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Lucelena Ribeiro

Tecnóloga em Radiologia
Introdução
A mamografia é um exame de diagnóstico por
imagem, que tem como finalidade estudar o tecido
mamário. Esse tipo de exame pode detectar um
nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável.
Para tanto é utilizado um equipamento que utiliza
uma fonte de raios-x, para obtenção de imagens
radiográficas do tecido mamário.
Início da Mamografia

Incidência lateral - Equipamento de Rx


Incidência CC – Equipamento de RX
Equipamentos

1965 - Primeira processadora de


transporte rolante – E. Kodak

1967 – Primeiro modelo de


produção do Senógrafo CGR
Equipamentos para Mamografia
convencional
O Auto-exame:
 O objetivo fundamental do auto-exame é fazer com que a
mulher conheça detalhadamente as suas mamas, o que facilita a
percepção de quaisquer alterações.

 Deve ser feito a partir dos 21 anos, 7 dias após a menstruação.

 Deve-se procurar:

Caroços (nódulos), mesmo que não doam


Secreções saindo pelo mamilo (espontâneamente, ou ao apertar)
Alterações na pele (espessamentos localizados, feridas, coceiras)
Indicação da Mamografia
Mulheres:

Entre 45 e 50 anos, mamografia base para determinar


o padrão da mama da paciente, com a finalidade de
comparação com exames posteriores
Entre 40 e 49 anos, mamografia bianual, ou anual (se
a paciente pertencer ao grupo de risco)
A partir dos 50 anos, mamografia anual, que deverá
ser realizada até os 70 anos.
Preparação do paciente para a
mamografia
 Fazer anamnese da paciente

 Levar em consideração os sentimentos da paciente:


Ansiedade pelo resultado do exame
Vergonha de ter a sua privacidade invadida
Medo do exame

 Papel da Técnica em Radiologia:


Recebê-las com um sorriso
Tratá-las de forma cordial e atenciosa (chamando pelo nome)
Demonstrar que sua privacidade está sendo respeitada
Explicar os motivos dos procedimentos durante o exame
Alinhamento do corpo da paciente
 Observar a existência de objetos estranhos sobre a área a
ser estudada (cabelo, queixo, brincos, ombro causarão
artefato na imagem)

 Evitar que a paciente:

• Permaneça com os pés tortos


• Empine o peito e desalinhe o quadril
• Eleve os calcanhares (perca de estabilidade)
• Levante o cotovelo (musculatura contraída)
Correto Incorreto
Incidências de Rotina

Crânio-caudal
Médio-lateral Oblíqua
Incidência Crânio-Caudal (CC):
Incluir toda a mama
Porção lateral e medial
Mamilo paralelo ao filme
Elevar o sulco inframamário
Filme próximo dos quadrantes
inferiores
Mama centralizada no bucky
Incidência Médio-Lateral Oblíqua
(OML):
O bucky deve ser angulado seguindo
o eixo da caixa torácica. Variação
angular: entre 45º e 60º.
Incluir porção profunda da mama
Incluir o sulco inframamário
Mamilo paralelo ao filme
Tecido mamário bem distribuído
 Incidência Crânio-
caudal

Incidência Médio-lateral
Oblíqua
Observação:
Evitar que o mamilo fique
voltado para cima ou para
baixo. Como o mamilo é
uma estrutura de maior
densidade, se mal
posicionado, poderá criar
uma imagem de falso
nódulo e prejudicar a
interpretação do exame!
Incidências Complementares
Compressão seletiva
Magnificação
Magnificação com compressão seletiva
Crânio-caudal exagerada
Rolagem
Cleavage
Axilar
Cleópatra
Compressão seletiva

 Tem finalidade de dissociar


estruturas que possam estar
causando dúvidas (como por
exemplo uma densidade
assimétrica)

 Tipos de compressores:
Quadrado
Redondo
Magnificação com Compressão
Seletiva
 Quando em alguma das incidências de
rotina aparecer imagem suspeita
(microcalcificação, densidade
assimétrica ou imagem nodular), é
necessário fazer radiografia com
Magnificação(ampliação) e Compressão
Seletiva.

 Quanto maior a distância Objeto –


Filme, maior será o fator de ampliação.
Incidência Crânio-caudal
exagerada
 Todo o parênquima precisa ser
visualizado. Quando isso não
acontece, ou quando há suspeita
de nódulo na região lateral da
mama, deve-se proceder à
radiografia Crânio-caudal
exagerada.

 O tubo de raios-x deve ser


angulado cerca de 5º
Rolagem
Tem a finalidade de
desfazer suspeitas por
sobreposição de
estruturas
Incidência Crânio-caudal
girando a mama para a
direita (D) ou esquerda
(E)
Efetuar Compressão
Perfil Verdadeiro (tubo a 90º)

Diferenciar calcificações
puntiformes e esparsas.
Incidência médio-lateral
Perfil ampliado
Evidenciar melhor
certas estruturas
Crânio-caudal exagerada medial
(Cleavage)
Tem por finalidade
radiografar a parte medial
da mama.

Esse posicionamento é feito


tracionando-se ambas as
mamas em conjunto.
Axilar
Essa incidência pode ser útil
quando há suspeita de nódulo
em região axilar que não pode
ser visibilizada na incidência
médio-lateral oblíqua.

Angulação do tubo: 45º


Cleópatra
Tem por finalidade esclarecer
imagens duvidosas que possam
ter se apresentado na incidência
médio-lateral oblíqua.
Angulação: entre 5º e 15º

Mama é comprimida de modo a


enfatizar a região lateral.
Mamas com implante de silicone
 A mama com implante deve ser avaliada de duas
formas:
Tracionando todo o conjunto (mama+prótese)
Em manobra de Eklund

 Não utilizar sistema de exposição automática dos


raios-x
Passo 1 Passo 2

Passo 3 Passo 4
Mama com prótese
Restrições para fazer a manobra
de Eklund
Próteses endurecidas
Próteses aderidas ao parênquima mamário
Áreas irregulares na parede da prótese

Risco: Rompimento da prótese


A MELHOR IMAGEM
PROPORCIONARÁ UM MELHOR
DIAGNÓSTICO!

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