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INSTITUTO DE HUMANIDADES E LETRAS CURSO DE HUMANIDADES

Disciplina: Leitura e produção de Textos II

Discente: Docente:
Eliaquim Gonçalves Prfª. Dr.ª Camila Maria Marques Peixoto
Tema:

Masculinidades, Poder e erotismo no cinama Brasileiro.

Delimitação:
A representação das masculinidades no ciclo da Pornochanchada e a Ditadura
civil militar Brasileira
Objetivo geral

Apresentar uma análise semiótica da “Pornochanchada” e seu acervo fílmico.


sob a égide do dispositivo de Gênero. Pondo em dialogo a produção
cinematográfica brasileira (1969 - 1985) com o cenário histórico social do
Brasil ditatorial.
Objetivos específicos

 Perceber o uso dos signos eróticos nos filmes por ano de produção(a
passagem da soft para a hard).

 Compreender a pornochanchada a partir de sua hegemonia


masculina na Produção/Direção .
 Analisar as reprodução das masculinidades e seus espaços de
manifestação.

 Elucidar as relações de poder e de prazer (reprodução da dominação


masculina) expressas nos filmes com a dominação masculina e a
Ditadura Civil Militar Brasileira ( 1964 – 1985)

 Propor um diálogo crítico com a produção acadêmica do eixo Rio de


janeiro São Paulo em torno do tema pornochanchada.
Justificativas

 Pela relevância de se analisar a construção do masculino no cinema


nacional.
 Ampliar os estudos de Gênero no Brasil, trazendo-os para a esfera
cinematográfica, econômica e social.
 Propor o dialogo entre pornochanchada e os dispositivos de análise da
Sociologia (Classe, Raça, Gênero e Poder) transcendendo as
compreesões rasas e romantizadas do Cinema nacional.
Questão central

Levando em consideração o expoente econômico que o cinema nacional representou na segunda


metade do século XX, Pode-se haver relações entre a construção do masculino na pornochanchada
e o cenário político da época.

Desdobramentos da questão central

 Quais os instrumentos mercadológicos ( Cartazes, atrizes e atores, sexo explícito) foram


utilizados para a divulgação da Pornochanchada?
 Como são construídas e apresentadas as relações de gênero( homens e mulheres) nos
filmes (1969 -1985)
 Quais papéis sociais são atribuídos e designados na ordem do gênero?
 Quais os desdobramentos e justificativas das cenas de violência física, sexual e psicológica
apresentados na filmografia?
 Como a pornochanchada é analisada pela academia no lugar onde se localizava seu polo
de produção?
Hipóteses

 A Presença da violência sexual é uma constantede a partir de um determinada data (1968), e


que essas representações de violência esteja ligada com a manutenção da dominação
masculina na ordem do gênero e que dialogue diretamente com interesses políticos da
ditadura civil militar.

 Que a Pornochanchada seja a expressão de um movimento hegemonicamente masculino e


que tenha alcançado notoriedade mercadologia através da exploração sexual do corpo da
mulher.

 A análise da produção acadêmica do eixo Rio de Janeiro/São Paulo consista em uma


romantização da Pornochanchada, atrelando-se ao conceito de movimento cinematográfico
afirmase uma ideia de vanguardismo que naturaliza suas caracteristicas fílmicas.
METODOLOGIA

 Consiste na análise filmica do acervo da Pornochanchada, dada ênfase


nas relações de Gênero, na construção dos signos eróticos, levando em
consideração o aono produção e sua audiência
 Revisão bibliográfica conceitual da Pornochanchada.
 Análise teórica e conceitual em torno do Gênero, Poder, Prazer.
 Análise da Produção acadêmica do eixo Rio de Janeiro/São Paulo.
Fundamentação Teórica

 FOUCAULT, Michel.

“A revolta do corpo sexual é o contra−efeito desta ofensiva. Como é


que o poder responde? Através de uma exploração econômica (e
talvez ideológica) da erotização, desde os produtos para bronzear
até os filmes pornográficos... Como resposta à revolta do corpo,
encontramos um novo investimento que não tem mais a forma de
controle−repressão, mas de controle−estimníação: ‘Fique nu... mas
seja magro, bonito, bronzeado!’” p. 83
“Eu penso que, do século XVII ao início do século XX, acreditou−se que o investimento do corpo

pelo poder devia ser denso, rígido, constante, meticuloso. Daí esses terríveis regimes disciplinares

que se encontram nas escolas, nos hospitais, nas casernas, nas oficinas, nas cidades, nos

edifícios, nas famílias... E depois, a partir dos anos sessenta, percebeu−se que este poder tão

rígido não era assim tão indispensável quanto se acreditava, que as sociedades industriais podiam

se contentar com um poder muito mais tênue sobre o corpo. Descobriu−se, desde então, que os

controles da sexualidade podiam se atenuar e tomar outras formas... Resta estudar de que corpo

necessita a sociedade atual...” p.84

“a sexualidade não é fundamentalmente aquilo de que o poder tem medo; mas de que ela é, sem

dúvida e antes de tudo, aquilo através de que ele se exerce. “ p.132.


 MAINGUENEAU, Dominique.
 CONNEL, Robert.
“Nos anos 70, o gênero dos homens era compreendido, nos trabalhos em língua inglesa, como o
"papel do sexo masculino". Isso significava, essencialmente, um conjunto de atitudes e expectativas
que definiam a masculinidade apropriada. O conceito de papel sexual ainda é popular. Trata-se de
um conceito”
Cronograma

Revisão da bibliografia
Fevereiro

Coleta do corpus
Março

Análise do corpus
Março- Abril

Redação do artigo
Maio

Defesa
Maio
REFERÊNCIAS

ABREU, Nuno cesar. Boca do Lixo: cinema e classes populares. Campinas: SP. Editora da UNICAMP.2016.

MAINGUENEAU, Dominique. O Discursso Pornográfico. São Paulo: Parábola editorial, 2010.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder 28° ed. Rio de janeiro: Paz e Terra, 2014.

FREITAS. M. A. Entre estereótipos, transgressões e lugares comuns: notas sobre a pornochanchada no cinema
brasileiro. Porto Alegre: Intexto, 2004.

CONNEL, Robert. Políticas da Masculinidade. Revista Educação e Realidade. Porto Alegre, n. 20, p.p 185 – 206, jul.-
dez. de 1995.

WELZER-LANG, Daniel. A Construção do Masculino: dominação das mulheres e homofobia. Estudos Feministas.
Florianópolis, ano 09, n. 2, p. 460 – 482, 2001.

Anais da revista Contracampo, disponível em :http://www.contracampo.uff.br/index.php/revista


Anais da revista Significação, disponível em: http://www.revistas.usp.br/significacao/index

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