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Gravitação, Estática, Impulso e Quantidade de Movimento
Gravitação, Estática, Impulso e Quantidade de Movimento
15. Gravitação
3a Lei de Kepler O quadrado do período de revolução (T2) de
cada planeta em torno do Sol é diretamente proporcional ao cubo da
15.1. Introdução
distância média (r3) desse planeta ao Sol.
Nas observações celestes antigas observava-se que o Sol e as Matematicamente:
Estrelas descrevem trajetórias circulares, mas os planetas “andam
para trás” em determinadas épocas do ano. Para solucionar o
problema, os astrônomos começaram a propor Sistemas Planetários
16. Gravitação Universal
que explicassem este movimento retrógrado.
16.1. Lei da Gravitação Universal
15.2. Sistema Geocêntrico
As Leis de Kepler descrevem os movimentos dos planetas, mas
não explicam a causa dos movimentos. Isaac Newton estabeleceu a
Idealizado por Ptolomeu, explicava com certa coerência a
base teórica que deu origem à formulação da Lei de Gravitação
organização dos corpos celestes do universo, considerando a Terra
Universal.
como o centro do universo e Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte,
Júpiter, Saturno e as Estrelas girando ao seu redor. Sugeria a
“Duas partículas quaisquer se atraem com
existência do Epiciclo, onde os planetas (exceto Sol e a Lua) giravam
forças cuja intensidade é diretamente proporcional ao
em pequenos círculos cujo centro girava em volta da Terra. Este
produto de suas massas e inversamente proporcional
sistema apresentava diversas incorreções mais foi aceito por mais de
ao quadrado da distância que as separa”.
14 séculos. Sol
Mercúrio
B será:
C
A1 A3 Vale ressaltar que a expressão acima nos mostra que a
D aceleração da gravidade muda com a altitude. Também é importante
sobre o corpo:
2. O produto é, por definição, a quantidade de
movimento ou momento do corpo:
Verificamos que a constante k pode ser dada por
Podemos então escrever:
Além disso, também podemos obter qual a velocidade de um
planeta (ou satélite) que está em órbita de uma estrela (ou planeta).
Neste caso, voltaremos a equação III, e determinaremos o valor O impulso da força resultante que atua sobre um corpo durante
da Força Centrípeta. determinado intervalo de tempo é igual à variação da quantidade de
movimento desse corpo nesse intervalo de tempo.
Podemos ver que a área abaixo do gráfico corresponde
numericamente ao valor do Impulso da Força.
F
IF
t
Onde o sinal menos indica que o referencial foi adotado no 17.2. Conservação do Momento Linear
infinito.
A Velocidade de escape será a menor velocidade que permitiria Um meteorito de massa m no espaço com velocidade em
ao corpo a se livrar do campo gravitacional do planeta, ou seja,
chegue ao infinito com velocidade nula. Pela lei da conservação da relação a um referencial qualquer e sem nenhuma força agindo sobre
energia, teremos: ele pode ser considerado um sistema isolado com momento
. Em um determinado momento o meteorito explode em
três fragmentos de massas m1, m2, m3 que passam a se deslocar
Física I e II Arthur 27
com velocidades , , . O conjunto desses 3 fragmentos b) Velocidades de mesmo sentido
Em situações reais, as colisões são sempre inelásticas, pois Um corpo só está em equilíbrio quando atende a duas
sempre a perda de energia cinética, podendo ser considerada condições:
elástica quando essa perda for desprezível. Em choques 1 – A resultante das forças que atuam sobre ele for nula
subatômicos, as colisões são quase sempre elásticas ou até 2 – A soma dos torques que atuam sobre ele, em relação a
“superelásticas” (quando a energia cinética do sistema aumenta qualquer ponto O, for nula.
devido a conversão em energia cinética da massa de uma das
partículas envolvidas no choque). Podemos concluir que a primeira condição de equilíbrio garante
Quando a colisão é Perfeitamente Inelástica, o problema pode que o corpo não tem movimento de translação e que a segunda
ser resolvido apenas com o princípio da conservação do momento, condição garante que ele não tem movimento de rotação.
nas outras situações, precisamos determinar a relação existente
entre as velocidades dos corpos antes e depois da colisão. Isso pode 18.4. Equilíbrio de um Ponto Material
ser feito através da variação da Energia Cinética ou pelo Coeficiente
de Restituição () que é a relação entre a velocidade de afastamento Se o corpo estudado pode ser considerado um ponto material
dos corpos depois do choque e a velocidade relativa de aproximação não faz sentido falarmos de movimento de rotação e o corpo estará
antes do choque: em equilíbrio respeitando apenas a 1 a condição. Neste caso
consideramos as componentes das forças que atuam sobre o corpo
nas projetadas ortogonalmente na horizontal e na vertical.
a) Velocidades de sentidos contrários Centro de Gravidade é o ponto onde o peso do corpo está
aplicado. Nos corpos homogêneos a massa é distribuída
Física I e II Arthur 28
uniformemente e, desde de que o campo gravitacional seja também
constante, o peso também o é.
O centro de gravidade de corpos simétricos e homogêneos
pode ser obtido pela interseção dos planos de simetria ou retas de
simetria. No caso de corpos não homogêneos ou irregulares, o centro
de gravidade pode ser determinado pendurando o corpo por alguns
pontos e verificando onde ocorre o equilíbrio. O Centro de Gravidade Se o Bloco estiver apoiado sobre uma de suas arestas também
será a interseção das retas que passam por estes pontos. teremos equilíbrio, pois a resultante das forças agindo sobre o bloco
é nula. Entretanto, se uma força horizontal passar a atuar sobre o
18.6. Formas de Equilíbrio corpo, fará surgir um torque resultante no mesmo sentido do
tombamento do bloco. Mesmo que a força horizontal deixe de existir,
Um sólido rígido, apoiado ou suspenso, pode assumir três ainda assim o cubo não voltara mais a sua posição inicial. Dizemos
formas de equilíbrio: Estável, instável ou indiferente. que nesta situação o equilíbrio é Instável.
Cada uma dessas formas de equilíbrio tem características bem Vele ressaltar que neste caso o centro de gravidade abaixou
distintas com relação ao seu centro de gravidade. em relação à situação inicial.
Equilíbrio Instável