Não há ninguém de quem o Senhor esteja mais próximo do que daquele
que reconhece a sua fraqueza, a ponto de dizer: “Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos” (Sl 73.2). Reconhecer nossa fraqueza precisa ser uma atitude constante, na presença do nosso Senhor, porque a fraqueza consciente é sempre um pré- requisito para o reforço celeste. O apóstolo Paulo declarou: “Quando sou fraco, e somente então, é que sou forte.” Do contrário, a entrada da autoconfiança na experiência de um homem significa o afastamento da força que vem do alto.
Não há meio termo quando estamos tratando da fé bíblica na prática. Ou
manifestamos evidências claras de uma fé salvadora, ou não podemos afirmar que estamos rumando para o céu. E uma das maiores manifestações de fé genuína está em assumirmos as nossas fraquezas, reconhecendo os espinhos na carne, porque somente assim teremos condições de confiar na força que provém do Senhor. Lembremo-nos sempre que as limitações que nos afligem certamente são utilizadas por Deus para aprimorar o caráter e fortalecer as raízes da nossa espiritualidade.
Há um ditado que diz “mar calmo nunca fez bom marinheiro”. As
tempestades e os ventos fortes trazem experiência aos marinheiros, que evoluem no seu ofício e se tornam mais preparados para novas dificuldades no mar. Torna-se pertinente a seguinte paráfrase: “vida sem aflições nunca fez bom crente”. Não se trata de uma visão masoquista, mas é irrefutável o fato de que as adversidades próprias deste mundo são canais de bênção para amadurecimento da fé do cristão. Assim escreveu Drummond: “As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do caráter.” Quer dar frutos excelentes e progredir na carreira da fé? Não desconsidere a realidade do fogo santificador proporcionado pelas adversidades quando enfrentadas no poder do Senhor.