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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MUNICÍPIO DE CRUZ ALTA

LEI ORGÂNICA
1990

AGRADECIMENTO

A CÂMARA MUNICIPAL CONSTITUINTE, ao concluir seu trabalho, entregando


à comunidade o texto da LEI ORGÂNICA que normatizará a Administração Pública
Municipal, o Legislativo e amplo relacionamento comunitário, deseja agradecer a
colaboração inestimável da sociedade cruzaltense, através de seus inúmeros segmentos,
notadamente, as representações populares que trouxeram suas sugestões para
enriquecimento do texto de dispositivo que servirá para estreitar a boa convivência entre o
Poder Público e os munícipes.

Nossa LEI ORGÂNICA soma-se a tantos outros dispositivos que servirão para
aprimorar a legitimidade das conquistas do povo brasileiro, garantir sua soberania e
consolidar a DEMOCRACIA.

Ficamos profundamente agradecidos.


COMPOSIÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CRUZ ALTA-RS.

PDS
Antonio Augusto Audino de Oliveira
Derly Araújo de Oliveira
Maria Aldina Vieira Zago
Silvio Albrecht
Uberani dos Santos Barbosa
Ubirajara Marques da Silva

PFL
Paulo César Tassi Macagnan
Pedro Perseverano Machado Marques

PMDB
Ademar Rodrigues Moreira
Antonio Augusto Sampaio da Silva
Dejanir Lorenzon
José Eduardo Ribas dos Reis
Nilceu Eugênio Homercher
Pedro Luiz Haag dos Santos
Vilson Pimentel de Andrade

PDT
Elpidio dos Santos Franco
Euclides Liberato Rodrigues dos Santos
Gilberto Martins Santos
Julio Arsand

PSDB
Sérgio Malheiros

PC do B
José Carlos Martins da Silva

MESA DIRETORA
- Presidente: Ver. Silvio Albrecht
- Vice-Presidente: Ver. Vilson Pimentel
- 1o Secretário: Ver. Pedro Perseverano
- 2o Secretário: Ver. Pedro Luiz dos Santos
- 3o Secretário: Ver. Uberani Barbosa
COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES PERMANENTES
COMISSÃO DE JUSTIÇA
Reunião: Segunda-feira às 13:30 hs.
-Ver. Maria Aldina Zago – Presidente
-Ver. Pedro Perseverano – Vice-Presidente
-Ver. Gilberto Martins dos Santos
-Ver. Sérgio Malheiros
-Ver. Vilson Pimentel

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL


Reunião: Segunda-feira às 15 hs.
-Ver. Derly Araújo de Oliveira – Presidente
-Ver. Elpídio Franco – Vice-Presidente
-Ver. José Carlos Martins
-Ver. Pedro Luiz dos Santos
-Ver. Sérgio Malheiros

COMISSÃO DE OBRAS, SERVIÇOS PÚBLICOS E ATIVIDADES PRIVADAS


Reunião: terça-feira às 14 horas
-Ver. Ademar Moreira – Presidente
-Ver. Paulo Macagnan – Vice-Presidente
-Ver. Antônio Augusto de Oliveira
-Ver. Júlio Arsand

COMISSÃO DE FINANÇAS E ORÇAMENTO


Reunião: Quarta-feira às 14 horas
-Ver. Vilson Pimentel – Presidente
-Ver. Euclides Liberato – Vice-Presidente
-Ver. Derly Araújo de Oliveira
-Ver. José Carlos Martins
-Ver. Pedro Perseverano

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, COOPERATIVISMO E ASSUNTOS


FUNDIÁRIOS
-Ver. Antonio Augusto Sampaio da Silva – Presidente
-Ver. Antonio Augusto de Oliveira – Vice-Presidente
-Ver. Júlio Arsand

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR


-Ver. Euclides Liberato – Presidente
-Ver. Nilceu Homercher – Vice-Prefeito
-Ver. Paulo Macagnan
-Ver. Uberani Barbosa
COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS
-Ver. Ubirajara Marques – Presidente
-Ver. José Reis – Vice-Presidente
-Ver. Elpídio Franco
MESA DIRETORA

PRESIDENTE : Vereador SILVIO ALBRECHT


VICE-PRESIDENTE : Vereador VILSON PIMENTEL DE ANDRADE

1o SECRETÁRIO : Vereador PEDRO PERSEVERANO MACHADO MARQUES

2o SECRETÁRIO : Vereador PEDRO LUIZ HAAG DOS SANTOS

3o SECRETÁRIO : Vereador UBERANI DOS SANTOS BARBOSA

COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO
Presidente: Ubirajara Marques da Silva (PSDB)
1o Vice-Presidente: Sérgio Malheiros da Fonseca (PSDB)
2o Vice-Presidente: José Carlos Martins da Silva (PCdoB)

RELATORES: Gilberto Martins dos Santos (PDT)


Pedro Perseverano Machado Marques (PFL)
Vilson Pimentel de Andrade (PMDB)

MENBROS: Ademar Rodrigues Moreira (PMDB)


Antonio Augusto Audino de Oliveira (PDS)
Antonio Augusto Sampaio da Silva (PMDB)
Euclides Liberato Rodrigues dos Santos (PDT)
Uberani dos Santos Barbosa (PDS)
Vilson Pimentel de Andrade (PMDB)

LIDERANÇAS

Vereador: Dejanir Lorenzon – Líder do PMDB


Vereador: Ubirajara Marques da Silva – Líder do PDS
Vereador: Euclides Liberato Rodrigues dos Santos – Líder do PDT
Vereador: Pedro Perseverano Machado Marques – Líder do PFL
Vereador: José Carlos Martins da Silva – Líder do PcdoB
Vereador: Sérgio Malheiros da Fonseca – Líder do PSDB

PREÂMBULO

A Soberania Popular e a necessidade de aprimorar as relações entre os homens,


fundindo uma sociedade mais fraterna e igualitária, foram as fontes superiores dos
princípios que estruturam a presente LEI ORGÂNICA, cujo conteúdo Político, Social,
Econômico e Cultural, haverá de formalizar a vertente de nosso desenvolvimento.

Fica, pois, promulgada, sob a proteção de Deus, em nome do povo de Cruz Alta, por
seus representantes, a presente Lei Orgânica.
TÍTULO l
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO l
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o – O Município de Cruz Alta, parte integrante da República Federativa do


Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, organiza-se autônomo em tudo que respeite a seu
peculiar interesse, regendo-se por esta Lei Orgânica e as demais leis que adotar, respeitando
os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual.
Art. 2o – É mantido o atual território do Município, cujos limites só poderão ser
alterados nos termos da legislação estadual.
Parágrafo Primeiro – A divisão do Município em distritos ou áreas administrativas
depende de lei, precedida de consulta à população da respectiva área ou distrito.
Parágrafo Segundo – A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de
cidade. Enquanto a sede do distrito tem a categoria de vila.

Art. 3o – Todo poder emana do povo que o exerce ou por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos das Constituições Federal, Estadual e desta Lei
Orgânica.
Art. 4o – Constituem objetivos fundamentais do Município contribuir para:
l- construir uma sociedade livre, justa e solidária;
ll- promover o bem comum de todos os munícipes;
lll- erradicar a pobreza, a marginalização e reduzir as desigualdades sociais.

Art. 5o – São símbolos do Município: o Brasão, a Bandeira e o Hino, os quais


representarão sempre a sua cultura e história.
Parágrafo único – O dia 18 de agosto, que assinala a data de fundação do Município,
é o seu dia oficial.
Art.6o – São poderes do Município, independentes e harmônicos, e Legislativo e o
Executivo.
Parágrafo Primeiro – Salvo as exceções nesta Lei Orgânica, um Poder não pode
delegar atribuições a outro.
Parágrafo Segundo – o cidadão investido na função de um deles não pode exercer a
de outro.
Art.7o – A autonomia do Município é assegurada:
l- pela eleição direta dos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito;
ll- pela administração própria, no que diz respeito a seu peculiar interesse;
lll- pela adoção de Legislação própria.

CAPÍTULO ll
DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 8o – Constituem o patrimônio Municipal os bens imóveis, móveis e


semoventes, os direitos e ações que, a qualquer título, pertencem ao Município.
Parágrafo único – O Município tem direito à participação no resultado de
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia
elétrica e de outros recursos minerais de seu território.
Art. 9o – Cabe ao Poder Executivo a administração dos bens municipais, respeitada
a competência da Câmara Municipal, quanto àquela utilizados em seus serviços.
Art. 10 – Todos os bens municipais devem ser cadastrados com a identificação
respectiva, numerando-se os móveis, segundo o que for estabelecido em regulamento e
mantendo-se um livro tombo com a relação descritiva dos bens imóveis;
Art. 11 – Fica assegurada, como faixa de domínio do Município a distância de 30
(trinta) metros do eixo, para cada lado, das estradas municipais principais, 20 (vinte) metros
para as estradas secundárias e 10 (dez) metros para as vicinais.
Art. 12 – A alienação de bens municipais obedecerá às seguintes normas:
l- quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência pública,
dispensada essa nos casos de doação e quando destinado à moradia popular e assentamento
de pequenos agricultores.
ll- quando móveis, dependerá apenas de concorrência pública, dispensada essa nos
casos de doação, que será permitida somente para fins assistenciais e filantrópicos ou
quando houver interesse público relevante.
Parágrafo único – A doação de bens públicos dependerá de prévia autorização do
Legislativo, e a escritura respectiva deverá conter cláusula de reversão no caso de
descumprimento das condições estabelecidas.

CAPÍTULO lll
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
SEÇÃO l
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA

Art. 13 – Ao Município de Cruz Alta compete prover a tudo quanto diga respeito ao
seu peculiar interesse e ao bem estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, as
seguintes atribuições;
l- legislar sobre assuntos de interesse local;
ll- suplementar a legislação estadual e federal, no que lhe couber;
lll- elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
lV- criar e organizar distritos;
V- manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas
de educação pré-escolar e de ensino fundamental, abrangendo programa específico de
alfabetização;
Vl- elaborar o orçamento anual e plurianual de investimentos;
Vll- instituir e arrecadar tributos, bem como aplicar suas rendas;
Vlll- fixar e fiscalizar preços públicos, bem como fixar, fiscalizar e cobrar tarifas;
lX- dispor sobre administração, utilização e alienação de bens públicos;
X- estabelecer o regime jurídico único dos servidores públicos e organizar o quadro;
Xl- organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concessão ou permissão, os
serviços públicos locais;
Xll- planejar o uso e a ocupação do solo em seu território, especialmente em sua
zona urbana;
Xlll- estabelecer normas de edificação de loteamento, de arruamento e de
zoneamento urbano e rural, bem como os limites urbanos convenientes à ordenação do seu
território, observada a lei federal.
Parágrafo único – As normas de loteamento e arruamento a que se refere o inciso
anterior deste artigo deverão exigir reserva de áreas destinadas a:
a) zonas verdes e demais logradouros públicos;
b) vias de tráfego e de passagem de canalizações públicas, de esgotos e de águas
pluviais;
c) passagem de canalizações públicas de esgotos e de águas pluviais com largura
mínima de dois metros nos fundos de lotes, cujo desnível seja superior a um metro da frente
ao fundo.
XlX- conceder e renovar licença para localização e funcionamento de
estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de serviços e quaisquer outros;
XV- cessar a licença que houver concedido ao estabelecimento que se tornar
prejudicial à saúde, á higiene, ao sossego, à segurança ou aos bons costumes, fazendo
cessar a atividade ou determinando o fechamento do estabelecimento, mediante meticulosa
apuração dos fatos;
XVl- estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços,
inclusive à dos seus concessionários;
XVll- adquirir bens, inclusive mediante desapropriação;
XVlll- regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos de
uso comum;
XlX- regulamentar a utilização dos logradouros públicos, especialmente no
perímetro urbano;
XX- determinar o itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos;
XXl- fixar os locais de estabelecimento de táxis e demais veículos;
XXll- conceder, permitir ou autorizar os serviços de transporte coletivo e de táxis,
fixando as respectivas tarifas;
XXlll- fixar e sinalizar as zonas de silêncio, de trânsito e tráfego em condições
especiais;
XXlV- disciplinar os serviços de carga, de descarga, fixando a tonelagem máxima
permitida a veículos que circulem em vias públicas municipais;
XXV- tornar obrigatória, para empresas concessionárias de transportes coletivos
intermunicipais, interestaduais e internacionais, a utilização da Estação Rodoviária;
XXVl- sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e
fiscalizar sua utilização;
XXVll- prover a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo
domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;
XXVlll- ordenar as atividades, urbanas, fixando condições e horários para
funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, observadas as
normas federais pertinentes;
XXlX- dispor sobre os serviços administrativos dos cemitérios, os quais terão
duração secular;
XXX- regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a fixação de cartazes e
anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda,
nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal;
XXXl- prestar assistência, a quem dela necessitar, nas emergências médico-
hospitalar de pronto-socorro, por seus próprios serviços ou mediante convênio com
instituições especializadas;
XXXll- organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercício do
seu poder de polícia administrativa;
XXXlll- fiscalizar peso, medidas e condições sanitárias dos gêneros alimentícios,
nos locais de comercialização;
XXXlV- dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendidos em
decorrência de transgressão da legislação municipal;
XXXV- dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com finalidade
precípua de erradicar as moléstias de que possam ser portadores ou transmissões.
XXXVl- estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;
XXXVll- promover os seguintes serviços:
a) mercados públicos, feiras e matadouros;
b) construção e conservação de estradas e caminhos municipais;
c) transportes coletivos estritamente municipais;
d) iluminação pública;
XXXVlll- regulamentar o serviço de carros de aluguel, inclusive o uso de taxímetro,
bem como o de transporte coletivos urbanos;
XXXlX- instituir a guarda municipal;
XL- assegurar a expedição de certidões requeridas às repartições administrativas
municipais, para defesa de direitos e esclarecimento de situações, estabelecendo os prazos
de atendimento.
XLl- regulamentar e fiscalizar a instalação e funcionamento de ascensores;
XLll- interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer
demolir construções que ameaçam a segurança pública;
XLlll- regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os
divertimentos públicos;
XLlV- legislar sobre os serviços públicos e regulamentar os processos de instalação,
distribuição e consumo de água, gás, luz e energia elétrica e todos os demais serviços de
caráter e uso coletivo.

SEÇÃO ll
DA COMPETÊNCIA COMUM

Art. 14 – É da competência administrativa comum do Município, da União e do


Estado, observada a Lei Complementar Federal, o exercício das seguintes medidas:
l- zelar pelo cumprimento das normas constitucionais, das leis, das instituições
democráticas e conservar o patrimônio público;
ll- cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiências;
lll- proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
lV- impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico e cultural;
V- proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
Vl- proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas,
preservando a fauna e a flora;
Vll- fomentar as atividades econômicas e organizar o abastecimento alimentar,
estimulando o melhor aproveitamento da terra;
Vlll- promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
lX- combater as causas da pobreza, os fatores de marginalização, promovendo a
assistência, recuperação e integração social dos setores desfavorecidos;
X- registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos hídricos e minerais, em seu território;
Xl- estabelecer e implantar política de educação para a segurança de trânsito;
Xll- cooperar na fiscalilzação da produção, conservação, comércio e transporte de
gêneros alimentícios destinados ao abastecimento público.

SEÇÃO lll
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR

Art. 15 – Ao município compete suplementar a legislação federal e estadual no que


couber e naquilo que disser respeito a seu peculiar interesse, visando adapta-la á realidade.

CAPÍTULO lV
DAS VEDAÇÕES

Art. 16 – Ao Município é vedado:


l- estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles, os seus representantes, relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
ll- recusar fé aos documentos públicos;
lll- criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;
lV- subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes aos
cofres públicos, quer por jornal, rádio, televisão, serviço de alto-falante ou qualquer outro
meio de comunicação, propaganda política-partidária de fins estranhos à Administração;
V- manter a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos
públicos que não tenham caráter educativo, informativo ou de orientação social, assim
como a publicidade da qual constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos;
Vl- outorgar isenções e anistias, ou permitir a remissão de dívidas, sem interesse
público justificado, sob pena de nulidade do ato.

CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÀO FINANCEIRA
SEÇÃO l
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 17 – O Município de Cruz Alta poderá instituir os seguintes tributos:


l- impostos;
ll- taxas, em razão de exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou
potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à
sua disposição;
lll- contribuição de melhoria decorrente de obras públicas.
Parágrafo único – Os tributos constantes do ''caput'' deste artigo serão
instituídos por lei municipal, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal
e nas normas gerais do Direito Tributário.

SEÇÃO ll
DOS IMPOSTOS MUNICIPAIS

Art. 18 – Compete ao Município instituir impostos sobre:


l- propriedade predial e territorial urbana;
ll- transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição;
lll- vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos exceto óleo diesel;
lV- serviços de qualquer natureza, exceto os de competência estadual, deferidos em
lei complementar federal.

SEÇÃO lll
DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS REPARTIDAS

Art. 19 – Pertence ao Município:


l- o produto da arrecadação do imposto da União sobre rendimentos pagos, a
qualquer título, por ele, suas autarquias e pelas fundações que instituir ou manter;
ll- 50% (cinqüenta por cento) do produto da arrecadação do imposto da União,
sobre a propriedade territorial rural relativamente aos imóveis nele situados;
lll- 50% (cinqüenta por cento) do produto do imposto do Estado sobre a propriedade
de veículos automotores licenciados em seu território;
lV- a sua parcela dos 25% (vinte e cinco por cento) do produto da arrecadação do
imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações (ICMS).

SEÇÃO lV
DAS LIMITAÇÒES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 20 – Aplica-se ao Município de Cruz Alta as disposições que limitam o poder


de tributar previstas no artigo 150 (cento e cinqüenta), incisos e parágrafos, da Constituição
Federal.
Art. 21 – A concessão de anistia, remissão, isenção, benefícios e incentivos fiscais
que envolvam matéria tributária ou dilatação de prazos de pagamentos de tributos, só
poderá ser feita por lei municipal.
Art. 22 – Ao Município é vedado:
l- instituir ou aumentar tributos sem que a lei o estabeleça;
ll- instituir impostos sobre:
a)o patrimônio, a renda ou os serviços da União, Estado e autarquias;
Parágrafo único – O disposto na alínea ''a'', deste item, em relação às
autarquias, refere-se ao patrimônio, à renda, e aos serviços vinculados às suas finalidades
essenciais ou delas decorrentes, não se estendendo aos serviços públicos concedidos, sem
exonerar o promitente comprador da obrigação de pagar imposto que incidir sobre imóvel
alienado ou objeto de promessa de compra e venda.
b)os templos de qualquer culto;
c)patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d)o livro, o jornal e os periódicos, assim como o papel destinado à sua impressão.
lll- instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por
eles exercida, independentemente da dominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;
lV- estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em
razão de sua procedência ou destino;
V- cobrar tributos:
a)em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da Lei que os
houver instituído ou aumentado;
b)no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou.
Vl- utilizar tributos com efeito de confisco;
Vll- estabelecer limitações de tráfego de pessoas ou bens, por meios de tributos,
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.

SEÇÃO V
DAS NORMAS GERAIS DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Art. 23 – Lei complementar disporá sobre as finanças públicas Municipais,


observados os princípios estabelecidos na Constituição Federal.
Art. 24 – As disponibilidades de caixa da Administração Pública Municipal serão
depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 25 – É assegurado ao Município, sempre que ocorrer suprimento de recursos a
terceiros, participar da gestão financeira dos mesmos, com o objetivo de controlar sua
aplicação em finalidades a que se destinam.

CAPÍTULO Vl
DA SOBERANIA E PARTICIPAÇÃO POPULAR

Art. 26 – A soberania popular será exercida, nos termos do artigo 14 (quatorze) da


Constituição Federal, pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual
para todos, e, nos termo da lei, mediante:
l- plebiscito;
ll- referendo;
lll- iniciativa popular de lei ou de emenda à Lei Orgânica;
lV- participação direta ou através de entidades representativas na co-gestão da
administração ou órgão público e na fiscalização dos serviços e contas municipais.
Art. 27 – Os casos e procedimentos para a consulta plebiscitária, referendo e
iniciativa popular serão definidos em lei.
Parágrafo único – O plebiscito e o referendo poderão ser propostos pelo
Prefeito, pela Câmara de Vereadores ou por 5% (cinco por cento) do eleitorado local,
quorum este também exigido para a iniciativa popular de projetos de lei.
Art. 28 – O Regimento Interno da Câmara de Vereadores assegurará a audiência
pública com entidades da sociedade civil, quer em sessões da Câmara, previamente
designadas, quer em suas comissões.
Art. 29 – A forma de representação e de consulta de entidades representativas da
sociedade civil será definida em lei, devendo, tanto a Secretaria da Administração do
Município como a Câmara Municipal, cadastrar as entidades, admitidas as que gozarem de
personalidade jurídica.
Parágrafo único – Na composição dos colegiados dos órgãos de
administração, a representação das entidades, quando prevista, atenderá à concorrência de
interesses e objetivos.

TÍTULO ll
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO l
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO l
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 30 – O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal, que


se compõe de Vereadores, representantes da comunidade, eleitos pelo sistema proporcional,
sujeitos às disposições da Lei Orgânica e seu Regimento Interno.
Parágrafo único – O número de Vereadores é de 21 (vinte e um).
Art. 31 – Salvo disposições em contrário desta Lei, e do regimento interno da casa,
as deliberações da Câmara Municipal serão tomadas por maioria dos votos, presentes a
maioria absoluta de seus membros.
Art. 32 – A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á:
l- pelo Prefeito, quando este entender necessária;
ll- pelo Presidente da Câmara para o compromisso e a posse do Prefeito e do Vice-
Prefeito;
lll- pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da maioria de seus membros, em
caso de urgência ou interesse público relevante;
lV- pela Comissão Representativa da Câmara.
Parágrafo único – Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal
somente deliberará sobre matéria para qual for convocada.
Art. 33 – O encerramento do exercício legislativo ordinário, de cada ano, não
ocorrerá sem a deliberação sobre o projeto de Lei Orçamentária.

SEÇÃO ll
DOS VEREADORES

Art. 34 – Os Vereadores gozam de garantia de inviolabilidade, assegurada pela


Constituição Federal, seja por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e no
âmbito da circunscrição do Município.
desde a expedição
sao aquelas coisas que ele faz
sem pensar no futuro
Art. 35 – É vedado ao Vereador: desde a posse, é o q ele faz que pode tirar a atencao
l- desde a expedição do diploma: do emprego de vereador
a)firmar ou manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionárias de
serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b)aceitar cargo, emprego ou função, no âmbito da Administração Pública Municipal
direta ou indireta, salvo mediante aprovação em concurso público.
ll- desde a posse:
a)ocupar cargo, função, ou emprego, na Administração Pública direta ou indireta do
Município, de que seja exonerável ''ad nutum'', salvo o cargo de Secretário Municipal,
desde que se licencie do exercício do mandato;
b)exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal;
c)ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente
de contrato com pessoa jurídica de direito público do Município, ou nela exercer função
remunerada;
d)patrocinar causa contra o Município em que seja interessada qualquer das
entidades a que se refere a alínea ''a'' do inciso l, bem como defender direitos inerentes à
função pública municipal.
Art. 36 – Perderá o mandato o Vereador:
l- que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior, bem como
nas disposições contidas nas Constituições Federal e Estadual, no Regimento Interno e
nesta Lei Orgânica;
ll- cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou
atentatório às instituições vigentes;
lll- que se utilizar de mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade
administrativa;
lV- que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das
sessões ordinárias da Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão autorizada.
Parágrafo Primeiro – Além de outros casos definidos no Regimento Interno
da Câmara Municipal, considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar, o abuso das
prerrogativas asseguradas ao Vereador, ou a percepção de vantagens ilícitas e imorais.
Parágrafo Segundo – Nos casos dos incisos l e ll, a perda do mandato será
declarada pela Câmara por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa
ou de partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.
Parágrafo Terceiro – Nos casos previstos nos incisos lll e lV, a perda será
declarada pela Mesa da Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus
membros ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art. 37 – Extingue-se o mandato de Vereador e assim o será declarado pelo


Presidente da Câmara nos casos de:
l- renúncia escrita;
ll- falecimento.
Parágrafo único – Comprovado o ato ou o fato, o Presidente da Câmara,
imediatamente, convocará o suplente respectivo e, na primeira sessão seguinte comunicará
a extinção ao Plenário, fazendo constar da ata.
Art. 38 – O Vereador poderá licenciar-se:
l- por motivo de doença;
ll- para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento
não ultrapasse 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa;
lll- para desempenhar missões temporárias de interesse do Município.
Parágrafo Primeiro – Não perderá o mandato, considerando-se
automaticamente licenciado, o Vereador investido no cargo de Secretário Municipal.
Parágrafo Segundo – A licença para tratar de interesse particular não será
inferior a 7 (sete) dias e o Vereador não poderá reassumir o exercício do mandato antes de
seu término.

Art. 39 – Dar-se-á a convocação do suplente de Vereador nos casos de vaga ou


licença.
Parágrafo Primeiro – O Suplente convocado deverá tomar posse no prazo de
15 (quinze) dias, contados da data de convocação, salvo justo motivo aceito pela Câmara,
quando então se prorrogará o prazo.
Parágrafo Segundo – Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior
não for preenchida, calcular-se-á o quorum em função dos Vereadores remanescentes.

SEÇÃO lll
DA POSSE

Art. 40 – No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincidirá com o


mandato, a Câmara de Vereadores reunir-se-á no dia 1o (primeiro) de janeiro para dar posse
aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito, bem como, para eleger sua Mesa, a Comissão
Representativa, e as Comissões Permanentes, entrando após, em recesso.
Parágrafo Primeiro – Sob a presidência do Vereador mais votado entre os
presentes, os demais Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse, cabendo ao
Presidente o seguinte compromisso:

''Prometo cumprir a Constituição Federal, a Estadual e a Lei Orgânica do


Município, observar as leis, desempenhar o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo
progresso da comunidade e bem-estar de seu povo''.
Parágrafo Segundo – Prestado o compromisso pelo Presidente, o Secretário
que for designado para esse fim, fará a chamada nominal de cada Vereador, que declarará:
''Assim o prometo''.
Parágrafo Terceiro – O Vereador que não tomar posse na sessão prevista
neste artigo, deverá faze-lo no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de perda do mandato,
salvo motivo justo aceito pela Câmara Municipal.
Parágrafo Quarto – No ato da posse, os Vereadores deverão
desincompatibilizar-se, quando necessário, e fazer declaração de seus bens, repetida quando
do término do mandato, sendo ambas transcritas em livro próprio, resumidas em ata e
divulgadas para o conhecimento público.
SEÇÃO lV
DA ELEIÇÃO DA MESA

Art. 41 – Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência


do Vereador mais votado. Havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, eleger-se-á
os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados.
Parágrafo Primeiro – O mandato da Mesa será de 1 (um) ano, sendo
permitida um única recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.
Parágrafo Segundo – Na hipótese de não haver número suficiente para
eleição da Mesa, O Vereador mais votado entre os presentes, permanecerá na presidência
convocando sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.
Parágrafo Terceiro – No primeiro período legislativo, a eleição da Mesa e a
da Comissão Representativa, será processada no ato da instalação.
Parágrafo Quarto – Nos demais períodos legislativos, salvo o último, a
eleição da Mesa, se for o caso, e da Comissão Representativa, dar-se-á na última sessão
legislativa, com a posse da Mesa Diretora e da respectiva Comissão Representativa.
A posse dar-se-á sempre em 1o (primeiro) de janeiro.
Parágrafo Quinto – A Mesa da Câmara se compõem do Presidente, do Vice-
Presidente e de 3 (três) Secretários, os quais se substituirão nessa ordem.
Parágrafo Sexto – Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pelo
voto de dois terços dos membros da Câmara Municipal, quando faltoso, omisso ou
ineficiente no desempenho de suas atribuições, devendo o Regimento Interno da Câmara
Municipal dispor sobre o processo de sua destituição e sobre a substituição do membro
afastado.

SEÇÃO V
DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA

Art. 42 – Compete à Mesa da Câmara Municipal, além de outras atribuições


estipuladas no Regimento Interno:
l- enviar ao Prefeito Municipal, até o 1o (primeiro) dia de março, as contas do
exercício anterior;
ll- propor ao plenário projetos de resolução que criem, transformem e extingüam
cargos, empregos ou funções da Câmara Municipal, bem como a fixação da respectiva
remuneração, observadas as determinações legais:
lll- declarar a perda de mandato de Vereador, por provocação de qualquer dos
membros da Câmara, nos casos previstos nesta Lei Orgânica, assegurada ampla defesa, nos
termos do Regimento Interno.
lV- elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 30 (trinta) de setembro, após a
aprovação pelo Plenário, a proposta parcial do orçamento da Câmara, para ser incluída na
proposta geral do orçamento do Município, prevalecendo, na hipótese da não aprovação
pelo Plenário, a proposta elaborada pela Mesa.
Parágrafo único – A Mesa decidirá sempre por maioria de seus membros.
SEÇÃO Vl
DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 43 – Compete ao Presidente da Câmara Municipal, além de outras atribuições


estipuladas no Regimento Interno:
l- representar a Câmara Municipal;
ll- dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos;
lll- interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
lV- promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis que
receberem sanção tácita e aquelas, cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário, não tendo
sido promulgadas pelo Prefeito Municipal;
V- fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos legislativos
e as leis por ele promulgadas;
Vl- declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, nos
casos previstos em lei;
Vll- apresentar ao Plenário, até o dia 20 (vinte) de cada mês, o balanço relativo aos
recursos recebidos e às despesas realizadas no mês anterior, afixando-o no mural da
Câmara Municipal;
Vlll- requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara;
lX- exercer, em substituição, a chefia do Executivo Municipal nos casos previstos
em Lei;
X- designar comissões especiais nos termos regimentais, observadas as indicações
partidárias;
Xl- mandar prestar informações por escrito e expedir certidões requeridas para a
defesa de direitos e esclarecimentos de situações;
Xll- realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e com membros
da comunidade;
Xlll- administrar os serviços da Câmara Municipal, fazendo lavrar os atos
pertinentes a essa área de gestão.

Art. 44 – O Presidente da Câmara, ou quem o substituir, somente manifestará o seu


voto nas seguintes hipóteses:
l- na eleição da Mesa Diretora;
ll- quando a matéria exigir, para a sua aprovação, o voto favorável de dois terços ou
de maioria absoluta dos membros da Câmara;
lll- quando ocorrer empate em qualquer votação no Plenário.
Art. 45 – O Presidente da Câmara de Vereadores fará jus à verba de representação,
fixada juntamente com a remuneração dos Vereadores, não podendo ser superior a 30%
(trinta por cento) de seus subsídios.

SEÇÃO Vll
DAS SESSÕES

Art. 46 – A sessão legislativa ordinária anual compor-se-á de dois períodos:


l- O primeiro iniciando-se na quinta-feira após o dia 20 (vinte) de fevereiro e
concluindo-se na última quinta-feira de mês de junho;
ll- o segundo período iniciar-se-á na primeira quinta-feira do mês de agosto,
encerrando-se na quinta-feira anterior a 20 (vinte) de dezembro;
lll- nos demais meses dar-se-á o recesso parlamentar.
Parágrafo Primeiro – A Câmara Municipal reunir-se-á em sessões ordinárias,
extraordinárias, solenes e secretas, conforme dispuser seu Regimento Interno,
remunerando-se os vereadores, de acordo com o estabelecido nesta Lei Orgânica e na
legislação específica.
Parágrafo Segundo – A Câmara de Vereadores reunir-se-á, ordinariamente,
uma vez por semana, à noite.
Art. 47 – As sessões da Câmara Municipal deverão ser realizadas em recinto
destinado ao seu funcionamento, considerando-se nulas as que realizarem fora dele.
Parágrafo Primeiro – Comprovada a impossibilidade de acesso àquele
recinto ou outra causa que impeça sua utilização, poderão ser realizadas sessões em outro
local, por decisão da Mesa Diretora da Câmara.
Parágrafo Segundo – As sessões solenes poderão ser realizadas fora do
recinto da Câmara.
Art. 48 – As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário,
tomada pela maioria absoluta de seus membros, quando ocorrer motivo relevante.
Art. 49 – As sessões somente poderão ser abertas pelo Presidente da Câmara ou por
outro membro da Mesa. Na ausência desses, pelo Vereador mais votado entre os presentes e
com a presença mínima de um terço de seus membros.
Parágrafo único – Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assinar
o livro ou as falhas de presença até o início da Ordem do Dia e participar da integralidade
das votações.

SEÇÃO Vlll
DAS COMISSÕES

Art. 50 – A Câmara Municipal terá comissões permanentes e especiais, constituídas


na forma e com as atribuições definidas no Regimento Interno ou no ato de que resultar sua
criação.
Parágrafo Primeiro – Em cada comissão será assegurada, tanto quanto
possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam da Câmara.
Parágrafo Segundo – Às comissões permanentes, em razão da matéria de sua
competência, cabe:
l- discutir e votar, aprovando ou rejeitando parecer, bem como propor
arquivamento de matéria objeto de projeto de lei.
Parágrafo único – Da proposta de arquivamento caberá recurso, desde que
formalizado por um terço dos membros da Câmara.
ll- realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
lll- convocar Secretários Municipais ou ocupantes de cargos de mesma
natureza para prestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições;
lV- receber petições, reclamações, representantes ou queixas de qualquer
pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V- solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
Vl- apreciar programas de obras e planos e, sobre eles, emitir parecer;
Vll- acompanhar junto à Prefeitura Municipal a elaboração de proposta
orçamentária, bem como sua posterior execução;
Vlll- exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos atos da
Administração Pública direta e indireta.

Art. 51 – As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de


investigação, próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento
Interno, serão criadas pela Câmara, mediante requerimento de um terço e a aprovação da
maioria absoluta de seus membros.
Parágrafo único – As conclusões do trabalho de apuração de fato
determinado, com prazo certo, quando for o caso, serão encaminhadas ao Ministério
Público, para as providências judiciais.
Art. 52 – Poderão ainda, por deliberação do plenário, ser criadas comissões
especiais destinadas ao estudo de assuntos específicos e para representação da Câmara
Municipal em congressos, solenidades ou outros atos públicos.
Art. 53 – Qualquer entidade da sociedade civil poderá solicitar ao Presidente da
Câmara permissão para emitir, junto às comissões, conceitos e opiniões.
Parágrafo único – O Presidente da Câmara enviará o pedido ao Presidente da
respectiva comissão, a quem caberá deferir ou indeferir o requerimento, indicando, se for o
caso, dia e hora para o pronunciamento e seu tempo de duração.

SEÇÃO lX
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 54 – Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as
matérias de competência do Município, decidindo, espacialmente, sobre:
l- sistema tributário municipal, arrecadação e distribuição de suas rendas;
ll- plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito
e dívida pública, bem como sobre a forma e meios de pagamento;
lll- fixação e modificação do efetivo da Guarda Municipal;
lV- planos e programas municipais de desenvolvimento;
V- bens de domínio do Município;
Vl- transferência temporária da sede do governo municipal;
Vll- criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas
municipais, salvo dos serviços da Câmara Municipal;
Vlll- organização das funções fiscalizadoras da Câmara Municipal;
lX- normatização da cooperação das associações representativas da comunidade, no
planejamento municipal;
X- organização da iniciativa popular do projeto de lei de interesse específico do
Município, através de manifestações de, pelo menos, 5% (cinco) do eleitorado.
Xl- criação e organização de distritos;
Xll- criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais e órgãos da
Administração Pública;
Xlll- criação, transformação, extinção e estruturação de empresas públicas,
sociedades de economia mista, autarquias e fundações públicas municipais;
XlV- cooperação com a União e o Estado, visando o equilíbrio, o desenvolvimento
e o bem estar, atendidas as normas fixadas em lei complementar federal;
XV- uso e armazenamento de agrotóxicos e seus componentes afins;
XVl- autorização de isenções, remissões de dívidas e anistias fiscais;
XVll- abertura de créditos suplementares e especiais;
XVlll- concessão de auxílios e subvenções;
XlX- concessão de direito real de uso de bens municipais;
XX- Plano Diretor;
XXl- denominação e alteração de denominação de próprios, vias e logradouros
públicos;
XXll- ordenamento, parcelamento, uso e ocupações do solo urbano;
XXlll- ordenação e prestação de serviços públicos.

Art. 55 – É da competência exclusiva da Câmara Municipal:


l- eleger sua Mesa, dispor sobre suas comissões e elaborar seu Regimento Interno;
ll- dispor sobre sua organização, funcionamento, política interna, criação,
transformação e extinção de cargos, empregos ou funções de seu serviço e fixação da
respectiva remuneração , observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;
lll- resolver definitivamente sobre convênios, consórcios ou acordos que acarretem
encargos ou compromissos danosos ao patrimônio municipal;
lV- autorizar o Prefeito a se ausentar do Município quando a ausência exceder a 10
(dez) dias;
V- suspender, no todo ou em parte, a execução de qualquer ato, resolução ou
regulamento municipal que infrinja a Constituição Federal, Estadual ou Legislativo
Municipal, bem como sustar atos normativos do Poder Executivo que exorbitem seu poder
de regulamentar ou os limites da delegação legislativa;
Vl- mudar temporariamente sua sede;
Vll- fixar a remuneração dos Vereadores, do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos
Secretários Municipais, em cada legislatura para a subseqüente, em data anterior às
eleições, observando o que dispõe a Constituição Federal;
Vlll- julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
lX- proceder a tomada de contas do Prefeito quando não apresentada à Câmara
Municipal até o dia 31 (trinta e um) de março de cada ano;
X- fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Executivo, incluídos os de
Administração indireta, através de processo que será estabelecido em lei complementar;
Xl- zelar pela preservação de sua competência legislativa, face à atribuição
normativa do Poder Executivo;
Xll- apreciar os atos de concessão ou permissão de serviços de transportes coletivos;
Xlll- autorizar por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o
Prefeito, o Vice-Prefeito e os Secretários Municipais;
XlV- receber o compromisso do Prefeito Municipal e Vice-Prefeito, dar-lhes posse,
conceder-lhes licença, receber suas renúncias, cassar seus mandatos e declarar seus
impedimentos;
XV- representar ao Ministério Público, por dois terços de seus membros, contra atos
de Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, pela prática de crimes contra a
Administração Pública ou para garantir o livre exercício de suas funções e prerrogativas,
bem como o cumprimento das disposições constitucionais;
XVl- aprovar, previamente, a alienação ou concessão de imóveis municipais;
XVll – deliberar sobre propostas de empréstimos, operações de crédito e também
acordos externos do Município;
XVlll- solicitar informações ao Poder Executivo sobre assuntos referentes à
Administração, de matéria em tramitação, ou não, sujeita à fiscalização e de competência
desse:
XlX- autorizar referendos e convocar plebiscitos;
XX- emendar a Lei Orgânica do Município;
XXl – exercer a fiscalização da Administração Financeira e Orçamento do
Município com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado e julgar as contas do Prefeito
Municipal;
XXll- convocar Secretários Municipais, Presidentes de Autarquias ou de serviços
diretamente subordinados ao Prefeito, para prestar informações;
XXlll- criar comissões de inquérito sobre fato determinado, mediante requerimento
apresentado por um terço de seus membros e aprovado pela maioria absoluta deles;
XXlV- tomar a iniciativa de Projetos de Lei de interesse do Município, na forma das
Constituições Federal e Estadual;
XXV- propor ao Prefeito a execução de qualquer medida ou obra que interesse à
coletividade ou ao serviço público;
XXVl- decidir pelo voto de dois terços de seus membros, por iniciativa de um terço
deles ou de 5% (cinco por cento) do eleitorado, sobre censura aos Secretários, responsáveis
ou Presidentes de Autarquias ou Sociedade de Economia Mista do Município;
XXVll- conceder, anualmente, mediante proposta encaminhada por um terço e
votada favoravelmente por maioria absoluta de seus membros, em votação secreta, 2 (dois)
títulos de Cidadão Cruz-altense ou de Cidadão Honorário ou, ainda, conferir homenagem,
em vida ou póstuma, a pessoas que:
a) reconhecidamente tenham prestado relevantes serviços ao Município;
b) ou contribuído para o destaque ou engrandecimento do Município;
c) ou se destacado, pela atuação na vida pública ou particular, no Município.

Art. 56 – A Câmara Municipal, pela Mesa Diretora, bem como, por qualquer de
suas comissões permanentes, pode convocar os Secretários Municipais para, no prazo de 8
(oito) dias, pessoalmente, prestarem informações sobre determinado assunto, importando
em crime contra a Administração Pública, a ausência injustificada.
Parágrafo Primeiro – Os Secretários Municipais podem comparecer à
Câmara Municipal ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa própria ou mediante
entendimentos com o respectivo Presidente, para expor assunto de relevância de sua
Secretaria.
Parágrafo Segundo – A Mesa da Câmara Municipal poderá encaminhar
pedidos escritos de informações ao Prefeito Municipal, importando em crime contra a
Administração Pública:
a) sua recusa;
b) o não atendimento no prazo de 15 (quinze) dias;
c) prestação de informações falsas.
SEÇÃO X
DA COMISSÃO REPRESENTATIVA

Art. 57 – A Comissão Representativa funciona nos interregnos das sessões


legislativas ordinárias da Câmara Municipal e tem as seguintes atribuições:
l- zelar pelas prerrogativas do órgão legislativo;
ll- zelar pela observância da Lei Orgânica;
lll- autorizar o Prefeito a se ausentar do Município e do Estado;
lV- convocar Secretários do Município ou titulares de diretorias equivalentes;
V- convocar extraordinariamente a Câmara;
Vl- tomar medidas urgentes de competência da Câmara Municipal;
Vll- a Comissão Representativa definirá a Ordem do Dia para as sessões por ela
convocadas.

SEÇÃO Xl
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA,
E ORÇAMENTÁRIA

Art. 58 – A fiscalização contábil, financeira e orçamentária do Município será


exercida mediante controle externo e pelos sistemas de controle interno do Executivo,
instituídos em lei.
Parágrafo Primeiro – O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado e compreenderá:
a) apreciação das contas do Prefeito e da Mesa da Câmara;
b) acompanhamento das atividades financeiras e orçamentárias;
c) julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por
bens e valores públicos.
Parágrafo Segundo – As contas do Executivo e do Poder Legislativo,
prestadas anualmente, serão apreciadas pela Câmara dentro de 60 (sessenta) dias após o
recebimento do parecer prévio do Tribunal de Contas, considerando-se julgadas nos termos
das conclusões desse parecer, se não houver deliberação dentro desse prazo.
Parágrafo Terceiro – Deixará de prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal
de Contas do Estado, somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.
Parágrafo Quarto – As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos
pela União e Estado, serão prestadas na forma da Legislação Federal e Estadual em vigor,
podendo o Município suplementar essas contas, sem prejuízo de sua inclusão na prestação
anual.

Art. 59 – O Executivo manterá sistema de controle interno, a fim de:


l- criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao controle externo e
regularidade à realização da receita e despesa;
ll- acompanhar as execuções de programas de trabalho e do orçamento;
lll- avaliar os resultados alcançados pelos administradores;
lV- verificar a execução dos contratos.
SEÇÃO Xll
DO EXAME PÚBLICO DAS CONTAS MUNICIPAIS

Art. 60 – As contas do Município ficarão à disposição dos contribuintes durante 60


(sessenta) dias, a partir de 15 (quinze) de abril de cada exercício, no horário de
funcionamento da Câmara Municipal, em local de fácil acesso ao público.
Parágrafo Primeiro – As impugnações quanto à legitimidade e lisura das
contas municipais deverão ser registradas junto aos órgãos públicos.
Parágrafo Segundo – O Município divulgará, até o último dia do mês
subseqüente a da arrecadação: os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os
recursos recebidos, os valores tributários entregues e a entregar, e a expressão numérica dos
critérios de rateio.

SEÇÃO Xlll
DAS LEIS E DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 61 – O processo legislativo compreende a elaboração de:


l- emendas à Lei Orgânica do Município;
ll- leis complementares;
lll- leis ordinárias;
lV- decretos legislativos;
V- resoluções.
Art. 62 – São, ainda, entre outras, objeto de deliberação da Câmara Municipal, na
forma do Regimento Interno:
l- autorizações;
ll- Indicações;
lll- requerimentos;
Art. 63 – A Lei Orgânica pode ser emendada mediante proposta:
l- de Vereadores;
ll- do Prefeito;
lll- por iniciativa popular.
Parágrafo Primeiro – No caso do item l, a proposta deverá ser subscrita, no
mínimo, por um terço dos membros da Câmara Municipal.
Parágrafo Segundo – No caso do item lll, a proposta deverá ser subscrita, no
mínimo, por 5% (cinco) dos eleitores do município.

Art. 64 – Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta será discutida e


votada em duas sessões, dentro de sessenta dias, a contar de sua apresentação ou
recebimento, e aprovada quando obtiver, em ambas as votações, dois terços dos votos da
Câmara Municipal.
Art. 65 – A emenda à lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o
respectivo número de ordem.
Art. 66 – A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer
Vereador ou Comissão, ao Prefeito e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Lei
Orgânica.
Art. 67 – As leis complementares somente poderão ser aprovadas se obtiverem
maioria absoluta dos votos dos membros da Câmara Municipal, observados os demais
termos de votação das leis ordinárias.
Parágrafo único – Depende do voto da maioria absoluta dos vereadores a
deliberação sobre as seguintes matérias:
l- criação, alteração, e extinção de cargos e funções dos servidores da Câmara de
Vereadores, bem como a fixação de seus vencimentos e vantagens;
ll- autorização de créditos especiais;
lll- representação de projetos de leis rejeitados;
lV- rejeição de veto aprovado pela maioria simples.
Art. 68 – Dependerão de voto favorável de dois terços dos vereadores as
deliberações sobre as seguintes matérias:
l- rejeição de veto a projeto de lei aprovado pela maioria absoluta dos vereadores;
ll- rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas;
lll- desafetação e autorização de venda de bens imóveis do Município, condicionada
a venda à prévia avaliação e licitação;
lV- pedido de intervenção no Município;
V- julgamento do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores com vistas a cassação do
mandato.

Art. 69 – A iniciativa das leis municipais, salvo nos casos de competência exclusiva,
cabe a qualquer membro da Câmara Municipal, ao Prefeito ou ao eleitorado, que a exercerá
em forma de moção articulada subscrita, no mínimo por 5% (cinco por cento) do eleitorado
municipal.
Parágrafo único – Em qualquer fase de tramitação de projeto de lei de
iniciativa exclusiva do Prefeito, esse poderá solicitar à Câmara Municipal que o aprecie, no
prazo de 30 (trinta) dias a contar do pedido. Não havendo manifestação da Câmara
Municipal nesse prazo, o projeto será incluído na Ordem do Dia, sobrestando-se a
deliberação sobre os demais assuntos, para que se ultime a votação.
Art. 70 – Os projetos de lei, decorridos 30 (trinta) dias de seu recebimento, serão
incluídos na Ordem do Dia, mesmo sem parecer, através de requerimento do Vereador.
Parágrafo único – O projeto somente pode ser retirado da Ordem do Dia
através de requerimento do autor, aprovado pelo Plenário.
Art. 71 – O projeto de lei com parecer contrário de todas as Comissões é tido como
rejeitado, sendo arquivado.
Art. 72 – A matéria constante de projeto de lei rejeitado ou não sancionado, assim
como a proposta de emenda à Lei Orgânica, rejeitada ou havida for prejudicada, somente
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta de
maioria absoluta dos membros da Câmara, ressalvadas as disposições de iniciativa do
Prefeito.
Art. 73 – Os projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal serão enviados ao
Prefeito que, aquiescendo, os sancionará.
Parágrafo Primeiro – Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetar-lhe, total ou parcialmente, dentro
de 15 (quinze) dias úteis contados daquele em que o recebeu, comunicando as razões de
forma fundamentada, as quais serão encaminhadas ao Presidente da Câmara, dentro de 48
(quarenta e oito) horas.
Parágrafo Segundo – O veto parcial somente abrangerá texto integral de
artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
Parágrafo Terceiro – O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo de que trata o
parágrafo anterior, importa em sanção, cabendo ao Presidente da Câmara promulgar a lei.
Parágrafo Quarto – Devolvido o projeto à Câmara, será ele submetido à
discussão única, com ou sem parecer, dentro de 15 (quinze) dias contados da data de seu
recebimento, considerando-se aprovado se obtiver o voto favorável da maioria absoluta da
Câmara, caso em que será enviado ao Prefeito para promulgação.
Parágrafo Quinto – Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no
parágrafo anterior, o veto será considerado mantido.
Parágrafo Sexto – Não sendo a lei promulgada dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, pelo Prefeito, no caso do parágrafo terceiro desse artigo, o Presidente da Câmara a
promulgará em igual prazo.
Art. 74 – São objetos de lei complementar: Código de Obras, Código de Posturas,
Código Tributário e Fiscal, Lei do Plano Diretor, Estatuto dos Servidores Públicos e Lei do
Meio Ambiente.
Parágrafo Primeiro – Os projetos de lei complementar serão revistos por
Comissão Especial da Câmara.
Parágrafo Segundo – Aos projetos de códigos e respectivas exposições de
motivos, antes de submetidos à discussão da Câmara, será dada divulgação com maior
amplitude possível.
Parágrafo Terceiro – Dentro de 15 (quinze) dias, contados da data em que se
publicarem os projetos referidos no parágrafo anterior, qualquer cidadão ou entidade,
devidamente reconhecida, poderá apresentar sugestões sobre eles ao Presidente da Câmara,
que as encaminhará à Comissão Especial para apreciação.

Art. 75 – Não será admitido aumento da despesa prevista:


l- nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto no artigo
166 (cento e sessenta e seis), parágrafos terceiro e quarto, da Constituição Federal.
Art. 76 – As resoluções destinam-se a regular matéria político-administrativa da
Câmara Municipal, de sua competência exclusiva, não dependendo de sanção ou veto do
Prefeito Municipal.
Art. 77 – O decreto legislativo destina-se a regular matéria de competência
exclusiva da Câmara Municipal para que produza efeitos externos, não dependendo de
sanção ou veto do Prefeito Municipal.

SEÇÃO XlV
DOS ORÇAMENTOS

Art. 78 – Lei de iniciativa do Executivo estabelecerá o plano plurianual, as diretrizes


orçamentárias e os orçamentos anuais.
Parágrafo Primeiro – Serão estabelecidas, racionalmente na lei que instituir o
plano plurianual, as diretrizes, objetivos e metas da administração para as despesas de
capital e outras, como as relativas aos programas de duração continuada.
Parágrafo Segundo – A lei de diretrizes orçamentárias incluirá metas e
prioridades administrativas, as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente e
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, dispondo sobre as alterações tributárias e
estabelecendo política de aplicação.
Parágrafo Terceiro – O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias do
encerramento do exercício, relatório sucinto da execução orçamentária.
Parágrafo Quarto – Os planos e programas locais serão elaborados em
consonância com o plano plurianual e apreciados pela Câmara de Vereadores.
Parágrafo Quinto – A lei orçamentária anual, compatibilizada com o plano
plurianual e elaborada em conformidade com a lei de diretrizes orçamentárias,
compreenderá:
a)o orçamento fiscal do Executivo e do legislativo, seus fundos, órgãos e entidades
da Administração direta e indireta, incluídas as fundações mantidas pelo Poder Público;
b)o orçamento de investimento das empresas de que participe o Município;
c)o orçamento da seguridade social, abrangendo inclusive os fundos e fundações
instituídos ou mantidos pelo Município.

Art. 79 – O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativos do


efeito sobre receita e despesa, em caso de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios, tributários ou creditícios.
Parágrafo Primeiro – Os projeto de lei previstos no ''caput'' do artigo 78
(setenta e oito), serão enviados, pelo Prefeito Municipal à Câmara de Vereadores, no
seguintes prazos, salvo se lei federal ou estadual dispuser diferentemente:
l- o projeto do plano plurianual , até o dia 30 (trinta) de março do primeiro ano do
mandato do Prefeito;
ll- o projeto de lei das diretrizes orçamentárias, anualmente, até o dia 15 (quinze) de
maio;
lll- o projeto de lei do orçamento anual, até dia 15 (quinze) de outubro de cada ano.
Parágrafo Segundo – Os projetos de lei de que trata o ''caput'' do artigo 78
(setenta e oito), após apreciação e deliberação da Câmara de Vereadores, deverão ser
devolvidos ao Poder Executivo, com vistas à sanção nos seguintes prazos, salvo se lei
federal, de forma expressa, dispuser diferentemente:
l- o projeto de lei do plano plurianual, até dia 30 (trinta) de abril do primeiro ano do
mandato do Prefeito Municipal;
ll- o projeto de diretrizes orçamentárias, até dia 15 (quinze) de junho de cada ano;
lll- o projeto de lei do orçamento anual, até dia 15 (quinze) de dezembro de cada
ano.
Parágrafo Terceiro – Se os projetos de lei a que se refere o ''caput'' do artigo
78 (setenta e oito), não forem devolvidos para sanção nos prazos previstos, serão
promulgados como lei.

Art. 80 – A lei orçamentária anual não conterá dispositivos estranhos à previsão da


receita e à fixação da despesa, permitidos os créditos suplementares e a contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Parágrafo único – Caberá à Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara
Municipal opinar previamente sobre a matéria, sendo seu parecer sobre emendas
apresentadas, decisivo.
Art. 81 – As despesas com pessoal ativo e inativo do município não poderão
exceder de 65% (sessenta e cinco) da arrecadação municipal.
Parágrafo único – Somente será admitido pessoal se houver dotação
orçamentária suficiente e prévia autorização legal.

CAPÍTULO ll
DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO l
DO PREFEITO E VICE-PREFEITO

Art. 82 – O Prefeito, eleito simultaneamente com o Vice-Prefeito e Vereadores, é o


titular do Poder Executivo, auxiliado pelos Secretários Municipais, bem como pelo Vice-
Prefeito, se dispuser de condições.
Parágrafo Primeiro – O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus
impedimentos e suceder-lhe-á no caso de vaga.
Parágrafo Segundo – Em caso de impedimento temporário do Vice-Prefeito
no exercício no cargo de Prefeito, assumirá a Administração o Presidente da Câmara
Municipal, até o término de seu mandato ou a cessação do respectivo impedimento.
Art. 83 – O Prefeito e o Vice-Prefeito, eleitos juntamente com os Vereadores,
prestarão compromisso e tomarão posse nos cargos, simultaneamente, perante a Câmara
Municipal, no dia 1o (primeiro) de janeiro do ano subseqüente ao da eleição.
Parágrafo único – O Prefeito e o Vice-Prefeito prestarão o seguinte
compromisso:
''Prometo manter, preservar e cumprir as Constituições Federal e Estadual, a Lei
Orgânica Municipal, e as demais Leis da União, do Estado e do Município, a exercer o meu
cargo com honra e lealdade, obrigando-me a promover o bem-estar do povo e o
desenvolvimento do Município''.
Art. 84 – Se, decorridos 30 (trinta) dias da data fixada para a posse, o Prefeito eleito,
ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, esse será
declarado vago pela Câmara de Vereadores.
Art. 85 – Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, até um ano antes do
término do mandato, far-se-á eleição 90 (noventa) dias depois de aberta a última vaga.
Art. 86 – O Prefeito não pode se afastar do Município por mais de 10 (dez) dias, ou
do Estado, por qualquer tempo, sem prévia autorização da Câmara.
Art. 87 – A remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários será fixada
pela Câmara Municipal em cada legislatura, para a subseqüente, nos termos da Constituição
Federal.
Art. 88 – No ato da posse, O Prefeito e o Vice-Prefeito, deverão
desencompatibilizar-se, quando necessário. Na mesma ocasião e ao término do mandato,
farão declaração pública de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando em
data, o seu resumo.
Art. 89 – O Prefeito e o Vice-Prefeito, regularmente licenciados pela Câmara
Municipal, têm direito de perceber seus vencimentos e representação, nos seguintes casos:
l- quando em tratamento de saúde devidamente comprovado;
ll- quando em missão oficial do Município;

Art. 90 – O Vice-Prefeito, além das responsabilidades de substituto e sucessor do


Prefeito, cumprirá as atribuições que lhe forem fixadas em lei e auxiliará o chefe do Poder
Executivo quando convocado por esse para missões especiais.
Art. 91 – O Prefeito gozará férias anuais de 30 (trinta) dias, mediante comunicação
à Câmara de Vereadores do período escolhidos.
Art. 92 – Extingue-se o mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, e assim deverá ser
declarado pelo Presidente da Câmara de Vereadores:
l- por sentença judicial transitada em julgado;
ll- por falecimento;
lll- quando deixar de tomar posse sem motivo comprovado perante a Câmara, no
prazo fixado na Lei Orgânica.
Parágrafo único – Comprovado o ato ou fato extintivo previsto neste artigo,
o Presidente da Câmara, imediatamente, investirá o Vice-Prefeito no cargo, como sucessor.

SEÇÃO ll
CONDIÇÕES PARA ELEGIBILIDADE

Art. 93 – Ser brasileiro, nato ou naturalizado, maior de 21 anos, no pleno exercício


dos direitos políticos.

SEÇÃO
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 94 – Ao prefeito, como chefe do Poder Executivo, cabe representar o


Município, executar as deliberações da Câmara Municipal, dirigir, fiscalizar e defender os
interesses do Município e adotar, de acordo com a lei, todas as medidas administrativas de
utilidade pública.
Art. 95 – Compete privativamente ao Prefeito:
l- sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara, expedindo
regulamento para sua fiel execução;
ll- vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Câmara;
lll- decretar desapropriações e instituir servidões administrativas por necessidade ou
utilidade pública ou interesse social;
lV- nomear e exonerar os Secretários Municipais, os auxiliares de sua confiança,
bem como dirigentes de autarquias, fundações e empresas públicas do Município e outros
titulares de cargos ou funções de confiança ou em comissão.
Parágrafo único – Compete, também ao Prefeito fixar os vencimentos e
verbas de representação de todos os titulares de cargos ou funções de confiança ou
comissão, acima referidos, exceto os vencimentos e verbas de representação dos Secretários
Municipais.
V- prover e extinguir os cargos públicos municipais, na forma da constituição e das
leis, e expedir os atos referentes à vida funcional dos servidores do Poder Executivo;
Vl- celebrar acordos, contratos, convênios, consórcios e outros ajustes de interesse
do Município, de acordo com as disposições vigentes, para execução de obras e serviços,
com a anuência da Câmara Municipal;
Vll- prover os cargos em comissão do Poder Executivo na forma da Lei;
Vlll- enviar ao Poder Legislativo o plano plurianual, o projeto de diretrizes
orçamentárias e os projetos de orçamentos;
lX- a iniciativa das leis que criem ou extingüam cargos e funções e aumentem
vencimentos, exceto os dos serviços administrativos da Câmara;
X- a iniciativa das leis que criem ou suprimam os órgãos a ele diretamente
subordinados;
Xl- dispor sobre a estruturação, atribuições e funcionamento dos órgãos da
Administração Municipal;
Xll- prestar, por escrito e no prazo de 15 (quinze) dias, as informações que a
Câmara Municipal solicitar a respeito das atividades a cargo do Poder Executivo;
Xlll- convocar extraordinariamente a Câmara quando o interesse da Administração
assim o exigir;
XlV- contrair empréstimos,mediante autorização da Câmara;
XV- prestar, anualmente, à Câmara Municipal, dentro de 60 (sessenta) dias, após a
abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XVl- expor, pessoalmente, à Câmara Municipal, por ocasião da abertura da sessão
anual, a situação do Município e os planos de governo;
XVll- expedir decretos e regulamentos para a fiel execução das leis;
XVlll- administrar os bens e as rendas municipais, promover o lançamento, a
fiscalização e a arrecadação de tributos;
XlX- propor o arrendamento, o aforamento ou a alienação de próprios municipais,
bem como a aquisição de outros;
XX- conceder auxílios, prêmios e subvenções nos limites das respectivas verbas
orçamentárias e do plano de distribuição prévia, anualmente aprovado pela Câmara;
XXl- propor a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;
XXll- comparecer à Câmara para prestar informações, por sua iniciativa;
XXlll- pleitear auxílios da União e do Estado ao Município, com entrega ao órgão
federal ou estadual, do plano de aplicação dos respectivos créditos;
XXlV- impor e relevar multas previstas em lei e contratos municipais;
XXV- requisitar força para garantia do cumprimento de seus atos;
XXVl- representar o Município passiva ou ativa, judicial ou extrajudicialmente;
XXVll- suspender e demitir servidores, na forma estabelecida em lei.
XXVlll- manter relações com outros Municípios, podendo com eles celebrar
consórcios previamente autorizados pela Câmara;
XXlX- conceder aposentadorias, jubilações, reformas, gratificações e adicionais, de
acordo com a lei;
XXX- conceder prêmios honoríficos, segundo a lei;
XXXl- providenciar sobre o ensino;
XXXll- encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações
de contas exigidas em lei;
XXXlll- resolver sobre requerimentos e reclamações;
XXXlV- oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e
logradouros públicos.
Parágrafo único – Delegar, por decreto a seus auxiliares, funções
administrativas, que não sejam de sus exclusiva competência.
Art. 96 – Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os
créditos suplementares e especiais, destinados ao Poder Legislativo, ser-lhe-ão entregues
até o dia 20 (vinte) de cada mês, conforme previsto nas Constituições Federal e Estadual.
SEÇÃO lV
DAS RESPONSABILIDADES DO PREFEITO

Art. 97 – Importam em responsabilidade os atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito que


atentem contra as Constituições Federal e Estadual, Lei Orgânica Municipal e,
especialmente:
l- o livre exercício dos poderes constituídos;
ll- o exercício dos direitos individuais, políticos e sociais;
lll- a probidade na administração;
lV- a lei orçamentária;
V- o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único – O processo e julgamento do Prefeito e do Vice-Prefeito,
obedecerão, no que couber, ao disposto no artigo 86 (oitenta e seis) da Constituição
Federal.

SEÇÃO V
DOS SECRETÁRIOS E DIRETORES DE AUTARQUIAS DO MUNICÍPIO

Art. 98 – Os Secretários e Diretores de Autarquias do Município, de livre nomeação


e demissão pelo Prefeito, são escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores
de 18 (dezoito) anos, no gozo dos direitos políticos e estão sujeitos, desde a posse, às
mesmas incompatibilidades e proibições estabelecidas para Vereadores.
Parágrafo único – Declarada inconstitucionalidade.
Art. 99 – Além das atribuições fixadas em lei ordinária, compete aos Secretários do
Município:
l- orientar, coordenar e superintender as atividades dos órgãos e entidades da
Administração Municipal, na área de sua competência;
ll- referendar os atos e decretos do Prefeito e expedir instruções para a execução das
leis, decretos e regulamentos relativos aos assuntos de suas secretarias;
lll- praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes foram delegadas pelo Prefeito.
Parágrafo único – Os decretos, atos e regulamentos referentes ao serviço
autônomo serão subscritos pelo Secretário da Administração.
Art. 100 – Aplicar-se aos Diretores dos serviços autárquicos autônomos, no que
couber, o disposto nesta seção.

SEÇÃO Vl
DOS SUB-PREFEITOS

Art. 101 – Os Sub-Prefeitos distritais serão nomeados pelo Prefeito entre integrantes
de lista tríplice escolhidos pelos eleitores do distrito.
Art. 102 – Compete aos Sub-Prefeitos:
l- cumprir e fazer executar, de acordo com as instruções recebidas, as leis,
resoluções, regulamentos e demais atos do Prefeito e da Câmara;
ll- fiscalizar os servidores distritais;
lll- atender as reclamações de partes e encaminha-las ao Prefeito, quando se tratar de
matéria estranha às suas atribuições;
lV- indicar, ao Prefeito, as providências necessárias ao distrito;
V- prestar contas, mensalmente, ou quando lhe forem solicitadas.
Art. 103 – Os Sub-Prefeitos, em caso de licença ou impedimento, serão substituídos
por pessoas de livre escolha do Prefeito.

SEÇÃO Vll
DOS ATOS MUNICIPAIS

Art. 104 – A publicação das leis e atos municipais, far-se-á em órgão oficial do
Município e impresso pelo Executivo Municipal, que, através de convênios, terá também a
participação do Poder Legislativo Municipal e Judiciário.
Parágrafo Primeiro – A publicação dos atos não normativos, pelo órgão
oficial do Município, poderá ser resumida.
Parágrafo Segundo – Os atos de repercussão externa só produzirão efeito,
após sua publicação.
Parágrafo Terceiro – A publicação de leis e atos municipais poderá ser
efetuada nos veículos de comunicação social do Município.
Art. 105 – A publicação dos atos e das leis municipais deverá ser afixada na sede da
Prefeitura e da Câmara, em local adequado e de fácil acesso público.
Art. 106 – A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer, a qualquer interessado,
no prazo máximo de 30 (trinta) dias, certidões de atos, contratos e decisões, sob pena
responsabilização de autoridade ou servidor que negar ou retardar sua expedição.
Parágrafo único – A certidão relativa ao exercício do cargo de Prefeito, será
fornecida pelo Presidente da Câmara Municipal, e a esse, pelo Secretário do Legislativo.
Art. 107 – O Prefeito fará publicar:
l- diariamente, por Edital, o movimento de caixa do dia anterior;
ll- mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa;
lll- mensalmente, o demonstrativo dos montantes de cada um dos tributos
arrecadados e recursos recebidos;
lV- anualmente, até 15 (quinze) de março, pelo órgão oficial do Município, as
contas da administração constituídas do balancete financeiro, balanço patrimonial, balanço
orçamentário e demonstrativo das variações patrimoniais, em forma sintética.

Art. 108 – O atos administrativos de competência do Prefeito devem ser lançados


em livros ou fichas apropriadas e expedidos em obediência às seguintes normas;
l- decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos:
a)regulamentação de lei;
b)instituição, modificação ou extinção de atribuições não constantes de lei;
c)regulamentação interna dos órgãos que forem criados na Administração
Municipal;
d)abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado por lei,
assim como de créditos extraordinários;
e)declaração de utilidade pública ou necessidade social, para fins de desapropriação
ou de servidão administrativa;
f)aprovação de regulamento ou de regimento das entidades que compõem a
Administração Municipal;
g)permissão de uso dos bens municipais;
h)medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
i)normas de efeitos externos, não privativos da lei;
j)fixação e alteração de preços.
ll- portaria nos seguintes casos:
a)provimento e vacância de cargos públicos e demais atos de efeitos individuais;
b)lotação e relotação nos quadro de pessoal;
c)abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de penalidades e
demais atos individuais de efeitos internos;
d)outros casos determinados em lei ou decreto.
lll- contrato, nos seguintes casos:
a)admissão de servidores, para serviços de caráter temporário nos termos desta Lei
Orgânica;
b)execução de obras e serviços municipais, nos termos da Lei.
Parágrafo Primeiro – Os livros serão abertos, rubricados e encerrados, pelo
Prefeito ou pelo Presidente da Câmara, conforme o caso, ou por funcionário designado para
tal fim.
Parágrafo Segundo – Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos
por fichas ou outro sistema, convenientemente adequado.

SEÇÃO Vlll
DAS PROIBIÇÕES

Art. 109 – O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores e os Servidores Municipais,


bem como as pessoas ligadas a qualquer deles por patrimônio ou parentesco, afim ou
consangüíneo, até o segundo grau, ou por adoção, não poderão contratar com o Município,
subsistindo a proibição até 2 (dois) meses após findos os respectivos mandatos ou funções.
Parágrafo único – Não se incluem nessa proibição os contratos cujas
cláusulas e condições, sejam uniformes para todos os interessados.

SEÇÃO lX
DAS LICITAÇÕES
Art. 110 – As licitações realizadas pelo Município, para compras, obras e serviços,
serão procedidas com estrita observância da Legislação Federal.

SEÇÃO X
DAS INFORMAÇÕES, DO DIREITO DE
PETIÇÃO E DAS CERTIDÕES

Art. 111 – Todos tem o direito de receber, dos órgãos públicos municipais,
informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo, que serão prestadas nos
prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade ou das instituições públicas.
Parágrafo único – São assegurados a todos, independentemente de
pagamento de taxas:
l- O direito de petição aos Poderes Públicos Municipais, para defesa de direitos e
esclarecimentos de situações de interesse pessoal.
ll- o fornecimento de certidões de atos e decisões da Administração Pública
Municipal.
SEÇÃO Xl
DA SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 112 – O Município poderá constituir guarda municipal, força auxiliar destinada
à proteção de seus bens, serviços e instalações nos termos da lei complementar.
Parágrafo Primeiro – A lei complementar de criação da guarda municipal
disporá sobre acesso, deveres, vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e
disciplina.

CAPÍTULO lll
DOS DISTRITOS
SEÇÃO l
DA FORMAÇÃO DOS DISTRITOS

Art. 113 – O território do Município será dividido, para fins administrativos, em


distritos.
Art. 114 – A criação de distritos e suas alterações só poderão ser feitas mediante
consulta plebiscitária às populações interessadas.
Art. 115 – Na toponímia de distritos é vedada a repetição de nomes já existentes no
País, bem como a significação de datas, nomes de pessoas vivas e o emprego de
denominação com mais de três palavras, excluídas as partículas gramaticais.
Art. 116 – A divisão de distritos, sempre que possível, acompanhará acidentes
geográficos permanentes e facilmente identificáveis e será clara, precisa, contínua e fixada
através de lei.

SEÇÃO ll
DA CRIAÇÃO DE DISTRITOS

Art. 117 – São condições essenciais para a criação de distritos:


l- no mínimo, 30 (trinta) habitações no povoado sede;
ll- população superior a 500 (quinhentos) habitantes no território.

CAPÍTULO lV
DA TRANSIÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 118 – Até 30 (trinta) dias antes das eleições municipais, o Prefeito deverá
preparar, para entrega ao sucessor e para publicação imediata, relatório da situação da
Administração contendo informações atualizadas relativas a:
l- dívidas do Município, por credor, com as datas dos respectivos vencimentos,
inclusive das dívidas a longo prazo e encargos decorrentes de operações de crédito,
informando sobre a capacidade da Administração Municipal para realizar operações
financeiras de qualquer natureza;
ll- medidas necessárias à regularização das contas municipais perante o Tribunal de
Contas ou a Câmara Municipal;
lll- prestações de contas de convênios celebrados com organismos da União e do
Estado, bem como do recebimento de subvenções ou auxílios;
lV- situação dos contratos com concessionárias e permissionárias de serviços
públicos;
V- estado de contratos de obras e serviços em execução ou apenas formalizações,
informando sobre o que foi realizado e pago e o que há por executar e pagar, com os prazos
respectivos;
Vl- transferências a serem recebidas da União e do Estado por força de mandato
constitucional ou de convênios;
Vll- projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na Câmara
Municipal, para permitir que a nova Administração decida quanto à conveniência de lhes
dar prosseguimento ou retira-los;
Vlll- situação dos servidores do Município, seu custo, quantidade e órgãos em que
estão lotados e em exercício.

CAPÍTULO V
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
SEÇÃO l
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 119 – A Administração Pública direta e indireta, obedecerá aos princípios de


legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, também, o seguinte:
l- os cargos, empregos e funções públicas criados por lei em número e com
atribuições e remuneração certas, são acessíveis aos brasileiros natos ou naturalizados que
preencham os requisitos estabelecidos em lei;
ll- a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei, de livre nomeação de exoneração;
lll- o prazo de validade do concurso público será de dois anos, prorrogáveis, a juízo
da Administração uma vez por igual período;
lV- durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em
concurso público será convocado com prioridade, sobre novos concursados, para assumir
cargo ou emprego na carreira, desde que na mesma área;
V- os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidas,
preferencialmente, por servidores ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional,
nos casos e condições previstos em lei;
Vl- a lei reservará percentual dos cargos e empregos para as pessoas portadoras de
deficiência, definindo os critérios de sua admissão;
Vll- a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público, condicionada à nomeação
mediante prova de habilitação;
Vlll- a revisão geral de vencimentos dos servidores públicos, nos mesmos índices,
far-se-á sempre na mesma data;
lX- A lei assegurará aos servidores isonomia de vencimentos para cargos de
atribuições ou assemelhados do mesmo poder ou entre servidores do Executivo e
Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas a natureza ou a
local de trabalho;
X- os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público municipal não são
computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo
título ou idêntico fundamento;
Xl- é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários:
a)a de dois cargos de professor;
b)a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c)a de dois cargos privativos de médico.
Xll- a proibição de acumular, estender-se a empregos e funções e abrange
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo
Poder Público Municipal;
Xlll- nenhum será designado para funções não constantes das atribuições do cargo
que ocupa, a não ser em substituição e, se acumulada, com gratificação de lei, sob pena de
responsabilidade da autoridade administrativa que assim determinou.
Parágrafo Primeiro – A não observância do controle dos itens l e ll desta
seção, implicará na nulidade do ato e na punição da autoridade responsável na forma
prevista em lei.
Parágrafo Segundo – Os atos de improbidade administrativa importarão na
suspensão dos direitos políticos, na perda da função pública, na indisponibilidade dos bens
e no ressarcimento do erário público, na forma e na gradação prevista na legislação federal,
sem prejuízo da ação penal cabível.
Parágrafo Terceiro – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado, prestadoras de serviços públicos municipais, responderão pelos danos que seus
agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável, no caso de dolo ou culpa.

SEÇÃO ll
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS

Art. 120 – Lei Complementar estabelecerá o regime jurídico único dos servidores
municipais, da conformidade com princípios da Constituição Federal e desta Lei Orgânica.
Art. 121 – É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical,
na forma da lei federal.
Art. 122 – O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em
lei.
Art. 123 – Nenhum servidor será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado ao
sindicato.
Parágrafo único – É assegurado aos sindicatos e associações de classe da
Administração direta e indireta:
a)participar das decisões de interesse da categoria;
b)descontar em folha de pagamento as mensalidades de seus associados e demais
parcelas a favor da entidade, desde que aprovado em Assembléia Geral.
Art. 124 – São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados
em virtude do concurso.
Art. 125 – O servidor público municipal estável só perderá o cargo em virtude de
sentença judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo, em que lhe
seja assegurada ampla defesa, e cuja decisão seja-lhe desfavorável.
Parágrafo único – Invalidada, por sentença, a demissão, o servidor será
reintegrado e quem lhe ocupava o cargo, exonerado sem direito à indenização ou, se
detinha outro cargo, a esse reconduzido.

Art. 126 – Ficará em disponibilidade com remuneração integral, o servidor estável,


cujo cargo for declarado extinto ou desnecessário, por lei, podendo ser aproveitado em
cargo compatível a critério da administração.
Art. 127 – Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as
seguintes normas:
l- tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função, sem direito a remuneração;
ll- investido no mandato de Prefeito será afastado do cargo, emprego ou função,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
lll- investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horário,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior.
lV- em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo,
seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos gerais, exceto para promoção por
merecimento.
V- para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.
Art. 128 – Fica fixado, como limite máximo de remuneração, dos servidores
públicos municipais, os valores percebidos em espécie, pelo Prefeito, de acordo com o
referido no artigo 37 (trinta e sete), inciso Xl, da Constituição Federal.
Art. 129 – O servidor será aposentado:
l- por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de
acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificada em lei, proporcionais nos demais casos;
ll- compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais
ao tempo de serviço;
lll- voluntariamente;
a)aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta), se mulher,
com proventos integrais;
b)aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e
25 (vinte e cinco), se professora, com proventos integrais;
c)aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço;
d)aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta), se mulher,
com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
Parágrafo Primeiro – O tempo de serviço público federal, estadual em
autarquias, fundações, empresas de economia mista ou de outros Município, será
computado integralmente para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade, bem como
para avanços trienais e adicionais por tempo de serviço.
Parágrafo Segundo – Os proventos de aposentadoria serão revistos, na
mesma proporção e mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em
atividade, sendo também estendido aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens,
posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da
transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na
forma de lei.
Art. 130 – O benefício da pensão por morte corresponderá aos vencimentos ou
proventos integrais do servidor falecido. Tal benefício jamais será menor que o salário
mínimo vigente no País.
Parágrafo único – O direito estabelecido no artigo anterior é extensivo às
pensões já concedidas, inclusive, antes da promulgação desta Lei.
Parágrafo Segundo – O Município poderá instituir regime previdenciário
próprio ou vincular-se a regime previdenciário federal ou estadual.
Art. 131 – Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado o
pedido de aposentadoria, o servidor público será considerado em licença especial, podendo
afastar-se do serviço, salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do mesmo,
tendo direito, durante esse período, à totalidade da remuneração, computando-se o tempo
como efetivo exercício, para todos os efeitos legais.

Art. 132 – Declarada Inconstitucionalidade.


Parágrafo Primeiro – Aplica-se aos servidores municipais os direitos
seguintes:
l- salário mínimo, fixado em lei federal, com reajustes periódicos;
ll- irredutibilidade de vencimentos nos termos do inciso XV, do artigo 37 (trinta e
sete), da Constituição Federal;
lll- décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria que será pago, em uma só parcela, até o dia 20 (vinte) de dezembro de cada
ano;
lV- remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
V- salário-família para seus dependentes;
Vl- declarada inconstitucionalidade.
Vll- repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
Vlll- remuneração dos serviços extraordinários acrescidos, no mínimo, em 50%
(cinqüenta por cento) do normal;
lX- gozo de férias anuais, remuneradas antecipadamente, com um terço a mais que o
salário normal;
X- a remuneração mensal dos servidores públicos será paga até, no máximo, o
quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido.
Parágrafo único – Em caso de atraso, os salários serão corrigidos conforme
os índices oficiais de inflação.
Xl- licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120
(cento e vinte) dias;
Xll- licença à paternidade, nos termos da lei;
Xlll- redução de riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene
e segurança;
XlV- adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,
na forma da lei;
XV- proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XVl- salário mínimo profissional para ocupantes de cargos técnicos de curso
superior e grau médio, que estejam no desempenho de atividade na Administração Pública.
Art. 133 – São assegurados ainda aos servidores públicos municipais:

l-a)-Declarada Inconstitucionalidade.
ll-b)-Declarada Inconstitucionalidade.

Parágrafo único – Para efeitos de avanço trienais adicionais, que tratam os


incisos anteriores, serão computados todo e qualquer tempo de serviço prestado ao
Município, contínua e intercaladamente.
lll- licença prêmio de 3 (três) meses por qüinqüênio de serviço público
ininterrupto, que, se não gozada, poderá ser computada em dobro como tempo de serviço.
lV- Declarada Inconstitucionalidade.
V- o Município assegurará a seus servidores, na forma da lei, a conclusão de
cursos afins com a função desempenhada, em que estejam inscritos ou que venham a se
inscrever, desde que possa haver compensação com a prestação do serviço público;
Vl- quando adotante, os direitos que assistem ao pai e a mãe natural, na
forma regulada em lei.
Vll- Declarada Inconstitucionalidade.

Art. 134 – O servidor público municipal, eleito Vereador, não poderá ser
transferido, removido de seu local de trabalho, colocado em disponibilidade, ou demitido
de seu cargo, desde o registro de sua candidatura até um ano após o término do mandato
eletivo, salvo se for através de inquérito administrativo, ou por sentença judicial.
Art. 135 – É vedada, aos servidores municipais, atividade político-partidária nas
horas e locais de trabalho.
Art. 136 – A lei que dispuser sobre o Estatuto do Servidor Público Municipal
estabelecerá os seus direitos, deveres, responsabilidades e penalidades, bem como os
procedimentos administrativos a apuração de atos de improbidade.
Art. 137 – É vedada a participação dos servidores no produto de arrecadação de
tributos e multas, inclusive da dívida ativa.

CAPÍTULO Vl
DOS CONSELHOS MUNICIPAIS

Art. 138 – Os Conselhos Municipais são órgãos de cooperação governamental, que


têm por finalidade auxiliar a administração na orientação, planejamento, fiscalização e
julgamento de matéria de sua competência.
Art. 139 – A lei especificará as atribuições de cada Conselho, sua organização,
composição, funcionamento, forma de nomeação do titular e do suplente e prazo de
duração do mandato.
Art. 140 – Os Conselhos Municipais serão compostos por um número ímpar de
membros, observando, quando for o caso, a representatividade da Administração, das
entidades públicas, associativas, classistas e dos contribuintes, sendo que as entidades
privadas indicarão seus representantes.
TÍTULO lll
DA ORDEM ECONÔMICA
CAPÍTULO l
POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

Art. 141 – O Município organizará a ordem econômica em conformidade com os


princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual, conciliando a liberdade de
iniciativa com os interesses da coletividade os quais merecerão tratamento prioritário.
Art. 142 – Incumbe as Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob o regime
de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Art. 143 – O Município, na forma definida em lei, dispensará às micro-empresas e
às empresas de pequeno porte, incluídas as pequenas associações e cooperativas de
trabalhadores rurais ou urbanas, tratamento jurídico e tributário diferenciados, visando
incentiva-las pela simplificação de suas obrigações administrativas e tributárias ou pela
eliminação e redução de tributos.
Art. 144 – O Município promoverá a criação de um Fundo de Desenvolvimento
Industrial (FDI).
Art. 145 – O Município poderá promover a desapropriação de imóvel por
necessidade, utilidade pública ou para atender interesse social.
Art. 146 – A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
Municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
Parágrafo Primeiro – O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o
instrumento básico da política de desenvolvimento e de extensão urbana.
Parágrafo Segundo – A propriedade urbana cumpre sua função social
quando atende às exigências fundamentais de ordenamento da cidade, expressas no Plano
Diretor.
Parágrafo Terceiro – As desapropriações de imóveis urbanos feitas com
prévia e justa indenização em dinheiro.
Art. 147 – Aquele que possuir, como sua, área urbana de até 250 (duzentos e
cinqüenta) metros quadrados, por 5 (cinco) anos, ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Parágrafo Primeiro – O título de domínio e a concessão de uso serão
conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
Parágrafo Segundo – Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor
mais de uma vez.
Parágrafo Terceiro – Os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião.
Art. 148 – Declarada Inconstitucionalidade.
Art. 149 – Incumbe, também, ao Município a construção de moradias populares e a
dotação de condições habitacionais e saneamento básico, utilizando recursos orçamentários
próprios e oriundos de financiamento.
Parágrafo único – O atendimento da demanda social por moradias populares
poderá se realizar tanto através de transferência do direito de propriedade, quanto da cessão
do direito do uso da moradia construída.
Art. 150 – A execução da política habitacional será realizada por um órgão
responsável do Município, conforme dispuser a lei, devendo:
a)elaborar um programa de construção de moradias populares e saneamento básico:
b)apoio à construção de moradias populares realizadas pelos próprios interessados,
sob regime de mutirão, por cooperativas habitacionais e outras formas alternativas;
c)estimular e apoiar o desenvolvimento de pesquisa de materiais e sistemas de
construção alternativas e de padronização de componentes, visando garantir a qualidade e o
barateamento da obra.

CAPÍTULO lll
DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS

Art. 151 – É responsabilidade do Município, mediante licitação e de conformidade


com os interesses e as necessidades da população, prestar serviços públicos, diretamente ou
sob regime de concessão ou permissão, bem como realizar obras públicas.
Art. 152 – Nenhuma obra pública, salvo os casos de extrema urgência, devidamente
justificados, será realizada sem que conste:
l- o respectivo projeto;
ll- o orçamento de seu custo;
lll- a indicação dos recursos financeiros para o atendimento das respectivas
despesas;
lV- a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o
interesse público;
V- os prazos para o seu início e término.

Art. 153 – A Concessão ou permissão de serviço público somente será efetivada


com autorização da Câmara Municipal e mediante contrato, precedido de licitação.
Parágrafo Primeiro – Serão nulas de pleno direito as concessões e as
permissões, bem como qualquer autorização para a exploração de serviço público, feitas em
desacordo com o estabelecido neste artigo.
Parágrafo Segundo – Os serviços concedidos ou permitidos ficarão sempre
sujeitos à regulamentação e à fiscalização da Administração Municipal:
a)Declarada Inconstitucionalidade.
b)Declarada Inconstitucionalidade.

c)as empresas de Transporte Coletivo Urbano estarão sob controle e


fiscalização da Prefeitura, Câmara de Vereadores.

Art. 154 – As entidades prestadoras de serviços públicos são obrigadas, pelo menos
uma vez por ano, a dar ampla divulgação de suas atividades, informando sobre planos de
expansão, aplicação de recursos financeiros e realização de programas de trabalho.
Art. 155 – Nos contratos de concessão ou permissão de serviços públicos serão
estabelecidos:
l- os direitos dos usuários, inclusive a hipótese de gratuidade;
ll- as regras para a remuneração do capital e para garantir o equilíbrio econômico e
financeiro do contrato;
lll- as normas que possam provar eficiência ao atendimento do interesse público,
bem como permitir a fiscalização pelo Município, de modo a manter o serviço contínuo,
adequado e acessível;
lV- as regras para orientar a revisão periódica das bases de cálculo dos custos
operacionais e da remuneração do capital, ainda que estipulada em contrato anterior;
V- a remuneração dos serviços prestados aos usuários diretos, assim como a
possibilidade de cobertura dos custos por cobrança a outros agentes beneficiados pela
existência dos serviços;
Vl- as condições de prorrogação, caducidade, rescisão e reversão das concessão ou
permissão.
Parágrafo único – Na concessão ou na permissão de serviços, o Município
reprimirá qualquer forma de abuso do poder econômico, principalmente as que visem à
dominação do mercado, à exploração monopolística e aumento abusivo de lucros.
Art. 156 – O Município poderá revogar a concessão ou a permissão dos serviços que
forem executados em desconformidade com o contrato ou ato pertinente, bem como
daqueles que se revelarem manifestamente insatisfatórios para o atendimento dos usuários.
Parágrafo único – É passível de intervenção do Poder Público o
descumprimento das normas contratuais ou atos que transgridam o ''caput'' do artigo
anterior.
Art. 157 – As tarifas de serviços públicos prestados diretamente pelo Município ou
por órgãos de sua Administração descentralizada serão fixadas pelo Prefeito, cabendo à
Câmara Municipal definir os que serão remunerados pelo custo, acima ou abaixo dele,
tendo em vista seu interesse econômico e social.
Parágrafo único – Os custos dos servidores públicos de natureza industrial
serão compostos das despesas operacionais, manutenção e reposição de equipamentos, bem
como de previsões para sua expansão.
Art. 158 – O Município poderá consorciar-se com outros Municípios para a
realização de obras ou prestação de serviços públicos de interesse comum.
Parágrafo único – O Município deverá propiciar meios para a criação, nos
consórcios, do órgão consultivo constituído por cidadãos não pertencentes ao serviço
público municipal.
Art. 159 – Ao Município é facultado conveniar, com a União ou com o Estado, a
prestação de serviços públicos de sua competência privativa, quando lhe faltarem recursos
técnicos ou financeiros para a execução dos serviços em padrões adequados, ou quando
houver interesse mútuo para a celebração do convênio.
Parágrafo único – Na celebração de convênios de que trata este artigo deverá
o Município:
l- propor planos de expansão dos servidores públicos;
ll- realizar avaliação periódica de prestação dos serviços.
Art. 160 – A criação, pelo Município, de entidade de Administração indireta para
execução de obras ou prestação de serviços públicos só será permitida, caso a entidade
possa assegurar sua auto-sustentação financeira.
Art. 161 – Os órgãos colegiados das entidades de Administração indireta do
Município terão a participação obrigatória de um representante de seus servidores, eleito
por esses mediante voto direto e secreto, conforme regulamentação por ato do Prefeito
Municipal.
CAPÍTULO lV
DO TURISMO

Art. 162 – O Município promoverá e incentivará o turismo, como fator de


desenvolvimento sócio-econômico e como instrumento de integração humana.
Parágrafo Primeiro – A lei municipal estabelecerá uma política de turismo
para o Município e definirá diretrizes a serem observadas nas ações públicas e privadas
pertinentes.
Parágrafo Segundo – A Prefeitura incentivará o turismo local, através de:
l- conservação de pontos turísticos de destaque;
ll- realização de festivais e outros eventos de natureza cultural, artística ou
esportiva;
lll- promoções que objetivem o estímulo e a consagração de talentos locais.

CAPÍTULO V
DA DEFESA DOS CONSUMIDORES

Art. 163 – Caberá ao Município, valendo-se de suas atribuições, empenhar-se na


defesa dos direitos dos consumidores, evitando a ação de especuladores, de monopólios e
de tantos quantos pretendam dominar o mercado.
Parágrafo único – O Município exercitará seu poder de polícia, com
consonância com órgãos federais e estaduais, evitando campanhas persuasivas, nocivas e
contrárias ao direito do consumidor.

CAPÍTULO Vl
DA HABITAÇÃO

Art. 164 – O Município de Cruz Alta instituirá política municipal de habitação, com
a participação articulada e integrada entre o Poder Público e as comunidades organizadas,
bem como criando mecanismos institucionais e financeiros à sua execução.
Art. 165 – A distribuição de recursos públicos assegurará a prioridade ao
atendimento das necessidades sociais, nos termos da política municipal de habitação,
devendo constar no plano plurianual e no orçamento do Município recursos específicos
para programas de habitação de interesse social.
Art. 166 – Para a concretização da política municipal de habitação poderá o
Município, na forma que a lei dispuser, conveniar com a União e o Estado, visando maior
amplitude de recursos para a finalidade, bem como o menor prazo para execução do plano.
Art. 167 – Em primeiro grau, deverão ser beneficiadas as camadas mais carentes da
comunidade, constituídas de famílias com maior número de dependentes e que ainda não
disponham de moradia própria e cujo poder aquisitivo seja menor do que três salários
mínimos.
Art. 168 – A lei disporá das formalidades necessárias para inscrição e tudo mais que
diga respeito à política municipal de habitação.
Art. 169 – O Município criará o Plano de Habitação para os servidores do
Município.
CAPÍTULO Vlll
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA

Art. 170 – O Município, nos termos da lei, prestará assistência aos trabalhadores
rurais, aos pequenos agricultores e às suas organizações.
Art. 171 – O Município poderá implementar projetos de cinturão verde para a
produção de alimentos, bem como estimular as formas alternativas de venda do produto
agrícola diretamente aos consumidores urbanos, prioritariamente a população dos bairros.
Art. 172 – Nos limites de sua competência, o Município estabelecerá sua política
agrícola e a agropecuária, fixada a partir de planos plurianuais de desenvolvimento,
aprovados pela Câmara Municipal.
Art. 173 – Na execução da política agrária, o Município priorizará seu apoio às
formas cooperativas, associativas e comunitárias, especialmente de pequenos e médios
produtores.
Art. 174 – O Município incentivará os programas de arborização de praças, parques,
hortos e vias públicas, bem como, projetos de pomicultura orientados pela Secretaria
Municipal de Agricultura.
Art. 175 – O Município, como incentivo ao desenvolvimento agrícola, priorizará a
conservação e a ampliação da rede de estradas vicinais, da eletrificação e telefonia rurais.

TÍTULO lV
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO l
DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 176 – A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo, o
bem-estar e a justiça social.

CAPÍTULO ll
DA SEGURIDADE SOCIAL

Art. 177 – A proposta da seguridade social elaborada de forma integrada pelos


órgãos responsáveis pela saúde, previdência e assistência social, tendo em vista as metas e
prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada, a cada área, a
gestão de seus recursos.
Parágrafo único – As prioridades e disponibilidades orçamentárias serão
determinadas no plano plurianual.

CAPÍTULO lll
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 178 – O Município prestará assistência social a quem dela necessitar, visando
aos seguintes objetivos:
l- proteção à família, à maternidade, à infância, á adolescência e à velhice;
ll- amparo aos carentes e desassistidos;
lll- promoção de integração ao mercado de trabalho;
lV- habilitação e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência e promoção de
sua integração à vida social comunitária.

CAPÍTULO lV
DA FAMÍLIA

Art. 179 – O Município desenvolverá programas de assistência social à família,


dispensando atenção especial à união estável entre o homem e a mulher, entidade familiar,
bem como proteção à maternidade, à infância, ao adolescente, ao deficiente físico e
sensorial de qualquer idade, e ao idoso, devendo para conseguir este fim, inclusive firmar
convênios, até com entidades particulares, assistenciais ou não.
Parágrafo único – Além dos programas mencionados no ''caput'' e da mesma
forma, o Município desenvolverá Programa de Planejamento Familiar.
Art. 180 – A coordenação, o acompanhamento e a fiscalização dos programas
referidos no artigo anterior caberão à Secretaria de Assistência Social do Município, com a
participação dos Conselhos Comunitários.
Parágrafo único – A organização, composição, funcionamento, finalidades e
atribuições desses Conselhos, serão disciplinadas em lei, neles assegurando a participação
de outras entidades representativas da comunidade, legalmente constituídas e reconhecidas
pelo Poder Público.

CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
SEÇÃO l
DA EDUCAÇÃO

Art. 181 – A educação, direito de todos e dever do Estado, do Município e da


família, baseada na justiça social, na democracia e no respeito aos direitos humanos, ao
meio ambiente e aos valores culturais, formais e informais, visa ao desenvolvimento do
educando como pessoa e a sua qualificação para o exercício da cidadania e do trabalho.
Art. 182 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
l- igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
ll- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
lll- pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
lV- gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais;
V- valorização dos profissionais do ensino;
Vl- gestão democrática do ensino público;
Vll- garantia de padrão de qualidade.
Art. 183 – O Município, em colaboração com o Estado, complementará o ensino
público com programas permanentes e gratuitos de material didático, transporte,
alimentação, assistência à saúde e de atividades culturais e esportivas.
Art. 184 – Os programas de que trata o artigo anterior serão mantidos, nas escolas,
com recursos financeiros específicos que não os destinados à manutenção e
desenvolvimento do ensino e serão desenvolvidos com recursos humanos dos respectivos
órgãos da Administração Pública.
Art. 185 – É dever do Município em colaboração com o Estado:
l- garantir o ensino fundamental, público, obrigatório e gratuito, inclusive para os
que a ele não tiverem acesso na idade própria;
ll- promover a progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino
médio;
lll- manter cursos profissionalizantes, abertos à comunidade em geral;
lV- proporcionar atendimento educacional especial aos portadores de deficiência e
superdotados.
Art. 186 – O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
Parágrafo Primeiro – O não oferecimento do ensino obrigatório gratuito,
pelo Poder Público, ou a sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade
competente.
Parágrafo Segundo – Compete ao Município, articulado com o Estado,
recensear os educandos para o ensino fundamental, fazendo-lhes a chamada anualmente.
Parágrafo Terceiro – Transcorridos dez dias úteis do pedido de vaga,
incorrerá em responsabilidade administrativa a autoridade municipal competente que não
garantir, ao interessado devidamente habilitado, o acesso à escola fundamental.
Art. 187 – Os recursos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos
às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, desde que:
l- comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros na
educação;
ll- assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica
ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.
Parágrafo único – A destinação de verbas públicas, para as escolas
comunitárias confessionais e filantrópicas só poderá ocorrer quando a oferta de vagas na
rede pública, gratuita e municipal for insuficiente para atender a demanda e quando o
ensino oferecido for de qualidade, propiciando as condições adequadas para a formação do
aluno e exercício do magistério.
Art. 188 – O Município aplicará, no exercício financeiro, no mínimo 25% (vinte e
cinco) da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente das transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino público.
Parágrafo único – É vedada às escolas públicas a cobrança de taxas ou
contribuições a qualquer título.
Art. 189 – Declarada Inconstitucionalidade.

Art. 190 – Anualmente, o Prefeito publicará o relatório da execução financeira das


despesas em educação, por fonte de recursos, discriminando os gastos mensais.
Parágrafo único – A autoridade competente será responsabilizada pelo não
cumprimento do disposto nesse artigo.
Art. 191 – O Município organizará o seu sistema de ensino em regime de
colaboração com os sistemas federal e estadual.
Art. 192 – A lei estabelecerá o Plano Municipal de Educação plurianual, em
consonância com os Planos Nacional e Estadual de Educação, visando à:
l- erradicação do analfabetismo;
ll- universalização do atendimento escolar;
lll- melhoria da qualidade de ensino;
lV- formação para o trabalho;
V- promoção humanística, científica e tecnológica.
Parágrafo único – O Município criará em setores de sua sede,
geograficamente adequados, preferencialmente em locais que atendam inúmeros bairros e
vilas, Centros Integrados de Educação, onde serão atendidas, em regime intensivo diário e
por oito horas consecutivas, crianças comprovadamente carentes.
Projetos dessa ordem farão parte obrigatória de todos os planos plurianuais de
investimentos.
Art. 193 – O Município, em colaboração com o Estado, promoverá:
l- política de formação profissional nas áreas em que houver carência de professores
para atendimento de sua clientela;
ll- cursos de atualização e aperfeiçoamento para seus professores e especialistas nas
áreas em que esses atuarem e em que houver necessidade;
lll- política especial para formação, a nível médio, de professores para séries iniciais
do ensino fundamental.
Parágrafo Primeiro – Para a consecução do previsto nos incisos l e ll, o Município
poderá celebrar convênio com instituições.
Parágrafo Segundo – O estágio decorrente da formação referida no inciso lll, será
remunerado, na forma da lei.

Art. 194 – É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários organizarem-se


nos estabelecimentos de ensino através de associações, grêmios ou outras formas.
Parágrafo único – Será responsabilizada a autoridade educacional que
embarcar ou impedir a organização ou o funcionamento das entidades referidas nesse
artigo.
Art. 195 – As escolas públicas municipais contarão com Conselhos Escolares,
constituídos pela direção da escola e representantes dos segmentos da comunidade escolar,
na forma da lei.
Art. 196 – Os estabelecimentos públicos municipais de ensino estarão à disposição
da comunidade, através de programações organizadas em comum.
Art. 197 – É responsabilidade do Poder Público a garantia de educação especial para
os deficientes, em qualquer idade, bem como aos superdotados, nas modalidades que lhes
forem adequadas.
Art. 198 – O Poder Público garantirá, com recursos específicos que não os
destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino, o atendimento em creches e pré-
escolas às crianças de zero a seis anos de idade.
Art. 199 – Todo estabelecimento educacional da zona urbana terá atendimento
completo do ensino fundamental.
Art. 200 – O Município, em cooperação com o estado, desenvolverá programas que
assegurem recursos financeiros indispensáveis para garantir o acesso de todos os alunos à
escola, através de transporte escolar.
Art. 201 – O Município, nos termos da lei, organizará o Conselho Municipal de
Educação.
SEÇÃO ll
DA CULTURA

Art. 202 – O Município estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações,


apoiando-a, incentivando-a, valorizando-a e difundindo-a.
Art. 203 – O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e
protegerá o patrimônio cultural, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento
e desapropriação, e de todas as formas de acautelamento e preservação.

SEÇÃO lll
DO ESPORTE E DO LAZER

Art. 204 – É dever do Município fomentar práticas desportivas, com direito de cada
um, observados:
l- a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto à sua
organização e funcionamento;
ll- a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto
educacional;
lll- o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não-profissional.
Art. 205 – O Município priorizará a construção de parques, áreas de lazer e
recreação em bairros populares ou em locais que sejam acessíveis à população de baixa
renda.
Art. 206 – É dever do Município fomentar e amparar o desporto, o lazer e recreação,
como direito de todos, observados:
l- a promoção prioritária do desporto educacional, em termos de recursos humanos,
financeiros e materiais em suas atividades meio e fim;
ll- a dotação de instalações esportivas e recreativas para as instituições escolares
públicas;
lll- a garantia de condições para a prática de educação física e do esporte ao
deficiente físico, sensorial e mental, como forma de lazer.

CAPÍTULO Vl
DA SAÚDE

Art. 207 – Cabe ao Município definir uma política de saúde e de saneamento básico,
integrada com os programas da União e do Estado, com o objetivo de preservar a saúde
individual e coletiva.
Parágrafo Primeiro – Os recursos repassados pelo Estado e destinados à
saúde não poderão ser utilizados em outras áreas.
Parágrafo Segundo – O Município não destinará recursos públicos, sob
forma de auxílio ou subvenção, a entidades privadas com fins lucrativos.
Parágrafo Terceiro – Uma das metas prioritárias do Poder Público é a saúde
preventiva, com destaque e incentivo à difusão dos recursos medicinais naturais.
Art. 208 – É assegurada a participação, com poder decisório, de entidades
populares, na formulação, gestão, controle e fiscalização das políticas de saúde.
Art. 209 – O Município definirá formas de participação na política de combate ao
uso de drogas, objetivando a educação preventiva e a assistência e recuperação dos
dependentes.

CAPÍTULO Vll
DO MEIO AMBIENTE

Art. 210 – Compete ao Município, através de seus órgãos administrativos e com


participação e colaboração da comunidade, por suas entidades representativas:
l- proteger, preservar e recuperar o meio ambiente nas suas mais variadas formas;
ll- preservar as florestas, a fauna e a flora, a paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos;
lll- registrar, acompanhar e fiscalizar concessões de direito de pesquisa e exploração
de recursos hídricos e minerais em seu território;
lV- promover a ecologia como ciência e divulga-la nos meios de comunicação,
assim como na rede escolar, fazendo trabalho de esclarecimento e conscientização pública;
V- executar, com a colaboração da União, do Estado e de outros órgãos e
instituições, programas de recuperação do solo, de reflorestamento e de aproveitamento dos
recursos hídricos;
Vl- exercer o poder de polícia administrativa na vigilância e fiscalização da
preservação do meio ambiente, dispondo, através de lei, das penalidades por infrações ou
danos à comunidade e à natureza.
Art. 211 – Para licitação ou aprovação de qualquer obra ou atividade pública ou
privada potencialmente causadora de risco à saúde e ao bem-estar da população, bem como
aos recursos naturais, é obrigatória a realização de estudo de impacto ambiental e de
audiências públicas, competindo à comunidade requerer o plebiscito, conforme
estabelecido em lei.
Art. 212 – O Poder Público Municipal deverá dar adequado tratamento e destino
final aos resíduos sólidos e aos efluentes dos esgotos de origem doméstica, exigindo o
mesmo procedimento aos responsáveis pela produção de resíduos sólidos e efluentes
industriais e tóxicos.
Art. 213 – O lixo hospitalar, resíduos tóxicos de estabelecimentos congêneres,
capazes de gerar contaminação e risco à saúde pública, deverão obedecer rigorosamente as
disposições expressas em leis Federal e Estadual e desta Lei Orgânica.

ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1o – O Prefeito Municipal e os membros da Câmara Municipal prestarão o


compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgânica do Município, no ato e na data
de sua promulgação.
Art. 2o – São considerados estáveis os servidores públicos municipais, cujo ingresso
não seja conseqüente de concurso público e que, na data da promulgação da Constituição
Federal, completaram pelo menos, cinco anos continuados de exercício de função pública
municipal.
Parágrafo Primeiro – O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será
contado como título quando se submeterem a concurso público, para fins de efetivação, na
forma da lei.
Parágrafo Segundo – Executados os servidores admitidos a outro título, não se
aplica o disposto neste artigo aos nomeados para cargos em comissão ou admitidos para
funções de confiança, nem aos que a lei declara de livre exoneração.

Art. 3o – Dentro de 30 (trinta) dias proceder-se-á a revisão dos direitos dos


servidores públicos municipais inativos e pensionistas e a atualização dos proventos e
pensões a eles devidos, a fim de ajusta-los aos disposto nesta lei. Dentro do mesmo
período, inclua-se também, a correção das disparidades na classe dos Diretores do
Município, prejudicados na última reclassificação de cargos.
Art. 4o – O Executivo, no prazo de 01 (um) ano, deverá encaminhar à Câmara,
projetos de lei regulamentado a compatibilização dos servidores públicos municipais ao
Regime Jurídico Único, Código de Obras, Posturas, Tributário e Fiscal, Lei do Plano
Diretor, estatuto dos Funcionários Públicos, Código Municipal de Prevenção Contra
Incêndios e Plano de Carreira do Magistério.
Art. 5o – O Poder Executivo reavaliará todos os benefícios e incentivos fiscais de
natureza setorial, ora em vigor, propondo ao Poder Legislativo as medidas cabíveis.
Parágrafo único – Considerar-se-á revogados, a partir da promulgação do
Código Tributário e Fiscal, os benefícios e incentivos que não forem confirmados no
''caput'' desse artigo.
Parágrafo Segundo – A revogação não prejudicará os direitos adquiridos, até
aquela data, de incentivos concedidos sob condição e prazo.
Art. 6o – O Poder Público Municipal, 90 (noventa) dias após a promulgação da Lei
Orgânica, deverá concluir levantamento completo sobre:
l- débitos e créditos do Município, na Administração direta e indireta;
ll- pendências ou montantes e formas de negociações e contratos e inclusive data de
transação, origem e forma de aplicação dos recursos;
Parágrafo único – Os dados provenientes desse levantamento serão divulgados
amplamente e colocados à disposição de qualquer cidadão que poderá, inclusive, solicitar
os esclarecimentos necessários, ficando o Poder Público Municipal na obrigação de
fornece-las.

Art. 7o – Declarada Inconstitucionalidade.

Art. 8o – Até o dia 18 (dezoito) de agosto de 1990, será definido por Lei
Complementar o Hino Oficial do Município de Cruz Alta.
Art. 9o – No prazo de 10 (dez) meses, a contar da promulgação desta Lei, o
Executivo enviará projeto de lei à Câmara Municipal, propondo a divisão territorial do
Município em regiões administrativas e distritos.
Art. 10 – No prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias da data da promulgação
desta Lei Orgânica, o Município instituirá o seu Órgão Oficial, consoante ao artigo 104
(cento e quatro), desta Lei Orgânica.
Art. 11 – No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da promulgação desta Lei,
o Executivo enviará projeto de lei à Câmara Municipal, propondo a criação dos Conselhos
Municipais, disciplinando-os.
Art. 12 – O Executivo Municipal enviará projeto de lei à Câmara Municipal
propondo a criação do Fundo de Desenvolvimento Industrial até a data de 31 (trinta e um)
de dezembro de 1990.
Art. 13 – O Executivo Municipal, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da
promulgação desta, regulamentará o disposto no artigo 11 (onze) desta Lei.
Art. 14 – O Município, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da
promulgação desta Lei, deverá fazer o levantamento geral de seu patrimônio, mediante
inventário analítico, publicando o resultado.
Art. 15 – A remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários dividida em
vencimentos e representação, obedecerá os seguintes limites:
a)60% (sessenta) a títulos de vencimento;
b)40% (quarenta) a título de representação.
Art. 16 – Ficam extintas todas as funções gratificadas, instituídas por lei.
Parágrafo único- O Poder Executivo terá o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da
promulgação desta Lei Orgânica, para regulamentar e disciplinar as novas funções
gratificadas.
Art. 17 – Está a pessoa deficiente física a gratuidade do Transporte Coletivo do
Município.
Art. 18 – Extingüa-se o cargo de Consultor Jurídico da Câmara de Vereadores.
Art. 19 – Dentro de 6 (seis) meses o Município lançará programa de promoção e
conscientização comunitária visando preservar a bacia do Lajeado da Cruz.
Art. 20 – O mandato de primeira Mesa, após esta Lei Orgânica, findará em 31
(trinta e um) de dezembro de 1990.
Art. 21 – A eleição dar-se-á após promulgação da Lei Orgânica.
Art. 22 – Esta Lei Orgânica, votada e aprovada pela Câmara Constituinte Municipal,
nos termos da Constituição Federal, após assinada pelo Vereadores presentes, entra em
vigor na data de sua publicação.
ALTERAÇÕES DA LEI ORGÂNICA
DO MUNICÍPIO DE CRUZ ALTA

ÍNDICE

LEI MUNICIPAL No. 791/90..............................................................................................02


EMENDA À LEI ORGÂNICA No. 2..................................................................................03
EMENDA Á LEI ORGÂNICA No. 1..................................................................................04
RESOLUÇÃO No. 758/94....................................................................................................05
EMENDA À LEI ORGÂNICA No. 003/95.........................................................................06
EMENDA À LEI ORGÂNICA No. 019/99.........................................................................07
EMENDA À LEI ORGÂNICA No. 014/98.........................................................................08

PREFEITURA MUNICIPAL DE CRUZ ALTA


SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO

LEI MUNICIPAL No. 791/90


DE 11 de dezembro de 1990.

REGULAMENTA O ART. 148 DA LEI ORGÂNICA


DO MUNICÍPIO QUE ISENTA PROPRIETÁRIOS
DE BAIXA RENDA, DO PAGAMENTO DO IPTU E
DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O Sr. FÚLVIO BERWANGER, Prefeito Municipal de Cruz Alta, RS
Faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga
A seguinte Lei que naquela Casa como Projeto de Lei tomou o no. 2204/90.

Art. 1o – Fica concedida isenção do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano –


IPTU – ao contribuinte que comprovar os seguintes requisitos:
l- seja proprietário de um (1) só imóvel;
ll- que este imóvel se destine exclusivamente à sua moradia;
lll- perceba como renda familiar, até (02) dois salários-mínimos;
lV- que o valor do imóvel não ultrapasse 7.919.000 OBBTNS ou outro índice que vier a
ser estabelecido pelo Governo Federal;
V- que o imóvel seja constituído de 01 (um) único terreno de até 360,00 m2.

Art. 2o – A isenção será concedida por apenas um período fiscal devendo ser renovada
anualmente.
Art. 3o – Revogadas as disposições em contrário, esta lei entra em vigor, na data de sua
publicação.
GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE CRUZ ALTA/RS, em 11 de dezembro de
1990.

FÚLVIO BERWANGER

Prefeito Municipal

Registre-se:
I.C.V.

Honorábile Reck Roberto

Secretaria da Administração

Estado do Rio Grande do Sul


CÂMARA MUNICIPAL DE CRUZ ALTA

EMENDA À LEI ORGÂNICA No. 2

Altera o inciso Vll, do artigo 55; parágrafo único do inciso lV, do artigo 95 e artigo 15
do Ato das Disposições Transitórias da Lei Orgânica do Município de Cruz Alta e dá outras
providências.

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cruz Alta, Estado do Rio Grande do Sul, faz
saber que esta aprovou nas sessões realizadas em 30 de junho de 1994 e 04 de agosto de
1994 e ela promulga a seguinte Emenda à Lei Orgânica:

Art. 1o – O inciso Vll, do artigo 55; o parágrafo único do inciso lV do artigo 95 e o


artigo 15 do Ato das Disposições Transitórias da Lei Orgânica do Município de Cruz Alta,
passam a ter a seguinte redação:
Art. 55 - ...
''Vll- Fixar a remuneração dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito, em cada
legislatura para a subseqüente, em data anterior às eleições, observando o que dispõe a
Constituição Federal''.
Art. 95 - .....
lV - .....
''Parágrafo único: Compete, também ao Prefeito fixar os vencimentos e verbas de
representação de todos os titulares de cargos ou funções de confiança ou comissão, acima
referidos''.
ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
''Art. 15 – A remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito divida em vencimentos e
representação, obedecerá os seguintes limites:''

Art. 2o – Os efeitos desta Emenda à Lei Orgânica entram em vigor na data de sua
promulgação.
Art. 3o – Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete da Presidência, 04 de agosto de 1994.

Vereador SERGIO MALHEIROS – Presidente


Vereador PEDRO PERSEVERANO – 1o Secretário
Vereador ADALBERTO SOUZA – 2o Secretário
Proc. 17.480/94

Estado do Rio Grande do Sul


CÂMARA MUNICIPAL DE CRUZ ALTA

EMENDA À LEI ORGÂNICA No. 1

Altera e dá nova redação ao parágrafo primeiro do artigo 104, da Lei Orgânica do


Município de Cruz Alta e dá outras providências.

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cruz Alta, Estado do Rio Grande do Sul, faz
saber que esta aprovou nas sessões realizadas em 26 de maio de 1994 e 09 de junho de
1994 e ela promulga a seguinte Emenda à Lei Orgânica:

Art. 1o – O parágrafo primeiro do artigo 104, da Lei Orgânica do Município de Cruz Alta,
passa a ter a seguinte redação:
Parágrafo Primeiro – A publicação das leis e Atos municipais, pelo órgão oficial do
Município, poderá ser resumida, devendo, neste caso, o Poder Executivo fixar o texto
integral no átrio de entrada do prédio da Prefeitura e informar, na publicação o local da
fixação do mesmo.

Art. 2o – Os efeitos desta Emenda à Lei Orgânica entram em vigor na data de sua
promulgação.

Art. 3o – Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete da Presidência, 09 de junho de 1994

Vereador SERGIO MALHEIROS – Presidente


Vereador PEDRO PERSEVERANO – 1o Secretário
Vereador ADALBERTO SOUZA – 2o Secretário

Ref. Proc. 17644/94


Estado Do Rio Grande Do Sul
CÂMARA MUNICIPAL DE CRUZ ALTA

RESOLUÇÃO No. 758/94

Altera e dá nova redação ao parágrafo primeiro do artigo 104, da Lei Orgânica do


Município de Cruz Alta e dá outras providências.

A mesa diretora da Câmara Municipal de Cruz Alta, Estado do Rio Grande do Sul, faz
saber que esta aprovou na sessão realizada em 09 de junho de 1994 e ela promulga a
seguinte Resolução:

Art. 1o – O parágrafo primeiro, do artigo 104, da Lei Orgânica do Município de Cruz Alta,
passa a ter a seguinte redação:
Parágrafo Primeiro – A publicação das Leis e Atos municipais, pelo órgão Oficial do
Município, poderá ser resumida, devendo, neste caso, o Poder Executivo fixar o texto
integral no atrito de entrada do prédio da Prefeitura e informar, na publicação, o local de
fixação do mesmo.
Art. 2o – Os efeitos desta Resolução entra em vigor na data de sua promulgação.
Art. 3o – Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete da Presidência, 09 de junho de 1994.

Vereador SERGIO MALHEIROS – Presidente


Vereador PEDRO PERSEVERANO – 1o Secretário
Vereador ADALBERTO SOUZA – 2o Secretário

Ref. Proc. 17570/90

Estado do Rio Grande do Sul


CÂMARA MUNICIPAL DE CRUZ ALTA

EMENDA À LEI ORGÂNICA No. 003/95

Altera e dá nova redação ao inciso XXlX, do artigo 13 da


Lei Orgânica Municipal e dá outras providências.

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cruz Alta, Estado do Rio Grande do Sul, faz
saber que esta aprovou na sessão realizada em 20 de abril de 1995 e ela promulga a
seguinte emenda a Lei Orgânica:

Art. 1o – O inciso XXlX, do artigo 13, da Lei Orgânica Municipal, passa a vigorar com a
seguinte redação:
''XXlX – Dispor sobre a administração do cemitério público municipal, facultado o
regime de concessão ou permissão de outros, observado o procedimento licitatório, os quais
terão duração secular''.
Art. 2o – Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 3o – Esta Emenda entra em vigor na data de sua promulgação.

Gabinete da Presidência, 24 de abril de 1995.

Vereador PEDRO LUIZ HAAG DOS SANTOS – Presidente


Vereador ROBERTO AGUIAR – 1o Secretário
Vereador PAULO MACAGNAN – 2o Secretário
Ref. Proc. 17994/95

Estado do Rio Grande do Sul


CÂMARA MUNICIPAL DE CRUZ ALTA

EMENDA À LEI ORGÂNICA No. 019/99

Altera e dá nova redação ao inciso XXVll do artigo 55 da


Lei Orgânica Municipal e dá outras providências.

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cruz Alta, Estado do Rio Grande do Sul, faz
saber que esta aprovou na sessões realizadas em 08 de abril e 06 de maio de 1999 e ela
promulga a seguinte Emenda à Lei Orgânica:

Art. 1o –Fica alterado o inciso XXVll do artigo 55 da Lei Orgânica Municipal que passa a
ter a seguinte redação:
''XXVll – conceder, anualmente, mediante proposta encaminhada por um terço e
votada favoravelmente por maioria absoluta de seus membros, votação secreta, até 4
(quatro) Títulos de Cidadão Cruz-altense ou de Cidadão Honorário ou, ainda, conferir
homenagem, em vida ou póstuma, a pessoa que:''
A)...
B)...
C)...
Art. 2o – Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3o – Revogam-se as disposições em contrário.

Sala das Sessões, 08 de abril de 1999.

Vereador CARLOS DE SOUZA RABELLO


Presidente

Vereador CARLINHOS DE SOUZA


1o Secretário

Vereador ANTONIO A. S. DA SILVA


2o Secretário

Ref. Proc. No. 20.167/99


Estado do Rio Grande do Sul
CÂMARA MUNICIPAL DE CRUZ ALTA

EMENDA À LEI ORGÂNICA No. 014/98

Acrescenta Parágrafos ao Artigo 3o do Ato das Disposições Transitórias da Lei Orgânica do


Município de Cruz Alta e dá outras providências.

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cruz Alta, Estado do Rio Grande do Sul, faz
saber que aprovou nas sessões realizadas em 29 de outubro e 05 de novembro de 1998, e
ela promulga a seguinte Emenda à Lei Orgânica:

Art. 1o – Ficam acrescentados os seguintes parágrafos ao artigo 3o do Ato das Disposições


Transitórias da Lei Orgânica do Município de Cruz Alta:
''1o – Os Servidores Públicos inativos do Poder Legislativo Municipal, terão os seus
proventos pagos diretamente pelo erário municipal, dentro das dotações orçamentárias e
provisões financeiras do Poder Executivo Municipal, destinado ao pagamento dos inativos.''
''2o – Aplica-se-lhe o mesmo regramento normativo àquelas contribuições
previdenciárias dos servidores referidos no Parágrafo anterior que por ventura existam ou
venham a ser instituídas no âmbito da municipalidade.''
Art. 2o – Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 05 de novembro de 1998.

Vereador ANTÔNIO AUGUSTO SAMPAIO DA SILVA


Presidente

Vereador CARLOS DE SOUZA RABELLO


1o Secretário

Vereador ÉLIO MELVIN JONES DO AMARAL


2o Secretário
SUMÁRIO

TÍTULO l
Da Organização Municipal
CAPÍTULO l
Disposições Preliminares – 9
CAPÍTULO ll
Dos Bens Municipais – 10
CAPÍTULO lll
Da Competência do Município – 11
SEÇÃO l
Da Competência Privativa – 11
SEÇÃO ll
Da Competência Comum –12
SEÇÃO lll
Da Competência Suplementar – 15

TÍTULO lV
Das Vedações – 15
CAPÍTULO V
Da Administração Financeira –
SEÇÃO l
Princípios Gerais – 15
SEÇÃO ll
Dos Impostos Municipais – 16
SEÇÃO lll
Das Receitas Tributárias Repartidas – 16
SEÇÃO lV
Das Limitações do Poder de Tributar
SEÇÃO V
Das Normas Gerais das Finanças Públicas – 18
CAPÍTULO Vl
Da Soberania e Participação Popular – 18

TÍTULO ll
Da Organização dos Poderes
CAPÍTULO l
Do Poder Legislativo – 19
SEÇÃO l
Disposições Gerais – 19
SEÇÃO ll
Dos Vereadores – 20
SEÇÃO lll
Da Posse – 22
SEÇÃO lV
Da Eleição da Mesa
SEÇÃO V
Das Atribuições da Mesa – 23
SEÇÃO Vl
Do Presidente da Câmara Municipal
SEÇÀO Vll
Das Sessões – 25
SEÇÃO Vlll
Das Comissões – 26
SEÇÃO lX
Das Atribuições da Câmara – 27
SEÇÃO X
Da Comissão Representativa – 31
SEÇÃO Xl
Do Exame Público das Contas Municipais – 32
SEÇÃO Xll
Das Leis e do Processo Legislativo – 32
SEÇÃO Xlll
Dos Orçamentos
SEÇÃO XlV
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária – 32

CAPÍTULO ll
Do Poder Executivo
SEÇÃO l
Do Prefeito e Vice-Prefeito – 38
SEÇÃO ll
Condições de Elegibilidade – 39
SEÇÃO lll
Das Atribuições do Prefeito – 39
SEÇÃO lV
Das Responsabilidades do Prefeito – 42
SEÇÃO V
Dos Secretários e Diretores de Autarquias do Município – 42
SEÇÃO Vl
Dos Sub-Prefeitos – 43
SEÇÃO Vll
Dos Atos Municipais – 43
SEÇÃO Vlll
Das Proibições – 45
SEÇÃO X
Das Informações, do Direito de Petição e das Certidões – 46
SEÇÃO Xl
Da Segurança Pública – 46
CAPÍTULO lll
Dos Distritos
SEÇÃO l
Da Formação dos Distritos – 46
Da Criação de Distritos – 47
CAPÍTULO lV
SEÇÃO lll
Da Transição Administrativa – 47
CAPÍTULO V
Dos Servidores Municipais
SEÇÃO l
Das Disposições Gerais – 48
SEÇÃO ll
Dos Servidores Públicos Municipais – 49
CAPÍTULO Vl
Dos Conselhos – 54

TÍTULO lll
Da Ordem Econômica
CAPÍTULO l
Da Política de Desenvolvimento Municipal – 54
CAPÍTULO ll
Da Política Urbana – 55
CAPÍTULO lll
Das Obras e Serviços Públicos – 56
CAPÍTULO lV
Do Turismo – 59
CAPÍTULO V
Da Defesa do Consumidor – 59
CAPÍTULO Vl
Da Habitação – 59
CAPÍTULO Vll
Da Política Agrícola e Fundiária – 60

TÍTULO lV
Da Ordem Social
CAPÍTULO l
Disposição Geral – 61
CAPÍTULO ll
Da Seguridade Social – 61
CAPÍTULO lll
Da Assistência Social – 61
CAPÍTULO lV
Da Família – 61
CAPÍTULO V
Da Educação, da Cultura e do Desporto – 62
SEÇÃO l
Da Educação – 62
SEÇÃO ll
Da Cultura – 65
SEÇÃO lll
Do Esporte e do Lazer – 66
CAPÍTULO Vl
Saúde – 66
CAPÍTULO Vll
Meio Ambiente – 67

ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS - 68

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