Yy2014mm11dd3hh12mm29ss11 Curso Alesp Sabesp Paula 261114

Curso Saneamento e Gestão Ambiental
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
Gestão Ambiental:
Do licenciamento ambiental ao
Sistema de Gestão Ambiental
(SGA)
Paula Márcia Sapia Furukawa

Agenda
 Gestão ambiental : principais desafios
 O licenciamento ambiental e os principais requisitos ambientais no

ciclo de vida dos empreendimentos
 O Sistema de Gestão Ambiental- SGA como ferramenta de gestão

operacional
Principais Desafios dos Setores Produtivos e
de Infraestrutura
• Disponibilidade de recursos hídricos (qualidade e quantidade)

• Restrições ambientais (legislação cada vez mais restritiva)
• Alterações de uso e ocupação do solo e crescimento populacional
• Demandas por serviços e obras de infraestrutura
• Demandas da sociedade
Desempenho
ambiental
Empresas Sustentabilidade
Conformidade
ambiental
O que é Sustentabilidade?
Termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as
necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das
próximas gerações
Conceito estabelecido pelo Relatório da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecido como Relatório Brundtland
(“Nosso Futuro Comum”), 1987.
“Triple Bottom Line”
Pilares que devem nortear a gestão

empresarial sustentável: social,
econômico e ambiental
A Sustentabilidade na perspectiva empresarial, segundo

John Elkington, 1994
Novo cenário...
 Inicialmente: análise técnica e econômica
 Atualmente: integração aspectos técnicos,

econômicos e ambientais
Avanço da

Acompanhamento sistemático da legislação
regulamentação
legal aplicada ao negócio
 Maior organização e
cobrança da Integração entre projetos e estudos ambientais
sociedade
Novos requisitos para concepção e operação

de empreendimentos
Importância da Componente Ambiental
nos empreendimentos
Definição de Obrigações Legais

(ex. Licenças e
alternativas Gestão dos resíduos Autorizações
tecnológicas e na e efluentes gerados Ambientais; padrões
de qualidade, etc)
escolha das áreas
Sanções legais,
Captação de
criminais e Boas Práticas de
recursos financiados Gestão Ambiental
administrativas
(ex. SGA)
Licenciamento Ambiental e
os requisitos ambientais no ciclo de vida
dos empreendimentos...
Licenciamento Ambiental
Definição da Resolução CONAMA 237/97
LICENCIAMENTO AMBIENTAL :
“Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia

a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e
atividades que utilizam-se de recursos ambientais, consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental, considerando normas técnicas e legislação
aplicável.”
Licenças
Reserva de ambientais
uso da água e (prévia,
Autorização para
outorga para implantação e
ocupação de
uso de operação)
áreas de
recursos preservação
hídricos permanente e
supressão de
vegetação
Autorização para Principais

ocupação/interferên licenças e
cia em áreas
protegidas, reservas autorizações Certidões de
indígenas, sítios ambientais uso e
arqueológicos e ocupação do
áreas tombadas solo
Autorizações Autorizações
para interferência para transporte
com outras e disposição e
concessionárias resíduos
A obrigatoriedade do licenciamento depende do tipo de empreendimento,

porte, complexidade e impacto ambiental
Ref. legais: Resolução CONAMA 237/1997, Decreto Estadual 8468/76 e revisões posteriores
Setor Saneamento: principais unidades
sujeitas ao licenciamento ambiental
Estações de Tratamento
de Água (ETA)
Estações de Tratamento
de Esgotos (ETE)
Disposição de Resíduos
Ref. legal: Resolução Conama 237/97, Decretos Estaduais 47.400 e 47.397/02

Exemplos de outros empreendimentos
sujeitos ao licenciamento ambiental
• Obras Civis e Serviços de Utilidade: rodovias, ferrovias, hidrovias, barragens e

diques, transposição de bacias hidrográficas, produção de energia...
• Transporte, terminais e depósitos : produtos químicos, minério, petróleo...
• Extração e tratamento de minerais: lavras, perfuração de poços e produção de
petróleo e gás natural...
• Indústrias de diversos ramos : metalúrgica, mecânica, papel e celulose, celulose,
química, mecânica, têxtil, alimentícia...
Ref. legal: Resolução Conama 237/97, Decretos Estaduais 47.400 e 47.397/02

Licença Licença de Licença de

Prévia (LP) Instalação(LI) Operação (LO)
• fase de • autoriza a • autoriza a

planejamento do instalação do operação do
empreendimento empreendimento empreendimento
• aprova localização e • conforme • após cumprimento
concepção especificações do das exigências da
• atesta viabilidade projeto aprovado, LP e LI e demais
ambiental incluindo medidas medidas de
• estabelece de controle controle ambiental
requisitos básicos e ambiental e e condicionantes
condicionantes para demais determinadas para
as próximas etapas condicionantes a operação
Ref. legal: Resolução Conama 237/97

LICENÇA DE OPERAÇÃO A TÍTULO PRECÁRIO

• Antecede a LO
• Período necessário para avaliar a eficiência das condições, restrições
e medidas de controle ambiental, impostas à atividade ou ao
empreendimento
• Prazo de 180 (cento e oitenta) dias
Ref. legal: Decreto Estadual 8468/76 e Decreto Estadual 47400/02

Prazo de validade das Licenças Ambientais
Resolução CONAMA
Decreto Estadual 8.468/1976
237/1997
LP Prazo de 2 anos para solicitação de LI Até 5 anos
LI Prazo de 3 anos para início das obras Até 6 (seis) anos
De 2 até 5 anos dependendo de um Mínimo de 4 (quatro)

LO fator de complexidade da fonte de anos e máximo de 10
poluição (dez) anos
As licenças são renováveis com prazos para solicitação da renovação

Outorga para Uso dos Recursos Hídricos
 Captações
 Lançamentos de Efluentes
 Obras Hidráulicas : Barramentos, Canalizações
 Serviços: desassoreamento, limpeza de margens
Reserva de uso
Outorga para utilização
Cobrança pelo uso da água

O ciclo de vida dos empreendimentos e o licenciamento ambiental
Concepção (2 anos) Implantação (3 anos) Operação Desativação
(30 anos)
Depende da complexidade do empreendimento
ampliação
Empreendimento
Estudo de Projeto
Plano Projeto Execução Operação Desativação
Concepção Executivo
Fases do
Diretor (*) Básico(**) da Obra do Sistema

(*) (**)
Licença de
Operação (LO)
Aprovado
(renovável)
 Reserva de
Uso da Água Estudo
Ambiental Licença de Licença de
Licença
Licenciamento
 Autorização Simplificado Instalação (LI) Operação

Prévia (LP)
Ambiental
Florestal (EAS ou RAP) (***) Precária (LOP)

Necessário
estudo
 Ocupação
detalhado
do Solo, áreas Estudo
protegidas, Ambiental Outorga pelo
tombadas ou Detalhado com
reservas Aprovado
Uso da Água
Audiências
indígenas Públicas
(EIA / RIMA)
Reprovado
(*) estudo de alternativas (**) detalhamento da alternativa escolhida

(***) há casos de emissão de LI juntamente com LP conforme o porte do empreendimento
Fatores de sucesso dos empreendimentos
concepção
Interação das Inclusão

áreas envolvidas implantação de
requisitos
ambientais
nas várias
Feedback operação etapas
e melhoria
continua
prevenção de
desativação
passivos
ambientais e
busca da
Cronograma e recursos compatíveis: ecoeficiência
etapas do empreendimento e de licenciamento

Requisitos ambientais na fase de concepção
Concepção Implantação Operação Desativação

Etapas do empreendimneto
ampliação
Plano Estudo de Projeto Projeto Execução Operação Desativação

Diretor Concepção Básico Executivo da Obra do Sistema
Licença de
Operação (LO)
 Reserva de
Aprovado
Uso da Água Estudo

Ambiental Licença Licença de Licença de
Licenciamento
 Autorização Simplificado Prévia (LP) Instalação (LI) Operação

Ambiental
Florestal (EAS ou RAP) Precária (LOP)

Necessário estudo detalhado
 Ocupação
Aprovado

Uso da Água
reservas Audiências
(EIA / RIMA)
Reprovado
Requisitos ambientais na concepção
 Atendimento à legislação e compromissos
 Uso racional e sustentável dos recursos naturais
 Fomento a tecnologias limpas (P+L)
 Redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)
 Minimização, reciclagem ou reutilização de resíduos e

efluentes
Apresentados exemplos de requisitos

ambientais para Estações de Tratamento de
Esgotos- ETEs, porém os conceitos são
aplicáveis a outros tipos de
empreendimentos
Área de estudo
e demandas vegetação, topografia, dados
(diagnóstico) geotécnicos
Uso e ocupação do solo

Aspectos sociais e econômicos
Infraestrutura disponível
Disponibilidade de áreas
Legislação aplicada
Estudos e planos existentes
Metas e compromissos existentes
Estudos populacionais, vazões e

cargas orgânicas
Escolha de áreas
 Desapropriações
 Relocação de população
 Remoção de cobertura vegetal
 Interferência em áreas protegidas, tombadas, sítios

arqueológicos , reservas indígenas, áreas de proteção de
mananciais, etc
 Compatibilidade da atividade pretendida com a legislação
de uso e ocupação do solo e ocupação do entorno
 Manifestação da comunidade
 Interferência e disponibilidade
de serviços de infra-estrutura
 Ocupação anterior (eventuais
passivos)
Exemplos... Áreas de Preservação
Permanente (APP)
ÁREAS PROTEGIDAS Áreas de Proteção e

• Estação Ecológica Recuperação de Mananciais
(APRMs)
• Parque Nacional
• Área de Proteção Ambiental
• Área de Relevante Interesse Ecológico
• Floresta Nacional
• Reserva de Desenvolvimento Sustentável
• Reserva Biológica
• Monumento Natural
• Reserva Extrativista
• Refúgio de Vida Silvestre
• Reserva de Fauna
• Reserva Particular do Patrimônio Natural
As áreas protegidas no Estado de São Paulo:

http://www.ambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal
Estudos de Corpos Receptores
e Locais de Lançamento de efluentes
 Disponibilidade hídrica: vazões mínimas
 Usos preponderantes: atuais e futuros
 Caracterização da qualidade dos efluentes e corpo receptor
 Capacidade de autodepuração e de assimilação das cargas

remanescentes
 Atendimento dos padrões legais ou normativos (ex. padrões de

emissão e qualidade)
Grau de eficiência
requerido para as
estações de tratamento
de efluentes
Sistema de Classes e “Após
Enquadramento dos Corpos D’Água lançamento do

efluente no
corpo d´água”
Enquadrado
Usos mais Padrões mais
em classes nobres restritivos
Classe 1
Conjunto de
“Padrão de
usos
Qualidade” a ser
previstos
verificado no corpo
Corpo d´água
d´água
Classe 4 Conjunto de
Fontes de “Padrão de
usos
Poluição: Qualidade” a ser
previstos
verificado no corpo
ETE, d´água
Indústria, etc
“Padrão de
Emissão” Condicionam as
alternativas
“Antes do tecnológicas a serem
lançamento do
efluente no
empregadas nos
corpo d´água” processos de
tratamento
Ref: Resoluções Conama 357/05 e 430/11, Decretos Estaduais 8468/76 e 10755/77

Classificação dos corpos de água - Exemplo
Resolução CONAMA nº 357/2005 Decreto Estadual 8.468/1976
Art.3º As águas doces, salobras e salinas do Território Art. 7º As águas interiores situadas no território do Estado
Nacional são classificadas, segundo a qualidade (...) classificadas segundo os seguintes usos
requerida para os seus usos preponderantes em preponderantes:
treze classes de qualidade. I - Classe 1: águas destinadas ao abastecimento
Art. 4º (...) doméstico, sem tratamento prévio ou com simples

desinfecção;
“III. Classe 2: águas que podem ser destinadas:
II - Classe 2: águas destinadas ao abastecimento
a) ao abastecimento para consumo humano, após
doméstico, após tratamento convencional, à
tratamento convencional;
irrigação de hortaliças ou plantas frutíferas e à recreação
b) a proteção das comunidades aquáticas;
de contato primário (...);
c) a recreação de contato primário, tais como natação,
III - Classe 3: águas destinadas ao abastecimento
esqui aquático e mergulho, conforme Resolução doméstico, após tratamento convencional, à
CONAMA nº 274, de 2000; preservação de peixes em geral e de outros elementos da
d) a irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de fauna e da flora e à dessedentação de animais;
parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os IV - Classe 4: águas destinadas ao abastecimento
quais o publico possa vir a ter contato direto; e doméstico, após tratamento avançado, ou à
e) a aquicultura e a atividade de pesca.” navegação, à harmonia paisagística, ao abastecimento

industrial, à irrigação e a usos menos exigentes
Como saber qual a classe de um rio?
Consultar Decreto Estadual nº 10.755/1977 e suas revisões
posteriores
• Especifica nominalmente os rios de classe 1, 3 e 4

• Os que não são citados são classe 2
Exemplo:
“1 - Corpos de Água Pertencentes à Classe 1
1.1 - Da Bacia da Baixada Santista:
a) Córrego da Moenda e todos os seus afluentes até o ponto de captação de
água de abastecimento para o Município de Mongaguá;
b) Ribeirão das Furnas e todos os seus afluentes até a confluência com o Rio
Itapanhaú em Bertioga, no Município de Santos...”
Resolução CONAMA nº 357/2005
Exemplos de Padrões de Qualidade - Águas Doces
Padrões menos restritivos
Atenção: sempre temos que observar o estabelecido no Decreto

Estadual 8468/76 e utilizar o padrão mais restritivo
Resolução CONAMA nº 357/2005
Exemplos de Padrões de Qualidade - Águas Doces
Classe
Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4
Parâmetro
DBO (mg/L O2) 3 5 10 -
OD (mg/L O2)
6 5 4 2
não inferior a
Padrões menos restritivos

Exemplos de Padrões de
Lançamento de Efluentes
Art. 21 Res. CONAMA

PARÂMETRO Art. 18 Dec. 8468/76
430/11
60 mg/l ou 80% 120 mg/l ou 60%

DBO (5d, 20ºC) (mg/l O2)
eficiência tratamento eficiência tratamento
pH Entre 5 e 9 Entre 5 e 9
SSd ( ml/l) 1 1
Óleos e Graxas ( mg/l) 100 100
Temperatura (º C) 40 ºC 40ºC
Estabelecidos limites Critério do órgão
Metais
para vários metais ambiental
Alternativas Tecnológicas
 Área necessária
 Eficiência requerida
 Consumo de energia
 Mão de obra requerida
 Disponibilidade de áreas de empréstimo e bota fora
 Disponibilidade de infraestrutura básica

Alternativas Tecnológicas (cont.)
 Geração, tratamento,armazenamento, transporte e disposição de

resíduos
• Ex. alternativas : disposição final (aterros), usos na agricultura,

recuperação de áreas degradadas, compostagem,
aproveitamento energético
 Transporte, armazenamento e utilização de produtos químicos
• Utilização de produtos de baixa toxicidade
• Estudos de análise de risco (ex. gás cloro)
 Geração de odores, ruídos e aerossóis

Alternativas Tecnológicas (cont.)
 Reuso de efluentes
 redução ou reaproveitamento dos GEEs
 minimizar a geração dos GEE – ex. reduzir consumo de

energia elétrica e aumentar eficiência tratamento
 aproveitamento energético da queima do biogás gerado
 cobertura de lagoas com captação e queima de gases
Cobertura de lagoa
Requisitos ambientais na fase de implantação

Etapas do empreendimneto
ampliação

Licença de
Operação (LO)
Aprovado
 Reserva de
Uso da Água Estudo
Licenciamento

Ambiental
Florestal (RAP) Precária (LOP)

 Ocupação
Aprovado

Uso da Água
(EIA / RIMA)
Reprovado
Requisitos ambientais na implantação
Complementos e detalhamentos decorrentes das

etapas anteriores, em especial:
 implantação das medidas mitigadoras,

compensatórias e de controle operacional
 exigências das licenças e outros documentos

Medidas Mitigadoras,
Compensatória ou de Controle
Alguns exemplos ....
 sistema de drenagem ao redor da obra e controle de erosões
 segregação, destinação e reaproveitamento de resíduos
 edificações do canteiro com instalações sanitárias adequadas
 regulagem de motores e cobertura de caçambas
 sinalização de tráfego e equipamentos de segurança
 planejamento dos horários e itinerários para circulação de veículos
 implantação de projetos paisagísticos ou de recomposição
 adequação da área de resíduos e produtos químicos: impermeabilização de pisos,

construção de bacias de contenção, sistema de coleta de percolados com retorno
ao processo, instalação de lavadores e detectores de gases
Requisitos ambientais na fase de operação

Etapas do Empreendimento
ampliação

Licença de
Operação (LO)
Aprovado
 Reserva de
Uso da Água Estudo
Licenciamento

Ambiental

 Ocupação
Aprovado

Uso da Água
(EIA / RIMA)
Reprovado
Requisitos Ambientais na Operação
 Em geral complementos e detalhamentos decorrentes das etapas

anteriores:
 exigências das licenças e outros documentos
 Revalidação periódica de documentos legais
• ex. licenças ambientais, outorgas e autorizações para transporte e
disposição de resíduos
 Verificação periódica do atendimento da legislação ambiental
• ex. vazões de operação e lançamento, qualidade dos efluentes e
resíduos gerados, qualidade de água do corpo receptor, emissão
de odor e ruído, etc.
 Implantação de Procedimentos e Controles Operacionais
Implantação de Procedimentos e Controles
Operacionais. Alguns exemplos...
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Gerenciamento de Produtos Químicos
Monitoramento Ruído Monitoramento Odor
Monitoramento de Efluentes e Corpos Receptores
Planos de Emergência Gestão de Calibração de

equipamento criticos
Monitoramento e controle da queima do biogás

Recomendações de boas práticas
na operação...
 Implantação de programas de:
 educação ambiental
 redução, reciclagem e reutilização de resíduos
 uso racional da água e energia
 redução de perdas
 reuso de efluentes
 redução da emissão de GEE
 Fomento ao desenvolvimento de tecnologias limpas e voltadas à proteção e
recuperação do meio ambiente
 Implantação de Sistema de Gestão Ambiental
Requisitos ambientais na fase de desativação

Etapas do empreendimento
ampliação

Licença de
Operação (LO)
Aprovado
 Reserva de
Uso da Água Estudo
Licenciamento

Ambiental

 Ocupação
Aprovado

Uso da Água
(EIA / RIMA)
Reprovado
Requisitos Ambientais na Desativação
dos Sistemas
Necessidade de comunicação ao órgão ambiental com a apresentação de

um Plano de Desativação com:
• Paradas dos equipamentos
• Resíduos gerados
• Desmontagem e limpeza
• Demolições
• Investigação preliminar e confirmatória de áreas contaminadas
(análise do solo e águas subterrâneas)
Ref. Legal: Lei Estadual nº 13.577 / 2009 e Decreto Estadual nº 47.400/ 2002
O Sistema de Gestão Ambiental
como ferramenta de gestão
operacional...
Sistema de Gestão Ambiental - SGA
• Forma como uma organização administra as relações entre suas

atividades e o meio ambiente
• Parte de um sistema de gestão de uma organização utilizada para

desenvolver e implementar sua política ambiental e para gerenciar
seus aspectos ambientais
Gases Odores Ruído
Esgoto
Sanitário
Efluente
Final
Resíduos Sólidos Produtos químicos Emergenciais

Para que serve um
Controle dos Sistema de Gestão
aspectos e
impactos Ambiental ?
ambientais
Redução de
Conhecimento
riscos
do custo da
ambientais
conformidade
(acidentes e
ambiental
passivos)
SGA-
Ferramenta efetiva
de mudança de
Oportunidade cultura com Fortalecimento
de redução e envolvimento direto da imagem da
controle de da base operacional empresa e da
custos participação no
ambientais mercado
Demonstração de
Estimulo ao comprometimento
desenvolvimento com a proteção
de soluções ambiental e a
ambientais prevenção da
poluição
Busca e Manutenção da Conformidade e
Excelência da Gestão Operacional
....objetivos de um Sistema de Gestão Ambiental - SGA
Como introduzir as
melhores práticas
ambientais no dia-a-dia
da operação?
Como trabalhar
preventivamente?
Como evitar a geração

de passivos ambientais?
A ISO 14001...
 norma internacionalmente aceita que define os requisitos para
estabelecer e implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

 é um dos modelos mais utilizados para implantação de um SGA
 sua adoção não requer obrigatoriamente que a empresa busque a
certificação
Outros modelos...
 Desenvolvimento pelas organizações de modelos próprios de SGA sem

objetivo de certificação
 Em ambos os casos há possibilidade de implantação progressiva do SGA

nos processos da empresa
Política de Meio Ambiente
 intenções e princípios gerais de uma organização em

relação ao seu desempenho ambiental, conforme
formalmente expresso pela alta administração
Recomendações:
 apropriada à natureza, escala e impactos ambientais
 comprometimento com a melhoria contínua e com a
prevenção da poluição
 comprometimento em atender aos requisitos legais
Exemplo:
Extrato Política de Meio Ambiente da SABESP
• Atuar na prevenção da poluição hídrica e gestão dos resíduos sólidos.
• Desenvolver as pessoas para promover a melhoria contínua dos produtos, processos

e serviços, visando a qualidade ambiental.
• Assegurar a conformidade com a legislação ambiental e compromissos subscritos.
• Adotar critérios ambientais para gestão de fornecedores.
• Fomentar o desenvolvimento de tecnologias voltadas à proteção, conservação e

recuperação do meio ambiente. Vigente desde 31/01/2008
Definição do Escopo do SGA
1) Todos os processos e sites da empresa?
2) Quais são os objetivos da organização?

• Implantação do SGA com o objetivo de certificação
• Certificação de todos os sites? Só os estratégicos?
• Atendimento obrigatório de todos os requisitos da ISO14001
• Implantação do SGA sem o objetivo de certificação
• Possibilidade de implantação de modelo próprio da organização
Processos Sabesp
Água Esgotos
Gestão de Produção Serviços ao Disposição

Coleta e Tratamento
Recursos Água Distribuição Cliente Final
Afastamento de Esgotos
Hídricos Tratada
Produção
Água Tratamento Disposição
Tratada Escopo SGA de Esgotos Final
Escopo do SGA: ETAs e ETEs

Levantamento dos aspectos e
impactos ambientais (LAIA)
Aspecto Ambiental – elemento das
atividades, produtos ou serviços de CAUSA
uma organização que pode interagir
com o meio ambiente.
X X
Impacto Ambiental – qualquer
modificação do meio ambiente, EFEITO,
adversa ou benéfica, que resulte,
CONSEQUÊNCIA
no todo ou em parte, dos aspectos
ambientais da organização
Objetivo: estabelecer medidas de

controle e gerenciamento apropriadas
Aspectos e Impactos Ambientais - exemplos
Aspecto – descarte inadequado de resíduos
IMPACTO
ADVERSO
Impacto – alteração da Impacto – proliferação de

qualidade do solo e da água vetores
Aspectos e Impactos Ambientais - exemplos
Aspecto – emissão de gases poluentes
IMPACTO
ADVERSO
Impacto – alteração da qualidade do ar

Aspectos e Impactos Ambientais- exemplos
Aspecto – descarte inadequado de efluentes
IMPACTO
ADVERSO
Impacto – alteração da qualidade da água

Aspecto – geração de resíduos
IMPACTO
ADVERSO
Impacto – alteração da Impacto – proliferação de

qualidade do solo e da água vetores
Aspecto: plantio de mudas
IMPACTOS
BENÉFICOS
Impacto: preservação de Impacto: sequestro de

recursos naturais carbono
Aspecto: utilização de biocombustíveis
IMPACTO
BENÉFICO
Impacto: preservação de Impacto: diminuição da emissão de

recursos naturais poluentes na atmosfera
Aspectos e Impactos Ambientais
Outros exemplos....
Aspectos Impactos ambientais

Geração de efluentes Alteração da qualidade da água
Geração de resíduos Alteração da qualidade da água/solo
Geração de ruído Incômodo à sociedade
Derramamento de produtos químicos Alteração da qualidade da água/solo
Consumo de água Redução de recursos naturais

Consumo de energia Redução de recursos naturais
Consumo de Produtos químicos Redução de recursos naturais
Geração de Gases de Efeito Estufa Mudança Climática

Emissão de material particulado Alteração da Qualidade do ar
Aspectos e Impactos Ambientais - Metodologia
 As empresas estabelecem metodologia para a avaliação dos aspectos e

impactos ambientais das suas atividades com o objetivo de identificar a
significância dos aspectos em relação aos impactos causados ao meio
ambiente
 Avaliação realizada por equipe multidisciplinar
 Uma vez identificados os aspectos significativos ou sujeitos à legislação
devem ser estabelecidas medidas de controle apropriadas
Metodologia para avaliação de aspectos e
impactos ambientais - exemplo
Gerenciar
Relacionar os Aspectos e Impactos

decorrentes de cada atividade, NÃO
produto ou serviço
Possui SIM
Legislação
Caracterizar os Classificar os Aplicável?
Aspectos ambientais Impactos ambientais
Estabelecer Medidas de
Controle apropriadas aos
NÃO aspectos e impactos
ambientais identificados
Determinar o nível de significância do Significativo?

Aspecto ambiental SIM
ABRANGÊNCIA
INTERVENÇÃO
PROB / FREQ
SEVERIDADE
CONDIÇÃO
PR/PL/PM
SITUAÇÂO
IMAGEM
ATIVIDADES/
B/M/A
B/M/A
N/A/E
L/R/G
R/P
D/I
ETAPA PRODUTOS/ ASPECTO IMPACTO
SERVIÇOS
Aplicação de Consumo de produtos Redução de recursos

Desinfecção N D R 3 1 3 1
produto químico químicos - Hipoclorito naturais
Decantação Remoção de Geração de resíduos Alteração da qualidade

N D R 3 3 2 2
secundária resíduos sólidos sólidos – Lodo de ETE do solo
Armazenamento de Alteração da qualidade

armazenamento Vazamento – gás cloro E
produtos químicos do solo
Saída de esgoto Lançamento de Geração de esgoto Alteração da qualidade

N D R 3 2 2 3
tratado esgoto tratado tratado da água
Pontuação depende do caso especifico

em análise
NIVEL DE SIGNIFICÂNCIA
CONSEQUÊNCIA = Severidade + Abrangência + Imagem
Probabilidade ou Baixo = 3 a 9
3 4 5 6 7 8 9
Frequência
Baixa (1) 3 4 5 6 7 8 9 Moderado = 10 a 18
Média (2) 6 8 10 12 14 16 18
Crítico = 21 a 27
Alta (3) 9 12 15 18 21 24 27
Eventos emergenciais são críticos

Objetivos e metas ambientais
Propósito decorrente da Política

Melhor
Ambiental que uma organização se desempenho
propõe a atingir dos sistemas
Exemplos:
 Redução de consumo de água
 Redução ou eliminação de resíduos de operação
 Redução ou eliminação da liberação de poluentes
 Redução de consumo de energia elétrica, entre outros...

Levantamento dos requisitos legais
e verificação de atendimento
(conformidade legal)
Aspectos e impactos Identificar os requisitos legais

ambientais aplicáveis ao escopo do SGA
Pesquisas: sites
Verificar periodicamente se oficiais ou serviços
houve revisão da legislação contratados
“Traduzir” a Trabalho conjunto:

área técnica e
legislação para Avaliar a forma de aplicação
juridica
operação
Realizar a verificação de Inclui manutenção da

atendimento (conformidade) documentação legal
Abrangência: Legislação Federal, Estadual e Municipal

Documentação: funções,
responsabilidades e recursos
• Definição de autoridades e responsável pela

Assegurar a disponibilidade Direção do SGA
de recursos essenciais para • Estruturação de procedimentos corporativos
estabelecer, implementar, ou operacionais
manter e melhorar o SGA • Disponibilização de Recursos (recursos

humanos, infraestrutura, tecnologia e
recursos financeiros)
Usual a elaboração de um Manual do Sistema

Treinamento e Conscientização
• Conceitos básicos do SGA

Envolvidos em tarefas que • Legislação ambiental
tenham o potencial de causar • LAIA
impacto(s) ambiental(is) • Tratamento de não conformidades
• Aplicação de procedimentos/controles
significativo(s) operacionais/Planos de emergência
COMPETÊNCIA BÁSICA • FUNCIONÁRIOS

ATUAIS E NOVOS
SGA • TERCEIROS
APRIMORAMENTO
(TÉCNICO E GESTÃO)
Controles Operacionais e Planos de
Emergência para os aspectos e impactos
significativos: exemplos
Monitoramento e medição
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Gerenciamento de Produtos Químicos
Monitoramento Ruído Monitoramento Odor
Monitoramento de Efluentes e Corpos Receptores
Planos de Emergência Gestão de Calibração de

equipamento criticos
Monitoramento e controle da queima do biogás

Análise Critica e Auditoria
estratégico
Feedback,
• Resultados de Auditorias Internas correção
tático
• Comunicações Partes interessadas de rumo e
melhoria
e reclamações operacional continua
Análise Crítica
• Verificação do atendimento legal
do SGA
• Desempenho ambiental
• Mudanças de Circunstâncias
• Recomendações de Melhoria
No mínimo, uma vez ao ano
Auditoria: checagem amostral do atendimento dos requisitos do SGA ou outro

tipo de verificação
• Interna (com mão de obra própria ou contratada)
• Externa por organismo certificador
Paula Márcia Sapia Furukawa
psapia@sabesp.com.br
paspua

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Curso Saneamento e Gestão Ambiental

Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

Paula Márcia Sapia Furukawa

 Gestão ambiental : principais desafios

 O licenciamento ambiental e os principais requisitos ambientais no

 O Sistema de Gestão Ambiental- SGA como ferramenta de gestão

• Disponibilidade de recursos hídricos (qualidade e quantidade)

“Triple Bottom Line”

Pilares que devem nortear a gestão

A Sustentabilidade na perspectiva empresarial, segundo

 Inicialmente: análise técnica e econômica

 Atualmente: integração aspectos técnicos,

Novos requisitos para concepção e operação

Definição de Obrigações Legais

Definição da Resolução CONAMA 237/97

“Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia

Autorização para Principais

A obrigatoriedade do licenciamento depende do tipo de empreendimento,

Ref. legal: Resolução Conama 237/97, Decretos Estaduais 47.400 e 47.397/02

• Obras Civis e Serviços de Utilidade: rodovias, ferrovias, hidrovias, barragens e

Ref. legal: Resolução Conama 237/97, Decretos Estaduais 47.400 e 47.397/02

Licença Licença de Licença de

• fase de • autoriza a • autoriza a

Ref. legal: Resolução Conama 237/97

LICENÇA DE OPERAÇÃO A TÍTULO PRECÁRIO

Ref. legal: Decreto Estadual 8468/76 e Decreto Estadual 47400/02

LP Prazo de 2 anos para solicitação de LI Até 5 anos

LI Prazo de 3 anos para início das obras Até 6 (seis) anos

De 2 até 5 anos dependendo de um Mínimo de 4 (quatro)

As licenças são renováveis com prazos para solicitação da renovação

 Obras Hidráulicas : Barramentos, Canalizações

 Serviços: desassoreamento, limpeza de margens

Outorga para utilização

Cobrança pelo uso da água

Diretor (*) Básico(**) da Obra do Sistema

 Autorização Simplificado Instalação (LI) Operação

Florestal (EAS ou RAP) (***) Precária (LOP)

(*) estudo de alternativas (**) detalhamento da alternativa escolhida

Interação das Inclusão

etapas do empreendimento e de licenciamento

Depende da complexidade do empreendimento

Plano Estudo de Projeto Projeto Execução Operação Desativação

Uso da Água Estudo

 Autorização Simplificado Prévia (LP) Instalação (LI) Operação

Florestal (EAS ou RAP) Precária (LOP)

do Solo, áreas Estudo

 Atendimento à legislação e compromissos

 Uso racional e sustentável dos recursos naturais

 Fomento a tecnologias limpas (P+L)

 Redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)

 Minimização, reciclagem ou reutilização de resíduos e

Apresentados exemplos de requisitos

Uso e ocupação do solo

Estudos populacionais, vazões e

 Interferência em áreas protegidas, tombadas, sítios

ÁREAS PROTEGIDAS Áreas de Proteção e

• Reserva Particular do Patrimônio Natural

As áreas protegidas no Estado de São Paulo:

 Disponibilidade hídrica: vazões mínimas

 Usos preponderantes: atuais e futuros

 Caracterização da qualidade dos efluentes e corpo receptor

 Capacidade de autodepuração e de assimilação das cargas

 Atendimento dos padrões legais ou normativos (ex. padrões de

Enquadramento dos Corpos D’Água lançamento do