Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Imbuias 2007
Definição: os livros que não faziam parte da Bíblia, não canônicos, contestados, texto
de origem desconhecida, texto falso ou falsificado no conteúdo ou título.
O número dos livros apócrifos é maior que o da Bíblia canônica. Podemos contabilizar
112 deles, 52 em relação ao Antigo Testamento e 60 em relação ao Novo. A tradição
conservou outras listas dos livros apócrifos, nas quais constam um número maior ou
menor de livros. Destacamos, a seguir, alguns desses escritos segundo suas categorias:
A CATOLICIDADE: Este fator envolve a circulação, o uso e a aceitação do livro. Já que não era fácil
comprovar a autenticidade apostólica, esta característica auxiliou e muito a confecção do Cânon.
Os autores tinham no geral seguidores em sua igreja e comunidade, mas só os livros usados pela
igreja inteira vieram a ser incluídos no Cânon.
A ORTODOXIA: Esta também era um importante fator na questão da seleção. nos relatos, livros
escritos que para serem canonizados deveriam possuir no seu bojo um conteúdo doutrinário
cristalino. Nenhum dos escritos que concorriam a uma aceitação canônica poderia contrariar àquela
ortodoxia característica das primeiras décadas.
INSPIRAÇÃO: A última prova para canonizar era a inspiração. Os livros escolhidos davam
evidências de serem divinamente inspirados e autorizados. O Espírito Santo guiou a igreja para que
ela discernisse entre a literatura religiosa genuína e a falsa. Houve a necessidade de um certo
período de tempo para se concretizar.
Os apologistas e teólogos dos séculos II e III
Tertuliano [na África] Contra Praxeas (c.213) três [pessoas]) e da fórmula cristológica (duas substâncias ou
Apologia (c.197) naturezas em uma pessoa) [Contra Praxeas]
Só aos apóstolos e às suas igrejas pertencem as Escrituras e a fé cristã
Contra Marcião (207/8)
(c. 160 –c. 220) Muitos escritos (contra os gnósticos)[Prescrição contra os Hereges]
Há pecados irremissíveis pela igreja (contra o bispo de Roma)
dogmático-polêmicos e
prático-ascéticos
Os apologistas e teólogos dos séculos II e III (cont.)
Há uma lista valiosa dos livros do Novo Testamento, do ano 170 d. C., chamada
Cânon Muratoriano.
Infelizmente parte dela foi destruída.
O evangelho de Lucas
Escrito por Lucas orientado por Paulo, mesmo autor de Atos. Tanto Inácio como Policarpo
fizeram uso de Lucas e de Atos. O Cânon Muratoriano e os escritos de Irineu (170 d.C.)
afirmam que Lucas escreveu um evangelho em associação com Paulo.
O evangelho de Mateus
Este evangelho tem as evidência externas mais antiga. Foi usado por Clemente, Inácio,
Policarpo e outros. Papias afirma que Mateus foi escrito em aramaico e depois traduzido para
o grego. Escreveu diretamente para os judeus, que era maioria na igreja primitiva.
Quem escreveu o Novo Testamento?
• O evangelho de Marcos
• Os escritos Joaninos
Constituem a maior parte do restante do N.T. O discípulo amado mudou-se para Éfeso
e lá viveu até idade bem avançada. Irineu conta que João viveu até os dias de Trajano
(98-117 d.C.). Clemente de Roma e Inácio citam o evangelho de João, Policarbo de 1
João, Papias 1 João e Apocalipse. O Cânon Muratoriano cita o evangelho de João, o
Apocalipse e duas epístolas – 2 e 3 João.
Em 1957 foi descoberto o papiro Bodmer II (200 d.C.), ele contém a maio parte do
evangelho de João.