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Deus quer no elevar. Ele tem um projeto surpreendente para nós. Ele nos criou para
sermos felizes. Se olharmos em Gênesis 2, vamos ver que Deus fez um paraíso, um
jardim das delícias.
Imagine para o povo de Deus, que está acostumado com um ambiente desértico,
semi-árido, ter a ideia de um jardim. Ali, Deus quis nos mostrar que Ele nos colocou
num jardim agradável, ou seja, este mundo foi criado por Deus para que sejamos
felizes. Quando a Bíblia fala do Éden, não está falando de céu, mas de um lugar
agradável aqui na Terra.
No jardim, não havia dor, morte nem tristeza; era um lugar para ser feliz, um paraíso
terrestre. Embora tudo estivesse tranquilo, havia uma coisa inesperada, uma serpente.
Se era paraíso, o que o diabo estava fazendo lá?
Deus havia colocado o homem no centro daquele jardim para cultivá-lo, não era um
trabalho que trazia sofrimento. Por que Deus, fazendo tudo aquilo certinho para que o
homem tivesse paz, permitiu a satanás viver ali?
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• Se Jesus sabia que Judas o ia trair, por que razão ficou com ele até ao
fim (...)
Português
Entre os numerosos discípulos que o seguiam, Jesus designou doze para serem
os mais próximos, para partilharem e continuarem a sua missão. Não foi com
ligeireza que instituiu este grupo de doze apóstolos, foi depois de ter rezado toda
uma noite.
Mas, a dado momento, Jesus apercebeu-se de uma mudança de atitude em
Judas, um dos doze. Jesus compreendeu que ele se afastava interiormente, e
até que o ia «entregar», como dizem os evangelhos. Segundo o evangelho de
João, já na Galileia, muito antes dos acontecimentos em Jerusalém que deviam
levá-lo à cruz, Jesus compreendeu o que se passava (João 6,70-71). Por que
razão não afastou Judas nessa altura e o conservou perto de si até ao fim?
Uma das palavras que Jesus utiliza para falar da criação do grupo dos doze
apóstolos dá-nos uma pista: «Não vos escolhi eu a vós, os Doze?» (João 6,70; ver
também João 13,18). O verbo escolher ou eleger é uma palavra-chave na história
bíblica. Deus escolheu Abraão, escolheu Israel para fazer o seu povo. É assim a
escolha de Deus que constitui o povo de Deus, o povo da aliança. O que torna a
aliança inabalável é que Deus escolhe amar Abraão e os seus descendentes para
sempre. O apóstolo Paulo comentará: «Os dons e o chamamento de Deus são
irrevogáveis» (Romanos 11,29).
Visto que Jesus escolheu os doze como Deus escolheu o seu povo, não podia
mandar embora Judas, mesmo quando compreendeu que ele o ia trair. Sabia
que o devia amar até ao fim, para atestar que a escolha de Deus era irrevogável.
Os profetas, em particular Oseias e Jeremias, falaram em nome de um Deus
magoado e humilhado pelas traições do seu povo, e que, contudo, não cessa de
o amar com um amor de eternidade. Jesus não queria nem podia fazer menos:
humilhado pela traição de um dos seus íntimos, não deixou de lhe demonstrar o
seu amor. Ao baixar-se diante dos seus discípulos para lhes lavar os pés, fez-se
o servidor de todos, também de Judas. E foi em particular a Judas que deu um
bocado do pão partilhado: parcela de amor ardente que este levou consigo para
a noite (João 13, 21.30).
Se queria ser fiel a seu Pai – ao Deus que escolhera Abraão e Israel, ao Deus dos
profetas – Jesus tinha que conservar Judas perto de si até ao fim. Amava Judas
mesmo quando este estava todo ele preso pelas trevas. «A luz brilhou nas
trevas» (João 1,5). O evangelho diz que foi no momento em que deu o seu amor
a Judas, no momento em que o ama sem nada ganhar com isso, que Jesus «foi
glorificado» (João 13,31). Na mais opaca noite do ressentimento e do ódio, ele
manifesta o brilho extraordinário do amor de Deus.
Sobre a razão do que Judas fez, só há nos evangelhos duas indicações. Uma é a
evocação do diabo: foi ele que «meteu no coração de Judas a decisão de o
entregar» (João 13,2). Mas isso só torna o enigma ainda mais impenetrável. O
diabo, ou Satanás, é aquele que se opõe, ralha, calunia. Jesus apercebeu-se do
ressentimento que nascera no coração de Judas e que estava enraizado de
forma inabalável. Mas sobre o porquê, não há nem uma palavra, nem mesmo
uma alusão.
Citando o versículo do salmo, «Aquele que come do meu pão levantou contra
mim o calcanhar» (Salmo 41,10), Jesus não afirma que Judas não podia agir de
outra forma, mas que Deus permanece o actor principal no que está a acontecer.
Há o drama da traição, e ao mesmo tempo é Deus que está a actuar. Pois, se o
que Judas está a fazer cumpre a Escritura, é de uma forma misteriosa que o
projecto de Deus se realiza, Deus cumpre a sua palavra (Isaías 55,10-11). A
referência à Escritura permite acreditar em Deus mesmo na noite, mesmo
quando o que acontece é incompreensível.
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Naquele tempo: Estando à mesa com seus discípulos, Jesus ficou muito comovido
interiormente e declarou abertamente: “Eu afirmo: um de vós há de me trair”. Os
discípulos se entreolhavam, sem saber de quem ele falava.
Logo que Judas recebeu o pão, Satanás entrou nele. Jesus então disse: “Faze logo
o que pretendes fazer”. Nenhum dos que estavam à mesa compreendeu porque
Jesus tinha dito isto. Como Judas cuidava da bolsa comum, alguns pensavam que
Jesus lhe tivesse dito: “Compra o necessário para a festa” ou que lhe houvesse
ordenado dar alguma coisa aos pobres. Tomando o pedaço de pão, ele saiu logo. Já
era noite.
Assim que, ele saiu, Jesus disse: “Agora foi glorificado o Filho do homem, e Deus foi
glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, Deus também o glorificará em si
mesmo e glorificará dentro em breve. Filhinhos, ainda estarei convosco por pouco
tempo. Vós me procurareis, mas eu também vos digo agora como disse aos judeus:
‘Para onde eu vou, vós não podeis ir!’”
Simão Pedro lhe disse: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu: “Não me podes
seguir agora para onde vou. Mais tarde me seguirás”. Pedro perguntou ainda:
“Senhor, por que não te posso seguir agora mesmo? Darei a minha vida por ti!”
Jesus disse então: “Darás a vida por mim? Pois eu te afirmo e esta é a verdade: não
cantará o galo antes que me negues três vezes.
Judas desesperou, e talvez esse tenha sido o seu maior pecado, o pecado de
acreditar que a misericórdia de Cristo não era grande o suficiente para
perdoá-lo. Pedro, ao contrário, admite ter errado, mas não desespera
da compaixão de Jesus: sabe, com sua fé já bem peneirada, que nas chamas
do Coração de Cristo dissipam-se todas as culpas. Aqui está a fé de que
devemos estar armados ao longo da Semana Santa. Precisamos crer, pois
esta é a verdade, que o Senhor está sempre disposto a nos perdoar, por
maior que sejam os nossos crimes, desde que nós nos disponhamos a pedir
perdão e mudar de vida. Essa disposição é uma graça que Ele oferece a
todos, como decerto ofereceu a Judas: foi a ele, dentre todos os discípulos,
que Jesus entregou, num gesto de predileção e carinho, o pão empapado de
molho. E nós? Como temos reagido aos sinais de amor, às chamadas de
atenção, aos convites de conversão que Ele nos tem dado? Às portas do
Tríduo Pascal, decidamo-nos a crer na misericórdia infinita do nosso Deus,
que dentro de poucos dias se entregará à morte pela nossa salvação.
• Mundo
História
Judas, uma das figuras mais repudiadas da História, não seria o traidor
que vendeu Jesus a seus oponentes por algumas moedas de outro, mas o
uma tradução do original, um texto grego escrito por uma seita cristã
Jesus.
- Este longo Evangelho, escrito sob a perspectiva de Judas Iscariotes -
Genebra, na Suíça.
referência feita pelo bispo Irineo de Lyon no ano 180 d.C., em seu
O evangelho começa assim: "O relato secreto da revelação que Jesus fez
Nele Judas é descrito como "o único discípulo que conhece a identidade
de Augsburg, na Alemanha.
Ele não o traiu, "mas só fez o que Jesus pediu", afirmou Craig Evans,
Por isso, Judas, ao entregar Jesus à morte, facilita sua saída do corpo e a
Wurst.
Evans lembra que em duas ocasiões Jesus fez pedidos em privado a dois
EUA, disse que este texto não tem ligação com qualquer tradição
histórica.
Em nenhum lugar é dito que foi Judas, mas isso não deveria derrubar
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Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos
pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus
discípulos”. Jesus respondeu: “Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu
nome. Venha o teu Reino. Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, e perdoa-nos
os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e
não nos deixes cair em tentação’”.
Deus quer que nós rezemos, porque a oração é importante para nós, mas
também porque a oração é uma forma de participar do projeto de salvação,
dos planos de amor divino para a humanidade. Podemos, assim, ver a oração
sob dois aspectos: o que a oração faz conosco, e o que a oração faz no plano
de salvação de Deus. Do que a oração faz conosco podemos tratar
longamente num curso de ascética e mística: que nós devemos fazer para
rezar, para ser mais santos, para mudar a nossa vida etc., etc.
No entanto, a liturgia deste domingo parece nos chamar atenção para o outro
aspecto da oração, entendida não só como forma de nos transformar a nós,
mas como meio de participar dos desígnios de Deus. Falamos aqui da oração
de intercessão. A Primeira Leitura de hoje, com efeito, é tirada do Gênese.
Deus parece ter decidido punir as cidades de Sodoma e Gomorra, que o
ofendem com pecados que clamam ao céu; mas, eis que se levanta Abraão.
Ora, nós sabemos que Deus é amor; logo, é evidente que Ele ama Sodoma e
Gomorra mais do que Abraão as ama. Deus não precisa ser convencido a ter
misericórdia. O que é que Deus, afinal, está querendo nos mostrar por meio
dessa oração tão estranha de Abraão? Deus quer ouvir as nossas orações,
quer fazer o bem e ser misericordioso, mas Ele também quer fazer tudo isso
contando com a nossa oração, com a nossa bondade e com a nossa
misericórdia.
Numa palavra, Deus quer nos incluir em seus desígnios de amor. Ele não
quer apenas que o fiel se recolha numa montanha para rezar unicamente por
sua própria salvação, como se não houvesse outras almas que salvar e
santificar. Deus quer dos santos um coração como o seu. Por isso determinou
conceder certas graças, sob a condição de que nós, filhos seus, sejamos
misericordiosos como o Pai.
Não é que Deus, cruel, quisesse castigar Agostinho, nem significa que Mônica
tenha mudado, por suas preces, a vontade divina. Não, a nossa oração não
pode alterar a vontade de Deus. Não rezamos para que Deus passe a querer
o que antes não queria. Na verdade, nós rezamos, intercedemos e pedimos
coisas a Deus porque Ele, que quer dar suas graças, decretou dá-las por
meio de nossa oração, do nosso pedido e da nossa intercessão.
Vejam que isso é uma grande perfeição divina, porque imagine só se Ele
decretasse assim: “Eu vou ser misericordioso com os sete bilhões de
habitantes do planeta Terra agora, neste momento”. Muitas dessas pessoas
são egoístas, inescrupulosas, de coração endurecido, vingativas, más,
insolentes, impiedosas. São sete bilhões de pessoas que merecem o inferno,
mas, na hora da morte, Deus pode misericordiosamente dar-lhes o
arrependimento e, sem ter feito atos de amor durante a vida, com um único
ato de amor e arrependimento na hora da morte, eles irão se converter. Ou
seja, a vida humana sobre o planeta vai ser um inferno, mas, ao final, Deus
exerceria sua misericórdia e magicamente todos iriam para o Céu. Se esse
fosse o desígnio divino, tudo bem, seria um ato de amor. Porém, não é muito
mais amoroso que Deus, em vez de querer isso, queira que nós, enquanto
caminhamos neste mundo, já exerçamos atos de amor e amemos como Ele
ama, tendo um coração igual ao Dele?
Deus desceu do céu para ser não só Deus a quem nós rezamos, mas para
ser o homem que reza por nós, Jesus, Deus e homem verdadeiro. Ele é o
Deus a quem rezamos e, ao mesmo tempo, o homem que intercede e sofre
por nós, para nos mostrar qual é o desígnio de Deus: que tenhamos um
coração como o de Cristo, coração compassivo que reza e sofre pelos outros.
Porque rezar, interceder e sofrer é um ato de amor.
Quem não sofre por ninguém, não ama ninguém. Façamos um exame de
consciência. Pensemos na última semana. Como foi essa semana do último
domingo até hoje? Sofremos pelo bem de alguém? Porque, se não estamos
sofrendo por ninguém, então não amamos ninguém.
Assim também Jesus. Abraão é uma profecia, e sua intercessão por Sodoma
e Gomorra é figura da intercessão de Jesus no alto da cruz: “Pai, perdoai-os”.
E Jesus quer isso de nós, quer que nós saiamos do nosso egoísmo e
amemos como Ele ama.
Quando a Igreja ordena um sacerdote ou um diácono, confia-lhe a missão de
rezar e de interceder pelo povo, como outro Abraão. O bispo, aliás, pergunta
ao padre no dia da ordenação: “Queres, juntamente conosco, implorar a
misericórdia de Deus pelo povo de Deus a nós confiado, sendo assíduo ao
dever da oração?”
É por isso que a Igreja põe nas mãos do padre a Liturgia das Horas, o
Breviário. Não é uma oração privada e pessoal do padre, mas um ofício, um
dever de interceder pelo povo. O padre reza a Liturgia das Horas pela Igreja,
pelos pecadores, pelos ateus, pelos que estão em falsas religiões, pelos que
estão distantes. O padre tem de rezar, tem de interceder. É um dever do seu
ministério. “Queres, juntamente conosco”, diz o bispo, “implorar a misericórdia
de Deus?”. Assim fez Abraão, assim fez Jesus.
Por que Deus quer isso? Não é Ele misericórdia? Deus não podia
simplesmente ignorar nossos pecados, pondo para sempre uma pedra sobre
eles? Sim, mas o Senhor é tão bom, que não quer fazer isso sozinho. É parte
da bondade de Deus que Ele queira salvar a humanidade servindo-se de
homens. Por isso a liturgia deste domingo nos ensina a crer no poder da
oração. Ao fazer essa oração desinteressada, que não se lembra de si
mesma, mas das necessidades de salvação dos outros, Jesus nos mostra o
que Ele mais deseja fazer: transformar o nosso coração num coração
semelhante ao seu.
Quando se reza e intercede cheio de amor aos outros, o maior milagre não é
aquilo que se obtém externamente com a oração, mas o que Deus mesmo
está realizando dentro do coração de quem ora. Sim, ficamos admirados com
a conversão de Agostinho; mas milagre maior foi o que se estendeu por trinta
e dois anos de espera, de oração, de sofrimento, de lágrimas e de
intercessão no coração de Santa Mônica. Olhamos para a conversão de
Agostinho e dizemos: “Nossa! Milagre em Agostinho!” Mas deveríamos
também dar glória a Deus e dizer: “Milagre em Santa Mônica!”, um coração de
mãe santificado e, por isso, semelhante ao de Cristo e ao de Maria.
No entanto, além dessa oração que visa a própria intimidade e união com
Deus, é necessário dedicar-se também à oração de intercessão. Até porque,
se a oração pessoal for verdadeira, ela nos leva a sentir os desejos de Deus:
o amor dele arde em nosso coração para interceder por essa humanidade tão
necessitada das graças e da misericórdia divina.
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V. 13. “Ora, se vós que sois maus”, i.e., inclinados por natureza ao mal,
carregados de muitos pecados ou, também, maus por comparação com Deus,
que é o único Bom e bondade por essência, “sabeis dar coisas boas” (gr.
δόματα; lt. dona) “aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito
Santo” (πνεῦμα ἅγιον = os dons do Espírito Santo, a virtude etc.) “aos que o
pedirem” [6].
3. Cf. Id., STh II-II 83, 14c.: “Da oração podemos falar duplamente: de um
modo, em si mesma; de outro, segundo sua causa. Ora, a causa da
oração é o desejo da caridade, do qual deve proceder a oração. Este
desejo em nós deve ser contínuo atual ou virtualmente. Ora, permanece
a virtude deste desejo em tudo o que fazemos por caridade; com efeito,
devemos fazer tudo para a glória de Deus, como se diz em 1Cor 10. E,
segundo isto, a oração deve ser contínua. — Mas a própria oração,
considerada em si mesma, não pode ser assídua, porque é necessário
ocupar-se em outras atividades […]. Ora, a quantidade de cada coisa
deve ser proporcional ao fim dela, assim como a quantidade do remédio
à saúde. Por isso é conveniente que a oração dure tanto quanto for útil
para excitar o fervor do desejo interior. Quando, porém, excede esta
medida, de modo que não possa durar sem cansaço, não se deve
estender mais a oração […]. E assim como isso deve ser levado em
conta na oração individual por comparação à intenção de quem ora,
assim também na oração comum por comparação à devoção do povo”.
5. Ouça-se uma vez mais o que diz Agostinho: “Mas, de novo, pode
perguntar-se […]: por que é necessária a própria oração, se Deus já
sabe o que nos é necessário, senão porque a intenção mesma da oração
serena o nosso coração, purifica-o e torna-o mais eficaz para receber os
dons divinos, que nos são espiritualmente infusos? Não é pois pela
ambição das preces que nos ouve Deus, que sempre está disposto a
dar-nos sua luz, não a visível, mas a inteligível e espiritual; somos nós
que não estamos sempre dispostos a receber, por nos inclinarmos a
outras coisas, presos nas trevas do desejo dos bens temporais. Que
haja, portanto, na oração a conversão do coração àquele que sempre
está preparado para dar, se nós mesmos quisermos receber; e haja
nesta mesma conversão a purificação do olho interior, quando se
dissipam os bens temporais que se desejavam, a fim de que o coração
tenha força para receber a luz simples da divindade, que fulge sem
nenhum ocaso ou mudança; e não só receber, mas nela permanecer não
apenas sem incômodo, mas também com inefável alegria, que é nisto
que consiste verdadeiramente a bem-aventurança” (De Serm. II 2, 14).