considerar ecletico, eu amo rock por causa da mamãe, mas também gosto de músicas nacionais,
jazz e sintetizadores por causa do papai
Mas bem, um dia tudo mundo nas nossas vidas, era aniversario do Liam e pela primeira vez o
nosso tio ia com a gente nessa viagem, já que ele sempre estava ocupado, no começo fiquei surpreso
mas me acostumei diferente do meu irmão, que estava totalmente de saco cheio porque iria viajar e
comemorar seu aniversário, algo que ele nunca gostou de fazer. Chegando no sítio, onde seria o
destino da viagem e o aniversário do Liam, algo estava chamando nossa atenção, era uma névoa muito
grossa que estava no local, imaginamos que era apenas o frio e estávamos em uma colina bem alta.
A noite passou normal, comemoramos o aniversário do meu irmão e nossos pais pediram para
a gente ir para os nossos quartos, que era compartilhado. Passou um tempo e começamos a ouvir
gritos, eu estava ouvindo minha fita da Kate Bush que o papai deu para mim, então não tinha prestado
muito atenção, mas meu irmão parecia assustado e com medo de algo que ele via pela janela, quando
eu fui averiguar junto com ele eu vi algo que eu queria ter apagado da minha memória, eu vi a mamãe
sendo massacrado por um bicho de 4 patas muito grande e o corpo do papai totalmente morto, meu
irmão tentou me impedir de ver mas era tarde demais, eu já tinha visto tudo. A gente ficou se
segurando por um tempo no chão, mas depois essa briga foi silenciada por barulhos de tiro, quando
fomos averiguar, aquela criatura estava morta no chão e nosso tio com uma arma na mão, ele viu que
estávamos observando e antes de fazer qualquer coisa com os nossos pais ele veio falar com a gente,
dizendo que era uma onça que tinha invadido o sítio e atacado nosso país, aceitamos essa informação
mas eu nunca engoli isso, aquele bicho não era normal.
Depois disso nossas vidas mudaram, fomos morar com o nosso tio e como geralmente ele
ficava ocupado viajando, um amigo dele cuidava da gente quando ele estava fora, o nome dele era
Antônio Pontevedra, mas gostava de ser chamado de Balu, sempre andava com umas camisetas
floridas e tinha sempre um bom humor. Ele sempre tocava um violão de noite em frente a uma lareira
para a gente, nunca vi meu irmão com um sorriso no rosto ou até mesmo chorando quando ele via o
Balu tocando, ele também sempre levava a gente para tomar sorvete e nunca negou em cuidar da
gente quando estamos doente, levando para o hospital e quando podia buscava a gente no colégio e
sempre de braços abertos para um abraço forte que esmagava a gente.
Mas por algum motivo, em 2000 o Balu não pode ficar com a gente então tivemos que se
mudar para uma cidade do interior de São Paulo por um tempo que eu e meu irmão não sabemos o
nome e nós dois não sabemos o que nos espera, só tenho uma sensação estranha sobre isso, a mesma
sensação que eu tive naquele dia do sitio, mas talvez seja porque faz tempo que eu não viajo.

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