de regras de caráter facultativo, Conformismo retamente, quer por inferência,
mas que, se utilizados em contra- para se ter certeza da influência
tos internac ionais sujeitos à ar- Por Charles Adolphus Kiesler e do grupo sobre o indivíduo" b itragE'm pela Câmara de Comér- Sara B. Kiesler . Série "Tópicos ( p. ll ) . c io Internacional , estarão presos de Psicologia Social". Trad. de Mais adiante abordam o tema aos conceitos por ela expedidos, Dante Moreira Leite, São Pau- "conformismo como um traço de e que , a despe ito de usarem as lo, Edit.ora Blücher Ltda., 1973 personalidade" e deixam os leito- cláusula s com os nomes usuais, 118 p. res um tanto frustrados na expec- as partes contratantes poderão tativa de uma resposta ou um sempre deixar explícito no instru- estudo que não aparecem . Afir- mento do contrato as condições mam que tal assunto não compe- específica s pelas quais se com- te a um estudo de psicologia so- pro metem. O cial. Fazem, todavia, alusão a dois problemas básicos referentes ao Laércio F. Betiol tema, quais sejam: o perigo de se classificar dicotomicamente os indivíduos em "conformistas" e "não-conformistas ", como traços de personalidade, e o de aproxi- mar o "conformista" de uma personalidade "submissa". A c a- ba m por afirmar que confor- mar-se a um grupo todos nós em algum tempo de nossas vidas o fazemos; o que realmente impor- ta não é saber se nos conforma- mos ou não, mas· "por que". A abordagem dos autores é no Em uma seqüência bastante sentido de esmiuçar não só o ter- clara ingressam no item "pesqui- mo central usado no livro, sendo sa sobre conformismo", que não inclusive seu título, mas também nos permite uma repetição do o de esclarecer o leitor, através experimento relatado, pois não é de colocações teóricas e do rela- esse o objetivo, mas nos dão uma to de pesquisas, sobre todos os boa orientação sobre planejamen- termos empregados na própria to experimental. defin ição de conformismo. Após a análise dos termos da De f i nem conformismo como definição e atendendo à propo• " uma mudança no comportamen- sição inicial de subdivisão, para t inte re ss ante observar que nosso Có- digo Comerci al , elabo ra do nu ma época to ou na crença , que se faz na efeitos didáticos, em obediên- em que- o liberal is mo econô mi co est ava em direção de um grupo, como re- cia e aceitação íntima, passam a voga, faz inú me ras referências aos uses e sultado de pressão real ou imagi- analisar o item "obediência" . cos t umes come rciais, como fonte do di- rei to come rcia l ( v. art s. 154, 169 , 176, nária de ste último " ( p. 2 ). Afirmam que, para alguns pes- 186, 201 e 207 n. 2 ). bem como à so- Subd ividem o tema de estudos quisadores, em t.ermos práticos, lução de conflitos ent re ccmerciant es po r em dua s etapa s: 1. a obediência, arbit rado res ( v. arts. 80, 82, 9 5, 194 , " o estudo da obediência é mais 2 15, 217, 772, 776 e 777) medida através da mudança no importante do que · o da aceita- comporta mento, porém sem con- ção íntima" ( p. 43) e utilizam-se 102 " Nesses dout r inadore s têm, com maior vicção das próprias ações por par- de alguns exemplos a título de ou menor ê nfase, procu rado ca racte r izar as chamadas cláusul as usuais do cont •atc te do indivíduo que se compor- ilustração . Completam d i z e n do de comp ra e venda , part icula rmen te a in· ta ; 2. a aceitação íntima, como que " para as pessoas que traba- ter naciona l. Dent re ele s pode mos ci tar : um fator gerador de uma mu- Carva lho de Me ndonça, J . X. Tratado de lham nessa área , a mudança de direito comercial brasileiro . 5 ed ., Rio- dança no comportamento, mais atitude ou aceitação íntima têm São Pau lo, Livrar ia Freitas Bastos, 1955 . duradoura, pois o indivíduo aceita importância realmente secundá- v. 5, p. 50-5; Pe nte s de Mi randa . Tra- as no rma s e crenças do grupo tado de direito privado. 2 ed., Rio , Edi to r ria ... Estão interessadas em mu- Bo rsoi, 1962. t. 39 , p . 305-8; Ma rti ns, como 'vál ida s. danças de comportamento, e só Fr an. Contratos :> obrigações comerciais . Neste ponto os autores ques- depois se preocuparão com mu- 2 ed., Rio-São Pa ulo, Forense , 1969 . p . 199-203; Álvares, Walter T., Direito co- t io nam -se quanto à necessidade dança de atitude (se é que o mercia l. 2 ed ., São Paulo, Sugestões Lite- de "mudança" no comportamen- farão) " (p. 43) . rár ias, 1971. v. 2. p . 540, 5 41 e 550; to do indiv íduo para "co nformar- Pessoalmente, somos mais favo- Barreto, La uro Muniz . Questões de direito bancário. S . .Pau lo, Max Limonad, 19 70. se" . Conc luem pela sua neces- ráveis à abordagem da aceitação V. 2, p. 69 5-703 . sidade, quer ela seja "medida di - íntima como forma mais adequa-
Revista de Administração de Empresas
da da mudança de comportamen- o novo capítulo focalizando o que Costing: a management to, apesar de reconhecermos, co- será abordado, não deixando de approach mo os autores bem ressaltam, as encadear o antecedent.e e o con- dificuldades em pesquisar tal seqüente. · Por A. H. Taylor . London 1 Pan aceitação. E, finalmente, foi traduzido por Books Lt:d., l 974. 192 p. +XL. Destacamos especialmente aqui, uma autoridade em psicologia so- Brochura. a importância das cinco bases de cial, o Prof. Dante Moreira Leite, poder social de French e Raven que por si só recomenda a obra ( 1959) ( p. 73). Esses dois auto- citada. O res, bem como Kelman e Festin- ger, estão concordes em um pon- Maria I rene Stocco Betiol to de extrema . importância para o comportamento de grupos ou pessoas, ou seja: prêmio e casti- go levam a um comportamento de simples obediência-, sem ace·i· tação íntima. Se lembrarmos que o comportamento obediente atra~ vés de coação cessa na ausência dos prêmios ou castigos, ou na ausência das pessoas que pre- miam ou que punem, vemos quão inócua é essa técnica, para uma real mudança de comportamento. French e Raven acreditam que a " identificação com os outros", Eis um livro que faz falta em por- a "capacidade de percepção de tuguês. Existem em nossa língua algum conhecimento ou habilida- volumes que satisfazem plena" de do outro" e a "percepção do mente ao magistério, mormente direito do outro sobre si/f in· para especialistas ou pessoas que fluem na aceitação íntima ( p. 7 4) queiram dedicar-se à importante incumbência de achar o custo das e conseqüentemente geram uma coisas . t: possível citar as excelen- mudança de comportamento mais tes traduções de Lawrence-Rus- duradoura porque convicta; levam winckel (!brasa.) ou · os três vo.. a um conformismo as pressões do lumes de Matz, Curry e Frank grupo porque realmente aceitam (Atlas), Florentino (FGV) e os a·s normas desse grupo como vá- livros de José Geraldo de Lima e lidas. Fredericó Herrmann Jr., além de Como conclusão, gostaríamos muitos outros, escritos em portu- de enfatizar que o livro comenta- guês. Mas todos os · volumes que do atinge de forma excepcional conheço, até a obra de Ànthony os objetivos propostos pelos au· e Hekimian {traduzida também teres - o de ser indicado para para o português, que se destina principiantes em psicologia so- mais ao controle pelo custo das cial - sem, todavia, tornar-se operações industriais), são tomos superficial para os mais adianta- de sabedoria que informam e tra- dos. balham com pessoas cujo conhe- 103 Está didaticamente organizado, cimento na área deve resultar de não deixando lacunas ou termos ação, ou em ação1 em lugar de ser um conhecimento suplemen- não definidos. tar que permita uma administra- Relatam com profusão experi- ção melhor. Acredito que o pre- mentos sobre o tema e os comen- sente livro preenche a proverbial tam, chamando atenção para os lacuna, menos pela escolha do possíveis pontos fracos ou. difi- conteúdo e mais pelo conhecimen~ culdades encontrados pelos pes- to do autor. Na mesma série, o quisadores. Colocam lado a lado autor elaborou o livro Financiai teorias divergentes e tentam uma planning ~nd contro·l,t e acredito conclusão conciliadora. que os aspectos tais como "nível Resumem a cada fim de capí- de atividade" e "determinação de tulo o assunto ·discutido e abrem pr~os~' devem ser lidos com pro-