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Higiene e Segurança no Trabalho

Atmosferas
Perigosas

Fernando Santos
Objectivos

 Atmosferas perigosas
 Classificação dos agentes químicos
 Acção fisiológica dos agentes químicos
 Vias de penetração no organismo
 Valores-limite de exposição

Fernando Santos
Detecção, Avaliação e Controlo de
Atmosferas Perigosas

 Amostragem
 Sistemas de colheitas de amostras
– Gases e vapores
– Aerossóis
 Amostradores passivos
 Aparelhos de leitura directa
 Métodos instrumentais de análise

Fernando Santos
Atmosferas Perigosas

 Atmosferas explosivas
 Atmosferas perigosas por deficiência de oxigénio
 Atmosferas perigosas por excesso de oxigénio
 Atmosferas perigosas pela existência de substâncias
tóxicas

Fernando Santos
Classificação dos Agentes
Químicos
 Agentes químicos
– Estado sólido
 Poeiras
 Fibras
 Fumos
–Estado gasoso
 Pó total
 Pó respirável • Gases
– Estado líquido • Vapores
 Aerossóis
 neblinas

Fernando Santos
Agentes Químicos e Respectiva Acção
Fisiológica

 Poeiras inertes
– Podem ficar retidas nos pulmões; apresentam problemas apenas em
elevadas concentrações (ex: carbonatos; celulose)
 Poeiras fibrogénicas
– Susceptíveis de provocar reacções químicas ao nível dos alvéolos
pulmunares (ex: sílica livre, amianto)
 Poeiras alergizantes
– Podem actuar sobre a pele ou sobre o aparelho respiratório (ex: madeiras
tropicais, cromatos, resinas)
 Poeiras tóxicas
– Podem causar lesões em um ou mais orgãos viscerais, de forma rápida se
estiver em elevadas concentração(intoxicação aguda), ou lentamente
quando em concentrações mais baixas (intoxicação crónica) (ex: poeiras
metálicas)

Fernando Santos
Agentes Químicos e Respectiva Acção
Fisiológica

 Gases e vapores irritantes


– Têm uma acção química ou corrosiva, provocando inflamação dos tecidos
com que contactam (ex: amoníaco, cloro, ozono)
 Gases e vapores asfixiantes
– Simples – não interferindo nas funções do organismo podem provocar asfixia
por redução da concentração de oxigénio no ar (ex: azoto, hidrogénio)
– Químicos – interferem no processo de absorção do oxigénio no sangue ou
nos tecidos (ex: monóxido de carbono, cianetos)
 Gases e Vapores Narcóticos
– Apresentam uma acção depressiva sobre o sistema nervoso central,
produzindo efeito anestésico, após terem sido absorvidos pelo sangue (ex:
éter etílico, clorofórmio)

Fernando Santos
Agentes Químicos e Respectiva Acção
Fisiológica

 Gases e vapores tóxicos


– Os vapores orgânicos são produtos tóxicos e podem causar lesões
em vários orgãos, tais como o fígado e os rins (ex: tetracloreto de
carbono, clorofórmio)

Fernando Santos
Vias de Penetração no Organismo
 Boca – Via digestiva – normalmente é uma ingestão involuntária, por
acidente ou imprudência
– Quando um produto é transvasado para outro recipiente por aspiração
com o auxílio de uma pipeta ou armazenado num recipiente destinado
a alimentos ou bebidas
– Quando depois de ter manipulado um produto perigoso, se levam as
mãos à boca para fumar, comer ou mesmo secar os lábios
 Pele – Via percutânea
– Determinados produtos, tais como os irritantes e corrosivos, agem
localmente no local de contacto com a pele, as mucosas ou os olhos
– Produtos solúveis nas gorduras agem sobre a pele e além disso
penetram nela disseminando-se por todo o organismo (ex: solventes
orgânicos atacam os rins, o fígado ou o sistema nervoso para além da
pele, benzeno)

Fernando Santos
Vias de Penetração no Organismo
 Pulmões – Via respiratória - é a via de penetração mais frequente no
local de trabalho, dado que os poluentes podem estar intimamente
misturados com o ar que respiramos
– Tais poluentes, dispersos na atmosfera, penetram nos pulmões ao
mesmo tempo que o ar inspirado
– É o caso da manipulação de solventes, de tintas ou de colas, ou da
decapagem com maçaricos de revestimentos que contêm chumbo ou,
ainda, da soldagem
– O Transporte destes produtos pelo sangue depois de terem sido
absorvidos pelos pulmões, podem ainda provocar problemas noutros
orgãos para além dos respiratórios

Fernando Santos
Métodos para a Determinação dos
Valores-Limite de Exposição

 Estudos Epidemiológicos
– Epidemiologia é o estudo da distribuição e da dinâmica das doenças
nas populações humanas
 Retrospectivo – confronta uma série de casos de doença com uma série
paralela de testemunhas que não sofrem da doença em questão, não
estuda os agentes que ocasionam a doença
 Prospectivo – estuda grupos de uma população com exposições
ambientais definidas por um período até 20 anos e por vezes mais,
importante para a identificação de baixos níveis de contaminantes sobre
sistemas biológicos
 Extrapolação por Analogia Química
– Tenta obter uma estimativa do potencial tóxico de uma nova
substância por analogia com substâncias conhecidas de
características químicas semelhantes

Fernando Santos
Métodos para a Determinação dos
Valores-Limite de Exposição

 Experimentação Animal
– Testes de toxicidade aguda para exposições curtas – usam-se dois
grupos de pequenos roedores, separados por características como idade ou
sexo. Um grupo é utilizado como controlo e o outro submetido aos testes de
toxicidade
– Testes de toxicidade crónica para exposições prolongadas –
exposição de animais a atmosferas semelhantes às industriais por períodos
mais ou menos longos, normalmente para estudo de problemas respiratórios
que possam acontecer devidos a prolongada exposição
 Experimentação Humana (voluntários)
– Aplicada apenas em casos específicos da espécie humana (ex:
irritações e náuseas, resposta alérgica, determinação do odor,
funções nervosas superiores)

Fernando Santos
Resumo
 Detecção, avaliação e controlo de atmosferas perigosas
 Atmosferas perigosas
 Classificação dos agentes químicos
 Acção fisiológica
 Vias de penetração
 Determinação de valores-limite de exposição

Fernando Santos

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