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Aula II: Intoxicação

Profa. Guendalina Turcato Oliveira


2017/1
Intoxicação
A intoxicação envolve os processos que começam no momento
em que o toxicante (AT) entra em contato com o organismo até
a manifestação de sinais e sintomas, e é dividida didaticamente
em quatro fases:
1. Exposição
2. Toxicocinética
3. Toxicodinâmica
4. Clínica
Fases da Intoxicação
1) Fase I- Exposição: Contato do agente tóxico com o organismo, é uma
medida do contato entre o agente e a superfície corporal do organismo.
A intensidade da exposição depende:
• Frequência
• Duração
• Via de exposição
• Concentração do toxicante no meio
• Propriedades físico-químicas do toxicante:
• lipossolubilidade
• pKa da substância
• volatilidade relacionada à pressão de vapor
• tamanho e forma das partículas
• A exposição pode ser pontual, intermitente ou contínua.
• Susceptibilidade individual
Obs.: Nem sempre os efeitos se manifestam imediatamente após a exposição
(“REGISTRO”)
DURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

EXPOSIÇÃO CARACTERÍSTICAS

Aguda Menos de 24 horas ou


única

Sub Aguda Menos de um mês

Sub crônica 1 – 3 meses

Crônica Superior a 3 meses


Duração da Exposição:
• Exposições crônicas: São as que duram entre 10% a 100% do
período de vida do ser. Para os seres humanos entre 7 e 70
anos em outros animais considera–se acima de 90 dias.

• Exposições sub crônicas: São aquelas de curta duração,


menores do que 10% do período vital. Em animais considera
se o período que compreende entre 3 semanas e 3 meses.

• Exposições sub agudas: São que ocorrem por mais que um


dia no entanto, por no máximo três semanas.

• Exposições agudas: São exposições de um dia ou menos e


que geralmente ocorrem em um único evento.
As principais vias de contato do organismo com o
Xenobióticos

Via e local da exposição

• Trato gastrointestinal (ingestão)


• Pulmões (inalação)
• Pele (tópica, percutânea, ou dérmica)
• Outras vias parentais (que não envolvem o intestino)

Intravenosa
Inalação Possibilidade
Intraperitonea de evento tóxico
Subcutânea
Intramuscular
Intradérmica
Oral
Dérmica
2) Fase II- Toxicocinética: Interação do AT com o
organismo.
– Absorção,
– Distribuição,
– Armazenamento
– Eliminação (biotransformação e excreção).

3) Fase Toxicodinâmica: Ação do AT no organismo.


Atingindo o alvo, o AT interage biologicamente
causando alterações morfológicas e funcionais,
produzindo danos.
Fases da Intoxicação

• 4) Fase Clínica: Manifestação clínica dos


efeitos resultantes da ação tóxica. Sinais e
sintomas que caracterizam o efeito tóxico e
evidenciam a intoxicação.
FASES DA INTOXICAÇÃO

Fase I: Exposição
Local de exposição: pele, trato
GI, trato respiratório, placenta

Toxicante
A
L
Fase II: Toxicocinética C Fase II: Toxicocinética
Absorção A Eliminação pré-sistêmica
N
Distribuição para o alvo Excreção
C
Ativação E
Destoxicação

Toxicante Final
Fase III: Toxicodinâmica
Molécula-alvo (proteína, lipídio, ácido
nucléico e macromoléculas) ou sítio-
alvo de ação
Toxicante

Alcance do
órgão-alvo

Interação com a Alteração do


molécula-alvo ambiente biológico

Disfunção
Toxicidade
Celular, injuria
Fase IV:

Dano Sintomas/
Manifestação
Clinica
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS TÓXICOS

• Efeitos agudos;
• Efeitos crônicos;
• Efeitos retardados;
• Efeitos reversíveis e irreversíveis;
• Efeitos locais e sistêmicos;
Fases da Intoxicação
• Importância
– Fornece a base para interpretação dos dados
toxicológicos;
– Auxilia na determinação do risco;
– Estabelece procedimentos para previnir;
– Auxilia no desenvolvimento de tratamentos;
– Auxilia no desenvolvimento de drogas e
pragicidas.
Tarefa I:
• Constituir um grupo de trabalho (2 a 3
alunos/grupo), use como base nossa aula de
hoje assim como o vídeo projetado os grupos
devem:
• 1. descrever as Fases de Intoxicação usando o
curare como exemplo;
• 2. ser específico ao Curare;
• 3. ter o devido embasamento bibliográfico e
• 4. entregar a tarefa na próxima aula (23/03).
Tarefa I: baseada no vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=l7wyUq-833w

Curare é um nome comum a vários compostos


orgânicos venenosos conhecidos como venenos de
flecha, extraídos de plantas da América do Sul.

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