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LEI

ORGÂNICA
DO
MUNICÍPIO
DE
SILVEIRAS
Lei Orgânica do Município de Silveiras

PREÂMBULO

Nós, Vereadores, representando o povo Silveirense, inspirados nos princípios constitucionais da


República e do Estado e no ideal de a todos assegurar o bem estar e desenvolvimento, invocando
a proteção de DEUS, promulgamos a seguinte...

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SILVEIRAS

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

DO MUNICÍPIO

“Artigo 1° - O Município de Silveiras é unidade indissolúvel do


Estado de São Paulo, com autonomia política, administrativa e
financeira, regido pelos princípios estabelecidos na Constituição da
República, Constituição Estadual e por esta Lei Orgânica”.

“Artigo 2° - São Poderes do Município, independentes e


harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo”.

“Artigo 3° - O Município de Silveiras terá como símbolos a


bandeira, o Brasão e o Hino, representativos de sua cultura e
história, tendo como data magna da sua emancipação político-
administrativa, o dia 28 de fevereiro”.

PARÁGRAFO ÚNICO - A bandeira deverá ser hasteada nos prédios públicos em todos os eventos
de caráter cívico.

CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

“Artigo 4° - O Município de Silveiras tem como competência


privativa legislar sobre assuntos de interesse local, cabendo-lhe,
entre outras, as seguintes atribuições”:

I - suplementar a legislação federal e a estadual no que


couber;

II - instituir e arrecadar os tributos de sua competência,


bem como aplicar suas rendas sem prejuízo da obrigatoriedade de
prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

III - criar, organizar e suprimir distritos, observada a


legislação estadual;

IV - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de


concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local,
incluído o de transporte coletivo urbano e rural, que tem caráter
essencial;

V - manter, com a cooperação técnica e financeira da


União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino
fundamental;

VI - prestar, com a cooperação técnica e financeira da


União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

VII - promover, no que couber, adequado o ordenamento


territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano, podendo contar com
a cooperação das associações representativas no planejamento
municipal;

VIII - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural


local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
estadual;

IX - adquirir bens, inclusive através de desapropriação, por


necessidade ou utilidade publica.

X - elaborar e executar o Plano Diretor como instrumento


básico de desenvolvimento urbano e de expansão urbana, na
forma da lei.

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

XI - regulamentar, fiscalizar e sinalizar a forma de


utilização dos logradouros públicos e, no perímetro urbano,
especialmente:

a) prover o transporte coletivo e individual de passageiros,


fixando itinerários e pontos de parada, e os locais de
estacionamento.
b) fixar e sinalizar os locais de estacionamento de veículos
e os limites das zonas de silencio e de transito e trafego;
c) disciplinar os serviços de carga e descarga, fixando a
tonelagem máxima permitida a veículos que trafeguem pelas vias
publicas;

XII - instituir o regime jurídico único para o funcionalismo


publico da administração direta e indireta do Município, plano de
carreira, cargos e vencimentos e o regime previdenciário, na
forma da lei;

XIII - regulamentar o serviço funerário e de cemitérios,


administrando os públicos e fiscalizando os particulares, na forma
da lei;

XIV - regulamentar, autorizar e fiscalizar os meios de


propaganda e publicidade nos locais afetos ao poder de policia
municipal;

XV - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais,


com a finalidade de erradicação da raiva e de outras moléstias;

XVI - constituir guarda municipal para proteção de


instalações, bens e serviços municipais, inclusive guarda de
trânsito, na forma da lei;

XVII - promover e incentivar o turismo local, como fator de


desenvolvimento econômico e social;

XVIII- incentivar o desenvolvimento industrial, comercial e


similares, com o controle e fiscalização de suas atividades;

XIX - facultar a abertura dos estabelecimentos comerciais e


similares aos domingos e feriados;

XX - motivar a criação de sociedades amigos de bairros ou


associações de moradores, materializando, desde que legalmente

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

constituídas, as reivindicações e propósitos que forem


apresentados.

XXI - instituir e/ou manter a Comissão Municipal de Defesa


Civil com o objetivo de se adotar medidas preventivas e
recuperativas sobre eventos de riscos, visando a preservação da
vida humana e o restabelecimento do bem estar social.

“Artigo 5º - Ao Município de Silveiras compete,


concorrentemente, com a União e com o Estado, observadas as
normas de cooperação fixadas em lei complementar, entre
outras”:

I - zelar pela guarda da Constituição Federal, da


Constituição Estadual, das leis e das instituições democráticas e do
patrimônio publico.

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e


garantia das pessoas portadoras de deficiências, garantindo iguais
direitos e oportunidades;

III - proteger os documentos, obras e outros bens de valor


histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão e invasão, a destruição e a


descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico e cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação


e à ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em


qualquer de suas formas;

VII - preservar florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organização do


abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construção de moradias e a


melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

X - combater as causas de pobreza e os fatores de


marginalização, promovendo a integração dos setores
desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de


direitos de pesquisas e exploração de recursos hídricos e minerais
em seu território;

XII - estabelecer e implantar política de educação para


segurança no trânsito;

XIII - fiscalizar o abate e comercialização de animais


destinados ao consumo público;

XIV - dispensar às microempresas e às empresas de


pequeno porte, tratamento jurídico diferenciado;

XV - fiscalizar nos locais de venda direta ao consumidor, as


condições sanitárias dos gêneros alimentícios;

XVI - conceder licença, autorização ou permissão e


respectiva renovação ou prorrogação para exploração de portos de
areia;

XVII - manter serviços de proteção ao consumidor;

XVIII- tomar as medidas necessárias para restringir a


mortalidade e a morbidez infantil, bem como, medidas de higiene
social que impeçam a propagação de doenças transmissíveis.

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DA FUNÇÃO LEGISLATIVA

SEÇÃO I

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DA CÂMARA MUNICIPAL

“Artigo 6° - O Poder Legislativo é exercido pela Câmara


Municipal, que se compõe de vereadores, representantes do povo,
eleitos pelo sistema proporcional em pleito direto, dentre cidadãos
maiores de dezoito anos, nos termos da Constituição Federal e da
legislação eleitoral ordinária.

§ 1°- Será de quatro anos o mandato dos vereadores,


aplicando-se-lhes as regras da Constituição Federal sobre o
sistema eleitoral, inviolabilidade, remuneração, perda e/ou
extinção do mandato, licença, proibições, incompatibilidades e
impedimentos.
§ 2°- Para a composição da Câmara será observado o limite
máximo de 9 (nove) vereadores, de acordo com a forma
estabelecida pela Constituição Federal.
§ 3°- A população do Município, para fins do parágrafo
anterior, será aquela definida pelos órgãos oficiais, por censo ou
estimativa, até um ano antes da data das eleições municipais.
§ 4°- Verificado, pela aplicação do disposto no parágrafo
anterior, que deve ser alterado o numero de vereadores, a sua
fixação dar-se-á por proposta de emenda àquele dispositivo.

SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

ARTIGO 7º - Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre as matérias de
competência do Município e especialmente:
I – legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal
e estadual;
II – legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções, anistias fiscais e
remissão de dívidas;
III – votar o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias, o orçamento anual, bem
como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;
IV – deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de créditos, bem
como a forma e os meios de pagamento, salvo com suas entidades descentralizadas;
V – autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
VI – autorizar a concessão de serviços públicos;
VII – autorizar, quanto aos bens municipais imóveis:
a) o seu uso, mediante concessão administrativa ou de direito real;
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b) a sua alienação;
VIII – autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem
encargos;
IX – dispor sobre a criação, organização e supressão de distritos, mediante prévia consulta
plebiscitária;

X - criar, alterar e extinguir cargos, empregos e funções


na administração direta e indireta, assim como autorizar a fixação
dos respectivos vencimentos, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; ”

XI – criar, dar estrutura e atribuições às Secretarias e órgãos da administração municipal;


XII – aprovar o Plano Diretor;

XIII - revogado.

XIV - autorizar a celebração de convênios com entidades


publicas ou privadas e consórcios com outros municípios;

XV – delimitar o perímetro urbano;


XVI – dar nome aos próprios, vias e logradouros públicos, assim como modificá-lo;

XVII - revogado;

ARTIGO 8º - Compete à Câmara Municipal, privativamente, as seguintes atribuições, entre outras;


I – eleger sua Mesa e constituir as Comissões;
II – elaborar seu Regime Interno;

III - dispor sobre sua organização, funcionamento, policia,


criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções
de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros na lei de diretrizes
orçamentárias.

IV – dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito eleitos, conhecer de suas renúncias e afastá-


los definitivamente do exercício dos cargos;
V – conceder licença aos Vereadores, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para afastamento do
cargo;
VI – autorizar o Prefeito, por necessidade de serviço, ausentar-se do Município, por mais
de 15 (quinze) dias; (Emenda 012/06)

VII - fixar o subsídio dos vereadores em cada legislatura


para a subseqüente, até 30 (trinta) dias antes das eleições
municipais, através de resolução, observado o que dispõe a
Constituição Federal e os critérios e limites desta lei.

VIII - fixar, através de lei de sua iniciativa, os subsídios do


Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, observado

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o que dispõe a Constituição Federal (arts. 37, XI, 39, §4°, 150, II
e 153, III e § 2°, I e os parâmetros na lei de diretrizes
orçamentárias.

a) exclui-se do disposto neste inciso, a fixação da


remuneração e demais vantagens dos cargos de Diretor Municipal,
que continuam remunerados como servidores públicos do
Município.

IX – fiscalizar e controlar os atos do Executivo, inclusive os da administração indireta;


X – convocar, por si ou através de qualquer de suas Comissões, Secretários, Diretores ou
Assessores do Município, dirigentes de entidades da administração direta e das empresas
públicas, sociedade de economia mista, autarquias e fundações públicas, para prestar,
pessoalmente, informações sobre assuntos pré-determinados, no prazo de 30 (trinta) dias,
importando em crime de responsabilidade ou desobediência a ausência sem justificativa;
XI – requisitar informações dos Secretários, Diretores ou Assessores Municipais, sobre
assuntos relacionados com a sua pasta, cujo atendimento deverá ser feito no prazo de quinze dias,
importando em crime de responsabilidade ou desobediência a recusa ou não atendimento, bem
como o fornecimento de informações falsas (15 dias – Emenda 004/92);
XII – declarar a perda do mandato do Prefeito;
XIII – autorizar referendo e convocar plebiscito;
XIV – zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição
normativa do executivo;
XV – criar comissões especiais de inquérito, sobre fato determinado que se inclua na
competência municipal, e por prazo certo, sempre que o requerer, pelo menos, um terço de seus
membros;
XVI – solicitar ao Prefeito, na forma do Regimento Interno, informações sobre atos de sua
competência privativa;
XVII – julgar, em escrutínio secreto, os Vereadores, o Prefeito e o Vice-Prefeito;
XVIII – conceder título de cidadão honorário a pessoas que reconhecidamente tenham
prestado serviços ao Município, desde que seja o decreto legislativo aprovado em escrutínio
secreto, pelo voto de, no mínimo, dois terços de seus membros.
PARÁGRAFO ÚNICO – A Câmara Municipal delibera, mediante resolução, sobre assuntos
de sua economia interna e nos demais casos de sua competência privativa, por meio de decreto
legislativo.

XIX - fiscalizar, controlar e sustar os atos normativos do


Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou os
limites da delegação legislativa, na forma da lei.

XX - apreciar os atos de concessão ou permissão de


serviços de transporte coletivo.

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

XXI - tomar e julgar, anualmente, as contas prestadas pelo


Prefeito Municipal, apreciar os relatórios sobre a execução dos
planos do Governo, cujo controle externo será exercido com o
auxilio do Tribunal de Contas. (Emenda 012/06)

SEÇÃO III

DOS VEREADORES

SUBSEÇÃO I

DA POSSE

ARTIGO 9º - No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º (primeiro) de janeiro, em Sessão


Solene de instalação, independente de número, os Vereadores, sob a presidência do mais votado
dentre os presentes, prestarão compromisso e tomarão posse. (Emenda 010/04);
PARÁGRAFO 1º.- O Vereador que não tomar posse, na sessão prevista neste artigo,
deverá fazê-lo no prazo de quinze (15) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.
PARÁGRAFO 2º.- No ato da posse os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e, na
mesma ocasião e ao término do mandato, deverão fazer declaração de seus bens, a qual será
transcrita em livro próprio, constando da ata o seu resumo.

SUBSEÇÃO II

DA REMUNERAÇÃO
“Artigo 10 – O mandato de vereador será remunerado na forma
fixada pela Câmara Municipal, estabelecido como limite máximo o
valor percebido como subsidio, em espécie, pelo Prefeito,
observado o que dispõe o inciso VII, do artigo 8°, desta lei.”

§ 1° - O total da despesa com a remuneração dos


vereadores não poderá ultrapassar o montante de 5% (cinco) por
cento da receita do Município.
§ 2° - O total da despesa da Câmara, incluídos os subsídios
dos vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá
ultrapassar 7% (sete) por cento relativos ao somatório da receita
tributaria e das transferências previstas no § 5°, do artigo 153 e
nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior.

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Parágrafo único – revogado”.

SUBSEÇÃO III

DA LICENÇA

ARTIGO 11 – O Vereador poderá licenciar-se, somente:


I – para desempenhar missões temporárias de caráter cultural ou de interesse do
Município;
II – por doença devidamente comprovada ou em licença gestante;
III – para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, nunca inferior a trinta
(30) dias, não podendo reassumir o exercício do mandato antes do término da licença;

IV - para desempenhar ou exercer cargo de Secretário,


provimento em comissão (confiança), na Administração Publica.

§ 1°- A licença prevista no inciso I, quando o vereador


estiver representando a Câmara ou o Município, deverá ser
aprovado pelo Plenário, e, nos demais casos, será concedida pelo
Presidente da Câmara, mediante requerimento escrito.
.
PARÁGRAFO 2º - A licença prevista no inciso I, depende da aprovação do Plenário,
quando o Vereador estiver representando a Câmara Municipal ou o Município; nos demais casos
será concedida pelo Presidente.

§ 3° - Para fins de remuneração, considerar-se-á em


exercício, o vereador licenciado nos termos dos incisos I e II deste
artigo. Quando licenciado, nos termos do inciso VI deste artigo,
poderá optar pela remuneração do mandato eletivo”.

SUBSEÇÃO IV

DA INVIOLABILIDADE

ARTIGO 12 – Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no


exercício do mandato, na circunscrição do Município.

SUBSEÇÃO V

DAS PROIBIÇÕES E INCOMPATIBILIDADES


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ARTIGO 13 – O Vereador não poderá:


I – desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando obedeça a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, incluindo os de que seja
demissível “ad nutum”, nas entidades constantes de alínea anterior, salvo no caso do Artigo 125,
III;
II – desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível “ad-nutum”, nas entidades
referidas na alínea “a” do inciso I;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a
alínea “a”, do inciso I;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou municipal.

SUBSEÇÃO VI

DA PERDA DE MANDATO

ARTIGO 14 – Perderá o mandato o Vereador:


I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III – que deixar de comparecer em cada Sessão Legislativa anual, à terça parte ou mais
das Sessões Ordinárias ou, ainda, à quatro Sessões Ordinárias consecutivas, salvo em caso de
licença ou missão autorizada pela Câmara;
IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal;
VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
PARÁGRAFO 1º – É incompatível com o decoro do Legislativo, além dos casos definidos
no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepção de
vantagens indevidas.
PARÁGRAFO 2º - Nos casos dos Incisos I, II e VI deste artigo, a perda do mandato será
decidida pela Câmara Municipal, por voto secreto e maioria de dois terços, mediante provocação
da mesa ou de partido político representado no Legislativo, assegurada ampla defesa.
PARÁGRAFO 3º - Nos casos previstos nos Incisos III a IV, a perda será declarada pela
Mesa, de ofício ou mediante provocação de qualquer dos membros da Câmara Municipal ou de
partido político nela representado, assegurada ampla defesa.
ARTIGO 15 – Não perderá o mandato o Vereador:

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I – investido no cargo de Secretário Municipal, considerando-se automaticamente


licenciado, podendo, nesta hipótese, optar pela remuneração do mandato; (Emenda 012/06);
II – licenciado pela Câmara:
a) por motivo de doença ou no período de gestante;
b) para tratar de interesse particular, desde que o afastamento não ultrapasse cento e vinte
(120) dias por Sessão Legislativa.
PARÁGRAFO 1º - O suplente será convocado nos casos de:

a) vaga ou licença;
b) investidura do titular no desempenho de cargo de
Secretario, de provimento em comissão, na Administração
Publica”.
c) revogado”.

PARÁGRAFO 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição, se faltarem mais
de quinze meses para o término do mandato.
PARÁGRAFO 3º - Na hipótese do Inciso I deste artigo, o Vereador poderá optar pela
remuneração de seu mandato.
ARTIGO 16 – Nos casos prescritos no § 1º. do artigo anterior, o Presidente convocará,
imediatamente, suplente.
PARÁGRAFO ÚNICO – O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de
dez dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.

SUBSEÇÃO VIII

DO TESTEMUNHO

ARTIGO 17 – Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou


prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações.
SEÇÃO IV

DA MESA DA CÂMARA

SUBSEÇÃO I

DA ELEIÇÃO

ARTIGO 18 – Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do


mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, elegerão
os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados.

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PARÁGRAFO ÚNICO – Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os
presentes permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.
ARTIGO 19 – Os membros da Mesa serão eleitos para um mandato de 01 (um) ano.

PARÁGRAFO 1º. – A eleição far-se-á, em primeiro escrutínio, pela maioria absoluta da


Câmara Municipal e, em segundo escrutínio, por maioria simples; persistindo o empate, será
decidido por sorteio, entre os mais votados.
PARÁGRAFO 2º. – É permitida a recondução para o mesmo cargo, por mais uma vez, na
mesma Legislatura. (Emenda 011/04). “PARÁGRAFO 2º.-
É vedada a recondução para o mesmo cargo
na mesma LEGISLATURA”

SUBSEÇÃO II

DA RENOVAÇÃO DA MESA

ARTIGO 20 – A eleição para renovação da Mesa far-se-á em sessão especial, convocada pelo
Presidente da Câmara Municipal, marcada entre os dias dez (10) e quinze (15) de dezembro de
cada ano, considerando-se os eleitos empossados, automaticamente, a partir do dia primeiro (1º)
de janeiro do ano subseqüente, cumprindo-se, neste dia, os atos regulares de transmissão.
(Emenda 003/92).

SUBSEÇÃO III

DA DESTITUIÇÃO DE MEMBRO DA MESA

ARTIGO 21 – Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído, pelo voto de dois terços dos
membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições
regimentais, elegendo-se outro Vereador para completar o mandato.
PARÁGRÁFO ÚNICO – O Regimento Interno disporá sobre o processo de destituição.

SUBSEÇÃO IV

DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA

ARTIGO 22 – Compete à Mesa, dentre outras atribuições:


I – baixar, mediante ato, as medidas que digam respeito aos Vereadores;
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II – baixar, mediante portaria, as medidas referentes aos servidores da Secretaria da


Câmara Municipal, como provimento e vacância dos cargos públicos, e ainda, abertura de
sindicância, processos administrativos e aplicação de penalidades;
III – propor projetos que disponham sobre: (Emenda 012/06)
a) Secretaria da Câmara e suas alterações;
b) Polícia da Câmara;
c) Criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e
fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;
IV – elaborar e expedir, mediante ato, quadro de detalhamento das dotações, observado o
disposto na lei orçamentária e nos créditos adicionais abertos em favor da Câmara;
V – apresentar projeto de lei dispondo sobre autorização para abertura de créditos
adicionais, quando o recurso a ser utilizado for proveniente da anulação de dotação da Câmara;
VI – solicitar ao Prefeito, quando houver autorização legislativa, a abertura de créditos
adicionais para a Câmara;
VII – devolver à Tesouraria da Prefeitura Municipal o saldo de caixa existente na Câmara
no final de cada exercício, desde que não comprometido com “Restos a Pagar”, ou ainda com
destinação especificada em lei; (Emenda 12/06)
VIII – enviar ao Prefeito, até o dia primeiro de março, as contas do exercício anterior;
IX – declarar a perda do mandato de Vereador, de ofício ou por provocação de qualquer de
seus membros, ou ainda, de partido político representado na Câmara, nas hipóteses previstas nos
incisos III a V do Artigo 14, assegurada ampla defesa;
X – representar sobre a inconstitucionalidade de lei federal ou estadual ou municipal,
conforme o caso. (Emenda 012/06)
PARÁGRAFO 1º - Revogado.
PARÁGRAFO 2º - A Mesa da Câmara decide pelo voto da maioria de seus
membros.

XI - preparar o orçamento da Câmara, apresentando sua


proposta ao Poder Executivo, anualmente, até o dia 30 de maio,
para composição no projeto de lei orçamentária do Município.

SUBSEÇÃO V

DO PRESIDENTE

ARTIGO 23 – Compete ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições:


I – representar a Câmara em juízo e fora dele;

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II – dirigir, executar e disciplinar, auxiliado pelos demais membros da Mesa, os trabalhos


legislativos e administrativos da Câmara; (Emenda 012/06)
III – interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV – promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis com sanção
tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário;
V – fazer publicar as portarias e os atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos
legislativos e as leis por ele promulgados;

VI - conceder, de oficio, licença aos vereadores nas


hipóteses previstas nos incisos II, II e IV, do artigo 11, desta lei.”

VII - declarar a perda do mandato de vereadores, Prefeito e


Vice-Prefeito, nos casos previstos em lei.”

VIII – requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara e aplicar as


disponibilidades financeiras no mercado de capitais;
IX – apresentar ao Plenário, até o dia vinte de cada mês, o balancete relativo aos recursos
recebidos e às despesas do mês anterior;
X – manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para esse
fim.
PARÁGRAFO ÚNICO – O Presidente da Câmara ou seu substituto só terá voto:
I – na eleição da Mesa;
II – quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços dos
membros da Câmara;
III – quando houver empate em qualquer votação no Plenário.

SEÇÃO V

DAS REUNIÕES

SUBSEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

“Artigo 24 - As sessões da Câmara serão publicas, salvo


deliberação em contrario tomada pela maioria de dois terços de
seus membros, quando ocorrer motivo relevante de preservação
do decoro parlamentar.

Parágrafo único – As sessões publicas só poderão ser abertas com


a presença, de no mínimo, um terço de seus membros.”

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ARTIGO 25 – A discussão e a votação da matéria constante da ordem do dia só poderão ser


efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
PARÁGRAFO ÚNICO – A aprovação da matéria colocada em discussão dependerá do
voto favorável da maioria dos Vereadores presentes à sessão, ressalvados os casos previstos
nesta lei.
ARTIGO 26 – Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação, anulando-
se a votação, se o seu voto for decisivo.
ARTIGO 27 – O voto será público, salvo nos seguintes casos:
1- no julgamento de Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito;
2- na eleição dos membros da Mesa e de seus substitutos;
3- na concessão de títulos de cidadão honorário;
4- no exame de veto aposto pelo Prefeito.

SUBSEÇÃO II

DA SEÇÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA

ARTIGO 28 – Independentemente de convocação, a seção Legislativa anual desenvolve-se de


primeiro (1º) de Fevereiro a cinco (5) de Dezembro, permitido o recesso durante o mês de Julho.

Parágrafo único – As reuniões marcadas dentro desse


período serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente,
quando caírem em sábado, domingo, feriado ou ponto facultativo
declarado pelo Poder Executivo, cujo ato tenha sido publicado até
24 (vinte e quatro) horas da data marcada”.

ARTIGO 29 – A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem aprovação do projeto de lei
sobre as diretrizes orçamentárias e nem será encerrada sem a deliberação final do projeto de lei
orçamentária e, no primeiro ano de cada legislatura, sem aprovação do projeto de lei do plano
plurianual. (Emenda 012/06)

ARTIGO 30 – Revogado

ARTIGO 31 – A Sessão Legislativa terá reuniões:


I – ordinárias: conforme dispuser o Regimento Interno;
II – extraordinárias: as convocadas pelo Presidente para realizar-se em dias ou horários
diversos das Sessões Ordinárias e serão convocadas dentro ou fora destas.

ARTIGO 31-A – Durante o recesso legislativo, a Câmara Municipal permanecerá em


funcionamento, mantidos os serviços e atividades de seus órgãos, inclusive, secretaria
administrativa, o exercício de suas atividades de fiscalização, controle e assessoramento do Poder

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Executivo e o encaminhamento de matérias que não dependam de votação, suspensas tão


somente as sessões plenárias e as votações.(Emenda 012/06)

SUBSEÇÃO III

DA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA

ARTIGO 32 – A convocação extraordinária da Câmara Municipal, somente possível no período de


recesso, far-se-á:

I – pela maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal;


II – pelo Prefeito, em caso de urgência ou interesse público relevante.

Parágrafo primeiro – Durante a sessão legislativa


extraordinária, a Câmara deliberará exclusivamente sobre a
matéria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de
qualquer parcela indenizatória, em razão da convocação”.

PARÁGRAFO 2º - Para fins deste artigo, o Vereador que se ausentar do Município,


durante o recesso legislativo, ficará obrigado a informar à Mesa para onde se dirigirá e como
comunicar-lhe eventual convocação.(Emenda 012/06)

SEÇÃO VI

DAS COMISSÕES

ARTIGO 33 – A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na


forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno.
PARÁGRAFO ÚNICO – Na constituição das Comissões assegurar-se-á, tanto quanto
possível, a representação proporcional dos partidos políticos com assento na Câmara Municipal.
ARTIGO 34 – Cabe às Comissões, em matéria de sua competência:
I – discutir e votar projetos de lei que dispensarem na forma do Regimento Interno, a
competência do Plenário, salvo se houver, para decisão deste, requerimento de um terço dos
membros da Câmara;
II – convocar, para prestar pessoalmente, no prazo de trinta dias, informações sobre
assunto previamente determinado:
a) Secretário Municipal, Diretor ou Assessor;
b) Dirigentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações.

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

instituídas ou mantidas pelo Município;


III – acompanhar a execução orçamentária;
IV – realizar audiência pública;
V – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra
atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
VI – velar pela completa adequação dos atos do Executivo que regulamentem dispositivos
legais;
VII – tomar o depoimento de autoridade e solicitar o de cidadão;
VIII – fiscalizar e apreciar programas de obras e planos municipais de desenvolvimento e,
sobre eles, emitir parecer.
ARTIGO 35 – As Comissões especiais de inquérito terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, e serão criados mediante
requerimento de um terço dos membros da Câmara, para apuração de fato determinado e por
prazo certo, sendo as conclusões, quando for o caso, encaminhadas ao Ministério Público para
que promova a responsabilidade civil e criminal de quem de direito.
PARÁGRAFO ÚNICO – As Comissões especiais de inquérito, além das atribuições
previstas no artigo anterior, poderão:
1 – proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais da
administração direta e indireta, onde terão livre ingresso e permanência;
2 – requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação dos
esclarecimentos necessários;
3 – transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando os atos
que lhes competirem.

SEÇÃO VIII

DO PROCESSO LEGISLATIVO

SUBSEÇÃO I

DISPOSIÇÃO GERAL

ARTIGO 36 – O processo legislativo compreende a elaboração de:


I – emendas à Lei Orgânica do Município;
II – leis complementares;
III – leis ordinárias;
IV – decretos legislativos;
V – resoluções.

SUBSEÇÃO II

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA

ARTIGO 37 – A Lei Orgânica do Município poderá ser emendada mediante proposta:


I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;
II – do Prefeito;
III – de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no mínimo, por um por cento dos
eleitores.
PARÁGRAFO 1º. – A proposta será discutida e votada em dois turnos, considerando-se
aprovada quando obtiver, em ambas as votações, o voto favorável de dois terços dos membros da
Câmara Municipal.
PARÁGRAFO 2º. – A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara
Municipal, com o respectivo número de ordem.
PARÁGRAFO 3º. – A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não poderá ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

SUBSEÇÃO III

DAS LEIS COMPLEMENTARES

ARTIGO 38 – As leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros da
Câmara, observados os demais termos da votação das leis ordinárias.
PARÁGRAFO ÚNICO – As leis complementares são as concernentes às seguintes
matérias:
I – Código Tributário;
II – Código de Obras;
III – Estatutos dos Servidores;
IV – Plano Diretor;
V – Código de Proteção ao Meio Ambiente;
VI – Criação de Cargos e aumento de vencimentos dos servidores;
VII – Zoneamento Urbano;
VIII – Concessão de Serviços Públicos;
IX – Concessão de direito real de uso;
X – Alienação de Bens Imóveis;
XI – Aquisição de Bens Imóveis por doação com encargos;
XII – Autorização para efetuar empréstimo de instituição particular;
XIII – Infrações político-administrativas.

XIV - atribuições ao Vice-Prefeito. “

SUBSEÇÃO IV
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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DAS LEIS ORDINÁRIAS

ARTIGO 39 – As Leis Ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria dos
vereadores presentes à Sessão.
ARTIGO 40 – A iniciativa dos projetos de leis complementares e ordinárias compete:
I – ao Vereador;
II – à Comissão da Câmara;
III – ao Prefeito;
IV – aos Cidadãos;
V – à Mesa (emenda 001/92).
ARTIGO 41 – Compete exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham
sobre:
I – criação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e
autárquica, bem como a fixação da respectiva remuneração;
II – criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais e órgãos da
administração pública;
III – regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.
ARTIGO 42 – A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município.
ARTIGO 43 – Não será admitido o aumento da despesa prevista nos projetos de iniciativa
exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto no artigo 143 § 1º e 2º.

“Artigo 44 – Nenhum projeto de lei, que crie ou aumente


despesa publica, entrará em processo de discussão e/ou votação,
sem que dele conste a indicação dos recursos disponíveis próprios
para atender aos novos encargos.”

PARÁGRAFO ÚNICO – O disposto neste artigo não se aplica a créditos extraordinários.

ARTIGO 45 – O Prefeito poderá solicitar que os projetos de sua iniciativa, salvo os de codificação,
encaminhados à Câmara, tramitem em regime de urgência, dentro do prazo de quarenta e cinco
dias.
PARÁGRAFO 1º - Se a Câmara não deliberar naquele prazo, o projeto será incluído na
ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, até que se ultime sua
votação.
PARÁGRAFO 2º - Por exceção, não ficará sobrestado o exame do veto cujo prazo de
deliberação tenha se esgotado.
ARTIGO 46 – O projeto aprovado em um único turno de votação será, no prazo de dez dias úteis,
enviado ao Prefeito, que adotará uma das três posições seguintes:
a) sanciona-se e promulga-o, no prazo de quinze dias úteis;
b) deixa decorrer aquele prazo, importando o seu silêncio em sanção, sendo obrigatória,
dentro de dez dias, a sua promulgação pelo Presidente da Câmara;
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Lei Orgânica do Município de Silveiras

c) veta-o total ou parcialmente.


ARTIGO 47 – O Prefeito, entendendo ser o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, veta-lo-á, total ou parcialmente, em quinze dias úteis, contados da
data do recebimento, comunicando, naquele prazo, ao Presidente da Câmara, o motivo do veto.
PARÁGRAFO 1º - O veto deverá ser justificado e, quando parcial, abrangerá o texto
integral de artigo, parágrafo, inciso, item ou alínea.
PARÁGRAFO 2º - O Prefeito, sancionando e promulgando a matéria não vetada, deverá
encaminhá-la para publicação.
PARÁGRAFO 3º - A Câmara deliberará sobre a matéria vetada, em um único turno de
discussão e votação, no prazo de trinta dias de seu recebimento, considerando-se aprovada
quando obtiver o voto favorável da maioria absoluta de seus membros, em escrutínio secreto.
PARÁGRAFO 4º - Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo anterior,
o veto será incluído na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até
sua votação final.
PARÁGRAFO 5º - Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, para que
promulgue a lei em quarenta e oito horas, caso contrário, deverá fazê-lo o Presidente da Câmara.
PARÁGRAFO 6º - A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada
pela Câmara.
ARTIGO 48 – Os prazos para discussão e votação dos projetos de lei, assim como para o exame
de veto, não correm no período de recesso.
ARTIGO 49 – A lei promulgada pelo Presidente da Câmara em decorrência de:
a) sanção tácita pelo Prefeito, ou de rejeição de veto total, tomará um número em
seqüência às existentes;
b) Veto parcial, tomará o mesmo número já dado à parte não vetada.
ARTIGO 50 – A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
da Câmara.
PARÁGRAFO ÚNICO – O disposto neste artigo não se aplica aos projetos de iniciativa
exclusiva do Prefeito, que serão sempre submetidos à deliberação da Câmara.

SUBSEÇÃO V

DOS DECRETOS LEGISLATIVOS

E DAS RESOLUÇÕES

ARTIGO 51 – As proposições destinadas a regular matéria político - administrativa de competência


exclusiva da Câmara são:
a) decreto legislativo, de efeitos externos;
b) resolução, de efeitos internos.

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

PARÁGRÁFO ÚNICO – Os projetos de decreto legislativo e de resolução, aprovados pelo


Plenário, em um só turno de votação, não dependem de sanção do Prefeito, sendo promulgados
pelo Presidente da Câmara.
ARTIGO 52 – O Regimento Interno da Câmara disciplinará os casos de decreto legislativo e de
resolução cuja elaboração, redação, alteração e consolidação serão feitas com observância das
mesmas normas técnicas relativas às leis.

SEÇÃO VIII

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA,


ORÇAMENTÁRIA, OPERACIONAL E PATRIMONIAL

“Artigo 53 – A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial do Município e de todas as entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, finalidade, motivação,moralidade, publicidade e
interesse público, aplicação de subvenções e renúncia de receitas,
será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo, e
pelo sistema de controle interno do Executivo na forma da
respectiva Lei Orgânica,em conformidade como disposto no artigo
trinta e um (31) da Constituição Federal.

PARÁGRAFO 1º - O controle externo será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas


do Estado.
PARÁGRAFO 2º - Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou
de direito privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores
públicos ou pelo quais o Município responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de
natureza pecuniária.
PARÁGRAFO 3º - As contas do Município ficarão, durante sessenta dias, anualmente,
para exame e apreciação, à disposição de qualquer contribuinte, que poderá questionar a
legitimidade.
PARÁGRAFO 4º - As contas relativas a subvenções, financiamentos e auxílios recebidos
do Estado ou da União, ou por seu intermédio, serão prestadas em separado, diretamente ao
respectivo Tribunal de Contas, sem prejuízo da fiscalização externa exercida pela Câmara
Municipal.
ARTIGO 54 – A Câmara Municipal e o Executivo Municipal manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos do Município;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração municipal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
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Lei Orgânica do Município de Silveiras

III – exercer controle sobre o deferimento de vantagens e a forma de calcular qualquer


parcela integrante da remuneração, vencimento ou salário de seus membros ou servidores;
IV – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres do Município;
V – apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional;
PARÁGRAFO 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade, ilegalidade, ou ofensa aos princípios do artigo trinta e sete (37) da
Constituição Federal, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de
responsabilidade solidária.

PARÁGRAFO 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical é


parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ao Tribunal de Contas do Estado ou
à Câmara Municipal.

CAPÍTULO II

DA FUNÇÃO EXECUTIVA

SEÇÃO I

DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

SUBSEÇÃO I

DA ELEIÇÃO

“Artigo 55 - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito


Municipal, auxiliado por secretários municipais.

“Artigo 56 - A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito para


mandato de quatro anos, dar-se-á mediante pleito direto e
simultâneo realizado em todo o Pais, até noventa dias antes do
término do mandato dos que devam suceder, cuja posse ocorrerá
no dia primeiro (1°) de janeiro do ano subseqüente.”

Parágrafo único – A eleição do Prefeito importará a do


Vice-Prefeito com ele registrado.”

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

SUBSEÇÃO II

DA POSSE

ARTIGO 57 – O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse perante a Câmara Municipal, prestando


compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal, a do Estado e esta Lei Orgânica,
assim como observar a legislação em geral.
PARÁGRAFO 1º- Se, decorridos dez dias (10) da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-
Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Parágrafo 2° - O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão fazer


declaração publica de bens no ato da posse e no termino do
mandato, por exigência da legislação superior.

I - O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da


declaração anual de bens apresentada na Receita Federal, com as
necessárias atualizações, de acordo com a lei.”

Parágrafo 3° - O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão


desincompatibilizar-se no ato da posse, sob pena de perda do
cargo.

DA DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
ARTIGO 58 – O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão desincompatibilizar-se desde a posse, não
podendo, sob pena de perda do cargo:
I – firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou concessionária de serviço público, salvo quando
obedeça a cláusulas uniformes;
II – aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, incluindo os de que seja
demissível “ad nutum”, nas entidades constantes do inciso anterior, ressalvada a posse em virtude
de concurso e observado o disposto no artigo 125, II;
III – ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo;
IV – patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades já referidas no
inciso I;
V – ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito, ou nela exercer função remunerada.

SUBSEÇÃO IV
DA INELEGIBIDADE
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Lei Orgânica do Município de Silveiras

ARTIGO 59 – É inelegível para o mesmo cargo, no período subseqüente, o Prefeito e quem o


houver sucedido ou substituído nos seis meses anteriores à eleição.
ARTIGO 60 – Para concorrer a outro cargo eletivo, o Prefeito deve renunciar ao mandato, no
mínimo, seis meses antes do pleito.

SUBSEÇÃO V
DA SUBSTITUIÇÃO

ARTIGO 61 – O Prefeito será substituído no caso de impedimento, e sucedido, no de vaga


ocorrida após a diplomação, pelo Vice-Prefeito.
PARÁGRAFO ÚNICO – O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas por lei complementar, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado para missões
especiais.
ARTIGO 62 – Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, nos primeiros três anos de período
governamental, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
ARTIGO 63 – Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos
respectivos cargos, no último ano de período governamental, assumirá o Presidente da Câmara.
ARTIGO 64 – Em qualquer dos dois casos, seja havendo eleição, ou ainda, assumindo o
Presidente da Câmara, os sucessores deverão completar o período de governo restante.

SUBSEÇÃO VI

DA LICENÇA

ARTIGO 65 – O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, sem licença da Câmara Municipal,


ausentar-se do Município, por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
ARTIGO 66 – O Prefeito poderá licenciar-se:
I – quando a serviço ou em missão de representação do Município;
II – quando impossibilitado do exercício do cargo, por motivo de doença devidamente
comprovada ou no período de gestante.
PARÁGRAFO 1º - No caso do inciso I, o pedido de licença, amplamente motivado,
indicará, especialmente, as razões da viagem, o roteiro e a previsão de gastos.
PARÁGRAFO 2º - O Prefeito licenciado, nos casos dos incisos I e II, receberá a
remuneração integral.

Parágrafo 3° - Quando licenciado para tratar de assuntos


de seu interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

não ultrapasse trinta (30) dias por exercício, não terá direito à
remuneração.”

SUBSEÇÃO VII

DA REMUNERAÇÃO

“Artigo 67 – Os subsídios do Prefeito e do Vice-Prefeito serão


fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que
dispõem os arts. 37, X e XI, 39 § 4°, 150, II, 153,III, e 153,§
2°,I, da Constituição Federal,e assegurada a revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices” (art.29,V, CF
- EC.19/98)

Parágrafo único – Os subsídios serão fixados em parcela


única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional,
abono, premio, verba de representação ou outra espécie de
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto nas
normas constitucionais a que se referem este artigo.”

SUBSEÇÃO VIII

DO LOCAL DE RESIDÊNCIA

ARTIGO 68 – O Prefeito deverá residir no Município de Silveiras.

SUBSEÇÃO IX

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

ARTIGO 69 – O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão fazer declaração pública de bens no término do


mandato.

SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

ARTIGO 70 – Compete privativamente ao Prefeito, além de outras atribuições previstas nesta lei:

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

I – representar o Município nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas;


II – exercer, com o auxílio dos Secretários, Diretores ou Assessores Municipais, a direção
superior da administração pública;
III – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos para a sua
fiel execução;
IV – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

V - prover os cargos e empregos públicos e expedir os


demais atos referentes à situação funcional dos servidores, salvo
os de competência da Câmara Municipal.”

VI – nomear e exonerar os Secretários, Diretores ou Assessores Municipais, os dirigentes


de autarquias e fundações, assim como indicar os diretores de empresas públicas e sociedade de
economia mista;
VII – decretar desapropriação;
VIII – expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
IX – prestar contas à Câmara Municipal, da administração do Município;
X – apresentar à Câmara Municipal, na sua sessão inaugural, mensagem sobre a situação
do Município, solicitando medidas de interesse do Governo;
XI – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta lei;
XII – permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, nos termos desta Lei;
XIII – praticar os demais atos de administração, nos limites da competência do Executivo;
XIV – subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital de empresa pública ou de
sociedade de economia mista, desde que haja recursos hábeis na lei orçamentária;
XV – delegar, por decreto, à autoridade do Executivo, funções administrativas que não
sejam de sua exclusiva competência;
XVI – enviar à Câmara Municipal projetos de lei relativos ao Plano plurianual, diretrizes
orçamentárias, orçamento anual, dívida pública e operações de crédito;
XVII – enviar à Câmara Municipal projeto de lei sobre o regime de concessão ou
permissão de serviços públicos;
XVIII – encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, até trinta e um de março de cada
ano, a sua prestação de contas e a da Mesa da Câmara, bem como os balanços do exercício
findo;
XIX – fazer publicar os atos oficiais;
XX – colocar numerário à disposição da Câmara nos termos do artigo 139;
XXI – aprovar projetos de edificação, planos de loteamento, arruamento e zoneamento
urbano;
XXII – apresentar à Câmara Municipal o projeto do Plano Diretor;
XXVIII – propor ação direta de inconstitucionalidade;
XXV – enviar à Câmara Municipal, no prazo de quinze (15) dias, os documentos de
informação pedidos sob a forma de requerimento, formulado por vereador na forma regimental
vigente (emenda 005/92).
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Lei Orgânica do Município de Silveiras

PARÁGRAFO ÚNICO - A representação a que se refere o inciso I poderá ser delegada


por lei de iniciativa do Prefeito, a outra autoridade.

XXVI- decretar estado de calamidade publica e o estado de


emergência, quando for necessário preservar, ou, prontamente,
restabelecer, em locais determinados e restritos do Município de
Silveiras, a ordem publica e a paz social.

Parágrafo único – O Prefeito poderá delegar, por decreto,


aos Secretários ou Diretores Municipais funções administrativas
que não sejam da sua competência exclusiva.”

SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

SUBSEÇÃO I

DA RESPONSABILIDADE PENAL

ARTIGO 71 – O Prefeito, nos crimes de responsabilidade definidos na legislação federal, será


julgado pelo Tribunal de Justiça.

Parágrafo único - Constitui crime de responsabilidade do


Prefeito efetuar repasse de recursos à Câmara que supere os
limites definidos nesta Lei Orgânica, bem como deixar de enviar os
duodécimos até o dia vinte (20) de cada mês, ou enviá-lo a menor
em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.”

SUBSEÇÃO II

DA RESPONSABILIDADE POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

ARTIGO 72 – O Prefeito, nas infrações político - administrativas definidas em lei, será julgado pela
Câmara Municipal.

SEÇÃO IV

DOS SECRETÁRIOS, DIRETORES OU ASSESSORES MUNICIPAIS

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

ARTIGO 73 – Os Secretários, Diretores ou Assessores Municipais, serão escolhidos entre


brasileiros maiores de vinte e um anos, residentes no Município de Silveiras, e no exercício dos
direitos políticos, para exercerem funções previamente criadas pela Câmara Municipal.
ARTIGO 74 – Os Secretários Municipais, auxiliares diretos e da confiança do Prefeito, serão
responsáveis pelos atos que praticarem ou referendarem no exercício do cargo.
ARTIGO 75 – Os Secretários, Diretores ou Assessores Municipais farão declaração pública de
bens, no ato da posse e no término do exercício do cargo, e terão os mesmos impedimentos
estabelecidos para os Vereadores, enquanto permanecerem em suas funções.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

CAPÍTULO I
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

SUBSEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS

ARTIGO 76 – A administração municipal direta, indireta ou fundacional, obedecerá aos princípios


de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação e
interesse público.

SUBSEÇÃO II

DAS LEIS E DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

ARTIGO 77 – As leis e atos administrativos externos deverão ser publicados no órgão oficial do
Município, para que produzem os seus efeitos regulares.
PARÁGRAFO 1º – A publicação dos atos não normativos poderá ser resumida. (Emenda
008/99)
PARÁGRAFO 2º - A publicidade, de que trata este artigo, será substituída por Ato de
Afixação no Quadro de Editais da Prefeitura e da Câmara Municipal à falta de órgão oficial no
Município. (Emenda 008/99)

“Artigo 78 – O Município fixa prazos para a pratica de atos


administrativos e estabelece os recursos adequados à sua revisão,

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

indicando seus efeitos e forma de processamento, de acordo com


a legislação federal pertinente.” (Lei 9784/99)

SUBSEÇÃO III

DO FORNECIMENTO DE CERTIDÃO

ARTIGO 79 – A administração é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para a defesa de seus


direitos e esclarecimentos de situações de seu interesse pessoal, no prazo máximo de quinze dias
úteis, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob pena de responsabilidade da
autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição.
PARÁGRAFO ÚNICO – As requisições judiciais deverão ser atendidas no mesmo prazo,
se outro não for fixado pela autoridade judiciária.

SUBSEÇÃO IV

DOS AGENTES FISCAIS

ARTIGO 80 – A administração fazendária e seus agentes fiscais, aos quais compete exercer,
privativamente, a fiscalização de tributos municipais, terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da Lei.

SUBSEÇÃO V
DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA E FUNDAÇÕES

ARTIGO 81 – As autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações


controladas pelo Município:
I – dependem de lei para a sua criação, transformação, fusão, cisão, incorporação,
privatização ou extinção;
II – dependem de lei para serem criadas subsidiárias, assim como a participação destas
em empresa pública;
III – terão um de seus diretores indicado pelo sindicato dos trabalhadores da categoria,
cabendo à lei definir os limites de sua competência e atuação;
IV – deverão estabelecer a obrigatoriedade da declaração pública de bens, pelos seus
diretores, na posse e no desligamento.

SUBSEÇÃO VI
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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DA CIPA E CCA

ARTIGO 82 – Os órgãos da administração direta e indireta ficam obrigados a constituir Comissão


Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – e, quando assim o exigirem suas atividades,
Comissão de Controle Ambiental, visando à proteção da vida, do meio ambiente e das condições
de trabalho dos seus servidores, na forma da lei.

SUBSEÇÃO VII

DA DENOMINAÇÃO

ARTIGO 83 – É vedada a denominação de próprios municipais, vias e logradouros públicos com o


nome de pessoas vivas.

SUBSEÇÃO VIII

DA PUBLICIDADE

ARTIGO 84 – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos:
a) deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social;

b) não poderá conter nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridade ou servidores públicos.

SUBSEÇÃO IX

DOS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO

ARTIGO 85 – Os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou
não, que causem prejuízos ao erário, serão os fixados em lei federal, ressalvadas as respectivas
ações de ressarcimento.

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

SUBSEÇÃO X

DOS DANOS

ARTIGO 86 – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de


serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

SEÇÃO II

DAS OBRAS, SERVIÇOS PÚBLICOS


AQUISIÇÕES E ALIENAÇÕES

SUBESEÇÃO I

DISPOSIÇÃO GERAL

ARTIGO 87 - Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, aquisições e


alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que:
a) assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos
da lei;
b) permita somente as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações.
PARÁGRAFO ÚNICO – O Município adotará como norma licitatória a legislação federal
vigente.

SUBSEÇÃO II

DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS

ARTIGO 88 – A administração pública, na realização de obras e serviços, não pode contratar


empresas que desatendam as normas relativas à saúde e segurança no trabalho.
ARTIGO 89 – As licitações de obras e serviços públicos, sob pena de invalidade, deverão ser
precedidas da indicação do local onde serão executados e do respectivo projeto técnico, que
permita a definição precisa de seu objeto e previsão de recursos orçamentários.
ARTIGO 90 – O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum mediante:

a) convênio com o Estado, a União ou entidades particulares;

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

b) consórcio com outros municípios.


ARTIGO 91 – Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre mediante processo licitatório, a prestação de serviços públicos.
PARÁGRAFO 1º - A permissão de serviço público, estabelecida mediante decreto, será
delegada:
a) através de licitação;
b) a título precário.
PARÁGRAFO 2º - A concessão de serviço público, estabelecida mediante contrato,
dependerá de:
a) autorização legislativa;
b) licitação.
ARTIGO 92 – Os serviços permitidos ou concedidos estão sujeitos à regulamentação e
permanente fiscalização por parte do Executivo e podem ser retomados quando não mais atendam
aos seus fins ou às condições do contrato.
PARÁGRAFO ÚNICO – Os serviços permitidos ou concedidos, quando prestados por
particulares, não serão subsidiados pelo Município.
ARTIGO 93 – As reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão disciplinadas em
lei.
ARTIGO 94 – Os serviços públicos serão remunerados por tarifa previamente fixada pelo Prefeito,
na forma que a lei estabelecer.
ARTIGO 95 – As obras cuja execução necessitar de recursos de mais de um exercício financeiro
só poderão ser iniciadas com prévia inclusão no plano plurianual ou mediante lei que a autorize.
ARTIGO 96 – A execução de obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos e a
exploração de recursos naturais de qualquer espécie, quer pelo setor público, quer pelo privado,
serão admitidas se houver resguardo do meio ambiente ecologicamente equilibrado.

SUBSEÇÃO III

DAS AQUISIÇÕES

ARTIGO 97 – A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia


avaliação e autorização legislativa. (Emenda 007/92)

SUBSEÇÃO IV

DAS ALIENAÇÕES

ARTIGO 98 – A alienação de um bem móvel do Município, mediante doação ou permuta,


dependerá de interesse público manifesto e de prévia avaliação.
PARÁGRAFO 1º - No caso de venda, haverá necessidade, também, de licitação.

- 33 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

PARÁGRAFO 2º - No caso de ações, havendo interesse público manifesto, a negociação


far-se-á por intermédio de corretor oficial da Bolsa de Valores.
ARTIGO 99 – A alienação de um bem imóvel do Município mediante venda, doação com encargo,
permuta ou investidura, depende de interesse público manifesto, prévia avaliação e autorização
legislativa.
PARÁGRAFO 1º - No caso de venda, haverá necessidade, também, de licitação.
PARÁGRAFO 2º - No caso de investidura, dependerá apenas de prévia avaliação.
CAPÍTULO II

DOS BENS PÚBLICOS MUNICIPAIS

ARTIGO 100 – Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações
que, a qualquer título, pertençam ou venham a pertencer ao Município.
ARTIGO 101 – Pertencem ao patrimônio Municipal as terras devolutas localizas dentro do raio de
seis (6) quilômetros, contados do ponto central da sede do Município.
ARTIGO 102 – Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competência
da Câmara quanto aqueles utilizados em seus serviços e sob sua guarda.
ARTIGO 103 – Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a identificação respectiva,
numerando-se os móveis, segundo o que for estabelecido em regulamento.
ARTIGO 104 – O uso dos bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização, conforme o caso, e o interesse público exigir.
PARÁGRAFO 1º - A autorização será dada pelo prazo máximo de noventa dias, salvo no
de formação de canteiro de obra pública, quando então,corresponderá ao de sua duração.
PARÁGRAFO 2º - A permissão que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a
título precário, por decreto.
PARÁGRAFO 3º - A concessão de bens públicos de uso comum, somente poderá ser
outorgada para finalidades escolares, de assistência social ou turísticas, mediante autorização
legislativa, respeitado o disposto em sentido oposto estabelecido nesta lei.
PARÁGRAFO 4º - A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita
por portaria para atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo de noventa (90)
dias.
ARTIGO 105 – Poderão ser cedidos a particular, para serviços transitórios, máquinas e operadores
da Prefeitura, desde que não haja prejuízo para os trabalhadores do Município e o interessado
recolha previamente a remuneração arbitrada e assine termo de responsabilidade pela
conservação e devolução dos bens recebidos.
ARTIGO 106 – Fica proibido o uso de máquinas, veículos e seus operadores fora do Território do
Município, exceto em caso de calamidade pública, ou mediante convênio com outros Municípios,
aprovado por maioria absoluta dos membros da Câmara.

CAPÍTULO III

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

SEÇÃO I

DO REGIME JURÍDICO ÚNICO

ARTIGO 107- O Município instituirá regime jurídico único para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e fundações públicas, bem como planos de carreira.

Parágrafo único - O Município poderá instituir conselho de


política e administração e remuneração do pessoal, integrado por
servidores designados pelos respectivos Poderes locais.

I - A fixação dos padrões de vencimento e dos demais


componentes do sistema remuneratório obedecerão a norma
estabelecida pelo artigo 39, § 1° , da Constituição Federal.

II - As carreiras deverão ser dispostas em escala única


verticalizada hierarquicamente, obediente a critérios que visem a
proporcionar incrementos salariais devidos pelo reconhecimento de
antiguidade e merecimento, bem como linhas de ascenção
funcional que permitam a progressão funcional à classe superior.”

SEÇÃO II

DOS DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES

SUBSEÇÃO I

DOS CARGOS PÚBLICOS

ARTIGO 108 – Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei.
PARÁGRAFO 1º - As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento. (EC 19/98) (Emenda 012/06)
PARÁGRAFO 2º - A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as
pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

SUBSEÇÃO II

DA INVESTIDURA

ARTIGO 109 – A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas e ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. (EC 19/98) (emenda 012/06)
PARÁGRAFO 1º - É vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso
na administração pública.
PARÁGRAFO 2º - O prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável,
uma vez, por igual período.
PARÁGRAFO 3º - Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.

§ 4° - O Prefeito remeterá a Câmara Municipal, até o dia


dez de cada mês, a relação de investiduras feitas no mês anterior,
com a indicação dos cargos e funções, remuneração e forma de
provimento, sem prejuízo da publicação, semestral, do Relatório
de Gestão Fiscal, como determina a atual Lei de Responsabilidade
Fiscal.”

SUBSEÇÃO III

DA CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO

ARTIGO 110 – A lei municipal estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.

SUBSEÇÃO IV

DA REMUNERAÇÃO E DAS VANTANGENS

ARTIGO 111 – A revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á sempre na
mesma data. E, sem distinção de índices.
PARÁGRAFO 1º - A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a
menor remuneração dos servidores públicos, observado, como limite máximo, os valores
percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito.
PARÁGRAFO 2º - O vencimento dos cargos da Câmara Municipal não poderá ser superior
ao pago pelo Executivo.

- 36 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

PARÁGRAFO 3º - A lei assegurará aos servidores da administração direta, autarquias e


fundações públicas, isonomia de vencimento para cargos de atribuições iguais ou assemelhados
do mesmo poder ou entre servidores do Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de
caráter individual e as relativas à natureza ou local de trabalho.
PARÁGRAFO 4º - É vedada a vinculação ou equiparação de vencimento, para efeito de
remuneração de pessoal do serviço público, ressalvado o disposto nos parágrafos 2º e 3º deste
artigo.
PARÁGRAFO 5º - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão
computados nem acumulados, para fins de acréscimos ulteriores (EC 19/98) (emenda 012/06).
PARÁGRAFO 6º - O vencimento do servidor será de pelo menos um salário mínimo
nacional, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada a sua
vinculação para qualquer fim.
PARÁGRAFO 7º - Os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto no inciso XI e XIV do artigo 37 e nos artigos 39,
parágrafo 4º, 150, II, 153, III e 153, parágrafo 2º, I todos da Constituição Federal. (Emenda 012/06)

§ 8° - O décimo terceiro salário com base na remuneração


integral ou no valor da aposentadoria e/ou pensão será pago em
duas parcelas, cuja primeira será paga no mês do aniversário do
servidor, a requerimento do servidor, respeitada a prévia
existência de dotação orçamentária.

PARÁGRAFO 9º - A remuneração pecuniária de trabalho noturno será superior a do


diurno.
PARÁGRAFO 10 - O vencimento terá um adicional para as atividades penosas, insalubres
ou perigosas, na forma da lei.
PARÁGRAFO 11 - O vencimento não poderá ser diferente no exercício de funções e no
critério de admissão, por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
PARÁGRAFO 12 - O servidor deverá receber salário-família em razão de seus
dependentes.
PARÁGRAFO 13 - A duração do trabalho normal não poderá ser superior a oito horas
diárias e a quarenta e quatro semanas, facultada a compensação de horários e a redução de
jornada na forma da lei.
PARÁGRAFO 14 - O repouso semanal remunerado será concedido preferencialmente aos
domingos.
PARÁGRAFO 15 - O serviço extraordinário deverá corresponder a uma retribuição
pecuniária superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal.
PARÁGRAFO 16 – O vencimento, vantagens ou qualquer parcela remuneratória, pagos
com atraso, deverão ser corrigidos monetariamente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis à
espécie.
PARÁGRAFO 17 – Será concedido auxílio funeral por morte de servidor municipal, na
forma da lei.

- 37 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

§ 18 - Aplicam-se aos servidores municipais, ocupantes de


cargos públicos, além daqueles que a lei estabelecer, os direitos
enumerados no artigo 39, § 3°, c.c. o artigo 7°, e seus incisos, da
Constituição Federal.

“Artigo 111-A – O Município poderá oferecer aos servidores


públicos efetivos a possibilidade de aprimoramento técnico,
profissional, cultural e intelectual, através de programas
permanentes de treinamento e de desenvolvimento de recursos
humanos, ou ainda com auxilio pecuniário à razão de até a
anuidade escolar, quando o curso em questão tiver estreita
relação com a atividade profissional exercida, na forma da lei”.

ARTIGO 112 – Além das previstas por lei, o servidor público municipal fará jus à seguinte
vantagem:
a) sexta parte: o servidor, ao completar vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço
público municipal, terá direito à sexta parte do valor da referência em que estiver enquadrado.

SUBSEÇÃO V
DAS FÉRIAS

ARTIGO 113 – As férias anuais serão pagas com, pelo menos, um terço a mais do que a
remuneração normal.

SUBSEÇÃO VI
DAS LICENÇAS

ARTIGO 114 – A licença à gestante, sem prejuízo do emprego e da remuneração, terá a duração
de cento e vinte dias.
PARÁGRAFO ÚNICO – O prazo da licença-paternidade será fixado em lei.

SUBSEÇÃO VII

DO MERCADO DE TRABALHO

ARTIGO 115 – A proteção do mercado de trabalho da mulher far-se-á mediante incentivos


específicos, nos termos da lei federal.

SUBSEÇÃO VIII

DAS NORMAS DE SEGURANÇA


- 38 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

ARTIGO 116 – A redução dos riscos inerentes ao trabalho far-se-á por meio de normas de saúde,
higiene e segurança.
PARÁGRAFO 1º - Ao servidor público municipal que tiver sua capacidade de trabalho
reduzida em decorrência de acidente de trabalho ou doença, será garantida sua transferência para
locais ou atividades compatíveis com sua situação, sem prejuízo dos seus vencimentos.
PARÁGRAFO 2º - A lei assegurará à servidora gestante, mudança de função nos casos
em que houver recomendação médica, sem prejuízo dos seus vencimentos ou salários e demais
vantagens do cargo ou função.

SUBSEÇÃO IX

DO DIREITO DE GREVE

ARTIGO 117 – O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
complementar federal.

SUBSEÇÃO X

DA ASSOCIAÇÃO SINDICAL

ARTIGO 118 – O servidor público poderá sindicalizar-se livremente.

SUBSEÇÃO XI

DA ESTABILIDADE

ARTIGO 119 – – São estáveis, após 03 (três) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude concurso público. (EC 19/98) (emenda 012/06)
PARÁGRAFO 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença
judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa.
PARÁGRAFO 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será
ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
PARÁGRAFO 3º - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor público
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo. (EC 19/98) (emenda 012/06)

SUBSEÇÃO XII
- 39 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

DA ACUMULAÇÃO

ARTIGO 120 – É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horário:
I – a de dois cargos de professor;
II – a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
II – a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas. (EC 34/01) (Emenda 012/06).
PARÁGRAFO ÚNICO – A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pela
administração pública.

SUBSEÇÃO XIII

DO TEMPO DE SERVIÇO

ARTIGO 121 – O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado
integralmente para efeitos de aposentadoria e disponibilidade.

SUBSEÇÃO XIV

DA APOSENTADORIA

ARTIGO 122 – O servidor será aposentado:


I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, na forma da lei. (EC 41/03) (Emenda 012/06).
II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo
de contribuição. (Emenda 012/06).
III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício
no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
condições descritas nas alíneas a, b, e c, e todos os parágrafos, do artigo 40, da Constituição
Federal. (EC 20/98 e 41/03) (Emenda 012/06)
PARÁGRAFO 1º - Lei Complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso
III, no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas. (Emenda
012/06)
PARÁGRAFO 2º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do
tempo de contribuição na administração pública e na atividade particular, rural e urbana, hipótese

- 40 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

em que os diversos sistemas de previdência social se compensarão financeiramente, segundo


critérios estabelecidos em lei. (Emenda 012/06)

SUBSEÇÃO XV

DOS PROVENTOS E PENSÕES

ARTIGO 123 – Os proventos da aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma


data, sempre que se modificar remuneração dos servidores em atividade, e estendidos aos
inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em
atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função
em que se deu a aposentadoria, na forma da lei.
PARÁGRAFO ÚNICO – O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade da
remuneração ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o
disposto neste artigo.

SUBSEÇÃO XVI

DO REGIME PREVIDÊNCIÁRIO
“Artigo 124 – O Município poderá estabelecer, por lei, o regime
previdenciário de seus servidores, observada a legislação superior.

Parágrafo único – Ao servidor ocupante, exclusivamente de


cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e
exoneração bem como outro cargo temporário ou emprego
publico, aplica-se o regime geral da previdência social.”

SUBSEÇÃO XVII

DO MANDATO ELETIVO

ARTIGO 125 – Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes


disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu
cargo, emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
lhe facultado optar pela sua remuneração.
III – investido no mandato de Vereador;

- 41 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

a) havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego


ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
c) será inamovível;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.

SUBSEÇÃO XVIII

DOS ATOS DE IMPROBIDADE

ARTIGO 126 – Dos atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

TÍTULO IV

DA TRIBUTAÇÃO, DAS FINANÇAS

E DOS ORÇAMENTOS

CAPÍTULO I

DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

SEÇÃO I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS

ARTIGO 127 – A receita pública será constituída por tributos, tarifas, preços e outros ingressos.
PARÁGRAFO ÚNICO – Os preços públicos serão fixados pelo Executivo, observadas as
normas gerais de Direito Financeiro e as leis atinentes à espécie.
ARTIGO 128 – Compete ao Município instituir:
I – os impostos previstos nesta lei e outros que venham a ser de sua competência;

- 42 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

II – taxas em razão do exercício do poder de polícia, ou pela utilização, efetiva ou


potencial, de serviços públicos de sua atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte
ou postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;
IV – contribuição, cobrada de seus servidores para custeio, em benefício destes, de
sistemas de previdência e assistência social.
PARÁGRAFO 1º - Os impostos, sempre que possível, terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do
contribuinte.
PARÁGRAFO 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

SEÇÃO II

DAS LIMITAÇÕES DO PODER

DE TRIBUTAR

ARTIGO 129 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao


Município:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
exercida, independente de denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III – cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os institui ou
aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea “b”. (EC 42/03) (Emenda 012/06);
IV – utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributo;
VI - instituir impostos sobre o patrimônio, rendas ou serviços:
a) da União, do Estado e de outros Municípios, de suas autarquias e fundações,
vinculadas aos seus fins essenciais ou deles decorrentes;
b) dos templos de qualquer culto;

- 43 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

c) dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos
os requisitos de lei;
d) dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.

PARÁGRAFO 1º - A proibição do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações


instituídas ou mantidas pelo Município, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados aos seus fins essenciais ou deles decorrentes.
PARÁGRAFO 2º - As proibições do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior, não se aplicam
ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas
regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.
PARÁGRAFO 3º - As proibições expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem
somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das
entidades nelas mencionadas.
PARÁGRAFO 4º - Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou
previdenciária só poderá ser concedida mediante lei específica.
ARTIGO 130 – É vedada ao Município estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
ARTIGO 131 – É vedada a cobrança de taxas:
a) pelo exercício do direito de petição à administração pública em defesa de direitos ou
contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) para a obtenção de certidões em repartição pública, para defesa de direitos e
esclarecimentos de interesse pessoal.

SEÇÃO III

DOS IMPOSTOS DO MUNICÍPIO

ARTIGO 132 – Compete ao Município instituir impostos sobre:


I – propriedade predial e territorial urbana;
II – transmissão “inter-vivos”, a qualquer título, por ato oneroso:
a) de bens imóveis, por natureza ou acessão física;
b) de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia;
c) cessão de direitos à aquisição de imóveis;
III – vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;
IV – serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência estadual,
definidos em lei complementar;
PARÁGRAFO 1º - O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos da
lei, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

- 44 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

PARÁGRAFO 2º - O imposto previsto no inciso II:


a) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de
pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes
de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se nesses casos a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil;
b) incide sobre imóveis situados no território do Município.

SEÇÃO IV

DA PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO

NAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

ARTIGO 133 – Pertence ao Município:


I – O produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por ele, suas autarquias e
fundações que institua e mantenha;
II – cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a
propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis nele situados;
III – cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados em seu território;
IV – vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação.
PARÁGRAFO 1º - As parcelas de receita pertencentes ao Município, mencionadas no
inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
a) três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à
circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seu território;
b) até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual.
PARÁGRAFO 2º - Para fins do disposto no parágrafo 1º, “a” deste artigo, lei complementar
nacional definirá valor adicionado.
ARTIGO 134 – A União entregará vinte e dois inteiros e cinco décimos do produto da arrecadação
dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados ao
Fundo de Participação dos Municípios.
PARÁGRAFO ÚNICO – As normas de entrega desses recursos serão estabelecidas em
lei complementar, em obediência ao disposto no artigo 161, II da Constituição Federal, com o
objetivo de promover o equilíbrio sócio-econômico entre os Municípios.
ARTIGO 135 – O Estado entregará ao Município vinte e cinco por cento dos recursos que receber
da União, a título de participação no Imposto sobre Produtos Industrializados, observados os
critérios estabelecidos no artigo 158, parágrafo único, I e II da Constituição Federal.
- 45 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

ARTIGO 136 – O Município divulgará, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os
montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem
tributária entregues e a entregar, e a expressão numérica dos critérios de rateio.

CAPÍTULO II

DAS FINANÇAS

ARTIGO 137 – A despesa de pessoal ativo e inativo ficará sujeita aos limites estabelecidos na lei
complementar a que se refere o artigo 169 da Constituição Federal.
PARÁGRAFO ÚNICO – A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração,
a criação de cargos ou a alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações,
só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária, suficiente para atender às projeções de
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
ARTIGO 138 – O Poder Executivo publicará e enviará à Câmara Municipal, até 30 (trinta) dias
após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária dos órgãos
da administração direta, das autarquias, das empresas públicas, das sociedades de economia
mista e das fundações instituídas e mantidas pela municipalidade.
PARÁGRAFO 1º - Até dez dias antes do encerramento do prazo de que trata este artigo,
as autoridades nele referidas remeterão ao Executivo as informações necessárias.
PARÁGRAFO 2º - A Câmara Municipal publicará seu relatório nos termos deste artigo.
ARTIGO 139 – O numerário correspondente às dotações orçamentárias do Legislativo,
compreendidos os créditos suplementares e especiais, sem vinculação a qualquer tipo de
despesa, será entregue em duodécimos, até o dia vinte de cada mês, em cotas estabelecidas na
programação financeira, com participação pelo Executivo para seus próprios órgãos.
ARTIGO 140 – As disponibilidades de caixa do Município serão depositadas em instituições
financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
ARTIGO 141 – O Município organizará a sua contabilidade de modo a evidenciar os fatos ligados à
sua administração financeira, orçamentária, patrimonial e industrial.
ARTIGO 142 – Nenhuma despesa será ordenada ou realizada sem que existam recursos
orçamentários ou crédito votado pela Câmara Municipal.

CAPÍTULO III

DOS ORÇAMENTOS

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

ARTIGO 143 – Leis de iniciativa do Executivo estabelecerão, com observância dos preceitos
correspondentes da Constituição Federal:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
PARÁGRAFO 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes , objetivos
e metas da administração pública para as despesas de capital e outras dela decorrentes e as
relativas aos programas de duração continuada.
PARÁGRAFO 2º - A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na
legislação tributária.
PARÁGRAFO 3º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos fundos, órgãos e entidades da administração direta e
indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Município.;
II – o orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento de seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídos ou
mantidos pelo Município.
PARÁGRAFO 4º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativos
dos efeitos decorrentes de isenções, anistias, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia.
PARÁGRAFO 5º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação da
receita, nos termos da lei.
ARTIGO 144 – Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais, bem como suas emendas, serão apreciados pela
Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno.
PARÁGRAFO 1º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem serão admitidas desde que:
I – Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – Indiquem os recursos necessários, aceitos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotação para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida.
III – relacionadas:
a) com correção de erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

PARÁGRAFO 2º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão


ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

Parágrafo 3° - O Prefeito poderá enviar mensagem à


Câmara para propor modificações nos projetos que se refere este
artigo, enquanto não iniciada no Plenário a votação da parte cuja
alteração é proposta.”

PARÁGRAFO 4º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não


contrariar o posto neste capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo.
PARÁGRAFO 5º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição parcial
do projeto de lei orçamentária anual, ficaram sem despesas correspondentes, poderão ser
utilizados, conforme o caso, mediante critérios especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização legislativa.
ARTIGO 145 – São vedados:
I – o início de programas, projetos e atividades não incluídos na lei orçamentária anual;
II – a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
III – a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com fim preciso,
aprovados pela Câmara Municipal, por maioria absoluta;
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo
artigo 212 da Constituição Federal, e a prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita;
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII – a utilização, sem autorização legislativa especificada de recursos dos orçamentos
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e
fundos;
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
PARÁGRAFO 1º - Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize sua
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade;
PARÁGRAFO 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos
quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

PARÁGRAFO 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para


atender às despesas previsíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública.

TÍTULO V

DA ORDEM ECONÔMICA

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS

DA ATIVIDADE ECONÔMICA

ARTIGO 146 – O Município dispensará às microempresas, às empresas de pequeno porte, ao


micro e pequenos produtores rurais, assim definidos em lei, tratamento jurídico diferenciado,
visando a incentivá-los pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e
creditícias, ou pela eliminação ou redução destas, por meio de lei.
ARTIGO 147 – A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
ARTIGO 148 – O Município promoverá e incentivará o turismo e o artesanato como fatores de
desenvolvimento social e econômico, na forma da lei.

CAPÍTULO II

DO DESENVOLVIMENTO URBANO

ARTIGO 149 – No estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano, o


Município assegurará:
I – o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar de
seus habitantes;
II – a participação das respectivas entidades comunitárias no estudo, encaminhamento e
solução dos problemas, planos, programas, e projetos que lhe sejam concernentes;
III – a preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e cultural;
IV – a criação e manutenção de áreas de especial interesse histórico, urbanístico,
ambiental, turístico e de utilização pública;
V – a observância das normas urbanísticas, de segurança, higiene e qualidade de vida;
VI – os terrenos definidos em projeto de loteamento como áreas verdes ou institucionais
não poderão, em qualquer hipótese, ser alterados na destinação, fim e objetivos originalmente
estabelecidos;

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

VIII – A preservação das matas naturais ainda existentes.


ARTIGO 150 – O município estabelecerá, mediante lei, em conformidade com as diretrizes do
plano diretor, normas sobre zoneamento, loteamento, parcelamento, uso e ocupação do solo,
índices urbanísticos, proteção ambiental e demais limitações administrativas pertinentes.
PARÁGRAFO 1º - O plano diretor deverá considerar a totalidade do território municipal.
PARÁGRAFO 2º - O Município estabelecerá critérios para regularização e urbanização
dos assentamentos e loteamentos irregulares.
PARÁGRAFO 3º - O Município autorizará a instalação de industrias, desde que:
I – não sejam bélicas;
II – apresentem instrumentos eficazes de controle e proteção do meio ambiente.
ARTIGO 151 – É facultado ao Município, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-utilizado
ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento ou edificação compulsórios;
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III – desapropriação com pagamento mediante título da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
ARTIGO 152 – Respeitadas as disposições desta lei e especificamente a disposição contida no
inciso III do artigo anterior, as desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.
ARTIGO 153 – Incumbe ao Município promover programas de construção de moradias populares,
de melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.
ARTIGO 154 – Compete ao Município, de acordo com as diretrizes de desenvolvimento urbano, a
criação e a regulamentação de zonas industriais, obedecidos os critérios estabelecidos pelo
Estado, mediante lei, respeitadas ao uso e ocupação do solo e ao meio ambiente urbano e natural.

CAPÍTULO III

DA POLÍTICA AGRÍCOLA

ARTIGO 155 – Caberá ao Município manter, isoladamente ou em cooperação com o Estado, as


medidas previstas no Artigo 184 da Constituição Estadual, além de outras de efetivo interesse de
coletividade e do Município.
ARTIGO 156 – O Município, na forma da lei, organizará o abastecimento alimentar, assegurando
condições para a produção e distribuição de alimentos básicos.
ARTIGO 157 – O Município, na forma da lei, fixará o percentual de terra a ser utilizada, em cada
propriedade, para reflorestamento com eucalipto.

CAPÍTULO IV

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS

NATURAIS E DO SANEAMENTO

SEÇÃO I

DO MEIO AMBIENTE

ARTIGO 158 – O Município providenciará, com a participação da coletividade, a preservação,


conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente natural, artificial e do trabalho,
atendidas as peculiaridades locais e em harmonia com o desenvolvimento social e econômico.
ARTIGO 159 – A execução de obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos, e a
exploração de recursos naturais de qualquer espécie, quer pelo setor público, quer pelo particular,
serão admitidas se houver resguardo do meio ambiente ecologicamente equilibrado.
ARTIGO 160 – Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo Município na forma da lei.
PARÁGRAFO ÚNICO – É obrigatória, na forma da lei, a recuperação, pelo responsável,
da vegetação adequada nas áreas protegidas, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.
ARTIGO 161 – As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, com aplicação de multas diárias e
progressivas no caso de continuidade da infração ou reincidência, incluídas a redução do nível de
atividade e a interdição, independentemente da obrigação dos infratores de reparação aos danos
causados.
ARTIGO 162 – Ao Município compete a preservação do meio ambiente e o combate à poluição,
em qualquer de suas formas, através de :
I – estimulo à criação e manutenção de unidades particulares voltadas para tal fim;
II – campanhas permanentes, junto à população, quanto à formação de hortas, pomares,
bosques e jardins;
III – estabelecimento de convênios com o D.N.E.R., D.E.R., Sindicato Rural, Casa da
Agricultura e outras entidades para arborização de estradas vicinais e ruas da cidade com
essências nativas e/ou árvores frutíferas.
IV – proteção à fauna e flora, vedando práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, provoquem a extinção ou submetam à crueldade;
V – estimulando e/ou providenciando o repovoamento das matas e cursos d’água com
espécies locais ou outras que ali se adaptem.
ARTIGO 163 – O Município terá direito a uma compensação financeira por parte do Estado
sempre que este venha impor-lhe restrições com a ocupação de espaços territoriais.

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

ARTIGO 164 – O Município poderá estabelecer consórcio com outros Municípios objetivando a
solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental, em particular à preservação dos
recursos hídricos e ao uso equilibrado dos recursos naturais.
ARTIGO 165 – As áreas declaradas de utilidade pública, para fins de desapropriação, objetivando
a implantação de unidades de conservação ambiental, serão consideradas espaços territoriais
especialmente protegidos, não sendo nelas permitidas atividades que degradem o meio ambiente
ou que, por qualquer forma, possam comprometer a integridade das condições ambientais que
motivaram a expropriação.
ARTIGO 166 – As escolas municipais manterão disciplina de educação ambiental e de
conscientização pública para a preservação do meio ambiente.

SEÇÃO II

DOS RECURSOS NATURAIS

SUBSEÇÃO I

DOS RECURSOS HÍDRICOS

ARTIGO 167 – O Município, para administrar os serviços de água de interesse exclusivamente


local, poderá celebrar convênio com o Estado.
ARTIGO 168 – O Município deverá receber do Estado, como compensação, uma contribuição para
o seu desenvolvimento, se tiver localizado em seu território, reservatório hídrico, ou dele decorrer
algum impacto.
ARTIGO 169 – O Município, para proteger e conservar as águas e prevenir seus efeitos adversos,
adotará medidas no sentido:
I – da instituição de áreas de preservação das águas utilizáveis para abastecimento às
populações e da implantação, conservação e recuperação das matas ciliares;
II – do zoneamento de áreas inundáveis, com restrições a usos incompatíveis naquelas
sujeitas a inundações freqüentes e da manutenção da capacidade de infiltração do solo;
III – da implantação de sistemas de alerta e defesa civil, para garantir a segurança e a
saúde públicas, quando de eventos hidrológicos indesejáveis;
IV – do condicionamento, à aprovação prévia por organismos estaduais de controle
ambiental e de gestão de recursos hídricos, na forma da lei, dos atos de outorga de direitos que
possam influir na qualidade ou quantidade das águas superficiais ou subterrâneas;
V – da instituição de programas permanentes de racionalização do uso das águas
destinadas ao abastecimento público e industrial e a irrigação, assim como de combate às
inundações e à erosão;

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

VI – disciplinará os movimentos de terras e a retirada da cobertura vegetal, para prevenir a


erosão do solo, assoreamento e a poluição dos cursos de água.
PARÁGRAFO ÚNICO – O Município receberá incentivos do Estado se aplicar,
prioritariamente, nas ações previstas neste artigo e no tratamento de águas residuárias, o que vier
a receber em decorrência da exploração dos potenciais energéticos assim como possível
compensação financeira.
ARTIGO 170 – O Município prestará orientação e assistência sanitária às localidades desprovidas
de Sistema de Saneamento Básico, e à população rural, incentivando e disciplinando a construção
de poços e fossas tecnicamente apropriadas e instituindo programas de saneamento.
PARÁGRAFO ÚNICO – Nas áreas rurais, haverá assistência e auxílio à população, para
serviços e as obras coletivas de abastecimento doméstico, tais como a perfuração de poços
profundos, construção de açudes, reservatórios, adutoras e rede de distribuição de água, sempre
que possível com rateio dos custos entre os beneficiados.

SUBSEÇÃO II

DOS RECURSOS MINERAIS

ARTIGO 171 – O Município, na aplicação do conhecimento geológico, poderá contar com o


atendimento técnico do Estado.

SEÇÃO III

DO SANEAMENTO

ARTIGO 172 – O Município, para o desenvolvimento dos serviços dos serviços de saneamento
básico, contará com a assistência técnica e financeira do Estado.

TÍTULO VI

DA ORDEM SOCIAL

CAPÍTULO I

DA SEGURIDADE SOCIAL

SEÇÃO I
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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DISPOSIÇÃO GERAL

ARTIGO 173 – O Município deverá contribuir para a seguridade social, atendendo ao disposto nos
artigos 194 e 195 da Constituição Federal, visando assegurar os direitos relativos à saúde e à
assistência social.

SEÇÃO II

DA SAÚDE

ARTIGO 174 – O Município, conjuntamente com o Estado, garantirá o direito à saúde mediante:
I – políticas sociais, econômicas e ambientais que visem ao bem-estar físico, mental e
social do individuo e da coletividade e à redução do risco de doenças e outros agravos;
II – acesso universal e igualitário às ações e ao serviço de saúde, em todos os níveis;
III – fornecimento de informações e esclarecimentos de interesse da saúde individual e
coletiva, assim como as atividades desenvolvidas pelo sistema;
IV – atendimento integral do indivíduo, abrangendo a promoção, preservação e
recuperação de sua saúde.
ARTIGO 175 – As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao município
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle.
PARÁGRAFO 1º - As ações e os serviços de preservação da saúde abrangem o ambiente
natural, os locais públicos e de trabalho.
PARÁGRAFO 2º - As ações e serviços de saúde serão realizados, preferencialmente, de
forma direta, pelo Município ou através de terceiros, e pela iniciativa particular.
PARÁGRAFO 3º - A assistência à saúde é livre à iniciativa particular.
PARÁGRAFO 4º - A participação do setor privado no sistema único de saúde efetivar-se-á
segundo suas diretrizes, mediante convênio ou contrato de direito público, tendo preferência
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
PARÁGRAFO 5º - As pessoas físicas e as pessoas jurídicas de direito privado, quando
participarem do sistema único de saúde, ficam sujeitas às suas diretrizes e às normas
administrativas incidentes sobre o objeto de convênio ou de contrato.
PARÁGRAFO 6º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxilio ou subvenções
às instituições particulares com fins lucrativos.

Parágrafo 7° - Os gestores locais do sistema único de


saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agente de
combate às endemias por meio de processo seletivo publico, de
acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e
requisitos específicos para sua atuação.

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

I - O regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as


diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das
atividades dos agentes a que se refere este parágrafo serão - as
estabelecidos por lei federal.

II - Caberá a União prestar assistência financeira


complementar ao Município, para o cumprimento do piso salarial
de que trata o item anterior, deste parágrafo.

ARTIGO 176 – O Conselho Municipal de Saúde, com sua composição, organização e competência
fixada em lei, contará, na elaboração e controle das políticas de saúde, bem como na formulação,
fiscalização e acompanhamento do sistema único de saúde, com a participação de representantes
da comunidade, em especial, dos trabalhadores, entidades e prestadores de serviços da área de
saúde.
ARTIGO 177 – As ações e os serviços de saúde executados e desenvolvidos pelo Município, por
sua administração direta, indireta e fundacional, constituem o sistema único de saúde,nos termos
da Constituição Federal, que se organizará de acordo com as seguintes diretrizes e bases:
I – descentralização, sob a direção de um profissional de saúde;
II – universalização da assistência de igual qualidade com instalação e acesso a todos os
níveis, dos serviços de saúde à população urbana e rural;
III – gratuidade dos serviços prestados, vedada a cobrança de despesas e taxas, sob
qualquer título.
ARTIGO 178 – O volume dos recursos destinados pelo Município às ações e serviços de saúde
será fixado em sua lei orçamentária e mais o que lhe for destinado pelo Sistema Único de Saúde,
constituindo-se em um Fundo Municipal de Saúde.
ARTIGO 179 – As instituições de prestação de serviços de saúde receberão do Município
tratamento jurídico diferenciado, visando seu desenvolvimento e o aperfeiçoamento das técnicas
cientificas necessárias aos cuidados e preservação da saúde humana, através de eliminação,
redução ou simplificação de tributos.
ARTIGO 180 - É vedada a nomeação ou designação, para cargo ou função de chefia ou
assessoramento na área de saúde, em qualquer nível, de pessoa que participe de direção,
gerência ou administração de entidades que mantenham contratos, convênios ou sejam
credenciadas pelo Sistema Único de Saúde, a nível municipal.

SEÇÃO III

DA PROMOÇÃO SOCIAL

SUBSEÇÃO I

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL

ARTIGO 181 – As ações do Poder Público Municipal, através de programas e projetos na área de
Assistência Social, serão organizadas, elaboradas, executadas e acompanhadas com base nos
seguintes princípios:
I – participação da comunidade;
II – autonomia do Município que, em consonância com as esferas Federal e Estadual,
coordenará e executará os programas da área, de acordo com a formulação de uma política social
para o Município, com base no conhecimento da realidade local;
III – integração das ações dos órgãos públicos e entidades ligadas às áreas,
compatibilizando programas e recursos, evitando a duplicidade de atendimentos;
IV – promoção e desenvolvimento pleno da pessoa humana tornando-a sujeito de direito;
V – programas e projetos propostos que devido à sua própria natureza, serão
constantemente revistos à luz do conhecimento teórico-prático e sempre com a participação do
usuário;
VI – as ações governamentais e os programas de assistência social, por sua natureza
emergencial e compensatória, não deverão prevalecer sobre a formulação e aplicação de políticas
sociais básicas nas áreas de saúde, educação, abastecimento, transporte e alimentação.
ARTIGO 182 – O Poder Público incumbirá um órgão específico para definição e execução de uma
política de ação para o setor ou área de Assistência Social do Município, sempre com caráter
educativo e promocional.
PARÁGRAFO 1º - As atividades desse órgão serão executadas em parceria com
entidades sociais particulares do Município bem como com o Poder Público Federal e Estadual.
PARÁGRAFO 2º - Para o cumprimento do disposto no parágrafo primeiro, deverá o Poder
Público, quando necessário, subvencionar programas e projetos desenvolvidos pelas entidades
não governamentais de assistência social do Município, desde que subordinadas à política de
assistência social do Município bem como à fiscalização do poder público e da população.
ARTIGO 183 – A assistência social será prestada a todo cidadão, em especial aos que, em
situação de incapacidade ou impedimento permanente ou temporário, por razões sociais, pessoais
ou de calamidade pública, não possam prover a si e à sua família.
ARTIGO 184 – Caberá ao Poder Público Municipal conceder alvará de funcionamento às
entidades sociais privadas, sem fins lucrativos.
ARTIGO 185 – É vedada a distribuição de recursos públicos na área de assistência social,
diretamente ou por indicação e sugestão ao órgão competente de cargos eletivos.

SUBSEÇÃO II

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO

ARTIGO 186 – A família, base da sociedade, tem especial atenção do Estado que lhe garantirá os
direitos básicos de sobrevivência, sendo efetivamente respeitada, livre e estimulada a organizar-se
com outras famílias, de modo a participar ativamente da transformação social, denunciando os
casos de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e agressão.

ARTIGO 187 – O Poder Público promoverá, em parceria com outros órgãos não governamentais,
programas especiais visando a paternidade responsável, através de cursos, palestras e
orientações freqüentes em locais de livre acesso, sobre métodos naturais de planejamento familiar
que não prejudiquem a saúde da mulher.
ARTIGO 188 – Cabe ao Poder Público, bem como à família, assegurar à criança e ao adolescente,
ao jovem, ao idoso e aos portadores de deficiência, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-las a salvo de toda
forma de negligência, a discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
ARTIGO 189 – Cabe ao Poder Público, quando das impossibilidades reais dos pais ou quando
esses exerçam atividades fora do lar:
I – promover a instalação de creches e pré-escolas municipais e favorecer a instalação de
creches e pré-escolas particulares nas empresas, fundações e entidades sociais que garantam um
espaço educacional às crianças de zero (0) a dez (10) anos em regime de semi-internato, através
de incentivos fiscais e subvenções periódicas e sistemáticas;
II – promover convênio tendo em vista a instalação de centros educacionais e
promocionais nas empresas, fundações e entidades sociais, voltadas ao desenvolvimento de
atividades artísticas, esportivas e ocupacionais para crianças de sete (07) a dezoito (18) anos;
III – promover a instalação de oficinas semi-profissionalizantes nas empresas, fundações e
entidades sócias para adolescentes de 10 (dez) a dezoito (18) anos.
ARTIGO 190 – Cabe ao Poder Público incentivar a assistência às crianças e adolescentes órfãos
e/ou abandonados, através de ações próprias ou em convênios com entidades sociais particulares.
ARTIGO 191 – Cabe ao Poder Público incentivar as entidades particulares, através de convênios
específicos, para o desenvolvimento de programas de atendimento às crianças e adolescentes,
com ou sem vínculo familiar, que fazem da rua seu espaço de trabalho.
ARTIGO 192 – Cabe ao Poder Público incentivar as entidades sociais particulares no
desenvolvimento de programas de prevenção e orientação contra entorpecentes, álcool, drogas e
afins, bem como no acompanhamento de denúncias e na realização de atendimentos
especializados às crianças e adolescentes.
ARTIGO 193 – Ao Município cabe a responsabilidade de desenvolver uma política de ação para
pessoas portadoras de deficiência, integrada com órgão e instituição da área.

CAPÍTULO II

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DA GUARDA MUNICIPAL

ARTIGO 194 – O Município poderá constituir uma Guarda Municipal destinada à proteção de seus
bens, serviços e instalações, obedecidos os preceitos da Lei Federal.

CAPÍTULO III

DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DOS ESPORTES E LAZER

SEÇÃO I

DA EDUCAÇÃO

ARTIGO 195 – O Município organizará, em regime de colaboração com o Estado, seu sistema de
ensino.
ARTIGO 196 – A atuação do Município no campo da educação, obedecerá à seguinte escala de
prioridade:

I - organização de uma rede municipal de ensino básico


obrigatório e gratuito dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a
ela não tiverem acesso na idade própria.”

a) – atendimento ao educando, em todas as etapas da


educação básica, por meio de programas suplementares de
material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à
saúde.”

II – melhoria de qualidade do ensino fundamental, oferecido pela rede estadual;


III – erradicação do analfabetismo;
IV – ampliação do atendimento da faixa etária de zero (0) aos três (03) anos.

V - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito


publico subjetivo, sendo que o seu não-oferecimento ou sua oferta
irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

ARTIGO 197 – O Município aplicará, anualmente, na manutenção e no desenvolvimento do ensino


público, no mínimo, vinte e cinco por cento (25%) da receita resultante dos impostos,
compreendida a proveniente de transferências.

- 58 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

PARÁGRAFO ÚNICO – Serão considerados gastos com a manutenção e o desenvolvimento do


ensino:
I – financiamento do sistema municipal pré-escolar;
II – colaboração financeira com o sistema estadual de ensino fundamental, nos seguintes
itens:
a) cessão de terreno para a construção escolar;
b) reforma e manutenção da rede de escolas estaduais;
c) aquisição de mobiliário, equipamentos e materiais didáticos;
d) programas de merenda para os educandos;
 e) pagamento de pessoal especializado, visando ao enriquecimento curricular e
pedagógico;
f) atualização profissional dos docentes em programas autorizados e supervisionados pelo
Estado;
g) infra-estrutura para o ensino de deficientes;

h) transporte de alunos.
III – programas de alfabetização de jovens e adultos;
IV – melhoria do ensino médio, através de uma política regional integrada com o Estado.
ARTIGO 198 – O Município publicará, até trinta dias após o encerramento de cada trimestre,
informações completas sobre a educação nesse período, discriminadas por níveis de ensino.
ARTIGO 199 – O uso de próprios públicos municiais para o funcionamento de estabelecimentos de
ensino privado de qualquer natureza, será regulamentado, em cada caso, por lei.
ARTIGO 200 – O plano municipal de carreira dos profissionais de ensino, definido em lei através
de Estatuto próprio do Magistério, deverá estabelecer:
I – os requisitos mínimos de titulação e experiência para provimento dos cargos de
carreira;
II – meios que assegurem a cooperação no trabalho entre os profissionais de ensino;
III – o provimento mediante concurso público de provas e títulos para os cargos de
professor, e o provimento, em comissão, para os cargos de especialistas em educação,
preferencialmente, escolhidos entre os docentes titulares de cargos;
IV – evolução funcional baseada na titulação e no tempo de serviço;
V – participação na gestão democrática da escola, através de Conselho de Escola, sendo
este de natureza deliberativa;
VI – direitos de greve nos termos do artigo 9º, “caput”, da Constituição Federal;
VII – direito à livre associação sindical.

SEÇÃO II

DA CULTURA

- 59 -
Lei Orgânica do Município de Silveiras

ARTIGO 201 – Compete ao Poder Público Municipal a proteção, incentivo e valorização do


patrimônio cultural e natural do Município.
ARTIGO 202 – O Município incentivará a livre manifestação cultural mediante:
I – criação, manutenção e abertura de espaços públicos devidamente equipados e
capazes de garantir a produção, divulgação e apresentação das manifestações culturais e
artísticas;
II – desenvolvimento de intercâmbio cultural e artístico com outros Municípios e o Estado;
III – acesso aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos e congêneres;
IV – promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura;
V – preservação dos documentos, obras e demais registros de valor histórico ou cientifico.
PARÁGRAFO ÚNICO – Para atender às disposições do presente artigo, fica assegurado aos
órgãos públicos municipais, encarregados de sua promoção, os recursos orçamentários próprios,
capazes de permitir a sua plena realização.
ARTIGO 203 – Constituem patrimônio cultural do Município de Silveiras, entre outros, e que
deverão ser incentivados:
I – as atividades do folclore e da música sertaneja;
II – a Festa do Tropeiro e demais festividades populares ou religiosas;
III – a preservação da memória de silveirenses ilustres;
IV – o acervo histórico, o arqueológico, artístico, documental e paisagístico do Município;
V – o Rancho do Tropeiro;
VI – o Artesanato local.
ARTIGO 204 – Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos na forma da lei.

SEÇÃO III

DOS ESPORTES E LAZER

ARTIGO 205 – O Município apoiará e incentivará as práticas esportivas, como direito de todos.
ARTIGO 206 – O Município apoiará e incentivará o lazer como forma de integração social.
ARTIGO 207 – As ações do Poder Público e a destinação de recursos orçamentários para o setor
darão prioridade:
I – ao esporte educacional e comunitário;
II – ao lazer popular;
III – à construção e manutenção de espaços devidamente equipados para as práticas
esportivas e o lazer;
IV – à promoção, estímulo e orientação à pratica e difusão da educação física;
V – ao estímulo e apoio às entidades e associações da comunidade dedicada às práticas
esportivas.

CAPÍTULO IV

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

ARTIGO 208 – A ação do Município no campo da comunicação, fundar-se-á sobre os seguintes
princípios:
I – democratização do acesso ás informações;
II – pluralismo e multiplicidade das fontes de informações;
III – visão pedagógica da comunicação dos órgãos e entidades públicas.

CAPÍTULO V

DA DEFESA DO CONSUMIDOR

ARTIGO 209 – O Município promoverá a defesa do consumidor mediante a adoção de medidas de


orientação e fiscalização, definidas em lei.

T Í T U L O VII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

ARTIGO 210 – É obrigação do município, sempre que possível, prover dotação orçamentária para
o atendimento à população comprovadamente carente, de projeto detalhado de moradia
econômica, com assistência técnica de profissional habilitado na forma da lei, para a sua
execução.
ARTIGO 211 – Qualquer reflorestamento deverá ser autorizado pelo Município e regulamentado
por Lei.
ARTIGO 212 – O Município de Silveiras terá quatro feriados municipais, assim estabelecidos:
I – Dias fixos:
a) 28 de Fevereiro – Dia da Emancipação Político Administrativa do Município e;
b) 08 de Dezembro – Dia da Padroeira do Município.
II – Dias flutuantes:
a) Primeira Segunda-Feira após o Dia de Páscoa – Festa de São Benedito e;
b) Sexta-Feira Santa, (emenda 009/99).

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Lei Orgânica do Município de Silveiras

(*saber: dois fixos, ou seja, 28 de fevereiro (Dia da Emancipação Político – Administrativa do

Município) e 08 de dezembro (Dia da Padroeira do Município) e um flutuante, que recairá, sempre,

na primeira segunda-feira após a Páscoa (Festa de São Benedito) (emenda 006/1992).)

ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

ARTIGO 1º - Fica criado o distrito do Bairro dos Macacos, na forma que dispuser a lei.
ARTIGO 2º - A Câmara Municipal de Silveiras elaborará o Projeto de Resolução do Regimento
Interno, dentro do prazo de noventa dias, a contar da data da promulgação desta Lei Orgânica.
ARTIGO 3º - O Projeto de Resolução do Regimento Interno da Câmara Municipal de Silveiras,
será apreciado e votado em dois turnos pela maioria de dois terços de seus membros, dentro do
prazo de noventa dias a contar da data da apresentação do mesmo Projeto.

PLENÁRIO VER. JOSÉ CARLOS FERRAZ”, em 11 de maio de 1990

VEREADORES CONSTITUINTES:

SIDNEI FERREIRA DA SILVA - Presidente


ANTONIO CARVALHO DA SILVA – Vice-Presidente
MARCELO DE ANDRADE SODERO - 1º Secretário e Relator da Comissão de Sistematização
PAULO CÉSAR DE MELO - 2º Secretário
CÍCERO LIMA DE SOUZA VALE – Presidente de Comissão e Sistematização
DANILO ROMERO SODERO – Presidente da Câmara Municipal
BENEDITO FERREIRA LEITE
JOÃO DE SIQUEIRA
FRANCISCO LIBANIO DE SIQUEIRA
JOSÉ DÉCIO DA SILVA
SEBASTIÃO NUNES DA COSTA

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