“A Disciplina e a Prática da Pesquisa Qualitativa”
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Diferenças entre a Investigação Qualitativa e Quantitativa.
Algumas diferenças entre ambas as Investigações se prendem no papel do
Investigador que difere de uma Investigação para outra. Os Investigadores de natureza qualitativa utilizam vários métodos na sua Investigação tais como a prosa etnográfica, narrativas, histórias narradas pelos sujeitos, relatos na primeira pessoa, matérias biográficos e autobiográficos bem como suportes materiais como fotografias e vídeos. Na Investigação Qualitativa não há separação entre o que é fenómeno e o Investigador, não há separação entre o individuo e o objeto Instrumento do Investigador. Na Investigação Qualitativa o Investigador assume-se objetivos defendendo que a sua experiência pessoal não afeta nem compromete a Investigação, porém esta perspetiva é algo controversa uma vez que alguns Investigadores apontam a dificuldade e duvidam de um sujeito totalmente objetivo perante um mundo subjetivo acreditando que a neutralidade absoluta não é um dado adquirido é uma aspiração. Deste modo estas duas crenças levaram a que Investigadores qualitativos optassem por um método que lhes permitisse registar com maior precisão as suas observações. Quanto á Investigação quantitativa os Investigadores utilizam vários métodos distintos da Investigação qualitativa sendo estes modelos matemáticos, tabelas estatísticas e gráficos procurando fazer generalizações dos resultados obtidos.
Principais características da Investigação Qualitativa, em função do enquadramento ontológico
e epistemológico que sustenta a Investigação Qualitativa.
“Um Investigador multiculturalmente situado aborda o mundo com um conjunto de
ideias, uma estrutura (teoria, ontologia) que especifica um conjunto de questões(epistemologia)” que são examinadas /analisadas. Ou seja, quanto á Natureza da realidade(ontologia) a Investigação Qualitativa é subjetiva apresenta uma realidade múltipla- não é única, existem múltiplas realidades sob a forma de construções mentais social que se inspira numa epistemologia subjetivista que valoriza o papel do investigado.