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E
TGE
O ESTADO
ORIGEM E JUSTIFICAÇÃO DO
ESTADO
O Estado é um componente necessário da sociedade humana,
tendo existido desde que surgiu o primeiro agrupamento de homens
sobre a Terra e devendo durar enquanto existir humanidade.
Teológica
O estado foi criado por Deus, assim como todas as coisas. E aquele
que exercesse o poder era um designado. Luís XIV.
Separação
Uma parte do território de um Estado, embora integrado sem
nenhuma discriminação legal, para constituir um novo Estado, o
que ocorre quase sempre por meios violentos, quando um
movimento armado separatista é bem sucedido, podendo ocorrer
também, embora seja rara a hipótese, por via pacífica.
União de Estados
Formação de uma constituição comum, surgindo uma nova
entidade. A formação de Estados através da união de outros tem
sido mais comum através da constituição de federações.
FORMAÇÃO CONTRATUAL
SPINOZA
O Estado é um contrato baseado no consenso/vontade, cujo fim é
viver bem e cultivar a alma- usufruir, em comum, o maior número
de direitos
Hobbes
Pelo contrato social transfere-se o direito natural absoluto que cada
um possui sobre todas as coisas a um príncipe ou a essa
assembléia e, assim, constituem-se, ao mesmo tempo o Estado e a
sujeição a esse príncipe ou a essa assembléia.
Rosseau
O ato de associação produz um corpo moral e coletivo, que dele
recebe a sua unidade, o seu eu comum, a sua vida e a sua
vontade, e se chama Estado quando é passivo, soberano se ativo,
poder se comparam a seus iguais.
Idéia Organicista
O Estado é um princípio vital, uma
totalidade, uma integração ou união de
vontades.
Idéia Mecanicista
Marx
O Estado é um instrumento de poder, é uma máquina
opressora. O Estado é proveniente da sociedade
quando chega a um grau de desenvolvimento que as
idéias das classes sociais estejam em total desarmonia
e a sociedade mostra-se impotente em resolvê-la,
necessitando da criação de um poder, colocado
aparentemente acima da sociedade, com a missão de
amortecer o conflito e mantê-lo dentro dos limites da
ordem. Socialistas: o proletariado necessita do Estado
não no interesse da liberdade, senão no interesse da
repressão de seus adversários, pois quando for possível
falar de liberdade já não haverá o Estado.
Idéia da Força
Duguit
Força material irresistível, acrescentando que
essa força, atualmente, é limitada e regulada
pelo direito.
Heller
Unidade de dominação é independente no
exterior e no interior, atua de modo contínuo
com meios de poder próprio e é claramente
delimitada no pessoal e no territorial.
Idéia jurídica
Kelsen
Ordem coativa normativa da conduta humana.
Del Vecchio
O Estado é a unidade de um sistema jurídico que tem em si mesmo o próprio centro
autônomo e que é possuidor da suprema qualidade de pessoa.
Jellinek
Uma corporação formada por um povo, dotada de um poder de comando originário e
assente num determinado território.
Dallari
Ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em
determinado território.
Azambuja
Estado é a organização política-jurídica de uma sociedade para realizar o bem
público, com governo próprio e território determinado.
CARACTERÍSTICAS DO ESTADO
A complexidade da organização e
atuação
Centralização do poder;
Multiplicação e articulação de funções;
Diferenciação de órgãos e serviços;
Enquadramento dos indivíduos em termos
de faculdades;
Prestações e imposições.
CARACTERÍSTICAS DO ESTADO
Coercibilidade
Ao Estado cabe a administração da justiça entre
as pessoas e os grupos e, por isso, tem de lhe
caber também o monopólio da força física.
Sedentariedade
O Estado requer continuidade não só no tempo,
mas também no espaço, no duplo sentido de
ligação do poder e da comunidade a um
território e de necessária fixação nesse território.
FINALIDADE DO ESTADO
O Estado é um meio para o homem alcançar os seus
interesses e desenvolver-se. É uma instituição
multifacetária, vários são os seus fins, dentre eles
destacam-se a defesa, o bem comum, o progresso, a
educação, a cultura e a saúde.
Mecanicistas
O Estado é um mero instrumento à ação individual. O
Estado é que é um meio para o homem realizar a sua
felicidade social, é um sistema para conseguir a paz e a
prosperidade. O Estado tem fins e não é um fim.
ESPÉCIES DE FINALIDADE
Fins políticos
Enquanto sociedade política, voltada para fins políticos, o Estado participa
da natureza política, que convive com a jurídica, influenciando-a e sendo
por ela influenciada, devendo, portanto, exercer um poder político.
Indivíduos e Coletividade
Preservação dos interesses (Direitos e Garantias Fundamentais)
Fins subjetivos
È a síntese dos fins individuais;
Fins expansivos
Crescimento desmesurado do Estado, o que importa é a sua situação
material favorável;
Fins limitados
Estado-polícia, protetor da Liberdade;
Fins exclusivos
Segurança interna e externa só cabem ao estado;
CONCEITO
O homem supervalorizou o Estado, divinizou-o,
acreditou-o possuidor de atributos, possibilidades e
poderes quase ilimitados. Esqueceu que, em última
análise, para resolver os problemas que lhe impõem e
cumprir a formidável tarefa que lhe exigem, o Estado
dispõe de um poder muito exíguo: a capacidade dos
homens que governam. E estes, por muito capazes que
sejam, são homens, com as poucas virtudes, os
inúmeros vícios e as irremediáveis limitações da criatura
humana. Dallari
Teoria Monística
Que reduz o Estado e o Direito a uma só entidade, sendo ambos
unum et idem. Esta teoria se biparte em outras duas, conforme seja
o Direito considerado criador do Estado, como prius deste, ou como
criação do Estado, como um posterius deste.
kelsen
O Estado é um sistema normativo, não pode ser outra coisa que a
própria ordem jurídica positiva (imposta), já que é impossível admitir a
validade simultânea de várias ordens normativas igualmente
coercitivas. O Estado vem a ser, com efeito, a personalização da
ordem jurídica.
ESTADO E DIREITO
TEORIA
Pluralismo jurídico
Santi Romano
DALLARI
Só pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas, podem ser titulares de
direitos e de deveres jurídicos, e assim, para que o Estado tenha
direitos e obrigações, deve ser reconhecido como pessoa jurídica.
È por meio da noção do Estado como pessoa jurídica existindo na
ordem jurídica e procurando atuar seguindo o direito, que se
estabelece limites jurídicos eficazes à ação do Estado, no seu
relacionamento com os cidadãos, se, de um lado, é inevitável que o
Estado se torne titular de direitos que ele próprio cria por meio de
seus órgãos, há, de outro, a personalidade de que os cidadãos
possam fazer valer contra ele suas pretensões jurídicas, o que só é
concebível numa relação entre pessoas jurídicas.
Teoria realista da personalidade jurídica
LABAND
O estado é um sujeito de direito, uma pessoa jurídica,
com capacidade para participar de relações jurídicas. O
Estado é visto como uma unidade organizada, uma
pessoa que tem vontade própria. E mesmo quando a
vontade do Estado é formada pela participação dos que
o compõem, ou seja, do povo, não se confunde coma as
vontades dos que participam da formação da vontade
estatal. Assim também os direitos e deveres do estado
são distintos dos direitos e deveres de seus cidadãos.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado, 4ª edição.
Rio de Janeiro: Globo. 2001.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de teoria do Estado e
Ciência Política. São Paulo: Saraiva. 1999.
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. São Paulo:
Malheiros. 2001.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral
do Estado. São Paulo: Saraiva, 2003.
_________. O Futuro do Estado. São Paulo: Saraiva.
2002.
MIRANDA, Jorge. Teoria do Estado e da Constituição.
Rio de Janeiro: Forense. 2002.