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Art. 1º O Município de Alvorada, parte integrante da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul,
organiza-se autônomo em tudo que respeite a lei local, regendo-se por esta Lei Orgânica e demais Leis que adotar,
respeitados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual.
Parágrafo único.Todo poder emana do Povo, que o exerce por meio de seus representantes, ou diretamente, nos
termos previsto nas Constituições Federal, Estadual e nesta Lei Orgânica.
Art. 3º É mantido o atual território do Município cujos limites só podem ser alterados nos termos da Legislação
Estadual.
Parágrafo único. A sede do Município dá-lhe o nome e tem categoria de cidade.
Art. 4º São símbolos do Município de Alvorada: a bandeira, o brasão e outros estabelecidos em lei.
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA
Art. 8º O Município pode celebrar convênios com a União, Estado e Municípios, mediante autorização da Câmara
Municipal, para execução de suas leis, serviços e decisões, bem como para executar encargos análogos dessas
esferas. (ADIN tornou o artigo parcialmente sem efeito)
§ 1º Os convênios podem visar à realização de obras ou à exploração de serviços públicos de interesse comum;
§ 2º Pode, ainda, o Município, através de convênios ou consórcios com outros Municípios, criar entidades
intermunicipais para a realização de obras, atividades ou serviços específicos de interesse comum, devendo os
mesmos serem aprovados por lei dos Municípios que deles participem.
Art. 9º Compete, ainda, ao Município, concorrentemente com a União ou o Estado, ou supletivamente a eles:
I - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento
básico;
II - zelar pela saúde, higiene, segurança e assistência públicas;
III - estimular o melhor aproveitamento da terra, bem como as defesas contra as formas de exaustão do solo;
IV - abrir e conservar estradas e caminhos e determinar a execução de serviços públicos;
V - promover a defesa sanitária vegetal e animal, a extinção de insetos e pragas nocivas ao homem e ao meio
ambiente;
VI - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens notáveis e os sítios arqueológicos;
VII - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte ou outros bens de valor histórico, artístico
ou cultural;
VIII - amparar a maternidade, a infância, a velhice e os desvalidos coordenando e orientando os serviços no âmbito
do Município;
IX - estimular a educação e a prática desportiva;
X - proteger a juventude contra toda a exploração, bem como contra os fatores que possam conduzi-la ao abandono
físico, moral e intelectual;
XI - tomar as medidas necessárias para restringir a mortalidade e a morbidez infantis, bem como medidas que
impeçam a propagação de doenças transmissíveis;
XII - incentivar o comércio, a indústria, a agricultura, o turismo e outras atividades que visem o desenvolvimento
econômico;
XIII - fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte dos gêneros alimentícios destinados ao
abastecimento público;
XIV - regulamentar e exercer outras atribuições não vedadas pelas Constituições Federal e Estadual.
Art. 11. O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal, composta por 17 (dezessete) vereadores,
representantes do povo, eleitos no município em pleito direto e secreto, funcionado de acordo com seu Regimento.
(NR) (redação dada pela Emenda nº 001, de 14.12.2010).
Art. 12. A Câmara Municipal de Vereadores reúne-se, independentemente de convocação, no dia 1º de março de cada
ano para abertura da sessão legislativa, funcionando ordinariamente até 15 de julho e de 1º de agosto até 20 de
dezembro. (NR) (redação estabelecida pelo art. 1º da Emenda nº 001, de 27.06.2013)
Art. 13. No primeiro ano de cada legislatura , cuja a duração coincidirá com a do mandato dos Vereadores, a Câmara
reúne-se no dia 1o de janeiro para dar posses aos Vereadores, Prefeitos e Vice-Prefeito, bem como para eleger sua
Mesa, a Comissão Representativa e as Comissões Permanentes, além das Lideranças de Bancada, en-trando após,
em recesso.
Parágrafo único. No término de cada sessão Legislativa Ordinária, exceto a última da legislatura, são eleitas as
Mesa e as Comissões para sessão subseqüente.
Art. 14. A convocação extraordinária da Câmara cabe ao seu Presidente, a um terço de seus membros, à Comissão
Representativa ou ao Prefeito.
§ 1º Nas sessões legislativas extraordinárias a Câmara somente pode deliberar sobre a matéria da convocação.
§ 2º Para as reuniões extraordinárias a convocação dos Vereadores será pessoal.
Art. 15. Na composição da Mesa e das Comissões será assegurada tanto quanto possível, apresentação proporcional
dos partidos.
Art. 16. A Câmara Municipal funciona com a presença, no mínimo da maioria absoluta de seus membros e as
deliberações são tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica e no
Regimento Interno.
§ 1º Quando se tratar de votação de Leis Complementares, o número mínimo prescrito é de dois terços de seus
membros.
§ 2º O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate, quando a matéria exigir a presença de dois
terços e nas votações secretas.
Art. 17. No grande expediente das sessões Plenárias Ordinárias será reservado um espaço e tempo para
pronunciamentos populares, através de entidade legitimamente constituída, a ser disciplinado por Resolução.
Art. 19. A prestação de contas do Município, referente à gestão financeira de cada exercício, será encaminhada ao
Tribunal de Contas do Estado até 31 de março do ano seguinte.
Parágrafo único. As contas do Município ficarão à disposição de qualquer contribuinte, a partir da data da remessa
das mesma ao Tribunal de Contas do Estado, pelo prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 20. Anualmente, dentro de noventa (90) dias do início da sessão legislativa, a Câmara receberá o Prefeito, em
sessão especial, que informará, através de relatório, o estado em que se encontram os assuntos municipais.
Parágrafo único. Sempre que o prefeito manifestar propósito de expor assuntos de interesse público, a Câmara o
receberá em sessão previamente designada.
Art. 21 - A Câmara Municipal, a requerimento por maioria de seus membros, pode convocar Secretários Municipais,
titulares de autarquias ou de instituições de que participe o Município, para comparecerem a fim de prestar informações
sobre assunto previamente designado constante da convocação.
§ 1º A falta de comparecimento do Secretário Municipal ou titular equivalente, sem justificativa razoável, será
considerada desacato à Câmara, importando crime de responsabilidade a recusa ou o não comparecimento no prazo
de trinta (30) dias, bem como a prestação de informação falsa. Se o secretário ou titular for Vereador licenciado, o não
comparecimento nas condições mencionadas caracterizará procedimento incompatível com a dignidade da Câmara,
para instauração do respectivo inquérito na forma da Lei Federal, e conseqüente cassação de mandato.
§ 2º Três (03) dias úteis antes do comparecimento, deverá ser enviada à Câmara, exposição em torno das
informações solicitadas.
§ 3º Independentemente de convocação, quando o Secretário ou titular desejarem prestar esclarecimento ou solicitar
providências legislativas a qualquer comissão, esta designará dia e hora para ouvi-lo.
Art. 22. A Câmara pode criar Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o fato determinado, nos termos do Regimento
Interno, a requerimento de, no mínimo, um terço de seus membros.
Art. 23. Aplicam-se aos Vereadores eleitos na forma da Lei, as regras da Constituição Federal sobre inviolabilidade,
imunidade, perda de mandato, licença e impedimento.
Art. 26. O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal ou Diretoria equivalente não perde o mandato, deste
que se afaste do exercício de vereança.
Art. 27. Nos casos do artigo anterior e nos de licença legítimo impedimento e vaga por morte ou renúncia, o Vereador
será substituído pelo suplente, convocado nos termos da Lei.
Art. 29. A remuneração dos Vereadores será fixada antes do pleito de cada legislatura.
Parágrafo único. Se a remuneração não for fixada no prazo previsto no "caput" deste artigo, o valor da mesma
corresponderá à remuneração da legislatura anterior, corrigida monetariamente.
Art. 32. A comissão representativa funciona no recesso da Câmara, constituída por, no mínimo, um terço (1/3) dos
Vereadores, e tem suas atribuições previstas no Regimento Interno ou no ato que resultar sua criação.
Art. 35. Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta será discutida e votada em duas sessões dentro de
sessenta (60) dias, a contar de sua apresentação ou recebimento, e ter-se-á por aprovada quando obtiver, em ambas
as votações, dois terços dos votos dos membros da Câmara Municipal.
Art. 36. A Emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara e o respectivo número de ordem.
Art. 37. A iniciativa de Leis Municipais, salvo nos casos de competência exclusiva, cabe a qualquer Vereador, ao
Prefeito e ao eleitorado, que a exercerá em forma de moção articulada, subscrita, no mínimo, por cinco por cento (5%)
do eleitorado do Município.
Art. 38. As leis complementares somente serão aprovadas se obtiverem a maioria absoluta dos votos dos membros da
Câmara Municipal, observados os demais termos de votação das leis ordinárias.
Parágrafo único. Serão leis complementares, dentre de outras previstas nesta Lei Orgânica:
I - Código Tributário do Município;
II - Código de Obras;
III - Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado;
IV - Código de Posturas;
V - Lei instituidora do regime jurídico único dos servidores municipais;
VI - Lei Orgânica instituidora da guarda municipal;
VII - Lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos;
VIII - Referendo e plebiscito.
Art. 39. No início ou em qualquer fase da tramitação de projeto de lei de iniciativa exclusiva do Prefeito, este poderá
solicitar à Câmara Municipal que aprecie no prazo de quarenta e cinco (45) dias a contar do pedido, em regime de
urgência.
§ 1º Se a Câmara Municipal não se manifestar sobre o projeto, no prazo estabelecido no "caput" deste artigo, será
este incluído na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação sobre os demais assuntos, para que se ultime a votação
sob pena de responsabilidade.
§ 2º Os prazos deste artigo e seus parágrafos não correrão nos períodos de recesso da Câmara Municipal.
Art. 40. Esgotados os prazos regimentais das comissões, sem manifestação e a requerimento de vereador, os projetos
de lei, decorridos 30 (trinta) dias de seu recebimento, serão incluídos na Ordem do Dia, mesmo sem parecer.
Parágrafo único. O projeto somente poderá ser retirado da Ordem do Dia a requerimento do autor, aprovado pelo
plenário ou a pedido das Lideranças. (NR) (redação dada pela Emenda nº 001, de 24.11.1999)
Art. 41. O projeto de lei com parecer contrário de todas às Comissões é tido como rejeitado.
Art. 42. A matéria constante de projeto de lei rejeitado ou não sancionado, assim como a de proposta de emenda à Lei
Orgânica, rejeitada ou havida por prejudicada, somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.
Art. 43. Os projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal serão enviados ao Prefeito que, aquiescendo, os
sancionará.
§ 1º Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á,
total ou parcialmente, dentro de quinze (15) dias úteis, contados daquele em que recebeu, comunicando os motivos do
veto ao Presidente da Câmara, dentro de 48 horas.
§ 2º Vetado o projeto e devolvido à Câmara, será ele submetido, dentro de trinta (30) dias, contados da data de seu
recebimento, com ou sem parecer, à discussão única, considerando-se aprovado se, em votação secreta, obtiver o voto
favorável da maioria absoluta da Câmara, caso em que será promulgado e enviado ao Prefeito.
§ 3º O veto parcial somente abrangerá texto integral do artigo, parágrafo, inciso e alínea;
§ 4º O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo que trata o parágrafo primeiro, importa em sanção, cabendo ao
Presidente da Câmara promulgá-lo.
§ 5º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 2º, o veto será apreciado na forma do § 1º do art. 39.
§ 6º Não sendo a lei promulgada dentro de quarenta e oito (48) horas pelo Prefeito, nos casos dos §§ 2º e 4º deste
artigo, o Presidente da Câmara a promulgará em igual prazo.
Art. 44. Nos casos do art. 33, incisos V e VI, considerar-se-á com a votação da redação final, encerrada a elaboração
do Decreto e da Resolução, cabendo ao Presidente da Câmara a sua promulgação.
Art. 45. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos secretários do Município.
Art. 46. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na Sessão solene de instalação da Câmara Municipal, após a
posse dos Vereadores, e prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis e
administrar o Município, visando ao bem geral dos Munícipes.
Parágrafo único. Se o Prefeito ou Vice-Prefeito não tomar posse, decorridos dez (10) dias da data fixada, salvo
motivo de força maior, o cargo será declarado vago.
Art. 47. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e suceder-lhe-á no caso de vaga.
Parágrafo único. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da Chefia do Executivo Municipal o Presidente, o Vice-Presidente e o Io
Secretário da Câmara Municipal.
Art. 48. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa (90) dias depois de aberta a última
vaga.
Parágrafo único. Ocorrendo a vacância após cumpridos 3/4 (três quartos) do mandato do Prefeito, a eleição para
ambos os cargos será feita trinta (30) dias depois da última vaga, pela Câmara Municipal de Vereadores.
Art. 50. O Vice-Prefeito, além das atribuições que lhe são próprias, poderá exercer outras estabelecidas em lei.
Art. 51. Importam crimes de responsabilidades os atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito que atentem contra a
Constituição Federal, Constituição Estadual, a esta Lei Orgânica, e, especialmente, contra:
I - o livre exercício dos poderes constituídos;
II - o exercício dos direitos individuais, políticos e sociais;
III - a probidade na administração;
IV - a Lei Orçamentária;
V - o cumprimento das Leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. O processo e julgamento do Prefeito e do Vice-Prefeito, obedecerão, no que couber, ao disposto no
art. 86 da Constituição Federal e especialmente o disposto no Decreto nº 201, de 27 de fevereiro 1967.
Art. 52. Os Secretários do Município, de livre nomeação e demissão pelo Prefeito, são escolhidos dentre brasileiros,
maiores de 18 (dezoito) anos, no gozo dos direitos políticos e estão sujeitos, desde a posse, às mesmas
incompatibilidades e proibições estabelecidas para os Vereadores no que couber.
Art. 53. Além, das atribuições fixadas em Lei Ordinária, compete aos Secretários do Município:
I - orientar, coordenar e executar as atividades dos órgãos e entidades da administração municipal, na área de sua
competência;
II - referendar os atos e decretos do Prefeito e expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos
relativos aos assuntos de suas Secretarias;
III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por suas Secretarias;
IV - comparecer à Câmara Municipal nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
V - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem delegadas pelo Prefeito.
Parágrafo único. Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços autônomos serão atribuídos pelo
Secretário de Administração.
Art. 54. Aplica-se aos titulares de autarquias e de instituições de que participe o Município, o disposto nos artigos 51 e
52, no que couber.
Art. 56. A investidura em cargo público municipal, bem como a admissão de empresas na administração indireta e
empresas subsidiárias, dependerão de aprovação prévia em concurso público de provas e títulos, ressalvadas as
nomeações para cargos em comissão, na forma que a lei estabelecer.
§ 1º As provas deverão examinar, com rigor e caráter eliminatório, os conhecimentos específicos exigidos do
candidato para o exercício do cargo.
§ 2º Os pontos atribuídos aos títulos não poderão somar mais de vinte e cinco por cento do total dos pontos do
concurso.
Art. 57. Quando da realização de concurso público para a administração municipal, cinco por cento das vagas deverão
ser destinadas a deficientes físicos.
Art. 58. Através de Junta Médica, julgar-se-á a capacidade para a realização do trabalho destinado ou pretendido pelo
deficiente.
Art. 59. Antes do aproveitamento do candidato aprovado em concurso público anterior, não será admitido qualquer
outro de concurso posterior, para o mesmo cargo ou função pública.
Art. 60. É obrigatória a fixação de quadro de lotação mínima de cargos e funções, sem o que não será permitida a
nomeação de servidores.
Art. 61. Os cargos em comissão, criados por lei em número e com remuneração certos e com atribuições definidas de
chefia, assistência ou assessoramento, são de livre nomeação e exoneração, observados os requisitos gerais de
provimento.
§ 1º Os cargos em comissão não serão organizados em carreira.
§ 2º A lei poderá estabelecer, a par dos gerais, requisitos específicos de escolaridade, habilitação profissional, saúde
e outros para a investidura de cargo em comissão.
§ 3º Aos cargos em comissão são assegurados o disposto no art. 7º, IV, VI, VII, VIII e XVII da Constituição Federal.
§ 4º Fica vedada a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta do Município, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas. (NR) (redação dada pela Emenda à LOM nº 001, de 26.10.2017)
Art. 62. O município instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta da autarquias e das funções públicas.
§ 1º A lei assegurará, aos servidores da administração direta, isonomia de vencimentos para cargos de atribuições
iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo ressalvadas as
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
§ 2º Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII
e X Constituição Federal.
§ 3º Aplica-se na duração da jornada de trabalho, o disposto pelo art. 29 da Constituição Estadual.
Art. 63. São estáveis, após dois anos de exercício, os servidores nomeados por concurso. (Vide A Emenda
Constitucional nº 019/98, que estabeleceu que o prazo para o servidor alcançar a estabilidade é de 03 (três)
anos, após avaliação em estágio probatório)
Art. 64. Os servidores estáveis perderão o cargo em virtude de sentença judicial ou mediante processo administrativo,
em que lhe seja assegurada a ampla defesa.*
Parágrafo único. Invalidada, por sentença, a demissão, o servidor será reintegrado e quem lhe ocupava o lugar,
exonerado, ou se detinha outro cargo, a este reconduzido sem direito à indenização.
Art. 65. O tempo de serviço público federal, estadual ou de outros municípios é computado integralmente para efeitos
de aposentadoria e disponibilidade.
Art. 67. Lei Municipal regulamentará os direitos dos servidores do Município, especialmente:
I - gratificação por tempo de serviço;
II - licença-prêmio por quinqüênio; (NR) (redação dada pela Emenda nº 001, de 26.11.1997)
III - data-base unificada para todas as categorias de servidores;
IV - auxílio-creche, com recursos próprios ou conveniados, aos filhos dos servidores municipais.
Art. 68. O Município manterá entidade de previdência e assistência à saúde de seus servidores, própria ou conveniada
com as do Estado e União, mediante contribuições nos termos da lei.
Art. 69. O servidor será aposentado na forma definida na Constituição Federal e a concessão de pensão a seus
dependentes será regulada em lei específica.
Art. 70. O Município responderá pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, sendo
obrigatório o uso de ação regressiva contra o responsável nos casos de dolo ou culpa, na forma da Constituição
Federal.
Art. 71. É vedada, a quantos prestem serviços ao Município, atividade político-partidária nas horas e locais de trabalho.
Art. 74. A administração municipal é constituída dos órgãos integrados na estrutura administrativa da Prefeitura e de
entidades dotadas de personalidade jurídica própria.
§ 1º Os órgãos da administração direta que compõem a estrutura administrativa da Prefeitura se organizam e se
coordenam, atendendo aos princípios técnicos recomendáveis ao bom desempenho de suas atribuições.
§ 2º As entidades dotadas de personalidade jurídica própria, que compõem a Administração indireta do Município, se
classificam em:
I - autarquia o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizadas;
II - empresa pública a entidade de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio e capital do Município,
criada por lei, para exploração de atividade econômica que o Município seja levado a exercer, por força de contingência
ou conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito;
III - sociedade de economia mista entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei, para
exploração de atividades econômicas, sob forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em
sua maioria, ao Município ou à entidade da administração indireta;
IV - fundação pública a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada em virtude de
autorização legislativa, para desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgão ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e, funcionamento
custeado por recursos do Município e de outras fontes.
§ 3º A entidade de que trata o inciso IV do § 2º adquire personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de
sua constituição no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, não se lhe aplicando as demais disposições do Código Civil
concernentes as fundações.
Art. 75. A publicidade das leis e atos municipais far-se-á em órgão de imprensa local, e na falta deste, por afíxação na
sede da Prefeitura ou Câmara Municipal, conforme o caso. (Vide LM 869/1997)
§ 1º A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das leis e atos administrativos far-se-á através de licitação,
em que se levarão em conta não só as condições de preço, como as circunstâncias de preferência, horário, tiragem e
distribuição.
§ 2º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.
§ 3º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.
Art. 76 A Prefeitura e a Câmara Municipal são obrigadas a fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de quinze
(15) dias, certidões dos atos, contratos e decisões, desde que requeridas para fim de direito determinado, sob pena de
responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverão atender
as requisições judiciais se outro não for fixado pelo Juiz.
Parágrafo único. As certidões relativas ao Poder Executivo serão fornecidas pelo Secretário ou Diretor de
Administração da Prefeitura, exceto as declaratórias do efetivo exercício do Prefeito, que serão fornecidas pelo
Presidente da Câmara.
Art. 77. Cabe ao Prefeito a administração dos bens do Município, respeitada a competência da Câmara Municipal
quanto àqueles utilizados em seus serviços.
Art. 78. Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a identificação respectiva, numerando-se os móveis
segundo o que for estabelecido em regulamento, os quais ficarão sob a responsabilidade do chefe da Secretaria ou
Diretoria a que forem distribuídos.
Art. 80. A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será
sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência pública, dispensada esta nos casos de
doação e permuta;
II - quando móveis, dependerá apenas da concorrência pública, dispensada esta nos casos de doação, que será
permitida exclusiva, mente para fins assistenciais ou, quando houver interesse público relevante, justificado pelo
executivo.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no inciso II deste artigo para alienação de bens móveis cuja avaliação
ultrapasse a 50 URPs.
Art. 81. O Município, preferentemente à venda ou doação de seus bens móveis, outorgará a concessão de direito real
de uso, mediante prévia autorização legislativa e concorrência pública.
§ 1º A concorrência poderá ser dispensada, por lei, quando o uso se destinar à concessionária de serviço público, a
entidades assistenciais, ou quando houver relevante interesse público, devidamente justificado.
§ 2º A venda aos proprietários de imóveis lindeiros e áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis para
edificações, resultantes de obras públicas, dependerá apenas de prévia avaliação e autorização legislativa, dispensada
a licitação. As áreas resultantes de modificações de alinhamento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam
aproveitáveis ou não.
Art. 82. A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia autorização e avaliação legislativa.
Art. 83. É proibida a doação ou venda de qualquer fração dos parques, praças, jardins ou largos públicos, salvo
concessão de uso de pequenos espaços destinados ao pequeno comércio.
Art. 84. O uso de bens municipais, por terceiros, só poderá ser feito mediante concessão, ou permissão a título precário
e por tempo terminado, conforme o interesse público o exigir.
§ 1º A concessão de uso de bens públicos, de uso especial e dominicais, dependerá de lei e concorrência e será feita
mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, ressalvada a hipótese do art. 81, desta Lei Orgânica.
§ 2º A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente poderá ser outorgada para finalidades
escolares, de assistência social ou turística, mediante autorização legislativa.
§ 3º A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita, a título precário, por ato unilateral
do Prefeito, através de decreto.
Art. 85. A utilização dos bens públicos de uso especial, como mercados, matadouros, estações, recintos de
espetáculos e campos de esporte, serão feitos na forma da lei e regulamentos respectivos.
Art. 86. Os Conselhos Municipais são órgãos governamentais que têm por finalidade auxiliar a administração na
orientação, planejamento, interpretação e julgamento de matéria de sua competência.
Parágrafo único. Os Conselhos poderão ser deliberativos mediante aprovação da Câmara Municipal. (NR) (redação
dada pela Emenda nº 002, de 20.11.1991).
Art. 87. A lei especificará as atribuições de cada Conselho, sua organização, composição, funcionamento, forma de
nomeação de titular e suplente e prazo de duração de mandato.
Art. 88 Os Conselhos Municipais são compostos por um numero ímpar de membros, observando, quando for o caso, a
representatividade da administração, das entidades públicas classistas e da sociedade civil organizada.
Art. 89. O sistema tributário no Município é regulado pelo disposto na Constituição Federal, na Constituição Estadual,
nesta Lei Orgânica e em leis complementares e ordinárias.
§ 1º O sistema tributário a que se refere o "caput" deste artigo compreende os seguintes tributos:
I - imposto sobre:
a) propriedade predial e territorial urbana;
b) transmissão "inter vivos", a qualquer título por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e
de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
c) venda a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel e gás liqüefeito de petróleo para uso
doméstico;
d) serviço de qualquer natureza, exceto os de competência estadual, definidos em lei complementar federal.
II - taxas;
III - contribuições de melhoria.
§ 2º O imposto previsto no inciso I, "a" do parágrafo anterior será progressivo, nos termos de lei municipal, de forma a
assegurar o cumprimento da função social da propriedade.
§ 3º Na cobrança de tributos municipais aplicam-se as regras contidas no art. 156 §§ 2º e 3º da Constituição Federal.
§ 4º É obrigatória a inscrição no Cadastro Fiscal de todos os bens imóveis localizados na zona urbana do Município,
constituindo-se em fator gerador dos impostos predial e territorial.
Art. 90. Pertence ainda ao Município a participação no produto da arrecadação dos impostos e taxas da União e do
Estado, previstos nas Constituições Federal e Estadual, e outros recursos que lhe sejam conferidos.
Art. 92. Na organização de sua economia, em cumprimento ao que estabelecem a Constituição Federal e a
Constituição Estadual, o Município zelará pelos seguintes princípios:
I - promoção de bem-estar do homem com fim essencial da produção e do desenvolvimento econômico;
II - valorização econômica e social do trabalho e do trabalhador, associada a uma política de expansão das
oportunidades de emprego e da humanização do processo social de produção, com a defesa dos interesses do povo;
III - democratização do acesso à propriedade dos meios de produção,
IV - planifícação do desenvolvimento, determinante para o setor público e indicativo para o setor privado;
V - integração e descentralização das opções públicas setoriais;
VI - condenação de atos de exploração do homem pelo homem e de exploração predatória da natureza,
considerando-se juridicamente ilícito e moralmente indefensável qualquer ganho individual ou social auferido com base
neles;
VII - integração das ações do Município com as da União e do Estado, no sentido de garantir a segurança social,
destinadas a tornar efetivos os direitos ao trabalho, educação, à cultura, ao desporto, ao lazer, à saúde, à habitação e
assistência social;
VIII - estímulo à participação da comunidade através de organizações representativas dela;
IX - preferência aos projetos de cunho comunitário nos financiamentos públicos e incentivos fiscais.
Art. 93. A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-á por meios previstos em lei, para orientar e
estimular a produção, corrigir distorções da atividade econômica e prevenir abusos do poder econômico.
Parágrafo único. No caso de ameaça ou efetiva paralisação de serviço ou atividade essencial, pode o Município
intervir, tendo em vista o direito da população ao serviço ou atividade, respeitada as legislações Federal e Estadual e os
direitos dos trabalhadores.
Art. 94. O Município combaterá a miséria, o analfabetismo, o desemprego, a propriedade improdutiva, a marginalização
do indivíduo, a economia predatória e todas as formas de degradação da condição humana.
Art. 95. Lei Municipal definirá normas de incentivos às formas associativas e cooperativas, as pequenas e micro
unidades econômicas e às empresas que estabelecerem participação dos trabalhadores nos lucros e na sua gestão.
Art. 96. O Município organizará sistemas e programas de prevenção e socorro nos casos de calamidade pública em
que a população tenha ameaçados seus recursos, meios de abastecimento e de sobrevivência.
Art. 97. Os planos de desenvolvimento econômico do Município terão o objetivo de promover a melhoria da qualidade
de vida da população, a distribuição eqüitativa da riqueza, o estímulo à permanência do homem no campo e o
desenvolvimento social e econômico sustentável.
Art. 98. Os investimentos do Município atenderão, em caráter prioritário as necessidades básicas da população, e
deverão estar compatibilizados com o plano de desenvolvimento econômico.
Art. 99. O Plano Plurianual do Município e seu orçamento anual contemplarão expressamente recursos destinados ao
desenvolvimento de uma política habitacional de interesse social, compatível com os programas estaduais desta área.
Art. 100. O Município, no desempenho de sua organização econômica, planejará e executará políticas voltadas para a
agricultura, o abastecimento e a industrialização, especialmente quanto:
I - ao desenvolvimento da propriedade em todas as suas potencialidades, e a partir da vocação e da capacidade do
uso do solo, levando em conta a proteção ao meio ambiente;
II - ao fomento à produção agropecuária e a de alimentos de consumo interno;
III - ao incentivo ao cooperativismo, ao sindicalismo e ao associativismo;
IV - à implantação de cinturões verdes;
V - ao estímulo à criação de centrais de compras para abastecimento de microempresas, microprodutores rurais e
empresas de pequeno porte, com vistas à diminuição de preço final das mercadorias e produtos na venda ao
consumidor;
VI - ao incentivo, à ampliação e à conservação da rede de estradas vicinais;
VII - à implantação de distritos industriais, criando incentivos que visem o favorecimento para a instalação de
indústrias que não acarretem danos ao meio ambiente.
Art. 101. O Município não pode fazer uso de estabelecimento gráfico, jornal, estação de rádio, televisão, serviço de
auto-falante ou qualquer outro meio de comunicação de sua propriedade, para propaganda político-partidária ou fins
estranhos à administração.
Art. 102. A receita e a despesa públicas obedecerão às seguintes leis de iniciativa do Poder Executivo:
I - do Plano Plurianual;
II - de diretrizes orçamentárias;
III - dos orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública municipal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta (30) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório da execução
orçamentária.
§ 4º Os planos e programas serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciadas pelo Poder
Legislativo Municipal.
§ 5º A lei orçamentária compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos poderes do Município, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal;
II - o orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo de efeito sobre as receitas e despesas,
decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira e tributária.
§ 7º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de créditos,
inclusive por antecipação de receita, nos termos da lei.
§ 8º A abertura de créditos suplementares, prevista no parágrafo anterior, não poderá ultrapassar trinta por cento
(30%) da receita prevista para o período.
Art. 103. Os recursos que, em decorrência de veto emenda ou rejeição de projeto de lei orçamentária anual, ficarem
sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia autorização legislativa.
Art. 106. A despesa com pessoal ativo e inativo não poderá exceder os limites estabelecidos em lei.
Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou
alterações de estrutura de carreira, bem como a demissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos
acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
Art. 107. A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e menor remuneração dos servidores públicos
municipais, observados, como limite máximo no Município, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo
Prefeito.
Art. 108. A contratação de pessoas, físicas ou jurídicas para a execução de serviços de cobrança de créditos do
Município junto a terceiros, depende de prévia autorização do Poder Legislativo Municipal.
Art. 109. As despesas com publicidade dos Poderes do Município deverão ser objeto de dotação orçamentária
específica.
Art. 110. Os projetos de lei sobre o plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais serão enviados pelo
Prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:
I - o projeto de lei do plano plurianual, até 30 de junho do primeiro ano do mandato do Prefeito; (NR) (inciso alterado
pela Emenda nº 001, de 30.03.2001)
II - o projeto das diretrizes orçamentárias, anualmente, até 30 de julho; (NR) (inciso alterado pela Emenda nº 002, de
26.06.2001)
III - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 15 de outubro de cada ano.
Art. 111. Os projetos de lei de que trata o artigo anterior, após a apreciação pelo Poder Legislativo, deverão ser
encaminhados para sanção nos seguintes prazos:
I - o projeto de lei do plano plurianual, até 15 de agosto do primeiro ano do mandato do Prefeito, e o projeto de lei das
diretrizes orçamentárias, até 15 de setembro de cada ano; (NR) (inciso alterado pela Emenda nº 001, de 30.03.2001)
II - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 15 de dezembro de cada ano. (NR) (inciso alterado pela Emenda nº
002, de 26.06.2001)
Parágrafo único. Não atendidos os prazos estabelecidos no presente artigo, os projetos nele previstos serão
promulgados como lei.
Art. 112. Caso o Prefeito não envie o projeto do orçamento anual no prazo legal, o Poder Legislativo adotará como
projeto de lei orçamentária a lei do orçamento em vigor, com a correção das respectivas rubricas pelos índices oficiais
da inflação verificadas nos doze (12) meses imediatamente anteriores a 15 de outubro.
Art. 113. A saúde é um direito de todos e dever do Poder Público, cabendo ao Município, supletivamente com a União e
o Estado, prover as condições indispensáveis à sua promoção, proteção e recuperação.
§ 1º O dever do Município de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais
que visem à eliminação de riscos de doenças e outros agravos, e no estabelecimento de condições especificas que
assegurem acesso universal às ações e serviços públicos de saúde.
§ 2º O dever do Município não exclui o inerente a cada pessoa, família e sociedade.
Art. 114. As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constitui o sistema único de
saúde no âmbito do Município, organizado de acordo com o mesmo.
Art. 115. O Poder Executivo deverá proporcionar à população todas as condições para o perfeito estabelecimento da
assistência preventiva.
Art. 116. Compete ao Município o controle do transporte, do armazenamento, do manuseio e destino final de produtos
tóxicos e radioativos, bem como de equipamentos que geram radiação ionizante ou utilizam material radioativo.
Art. 117. O saneamento básico é serviço essencial e atividade preventiva das ações de saúde e meio ambiente e tem
abrangência regional.
§ 1º É dever do Município a extensão progressiva do saneamento básico a toda a população urbana e rural, como
condição fundamental da qualidade de vida, proteção ambiental e do desenvolvimento social.
§ 2º A lei disporá sobre o controle da fiscalização, o processamento, a destinação do lixo e dos resíduos urbanos e
industriais.
Art. 120. O serviço público de água e esgoto é atribuição precípua do Município, constituindo-se em dever do mesmo
sua extensão progressiva a toda a população.
Art. 121. A conservação e proteção das águas superficiais e subterrâneas, será tarefa do Município em ação conjunta
com o Estado, devendo ser previsto no Plano Diretor do Município, zoneamento de áreas de preservação daqueles
mananciais utilizáveis para abastecimento às populações.
Parágrafo único. As águas subterrâneas, reservas estratégicas para desenvolvimento econômico e social e valioso
para o suprimento de águas às populações, deverão ter programa permanente de uso, de conservação e proteção
contra a poluição e super exploração.
Art. 122. A lei definirá a participação de entidades civis e outras na elaboração do plano municipal de saneamento.
Art. 123. O Município adotará a coleta seletiva e a reciclagem de materiais como forma de tratamento dos resíduos
sólidos domiciliares e de limpeza urbana, sendo que o material residual deverá ser acondicionado de maneira a
minimizar o impacto ambiental.
Art. 124. É vedada ao Município a destinação de resíduos sólidos urbanos em locais não apropriados para tal, sendo
estes definidos em lei.
Art. 125. O lixo hospitalar ou assemelhado é de responsabilidade de quem o produz, devendo ter tratamento
diferenciado.
§ 1º E de responsabilidade do Poder Público o recolhimento, destinação final e incineração, exceto quando o produtor
o fizer.
§ 2º É de responsabilidade do produtor a armazenagem, até a coleta, em material e local adequados.
Art. 126. Respeitados os critérios técnicos do órgão ambiental do Estado e legislação pertinente, serão proibidos os
depósitos de materiais orgânicos e inorgânicos de origem domiciliar e, principalmente, os de origem hospitalar, em
áreas próximas das zonas habitadas, no perímetro mínimo de um (01) quilômetro, defeso em todos os casos, o uso de
locais de solo permeável que permitam a infiltração dos chorumes, decorrentes da deterioração daqueles elementos
nos lençóis freáticos.
Art. 127. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público Municipal e à coletividade o dever de defendê-los e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas;
II - definir a diversidade e a integridade do patrimônio genético do Pais e fiscalizar as entidades dedicadas à
pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a
supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos
que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco
de vida, a qualidade de vida e ao meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação
do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, na forma da Lei, as práticas que coloquem em risco sua Função ecológica,
provoquem a extinção de espécie ou submetam os animais a crueldades.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com as
soluções técnicas exigida pelo órgão público competente, na forma da Lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais administrativas independentemente de obrigações de reparar os danos causados.
§ 4º A tutela do meio ambiente é exercida por todos os órgãos do Município.
Art. 128. O poder público, através da Secretária Municipal da Saúde e Assistência Social, atuará na fiscalização da
emissão de gases tóxicos por parte das indústrias do Município e veículos automotores em trânsito, penalizando os
infratores conforme lei.
Art. 129. Cabe ao Município proteger espaço de valor ambiental paisagístico, natural e cultural, através da criação e
administração de área de proteção ambiental, áreas especiais, em especial as margens e a várzea do Rio Gravataí
bem como a Lagoa do Cocão, as margens e a várzea do Arroio Feijó, em especial a área denominada Cascata do
Rincão. (NR) (redação dada pela Emenda nº 001, de 02.03.1995)
Art. 130. O poder público normatizará a utilização de agrotóxicos ou equivalentes nas lavouras, atuando conjuntamente
com o Estado e a União na fiscalização da produção e comercialização.
Art. 131. O Município promoverá ação sistêmica de proteção ao cidadão, de modo a garantir a segurança, a saúde e a
defesa de seus interesses econômicos e sociais, conforme legislação complementar e ordinária.
§ 1º Na proteção dos interesses sociais da cidadania, o Município coibirá, em seu território e dentro de sua
competência administrativa, quaisquer práticas discriminatórias, seja em razão de nascimento, idade, etnia, sexo, raça,
cor, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, filosofia ou convicção política, orientação sexual, deficiência física,
imunológica, sensorial ou mental, por ter cumprido pena ou por qualquer particularidade ou condição, observada a
Constituição da República.
§ 2º No exercício do poder de polícia administrativa para o cumprimento do disposto nesta Lei Orgânica o Município
poderá impor penalidades de advertência, multa, suspensão e cassação de alvará de licença de funcionamento de
estabelecimentos de pessoa física ou jurídica sediados no território municipal. (NR) (artigo com redação dada pela
Emenda nº 002, de 11 de abril de 1995)
Art. 132. A política econômica de consumo será planejada e executada pelo poder público, com a participação de
entidades representativas do consumidor e dos trabalhadores dos setores de produção, industrialização,
comercialização, armazenamento, serviços e transportes, atendendo, especialmente, os seguintes princípios:
I - integrar-se a programas estaduais e federais de defesa do consumidor;
II - propiciar meios que possibilitem ao consumidor o exercício do direito a informação à escolha e à defesa de seus
interesses econômicos, bem como à sua segurança e a saúde;
III - prestar atendimento e orientação ao consumidor através de órgãos de execução especializada.
Art. 133. Os interesses da iniciativa privada não poderão se sobrepor aos do poder público ou da coletividade.
Art. 134. Em nível de segurança pública, o Município institucionalizará a adoção e a criação dos Conselhos Pró-
Segurança Pública, defesa e segurança da comunidade e prevenção contra incêndio.
Art. 135. O Município instalará hidrantes em todas as vilas e bairros, regulamentados ou não, obedecendo às normas
de segurança do Grupamento de Incêndio.
Art. 136. O transporte coletivo é serviço púbico essencial, sendo de competência do poder público municipal o
planejamento e a operação do sistema local.
§ 1º A operacionalização dos serviços de transporte se dará diretamente pelo poder público municipal ou
indiretamente através de permissões, conforme lei especifica.
§ 2º A fiscalização e controle dos serviços de transportes prestados pelas permissionárias competem ao Poder
Público Municipal.
Art. 137. É dever do município assegurar a tarifa do transporte compatível com o poder aquisitivo da população,
assegurando o equilíbrio financeiro, a qualidade e eficiência do sistema.
Art. 138. A lei disporá sobre os direitos e deveres dos usuários dos transportes coletivos.
Art. 140. Fica autorizado o Município a constituir fundo municipal para formação de frota pública de transportes
coletivos de passageiros.
Art. 141. Fica instituído o Conselho Municipal de Transporte urbano com a finalidade de:
I - atuar como órgão de colaboração junto ao Poder Público Municipal;
II - propor, segundo critérios do Plano Diretor, percurso, fluxo, cálculo tarifário e tarifa do transporte coletivo.
Art. 142. O Município deve igualmente ser o fiscalizador do vale-transporte, passagem escolar e qualquer tipo de
subsídio definido em lei.
Art. 143. Ao Município é dado o poder de intervir em empresas privadas de transporte coletivo, a partir do momento em
que as mesmas desrespeitem a política de transporte coletivo, junto ao plano viário, provoquem danos e prejuízos aos
usuários ou pratiquem ato lesivo ao interesse da comunidade. A intervenção será realizada pelo Poder Executivo, por
iniciativa própria e/ou por decisão da Câmara Municipal.
Art. 144. O Poder Público Municipal autorizará, na concessão de incentivos fiscais, as formas cooperativadas.
Art. 145. Cargas de alto risco somente poderão ser transportadas na zona urbana, após vistoria e licença da Secretaria
da Saúde e observadas às devidas medidas de segurança.
Parágrafo único. Define-se como carga de alto risco aquela que, por sua natureza, possa causar direta ou
indiretamente danos ao meio ambiente e à saúde da população.
Art. 146. O Município deverá desenvolver uma política que vise a motivar o aproveitamento e a participação do idoso,
do menor e do deficiente na comunidade, bem como promover programas de valorização do idoso perante seus
familiares.
Art. 147. O Município, de forma autônoma ou em conjunto com a União e o Estado, estabelecerá programas destinados
a facilitar o acesso da população de baixa renda à habitação, como condição essencial à qualidade de vida e ao
desenvolvimento.
§ 1º Os programas de interesse social serão promovidos e executados com a colaboração da sociedade e objetivarão
prioritariamente:
I - a regularização fundiária;
II - a dotação de infra-estrutura básica e de equipamentos sociais;
III - a implantação de empreendimentos habitacionais.
§ 2º Serão destacados recursos no orçamento municipal para prover, no mínimo, áreas de terras necessárias ao
desenvolvimento dos programas.
§ 3º O Município adotará todos os instrumentos decorrentes da legislação urbanística federal, que concorram direta
ou indiretamente para facilitar o acesso das famílias necessitadas à propriedade urbana.
§ 4º A lei estabelecerá os equipamentos mínimos necessários à implantação de conjuntos habitacionais de interesse
social.
Art. 148. O Município, a fim de facilitar o acesso à habitação, apoiará a construção de moradias populares realizadas
pelos próprios interessados, por cooperativas habitacionais e através de outras modalidades alternativas.
Parágrafo único. O Município apoiará o desenvolvimento de pesquisas de materiais e sistemas de construções
alternativas e de padronização de componentes, visando garantir a qualidade e o barateamento da construção.
Art. 149. Na aprovação de qualquer projeto para a construção de conjuntos habitacionais e loteamentos, o Município
exigirá, do incorporador ou loteador, a edificação de escolas, creches e postos de saúde, de acordo com a lei de
loteamento e código de obras, com capacidade de atender a demanda gerada pelo conjunto.
Art. 150. Constituem parte integrante do zoneamento de uso urbano e são consideradas prioritárias para fins de
urbanização e regularização fundiária, as áreas ocupadas por famílias de baixa renda, que não possuam outra
propriedade.
Parágrafo único. Nos casos de áreas ocupadas sobre o sistema viário, destinadas as praças e escolas, e as de
preservação ecológica, deverá o Município reassentá-los em outro local que ofereça as mesmas ou melhores
condições de infra-estrutura básica.
Art. 151. O direito à propriedade é inerente à natureza do homem, dependendo seus limites e seu uso da conveniência
social.
§ 1º O Município poderá, mediante lei específica, para área incluída no Plano Diretor, exigir, nos termos da lei federal,
do proprietário do solo urbano não edificado, sub-utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento
sob pena sucessivamente de:
I - parcelamento ou edificação compulsória;
II - imposto sobre propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação, com pagamento mediante título da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo
Senado Federal, com prazo de resgate de até dez (10) anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurando o
valor real da indenização e os juros legais.
§ 2º Poderá também o Município organizar fazendas coletivas, orientadas ou administradas pelo Poder Público,
destinadas à formação de elementos aptos às atividades.
Art. 152. O Município realizará uma política especial de prevenção, tratamento de reabilitação e integração dos
deficientes e superdotados que incluirá entre outros o seguinte:
I - criar mecanismos, mediante incentivos fiscais, que estimulem as empresas a absorver a mão-de-obra dos
deficientes;
II - ajudar a manter mediante incentivos financeiros os centros regionais de habilitação e reabilitação física e
profissional.
Art. 153. A educação, direito de todos e dever do Município e da família, baseada na justiça social, na democracia e no
respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e aos valores culturais, visa ao desenvolvimento do educando como
pessoa, à qualificação para o trabalho e o exercício da cidadania.
Art. 154. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepção pedagógica e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais,
V - valorização dos profissionais do ensino;
VI - gestão democrática do ensino público;
VII - garantia de padrão de qualidade;
VII - criação de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde,
com o auxilio técnico e financeiro da União.
Art. 157. É vedado às escolas públicas a cobrança de taxas ou contribuições a qualquer título.
Art. 158. Os recursos destinados às escolas públicas poderão ser dirigidos às escolas comunitárias, confessionais ou
filantrópicas, definidas em lei municipal, que satisfaçam além de outras as seguintes condições:
I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, confessional ou filantrópica, ou ao Poder
Público Municipal, no caso de encerramento de suas atividades.
Art. 159. Será fornecido ao Poder Legislativo Municipal, semestralmente, relatório da execução financeira da despesa
em educação, discriminando os gastos mensais, em especial os aplicados na construção, reforma, manutenção ou
conservação das escolas, as fontes e critérios de distribuição dos recursos e os estabelecimentos e instituições
beneficiadas.
Art. 160. Será obrigatório o atendimento odontológico aos estudantes das escolas municipais.
Art. 161. É facultado ao Município, mediante autorização do Poder Legislativo, firmar convênios com entidades
confessionais, filantrópicas ou comunitárias, definidas em lei municipal, delegando os mesmos poderes para gerir e
administrar escolas públicas municipais de ensino fundamental e pré-escola.
Art. 162. É assegurado o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, garantida a valorização da qualificação e
da titulação do profissional do magistério, independentemente do nível escolar em que atue, inclusive mediante a
fixação de piso salarial.
Parágrafo único. Na organização do sistema municipal de ensino, serão considerados profissionais do magistério
público municipal os professores e os especialistas de educação.
Art. 163. É assegurado aos pais, professores, alunos e servidores organizarem-se, em todos os estabelecimentos de
ensino, através de associações, grêmios ou outras formas.
Parágrafo único. Será responsabilizada a autoridade educacional que embaraçar ou impedir a organização ou o
funcionamento das entidades referidas neste artigo.
Art. 164. As escolas públicas municipais contarão com conselhos escolares, constituídos pela direção da escola e
representantes dos segmentos da comunidade escolar, na forma da lei.
§ 1º Os diretores das escolas públicas municipais serão escolhidos mediante eleição, direta e uninominal, pela
comunidade escolar, na forma da lei.
§ 2º Os estabelecimentos públicos de ensino estarão à disposição da comunidade, através de programações
organizadas em comum.
Art. 165. O Poder Público garantirá educação especial aos deficientes, em qualquer idade, bem como aos
superdotados, nas modalidades que se lhes adequarem.
§ 1º Assegurada a implementação de programas governamentais para a formação, qualificação e ocupação dos
deficientes e superdotados, garantindo aos mesmos a prática da educação física, do lazer e do esporte, incluindo,
também, no currículo educacional.
§ 2º O Poder Público poderá complementar o atendimento aos deficientes e aos superdotados, através de convênios
com entidades que preencham os requisitos do art. 213 da Constituição Federal.
§ 3º O órgão encarregado do atendimento ao excepcional regulará e organizará o trabalho das oficinas protegidas
para pessoas portadoras de deficiência, enquanto estas não estiverem integradas no mercado de trabalho.
Art. 166. O Município manterá um sistema de bibliotecas escolares na rede pública municipal e exigirá a existência de
bibliotecas na rede escolar privada, cabendo-lhe fiscalizá-las.
Art. 167. As escolas públicas municipais poderão prever atividades de geração de renda como resultado da natureza
do ensino que ministram, na forma da lei.
Parágrafo único. Os recursos gerados pelas atividades previstas neste artigo serão aplicados na própria escola, em
benefício da educação de seus alunos.
Art. 168. O município estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações, garantindo o pleno e efetivo exercício dos
respectivos direitos, bem como o acesso a suas fontes em nível regional e nacional, apoiando e incentivando a
produção, a valorização e a difusão das manifestações culturais.
Parágrafo único. É dever do Município proteger e estimular as manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos
formadores da sociedade alvoradense.
Art. 170. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, protegerá o patrimônio cultural, por meio de inventários,
registros, vigilância, tombamentos, desapropriações e outras formas de acautelamento e preservação.
§ 1º Os proprietários de bens de qualquer natureza tombados pelo Município receberão incentivos para preservá-los
e conservá-los, conforme definido em lei.
§ 2º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
§ 3º As instituições públicas municipais ocuparão preferencialmente prédios tombados, desde que não haja ofensa à
sua preservação.
Art. 171. O Município e o Estado manterão, sob orientação técnica do segundo, cadastro atualizado do patrimônio
histórico e do acervo cultural, público e privado.
Parágrafo único. O Plano Diretor do Município disporá, necessariamente, sobre a proteção do patrimônio histórico e
cultural.
Art. 172. É dever do Município fomentar e amparar o desporto, o lazer e a recreação, como direitos de todos, mediante:
I - a promoção prioritária do desporto educacional, em termos de recursos humanos, financeiros e materiais em suas
atividades, meio e fim;
II - a dotação de instalações esportivas e recreativas para as instituições escolares públicas;
III - o incentivo à pesquisa no campo da educação física, do desporto, do lazer e do esporte ao deficiente físico,
sensorial e mental.
Parágrafo único. Os estabelecimentos especializados em atividades de educação física, esportes e recreação ficam
sujeitos a registro, supervisão e orientação normativa do Município, na forma da lei.
Art. 173. O Município, através do Conselho Municipal de Esportes congregará todas as modalidades esportivas, sendo
seu Diretor eleito de forma direta pelos clubes e entidades que dele participem.
Art. 174. O Município, através do Conselho Municipal de Esportes, promoverá anualmente, no dia primeiro (1º) de
maio, torneio envolvendo todas as modalidades esportivas, em homenagem ao trabalhador.
Art. 175. As escolas de ensino fundamental manterão entre seus quadros docentes, no mínimo, um (1) professor de
educação física.
Art. 176. 0 Município instituirá política municipal de turismo e definirá diretrizes a observar nas ações públicas e
privadas, com vista a promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.
Art. 177. Os recursos municipais destinados ao turismo serão aplicados em projetos que dêem acesso ao lazer a toda
população.
Parágrafo único. As iniciativas previstas neste artigo estender-se-ão aos pequenos proprietários rurais, localizados
em regiões demarcadas em lei, como forma de viabilizar alternativas econômicas que estimulem sua permanência no
meio rural.
Art. 178. Cabe ao Município, com vista a promover o desenvolvimento da ciência e da tecnologia:
I - proporcionar a formação e o aperfeiçoamento de recursos humanos para a ciência e tecnologia;
II - incentivar e privilegiar a pesquisa tecnológica voltada ao aperfeiçoamento do uso e controle dos recursos naturais
e locais;
III - apoiar e estimular as empresas e entidades cooperativas, fundacionais ou autárquicas que investirem em
pesquisa e desenvolvimento e na formação de recursos humanos.
§ 1º O disposto no inciso III fica condicionado à garantia pelas referidas empresas e entidades, de permanência no
emprego aos trabalhadores, com a necessária capacitação destes para o desempenho eventual de novas atribuições.
§ 2º O Município apoiará e estimulará preferencialmente as empresas e entidades cooperativas, fundacionais ou
autárquicas, que mantenham investimentos nas áreas definidas pela política municipal de ciência e tecnologia e
aquelas que pratiquem sistemas de remuneração, assegurando ao empregado, desvinculado do salário, participação
nos ganhos econômicos resultantes da produtividade do seu trabalho.
Art. 179. O Município incentivará a criação do laboratório central de pesquisas, com vista à realização de estudos
científicos.
Art. 180. Esta Lei Orgânica e o Ato das Disposições Transitórias, depois de assinado pelos vereadores, serão
promulgados simultaneamente pela Mesa da Câmara Municipal e entrarão em vigor na data de sua publicação.
Art. 1º O Município deverá, num prazo máximo de cinco (05) anos, contados a partir da promulgação desta Lei
Orgânica, criar empresa municipal de transporte coletivo de passageiros.
Art. 2º O Município deverá, num prazo de cinco (05) anos, contados a partir da promulgação desta Lei Orgânica, criar a
Secretaria Municipal de Transportes.
Art. 3º O Município deverá, num prazo de cinco (05) anos, contados a partir da promulgação desta Lei Orgânica, criar a
Secretaria Municipal de Cultura.
Darci Jacobus
Francisco Ramos dos Santos