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PREÂMBULO
Art. 2º São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e Executivo. (NR) (caput com
redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
§ 1º É vedada a delegação de atribuições entre os Poderes.
§ 2º O cidadão investido na função de um deles não pode exercer a de outro.
Art. 3º É mantido o atual território do Município, cujos limites só podem ser alterados nos termos da Legislação
Estadual.
Art. 4º São símbolos do Município: a Bandeira e o Brasão já instituídos e assegurada a instituição dos demais por lei.
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA
Art. 6º (...)
V - conceder e permitir os serviços públicos locais e os que lhe sejam concernentes;
XV - licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços e outros; cassar alvarás de
licença dos que se tornarem danosos à saúde, à higiene, ao bem-estar público e aos bons costumes;
XVI - fixar os feriados municipais, bem como o horário de funcionamento das repartições públicas municipais;
XXIII - os atos municipais são legislativos e administrativos e sua publicação é obrigatória, sempre que criem,
modifiquem, restrinjam ou extingam direitos;
XXIV - a obrigatoriedade da publicação aplica-se:
a) às leis, decretos legislativos e resoluções;
b) aos decretos e editais.
XXV - as publicações a que se referem o inciso anterior far-se-ão em jornal local, mesmo havendo imprensa
oficial. (redação original)
Art. 7º O Município pode celebrar convênios com a União, Estado e Municípios, para a execução de suas leis,
serviços e decisões, bem como para executar encargos análogos dessas esferas. (NR) (caput com redação
estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
§ 1º Os convênios podem visar à realização de obras ou à exploração de serviços públicos de interesse comum.
§ 2º Pode, ainda, o Município, através de convênios ou consórcios públicos com outras unidades federativas, criar
entidades intermunicipais para a realização de obras, atividades ou serviços específicos de interesse comum,
devendo os mesmos ser aprovados por leis dos Municípios que deles participem. (NR) (redação estabelecida pela
Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
§ 3º É permitido delegar, entre o Estado do Rio Grande do Sul e o Município, também por convênio, serviços
públicas de competência concorrente, assegurados os recursos necessários. (NR) (redação estabelecida pela
Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Art. 7º O Município pode celebrar convênios com a União, Estado e Municípios, mediante autorização da Câmara
Municipal, para a execução de suas leis, serviços e decisões, bem como para executar encargos análogos
dessas esferas.
§ 1º (...)
§ 2º Pode, ainda, o Município, através de convênios ou consórcios com outros Municípios da mesma
comunidade sócio-econômica, criar entidades intermunicipais para a realização de obras, atividades ou serviços
específicos de interesse comum, devendo os mesmos ser aprovados por leis dos Municípios que deles
participem.
§ 3º É permitido delegar, entre o Estado e o Município, também por convênio, os serviços de competência
concorrente, assegurados os recursos necessários. (redação original)
Art. 8º Compete, ainda, ao Município, concorrentemente com a União, ou o Estado, ou supletivamente a eles:
I - zelar pela saúde, higiene, segurança e assistência públicas;
II - promover o ensino, a educação e a cultura;
III - estimular o melhor aproveitamento da terra, bem como as defesas contra as formas de exaustão do solo;
IV - abrir e conservar estradas e caminhos e determinar a execução de serviços públicos;
V - promover a defesa sanitária vegetal e animal, a extinção de insetos e animais daninhos;
VI - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
VII - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e outros bens de valor histórico, artístico
e cultural; do e orientando os serviços no âmbito do Município;
VIII - amparar a maternidade, a infância e os desvalidos, coordenando e orientando os serviços no âmbito do
Município;
IX - estimular a educação e a prática esportiva;
X - proteger a juventude contra toda a exploração, bem como contra os fatores que possam conduzi-la ao abandono
físico, moral e intelectual;
XI - tomar as medidas necessárias para restringir a mortalidade e a morbidez infantis, bem como medidas que
impeçam a propagação de doenças transmissíveis;
XII - incentivar o comércio, a indústria, a agricultura, o turismo e outras que visem ao desenvolvimento econômico;
XIII - fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte dos gêneros alimentícios, destinados ao
abastecimento público;
XIV - regulamentar e exercer outras atribuições não vedadas pelas Constituições Federal e Estadual.
Art. 9º (...)
I - (...)
c) venda a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel e gás de cozinha.
Parágrafo único. Na cobrança dos impostos mencionados no item I, aplica-se às regras constantes do artigo
156, §§ 2º e 3º e o disposto no artigo 150, inciso I da Constituição Federal. (redação original)
Art. 10. São isentos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) os detentores do domínio a qualquer título de
imóvel residencial e que percebem a título de aposentadoria e/ou pensão valor igual ou inferior a 03 (três) salários
mínimos. (NR) (caput com redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 003, de 24.08.1999)
Parágrafo único. Para efeitos deste artigo, entende-se residencial o imóvel utilizado pelo beneficiário para sua
residência e de sua família com ânimo definitivo.
Art. 10. São isentos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) os detentores do domínio a qualquer título de
imóvel residencial e que percebem a título de aposentadoria e/ou pensão valor igual ou inferior a 02 (dois) salários
mínimos. (redação original)
Art. 11. Pertence ainda ao Município à participação no produto da arrecadação dos impostos da União e do Estado,
previsto na Constituição Federal, e outros recursos que lhe sejam conferidos.
Art. 13. O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal de Vereadores. (redação original)
Art. 14. A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á, independente de número, em sessão solene, na sede do
Município, no dia 10 de janeiro do primeiro ano de cada legislatura sob a presidência do Vereador mais votado
dentre os presentes, para dar posse aos Vereadores, Prefeito e ao Vice-Prefeito, bem como eleger sua Mesa, a
Comissão Representativa e as Comissões Permanentes desse ano. (NR) (caput com redação estabelecida pela
Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
§ 1º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias,
sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo aceito pela Câmara.
§ 2º No ato da posse e ao término do mandato os Vereadores deverão fazer declaração de seus bens, a qual será
transcrita em livro próprio, constando de ata o seu resumo.
§ 3º O Vereador está sujeito aos impedimentos, proibições e responsabilidades enumeradas nas Constituições
Federal e Estadual e na legislação ordinária.
Art. 14. A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á, independente de número, em sessão extraordinária, na
sede do Município, no dia 1.º de janeiro do 1.º ano de cada legislatura sob a presidência do Vereador mais votado
dentre os presentes, para dar posse aos Vereadores, Prefeito e ao Vice-Prefeito, bem como eleger sua Mesa, a
Comissão Representativa e as Comissões Permanentes desse ano. (redação original)
Art. 15. A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á independente de convocação, em sua sede, em sessão
legislativa ordinária no período compreendido entre 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro
de cada ano, ficando, nas datas não compreendidas, a Câmara em recesso e sendo atendida pela Comissão
Representativa. (NR) (redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Parágrafo único. Durante a sessão legislativa ordinária, a Câmara terá sessões plenárias ordinárias todas as
segundas feiras às 19 horas e 30 minutos.
Art. 15. A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á independente de convocação, na sede do Município, em
sessão legislativa ordinária no período compreendido entre 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de
dezembro de cada ano, ficando, nas datas não compreendidas, a Câmara em recesso e sendo atendida pela
Comissão Representativa. (NR) (redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 006, de 15.06.2009)
Art. 15. A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á independente de convocação, na sede do Município, em
sessão legislativa ordinária no período compreendido entre 1º de Março a 15 a julho e de 1.° de agosto a 31 de
dezembro de cada ano, ficando, nas datas não compreendidas, a Câmara em recesso e sendo atendida pela
Comissão Representativa. (redação original)
Art. 16. No término de cada sessão legislativa ordinária da sessão legislativa, exceto no último ano da legislatura,
serão eleitas a Mesa e as Comissões para a sessão legislativa subseqüente. (NR) (redação estabelecida pela
Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Parágrafo único. A posse da Mesa e das comissões, nos termos deste artigo, ocorrerá automaticamente no dia 1º
de janeiro da sessão legislativa subseqüente.
Art. 16. No término de cada sessão legislativa ordinária, exceto a última da legislatura, são eleitas a Mesa e as
Comissões para a sessão subseqüente. (redação original)
Art. 17. A convocação extraordinária da Câmara cabe ao seu Presidente, à maioria absoluta de seus membros, à
Comissão Representativa ou ao Prefeito.
§ 1º Nas sessões legislativas extraordinárias a Câmara somente pode deliberar sobre a matéria da convocação.
§ 2º Para as reuniões extraordinárias a convocação dos Vereadores será pessoal e ou por escrito, com
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 18. Na composição da Mesa e das Comissões será assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos.
Art. 19. A Câmara Municipal funciona com a presença, no mínimo, da maioria de seus membros, e as deliberações
são tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica e no Regimento
Interno.
Parágrafo único. O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate, quando a matéria exigir presença
de dois terços e nas votações secretas. (NR) (redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de
12.12.2011)
Art. 21. A prestação de contas do Município, referente à gestão financeira de cada exercício, será encaminhada ao
Tribunal de Contas do Estado, até 31 de março do ano seguinte.
Parágrafo único. As contas do Município ficarão à disposição de qualquer contribuinte, a partir da data da remessa
das mesmas ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, pelo prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 22. Anualmente, dentro de 60 (sessenta) dias do início da sessão legislativa, a Câmara receberá, em sessão
especial, o Prefeito, que informará, através de relatório, o estado em que se encontram os assuntos municipais.
Parágrafo único. Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assuntos de interesse público, a Câmara o
receberá em sessão previamente designada.
Art. 23. A Câmara Municipal ou suas comissões, a requerimento da maioria de seus membros, pode convocar
Secretários Municipais, titulares de autarquias ou de instituições de que participe o Município, para comparecerem
perante elas a fim de prestarem informações sobre assunto previamente designado e constante da convocação.
§ 1º Três (3) dias úteis antes do comparecimento deverá ser enviado à Câmara exposição em torno das
informações solicitadas.
§ 2º Independentemente de convocação, quando o Secretário ou Diretor desejarem prestar esclarecimentos ou
solicitar providências legislativas a qualquer Comissão, esta designará dia e hora para ouvi-lo.
Art. 24. A Câmara pode criar Comissão Parlamentar de Inquérito sobre fato determinado, nos termos do Regimento
Interno, a requerimento de, no mínimo, um terço de seus membros.
Seção
Art. 25. Os vereadores, eleitos na forma da lei, II -de
gozam Dos Vereadores
garantias que a mesma lhes assegura, pelas suas opiniões,
palavras e votos proferidos no exercício do mandato.
Art. 28. O vereador investido no cargo de Secretário Municipal, ou Diretoria equivalente, não perde o mandato, desde
que se afaste do exercício da vereança.
Art. 29. Nos casos do artigo anterior e nos de licença, de legítimo impedimento e de vaga por morte ou renúncia, o
vereador será substituído pelo suplente, convocado nos termos da lei.
Parágrafo único. O legítimo impedimento, deve ser reconhecido pela própria Câmara e o vereador declarado
impedido será considerado como em pleno exercício de seu mandato, sem direito à remuneração, com a convocação
do suplente.
Art. 30. A remuneração dos vereadores será fixada sob a forma de subsídio, em parcela única, por lei de inciativa
Câmara Municipal, revisada no mês de junho de cada sessão legislativa. (NR) (redação estabelecida pela Emenda a
Lei Orgânica nº 002, de 11.08.1998)
Parágrafo único. Os Vereadores perceberão a título de subsídio, na razão de, no máximo, 75% (setenta e cinco por
cento) daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Estaduais, desde que não ultrapasse a 5% (cinco por
cento) da receita, efetivamente arrecadada pelo município.
Art. 31. O servidor público eleito vereador deve optar entre a remuneração do respectivo cargo e a da vereança, se
não houver compatibilidade de horários.
Parágrafo único. Havendo compatibilidade de horários perceberá a remuneração do cargo e à inerente ao
mandato da vereança.
Art. 32. O vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato na circunscrição do
Município ou quando estiver fora do âmbito territorial, desde que em representação do Poder Legislativo.
Seção IV
Art. 35. A Comissão Representativa funciona no- recesso
Da Comissão Representativa
da Câmara Municipal e tem as seguintes atribuições:
I - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
II - zelar pela observância da Lei Orgânica;
III - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município e do Estado;
IV - convocar extraordinariamente a Câmara;
V - tomar medidas urgentes de competência da Câmara Municipal.
Parágrafo único. As normas relativas ao desempenho das atribuições da Comissão Representativa são
estabelecidas no Regimento Interno da Câmara.
Art. 36. A Comissão Representativa, constituída por número ímpar de Vereadores, é composta pela Mesa e pelos
demais membros eleitos com os respectivos suplentes.
§ 1º A Presidência da Comissão Representativa cabe ao Presidente da Câmara, cuja substituição se faz na forma
regimental.
§ 2º O número de membros eleitos da Comissão Representativa deve perfazer, no mínimo, a maioria absoluta da
Câmara, observada, quanto possível, a proporcionalidade de representação partidária.
Art. 37. A Comissão Representativa deve apresentar relatório dos trabalhos por ela realizados, quando do reinicio do
período de funcionamento ordinário da Câmara.
Art. 39. São, ainda, entre outras, objeto de deliberação da Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno:
I - autorizações;
II - indicações;
III - requerimentos;
IV - pedido de Providências;
V - pedido de Informações.
Obs: Anteprojeto de Lei
Art. 40. A Lei Orgânica do Município pode ser emendada mediante proposta apresentada por um terço de
vereadores ou pelo prefeito. (NR) (redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Art. 41. A proposta de emenda à lei orgânica municipal será discutida e votada em duas sessões e ter-se-á por
aprovada quando obtiver em ambas as votações, dois terços dos votos dos membros da Câmara Municipal. (NR)
(redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Art. 41. Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta será discutida e votada em duas sessões, dentro
de sessenta dias, a contar de sua apresentação ou recebimento, e ter-se-á por aprovada quando obtiver em
ambas as votações, dois terços dos votos dos membros da Câmara Municipal. (redação original)
Art. 42. A Emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de ordem.
Art. 43. A iniciativa das leis municipais, salvo nos casos de competência exclusiva, cabe a qualquer Vereador, ao
Prefeito ou ao eleitorado, que a exercerá em forma de moção articulada, subscrita, no mínimo, por cinco por cento do
eleitorado do Município.
Art. 44. No início ou em qualquer fase da tramitação de projeto de lei de iniciativa exclusiva do Prefeito, este poderá
solicitar à Câmara Municipal que aprecie no prazo de quarenta e cinco dias a contar do pedido.
§ 1º Se a Câmara Municipal não se manifestar sobre o projeto, no prazo estabelecido no "caput" deste artigo, será
este incluído na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação sobre os demais assuntos, para que se ultime a
votação.
§ 2º Os prazos deste artigo e seus parágrafos não correrão nos períodos de recesso da Câmara Municipal.
Art. 45. A requerimento de Vereador, os projetos de lei, decorridos trinta dias de seu recebimento, serão incluídos
na Ordem do Dia, mesmo sem parecer.
Parágrafo único. O projeto somente pode ser retirado da Ordem do Dia a requerimento do autor, aprovado
pelo plenário. (redação original)
Art. 46. O projeto de lei com parecer contrário de todas as Comissões é tido como arquivado. (NR) (redação
estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Art. 46. O projeto de lei com parecer contrário de todas as Comissões é tido como rejeitado. (redação original)
Art. 47. A matéria constante de projeto de lei rejeitado ou não sancionado, assim como a de proposta de emenda à
Lei Orgânica, rejeitada ou havida por prejudicada, somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma
sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.
Art. 48. Os projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal serão enviados ao Prefeito que, aquiescendo, os
sancionará. (NR) (redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
§ 1º Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á,
total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de
quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara Municipal os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral do artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silencio do Prefeito importará sanção.
§ 4º O veto será apreciado em 30 (trinta) dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da
maioria absoluta dos Vereadores, em escrutínio secreto.
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Prefeito.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4.º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de 48 h (quarenta e oito horas) pelo Prefeito nos casos dos § 3.º e § 5.º, o
Presidente da Câmara Municipal a promulgará, e, se este não o fizer, em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente da
Câmara Municipal fazê-lo.
Art. 48. Os projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal serão enviados ao Prefeito que, aquiescendo, os
sancionará.
§ 1º Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-
lo-á, total ou parcialmente, dentro de quinze dias úteis, contados daquele que o recebeu, comunicando os motivos
do veto ao Presidente da Câmara, dentro de 48 horas.
§ 2º Vetado o projeto e devolvido a Câmara, será ele submetido, dentro de trinta dias, contados da data de seu
recebimento, com ou sem parecer, à discussão única, considerando-se aprovado se, em votação secreta,
obtiver o voto favorável da maioria absoluta, da Câmara, caso em que será enviado ao Prefeito, para
promulgação.
§ 3º O veto parcial somente abrangerá texto integral do artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
§ 4º O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo de que trata o parágrafo primeiro, importa em sanção, cabendo ao
Presidente da Câmara promulgá-lo.
§ 5º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo segundo, o veto será apreciado na forma
do art. 41.
§ 6º Não sendo a lei promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos casos dos §§ 2.º e 4.º deste
artigo, o Presidente da Câmara a promulgará em igual prazo. (redação original)
Art. 49. Nos casos do art. 35, incisos III e IV, considerar-se-á, com a votação da redação final, encerrada a elaboração
do Decreto legislativo ou Resolução, cabendo ao Presidente da Câmara a sua promulgação. (NR) (redação
estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Art. 49. Nos casos do art. 35, incisos III e IV, considerar-se-á, com a votação da redação final, encerrada a
elaboração do Decreto ou Resolução, cabendo ao Presidente da Câmara a sua promulgação. (redação original)
Art. 50. São leis complementares: (NR) (redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
I - código de obras;
II - código de posturas;
III - código tributário;
IV - lei do plano diretor;
V - lei do meio ambiente;
VI - código sanitário;
VII - estatuto do servidor público.
§ 1º As leis complementares são aprovadas por maioria absoluta.
§ 2º Dos projetos previstos nas "alíneas" deste artigo, bem como das respectivas exposições de motivos, antes de
submetidos à discussão da Câmara, será dada divulgação na imprensa local, inclusive por meios eletrônicos.
§ 3º As entidades que compõem Sociedade Civil Organizada poderão apresentar sugestões ao Poder Legislativo,
quando da tramitação dos projetos, referidos neste artigo, nas comissões.
Art. 50. O Código de Obras, o Código de Posturas, o Código Tributário, a Lei do Plano Diretor, a Lei do Meio
Ambiente, o Código Sanitário, o Código de Ensino, a Lei de Loteamentos e o Estatuto dos Funcionários Públicos,
bem como suas alterações, somente serão aprovados pelo voto da maioria absoluta dos membros do Poder
Legislativo.
§ 1º Dos projetos previstos no "caput" deste artigo, bem como das respectivas exposições de motivos, antes
de submetidos à discussão da Câmara, será dada divulgação com a maior amplitude possível.
§ 2º Dentro de quinze (15) dias, contados da data em que se publicarem os projetos referidos no parágrafo
anterior, qualquer entidade da Sociedade Civil Organizada poderá apresentar emendas ao Poder Legislativo.
(redação original)
CAPÍTULO IV - DO PODER EXECUTIVO
Seção I - Do Prefeito e do Vice-Prefeito
CAPÍTULO IV - DO PODER EXECUTIVO
Seção
Art. 51. O Poder Executivo é exercido pelo I - Do Prefeito
Prefeito, auxiliadoepelos
do Vice-Prefeito
Secretários do Município.
Art. 52. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos para mandato de quatro (04) anos, devendo a eleição realizar-se
até noventa (90) dias antes do término do mandato daqueles a quem devam suceder.
Parágrafo único. O Prefeito e quem o houver sucedido, ou substituído no curso do mandato poderá ser reeleito
para um único período subsequente. (AC) (parágrafo acrescentado pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de
12.12.2011)
Art. 53. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na Sessão Solene de instalação da Câmara Municipal, após a
posse dos Vereadores e, prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as Leis e
administrar o Município, visando ao bem geral dos munícipes.
Parágrafo único. Se o Prefeito ou o Vice-Prefeito não tomar posse, decorridos 10 (dez) dias da data fixada, salvo
motivo de força maior, o cargo será declarado vago.
Art. 54. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e suceder-lhe-á no caso de vaga.
Parágrafo único. Em caso de impedimento do Prefeito ou do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos,
serão sucessivamente chamados ao exercício da Chefia do Executivo Municipal o Presidente, o Vice-Presidente e o
1º Secretário da Câmara Municipal. Fazer ressalva em período eleitoral.
Art. 55. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa (90) dias depois de aberta a última
vaga.
Parágrafo único. Ocorrendo à vacância após cumpridos 3/4 (três quartos) do mandato do Prefeito, a eleição para
ambos os cargos será feita trinta (30) dias depois da última vaga, pela Câmara Municipal de Vereadores.
Art. 57. O Vice-Prefeito, além das atribuições que lhe são próprias, poderá exercer outras estabelecidas em lei.
Seção
Art. 59. Os Secretários do Município, de IV - Dos Secretários
livre nomeação e demissão dopelo
Município
Prefeito, são escolhidos dentre brasileiros
maiores de idade, no gozo dos direitos políticos e estão sujeitos, desde a posse, às mesmas incompatibilidades e
proibições estabelecidas para os Vereadores, no que couber.
Art. 60. Além das atribuições fixadas em lei ordinária, compete aos Secretários do Município:
I - orientar, coordenar e executar as atividades dos órgãos e entidades da administração municipal, na área de sua
competência;
II - referendar os atos e decretos do Prefeito e expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos
relativos aos assuntos de suas Secretarias;
III - apresentar ao Prefeito, relatório anual dos serviços realizados por suas Secretarias;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem delegadas pelo Prefeito.
Parágrafo único. Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços autônomos serão subscritos pelo
Secretário da Administração.
Art. 61. Aplica-se aos titulares de autarquias e de instituições, de que participe o Município, o disposto nesta Seção,
no que couber.
CAPÍTULO
Art. 62. São servidores do Município V - DOS
todos quantos SERVIDORES
percebem MUNICIPAIS
remuneração pelos cofres municipais.
Art. 63. O Quadro de Servidores pode ser constituído de classes, carreiras funcionais ou de cargos isolados,
classificados dentro de um sistema ou, ainda, dessas formas conjugadas, de acordo com a lei.
Parágrafo único. O sistema de promoções obedecerá, alternadamente, ao critério de antiguidade e merecimento,
este avaliado objetivamente.
Art. 64. E destinado 3% (três por cento) das vagas, no mínimo, no quadro de Pessoal da Prefeitura Municipal aos
deficientes físicos.
Art. 65. A administração pública direta e indireta do Município obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e também, ao seguinte: (NR) (redação estabelecida pela
Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como os estrangeiros, na forma da lei;
II - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
III - O prazo de validade do concurso publico será de até dois anos prorrogável um vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de
provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimo previstos em
lei, destinam-se apenas ás atribuições de direção, chefia e assessoramento;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
VIII - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público;
IX - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 da Constituição Federal
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
X - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta e
autárquica, dos membros de qualquer dos Poderes do Município, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos, cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
espécie, o subsídio do prefeito;
XI - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superior aos pagos pelo poder Executivo;
XII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
pessoal do serviço público;
XIII - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins
de concessão de acréscimo ulteriores;
XIV - o subsidio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o
disposto nos incisos X e XIII deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, todos da Constituição
Federal;
XV - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso X:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor e outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissão regulamentadas;
XVI - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedade de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo
poder público;
XVII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição,
precedência os demais setores administrativos, na forma da lei;
XVIII - somente por lei especifica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo a lei complementar, nesse ultimo caso, definir as áreas de sua
atuação;
XIX - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensável á garantia do
cumprimento das obrigações.
XX - a administração tributária do Município, atividade essencial ao funcionamento do Estado, exercida por
servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de
forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio.
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizam promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§ 2º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando
especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços
de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos do governo, observado o disposto
no art. 50, X e XXXIII, da Constituição Federal;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
administração pública.
§ 3º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por
objetivo a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
§ 4º O disposto no inciso X aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas
subsidiárias, que receberem recursos do Município para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
§ 5º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142
todos da Constituição Federal, com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma desta Lei Orgânica Municipal, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei
de livre nomeação e exoneração.
§ 6º Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso X do caput desse artigo, as
parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
Art. 65. Os cargos, empregos e funções públicas municipais são acessíveis a todos os brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei.
Parágrafo único. A investidura em cargo ou emprego público, bem como nas instituições de que participe o
Município, depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as
nomeações para cargos em comissão, declarados em lei, de livre nomeação e exoneração. (redação original)
Art. 66. São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público. (NR) (redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
§ 2º Invadida por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da
vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto
em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade.
Art. 66. São estáveis, após dois anos de exercício, os servidores nomeados por concurso. (redação original)
Art. 67. Os servidores estáveis perderão o cargo em virtude de sentença judicial ou mediante processo
administrativo, em que lhes sejam assegurada ampla defesa.
Parágrafo único. Invalidada, por sentença, a demissão, o servidor será reintegrado e, quem lhe ocupava o
lugar, exonerado ou, se detinha outro cargo, a este reconduzido sem direito à indenização. (redação original)
Art. 68. (Revogado pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Art. 68. Ficará em disponibilidade remunerada, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, o servidor
estável cujo cargo for declarado extinto ou desnecessário pelo órgão a que servir, podendo ser aproveitado em
cargo compatível, a critério da Administração. (redação original)
Art. 69. O tempo de serviço público federal ou estadual ou de outros municípios é computado integralmente para
efeitos de aposentadoria e disponibilidade. (redação original)
Art. 71. Lei Municipal definirá os direitos dos servidores do Município e acréscimos pecuniários por tempo de serviço,
assegurada à licença-prêmio por decênio.
Art. 73. O Município instituirá no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (NR) (redação estabelecida
pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
§ 2º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 70, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII,
XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Constituição Federal, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão
quando a natureza do cargo o exigir.
§ 3º O detentor de mandato eletivo e os secretários municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 66, IX e X desta Lei
Orgânica Municipal.
§ 4º Lei do município poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 66, X, desta Lei Orgânica do Município.
§ 5º Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos
cargos e empregos públicos.
§ 6º Lei do município disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público,
inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
§ 7º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 3º.
Art. 73. O Município instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta. das autarquias e das fundações públicas. (redação original)
Art. 74. Aos titulares de cargos efetivos do Município, incluídas suas autarquias, é assegurado regime de previdência
de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e
dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto no art. 40 da
Constituição Federal. (NR) (redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Parágrafo único. As regras para a concessão dos benefícios previdenciários do servidor público de que trata este
artigo são as definidas na legislação federal.
Art. 74. O servidor será aposentado na forma definida na Constituição Federal. (redação original)
Art. 75. O Município responderá pelos danos que seus agentes, nessa qualidade causarem a terceiros, sendo
obrigatório o uso de ação regressiva contra o responsável nos casos de dolo ou culpa na forma da Constituição
Federal.
Art. 76. É vedada, a quantos prestem serviços ao Município, atividade político-partidária nas horas e locais de
trabalho.
Art. 77. É garantido ao servidor público municipal o direito à livre associação sindical. (redação original)
CAPÍTULO
Art. 78. Os Conselhos Municipais são VI - DOS CONSELHOS
órgãos governamentais, que têmMUNICIPAIS
finalidade auxiliar a administração na
orientação, planejamento, interpretação e julgamento de matéria de sua competência.
Art. 79. A lei especificará as atribuições de cada Conselho, sua organização, composição, funcionamento, forma de
nomeação de titular e suplente e prazo de duração do mandato.
Art. 80. Os Conselhos Municipais são compostos por um número ímpar de membros, observando, quando for o
caso, a representatividade da administração, das entidades públicas, classistas e da sociedade civil organizada.
Parágrafo único. São reconhecidos oficialmente no Município os seguintes Conselhos:
a)Conselho Municipal de Educação;
b)Conselho Municipal de Entorpecentes;
c)Conselho de Apoio e Assistência à Adolescência e Infância;
d)Conselho Municipal Pró-Segurança;
e)Conselho Municipal de Meio Ambiente. (redação original)
CAPÍTULO
Art. 81. Leis de iniciativa do Poder Executivo VII -estabelecerão:
Municipal DOS ORÇAMENTOS
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
municipal para as despesas de capital e de outras delas decorrentes e, para as relativas aos programas de duração
continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública municipal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório da execução
orçamentária. (NR) (redação estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
§ 4º Os planos e programas serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Poder
Legislativo Municipal.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos poderes do Município, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal;
II - o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira ou tributária.
§ 7º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para a abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
créditos, inclusive por antecipação de receita, nos termos da lei.
§ 8º (Revogado pela Emenda a Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Art. 82. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem
sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia autorização legislativa.
Art. 85. A despesa com pessoal ativo e inativo não poderá exceder os limites estabelecidos em lei.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou alterações de
estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderá ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e, aos
acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
§ 2º Para o cumprimento dos limites estabelecidos referidos neste artigo, durante o prazo fixado no art. 169 da
Constituição Federal, serão adotadas as providências definidas em lei. (AC) (parágrafo acrescentado pela Emenda a
Lei Orgânica nº 008, de 12.12.2011)
Art. 86. As despesas com publicidade dos Poderes do Município deverão ser objeto de dotação orçamentária
específica.
Art. 87. Os projetos de lei sobre o plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais serão enviados
pelo Prefeito ao Poder Legislativo, nos seguintes prazos:
I - O Projeto de Lei do Plano Plurianual, até 31 de agosto do primeiro ano do mandato do Prefeito. (NR) (redação
estabelecida pela Emenda a Lei Orgânica nº 006, de 15.06.2009)
II - O projeto das Diretrizes Orçamentárias, anualmente até 31 de agosto de cada ano. (NR) (redação estabelecida
pela Emenda a Lei Orgânica nº 006, de 15.06.2009)
III - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 31 de outubro de cada ano.
§ 1º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois
décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a
metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. (AC) (parágrafo acrescentado pelo
art. 1º da Emenda a Lei Orgânica nº 009, de 16.08.2017)
§ 2º A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 1º, inclusive custeio,
será computada para fins do cumprimento do inciso III do § 2º do art. 198 da Constituição Federal, vedada a
destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda a
Lei Orgânica nº 009, de 16.08.2017)
§ 3º É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 1º deste artigo, em
montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no
exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar
prevista no § 9º do art. 165 da Constituição Federal. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda a Lei
Orgânica nº 009, de 16.08.2017)
§ 4º As programações orçamentárias previstas no § 1º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos
dos impedimentos de ordem técnica. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda a Lei Orgânica nº 009, de
16.08.2017)
§ 5º Quando o Município for o destinatário de transferências obrigatórias da União, para a execução de
programação de emendas parlamentares, estas não integrarão a base de cálculo da receita corrente líquida para fins
de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169 da Constituição Federal. (AC)
(parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda a Lei Orgânica nº 009, de 16.08.2017)
§ 6º No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na forma do §
3º deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda a Lei
Orgânica nº 009, de 16.08.2017)
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária o Poder Executivo enviará ao Poder
Legislativo as justificativas do impedimento;
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo
o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará
projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Poder
Legislativo não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder Executivo nos
termos previstos na lei orçamentária.
§ 7º Após o prazo previsto no inciso IV do § 6º, as programações orçamentárias previstas no § 3º não serão de
execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do § 6º. (AC)
(parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda a Lei Orgânica nº 009, de 16.08.2017)
§ 8º Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira prevista no § 3º
deste artigo até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.
(AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda a Lei Orgânica nº 009, de 16.08.2017)
§ 9º Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de
resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no § 3º deste artigo poderá ser
reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (AC)
(parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda a Lei Orgânica nº 009, de 16.08.2017)
§ 10. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária
e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 1º da
Emenda a Lei Orgânica nº 009, de 16.08.2017)
Art. 88. Os projetos de lei de que trata o artigo anterior, após a apreciação pelo Poder Legislativo, deverão ser
encaminhados para sanção, nos seguintes prazos:
I - O Projeto de Lei do Plano Plurianual até o dia 15 de outubro do primeiro ano de mandato do Prefeito e o Projeto
de Lei de Diretrizes Orçamentárias, até 15 de novembro de cada ano; (NR) (redação estabelecida pela Emenda a Lei
Orgânica nº 006, de 15.06.2009)
II - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até 15 de dezembro de cada ano.
Parágrafo único. Não atendidos os prazos estabelecidos no presente artigo, os projetos nele previstos serão
promulgados como lei.
Art. 89. Caso o Prefeito não envie o projeto do orçamento anual no prazo legal, o Poder Legislativo adotará corno
projeto de lei orçamentária a Lei do Orçamento em vigor, com a correção das respectivas rubricas pelos índices
oficiais da inflação verificada nos doze meses imediatamente anteriores a 31 de outubro. (redação original)
Art. 91. A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-á por meios previstos em lei, para orientar e
estimular a produção, corrigir distorções da atividade econômica e prevenir abusos do poder econômico.
Parágrafo único. No caso de ameaça ou efetiva paralisação de serviço ou atividade essencial por decisão patronal,
pode o Município intervir, tendo em vista o direito da população ao serviço ou atividade, respeitada a legislação
federal e estadual e os direitos dos trabalhadores.
Art. 92. Na organização de sua economia, o Município combaterá a miséria, o analfabetismo, o desemprego, a
propriedade improdutiva, a marginalização do indivíduo, o êxodo rural, a economia predatória e todas as formas de
degradação da condição humana.
Art. 93. Lei Municipal definirá normas de incentivo às formas associativas e cooperativas, às pequenas e micro
unidades econômicas e às empresas que estabelecerem participação dos trabalhadores nos lucros e na sua gestão.
Art. 94. O Município organizará sistemas de programas de prevenção e socorro nos casos de calamidade pública em
que a população tenha ameaçado os seus recursos, meios de abastecimento e/ou de sobrevivência.
Art. 95. Os planos de desenvolvimento econômico do Município, terão o objetivo de promover a melhoria da
qualidade de vida da população, a distribuição equitativa da riqueza produzida, o estímulo à permanência do homem
no campo e o desenvolvimento social e econômico sustentável.
Art. 96. Os investimentos do Município atenderão, em caráter prioritário, as necessidades básicas da população, e
deverão estar compatibilizados com o plano de desenvolvimento econômico.
CAPÍTULO II - DA HABITAÇÃO
CAPÍTULO
Art. 97. O plano plurianual do Município e seu II - DA
orçamento HABITAÇÃO
anual contemplarão expressamente recursos destinados
ao desenvolvimento de uma política habitacional de interesse social, compatível com os programas estaduais dessa
área.
Art. 98. O Município promoverá programas de interesse social destinados a facilitar o acesso da população à
habitação priorizando:
I - a regularização fundiária;
II - a dotação de infraestrutura básica e de equipamentos sociais;
III - a implantação de empreendimentos habitacionais.
Parágrafo único. O Município apoiará a construção de moradias populares realizadas pelos próprios interessados,
por cooperativas habitacionais e outras formas alternativas.
Art. 100. O parcelamento do solo para fins urbanos, deverá estar inserido em área urbana ou de expansão urbana a
ser definida em Lei Municipal.
Art. 101. Na aprovação de qualquer projeto para a construção de conjuntos habitacionais, o Município exigirá aos
incorporadores o cumprimento da Lei de Loteamento do Município.
Parágrafo único. A lei estabelecerá os equipamentos mínimos necessários à implantação de conjuntos
habitacionais de interesse social.
Art. 102. O Município assegurará a participação das entidades comunitárias e representativas de sociedade civil
organizada legalmente constituídas, na definição do plano diretor e das diretrizes gerais de ocupação do território,
bem como na elaboração e implementação dos planos, programas e projetos que lhes sejam concernentes.
Art. 105. Compete ao Município articulado com o Estado recensear os educandos para o ensino fundamental e fazer-
lhes a chamada anualmente.
Parágrafo único. Transcorridos 10 (dez) dias úteis do pedido de vaga, incorrerá em responsabilidade
administrativa a autoridade municipal competente que não garantir, ao interessado devidamente habilitado, o acesso
à escola fundamental.
Art. 106. É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários organizarem-se em todos os estabelecimentos
municipais de ensino, através de associações, grêmios e outras formas.
Parágrafo único. Será responsabilizada a autoridade educacional que embaraçar ou impedir a organização ou
funcionamento das entidades referidas neste artigo.
Art. 107. Os estabelecimentos públicos municipais de ensino estarão à disposição da comunidade através de
programações organizadas em comum.
Art. 108. Os recursos públicos destinados à educação serão aplicados no ensino público, podendo também ser
dirigidos às escolas comunitárias.
Parágrafo único. Não existindo vagas escolares para o ensino fundamental na rede pública municipal, poderão os
recursos públicos ser aplicados em bolsas de estudo em rede privada para garantir o estudo das crianças.
Art. 109. É vedado ao Município concessão de bolsas de estudo a crianças com residência fora da área geográfica
do Município.
Art. 111. É dever do Município fomentar e amparar o desporto, o lazer e recreação, com direito de todos, observado:
I - a promoção prioritária do desporto educacional, em termos de recursos humanos, financeiros e materiais em
suas atividades, meio e fim;
II - a dotação de instalações esportivas e recreativas para as instituições escolares públicas;
III - a garantia de condições para a prática de educação física, do lazer e do esporte ao deficiente físico, sensorial e
mental.
Art. 112. O Município definirá formas de participação na política de combate ao uso de entorpecentes, objetivando a
educação preventiva e a assistência e recuperação dos dependentes de substâncias entorpecentes ou que
determinem dependência física ou psíquica.
Art. 113. Lei Municipal estabelecerá normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público, a fim de
garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência física.
Parágrafo único. O Poder Executivo Municipal adaptará os logradouros e edifícios públicos ao acesso de
deficientes físicos.
Art. 114. É reconhecido o Conselho Municipal de Educação, como órgão consultivo e normativo, do Sistema
Municipal de Ensino, com as suas atribuições, composição e funcionamento regulados por lei.
Art. 115. Instituiu-se a obrigatoriedade de ser incluído no currículo do ensino público municipal, com regulamentação
posterior, de matéria versando sobre turismo/veraneio respectivamente, visando criar no Município e/ou Região
Litorânea uma mentalidade voltada para a vital importância do turista/veranista, para o desenvolvimento do Litoral.
Art. 116. Cabe ao Município através do Conselho Municipal de Educação, definir uma política de Educação
interligada com os programas da União e do Estado.
Seção II - Da Cultura
Art. 119. O Secretário de Turismo promoverá anualmente um Simpósio reunindo representantes de Associações
Comunitárias, de Balneários e outras que julgar pertinentes, com a finalidade de debater e planejar os assuntos
referentes à área balneário-turística.
CAPÍTULO
Art. 120. Cabe ao Município definir VI - DAde
uma política SAÚDE
saúdeEe DO SANEAMENTO
de saneamento BÁSICO
básico, interligada com os programas da
União e do Estado, com o objetivo de preservar a saúde individual e coletiva.
Parágrafo único. Os recursos repassados pelo Estado e destinados à saúde não poderão ser utilizados em outras
áreas.
Art. 121. A Saúde é direito de todos e dever do Poder Público, assegurada mediante políticas sociais e econômicas
que visem à eliminação de risco de doenças e de outros agravos e ao acesso igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.
Art. 122. Para atingir esses objetivos o Município promoverá em conjunto com a União e o Estado:
I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, transporte e lazer;
II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;
III - acesso universal e igualitário de toda a população às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da
saúde, sem qualquer discriminação.
Art. 123. As ações e serviços de saúde são de natureza pública, cabendo ao Poder Público Municipal, sua
normatização e controle.
Parágrafo único. É vedada a cobrança ao usuário, sob qualquer título, pela prestação de serviços de assistência à
saúde mantidos pelo Poder Público ou serviços privados contratados ou conveniados pelo Sistema único de Saúde
(SUS).
Art. 124. As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada do Sistema único de Saúde
no Município, observadas as seguintes diretrizes:
I - descentralização político-administrativa, com direção única;
II - integralidade na prestação de ações preventivas curativas e reabilitadoras, adequadas às diversas realidades
epidemiológicas;
III - universalização e equidade em todos os níveis de atenção à saúde, para a população urbana e rural;
IV - participação, com poder decisório, das entidades populares representativas de usuários e trabalhadores da
saúde na formulação, gestão, controle e fiscalização das políticas da saúde.
Art. 125. Ao Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, além de suas atribuições inerentes, incumbe:
I - coordenar e integrar as ações e serviços municipais de saúde individual e coletiva;
II - definir as prioridades e estratégias regionais de promoção da saúde;
III - regulamentar, controlar e fiscalizar as ações e serviços públicos e privados de saúde;
IV - controlar e fiscalizar qualquer atividade e serviço quer comporte risco à saúde, à segurança ou ao bem-estar
físico e psíquico do indivíduo e da coletividade, bem como ao meio ambiente;
V - fomentar a pesquisa, o ensino e o aprimoramento científico e tecnológico no desenvolvimento da área da saúde;
VI - o planejamento e execução das ações de controle do meio ambiente e de saneamento básico no âmbito do
Município;
VII - realizar a vigilância sanitária, epidemiológica, toxicológica e farmacológica;
VIII - garantir a formação e funcionamento de serviços públicos de saúde, inclusive hospitalares e ambulatoriais,
visando a atender as necessidades regionais;
IX - a elaboração e atualização periódica do Plano Municipal de Saúde, em termos de prioridades e estratégias
municipais em consonância com o Plano Estadual de Saúde e de acordo com as diretrizes da Comissão
Interinstitucional de Saúde (CIMS), aprovados em lei;
X - a elaboração e atualização da proposta orçamentária do SUS (Sistema Único de Saúde) para o Município;
XI - a proposição de projetos de leis municipais que contribuam para viabilização e concretização do SUS no
Município;
XII - a administração do Fundo Municipal de Saúde;
XIII - a compatibilização e complementação das normas técnicas, padrões de controle e fiscalização de
procedimentos do Ministério da Saúde e da Secretaria do Estado da Saúde, de acordo com a realidade municipal;
XIV - o planejamento e execução das ações de controle das condições e dos ambientes de trabalho e dos
problemas de saúde com eles relacionados;
XV - a formulação e implementação da política de recursos humanos na esfera municipal, de acordo com a política
nacional de desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;
XVI - propiciar recursos educacionais e os meios científicos que assegurem o direito ao planejamento familiar.
Art. 126. Fica reconhecida a CIMS (Comissão Interinstitucional de Saúde) com ampla representação da comunidade,
para fixar as diretrizes, formar e controlar a execução da Política Municipal de Saúde.
§ 1º A CIMS é composta pelas instituições públicas da área da saúde e representantes de usuários, devendo a lei
dispor sobre a sua organização e funcionamento.
§ 2º Os critérios de representação dos usuários serão o de entidades representativas por área geográfica de
moradia e por inserção no mercado de trabalho.
Art. 127. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde, mediante
contrato de direito público ou convênio, tendo preferência às entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
Art. 128. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins
lucrativos.
Art. 129. O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com recursos do orçamento do
Município, do Estado, da União, da Seguridade Social, além de outras fontes.
§ 1º O conjunto dos recursos destinado às ações e serviços de saúde no Município, constitui o Fundo Municipal de
Saúde conforme lei municipal.
§ 2º O montante das despesas de saúde não será inferior a 15% (quinze por cento) das despesas globais do
orçamento anual do Município, computadas as transferências constitucionais.
CAPÍTULO
Art. 130. É dever do Município impedir as agressõesVII
ao- meio
DO MEIO AMBIENTE
ambiente estimulando ações preventivas e corretivas.
Art. 131. O Município, através de lei, compatibilizará suas ações em defesa do meio ambiente àquelas do Estado.
Art. 132. É vedado a instalação de indústrias poluentes no Município, considerando- se como tais as reconhecidas
ou determinadas pela Secretaria Estadual da Indústria e Comércio, pelo Turismo e pelos órgãos competentes.
Art. 133. Toda a população residente ou temporária no Município tem o direito ao meio ambiente saudável, que é do
uso comum de todos os indivíduos e essencial à sadia qualidade de vida e que se constitui na fonte geradora de
economia local, impondo-se ao Poder Público Municipal e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a
presente e futuras gerações.
Parágrafo único. Para assegurar a efetivação desse direito incumbe ao Poder Público, em articulação com órgãos
estaduais e federais, e ainda quando for o caso com outros municípios, objetivando a solução de problemas comuns
relativos à proteção ambiental:
I - proteger o patrimônio ecológico do Município em que está incluído a praia oceânica, dunas, lagoas, rios, arroios
e demais cursos d’água de caráter permanente, assim como os banhados, a flora e a fauna;
II - determinar a realização de estudo prévio de impacto ambiental, fiscalização de atividades públicas ou privadas
causadoras efetivas ou potenciais de alterações significativas ao meio ambiente;
III - estruturar em consonância com o disposto na Legislação Estadual pertinente, a administração integrada dos
recursos naturais renováveis, participando da gestão da bacia hidrográfica, que abrange as lagoas Itapeva, dos
Quadros e seus afluentes, de forma integrada com outros municípios;
IV - direcionar uma política urbana e um plano diretor de modo a contribuir com a proteção do meio ambiente
através da adoção de diretrizes adequadas de uso e ocupação do solo urbano;
V - exigir nas licenças de parcelamentos, loteamento e localização que seja cumprida a legislação de proteção
ambiental emanada da União e do Estado;
VI - criar o Conselho Municipal de Meio Ambiente para formular a política ambiental do Município, tendo entre
outras competências a de decidir o licenciamento das atividades utilizadoras dos recursos naturais, sendo um terço
do mesmo composto de representantes de órgãos públicos municipais, um terço de órgãos públicos estaduais e/ou
federais, associações de classe e conselhos profissionais e um terço de representantes de associações ambientais
legalmente constituídas, devendo a lei regulamentar o mandato e a forma de eleição de seus membros;
VII - fomentar e auxiliar tecnicamente as associações de proteção ao meio ambiente constituídas na forma de lei,
respeitando sua independência e atuação;
VIII - fiscalizar o transporte e o armazenamento de substâncias químicas perigosas, de agrotóxicos e biocidas;
IX - instituir o ensino de Ecologia, obrigatório em todos os estabelecimentos municipais de ensino, enfatizando as
condições ambientais locais e suas relações entre o meio ambiente, a qualidade de vida e o turismo;
X - será criado um Departamento de Meio Ambiente, Parques e Jardins, vinculado ao Poder Executivo Municipal,
com a finalidade promover e administrar programas de proteção ambiental e de paisagismo, bem como o
planejamento, a execução e a conservação da arborização urbana, de áreas verdes e jardins públicos, com a
manutenção de um viveiro de produção de mudas para atender as necessidades dos programas.
Art. 135. O Município por iniciativa ou juntamente com o Estado prestará assistência social, visando, entre outros, aos
seguintes objetivos:
I - proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - amparo aos carentes e desassistidos;
III - promoção da integração no mercado de trabalho;
IV - habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e promoção de sua integração na vida social e
comunitária.
Art. 136. Conforme determina o artigo 193 da Constituição Estadual, é reconhecido a nível municipal o Conselho
Municipal de Entorpecentes (COMEN), cujas atribuições, composição e funcionamento serão regulamentados por lei.
Art. 137. É reconhecido como órgão público o Conselho Municipal de Apoio e Assistência à Adolescência e Infância
(COMAAI), cuja composição, atribuições e funcionamento serão regulados por lei.
Art. 138. É reconhecido como órgão público municipal o CONSEPRO (Conselho Pró-Segurança), cuja composição,
atribuições e funcionamento serão regulados por lei.
Art. 139. A não observância ao fiel cumprimento das finalidades e funcionamentos dos Conselhos Municipais e a
CIMS (Comissão Interinstitucional de Saúde) determinará a intervenção nos mesmos, por parte de uma Comissão
Legislativa com proporcionalidade partidária, formada para esse fim específico.
TÍTULO
Art. 1º O Projeto de lei do plano III - DAS
plurianual, DISPOSIÇÕES
previsto GERAIS
no artigo 81, incisoEI,TRANSITÓRIAS
na atual legislatura, deverá ser apresentado
até 31 de outubro de 1990.
Art. 2º Lei Ordinária determinará, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da promulgação desta Lei Orgânica,
as medidas legais e administrativas necessárias com fim especial de conceder incentivos fiscais aos bares,
restaurantes, hotéis e similares, postos de abastecimento de combustíveis, farmácias, padarias e outros que a lei
estabelecer que permanecer funcionando o ano todo.
Art. 3º Existindo destinação de 5% (cinco por cento) do orçamento municipal para a construção de um hospital local,
determina-se que, imediatamente concluídas as obras, seja reconhecido como Hospital Comunitário, e repassado a
uma Entidade Mantenedora, conforme critérios a serem elaborados pela Comissão Técnica da CIMS (Comissão
Interinstitucional de Saúde) e o Poder Executivo, e posteriormente aprovado por Lei Municipal.
Art. 4º Referente ao determinado no artigo 103, inciso IV, o Executivo Municipal terá o prazo de 01 (um) ano a contar
da data da promulgação desta Lei Orgânica Municipal, para apresentar a relação e a viabilidade dos produtos a
serem distribuídos.
Art. 5º Até 180 (cento e oitenta) dias após a data de promulgação desta Lei Orgânica Municipal, o Executivo deverá
fazer entrega dos diferentes Códigos à apreciação do Legislativo, para sua aprovação, tendo outros 180 (cento e
oitenta) dias para seus pareceres. O não cumprimento nos prazos determinará as sanções previstas em lei.
Parágrafo único. O Município deverá instituir ou revisar as seguintes leis complementares e subordinadas:
1 - Código de Obras;
2 - Código Sanitário;
3 - Código de Posturas;
4 - Código de Tributação Fiscal;
5 - Estatuto do Funcionalismo Público;
6 - Plano Diretor;
7 - Lei de Loteamentos;
8 - Código de Ensino;
9 - Código do Meio Ambiente.
Art. 6º Até 180 (cento e oitenta) dias após a data da promulgação desta Lei Orgânica Municipal, o Executivo deverá
adaptar os logradouros e edifícios públicos ao acesso de deficientes físicos, exceto os atuais prédios públicos onde
funcionam as repartições Estaduais ou Federais. O não cumprimento desta disposição determinará as sanções
previstas em lei.
BANCADA DO PFL
ETEVALDO GALIMBERTI
ITAMAR FASSBINDER
OSCAR BIRLEM
BANCADA DO PMDB
ARTUR PEREIRA
JOSÉ WALKER
BANCADA DO PRN
DOMINGOS SINHORELLI
COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO
Presidente: GILMAR REIS
Vice-Presidente: ITAMAR FASSBINDER
Relator: JOSÉ WALKER
Membros: ARTUR PEREIRA
DELCY GERMANO
ETEVALDO GALIMBERTI
LUIZ GABRIEL
SUMÁRIO