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1.

A Conversão de Clemente

1- Neste infeliz estado de dúvida e perplexidade, Clemente começou a prestar alguma


atenção nos crescentes rumores sobre estranhos acontecimentos na longínqua Judéia, e
então aconteceu de um dia ele encontrar uma reunião em praça pública promovida pelo
ramo local da igreja em Roma: “Havia um homem de pé, numa parte muito
movimentada da cidade,” e ele nos conta, “chamando o povo e dizendo: “Escutai-me,
Romanos, O Filho de Deus está no país da Judéia, prometendo vida eterna a todos os
que lhe derem ouvidos, desde que façam certas coisas de acordo com a vontade daquele
que o enviou, chamado Deus o Pai... ’ Este homem que estava dizendo estas palavras à
multidão era um oriental, um Judeu por nacionalidade, cujo nome era Barnabé. Ele
declarou que ele fora um dos discípulos daquele homem, e que havia sido enviado por
Ele com o propósito específico de fazer com que estas coisas fossem conhecidas a todos
que quisessem recebê-las. Quando eu aquilo ouvi, decidi parar e juntar-se à multidão
que o estava escutando para ouvir o que ele tinha a dizer. Pois podia perceber
imediatamente que não havia nada da arte da dialética naquele homem, mas que ele
simplesmente e sem nenhum traço de retórica, relatava as coisas que havia escutado do
Filho de Deus, ou que ele havia visto. Ele não apoiava suas asserções com hábeis
argumentos, mas clamava à população que o escutava sobre as muitas testemunhas das
palavras e milagres que ele estava relatando.

2- “Bem, o povo começou a dar uma atenção favorável a coisas faladas com tanta
sinceridade e a receber a mensagem daquele simples sermão. Mas havia alguns
presentes que pareciam ser homens bens educados ou filósofos que começaram a rir do
homem e o provocar, lançando as armadilhas dos argumentos silogísticos como
irresistíveis armas contra ele. Mas ele, sem se perturbar e agindo como se considerasse
seus ataques ferinos como nada digno de atenção, nem mesmo se importava em dar-lhes
uma resposta, mas prosseguiu destemidamente dando o discurso como havia prometido.
“Mas havia um camarada inteligente na multidão que continuamente interrompia
sempre com a mesma questão: “Por que uma mosca, pequena como ela é, fora criada
com seis patas e asas para esta vida, enquanto um elefante não tinha asas e somente
possuía quatro patas?” Este homem importunou tanto até que Barnabé finalmente se
dirigiu a ele. “Nós aqui viemos sob o mandato daquele que nos enviou para anunciar-
vos seus feitos e palavras maravilhosas. E em apoio a tal nós não produzimos
argumentos cuidadosos e bem trabalhados, mas chamamos testemunhas de vosso
próprio meio, ...Agora está inteiramente sobre vós receber ou rejeitar nossa mensagem.
Todavia nós não podemos refrear de dizer estas coisas que são para o vosso próprio
bem, pois se ficássemos em silêncio, a condenação seria nossa, mas se falamos e vós
não o recebeis, a perda é toda vossa. Concernente a vossas ridículas proposições,
poderíamos respondê-las facilmente, e o faríamos se vós estivésseis perguntando com
um sincero desejo de conhecer a verdade - eu me refiro a toda esta baboseira sobre a
diferença entre elefantes e moscas”

3- Em resposta a isto, todos os jovens inteligentes gargalharam e gritaram, tentando


demover Barnabé e fazer com que parasse de falar, chamando-o de bárbaro louco, pois
que falava com um sotaque. Nesse ponto, o próprio Clemente... entrou no meio da
discussão e se dirigiu a multidão com grande ousadia: “Bem certamente, o Deus
onipotente tem ocultado sua vontade de vós, sabendo que sois vós indignos desde o
princípio – como deve ser claro para qualquer pessoa pensante a partir de vosso
presente comportamento. Pois quando vedes pregadores da vontade de Deus vindo até
vós, se o discurso deles não demonstra nenhuma familiaridade com a arte da gramática,
mas ao invés disso eles vos falarem dos mandamentos de Deus em frases simples e não
rebuscadas, de tal forma que qualquer que os ouça possam compreender e seguir o que
estão dizendo, vós fazeis mofa destes ministros e mensageiros de vossa salvação,
esquecendo ...que um conhecimento da verdade pode ser encontrado entre rústicos e
bárbaros; ainda vós não aceitareis a menos que venha por alguém de sua própria cidade
em sua própria linguagem vernácula; e isto é prova de vós não sois de maneira alguma
amigos da verdade e dos filósofos [os buscadores de toda sabedoria], mas amigos dos
enganadores, dos homens com suas grandes bocas, que vos lisonjeiam, os quais
acreditam que a verdade não habita em simples palavras mas em astúcia e em
linguagem rebuscada.” Este tipo de discurso da parte de Clemente quase levou para uma
revolta e ele e Barnabé tiveram que escapar dali.

2. Cura de uma cega em Toronto, Canadá. Parley P. Pratt parodia sua


história com a história do cego de nascença, conforme encontramos
em João 5.

Do Diário de Parley P. Pratt.

Quando de sua Missão em Toronto, no Canadá. pp. 117 & 118

No dia seguinte a Sra. Walton me pediu para visitar uma de suas


amigas que também era viúva em grandes tribulações, estando totalmente
cega devido a uma inflamação em seus olhos; ela vinha sofrendo dores
extremas por vários meses, e também havia se reduzido a uma condição
paupérrima, tendo quatro pequenas crianças para sustentar. Ela perdera seu
marido por cólera dois anos antes, e havia sustentando a si mesma e a sua
família lecionando numa escola até que foi privada de sua visão, desde então
ela vinha sendo dependente da sociedade Metodista; sendo então ela mesma
e as crianças um fardo público.

A Sra Walton enviou-me sua filha de 12 anos para me mostrar o


caminho. Eu visitei a pobre viúva cega e seus órfãos, eu os encontrei num
apartamento escuro e fechado, sendo assim para que se impedisse que
qualquer raio de luz atingisse e ferisse dolorosamente ainda mais os olhos
daquela pobre viúva. Eu lhe relatei as circunstâncias de minha Missão, e ela
acreditou em mim. Eu impus as mãos sobre ela e em nome de Jesus Cristo
disse a ela: “Teus olhos serão curados a partir deste instante”. Ela tirou as
bandagens que cobriam seus olhos, abriu sua casa para a luz; vestiu-se e
caminhando com seus olhos abertos veio para a reunião naquela mesma noite
na casa da irmã Walton, com olhos tão sãos e brilhantes como os de que
qualquer outra pessoa.

A sociedade Metodista estava agora livre de um fardo na pessoa dessa


viúva e de seus quatro órfãos. Este impressionante milagre logo ganhou
notoriedade, e a casa da pobre mulher logo estava cheia de visitantes de todas
as partes da cidade e da região, todos curiosos para testemunharem por eles
mesmos e inquirirem dela como seus olhos haviam sido curados.
“Como o homem curou seus olhos?” “O que ele fez? – dize-nos,” eram
questões tão freqüentemente repetidas que a mulher, preocupada com as
respostas, veio até mim por conselho para saber o que deveria fazer. Eu a
aconselhei a dizer-lhes que o Senhor a havia curado, e dar a Ele toda a glória,
e que aquilo seria o suficiente. Mas eles ainda a importunavam por mais
detalhes. “O que este homem fez?” “Como teus olhos se abriram e ficaram
sarados?”

“Ele impôs suas mãos sobre minha cabeça e em nome de Jesus Cristo,
repreendeu a inflamação e ordenou a meus olhos que ficassem sãos e que se
restaurasse a minha visão, e isto foi instantaneamente realizado.”

“Bem, daí glória a Deus; pois, concernente a este homem, é bem


conhecido de que ele é um impostor, um seguidor de Joseph Smith, o falso
profeta”

“Se ele é um impostor ou não, eu não sei; mas isto eu sei, eu era antes
cega, e agora eu vejo! Pode um impostor abrir os olhos de um cego?”

“Talvez então você queira ser seu discípulo, unir-se aos ‘Mórmons’?”

“Ele nada me disse sobre unir-se aos ‘mórmons’, mas me ensinou o evangelho,
e prestou testemunho de que Deus restaurou seu poder na terra. Gostar-vos-
iam também de serem seus discípulos? Ou então por que me perguntais tão
ansiosamente sobre como meus olhos foram curados?”

“Oh! Nós somos discípulos de John Wesley. Nós somos a Igreja Cristã.
Nós conhecemos John Wesley, mas concernente a este homem, não sabemos
nem de onde ele vem.”

“Como é isto que não sabendo vós de onde ele é, e ainda assim ele me
abriu os olhos? Acaso John Wesley abriu os olhos de algum cego? Pode um
impostor fazer isto?”

“Ah, agora vemos como é. Você está determinada a abandonar a Igreja


Cristã, o bom e velho caminho, pela causa destes tolos, destes míseros
impostores – os ‘Mórmons’. Bem, adeus. Mas lembre-se, você não terá mais
nenhuma ajuda de nossa sociedade, nenhum agrado de qualquer tipo; nem
mesmo poderá lecionar aulas em nossa escola. Como então você se
sustentará?”

Tais contendas e desencorajamentos como estes, sussurrados ao pé do


ouvido daquela pobre mãe, dia após dia, junto com maledicências, mentiras e
várias formas de arrazoamentos logo fizeram com que ela fraquejasse, e como
milhares de outros pobres e fracos mortais, ela encolheu-se de volta na rede de
enganos sectários e nunca mais foi vista pelos Santos.
3. A Ressurreição de Ella Jensen, conforme relatada por ela
mesma.
“Em primeiro de Março de 1891, fiquei extremamente doente devido à febre escalarte, e sofri
muito durante uma semana. Foi na manhã do dia 9 que eu acordei com um sentimento de que
iria morrer. Tão logo abri meus olhos eu podia ver alguns de meus parentes do outro lado do
véu.... Eu então pedi a minha irmã para me ajudar a ficar pronta para entrar no mundo
espiritual. Ela penteou meu cabelo, me lavou, e eu escovei os dentes e limpei minhas unhas
para que eu pudesse estar limpa quando estivesse diante de meu Criador. ...Então despedi-me
de meus entes queridos e meu espírito deixou o meu corpo.

“Por algum tempo eu pude escutar os meus pais e parentes chorando e pranteando, o que me
perturbou grandemente. Tão logo, entretanto, Eu tive uma visão do outro mundo minha atenção
se desviou deles para os parentes que lá estavam, os quais pareciam felizes em me ver... vi
muitos de meus parentes e amigos que já haviam partido, muitos dos quais eu mencionaria
várias vezes depois desta experiência, pois com muitos deles eu conversei... Após ter ficado
com meus amigos que haviam partido o que pareceu ter sido um pouco tempo, ainda que
tivesse passado várias horas, eu escutei o Apóstolo Lorenzo Snow administrar a mim, dizendo
que eu deveria voltar, uma vez que ainda tinha algum trabalho a fazer na terra. Foi com pesar
que tive de deixar aquele lugar celestial, mas disse a meus amigos que eu deveria deixá-los...
Por muito tempo depois desta experiência, eu tive um grande desejo de voltar a este lugar de
descanso celestial, onde eu habitei por tão pouco tempo” (citado em “Remarkable
Experiences,” Young Woman’s Journal, Jan. 1893, 165)

3. Aparição do Salvador ao profeta Lorenzo Snow, conforme relatado


por sua neta, Allie Young Pond:

“Uma noite enquanto estava visitando meu avô Snow em seu escritório no
Templo de Salt Lake, eu permaneci com ele até que os recepcionistas tivessem
ido embora e os guardas noturnos ainda não houvessem chegado, então vovô
me disse que me levaria até a entrada principal da frente para que eu pudesse
sair. Ele pegou seu molho de chaves de seu gaveteiro. Após sairmos de seu
escritório e enquanto estávamos ainda no grande corredor que levava à sala
celestial, eu estava alguns passos à frente de meu avô quando ele me parou e
disse: “Espere um momento, Allie, eu gostaria de lhe contar uma coisa... Foi
exatamente aqui que o Senhor Jesus Cristo apareceu a mim na ocasião da
morte do Presidente Woodruff. Ele me instruiu a ir adiante e reorganizar a
Primeira Presidência da Igreja imediatamente e a não esperar, como havia sido
feito após a morte dos presidentes anteriores, e que eu sucederia Presidente
Woodruff.” “Então vovô se aproximou um passo mais, estendeu sua mão
esquerda e disse: “Ele apareceu exatamente aqui, cerca de três pés acima do
chão. Parecia que ele estava em cima de uma placa de ouro sólida.”
“Meu avô me disse quão glorioso o Salvador parecia e descreveu Suas mãos,
pés, seu semblante e sua linda túnica branca, toda ela era de tamanha glória
de brancura e brilho que ele mal podia fitar seus olhos sobre Ele.”

“Então ele se achegou um passo mais próximo e colocou sua mão direita em
minha cabeça e disse: “Agora, minha neta, eu gostaria que você lembrasse que
este é o testemunho de seu avô, de que ele lhe contou com os seus próprios
lábios de que ele realmente viu o Salvador, aqui no Templo, e que conversou
com Ele face a face”’” (LeRoi C. Snow, “An Experience of My Father’s,”
Improvement Era, Sept. 1933, 677).

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