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Cabeamento Estruturado

Professores: Marcelo A. Cruz / Jean Mark Lobo


Cabeamento Estruturado
• Por que cabeamento
estruturado ?
– necessidade de padronização 100Mbps
Switch

das redes de computação Cor


e100Mbps100Mbps
Switch Switch

– integração em uma única rede 100Mbps


Switch

de todos os sistemas de Router


WAN
100Mbps
Hub

comunicações do interior de um 100Mbps


Switch

edifício Distribution Hub


10Mbps

– necessidade de flexibilidade de End Users


funcionamento destas redes
Padronização
• Topologia em estrela e modo de gerenciamento
através de conexões cruzadas das redes
telefônicas
• Uso de cabos de par trançado utilizados para
redes de computação pela AT&T e IBM na época
• Padronização pela EIA/TIA (associações de
indústrias de eletrônica e telecomunicações nos
EUA)
• As primeiras normas surgiram no início da
década de 90
Objetivos principais
• Fundamentar uma única infra-estrutura
passiva de cabeamento e conexões para
possibilitar o suporte a vários tipos de
comunicação
• Evitar as estruturas proprietárias e a
pluralidade de cabeamentos
– Ou seja, evitar em uma mesma edificação diversos
cabos e meios diferentes, com necessidades,
problemas e manutenções diferentes
Necessidades
• Banda de transmissão em alta freqüência
– Atualmente chega a 250 MHz, mas vai aumentar
• Altas taxas de transmissão de bits
– Atualmente chega a ordem de Gigabits
• Infra-estrutura passiva
– Totalmente independente dos equipamentos
eletrônicos a ela conectados
• Padronização
– parâmetros de cabos e conexões
– formatos de cabos e conexões
• Capacidade de atender a demanda por novas
aplicações por um longo período
ANSI-TIA-EIA 568-A
• Norma americana
• Estabelece os requisitos mínimos de
cabeamento em prédios comerciais, incluindo
– Tomadas/conectores para telecomunicação
– Conexões entre prédios em um ambiente
“campus”
• Segundo a norma, um sistema de cabeamento
estruturado consiste de 6 subsistemas
funcionais
Estrutura do CE
• Um sistema de CE está dividido basicamente nos seguintes
subsistemas
– Área de trabalho
• Work-area components
– Cabeamento horizontal
• Horizontal cabling
– Sala ou armário de telecomunicações
• Telecommunications closet
– Cabeamento vertical
• Backbone cabling
– Sala de equipamentos
• Equipament room
– Entrada do edifício
• Entrance facility
Estrutura do CE
Área de Trabalho
• Local ocupado pelo usuário, onde são
necessários pontos de saída para
conexão dos equipamentos de trabalho
(telefone, computador, sensor de
automação, câmera, TV, saída de som
...)
• Neste local são colocadas as tomadas
padrão RJ45 e os cabos adaptadores
entre o equipamento e a tomada
– adapter cables (patch cords)
• Cada ponto de saída deve ter, no
mínimo, duas tomadas RJ45
Área de Trabalho
Pinagem 568A
Pino / Cor
1- Branco/Verde
2- Verde
3- Branco/Laranja
4- Azul
5- Branco/Azul
6- Laranja
7- Branco/Marrom
8- Marrom

Pinagem 568B
Pino / Cor
1- Branco/Laranja
2- Laranja
3- Branco/Verde
4- Azul
5- Branco/Azul
6- Verde
7- Branco/Marrom
8- Marrom
Cabeamento Horizontal
• Conjunto de cabos que liga as tomadas até os
painéis distribuidores colocados no Armário de
Telecomunicações
• O formato de distribuição é do tipo estrela
• O cabeamento horizontal é formado por
– Tubulações, eletrocalhas, leitos e demais acessórios
para suporte dos cabos
– Cabos UTP
– Cabos de fibra ótica
• Fiber to the desk
• Pouco usual ainda
Cabeamento Horizontal
Armário de telecomunicações
• Local onde são colocados os painéis distribuidores bem como
equipamentos
• Neste local é feita a conexão cruzada (cross-conection) entre
painéis distribuidores e os equipamentos
• O armário de telecomunicações é uma das extremidades do
cabeamento horizontal
• Pode ser uma sala, um armário, ou mesmo um gabinete
fechado (rack) padrão 19”, dependendo do tamanho do
edifício
• O armário de telecomunicações faz a integração entre o
cabeamento horizontal e o vertical
Armário de telecomunicações
• Os painéis distribuidores de cabos metálicos
podem ser de dois tipos
– Patch panel 19” com portas RJ45
– Blocos distribuidores tipo IDC 110
• Nos patch panels cada porta representa uma
tomada de um ponto de saída
• Nos blocos o cabo que liga à tomada do ponto
de saída é aberto em 4 pares
Armário de telecomunicações
• Os patch panels utilizam o padrão RJ45, o que os
torna mais fáceis de usar, pois as portas são
idênticas às tomadas e às saídas dos hubs
• Os blocos são menores e mais compactos que os
patch panels
• Utilizam o padrão IDC 110 para conexão, e cada
par é acessível individualmente, pela parte frontal
do bloco
• Devido à separação dos pares, o bloco facilita as
diversas aplicações, tais como telefonia, TV, som
ambiente, etc.
Armário de telecomunicações
Cross-connection Interconnection
Armário de telecomunicações
• Componentes
– Equipamentos ativos (hubs,
switchs, multiplexadores, etc)
– Painéis distribuidores: patch
panel, bloco 110 IDC e
distribuidor interno ótico (DIO)
– Cordões de manobra (patch
cords) de cobre (cabos UTP) ou
em fibra ótica
– Distribuidores óticos
– Suportes para painéis e
equipamentos (racks)
Armário de telecomunicações
Cabeamento Vertical
• É o cabeamento que interliga os diversos Armários de
Telecomunicações entre si, a Sala de Equipamentos e desta
até a Entrada do edifício
• Em instalações industriais ou em campus, o Cabeamento
Vertical interliga os diversos prédios
• É também chamado de “backbone” e sua topologia é estrela
• Componentes
– Cabos tipo UTP de 25 pares (em instalações internas)
– Cabos de fibra ótica (em instalações internas e externas)
– Tubulações subterrâneas, leitos para cabos, eletrocalhas, estruturas
aéreas, etc.
Cabeamento Vertical
Sala de Equipamentos
• Na Sala de Equipamentos estão colocados os equipamentos
principais de uma rede, ou os de maior complexidade
• A partir da Sala de Equipamentos é feito o controle e
gerenciamento das instalações de comunicação de uma
instalação
• Componentes
– Equipamentos ativos principais - hubs, switches, multiplexadores, etc.
– Painéis distribuidores de cobre e de fibra, bem como suportes tipo
rack
– Servidores
– Central PABX
– Centrais de TV e de som
– Centrais de controle e automação
Sala de Equipamentos
Entrada da Edificação
• Ponto de acesso de comunicação externa da
edificação
• Meio pelo qual chegam e saem as informações da
instalação
• Fazem parte da entrada os acessos de telefonia
vindos da concessionária, acessos de televisão,
cabos de fibra ótica externos, entradas de rádio
digital, etc.
• Faz parte da entrada uma área mínima em
parede ou uma sala para instalação dos
equipamentos e acessórios de montagem
Entrada da Edificação
Integração de sistemas
CABEAMENTO HORIZONTAL

CABEAMENTO
VERTICAL
Cabeamento
• Tanto o cabeamento horizontal quanto o vertical podem
utilizar cabos metálicos ou de fibra ótica
• Quando utiliza-se fibra ótica da sala de equipamentos até a
área de trabalho diz-se que o cabeamento é do tipo “fiber to
the desk”
• Hoje a fibra é pouco utilizada no cabeamento horizontal
devido as altas taxas de transmissão dos cabos metálicos e
devido ao custo dos equipamentos com portas para fibra
• A fibra ótica é bastante utilizada no cabeamento vertical e nos
locais com grandes distâncias ou com problemas de EMI
Fibras óticas
• Os cabos de fibra ótica são divididos em dois tipos, conforme
o modo de transmissão em seu interior
– multimodo (62,5 / 125 mm)
– monomodo (9 / 125 mm)
• O uso de fibras óticas exige painéis distribuidores especiais,
colocados nos Armários de Telecomunicações e Salas de
Equipamentos
• Cuidados especiais são exigidos para a instalação de fibras
óticas
– O principal deles é: pessoal capacitado e experiente
Cabeamento metálico
• A norma EIA/TIA 568 classificou os sistemas de
cabeamento estruturado em categorias
• A categoria caracteriza a performance do meio
físico e acessórios de acordo com os seguintes
intervalos de freqüências
– Categoria 3: cabo par trançado com impedância
característica de 100 ohms, para freqüência de até 16
MHz
– Categoria 4: idem até 20 MHz
– Categoria 5: idem até 100 MHz
– Categoria 6: idem até 250 MHz
Limites e performance
• LIMITES DE QUALIDADE
– Vários limites são colocados para garantir a
performance do cabeamento
– Tais limites estão relacionados às próprias
características elétricas e desempenho desejado dos
produtos, bem como à forma de instalação
– Os principais fatores limitantes são
• COMPRIMENTO
• CONTINUIDADE
• POLARIDADE
• ATENUAÇÃO
• CROSSTALK (NEXT)
Limites e performance
• COMPRIMENTO/CONTINUIDADE/POLARIDADE
– O respeito a estes itens deve-se à qualidade do
planejamento e ao PROJETO EXECUTIVO que define a
instalação
– Também está relacionado à qualidade da instalação
• Respeito ao projeto
• Pessoal capacitado e treinado
• Cuidado e organização em campo
Limites e performance
• ATENUAÇÃO
– Refere-se à qualidade do cabo
– Mas também à forma que foi
conectado nas extremidades, à
tração que sofreu na colocação,
dobras e outros esforços
– Quando aumenta a freqüência,
aumenta a atenuação
• Em taxas de transmissão que
usam altas freqüências, o
problema pode ser crítico
Limites e performance
• CROSSTALK (NEXT – Near End Crosstalk)
– Crosstalk ou diafonia é o maior problema em cabeamentos que
operam em altas freqüências
– Crosstalk é a interferência indesejada de um par sobre os outros
– É medido pelos métodos “par-a-par” ou de soma (POWER SUM)
– O crosstalk pode ser provocado por erros de fabricação
– Geralmente quem provoca o crosstalk é o instalador
• com erros cometidos na colocação dos cabos: dobras, destrançamento,
cortes no isolante, etc.
• com erros de conexão junto à tomada ou painéis distribuidores
Limites e performance
• Crosstalk
Limites e performance
• A norma EIA/TIA 568 definiu o comprimento máximo do
cabeamento horizontal, entre a tomada e o painel do Armário de
Telecomunicações, em 90 metros (link básico)
• Incluindo patch cords, o comprimento é de 100 metros (link de
canal)

ÁREA DE TRABALHO
TOMADA

Comprimento máximo - 90 m

Horizontal
Conexão cruzada

ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES
Limites e performance
Projeto
• Parte fundamental de qualquer iniciativa que
se pretende bem realizada e de sucesso.
• Em Cabeamento Estruturado o projeto
determina os custos de uma instalação
• Determina exatamente o que se quer e o que
não se quer, numa etapa onde os gastos ainda
são muito baixos
• Deve ser feito por especialistas
Documentação
• É a parte complementar do projeto
• Deve ser feita durante o processo da instalação
• Compreende toda a identificação dos cabos,
conectores e painéis distribuidores
• Com todas as identificações feitas, um desenho
final das instalações apresenta uma planta
detalhada do sistema
• Fechando o pacote, deve ser feita a Certificação
de cada ponto, com equipamento bidirecional
atestando a qualidade de cada link
Normas
• Um conjunto de Normas Internacionais define atualmente os
padrões dos materiais para cabeamento estruturado e os
procedimentos de instalação destes materiais
• As Associações das Indústrias de Eletrônica e de
Telecomunicações americanas (EIA/TIA), bem como órgãos
internacionais (ISO), definem as principais normas em uso
– EIA/TIA 568A (definições gerais do cabeamento)
– EIA/TIA 569A (infra-estrutura para o cabeamento)
– EIA/TIA 607 (aterramento)
– ANSI/EIA/TIA 606 (sistema de identificadores)
– ISO/OSI 11.801 (interconexão de sistemas)
Cabeamento Estruturado
Normas de Cabeamento Estruturado ANSI/EIA/TIA/568-B.2

Recomendações
• Cabos UTP de no máximo 5m entre a tomada e o
equipamento;
• No mínimo 2 tomadas de telecomunicações, para um
máximo de 10m2;
• Todos os 4 pares deverão ser instalados no conector
fêmea;
• Distância mínima de 30cm entre tomadas de superfície e
piso;
• Toda a conectorização deve seguir um dos padrões T568A
ou T568B (conector RJ-45 ou CM8V);
Cabeamento Estruturado
Cabeamento Estruturado

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