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Princípios de

ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM


PRINCÍPIOS DE ESPERANÇA
Princípios são inegociáveis. Num mundo onde a falsidade,
desonestidade e corrupção têm imperado, mais do que nunca
devemos manter os princípios fundamentais do cristianismo
inalteráveis. A Bíblia Sagrada é o fundamento de todo princípio
estabelecido por Deus para nortear e nos manter firmes e
inabaláveis. Como afirmou Paulo: “Portanto, meus amados
irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra
do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”
(1 Coríntios 15:58). Depois de apresentar a situação caótica em
que muitos se encontram, Miquéias escreveu: “Eu, porém, olharei
para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu
Deus me ouvirá.” (Miquéias 7:7).

Ellen G. White escreveu: “A maior necessidade do mundo é a


de homens — homens que se não comprem nem se vendam;
homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos;
homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato;
homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola
o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto,
ainda que caiam os céus” (Educação, p. 57).

É com esse objetivo que chega até você a série de mensagens


“Princípios de Esperança”, com 18 temas inéditos que estuda
os princípios básicos do cristianismo ensinados na Palavra de
Deus. Ao praticá-los você passará por lutas e até perseguição,
como Paulo escreveu a Timóteo, “... todos quantos querem viver
piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. (2 Timóteo
3:12). Por outro lado, o resultado da sua fidelidade será alegria, paz
e esperança. Uma batalha será travada, mas nada substitui uma
consciência tranquila.

Meu desejo é que você, não somente permaneça firme nos


Princípios de Esperança, mas também que seja um poderoso
instrumento nas mãos de Deus para levar a outros esses
princípios inegociáveis.

Raimundo Gonçalves

Sobre o autor:

Pr. Raimundo Gonçalves


Formado em teologia pelo Unasp-EC, tem mestrado e cursa
doutorado pela Andrews University. Atuou como locutor de
rádio, pastor distrital e evangelista na Associação Catarinense,
Associação Paulista Central e União Sudeste Brasileira.
Atualmente serve como Evangelista, diretor de Missão Global e
líder do Ministério Adventista das Possibilidades no estado de
São Paulo. Casado com a pedagoga Julia Tereza, com quem
tem dois filhos: Jennifer e Samuel Gonçalves.
Princípios de
ESPERANÇA 4 A BÍBLIA SAGRADA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ÍN
16 POR QUE SOFREMOS?
24 QUEM É JESUS?

DI
36 ELE MORREU PARA NOS SALVAR
46 FÉ E ARREPENDIMENTO

CE
56 COMO ALCANÇAR
A PAZ INTERIOR
66 SINAIS DOS TEMPOS
80 O SEGUNDO MAIOR
ACONTECIMENTO DA HISTÓRIA
88 OS MIL ANOS DE PAZ
98 A SANTA LEI DE DEUS: 10-1 = 0
106 UM DIA A SER LEMBRADO
118 A MUDANÇA DO SÁBADO
PARA O DOMINGO
130 ONDE ESTÃO OS MORTOS?
140 O SANTUÁRIO TERRESTRE
152 O SANTUÁRIO CELESTIAL
160 É CHEGADA A HORA
DO SEU JUÍZO
168 O GRANDE JUÍZO
DE INVESTIGAÇÃO
178 COMO TER O NOME
NO LIVRO DA VIDA?
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ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

A
BÍBLIA
SAGRADA
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 1
A BÍBLIA SAGRADA

>>INTRODUÇÃO
Conta-se que um homem muito rico reuniu seus emprega-
dos no dia do seu aniversário. Queria dar-lhes um presente.

– O que você quer? – perguntou ao rapaz que cuidava de


seu cavalo. – Escolha a Bíblia ou estes cem reais.
– Se soubesse ler, preferiria a Bíblia, mas como não sei, o
dinheiro me será mais útil.
– Tudo bem! Pegue o dinheiro. E você? O que vai escolher: a
Bíblia ou cem reais? – perguntou ao jardineiro.
– Minha esposa está doente. Neste momento, preciso do
dinheiro – respondeu o jardineiro.
– Marta, já que você sabe ler, penso que vai querer a Bí-
blia, certo?
– Eu nunca tenho tempo para ler um livro. Além disso, vou
comprar um vestido novo com o dinheiro – respondeu Marta.

Faltava apenas o office-boy.


– Guilherme, você também quer o dinheiro ou prefere a
Bíblia?
– Minha mãe me ensinou a ler e guardar os dez manda-
mentos. Ela sempre dizia que a Palavra de Deus vale mais
do que todo o ouro e a prata do mundo. Se o senhor não se
importar, vou querer a Bíblia.
– Deus o abençoe, garoto, e faça com que sua boa escolha
traga riquezas, honra e longa vida.

Guilherme recebeu a Bíblia. Ao abri-la, uma moeda de ouro


caiu ao chão. Folheando rapidamente as páginas do livro
sagrado, descobriu que havia muitas notas de dinheiro. En-
quanto isso, os outros três empregados, compreendendo sua
péssima escolha, foram embora tristes e de cabeça baixa.

É maravilhoso o estudo da Palavra de Deus. Deus quer falar


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PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

conosco mediante a Sua Palavra porque tem ricas bênçãos


a nos dar.

>>FACE A FACE
Como era o diálogo entre Deus e o ser humano antes do
pecado?

Gênesis 3:8-10 indica que antes que o pecado entrasse no


planeta Terra Deus falava com o ser humano face a face.

“Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no


jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do
Senhor Deus, o homem e a mulher, por entre as árvores do
jardim. E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou:
Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a Tua voz no jardim, e, por-
que estava nu, tive medo, e me escondi.”

a. Ouviram
b. Andava
c. Chamou
d. Há um diálogo entre Deus e o homem
e. Adão se esconde de Deus

Tudo isso indica que nossos primeiros pais conversavam


com Deus face a face.

“Aquela comunhão com Seu Criador, face a face e toda


íntima, era o seu alto privilégio. Houvesse ele permanecido
fiel a Deus, e tudo isto teria sido seu para sempre” (E. G.
White, Educação, p. 14).

>>INTERRUPÇÃO
Entretanto, o pecado interrompeu essa comunicação pesso-
al. A Bíblia diz:

“Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e


o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de
vós, para que vos não ouça”. (Isaías 59:2).

O famoso evangelista Dwith Moody disse: “Ou esse Livro me

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afasta do pecado, ou o pecado me afastará deste Livro”.

O que é o pecado?

“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a


lei, porque o pecado é a transgressão da lei”. I João 3:4 (ARA)

O pecado é a ruptura do relacionamento com Deus. Como


consequência vem a prática do pecado, que é a transgres-
são da lei.

“Em seu estado de inocência, o homem mantinha fe-


liz comunhão com Aquele que é ‘a chave que abre todos
os tesouros escondidos do conhecimento e da sabedoria’
(Col. 2:3 BLH). Depois de pecar, porém, já não podia encon-
trar alegria e prazer na santidade, e procurou se esconder
da presença de Deus. Esse é ainda hoje o estado do cora-
ção não convertido. Não está em harmonia com Deus e
não encontra prazer em ficar perto dEle” (E. G. White, Ca-
minho a Cristo, p. 17).

>>DEUS NÃO TE ABANDONOU


Para nossa alegria, Deus não abandonou o ser humano
quando este pecou. Aliás, Deus nunca te abandonou e jamais
te abandonará, mesmo que você O abandone. A Bíblia diz:

“E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou:


onde estás”? (Gênesis 3:9).

Ainda hoje Deus chama o ser humano para um concer-


to com Ele. Não importa onde você esteja, se separado dEle,
em situação de calamidade, sofrendo por dentro, arrasado e
maltratado pelo pecado... Jesus está à sua procura e tem o
melhor para você.

Mesmo após o pecado, Deus usou meios para se comuni-


car com Seus filhos. Hebreus 1:1-2 nos ensina que Deus usou
os profetas e o Seu próprio Filho, Jesus.

“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas


maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos
falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coi-

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PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

sas, pelo qual também fez o universo”.

“Pelo pecado o homem ficou separado de Deus. Não fosse


o plano da redenção, a eterna separação de Deus, as trevas
de uma noite infinda seriam a sua sorte. Mediante o sacrifício
do Salvador possibilitou-se nova comunhão com Deus. Não
podemos pessoalmente chegar à Sua presença; em nossos
pecados não podemos olhar a Sua face; mas podemos con-
templá-Lo e com Ele ter comunhão em Jesus, o Salvador. A
‘iluminação do conhecimento da glória de Deus’ é revelada
‘na face de Jesus Cristo’. II Cor. 4:6. Deus está ‘em Cristo re-
conciliando consigo o mundo’”. II Cor. 5:19 (E. G. White, Educa-
ção, p. 28).

Como Deus Se comunicava com os profetas? Números 12:6.

“Então, disse: Ouvi, agora, as Minhas Palavras; se entre vós


há profeta, Eu, o Senhor, em visão a ele, me faço conhecer ou
falo com ele em sonhos”.

Deus se comunicava com os profetas por meio de visões


e sonhos.

Ao receber de Deus a visão ou o sonho, o profeta, por sua


vez, comunicava ao povo, e este guardava a mensagem na
mente para transmitir a seus filhos (transmissão oral). Assim
foi por quase 2.500 anos (de Adão até o dilúvio). Nesse perí-
odo não existia a palavra de Deus escrita. Com o passar do
tempo, as pessoas não conseguiam mais reter na memória
as Palavras do Senhor. Então, foi necessário colocar as Pala-
vras de Deus em forma escrita, portanto, Ele as materializou
na Bíblia Sagrada.

>>INÍCIO DA ESCRITA
Quem começou a escrever a Bíblia? Êxodo 17:14 e 24:4.

“Então, disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória


num livro e repete-o a Josué; porque Eu hei de riscar total-
mente a memória de Amaleque de debaixo do céu”.
“Moisés escreveu todas as Palavras do Senhor...”.

“Durante os primeiros vinte e cinco séculos da história

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humana não houve nenhuma revelação escrita. Aqueles


dentre os homens que haviam sido feitos receptáculos
das revelações divinas comunicavam estas verbalmente
aos seus descendentes, passando assim o seu conheci-
mento para gerações sucessivas. A revelação escrita data
de Moisés, que foi o primeiro compilador dos fatos até en-
tão revelados, os quais enfeixou em volume. Esse trabalho
prosseguiu por espaço de mil e seiscentos anos - desde
Moisés, o autor do Gênesis, até João o evangelista, que nos
transmitiu por escrito os mais sublimes fatos do evange-
lho.” (E. G. White, O Grande Conflito, p. 7).

>>INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Quem inspirou os homens a escrevê-la? 2 Pedro 1:21.

“Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por von-


tade humana; entretanto, homens santos falaram da parte
de Deus, movidos pelo Espírito Santo”.

“Antes que o pecado entrasse no mundo, Adão goza-


va plena comunhão com seu Criador. Desde, porém, que
o homem se separou de Deus pela transgressão, a raça
humana ficou privada desse alto privilégio. Pelo plano da
redenção, entretanto, abriu-se um caminho mediante o
qual os habitantes da Terra podem ainda ter ligação com
o Céu. Deus Se tem comunicado com os homens median-
te o Seu Espírito; e a luz divina tem sido comunicada ao
mundo pelas revelações feitas a Seus servos escolhidos.
‘Homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito
Santo.’” II Ped. 1:21. (E. G. White, O Grande Conflito, p. 7).

Quanto da Bíblia é inspirado por Deus, e como é útil em


nossa vida? II Timóteo 3:16.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,


para a repreensão, para a correção, para a educação na
justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfei-
tamente habilitado para toda boa obra”.

>Ensina >Repreende >Corrige


>Educa na justiça >Habilita para toda boa obra

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“A Escritura Sagrada aponta a Deus como seu autor; no


entanto, foi escrita por mãos humanas, e no variado estilo
de seus diferentes livros apresenta os característicos dos
diversos escritores. As verdades reveladas são dadas por
inspiração de Deus (II Tim. 3:16); acham-se, contudo, ex-
pressas em palavras de homens. O Ser infinito, por meio
de Seu Santo Espírito, derramou luz no entendimento e
coração de Seus servos. Deu sonhos e visões, símbolos e
figuras; e aqueles a quem a verdade foi assim revelada,
concretizaram os pensamentos em linguagem humana.”
(E. G. White, O Grande Conflito, p. 7).

Você já parou para pensar por que muitas pessoas vivem


aprisionadas ao erro? Mateus 22:29.

“Respondeu-lhe Jesus: Errais, não conhecendo as Escritu-


ras nem o poder de Deus”.

Ou seja, por não conhecerem as Escrituras e, consequente-


mente, não obedecerem Sua vontade.

TRÊS DICAS PARA ESTUDAR A BÍBLIA:

1ª) Oração: Nunca estude a Bíblia sem antes orar


e pedir o Espírito Santo. Foi o Espírito Santo que
inspirou os homens a escrevê-la e nos ilumina
a entendê-la. Ellen G. White diz: “Nunca deve a
Bíblia ser estudada sem oração. Antes de abrir
suas páginas, devemos pedir a iluminação do
Espírito Santo, e ser-nos-á dada”. (Caminho
a Cristo, 91). Também diz: “Nunca se deve es-
tudar a Bíblia sem oração. Somente o Espírito
Santo nos pode fazer compreender a impor-
tância das coisas fáceis de se perceberem, ou
impedir-nos de torcer verdades difíceis de serem
entendidas.” (O Grande Conflito, p. 599 e 600).

2ª) Meditativa: Escolha a história, parábola ou texto, de-


pois faça duas perguntas: 1) O que o texto está dizendo? 2) O
que Deus está falando para mim?

3ª) Pesquisa por assuntos: Reúna todos os textos ou tó-


picos que falam do mesmo assunto. Depois, veja o contexto,
o que vem antes e o que vem depois. Sua vida nunca será a
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mesma. Deus falará ao seu coração e você se relacionará


intimamente com seu Salvador Jesus.

>>CURIOSIDADES SOBRE A BÍBLIA


A palavra Bíblia vem do original grego biblos, literalmente:
livro sagrado. F. Wilbur Gingrich e Frederick W. Danker Léxico
do N.T. Grego / Português, Edições Vida Nova, primeira edição
em português, 1984. 43. (ver Mateus 1:1).

Tem 66 livros sagrados, sendo 39 no Antigo Testamento e


27 no Novo Testamento. Foi escrita por 40 pessoas num pe-
ríodo aproximado de 1.600 anos. Começou a ser escrita por
Moisés em 1.500 a.C. e terminou por João em 100 d.C. Origi-
nalmente escrita em Aramaico, Hebraico, Grego e em dois
tipos de materiais: papiro (planta) e pergaminho (couro de
animal). É a Palavra de Deus, a norma de vida para todo ser
humano, e tem a principal função de nos levar a Cristo Jesus
para obtermos vida e salvação eterna (João 20:30-31).

>>O LIVRO DOS LIVROS


A Escritura Sagrada é o Livro dos livros. É o mais vendido em
todo o mundo e tem um poder fora do comum, pois foi escri-
ta por homens “... movidos pelo Espírito Santo” (II Pedro 1:21).
Ao ler a Palavra de Deus buscando auxílio divino e resposta
para suas ansiedades, certamente você obterá o consolo e a
direção segura em toda sua vida.

“Everet Storms, um professor no Canadá, leu a Bíblia – de


Gênesis a Apocalipse – 27 vezes. Dedicou 18 meses de sua
leitura para relacionar as promessas de Deus ao ser humano.
Storms encontrou 7.487 promessas! Nessas promessas (mais
de 20 para cada dia do ano), as pessoas têm mais motivo
para confiar na Bíblia. Quem ler as promessas percebe que
elas são confiáveis e animadoras”. (W. A. Townend Você Con-
fia em um Livro? Artigo publicado na Revista Sinais dos Tem-
pos, Junho 1999, p. 15).

ESCRITURAS SAGRADAS: UNIÃO DO DIVINO COM O HUMANO

Os Dez Mandamentos foram pronunciados pelo próprio


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Deus, e por Sua própria mão foram escritos. São de redação


divina, e não humana. Mas a Escritura Sagrada, com suas di-
vinas verdades expressas em linguagem de homens, apre-
senta uma união do divino com o humano. União semelhante
existiu na natureza de Cristo, que era o Filho de Deus e Filho
do homem. Assim, é verdade com relação à Escritura, como
o foi em relação a Cristo, que “o Verbo Se fez carne e habitou
entre nós” (João 1:14).

Escritos em épocas diferentes, por homens de origem e po-


sição diversas, e variando entre si quanto à sua capacidade
intelectual e espiritual, os livros da Bíblia oferecem um singu-
lar contraste de estilos e uma variedade de formas dos as-
suntos expostos. A fraseologia dos diferentes escritos diver-
ge, expondo alguns fatos com maior clareza do que outros. E
como se sucede, às vezes, tratar um mesmo assunto sob as-
pectos e relações diferentes pode parecer ao leitor de oca-
sião e imbuído de algum preconceito que os seus conceitos
divergem, quando um meditado estudo deixa transparecer
claramente o seu fundo harmônico.

Sendo tratada por pessoas diferentes, a verdade é apre-


sentada nos seus diversos aspectos. Um escritor apresenta
os pontos que se harmonizam com sua experiência ou com
sua capacidade de percepção e apreciação, ao passo que
outro prefere encarar a verdade por outro prisma. Todos eles,
porém, atuam sob a direção do mesmo Espírito para apre-
sentar aquilo que mais particular impressão exerce sobre o
seu espírito, resultando daí uma variedade de aspectos da
mesma verdade, mas perfeitamente harmônicos entre si.
As verdades assim reveladas formam um todo perfeito que
admiravelmente se adapta às necessidades humanas em
todas as condições e experiências da vida.

É assim que Deus se agradou comunicando Sua


verdade ao mundo por meio de agências huma-
nas que Ele próprio, pelo Seu Espírito, faz idôneas
para essa missão, dirigindo-lhes a mente ao que
devem falar ou escrever. Os tesouros divinos são
deste modo confiados a vasos terrestres, sem,
contudo, nada perderem de sua origem celes-
tial. O testemunho nos é transmitido nas expressões imperfei-
tas de nossa linguagem, conservando, todavia, o seu caráter
de testemunho de Deus, no qual o crente submisso descobre

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a virtude divina, superabundante em graça e verdade.

Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimen-


to necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser
aceitas como autorizadas e infalíveis revelações da Sua von-
tade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas,
a pedra de toque da experiência religiosa. “Toda Escritura é
inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça, a fim de que
o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado
para toda boa obra.” (II Tim. 3:16 e 17).

Todavia, o fato de que Deus revelou Sua vontade aos ho-


mens por meio da Palavra não tornou desnecessária a contí-
nua presença e direção do Espírito Santo. Ao contrário, o Espí-
rito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a
Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos. E visto ter
sido o Espírito de Deus que inspirou a Escritura Sagrada, é im-
possível que o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra.

O Espírito não foi dado - nem nunca o poderia ser - a fim


de sobrepor-se à Escritura; pois esta explicitamente declara
ser ela mesma a norma pela qual todo ensino e experiência

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devem ser aferidos. Diz o apóstolo João: “Não creiais a todo


o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já
muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (I João
4:1). E Isaías declara: “À lei e ao Testemunho! Se eles não fa-
larem segundo esta palavra, não haverá manhã para eles.”
(Isa. 8:20).

“Muito descrédito tem acarretado à obra do Espírito


Santo o erro de certa gente que, presumindo-se ilumi-
nada por Ele, declara não mais necessitar das instruções
da palavra divina. Tais pessoas agem sob impulsos que
reputam como a voz de Deus às suas almas. Entretan-
to, o espírito que as rege não é de Deus. Essa docilidade
às impressões de momento, com desprezo manifesto do
que ensina a Bíblia, só pode resultar em confusão e ruína,
favorecendo os desígnios do maligno. Como o ministério
do Espírito tem importância vital para a Igreja de Cristo,
é o decidido empenho de Satanás, por meio dessas ex-
centricidades de gente desequilibrada e fanática, cobrir
de opróbrio a obra do Espírito Santo e induzir o povo a
negligenciar a fonte de virtude que Deus proveu para o
Seu povo” (E. G. White, O Grande Conflito, p. 7-9).

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ANOTAÇÕES

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POR QUE
SOFREMOS?
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Sermão 2
POR QUE SOFREMOS?

>> INTRODUÇÃO
“Por que estou passando por todos esses problemas em
minha vida?” – perguntou um pai de família angustiado por
ter um de seus filhos com leucemia; sua esposa praticamen-
te inválida após sofrer um derrame; sua energia elétrica cor-
tada; contas a pagar e ainda estar desempregado.

Seria castigo de Deus? Estava escrito que ele passaria por


todo esse sofrimento? O sofrimento é tão antigo quanto a
raça humana. Sofrem cristãos e ateus, bons e maus, ricos e
pobres. Enquanto vivermos neste mundo teremos que con-
viver com o sofrimento. Por que ficamos doentes? Por que
sentimos dor? Por que milhares de crianças morrem de fome
todo ano? Por que tanta violência, guerras, mortes e uma
vida sofrida?

A verdade é que nem todos os porquês da vida têm res-


posta, e há coisas que realmente não entenderemos en-
quanto estivermos neste mundo de pecado, mas somente
quando Cristo voltar. Entretanto, a Palavra de Deus tem a res-
posta clara e suficiente para sabermos o porquê do nosso
sofrimento.

Em Gênesis 3:6 e 16-17 está escrito:

“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer,


agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendi-
mento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao mari-
do, e ele comeu.” (Gênesis 3:6).

“E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos


da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu
desejo será para o teu marido, e ele te governará.”

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PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e


comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, mal-
dita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sus-
tento durante os dias de tua vida.” (Gênesis 3:16,17).

Veja em quem se originou o pecado: (Ezequiel 28:14-15, 17)

“Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; per-


manecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras an-
davas.”

“Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste


criado até que se achou iniquidade em ti.”

“Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, cor-


rompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-
-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem.”

“O pecado originou-se com aquele que, abaixo de Cris-


to, fora o mais honrado por Deus, e o mais elevado em po-
der e glória entre os habitantes do Céu: Lúcifer. [...] Pou-
co a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de
exaltação própria. Dizem as escrituras: ‘Elevou-se o teu
coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua
sabedoria por causa do teu resplendor’ [(Ez. 28:17)] ‘Tu di-
zias no teu coração: ... acima das estrelas de Deus exal-
tarei o meu trono. ...Serei semelhante ao Altíssimo’. Isaías
14:13-14. Se bem que toda a sua glória proviesse de Deus,
este poderoso anjo veio a considerá-la como pertencente
a si próprio. Não contente com sua posição, embora fosse
mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a co-
biçar a homenagem devida unicamente ao Criador. [...] E,
cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho,
este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era prerro-
gativa de Cristo apenas. Quebrantou-se então a perfeita
harmonia do Céu” (E. G. White, Patriarcas e Profetas, p. 35).

Quantos anjos aceitaram os falsos ensinamentos de Sa-


tanás? (Apocalipse 12:4).

“A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu,


as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente
da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o
Filho quando nascesse”.

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Existem duas classes de anjos: anjos bons e anjos maus.

“Anjos bons e maus competem por toda pessoa. É a


própria pessoa que determina qual deles vencerá... A
Palavra escrita é nossa única segurança. Devemos orar
como Daniel, para que possamos ser guardados por
seres celestiais... Orem... orem como nunca oraram an-
tes” (E. G. White, Cristo Triunfante – Meditação Matinal de
2002, p. 368).

>> A QUEDA DOS NOSSOS PRIMEIROS PAIS


Que prova de obediência Deus pediu a Adão e Eva? (Gê-
nesis 2:15-17).

“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no


jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor Deus
lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livre-
mente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal
não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certa-
mente morrerás”. Gênesis 2:15-17

Sendo assim, em que consistiu o primeiro pecado? (Gê-


nesis 3:4-6).

Não se sabe qual fruto comeram. O pecado não estava no


fruto e sim em desobedecer a expressa ordem divina.

“O fruto nada tinha propriamente de venenoso, e o pe-


cado não consistiu meramente em ceder ao apetite. Foi
a desconfiança da bondade de Deus, a descrença em
Sua Palavra e a rejeição de Sua autoridade que tornaram
nossos primeiros pais transgressores, e que trouxeram a
este mundo o conhecimento do mal” (E. G. White, Educa-
ção, p. 25).

“É fútil especular sobre que tipo de fruto essa árvore


produzia, uma vez que isso não foi revelado. A própria
presença dessa árvore no jardim revelava que o homem
era um agente moral livre. O serviço do homem não era
forçado; ele podia obedecer ou desobedecer. A decisão
era dele.” (Francis D. Nichol, Gênesis 2:17, Comentário Bí-
blico Adventista do Sétimo Dia, vol. 1. Tatuí, SP: Casa Publi-
cadora Brasileira, 7 vols., p. 208-209).
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Princípios de
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PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

RESULTADOS DO PECADO

Quais foram os resultados imediatos do pecado de Adão


e Eva? (Gênesis 3:7-8;10;12-14).

“Deus exigiu que o homem fizesse uma escolha de


princípios. Ele devia aceitar a vontade de Deus e sujei-
tar-se a ela, com a confiança de que, em resultado dis-
so, tudo lhe iria bem, ou devia, por sua própria escolha,
cortar sua conexão com Deus e se tornar, supostamen-
te, independente dEle. Mas a separação da fonte da vida
só podia trazer, inevitavelmente, a morte. Os mesmos
princípios ainda são válidos. A punição e a morte
são os resultados certos da livre escolha, por
parte do homem, de se colocar em rebelião
contra Deus.” (Francis D. Nichol, Gênesis
2:17, Comentário Bíblico Adventista do Sé-
timo Dia, vol. 1. Tatuí, SP: Casa Publicadora
Brasileira, 7 vols., pp. 208-209).

“Não era a vontade de Deus que o casal


sem pecados conhecesse algo do mal. Livre-
mente lhes dera o bem, e lhes recusara o mal.
Mas, contrariamente à Sua ordem, haviam
comido da árvore proibida, e agora continu-
ariam a comer dela, isto é, teriam a ciência
do mal, por todos os dias de sua
vida. Desde aquele tempo o
gênero humano seria afligido
pelas tentações de Satanás.
Em vez do trabalho feliz até
então a eles designado, a
ansiedade e a labuta se-
riam seu quinhão. Esta-
riam sujeitos ao desapon-
tamento, pesares, dor, e
finalmente à morte.” (Ca-
minho a Cristo, p. 59).

Quantos seres humanos


são pecadores? (Romanos
3:23).

“Pois todos pecaram e care-


cem da glória de Deus”.
20
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

O ser humano é carente. Carente de amor, de paz, de es-


perança, de aceitação, de fé e de um sentido para a vida. Só
Jesus pode nos satisfazer. Adão e Eva buscaram folhas de fi-
gueira para tentar substituir a glória de Deus. Entretanto, o va-
zio continuava. Assim, hoje, qualquer tentativa humana para
preencher o vazio do coração será frustrada. As baladas da
vida não podem satisfazer; os bens materiais muito menos; a
fama e os aplausos também são impotentes; o poder e toda
a riqueza do universo são inúteis para levantar o ser humano
da ruína e levá-lo a plenitude novamente. A glória que saiu
com a entrada do pecado precisa voltar, e a única saída é
Cristo. Você precisa se entregar a Jesus e viver diariamente
em comunhão com Ele. Você aceita esta proposta?

Qual o salário do pecado? (Romanos 6:23).

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gra-


tuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Sem dúvida alguma a morte eterna é o resultado final do


pecado. Nossa única saída está em aceitar a Cristo como
Salvador e Senhor da nossa vida. Perseverando até o fim te-
remos, com certeza, um lugar em Seu Reino e viveremos eter-
namente felizes.

>> O FIM DO PECADO E DO SOFRIMENTO


A mensagem bíblica é que quando Cristo voltar esta-
remos livres do pecado e do sofrimento Apocalipse 1:7;
21:4.

“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até


quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se
lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!”.

“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já


não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor,
porque as primeiras coisas passaram”.

Quando Jesus voltar, colocará fim à dor, às lágrimas,


ao sofrimento e à morte.

21
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

O que acontecerá com Satanás no fim de todas as coisas?


(Romanos 16:20).

“E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos


pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco”.

“Na Bíblia a herança dos salvos é chamada um país


(Heb. 11:14-16). Ali o Pastor celestial conduz Seu rebanho
às fontes de águas vivas. A árvore da vida produz seu
fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a
saúde das nações. Existem torrentes sempre a fluir, claras
como cristal, e ao lado delas, árvores ondeantes proje-
tam sua sombra sobre as veredas preparadas para os
resgatados do Senhor. Ali as extensas planícies avultam
em colinas de beleza, e as montanhas de Deus erguem
seus altivos píncaros. Nessas pacíficas planícies, ao lado
daquelas correntes vivas, o povo de Deus, durante tanto
tempo peregrino e errante, encontrará um lar.” (O Grande
Conflito, p. 675)

O mal não durará para todo o sempre. A prova disso é a


cruz do calvário. Ali nosso Salvador venceu o inimigo, der-
ramando Seu precioso sangue para salvar todo aquele que
nEle crê.

Prezado amigo, só há dois caminhos: o bem e o mal. Neste


momento você pode decidir seu destino eterno. De que lado
ficará? Qual caminho deseja trilhar?

22
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

23
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

QUEM É
JESUS?
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 3
QUEM É JESUS?

>> INTRODUÇÃO
No dia 6 de janeiro de 1850, uma tempestade de neve prati-
camente paralisou a cidade de Colchester, na Inglaterra, e um
rapaz não conseguiu chegar à igreja que costumava frequen-
tar. Assim, se dirigiu a uma capela metodista muito simples
perto de sua casa, onde um leigo despreparado substituiu o
pastor, que não havia aparecido. O texto de sua mensagem
era Isaías 45:22: “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os
limites da terra”. Fazia meses que esse rapaz estava infeliz, e
seu coração pesava por causa de seus pecados; mas, apesar
de ter crescido na igreja (tanto seu pai quanto seu avô eram
pastores), não tinha a certeza da salvação. O pregador impro-
visado não tinha muito o que dizer, de modo que continuou
repetindo o texto. “Não é preciso fazer uma faculdade para ser
capaz de olhar”, gritava. “Qualquer um pode olhar, uma crian-
ça pode olhar”. Foi então que viu o jovem visitante ali sentado,
apontou para ele e disse: “Meu rapaz, você parece extrema-
mente infeliz. Olhe para Jesus Cristo!” O rapaz olhou para Cris-
to pela fé, e foi assim que o grande pregador, Charles Haddon
Spurgeon, se converteu (W. W. Wiersbe. Comentário Bíblico Ex-
positivo, 6 vols., Novo Testamento, v. 1, p. 381-382).

“Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem”?


(Marcos 4:41).

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus


verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).

“Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarre-


gados e Eu vos aliviarei” (Mateus 11:28).

“Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da ter-


ra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Isaías 45:22).

25
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Quem é Jesus para você?

> Uma pessoa comum?


> Um revolucionário?
> O Salvador do mundo?
> Seu Salvador pessoal?
> É Criador?
> É Deus?
> Um profeta?

Jesus Cristo nunca compôs uma música e jamais es-


creveu uma canção ou um livro. Contudo, proveu tema
para mais canções, músicas, livros e poemas do que to-
dos os compositores, escritores e poetas juntos. Nunca
exerceu formalmente a medicina em qualquer escritório,
mas curou multidões sem remédios e sem cobrar con-
sultas ou honorários. Ao longo da história, Ele tem curado
mais corações partidos que todos os psiquiatras e psi-
cólogos. De fato, coração partido é a sua especialidade!

Ele nunca comandou um exército, nunca recrutou um


soldado ou disparou uma só arma, no entanto, nenhum
outro líder jamais teve sob o Seu comando mais volun-
tários. Aos Seus pés, mais rebeldes têm depositado suas
armas do que sob as ordens de qualquer outro conquista-
dor. Algo extraordinário em Sua carismática personalida-
de tem atraído a milhões e inspirado a aliança, lealdade
e reverência de homens e mulheres através dos séculos.

O nome dos filósofos, políticos, estadistas, mestres hu-


manos, cientistas, escritores e teólogos despontam e de-
saparecem no corredor do tempo. Mas o nome de Jesus
Cristo permanece para sempre atual. O próprio calendá-
rio está baseado em Seu nascimento. Herodes não pôde
matá-lo, o diabo não pôde seduzi-lo, a morte não pôde
corromper Seu corpo e a sepultura não pôde retê-lo. Por
todos os critérios de avaliação, Ele é o personagem central
da história. (Amin A. Rodor, O Incomparável Jesus Cristo, 1ª
Edição. Engenheiro Coelho, SP: UNASPRESS, 2011, p. 16).

26
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> O LIBERTADOR PROMETIDO


A primeira profecia messiânica na Bíblia se encontra em
Gênesis 3:15.

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descen-


dência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe
ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3:15).

“Para o homem, a primeira indicação de redenção foi


dada na sentença pronunciada sobre Satanás, no jardim.
Declarou o Senhor: ‘Porei inimizade entre ti e a mulher, e
entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a ca-
beça e tu lhe ferirás o calcanhar’. Gên. 3:15. Esta sentença,
proferida aos ouvidos de nossos primeiros pais, foi para
eles uma promessa. Ao mesmo tempo em que predizia
guerra entre o homem e Satanás, declarava que o poder
do grande adversário finalmente seria quebrado” (Ellen
G. White, Patriarcas e Profetas, p. 66).

Como foi predito o nascimento de Jesus? Isaías 7:14

“Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a


virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Ema-
nuel.”

Veja o cumprimento dessa profecia em Mateus 1:21-23:

“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, por-


que ele o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconte-
ceu para que se o que fora dito pelo SENHOR por intermédio
do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho,
e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer:
Deus conosco).”

“‘Ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer


dizer: Deus conosco).’ Mat. 1:23. O brilho do “conhecimen-
to da glória de Deus” vê-se “na face de Jesus Cristo”. Des-
de os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um
com o Pai; era “a imagem de Deus”, a imagem de Sua
grandeza e majestade, “o resplendor de Sua glória”. Foi
para manifestar essa glória que Ele veio ao mundo. Veio
à Terra entenebrecida pelo pecado, para revelar a luz do
amor de Deus, para ser “Deus conosco”. Portanto, a Seu

27
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

respeito foi profetizado: “Será o Seu nome Emanuel.” Isa.


7:14’” (E. G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 19).

O anjo Gabriel foi enviado da parte de Deus para comunicar


à Maria o nascimento de Jesus (Lucas 1:28). Qual foi sua rea-
ção? E qual foi a resposta de Maria ao anjo? (Lucas 1: 29 e 38).

“Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-


se a pensar no que significaria esta saudação.” (Lucas 1:29)

“Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se


cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausen-
tou dela”. (Lucas 1:38).

Como foi a atuação do Espírito Santo no nascimento de


Jesus? (Lucas 1:35).

“Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo,


e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por
isso, também o ente Santo que há de nascer será chamado
Filho de Deus.”

O nascimento de Cristo é um mistério. Ninguém explica como


Maria ficou grávida, mesmo sendo virgem. Foi um milagre.

“Cristo trouxe aos homens e mulheres o poder de ven-


cer. Veio ao mundo em forma humana, a fim de viver
como homem entre os homens. Assumiu os riscos da na-
tureza humana, para ser provado e tentado. Em Sua hu-
manidade, era participante da natureza divina. Em Sua
encarnação obteve nova intuição do título de Filho de
Deus. Disse o anjo a Maria: ‘A virtude do Altíssimo te co-
brirá com a Sua sombra; pelo que também o Santo, que
de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.’ Luc. 1:35.
Ao mesmo tempo que era Filho de um ser humano, tor-
nou-Se o Filho de Deus num novo sentido. Assim Se achou
Ele em nosso mundo - o Filho de Deus, mas, ligado, pelo
nascimento, à raça humana” (E. G. White, Mensagens Es-
colhidas, v. 1, p. 226-227).

Como Maria era virgem, percebemos no relato bíblico um


milagre, o milagre da encarnação de Cristo no seu ventre.
Isso sugere que Jesus já existia antes de nascer. Vamos ler
João 1:1-3; 14:

28
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o


Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as
coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do
que foi feito se fez.”

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça


e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito
do Pai.”

“Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o


eterno Pai - um em natureza, caráter, propósito - o único
ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propó-
sitos de Deus. ‘O Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro,
Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz.’ Isa. 9:6.
Suas “saídas são desde os tempos antigos, desde os dias
da eternidade” (E. G. White, Patriarcas e Profetas, p. 34).

29
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Cristo é o Filho de Deus, preexistente, existente por Si


mesmo. Falando de Sua preexistência, Cristo conduz a
mente através de séculos incontáveis. Afirma-nos que
nunca houve tempo em que Ele não estivesse em íntima
comunhão com o eterno Deus. Aquele cuja voz os judeus
estavam então ouvindo estivera com Deus como Alguém
que vivera sempre com Ele” (E. G. White, Signs of the Times,
29 de agosto de 1900. Ver também, Evangelismo, p. 615).

Ele era igual a Deus, infinito e onipotente. [...] É o Filho


eterno, existente por Si mesmo (E. G. White, Manuscrito 101,
1897. Ver também, Evangelismo, p. 615).

Quem é esse Verbo que estava no princípio com Deus?


João 1:14.

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós...”

Se parafrasearmos o texto de João 1:1-3, ficará assim:

“No princípio era Jesus, e Jesus estava com Deus, e Jesus


era Deus.

Ele [Jesus] estava no princípio com Deus. Todas as coisas


foram feitas por intermédio dEle [Jesus], e, sem Ele [Jesus],
nada do que foi feito se fez.”

Percebe? Jesus já existia antes de nascer. Ele é Deus. Sen-


do Deus não tem começo e nem fim; ninguém nunca criou
Jesus. Ele nunca passou a existir; Ele sempre existiu. Ele é um
com o Pai “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Um em santi-
dade, perfeição, amor, justiça, misericórdia, verdade e vida.
Jesus possui todos os atributos do caráter de Deus. Jesus é
Onipotente (pode todas as coisas); Onisciente (sabe todas
as coisas e conhece o fim desde o princípio); e é Onipresente
(está em todos os lugares ao mesmo tempo – inclusive com
você agora).

Se você estiver enfrentando lutas e dificuldades, algo que


considera impossível de ser resolvido, como doença, medo,
angústia, problemas na família, vícios, perseguição ou qual-
quer outra coisa, Jesus pode fazer o milagre e lhe dar a solu-
ção. Você crê?

30
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“O Filho de Deus Se rebaixou para levantar os caídos.


Para isto deixou Ele os mundos sem pecado de cima, as
noventa e nove que O amavam, e veio à Terra para ser
‘ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas
iniquidades’. Isa. 53:5. Em tudo, foi feito semelhante aos
irmãos. Tornou-Se carne, exatamente como nós somos.
Ele soube o que significa ter fome, sede e cansaço. Foi
sustentado pelo alimento e restaurado pelo sono. Foi es-
trangeiro e peregrino na Terra - estava no mundo, mas
não era do mundo; foi tentado e provado como o são os
homens e mulheres de hoje, vivendo, contudo, uma vida
sem pecado. Compassivo, compreensivo e terno, sempre
gentil para com os outros, Ele representava o caráter de
Deus. ‘O Verbo Se fez carne, e habitou entre nós... cheio
de graça e de verdade.’ João 1:14“(E. G. White, Atos dos
Apóstolos, p. 472).

>> PROVAS DE SUA DIVINDADE


A ressurreição de Lázaro foi a maior prova da divindade
de Cristo (João 11: 25, 26 e 43):

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê


em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em
mim não morrerá, eternamente. Crês isto? E, tendo dito isto,
clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!”

A ressurreição de Lázaro provou ser Jesus Deus; porque só


Deus pode dar vida; Ele é o doador da vida.

“E tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai


para fora.” João 11:43. Sua voz, clara e penetrante, soa aos
ouvidos do morto. Ao falar, a divindade irrompe através
da humanidade. Em Seu rosto, iluminado pela glória de
Deus, vê o povo a certeza de Seu poder. Todos os olhos
se acham fixos na entrada do sepulcro. Todos os ouvidos,
atentos ao mais leve som. Com intenso e doloroso inte-
resse, aguardam todos a prova da divindade de Cristo, o
testemunho que há de comprovar Sua declaração de ser
o Filho de Deus, ou para sempre extinguir a esperança (E.
G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 536).

A maior prova de amor

31
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

32
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Por que Deus enviou Seu Filho ao mundo? (João 3:16).

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o


seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna.”

Um plano para extirpar o pecado foi elaborado e, no mo-


mento exato, entrou em execução em prol da raça caída. O
plano de redenção é o mais perfeito do Universo. Cristo veio
ao mundo para nos resgatar do pecado e nos dar vida eter-
na. Você aceita?

“O plano de nossa redenção não foi um pensamento


posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a re-
velação ‘do mistério que desde tempos eternos esteve
oculto’. Rom. 16:25. Foi um desdobramento dos princípios
que têm sido, desde os séculos da eternidade, o funda-
mento do trono de Deus. Desde o princípio, Deus e Cristo
sabiam da apostasia de Satanás, e da queda do homem
mediante o poder enganador do apóstata. Deus não or-
denou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou
providências para enfrentar a terrível emergência. Tão
grande era Seu amor pelo mundo, que concertou entre-
gar Seu Filho unigênito ‘para que todo aquele que nEle
crê não pereça, mas tenha a vida eterna’”. João 3:16 (E. G.
White, O Desejado de Todas as Nações, p. 22).

Olhar para Jesus, sabendo que Ele é Deus, Se fez carne e


habitou entre nós para nos salvar, faz alguma diferença? Va-
mos ler os textos de João 3:14-15 e Isaías 45:22.

“E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto,


assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para
que todo o que nele crê tenha a vida eterna”.

“Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da ter-


ra; porque eu sou Deus, e não há outro”.

O Novo Testamento não deixa dúvida nenhuma quanto à


sua identidade:

> Ele é Deus encarnado (João 1:14);


> O Messias (João 1:14);
> O Servo do Senhor (Isaías 42, 49, 53);

33
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

> O Bom pastor (João 10:11);


> A luz do mundo (João 8:12);
>O Pão da vida (João 6:35);
> A Porta das ovelhas (João 10:7);
> O Lírio dos vales (Cantares 2:1);
> A Estrela da manhã (Apocalipse 22:16);
> A Ressurreição e a vida (João 11:25);
> Ele é o Caminho e a Verdade (João 14:6);
> O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29);
> O único fundamento (1 Coríntios 3:11);
> A Pedra da esquina (Efésios 2:20);
> A Água da Vida (João 4);
> O Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:16);
> O Amém de Deus (Apocalipse 22:20);
> O Alfa e o Ômega (Apocalipse 21:6).
(Amin A. Rodor, O Incomparável Jesus Cristo, p. 16-17).

Meu amigo, você entendeu a mensagem de hoje?

Ficou claro para você que Jesus é mais que um homem, é o


próprio Deus? Quando Se fez carne e habitou entre nós, assu-
miu a natureza humana, foi tentado em todas as coisas, mas
nunca pecou. Ele te ama muito e tem um maravilhoso pla-
no para sua vida. Observe a importância que você tem para
Deus. Entregue seu coração a Cristo agora mesmo. Não tente
fugir. Não se desvie do caminho que Ele lhe propõe. Hoje você
está fazendo este estudo bíblico porque Deus te chamou.

Agora, levante sua mão e repita essa oração:

“SENHOR, Deus Eterno, muito obrigado por ter enviado Teu


único Filho para morrer em meu lugar. Querido Deus, eu te
amo porque o SENHOR me amou primeiro, e lhe entrego o
meu coração. Perdoa os meus pecados; dá-me um novo co-
ração. Em nome de Jesus, amém!”

34
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

35
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ELE MORREU
PARA NOS
SALVAR
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 4
ELE MORREU PARA
NOS SALVAR

>> INTRODUÇÃO
O dia 16 de abril de 2007 ficará marcado na história dos
Estados Unidos e do mundo pelo massacre na Universidade
Virgínia Tech, quando o jovem sul-coreano Sho Seung Hui, de
23 anos, que cursava inglês, matou 32 pessoas e logo depois
se matou. Dentre as vítimas estava o professor de matemáti-
ca e engenharia Liviu Librescu, de 76 anos.

Nascido na Romênia, sobrevivente do holocausto nazista,


Librescu deixou seu país em 1978 para escapar do regime
comunista e imigrou para Israel. Construiu uma respeitada
carreira acadêmica em duas universidades israelenses, até
se mudar para os Estados Unidos em 1984, onde lecionava
matemática e engenharia na Virginia Tech. Segundo teste-
munhas, bloqueou a porta de sua sala de aula com o próprio
corpo para permitir que seus alunos fugissem pelas janelas e
escapassem do atirador em segurança. Infelizmente acabou
pagando com a própria vida. “Meu pai bloqueou a entrada
da sala com seu próprio corpo e pediu para os alunos fugi-
rem”, disse Joe Librescu em uma entrevista por telefone de
sua casa nos arredores de Tel Aviv ao jornal isralense H’aretz.
(Globo.com, “Professor que salvou alunos de massacre era sobrevivene
do Holocausto”. Acesso em 19/02/2018 pelo site: http://g1.globo.com/No-
ticias/Mundo/0,,MUL23391-5602,00-PROFESSOR+QUE+SALVOU+ALUNOS+-
DE+MASSACRE+ERA+SOBREVIVENTE+DO+HOLOCAUSTO.html).

Ele morreu, mas salvou muitos alunos. Uma atitude heroica


que ficará registrada para sempre.

Cristo Morreu Para nos Salvar.

“Certamente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades


e as nossas dores levou sobre Si; e nós o reputávamos por

37
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas Ele foi transpassado pe-


las nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades;
o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:4-5).

Agora responda:

Que promessa confortou o coração de Adão e Eva assim


que pecaram? (Gênesis 3:15).

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descen-


dência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe
ferirás o calcanhar.”

Para o homem, a primeira indicação de redenção foi dada


na sentença pronunciada sobre Satanás, no jardim. Decla-
rou o Senhor: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a
tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça e tu
lhe ferirás o calcanhar”. Gênesis 3:15. Esta sentença... Ao mes-
mo tempo em que predizia guerra entre o homem e Sata-
nás, declarava que o poder do grande adversário finalmente
seria quebrado (E. G. White, Patriarcas e Profetas, p. 65-66).

Gênesis 3:15 contém a promessa da primeira vinda de Cris-


to e a Sua vitória na cruz para salvar a humanidade. A vitória
de Cristo é a nossa vitória!

Quando essa promessa teve seu cumprimento, e de que


forma Cristo “esmagou a cabeça da serpente?” (Gálatas 4:4;
João 19:30).

“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho,


nascido de mulher, nascido sob a lei”.

“Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está


consumado. E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito”.

João 19:30 relata que quando Jesus Cristo exclamou na


cruz do calvário: “está consumado”, ganhara a batalha. Sua
destra e Seu santo braço lhe alcançaram a vitória. Como
vencedor, afirmou Sua bandeira nas alturas eternas. Que
alegria entre os anjos! Todo Céu triunfou na vitória do Sal-
vador. Satanás foi derrotado, e sabia que seu reino estava
perdido (O Desejado de Todas as Nações, p. 728).

38
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Jesus nasceu no tempo exato marcado pela profecia bí-


blica. Foi tentado em todas as coisas, mas viveu vida santa
e nunca cedeu um milímetro sequer ao inimigo – finalmen-
te tomou sobre Si os nossos pecados. Foi cravado na cruz e
pendurado entre o Céu e a terra, onde Seu sangue foi derra-
mado, gota a gota, para salvar você e a mim da condenação
do pecado.

>> SALVAÇÃO DISPONÍVEL A TODOS


Você não foi excluído do amor de Deus. Em João 3:16 en-
contramos o verso áureo da Bíblia:

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o


seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna”.

João 3:16 é o versículo sobre as maiores coisas: “Porque (a


maior explicação) Deus (o maior ser) amou (o maior senti-
mento) o mundo (a maior abrangência) de tal maneira (a
maior intensidade) que deu (a maior dádiva) o seu Filho uni-
gênito (a maior expressão de Deus), para que todo aquele (a
maior oferta) que nele crê (a maior condição) não pereça (o
maior perigo), mas tenha (a maior conquista) a vida eterna”
(a maior esperança).

Há alguém demasiado pecador que não possa ser salvo


por Cristo? (Mateus 11:28-30; Hebreus 7:25).

A salvação está disponível para todos. Deus não predes-


tinou alguns para a salvação e outros para a perdição. Sim-
plesmente diz: “... para que todo o que nEle crê não pereça,
mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Por isso, não importa
quem é você ou como viveu no seu passado; talvez você se
considere perdido, e isso traga angústia ao seu coração. Mas,
saiba que Jesus veio salvar os pecadores e pode restaurar
sua vida – basta crer.

O que precisamos fazer para conseguir a salvação? (João


6:37).

“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que


vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” (João 6:37).

39
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Conquanto o pecador não possa salvar-se a si pró-


prio, tem algo que fazer para conseguir a salvação. “O
que vem a Mim”, disse Cristo, “de maneira nenhuma o
lançarei fora.” João 6:37. Mas devemos ir a Ele; e, quando
nos arrependemos de nossos pecados, [pela Sua graça]
devemos crer que Ele nos aceita e perdoa. A fé é dom de
Deus, mas a faculdade de exercê-la é nossa. A fé é a mão
pela qual a alma se apodera das ofertas divinas de gra-
ça e misericórdia (E. G. White, Patriarcas e Profetas, p. 431).

ESCRAVOS DO PECADO

Romanos 6:16 nos ensina o que o pecado faz no ser humano:

“Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém


para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos da-
quele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à
morte, ou da obediência que leva à justiça?” (Romanos 6:16
- NVI)

“Quando vocês eram escravos do pecado, estavam livres


da justiça.” (Romanos 6:20).

Você conhece pessoas escravizadas pelos vícios e pela


falsa liberdade?

LIBERTAÇÃO UNICAMENTE EM CRISTO

Como podemos ser libertos do pecado? (Apocalipse 1:5).

“E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogê-


nito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que
nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos peca-
dos.”

Jesus viveu vida perfeita e, ao entregar-Se por nós na Cruz,


onde derramou o Seu sangue, nos libertou completamente
do pecado e sua escravidão.

PROVAS DO AMOR DE DEUS

Como podemos ter a certeza do amor de Cristo? (Roma-


nos 5:8; 8:37-39).

40
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato
de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”

“Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedo-


res, por meio dAquele que nos amou. Porque eu estou bem
certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem
os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qual-
quer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus,
que está em Cristo Jesus, nosso SENHOR.”

“[O] preço de redenção Ele pagou com o Seu próprio


sangue. Séculos e eras nunca poderão diminuir a efi-
cácia de Seu sacrifício expiatório. Nem a morte, nem a
vida, altura ou profundidade, nada nos poderá separar
do amor de Deus que está em Cristo Jesus; não porque a
Ele nos apeguemos com firmeza, mas porque Ele nos se-
gura com Sua forte mão. Se nossa salvação dependesse
de nossos próprios esforços não nos poderíamos salvar;
mas ela depende de Alguém que está por trás de todas
as promessas. Nosso apego a Ele pode ser débil, mas Seu
amor é como de um irmão mais velho; enquanto nos
mantivermos em união com Ele, ninguém nos pode ar-
rancar de Sua mão” (E. G. White, O Desejado de Todas as
Nações, p. 552-553).

>> NOVA VIDA EM CRISTO


Que mudança ocorre na vida quando aceitamos Cristo
como Salvador e Senhor? (2 Coríntios 5:17).

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as


coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”.

Antes de aceitar a Cristo como Salvador e passar a servi-


Lo, o homem era escravo do mal, servindo unicamente às
paixões da carne. A partir do momento em que, com coração
contrito e arrependido, abre-lhe o coração e aceita-O como
Salvador pessoal, torna-se uma nova pessoa.

A velha natureza, nascida do sangue e da vontade da car-


ne, não pode herdar o reino de Deus. Os velhos caminhos,
as tendências hereditárias, os hábitos antigos precisam ser

41
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

42
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

abandonados; pois a graça não é herdada. O novo nasci-


mento consiste em ter novos intuitos, novos gostos, novas
tendências. Os que, pelo Espírito Santo, são gerados para
uma nova vida, tornaram-se participantes da natureza di-
vina, e em todos os seus hábitos e práticas evidenciarão sua
relação com Cristo. Quando homens que alegam ser cristãos
retêm todos os seus defeitos naturais de caráter e disposi-
ção, em que a sua posição difere da dos mundanos? Eles não
apreciam a verdade como elemento santificador e refinador.
Não nasceram de novo.

A genuína conversão modifica as tendências hereditá-


rias e cultivadas para o mal (E. G. White, Maranata! Medi-
tação Matinal, p. 235).

>> O MAIOR CONVITE


O maior convite já feito ao ser humano está em Mateus
11:28-30:

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecar-


regados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e
aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo
é suave, e o meu fardo é leve”.

>> JESUS DERRAMOU SEU SANGUE


PARA CANCELAR NOSSOS PECADOS
Ilustração:

Em uma pequena vila da Escócia viveu um médico que se


distinguiu pela bondade. Após sua morte, ao examinar seus
livros, encontraram muitas contas marcadas com tinta ver-
melha, com as seguintes palavras: “cancelada (pobre de-
mais para pagar).

A esposa, que pensava diferente dele, declarou: “estas


contas devem ser cobradas”, e levou o assunto ao tribunal. O
juiz perguntou:

43
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

- Isto que está escrito com tinta vermelha é de próprio pu-


nho de seu esposo?
- Sim, senhor – respondeu a viúva.
- Então não existe tribunal no mundo que possa exigir o pa-
gamento destas contas, uma vez que seu esposo escreveu:
“Canceladas” (Daniel Belvedere, Seminário As Revelações do
Apocalipse, Edição do Professor, p. 74-75).

O sangue de Cristo foi derramado na Cruz do Calvário para


cancelar os nossos pecados. É o amor escrito com sangue.

Amigo, você crê que Jesus deu a vida para nos salvar? Crê
que em Seu sangue temos a purificação dos nossos pecados?

Apelo

Você Crê que Jesus veio a este mundo para nos salvar?

Você crê que Jesus é o Filho de Deus e O aceito como meu


Salvador pessoal?

Neste momento Cristo quer morar em seu coração. Você


quer que Jesus entre em seu coração e transforme sua vida?

Você acredita que o Seu sangue nos purifica de todo pe-


cado?

HÁ ALEGRIA NO CÉU POR SUA DECISÃO AO LADO DE CRISTO.

Gostaria de se ajoelhar e agradecer a Deus pela salvação


em Cristo?

Vamos fazer isso agora, todos juntos.

44
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

45
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

FÉ E
ARREPENDI-
46
MENTO
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 5
FÉ E ARREPENDIMENTO

>> INTRODUÇÃO
Na cidade de Inchon, na Coreia do Sul, um pastor evangélico
e sua família passaram por uma provação extremamente se-
vera. Foram alvos de perseguição por parte dos comunistas. O
pastor e sua família foram presos e convidados a abandonar a
fé em troca de sua liberdade. Eles, porém, disseram um enfático
não. Diante de tal resposta, os inimigos mandaram cavar um
buraco onde a família toda deveria ser enterrada. Foi prepara-
da a cova, e mais um apelo foi feito para que o pastor e a família
abandonassem a fé. Eles, entretanto, continuaram dizendo não.

Enraivecidos, os inimigos lançaram o pastor e seus


queridos na cova. Logo em seguida, os algozes começa-
ram a jogar terra para dentro do buraco. A essa altura,
um dos filhos ergueu a voz e disse: “Papai, por favor, pen-
se em nós!”. O pai, diante de um apelo dessa natureza,
hesitou por um instante, mas sua esposa interveio, dizen-
do: “Nossa resposta é não”. E, voltando-se para os filhos,
deu-lhes a seguinte ordem: “Fiquem quietos. Então vocês
não sabem que um dia estaremos com o Rei dos reis e
Senhor dos senhores?” ditas essas palavras, a família co-
meçou a cantar um hino que falava do Céu, enquanto as
pás e enxadas lançavam terra sobre seus corpos vivos.
Cantaram, até que suas vozes sumiram sob monturos.
Havia ali muitas pessoas curiosas, que se impressiona-
ram diante do heroísmo daquela família. Várias delas, no
silêncio de sua alma tomaram a decisão de seguir a Cris-
to, mesmo sabendo que estariam sujeitas a todo tipo de
intolerância. Dias virão em que nossa fé será severamen-
te provada. Falsas doutrinas serão impostas em troca da
liberdade. Como reagiremos? Nossa fé será mais forte do
que as provas? (Rubens Lessa, A Esperança do Terceiro
Milênio, Meditações Diárias, ano 2000, p. 281).

47
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> FÉ
> DEFINIÇÃO DE FÉ:

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convic-


ção de fatos que se não veem.” (Hebreus 11:1).

“Do grego pistis, ‘confiança’, ‘lealdade’, ‘convicção’,


também ‘fidelidade’, ‘confiabilidade’. A palavra pistis
pode denotar tanto conduta mental quanto padrão de
conduta, sendo a conduta fiel o produto da atitude da fé”.
(Francis D. Nichol, ed., Comentário Bíblico Adventista do
Sétimo Dia, v. 7, sobre Hebreus 11:1. Tatuí, SP: Casa Publica-
dora Brasileira, 2014, 7 vols., p. 511).

“Fé é a certeza” – Do grego Hupostasis, “Natureza subs-


tancial”, “essência”, “ser real”, “realidade”... Não existe
algo como fé cega. A fé genuína sempre descansa sobre
a firme certeza, circundada de provas suficientes, para
justificar naquilo que ainda não é visto” (...). Pela fé o cris-
tão já se considera na posse do que lhe foi prometido.
(...) A fé permite, assim, que o cristão não só reivindique
as bênçãos prometidas, mas que as receba e aprecie já
agora” (Francis D. Nichol, ed., Comentário Bíblico Adven-
tista do Sétimo Dia, v. 7, sobre Hebreus 11:1. Tatuí, SP: Casa
Publicadora Brasileira, 2014, 7 vols., p. 511).

48
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Como desenvolver a fé? (Romanos 10:17).

“E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela pa-


lavra de Cristo.”

A fé é a convicção das coisas que não se podem ver (Hb


11:1), convicção que deve ser fundamentada no conhecimen-
to da Palavra de Deus, a mensagem de Cristo. Como meio de
desenvolver uma fé operante, não há substituto para o es-
tudo e a prática da palavra de Deus (Francis D. Nichol, ed.,
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, sobre Ro-
manos 10:17. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2014, 7 vols.,
p. 660).

A FÉ COMO MEIO DE SALVAÇÃO PELA GRAÇA

Somos salvos pela lei ou pela graça? (Efésios 2:8-10).

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não


vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que nin-
guém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo
Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou
para que andássemos nelas.”

Observe que a fé não nos salva; fé é o meio pelo qual al-


cançamos a graça de Deus.

Em Hebreus 11:6 observamos o verdadeiro objetivo da fé


(ver também 1 Pedro 1:9).

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é


necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que
ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”.

“Obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma”.

A palavra “fim”, do grego telos, como empregada por Pe-


dro, significa “finalidade”. Ou seja, a finalidade da fé é a nossa
salvação.

PAZ POR MEIO DA FÉ

Como podemos ter paz com Deus?

49
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por


meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. (Romanos 5:1).

“Justificação significa perdão. Quer dizer que o cora-


ção, purificado de obras mortas, está preparado para re-
ceber a bênção da santificação” (E. G. White, E Recebereis
Poder, Meditações Matinais, ano 1999, p. 96).

A paz mental – a certeza do perdão e da aceitação divina


– é algo preciosíssimo, que não se alcança por boa conduta
ou escolaridade. Nem tão pouco pode ser comprada pelo di-
nheiro. A paz mental e a consciência tranquila são adquiridas
apenas pela graça de Deus. Esse milagre acontece quando
o pecador, tocado pelo Espírito Santo, se rende ao amor de
Deus e cai ajoelhado aos Seus pés. Em sincero arrependi-
mento confessa o pecado que tanto fere o coração de Cristo.

Quando o Espírito de Deus toma posse do coração,


transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são
afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humil-
dade, a paz, tomam o lugar da ira, da inveja e da con-
tenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete
a luz do Céu. Ninguém vê a mão que suspende o fardo,
nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem
quando, pela fé, a alma se entrega a Deus. Então, aquele
poder que olho algum pode discernir, cria um novo ser
à imagem de Deus (E. G. White, O Desejado de Todas as
Nações, p. 173).

>> ARREPENDIMENTO
O que é necessário fazer para obter o perdão dos peca-
dos? (Atos 3:19-20).

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cance-


lados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Se-
nhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo,
que já vos foi designado, Jesus”.

Como pode alguém ser justo diante de Deus? Como pode o


pecador ser justificado? É unicamente por meio de Cristo que
podemos ser postos em harmonia com Deus, com a santida-
de; mas como devemos chegar a Cristo? Muitos fazem hoje

50
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

a mesma pergunta que fez a multidão no dia de Pentecoste,


quando, convencidos do pecado, clamaram: “Que faremos?”
Atos 2:37. A primeira palavra da resposta de Pedro foi: “Ar-
rependei-vos.” Atos 2:38. Noutra ocasião, logo depois, disse:
“Arrependei-vos, ... e convertei-vos, para que sejam apaga-
dos os vossos pecados.” Atos 3:19.

O arrependimento compreende tristeza pelo pecado


e afastamento do mesmo. Não renunciaremos ao pe-
cado enquanto não reconhecermos a sua malignidade;
enquanto dele não nos afastarmos sinceramente, não
haverá em nós uma mudança real da vida (E. G. White,
Caminho a Cristo, p. 23).

VENHA A CRISTO DO JEITO QUE VOCÊ ESTÁ

Devo me arrepender primeiro para depois ir a Cristo?


(Mateus 11:28-30).

“Vinde a Mim, todos os que estais cansados


e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de cora-
ção; e achareis descanso para a vos-
sa alma. Porque o meu jugo é suave,
e o meu fardo é leve”.

Os judeus ensinavam que o


pecador devia arrepender-se
antes de lhe ser oferecido o
amor de Deus. A seu parecer,
o arrependimento é obra pela
qual os homens ganham o fa-
vor do Céu. Foi esse pensamento
que induziu os fariseus atônitos e
irados a exclamarem: “esse homem
recebe pecadores!” (Lucas 15:2). Con-
forme sua suposição, não devia permitir
que pessoa alguma a Ele se achegasse sem
se ter arrependido [...] Cristo ensina que a salvação não
é alcançada por procurarmos a Deus, mas porque Deus
nos procura [...] Não nos arrependemos para que Deus
nos ame, porém Ele nos revela Seu amor para que nos
arrependamos” (E. G. White, Parábolas de Jesus, p. 189).

51
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

52
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

CONFESSAR E ABANDONAR OS PECADOS

Por que a confissão e o abandono do pecado são funda-


mentais para a salvação? (1 João 1:9; Provérbios 28:13).

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para


nos PERDOAR os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará,


mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”.

A GRAÇA DO PERDÃO

Deus perdoa todos os pecados? (1 João 1:7 e 9).

“... O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado”.

Deus não se cansa de perdoar; o que pode acontecer é o


ser humano se cansar de pedir perdão.

NÃO IMPORTA QUÃO GRAVE FOI O PECADO

Veja o que diz Isaías 1:18:

“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vos-


sos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão bran-
cos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o car-
mesim, se tornarão como a lã.”

“O pior pecador pode encontrar conforto e esperança


nesta promessa. Deus assegura que não importa qual
tenha sido a culpa, quão grave tenha sido o pecado, é
possível ser restaurado à pureza e santidade. Esta pro-
messa tem a ver não apenas com os resultados do pe-
cado, mas com o pecado em si. Ele pode ser erradicado
e banido por completo da vida. Com a ajuda de Deus, o
pecador pode assegurar o domínio completo de todas
as fraquezas” (Francis D. Nichol, ed., Comentário Bíblico
Adventista do Sétimo Dia, v. 4, sobre Isaías 1:18. Tatuí, SP:
Casa Publicadora Brasileira, 2014, 7 vols., p. 87).

Existe algum pecado que Deus não pode perdoar? Leia no-
vamente 1 João 1:9 e observe a palavra “se”. Ela indica uma
condição. Ou seja, para recebermos o perdão é preciso con-

53
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

fessar os pecados (lembrando que a confissão verdadeira é


aquela seguida de verdadeiro arrependimento).

O pecado que não tem perdão é aquele que você não se


arrepende, não confessa e não abandona.

Deus não pode perdoar alguém que não esteja arrepen-


dido, conforme diz o provérbio chinês: “perdoar alguém que
não está arrependido é o mesmo que desenhar figuras na
água”. Por isso, não devemos rejeitar o amor de Deus, pois é
ele que nos leva ao arrependimento.

Você compreendeu a mensagem de hoje? Entendeu que


deve exercitar a fé?

Ficou claro que somos salvos unicamente pela graça, me-


diante a fé?

Pelo que acabamos de estudar, você está convicto de que


é preciso arrepender-se, confessar e abandonar todo peca-
do? Gostaria de orar a Deus para que lhe ajude a se arrepen-
der e a confessar os seus pecados? Vamos fazer isso agora
mesmo?

Repita comigo esta oração:

“Senhor Deus, reconheço que sou pecador, pequei contra Ti


e fiz o que era mau aos Teus olhos. Pela Tua graça e miseri-
córdia ouve a minha oração e perdoa os meus pecados. Dá-
-me um novo coração. Peço-Te em nome de Jesus. Amém”.
Amém?

Você gostaria de se arrepender e confessar todos os pe-


cados?

Deseja ter uma consciência tranquila?

Deus está chamando você para uma nova vida em Cristo.


Deus tem planos para você. Não deixe passar essa chance
de recomeçar.

54
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

55
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

COMO
ALCANÇAR
A PAZ
INTERIOR
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 6
COMO ALCANÇAR
A PAZ INTERIOR

>> INTRODUÇÃO
Certa vez, um rei encomendou a dois famosos pintores um
quadro cuja temática fosse a paz. Além de garantir que iria
comprar os dois quadros, o rei anunciou que daria um valor
extra para o artista que melhor retratasse a paz.

No tempo marcado, eles trouxeram suas pinturas.

O primeiro retratava um lago sereno, espelhando altas e


pacíficas montanhas à sua volta, encimado por um céu azul
com nuvens brancas como algodão.

Todos os que viram este quadro acharam que ele era um


perfeito retrato da paz.

O outro quadro também tinha montanhas. Mas eram


abruptas e calvas. O céu, ameaçador, derramava chuva e
relâmpagos – uma grande tempestade. Da encosta da mon-
tanha caía uma cachoeira espumante. Não parecia nada
pacífica.

Mas o rei, experimentado nas artes, olhou com vagar e viu


ao lado da cachoeira um pequeno ninho numa fenda da ro-
cha. Mamãe pássaro e seu filhote repousando em segurança.

O rei escolheu a segunda pintura. Sabe por quê?

– Porque paz, explicou o rei, não significa estar num lugar


onde não há barulho ou problemas. Paz é um estado de es-
pírito. É a capacidade de estar no meio disso tudo e ainda
manter a calma do coração.

57
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> ALCANÇANDO A PAZ INTERIOR


Você já parou para perguntar o que é a paz? (Efésios 2:14).

“Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, ten-


do derribado a parede da separação que estava no meio, a
inimizade”.

Se Jesus é a nossa paz, não existe paz sem Cristo. Só Ele nos
dá paz em meio às tempestades.

João 16:33 confirma que só em Cristo há paz.

“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim.
No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu
venci o mundo”.

“Pouco tempo antes de Sua crucifixão, Cristo tinha ga-


rantido a Seus discípulos um legado de paz. “Deixo-vos a
paz,” disse Ele, ‘a Minha paz vos dou; não vo-la dou como
o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se
atemorize.’ João 14:27. Esta paz não é a paz que se obtém
mediante a conformação com o mundo. Cristo jamais
comprou a paz condescendendo com o mal. A paz que
Cristo deixou a Seus discípulos é antes interna que externa,
e sempre devia permanecer com Suas testemunhas nas
lutas e contendas” (E. G. White, Atos dos Apóstolos, p. 84).

Certamente “... não há salvação em nenhum outro; porque


abaixo do Céu não existe nenhum outro nome, dado entre os
homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (Atos 4:12).

O CONVITE DA PAZ

Que convite a “paz” está fazendo a todo ser humano?


(Mateus 11:28-30).

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecar-


regados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e
aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo
é suave, e o meu fardo é leve”.

O convite é universal e sem acepção de pessoas. Não im-

58
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

porta se você é pobre, rico, empresário, culto, não alfabe-


tizado, negro ou branco. Também não importa qual a sua
religião, pois, Cristo está de braços abertos lhe convidando:
“Vinde a Mim”. (Mateus 11:28).

Nessas palavras, fala Cristo a todos os seres humanos.


Saibam-no eles ou não, todos estão cansados e oprimidos.
Todos se acham vergados ao peso de fardos que só Cristo
pode remover. O mais pesado dos fardos que levamos é o
pecado. Fôssemos deixados a suportar esse peso, e ele nos
esmagaria. Mas o Inocente tomou-nos o lugar. “O Senhor fez
cair sobre Ele a iniquidade de nós todos.” Isa. 53:6. Ele car-
regou o peso de nossa culpa. Ele tomará o fardo de nossos
cansados ombros. Dar-nos-á descanso. Também o peso do
cuidado e da dor Ele tomará sobre Si. Convida-nos a lançar
sobre Ele toda a nossa solicitude; pois nos traz no coração.

O Irmão mais velho de nossa família acha-Se ao lado


do trono eterno. Olha a toda alma que se volve para Ele
como o Salvador. Conhece por experiência as fraquezas
da humanidade, nossas necessidades e onde jaz a força
de nossas tentações; pois foi tentado em todos os pontos,
como nós, e, todavia, sem pecado. Está velando sobre ti,
tremente filho de Deus. Estás tentado? Ele te livrará. Estás
fraco? Ele te fortalecerá. És ignorante? Ele te esclarecerá.
Estás ferido? Ele te há de curar. O Senhor ‘conta o número
das estrelas’, todavia ‘sara os quebrantados de coração,
e liga-lhes as feridas. Sal. 147:4 e 3. ‘Vinde a Mim, eis Seu
convite. Sejam quais forem vossas ansiedades e prova-
ções, exponde o caso perante o Senhor. Vosso espírito
será fortalecido para a resistência. O caminho se abri-
rá para vos libertardes de todo embaraço e dificuldade.
Quanto mais fraco e impotente vos reconhecerdes, tanto
mais forte vos tornareis em Sua força. Quanto mais pesa-
dos os vossos fardos, tanto mais abençoado o descanso
em os lançar sobre vosso Ajudador. O descanso que Je-
sus oferece depende de condições, mas estas são ple-
namente especificadas. São condições que todos podem
cumprir. Ele nos diz como podemos obter Seu descanso
(E. G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 328-329).

59
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> ORAÇÃO

Buscar a Deus em oração é o maior privilégio concedido ao
ser humano. A experiência de Daniel 9:3 em Babilônia é um
exemplo a ser seguido.

“Voltei o rosto ao SENHOR Deus, para o buscar com oração


e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza”. Pano de saco e
cinza era o costume da época como demonstração de con-
trição pelo pecado.”

A oração é o meio pelo qual nos aproximamos de Deus. Ela


nos põe em ligação com o Todo-Poderoso e dEle recebemos
forças para viver e poder para vencermos cada tentação. A
paz advém da íntima comunhão com Cristo, e isto só é pos-
sível através do estudo diário das Escrituras e da oração par-
ticular.

O que é oração? (Números 7:89; Salmo 62:8).

“Quando entrava Moisés na tenda da congregação para


falar com o SENHOR, então, ouvia a voz que lhe falava de
cima do propiciatório, que está sobre a arca do Testemu-
nho entre os dois querubins; assim lhe falava”.

“Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante


ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio”.

“Oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo.


Não que seja necessário, a fim de tornar conhecido a Deus o
que somos; mas sim para nos habilitar a recebê-Lo. A
oração não faz Deus baixar a nós, mas eleva-nos
a Ele” (E. G. White, Caminho a Cristo, p. 129).

“A oração une-nos um ao outro e


a Deus. A oração traz Jesus ao nosso
lado, e dá à alma fatigada e perplexa
novas forças para vencer o mundo,
a carne e o diabo. A oração desvia
os ataques de Satanás” (E. G. White,
Parábolas de Jesus, p. 250).

60
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

REZA E ORAÇÃO

Existe diferença entre oração e reza? (Mateus 6:7).

“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios;


porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos”.

Uma das características das religiões pagãs é a reza, uma


forma de repetição. “Vãs repetições” - O termo grego bat-
tologeō é um apaxlegômeno, isto é, uma palavra que apa-
rece somente uma vez no Novo Testamento e tem o sentido
de “balbuciar”, “murmurar”, “falar rapidamente”, “falar sem
prestar atenção no que se fala”, “dizer a mesma coisa vá-
rias vezes” (Cf. Francis D. Nichol, “Vãs repetições” Mateus 6:7,
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5. Tatuí, SP:
Casa Publicadora Brasileira, 7 vols., p. 358-359). Mas, essa
prática é diferente de perseverar em oração por algo que se
anseia muito (Mateus 26:44). Entretanto, no paganismo, mui-
tos sacrifícios eram oferecidos para aplacar a ira dos deuses
e, somado a isso, eram feitas também longas orações repe-
titivas e enfadonhas, com o fim de alcançar o favor desejado.

A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO PARTICULAR

Como deve ser a oração particular? (Mateus 6:6).

“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada


a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que
vê em secreto, te recompensará”.

Escolha um lugar secreto para sua Hora Tranquila (ora-


ção particular). Pode ser o seu quarto ou uma câ-
mara de oração. Um lugar em que não seja in-
comodado. Ajoelhe-se aos pés do Salvador
e abra-lhe o coração. Em seguida, reveren-
temente, abra as Escrituras para conhecer
ao Senhor Jesus e descubra o maravilhoso
plano que tem para sua vida – você sentirá
a Paz inundar o seu coração. Experimente!

Tomando como base os exemplos bí-


blicos, note que este momento é dedi-
cado a falar com Deus e não para se
concentrar em si mesmo.

61
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

62
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> AS ORAÇÕES QUE DEUS NÃO OUVE


Que espécie de oração Deus não ouvirá?

>> Salmo 66:18 (NVI): Se eu acalentasse o pecado no cora-


ção, o Senhor não me ouviria.

>> Provérbios 28:9 (NVI): Se alguém se recusa a ouvir a lei,


até suas orações serão detestáveis.

>> Tiago 4:1-3 (NVI): De onde procedem guerras e conten-


das que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que mi-
litam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e in-
vejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras.
Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque
pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.

“Se nos apegarmos a algum pecado consciente, o Se-


nhor não nos ouvirá” (E. G. White, Caminho a Cristo, p. 133).

>> AS ORAÇÕES QUE DEUS SEMPRE OUVE


Que oração sempre será ouvida? Vamos ler Salmo 51:2:

“Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-


me do meu pecado”.

“Quando pedimos bênçãos terrestres, a resposta à


nossa oração talvez seja retardada, ou Deus nos dê ou-
tra coisa e não aquilo que pedimos; não assim, porém,
quando pedimos livramento do pecado. É Sua vontade
limpar-nos dele, tornar-nos Seus filhos, e habilitar-nos a
viver vida santa (E. G. White, O Desejado de Todas as Na-
ções, p. 193).

Que garantia Jesus nos ofereceu de que nossas orações


serão atendidas? (Mateus 7:7-11).

“Por isso, vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis;


batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que
busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. Qual dentre
vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra?

63
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião? Ora, se vós,


que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos,
quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que
o pedirem?”

TRÊS VEZES AO DIA

Quantas vezes por dia Davi e Daniel oravam?

>> Davi. Salmo 55:17: “À tarde, pela manhã e ao meio-dia, fa-


rei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz”.

>> Daniel. Daniel 6:10: “Daniel, pois, quando soube que a es-
critura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no
seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusa-
lém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava
graças, diante do seu Deus, como costumava fazer”.

Que advertência Paulo nos faz? (1 Tessalonicenses 5:17).

“Orai sem cessar.”

“Cristo ordena: ‘Orai sem cessar’; isto é, mantende a mente


elevada para Deus, a fonte de todo poder e efici-
ência” (E. G. White, Testemunhos para Ministros e
Obreiros Evangélicos, p. 511).

Davi e Daniel oravam particularmente três


vezes ao dia; mas, como servos de Deus, es-
tavam sempre conectados ao Pai através da
oração.

Ficou claro a mensagem de hoje? Você


entendeu sobre a paz interior? A impor-
tância da oração? Qual deve ser a
nossa decisão?

Você deseja colocar em prática


a oração particular?

Deseja seguir o exemplo de Davi


e Daniel, orar, de forma particu-
lar, três vezes ao dia: de manhã, ao
meio-dia e à noite?

64
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

65
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

SINAIS DOS
TEMPOS
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 7
SINAIS DOS TEMPOS

>> INTRODUÇÃO
Ao escrever estas linhas, a guerra de Israel contra o Hamas
completa 2 meses e 3 dias. Milhares foram mortos e outros
milhares seguem feridos. Mas, não é só em Israel. Vários ou-
tros lugares estão em rumores de guerra. Somando-se a isso,
o apóstolo Paulo nos advertiu quanto ao caráter das pessoas
que estariam vivendo nos últimos tempos. As suas palavras
são assombrosamente precisas em relação à geração atu-
al, pois descrevem os homens como: “egoístas, avarentos,
jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos
pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, ca-
luniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, trai-
dores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que
amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, en-
tretanto, o poder” (2 Tim 3:2-5). A Bíblia diz que:

“A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se


murcha; enlanguescem os mais altos do povo da terra. Na
verdade, a terra está contaminada por causa dos seus mo-
radores, porquanto transgridem as leis, violam os estatutos
e quebram a aliança eterna. Por isso, a maldição consome
a terra, e os que habitam nela se tornam culpados; por isso,
serão queimados os moradores da terra, e poucos homens
restarão.” (Isaías 24:4-6). O quadro é assustador!

>> Guerra entre traficantes e policiais


>> A violência cada vez mais assustadora nas grandes
e pequenas cidades
>> As ondas de calor sem precedentes no Brasil em 2023
>> Tragédias ambientais
>> Ciclones e inundações destruindo tudo pela frente
>> Roubos e crimes ousados
>> Crise moral e decadência da família

67
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> Violência sexual assustadora


>> Suicídios
>> Desemprego
>> Corrupção
>> Epidemias
>> Pandemias

O que esses acontecimentos indicam? (Lucas 21:28).

“Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e er-


guei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima”.

Stephen Hawking, foi um dos maiores cientistas do planeta


e ateu confesso, em entrevista cedida à BBC, previu quatro
possíveis cenários para o fim do mundo:

1. Inteligência artificial: “O desenvolvimento de uma inteli-


gência artificial total (AI) pode levar ao fim da raça humana”,
disse o físico à BBC em 2014. Segundo ele, as formas primiti-
vas de inteligência artificial desenvolvidas até o momento já
provaram ser úteis, mas Hawking teme as consequências de
se criar algo que possa se igualar ou até supe-
rar os seres humanos.

2. Guerra nuclear: As armas de


destruição em massa atuais são
capazes de acabar com a vida
na Terra, e a proliferação dos ar-
senais nucleares é uma gran-
de preocupação mundial. “Uma
grande guerra mundial signifi-
caria o fim da civilização e tal-
vez o fim da raça humana”, disse
Hawking.

3. Vírus criado por engenharia


genética: Em 2001, Hawking disse ao
jornal britânico Daily Telegraph que
a raça humana enfrenta a perspecti-
va de ser exterminada por um vírus cria-
do por ela mesma. “No longo prazo, fico mais
preocupado com a biologia. Armas nucleares precisam de
instalações grandes, mas engenharia genética pode ser fei-
ta em um pequeno laboratório. Você não consegue regula-

68
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

mentar cada laboratório do mundo. O perigo é que, seja por


um acidente ou algo planejado, criemos um vírus que possa
nos destruir”, disse o cientista ao jornal.

4. Aquecimento global: “Uma das consequências mais


graves de nossas ações é o aquecimento global, causado
pela emissão de crescentes níveis de dióxido de carbono re-
sultantes da queima de combustíveis fósseis. O perigo é que
o aumento da temperatura se transforme em (um processo)
autossustentável, se é que já não está assim.” “Secas e de-
vastação de florestas estão reduzindo a quantidade de CO2
que é reciclada na atmosfera”, afirmou. “Além disso, o derreti-
mento das calotas polares vai reduzir a quantidade de ener-
gia solar refletida de volta para o espaço e assim aumentar
ainda mais a temperatura. Não sabemos se o aquecimento
global vai parar, mas o pior cenário possível é que a Terra se
transforme em um planeta como Vênus, com uma tempe-
ratura de 250 graus na superfície e chuvas de ácido sulfúri-
co” (BBC Brasil, “Quatro cenários de ‘fim do mundo’ previstos por Stephen
Hawking”. Acesso em 20/02/2018 pelo site: http://www.bbc.com/portuguese/
noticias/2016/01/160126_gch_cenarios_fim_mundo_hawking_fn).

Será que o mundo vai acabar conforme uma dessas previ-


sões? O que a Bíblia ensina sobre o fim do mundo? As Escrituras
mencionam sinais que nos indicam quão próximos estamos.

PERCEBER OS SINAIS DOS TEMPOS

É importante estarmos atentos aos sinais que antecedem


a segunda vinda de Jesus e não sermos como os fariseus da
época de Jesus; relacionado ao clima, eles sabiam distinguir
o aspecto do céu, mas sobre os sinais da volta de Jesus eram
ignorantes.

“Aproximando-se os fariseus e os saduceus, tentando-


-o, pediram-lhe que lhes mostrasse um sinal vindo do céu.
Ele, porém, lhes respondeu: Chegada a tarde, dizeis: Haverá
bom tempo, porque o céu está avermelhado; e, pela manhã:
Hoje, haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho
sombrio. Sabeis, na verdade, discernir o aspecto do céu e
não podeis discernir os sinais dos tempos?” (Mateus 16:1-3).

Os fariseus sabiam interpretar o aspecto do céu, mas não


sabiam interpretar os sinais dos tempos.

69
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Em Mateus 24:3 está registrado que os discípulos pergun-


taram para Cristo sobre os sinais dos tempos

“No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado,


quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e
lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que
sinal haverá da tua vinda e da consumação do século”.

Os discípulos queriam saber os sinais que antecederiam a


volta de Jesus à Terra.

>> SINAIS NO CÉU E NA TERRA


SINAIS NO SOL, NA LUA E NAS ESTRELAS

Em Mateus 24:29 temos quatro sinais em apenas um verso:

1. Escurecimento do Sol
2. Escurecimento da lua
3. Queda das estrelas
4. Os poderes dos céus abalados

SOL

O dia 19 de maio de 1780, figura na história como ‘o dia es-


curo’. Desde o tempo de Moisés, nenhum período de trevas
de igual densidade, extensão e duração, já se registrou. A
descrição deste acontecimento, como a dá uma testemunha
ocular, não é senão um eco das palavras do Senhor [...] (E. G.
White, O Grande Conflito, pp. 307-308).

70
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Único ou quase único em sua espécie pelo misterioso


e até agora inexplicado fenômeno que nele se verificou...
foi o dia escuro de 19 de maio de 1780 – de inexplicável
escuridão que cobriu todo o céu e atmosfera visíveis em
Nova Inglaterra” (R. M. Devéns, Nosso Primeiro Século. Ci-
tado em E. G. White, O Grande Conflito p. 305-306).

Diz Herschel, o grande astrônomo inglês: ”O dia escuro da


América do Norte foi um dos mais extraordinários fenômenos
da Natureza, que será sempre lido com interesse, mas a Ciên-
cia é incapaz de explicar” (Cf. Rodolpho Belz, Focalizando Nossa
Época, Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d., p. 87).

“Que o dia escuro de 19 de maio não foi o resultado de um


eclipse, é fácil estabelecer pela posição que respectivamente
ocuparam nessa ocasião o Sol, a Lua e a Terra. ... O eclipse do
Sol só é possível mediante a interposição da Lua entre o Sol
e a Terra. A 19 de maio de 1780 a posição da Lua em relação
à Terra era justamente oposta à do Sol, o que tornava abso-
lutamente impossível um eclipse desse astro. De resto, a es-
curidão motivada por mero eclipse não teria sido tão densa
nem poderia ter a duração que teve esse fenômeno” (James
Edson White, O Rei Vindouro, São Paulo: Sociedade Internacio-
nal de Tratados, s.d., p. 124).

LUA

“Posto que às nove horas daquela noite a lua surgisse cheia,


‘não produziu o mínimo efeito em relação àquelas sombras se-
pulcrais’. Depois de meia-noite as trevas se desvaneceram, e a
lua, ao tornar-se visível, tinha aparência de sangue (Ibid., p. 307).

ESTRELAS

Ocorreu no dia 13 de novembro de 1833.

“A chuva de estrelas mais esplêndida e espetacular, presen-


ciada pela humanidade durante os tempos históricos, foi a da
noite e madrugada do dia 12 de novembro de 1833, na qual
por espaço de quatro horas o céu ofereceu o sublime espetá-
culo de uma conflagração universal. A região do globo mais
bem localizada para presenciar este fenômeno foi a América
do Norte” (Cf. Rodolpho Belz, Focalizando Nossa Época, p. 90).

71
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Centenas de milhares de estrelas caíram no espaço


de duas ou três horas. Alguns observadores compararam
seu número ao de flocos de neve, ou a gotas que caem
quando de uma chuvarada” (Cf. Enciclopédia Americana,
artigo, “Meteoros ou Chuva de Estrelas”. Citado em Princí-
pios de Vida. Departamento de Educação da Associação
Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, p. 468).

>> SINAIS NA TERRA



Além do Sol, da Lua e das Estrelas, que sinal o livro do Apo-
calipse acrescenta? (Apocalipse 6:12-13).

“Observei quando ele abriu o sexto selo. Houve um grande


terremoto. O sol ficou escuro como tecido de crina negra,
toda a lua tornou-se vermelha como sangue, e as estrelas
do céu caíram sobre a terra como figos verdes caem da fi-
gueira quando sacudidos por um vento forte.”

Em cumprimento desta profecia ocorreu no ano 1755 o


mais terrível terremoto que já se registrou. Posto que geral-
mente conhecido por terremoto de Lisboa, estendeu-se pela
maior parte da Europa, África e América do Norte. Foi senti-
do na Groenlândia, nas Índias Ocidentais, na Ilha da Madeira,
na Noruega e Suécia, Grã-Bretanha e Irlanda. Abrangeu uma
extensão de mais de dez milhões de quilômetros quadrados.
Na África, o choque foi quase tão violento como na Europa.
Grande parte da Argélia foi destruída; e, a pequena distân-
cia de Marrocos, foi tragada uma aldeia de oito ou dez mil
habitantes. Uma vasta onda varreu a costa da Espanha e da
África, submergindo cidades, e causando grande destruição.

Foi na Espanha e Portugal que o choque atingiu a maior


violência. Diz-se que em Cádiz a ressaca alcançou a altura de
vinte metros. Montanhas, “algumas das maiores de Portugal,
foram impetuosamente sacudidas, como que até aos fun-
damentos; e algumas delas se abriram nos cumes, os quais
se partiram e rasgaram de modo maravilhoso, sendo delas
arrojadas imensas massas para os vales adjacentes. Diz-se
terem saído chamas dessas montanhas” (Sir Charles Lyell,
Principles of Geology, Being an Attempt to Explain the Former
Changes of the Earth’s Surface, by Reference to Causes Now
in Operation. 3 vols. Murray, London, 1830-1833).

72
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Em Lisboa, um som como de trovão foi ouvido sob o solo


e imediatamente depois violento choque derribou a maior
parte da cidade. No lapso de mais ou menos seis minutos,
pereceram sessenta mil pessoas. O mar a princípio se re-
tirou, deixando seca a barra; voltou então, levantando-se
doze metros ou mais acima de seu nível comum. Entre outros
acontecimentos extraordinários que se refere terem ocorri-
do em Lisboa durante a catástrofe, esteve o soçobro do novo
cais, construído inteiramente de mármore, com vultosa des-
pesa. Grande número de pessoas ali se ajuntara em busca
de segurança, sendo um local em que poderiam estar fora
do alcance das ruínas que tombavam; subitamente, porém,
o cais afundou com todo o povo sobre ele, e nenhum dos ca-
dáveres jamais flutuou na superfície. (Ibid.).

“O choque do terremoto foi instantaneamente segui-


do da queda de todas as igrejas e conventos, de quase
todos os grandes edifícios públicos, e de mais da quarta
parte das casas. Duas horas depois, aproximadamente,
irromperam incêndios em diferentes quarteirões, e com
tal violência se alastraram pelo espaço de quase três dias,
que a cidade ficou completamente desolada. O terremo-
to ocorreu num dia santo, em que as igrejas e conventos
estavam repletos de gente, muito pouca da qual escapou
(Enciclopédia Americana, art. Lisboa). O terror do povo foi
indescritível. Ninguém chorava; estava além das lágrimas.
Corriam para aqui e para acolá, em delírio, com horror e
espanto, batendo no rosto e no peito, exclamando: ‘Mise-
ricórdia! É o fim do mundo!’ Mães esqueciam-se de seus
filhos e corriam para qualquer parte, carregando crucifi-
xos. Infelizmente, muitos corriam para as igrejas em busca
de proteção; mas em vão foi exposto o sacramento; em
vão as pobres criaturas abraçaram os altares; imagens,
padres e povo foram sepultados na ruína comum. Calcu-
lou-se que noventa mil pessoas perderam a vida naquele
dia fatal” (E. G. White, O Grande Conflito, p. 304-305).

Que outros sinais deveriam aparecer na terra? (Mateus


24:6-7).

“E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de


guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim
acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará

73
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e


terremotos em vários lugares”.

Hoje, como nunca, estamos vivenciando as guerras e ru-


mores de guerras, nação contra nação, reino contra reino,
fomes e terremotos em vários lugares, como clara evidência
da breve volta de Jesus.

Hoje os sinais dos tempos declaram que estamos no limiar


de grandes e solenes eventos. Tudo em nosso mundo está
em agitação. Ante nossos olhos cumprem-se as profecias do
Salvador, de acontecimentos que precederiam Sua vinda [...].

“O tempo presente é de dominante interesse para todo


o vivente. Governadores e estadistas, homens que ocu-
pam posições de confiança e autoridade, homens e mu-
lheres pensantes de todas as classes, têm sua atenção
posta nos acontecimentos que tomam lugar ao nosso
redor. Estão observando as relações que existem entre as
nações. Eles examinam a intensidade que está tomando
posse de cada elemento terreno, e reconhecem que algo
grande e decisivo está para acontecer - que o mundo
está no limiar de uma crise estupenda” (E. G. White, Pro-
fetas e Reis, p. 536, 537).

>> SINAIS NO MUNDO SOCIAL E RELIGIOSO



SINAIS NO MUNDO SOCIAL

A que tempo Jesus comparou os nossos dias? (Mateus


24:37-39).

“Pois assim como foi nos dias de noé, também será a vin-
da do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias an-
teriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se
em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não
o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a to-
dos, assim será também a vinda do Filho do Homem”.

Os pecados que atraíram a vingança sobre o mundo


antediluviano existem hoje. O temor de Deus baniu-se
dos corações dos homens, e Sua lei é tratada com in-
diferença e desprezo. A grande mundanidade daquela

74
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

geração é igualada pela da geração que vive hoje. Deus


não condenou os antediluvianos por comerem e bebe-
rem; dera-lhes os frutos da terra em grande abundân-
cia para suprirem suas necessidades físicas. Seu pecado
consistia em tomar esses dons sem gratidão para com
o Doador, e aviltar-se condescendendo com o apetite
sem restrições. Era-lhes lícito o casamento. O matrimô-
nio estava dentro da ordem determinada por Deus; foi
uma das primeiras instituições que Ele estabeleceu. Deu
instruções especiais concernentes a esta ordenação, re-
vestindo-a de santidade e beleza; estas instruções, po-
rém, foram esquecidas, e o casamento foi pervertido, e
feito com que servisse às paixões” (E. G. White, Patriarcas
e Profetas, p. 101).

Como o apóstolo Paulo descreve a condição social nos úl-


timos dias? (2 Timóteo 3:1-5).

“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos


difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactan-
ciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais,
ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, calunia-
dores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores,
atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que ami-
gos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entre-
tanto, o poder. Foge também destes”.

O afastamento de Deus leva o ser humano à prática de


coisas abomináveis. O desejo egoísta tem prevalecido no
coração de milhares. A ganância e o apego ao dinheiro cor-

75
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

76
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

rompem a moral, levando à desonestidade. Esse estado de


coisas representa as condições sociais dos últimos dias.

SINAIS NO MUNDO RELIGIOSO

A condição religiosa nos últimos dias é em parte descrita?


(1 Timóteo 4:1-2).

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos


tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espí-
ritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia
dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria
consciência.”

A apostasia (abandono da fé) seria uma característica pre-


dominante precisamente antes do aparecimento de Cristo,
em glória e majestade. Esses espíritos enganadores e ensinos
de demônios são propagados por falsos profetas. Em 1 João
4:1 está escrito: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito;
antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos
falsos profetas têm saído pelo mundo fora.”

Que características básicas indicariam os falsos profe-


tas? (Mateus 24:24; 2 Pedro 2:1-3).

“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando


grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os pró-
prios eleitos”.

“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas,


assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais in-
troduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao
ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos se-
guirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será in-
famado o caminho da verdade; também, movidos por ava-
reza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles
o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição
não dorme”.

Hoje, como predito pelo apóstolo, os falsos profetas rea-


lizam curas milagrosas com o intuito de enganar o povo de
Deus e, movidos por avareza, fazem comércio de seus segui-
dores. Avareza significa apego ao dinheiro.

77
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Em vista dos sinais mencionados, Jesus está próximo ou


longe de voltar? (Lucas 21:28).

Qual deve ser nossa decisão? (2 Pedro 3:10-13).

“Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os


céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se
desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela
existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de
ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em
santo procedimento e piedade, esperando e apressando a
vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendia-
dos, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derrete-
rão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos
céus e nova terra, nos quais habita justiça”.

Apelo

Você deseja viver vida de paz e obediência a Cristo? (2 Pe-


dro 3:14).

Visto que a salvação é individual, quer abandonar o mun-


do de pecados e dedicar-se à vigilância e à oração? (Lucas
21:34-36).

Visto que o dia e a hora da volta de Cristo não estão reve-


lados, quer estar preparado como se Ele fosse voltar ainda
hoje, mas seguir preparado e trabalhando até que Ele venha
me buscar?

Deus seja louvado por sua inteligente decisão ao lado dEle!

78
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

79
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

O SEGUNDO
MAIOR
ACONTECIMENTO
DA HISTÓRIA
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 8
O SEGUNDO MAIOR
ACONTECIMENTO DA HISTÓRIA

>>INTRODUÇÃO
“O maior acontecimento da história não foi o homem subir
e pisar na lua, foi Deus descer e pisar na terra” (Billy Graham).

Sem dúvida, o maior acontecimento da história foi o Cal-


vário, quando o Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo,
morreu brutalmente para nos salvar. O segundo maior acon-
tecimento será a volta de Jesus em glória e majestade.

“Até quando, perguntava uma mulher em desespero, du-


rará este mundo de violência, guerras, morte e confusão por
toda parte?”.

>>SUA OPINIÃO
>O sofrimento terá um fim ou durará para sempre?
>Deus abandonou o ser humano?
>O mundo acabará com uma terceira guerra mundial?

>>A LINDA PROMESSA


A maior promessa da Bíblia está registrada em João 14:1-3:

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede tam-


bém em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim
não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quan-
do eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim
mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.”

Esta é uma das mais belas promessas da Bíblia, a volta de


Jesus. Este acontecimento esplendoroso dará fim ao peca-

81
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

do e a todo o sofrimento, e assinalará o início de um mundo


perfeito. Nosso Salvador reinará sobre os que forem salvos, os
quais desfrutarão a felicidade eterna.

“O objetivo da partida de Jesus era o contrário daquilo


que temiam os discípulos. Não significava uma separação
definitiva. Ia preparar-lhes lugar, para que pudesse voltar,
e recebê-los junto de Si. Enquanto lhes estava construindo
mansões, eles deviam formar caráter à semelhança di-
vina (E. G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 663).

>>DE QUE FORMA JESUS VOLTARÁ?


Jesus voltará em corpo ou em espírito? (Atos 1:9-11).

“Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista


deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. E, estando
eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que
dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e
lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para
as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá
do modo como o vistes subir.”

“Em torno de Sua vinda agrupam-se as glórias daque-


la ‘restauração de tudo’, de que ‘Deus falou pela boca de
todos os Seus santos profetas desde o princípio. Atos 3:21.
Quebrar-se-á então o prolongado domínio do mal; ‘os
reinos do mundo’ tornar-se-ão ‘de nosso Senhor e de Seu
Cristo, e Ele reinará para todo o sempre’. Ap 11:15. ‘A gló-
ria do Senhor se manifestará’, e toda carne juntamente a
verá. ‘O Senhor Jeová fará brotar a justiça e o louvor para
todas as nações’. Ele será por ‘coroa gloriosa, e por gri-
nalda formosa, para os restantes de Seu povo’”. Isa. 40:5;
61:11; 28:5 (E. G. White, O Grande Conflito, p. 301).

Que prova a Bíblia nos oferece de que a ressurreição de


Jesus foi corpórea? (Lucas 24:36-40).

“Falavam ainda estas coisas quando Jesus apareceu no


meio deles e lhes disse: Paz seja convosco! Eles, porém, sur-
presos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espí-
rito. Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados? E por que
sobem dúvidas ao vosso coração? Vede as minhas mãos e os

82
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

meus pés, que Sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque


um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu
tenho. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés”.

O termo “apareceu” no verso 36 não é a tradução do verbo


grego dokew, que poderia dar a conotação de “aparição in-
corpórea”, mas do verbo istemi, que significa colocar,
permanecer apresentar. Assim, o texto poderia
ser construído da seguinte forma: “Falavam
ainda estas coisas quando Jesus se apre-
sentou no meio deles [...]”, isto é, apareceu
fisicamente.

Quantos O verão? (Apocalipse 1:7).

“Eis que vem com as nuvens, e


todo olho o verá, até quantos o tras-
passaram. E todas as tribos da terra
se lamentarão sobre ele. Certamente.
Amém!”.

A volta de Cristo será literal, pessoal e visí-


vel para todo mundo ao mesmo tempo.

“Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproxi-


madamente da metade do tamanho da mão de um homem. É
a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar
envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho
do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima
da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande
nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao
fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus,
na nuvem, avança como poderoso vencedor. ...

Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em


vasta e inumerável multidão, acompanham-No em Seu
avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes
- milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma pena
humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é
apta para conceber seu esplendor.

O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo


chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho,
e a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas

83
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

se movem de seu lugar.” (O Grande Conflito, p. 640-642).

Cristo voltará sozinho ou acompanhado? (Mateus 25:31).

“Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos


os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória”

Quantos anjos são mencionados ao redor do trono? (Apo-


calipse 5:11).

“Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos


seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de
milhões e milhares de milhares”

Milhões de milhões e milhares e milhares de anjos!

Os anjos de Deus, em número de milhões de milhões, e mi-


lhares de milhares, vêm com Jesus tocando trombeta para
reunir os “Seus escolhidos dos quatro cantos da terra de uma
a outra extremidade dos Céus.” (Mateus 24:31).

>>OBJETIVO
Qual o objetivo da volta de Jesus? (Apocalipse 22:12; Ma-
teus 16:27).

“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão


que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras”.
Galardão é o mesmo que recompensa.

“Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai,


com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme
as suas obras”.

“Cada qual receberá a vida eterna ou a morte eterna de


acordo com a decisão que tomou: ou ao lado de Cristo ou
do inimigo. O texto bíblico é claro: ‘Eis que venho em breve! A
minha recompensa está comigo, e Eu retribuirei a cada um
de acordo com o que fez’”. (Apocalipse 22:12 - NVI).

A ATITUDE DOS ÍMPIOS NA SEGUNDA VINDA DE JESUS

Qual será a atitude dos ímpios durante a volta de Jesus

84
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Cristo? (Apocalipse 6:14-17).

“E o céu recolheu-se como um pergaminho quando se en-


rola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lu-
gar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os
poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas ca-
vernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e
aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele
que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o
grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?”

É impossível descrever o horror e desespero dos que ne-


garem a Cristo, rejeitarem Sua oferta de salvação e pisarem
os Seus santos mandamentos. Demasiado tarde verão que
rejeitaram o Autor da vida e a Sua Lei de amor.

“Cessaram os gracejos escarnecedores. Cerraram-se


os lábios mentirosos. O choque das armas, o tumulto da
batalha ‘com ruído, e os vestidos que rolavam no san-
gue’ (Isa. 9:5)’, silenciaram. Nada se ouve agora senão a
voz de orações e o som do choro e lamentação. Dos lá-
bios que tão recentemente zombavam irrompe o clamor:
‘É vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsis-
tir?’ Os ímpios suplicam para que sejam sepultados sob
as rochas das montanhas, em vez de ver o rosto dAque-
le que desprezaram e rejeitaram” (E. G. White, O Grande
Conflito, p. 641, 642).

A ATITUDE DOS JUSTOS NA SEGUNDA VINDA DE JESUS

Que atitudes terão os justos nessa ocasião? (Isaías 25:9).

“Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem


esperávamos, e ele nos salvará; este é o SENHOR, a quem aguar-
dávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos”.

Alegria indizível tomará conta dos que sofreram afronta e


perseguição por terem abandonado o mundo de pecados e
seguiram o Príncipe da Vida. Todo o sofrimento e a longa es-
pera, agora são superados pelo regozijo de ver a face dAquele
que derramou Seu sangue para salvá-los de sua condenação.

Prezado amigo, Jesus ama você. Prepare-se para encontrá-Lo.

85
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Apelo

“Você... estará logo em casa. Pode não ter notado, mas


você está mais perto do que nunca. Cada momento é
um passo naquela direção. Cada vez que respira é uma
página virada. Cada dia é um quilômetro marcado, uma
montanha escalada. Você está mais perto de casa do
que nunca.

Antes de notar, seu momento de chegada acontece:


você desce a rampa e entra na cidade. Verá rostos que
estão esperando por você. Ouvirá seu nome pronuncia-
do por aqueles que o amam. E, talvez, apenas talvez, na
parte posterior, por trás da multidão - Aquele que preferiu
morrer a viver sem você, tirará Suas mãos feridas de sob
Seu manto celeste e aplaudirá” (MaxLucado, O Aplauso
do Céu. São Paulo, SP: Editora Hagnos, 2002, p. 170).

Você não gostaria de estar preparado para este grande en-


contro? Então, ajoelhe-se agora e juntos vamos orar ao Se-
nhor: “SENHOR toma o meu coração e a minha vida. Perdoa
meus pecados, e naquele grande dia, que eu e a minha família
estejamos preparados. Peço-te em nome de Jesus. Amém!”

Tendo em vista o que foi estudado, com reflexão, preencha


os campos abaixo.

>>MINHA DECISÃO
Você deseja sinceramente se preparar para a volta de Jesus?

Você deseja ser batizado nas águas? Em Marcos 16:15-16


está escrito:

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho


a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem,
porém, não crer será condenado.”

Quero ajudar na pregação do evangelho. (Mateus 24:14).

86
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

87
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

OS MIL
ANOS DE PAZ
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 9
OS MIL ANOS DE PAZ

>> INTRODUÇÃO
Logo o grande conflito acabará e Jesus reinará para todo
sempre. A dor e o sofrimento estão com as horas contadas
para terminar. A segunda vinda de Jesus é nossa grande es-
perança. Ele prometeu, Ele virá! O que a Bíblia ensina sobre o
desfecho do grande conflito entre o bem e o mal?

>> AS DUAS RESSURREIÇÕES E OS MIL ANOS


O que a Bíblia ensina sobre as duas ressurreições? (João
5:28-29; Atos 24:15).

“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que to-


dos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão:
os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os
que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.”

“Tendo esperança em Deus, como também estes a têm, de


que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos”.

“A ressurreição será um acontecimento geral para


todos, porém as recompensas serão muito diferentes”
(Francis D. Nichol, ed., Comentário Bíblico Adventista, v. 6.
Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 7 vols, 2014, p. 420).

De acordo com a Bíblia todos os mortos um dia ressusci-


tarão, mas quem ressuscitará primeiro, o justo ou o ímpio?
E quando? (1 Tessalonicenses 4:16).

“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem,


ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, des-
cerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”.

89
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Todos aqueles que morreram com fé em Jesus não serão


esquecidos no pó da terra. Ao ouvirem a poderosa voz de
Cristo saem da sepultura para nunca mais sofrerem as terrí-
veis consequências do pecado.

“Por entre as vacilações da Terra, o clarão do relâmpa-


go e o ribombo do trovão, a voz do Filho de Deus chama os
santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos
e, levantando as mãos para o céu, brada: “Despertai, des-
pertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!” Por todo o
comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aque-
la voz, e os que ouvirem viverão. E a Terra inteira ressoará
com o passar do exército extraordinariamente grande de
toda nação, tribo, língua e povo. Do cárcere da morte vêm
eles, revestidos de glória imortal, clamando: “Onde está, ó
morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” I
Cor. 15:55. E os vivos justos e os santos ressuscitados unem
as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória”
(E. G. White, O Grande Conflito, p. 644).

Os ímpios permanecerão mortos por quanto tempo?


(Apocalipse 20:5-6).

“Os restantes dos mortos não reviveram até que se com-


pletassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-
aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira res-
surreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade;
pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reina-
rão com ele os mil anos.”

A volta de Jesus e a ressurreição dos justos assinalam o iní-


cio do período de mil anos literais. Somente no término desse
período é que os que rejeitaram a Cristo e pisaram Sua santa
Lei, ressuscitarão para receber o salário do pecado, a morte
eterna. Portanto, mil anos separam as duas ressurreições. Se
estiver morto por ocasião da volta de Jesus, em qual dessas
ressurreições você desejará ressuscitar, na primeira ou na se-
gunda? Enquanto você está vivo, pode decidir agora mesmo!

A GRANDE TRANSFORMAÇÃO

Em que corpo os justos subirão ao Céu? (1 Coríntios 15:50-53).

“Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem

90
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrup-


ção.”

Se ficarmos apenas com esse texto, sem ver o contexto, dá a


entender que ninguém entrará no céu em corpo, mas em es-
pírito. Todavia, ao analisarmos todo o relato, saberemos que se
trata deste corpo pecaminoso; que, obviamente terá que pas-
sar por uma transformação. Veja agora o restante do relato.

“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas


transformados seremos todos, num momento, num abrir e
fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta
soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados. Porque é necessário que este corpo corrup-
tível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se
revista da imortalidade.”

Os salvos subirão ao Céu revestidos de um cor-


po imortal. Ali reconheceremos nossos
amigos e parentes que se converte-
ram a Cristo Jesus nosso Senhor.
Veremos também Abraão, Moi-
sés, Elias, Daniel, Isaque e tantos
outros citados na Palavra de
Deus. Você deseja estar lá?

Haverá segunda chance


quando Cristo voltar?

Que ocorrerá com os ím-


pios vivos por ocasião da
volta de Cristo? (2 Tessaloni-
censes 1:7-9; 2:8).

“E a vós outros, que sois atri-


bulados, alívio juntamente co-
nosco, quando do céu se ma-
nifestar o Senhor Jesus com os
anjos do seu poder, em chama
de fogo, tomando vingança
contra os que não conhecem a
Deus e contra os que não obede-
cem ao evangelho de nosso Senhor
Jesus. Estes sofrerão penalidade de

91
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do


seu poder.”

“Então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor


Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela
manifestação de sua vinda.”

A morte dos injustos não será uma atitude arbitrária da


parte de Deus. Ele tem esperado por longos e longos anos
o arrependimento e a volta dos transviados, mas preferiram
viver como bem entendiam, sem lei e sem Deus. Rejeitaram
o Salvador, e agora estão colhendo o resultado do que plan-
taram. O tempo oportuno e a hora da salvação passaram.
Agora é tarde demais. Uma segunda chance faria somente
com que continuassem na prática do pecado.

“Uma vida de rebeldia contra Deus incapacitou-os


para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam
uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor.
Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam ale-
gremente a destruição, para que pudessem esconder-se
da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos
ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do
Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa
da parte de Deus” (E. G. White, O Grande Conflito, p. 543).

>> A PRISÃO DE SATANÁS


Que ocorrerá com o diabo durante os mil anos? (Apoca-
lipse 20:1-3).

“Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a cha-


ve do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão,
a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por
mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele,
para que não mais enganasse as nações até se completa-
rem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto
pouco tempo.”

Durante os mil anos Satanás estará preso por uma cadeia


de circunstâncias. Não haverá nenhum ser humano para ser
tentado. O povo de Deus estará no Céu. Os ímpios mortos. A
terra desolada e vazia. Veja a próxima pergunta.

92
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> A CONDIÇÃO DA TERRA


Em santa visão, o profeta Jeremias descreve a condição
da terra durante os mil anos. (Jeremias 4:23-27).

“Olhei para a terra, e ei-la sem forma e vazia; para os céus,


e não tinham luz. Olhei para os montes, e eis que tremiam,
e todos os outeiros estremeciam. Olhei, e eis que não havia
homem nenhum, e todas as aves dos céus haviam fugido.
Olhei ainda, e eis que a terra fértil era um deserto, e todas as
suas cidades estavam derribadas diante do Senhor, diante
do furor da sua ira. Pois assim diz o Senhor: Toda a terra será
assolada; porém não a consumirei de todo.”

Que a expressão “abismo representa a Terra em estado de


confusão e trevas, é evidente de outras passagens. Relativa-
mente à condição da Terra “no princípio”, o relato bíblico diz
que “era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do
abismo”. Gên. 1:2. A profecia ensina que ela voltará, em parte
ao menos, a esta condição.

“Aqui deverá ser a morada de Satanás com seus anjos


maus durante mil anos. Restrito à Terra, não terá acesso
a outros mundos, para tentar e molestar os que jamais
caíram. É neste sentido que ele está amarrado: ninguém
ficou de resto, sobre quem ele possa exercer seu poder.
Está inteiramente separado da obra de engano e ruína
que durante tantos séculos foi seu único deleite” (E. G.
White, O Grande Conflito, p. 658-659).

>> NO CÉU
O que o povo de Deus fará no Céu durante os mil anos?
(Apocalipse 20:4; 1 Coríntios 6:2-3).

“Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos


quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos
decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como
por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adora-
ram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não recebe-
ram a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com
Cristo durante mil anos.”

93
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora,


se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos
de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de
julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!”

“É nesse tempo que, conforme foi predito por Pau-


lo, ‘os santos hão de julgar o mundo’. I Cor. 6:2.
Em união com Cristo julgam os ímpios, com-
parando seus atos com o código - a Escritura
Sagrada, e decidindo cada caso segundo as
ações praticadas no corpo. Então é deter-
minada a parte que os ímpios devem sofrer,
segundo suas obras; e registrada em frente
ao seu nome, no livro da morte.

Igualmente Satanás e os anjos maus são


julgados por Cristo e Seu povo. Diz Paulo: ‘Não
sabeis vós que havemos de julgar os anjos?’ I
Cor. 6:3. E Judas declara que ‘aos anjos que não
guardaram o seu principado, mas deixaram a sua pró-
pria habitação, reservou na escuridão, e em prisões eter-
nas até ao juízo daquele grande dia.’” Jud. 6 (E. G. White,
O Grande Conflito, p. 661).

>> APÓS OS MIL ANOS


Veja agora os acontecimentos que assinalam o término do
período de mil anos:

> Todos os ímpios são julgados (Apocalipse 20:4).

> Descida da Cidade Santa - a Nova Jerusalém (Apocalipse 21:2).

“Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia


do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada
para o seu esposo”.

> Ressurreição dos ímpios (Apocalipse 20:5).

“Os restantes dos mortos não reviveram até que se com-


pletassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição”.

> Satanás é solto e sai a enganar os ímpios (Apocalipse 20:7).

94
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás


será solto da sua prisão”.

> Há a tentativa de tomar a Cidade Santa (Apocalipse 20:9).

“Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o


acampamento dos santos e a cidade querida”.

> Deus manda fogo do Céu e consome Satanás, seus anjos


e todos os seus seguidores (Apocalipse 20:9-10).

“Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás


será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há
nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reu-
ni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do
mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o
acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, po-
rém, fogo do céu e os consumiu”.

> O mesmo fogo que destrói os ímpios, purifica a terra, en-


tão haverá paz eterna (Apocalipse 21:4).

“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não


existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as
primeiras coisas passaram”.

Ao fim dos mil anos, Cristo volta novamente à Terra. É


acompanhado pelo exército dos remidos, e seguido por um
cortejo de anjos. Descendo com grande majestade, ordena
aos ímpios mortos que ressuscitem para receber a conde-
nação. Surgem estes como um grande exército, inumerável
como a areia do mar. Que contraste com aqueles que ressur-
giram na primeira ressurreição! Os justos estavam revestidos
de imortal juventude e beleza. Os ímpios trazem os traços da
doença e da morte.

Todos os olhares daquela vasta multidão se voltam


para contemplar a glória do Filho de Deus. A uma voz,
as hostes dos ímpios exclamam: ‘Bendito o que vem em
nome do Senhor! Não é o amor para com Jesus que ins-
pira esta declaração. É a força da verdade que faz brotar
involuntariamente essas palavras de seus lábios. Os ím-
pios saem da sepultura tais quais a ela baixaram, com a
mesma inimizade contra Cristo, e com o mesmo espírito

95
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

de rebelião. Não terão um novo tempo de graça no qual


remediar os defeitos da vida passada. Para nada apro-
veitaria isso. Uma vida inteira de pecado não lhes abran-
dou o coração. Um segundo tempo de graça, se lhes fos-
se concedido, seria ocupado, como foi o primeiro, em se
esquivarem aos preceitos de Deus e contra Ele incitarem
rebelião” (E. G. White, O Grande Conflito, p. 662).

Qual o maior desejo de Deus para você e eu? (1 Timóteo 2:4).

“O qual deseja que todos os homens sejam salvos e che-


guem ao pleno conhecimento da verdade”.

Cada um de nós é participante no conflito entre o bem e o


mal. Esta lição demonstra que o desejo de Deus é que você
pessoalmente seja salvo. Percebe? Foi para isso que Ele en-
viou Seu único Filho. Na Cruz do Calvário Jesus Cristo, pendu-
rado entre o Céu e a Terra derramou o Seu sangue para liber-
tar a você e a mim. Ele não está mais numa cruz e nem numa
sepultura. Jesus está vivo, bem ao seu lado agora mesmo. O
Seu maior desejo é leva-lo para o Céu, mas essa é uma deci-
são exclusivamente sua, pois Ele já fez a Sua parte. Ninguém
pode tomar essa decisão em seu lugar. Você aceita? Então,
feche os olhos e ore ao SENHOR!

Apelo

Você aceita a Jesus como Salvador e deseja amá-Lo de


todo o meu coração?

É seu desejo habitar no Céu com Cristo e os salvos duran-


te mil anos, e passar a eternidade aqui na terra renovada?
(Apocalipse 22:1-4)

Parabéns pela sua decisão!

96
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

97
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

A SANTA
LEI DE DEUS:
10 - 1 = 0
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 10
A SANTA LEI DE DEUS: 10 - 1 = 0

>> INTRODUÇÃO
Você pode estar pensando, “esse cálculo não está corre-
to”. Afinal de contas, na matemática 10 – 1 = 9. Em relação à
simples questão numérica você tem razão, mas há situações
específicas em que 10 – 1 = 0.

Suponhamos que você esteja dependurado no alto de um


enorme precipício de aproximadamente, 100 metros de altu-
ra, por uma corrente de dez elos. Alguém se aproxima e lhe
diz: “Estou precisando de um pedaço de ferro em minha ofi-
cina e vou cortar um elo dessa corrente”. O que você diria?
“Não! Não faça uma coisa dessas!”. Mas, a pessoa responde:
“Você ficará com 9, eu quero apenas 1”.

São 10 elos, mas, se cortar um, é como se não houvesse


nenhum. Você percebe que, nesse caso, 10 – 1 = 0.

Imagine-se diante de um feroz e enorme Rottweiler, procu-


rando avançar, mas que está preso por uma corrente de 10
elos. Quantos elos teriam que se quebrar para você demons-
trar sua forma física, ou seja, para começar a correr?

>> ASSIM OCORRE COM A


MATEMÁTICA DE DEUS
O que acontece se transgredirmos um dos dez manda-
mentos? (Tiago 2:10-12).

“Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em


um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele
que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás.
Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor

99
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como


aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade.”

10 Mandamentos
-1 Mandamento
0 Mandamento

“Não há um mandamento da lei que não se desti-


ne ao bem e à felicidade do homem, tanto nesta vida
como na futura. Na obediência à lei de Deus, o homem
se acha circundado como por um muro, e protegido do
mal. Aquele que, em um só ponto que seja, derruba essa
barreira divinamente erigida, destruiu-lhe o poder para
guardá-lo; pois abriu um caminho pelo qual o inimigo
pode entrar, para estragar e arruinar.” (O Maior Discurso
de Cristo, p. 52).

Você sabe quem escreveu os dez mandamentos? Deus ou


Moisés? (Êxodo 31:18).

“E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu


a Moisés as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra,
escritas pelo dedo de Deus.”

Todas as demais porções da Bíblia foram compostas por se-


res humanos inspirados por Deus. No entanto, os dez manda-
mentos são de tal importância que Ele mesmo escreveu. Não
em papiro ou pergaminho, mas em pedra e com o Seu próprio
dedo, a fim de demonstrar o caráter peculiar do decálogo.

Há pessoas que dizem ser a lei de Deus apenas para os


Judeus; seria verdade essa afirmativa? O que a Bíblia ensi-
na a quem fica a obrigação de guardar a lei de Deus? (Ecle-
siastes 12:13).

“De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda


os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.”

“Os preceitos do Decálogo são adaptados a toda huma-


nidade, e foram dados para a instrução e governo de todos.
Dez preceitos breves, compreensivos, e dotados de autori-
dade, abrangem o dever do homem para com Deus e seus
semelhantes; e todos baseados no grande princípio funda-
mental do amor” (E. G. White, Patriarcas e Profetas, p. 305).

100
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

A LEI E O ESPELHO

É importante salientar que a lei de Deus não tem função de


salvação. Quem salva é Cristo. Mas, a Bíblia compara a lei a
um espelho. Vamos ler Tiago 1:23-25.

“Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante,


assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu
rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para
logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele
que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade,
e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso
praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.”

‘A lei é comparada a um espelho. “A lei mostra-nos o pe-


cado, assim como um espelho mostra-nos que nosso rosto
não está limpo (...). Assim é com a lei. Ela aponta nossos de-
feitos, e nos condena, mas não tem poder para salvar-nos.
Precisamos ir a Cristo em busca de perdão’” (Ellen. G. White,
Refletindo a Cristo, Meditações Matinais, p. 47, 1986).

>> PROPÓSITO DA LEI


De acordo com Romanos 3:20 a lei de Deus nos
leva a Cristo. A lei mostra o pecado e Cristo nos
limpa da sujeira do pecado.

“Visto que ninguém será justificado diante dele


por obras da lei, em razão de que pela lei vem o
pleno conhecimento do pecado”. (Romanos 3:20)

Nunca saberíamos o que é pecado se não houvesse


a lei. Onde não há lei não há transgressão [pecado] (Rom.
4:15). “Pecado é a transgressão da lei” (1 João 3:4). O adulté-
rio é pecado porque a lei assim diz: “Não adulterarás” (Êxodo
20:14). Beber bebidas alcoólicas é pecado, porque a lei or-
dena: “Não matarás”. Se envenenarmos o nosso corpo, que
é santuário do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19-20), estaremos
nos matando. Ao enxergarmos nosso pecado, devemos ir a
Cristo, a Água da Vida, e receberemos o perdão.

Jesus aboliu a lei com a Sua morte? (Mateus 5:17-18).

101
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

102
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim


para revogar, vim para cumprir.

Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra pas-


sem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo
se cumpra.”

A lei é tão imutável e eterna como o próprio Deus. “Não


quebrarei o Meu concerto, não alterarei o que saiu dos Meus
lábios” (Salmo 89:34).

“Sempre foi, porém, o propósito de Satanás invalidar a


lei de Deus e deturpar o verdadeiro significado do plano
da salvação. Consequentemente, ele originou a falsida-
de de que o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário tinha
por finalidade livrar os homens da obrigação de guardar
os mandamentos de Deus. Ele tem impingido ao mundo o
engano de que Deus aboliu Sua constituição, lançou fora
Seu padrão moral e invalidou Sua santa e perfeita lei. Caso
houvesse feito isso, quão terrível teria sido o custo para o
Céu! Em vez de proclamar a abolição da lei, a cruz do Cal-
vário proclama retumbantemente o seu caráter imutável
e eterno. Se a lei pudesse ser abolida e mantido o governo
do Céu e da Terra e dos incontáveis mundos de Deus, Cris-
to não precisava ter morrido (E. G. White, Fé e Obras, p. 118).

Se a lei pudesse ser mudada, ter-se-ia podido salvar o


homem sem o sacrifício de Cristo; mas o fato de que foi
necessário Cristo dar a vida pela raça caída, prova que a
lei de Deus não livrará o pecador de suas reivindicações
sobre ele. Está demonstrado que o salário do pecado é
a morte. Quando Cristo morreu, ficou assegurada a des-
truição de Satanás. Mas, se a lei foi abolida na cruz, como
muitos pretendem, a agonia e morte do amado Filho de
Deus foram suportadas unicamente para dar a Satanás
exatamente o que ele pedia; triunfou então o príncipe do
mal, foram sustentadas suas acusações contra o gover-
no divino. O próprio fato de que Cristo suportou a pena
da transgressão do homem, é um poderoso argumento a
todos os seres criados, de que a lei é imutável; que Deus é
justo, misericordioso, e abnegado; e que a justiça e mise-
ricórdia infinitas unem-se na administração de Seu go-
verno” (E. G. White, Patriarcas e Profetas, p. 70).

103
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

A maior demonstração de amor que o Universo já


presenciou foi na Cruz do Calvário, quando o Filho de
Deus, pendurado entre o céu e a terra, dava a vida no
lugar de cada um de nós, pecadores.

Como demonstramos que amamos a Deus? (João


14:15.)

“Se Me amais guardareis os Meus Mandamentos.”

“Mas Deus prova Seu amor para conosco pelo fato


de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecado-
res” (Romanos 5:8).

E você, como provará o seu amor por Cristo?

Apelo

Você gostaria de, pela graça de Deus, guardar os


Seus mandamentos?

Deseja ser fiel a Deus todos os dias de sua vida?

Hoje é um dia de decisão ao lado dAquele que de-


cidiu vir a este mundo e tomar o nosso lugar na Cruz.
Jesus que sua entrega total e total obediência a sua
lei. Não por medo, mas por amor ao grande amor de-
monstrado por você e por mim.

104
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

105
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

UM DIA
A SER
LEMBRADO
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 11
UM DIA A SER LEMBRADO

>> INTRODUÇÃO
O Dia das Mães, no Brasil, é comemorado todo o segundo
domingo de maio. Neste dia uma justa homenagem é pres-
tada aquela que nos deu à luz. Mas, eu pergunto: é só neste
dia que devemos nos lembrar de nossa mãe? Claro que não.
Entretanto, o dia é especial. Assim é com o dia do Senhor. To-
dos os dias devemos nos lembrar e adorar o Criador, mas há
um dia especial de comemoração. Sabe qual é?

>> O DIA DO SENHOR


Em Apocalipse 1:10 encontramos o relato de que o Senhor
tem um dia especial.

“Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás


de mim, grande voz, como de trombeta.”

Este texto não diz qual é esse dia; se é sexta, sábado ou


domingo. Mas, faz referência a um dia que Lhe pertence, o dia
do SENHOR.

Cabe-nos a tarefa de estudar a Bíblia para respondermos


à pergunta, qual é o dia do SENHOR? (Marcos 2:27-28).

“E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do


homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que
o Filho do Homem é Senhor também do sábado.”

Alguns tomam este texto para defender a ideia de que Je-


sus minimiza o sábado diante das dificuldades humanas.
Esquecem, porém, que Ele está dialogando com líderes de-
sumanos e hipócritas. O que Ele está dizendo é que as ati-

107
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

vidades sabáticas devem corresponder às Suas ações de


beneficência ao próximo, tendo em vista que, nesse dia Ele
realizou as mais esplêndidas curas. Além disso, a expressão
dia do Senhor está carregada de significados, entre os quais,
o de que o dia de sábado Lhe pertence, o sábado é do Deus
Criador. Dessa forma, ao dizer, “o Filho do Homem é Senhor
também do sábado”, Jesus se identifica como alguém com
autoridade divina, pois, assim como todos os outros elemen-
tos da criação, o sábado também Lhe pertence, tendo em
vista que “tudo foi criado por meio dele e para ele.” (Col. 1:16).

“Existem aqueles que afirmam que o sábado foi dado


somente para os judeus; mas Deus nunca disse isso. [...] A
instituição do sábado, portanto, não tem relação especial
para com os judeus, mais do que para quaisquer outros
seres criados. Deus tornou obrigatória a observância do
sábado para todos os povos. ‘O sábado’, afirma-se cla-
ramente, ‘foi estabelecido por causa do homem.’” (Cristo
Triunfante, p. 354).

>> MEMORIAL DA CRIAÇÃO


Que mandamento é especialmente destinado a ajudar o
homem a lembrar-se da criação e do Criador? (Êxodo 20:8-
11; 31:16-17).

“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias


trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sá-
bado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem
tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a
tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas
para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a
terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou;
por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.”

108
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebran-


do-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e
os filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias,
fez o Senhor os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e
tomou alento.”

“Tivesse sido o Sábado universalmente guardado, os


pensamentos e afeições dos homens teriam sido dirigi-
dos ao Criador como objeto de reverência e culto, jamais
tendo havido idólatra, ateu ou incrédulo” (E. G. White, O
Grande Conflito, p. 438).

>> MEMORIAL DA REDENÇÃO


Em que dia da semana os israelitas deveriam comemorar
a libertação do cativeiro egípcio? (Deuteronômio 5:12-15).

“Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te orde-


nou o Senhor, teu Deus. Seis dias trabalharás e farás toda a
tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus;
não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a
tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi,
nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangei-
ro das tuas portas para dentro, para que o teu servo e a tua
serva descansem como tu; porque te lembrarás que foste
servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali
com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor,
teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado.”

A guarda do Sábado está relacionada com dois atos di-


vinos: a Criação e a Redenção. Deus nos criou e nos salvou.
Foi num dia de Sábado que Jesus descansou na sepultura,
levando consigo todos os nossos pecados. O Egito pode ser
comparado ao mundo secular; Faraó a Satanás; a escravi-
dão dos Hebreus, à escravidão do pecado e Moisés (liberta-
dor da escravidão física), é comparado a Cristo, libertador da
escravidão espiritual. Moisés é uma figura tipológica de Je-
sus, pois foi enviado para libertar os israelitas da escravidão
do Egito, assim como Cristo foi enviado para, com Sua morte
na cruz, nos libertar da escravidão do pecado.

109
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> DESCANSOU, ABENÇOOU E SANTIFICOU


Ao terminar a obra da criação, Deus executou três ações
no sétimo dia. Quais são? (Gênesis 2:1-3).

“Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o


seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua
obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra
que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou;
porque nele descansou de toda a obra que, como Criador,
fizera.”

“Deus criou o mundo em seis dias literais e no sétimo


dia literal descansou de toda a obra que tinha feito, e to-
mou alento. Assim, deu Ele ao ser humano seis dias para
trabalhar. Ao separar dessa maneira o sábado, Deus
deu ao mundo um memorial. Ele não separou um dia ou
qualquer dia entre os sete, mas um dia determinado, o
sétimo.” (Cristo Triunfante, p. 18).

“O ciclo semanal de sete dias literais, seis para o tra-


balho e o sétimo para o descanso, que foi preservado e
continuado no decorrer da história bíblica, originou-se nos
grandes fatos dos primeiros sete dias.” (Exaltai-o, p. 52).

>> O SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO


Algumas pessoas dizem que o sábado era só no Antigo
Testamento e que no Novo Testamento o dia do Senhor é o
domingo. Seria isso verdade?

Vamos ver o exemplo de Jesus. Que dia Jesus tinha o cos-


tume de guardar? (Lucas 4:16).

“Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado,


na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.”

“Quando um rabi se achava presente na sinagoga, espe-


rava-se que dirigisse o sermão, e qualquer israelita podia
fazer a leitura dos profetas. Nesse sábado, Jesus foi convida-
do a tomar parte no serviço. ‘Levantou-Se para ler, e foi-lhe
dado o livro do profeta Isaías.’ Luc. 4:16 e 17. O texto lido por
Ele era interpretado como se referindo ao Messias: ‘O Espírito

110
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

do Senhor é sobre Mim, pois que Me ungiu para evangelizar


os pobres, enviou-Me a curar os quebrantados de coração,
a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos; a
pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável
do Senhor.’

‘E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assen-


tou-Se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nEle.
... E todos Lhe davam testemunho, e se maravilhavam das
palavras de graça que saíam da Sua boca.’” Luc. 4:18-20 e
22 (E. G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 236-237).

“Muitas vezes na sinagoga, aos sábados, era convida-


do para ler a lição dos profetas, e o coração dos ouvintes
fremia, pois nova luz brilhava nas palavras familiares dos
textos sagrados.” (O Desejado de Todas as Nações, p. 74).

MARIA SEGUIA O EXEMPLO DE JESUS.

Que dia a virgem Maria observava como sagrado? (Lucas


23:54-56).

“Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mu-


lheres que tinham vindo da Galileia com Jesus, seguindo, vi-
ram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então, se
retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado,
descansaram, segundo o mandamento.”

Tanto para Maria, mãe de Jesus, quanto para as demais Ma-


rias, foi mais importante guardar o dia do Senhor (Isaías 58:13),
do que embalsamar o corpo do Senhor. Naquele santo sába-
do, o corpo sagrado de Jesus foi posto na sepultura nova (não
violada e contaminada) de José de Arimateia (João 19:41). O
dia era santo, a sepultura, não contaminada, e o corpo, sa-
grado. Se Jesus tivesse sido embalsamado, o Seu corpo teria
sido violado. Felizmente não foi, porque as Marias, discípulas
de Jesus, aprenderam a respeitar os mandamentos de Deus.

O Salvador foi enterrado em uma sexta-feira, o sexto


dia da semana. As mulheres prepararam os unguentos
e as especiarias para embalsamar seu Senhor e as dei-
xaram de lado até que o sábado tivesse passado. Nem
mesmo o trabalho de embalsamar o corpo de Jesus qui-
seram fazer no sábado. “Passado o sábado, Maria Mada-

111
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

lena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas


para irem embalsamá-Lo. E, muito cedo, no primeiro dia
da semana, ao despontar do Sol, foram ao túmulo.” Mar.
16:1 e 2 (E. G. White, Vida de Jesus, p. 157).

OS APÓSTOLOS TAMBÉM SEGUIAM O EXEMPLO DE JESUS

Que dia os apóstolos guardavam? (Atos 13:13-15; 42-44; 17:2).

“E, navegando de Pafos, Paulo e seus companheiros dirigi-


ram-se a Perge da Panfília. João, porém, apartando-se deles,
voltou para Jerusalém. Mas eles, atravessando de Perge para
a Antioquia da Pisídia, indo num sábado à sinagoga, assen-
taram-se. Depois da leitura da lei e dos profetas, os chefes
da sinagoga mandaram dizer-lhes: Irmãos, se tendes algu-
ma palavra de exortação para o povo, dizei-a.”

“Ao saírem eles, rogaram-lhes que, no sábado seguinte,


lhes falassem estas mesmas palavras. Despedida a sina-
goga, muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos seguiram
Paulo e Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a per-
severar na graça de Deus.”

“No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ou-


vir a palavra de Deus.”

“Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três


sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras”.

Para benefício de quem foi o Sábado estabelecido? (Mar-


cos 2:27-28)

“E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do


homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que
o Filho do Homem é senhor também do sábado”.

“Deus reservou o sétimo dia como um período de re-


pouso para o homem, para bem do homem mesmo, as-
sim como para glória Sua. Ele viu que as necessidades do
homem exigiam um dia de repouso da labuta e do cuida-
do, que sua saúde e vida seriam postas em perigo, sem
um período de abandono do trabalho e da ansiedade dos
seis dias” (E. G. White, Testemunhos Seletos, Vol. 1, p. 175).

112
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> COMO GUARDAR O SÁBADO?


Em que dia se devem fazer os preparativos para a guarda
do Sábado? (Êxodo 16:22-23).

“Ao sexto dia, colheram pão em dobro, dois gômeres para


cada um; e os principais da congregação vieram e conta-
ram-no a Moisés. Respondeu-lhes ele: Isto é o que disse o
SENHOR: Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR; o
que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes co-
zer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobrar separai,
guardando para a manhã seguinte.”

“Deus exige que Seu santo dia seja observado hoje de


maneira tão sagrada como no tempo de Israel. A ordem
dada aos hebreus deve ser considerada por todos os cris-
tãos como um mandado de Jeová. Deve fazer-se do dia
anterior ao sábado um dia de preparação, a fim de que
tudo possa estar em prontidão para as suas horas sagra-
das. Em caso algum, devemos permitir que nossas ocu-
pações usurpem o tempo santo. Deus determinou que
se cuidasse dos doentes e sofredores; o trabalho exigido
para lhes proporcionar conforto é uma obra de miseri-
córdia, e não é violação do sábado; mas todo o trabalho
desnecessário deve ser evitado. Muitos descuidadamente
deixam até o princípio do sábado pequenas coisas que
poderiam ter sido feitas no dia de preparação. Isto não
deve ser assim. O trabalho que é negligenciado até o início
do sábado, deve ficar por fazer-se até que haja passado
este dia. Esta maneira de proceder pode auxiliar a memó-
ria daqueles que são imprudentes, e torná-los cuidadosos
no fazerem seu trabalho nos seis dias a isto destinados”
(E. G. White, Patriarcas e Profetas, p. 296).

PÔR DO SOL A PÔR DO SOL

Muitos pensam em guardar o sábado de meia-noite a


meia-noite, mas o que a Bíblia nos diz? Quando começa e
termina o Sábado? (Levítico 23:32).

“Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a


vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra tarde,
celebrareis o vosso sábado.”

113
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Muito embora o texto acima se refira ao dia da expiação,


yom kipur, que era um sábado tipológico ou cerimonial, o
princípio é o mesmo. Neste caso específico, o sábado come-
çava no pôr do sol do nono dia do mês e terminava no pôr
do sol do décimo dia. O pôr do sol é o momento em que as
edificações recebem a sombra projetada pela transição do
dia para a noite. Por isso, o pôr do sol de sexta-feira indica
a chegada do sábado. Observe cuidadosamente o texto de
Neemias 13:15-21. Trata-se dos limites do sábado do quarto
mandamento que também deve ser observado do pôr do sol
de sexta-feira ao pôr do sol do sábado propriamente dito.

Há duas maneiras de computar o tempo: a romana – de


meia-noite a meia-noite – e a bíblica, de pôr do sol a pôr do
sol, como detalhada acima. Para fins religiosos, ou seja, quan-
do se refere ao quarto mandamento, os fiéis filhos de Deus le-
vam em consideração o cômputo bíblico, não o romano.

O que não devemos fazer no Sábado? (Êxodo 20:10-11).

“Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não fa-


rás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha,
nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o
forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias,
fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e,
ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia
de sábado e o santificou.”

“Na sexta-feira deverá ficar terminada a preparação para


o sábado. Tende o cuidado de pôr toda a roupa em ordem e
deixar cozido o que houver para cozer. Escovai os sapatos e
tomai vosso banho. É possível deixar tudo preparado, se se
tomar isto como regra. O sábado não deve ser empregado
em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimen-
tos ou quaisquer outras ocupações mundanas. Antes do pôr
do sol, ponde de parte todo trabalho secular, e fazei desapa-
recer os jornais profanos. Explicai aos filhos esse vosso pro-
cedimento e induzi-os a ajudarem na preparação, a fim de
observar o sábado segundo o mandamento.

Devemos observar cuidadosamente os limites do sábado.


Lembrai-vos de que cada minuto é tempo sagrado.”

“Não deveis perder as preciosas horas do sábado, le-

114
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

vantando-vos tarde. No sábado a família deve levantar-


se cedo. Despertando tarde, é fácil atrapalhar-se com a
refeição matinal e a preparação para a Escola Sabatina.
Disso resulta pressa, impaciência e precipitação, dando
lugar a que a família se possua de sentimentos impró-
prios desse dia. Sendo profanado, o sábado torna-se um
fardo, e sua aproximação será para ela antes motivo de
desagrado do que de regozijo.” (Ellen G. White, Testemu-
nhos Seletos, vol. 3, p. 23).

O que devemos fazer no Sábado? (Mateus 12:12).

“Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo,


é lícito, nos sábados, fazer o bem.”

“Quando Jesus Se voltou para os fariseus com a pergun-


ta se era lícito no dia de sábado fazer bem ou mal, salvar
ou matar, pôs-lhes diante os próprios maus
desígnios deles. Estavam-lhe dando caça
à vida com ódio amargo, ao passo que
Ele salvava a vida e trazia felicidade
às multidões. Seria melhor matar no
sábado, como estavam planejando,
do que curar o aflito, como fizera
Ele? Seria mais justo ter o homicídio
no coração durante o santo dia de
Deus, que amor para com todos os
homens - amor que se exprime em
atos de misericórdia?

Na cura da mão mirrada, Jesus


condenou o costume dos judeus, e
colocou o quarto mandamento no lu-
gar que Deus lhe destinara. “É ... lícito fa-
zer bem nos sábados”, declarou Ele. Pondo à
margem as absurdas restrições dos judeus, Cristo hon-
rou o sábado, ao passo que os que dEle se queixavam
estavam desonrando o santo dia de Deus” (E. G. White, O
Desejado de Todas as Nações, p. 287).

O SINAL ENTRE DEUS E O SEU POVO

Que sinal Deus instituiu para distinguir Seu povo dos de-
mais? (Ezequiel 20:12 e 20).

115
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Também lhes dei os meus sábados, para servirem de si-


nal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Se-
nhor que os santifica.”

“Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre


mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus.”

“O selo do Deus vivo é colocado nos que guardam cons-


cienciosamente o sábado do Senhor” (Francis D. Nichol, ed.,
The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 7, p. 980).

“Os que querem ter o selo de Deus na testa precisam guar-


dar o sábado do quarto mandamento” (Francis D. Nichol, ed.,
The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 7, p. 970).

“O selo da lei de Deus se encontra no quarto manda-


mento. Unicamente este, entre todos os dez, apresenta
não só o nome, mas o título do Legislador. Declara ser Ele
o Criador dos céus e da Terra, e mostra, assim, o Seu di-
reito à reverência e culto, acima de todos. Afora este pre-
ceito, nada há no decálogo para mostrar por que autori-
dade a lei é dada” (E. G. White, O Grande Conflito, p. 452).

Apelo

Você crê que o Sábado é o Dia do Senhor?

Você o aceita como dia sagrado e deseja santificá-lo por


amor a Cristo?

Hoje é o dia de sua decisão! As bênçãos de Deus reserva-


das para você no dia de sábado te esperam.

116
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

117
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

A MUDANÇA
DO SÁBADO
PARA O
DOMINGO
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 12
A MUDANÇA DO SÁBADO
PARA O DOMINGO

>> INTRODUÇÃO
A maioria dos cristãos da atualidade defendem a obser-
vância do domingo como dia do SENHOR. Mas, em que se
fundamenta essa observância, na Bíblia Sagrada ou na tra-
dição? Qual a origem da guarda do domingo? Que dia Jesus
e os apóstolos guardaram? Que dia devemos guardar? Ou
não é necessário observar nenhum dia como sagrado?

Como estudado na lição anterior, Gênesis 2:1-3 destaca


três atitudes divinas ao término da criação em relação ao dia
de sábado:

“Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu


exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra,
que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha
feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele
descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.”

> Descansou > Abençoou > Santificou

Sendo que a Bíblia registra a observância do sábado, como


dia do Senhor, por que se defende a guarda o domingo? Relem-
brando: Deus descansou, abençoou e santificou o sétimo dia.

Há algum registro bíblico, indicando que Ele tenha feito o


mesmo em relação a outro dia da semana? Vamos ler Gê-
nesis 1:5, 8, 13, 19, 23, 31.

Gn 1:5 - “Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve


tarde e manhã, o primeiro dia.”
Gn 1:8 – “E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde
e manhã, o segundo dia.”
Gn 1:13 – “Houve tarde e manhã, o terceiro dia.”

119
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Gn 1:19 – “Houve tarde e manhã, o quarto dia.”


Gn 1:23 – “Houve tarde e manhã, o quinto dia.”
Gn 1:31 – “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito
bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.”

De acordo com os textos lidos, nenhum deles relata a san-


tificação de outro dia da semana.

Então, qual o único dia santo da semana? (Gênesis 2:1-3).


Resposta: o sétimo dia, o sábado.

O dia sétimo foi separado para ser santificado e res-


peitado através dos anos como um lembrete de que
Deus designou uma estação de descanso, refrigério e
completa cessação de todo trabalho ordinário, labuta e
luta” (D. L. Moody, O Dia Sétimo. Gen. 2:3, Comentário Bí-
blico Moody, p. 11).

Como estudado na lição anterior, Jesus não usou a Sua


autoridade messiânica para mudar a observância do sába-
do, mas o guardou e honrou (Lucas 4:16; João 15:10).

“Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado,


na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.”

“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis


no meu amor; assim como também eu tenho guardado os
mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.”

Qual a prova de que amamos a Jesus? (João 14:15).

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos.”

“Se Me amardes, demonstrareis esse amor guardan-


do os Meus mandamentos. ‘E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos
dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre
convosco, o Espírito da verdade. João 14:16. ... ‘Aquele que
tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é o que Me
ama; e aquele que Me ama será amado por Meu Pai, e Eu
também o amarei e Me manifestarei a ele.’ João 14:21. Este
é o único verdadeiro teste de caráter. No fazer a vontade
de Deus damos a melhor prova de que amamos a Deus
e a Jesus Cristo a quem Ele enviou. A repetição constante
de palavras de amor por Deus não tem valor, a menos

120
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

que tal amor seja manifestado na vida prática. O amor


por Deus não é um simples sentimento; é um poder vivo
e atuante. O homem que faz a vontade de seu Pai que
está nos Céus demonstra ao mundo que ele ama a Deus”
(Refletindo a Cristo, p. 71).

Jesus veio abolir a Lei? (Mateus 5:17-18).

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim


para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo:
até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais
passará da Lei, até que tudo se cumpra.”

No versículo 19 diz que o violador será chamado menor no


reino de Deus.

“Isto é, não terá lugar ali. Pois aquele que voluntaria-


mente violar um mandamento, não observa, em espírito
e verdade, a nenhum deles. ‘Qualquer que guardar toda
a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de
todos.’ Tia. 2:10. Não é a grandeza do ato de desobedi-
ência que constitui o pecado, mas a discordância com
a vontade expressa de Deus no mínimo particular; pois
isto mostra que ainda existe comunhão entre a alma e o
pecado. O coração está dividido em seu serviço. Há uma
virtual negação de Deus, uma rebelião contra as leis de
Seu governo.” (O Maior Discurso de Cristo, p. 51)

“A santa lei anunciada por Deus do Sinai é parte de Si


próprio, e somente homens santos que sejam seus es-
tritos observadores honrá-Lo-ão ensinando-a a outros.”
(Primeiros Escritos, p. 102).

A MUDANÇA DA LEI

Ao profeta Daniel foi revelado, em visão, que o poder do


chifre pequeno mudaria a lei de Deus. Vamos ler Daniel 7:25.

“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos


do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os san-
tos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tem-
pos e metade de um tempo.”

121
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

PLACA INVERTIDA

“Um escritor comparou a tentativa de mudar a lei de


Deus a um antigo e maldoso costume de mudar a di-
reção da flecha indicativa numa importante junção de
duas estradas. A perplexidade e contratempo que esta
prática muitas vezes causava foi grande. Um marco in-
dicativo foi construído por Deus para os que jornadeiam
através deste mundo. Um braço desta tabuleta aponta-
va espontânea obediência ao Criador como o caminho
da felicidade e vida, enquanto o outro braço indicava a
desobediência como a estrada da miséria e morte. O ca-
minho da felicidade era tão claramente definido como
o era o caminho da cidade de refúgio na dispensação
judaica. Mas em má hora para a nossa raça, o grande
inimigo de todo o bem virou a tabuleta, e multidões têm
errado o caminho.” (Exaltai-o, p. 141).

DEUS NÃO MUDA

Deus está sujeito a mudanças, assim como o homem?

Malaquias 3:6 - “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso,


vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”

Tiago 1:17 - “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do


alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir
variação ou sombra de mudança.”

“Nunca estamos em segurança enquanto guiados por


opiniões humanas; mas estamos seguros quando guia-
dos por um ‘assim diz o Senhor’. Não podemos confiar a
salvação de nosso ser a qualquer critério inferior à deci-
são do Juiz infalível. Os que fazem de Deus o seu guia, e
de Sua palavra o seu conselheiro, seguem a luz da vida.
Os oráculos vivos de Deus guiam os seus pés nos ca-
minhos retos. Os que são conduzidos não se atrevem a
julgar a Palavra de Deus, mas mantêm o fato de que a
Sua Palavra é que os julga. Sua fé e religião procede de
Sua Palavra. É o guia que lhes dirige os passos. É lâmpada
para os seus pés, e luz para o seu caminho. Eles andam
sob a orientação ‘do Pai das luzes, em quem não pode
existir variação ou sombra de mudança’”. (Refletindo a
Cristo, p. 105).

122
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Quem promulgou a primeira lei dominical conhecida?

“Devem os magistrados e as pessoas residentes nas cida-


des repousar, e todas as oficinas ser fechadas no venerável
dia do Sol. No campo, entretanto, as pessoas ocupadas na
agricultura podem livre e licitamente continuar suas ocupa-
ções; porque acontece muitas vezes que nenhum outro dia
se lhe assemelha para a semeadura de sementes ou para a
plantação de vinhas; tememos que, pela negligência do mo-
mento apropriado para tais operações, as bênçãos celestiais
sejam perdidas”(promulgada aos 7 dias de março, sendo
Crispo e Constantino cônsules pela segunda vez cada um)
– Codex Justinianus, liv. 3, tit. 12 e 13. In: Philip Schaff, History of
the Christian Church (vol. 7, ed. 1902), vol. 3, p. 380 (citado em
Carlyle B. Haynes, Do Sábado para o Domingo, 8.ª ed., Tatuí,
SP: Casa Publicadora Brasileira, 1999, p. 47-52).

“Constantino era mitraísta, religião persa


pirólotra (adoradora do fogo) e heliólatra
(adoradora do sol). O dia sagrado do Mi-
traísmo era o primeiro dia da semana,
domingo. A semana planetária foi in-
troduzida no ano 27 a.C., primeiro ano
do imperador Augusto, porém, pas-
sou por uma série de transições antes
e depois disso. Estudos demonstram
que o costume de consagrar os dias
aos sete astros ou planetas, foi estabe-
lecido pelos egípcios. Assim, a semana
era ordenada nessa ordem: Saturno, Sol,
Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter e Vênus; ou seja,
sábado, domingo, segunda, terça, quarta, quinta
e sexta. Dessa forma, o primeiro dia da semana era regido
pelo Sol, o segundo pela Lua, o terceiro por Marte, e assim por
diante. Em algumas línguas modernas encontramos reminis-
cência dessa prática. Por exemplo, tanto em Inglês quanto
em Alemão, o primeiro dia da semana é chamado ‘dia do
sol’, respectivamente Sunday e Sontag. Com o transcorrer do
tempo houve uma combinação da semana planetária com a
semana judaico-cristã, na qual o domingo foi posto no início
da semana” (Cf. Josimir A. Nascimento, A Deificação do Sol e
a Origem da Observância do Domingo, Rio de Janeiro: Editora
ADOS, 1998).

123
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> A SUBSTITUIÇÃO DO DIA DE


DEUS POR UM DIA PAGÃO
“O quebrantamento da Lei de Deus no início foi a por-
ta de entrada para o pecado, ainda hoje, milhões conti-
nuam pisando os preceitos divinos” (Carlos A. Trezza, A
Suprema Esperança do Homem, 1.ª ed., São Paulo: Casa
Publicadora Brasileira, 1970, p. 48).

A substituição do sábado pelo domingo não é um fato que


a Igreja Católica negue ou procure esconder. Pelo contrário,
ela o admite francamente e, na verdade, com orgulho, como
evidência de seu poder para mudar até um dos mandamen-
tos de Deus. Leiamos alguns trechos do catecismo Católico.

A obra do Rev. Peter Geiermann, C.S.R., The Convert’s Ca-


techism of Catholic Doctrine, 2ª ed, p. 50, recebeu em 25 de
janeiro de 1910 a “bênção apostólica” do Papa Pio X (Obra ci-
tada em Estudos Bíblicos: doutrinas fundamentais das Escri-
turas Sagradas. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1985, p.
382). Com referência ao assunto da mudança do sábado, diz
o catecismo:

Pergunta: “Qual é o dia de repouso”?


Resposta: “O dia de repouso é o sábado”.

Pergunta: “Por que observamos o domingo em lugar do


sábado?”
Resposta: “Observamos o domingo em lugar do sábado
porque a Igreja Católica, no Concílio de Laodiceia (336 d.C.),
transferiu a solenidade do sábado para o domingo”.

Foi pelo Rev. Stephen Keenan, Arcebispo de Nova Iorque, apro-


vada uma obra intitulada: A Doctrinal Catechism, p. 174. Ela faz
estas observações quanto à questão da mudança do sábado:

Pergunta: “Tendes qualquer outra maneira de provar que


a igreja tem poder para instituir dias de guarda?”
Resposta: “Não tivesse ela tal poder, não teria feito aquilo
em que todas as modernas religiões com ela concordam -
a substituição da observância do sábado, o sétimo dia, pela
observância do domingo, o primeiro dia da semana, mudan-
ça para a qual não há nenhuma autorização escriturística”
(Obra citada em ibid., Estudos Bíblicos, p. 382).

124
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

No livro do Rev. Henry Tuberville, An Abridgment of the Chris-


tian Doctrine, França: Douay College, p. 58 (citado em Carlyle
B. Haynes, Do Sábado para o Domingo, 8.ª ed., Tatuí, SP: Casa
Publicadora Brasileira, 1999, p. 48), contém estas perguntas e
respostas:

Pergunta: “Como podeis provar que a igreja tem poder


para ordenar festas e dias santos?”
Resposta: “Pelo próprio fato de mudar o sábado para o do-
mingo, com o que os protestantes concordam; e dessa forma
eles ingenuamente se contradizem, ao guardarem estrita-
mente o domingo e transgredirem outros dias de festa maio-
res e ordenados pela mesma igreja”.

Pergunta: “Como podeis provar isto?”


Resposta: “Porque ao guardarem o domingo, eles reconhe-
cem o poder que a igreja tem para ordenar dias de festa, e
ordená-los sob a ameaça de pecado; e, ao não observarem
o repouso [dos dias de festas] por ela ordenados, eles de
novo reconhecem, com efeito, o mesmo poder”.

NENHUMA LINHA BÍBLICA EM FAVOR


DA OBSERVÂNCIA DO DOMINGO

O Cardeal Gibbons, em The Faith of Our Fathers, Edição de


1893, p. 111, diz o seguinte: “Podeis ler a Bíblia de Gênesis a Apo-
calipse, e não encontrareis uma linha autorizando a santifi-
cação do domingo. As Escrituras exaltam a observância re-
ligiosa do sábado, dia que nós nunca santificamos” (citado
em Carlyle B. Haynes, Do Sábado para o Domingo, p. 49).

“A IGREJA CATÓLICA... MUDOU O DIA”

A publicação católica australiana, “The Catholic Press of


Sydney”, 25 de agosto de 1900 (citado em Carlyle B. Haynes, Do
Sábado para o Domingo, p. 49), afirma claramente que a ob-
servância do domingo é de origem exclusivamente católica:

“O domingo é uma instituição católica e a reivindicação à


sua observância só pode ser defendida nos princípios cató-
licos... Do princípio ao fim das Escrituras não há uma única
passagem que autorize a transferência do culto público se-
manal do último dia da semana para o primeiro.”

125
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Em seu livro Plain Talk About the Protestantism of Today, ed.


1868, parte 3, sec. 4, p. 225 (citado em Carlyle B. Haynes, Do Sá-
bado para o Domingo, p. 50), Monsenhor Segur afirma: “Foi a
Igreja Católica que, por autorização de Jesus Cristo, transferiu
este repouso para o domingo em memória da ressurreição de
nosso Senhor. Dessa forma, a observância do domingo pelos
protestantes é uma homenagem que eles prestam, contradi-
zendo-se a si próprios, à autoridade da igreja [católica]”.

No ano 1893, o Catholic Mirror, de Baltimore, Maryland, foi


o órgão do Cardeal Gibbons. Em seu número de 23 de se-
tembro daquele ano ele publicou esta notável declaração:
“A Igreja Católica, mais de mil anos antes da existência de
um único protestante, em virtude de sua divina missão, mu-
dou o dia de sábado para o domingo”. “O descanso cristão é,
por conseguinte, neste dia, o consequente reconhecimento
da Igreja Católica como esposa do Espírito Santo, sem uma
palavra de protesto do mundo protestante”. Reimpresso pelo
Catholic Mirror como um folheto, The Christian Sabbath, pp.
29 e 31 (citado em Carlyle B. Haynes, Do Sábado para o Do-
mingo, p. 50).

A OBSERVÂNCIA DO DOMINGO SEM AUTORIZAÇÃO DIVINA

Burns e Oates, de Londres, são publicadores de livros cató-


licos romanos, um dos quais eles se comprazem em chamar
The Library of Christian Doctrine, pp. 3-4 (citado em Carlyle B.
Haynes, Do Sábado para o Domingo, p. 50-51). Uma parte deste
é intitulada: “Por que não guardais o sábado?” E apresenta o
seguinte argumento de um católico para um protestante:

“Vós me dizeis que o sábado era repouso judaico, mas que


o repouso cristão foi mudado para o domingo. Mudado! Mas
por quem? Quem tem autoridade para mudar um manda-
mento expresso do Deus Onipotente? Quando Deus disse:
‘Lembra-te do dia do sábado para o santificar’, quem ousaria
dizer: ‘Não, podeis trabalhar e fazer qualquer tipo de negó-
cio secular no sétimo dia; mas santificareis o primeiro dia em
seu lugar?’ Esta é a pergunta mais importante, à qual não sei
como podeis responder.

Sois protestantes, e afirmais seguir a Bíblia e a Bíblia ape-


nas: e mesmo neste importante assunto, qual seja o da ob-
servância de um dia em sete como dia santificado, ides con-

126
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

tra a clara letra da Bíblia e pondes outro dia no lugar daquele


em que a Bíblia ordenou. O mandamento que ordena san-
tificar o sétimo dia é um dos Dez Mandamentos; vós credes
que os outros nove sejam ainda obrigatórios; quem vos deu
autoridade para violar o quarto? “Se quiserdes ser coerentes
com os vossos princípios, se realmente seguis a Bíblia e ela
unicamente, deveis ser capazes de apresentar alguma por-
ção do Novo Testamento na qual o quarto mandamento seja
expressamente alterado”.

Após cuidadoso exame da Bíblia, da História, tanto ci-


vil como eclesiástica, dos tratados teológicos, comentários
e manuais de igrejas, somos levados a concluir que não há
nenhuma autorização nas Sagradas Escrituras para a ob-
servância do domingo, nenhuma autoridade concedida ao
homem para fazer tal mudança do sétimo para o primeiro
dia, nenhuma sanção foi dada a essa mudança. Esta substi-
tuição do verdadeiro Sábado do Senhor por um falso sábado
foi a obra de um movimento inteiramente anticristão, o qual
adotou a observância de um dia puramente pagão e pre-
sunçosamente o implantou na igreja cristã.

127
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Esta observância não representa obrigação alguma para


os cristãos, mas deve ser imediatamente abandonada como
preceito, e o verdadeiro sábado do Senhor restaurado ao seu
justo lugar, tanto no coração do Seu povo como na prática de
Sua igreja (Carlyle B. Haynes, Do Sábado Para o Domingo, 8.ª
ed., São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1999, p. 52).

Amigo, ficou claro para você que o único dia sagrado na


Bíblia é o sábado? Você observou que Jesus e os apóstolos
guardaram o sábado, e que ele não foi abolido por Jesus?
Você agora tem consciência de que a instituição do domingo
em lugar do sábado é uma atividade humana e não divina?
Entendeu que a mudança do sábado para o domingo é de
origem pagã (o primeiro dia da semana era o sagrado dia do
Sol, o dia de Mitra)? Ao ler estes últimos documentos percebeu
que a igreja romana mudou a observância do sábado para o
domingo, e que essa alteração foi aceita pelos protestantes?

Sendo assim qual deve ser a nossa decisão?

Leia Deuteronômio 11:26-27:

“Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a mal-


dição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do
SENHOR, vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não
cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, mas
vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para se-
guirdes outros deuses que não conhecestes.”

Você quer a bênção ou a maldição?

Apelo

Tendo em vista que só há dois caminhos, o da bênção e o


da maldição; o que você escolhe neste momento?

Escolha a bênção da obediência e seja feliz!

128
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

129
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ONDE
ESTÃO OS
MORTOS?
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 13
ONDE ESTÃO OS MORTOS?

>> INTRODUÇÃO
O QUE É A MORTE?

“Pergunte a alguém que há pouco esteve diante de uma


sepultura recém-aberta e sepultou a metade do seu cora-
ção. A morte é uma ladra que rouba o amigo do seu lado. Ela
rouba a criança do seio de sua mãe e arrebata do lar o arri-
mo da família. Leva embora a mãe que era a luz do lar. Rou-
ba o exuberante jovem de seus pais, embora fazendo isto ela
esmaga suas mais acariciadas esperanças. Não se preocu-
pa com o nosso choro. Não tem nenhuma piedade do jovem
ou qualquer misericórdia do idoso” (Henry Fayerabend, Onde
estão os mortos, Esperança 2000, Carlos Reis, ed., São Paulo:
União Central Brasileira, 2 CD Rom, 2000).

O QUE ALGUMAS PESSOAS PENSAM SOBRE A MORTE?


VEJA ALGUMAS DECLARAÇÕES:

Sobre a morte da avó de Barack Obama:

“É com grande pesar que anunciamos que nossa avó,


Madelyn Dunham, morreu em paz depois de uma bata-
lha contra o câncer”, disse Obama em um comunicado
conjunto com sua irmã Maya Soetoro-Ng. “Ela era a pe-
dra fundamental da nossa família, e uma mulher de ex-
traordinária força e humildade” (John Whitesides, “Avó de
Barack Obama morre de câncer no Havaí”, Extra. Acesso
em 27/02/2018 pelo site: http://extra.globo.com/noticias/
mundo/avo-de-barack-obama-morre-de-cancer-no-
-havai-603796.html). “Apesar de não estar mais conos-
co, sei que minha avó está nos vendo, junto com a família
que fez de mim o que sou. Sinto falta deles esta noite. Sei
que minha dívida com eles é incalculável” (G1, “Leia a íntegra

131
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

do discurso de vitória de Barack Obama”. Acesso em 27/02/2018 pelo site:


http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL850269-15525,00-LEIA+A+INTEGRA+-
DO+DISCURSO+DE+VITORIA+DE+BARACK+OBAMA.html).

Sobre a morte de Eloá Cristina Pimentel:

O mundo todo ficou chocado com a trágica morte de


Eloá Cristina Pimentel, no dia 15 de outubro de 2008 em
Santo André, SP. Após mais de 100 horas de cárcere pri-
vado, a jovem de apenas 15 anos, baleada na virilha e na
cabeça não resistiu e veio a falecer. Todos nos solidari-
zamos com a mãe e os familiares de Eloá Pimentel. En-
tretanto, uma declaração de sua mãe, nos leva a refletir
melhor sobre o assunto da morte:

“Isso aqui é só carne. Ela está feliz em um lugar mui-


to melhor”, encerrou, apontando para o corpo da filha no
caixão e sendo aplaudida pelos jovens presentes (Marce-
lo Mora, “Mãe de Eloá diz que consegue perdoar Lindemberg”, G1. Acesso
em 27/02/2018 pelo site: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL-
829895-5605,00-MAE+DE+ELOA+DIZ+QUE+CONSEGUE+PERDOAR+LINDEM-
BERG.html).

O que acontece após a morte? A alma é mortal ou imortal?


A pessoa vai para um lugar muito melhor? Ela pode nos ver?
Há possibilidade de comunicação entre vivos e mortos? Os
justos mortos estão agora no paraíso, e os ímpios no tormen-
to eterno? Afinal, onde estão os mortos?

>> A ORIGEM DA VIDA


Para sabermos para onde vai o ser humano quando morre, é
necessário saber como foi a sua criação. No primeiro Livro da Bí-
blia, Gênesis, encontramos o relato da formação do ser humano.
Dois elementos foram utilizados na criação homem - Gênesis 2:7.

“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e


lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou
a ser alma vivente”.

Deus uniu dois elementos os quais deram origem a um ter-


ceiro, dependente da união harmoniosa dos dois primeiros: pó
+ sopro = alma (ou Ser) vivente. Como exemplo podemos citar

132
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

a água: Dois átomos de hidrogênio, harmonicamente ligados


a um átomo de oxigênio, é igual a uma molécula de água. For-
ma uma unidade indivisível. Se a dividirmos, deixa de ser água.

O homem passou a SER (ou tornou-se) alma e não a TER


uma alma vivente. Portanto, a pessoa É uma alma, e não TEM
uma alma.

“Na criação do homem, manifestou a atuação de um


Deus pessoal. Quando Deus havia feito o homem à Sua
imagem, a forma humana estava perfeita em todo o seu
aparelhamento, mas jazia inanimada (sem vida). Então
um Deus pessoal, de existência própria, inspirou naquela
forma o fôlego da vida, e o homem tornou-se um ser vivo,
inteligente. Todas as partes de seu organismo se puse-
ram em ação. O coração, as artérias, as veias, a língua, as
mãos, os pés, os sentidos, as faculdades da mente, tudo
se pôs a funcionar, sendo todos submetidos a uma lei. O
homem tornou-se alma vivente. Mediante Cristo, a Pala-
vra, um Deus pessoal criou o homem, dotando-o de inteli-
gência e poder” (E. G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 415).

>> A MORTE
A morte é o inverso da vida. O que acontece ao ser huma-
no quando morre? (Eclesiastes 12:7).

“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus,


que o deu”.

O pó volta à terra, como antes, e o sopro de vida volta para


Deus. O homem (alma vivente) deixa de existir. É como sepa-
rar o oxigênio do hidrogênio na molécula da água. No mo-
mento em que isso for feito, ela deixará de existir.

A alma é mortal ou imortal? (Ezequiel 18:4 e 20).

“Eis que todas as almas são minhas; como a do pai, tam-


bém a do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.”

“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqui-


dade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo
ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este”.

133
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte (Romanos


6:23). Diz também que a alma que pecar essa morrerá (Eze-
quiel 18:4). Se a alma peca é porque é mortal. Se a alma é
imortal, o ser humano seria imortal; pois alma é o ser humano.

No original hebraico a palavra alma se escreve nephesh


que significa vida ou criatura; ou seja, o resultado da união do
pó da terra mais o fôlego de vida.

Que é espírito? (Eclesiastes 12:7).

“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus,


que o deu”.

A palavra espírito tem sua raiz etimológica no Latim “spiri-


tus”, significando “respiração” ou “sopro”, mas também pode
se referir a “alma”, “coragem”, “vigor”. Na Vulgata, a palavra
em Latim é traduzida a partir do grego “pneuma” (πνευμα) em
Hebreu (‫ )חור‬ruah.

A palavra para espírito no hebraico, ruah, significa fôlego,


ar, sopro, respiração, vento. O termo usado para espírito no
grego é “pneuma” (πνευμα), que tem o mesmo significado: ar,
fôlego, vento, sopro, respiração. É interessante notar que o
vocábulo pneuma deu origem a diversas expressões da lín-
gua portuguesa, tais como: pneu (invólucro de borracha que
armazena o ar); pneumonia (doença do órgão que lida com
o ar); pneumática (refere-se a máquinas que funcionam por
meio de ar comprimido ou pela energia produzida pelo ar).

Portanto, conforme o estudo etimológico do termo, a pa-


lavra espírito jamais significa algo que sai do corpo como se
fosse matéria desencarnada. Esse é o ensino do inimigo.

Vamos traçar um paralelo entre dois versículos bíblicos


que se referem a espírito:

>> Salmo 146:4: “Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó;


nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios”.

>> Salmo 104:29: “Se ocultas o rosto, eles se perturbam; se


lhes cortas a respiração, morrem e voltam ao seu pó”.

Observe que o 1° texto afirma que sai o espírito e eles tor-

134
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

nam ao pó. O texto seguinte diz que ao cortar a respiração,


voltam ao pó. Então podemos entender que espírito e a res-
piração são a mesma coisa.

>> O GRANDE ENGANO


Como e com quem se originou a doutrina da imortalidade
da alma? (Gênesis 3:4).

“Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis”.

“Ainda no Éden, Satanás contradisse frontalmente às


palavras de Deus: ‘certamente morrerás’ (Gên. 2:17). Ele
começou a ensinar a sua doutrina da imortalidade in-
condicional do homem ao afirmar para Eva: ‘Certamen-
te não morrereis’ (Gên. 3:4). Essa foi a primeira lição de
Satanás sobre a imortalidade da
alma, e ele tem prosseguido com
este engano desde aquele tempo
até o presente, e o conservará até
que termine o cativeiro dos filhos
de Deus”. (Cf. E. G. White, Primeiros
Escritos, p. 218).

Qual foi o primeiro povo que de-


senvolveu e ensinou a teoria de que
a alma é imortal?

“Os egípcios foram os primeiros a


manifestar a opinião de que a alma humana é imortal, e que
quando o corpo morre, a alma transmigra para um animal
que esteja nascendo naquele momento, e com a sua for-
ma característica. Então, passa de um animal a outro, até
que tenha circulado através das formas de todas as criatu-
ras que habitam a terra, incluindo a água e o ar, depois do
que, entra de novo na forma humana, para tornar a nascer.
Segundo o que acreditavam, todo o período de transmigra-
ção compreende três mil anos. Há escritores gregos, alguns
mais antigos, outros mais recentes, que tomaram empresta-
do aos egípcios esta doutrina, e a apresentaram como sua
própria” (Cf. Herodotus, The History, book 2, chapter 123, trad. George Rawlin-
son. Acesso em 28/02/2018 pelo site: http://www.documentacatholicaomnia.
eu/03d/-484_-430,_Herodotus,_The_History,_EN.pdf).

135
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Os mortos têm cognição, ou seja, não sabem alguma coi-


sa. Eclesiastes 9:5-6.

“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mor-


tos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles
recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento.
Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não
têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”.

Vejamos o que mais a Bíblia ensina sobre a morte e os


mortos:

a. Ele “não permanece”. Jó 14:2 (ARA).


b. “Dá o último suspiro e deixa de existir”. Jó 14:10 (NVI).
c. “O homem voltaria ao pó”. Jó 34:15 (NVI).
d. “Quando o espírito deles se vai, eles voltam ao pó”. Sal-
mo 156:4 (NVI).
e. “Quem morreu não se lembra de Ti. Entre os mortos,
quem Te louvará?”. Salmo 6:5 (NVI).
f. “Os mortos não louvam o Senhor”. Salmo 115:17 (NVI).
g. “Permanecem em repouso”. Jó 3:17 (NVI).

Que disfarce Satanás tem usado para personificar os


mortos e assim enganar às pessoas? (2 Coríntios 11:14).

“E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transfor-


ma em anjo de luz”.

“Satanás escolheu uma ilusão que é seguramente mui-


to fascinante, ilusão talhada para apoderar-se da simpa-
tia dos que depositaram no sepulcro entes queridos. Anjos
maus tomam a forma dessas pessoas queridas, relatam
incidentes relacionados com sua vida, fazem coisas que
seus amigos costumavam fazer quando vivos. Por esta
maneira, enganam e levam os parentes do falecido a crer
que seus queridos mortos são anjos que estão ao seu re-
dor, e com eles comunicam. Estes são por eles considera-
dos com certa idolatria, e o que eles disserem tem sobre
eles maior influência do que a Palavra de Deus” (E. G. Whi-
te, Testemunhos Seletos, vol. 1, p. 96).

“Supõe-se lisonjeiramente que as superstições pagãs

136
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

tenham desaparecido diante da civilização do século


vinte (hoje, século vinte e um). Mas a Palavra de Deus e o
severo testemunho dos fatos declaram que a feitiçaria é
praticada neste século tanto quanto o foi nos velhos tem-
pos da magia. O antigo sistema de magia é, na realidade,
o mesmo agora conhecido como moderno espiritismo.
Satanás está encontrando acesso a milhares de mentes
por apresentar-se sob o disfarce de amigos já falecidos.
As Escrituras declaram que ‘os mortos não sabem coisa
nenhuma. Eclesiastes 9:5. Seus pensamentos, amor e ódio
já pereceram. Os mortos não mantêm comunhão com os
vivos. Mas seguro de sua antiga astúcia, Satanás emprega
este engano para obter o controle das mentes” (E. G. Whi-
te, Atos dos Apóstolos, p. 289).

Ele tem poder para fazer surgir perante os homens a


aparência de seus amigos falecidos. A contrafação é per-
feita; a expressão familiar, as palavras, o tom da voz, são
reproduzidos com maravilhosa exatidão. Muitos são con-
solados com a afirmativa de que seus queridos estão go-
zando a ventura celestial; e, sem suspeita de perigo, dão
ouvidos a “espíritos enganadores, e doutrinas de demô-
nios” (E. G. White, O Grande Conflito, p. 552).

A MORTE É COMPARADA A UM SONO

A que Jesus compara a morte? (João 11:11-14).

“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro


adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os
discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, fala-
ra com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que
tivesse falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse cla-
ramente: Lázaro morreu”.

Jesus comparou a morte ao sono, tendo em vista que ela é


um estado de inconsciência.

“Muitos esperavam ouvir de Lázaro uma história mara-


vilhosa das cenas testemunhadas depois da morte. Sur-
preendiam-se de que ele não lhes contasse coisa algu-
ma. Não tinha nada para contar a respeito (...). Mas tinha
um maravilhoso testemunho a dar com respeito à obra
de Cristo. Para esse fim fora ressuscitado. Com seguran-

137
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ça e poder, declarava que Jesus era


o Filho de Deus”. (E. G. White, O De-
sejado de Todas as Nações, p. 415).

A GRANDE RESSURREIÇÃO

Quando os mortos acordarão?


(1 Tessalonicenses 4:16-17).

“Porquanto o Senhor mesmo, dada a


sua palavra de ordem, ouvida a voz do
arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus,
descerá dos céus, e os mortos em Cristo res-
suscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre
nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, esta-
remos para sempre com o Senhor.”

Amigo, depois da morte, ninguém poderá decidir-se ao


lado de Cristo. Esta decisão você precisa tomar agora, pois é
a mais importante de sua vida. Ou você morre salvo ou morre
perdido. Portanto, “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endure-
çais o vosso coração”. (Hebreus 3:7-8)

Aceite a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador agora


mesmo. Entregue a sua vida a Cristo e desfrute da alegria da
salvação!

Apelo

Você crê em Jesus Cristo e O aceita como seu Salvador


pessoal?

Permite Cristo Jesus a entrar em meu coração?

Crê que a morte não é o fim de tudo, pois com a Sua morte
e ressurreição, Jesus garantiu a ressurreição dos justos?

Você entendeu que oportunidade de aceitar Cristo como


Senhor e Salvador pessoal é agora, e que amanhã pode ser
tarde demais?

“Hoje se ouvirdes a Sua voz não endureçais vosso coração”


(Hebreus 3:7).

138
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

139
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

O SANTUÁRIO
TERRESTRE:
O EVANGELHO
EM SÍMBOLOS
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 14
O SANTUÁRIO TERRESTRE:
O EVANGELHO EM SÍMBOLOS
A construção do Santuário Terrestre foi ordenada por Deus
com o objetivo de transmitir ao Seu povo uma parábola do
plano de Redenção.

>> INTRODUÇÃO
Bem-vindo ao estudo da Palavra de Deus. Que o Espírito
Santo esteja com você para que compreenda bem a Sua
mensagem.

De acordo com Êxodo 25:8 que ordem foi dada a Moisés,


para o benefício de Israel?

“E me farão um Santuário, para que Eu possa habitar no


meio deles”.

“Os israelitas estavam a jornadear pelo deserto, e o ta-


bernáculo foi construído de maneira que pudesse ser le-
vado de um lugar para outro; não obstante, sua estrutu-
ra era de grande magnificência. As paredes eram feitas
de tábuas em sentido vertical, ricamente chapeadas de
ouro e colocadas em encaixes de prata, enquanto o teto
se compunha de uma série de cortinas, ou coberturas,
sendo as de fora de peles, e as do interior, de linho fino,
belamente trabalhado com figuras de querubins. Além do
pátio exterior, onde estava o altar das ofertas queimadas,
consistia o tabernáculo, propriamente dito, em dois com-
partimentos, chamados o lugar santo e o lugar santíssi-
mo, separados por uma rica e bela cortina, ou véu; um véu
idêntico cerrava a entrada ao primeiro compartimento” (E.
G. White, O Grande Conflito, p. 411-412).

O que era oferecido no santuário, e além do pátio, quan-


tas partes havia? (Hebreus 9:9; Êxodo 26:33).

141
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“É isto uma parábola para a época presente; e, segundo


esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes,
no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar
aquele que presta culto.”

“Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e trarás para lá


a arca do Testemunho, para dentro do véu; o véu vos fará
separação entre o Santo lugar e o Santo dos Santos.”

O que havia no primeiro compartimento do lugar santo?

>> Hebreus 9:2 - “Com efeito, foi preparado o tabernáculo,


cuja parte anterior, onde estavam o candeeiro, e a mesa, e a
exposição dos pães, se chama o Santo Lugar.”

>> Êxodo 40:26 - “Pôs o altar de ouro na tenda da congre-


gação, diante do véu.”

>> Êxodo 30:1 - “Farás também um altar para queimares


nele o incenso; de madeira de acácia o farás”.

“No lugar santo estava o castiçal, do lado do sul, com sete


lâmpadas a iluminar o santuário, tanto de dia como de noi-
te; e, diante do véu que separava o lugar santo do santís-
simo, o altar de ouro para o incenso, do qual a fragrante
nuvem, com as orações de Israel, ascendia diariamente à
presença de Deus” (E. G. White, O Grande Conflito, p. 412).

O que havia no segundo compartimento, o lugar santíssi-


mo? (Hebreus 9:3 e 4).

“Por trás do segundo véu, se encontrava o tabernáculo que


se chama o Santo dos Santos, ao qual pertencia um altar de
ouro para o incenso e a arca da aliança totalmente coberta
de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná,
o bordão de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança.”

(Ver também Êxodo 40:20 e 21).

Nota: A cobertura da arca chamava-se Propiciatório (Êxo-


do 25:21), tradução do vocábulo hebraico, kapporeth. A Sep-
tuaginta, versão grega do Antigo Testamento, verte este ter-
mo para hilasterion, isto é, um assento de misericórdia, local
que propicia misericórdia. Este termo grego é da mesma raiz

142
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

de hilasmós, usado em 1 João 2:2 para se referir a Jesus como


propiciação pelos nossos pecados. Portanto, o kapporeth é
um símbolo da graça propiciada por Jesus Cristo (Cf. Strong’s
Hebrew and Greek Dictionary, notas sobre Êxodo 25:21 e 1 João
2:2, e-sword HD).

“No lugar santíssimo achava-se a arca, receptáculo


de preciosa madeira, coberta de ouro, e depositária das
duas tábuas de pedra sobre as quais Deus inscrevera a
lei dos Dez Mandamentos. Acima da arca e formando a
cobertura desse receptáculo sagrado, estava o propicia-
tório, magnificente obra de artífice, encimada por dois
querubins, um de cada lado, e tudo trabalhado em ouro
maciço. Neste compartimento a presença divina se ma-
nifestava na nuvem de glória entre os querubins” (E. G.
White, O Grande Conflito, p. 412).

Onde seria o encontro de Deus com Israel? (Êxodo 25:22).

“Ali, virei a ti e, de cima do _________________, do


meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Teste-
munho, ____________ contigo acerca de tudo o que eu
te ordenar para os filhos de Israel.”

143
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Essa luz gloriosa da presença de Deus, por meio dos queru-


bins, era chamada de Shekinah.

O que havia dentro da arca sob o propiciatório? (Deutero-


nômio 10:4 e 5).

“Então, escreveu o SENHOR nas tábuas, segundo a primeira


escritura, os dez mandamentos que ele vos falara no dia da
congregação, no monte, no meio do fogo; e o SENHOR as deu
a mim. Virei-me, e desci do monte, e pus as tabuas na arca
que eu fizera; e ali estão, como o SENHOR me ordenou.”

Quem somente poderia entrar no lugar Santo do santuá-


rio? (Hebreus 9:6).

“Ora, depois de tudo isto assim preparado, continuamente


entram no primeiro tabernáculo os Sacerdotes, para realizar
os serviços sagrados.”

Os Sacerdotes todos os dias do ano oficiavam no lugar


Santo.

Quem somente poderia entrar no lugar Santíssimo, quan-


do, quantas vezes e para que fim? (Hebreus 9:7).

“Mas, no segundo, o Sumo Sacerdote, ele sozinho, uma vez


por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados
de ignorância do povo.”

O Sumo Sacerdote entrava no lugar santíssimo apenas


uma vez por ano no dia da Expiação.

Que sacrifícios ou ofertas eram apresentados no santuá-


rio cada dia? (Números 28:1-8).

“Disse mais o SENHOR a Moisés: Dá ordem aos filhos de


Israel e dize-lhes: Da minha oferta, do meu manjar para as
minhas ofertas queimadas, do aroma agradável, tereis cui-
dado, para as trazer a seu tempo determinado.

Dir-lhes-ás: Esta é a oferta queimada que oferecereis ao


SENHOR, dia após dia: dois cordeiros de um ano, sem defeito,
em contínuo holocausto; um cordeiro oferecerás pela ma-
nhã, e o outro, ao crepúsculo da tarde; e a décima parte de

144
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

um efa de flor de farinha, em oferta de manjares, amassada


com a quarta parte de um him de azeite batido.

É holocausto contínuo, instituído no monte Sinai, de aroma


agradável, oferta queimada ao SENHOR.

A sua libação será a quarta parte de um him para o cor-


deiro; no santuário, oferecerás a libação de bebida forte ao
SENHOR. E o outro cordeiro oferecerás no crepúsculo da tarde;
como a oferta de manjares da manhã e como a sua libação, o
trarás em oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR.”

“Toda manhã e tarde, um cordeiro de um ano era quei-


mado sobre o altar, com sua apropriada oferta de man-
jares, simbolizando assim a consagração diária da nação
a Jeová, e sua constante necessidade do sangue expia-
tório de Cristo. Deus ordenara expressamente que toda
oferta apresentada para o ritual do santuário fosse ‘sem
mácula’. Êx. 12:5. Os sacerdotes deviam examinar todos
os animais levados para sacrifício, e rejeitar todo aquele
em que se descobrisse algum defeito. Apenas uma oferta
“sem mácula” poderia ser um símbolo da perfeita pureza
dAquele que Se ofereceria como ‘um Cordeiro imaculado
e incontaminado’”. I Ped. 1:19 (E. G. White, O Grande Con-
flito, p. 32-33).

Que orientação foi dada aos pecadores verdadeiramente


arrependidos? (Levíticos 4:27-29).

“Se qualquer pessoa do povo da terra pecar por ignorância,


por fazer alguma das coisas que o SENHOR ordenou se não fi-
zessem, e se tornar culpada; ou se o pecado em que ela caiu-
lhe for notificado, trará por sua oferta uma cabra sem defeito,
pelo pecado que cometeu. E porá a mão sobre a cabeça da
oferta pelo pecado e a imolará no lugar do holocausto.”

Nota: Se alguém tivesse pecado [pecado é a transgressão


da Lei – 1 João 3:4] [a lei que estava dentro da arca], este
estava sob a condenação da morte, “porque o salário do pe-
cado é a morte” – Romanos 6:23. A lei de Deus é santa e é a
base do governo de Deus.

“Como já observado acima, havia, um propiciatório,


por sobre esses mandamentos, ou seja, a misericórdia

145
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

de Deus, o kapporeth, ou cobertura, no sentido de expia-


ção. No grego da Septuaginta, o hilasterion (Hebreus 9:5)
era o lugar onde se operava as expiações”. “Na tradução
inglesa, tem o nome de MERCY-SEAT, lugar das miseri-
córdias, nome que a Tyndale adotou de Lutero” (John D.
Davis, Dicionário da Bíblia, Rio de Janeiro: Candeia/JUERP,
20ª ed., 1996, p. 488).

Recapitulando, Jesus Cristo é a propiciação pelos nossos


pecados (1 João 2:2). Propiciação, do grego hilasmós, ou seja,
expiação, oferta pelo pecado (Cf. F. Willar Gingrich e Frederick
W. Danker, Léxico do N.T. Grego/Português. São Paulo, SP: Edi-
ções Vida Nova, 1984, p. 101).

Então, Ele é a expiação, a oferta pelos nossos pecados “e


não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos peca-
dos do mundo inteiro” (1 João 2:2).

Que maravilha! Deus seja louvado por isso!

O vocábulo hilasmós é a tradução do termo hebraico


kippur que significa expiação, usado especialmente na
expressão YOM KIPPUR ou dia da expiação” (R. Laiard Har-
ris, Gleason L. Archer Jr. e Bruce K. Waltke, Dicionário In-
ternacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo,
SP: Vida Nova, 1988. pp. 743 e 744).

Não é maravilhoso saber que Cristo é Aquele que cobre os


nossos pecados?

Que se fazia com o sangue da oferta? (Levíticos 4:30).

“Então, o sacerdote com dedo tomará o sangue da oferta


e o porá sobre os chifres do altar do holocausto: e todo o
restante do sangue derramará à base do altar.”

O pecador arrependido trazia sua oferta, colocava a mão


sobre a cabeça da vítima, e confessava o seu pecado. Assim,
em figura, transferia o seu pecado para a vítima. Em seguida,
ela era morta no pátio pelas próprias mãos do pecador, e
seu sangue era levado para o lugar santo, colocado sobre as
pontas do altar e derramado à sua base. Com esse procedi-
mento, os pecados eram perdoados e transferidos para o lu-
gar santo do santuário. Dessa maneira, ele era contaminado.

146
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Depois de acumular os pecados por espaço de um ano,


que cerimônia se realizava no dia dez do sétimo mês? (Le-
víticos 16:29 e 30).

“Isso vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos


dez dias do mês, afligireis a vossa alma e nenhuma obra fa-
reis, nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre
vós. Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para pu-
rificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados,
perante o SENHOR.”

O Dia da Expiação ou purificação do santuário, era carac-


terizado pela “limpeza” dos pecados acumulados no santu-
ário durante o ano.

Como seria purificado o santuário? (Levítico 16:5-8).

“Da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes, para


a oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto. Arão tra-
rá o novilho da sua oferta pelo pecado e fará expiação por si

147
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

e pela sua casa. Também tomará ambos os bodes e os porá


perante o SENHOR, à porta da tenda da congregação.

Lançará sortes sobre os dois bodes: uma, para o SENHOR, e a


outra, para o bode emissário.”

O lançamento de sorte sobre os dois bodes ocorria para


determinar qual representaria o Senhor (Cristo), e qual repre-
sentaria Azazel (Satanás).

O que se fazia com o sangue do bode que representava a


Cristo? (Levítico 16:15).

“Depois, imolará o bode da oferta pelo pecado, que será


para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará
com o seu sangue como fez com o sangue do novilho; as-
pergi-lo-á no propiciatório e também diante dele.”

O que se fazia com o bode vivo, o bode emissário (Aza-


zel)? (Levíticos 16:20-22).

“Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário,


pela tenda da congregação e pelo altar, então, fará chegar
o bode vivo. Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do
bode vivo e sobre ele confessará todas as iniquidades dos
filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus
pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao
deserto, pela mão de um homem à disposição para isso. As-
sim, aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles
para terra solitária; e o homem soltará o bode no deserto.”

Note: O bode emissário, em hebraico, Azazel, não era mor-


to, mas enviado ao deserto, assumindo (figurativamente) a
responsabilidade pelos pecados não penitenciados. Ele sim-
boliza Satanás, que ficará preso durante 1.000 anos nesta ter-
ra desolada, contemplando o resultado de sua maldade. No
final desse período, ele será destruído.

Assim, se fazia expiação por toda a casa de Israel, esse


dia (dez do sétimo mês), era um dia de juízo; aquele que não
confessasse o seu pecado era eliminado do povo de Deus.

O santuário terrestre não está mais em vigor, pois era ape-


nas sombra e cópia do santuário do Céu. (Êxodo 25:40).

148
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Quando Cristo morreu na cruz, o que aconteceu com o véu


do santuário, que separava o lugar Santo do Santíssimo do
templo de Herodes? (Mateus 27:50-51).

(Não devemos esquecer que o templo foi edificado con-


forme o santuário construído por Moisés, porém com maiores
dimensões e maior número de utensílios).

“E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o


espírito. Eis que o véu do Santuário se rasgou em duas partes
de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas.”

Resposta: O véu se rasgou de alto a baixo, deixando visível


o interior do santuário, ou seja, uma mensagem divina indi-
cando o encerramento dos serviços tipológicos. A partir de
então, não seria mais necessário sacrificar cordeiros para a
obtenção do perdão dos pecados, porque Cristo foi imolado
por nós. Ele é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mun-
do.” (João 1:29).

Não é maravilhoso saber que Cristo morreu em nosso lu-


gar? Não é maravilhoso saber que Cristo nos ama e por isso
deu Sua vida para nos resgatar?

Amigo, ajoelhe-se comigo agora, e entregue sua vida nas


mãos de Jesus. Ele está de braços abertos lhe esperando!

Apelo

Este momento é solene porque o Cordeiro de Deus, Jesus


Cristo, deseja tirar o meu e o seu pecado. Que a minha e a
sua oração seja: Senhor Jesus me lave em Teu sangue agora
mesmo. Eu te amo, Senhor Jesus!

Muito obrigado! Amém!

149
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ESTUDO ADICIONAL

1. Que sacrifícios eram apresentados em ocasiões


especiais? Números 28:9 a 29:39.

a) No sábado - Números 28:9 e 10.

b) No princípio dos meses - Números 28:11-15.

c) Por ocasião da Páscoa e da festa dos pães asmos -


Números 28:16-25.

d) No dia das Primícias - Números 28:26-31.

e) No primeiro dia do sétimo mês - Números 29:1-6.

f) No dia da expiação - Números 29:7-11.

g) Por ocasião da festa dos tabernáculos - Números 29:12-39.

2. Outras ofertas especiais - Ver Levítico 4.

a) Por um sacerdote - Levítico 4:3-12

b) Por toda a congregação - Versos 13-21

c) Por um príncipe - Versos 22-26

d) Por uma pessoa comum do povo - Versos 27-35

150
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

151
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

O SANTUÁRIO
CELESTIAL
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 15
O SANTUÁRIO CELESTIAL

>> INTRODUÇÃO
No estudo anterior vimos o evangelho em símbolos, ou
seja, Cristo tipificado pelos animais oferecidos em sacrifício.
Estudamos também que o santuário terrestre foi feito con-
forme o modelo celestial (Êxodo 25:40). Se foi conforme um
modelo, é porque existe um original, conforme Hebreus 8:1-2,
situado no céu.

Como é chamado, no livro de Hebreus, o santuário celestial?

> Hebreus 8:2


“Como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo
que o Senhor erigiu, não o homem.”

> Hebreus 9:11


“Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos
bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito taber-
náculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação.”

> Hebreus 9:24


“Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, fi-
gura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer,
agora, por nós, diante de Deus”.

Se não foi feito por mãos humanas, foi por mãos divina

> Hebreus 10:21


“E tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus.”

O que João viu no céu?

> Apocalipse 1:12-15 – Viu Jesus andando no meio dos sete


castiçais de ouro.

153
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

> Apocalipse 8:3-5 – O altar de ouro para queimar incenso.


> Apocalipse 11:19 – A arca do concerto de Deus no templo
celestial.
> Apocalipse 15:5-8 – O templo do tabernáculo do teste-
munho.

Quem é o Sumo Sacerdote no Santuário do Céu?

> Hebreus 3:1 - “Por isso, santos irmãos, que participais


da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e
Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus.”

> Hebreus 8:1 – “Ora, o essencial das coisas que temos dito
é que possuímos tal Sumo Sacerdote, que se assentou a
destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do
santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu
no homem.”

> Hebreus 9:11 – “Quando, porém, veio Cristo como Sumo


Sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais
perfeito tabernáculo não feito por mãos, quer dizer, não des-
ta criação.”

O que Jesus faz por nós no Santuário Celestial? Hebreus 8:6.

“Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais ex-

154
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

celente, quanto é Ele também Mediador de superior aliança


instituída com base em superiores promessas.”

Mediador significa intercessor ou advogado. Jesus interce-


de por nós no santuário celestial.

Que espécie de aliança ou concerto Deus quer firmar com


você? (Hebreus 8:10).

“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel,


depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei
as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei;
e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”

Deus quer imprimir Suas leis na mente e no coração de to-


dos os Seus filhos.”

Que nome é dado a esta aliança para podermos distin-


gui-la da outra? (Hebreus 8:13).

“Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora,


aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a
desaparecer.”

Essa aliança é chamada de nova, porque a anterior era


baseada em promessas, tipos e sombras. No entanto, ten-
do em vista que o plano da redenção foi projetado desde a
eternidade (1 Cor. 2:7; Efe. 1:4), a Nova Aliança é mais velha
que a Antiga (provisória e caduca). Com a morte de Cristo,
não há mais necessidade de matar cordeiros para receber-
mos o perdão dos pecados, pois Jesus Cristo resolveu defi-
nitivamente o problema do pecado com o Seu sacrifício em
nosso favor!

Qual o mistério deste concerto? (Colossenses 1:27).

“Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da


glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a
esperança da glória.”

Cristo habitando no coração do Seu povo.

Quem é a vítima do santuário celestial? (Hebreus 7:27).

155
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de


oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios
pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto de uma vez
por todas, quando a Si mesmo se ofereceu.”

O sacrifício de Jesus Cristo foi feito “de uma vez por todas”
e aceito pelo Pai, porque, sendo Deus encarnado e sem pe-
cado, pôde resgatar a toda humanidade através do aniqui-
lamento de Si próprio. Ele foi o único Ser em condições de re-
alizar essa operação de resgate, pois é perfeitamente Deus e
perfeitamente homem.

>> JESUS NO LUGAR SANTO


DO SANTUÁRIO CELESTIAL
Onde entrou Jesus para oficiar como Sacerdote quando
deixou a Terra?

a) Em conformidade com o sistema tipológico (ou o que


acontecia no santuário terrestre), Ele deveria oficiar no pri-
meiro compartimento do santuário celestial, o lugar santo
(Ver Hebreus 8:5 e 9:1-5).

b) João viu a Jesus no primeiro compartimento do santu-


ário celestial, onde passou a ministrar depois de Sua ascen-
são. Apocalipse 1:12-16.

c) Paulo diz que Ele entrou no santuário. Hebreus 9:24.

“O ministério do Sacerdote, durante o ano todo, no pri-


meiro compartimento do santuário, para dentro do véu,
que formava a porta e separava o lugar Santo do pátio
externo, representava o ministério em que entra Cristo ao
ascender ao Céu. Era a obra do sacerdote no ministé-
rio diário, a fim de apresentar perante Deus, o sangue da
oferta pelo pecado, bem como o incenso que ascendia
com as orações de Israel. Assim, pleiteava Cristo com Seu
sangue, perante o Pai, em favor dos pecadores, apresen-
tando também com o precioso aroma de Sua justiça, as
orações dos crentes arrependidos. Esta era a obra minis-
terial no primeiro compartimento do santuário celeste”
(E. G. White, O Grande Conflito, pp. 420-421).

156
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

157
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Até quando Cristo deveria oficiar no primeiro comparti-


mento? (Daniel 8:14).

“Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário


será purificado”.

> O que seriam essas 2.300 tardes e manhãs?


> Quando esse período começou a ser computado?
> Como seria a purificação do santuário celestial?

Se você tem interesse em conhecer a maior profecia de


tempo das Sagradas Escrituras, não perca o próximo estudo!

Perguntas para reflexão

a. A base do perdão divino é o nosso arrependimento e fé?


Existe algum mérito neles, ou todo crédito deve ser dado a
Jesus Cristo?

b. Já que somos justificados pela graça mediante a fé em


Cristo, não precisamos mais observar a lei dos Dez Manda-
mentos? Leia Efésios 2:8-10 e compare com Romanos 3:31.

Apelo

Você aceita Jesus como seu Advogado e Intercessor no


santuário celestial e quer entregar-Lhe o coração?

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Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

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Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

É CHEGADA
A HORA DO
SEU JUÍZO
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 16
É CHEGADA A
HORA DO SEU JUÍZO

>> INTRODUÇÃO
Nada passa despercebido aos olhos de Deus. “Ele conhece
o profundo e o escondido, conhece o que está em trevas e
com Ele mora a Luz” (Daniel 2:22). Haverá um dia em que to-
dos terão que prestar contas de suas ações perante o Rei do
Universo. As Escrituras revelam que Deus estabeleceu uma
data em que o juízo deverá ocorrer.

Foi estabelecido um tempo específico para julgamento


do mundo? (Atos 17:31).

“Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância;


agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte,
se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há
de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que
destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre
os mortos.”

“Antes de qualquer pessoa poder entrar nas mansões


dos bem-aventurados, seu caso deverá ser investigado,
e seu caráter e ações deverão passar em revista peran-
te Deus. Todos serão julgados de acordo com as coisas
escritas nos livros, e recompensados conforme tiverem
sido as suas obras. Este juízo não ocorre por ocasião da
morte. Notai as palavras de Paulo: “Tem determinado um
dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio
do Varão que destinou: e disto deu certeza a todos, res-
suscitando-O dos mortos.” Atos 17:31. Aqui o apóstolo ter-
minantemente declara que um tempo específico, então
no futuro, fora fixado para o juízo do mundo” (E. G. White,
O Grande Conflito, p. 548).

161
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

De acordo com Paulo, onde Jesus está agora? (Hebreus


9:11-12).

“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por


um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos,
isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezer-
ros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no Santo
dos Santos, havendo efetuado uma eterna redenção” (ARC).

Quando Jesus subiu ao Céu, depois da ressurreição, foi


ministrar no primeiro compartimento do santuário, ou lugar
santo. Porém, segundo a profecia de Daniel 8:14, desde 1844,
Ele está ministrando no lugar Santíssimo do santuário celes-
tial, aplicando os méritos de Seu sacrifício em favor dos pe-
cadores penitentes.

No santuário terrestre o sumo sacerdote entrava uma vez


por ano, no dia dez do sétimo mês, para fazer a purificação
do santuário. Esse dia era chamado de “Dia da Expiação”.
Como “convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos,
para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é
de Deus, para expiar os pecados do povo” (Heb. 2:17), Jesus
também deveria entrar no lugar santíssimo do santuário ce-
lestial para fazer expiação pelo Seu povo no dia da expiação
antitípico. O que suscita a pergunta: quando Jesus entrou no
lugar Santíssimo do santuário celestial para fazer a purifica-
ção? Daniel 8:14.

“Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e


o santuário será purificado.”

No final de 2300 dias (uma tarde e uma manhã compreen-


de o período de um dia literal – 2300 dias (Cf. Gênesis 1:5, 8, 13,
19, 23, 31); mas, como em profecias de tempo um dia equivale
um ano, então o período de 2300 dias equivale a 2300 anos
(Cf. Gên. 29:27-28; Lev. 25:8; Num. 14:34; Ezequiel 4:7).

Escrita há mais de 500 anos antes do nascimento de Jesus,


essa profecia indicava um período de graça para o Israel te-
ocrático. Ela indica o ano do batismo de Jesus, de Sua morte
expiatória e da propagação do evangelho além das frontei-
ras judaicas, para os confins do mundo.

Quando começou e qual o desdobramento desse perío-

162
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

do profético conhecido como o mais longo da Bíblia? (Da-


niel 9:24-27).

“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e so-


bre a tua santa Cidade, para fazer cessar a transgressão, para
dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a jus-
tiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo
dos Santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem para res-
taurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete
semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunva-
lações se reedificarão, mas em tempos angustiosos.

Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido


e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir des-
truirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e
até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. Ele
fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade
da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares;
sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a
destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.”

Perceba que o período profético de 2300 anos começou


quando saiu “a ordem para restaurar e edificar Jerusalém”
(Daniel 9:25; Esdras 7:7 e 11; Esdras 7:21 e 22). E a História regis-
tra que a ordem para restaurar e edificar Jerusalém foi pro-
mulgada pelo rei Artaxerxes, da Pérsia, no ano 457 a.C. Por-
tanto, o ano que marca o início do período profético.

A. A profecia indica que, do ano 457 a.C. “até o Ungido Prín-


cipe” (ou seja, até o batismo de Jesus [Atos 10:38]), haveria
“sete semanas e sessenta e duas semanas”. Esse total de 69
semanas, em linguagem profética, equivale a 483 anos, o
que nos leva ao ano 27 d.C., (483 – 457 = 26; na transição de
antes para depois de Cristo não se enumera um período de
12 meses para o ano zero; então 483 – 457 = 27; ou seja, inclui
12 meses do ano zero) data em que, historicamente, realizou-
-se o batismo de Jesus. Até aqui a profecia tem-se cumprido
com exatidão.

B. A profecia computa uma semana a mais (sete dias pro-


féticos = sete anos) que vai do ano 27 d.C. até o ano 34 d.C.,
quando o apóstolo Estevão foi apedrejado pelas autoridades
judaicas e, com isso, o tempo de oportunidade para o Israel teo-
crático terminou. “Setenta semanas estão determinadas sobre

163
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

o teu povo” (Daniel 9:24), foram as palavras do anjo ao explicar


a profecia para Daniel. Isso também se cumpriu com exatidão.

C. A profecia afirma que, na metade dessa última semana


- que nos leva ao ano 31 d.C. - “fará cessar o sacrifício”. Nou-
tras palavras, Jesus morreria na cruz e já não seria mais ne-
cessário o sacrifício tipológico de animais. A História registra
que, exatamente no ano 31 d.C., Jesus foi morto, exatamente
no período predito pela profecia, que se cumpriu de maneira
extraordinária.

D. Até aqui, tudo aconteceu como estava previsto. Essa


profecia foi dada a Daniel no terceiro ano do reinado de Bel-
sazar (Dan. 8:1), por volta de 553/552 a.C. e, séculos depois,
tudo se cumpriu com exatidão.

E. Agora me acompanhe no raciocínio. Se, depois do perío-


do de 70 semanas (490 anos) continuarmos contando o tem-
po, concluiremos que o período de 2300 anos termina em 1844.
O que equivale a dizer que, naquele ano, segundo a profecia, o
Santuário Celestial seria purificado, ou seja, começaria o gran-
de julgamento da humanidade. Veja o quadro abaixo:

Em 1844 Cristo finalizou as atividades no lugar santo (rece-


ber os pedidos de perdão dos pecadores penitentes) e ini-

2300 anos
70 semanas

31 d.C.

457 a.C. 408 a.C. 27 d.C. 34 d.C. 1844 d.C.

7 semanas 62 semanas 3 1/2 3 1/2


49 anos 434 anos

69 semanas 1 semana 1810 anos


ou 485 anos ou 7 anos

164
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ciou o ministério no lugar Santíssimo do santuário celestial


(aplicar os méritos de Seu próprio sangue na vida de todos
os que aceitaram o plano da redenção). Portanto, no Céu co-
meçou o juízo pré-advento ou juízo investigativo, enquanto,
simultaneamente na Terra, o povo de Deus trabalha pela res-
tauração da verdade.

Enquanto Cristo está no lugar Santíssimo no Céu, o que


devemos fazer aqui na terra? (Hebreus 4:15-16).

“Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo


sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa
confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado
em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.

Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono


da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos gra-
ça para socorro em ocasião oportuna.”

> Devemos manter firme a nossa confissão, ou seja, não


desistir da verdade ensinada pelas Escrituras.

> Achegar com fé junto ao trono da graça.

Em que momento você deve tomar a decisão de confes-


sar os pecados e receber a salvação? (Hebreus 3:7-8).

“Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a


sua voz, não endureçais o vosso coração...”

Leia também Marcos 16:16:

“Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer
será condenado.”

Prezado amigo, o tempo em que estamos vivendo é so-


lene e muito importante. Jesus permanece como nosso in-
tercessor até fechar a porta da graça. Enquanto Ele está in-
tercedendo, há chance de salvação para todo aquele que
crê, mas quando o evangelho do reino for pregado a todo o
mundo, para testemunho a todas as nações (Mateus 24:14),
e cada ser humano tiver tomado a sua decisão, então, Cris-
to sairá do lugar Santíssimo do santuário celestial e não ha-

165
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

verá mais oportunidade de salvação. Aquele que está salvo


permanecerá salvo para sempre, e aquele que está perdido,
permanecerá perdido para sempre. Conforme a Palavra de
Deus prediz: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o
imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da
justiça, e o santo continue a santificar-se” (Apocalipse 22:11).

O tempo de aceitar a Sua oferta de salvação é agora. Por-


tanto, entregue sua vida a Jesus e seja batizado em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo!

O Convite

Você reconhece que é pecador e precisa do perdão divino?

Aceita confessar e, pela graça de Deus, abandonar todos


os pecados?

Você deseja ser batizado?

Parabéns pela sua decisão. O Céu já está em festa!

166
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

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Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

O GRANDE
JUÍZO DE
INVESTIGAÇÃO
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Sermão 17
O GRANDE JUÍZO
DE INVESTIGAÇÃO

>> INTRODUÇÃO
Dois homens, que não se conheciam, estavam viajando de
avião, com destino a uma mesma cidade, em poltronas con-
tíguas.

Lá pelas tantas começaram a conversar. Após as prelimi-


nares usuais, um deles perguntou:

– Está indo a serviço ou a passeio, meu amigo?


– Nem uma coisa nem outra. É uma “bronca” antiga.
– “Bronca”?
– Sim. Tive uns probleminhas com a lei, no passado… mas
não dá nada, não!
– O que você fez contra a lei?
– Homicídio.
– Vai a julgamento?
– Sim, mas estou tranquilo.
– Legítima defesa?
– O meu advogado vai alegar isso, mas, na verdade, não foi
bem isso não. Mas tudo vai acabar bem, afinal, faz tanto tem-
po que isso aconteceu que o caso já está quase prescrevendo!
– Desculpe-me dizer, mas estou te achando tranquilo de-
mais. Se fosse comigo, acho que eu estaria morrendo de medo.
– Que nada… Estou tranquilo porque a maioria desses ca-
sos acaba em “pizza”.
– Não é bem assim. Tem muita gente atrás das grades.
– É gente pobre. Neste país só vai preso quem é pobre, o
que não é o meu caso.
– Não é bem assim, meu amigo. As coisas estão mudando.
Tem muito rico preso também.
– Deve ser rico burro. Basta ter bons advogados.
– Não é bem assim, meu amigo. Até quem tem bons advo-
gados pode acabar na cadeia.

169
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

– Meus advogados são espertos. Se a coisa complicar, eles


“compram” o juiz. Todo juiz tem seu preço.
– Será, meu amigo? Tem juiz que não se corrompe.
– Não esquenta, não! Vou sair daquele tribunal pela porta
da frente, de cabeça erguida.

Neste ponto a conversa foi interrompida pela voz do co-


mandante da aeronave, pedindo que todos apertassem o
cinto para a aterrisagem.

Já no saguão do aeroporto, como geralmente acontece


nessas situações, eles se despediram e desejaram sorte um
para o outro, imaginado que nunca mais se veriam. Mas o
destino tinha uma surpresa, pois, no dia seguinte, eles se en-
contraram novamente, no tribunal.

Um na condição de réu.
O outro na condição de juiz.

Autor: Pr. Ronaldo Alves Franco - https://sitedopastor.com.br/boca-maldita/

>> CHEGOU A HORA DO SEU JUÍZO


Qual a solene mensagem proclamada pelo anjo que tinha
o evangelho eterno? (Apocalipse 14:7).

“Dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória,


pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o
céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”.

Há três fases de juízo:


a. Investigativo: De 1844 até o fechamento
da porta da graça.
b. Comprovativo: Durante o milênio no Céu.
c. Executivo: No término dos mil anos.

O anjo proclama a chegada da hora do Seu juízo


– o juízo de investigação

Vamos estudar a primeira fase: juízo investiga-


tivo ou pré-advento.

170
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

>> PERANTE O TRIBUNAL DE CRISTO


Quantos comparecerão perante o tribunal de Cristo?

2 Coríntios 5:10: “Porque importa que todos nós compare-


çamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um re-
ceba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do
corpo.”

Romanos 14:10: “Portanto, você, por que julga seu irmão? E


por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos
diante do tribunal de Deus.”

Todo ser humano estará diante do Juiz de toda terra. Deus,


que não faz acepção de pessoas e não aceita suborno, jul-
gará com justiça.

O que Deus julgará? (Eclesiastes 12:14).

“Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as


que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”

Deus julgará todas as ações, pois tem um registro de nos-


sos atos, tanto bons quanto maus.

“Os propósitos e intuitos secretos aparecem no infalível


registro; pois Deus ‘trará à luz as coisas ocultas das tre-
vas, e manifestará os desígnios dos corações’. I Cor. 4:5.
‘Eis que está escrito diante de Mim: ... as vossas iniquida-
des, e juntamente as iniquidades de vossos pais, diz o Se-
nhor.’” Isa. 65:6 e 7 (E. G. White, O Grande Conflito, p. 481).

Por meio de quem será julgado o mundo? (Atos 17:31).

“Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância;


agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte,
se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há
de julgar o mundo com justiça, por meio de um Varão que
destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre
os mortos.”

“Como homem, Ele viveu sobre a Terra. Como homem,


ascendeu ao Céu. Como homem, é o Substituto da hu-
manidade. Como homem, vive para fazer intercessão por

171
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

nós. Como homem, virá outra vez com majestoso poder e


glória, a fim de buscar os que O amam e para quem está
preparando lugar. Devemos alegrar-nos e dar graças
porque Deus ‘estabeleceu um dia em que há de julgar
o mundo com justiça, por meio do Varão que destinou’”.
Atos 17:31 (E. G. White, E Recebereis Poder, Meditação Ma-
tinal, 1999, p. 368).

>> PROCESSO DO JULGAMENTO


IDENTIFICANDO OS PARTICIPANTES DO PROCESSO JUDICIAL:

> Juiz: Daniel 7:9-10 – Deus Pai.


“Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o
Ancião de Dias se assentou; sua veste era branca como a

172
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono


eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente. Um
rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milha-
res o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele;
assentou-se o tribunal, e se abriram os livros.”

> Advogado: 1 João 2:1 - Jesus Cristo.


“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pe-
queis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao
Pai, Jesus Cristo, o Justo.”

> Promotor, Acusador: Apocalipse 12:10-12 - Satanás.


“Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio
a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do
seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o
mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.”

“Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e


por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo
em face da morte, não amaram a própria vida. Por isso, fes-
tejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar,
pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo
que pouco tempo lhe resta.”

> Réu: Romanos 3:23 - Nós, seres humanos.


“Pois todos pecaram e carecem da Glória de Deus.”

> Testemunhas: Apocalipse 5:11 - Anjos


“Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos
seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de
milhões e milhares de milhares.”

> Código do processo: Tiago 2:10-12. Os Dez mandamentos


ou lei moral.
“Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um
só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que
disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora,
se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei.
Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles
que hão de ser julgados pela lei da liberdade.”

Onde estarão registradas as provas documentais? Apo-


calipse 20:11-12.

173
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta


de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lu-
gar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os peque-
nos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros.
Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram
julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava
escrito nos livros.”

Há três livros de registros:

>> Memorial
>> Iniquidades ou da morte
>> Vida

O que é registrado em cada livro?

Livro Memorial:
>> Palavras de fé
>> Atos de amor
>> Toda ação de justiça
>> Toda tentação resistida
>> Todo mal vencido
>> Toda palavra de terna compaixão
>> Todo ato de sacrifício
>> Todo sofrimento e tristeza suportado por amor a Cristo

Livro da Morte:
>> Os propósitos e intuitos secretos aparecem no
infalível registro
>> Toda má palavra
>> Todo ato egoísta
>> Todo dever não cumprido
>> Todo pecado secreto
>> Toda artificiosa hipocrisia
>> Advertências ou admoestações enviadas pelo Céu,
mas que foram negligenciadas
>> Momentos desperdiçados
>> Oportunidades não aproveitadas
>> Influência exercida para o bem ou para o mal,
juntamente com seus resultados de vasto alcance,
tudo é historiado pelo anjo relator (ver E. G. White,
O Grande Conflito, p. 482).

174
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Livro da Vida:
>> “O livro da vida contém os nomes de todos os que já
entraram para o serviço de Deus” (E. G. White, Cristo em Seu
Santuário, p. 111).

>> “...todos quantos desejem seja seu nome conservado no


livro da vida, devem, agora, nos poucos dias de graça que
restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado
e em arrependimento verdadeiro.”

>> “Deve haver um exame de coração, profundo e fiel. O


espírito leviano e frívolo, alimentado por tantos cristãos pro-
fessos, deve ser deixado. Há uma luta intensa diante de to-
dos os que desejam subjugar as más tendências ‘que lutam
pelo predomínio’. A obra de preparação é uma obra individu-
al. Não somos salvos em grupos. A pureza e devoção de um,
não suprirá a falta dessas qualidades em outro” (E. G. White,
Exaltai-O, Meditações Matinais, 1992, p. 327 a 378).

O que devemos fazer para escapar da condenação? 1


João 1:8-9.

“Se dissermos que não temos pecado


nenhum, a nós mesmos nos enga-
namos, e a verdade não está em
nós. Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados e
nos purificar de toda injus-
tiça”.

O tempo é solene. So-


mente em Cristo temos a
certeza da salvação, por
isso, devemos aproveitar
a oportunidade e aceitá-
-Lo como Salvador e Se-
nhor da nossa vida, pois,
hoje Ele é o nosso advogado,
mas, dentro em breve, será o
nosso juiz.

175
Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

Apelo

Você deseja buscar a Deus enquanto se pode achar?

Você aceita ser batizado e ter o nome escrito no Livro da


Vida?

Quer obedecer a lei de Deus?

Almeja praticar boas obras como resultado da graça de


Cristo que impulsiona o seu amor por Ele?

Almeja se preparar para a Sua volta?

O Espírito Santo está falando ao seu coração! Hoje é o dia


de sua entrega; amanhã pode ser tarde demais!

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Princípios de
ESPERANÇA
PREPARAÇÃO PARA O TEMPO DO FIM

ANOTAÇÕES

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COMO TER
O NOME
NO LIVRO
DA VIDA?
Princípios de
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Sermão 18
COMO TER O NOME
NO LIVRO DA VIDA?

>> INTRODUÇÃO
Somente pessoas famosas, devido a uma grande contri-
buição para a literatura, tais como escritores, jornalistas e es-
tadistas conseguem ter o seu nome escrito na memória da
Academia Brasileira de Letras. É um grande privilégio e moti-
vo de alegria ter o nome registrado ali.

No Céu também há um livro que registra a “memória”, não


de pessoas famosas, escritores, jornalistas e estadistas, mas,
pessoas de fé. Trata-se do Livro da Vida, que registra o nome
daqueles que serão salvos e viverão por toda a eternidade.
Para isso, precisam perseverar na fé em Cristo até o fim. Por
isso, ter o nome no Livro da Vida é um privilégio ainda maior
do que ser arrolado na Academia Brasileira de Letras. Esse
fato suscita a pergunta: O que fazer para ter o nome escrito
no Livro da Vida?

>> OS LIVROS DE REGISTROS


No estudo anterior vimos que há três livros de registros, são
eles: Livro memorial, Livro das Iniquidades e o Livro da Vida.

O que está registrado nestes livros?

Memorial: Malaquias 3:16 – nossas boas obras.


“Então, os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros;
o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante
dele para os que temem ao Senhor e para os que se lembram
do seu nome.”

Iniquidades: Jeremias 2:22 – Nossas más obras – pecados


“Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potas-

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sa, continua a mácula da tua iniquidade perante mim, diz o


Senhor Deus.”

Vida: Mateus 18:18 e Apocalipse 20:12 – o nome de toda


pessoa que se converte a Cristo e é batizada.
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá
sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá
sido desligado nos céus.”

“Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em


pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o
Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo
as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.”

Não há nada que se possa esconder de Deus. Todas as coi-


sas e todos os fatos estão diante dEle, claros como a luz do
dia. Com exata precisão os anjos relatam as nossas obras,
tanto as boas como as más. O Livro da Vida preserva os atos
e as palavras ao lado do nome daqueles que, mesmo que
não tenham sido notados pelos seus contemporâneos terre-
nos, foram observados pelos anjos, que mantêm registro fiel
e perfeito da perseverança e fé daqueles que serão salvos.

>> O LIVRO DA VIDA


Quem não poderá entrar na Cidade Santa? (Apocalipse 21:27).

“Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada,


nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os
inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.”

Que povos adorarão a besta descrita em Apocalipse?


(Apocalipse 13:8).

“E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles


cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro
que foi morto desde a fundação do mundo.”

Como Paulo deu certeza aos seus cooperadores que eles


tinham os nomes no Livro da Vida? (Filipenses 4:3).

“A ti, fiel companheiro de jugo, também peço que as auxilies,


pois juntas se esforçaram comigo no evangelho, também com

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Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes


se encontram no Livro da Vida.”

“Antigamente, as cidades livres tinham um livro em for-


ma de rolo que continha o nome de todos os que tinham
direito à cidadania. Neste versículo, o apóstolo se refere
ao registro celestial em que é escrito o nome dos cida-
dãos do Céu. Neste livro, está o nome dos outros com-
panheiros de Paulo, não mencionados individualmente
na epístola.” (Francis D. Nichol, Filipenses 4:3, Comentário
Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7. Tatuí, SP: Casa Pu-
blicadora Brasileira, 7 vols., p. 163).

Que acontecerá aos que não tiverem os seus nomes es-


critos no Livro da Vida? (Apocalipse 20:15).

“E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi
lançado para dentro do lago de fogo.”

Aqueles que não aceitarem a justiça de Cristo, não terão o


seu nome inscrito no Livro da Vida. Por isso, não entrarão no
reino celestial. Deus fez uma promessa ao Seu povo, “não se
levantará por duas vezes a angústia” (Naum 1:9). As pesso-
as que não aceitarem a Cristo, não se sentirão bem no Céu,
conforme diz o profeta Isaías: “Ainda que se mostre favor ao
perverso, nem por isso aprende a justiça; até na terra da re-
tidão ele comete a iniquidade e não atenta para a majesta-
de do SENHOR”. Se Deus levar o ímpio para o Céu, ele irá se
rebelar, como fez Lúcifer, e a angústia do mal se perpetuará.
Portanto, não salvar o ímpio não é um ato arbitrário de Deus,
tendo em vista que o aniquilamento de uma pessoa, mesmo
ímpia, é algo estranho para Ele: “Porque o SENHOR se levan-
tará, como no monte de Perazim, e se irará, como no vale de
Gibeão, para fazer a sua obra, a sua estranha obra, e para
executar o seu ato, o seu estranho ato.” (Isaías 28:21).

Que fazer para ter o nome escrito no Livro da Vida? (João 5:24).

“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha


Palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não
entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”

Que decisão deve tomar aquele que crê em Jesus? (Marcos


16:16).

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“Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer
será condenado.”

>> PREPARO PARA O BATISMO


Que passos uma pessoa deve dar a fim de estar prepara-
da para a salvação?

1° passo: João 5:39 - Examinar as Escrituras


2° passo: Atos 16:30-31 - Crer em Jesus
3° passo: Atos 2:38 - Se arrepender dos pecados
4° passo: I João 2:1 - Confessar os pecados
5° passo: João 14:15; Mateus 19:17 - Amar Jesus e guardar os
10 mandamentos
6° passo: Marcos 16:16 - Ser batizado
7° passo: Mateus 24:13 - Perseverar até o fim

O que acontece quando a pessoa é batizada? (Mateus 18:18).

“Em verdade vos digo que tudo o que ligares na terra terá
sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido
desligado nos céus.”

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O batismo é a porta de entrada, não somente para a Igreja,


mas para a comunidade dos santos arrolados no Céu. Por
isso, essa cerimônia é tão significativa, pois, a partir de então,
o nome do batizando é listado com aqueles que herdarão a
vida eterna!

Qual o significado do batismo? (Romanos 6:1-3).

>> Morte
>> Sepultamento
>> Ressurreição

“A expressão ‘em Cristo Jesus’ significa ‘em união com


Cristo Jesus’. Não significa que o batismo por imersão,
por si só, realmente efetua essa união; o batismo é a pro-
clamação pública de uma relação espiritual com Cristo,
que ocorre antes da cerimônia exterior (...)

Paulo explica que, assim como Cristo morreu pelo pe-


cado, o cristão também deve se considerar morto para o
pecado. Assim como o crente mostra participar na morte
de Cristo pelo pecado (v. 10) em seu favor, certamente
ele não pode continuar a viver no pecado que tornou ne-
cessária essa morte (v. 2). A fim de que o sacrifício de
Cristo efetue a salvação para o pecador, o crente deve
participar conscientemente da experiência e do senti-
do representados pela morte, pelo sepultamento e res-
surreição de Cristo em seu favor. Como uma confissão
pública dessa experiência, o crente se submete à ceri-
mônia da imersão, em harmonia com a ordem de Jesus
(Mt 28:19).” (Francis D. Nichol, Romanos 6:1-4, Comentário
Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6. Tatuí, SP: Casa Pu-
blicadora Brasileira, 7 vols., p. 589).

Que fazer para não ter o nome apagado do Livro da Vida?


(Apocalipse 3:5; Mateus 24:13).

“O que vencer será assim vestido de vestiduras brancas, e


de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo
contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante
dos seus anjos.”

Vencer é a palavra de ordem! O novo crente será tentado


a desistir, mas só desistirá se der ouvidos às insinuações do

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mal, e vencerá se apegar-se à promessa: “não temas, porque


eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu
te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha
justiça” (Isaías 41:10).

“Se alguém está em Cristo, é nova criatura” (2 Coríntios 5:10).

“Mediante o poder de Cristo, homens e mulheres


têm quebrado a cadeia do hábito peca-
minoso. Têm renunciado ao egoísmo.
O profano tem-se tornado reveren-
te; o bêbado, sóbrio; o pervertido,
puro. Pessoas que tinham a se-
melhança de Satanás, trans-
formaram-se na imagem de
Deus. Essa transformação é em
si o milagre dos milagres. Uma
mudança, operada pela Pala-
vra, é um dos mais profundos
mistérios da mesma Palavra.
Não o podemos compreender;
somente podemos crer, confor-
me declaram as Escrituras, que é
‘Cristo em vós, esperança da gló-
ria’”. (Atos dos Apóstolos, p. 476)

“Os velhos caminhos, as tendências here-


ditárias, os hábitos antigos precisam ser abandonados;
pois a graça não é herdada. O novo nascimento consiste
em ter novos intuitos, novos gostos, novas tendências. Os
que, pelo Espírito Santo, são gerados para uma nova vida,
tornaram-se participantes da natureza divina, e em to-
dos os seus hábitos e práticas evidenciarão sua relação
com Cristo.” (Maranata, p. 235)

Apelo

Amigo e amiga, você deseja ser batizado para ter o nome


escrito no Livro da Vida?

Quer que o seu permaneça para sempre no Livro da Vida?

Que Deus te abençoe ricamente pela decisão inteligente


ao lado dEle!

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Produzido por UCB


Capa: Rodrigo Silveira
Projeto gráfico e Diagramação: Anderson Novais
Imagens: Freepik/123rf.com/adventistas.org
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