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Sociedade Luciferianos Oficial

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Filosofia Alta Magia (Gráu Mestre)

Coocriar

" No fim de que você aprenda a Criar e dar Vida a seu projeto..ou Desejo..
Traga a memoria o que você deseja e o crie....
ex; você quer dinheiro?

Sexo é uma das mais poderosas energias do ser humano.

Nas nossas entranhas reside uma energia que tem o potencial de criar
qualquer realidade que queiramos.
Infelizmente, a maioria dos seres humanos tem uma relação de amor e ódio
com o sexo, que é refletida de muitas maneiras.
Ex.: promiscuidade, perversões auto- destrutivas, intolerância religiosa,
negações, abusos, estupro, etc...
Religiões têm feito muito para suprimir nossa natureza sexual, e têm mantido as
pessoas ignorantes em relação ao uso desta nossa energia divina.

Quando nós aceitamos nossa natureza e energia sexual, ficamos livres para
usar todos os seus poderes em nosso benefício.
Desta forma, não vamos mais adorá-la ou ignorá-la, e sim entrar em harmonia,
e olhar para nossa sexualidade como parte da nossa divindade.
Assim, isto se tornará alegre, leve e amoroso, e aprenderemos a usar o sexo
não só para a procriação ou gratificação sensual.

Sexo é energia criativa

A magia:

O sexo mágico é baseado no fato de que o ponto de energia mais poderoso


do Ser humano é o orgasmo.
Sexo mágico é a arte de utilizar o orgasmo para criar uma realidade e
expandir nossa consciência.
Todos os nossos sentidos e poderes psíquicos são aumentados no momento do
orgasmo.
Algumas pessoas podem dizer que fantasiam sobre algo ou alguém durante o
ato sexual e isto nunca se materializa.
Isto acontece porque muitos de nós, no momento do orgasmo, ficamos
perdidos em nossos sentidos físicos. Tudo bem, não há nada de errado em usar
o sexo por puro prazer.
No sexo mágico mantemos o foco durante o orgasmo e canalizamos essa
energia para criar a realidade que queremos.
Qualquer realidade, criar um emprego, relacionamento, novas experiências,
etc...

O processo:
Relaxe e respire fundo, a respiração é o sucesso do sexo mágico, relaxe seu
corpo, a barriga e a mandíbula.
Pense no que você gostaria de criar, é importante que você realmente tenha
vontade de que isso aconteça.

Seja específico.

Faça isso no presente, como se isso já fosse uma realidade. Coloque todo seu
foco na criação.
Veja, escute, sinta o cheiro, o gosto, toque, como se isso fosse real. Visualize
você nesta criação.

Continue vivendo estas imagens e intensifique-as, faça-as maior, com mais


cores, mais vivas.
Respire profundamente enquanto você vivência estas cenas.
Quando você tiver identificado todos os sentimentos e imagens que melhor
representem o que você quer criar, associe tudo isso a um símbolo, qualquer
que seja, um que seja fácil e simples para você.
(a associação de um símbolo que represente a sua criação é feita somente
para tornar mais fácil este processo, pois a qualquer momento que você
queira repetir a experiência, é só trazer à sua mente este símbolo, sem a
necessidade de criar todas a imagens novamente.).
Depois disso, deixe este símbolo ou as imagens irem embora, esqueça-os,
relaxe e respire.

Prática:

Reserve um tempo só para isso.


O melhor é você começar a fazer este processo sozinho, através da auto
estimulação, masturbação, mas nada impede que você o faça quando
estiver com seu parceiro (a).
Relaxe e traga à sua mente o seu símbolo, ou o a cena que você criou,
concentre-se nisso por um tempo, faça-os bem vivos e depois os esqueça,
liberte isso de sua mente.
Comece a se estimular, se masturbar ou a ter uma relação sexual, do seu jeito,
como você costuma fazer.

Vá até o ponto em que você vai ter um orgasmo e pare, exatamente um


pouco antes daquele ponto sem retorno.
Faça isso algumas vezes, isto é feito para carregar de energia nosso centro
sexual.
Depois de ter quase chegado ao orgasmo por várias vezes (no mínimo seis e
no máximo quantas forem confortáveis para você), você estará pronto para
deixar que ele aconteça. No momento e durante o orgasmo, traga à sua
mente o seu símbolo ou as imagens que você criou anteriormente, faça-os
vivos, excitantes, grandes, coloridos e bonitos. Fique focado nisso, respire e
coloque toda sua energia na sua criação.
No momento em que você está tendo o orgasmo e focando em seu símbolo,
ou em suas imagens, você estará liberando toda esta energia para o universo.
A realidade se criará por si só, podendo se manifestar imediatamente, ou ser
lançada ao cosmos, para que tome forma no momento certo.
Esta realidade também poderá ser manifestada como uma oportunidade,
uma visão, uma cura, etc...

Obs: Se você quiser usar um objeto em vez do símbolo para projetar sua
criação, ótimo, segure-o com sua mão no momento da criação mental,
depois o coloque ao seu lado.
No momento do orgasmo, segure-o.
Assim toda vez que você queira fazer alguma criação é só segurar este objeto
que você já programou.

" Resumindo.... Sinta se que você e o criador de seus desejos...chame a


existência.... (Dinheiro? Amor ?bem? Sexo?...Comece desde o inicio..
..Dinheiro....Imagine se entrando numa sala.. onde existe Papel ..e você os
toca.. e suas mãos o transforma em dinheiro...em moedas... Traga a
existência!!!

Técnicas de Magia Sexual ( Polaridade)

Para Randolph apenas o transe mediúnico, ou os meios intelectuais normais,


seriam insuficientes para elevar o homem aos planos superiores da
Consciência Cósmica.
Um de seus métodos envolvia o uso de espelhos mágicos, magneticamente
carregados nos ritos sexuais, para desenvolver a clarividência, lançar
encantamentos e como um portal para o intercurso com entidades
extradimensionais.
Através das técnicas de sexo ritual, decretos mágicos, exaltação da
consciência (método tibetano chamado sialam), e envultamentos o iniciado
podia evocar as imagens desses seres poderosos no espelho negro e obter
deles conhecimentos e poderes sobre-humanos.
Acredita-se que com o tempo e prática um iniciado podia contatar um ser de
alta hierarquia espiritual e unir-se simbioticamente a Ele para aprender e
evoluir. Os tibetanos chamam isso de Tulkuísmo. A consciência de um Ser dos
planos interiores prolonga-se na mente de seus "Tulkus", seus mensageiros.

A Doutrina da Polaridade Sexual

Os fluidos sexuais do macho e da fêmea possuem nutrientes tanto físicos


quanto para-físicos que, devidamente ativados dentro de um contexto
ritualístico, transforma-se em uma poderosa substância que pode ser utilizada
para diversos fins tais como ungir e carregar talismãs, amuletos e sigilos, assim
como eligires sacramentados para a força e a saúde do magista. Podem ser
usados também como oferenda de assentamento para diversas entidades
astrais que utilizam esses fluidos para precipitarem efeitos no plano físico. Os
textos alquímico-herméticos do ocidente os fluidos sexuais femininos são
chamados de ―Leão Vermelho‖ (o Enxofre Alquímico) e as secreções
masculinas como a ―Águia Branca‖ (O Sal Alquímico). A resultante da
combinação desses fluidos é simbolizada pelo Mercúrio Alquímico. Já segundo
Aleister Crowley em seu livro ―Magick in Theory & Practice‖, estes fluidos,
quando combinados formam uma substância conhecida como Amrita. Esta
substância forma a base de muitos trabalhos mágikos, e é também conhecida
como a ―Pedra Filosofal―.
Os ritos sexuais de Alta Magia frequentemente envolvem a união física entre o
sacerdote e a sacerdotisa. Em outro momentos essa união física é irrelevante e
pode-se invocar os poderes superiores com a simples tensão polarizada entre
os sexos, que por si mesma é o suficiente para abrir um portal dimensional
através do qual forças e entidades são atraídas à manifestação.
Seja de uma forma ou de outra a base metafísica desses ritos baseiam-se na
doutrina da polaridade sexual que é de perspectiva tântrica. Essa doutrina nos
ensina que quando os dois sexos estão unidos eles canalizam as forças duais
do Universo, que devem ser descritas como positivas e negativas; os pólos dos
pares opostos entre os quais se teceu a urdidura do Universo. Uma regra
básica dessa doutrina ensina que quando há polaridade de sexos num
templo, a sacerdotisa traz o poder para dentro e o sacerdote o dirige. O
sacerdote é a a corrente positiva-solar da Vontade e a sacerdotisa a corrente
negativa-lunar da Imaginação. Ainda que no plano e no corpo físico, o
homem canaliza as forças vitais positivas, e a mulher as negativas, a posição
fica invertida no Plano Astral. Neste plano a mulher é positiva e o homem
negativo.
A doutrina da polaridade sexual incorpora os Mistérios da ―Serpente de Fogo" ,
a Kundalini dos hindus onde a sacerdotisa é investida dos poderes de AdiShakti
(a Deusa Primordial), que é a fonte de tudo, o princípio universal de energia,
poder ou criatividade.
A sacerdotisa é a Taça Gloriosa ou Graal que recebe o Poder Elemental do
Terceiro Logos ou Espírito Santo (a Kundalini Cósmica). Ela é um receptáculo
dos poderes da Deusa Mãe do Mundo conhecida nas culturas arcaicas como
Ashera, Isís Urânia, Afrodite Celeste entre muitos outros nomes. E é assim que na
condição um Espelho Mágico do Cosmos a sacerdotisa reflete as imagens dos
Mundos Superiores, transmitindo visões e sons percebidos apenas por ela.

A Fórmula I.A.O Polaridade Sexual

Esta é a fórmula que acompanha a doutrina da polaridade sexual. Sua origem


atual tem roupagem egípcia mas sua aplicação é universal dentro dos ritos de
polaridade sexual.
Aplicada na Magia Sexual a Fórmula IAO baseia-se no princípio que os dois
sexos canalizam as forças duais da natureza, que devem ser descritas como
positivas e negativas (Shiva e Shakty)
Nos ritos de magia sexual quando se produz a união entre o masculino
(solarpositivo) e o feminino (lunar-negativo), o casal abre um Portal espacial
para que a energia gerada possa fluir através deles com tremendo poder. A
energia assim canalizada pode ser direcionada para fins místicos ou mágicos.
Quando místico significa que ela pode ser utilizada para fins iluminatórios (
canalizar ensinamentos, exploração astral etc) ao passo que mágico visa
trabalhos de resultados materiais (saúde, prosperidade etc.)
A Fórmula IAO então simboliza as potências ativa e passiva – I e O – unidas por
―A‖ (Apófis), a energia criativa e magnética que cria ao unir as coisas. Em
termos egípcios a Corrente Negativa-Lunar simbolizada pela Deusa Ísis ( I ),
cujas raízes encontram-se em Binah e a Corrente Positiva-Solar simbolizado por
Osíris (O), cujas raízes encontram-se em Chokmah unem-se sexualmente
fazendo surgir o êxtase criativo em Daath (Apófís ou Amenta). A energia sexual
então é transferida para qualquer uma das sephiroth abaixo do abismo,
causando mudança (magia) em conformidade com a Vontade. Em termos
de mitologia egípcia Ísis e Osíris eram irmãos gêmeos, que mantinham relações
sexuais ainda no ventre da mãe Nuit (a deusa da noite) desta união nasceu o
Hórus-mais-velho, a Luz do Mundo.

Talismãs, Oferendas e Intercurso Sexual com Entidades Astrais

No organismo físico, o controle das correntes eletro-magnéticas do Sexo


implicam a inibição dos usuais resultados do orgasmo. Ou seja: na Magia
Sexual a libido não é atirada a terra, mas é magicamente dirigida para
encarnar em uma forma especialmente preparada para a sua recepção, por
exemplo: um talismã, um sigilo, um yantra, o selo de um espírito ou qualquer
outro veículo para a força astral invocada.
A Magia Sexual é dividida em duas grandes partes: excitação para
sublimação e excitação para o orgasmo. Com a sublimação você domina a
energia da excitação e a faz girar para dentro e para cima, através dos níveis
de densidade, até induzir o transe visionário.
Já na excitação para o orgasmo você obtém a energia da excitação, gira-a
para fora e para baixo, em direção a Malkut, até manifestar sua Verdadeira
Vontade, por meio da intenção da Obra específica que está executando.
Além de sua própria potência, os fluidos sexuais trazem o poder dos chakras
neles contidos, fornecendo uma soberba substância para ungir e carregar
objetos mágicos como talismãs, amuletos e sigilos, assim como eligires
sacramentados para a força e a saúde do magista.

Por isso a necessidade de talismãs, sigilos ou objetos que sirvam para


estabelecer um Elo Mágico com o plano físico e ―aterrar‖ o êxtase energético
(mana-orenda). Aliás, o sucesso na criação de um Filho Mágico (resultado da
magia sexual) vai depender muito de habilidade do iniciado (seja homem ou
mulher) de concentrar-se mental, emocional e astralmente no seu símbolo,
durante o desenvolvimento do ato sexual, seja este símbolo um sigilo,
formadeus ou imagem final do resultado pretendido.
Mesmo quando o ato sexual é realizado de forma solitária (sem a presença de
um parceiro) a doutrina da polaridade sexual ainda está presente pois o
iniciado sempre invoca uma força espiritual para efetivar o trabalho mágico.
Assim é que o iniciado pode, por exemplo, se oferecer em prazer para uma
divindade, anjo ou demônio que tenha relação com aquilo que deseja obter
com sua magia. Neste método ele então invoca a entidade para dentro de
seu corpo (assunção de formas astrais) e depois oferece a mesma a alegria
de seu próprio prazer, permitindo que Ele/Ela o experimente na sua carne.

Na Magia sexual o sangue é muitas vezes substituído pelo sêmen masculino ou


feminino como forma de oferenda as divindades e as entidades astrais. Isso
remonta práticas antigas de origem pagã onde muitas vezes onde o sangue
mestrual, chamado de sangue da Lua, era utilizado em cerimônias de
iniciação, e rituais mágicos, que visavam atrair as almas dos antepassados de
volta a seu clã.

Prática

1-Para o Indivíduo Praticante:

Visualize o objetivo desde o início do ato... quanto chegar aos orgasmo, se


concentre no objetivo, até que após quando parar, esqueça completamente.

Isto é algo muito forte, que pode ser feito repetidas vezes.

2-Para o casal Praticante:

Visualizem o objetivo comum desde o início do ato... quando um parceiro


chegar ao orgasmo ou os dois ao mesmo tempo, se concentrem no objetivo,
até que após quando os dois pararem, se abracem e esqueçam
completamente.

Isto é algo poderosíssimo e pode ser feito repetidas vezes, ainda mais que tem
um efeito sinérgico.

3-A Sedução

Quando for se masturbar, se concentre no desejo. Mantenha o foco nela


enquanto se masturba, e na hora do orgasmo mantenha-se nela.

4-Afastamento

Afastar uma pessoa que não se quer consigo e esta insiste constantemente...

Se concentre em um grupo de pessoas se aproximando de ti, de forma que


empurrem a pessoa que você não quer para fora...

Cada pessoa tendo contato sexual consigo. "Pegue leve com isto, pode
causar problemas se mais que três vezes por semana".

Elas vão ajudar a afastar a pessoa.

É preciso também fazer orações para que a pessoa encontre e se apaixone


por alguém.
Misturando as cores rosa e vermelha misturadas durante a masturbação, se
concentre na pessoa sendo puchada para outra pessoa que não você.

Isto vai fazer ela ir atrás de outra pessoa e te livrar.

5-Prolongando o sexo para entrar em estado alterado

Alguns gnósticos fazem isto. Quando estiver à gozar, pare. Espere um pouco. E
continue até se aproximar do ponto. Repita isto, o orgasmo começará a
acontecer sem a emissão de esperma com o tempo. E após umas horas se
chega ao ponto de entrar em estado alterado de consciência.

TEURGIA

DESENVOLVENDO A VONTADE PSICURGIA


Papus

Para educar a Vontade e a percepção extra-sensorial são necessários


esforços em forma de exercícios que o iniciado deve praticar regularmente
aliados aos estudos das ciências ocultas, assim denominadas - ocultas -
porque seus estudiosos mantêm extrema discrição sobre suas pesquisas uma
vez que as realidades por eles investigadas há muito não são reconhecidas
pela ciência positivista oficial. Como o termo ciências ocultas tem algo de
impreciso, cumpre aqui enumerar os principais campos de conhecimento por
elas abordados de forma que sua compreensão se torne mais clara. São
exemplos de ciências ocultas:

Bio-psicologia - conhecimento da constituição e funcionamento dos múltiplos


aspectos do ser humano
Psicologia - dos tipos humanos, Astrologia e cosmologia - o conhecimento das
influências do cosmo e do nosso sistema solar e suas relações com o homem,
a humanidade e a natureza do planeta.
Psiquiatria relacionada ao conhecimento dos variados estados de consciência
- além dos dois mais conhecidos: sono e vigília.

Semiótica - conhecimento dos signos, especialmente os símbolos e das formas


alegóricas que ocultam o significado oculto dos mitos, dos ritos e dos taslismãs.
Artes divinatórias - conhecimento dos oráculos como instrumentos auxiliares de
análise da realidade. Dentre os oráculos, no ocidente, destaca-se o Livro do
Taro.
Teosofia - estudo metafísico em torno de temas como a idéia de Deus e de
deuses, a origem de todas as coisas, antropogênese etc.
Medicina hermética - que trata das das moléstias causadas por influências
psico-astrais e do uso de substâncias, rituais, talismãs, banhos e regimes
alimentares como recursos terapeuticos.
Entre os exercícios de fortalecimento da Vontade destacam-se aqueles que
visam a educação da palavra, do gesto e do olhar, a meditação e os
exercícios respiratórios, tudo isso com o objetivo de desenvolver a capacidade
de concentração da força 'mágica' por meio da qual se opera sobre as
realidades visíveis e não visíveis. Essa força mágica é o pensamento que vai ser
projetado para a ação justamente por meio de palavras, gesto e olhar.
Notese que todos esses conhecimentos são utilizados em conjunto na
execução de qualquer operação mágica. O que parece complexo, com a
prática torna-se um agir tão natural quanto estender a mão e pegar um
objeto. Tendo consciência de todos os aspectos visíveis e não visíveis sobre si
mesmo e sobre a situação com a qual está lidando, o magista estará apto a
exercer, com segurança, ações sobre sua própria pessoa e sobre o mundo
exterior.

De tudo que foi exposto, fica claro que " ... antes de agir sobre a natureza o
homem deverá ser suficientemente senhor de si mesmo... [p.125]" . Para
finalizar, convém ainda esclarecer que, ainda segundo Papus, sob o termo
geral Magia encontram-se na verdade 3 formas de ação hiperfísica
pertinentes a diferentes aspectos da realidade, diferentes esferas ontológicas,
sendo que:
1. Magia - é a ação do homem sobre a natureza objetiva, incluindo aí ele
próprio.
2. Teurgia - ação do homem sobre os seres do plano divino.

3. Psicurgia - ação do homem sobre o mundo das almas humanas

O que é Teurgia

O termo Teurgia significa literalmente ―obra divina‖ ou ―o trabalho de Deus‖.


O prefixo theoi significa ―deuses‖ e ergon ―obra‖ ou ― trabalho‖. Seu sentido
particular, dentro das práticas mágicas, é fazer descer as divindades à Terra e
estabelecer uma comunicação dos seres angélicos e deuses com os homens.
Teurgia foi um termo criado pelos filósofos neoplatônicos da corrente de
plotino e Amonio Sacas.

A Teurgia sempre foi conhecida como ―alta magia‖, por tratar-se da forma de
magia mais poderosa que existe. Nesse sentido, teurgia é também
considerada a busca, o caminho que se percorre na magia para o contato
com o plano divino. Por este motivo a teurgia é também conhecida como
magia branca ou magia divina.

O livro que os teurgistas mais recorrem para beber do conhecimento mágico é


um tratado de magia intitulado ―Oráculo Caldeu‖, atribuído a Zoroastro,
grande mestre da Persia. Porém, há algumas divergências em relação à
autoria do livro. Alguns defendem ser Julianus, o neoplatônico, o verdadeiro
autor. A despeito disso, o oráculo Caldeu é conhecido há vários séculos como
um compêndio de esoterismo e magia.

A Magia teúrgica foi aos poucos sendo destruída pelo poderio da Igreja,
porém muitos magos preservaram intacto esse conhecimento através das
idades e hoje podemos ter uma noção do que era praticado na antiguidade.
O conhecimento teúrgico é muito praticado nos dias de hoje e muitos magos
recorrem aos tratados originais para estabelecer o contato entre os homens e
as divindades.

Existe uma diferença significativa entre invocar e praticar teurgia. Nem toda a
invocação é teúrgica, mas toda a teurgia é uma invocação. A invocação é o
ato de clamar, de convidar uma divindade, um arquétipo ou, como preferem
alguns, um ser angélico para estar em nossa presença, manifestamente, e nos
transmitir ensinamentos elevados sobre os mais variados temas do
conhecimento universal.

O mecanismo da Teurgia não é muito simples. Alguns o realizam através de


rituais muito elaborados e complexos. Para outros, no entanto, este é um ato
simples de harmonização psíquica entre o mago ou iniciado e o ser divino.
Talvez um ritual muito difícil não seja tão direto quanto a nossa consciência
ascendendo aos píncaros divinos. Os rituais teúrgicos podem ser realizados
através da oração, que consiste basicamente na focalização da mente em
símbolos que representem ideias-forças, potências ou significados essenciais.

Muitos defendem que esses seres angélicos não são exatamente


individualidades muito evoluídas, como costumamos acreditar com base no
espiritualismo ocidental. Mas estas seriam encarnações de aspectos divinos,
qualidades supra-humanas e cósmicas, seres que se uniram a determinados
arquétipos fundamentais, que estão na base da alma do mundo e da
organização do funcionamento do universo e suas leis.

Na realidade, a invocação de entidades espirituais, como nosso anjo


guardião, possuem alguns riscos significativos. Em primeiro lugar, estaremos
mexendo com forças e energias que ainda não compreendemos, sendo este
um motivo muito revelante para termos todo o cuidado nessa área. Ainda não
temos um entendimentos dos desígnios divinos para acreditar que somos
―mestres em teurgia‖.

Em segundo lugar, nossa mente apreende melhor a realidade dentro de uma


condição espaço-temporal e nossa consciência percebe o objetivo e o
manifesto com mais facilidade. Dessa forma, existe uma tendência no homem
de buscar uma visão concreta de eventos espirituais e cósmicos, um sentido
interior que ele ainda é muito carente. Assim, a possibilidade do mago cair na
ilusão do mundo é maior quando se utiliza a teurgia como forma a enxergar o
divino com a visão e compreensão humanas.
Sempre dizemos que, aos olhos da natureza limitada da mente, teremos
apenas uma ilusão do plano divino e de suas energias e consciências, pois
igualmente limitada é a sabedoria do homem. Assim, o mais recomendável
não seria fazer os deuses descerem à Terra e conversar com os homens, mas
sim fazer os homens ascenderem, em consciência, à sublime região dos planos
sutis e perceber o divino tal como ele é: sem fronteiras e sem imperfeições.

que é Gnose:Gnosim

O termo gnose deriva do termo grego "gnosis" que significa "conhecimento". É


um fenômeno de conhecimento espiritual vivenciado pelos gnósticos (cristãos
primitivos sectários do gnosticismo). Para os gnósticos, gnose é um
conhecimento que faz parte da essência humana. É um conhecimento
intuitivo, diferente do conhecimento científico ou racional.

Gnose é o caminho que pode guiar à iluminação mística através do


conhecimento pessoal que conduz à salvação. A existência de um Deus
transcendente não é questionada pelos gnósticos, pelo contrário, veem no
conhecimento divino um caminho para atingir um conhecimento mais
profundo da realidade do mundo.

Saiba o significado de transcendente.

O gnosticismo está relacionado com ensinamentos esotéricos da cultura grega


e helenística, que expõe aos seus iniciados um caminho de salvação que tem
como base o conhecimento de certas verdades ocultas a respeito de Deus,
do homem e do mundo.

O gnosticismo cristão designa um conjunto de crenças de natureza filosófica e


religiosa cujo princípio básico assenta na ideia de que há em cada homem
uma essência imortal que transcende o próprio homem. Assim, o homem é
visto como um ser divino que caiu na terra de forma desastrosa, e que só pode
se libertar dessa condição através de uma verdadeira Revelação.

A gnosiologia é a área da filosofia que se ocupa do estudo dos fundamentos


do conhecimento humano.

PORTAL DE PASSAGEM CRIADO


A exaltação mental gerada por um orgasmo magicamente controlado forma
um portal de passagem reluzente semelhante a uma lente por onde flui o
vívido imaginário astral da mente subconsciente. Imagens específicas são
evocadas e "fixadas"; elas se tornam instantânea e vivamente vivas. Como a
presença luminosa delas é obsessiva, salvaguardas mágicas são essenciais
para compensar uma real obsessão. Esta imagens são elos dinâmicos com os
centros mais profundos da consciência e atuam como chaves para
experiência ou revelações que formam o objetivo da Operação. Encarnar tais
experiências é o objetivo da magia sexual. É necessário, portanto , formular a
vontade com grande cuidado e com estrita economia de meios. Não deve
haver nada na mente no momento do orgasmo exceto a imagem da
"criança" que se pretende dar a luz.

Guia de Evocação Mágica Triangulo Magico

Um triângulo mágico ao contrario do círculo mágico que simboliza o infinito, o


interminável, a conexão com Deus, o alfa e o ômega, é símbolo de
manifestação, de tudo que foi feito, de tudo que foi alguma vez criado.

Sem o conhecimento do simbolismo do triângulo mágico e de todos os outros


acessórios mágicos, o trabalho ritual e cerimonial não seria possível.

Todos grimórios ou ritos de exorcismo geralmente requerem que o mago que


está trabalhando com um triângulo mágico veja que o espirito invocado, o ser
ou poder esteja manifesto. A manifestação do ser – um espírito – em um
triângulo é somente um aspecto da magia ritual, e nenhum ser estará
completamente manifesto ao menos que o mago compreenda o completo
simbolismo do triângulo mágico.

Para ter a idéia correta do simbolismo que alguém deve , em alguma


extensão, estar familiarizado com Cabala e deve ter um completo
conhecimento do segredo do número três. Quanto mais ele souber sobre a
analogia do número místico três, mais profundamente estará apto a penetrar
no simbolismo do triângulo que desenha e mais facilmente será para um ser
manifestar a sí próprio.

Nos levaria muito distante se fossemos lidar completamente, neste ponto, com
o número místico três e suas analogias. Eu posso somente dar umas poucas
dicas as quais podem servir ao mago como princípios guias.

Acima de tudo, o triângulo é um diagrama do mundo tridimensional que


conhecemos, i.e. o mundo mental, astral e físico.

Cada poder que deva ser projetado no mundo físico deve correr através dos
três planos mencionados acima. O diagrama mostra-nos que o triângulo deve
ser construído com sua ponta para cima e além disso indica que dois poderes
projetam-se de um ponto no alto para a direita e esquerda e terminam em
uma linha fixando seus limites.

Observando o diagrama destas duas linhas divergentes como um todo, mostra


que os dois poderes universais, o Plus e o Minus, eletricidade e magnetismo, os
quais são unidos pela linha abaixo.

Por isto o mundo causal manifesto é simbolizado, o qual, do ponto de vista


astrológico, é equivalente a saturno, i.e. o número místico três.

No mundo mental simboliza a força de vontade, intelecto e sentimento; no


mundo astral simboliza poder, legalidade e vida; e no mundo físico simboliza,
como já dito acima, o Plus, o Minus e o neutro.

O triângulo com sua conformidade é assim refletido em tudo e em cada


plano, pois é o início de tudo que foi criado, a causa de tudo compreensível.

O número místico três, i.e. o simbolismo do triangulo, representa como bem


conhecido um papel muito importante em cada religião.

Na religião cristã, por exemplo, há a trindade: Deus pai, Deus filho e o espírito
santo; na religião índia há Brahma, Vishnu e Shiva, i.e. o criador, o preservador
e o destruidor, etc. . Centenas de analogias simbólicas podem ser dadas aqui,
mas é deixado ao mago ir mais profundamente dentro dos detalhes deste
simbolismo e suas analogias. A coisa mais importante para ele é saber que o
triângulo equilátero, o qual é , para o mago, o símbolo universal situado
hierarquicamente após o círculo mágico.

Um mago nunca seria apto a obter um certo poder ou certo ser dentro de um
círculo sem o auxílio de um triângulo mágico, pois o círculo é, como
conhecemos, o símbolo do infinito e não um símbolo de manifestação.
Nenhum mago deve nunca esquecer este fato.

Alguém pode, claro, chamar um ser ou poder em uma figura diferente de um


triângulo, e isto é feito comumente com baixos espíritos, mas quando lidando
com altos poderes ou seres de alta hierarquia o mago nunca estará apto a
trabalhar sem ter desenhado o diagrama relevante, i. e. um triângulo,
imediatamente após ter construído um círculo mágico.

O mago irá agora estar familiarizado do fato que o círculo é o primeiro


diagrama que não tem limites; o triângulo é o primeiro diagrama com limites
ou símbolo-espacial no qual um ser, um poder, etc. pode ser projetado.

No caso da evocação mágica o triângulo tem que ser largo o suficiente para
dar espaço suficiente para o poder ou ser evocado ou projetado, pois o ser ou
poder nunca deve ser maior que o triângulo por sí só. O mago deve
assegurarse que o ser ou poder que ele chamou está sob seu completo
controle, e que ele próprio, enquanto permanecer no centro do círculo, está
assim representando um poder superior, uma idéia universal, divina.
Consequentemente, um ser que foi chamado para o triângulo não é capaz de
deixa-lo sem a permissão do mago, ou para usar um termo mágico, sem
"abdication". Para o formato do triângulo, ele pode ser duplamente de ângulo
agudo ou com ângulo reto.

Para o triângulo o mesmo material é usado que para o círculo. Quando


operando ao ar livre, o triangulo pode ser desenhado com uma arma mágica
como uma espada mágica ou adaga. Se o círculo estiver inscrito em um
pedaço de tecido, então o triângulo tem que ser desenhado nele também. A
construção do triângulo deve ser feita magicamente; não somente a mão
física do mago é empregada, deve ser desenhada enquanto o mago está
completamente consciente de sua mão astral e mental, similarmente à
construção do círculo mágico.

De outro modo o triângulo não irá produzir efeito e não terá influência no
poder do ser a ser invocado. O mago tem que meditar, de modo que com a
ajuda do triângulo como símbolo mais elevado, a manifestação do ser
desejado ou poder seja efetuada. O mago irá em breve perceber que quanto
mais ele souber sobre o simbolismo do triângulo mágico, maior será sua
influência sobre o ser ou poder que ele evocou.

Além disso, é uma grande vantagem para o mago conhecer desde já que no
ponto de desenhar o triângulo ele está, em sua consciência, conectado com
Deus, estado cuje ele trouxe à tona através de ter meditado ou usado sua
imaginação, então realmente não é o mago que está desenhando o
triângulo, mas a deidade incorporada no mago.

É bem útil redesenhar a linha de um velho triângulo com uma das armas
mágicas mencionadas acima cada vez antes de utiliza-lo novamente, de
modo a reviver as analogias dentro do triângulo e também dentro da mente
do mago.

No caso do triângulo estar pintado em um pedaço de roupa, o mago deve


gentilmente seguir as linhas com a arma. No caso de operações mágicas cuja
nenhuma arma mágica seja necessária as linhas do triangulo podem ser
traçadas por um bastão mágico ou com o dedo indicador somente.

O selo ou talismã do ser correspondente é usualmente colocado no centro do


triângulo, de modo a expressar seu significado simbólico. Eu devo dar uma
completa descrição de como um selo ou talismã deve ser feito em um dos
capítulos subsequentes.

Um mago bem treinado pode colocar um condensador fluídico, importante


que relevantemente carregado, no centro do triângulo, ao invés do selo,
colocando o em um vaso largo, dentro da assim chamada taça mágica. Mas
ele pode também usar um pedaço de papel úmido impregnado com
condensador fluídico e carregado para a manifestação do poder ou ser que
será chamado. É, em princípio, dependente do gosto individual do mago de
qual das duas possibilidades descritas ele fará uso. Em alguns casos estes
detalhes podem, entretanto, depender da escolha dos poderes ou seres que
estão para serem evocados ou manifestos pela vontade do mago.

Eu já lidei com condensadores fluídicos, com os líquidos e sólidos assim como


com os de tipos simples e complicados, em meu primeiro livro "Iniciação ao
Hermetismo"; o mago pode usar tanto condensadores fluídicos simples como
complicados, qualquer que sirva seu propósito melhor.

O triângulo mágico é, assim como pode ser visto do que foi dito,
principalmente um diagrama para colocar o mago em contato com o poder
ou ser que ele deseja empregar. Pode servir a um certo propósito, ou, se
necessário, também a mais de um propósito. Seu objetivo é primeiramente
entrar em contato com o ser ou poder que o mago deseja empregar, e em
segundo lugar chamar um certo ser do macrocosmo em nosso mundo físico, e
em terceiro condensar o ser em um modo que possa inclusive ter certos efeitos
em nosso mundo físico. Tudo isto é dirigido pela vontade do mago. O ser ou
poder evocado pelo mago irá tanto afetar o mundo mental, astral ou o físico,
assim como o mago desejar obter.

Seguindo os princípios os quais por hora são bem conhecidos do mago, cada
poder ou ser irá somente ter efeitos dentro das esferas das quais ele foi
chamado e em qual foi condensado. Isto significa que, por exemplo, um ser
projetado na esfera mental não será naturalmente apto a influenciar o mundo
físico, mas somente irá tornar-se efetivo no mundo mental. O mesmo é valido
para os mundos astral e físico. O leitor irá encontrar mais detalhes sobre o
mistério da condensação ou materialização de uma esfera na outra em um
capítulo posterior.

A Evocação Sexual

Publicado por Noite Sinistra em 18/05/2015

Saudações amigos e amigas. Há algum tempo foi ao ar aqui no Blog Noite


Sinistra, uma postagem que falava sobre Magia Sexual. Como o tema teve
uma considerável procura de taxa de adesão por parte dos leitores, resolvi
continuar pesquisando sobre o assunto, sabendo que havia muitas outras
informações a trazer para os amigos e amigas. Assim cheguei a um extenso e
muito completo artigo escrito Fernando Liguori e Antônio Vicente, que falava
justamente sobre o assunto. Abaixo os amigos e amigas poderão conferir um
pouco sobre esse artigo.
O emprego das energias sexuais, atrelado às práticas herméticas, data do
mais remoto passado da humanidade. Diacronicamente, isto é, ao longo das
eras, observa-se que, deste os primeiros cultos à fertilidade até os dias atuais,
tal associação jamais demonstrou o menor sinal de declínio. Conforme nos
relata Runyon em "O Livro da Magia de Salomão", o berço de um grande
número de religiões se encontra na antiga Canaã. As religiões baseadas nos
cultos a Bael e a Astarte floresciam ao lado dos recém chegados

os israelitas. Sabe-se que a dança hora, comum nos casamentos judeus, era
chamada de círculo de danças das prostitutas sagradas. Os templos
dedicados a Afrodite em Érix, Corinto e Chipre funcionavam com o auxílio de
inúmeras sacerdotisas dedicadas ao ato sagrado. Tanto em Roma quanto na
Grécia antigas, existiam as virgens vestais dos templos que se dedicavam a
conjugar o ofício religioso com práticas sexuais — elas tinham que manter a
chama sagrada do santuário sempre acessa.
É com o surgimento do cristianismo que se vai verificar um enfraquecimento
das práticas sexuais no interior dos templos. Aliás, não só a magia sexual, mas
a magia em geral, neste momento particular da História, foi intensamente
rejeitada e desprezada. É devido a este momento de perseguição que vamos
compreender o porquê da exigência do segredo, da linguagem cifrada e
obscura dos mistérios e da criação de uma aura mística em torno de tudo
aquilo que era considerado esotérico. Na verdade, tudo isso foi um
mecanismo de auto-defesa e proteção contra perseguições. Ainda hoje,
rastros destes procedimentos podem ser verificados em alguns círculos
hermetistas; mas notamos que a Era de Aquário já está modificando,
significativamente, tal postura.
A despeito das perseguições perpetradas contra o hermetismo em geral e a
magia sexual em particular, esta continuou a existir sempre maquiada por
metáforas. Exemplos são encontrados na Idade Média europeia. Naqueles
tempos, temos os sabbaths negros das bruxas montadas em suas "vassouras" e
a Magia Enochiana na qual seus "fundadores" – Dee e Kelly – realizaram atos
sexuais com suas parceiras durante as operações angélicas. Entre os séculos
XVI e XIX, a Igreja Católica ordenou um número muito maior de padres do que
o necessário. Uma boa parte destes ampliavam suas rendas através da
realização de Missas Negras que, não raro, empregavam a Corrente Ofidiana.
Nesta mesma época, a goécia ("Arte gritada", devido aos antigos
evocadores, que tinham de gritar os nomes sagrados durante os rituais) já
estava praticamente delineada, tal qual a conhecemos hoje. Assim como
muita coisa da tradição mágica está alegorizada, o mesmo é válido para a
magia sexual. Certamente, bastões e varas, caldeirões e taças são mais que
instrumentos: representam os elementos masculinos e femininos empregados
em um ritual.
No século XIX, a Ordem do Templo do Oriente (Ordo Templi Orientis, ou O.T.O),
a Ordem Hermética do Áureo Alvorecer, a Irmandade Hermética de Lúxor,
dentre outras organizações, deram continuidade ao uso secular da magia
sexual. Sabemos que, apesar do esforço destas organizações, o contexto
histórico como, por exemplo, a Era Vitoriana não permitiu que elas
explicitassem os Mistérios em sua completude, levando-as a optar pelo
obscurantismo linguístico.
Na aurora do século XXI, notamos que o preconceito quanto ao uso da
energia sexual ou ofidiana, nos ritos espirituais, tem se afrouxado, ainda que de
maneira tímida e parcial. Se dizemos que é de forma tímida e parcial é
porque, por experiência própria, sabemos que ainda há muita incompreensão
neste particular. Não faz muito tempo que a Ordo Tifoniana Occulta foi
deveras criticada devido à exposição de algumas fotos com ritos de natureza
sexual.
A seguir, falaremos um pouco da goécia combinada com o uso da energia
sexual ou Corrente Ofidiana . É muito comum encontrarmos publicações com
frases como estas: a chave dos mistérios manteve-se velada e secreta para
que os não- iniciados não pudessem fazer mau uso do conhecimento. Bem,
por mais abertamente que possamos falar ou revelar o segredo, enquanto o
adepto não despertar sua paranormalidade ou como chamamos na Tradição
Oculta, ir Contra a Luz , jamais terá acesso real ao mistério por trás do segredo.
Isso ocorre assim porque o que nós revelamos são modelos de pensamento,
não a gnose. Portanto, aquela acusação de que nós levantamos o Véu de Ísis
a uma altura indecorosa é pífia, rasa e sem sentido. A partir daqui não
usaremos termos poéticos e floridos para tratar do assunto e sim uma
linguagem direta, sem rodeios. Pedimos desculpas aos amantes do
obscurantismo, das cifras e dos códigos.

Também é importante frisar que esta prática é dedicada a magistas


experientes, que já tenham suficiente conhecimento teórico-prático do tema.
O que apresentamos é uma forma de potencialização da prática goética,
através da energia sexual inteligente e habilmente direcionada. Evocação
Goética: Elementos Essenciais
Há diversas abordagens acerca das evocações goéticas. Acreditamos que
todas são válidas. Cada magista é livre para optar por aquela que melhor se
alinhe com seu próprio gosto ou mesmo, com a devida experiência,
desenvolver sua própria abordagem do assunto.
Para uma evocação goética são requeridos um Círculo cerimonialmente
traçado às vezes, chamado de Círculo de Salomão e de um Triângulo o
famoso Triângulo da Arte. Obviamente, todos os participantes devem estar
dentro do Círculo. Embora não haja a exigência de um número específico de
participantes para uma operação desta natureza, deve-se observar um
mínimo de 03 e um máximo de 11.
Tanto o Lemegeton quanto as Clavículas de Salomão recomendam que o
Círculo tenha 2,70m de diâmetro. No entanto, um Círculo que irá comportar
atos de magia sexual, terá que ser maior. Uma boa medida seria um Círculo
de 5 metros. Também aqui cada um terá que fazer as adaptações
necessárias. O Círculo é a proteção dos participantes e deve ser devidamente
traçado e consagrado durante a cerimônia.

A Utilização Ritualística da Corrente Ofidiana


O uso da Corrente Ofidiana é apenas um caminho traçado sobre um plano:
ao magista cabe o dever de erigir a vela de seu barco e orientá-lo na direção
onde brilha o Sol.
Há métodos de auto-magia sexual (masturbação) para praticantes solitários e
que não serão o foco deste ensaio. O que aqui propomos é para uma dupla
ou um grupo que pratique magia cerimonial.
Há dois elementos fundamentais na magia sexual e que são usados para
elevar os níveis de energia e para focar todas as etapas do processo goético.
O primeiro é o orgasmo. O poder do orgasmo contribui para movimentar e
elevar a energia do processo mágico. Os participantes devem estar
envolvidos com a preparação do ritual, o traçado do Círculo e do Triângulo,
com as conjurações, bem como atentos ao propósito do ritual. A
concentração intensa durante o orgasmo (ou a pequena morte, como era
chamada pelos autores do século XIX) fortalece a vontade e facilita a
manipulação energética da cerimônia. Faz-se mister observar que, se os
participantes perderem o foco no propósito do ritual e deixarem-se levar
apenas pelo sexo em si, sabotarão e arruinarão a operação, como
demonstrado no início desse ensaio.

O segundo elemento, são os fluidos provenientes do corpo no momento do


orgasmo. Esses fluidos ou kālas, em parte porque foram produzidos durante o
ritual, apresentam propriedades mágicas. Eles podem ser usados para uma
variedade de propósitos: podem servir como pomadas e óleos, podem ser
usados na consagração de amuletos e outros instrumentos mágicos, incluindo
o próprio círculo mágico.
Para produzir esses fluidos pelo menos uma mulher se faz necessária para atuar
como "sacerdotisa" durante a cerimônia. Uma mulher é o suficiente;
naturalmente pode-se ter mais e tudo vai depender de quantas operações
cada grupo realiza regularmente. De qualquer forma, em uma cerimônia
somente uma sacerdotisa deve ser consagrada como representante da
Deusa. A interrupção e distração na troca do papel principal na cerimônia
interrompe o fluxo e a focalização da operação. Além disso, a
mulhersacerdotisa deve estar realmente desejosa de participar da cerimônia e
de se entregar completamente à mesma. Se isto não for verificado, ter-se-á
um "curto-circuito" no ritual. Outra necessidade, é que ela seja uma iniciada
competente. Uma mulher despreparada não é capaz de utilizar com
proficiência a Boca da Yoginī como fonte de emanação de forças além do
nível de consciência ordinária (Toda mulher é uma incorporação da Deusa,
mas nem todas as mulheres estão preparadas para encarnar a Deusa).
Algumas tradições permitem o uso de expansores de consciência suaves para
a indução de transes e outras não. Cada grupo deve determinar seus próprios
critérios quanto a isto. A ingestão destes expansores ou (plantas de poder), por
parte de um grupo experiente e que não utiliza esses artifícios para velar seus
vícios, auxiliam os participantes e a sacerdotisa a se manterem focados no
processo ritualístico.
Consagrando o Círculo de Proteção
Um lugar deve ser escolhido para a construção do Círculo. Pode ser um lugar
fechado, como um templo, ou um lugar ao ar livre. Em ambos os casos, a
necessária privacidade deve ser observada para evitar inconveniências e
incompreensões quanto à natureza de tais práticas.

Lembramos que esta prática de consagração fará uso da energia sexual e um


mínimo de 03 e um máximo de 11 participantes deve ser observado. Como há
diversos tipos de círculos de proteção, construa o seu Círculo de acordo com
a técnica que você normalmente utiliza para traçar seu Círculo de magia.
Dois altares devem ser erguidos:
Um para a sacerdotisa, que será seu trono, que fica no centro do círculo. Este
altar deve ser construído sobre uma superfície macia (tapete, por exemplo)
para conforto da sacerdotisa. Deve também conter uma almofada para que
a sacerdotisa possa elevar seu ventre, a fim de que sua yoni esteja em relevo,
facilitando o congresso sexual. Também podem ser colocados suportes nas
laterais para que ela possa se firmar durante a execução do Arcano. Logo
abaixo do altar da sacerdotisa, deve estar um container — normalmente um
cálice — para receber os fluidos sexuais.
O outro para o Magista Oficiante — nele se colocam as armas necessárias ao
trabalho.
Após a construção do Círculo, a sacerdotisa é entronizada em seu lugar. Ela
pode estar nua ou não, dependendo do tipo de operação. O magista
oficiante entra no Círculo. Ao chegar ao centro dele, remove seu robe e, após
a consagração da sacerdotisa, dá início a cópula. Ele, em total estado de
concentração; ela, neste ponto, em completo transe ofidiano.
Após o clímax, o oficiante veste seu robe e inicia a consagração do Círculo.
Os demais participantes, o tempo todo, vibrando os nomes bárbaros de
evocação seguindo o ritmo do ritual, bem concentrados na consagração do
Círculo. Existe uma prática conhecida como cakra-pūja onde todos os
participantes participam da cópula. Mas este tipo de operação exige uma
concentração en masse. Essa prática pode ou não conter outras sacerdotisas
oficiantes e todo o ritual deve ser executado em duplas ou pares.

Os fluídos corporais ou kālas coletados no container são levados ao altar do


oficiante. Se ainda restar qualquer resíduo de fluídos na sacerdotisa, ele
deverá ser recolhido no container.
Os fluidos são misturados em partes iguais com o óleo de Abramelin. Essa
mistura é utilizada para se traçar novamente o Círculo e finalizar sua
consagração. A união dos fluídos corporais com o óleo de Abramelin torna o
Círculo perfeito, uma vez que gerará uma substância que é a soma da
essência individual dos participantes-oficiantes. Este gesto irá adicionar um
poder extra aos ritos realizados no Círculo, especialmente para aqueles que
efetivamente contribuíram para sua formação e consagração. Se sobrar
algum fluido, ele pode ser guardado e usado para outra operação mágica,
dentro de um espaço curto de tempo. No entanto, o fluído é mais eficiente
quando obtido e utilizado em seguida, por ter maior potência energética. O
Círculo deve ser "reconsagrado" desta forma pelo menos uma vez ao ano.
Evocações
Uma vez que o Círculo foi devidamente preparado, podemos, agora, realizar
as evocações goéticas. Uma vez mais, esbarramos com diversas formas de
fazê-la: desde as mais complexas até as mais simplificadas. Use a que estiver
mais familiarizado.
Antes de iniciar o ritual, o magista oficiante precisa definir qual será a entidade
a ser evocada e informar a todos. Em seguida, desenhar o sigilo (yantra)
daquela entidade com um material que resista ao suor e uma tinta que não
manche ou desbote durante a prática.

Utilizamos a energia sexual nas evocações goéticas da mesma maneira que a


utilizamos na consagração, descrita em epígrafe. A sacerdotisa está nua e é
entronizada no altar, no centro do Círculo. Ela deverá estar com a yoni mais
elevada, preparada para o viparita-maithuna. Portanto é importante sempre
ter uma almofada, ou outro objeto adequado, que permita à sacerdotisa ficar
mais elevada.
Depois que todos os participantes forem admitidos ao interior do Círculo e
após o mesmo estar devidamente traçado, de acordo com os procedimentos
habituais ao magista oficiante, este deve despir-se. Ele deve pintar o sigilo do
espírito goético a ser evocado por toda a sacerdotisa. No caso do cakra-pūja,
o sigilo assim disposto nas sacerdotisas permitirá que cada participante foque
sobre ele enquanto realiza o coito sexual. De qualquer maneira, à medida que
o sacerdote e sacerdotisa iniciam o abraço místico, as evocações devem ser
por ele emitidas e acompanhadas por todos.
Alguns praticantes se preocupam com a possibilidade de um (convite
deliberado) aos espíritos goéticos pelo fato do sigilo estar na sacerdotisa. No
entanto, é preciso considerar que o sigilo está dentro do Círculo de Proteção
e, portanto, não constitui um "convite" ao espírito a ser evocado para ali se
manifestar. Obviamente, que o (convite) faz parte da própria

cerimônia e o espírito chamado estará do lado externo ao Círculo e que deve


ser confinado ao Triângulo pelo magista oficiante. [Existe outra prática goética
em que o Círculo não mais serve como "proteção", mas como um portal de
ingresso e egresso de entidades telúricas e ctonianas.]
Às vezes, alguns grupos optam pela presença de uma pitonisa ou um
clarividente na cerimônia. Dependendo do ritual, a pitonisa ou o clarividente
devem ser excitados. Isso irá permitir que haja duas pessoas em transe ofidiano
realizando as evocações, enquanto os demais continuam a elevar o nível da
energia através da entoação dos nomes bárbaros de evocação e, no caso
do cakra-pūja, através do intercurso sexual coletivo. É preciso observar que se
trata de um rito goético que tem na Corrente Ofidiana seu diferencial
operacional; este ato serve para criar um elo entre todos os participantes do
ritual através do solícito sacrifício ou uso da energia sexual.
O ritual deve prosseguir com o magista oficiante em coito e o clarividente
fazendo os conjuros, acompanhados de cada participante realizando suas
conjurações. O ideal é que o coito ocorra durante todo o tempo das
chamadas. A sacerdotisa deve ser mantida, o tempo todo, em seu altar e se
possível na Gnose ou transe ofidiano.
Deve-se observar que a unificação da goética com a energia sexual produzirá
uma convocação poderosa das entidades goéticas. Os resultados das
convocações serão também mais potentes.
Os fluidos coletados durante as operações podem ser usados para uma
variedade de propósitos. Algumas entidades goéticas requerem gratificações.
Os fluídos, se especialmente misturados com os aromas próprios da entidade
convocada, podem ser uma excelente oferenda. E mais, os fluídos que
sobrarem podem ser divididos com os participantes ou guardados para usos
futuros. Uma substância magicamente carregada é melhor de se usar logo
após sua obtenção e ela ainda pode ser aplicada como loção, como agente
consagrador de amuletos, talismãs; pode ser empregada para a obtenção

de saúde, aumento da força vital no organismo, magnetismo, maior poder de


atração sexual, desenvolvimento de dons paranormais, concretizações de
projetos ou desejos legítimos, dentre outros.
A Responsabilidade na Utilização da Corrente Ofidiana
É inegavelmente sedutora a ideia de se unir energia sexual aos ritos mágicos
em geral e ao goético em particular. No entanto, não podemos deixar
também de refletirmos sobre os principais inconvenientes que esta prática
pode ocasionar: doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada.
Como o objetivo do rito é obter uma mistura de fluidos masculinos e femininos,
a camisinha não pode ser empregada. Daí a importância de que todos os
participantes sejam saudáveis. A melhor forma de garantir isto é através de
exames periódicos e de uma conduta que não seja promíscua por parte dos
participantes.
A gravidez é outra questão preocupante. Assim, precauções se fazem
necessárias. Uma criança concebida numa operação mágica será portadora
de habilidades e capacidades interessantes. [O filho de um dos autores foi
fecundado e concebido dentro de uma operação mágica. Foi constatado
que a criança foge aos padrões convencionais.]
Além das questões físicas (doenças e gravidez), a magia sexual também
requer um intenso trabalho sobre nossos próprios limites, conceitos e
préconceitos. Somos testados em nossa personalidade, em nosso aspecto
emocional, espiritual e também confrontados por valores sociais. Muitas são as
tocaias e armadilhas que podem surgir: apego, ciúme, possessividade etc.
Nesta direção, cada um deve fazer uma análise, uma profunda reflexão,
considerando todos os prós e os contras, antes de se lançarem às práticas
sexuais com um grupo de magistas. E mais importante é se perguntar: o que
realmente está me motivando a praticar magia sexual? Seja sincero e
conheça suas reais motivações, nunca a magia será culpada por seus erros.
Esta é uma senda de maturidade e de responsabilidade pelas próprias ações.
Além disso, existe a necessária transparência para as pessoas que são casadas
ou que tenham relacionamentos estáveis. É importante que o outro saiba o
que você faz, para não configurar traição. Sabemos que aqui pisamos num
terreno movediço e cabe a cada um ser honesto; primeiramente, consigo
mesmo e a máxima: faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem a você,
é tudo o que podemos dizer. A cada um, sua consciência.
Algo fundamental é o respeito pela sacerdotisa do grupo. Ela jamais deverá
ser vilipendiada ou abusada. Ela está se doando para o benefício de toda a
coletividade e contribuindo superlativamente para o sucesso das operações.
Sem dúvida, não é fácil encontrar uma sacerdotisa que se entregue de alma e
corpo a esta função. Daí mais um motivo para sua valorização e respeito.
Trate-a como uma deusa, a divina Śakti encarnada.
Outra coisa importante: o sadomasoquismo não deve ser praticado, pois foge
ao escopo e ao objetivo do ritual. Aliás, se o grupo se desviar do foco do ritual
e se aterem exclusivamente ao sexo e à realização de taras pessoais, em
pouco tempo surgirão problemas, querelas, desentendimentos e a dissolução
do grupo. As razões para isso são simples e se encontram no "choque de
retorno".
As técnicas que aqui indicamos podem ser aplicadas de outras formas e cabe
ao dinamismo do grupo, de acordo com seus objetivos específicos, fazer os
arranjos que forem necessários para que possam somar a energia sexual às
suas práticas. Essas técnicas podem ser combinadas a outras como a Magia
Enochiana, por exemplo. Use sua criatividade, faça adaptações, mas,
sobretudo, não se esqueça que o foco é a operação mágica em si. O ato
sexual quando realizado sob vontade, sem desvios de propósito; quando a
união entre os participantes ocorre dentro de todos os níveis (físico, emocional,
mental) de seus respectivos seres, suas forças aumentam tanto psíquica,
quanto fisicamente. Assim, um apelo vibrante é feito e este apelo será
atendido.
Sem dúvidas, a energia sexual é a maior força mágica da natureza. Do amor
nascem, segundo as circunstâncias, as paixões, os arrebatamentos, os
estímulos para a criação divina ou humana, o surgimento de deuses ou
demônios. No entanto, os usos e aplicações dessa magia simples e eficaz só é
possível a um verdadeiro iniciado. É uma trilha destinada e reservada a
poucos seres humanos que sejam capazes de utilizar com ética,
desprendimento, inteligência, maestria pessoal e de forma útil esta sagrada
energia que lhes habita o interior. Lembrem-se disto.

HERMETISMO

O Hermetismo consiste no estudo e na prática de técnicas que possibilitam


uma melhor percepção do Eu, do Outro, da Natureza e de Deus. O termo tem
a sua origem no latim hermeticus é uma alusão ao deus grego Hermes.
Esta tradição iniciática surgiu e cresceu durante o período ptolomaico do
Egito. Alexandria era a capital egípcia e se tornou um verdadeiro caldeirão
cultural, religioso e místico.Nesta época o Hermetismo floresceu junto com o
Gnosticismo, o Neoplatonismo e o Cristianismo Primitivo.
Foi um período marcado por uma resistência à fé cega. Se observa que, já
naquele tempo, havia um estudo voltado para a busca do equilíbrio individual
e social, combatendo veladamente a ignorância e a intolerância.
Mais tarde, este ensinamento influenciou fortemente a Tradição Esotérica
Ocidental e foi considerado de grande importância tanto durante a
Renascença (fins do século XIV e meados do século XVI) quanto durante a
Reforma (início do século XVI).
Algumas Ordens Esotéricas conservaram o estudo dos ensinamentos
herméticos no seu seio, permitindo que eles chegassem até os dias atuais.
Sinteticamente é possível aprender Hermetismo por meio de três grandes
obras: O Corpus Hermeticum; a Tábua de Esmeralda e o Caibalion, contudo
somente os que tem olhos de ver e ouvidos para escutar poderão ir um pouco
além do que se encontra nas páginas destes trabalhos. O Corpus Hermeticum
é uma coletânea de dezessete livros e, provavelmente, escrita no Egito. A
proposta dos Exemplares era promover um sincretismo das diferentes religiões
e filosofias (principalmente as gregas e as egípcias) apresentando um caminho
para elevar a consciência humana até o mundo divino.

A Tábua de Esmeralda ou Tabula Smaragdina possui uma frase bem


conhecida nos meios ocultistas “O que está embaixo é como o que está em
cima e o que está em cima é como o que está embaixo”. Este texto, para
muitos estudiosos, serve como um ponto de partida para o aprendizado da
alquimia interior.
A obra mais conhecida é o Caibalion. De forma bem simples ela reúne os
ensinamentos básicos dos Sete Princípios Herméticos que regem todas as
coisas manifestadas (Princípio do Mentalismo; Princípio da Correspondência;

Princípio da Vibração; Princípio da Polaridade; Princípio do Ritmo; Princípio de


Causa e Efeito e Princípio do Gênero).
Durante a Renascença o deus Hermes passou a ser chamado de Hermes
Trismegisto que significa Hermes o Três vezes Grande. Ele recebeu esta
denominação porque lhe foram atribuidas qualidades de escriba e instrutor e
o responsável por ensinar ao homem as três partes da sabedoria de todo o
universo: a Alquimia, onde se aprende o caminho para a realização da
Grande Obra; a Astrologia, onde se aprende a lidar com as influências dos
astros sobre O homem; e a Magia que é a forma que o homem utiliza para
lidar com o lado oculto da natureza.

É ensinado que existem dois tipos diferentes de magia: a magia comum e a


teurgia, esta última é o aspecto prático da Arte Hermética e tem como
objetivo final unir o Homem à Consciência Divina. Ao longo da sua história, a
Via hermética sempre se manteve autônoma, mesmo contra os poderes
políticos e religiosos que surgiram ao longo da sua caminhada. Tornou-se uma
família de pessoas que trabalham continuamente na ultrapassagem de todas
as formas de extremismo. Possuidoras de um constante desejo de usar a razão,
entusiasmo e determinação para Ultrapassar os limites habituais pessoais, a fim
de progredirem em direção aos planos Divinos.
Cada indivíduo sincero e que tenha o desejo de progredir no caminho do
conhecimento, do sagrado e do Divino será benevolentemente acolhido no
seio desta tradição.

AS 7 LEIS HERMÉTICAS

O primeiro Princípio é o Principio do Mentalismo: "O TODO é MENTE; o Universo


é Mental" Este é sem dúvida o mais importante de todos os princípios, já que
nele estão contidos todos os outros. O TODO (ou seja a realidade que se
oculta em todas as manifestações de nosso universo material) é Espírito, é
Incognoscível e Indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma
Mente Vivente Infinita Universal. "Compreendendo a verdade da Natureza
Mental do nosso Universo o discípulo estará bem avançado no Caminho do
Domínio", escreveu um velho mestre do Hermetismo. Estas palavras continuam
atuais e verdadeiras e são a chave para a nossa compreensão das regras e
Leis que regem nosso Universo material. Observaremos que, se o Universo é
Mental e nós existimos na Mente do Todo, como tais, nós somos seres mentais e
criamos com a nossa mente, à imagem e semelhança do Todo, conforme
explica o Segundo Princípio.

O segundo Princípio Hermético é o Princípio da Correspondência: "O que está


em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que
está em cima". A compreensão deste princípio nos ajuda a explicar todos os
fenômenos da natureza e compreender a própria existência da vida. Os
segredos da Natureza se tornam claros aos olhos do estudante que
compreender este princípio chave, aplicado à manifestação universal e que
explica os diversos planos do universo material, mental e espiritual. Este é um
dos mais importantes princípios e é aplicado na Astrologia e na Alquimia,
verdadeiras Ciências de Iniciados, a primeira praticamente desprezada e a
segunda quase esquecida. O Princípio da Correspondência habilita o homem
inteligente a raciocinar do Conhecido ao Desconhecido ou vice-versa.
"Estudando a Mônada, ele chega a conhecer o Arcanjo", diz o Caibalion.

O terceiro Princípio é o Princípio da Vibração: "Nada está parado, tudo se


move, tudo vibra"
Este princípio nos explica que tudo, em nosso Universo, está em constante
movimento, isto é, em constante evolução. Este princípio é facilmente
compreensível pois a ciência moderna já o confirmou através de suas
observações e descobertas. Ele explica que as diferenças entre as diversas
manifestações de Matéria, Energia, Mente e Espírito, resultam das ordens
variáveis de Vibração. “Desde O TODO, que é puro Espírito, até a forma mais
grosseira de Matéria, tudo está em vibração. Quanto mais elevada for a
vibração, tanto mais elevada será a posição na escala”. (O Caibalion). Nas
extremidades inferiores da escala estão as vibrações mais grosseiras da
matéria, que parecem estar paradas. Ao elevarmos nosso espírito nos campos
de vibração mais sutis, entramos em sintonia com O TODO e com a Mente
Superior, recebendo assim os benefícios dela emanados. Só os Mestres
conseguem aplicar corretamente este Princípio de Vibração, conquistando
assim os fenômenos da natureza. “Aquele que compreende o princípio de
Vibração alcançou o Cetro do Poder”, disse um antigo Mestre.

O quarto Princípio é o Princípio de Polaridade: “Tudo é Duplo; tudo tem pólos;


tudo tem o seu oposto; o igual eo desigual são a mesma coisa; os opostos são
idênticos em natureza mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as
verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados”
Este Princípio é bastante simples e ao mesmo tempo complexo, e contém o
axioma hermético dos opostos, ou seja dos pólos que regem toda a vida
manifestada tal como nós a conhecemos. O princípio de Polaridade explica,
por exemplo, que Luz e Obscuridade são a mesma coisa, manifestada em
variações e graus diferentes. Explica também que o Amor e o Ódio são dois
estados mentais em aparência totalmente diferentes mas em realidade iguais
pois exprimem somente o mesmo sentimento em graus diferentes. E o melhor
de tudo isto é que, no caso da mente, podemos modificar as coisas se
dominarmos a nossa própria mente, mudando a sua vibração de grau em
grau, de estado em estado, através da Arte da Transmutação Mental. Com o
profundo conhecimento deste princípio o estudante poderá modificar a sua
própria Polaridade, assim como a dos outros, transformando Ódio em Amor,
Raiva em Perdão, Tristeza em Alegria e até, a Doença e Saúde.

O quinto Princípio Hermético é o Princípio de Ritmo: "Tudo tem fluxo e refluxo;


tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações
compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à
esquerda; o Ritmo é a compensação"Ao analisarmos este princípio temos que
compreender que o Universo, da forma como nós o conhecemos, é
influenciado por este constante fluxo e refluxo, por este movimento de atração
e repulsão, que o torna tão complexo e ao mesmo tempo tão perfeito. Esta lei
se manifesta em todas as coisas materiais (e podemos observá-lo no
movimento dos planetas e outros objetos que povoam Universo), e também
nos estados mentais do Homem. Os Hermetistas compreendem este Princípio,
reconhecendo a sua aplicação universal e com os profundos estudos e com o
domínio da mente, conseguem dominar os seus efeitos aplicando a Lei mental
de Neutralização. Porém, o simples observar desta Lei em aplicação na
Natureza nos ajuda a melhor enfrentar as vicissitudes da vida, acompanhando
o seu fluxo e refluxo e tentando neutralizar a Oscilação Rítmica pendular que
tenta nos arrastar para um ou para outro polo.

O sexto Princípio Hermético é o Princípio de Causa e Efeito: "Toda a Causa tem


seu Efeito, todo o Efeito tem sua Causa; tudo acontece de acordo com a Lei;
o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; há
muitos planos de causalidade, porém nada escapa à Lei". Neste princípio
existe a verdade de que há uma Causa para todo o Efeito e um Efeito para
toda a Causa. E O Caibalion nos ensina também que nada acontece sem
uma razão, mesmo se nós a desconhecemos, pois tudo é dominado pela Lei.
Para nos elevarmos acima da Lei de Causa e Efeito é necessário muito estudo,
muita meditação e a compreensão profunda de todos os Princípios
Herméticos que fazem do Iniciado um Verdadeiro Mago. As massas do povo
são levadas para frente, seguindo os desejos e vontades dos outros, do
coletivo, onde as causas exteriores se tornam mais importantes do que a
vontade própria. As massas agem coletivamente, como agem os animais de
uma mesma raça ao se comportarem da mesma forma que seus irmãos. O
verdadeiro Iniciado deve elevar-se acima da massa, exercitando a sua
Vontade para poder exercer o seu Livre Arbítrio. Para escaparmos desta Lei,
que nos ata às sucessivas reincarnações, devemos antes de mais nada
controlar nossa mente e nossos atos para superar-mos a casualidade.

O sétimo Princípio é o Princípio do Gênero: “O Gênero está em tudo; tudo tem


o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em
todos os planos”. Estudando este princípio, que nos lembra o princípio de
Polaridade, percebemos que o gênero é manifestado em tudo e que o
princípio feminino e masculino estão sempre presentes, seja no plano físico que
no plano mental e espiritual. No plano físico este Princípio se manifesta como
sexo, e nos planos superiores ele tem outras formas de manifestação, mas se
mantém igual.
Assim, podemos dizer que todas as coisas manifestadas no gênero masculino
possuem também um gênero feminino, e todas as coisas do gênero feminino
contém também um gênero masculino. Compreendemos assim que não
necessitamos da busca do outro princípio (que aparentemente nos falta), pois
tudo está imanente em nós, manifestado na forma do gênero. A
compreensão deste princípio nos leva à plenitude e à realização interior e nos
proporciona o equilíbrio.
OS 3 PILARES DA MAGIA

Concentração, intenção e visualização.

São as bases para qualquer feitiço, qualquer oração, qualquer coisa que
você vá fazer direcionando a uma finalidade qualquer. Sim, você precisa
saber se concentrar. Sim, você precisa ter a intenção ao fazer o ritual, e
precisa concentrar-se nessa intenção. E sim, você precisa visualizar o que você
está pedindo, visualizar a queima da vela elevando-o aos planos, visualizar o
que acontecerá, o que você quer que aconteça.

Concentração:

A concentração definirá que toda a energia desprendida naquela situação,


seja ela uma oração ou um ritual muito elaborado, será utilizado apenas para
a finalidade que você está orando ou fazendo seu ritual. Sem concentração,
você pode se distrair, e todo o esforço feito ali será jogado fora.
Caso você esteja meditando, por exemplo, e não esteja concentrado...
você gostaria de estar conversando com alguém, desabafando, dando
conselhos e tentando ajudar a pessoa, e ela estar simplesmente lhe ignorando,
ou que nem mesmo esteja prestando atenção em você? Provavelmente não.
Os Deuses, elementais, seres mágicos ou seja lá com quem você esteja
meditando, também não gostariam disso. Portanto, concentração é a chave
para qualquer meditação.
Para treinar sua concentração, pratique com uma música baixa e calma,
que lhe inspire tranquilidade, paciência, harmonia. Você não conseguirá se
concentrar caso esteja com a mente repleta de pensamentos, sejam eles
bons ou ruins. Por este mesmo motivo, não é recomendável que se faça
qualquer coisa ligada a magia, mesmo uma simples divinação, com os
sentimentos aflorados. Acalme-se, respire fundo, e deixe que a energia flua
naturalmente através do seu corpo. Quando se sentir calmo e concentrado,
prossiga no que deseja fazer.

Intenção:

Intenção é, sobretudo, sua energia direcionada. Intenção é aquilo que te


levou a agir magicamente para resolver ou tentar lhe ajudar na situação que
você precisa. E intenção também delimitará que aquilo que você esteja
utilizando ressonará na mesma energia que você. Ou seja, quando você utiliza
da queima de ervas em um ritual para prosperidade, por exemplo, você o faz
com a intenção de trazer essa prosperidade. Tenha em mente essa
prosperidade, saiba o que está fazendo e o porquê de estar fazendo, e
também tenha certeza de que isso vai lhe ajudar, mas você precisa agir para
conseguir o que quer.
Por exemplo, acender uma vela vermelha porque você deseja paixão, e
não colocar nela a intenção: “Eu quero encontrar uma paixão”, pode acabar
trazendo efeitos indesejáveis. Você pode acabar por ficar violento, ou atrair
coisas que não eram de seu desejo – mas que, ao utilizar uma vela vermelha
que tem por característica tanto a paixão e a volúpia quanto a violência e as
emoções exageradas, você ficou sujeito a isto. Tudo por não direcionar sua
intenção.
Seja específico, mas não meça palavras ao elevar aos Deuses o seu pedido.
Você quer resolver as coisas, quer que intercedam por você, não? Então
converse com eles, explique-os os motivos, tenha em mente os porquês, e não
minta a respeito. Para receber algo, deve também dar alguma coisa, e esse
tempo, bem como o esforço que você fizer para conseguir o que deseja, com
toda a certeza trará mais resultados.
Exercícios para a intenção podem ser bastante simples: pense, com todas as
palavras, com convicção e certeza, o que você quer fazer. Fale alto, grite,
bata o pé e diga com confiança: eu quero e isto será feito. Tenha total crença
no que está fazendo, no que acontecerá, e nas coisas que você alcançará
através do esforço.

Visualização:

Sem a visualização, dificilmente a concentração e a intenção por si próprias


vão agir suficientemente. Do que adianta você concentrar-se, direcionar a
intenção, e acabar por não visualizar esta energia sendo depositada no lugar
que precisa? Exatamente: não adianta. A visualização é, digamos assim, a
cereja do bolo da magia. Ela fará com que as coisas saiam da forma que
você imagina, e não de uma forma completamente diferente – e isto pode
acontecer mesmo que você tenha feito tudo certinho, mas não visualizou
corretamente no final.
Por visualizar, entenda-se que é ter em mente o universo agindo para que as
coisas deem certo da forma que você quer. Sabe quando você tem aquela
vontade de comer um doce, e quando sai para comprá-lo, ele tem
exatamente o mesmo gosto que você estava imaginando? Isso é visualização,
e isto é ela se concretizando.
“Mas eu fiz um ritual certinho, segui todas as instruções, só que no final, dizia
que eu precisava visualizar a queima das ervas trazendo a prosperidade, e eu
não sabia como visualizar.” Talvez a prosperidade venha para você, mas em
formas diferentes da que você queria. Para visualizar, você só precisa ter uma
coisa: imaginação. Precisa ver, no caso, as chamas se transformando na
energia para que sua vida prospere e dê frutos. Precisa sentir que as coisas
darão certo para você, e entender que tudo acontecerá de formas que você
não compreende, apenas manipula. Precisa saber que a magia parte primeiro
de você, e sem confiança, sem crença ou visualização, ela não se
concretizará.
“Mas como eu posso treinar a visualização?” Bastante simples: comece com
o círculo mágico. É o exercício mais simples e também o mais útil na vida de
uma magista ,pois o círculo mágico lhe acompanhará Concentração,
intenção e visualização.em todo o sacerdócio. Ao traçar o círculo mágico,
veja e sinta as energias que você está manipulando, sinta-a fluir através do seu
corpo, sinta-a lhe rodeando. Não precisa ter pressa, nem nervosismo,
simplesmente deixe acontecer.
Como você imagina seu círculo? Como labaredas ao seu redor? Então
visualize que as chamas seguem o movimento dos seus braços – através do
seu dedo, do athame, do bastão, varinha, ou do que quer que seja que você
esteja traçando o círculo mágico. Sinta o calor das chamas ao seu redor, e
veja como você não se machuca ao estar rodeado por elas. Veja o fogo
trepidando e queimando, seja ele muito alto ou apenas chamas tímidas a lhe
rodear.
Você visualiza seu círculo como várias flores a desabrochar? Muito bem. Ao
traçar o círculo, visualize que suas mãos, ao passar sobre o chão, no ar, fazem
com que a grama cresça lentamente ali, e que vários brotos e botões
começam a surgir, abrindo-se em muitas flores coloridas, brancas, amarelas,
enfim. Veja a natureza surgir através da energia que você está desprendendo,
veja a grama verde-esmeralda brotar e dela saírem várias flores de acordo
com o passar de sua mão.
Independente de como você imagina seu círculo mágico, faça esse
exercício diversas vezes. Veja-o, sinta-o, saiba que está rodeado pelo que
você visualizou, e pratique a visualização sempre que possível. Não apenas
com o círculo mágico, mas com orações, com velas, poções, feitiços, escudos
mágicos, meditações, tudo.

LEIS UNIVERSAIS

✳ LEI DE CAUSA E EFEITO :

Tudo o que você pensa, fala e faz, volta pra você.


Cada palavra, pensamento ou ação enviam para o universo ondas
eletromagnéticas fazendo com que se tornem realidade.

✳ LEI DO RETORNO :

A Lei do Retorno é muito justa, você pensou em algo e esqueceu, e/ou não
classificou esse “algo” como ruim, acaba causando o desmembramento de
outros fatos igualmente ruins. Tudo o que se pensa, fala e faz, tem retorno.

✳ LEI SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE

Cada vez que você envia energias – boas ou más – para o universo, está
atraindo energias semelhantes à sua. Tudo que acontece ao seu redor, você é
responsável, inclusive do amor incondicional, se vc está nessa energia ela atrai
pra você na mesma frequência.

✳ LEI DO SILÊNCIO :

Cada vez que você critica alguém ou faz comentários sobre briga de vizinhos,
sobre assaltos, problemas pessoais ou ciúmes, aumenta a energia negativa
que acaba somatizando nos corpos sutis até chegar ao corpo físico, seja
como doenças, acidentes, etc. É preferível se calar a falar palavras negativas,
pense que o criador não te fez para pensar ou estar em vibrações que não
seja de Amor e Luz.
✳ LEI DA PROJEÇÃO :

Essa lei ocorre quando você se projeta, inconscientemente, no outro. Por


exemplo: alguém tem uma qualidade que você admira. É porque você tem
essa mesma qualidade guardada no seu subconsciente. O mesmo acontece
quando você não gosta de determinado comportamento ou defeito de uma
pessoa, significa que você tem o mesmo comportamento ou defeito dentro
de si mesmo e, como não consegue identificá-los, se projeta no outro.

✳ LEI DA DOAÇÃO :

Serve para movimentarmos as nossas energias e assim atrair a prosperidade.


Você precisa doar-se para que essa energia de “doação”, que pode ser
qualquer tipo, transforme as vibrações negativas em positivas. Vc não sabe o
bem que volta pra vc emanando vibrações positivas para outrem sem mesmo
os conhecerem o universo recebe como amor incondicional.

✳ LEI DO DISTANCIAMENTO :

É a compreensão de que nada nos pertence, nem esmo as pessoas de nossa


família (pai, mãe, Filhos), amigos, animais domésticos e bens materiais. Tudo é
passageiro em nossa vida, inclusive o nosso corpo físico. Devemos amar e estar
presentes em tudo que está a nossa volta, porém devemos nos conscientizar,
com sabedoria, do desapego amoroso. Não esperar nada de ninguém, E sim
doar-se incondicionalmente , sem apegar-se os apegos aqui atrapalham toda
nossa evolução esperar algo ou aquilo de outra pessoa, frustra e causam
dores profundas na alma, não espere nada de ninguém busque a si próprio
assim você se completa na Fonte divina do Pai maior que de onde devemos
esperar tudo.

LUCIFERIANISMO TRADICIONAL

O luciferianismo tradicional é uma doutrina esotérica e via iniciática gnóstica


no caso das ordens secretas como a Maçonaria Luciferiana, ordo Saturni,
Ordo Templo Orientis, etc.
Em tais ordens Lúcifer é considerado o portador da luz, luz do intelecto, luz da
inteligência racional no homem que deve preponderar sobre seus instintos
irracionais (símbolo de satã).

O luciferianismo tradicional renega o satanismo, pois afirma que Lúcifer não é


Satã, no entanto, há algumas organizações satânicas que se consideram
luciferianas.

Luciferianismo divide-se em:

1. Luciferianismo tradicional teísta, com a crença Em Lúcifer como um ser


divino;
2. Luciferianismo agnóstico, com a crença em Lúcifer como símbolo da luz
intelectual, luz do conhecimento, a força do auto-aperfeiçoamento
independente. O luciferianismo tem origem num antigo culto de apesar
de o luciferianismo ter surgido posterior aos mistérios clássicos, como os
de Elêusis, Delos e Delfos, suas origens práticas remontam ao paganismo
primitivo da Grécia e principalmente na religião Órfica. O luciferianismo
presta reverência à entidade romana conhecida como Lúcifer, o
Andrógino, o Portador de Luz, o espírito do Ar. Para o luciferianismo
tradicional, o objetivo está em encontrar Lúcifer dentro de nós,
conforme a fórmula VITRIOL. Eis o caminho da verdade luciferiana, que
nos trará consciência, conhecimento e sobretudo, o verdadeiro livre-
arbítrio que garante a emancipação da alma humana.

3. O luciferianismo tradicional é o caminho para o encontro com o Eu-


Divindade, a manifestação da verdadeira Vontade. O
neoluciferianismo ou luciferianismo moderno é a versão mais atual do
luciferianismo, que vê Lúcifer como um referencial de auto realização e
desenvolvimento pessoal, sem desconsiderarem a possibilidade que Ele
de fato possa existir como divindade.

O Que é Thelema

Afilosofia conhecida como Thelema teve seu início em 1904, quando da escritura
do Liber AL vel Legis (o Livro da Lei) no Cairo pelo poeta, pintor, alpinista e ocultista
inglês Aleister Crowley. Aqueles que seguem esta filosofia são chamados de
Thelemitas.

Teologia e Metodologia

A teologia Thelêmica postula que toda existência manifesta surge da interação de


dois princípios cósmicos: o Contínuo Espaço-Temporal, infinitamente extenso e
perpétuo, e o Princípio da Vida e Sabedoria, atômico e individual. Desta interação
surge o Princípio da Consciência, o qual governa a existência. No Livro da Lei estes
princípios divinos são personificados através de três divindades egípcias: Nuit, a
deusa do espaço infinito, Hadit, a Serpente Alada da Luz, e Hórus, o deus solar
com cabeça de falcão e senhor do Cosmo.

O sistema teológico Thelêmico utiliza divindades de várias culturas e religiões como


personificações de forças cósmicas arquetípicas – ou seja, estas personificações
não são encaradas como divindades externas ao ser humano e sim como
componentes do próprio espírito de cada homem e mulher. A doutrina Thelêmica
sustenta que todas as diversas religiões humanas baseiam-se em princípios
fundamentais verdadeiros (verdades universais em suas simbologias, ainda que
não absolutas) e o estudo comparativo, desapaixonado e crítico, destas religiões é
uma atividade de grande importância para muitos Thelemitas.

Respeitando os conceitos de cada indivíduo, Thelema segue o Hermetismo


tradicional na doutrina de que cada pessoa possui um Corpo de Luz, uma alma
organizada em “camadas” anexas ao corpo físico. Da mesma forma considera-se
que cada indivíduo possui um Augoeides, ou Sagrado Anjo Guardião (SAG), o qual
pode ser considerado como sendo o Self Superior. No que tange aos conceitos de
pós-morte, a própria vida é considerada como um continuum, sendo a morte
parte integrante da mesma. A vida termina para que a vida continue. O SAG,
entretanto, é imortal, não estando submetido aos ciclos de vida e morte.

Tal como na doutrina budista, o Corpo de Luz é considerado como sendo passível
de metempsicose (reencarnação) após a morte do corpo físico. Considera-se que
Corpo de Luz evolui em sabedoria, consciência e poder espiritual através de tais
ciclos de reencarnação, para aqueles que assim decidem proceder, até o ponto
em que se encontra a Verdadeira Vontade daquele espírito e o indivíduo está
capacitado a partir em direção à execução de sua Grande Obra, o objetivo
máximo de sua existência enquanto parte do Todo representado por Nuit.

Thelema incorpora a ideia da evolução cíclica da Consciência Cultural, bem


como da Consciência Pessoal. A História é considerada como sendo dividida em
uma série de Aeons, cada um dominado por um conceito de divindade e com
sua própria forma de redenção e avanço espiritual. O Aeon é o de Hórus. O
anterior foi o de Osíris e antes deste foi o de Ísis. O Aeon neolítico de Ísis é
considerado como tendo sido dominado pela ideia matriarcal de divindade, sua
fórmula envolvendo a devoção à Deusa-Mãe para a obtenção da nutrição que
ela providenciava. O Aeon clássico/medieval de Osíris teve como dominante o
princípio patriarcal, cuja formula de redenção era o auto-sacrifício e a submissão
ao Deus-Pai. O contemporâneo Aeon de Hórus é centrado no Princípio da
Criança, da sobrevivência individual, cuja fórmula é o crescimento, da
consciência e do amor universal (Ágape), levando à auto-realização.
De acordo com a doutrina Thelêmica a expressão da Lei Divina no Aeon de Hórus
é o “Faze o que tu queres será o todo da Lei”. Esta é a chamada Lei de Thelema e
não deve ser interpretada como uma licença à realização de qualquer ato ou
capricho e sim como uma missão divina de se encontrar sua Verdadeira Vontade,
o propósito da vida de cada um, e ao cumprimento desta; permitindo a todos o
trilhar de seus caminhos individuais. A aceitação (e verdadeira compreensão) da
Lei de Thelema é o que define um Thelemita; e a descoberta de sua Verdadeira
Vontade sua maior motivação. Alcançar “o Conhecimento e a Conversação com
o Sagrado Anjo Guardião” é considerado parte integrante deste processo. Os
métodos e práticas para se alcançar tal feito são vários e encontram-se
agrupados no conceito de “Magick”.

Nem todos os Thelemitas utilizam todas as práticas disponíveis; é considerado que


cada um deva escolher as práticas que mais se enquadrem às suas necessidades
individuais. Algumas destas práticas são as mesmas ou bem similares às de várias
religiões ou outras tradições ocultistas ou místicas, tanto do passado quanto do
presente, tais como meditação, Yoga, estudo de textos religiosos, estudos de
simbolismos, rituais, exercícios devocionais, autodisciplina, Tantra etc.

A filosofia Thelêmica considera que qualquer ato que vá contra a descoberta e o


cumprimento da Verdadeira Vontade como sendo negativo. Isto inclui a
interferência também no trilhar de terceiros. Reza a doutrina de Thelema que a
desarmonia e o desequilíbrio causados por tais atitudes resultam em uma resposta
compensatória do Universo, em busca de equilíbrio – um pensamento semelhante
ao conceito oriental do karma. Thelema não possui um conceito semelhante ao
conceito judaico-cristão do Diabo ou Satã, ou mesmo do Mal. Contudo, uma
pseudopersonificação do estado de confusão mental, ilusão e ignorância egoísta
é referido pelo nome do demônio Choronzon.

Panteão

Não sendo um sistema religioso fechado, Thelema aceita qualquer forma de


crença e qualquer divindade que o Thelemita cultue. Contudo, algumas
divindades são normalmente utilizadas para definir conceitos comuns ao sistema
Thelêmico, muitas vezes sendo referidas nos textos sagrados ou ritualísticos. As
principais são:

Babalon (Mulher Escarlate)

Outro arquétipo da Grande Mãe, é uma contraparte de Nuit mais próxima ao


Humano. É considerada como a Grande Prostituta Sagrada pois não recusa seu
Amor divino a pessoa alguma. É uma representação da liberação da mulher e do
impulso sexual.

Chaos

Ideia irrepresentável do princípio básico de tudo. O Chaos, tal como na mitologia


grega, é a matriz de onde qualquer ideia, forma etc. pode surgir. De acordo com
o Credo da Missa Gnóstica, é o Pai de Vida e Único Vice Regente do Sol sobre a
Terra.

Hadit

O globo solar alado de Hadit é a representação da individualidade, o Self.


Simboliza a Serpente de Luz que deve se elevar para encontrar Nuit e assim
alcançarar a plenitude. O Sol interior, a fonte de toda a luz e sabedoria.
Assemelha-se ao conceito do Logos.

Hoor-Paar-Krates (Harpócrates)

Irmão gêmeo de Ra-Hoor-Khuit, é a metade passiva do deus Hórus, o regente do


Novo Aeon. Sendo filho de Ísis e Osíris gerado após a morte do pai, é tido como
uma criança espiritual, o Não Nascido. Também é conhecido como o Deus do
Silêncio.
Ísis

Representação da Era matriarcal, é o arquétipo da Grande Mãe e da Natureza,


que acolhe o filho em seu seio e o nutre. Representa o primeiro Aeon, quando o
Ser Humano começava a descobrir sua espiritualidade.

Nuit

Deusa egípcia preenchida de estrelas, cujo corpo forma a abóbada celeste é a


representação do Todo em um nível Macrocósmico. Sendo todo homem e toda
mulher uma estrela, Nuit simboliza a união de toda a humanidade em nível
espiritual. Costuma ser representada também por um Círculo.

Osíris

Representação da Era patriarcal, é o arquétipo do Pai, aquele que educa o filho


pela recompensa/punição e lhe passa uma ética e uma moral preestabelecidas,
sacrificando-se por ele. Representa o Aeon anterior ao presente, quando o Ser
Humano precisava ser guiado.

Ra-Hoor-Khuit

Irmão gêmeo de Hoor-paar-kraat (Harpócrates), é a metade ativa do deus Hórus,


o regente do Novo Aeon, quando o Ser Humano não necessita mais dos
arquétipos materno e paterno. É o filho de ísis e Osíris concebido no mundo.
Representa o próprio Ser Humano em sua totalidade divina.

To Mega Therion (A Grande Besta)


To Mega Therion não é apenas um dos nomes mágicos adotados por Crowley. É
também uma representação do Ser Humano ainda preso a seus instintos e
preconceitos mas pleno de seu potencial divino.

Práticas Usuais

Quase todos os Thelemitas mantém um registro de suas práticas pessoais e de seu


progresso em um “diário mágico”. Muitos Thelemitas praticam diariamente o ritual
descrito no Liber Resh vel Helios e/ou o banimento chamado Rubi Estrela. Também
costumam adotar nomes mágicos (ou “motes”), como forma de determinar um
objetivo, trabalhar um arquétipo determinado ou homenagear algo ou alguém e
costumeiramente utilizam como cumprimento a Lei de Thelema.

Textos Thelêmicos Fundamentais

O livro “The Holy Books of Thelema” inclui a maioria dos livros considerados por
Crowley como “inspirados”, os quais formam o cânon das escrituras sagradas
Thelêmicas. O principal destes é o Liber AL vel Legis, sub figura CCXX, comumente
denominado o Livro da Lei. O conteúdo desta obra é bastante críptico e Crowley
deixou alguns comentários para ajudar na sua compreensão (a maioria deles
inclusa no livro “The Law is for All”). Entretanto considera-se que cada Thelemita
interprete o Liber AL à sua maneira particular, sem jamais buscar esta
interpretação com outra pessoa ou aceitando que lhe impunham uma
determinada interpretação.

Um dos principais objetivos Thelêmicos é sempre evitar qualquer forma de dogma.


Outro livro que forma um par importante com o cânon Thelêmico, apesar de não
estar incluso no “The Holly Books of Thelema” por motivos técnicos é o Liber XXX
Aerum vel Saeculi, sub Figura CDXVII, comumente chamado “The Vision and The
Voice”. O I Ching e o Taro, apesar de pré-Thelêmicos, são considerados como
parte do cânon Thelêmico informal. Outra obra fundamental para o
conhecimento da filosofia Thelêmica são o Liber OZ, sub figura LXXVII, talvez a
primeira carta de direitos do Ser Humano. Nele é exposta a filosofia de liberdade.
A Filosofia de Thelema

Thelema não é exatamente, como muitos poderiam pensar, uma nova religião ou
simples técnica de Magia, mas uma nova filosofia, uma nova ética. É a filosofia
que afirma o direito inerente de todo homem e de toda mulher a construir uma
ética pessoal conforme as bases de sua Única e Verdadeira Natureza, portanto é
uma filosofia que toma tanto como base, quanto como objetivo o próprio homem.
É uma Lei de Liberdade em que a Verdadeira Vontade é alçada ao máximo e
identificada com a centelha divina que habita em cada homem e cada mulher,
correspondendo, em seu grau mais elevado, a um produto direto e concreto do
Deus que habita em cada um de nós.

Eu sou a chama que queima em todo coração do homem e no núcleo de toda


estrela. Eu sou Vida e o doador da Vida, no entanto, o conhecimento de mim é o
conhecimento da morte.

AL II:6

Eu estou só: não há Deus onde Eu estou.

AL II:23

Esta Lei de Liberdade demanda o despertar da chama divina em nossos corações


e o conhecimento consciente da Verdadeira Vontade desta chama, em
realidade, o fito de nossas vidas e a razão pela qual nos foi possível o privilégio de
descender à matéria. Diz-se privilégio por que em Thelema a vida é um presente,
uma dádiva, e não uma maldição ou castigo.
Este despertar da chama exige um processo Alquímico, uma união sagrada entre
aquilo que em nós é imortal e divino e aquilo que em nós é mortal e humano. E
aqui se encontra a verdadeira diferença entre Magia e Feitiçaria. O Mago é
aquele que, tendo efetuado o casamento Alquímico, realiza sua Vontade a partir
dos poderes inerentes ao seu próprio ser, parte portanto do Micro para o
Macrocosmo; o Feiticeiro é aquele que, sem a mínima noção desta Alquimia
interior, executa ritos na tentativa de dominar o Macrocosmo, ignorando o seu
próprio Microcosmo, procurando apenas a ilusão da sedução. O Mago é aquele
que contém a Sabedoria de Deus; o Feiticeiro, apenas o tolo que, tal qual o
Demiurgo, julga saber.

Podemos fazer a síntese da Lei de Thelema através de duas pequenas frases:

“Faze o que tu queres será o todo da Lei.” (AL I:40)

“Amor é a lei, amor sob vontade.” (AL I: 57)

A Lei é a apoteose da Liberdade, mas é também a mais estrita das imposições. “tu
não tens direito senão fazer a tua vontade. Fazei isto, e nenhum outro dirá não.”
(AL I:42-43) Temos aí o verdadeiro e mais sagrado paradigma da Lei de Thelema.

A liberdade para realizar a Verdadeira Vontade deve ser absoluta e irrestrita, mas
que fique bem compreendido que “Faze o que tu queres” não significa “Faze o
que te der na telha, ou qualquer coisa que quiseres”, o “tu” presente nesta frase
deve ser motivo da mais profunda e completa reflexão, pois é na compreensão
dele que se encontra a solução para o paradigma.

“Decifra-me ou te devoro”, é a inscrição na esfinge.

A Lei de Liberdade demanda de cada indivíduo um mergulho profundo em sua


própria natureza com o firme propósito de reconhecer conscientemente quais os
grilhões que restringem a sua liberdade; numa segunda fase, exige do indivíduo a
mais rigorosa disciplina para quebrar esses grilhões.

A palavra de Pecado é Restrição.

AL I:41

Um homem que se submete cegamente aos ditames de sua natureza animal,


sejam eles instintos sexuais, de sobrevivência ou de qualquer outro tipo, não é um
homem livre; do mesmo modo também é escravo aquele que se restringe ao
intelecto, às emoções ou a qualquer outro tipo de paixão, bem como às
solicitações de seu corpo físico.

Corpo Físico, Mente e Coração são apenas ferramentas do Espírito e devem ser
submetidos à mais rigorosa disciplina, a fim de se alcançar o mais perfeito equilíbrio
que possibilitará ao Espírito tomar as rédeas do aparato humano e manifestar a
sua Verdadeira Vontade na matéria. Qualquer desequilíbrio na balança forma
imediatamente um grilhão e faz surgir a dor que vela a visão do homem em
relação a seu Espírito Divino, o canal de comunicação entre Alma e Espírito é
rompido e os Amantes deixam de ser Um, para se tornarem Dois. A divisão é a
origem de toda dor.

Esta é a criação do mundo, que a dor da divisão é como nada, e a alegria da


dissolução tudo.

AL I:30

A Verdadeira Vontade é um dom do Espírito, do Deus que habita em nós, o


verdadeiro “tu” da frase “Faze o que tu queres…”
Para que o Deus possa realizar o fito que o impulsiona à encarnação, ou seja, a
sua Vontade, necessita que seu Templo seja limpo de todas as impurezas; somente
a harmonia completa do aparato humano possibilita ao espírito a mais plena
liberdade de ação. Somente um Templo sem máculas, uma taça purificada pode
permitir que um Deus finalmente venha à encarnação, que se manifeste
concretamente no aparato físico que construiu para atuar na matéria. Mas que
aqui não se confunda pureza com moralidade, pois a pureza de que se fala
transcende qualquer regra moral estabelecida pela sociedade; a pureza de que
se fala diz respeito à fidelidade do homem em relação àquilo que ele
verdadeiramente É, o despojar das máscaras que se adquiriu ao longo da vida e
que são tudo, mas não o “Eu sou”. Não há mal nas máscaras, as máscaras fazem
parte do teatro da vida, o mal está em não as utilizar de modo consciente e com
objetivo definido em direção ao nosso próprio entendimento do Universo,
confundindo as marcas do espaço.

Caso não seja isto certo; se vós confundires as marcas do espaço, dizendo: Elas
são uma; ou dizendo, Elas são muitas, se o ritual não for sempre para mim: então
esperai os terríveis julgamentos de Ra-Hoor-Khuit!

AL I:52

Um Mago é aquele que utiliza todos os componentes de seu próprio ser nas
devidas proporções tomando-os num esforço único em direção à sua Verdadeira
Vontade, mas para que ele assim o faça precisa primeiramente identificar estes
componentes. Assim, o “Conhece-te a ti mesmo” é um dos fundamentos da Lei de
Thelema.

Liberdade implica em assumir responsabilidade, um escravo não responde por


seus atos; o que realmente caracteriza um homem livre é que ele utiliza as frases
“Eu sou”, “Eu fiz ou não fiz”, enquanto o escravo diz “Eu sou por que…”, “Eu fiz ou
não fiz por que…”
Agora uma maldição sobre Porque e seus parentes! Possa Porque ser
amaldiçoado para sempre!Se Vontade para e chama Porquê, invocando Porque,
então Vontade para & nada faz.

AL II:28-30

Ainda em relação à Verdadeira Vontade, Crowley escreve que “a verdadeira


Vontade deve ser realizada com Unidade de propósito, desprendimento e paz”.

Pois vontade pura, desembaraçada de propósito, liberta do desejo de resultado, é


em todo modo perfeita.

AL I:44

Deixe que a Vontade flua, livre de qualquer obstáculo ou “porquê”, seja uma taça
pura, vazia, um relicário onde a mais sagrada jóia de sua essência irá se
manifestar. Faça de seu corpo e alma um canal aberto e livre por onde possa ser
ouvida a voz daquilo que você realmente é, do seu “Eu sou”. Permita-se o êxtase
da Suprema União plasmada no Amor entre o Divino e o Humano, entre o Imortal e
o Mortal e então as alegrias afastarão toda a dor e compensarão todo o
sofrimento.

Então disse o profeta e escravo da bela: Quem sou Eu, e qual será o sinal? Assim
ela respondeu-lhe, curvando-se para baixo, uma bruxuleante chama de azul, tudo
tocando, toda penetrante, suas amáveis mãos sobre a terra negra, & seu corpo
flexível arqueado por amor, e seus pés macios não ferindo as pequenas flores: Tu
sabes! E o sinal será meu êxtase, a consciência da continuidade da existência, a
onipresença de meu corpo.

AL I:26
Obedecei meu profeta! Ide até os ordálios de meu conhecimento! Procurai-me
apenas! Então as alegrias de meu amor irão vos redimir de toda a dor.

AL I:32

Lembrai todos vós que a existência é pura alegria; que todas as tristezas são
apenas como sombras; elas passam & acabam; mas há aquilo que permanece.

AL II:9

Eu sou a Serpente que dá Conhecimento & Deleite e glória brilhante, e agita os


corações dos homens com embriaguez. Para adorar-me tomai vinho e drogas
estranhas sobre as quais Eu falarei ao meu profeta, & embriagai-vos disto! Eles não
vos prejudicarão de forma alguma! Isto é uma mentira, esta tolice contra si. A
exposição da inocência é uma mentira. Sê forte, ó homem! deseja, aproveita
todas as coisas dos sentidos e arrebatamento: não temais que qualquer Deus te
negará por isto.

AL II:22

Ah! Ah! Morte! Morte! tu ansiarás pela morte. Morte é proibida, ó homem, para ti. A
extensão de teu anseio será a força da sua glória. Aquele que vive longamente &
deseja muito a morte é sempre o Rei entre os Reis.

AL II:73-74

Amor é a lei, amor sob vontade.

AL I:57
No idioma grego AGAPE, Amor, tem o mesmo valor numérico de THELEMA,
Vontade. Portanto, entendemos que a Vontade é da natureza do Amor.

A essência do Amor reside no êxtase de Dois que querem se tornar Um. O Amor é
na verdade uma fórmula Universal de alta magia onde se busca a cura para a dor
da divisão. Cura esta alcançada no supremo êxtase da Unidade.

Em Liber II está escrito: “embora a natureza da Vontade seja o amor, este Amor
não a contradiz, nem a sobrepuja; e se em qualquer crise uma contradição se
ergue é a Vontade que nos guiará corretamente”.

Assim, embora a Vontade seja da natureza do amor, esta natureza não se opõe a
ela, mas sim se une em perfeita ressonância com o fim a ser alcançado. E este é o
único e verdadeiro amor, tudo o mais é ilusão, fumaça oriunda do fogo da paixão,
cujas chamas são alimentadas pelo sofrimento da queda, da divisão, da sensação
de solidão.

O Amor é o meio pelo qual a Vontade se plasma e efetua a sua manifestação.

A Vontade se origina da eterna necessidade do Universo ou Deus em crescer,


aprofundar o conhecimento sobre Si Mesmo. O Um então se divide em Dois, Três…
Dez… Até que o eterno retorno à Unidade novamente volte a acontecer. Esta
múltipla divisão lhe permite obter milhares de novas experiências que ampliam os
limites de sua própria consciência e sabedoria. A essência do impulso divino que
gera a divisão de Si Mesmo é o Amor, o desejo de União das Trevas com a Luz, do
Nada com o Todo. Somos, enquanto centelhas divinas, crianças e frutos deste
amor, tal qual o Universo, trazemos em nossa essência Sombra e Luz e, tal qual o
Universo, buscamos a união dos opostos, em busca do supremo êxtase de
experimentar a plenitude de nossas essências. Este impulso é natural à própria vida.

Nenhuma, sussurrou a luz, esvaída & feérica, das estrelas, e duas.

Pois estou dividida por causa do amor, pela chance de união. Esta é a criação do
mundo, que a dor da divisão é como nada, e a alegria da dissolução tudo.

AL I:28-30

O Amor é o único laço de união possível entre uma coisa e a outra que lhe
corresponde, o cadinho onde é possível plasmar a união de opostos, realizar a
Grande Obra.

A palavra de Pecado é Restrição. Ó homem! não recuses tua esposa, se ela quiser!
Ó amante, se tu queres, parte! Não há laço que possa unir o dividido senão amor:
tudo além é uma maldição. Amaldiçoado! Amaldiçoado seja isto pelos æons!
Inferno. Deixai aquele estado de multiplicidade limitado e repugnante. Assim com
vós todos; tu não tens direito senão fazer a tua vontade. Fazei isso, e nenhum outro
dirá não.

AL 41-43

Vimos então, que Liberdade é conseqüência direta da identificação da


Verdadeira Vontade. Temos então definidos os três pontos básicos da Lei:

Vontade

Amor

Liberdade.

A imagem da Lei é dada através da analogia do ritmo ordenado das órbitas


celestes.
Uma Verdadeira Vontade jamais se choca com uma outra Verdadeira Vontade.
Em verdade, sendo cada indivíduo uma estrela do corpo de Nuit, a sua Vontade
reflete a própria Vontade Universal, sendo ela nada mais do que um aspecto
particular de uma Vontade Geral. Todas as Vontades estão em verdade de
acordo e harmônicas, seguindo o fluxo de amor do universo e ao final confluem
para um mesmo ponto, confabulam para um mesmo fim, a ampliação e progresso
do próprio Universo.

Had! A manifestação de Nuit. O desvelar da companhia do céu. Todo homem e


toda mulher é uma estrela. Todo número é infinito; não há diferença.

AL I:1-4

Sê tu Hadit, meu centro secreto, meu coração & minha língua.

AL I:6

Eu estou sobre vós e em vós. Meu êxtase está no vosso. Minha alegria é ver vossa
alegria.

AL I:30

Agora, portanto, Eu sou conhecida de vós por meu nome Nuit, e dele por um
nome secreto que Eu lhe darei quando por fim me conhecer. Visto que Eu sou
Espaço Infinito, e as Estrelas Infinitas de lá, fazei vós também assim. Nada restrinjais!
Que não haja diferença feita em meio a vós entre uma coisa qualquer & outra
coisa qualquer; pois por meio disso vem dor.

AL I:22
Na esfera Eu sou em toda parte o centro, como ela, a circunferência, em lugar
nenhum é encontrada.

AL I:3

É apenas o equívoco das mentes que ignoram que causa atrito e confusão,
quando um homem se integra à sua natureza divina ele se torna o sagrado
relicário da Sabedoria Divina, tornando-se cônscio de sua órbita própria. A única
consequência possível a este ato é a ordem, não há conflito, não há inveja, não
há ciúmes ou sentimentos de posse, todas as vontades são respeitadas.

Poderíamos aventar a hipótese de que dentre os milhares de seres que povoam o


mundo seria impossível que dois ou mais não se interessassem por investigar um
mesmo objeto. Esta hipótese é refutada pelo fato de que um mesmo objeto pode
ser investigado sob diversos ângulos ou aspectos que geram milhares de outros
ângulos ou pontos de vista. Assim, embora existam milhares de estrelas existe ainda
um múltiplo muito maior de possibilidades de investigação, todas estas
investigações sendo gerenciadas por uma Ordem Universal, o infinito Nada e Todo
que conhecemos sob o nome Nuit que cria o mundo por amor ao amor. Sendo
assim, o choque entre duas verdadeiras órbitas jamais chega a acontecer.

Assim vemos que a Lei de Thelema tem como finalidade transformar o mundo a
partir das consciências individuais. Entendemos que a verdadeira caridade é
aquela que fazemos conosco mesmos, cada Deus que encarna e manifesta a sua
Vontade agrega Luz e Sabedoria ao mundo, impulsiona a humanidade ao
verdadeiro progresso espiritual.

Isto regenerará o mundo, o pequeno mundo minha irmã, meu coração & minha
língua, para quem Eu envio este beijo.
Sociedade Luciferianos Oficial

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