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EISP Atrium 1
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AVALIAÇÃO ATRIUM 1
Douglas Carvalho dos Santos (Frater Tosho)
1 - Ciente de que um altar representa o próprio magista e, portanto, torna-se a base de toda
a sua prática mágica, deve-se ter consciência sobre cada item nele contido, bem como da
procedência e qualidade dos mesmos. Torna-se, dessa forma, o instrumento de trabalho
prático do magista.
Primeiramente, a própria natureza da pessoa em questão deve estar representada
na forma dos quatro elementos, a saber: Ar, Água, Terra e Fogo. Logo, o altar deve conter,
ao menos, uma representação de cada elemento. Geralmente, pode-se usar um incensário
para acender incensos durante as práticas mágicas, ou cotidianamente, para entrar em
contato com o elemento Ar. A Água deve estar contida em um recipiente, geralmente na
forma de um cálice. Pode-se usar um castiçal com vela, para representar o Fogo do
magista, sua vontade, sua espiritualidade, sua luz interior. O elemento Terra pode ser
representado por cristais, por plantas, por grãos, pela própria terra em um recipiente, ou
ainda pelo sal, bastante utilizado em altares de bruxaria moderna.
Alguns autores vão citar o pentáculo, ou pentagrama, como o representante do
elemento Terra, principalmente em se tratando de “armas mágicas” dentro da magia
cerimonial, onde também teremos, além do já citado cálice representando a Água, a varinha
ou bastão representando o elemento Fogo e o punhal, adaga ou athame representando o
Ar. Particularmente, vejo o pentáculo, seja contendo um simples pentagrama, ou hexagrama
ou ainda o tetragrammaton, como um representante dos 4 elementos, cuja presença é de
extrema importância em qualquer altar, substituindo facilmente a maioria dos itens, em caso
de emergência. Alguns autores ainda citam o crânio (ou caveira) como também um
representante do elemento Terra, já que os ossos são a base do corpo humano. Porém, a
caveira está no altar para evocar o conceito filosófico chamado de “memento mori”, ou seja,
“lembre-se da morte”, para que o magista tenha sempre em mente a finitude dessa vida, em
paralelo com a eternidade do espírito.
Para finalizar, geralmente é colocado nos altares a imagem de divindades de culto
pessoal do magista. Na Escola Iniciática de Satanismo Paracientífico é sugerida a estátua
de Baphomet, que também é bastante utilizada em altares de ocultismo, bruxaria,
esoterismo, magia e satanismo, e representa a Alquimia entre o Sagrado Masculino e a
Sacralidade Feminina, evocando, portanto, o aspecto divino no altar onde ele se encontra.
Porém, representações de outras divindades podem ser colocadas no altar, à escolha do
magista.
6 - Um Templo Astral é um local de poder, dentro do mundo astral, criado com a força da
mente do magista. Ele pode ter tudo aquilo que o magista gostaria que um templo “real”
tivesse, até porque ele É real, porém, apenas não está localizado neste plano terreno, e sim
no plano astral.
Para criar um Templo Astral, (caso ele já não tenha sido criado em outras vidas e
você se lembre dele agora), deve-se escolher um local de sua preferência (praia, floresta,
abismo, montanha, caverna etc), e erguer uma construção, com a força da sua mente.
Alguns autores vão sugerir que se ergam duas colunas, outros vão indicar quatro
(relacionadas aos quatro elementos), porém, creio que, como o Templo Astral pertence ao
próprio magista, ele vai construí-lo de acordo com os seus paradigmas mentais que mais
fazem sentido para que a sua magia aconteça. Logo, fica a critério de cada magista o que
vai conter nele.
Eu, pessoalmente, sugiro imaginar um caminho que deverá ser percorrido até ele,
que pode ser uma trilha na floresta, um caminho de pedras arredondadas, uma escalada na
montanha, ou qualquer outro caminho à escolha do magista, e também sugiro a criação de
uma senha pessoal (formada por palavra, números, sigilos, runas, etc) para adentrá-lo,
evitando que ele seja descoberto e atacado por outras entidades astrais ou inimigos.
8 - Segundo Mestre Cinthia Almeida, pode-se criar um mantra pessoal para centramento e
aumento de poder pessoal em momentos que o magista achar necessário. Em primeiro
lugar, soma-se todos os algarismos da data de nascimento da pessoa (dia, mês e ano). O
número reduzido a um algarismo que resultar será usado para contar a consoante e a vogal
referente àquele número. Por exemplo, no meu caso, minha data de nascimento resulta no
número 5 (cinco), logo, eu identifico a 5ª (quinta) consoante e a 5ª (quinta) vogal do meu
nome civil completo e terei uma sílaba mágica. Essa sílaba será adicionada ao mantra que
será completado com AUM antes dela e EL depois.
Após a formação do mantra, ele deverá ser consagrado sendo entoado, no mínimo,
30 (trinta) vezes, dentro de um ritual elaborado pelo magista. Podendo, a partir de então,
ser utilizado como um Mantra Pessoal.
9 - Sobre Magia com Dragões, mesmo ouvindo o áudio de explicação de Mestre Jorge
sobre Magia Draconiana, tomo aqui a liberdade de falar sobre Magia Dragônica, pois sou
iniciado no sistema Alento do Dragão, fazendo parte desse grupo há 3 (três) anos. Dentro
desse trabalho auto-iniciático (onde o magista recebe as instruções diretamente das
inteligências e potências que integram o sistema mágico), o foco principal é entender a
energia dos dragões como potencializadoras da sua vida.
Dentro do sistema, nos apoiamos em três pilares principais, a saber: a vacuidade, o
mundo onírico e a nutrição. A vacuidade pode ser entendida como um mergulho no Vazio,
um estado de puro potencial, originário de todas as coisas do Universo. O mundo onírico é
o mundo dos sonhos, onde podemos ter acesso ao nosso subconsciente, potencializando a
consciência sobre nosso processo de desenvolvimento mágico e espiritual. E a nutrição são
práticas que sustentam o magista durante seus mergulhos no vazio e no mundo onírico,
mantendo a saúde espiritual em dia.
Ao longo de diversos rituais encadeados, vamos entrando em contato com diversas
inteligências e potências dragônicas, ou seja, entramos em contato com diversos seres e
divindades em forma de dragão. Entre os principais está o Triunvirato Dragônico, que são
divindades acádios-sumério-babilônicas cultuadas na região da antiga Mesopotâmia:
Tiamat, Apsu e Kingu, bem como o exército de 11 legiões de monstros de Tiamat, citados
no Enuma Elish (considerada a primeira mitologia documentada da História), que
chamamos de As Onze Dádivas de Tiamat, correspondentes a cada uma das 11 partes do
corpo do dragão.
E o objetivo principal desse trabalho é o que chamamos de “Corporificação da
Divindade”, ou seja, tornar-se um Dragão, ou seja, um ser feito de pura magia, onde
poderes mágicos são despertos e manifestos, ampliando o autoconhecimento do magista e
propiciando a descoberta de sua verdadeira vontade interior, adequando sua vida à ela.
10 - Daemons são seres dotados de consciência e livre-arbítrio que podem ser invocados
por um magista para realizar uma ação mágica mediante um acordo firmado entre eles.
Algumas literaturas consideram esses seres como divindades cultuadas por povos antigos,
alguns vão considerar que são seres que eram anjos, mas que “caíram” do céu e se
rebelaram, operando contra a ordem vigente atual.
De qualquer forma, diferem de entidades como exu e pombagira, que são espíritos
que já encarnaram na Terra e viveram uma vida como a nossa e, no momento, trabalham
no plano astral. Da mesma forma, diferem de servidores astrais, que são apenas
forma-pensamento criadas pela mente de alguém para uma finalidade mágica, não sendo,
portanto, dotada de consciência livre e inteligência própria.