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Módulo 6 – Sintomas
Sintomas
•
• Por outro lado, a importância dos sintomas mentais não
pode ser descurada. Os mais importantes são os que
manifestam a vontade e a afetividade do paciente.
Depois, vêm os relativos à inteligência, seguidos pelos
atinentes à memória.
Há sempre que reconhecer quais os sintomas comuns à
doença e os que
são característicos do doente, estes sim de vital
importância.
• Segundo Hahnemann:
1. O paciente fornece uma história detalhada dos seus padecimentos(Deve descrever
exatamente o que sente e de que sintomas está mais ansioso de se
libertar. Se for acompanhado, as pessoas que o rodeiam relatam as suas queixas, o seu
comportamento e o que percebem nele, enquanto o homeopata vê, ouve e observa o que
há no doente de fora do comum (§ 84 do Organon). É necessário que o homeopata não se
deixe induzir em erro pelos relatos das pessoas que possam acompanhar o enfermo (§98
do Organon). )
2. Então a cada sintoma em particular obtendo informações mais precisas, sem que formule
questões de forma sugestiva ou que possam ser respondidas com um simples sim ou não (§ 86
e § 87 do Organon).
3. Se nos padecimentos voluntariamente mencionados, houver lacunas sobre várias partes,
funções do organismo e estado mental, o homeopata deve questionar o paciente no que a tal
respeitar (§ 88 do Organon).
4. Deverá também anotar tudo o que observar no doente (§ 90 do Organon).
5. No caso de doença crônica, há que reconhecê-la na sua forma original, devendo para tanto
o doente ser privado por alguns dias dos medicamentos que toma, procedendo-se à
anotação cuidada das mais pequenas peculiaridades ou sintomas mínimos (§ 91 e § 95 do
Organon).
6. Nas doenças agudas, não obstante o homeopata tenha de inquirir menos, porquanto os
sintomas estão bem presentes na memória do enfermo, deverá ser feito um quadro completo
da doença (§ 99 do Organon).
• Durante o interrogatório devem ser sempre tomadas em
consideração:
As modalidades que provocam, agravam ou melhoram os sintomas, alternâncias ou
concomitâncias sintomáticas, todos os fatores subjetivos e sensações associadas à
doença ou ao próprio paciente como entidade global, a lateralidade, horários de
agravamento e melhora e os fatores etiológicos que geraram a morbicidade do
quadro.
A anamnese compreende um período prévio em que o paciente mencionará a sua
queixa principal e relatará mesmo que parcialmente, a história pregressa da doença.
A todo o momento, o homeopata deve atentar nas características peculiares e únicas
do seu paciente. Desde o momento em que ele entra no consultório até à sua
partida, o homeopata tem obrigação de constatar todo e qualquer sinal pertinente
para a procura do medicamento correto.
• A modalidade homeopática determina em que circunstâncias melhora ou agrava o
sintoma ou a totalidade sintomática do paciente. São as modalizações que tornam o
sintoma característico.
•
Alguns exemplos:
Alimentares: agravações ou melhoras por efeito de determinados alimentos ou
bebidas.
Atmosféricas e ambientais: andando ao ar livre, desejo ou aversão dos grandes
espaços, lugares fechados, chuva, neblina, humidade, tempestade, sazonalidade, luz
– natural ou artificial –, ruído, música, odores.
Banho e lavagens: frio, quente, mar, aversão a lavagens.
Corpos celestes: Sol, Lua, estações do ano.
Horárias: dia, manhã, tarde, noite, anoitecer, uma qualquer hora específica.
Lateralidade: direita, esquerda.
Locomoção e posição: andar, andar de carro, barco, correr, dançar, deitado,
sentado, em pé, de joelhos, curvado.
Movimento e repouso: no começo do movimento, durante ou após o mesmo,
deitado ou sentado.
Roupas: apertadas ou não, cobrir-se, descobrir-se, nu.
Temperatura: calor, frio, mudança.
fases da anamnese
• 1. Queixa principal ou relato da história individual.
1.1 O paciente deve apresentar uma história o mais detalhada possível da doença.
1.2 Se possível, deverá referir os fatores etiológicos ou biopatográficos(é o
acontecimento que originou o estado patológico. Pode ser hereditário – causa
diatésica –, ter origem física – exposição ao frio húmido ou frio seco – ou
psicológica – desgosto de amor, ciúme, medo ou pânico).
1.3 Procederá à descrição do quadro sintomático.
• 2.1 Dados pessoais
Aqui, incluem-se todos os dados pessoais do paciente tais
como: nome, idade, profissão, agregado familiar, etc.
.
2.2 Fase interrogatória.
2.2.1 Sobre a mente e as ilusões.
2.2.2 Sobre o sono e os sonhos.
2.2.3 Cabeça e pescoço.
2.2.4 Olhos e visão.
2.2.5 Ouvidos e audição.
2.2.6 Nariz.
2.2.7 Face.
2.2.8 Boca, paladar e dentes.
2.2.9 Apetite, bebidas e alimentícios.
• Este deve ser efectuado com base nos sintomas que o paciente não aprofundou
O bom interrogatório,também depende da atenção dada a pormenores, ou fatores
predisponentes do quadro
patológico, que o paciente não mencionou – por embaraço, indolência, falta de
disposição ou esquecimento – e que o homeopata já conhece como essenciais a um
diagnóstico fiável e correto, especialmente em sede de doença crónica (§93 e §94 do
Organon)
• 2.2.10 Garganta, garganta externa.
2.2.11 Laringe e traqueia.
2.2.12 Tórax, peito.
2.2.13 Aparelho respiratório, respiração.
2.2.14 Tosse.
2.2.15 Expectoração.
2.2.16 Costas.
2.2.17 Aparelho cardiovascular.
2.2.18 Abdómen e estômago(Aqui se incluem todos os órgãos nobres abrigados na região
abdominal: baço, fígado,intestinos, vesícula biliar, etc).
.
2.2.19 Reto.
2.2.20 Rins e bexiga.
2.2.21 Excreções (urina e fezes).
2.2.22 Genitais.
2.2.23 Pele.
2.2.24 Aparelho locomotor.
2.2.25 Sistema nervoso.
2.2.26 Transpiração.
2.2.27 Dor.
2.2.28 Generalidades (Aqui se incluem as modalidades de agravamento ou melhora mais
gerais )
2.3 Interrogatório sobre os antecedentes do paciente.
•
Manhã – 5 às 9h.
Antes do Meio-Dia – 9 às 12h.
Tarde – 13 às 18h.
Anoitecer – 18 às 21h.
Noite - 21 às 5h.
Os medicamentos citados foram
divididos em três graus diferentes:
•
Grau I – em negrito com valor de três pontos. Sintoma
registado pela maioria ou por todos os experimentadores,
confirmado em diferentes grupos de experimentação e cuja
eficácia foi comprovada na cura de casos clínicos.
Grau II – em itálico com valor de dois pontos. Sintoma
registado por uma parte dos experimentadores e comprovado
na clínica.
Grau III – em estilo romano com valor de um ponto. Sintoma
apresentado por um ou muito poucos experimentadores.
• A repertorização é o modo pelo qual o homeopata, transformando a
linguagem do paciente no que aos sintomas do caso respeita, em linguagem
repertorial, obtém um maior ou menor número de medicamentos ordenados
por cobertura ou pontuação.
A repertorização é meramente sugestiva. Ela indica-nos um conjunto
de substâncias que se podem assumir potencialmente como semelhantes do
caso. Mas a decisão caberá sempre em última instância, à comparação por
diferencial, da totalidade sintomática com as patogenesias descritas nas
Matérias Médicas.
É fundamental entender-se que a prescrição só será correta e coroada de sucesso se
o homeopata estiver habilitado a destrinçar os sentidos de rubricas similares ou
quase similares.
os métodos de repertorização
mais utilizados:
•
Repertorização Mecânica ou por
Extenso;
Repertorização com Sintoma Diretor;
Repertorização fundamentada na
Síndrome Mínima de Valor
Máximo.
Repertorização Mecânica ou por Extenso
• Sintoma Diretor aquele que é o principal de um caso e que limita a pesquisa repertorial dos
restantes sintomas aos medicamentos que o englobam nas suas patogenesias.
Este método compreende duas fases:
A primeira, implica que se escolha um sintoma bastante característico e marcante ou
chamativo do caso clínico. A rubrica referente ao sintoma não deve ultrapassar os oitenta
nem possuir poucos medicamentos.
A repertorização cingir-se-á aos medicamentos apresentados pelo Sintoma Diretor. Destes
medicamentos escolhem-se os de maior pontuação.
Numa segunda fase, procede-se à repertorização de outros sintomas marcantes que
dependerão diretamente dos resultados obtidos da análise do S.D. A escolha destes sintomas
não depende de qualquer pressuposto hierárquico. Neste momento da atividade repertorial,
o critério de seleção do medicamento deixará de ser exclusivamente a pontuação passando a
ser também a cobertura, já que se incluíram vários novos sintomas.
Na fase final da repertorização, serão levados ao diferencial da Matéria Médica os dez ou
doze medicamentos que tenham tido maior pontuação
Repertorização Fundamentada na Síndrome
Mínima de Valor Máximo
• É denominado como método artístico.
Escolhem-se de 3 a 5 sintomas, devidamente hierarquizados,caracterizadores da
individualidade do paciente, em rubricas com um número médio de medicamentos –
50 a 80.
Neste tipo de repertorização não se atende à pontuação mas sim à
cobertura efetuada pelos medicamentos. O medicamento selecionado, é
aquele que por cobertura, engloba a totalidade ou a maior quantidade dos
sintomas selecionados.
A parte consideravelmente mais difícil deste método, é a fixação da
S.M.V.M. – seleção dos sintomas mais individualizantes e representativos do caso.
Experimentação