O autor analisa as construções e reconstruções das masculinidades ao longo da história, criticando conceitos como masculinidade convencional e papéis masculinos. Ele defende que as masculinidades são formadas socialmente e mudam historicamente, com foco nas masculinidades hegemônicas. O objetivo é refletir sobre os papéis dos homens e propor uma transformação rumo à igualdade de gênero.
O autor analisa as construções e reconstruções das masculinidades ao longo da história, criticando conceitos como masculinidade convencional e papéis masculinos. Ele defende que as masculinidades são formadas socialmente e mudam historicamente, com foco nas masculinidades hegemônicas. O objetivo é refletir sobre os papéis dos homens e propor uma transformação rumo à igualdade de gênero.
O autor analisa as construções e reconstruções das masculinidades ao longo da história, criticando conceitos como masculinidade convencional e papéis masculinos. Ele defende que as masculinidades são formadas socialmente e mudam historicamente, com foco nas masculinidades hegemônicas. O objetivo é refletir sobre os papéis dos homens e propor uma transformação rumo à igualdade de gênero.
HUMANIDADES GENÊROS E SEXUALIDDES NA HISTÓRIA - ATIVIDADE
AVALIATIVA ficha n° II, 11.04.2018. Professora Dra. Silviana Mariz
.\
Eliaquim da Silva Gonçalves
a) CONNEL, Robert. Políticas da Masculinidade. Revista educação e
Realidade. Porto Alegre, n. 20, p.p 185 – 206, jul. – dez. de 1995
b) Onde a pesquisa realizada pelo/a autor/a aconteceu? Como se deu o
processo e aproximação do/a autor/a ao lócus de realização de sua pesquisa?
No decorrer do artigo, o autor apresenta vários espaços onde são
exercidas masculinidades (no interior dos movimentos sociais, classes sociais , mercado financeiro, presídios, no lar e em outros órgãos do estado) que constituem os lugares de sua pesquisa, mas é dentro das escolas (estadunidenses) e nos países da metrópole norte americana que ele aproxima-se de seu lócus, considerando o gênero (consequentemente as masculinidades) como um produto histórico e o patriarcado como uma estrutura histórica possível de mudança são nesses dois espaços que CONNEL sustenta “a campo” suas concepções referentes a reprodução das masculinidades e sobre as políticas que às abrangem.
c) Com quais conceitos o/a autor/a trabalha no artigo para
fundamenta-lo teoricamente?
Usado do termo Gênero como dispositivo de análise histórica e
considerando a amplitude de sua estrutura, o autor constrói sua fundamentação teórica em torno da crítica de três conceitos chave para o desenvolvimento de sua tese apresentados respectivamente: Conceito convencional de masculinidade, conceito de papeis masculinos e o de masculinidades hegemônicas além de evocar o Poder como categoria de análise das relações de Gênero
d) Quais são as compreensões apresentadas pelo/a autor/a para cada
um desses conceitos trabalhados no texto? HUMANIDADES GENÊROS E SEXUALIDDES NA HISTÓRIA - ATIVIDADE AVALIATIVA ficha n° II, 11.04.2018. Professora Dra. Silviana Mariz .\ Primeiro compreende-se que as masculinidades são construídas e reconstruídas, deste modo estão mudando no percorrer da História. Ao conceito convencional de masculinidade, autor a define previamente como sendo uma configuração de prática em torno da posição dos homens nas estrutura das relações de gênero (pg. 188) para logo após apontar suas falhas e nocividades, classificando-o como um conceito ultrapassado e generalizante onde a feminilidade é compreendida como o oposto, provocando o distanciamento entre os sexos, de ser propulsor de crises emocionais e de condutas violentas como resultado de suas normas repressoras de sentimentos além de colocar o Gênero como um molde social pré-configurado e estampado na criança (p.190). CONNEL afirma que essa noção de masculinidade “pré- moldada” é no mínimo equivocada apontando que a construção/reconstrução das masculinidades partem de um projeto individual e coletivo propondo uma solução em Satre que trata a masculinidade como um projeto que desenvolve durante os anos, em contato com outros fatores atuantes.
O Conceito de papel masculino tem vários pontos fracos, primeiramente
ele não permite compreensão de questões relacionadas ao poder que envolvem a masculinidade, à violência e a desigualdade material, ou seja trata- se de um conceito que aborda a masculinidade de uma forma rasa, tratando-a de forma unitária, desprezando suas múltiplas formas.
Estando como objeto central da análise do autor, as masculinidades
hegemônicas são construídas e instauradas através de lutas que mantem a condição dominante dos homens na ordem do Gênero com seus privilégios específicos, compreendendo que as mesmas vão se revitalizando em um processo histórico. Outro fator crucial sobre as masculinidades hegemônicas, é que elas podem ser classificadas/distinguidas territorialmente por exemplo, a Imagem do Vaqueiro do Interior nordestino, que carrega suas características próprias e o executivo da metrópole que consiste em outro jogo de signos, quanto a masculinidade hegemônica da metrópole, o autor ressalta a forma a mesma se propaga globalmente através de um processo dialético promovido pela masculinização das gerencias empresariais. HUMANIDADES GENÊROS E SEXUALIDDES NA HISTÓRIA - ATIVIDADE AVALIATIVA ficha n° II, 11.04.2018. Professora Dra. Silviana Mariz .\ As relações de Poder são proferidas diversas vezes pelo autor, que coloca três esferas onde o Poder nas relações de gênero é evocado, questionando a predominância dos homens no estado e nas profissões liberais, aponta também a violência contra a mulher, propondo outra abordagem nas relações econômicas, além de questionar o demasiado esforço dado na manutenção de uma representação bem definida de masculino, pondo em análise os códigos que a regem.
e) Qual é o objeto de estudo/pesquisa apresentado pelo/a autor/a do
texto?
As formas de masculinidade, com ênfase nas masculinidades hegemônicas e
suas construções e reconstruções no processo histórico.
f) Qual é a justificativa/relevância apresentada pelo/a autor/a para a
realização da pesquisa/estudo
O Referido artigo é importante e justifica-se por si só, porque refletir os
papeis do homem na contemporaneidade levando em consideração a marca bélica deixada por eles na história da humanidade é de extrema relevância para prefigurarmos um futuro construído com base na justiça na ordem do Gênero e consequentemente nas relações de poder, o autor coloca a transformação nas relações masculinas como uma realidade não muito distante e que deve ser prefigurada.
g) Elabore um Resumo constatando as principais ideias apresentadas
e defendidas pelo/a autor/a no texto.
A primeira ideia apresentada pelo autor é de que é construída e
disseminada (a nível do habitus social), uma masculinidade radicalista baseada no confronto, implicando-a diretamente á violência organizada, á tecnologias nucleares e aos sistemas que acarretam na destruição ambiental. Partindo desta compreensão ele conduz seu raciocínio ás políticas da masculinidade, destacando quatro tipos de masculinidades identificadas nos países da metrópole norte americana dando devida ênfase ao conceito de terapia da masculinidade (proferido durante todo o artigo), que condiciona os homens a reflexões impotentes de si próprios, distanciando-os das reflexões que almejam uma mudança social. HUMANIDADES GENÊROS E SEXUALIDDES NA HISTÓRIA - ATIVIDADE AVALIATIVA ficha n° II, 11.04.2018. Professora Dra. Silviana Mariz .\ Adentrando em suas observações CONNEL coloca também o lobby das armas, e a sua “promoção de forma exemplar” por meio da mídia e pela indústria que se formara em torno das masculinidades hegemônicas condizendo-as em uma política antifeminista. Em contrapartida o reconhecimento da importância do movimento gay/libertação para a desconstrução dos padrões hegemônicos de masculinidade é também posto pelo autor, juntamente com uma ideia de política transformadora que começa a agir dentro dos lares buscando igualdade entre as tarefas e a administração dos recursos ( p.196) Seguindo com uma análise materialista em torno das masculinidades, CONNEL aponta os dividendos patriarcais, esclarecendo seus benefícios ( e a quem beneficia) e malefícios ( suas nocividades na estrutura do gênero) tendo como custo a média salarial das mulheres que é metade da dos homens, o controle da riqueza empresarial nas mão de um determinado grupo hegemônico de homens, o acesso político e o controle dos meios de violência na forma de armas e nas forças armadas. Em outra instancia, CONNEL afirma que os interesses dos homens não são totalmente egoístas, porém nem todos esses interesses estão relacionados com o lugar político das mulheres e restringem-se as “decisões do lar” e á segurança da família, em seu modelo Hegemonicamente patriarcal. Quanto as estratégias de se reverter o quadro social das masculinidades, o historiador defende/sugere uma estratégia de des -generificação, para depois torna-la ao mesmo tempo, uma estratégia de re–generificação. Quanto as teorias de ações de des-generificação/re- generificação podem ser destacados os seguintes pressupostos para suas efetivações: a mistura de símbolos, mas espaço para diversidade e para o prazer, compreender/educar as crianças levando em consideração suas capacidades de reconhecer o Gênero e de refletir o presente com toda a sua materialidade pós – estruturalista.
h) Quais problemáticas são destacadas pelo/a autor/a no texto na
consecução da pesquisa?
Além de lidar com a distorção (promovida por conservadores) dos reais
objetivos das políticas da masculinidade, os reformistas encontram dificuldades de adeptos à essas políticas, ressalta-se também que Em uma sociedade patriarcal a diferença é sempre lida em termos hierárquicos, tendo a masculinidade como polo da autoridade (p.199) HUMANIDADES GENÊROS E SEXUALIDDES NA HISTÓRIA - ATIVIDADE AVALIATIVA ficha n° II, 11.04.2018. Professora Dra. Silviana Mariz .\ i) Quais são as hipóteses de trabalho defendidas pelo/a autor/a do texto? O autor constrói sua dialética com base ideia de mudança, uma mudança palpável e que deve ser construída coletivamente através da revitalização do ensino (dada ênfase) e de demais práticas sociais, propondo educar homens colocando-os no lugar do outro sexo, provocando reflexões a nível do comportamento social. Partilhar de uma masculinidade que deve ser diferenciada da concepção de “unidade masculina” ( que enfatiza os interesses que os homens tem e que os separam das mulheres), ao invés de enfatizar os interesses que devem ser partilhados entre homens e mulheres, partindo do reconhecimento de que a manutenção do sexismo vai contra os interesses dos trabalhadores. Por fim CONNEL reafirma suas colocações deixando como proposta estratégica gerar pressões que culminarão em uma transformação e de inserir estratégia educacionais a longo prazo (p.204/205)
j) A que conclusões chega o/a autor/a do texto?
O Autor conclui, depois de longo processo de dialética histórica que as
possibilidades de mudança dos parâmetros da masculinidade, só serão advindas depois de um longo e árduo trabalho, dentro das instituições tais como locais de trabalho, sindicatos, escolas (p.204) levando em consideração o patriarcado como uma estrutura histórica, e como qual será extinto por um processo histórico.