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ECONOMIA – Micro e Macro

Professor Edgar Rodrigues de Oliveira

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ECONOMIA – Micro e Macro

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ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


Formas primárias relacionadas a economia
• Escambo – troca direta de mercadorias
O comércio é amonetário

• Invenção da moeda – relação ovelha/pedra


Cada pedra equivale a uma ovelha

• Com a moeda surge o controle econômico e o


comércio monetário
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ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


MODOS DE PRODUÇÃO – como a economia se
organiza em um espaço geográfico

MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL - Baixa Idade Média


• Economia é localizada e fragmentada
• O dinheiro/moeda perde o seu significado
• Cada feudo tem seu sistema financeiro.
• Muitos feudos optam pelo comércio amonetário
cuja base é o escambo
• O controle econômico tem dois gestores:
o senhor feudal e a Igreja Católica 4
ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


MODOS DE PRODUÇÃO:

MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO – a economia


tem sua base no controle dos recursos hídricos de
uma região.

Mesopotâmia – controlava os rios Tigre e Eufrates

Egito – controlava o Rio Nilo

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ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


MODOS DE PRODUÇÃO
MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA
• Tem início com o fim da Idade Média
• Intensifica-se com a formação dos Estados
Nacionais na Europa
• As grandes navegações modificam o perfil
sócio-econômico da Europa
• A base econômica é um sistema monetário
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ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA PRIMITIVO
O MERCANTILISMO – (Sistema monetário)
• Vigora na Europa a partir da formação dos
Estados Nacionais (+ ou – entre séc. XVI e XVII)

• Forma que os governos recém-formados acharam


para controlar a economia de seus países

• A moeda volta a circular


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ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


Modo de Produção Capitalista Primitivo
TIPOS DE MERCANTILISMO
• Metalismo ou bulionismo – a economia do
país tem como base o entesouramento de
metais preciosos
• Praticado pela Espanha e Portugal
• Foi a base da exploração econômica de
suas colônias de além mar (América e
África)
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Conceitos primários de economia


Modo de Produção Capitalista Primitivo
TIPOS DE MERCANTILISMO
1 - Balança comercial favorável
– Exportações são maiores que as importações
– Gera superávit financeiro (lucro)
– Praticado pela Inglaterra e França

2 - Balança comercial desfavorável


– Exportações são menores que as importações
– Gera déficit financeiro (prejuízo)
– Praticado por países de economia enfraquecida pelo feudalismo
(Holanda, Alemanha, entre outros)

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ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA ATUAL
• Surge com a Revolução Industrial (a partir
de 1760 com as invenções no sistema
produtivo – invenção principal: máquina a
vapor)
• Caracteriza o máximo aproveitamento de
máquinas, matéria prima e mão de obra

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ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


• Fases da Revolução Industrial
1ª fase (+ ou – 1760 a 1850)
– fonte de energia principal é o carvão
mineral usado em caldeiras para gerar vapor

– principal material para a indústria é o ferro

– indústria têxtil é o setor econômico pioneiro

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ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


• Fases da Revolução Industrial
2ª fase (+ ou – 1850 a 1930)
– fontes principais de energia – eletricidade e petróleo
– principal material utilizado é o aço
– Atinge todos os setores industriais
– Amplia os negócios no planeta
– Tem início às trocas volumosas de mercadoria e a
controles monetários

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ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


• Fases da Revolução Industrial
3ª fase (a partir de 1930)
– Uso de todas as fontes de energia – eletricidade e petróleo, térmica,
nuclear, eólica, solar, etc

– Além dos tradicionais, surgem novos materiais como o plástico

– A tecnologia se revoluciona com a eletrônica e posteriormente a


informática, a robótica, manipulação genética, etc

– Atinge todos os setores industriais

– O planeta se transforma em uma Aldeia Global (McLuhan)

– Tem início a Era da Globalização


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ECONOMIA – Micro e Macro

Conceitos primários de economia


• Fases da Revolução Industrial
4ª fase ????? ATUALMENTE
– Pesquisas para descobrir novas fontes de energia que não afetem o
planeta – energia limpa
– Comércio é globalizado – todos negociam com todos e todos
– dependem dos produtos de todos
– O dinheiro é de plástico e virtual
– Novas doenças e novas curas
– As comunicações são imediatas
– Os países perdem suas fronteiras físicas – não são mais necessárias

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ECONOMIA – Micro e Macro
EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO
OCIDENTAL

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ECONOMIA – Micro e Macro

Capítulo 1: Introdução à Economia


Conceito de Economia
Problemas Econômicos Fundamentais
Sistemas Econômicos
Curva (Fronteira de Possibilidades de Produção.
• Conceito de Custos de Oportunidade
Análise Positiva e Análise Normativa
Inter-relação da Economia com as demais ciências
Divisão do Estudo Econômico
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ECONOMIA – Micro e Macro

Sua concepção:
•A economia repousa sobre os atos humanos e é por
excelência uma ciência social.

•A tendência atual é obter resultados cada vez mais


precisos para os fenômenos econômicos.

•Atualmente é quase que impossível se fazer análises


puramente frias e numéricas, isolando as complexas
reações do homem no contexto das atividades
econômicas. 17
ECONOMIA – Micro e Macro
Conceito de Economia
Deriva do grego: oikos = casa e nomos = norma, lei
“aquele que administra o lar”.
Economia é uma ciência social que estuda como os indivíduos e a
sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos (recursos
finitos, limitados) na produção de bens e serviços, de modo a
distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a finalidade de
satisfazer as necessidades humanas.
Por isso é que a economia é uma ciência social.
• A ciência que estuda a escassez.
• A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção
de bens alternativos.
• O estudo da forma pela qual a sociedade administra seus
recursos escassos. 18
ECONOMIA – Micro e Macro

Problemas econômicos fundamentais

Necessidades Humanas: Ilimitadas / Infinitas.


Versus
Recursos Produtivos (Fatores de Produção)
(Recursos naturais, Mão de Obra, Capital)
Limitados e Finitos (escassos)

Problema que a sociedade tem que resolver:


Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade.
(restrição física dos recursos)
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ECONOMIA – Micro e Macro

Problemas econômicos fundamentais


O QUE e QUANTO produzir ?
A sociedade deve produzir mais bens de consumo (coisas) ou
bens de capital (bens que geram outros bens: indústrias) e
quanto ?
COMO produzir ?
Questão de eficiência produtiva: Capital intensivo (usa
máquina e dispensa mão de obra) ou mão-de-obra extensiva
(usa homens e não utiliza máquinas – hoje obsoleto)?
PARA QUEM produzir ?
Como será a distribuição de renda gerada pela atividade
econômica? Quais os setores beneficiados (página seguinte)?
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ECONOMIA – Micro e Macro
Problemas econômicos fundamentais

• Setores que podem ser beneficiados com a


produção:
– Trabalhadores, capitalistas ou donos de terra?
– Agricultura ou indústria?
– Mercado interno ou mercado externo?
– Região norte ou Região sul?

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ECONOMIA – Micro e Macro

DEFINIÇÕES PERTINENTES
• Bens de consumo – são aqueles que
satisfazem as necessidades do indivíduo –
roupas, comida, carros, etc.

• Bens de capital – são aqueles utilizados no


processo produtivo: máquinas,
equipamentos – infraestrutura
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ECONOMIA – Micro e Macro

DEFINIÇÕES PERTINENTES
SETORES ECONÔMICOS
• SETOR PRIMÁRIO DA ECONOMIA –
EXTRATIVISMO, AGRICULTURA, PECUÁRIA
PESCA
– ABASTECE A INDÚSTRIA COM MATÉRIAS PRIMAS
– EXCETO ALGUNS PRODUTOS AGRÍCOLAS, TODOS
OS DEMAIS PRECISAM DE MANEJO INDUSTRIAL
PARA SEREM CONSUMIDOS
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ECONOMIA – Micro e Macro

DEFINIÇÕES PERTINENTES
SETORES ECONÔMICOS
• SETOR SECUNDÁRIO DA ECONOMIA – É O
SETOR DE TRANSFORMAÇÃO
– ABRIGA AS INDÚSTRIAS
– MANIPULA OS PRODUTOS VINDOS DO SETOR
PRIMÁRIO DA ECONOMIA
– TRANSFORMA O PRODUTO NATURAL EM BENS DE
CONSUMO
– PARA A PRODUÇÃO DE BENS DE CONSUMO, A
INDÚSTRIA UTILIZA OS BENS DE CAPITAL 24
ECONOMIA – Micro e Macro

DEFINIÇÕES PERTINENTES
SETORES ECONÔMICOS
• SETOR TERCIÁRIO DA ECONOMIA – É O SETOR
DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À POPULAÇÃO
• ENTENDE-SE POR SERVIÇOS:
– SERVIÇOS PÚBLICOS PRESTADOS POR GOVERNOS
COMO EDUCAÇÃO, SAÚDE, TRANSPORTES
PÚBLICOS, CONSERVÇÃO DE RUAS, ESTRADAS,
PORTOS, AEROPORTOS, ETC.
– COMÉRCIO, EDUCAÇÃO PRIVADA, SAÚDE PRIVADA
ENTRE OUTROS 25
ECONOMIA – Micro e Macro

DEFINIÇÕES PERTINENTES
SETORES HUMANITÁRIOS
• PRIMEIRO SETOR – É O ASSISTENCIALISMO
PRESTADO PELOS GOVERNOS NOS NÍVEIS
FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL
– PROGRAMAS DE GOVERNO PARA ERRADICAÇÃO
DA POBREZA, “FOME ZERO”, VALE GÁS, VALE
TRANSPORTE
– SÃO PROGRAMAS A “FUNDO PERDIDO” – QUE
NÃO TEM RETORNO FINANCEIRO , MAS TEM
GRANDE APELO “ELEITOREIRO” 26
ECONOMIA – Micro e Macro

DEFINIÇÕES PERTINENTES
SETORES HUMANITÁRIOS
• SEGUNDO SETOR – É O ASSISTENCIALISMO
PRESTADO PELO SETOR PRIVADO DA ECONOMIA
– INDÚSTRIAS, FIRMAS OU EMPREENDIMENTOS
PARTICULARES
– É CARACTERIZADO PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
QUE O PRIMEIRO SETOR NÃO FORNECE À
POPULAÇÃO
– ADOÇÃO DE ESCOLAS E PRAÇAS, CRIAÇÃO DE
FUNDAÇÕES BENEFICENTES, ETC. 27
ECONOMIA – Micro e Macro

DEFINIÇÕES PERTINENTES
SETORES HUMANITÁRIOS
• TERCEIRO SETOR – É O MAIS CONHECIDO DOS
SETORES HUMANITÁRIOS
• É ONDE SE ALOJAM:
– ONG’s - ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS,
ENTIDADES RELIGIOSAS QUE FAZEM
ASSISTENCIALISMO, PESSOAS OU ENTIDADES DE
RECONHECIDA BONDADE PÚBLICA (DONA
BERNADETE, CHECHE NAHIN SIMÃO, CAP, ETC.
– ONG’s DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (Green Peace...)28
ECONOMIA – Micro e Macro

Problemas econômicos fundamentais


ÍNDICES PARA A INDÚSTRIA
BRASIL MÉDIA MUNDIAL JAPÃO
ÍNDICE REJEIÇÃO
NA INDÚSTRIA 20.000 ppm 200 ppm 10 ppm

GASTOS ASSISTÊNCIA
técnica sobre volume
de vendas 27% 0,75% 0,01%

TEMPO MÉDIO DE
ENTREGA em dias 19 2a4 2

ROTATIVIDADE ESTOQUE
vezes por ano 13 60 a 70 150 a 200

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ECONOMIA – Micro e Macro
Problemas econômicos fundamentais
ÍNDICES PARA A INDÚSTRIA
BRASIL MÉDIA MUNDIAL JAPÃO

RETRABALHO 30% 2% 0,01% - faz


certo da primeira vez

QUEBRA DE MÁQUINA –
PESSOAL PARADO 40% 15 a 20% 5 a 8%

NÚMERO DE SUGESTÕES 1% 60 a 70% 99%

INVESTIMENTOS EDUC./
TREINAMENTO - % PIB 1,2% 3 a 5% 8 a 12%

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ECONOMIA – Micro e Macro

Sistema Econômico / Organização Econômica

Sistema econômico é a forma como a sociedade


está organizada para desenvolver as atividades
econômicas.

FAZEM PARTE DE UM SISTEMA ECONÔMICO:


Atividades de produção, circulação,
distribuição e consumo de bens e serviços.

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ECONOMIA – Micro e Macro

Sistema Econômico / Organização Econômica

Principais formas:

Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista)

Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista)

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ECONOMIA – Micro e Macro

Economias de Mercado

- Sistema de concorrência pura


(sem interferências do governo.
Exemplo: iniciativa privada)

- Sistema de concorrência mista


(com interferência governamental
Exemplo: as PPP’s, tabelamento de preços.
Ou seja: qualquer bem que o governo
controla seu preço. Ex. eletricidade, água, etc)
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ECONOMIA – Micro e Macro

Sistema de concorrência pura

Laissez-faire: O mercado resolve os problemas


econômicos fundamentais (o quê e quanto, como e para
quem produzir), como guiados por uma mão invisível,
sem a intervenção do governo. (Conceito emitido por
Adam Smith – 1723 a 1790).

Mão invisível: mecanismo de preço que promove o


equilíbrio dos mercados.

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ECONOMIA – Micro e Macro

Sistema de concorrência pura


(1ª forma de observar o mercado)
Excesso de oferta (escassez de demanda)

Formam-se estoques

Redução de preços Até o equilíbrio

Existirá concorrência entre empresas para vender os


bens aos escassos consumidores.
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ECONOMIA – Micro e Macro

Sistema de concorrência pura


(2ª forma de observar o mercado)
Excesso de demanda (escassez de oferta)

Formam-se filas

Tendência ao aumento de preços Até o equilíbrio

Existirá concorrência entre consumidores para compra.

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ECONOMIA – Micro e Macro

Sistema de concorrência pura


O QUE e QUANTO produzir ?
(o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor).
- necessita de pesquisa de mercado
(quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de
mercado.

COMO produzir ?
Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das
empresas.
PARA QUEM produzir ?
Decidido no mercado de fatores de produção (demanda e oferta
de fatores de produção). Questão distributiva. 37
ECONOMIA – Micro e Macro

DEFINIÇÕES PERTINENTES
FATORES DE PRODUÇÃO
• TAMBÉM CHAMADOS DE RECURSOS

• SÃO OS ELEMENTOS BÁSICOS UTILIZADOS NA


PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

• EXEMPLO: MÃO DE OBRA, MAQUINÁRIO,


MATÉRIA PRIMA, TECNOLOGIA, etc.
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ECONOMIA – Micro e Macro

Sistema de concorrência pura


Base da filosofia do liberalismo econômico.

• Advoga a soberania do mercado, sem interferência do


Estado.

•O Estado deve se responsabilizar e ter mais justiça, paz,


segurança (conjunto de leis que organiza o sistema
produtivo)

• O Estado deve deixar o mercado resolver as questões


econômicas fundamentais.
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ECONOMIA – Micro e Macro

Sistema de concorrência pura

Oferta de bens Mercado de Demanda de bens


e serviços Bens e Serviços e serviços

O que e quanto
produzir
Empresas Como Famílias
produzir
Demanda de Para quem
serviços dos produzir Oferta de
fatores de serviços dos
produção. Mercado de fatores de
(mão-de-obra, terra, produção
capital) Fatores de
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Produção
ECONOMIA – Micro e Macro

Sistema de concorrência pura


Críticas:
 Grande simplificação da realidade (não existe a
economia “pura pura”)

Os preços podem variar não devido ao mercado mas,


em função de:
• força de sindicatos (através dos salários que remuneram os
serviços de mão-de-obra);
• poder de monopólios e oligopólios na formação de preços
no mercado;
• intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas,
política salarial, fixação de preços mínimos, política 41
cambial);
ECONOMIA – Micro e Macro
Sistema de concorrência pura
Críticas:
- O mercado sozinho não promove perfeita alocação
(destinação adequada) de recursos.

- A produção ou consumo de determinados bens ou


serviços pode produzir efeitos colaterais (externalidades –
ex. crises, produtos similares

- Além disso, existem bens públicos disponibilizados pelo


governo que o consumidor não está disposto a pagar por
eles (saúde, educação, segurança).
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ECONOMIA – Micro e Macro

Sistema de concorrência pura


-Críticas:
- O mercado sozinho não promove perfeita
distribuição de renda, pois as empresas estão
procurando a obtenção do máximo lucro e não com
questões distributivas.
-Distribuição de renda: salários são diferenciados e
empresários pagam o menor salário possível

- Só participa da distribuição do que é produzido o


indivíduo que tem renda suficiente para pagar o preço
de mercado. (Quem tem salário e renda) 43
ECONOMIA – Micro e Macro

DEFINIÇÕES PERTINENTES
• EXTERNALIDADE
Também chamadas economias externas (ou
deseconomias).
São efeitos positivos ou negativos em termos de
custos ou benefícios
Estes efeitos são gerados palas atividades de
produção ou consumo
Exemplo negativo: uma fábrica que polui o ar
afetando a comunidade próxima
Exemplo positivo: investimentos do governo em
infraestrutura (beneficia indistintamente o sistema
produtivo no seu entorno) 44
ECONOMIA – Micro e Macro
Sistema de concorrência pura
Economia de mercado
Essas críticas justificam a atuação governamental para
complementar a iniciativa privada e regular alguns
mercados.

Há muitos mercados que comportam-se como um sistema


de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro. Não
dependem de instituições públicas (mas também recolhem
pouco imposto).

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ECONOMIA – Micro e Macro
Sistema de mercado misto
O papel econômico do governo
Predominância: Sistema de mercado,
Séc. XVIII - XIX próximo ao da concorrência pura.
(Laissez faire)

O mercado sozinho não garante que


Início do Séc. XX
a economia opere sempre com pleno
emprego dos seus recursos.
Necessita de maior atuação do
Setor Público na economia.
De que forma ? 46
ECONOMIA – Micro e Macro
Sistema de mercado misto
Atuação do setor público com o objetivo de evitar
distorções alocativas (direcionar para um só ramo da
economia ou para uma só região) e distributivas (logística):
• sobre a formação de preços, (via impostos, etc.);
• complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.);
• fornecimento de serviços públicos;
• fornecimento de bens públicos (que não devem ser
vendidos no mercado) Exemplo: educação, segurança,
justiça, etc.);
• compra de bens e serviços do setor privado.
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ECONOMIA – Micro e Macro

Economia Centralizada ou socializada


Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a
forma como resolver os problemas econômicos
fundamentais.

Meios de produção Estado


Matéria-prima, imóveis, Dono dos meios de produção
capital.

Meios de sobrevivência Indivíduos


Carros, roupas, televisores, etc. Adquirem bens dos meios
de produção. 48
ECONOMIA – Micro e Macro

Economia Centralizada ou socializada


Processo Produtivo: os preços representam apenas
recursos contábeis que permitem o controle da
eficiência das empresas (não há desembolso onerário -
custos). Teoricamente o lucro é somente uma forma de
ampliar a produção.
Distribuição do Produto: os preços dos bens de
consumo são determinados pelo governo
Repartição do lucro entre governo, empresa (para
cobrir os investimentos) e o restante dividido entre os
administradores e os trabalhadores. (Participação nos
Lucros – PL) 49
ECONOMIA – Micro e Macro
Sistemas Econômicos - Síntese
Economia Economia
De Mercado Centralizada

Propriedade Privada X Propriedade Pública


Problemas econômicos fundamentais são resolvidos

pelo mercado pelo órgão central

Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva


Alocar – habilidade de combinar insumos Eficiência distributiva – bem-estar produzido
e produtos em proporções ótimas. na sociedade 50
ECONOMIA – Micro e Macro

Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção - CPP

Gráfico que mostra as várias combinações de produto


que a economia pode produzir potencialmente, dados
os fatores de produção e a tecnologia disponíveis.

É a fronteira máxima que a economia pode produzir,


dados os recursos produtivos limitados.

Mostra as alternativas de produção da sociedade,


supondo os recursos plenamente empregados.
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ECONOMIA – Micro e Macro
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção - CPP
Modelo: 2 bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção
Exemplo: bem x é pneu – bem y é luva de borracha. Ambos usam a mesma matéria
prima. Para aumentar a produção de um tem que diminuir a produção do outro.
Quantidade
Produzida (bem y )

ymax
x0

Quantidade
xmax Produzida (bem x)
y0

OBS: A curva do gráfico é a fronteira de produção (CPP).


É um limite (tecnológico, matéria prima, mão de obra)
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ECONOMIA – Micro e Macro

ANALISANDO O GRÁFICO DO SLIDE ANTERIOR


A CPP mostra o tradeoff (troca) da sociedade (EMPRESA),
ou seja: a obtenção de alguma coisa, está sujeita a abrir
mão de outra. “Nada é de graça”!

Razão da Concavidade: lei dos custos de oportunidade


crescentes, devido à inflexibilidade dos custos de
produção. Aumenta número de itens produzidos,
aumenta também os custos.
Inflexibilidade dos custos: nada fica mais barato. Pode
manter o preço. Mas a tendência é aumentar

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ECONOMIA – Micro e Macro
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção

Lei dos custos de oportunidade crescentes:


Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de
produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis
de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de
determinada classe de produto implica necessariamente a redução
das quantidades de outra classe.

Em resposta a constantes reduções impostas à classe (de


produtos) que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades
adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção
estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva
inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso.
RESULTADO: se não aumentar os meios de produção não 54 tem
aumento de produção.
ECONOMIA – Micro e Macro
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na
obtenção dos bens x e y.

A: capacidade ociosa (ineficiência). Neste Quantidade


ponto o custo de oportunidade é zero, Produzida (bem y )
pois não é necessário sacrifício de recursos ymax
produtivos para aumentar a produção de x0
B D
um bem, ou mesmo, dois bens.

B e C: Não há como produzir mais, sem C


reduzir a produção do outro. Combinações A
de produto; (Nível de produto Eficiente
/Pleno Emprego). Quantidade
xmax Produzida (bem x)

D: Nível impossível de produção. Posição y0


inalcançável no período imediato. Depende
de fatores como inovação tecnológica,
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ampliação de recursos de produção, etc.
ECONOMIA – Micro e Macro
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na
obtenção dos bens x e y.
Quantidade
Produzida (bem y )
Deslocamentos positivos: decorrem da
expansão ou melhoria dos fatores de
produção disponíveis (Crescimento ymax
Econômico). Inovações tecnológicas: com x0 D
B
a mesma quantidade de insumos obtém-se
maior quantidade de produtos
C Deslocamentos

A Positivos

Deslocamentos negativos: decorrem da


Deslocamentos
redução, sucateamento ou progressiva Negativos
desqualificação do fatores de produção
xmax Quantidade
disponíveis.
y0 Produzida (bem x)

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ECONOMIA – Micro e Macro
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção:
Custo de Oportunidade / Custo alternativo / Custo implícito

É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da


produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para
obtê-la.
Quantidade
Trade off (conflito de Produzida (bem y )
escolha) ymax
x0
+ Produto x 450  B 150;450
D
BC - Produto y
250  C  200;250
A
Custo de Oportunidade

C  B  custo de oportunidade de 200


Quantidade
150 200 xmax Produzida (bem x)
unidades (queda de 450 p/ 250 de y é 50
y0
de x (aumento de 150 p/200).
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ECONOMIA – Micro e Macro
Análise Positiva – Análise Normativa

Declarações Positivas: os economistas tentam descrever


o mundo como ele é. (Análise Descritiva)
Ex.: Uma redução na taxa de crescimento da quantidade de moeda
reduziria a Taxa de Inflação. Menos dinheiro em circulação reduz a
facilidade de compra. (Visão de cientistas econômicos).

Declarações Normativas: os economistas prescrevem


como o mundo deveria ser. (Análise Prescritiva)
Ex.: O Banco Central deveria reduzir a quantidade de moeda emitida.
(Formuladores de políticas). Quando falamos em melhor
distribuição de renda, imagina-se que isso melhora a vida das pessoas.
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(Envolve: Valores, ética, religião, política,etc.)
ECONOMIA – Micro e Macro
Autonomia e Inter-relação:

A Economia repousa sobre os


Com o passar do tempo: atos humanos, objetivando a
Concepção Humanística satisfação das necessidades
humanas (Ciência Social).

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ECONOMIA – Micro e Macro
Autonomia e Inter-relação:
Dificuldade de separar os fatores essencialmente
econômicos dos extra-econômicos. (slide seguinte)

A Autonomia da cada um dos ramos das Ciências Sociais


não deve ser confundida com um total isolamento, mas sim
observada sob diferentes óticas e investigada em termos
não unilaterais.

As manifestações das modernas sociedades encontram-se


interligadas. 60
ECONOMIA – Micro e Macro

DEFINIÇÕES PERTINENTES
• FATOR ESSENCIALMENTE ECONÔMICO –
– São elementos que possibilitam a produção de um
bem de consumo.

• FATOR EXTRAECONÔMICO
– é o que determina o consumo de um determinado
produto, como faixa etária, sexo, modismo, etc.
- Influenciam na escolha do consumidor.

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ECONOMIA – Micro e Macro
INTERRELAÇÃO DE FATORES
Aspecto Econômico
Aspecto Político
Aspecto Social

Realidade Aspecto
Material do Objeto

Aspecto Histórico Aspecto Demográfico

Aspecto Geográfico 62
ECONOMIA – Micro e Macro

Autonomia e Inter-relação: Economia e Política


Política é a arte de governar. É o exercício do poder. É
natural que o poder tente exercer o domínio sobre a coisa
econômica.
Uso da política do Estado para concessão de vantagens
econômicas pelos grandes grupos econômicos.

Exs.: 1 - Agricultores na época da política do Café com


Leite. Governo compra o café e o queima em praça pública.

2 - Crédito subsidiado e tarifas protecionistas para grandes


indústrias.(Concessão de incentivos como isenção de
impostos e de taxas água, luz, cessão de prédios, etc.)
63
ECONOMIA – Micro e Macro

Autonomia e Inter-relação: Economia e História


Os próprios sistemas econômicos estão condicionados à
evolução histórica da civilização.
Exemplo: Quando o homem dominou o fogo, isso
significou poder político e poder de barganha.

As idéias que constroem as teorias econômicas são


formuladas em um contexto histórico onde se
desenvolvem as atividades e as instituições econômicas.
Exemplo:Invasões dos romanos eram para conseguir
escravos que movimentavam a economia de Roma. 64
ECONOMIA – Micro e Macro
Autonomia e Inter-relação: Economia e Geografia
•Os acidentes geográficos interferem no desempenho
das atividades econômicas.
Exemplo: montanhas dificultam transportes,
plantações e fixação do homem.
•Inúmeras vezes, as divisões regionais (estados e
municípios) são utilizadas para definir:
•diferenciais de distribuição de renda
•recursos produtivos
•localização de empresas
•efeitos da poluição, de aglomerações urbanas, etc.
•Áreas ecúmenas e anecúmenas
•Paisagem geográfica e paisagem natural 65
ECONOMIA – Micro e Macro

Autonomia e Inter-relação: Economia e Sociologia


Quando a política econômica visa atingir os indivíduos de
certas classes sociais (direcionamento mercadológico),
interfere diretamente no objeto da sociologia, isto é, a
dinâmica da mobilidade social entre as diversas classes
de renda, pois interfere na dinâmica social, privilegiando
uns e não a outros.
• Mobilidade social – migração de uma classe social para
outra; elevação social; melhoria de condições de vida.

Políticas salariais (elevam o poder de compra) e gastos


sociais (educação, saúde, transporte, alimentação, etc.)
são exemplos que direta ou indiretamente influenciam
66
essa mobilidade.
ECONOMIA – Micro e Macro

Autonomia e Inter-relação: Economia e Direito


Leis Anti-truste atuam sobre as estruturas de mercado,
assim como no comportamento das empresas. Não
permitem o truste.
Truste ou oligopólio – organização empresarial de grande poder de pressão no
mercado. Uma empresa grande ou um grupo de empresas definem o que a outra do
mesmo gênero, de tamanho menor, deve fazer.
Agências de Regulamentação: ditam as regras de atuação em
determinadas áreas (ex. petróleo, telecomunicações, etc.)

Constituição Federal: Determina a competência para execução


de política econômica (Federal, estadual ou municipal).
Estabelece os direitos e deveres dos agentes econômicos. 67
ECONOMIA – Micro e Macro
Autonomia e Inter-relação: Economia, Matemática e Estatística
A Economia faz uso da lógica matemática e das
probabilidades estatísticas. Muitas relações do
comportamento econômico podem ser expressas através de
funções matemáticas.
Exemplo: sistemas de balanças comerciais favoráveis e
desfavoráveis.
Econometria: a estratégia de se estimar as relações econômicas,
matematicamente formuladas, a partir da minimização dos desvios
aleatórios.

Desvio aleatório – no natal aumenta o consumo. Deve-se considerar


somente o consumo médio anual e não o pico de consumo verificado no
natal para uma análise global de uma situação econômica.
68
ECONOMIA – Micro e Macro
Divisão do Estudo Econômico
Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o
funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de
produtos, ou seja, o comportamento dos compradores
(consumidores) e vendedores (produtores) de um determinado bem.

Estuda o comportamento de consumidores e produtores em relação


ao mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos
preços e quantidades em mercados específicos.

Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro.


O nível de vendas no varejo, numa capital.

69
ECONOMIA – Micro e Macro
Divisão do Estudo Econômico
Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que
estuda o funcionamento da economia como um todo,
procurando identificar e medir as variáveis que
determinam:

• volume da produção total (crescimento econômico)

• nível de emprego

• nível geral de preços (Inflação) do sistema econômico,


bem como a inserção do mesmo na economia mundial.
70
ECONOMIA – Micro e Macro
Divisão do Estudo Econômico
Desenvolvimento Econômico
• estuda modelos de desenvolvimento que levam à elevação do
padrão de vida (bem estar) da coletividade (Está ligado ao conceito
de IDH)
• estuda as questões estruturais de longo prazo (crescimento da
renda per capita, distribuição de renda, evolução tecnológica).

Economia Internacional
• estuda as relações de troca entre países (transações de bens e
serviços e transações monetárias)
•Trata-se da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior
e das relações financeiras internacionais.
71
ECONOMIA – Micro e Macro
ADENDO - Gráficos
Gráficos de duas variáveis (Sistema de Coordenadas)

Nota Nota
Nota
Média Correlação Positiva Média Correlação Negativa
Média
10 10
1.0
8 0.88
6 0.66
4 0.44
2 0.22
0 5 10 15 20 0.0 0 5 10 15 20
Tempo de Estudo (h. semanais) Nº de Festas Freqüentadas
Quanto mais tempo de estudo, maior é a nota Aumento de frequência a 72
festas, diminui a nota da escola
ECONOMIA – Micro e Macro

73
ECONOMIA – Micro e Macro

Capítulo 2: Demanda, Oferta e


Equilíbrio de Mercado.

Fundamentos de Microeconomia
Análise da Demanda de Mercado
Análise da Oferta de Mercado
O Equilíbrio de Mercado

74
ECONOMIA – Micro e Macro
Fundamentos de Microeconomia

Microeconomia (Teoria de Preços) – estuda o


comportamento das
famílias e (Consumidores)

das empresas e (Firmas)

os mercados (Mercados específicos)


nos quais operam.

75
ECONOMIA – Micro e Macro

Fundamentos de Microeconomia
Microeconomia analisa a formação de preços no mercado.
Os preços formam-se com base em dois mercados:
mercado de preços dos bens e serviços
Remuneração
bens e serviços

Mercado dos
serviços dos fatores
de produção (mão de Remuneração salários, juros, aluguéis e lucros
obra, máquinas,
matéria prima,
tecnologia, etc)

76
ECONOMIA – Micro e Macro

Fundamentos de Microeconomia
Coeteris Paribus

Expressão latina traduzida como “ outras coisas


sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas as
variáveis, que não aquela que está sendo estudada,
são mantidas constantes.
- Enquanto analiso um item que varia, “tudo o
mais é constante”.

77
ECONOMIA – Micro e Macro

Fundamentos de Microeconomia
coeteris Paribus
Supor todos os demais
Analisar um mercado mercados constantes
isoladamente (roupas) (tecidos, linha, tinturas, etc)
Verifica o efeito em
- O mercado de estudo
variáveis
nãoisoladas,
afeta e independentemente dos
não é afetado pelos
efeitos de outras variáveis.
demais.
Ex.: Variação de preço sobre a procura de determinado bem.
Exemplo: roupas
Independente
Outras variáveis: renda do consumidor, gostos, preferências, etc.
78
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado


bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir,
num dado período.
A Demanda não representa a compra efetiva, mas a
intenção de comprar, a dados preços. (Exemplo: todos
querem uma Ferrari, mas poucos a compram).

A escala de demanda indica quanto (quantidade) o


consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de
preços de um bem ou serviço.
79
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Fundamentos da Teoria da Demanda

Baseia-se na teoria do Valor


Utilidade. (custo-benefício)
Dada uma Renda Ao demandar
Consumidor
(desejar) um
Dados os preços de mercado bem ou serviço

Maximiza a utilidade (satisfação)


que atribui ao bem ou serviço.
80
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Utilidade Total e Utilidade Marginal

Satisfação adicional (na margem)


Aumenta quanto maior a obtida pelo consumo de mais uma
quantidade consumida do unidade do bem (Quando temos
bem. (Usar um bem até que um só par de sapatos. Esse bem é
Ele acabe). escasso).

Utilidade marginal é decrescente porque o


consumidor vai saturando-se desse bem, quanto
mais o consome. Deixa-se de lado. 81
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado
Utilidade Total e Utilidade Marginal
Quantidade que o consumidor deseja consumir.
Utilidade total – Abundância Utilidade marginal - escassez
Usa até acabar Tem um só e satura-se
desse bem (enjôo)
Utilidade
Utilidade
Total
Marginal

Quantidade Quantidade
Consumida Consumida

82
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Ex: Utilidade
Marginal
Paradoxo da Água e do Diamante

Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata,


e o diamante (supérfluo) tem preço tão elevado ?
Grande Utilidade Total
Água Baixa Utilidade Marginal
(encontrada em abundância)

Diamante Grande Utilidade Marginal


(escasso)
83
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado
Variáveis que afetam a Demanda:
•Riqueza (e sua distribuição) – rico pratica muito a utilidade marginal
– Compra muito supérfluo
• Renda (e sua distribuição) – Alta renda aumenta a utilidade
marginal – Usa-se pouco um produto que devia ser muito usado
• Preço do bem – provoca a utilidade marginal (se baixo)
• Preço dos outros bens – diversifica a aquisição
• Fatores climáticos e sazonais – propicia a produção da moda
• Propaganda – aumenta a necessidade de compra
• Hábitos, gostos, preferências dos consumidores
• Expectativas sobre o futuro
• Facilidades de crédito (disponibilidade, taxas de juros baixas,
prazos)
84
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado
Variáveis que afetam a Demanda
• quantidade procurada (demandada) de um bem qualquer – Exemplo:
compra de um Note Book de uma determinada marca (HP) (muito
procurado causa escassez. De utilidade total para utilidade marginal)
• preço desse bem (Note Book): alto – baixa demanda. Baixo – alta
demanda.
• preço de bens substitutos ou concorrentes similares (marca Toshiba,
Acer, etc).
• preço dos bens complementares (mouse, maleta, outros)
• renda do consumidor (salário do comprador) – É compatível com o
bem que se quer adquirir?
• gostos, hábitos e preferências do consumidor – estão de acordo com
o bem possível de ser comprado?
Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese
85
coeteris paribus (analisar a necessidade de cada mercadoria isoladamente).
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado
Variáveis que afetam a Demanda - RESUMO
quantidade procurada (demandada) de um bem que se quer
adquirir
preço desse bem
preço dos bens substitutos ou concorrentes
preço dos bens complementares (acessórios)
renda do consumidor
gostos, hábitos e preferências do consumidor

Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à
hipótese coeteris paribus (analisar a necessidade de cada mercadoria
isoladamente).

86
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem

Função Convencional
•Se aumenta o preço, diminui a quantidade de consumo
desse bem.
•Se diminui o preço, aumenta a quantidade de consumo
desse bem.
Isso recebe o nome de Lei Geral da Demanda
Tudo o mais constante (coeteris paribus), a quantidade
demandada de um bem ou serviço varia na relação
inversa de seu preço. 87
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem.

Efeito sobre o preço total:


O bem fica mais barato relativamente aos
Efeito substituição concorrentes, fazendo com que a
quantidade demandada aumente.

Com a queda do preço, o poder


Efeito renda aquisitivo do consumidor aumenta, e a
quantidade demandada do bem aumenta.
88
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Ex: Gráfico - Curva de Demanda – Função Linear


Representa o efeito do preço de Preço do
Livro(R$)
um bem sobre a quantidade do bem
que os consumidores estão Ex.Grupo de
80 pessoas com
dispostos a comprar e não a compra renda mensal
de R$ 2 mil
efetiva (coeteris paribus - analisa a 60

necessidade de cada mercadoria


40
isoladamente).
Como o preço e a quantidade 20

demandada têm relação negativa, a 0 5 10 15 20


Qtd adquirida
curva de demanda se inclina para de livros

baixo. 89
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e
serviços
Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo de
outro que é concorrente do primeiro.

Dois bens para os quais, tudo o mais mantido


constante (coeteris paribus (análise da necessidade de
cada mercadoria isoladamente): um aumento no preço
de um deles aumenta a demanda pelo outro.
Ex.: Manteiga e margarina.

90
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e preços de outros


bens e serviços
Preço da
Coca-cola (R$)
Bem substituto (Supondo um aumento
ou concorrente no preço do guaraná)
80
Ex.: 1. Carne de vaca,
frango e peixe.
60
2. Cerveja Antarctica 40
D1
e Brahma. 20
3. Coca-cola e Pepsi. D0
0 5000 10000 15000 20000
Qtd. consumida de Coca-cola
91
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e preços de outros


bens e serviços
Bens complementares = são bens consumidos em conjunto.

Bens para os quais o aumento no preço de


um dos bens leva a uma redução na demanda
pelo outro bem.
Ex.: Computador e software.
Aumento do preço do carro reduz o
consumo de gasolina
92
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandada e preços de outros


bens e serviços
Preço do litro
de gasolina (R$)
Bens (Supondo um aumento
complementares: no preço dos automóveis)
8
1. Camisa social e 6
gravata;
2. Pão e manteiga; 4
3. Sapato e meia; D0
4. Litro de gasolina e
2
D1
automóvel.
0 10000 20000 30000 40000
Qtd. de litros de gasolina
93
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do


consumidor (R)

Em relação à renda dos consumidores, há três situações


distintas:

1 - Bem Normal: tudo o mais constante, um aumento


na renda provoca um aumento na quantidade
demandada do bem.
94
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

2 - Bem Inferior: (tudo o mais constante) um aumento


na renda provoca uma diminuição na quantidade
demandada do bem.
Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda.

3 - Bem de consumo saciado: se aumentar a renda do


consumidor, não aumentará a demanda do bem.
Ex: demanda de alimentos básicos, como o açúcar, sal,
arroz.
95
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do


consumidor (R)

Essa classificação depende da classe de renda dos


consumidores.

Para consumidores de baixa renda não existem muitos


bens inferiores. (Eles só têm acesso a bens inferiores)
Com a renda mais elevada, maior nº de produtos passa a
ser classificado como bem inferior. (Consumidor pode
96
adquirir produtos de melhor qualidade).
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do


consumidor (R)
Preço da carne
Bem normal de 1ª (R$)
(Supondo um aumento
na renda do consumidor)

D1
D0
Qtd. de carne de 1ª
97
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do


consumidor (R)
Preço da carne
Bem inferior de 2ª (R$)
(Supondo um aumento
na renda do consumidor)

D0
D1
Qtd. de carne de 2ª
98
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do


consumidor (R)

Bem saciado Preço do arroz (R$)


(Supondo um aumento na
renda do consumidor)

Qtd. de arroz
99
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos


consumidores (G).

qdi = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes

Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados,


“manipulados” por propaganda e campanhas promocionais,
incentivando ou reduzindo o consumo de bens.

100
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos


consumidores (G).
Preço do
Campanha do Bem (R$) Campanha do
tipo “beba mais D0 D1-Leite tipo “o fumo
leite” 80 Redução é prejudicial
Aumento
60 à saúde”
40 D1-Cigarro
Desloca p/ 20 Desloca p/
direita esquerda
0 5 10 15 20
Quantidade adquirida do bem
101
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço


A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais.
n
Dmercado   d consumidores individuais
i 1

para i  1, 2,3,...n
A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas
dos consumidores individuais.
102
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço


Preço do Preço do
Bem (R$) Bem R$)

80
60
40
20
0 50 100 150 200 0 100 200 300 400
Qtd - Consumidor A Qtd - Consumidor B
103
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço


Preço do
Bem R$)

80
60
40
20
0 150 300 450 600
Total do Mercado
104
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Importante:
variações na demanda  variações na quantidade demandada
Variações na demanda: dizem respeito ao deslocamento
da curva da demanda, em virtude de alterações em ps, pc,
R, G (ou seja, mudança na condição coeteris paribus).
Variações na quantidade demandada: refere-se ao
movimento ao longo da própria curva de demanda, em
virtude da variação do preço do próprio bem pi,
mantendo as demais variáveis constantes (coeteris
paribus). 105
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado

Variações na Quantidade Demandada

Preço do próprio bem Movimento ao longo da curva de demanda

Variações na Demanda

Renda
Preços de bens relacionados
Gostos Desloca a curva de demanda
Expectativas
Número de compradores
106
ECONOMIA – Micro e Macro
Análise da Demanda de Mercado
Variação na quantidade demandada Variação na Demanda

Movimento ao longo da curva Deslocamento da curva


Preço do Preço do
Cigarro (R$) Ex.: Imposto que Cigarro (R$) Ex.: Política de
aumenta o preço combate ao fumo.
D do cigarro. D’ D
80 80
60 60
40 40
20 20
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
No. Cigarros fumados/dia. No. Cigarros fumados/dia.
107
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Demanda de Mercado


Excedente do consumidor: bem-estar gerado pela diferença entre
a disposição máxima a pagar (preço de reserva) e o preço
efetivamente pago por um bem ou serviço.
Preço

E. C.
E
P

q quantidade

108
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Demanda de Mercado

Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma exceção à “Lei Geral da


Demanda”, em que a curva é positivamente inclinada (relação
direta) entre a quantidade demandada e o preço do bem.

Preço da batata
(R$)

Quantidade demandada de batata


109
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Demanda de Mercado


Paradoxo (Bem) de Giffen

Comunidade Inglesa muito pobre.


Ocorreu uma queda no preço da Batata.
Como a população gastava a maior parte da renda
com esse produto, o seu poder aquisitivo aumentou
e como estavam saturados de batata, passaram a gas-
tar com outros produtos.

O preço da Batata caiu, bem como a quantidade


demandada (curva positivamente inclinada).

110
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Demanda de Mercado


Formato da Curva de Demanda

Calculada estatisticamente e empiricamente, através de


modelos econométricos.
Funções: Tipo linear, potência, hiperbólica, etc.

qdi = 3 – 0,5.pi + 0,2.ps – 0,1.pc + 0,9.R

Coeficientes <0 >0 <0 >0


em relação a qdi

Obs: a variável “Gosto” não é observável empiricamente.


111
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Demanda de Mercado


Exercícios sobre a demanda de mercado
1- Dados:
qdx = 3 – 0,5.px – 0,2.py + 5.R

Pede-se:

1. O Bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ?


2. O bem x é normal ou inferior? Por que?
3. Supondo (px = 1, py = 2, R = 100) qual a quantidade procurada
de x ?
112
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Demanda de Mercado


Exercícios sobre a demanda de mercado
2- Dados:
qdx = 500 – 1,5.px + 0,2.py – 5.R
Pede-se:
1. O bem x é normal ou inferior? Por que?
2. O bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ?
3. O bem x seria um bem de Giffen ? Por que ?
4. Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 40 ) qual a quantidade demandada
de x ?
5. Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a quantidade
demandada de x ? 113
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado

Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que


os produtores desejam vender, em função dos preços, em
um determinado período.
Considera-se que os produtores são racionais, já que estão
produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de
custos de produção.

114
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço

q  f  pi , p fp , pn , T , M 
0
i

qi0  quantidade ofertada do bem i


pi  preço do bem i
p fp  preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.)
pn  preço de outros n bens, substitutos na produção
T  tecnologia
M  metas e objetivos do empresário

115
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Função Geral da Oferta

Tudo o mais constante (coeteris paribus),


q 0
se o preço do bem aumenta, estimula as
i
0
pi empresas a produzirem mais. Para
produzir mais, os custos serão maiores, e o
preço do bem deve ser aumentado.
Como os empresários reagem, quando se altera o preço do
bem ou serviço, coeteris paribus?
Aumentando a quantidade ofertada
116
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Função Geral da Oferta

Preço do
Livro(R$)

O
80
60
40
20
0 5 10 15 20
Quantidade oferecida de livros
117
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Relação entre a oferta de um bem e preço do fator
(Insumo) de produção (Pfp)

qi0  f  p fp  Supondo pi , pn , T, M constantes

Preço do Fator de produção (pfp). Se o preço


qi0 do fator mão-de-obra aumenta, diminui a
0
p fp oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um
deslocamento). O mesmo vale para os
demais fatores de produção, como terra,
matérias-primas, etc. 118
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Deslocamentos da curva
a) Aumento do preço do Preço do Redução
Livro(R$) Aumento da oferta.
fator de produção,
coeteris paribus, há O” O O’
uma redução na oferta 80 a)
do bem. 60 b)
b) Redução do preço do 40
fator de produção, 20
coeteris paribus, há um
0 5 10 15 20
aumento na oferta do
Quantidade oferecida de livros
bem.
119
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens,
substitutos na produção (pn)

qi0  f  pn  Supondo pi , pfp , T, M constantes

Preço de outro bem substituto na produção


(pn). Ex.: Se o preço do bem substituto
qi0 aumenta, e dado o preço do bem (coeteris
0
pn paribus), os produtores diminuirão a
produção do bem, para produzir mais do
bem substituto. 120
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Deslocamentos da curva
a) Aumento do preço do Preço do Redução
bem substituto, Livro(R$) Aumento da oferta.
coeteris paribus, há
O” O O’
uma redução na 80 a)
oferta do bem. 60 b)
40
b) Redução do preço do
bem substituto, 20
coeteris paribus, há 00 5 10 15 20
um aumento na oferta Quantidade oferecida de livros
do bem. 121
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T)

qi0  f T  Supondo pi , pfp , pn , M constantes

qi0 Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia,


0
T coeteris paribus, aumenta a oferta do bem.

122
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Deslocamentos da curva
a) Aumento da Preço do Redução
Livro(R$) Aumento da oferta.
tecnologia, coeteris
paribus, há um O” O O’
aumento na oferta do 80 b)
bem. 60 a)
b) Redução da 40
tecnologia, coeteris 20
paribus, há uma 00 5 10 15 20
redução na oferta do Quantidade oferecida de livros
bem. 123
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas
do empresário (M)

qi0  f  M  Supondo pi , pfp , pn , T constantes

Objetivos e Metas dos empresários.


q 0
 0
i
Poderá haver interesse do empresário de
M aumentar ou reduzir a produção.

124
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço

A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas


individuais, que produzem um dado bem ou serviço.
n
Omercado   qfirmas individuais
j 1

para j  1, 2,3,...n
Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas
das firmas individuais.
125
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço

Preço do Preço do
Bem (R$) Bem (R$)

O O
80 80
60 60
40 40
20 20
0 5 10 15 20 00 10 20 30 40
Quantidade oferecida pela Firma A Quantidade oferecida pela Firma B
126
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço

Preço do
Bem (R$)

O
80
60
40
20
0 15 30 45 60
Quantidade oferecida pelo mercado
127
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço

Importante:
variações da oferta  variações da quantidade ofertada
Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta, em
virtude de alterações em pfp, pn, T, M (ou seja, mudança na
condição coeteris paribus).

Variações na quantidade ofertada: refere-se ao


movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude
da variação do preço do próprio bem pi , mantendo-se as
demais variáveis constantes (coeteris paribus). 128
ECONOMIA – Micro e Macro

Análise da Oferta de Mercado


Variações na quantidade ofertada
Movimento ao longo da
Preço
curva de oferta

Variações na oferta

Preços dos Insumos


Preços dos Bens Substitutos
Tecnologia Desloca a curva de oferta
Objetivo do empresário
Número de Vendedores 129
ECONOMIA – Micro e Macro

Excedente do produtor: ganho em bem-estar pelo fato do


produtor receber no mercado um preço maior que aquele
mínimo que viabilizaria sua produção.
Preço do
Bem (R$)

O
80
60 E. P.
40

20

0 15 30 45 60
Quantidade oferecida 130
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço

O preço em uma economia de Preço do


mercado é determinado tanto Bem
pela oferta como pela demanda. Equilíbrio Oferta
80
O equilíbrio se encontra onde as
curvas de oferta e de demanda se
60
40 Demanda
cruzam. Ao preço de equilíbrio, a
quantidade oferecida é igual a 20
quantidade demandada
(quantidade de equilíbrio). 0 5 10 15 20
Quantidade do Bem.
131
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço

Lei da Oferta e da Demanda

O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a


oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço).

Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda:


quantidade que os consumidores querem comprar = quantidade que os produtores desejam vender

132
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
O Excesso de Oferta

Situação em que a quantidade


Preço do Excesso de
oferecida (Ex.: 15 unidades) Bem Oferta
é maior que a quantidade O
demandada (Ex.: 5 unidades). 80
Excesso do Bem 60
40
D
Fornecedores reduzem preços 20
0 5 10 15 20
Mercado atinge o Equilíbrio Quantidade do Bem.
133
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
O Excesso de Demanda

Situação em que a quantidade


Preço do Excesso de
demandada (Ex.: 15 unidades) Bem Demanda
é maior que a quantidade O
oferecida (Ex.: 5 unidades). 80
Escassez do Bem 60
40
D
Fornecedores aumentam preços 20
0 5 10 15 20
Mercado atinge o Equilíbrio Quantidade do Bem134
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio

Preço do
Bem
Excesso de
O
Oferta Equilíbrio
80
60 Excesso de
40 Demanda
D
20
0 5 10 15 20
Quantidade do Bem 135
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
Como um aumento na demanda afeta o equilíbrio.

Ex: as pessoas passam a cultivar


o hábito de leitura (coeteris paribus). Preço do
Livro
1. O “hábito” aumenta a demanda. O
A oferta permanece inalterada,
pois este determinante não afeta
80
diretamente as livrarias. 60
2. A curva de demanda se desloca 40 D2
para a direita. 20
D1
3. O preço e a quantidade são
0 5 10 15 20
aumentados (novo ponto de Quantidade de livros 136
equilíbrio).
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
Como um redução na oferta afeta o equilíbrio.

Ex: Um terremoto destrói várias editoras. Preço do


1. O terremoto afeta a curva de Livro
oferta. A curva de demanda O’
permanece inalterada, pois o
terremoto não muda diretamente a 80 O
quantidade demandada pelos 60
compradores.
2. A curva de oferta se desloca para a 40
D
esquerda (a qualquer preço a 20
quantidade ofertada é menor).
3. O preço aumenta e a quantidade 0 5 10 15 20
diminui (novo ponto de Quantidade de livros
137
equilíbrio).
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
Uma Mudança simultânea na Oferta e na Demanda

Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito 1o Caso


de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto
Preço do
Livro
1o
destruindo várias editoras.
O2 O1
1. Ambas as curvas se deslocam. 8065
2. A curva de Demanda se desloca para 65
direita e a de Oferta para a esquerda.
40 D2
3. Há dois resultados possíveis
dependendo da extensão dos
20
D1
deslocamentos das curvas. (a) A
quantidade o preço aumentam. 0 5 7 10 15 20
Quantidade de livros
138
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
Uma Mudança simultânea na oferta e na demanda

Ex: As pessoas passam a cultivar o 2o Caso


hábito de leitura e ao mesmo tempo, um
Preço do
Livro
1o
terremoto destruindo várias editoras. O2
1. Ambas as curvas se deslocam. O1
8065
2. A curva de Demanda se desloca
para direita e a de Oferta para a
65
esquerda. 40
3. Há dois resultados possíveis 20 D1 D2
dependendo da extensão dos
deslocamentos das curvas. (b) A
0 5 7 10 15 20
quantidade diminui e o preço Quantidade de livros
aumenta. 139
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado

1. Dados D = 22 – 3p (função demanda)


S = 10 + 1p (função oferta)

a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade.

b) Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de


demanda ? Qual é a magnitude desse excesso ?

140
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado

2. Dados: qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R


qox = 2 + 0,1.px

e supondo a renda R = 100, pede-se:

a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x.


b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o
novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x.
141
ECONOMIA – Micro e Macro

O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado

3. Num dado mercado, a oferta e a procura de um


produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes
equações:
Qo = 48 + 10.p
Qd = 300 – 8.p
Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade
ofertada, quantidade demandada e o preço do produto.
Qual será a quantidade transacionada nesse mercado,
quando ele estiver em equilíbrio ?
142
ECONOMIA – Micro e Macro

Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado

Resolver os exercícios do livro texto


referente ao capítulo 2

143
ECONOMIA – Micro e Macro

Capítulo 3: Elasticidades

Conceito
Elasticidade-Preço da Demanda
Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda
Elasticidade-Renda da Demanda
Elasticidade-Preço da Oferta
Exercícios

144
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades

Conceito:

É a alteração percentual em uma variável, dada uma


variação percentual em outra, coeteris paribus.

Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma


variável, em face de mudanças em outras variáveis.

145
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Exemplos na Microeconomia
Elasticidade-preço da demanda : variação percentual na quantidade
demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.

Elasticidade-renda da demanda : variação percentual na quantidade


demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus.

Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na quantidade


demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris
paribus.

Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada,


dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
146
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda:
É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma
variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a
sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma
variação no preço de um bem ou serviço.
A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é
expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a Epd =
-1,5 ).
q1  q0 qi d

%qid qo qid pi qid


E pd     d
% pi p1  p0 pi qi p
p0 pi 147
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

Exemplo: Calcule a Elasticidade- Preço do


preço da demanda em um ponto Bem (R$)
específico.
D
P0 = preço inicial = R$ 20,00 30
p0
P1 = preço final = R$ 16,00 20 p1
Q0 = quantidade demandada,
ao preço p0 = 30
16
Q1 = quantidade demandada, 8
ao preço p1 = 39
0 15 30 39 50
Quantidade demandada
148
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

p p1  p0 16  20
   0, 2  20%
Solução: p p0 20
Variação
q q1  q0 39  30
   0,3  30%
Percentual (%)

q q0 30
0,3
E pd   1,5  E pd  1,5
0, 2
Interpretação: para uma queda de 20% no preço,a quantidade
demandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%, coeteris
paribus. 149
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

Classificação: demanda elástica, inelástica e de


elasticidade unitária.
Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variação
percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade
demandada em sentido contrário.
Por exemplo: |Epd |=1,5
Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10%
no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em
15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso revela que a
quantidade é bastante sensível à variação de seu preço. 150
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

Demanda Inelástica (|Epd|<1): significa que uma variação


percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade
demandada em sentido contrário, porém muito pequana.
Por exemplo: |Epd|=0,4
Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de
preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma
variação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentido
contrário) coeteris paribus.

151
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

Demanda de elasticidade unitária (|Epd|=1 ou Epd=-1): neste


caso uma variação percentual no preço, implica na mesma
varição percentual na quantidade demandada em sentido
contrário.
Por exemplo: |Epd|=0,4
Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%,
coeteris paribus.

152
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda

Fatores que afetam:


• Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais
elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem
mais opções para “fugir” do consumo desse bem;
• Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais
inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como
por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus;
• Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior
o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda.
• Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a
demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de
determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu
153
preço aumenta.
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Interpretação geométrica
|Epd|ponto b > 1 (elástica)
Preço do
A elasticidade-preço Bem (R$) |Epd|ponto a = 1 (unitária)
da demanda varia, ao |Epd|ponto c < 1 (inelástica)
b
longo de uma mesma a
curva de demanda.
c
Quanto maior o
preço do bem, maior
a elasticidade.
Quantidade demandada
154
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Preço
do
Inclinação acentuada: as Sal
(R$)
compras variam pouco com o
aumento dos preços. (Insensível
aos preços: inelástica)
Qtd adquirida de sal
Preço
Inclinação pequena: as compras do
CD´s
variam muito com o aumento dos (R$)
preços. (Sensível aos preços:
elástica)
155
Qtd adquirida de CD´s
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda:
Preço
casos extremos do
Bem
Inclinação infinita: as compras (R$)
não variam com o aumento dos preços.
Perfeitamente Inelástica: Epd=0
(Ex.: Bens Essenciais)
Qtd adquirida do Bem
Preço
Inclinação zero: as compras variam do
Bem
muito com o aumento dos preços. (R$)
Sensível aos preços.
Perfeitamente Elástica: Epd=
(Ex.: Mercados perfeitamente competitivos)
Qtd adquirida do Bem 156
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio
total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda
Receita Total RT = preço unitário x quantidade comprada do bem

RT  p * q
O que pode acontecer com a receita total (RT),
quando varia o preço de um bem?
Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda
157
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
a) Se a Epd for elástica: % qd > % p
• se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá;
• se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará.

b) Se Epd for inelástica: % qd < % p


• se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará.
• se p cair, qd aumentará, e a RT cairá.

c) Se Epd for unitária: % qd = % p


• Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT)
permanece constante.
158
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Conclusão:

Demanda É vantajoso aumentar o preço Até onde


inelástica (ou diminuir a produção) Epd = -1

Pois, embora a quantidade caia, o aumento de preço mais


que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta.
Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o aumento
do preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico da
demanda e assim, gerando a queda na receita total (RT).

159
AB
E pd 0

ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço cruzada da Demanda
Variação percentual na quantidade demandada, dada a
variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus.
pB q A
E AB
pd 
q A pB
EpdAB > 0  A e B são substitutos (o aumento do preço
de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus).
EpdAB < 0  A e B são complementares (o aumento do
preço de y diminui o consumo de x, coeteris paribus).
160
ECONOMIA – Micro e Macro
Elasticidades
Elasticidade-renda da Demanda
Rq
Variação percentual na quantidade demandada,
dada uma variação percentual na renda do
ERd 
consumidor, coeteris paribus.
q r
ERd>1 Bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da renda,
o consumo varia mais que proporcionalmente.
Erd >0 Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta.
ERd<0 Bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta.
ERd=0 Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o
consumo do bem.
Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é
superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos. 161
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades
Elasticidade-preço da oferta

Variação percentual na quantidade Preço


do
ofertada, dada uma variação Bem Epo > 1 Epo = 1
percentual no preço do bem,
coeteris paribus.
p q0
E pd  Epo < 1

q0 p
Quantidade do Bem.
Epo>1 Bem de oferta elástica.
Epo<1  Bem de oferta inelástica.
Epo=1  Elasticidade-preço de oferta unitária. 162
ECONOMIA – Micro e Macro

Elasticidades

Resolver os exercícios do
livro texto

163
ECONOMIA – Micro e Macro

Capítulo 4: Aplicação da Análise


Econômica em Políticas Públicas

Introdução
Incidência de um Imposto sobre Vendas
Fixação de Preços Mínimos na Agricultura
Externalidades
Bens públicos
Exercícios
164
ECONOMIA – Micro e Macro

Oferta, Demanda e Políticas do Governo


• Em um mercado competitivo livre de
regulamentos governamentais, as forças de
mercado estabelecem os preços e as quantidades
de equilíbrio.
• Mesmo que as condições de equilíbrio sejam
eficientes, pode ser que nem todos fiquem
satisfeitos.
• Um dos papéis do economista é utilizar suas
teorias para auxiliar no desenvolvimento de
políticas.
ECONOMIA – Micro e Macro
Controle de Preços
São aplicados, em geral, quando os formuladores de
políticas acreditam que o preço de mercado de um
bem ou serviço é injusto para o comprador ou para o
vendedor. Resultam em preços fixados pelo governo:

Preço Máximo
• Teto legal máximo para o preço de venda de um bem.

Preço Mínimo
• Piso legal mínimo para o preço de venda de um bem.
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço Máximo
Quando o governo fixa um preço máximo,
aparecem duas possíveis consequências:
• O preço máximo não é compulsório se for fixado
acima do preço de equilíbrio.

• O preço máximo é compulsório se for fixado


abaixo do preço de equilíbrio, provocando uma
escassez.
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço Máximo Não Compulsório
p

Oferta

$4 Preço
Máximo
Preço de $3
equilíbrio

Demanda

0 100 q
Quantidade de
equilíbrio
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço Máximo Compulsório
p

Oferta

Preço de
$3
equilíbrio

2 Preço
máximo

Escassez
Demanda

0 75 125 q
Quantidade Quantidade
ofertada demandada
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço Máximo Compulsório
Preço da
gasolina

1. Inicialmente o
preço máximo
Oferta
não é
compulsório…

$4 Preço
máximo

P1

Demanda

0
Q1 Quantidade
de gasolina
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço Máximo Compulsório
S2
Preço da 2. …mas
gasolina quando a oferta
cai...
S1
P2
Preço
máximo

P1 3. …o preço máximo
torna-se
compulsório...
4. …provocando a
escassez.

Demanda

0 Q1
Quantidade de
gasolina
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço mínimo

Quando o governo impõe um preço


mínimo, aparecem duas possíveis
consequências.
i. O preço mínimo não é compulsório se fixado abaixo
do preço de equilíbrio.
ii. O preço mínimo é compulsório se fixado acima do
preço de equilíbrio, provocando um excedente.
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço mínimo não compulsório
p

Oferta

Preço de
equilíbrio

$3
Preço
2 mínimo

Demanda
q
0 100
Quantidade de
equilíbrio
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço mínimo compulsório
p

Oferta
Excedente

$4 Preço mínimo

$3

Preço de
equilíbrio

Demanda
q
0 80 120
Quantidade Quantidade
demandada ofertada
ECONOMIA – Micro e Macro
Efeitos de um preço mínimo
Um preço mínimo impede a oferta e a demanda de moverem-se
na direção do preço e quantidade de equilíbrio. Quando o preço
de mercado atinge o piso, não pode prosseguir na queda, e o
preço de mercado se torna igual ao mínimo.
Um preço mínimo compulsório provoca um excedente porque
QS>QD. Somente uma parte da produção é vendida ao preço
mínimo, ou então somente alguns vendedores conseguem vender
sua produção ao preço mínimo.
Exemplos: um exemplo importante de preço mínimo é o salário
mínimo. A legislação trabalhista determina piso para o salário que
o empresário pode pagar; garantia de preços mínimos para
produtos agrícolas.
ECONOMIA – Micro e Macro
Salário mínimo
Mercado de trabalho livre
Salário
Oferta de
mão-de-obra

Salário de
equilíbrio

Demanda de
mão-de-obra

0 Emprego de Quantidade de
mão-de-obra 176
equilíbrio
ECONOMIA – Micro e Macro
Salário mínimo
Mercado de trabalho com
Salário salário mínimo compulsório

Excedente de mão-de-obra Oferta de


(desemprego) mão-de-obra

Salário
mínimo

Demanda de
mão-de-obra

0 Quantidade Quantidade Quantidade de


mão-de-obra
demandada ofertada 177
ECONOMIA – Micro e Macro
Impostos e Incidência Tributária
Os governos utilizam impostos para arrecadar receita para
objetivos públicos, porém apresentam impactos como:
desestímulo a atividade do mercado;
 queda na quantidade vendida;
 compradores e vendedores compartilham o ônus do imposto.

Incidência tributária é o estudo da distribuição do ônus de um


imposto.
 Como se divide o ônus de um imposto?
Como os efeitos dos impostos sobre os vendedores se comparam com
os efeitos sobre os compradores?
As respostas para esta questões dependem da elasticidade da demanda e da elasticidade
da oferta.
ECONOMIA – Micro e Macro
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores

Preço
Oferta, S1

Um imposto sobre
os compradores
3.00 desloca a curva de
demanda para baixo
em montante igual
ao imposto ($ 0,50)

D1
D2

0 100 Quantidade
ECONOMIA – Micro e Macro
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores

Preço Oferta, S1
Preço
pago pelos
compradores
$3.30 Equilíbrio sem imposto
Preço 3.00 Imposto ($0,50)
sem 2.80
imposto
Preço
recebido pelos Equilíbrio
vendedores com
imposto
D1
D2

0 90 100 Quantidade
ECONOMIA – Micro e Macro
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Vendedores

Um imposto sobre
Preço pago Preço os vendedores
pelos Equilíbrio
S2
compradores desloca a curva de
com imposto oferta para cima
$3.30 em montante igual
S1 ao imposto
Preço
3.00 Imposto ($0,50)
($0,50).
sem 2.80
imposto
Equilíbrio sem imposto
Preço
recebido
pelos
vendedores

Demanda, D1

0 90 100 Quantidade
ECONOMIA – Micro e Macro
Imposto Sobre a Folha de Pagamento

Salários Oferta de
mão-de-obra

Salário pago
pelas
empresas
Salário sem Cunha
imposto tributária

Salário
recebido pelos
trabalhadores
Demanda de
mão de obra

0 Quantidade de
mão de 182
obra
ECONOMIA – Micro e Macro
Oferta Elástica, Demanda Inelástica

Preço 1. Quando a oferta


é mais elástica que
Preço pago pelos a demanda...
compradores Oferta

Imposto 2. ...a incidência do


imposto recai mais
Preço sem imposto pesadamente
sobre os
consumidores...
Preço recebido pelos
vendedores

3. ...do que Demanda


sobre os produtores.

0 Quantidade
ECONOMIA – Micro e Macro
Oferta Inelástica, Demanda Elástica

Preço 1. Quando a demanda é mais


elástica que a oferta...

Preço pago pelos Oferta


compradores
Preço sem imposto
3. ...do que sobre
Imposto
os consumidores.

Demanda
Preço recebido pelos
vendedores
2. ...a incidência
do imposto recai
mais pesadamente
sobre os produtores...

0 Quantidade
ECONOMIA – Micro e Macro

Capítulo 5: Produção

Introdução
Conceitos Básicos
Produção com um Fator Variável e um Fixo
(uma análise de curto prazo)
Produção a Longo Prazo
Exercícios
185
ECONOMIA – Micro e Macro
Introdução

Curva de Oferta
Teoria da Produção
(relações entre a quantidade produzida e as
quantidades de insumos utilizados)
Teoria da Firma
Teoria dos Custos de produção
(inclui os preços dos insumos)

186
ECONOMIA – Micro e Macro
Produção – Conceitos Básicos
Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de
produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado.
Insumos
• Mão-de-obra
Produtos
• Capital Físico
Processo de Produção • Bens & Serviços
• Área, Terra Finais
• Matérias-primas

•Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que


produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de
insumo;
•Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que
permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de
produção. 187
ECONOMIA – Micro e Macro
Produção – Conceitos Básicos
Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física
de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do
produto (q) em determinado período de tempo.

q  f  N, K, M 
onde:
N = mão-de-obra utilizada / tempo
K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo
M = matéria-prima utilizada / tempo

Observação: função de produção  função de oferta


•Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção.
•Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos
fatores de produção. 188
ECONOMIA – Micro e Macro
Produção – Conceitos Básicos
Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a
produção varia.
Ex: o capital físico e as instalações da empresa
Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade
produzida varia.
Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas

Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de


produção fixo;

Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis.


189
ECONOMIA – Micro e Macro
Produção: Produto Total, Produtividade Média e
Produtividade Marginal

Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado


período de tempo.
PT  q
Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e
a quantidade do fator de produção, em determinado período de
tempo.
PMeN  PT (produtividade média da mdo)
N
PMeK  PT (produtividade média do capital)
K

190
ECONOMIA – Micro e Macro
Produção: Produto Total, Produtividade Média e
Produtividade Marginal

Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma


variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em
determinado período de tempo.

PT q dq
PMg N  = ou (produtividade marginal da mdo)
N N dN
PT q dq
PMeK  = ou (produtividade marginal do capital)
K K dK

191
ECONOMIA – Micro e Macro
Produção: Produto Total, Produtividade Média e
Produtividade Marginal
PT
K N PT Pme N PMg N
10 0 0
10 1 3 3.0 3
PT
10 2 8 4.0 5
10 3 12 4.0 4
10 4 15 3.8 3
10 5 17 3.4 2
10 6 17 2.8 0
10 7 16 2.3 -1
10 8 13 1.6 -3
6 N
PMe N
PMg N
OBS:
O formato das curvas PMgN e
PMeN dá-se em virtude da Lei dos
PMeN
Rendimentos Decrescentes.

0 6 N
192
PMg N
ECONOMIA – Micro e Macro
Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes

Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N),


sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável
cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se
negativa.”
Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada).

Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só


vale a curto prazo).

193
ECONOMIA – Micro e Macro
Produção: Isoquanta de produção
Isoquanta: significa de igual
quantidade. Pode ser definida
como sendo uma linha na qual K
todos os pontos representam
infinitas combinações de fatores, 6
que indicam a mesma quantidade
produzida. Uma firma pode 4
apresentar várias isoquantas de q3  3.000
produção (mapa de produção). q2  2.000
2
q1  1.000
A escolha de uma isoquanta,
corresponde à escolha que o N
50 80 150
fornecedor deseja produzir,
dependendo dos custos de
produção e da demanda pelo
194
produto.
ECONOMIA – Micro e Macro
Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala

Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem,


a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho,
demandando mais fatores de produção.
• Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na
quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um
aumento de mais de 10% na produção;

• Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de


produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa
proporção menor;

• Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção


crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção,
neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes.
195
ECONOMIA – Micro e Macro
Produção

Resolver os exercícios do
livro texto, páginas 123 à 125

196
ECONOMIA – Micro e Macro

Capítulo 5: Custos de Produção

Introdução
Custo de oportunidade X Custos Contábeis
Conceito de Externalidade
Custos de Curto Prazo
Custos de Longo Prazo
Maximização do Lucro Total
Exercícios 197
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social

Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa.


Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem
(automóvel);
Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade,
derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição
advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa).
Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade,
derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos
e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa.
•Externalidades positivas
•Externalidades negativas
198
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo

Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia.


Ex.: Aluguéis, depreciação, etc.

Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja,


depende da quantidade produzida.
Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc.

CVT  f  q 
Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo
total.
CT  CVT  CFT
199
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
Custos Totais ($)
CT  CVT  CFT

CVT

CFT

OBS:
Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes

200
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo

CFT
Custo Fixo Médio (CFMe): CFMe 
q

CVT
Custo Variável Médio (CVMe): CVMe 
q

CT
Custo Médio (CMe ou CTMe): CTMe 
q

CTMe = CVMe + CFMe


201
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
Custos Médios ($)
O formato de U das curvas
CTMe
CTMe e CVMe “a curto
CVMe
prazo” também se deve à lei
dos rendimentos decrescentes,
ou lei dos custos crescentes.

CFMe
q

Em certo ponto, satura-se a utilização


Custos médios declinantes: Vantajoso absorver mão-de- do capital (que é fixo) e a admissão de
Pouca mão-de-obra obra e aumentar a produção, mais mão-de-obra não trará aumentos
p/ grande capital. pois o custo médio cai. proporcionais de produção (custos
médios ou unitários começam a
elevar-se).
202
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo

Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos


marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a
produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra de
produto.
CT dCT
CMg  ou CMg 
q dq

Custos Mg ($) CMg OBS:


Os custos marginais
não são influenciados
pelos custos fixos
(invariáveis a curto
prazo).

q 203
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Relação entre Custo Marginal e os
Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo)
Custos Médios e
Marginais ($)
CTMe
CMg CVMe

q
Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo
médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio,
o médio só poderá cair.
Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o
marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio.
204
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo

No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos


são variáveis, sendo assim, um agente econômico:
1. Opera no curto prazo e;
2. Planeja no longo prazo.

Os empresários têm um elenco de possibilidades de


produção de curto prazo, com diferentes escalas de
produção (tamanho), que podem escolher.

205
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
Supondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 30 máquinas. Neste caso, as
curvas de custo médio de longo prazo serão:
I. Produção de q1  CMeC1 < CMeC2 e CMeC3
II. Produção de q3  CMeC2 < CMeC1 e CMeC3
III. Se planeja produzir em:
- q2  CMeC2 = CMeC1
- q4  CMeC2 = CMeC3
- são as opções normalmente escolhidas.

Custos ($) CMeC1 CMeC2


CMeC3
K  10 K  15
K  20

q 206
q1 q2 q3 q4
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP) (Curva de
Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Esta curva mostra o
menor custo unitário.
Custos ($)
Lei dos rendimentos decrescentes
(Curto Prazo) CMeLP

q
qótimo
Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas
diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes
(ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo
prazo deve-se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa. 207
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo

K
Isocusto: conjunto de todas Isocusto
as combinações possíveis de
fatores de produção (K, L)
que mantém constante o
custo ou orçamento total da
empresa.

Dados os preços dos fatores,


se a empresa aumenta a
contratação de um fator,
deverá reduzir a aquisição de
outro fator, se deseja manter L
constante o orçamento gasto
 Inclinação negativa.

208
ECONOMIA – Micro e Macro
Custos de Produção

Resolver os exercícios do
livro texto

209
ECONOMIA – Micro e Macro

Capítulo 7: Estruturas de Mercado

Introdução
Mercado em Concorrência Perfeita
Monopólio
Oligopólio
Concorrência Monopolística
Estruturas do Mercado de Fatores
210
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Introdução

As várias formas ou estruturas de mercado dependem


fundamentalmente de 3 características:

a) número de empresas que compõem esse mercado;


b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos;
idênticos ou diferenciados);
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas
empresas nesse mercado.

211
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita

As principais características são:


Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como
átomos”), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de
mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e
consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado);
Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante,
homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado;
Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado.
Racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores
maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os
agentes agem racionalmente.
Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda
informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos,
as receitas e os lucros dos concorrentes. 212
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
OBS:

Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a


longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as
receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais,
que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de
oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra
atividade.

213
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)

Teoria Microeconômica Empresas têm como objetivo


( Teoria Neoclássica ou maior a maximização dos lucros
Teoria Marginalista) (a curto ou a longo prazo)

LT = RT – CT
LT = Lucro total;
RT = Receita total de vendas;
CT = Custo total de produção.
214
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)

Deverá escolher o nível de produção para qual a diferença positiva


entre RT e CT seja a maior possível (máxima).

Definição:
• Receita Marginal (RMg): é o acréscimo da receita total pela
venda de uma unidade adicional do produto.
• Custo Marginal (CMg): é o acréscimo do custo total pela
produção de uma unidade adicional do produto.

215
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
A maximização do lucro ocorre, em um nível de produção tal que a
receita marginal da última unidade produzida seja igual ao custo
marginal desta última unidade produzida.

RMg = CMg
Se:
• RMg > CMg  há interesse de aumentar a produção, pois cada
unidade adicional fabricada aumenta o lucro;
• RMg < CMg  há interesse de diminuir a produção, pois cada
unidade adicional que deixa de ser fabricada aumenta o lucro;
• RMg = CMg  há a maximização do lucro, sendo CMg
216
crescente.
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)

Custos ($)

CMg CTMe

p0 RMg  p0  RMe

q
q0

217
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)

A firma estará maximizando o Equilíbrio do produtor


K
lucro no ponto onde a taxa de
intercâmbio dos fatores
permitida pela tecnologia
(T.M.S.T.) é igual à taxa de
intercâmbio permitida pelo
mercado (preços dos fatores); K*

Essa combinação ótima de


fatores é, ao mesmo tempo a
que minimiza o custo e
maximiza a receita  L*
L
Dualidade

218
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Monopólio
Características básicas:
• uma única empresa produtora do bem ou serviço;
• não há produtos substitutos próximos;
• existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.

As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:


• Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de produção requerida,
exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já
está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com
baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a
um preço equivalente à firma monopolista;
• Patentes: direito único de produzir o bem;
• Controle de matérias-primas chaves: como por exemplo, o controle das
minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio;
• Monopólio estatal ou institucional: protegido pela legislação,
normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura;
219
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Monopólio

Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas


empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em
mercados monopolizados. Porém, como em concorrência perfeita, o ponto de
equilíbrio do monopolista (ponto de maximização do lucro), ocorre onde:
($) RMg = CMg

CMg
RT  RMe . q0  área0.RMe. A.q0
CMe
CT  CMe0 . q0  área0.CMe0 .B.q0

RMe0
A LT  RT  CT   RMe0  CMe0  q0
CMe0
B  áreaCMe0 .RMe0 . A.B

RMg  CMg D  RMe

0 q0 RMg
q
220
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística
Características básicas:
• muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço;
• cada empresa produz um produto diferenciado, mas com
substitutos próximos;
• cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os
produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de
escolha, de acordo com sua preferência.
OBS:
Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há
tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência
perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas
para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em
que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes.
221
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Oligopólio

Definido de duas formas:


• oligopólio conecentrado: pequeno nº de empresas no setor.
Ex. Indústria automobilística ou;
• oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas domina
um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica.

Características básicas:
• devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder
de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se
normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que
os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de
preços;
• no oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a
entrada de novas empresas no setor. 222
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Oligopólio

Tipos de oligopólio:
• com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento);
• com produto diferenciado (por exemplo, automóveis).
OBS:
A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à
entrada de novas firmas persistirão.

Formas de atuação das empresas:


• concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções (forma de
atuação pouco freqüente);
• formam cartéis (conluios, trustes): cartel é uma organização (formal
ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política
para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição
(cota) do mercado entre as empresas.
223
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Oligopólio

Não existe um modelo geral de oligopólio, pois eles são muito


diferentes entre si. O modelo mais tradional parte da maximização
dos lucros pelo empresário, e neste caso a RMg = CMg.

Modelo de mark-up:

Mark-up = Receitas de Vendas – Custos Diretos de Produção

e neste caso o preço é calculado: p  m 1  c 


onde:
p = preço do produto
c = custo unitário direto ou variável
m = taxa (%) de mark-up
224
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos

Descrição de um jogo:
Jogadores: quem está envolvido;
Regras: quem joga e quando? O que ele sabe, quando joga? O que ele pode
fazer?
Resultados: para cada conjunto de ações possível, qual é o resultado do jogo.
Payoffs: quais são as preferências dos jogadores sobre os possíveis resultados
do jogo?
Estratégia dominante: é uma estratégia que é ótima para um jogador
independentemente da(s) estratégia(s) escolhida(s) pelo(s) outro(s)
jogador(es). Quando cada jogador possui uma estratégia dominante, dizemos
que a combinação dessas estratégias é um equilíbrio com estratégias
dominantes.

225
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o
dilema dos prisioneiros)

Dois parceiros em um crime são presos por um policial. Para cada


ladrão, o policial propõe que ele confesse o crime e sirva de
testemunha de acusação. Se um dos ladrões confessa o crime e o
outro não, aquele que confessou será posto em liberdade e o
outro cumprirá pena de 10 anos. Caso os dois confessem, ambos
ficarão presos por 3 anos. Se nenhum dos dois confessarem, a
penalidade será de apenas um ano.

226
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o
dilema dos prisioneiros)
Prisioneiro B
confessa não confessa

confessa (-3,-3) (0,-10)


Prisioneiro A

não confessa (-10,0) (-1,-1)

Uma estratégia é dita estritamente dominada quando há uma outra estratégia


que gera sempre um melhor resultado independentemente da estratégia
escolhida pelo outro jogador.
Uma estratégia é dita fracamente dominada quando há uma outra estratégia
que gera sempre um resultado melhor ou igual independentemente da
estratégia escolhida pelo outro jogador. 227
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Equilíbrio de Nash)

O conjunto das estratégias escolhidas pelos jogadores de um jogo


constitui um equilíbrio de Nash se, para cada jogador, a sua
estratégia é ótima dadas as estratégias adotadas pelos outros
jogadores.

• Todo equilíbrio com estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash mas


nem todo equilíbrio de Nash é um equilíbrio com estratégias dominantes.

228
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: Resumo

Entrada de
Tipo de
Estrutura Objetivo da Empresa Número de Firmas Novas Lucros a LP
Produto
Empresas

Maximização de Lucros Não existem


Concorrência Perfeita Infinitas Homogêneo Lucros Normais
(RMg=CMg ) barreiras

Maximização de Lucros Lucros


Monopólio Uma Único Barreiras
(RMg=CMg ) Extraordinários

Maximização de Lucros Não existem


Concorrência Monopolística Muitas Diferenciado Lucros Normais
(RMg=CMg ) barreiras

Oligopópilo

Maximização de Lucros Oligopólio Concentrado:


Modelo Clássico Homogêneo
(RMg=CMg ) poucas empresas Lucros
ou Barreiras
Extraordinários
Oligopólio Competitivo: diferenciado
Maximização Mark -up =
Modelo de Mark-up poucas dominam o
Rec. Vendas - Custos Dir.
setor

229
ECONOMIA – Micro e Macro
Estruturas de Mercado: fatores de produção

Concorrência perfeita: existe uma oferta abundante do fator de


produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna o preço
desse fator constante.
Monopsônio: há somente um comprador para muitos vendedores
dos serviços dos insumos.
Oligopsônio: existem poucos compradores que dominam o
mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.
Monopólio bilateral: ocorre quando um monopsonista, na compra
do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda
desse fator.

230
ECONOMIA – Micro e Macro

231

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