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Pilhas comerciais

Pilha seca (pilha de Leclanché)

O recipiente é constituído de Zn, atuando como ânodo.


Há um papelão poroso que separa o zinco dos demais materiais. O eletrodo
central é de grafita, e atua como cátodo. Existe uma pasta úmida que fica entre
os eletrodos que apresenta ZnCl2 e NH4Cl.
O cátodo é envolvido por uma camada de MnO2
A voltagem fornecida por essa pilha é 1,5V.
Semi reações:

Zn  Zn2+ + 2e-

2MnO2 + H2O + 2e-  Mn2O3 + 2OH-

NH4+ + OH-  NH3 + H2O

A amônia se acumula ao redor do bastão de


grafite, agindo como uma camada isolante,
reduzindo a voltagem da pilha.
A pilha cessará quando todo MnO2 for consumido.
Pilha alcalina

É um aprimoramento da pilha de leclanché.

É uma pilha seca de Zn e MnO2, a solução eletrolítica é base forte


(KOH). (Em leclanché utiliza-se NH4Cl e ZnCl2)

Sua voltagem também é de 1,5V, porém sua duração é cinco vezes


maior que a pilha seca de Leclanché.

- KOH não forma uma camada isolante


-O zinco não fica muito tempo exposto
ao meio ácido (NH4+)
Pilha de lítio

O ânodo é feito de metal lítio e o cátodo é de MnO2 ou cloreto


de sulfurila (SOCl2).

As pilhas de lítio apresentam uma alta voltagem: 3,4V.


Pilhas recarregáveis

As pilhas não-recarregáveis, que são aquelas utilizadas uma vez e


depois são descartadas, estas são chamadas de pilhas primárias.

Nessas pilhas os materiais de oxidação e de redução não permanecem


no ânodo e no cátodo, por isso é impossível reverter a situação.

As pilhas recarregáveis são aquelas que depois de utilizadas pode ser


recarregadas e utilizadas novamente, estas são chamadas de pilhas
secundárias.

Nessas pilhas os materiais de oxidação ficam no ânodo e os materiais


de redução permanecem no cátodo, sendo possível inverter as
reações.
Corrosão

É um processo resultante da ação do


meio sobre um determinado material,
causando sua deterioração.

É um fenômeno que está associado à ferrugem que é


aquela camada de cor marrom-avermelhada que geralmente se
forma em superfícies metálicas.

A ferrugem nada mais é do que o desgaste sofrido pelas


construções que representam os sinais de reações químicas.

Este fenômeno não ocorre somente com metais mas também


com outros materiais dentre eles os polímeros orgânicos, o
concreto, eletrodomésticos, grades, instalações industriais,
automóveis, etc.
Formação da Ferrugem

Reação anódica (oxidação): Fe ---> Fe2+ + 2e– (1)


Reação catódica (redução): 2H2O + 2e– ---> H2 + 2OH– (2)

Neste processo, os íons Fe2+ migram em direção à região catódica,


enquanto os íons OH - direcionam-se para a anódica.

Em uma região intermediária, ocorre a formação do hidróxido


ferroso:

Fe2+ + 2OH– ---> Fe (OH)2 (3)

3Fe(OH)2 ---> Fe3O4 + 2H2O + H2 (4)


Em meio com baixo teor de oxigênio, o hidróxido ferroso sofre a
seguinte transformação:

3Fe(OH)2 ---> Fe3O4 + 2H2O + H2 (4)

Caso o teor de oxigênio seja elevado

2Fe(OH)2 + H2O + 1/2O2 ---> 2Fe(OH)3 (5)


2Fe(OH)3 ---> Fe2O3.H2O + 2H2O (6)

Produto final da corrosão (ferrugem):


Fe3O4 (coloração preta)
Fe2O3.H2O (coloração alaranjada ou castanho- avermelhada).
Ataque do concreto por agente externo

Essa corrosão também afeta a estabilidade e durabilidade


das estruturas, sendo muito rápida e progressiva.

Fatores:
mecânicos (vibrações e erosão),
físicos (variação de temperatura),
biológicos (bactérias) ou
químicos (em geral ácidos e sais).
Como minimizar os efeitos da corrosão?

Os processos mais empregados para a prevenção da corrosão


são a proteção catódica e anódica, os revestimentos e os
inibidores de corrosão.

A proteção catódica é a técnica que transforma a estrutura


metálica que se deseja proteger em uma pilha artificial,
evitando, assim, que a estrutura se deteriore (Dutra e
Nunes,1987).
A proteção de uma superfície metálica
Um procedimento possível para proteger o ferro da
corrosão em ambientes nos quais estejam exposto à agua e a
O2 é a galvanização.

Galvanizar o ferro ou o aço consiste em revesti-lo com


zinco metálico (como se fosse uma fina camada de tinta) para
evitar sua corrosão.

O zinco foi escolhido por ser um redutor mais forte que o ferro.

Zn2+ + 2e-  Zn Eo = -0,76V


Fe2+ + 2e-  Fe Eo = -0,44V
O zinco também atua, com relação ao ferro, como se fosse o
ânodo de uma pilha.
Se o ferro galvanizado fosse “riscado” e exposto ao ar e a
umidade, ele estaria sujeito a ser oxidado a Fe2+. Este seria
imediatamente reduzido pelo zinco, impedindo o aparecimento
da ferrugem.

Zn(s) + Fe2+(aq)  Fe(s) + Zn2+(aq)

Como o Zn tem mais facilidade para se oxidar ( pois tem


menor Eored) ele tende a se oxidar preferencialmente, mesmo
que o Fe esteja exposto.
Se a película protetora de Zn for danificada e o
ferro estiver exposto, o Zn atuará como metal de
sacrifício, ou seja, um metal propositadamente
colocado em contato com o ferro para que seja
oxidado em lugar dele, preservando-o.
O escurecimento de um objeto de prata se deve à
formação de uma película de Ag2S, na qual a prata está oxidada
(Ag+). A limpeza pode ser reduzindo-se Ag+ a Ago.

4 Ag (s) + 2H2S (g) + O2 (g)  2 Ag2S (s) + 2 H2O (l)


Talher Poluente do ar depósito preto

Para limpeza, utiliza-se pastas ou soluções que apresentem


alumínio em pó.
Eo red Al3+/Alo  -1,68V
Eo red Ag+/ Ago  +0,80V
ELETRÓLISE
Pode-se dizer que
ELETRÓLISE
é o fenômeno de decomposição de uma
substância pela ação de uma
CORRENTE ELÉTRICA

A eletrólise ocorre com soluções onde existam íons


ou
com substâncias iônicas fundidas
GERADOR

Uma fonte de energia –

ELÉTRONS
+

ELÉTRONS
faz passar uma
corrente elétrica pelo
recipiente contendo a
solução, ou a + –
substância fundida,
provocando a reação
química e liberando as
espécies finais nos
eletrodos
ÂNIONS CÁTIONS
Podemos dividir a eletrólise em
ÍGNEA e AQUOSA

ELETRÓLISE ÍGNEA
Ocorre com a substância iônica na
fase líquida (fundida)

ELETRÓLISE AQUOSA
Ocorre quando o eletrólito
se encontra dissolvido na ÁGUA
Na eletrólise No pólo negativo (cátodo)
o pólo negativo é o cátodo
os cátions
e o pólo positivo o ânodo.
recebem elétrons
– (sofrem redução)

ELÉTRONS
+
ELÉTRONS

GERADOR e descarregam.

C x+ + x e- C
+ –
No pólo positivo (ânodo)
os ânions
perdem elétrons
(sofrem oxidação)
e descarregam.

ÂNIONS CÁTIONS A x– x e- A
Eletrólise ígnea do
CLORETO DE SÓDIO ( NaCl )
No estado fundido teremos os íons
sódio (Na+) e cloreto (Cl–)

Pólo negativo: 2 Na+ + 2 e –  2 Na


Pólo positivo: 2 Cl – – 2 e –  Cl2

Reação global:
2 Na+ + 2 e –  2 Na
2 Cl – – 2 e–  Cl2

2 NaCl  2 Na + Cl2
01) No cátodo de uma célula de eletrólise sempre ocorre:
a) deposição de metais.
b) uma semi-reação de redução.
+ -
c) produção de corrente elétrica.
GERADOR

elétrons

elétrons
d) desprendimento de hidrogênio.
e) corrosão química.
ânodo cátodo
+ -

x+
C + x e- C

ânions cátions
02) A eletrólise de cloreto de sódio fundido produz sódio
metálico e gás cloro. Nesse processo, cada íon:

a) sódio recebe dois elétrons.


b) cloreto recebe um elétron.
c) sódio recebe um elétron.
d) cloreto perde dois elétrons.
e) sódio perde um elétron.

Na + Cl –

Pólo negativo: 2 Na+ + 2 e –  2 Na

Pólo positivo: 2 Cl – – 2 e –  Cl2


03) O alumínio é obtido industrialmente pela eletrólise ígnea
da alumina (Al2O3). Indique a alternativa falsa:
a) O íon alumínio sofre redução. +
GERADOR
-

b) O gás oxigênio é liberado no ânodo.

elétrons

elétrons
c) O alumínio é produzido no cátodo.
d) O metal alumínio é agente oxidante.
ânodo cátodo
+ -

e) O íon O2- sofre oxidação.


+3 –2
Al 2 O3 ânions cátions

Pólo negativo: 2 Al+3 + 6 e –  2 Al

Pólo positivo: 3O –2 – 6 e –  3/2 O2


Na eletrólise aquosa teremos a presença de
“ DOIS CÁTIONS “ e “ DOIS ÂNIONS “

Neste caso teremos que observar a


“ ORDEM DE DESCARGA DOS ÍONS ”
Facilidade de descarga em eletrólise aquosa
Na descarga do H + ocorre a seguinte reação:

2 H+ + 2 e - H2

Na descarga do OH - ocorre a seguinte reação:

2 OH – – -
2 e – H2O + 1/2 O2
Eletrólise aquosa do NaCl

ionização da água : H2O  H+ + OH –

dissociação do NaCl : NaCl  Na+ + Cl –

No ânodo (pólo positivo)

o Cl – tem prioridade diante do OH –

2 Cl – 2 e –  Cl2

No cátodo (pólo negativo)

o H+ tem prioridade diante do Na+


2 H+ + 2 e –  H2
ÂNODO : 2 Cl – – 2 e –  Cl2
CÁTODO : 2 H + + 2 e –  H2

ficam na solução os íons Na+ e OH –

tornando a mesma básica


devido á formação do NaOH
ELETRÓLISE AQUOSA DO NaCl

– 2 Cl – – 2 e –  Cl2

ELÉTRONS
+
ELÉTRONS

GERADOR

2 H + + 2 e –  H2

ÂNODO CÁTODO
+ –
A solução final
apresenta
+ –
caráter básico,
Na OH
devido à formação do
– Cl – H+ H + NaOH
Cl
+ –
Na OH
Eletrólise aquosa do CuSO4
Ionização da água

H2O H+ + OH
2 OH – – 2 e- H2O + 1/2 O2
Dissociação do CuSO4
2+ 2–
CuSO4 Cu + SO4

2 e-
2+
Cu + Cu

Ficam na solução os íons H + e SO4 2 –


No ânodo (pólo positivo) a oxidrila
No cátodo (pólo negativo) o íon cúprico temtem
tornando a mesma
prioridade diante
prioridade ácida
do do
diante devido
H+
sulfato á
formação do H2SO4
01) Quando se faz passar uma corrente elétrica através de uma
solução aquosa de iodeto de potássio pode-se verificar que:

a) ocorre migração de K+ para o ânodo e I – para o cátodo.


b) ocorre migração do H+ para o cátodo e I – para o ânodo.
c) a solução torna-se ácida devido à formação de HI.
d) a solução permanece neutra devido à formação de H2 e I2.
e) há formação de I2 no cátodo.

OH––
+ Ficam na
ionização da água : H2O  H + OH
solução

dissociação do KI : KI K++ +
 K I

Pólo negativo: + +
(cátodo) 2 H 2 e–  H2

Pólo positivo:
(ânodo) 2 I – – 2 e–  I2
02) Na eletrólise de uma solução aquosa diluída de ácido
sulfúrico:
a) Quais são os gases produzidos?
Ionização da água:
H2O H + + OH –

Ionização do ácido sulfúrico:


–2
H2SO4 2 H + + SO4
Pólo negativo: 2 H + + 2 e–  H2
(cátodo)

Pólo positivo: 2 OH – – 2 e –  1/2 O2 + H2O


(ânodo)
b) O que ocorre com a concentração da solução?
A solução vai ficando CONCENTRADA em H2SO4
c) Escreva a equação global.
2 H + + 2 OH –  H2 + ½ O2 + H2O

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