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Livro de Memórias

Outubro/2018
Marlu Lacerda
EMENTA
Sessão 1: Apresentações
Discussão do propósito e estrutura do curso. Um breve resumo da história das memórias e autobiografia. Quais são suas memórias favoritas? Do que são feitas as memórias: como colocar
no papel os cinco sentidos. O computador, o celular, a impressora e o escaner como ferramentas. Apresentação do questionário auxiliar.

Sessão 2: O protagonista
Discussão do questionário utilizado para reavivar as memórias. Processador de texto: ferramentas básicas. Corretor e auto corretor ortográfico.Utilizando a nuvem. Organizando arquivos.
Trabalhar no questionário.

Sessão 3: Outros personagens


Você não está apenas escrevendo só sobre você, está escrevendo também sobre outras pessoas em sua vida. Como eles podem se sentir sobre isso? Você tem uma obrigação ética ao
escrever sobre membros da família, colegas, amigos, etc? Faz diferença se eles estão vivos ou mortos? Existem questões legais aliadas a preocupações morais? Editores de imagem. Como
escanear fotografias e negativos. Como enviar imagens e arquivos do celular ou do tablet para nuvem. Como inserir imagens num documento de texto. Trabalhar em pelo menos 20 fotos.

Sessão 4: Narrativa
Discussão inicial de como a narrativa funciona no livro de memórias. Como sua história deve ser apresentada? Como você mistura cena e resumo? Word: Utilizando margens, colunas,
capítulos, títulos, subtítulos, legendas e índices

Sessão 5: Diálogo
Vamos examinar como o diálogo funciona dentro das cenas. Como você pode enriquecer cenas do passado com diálogos reveladores e convincentes? Você se lembra exatamente como as
pessoas do seu passado falavam? Leitura de textos teatrais para dinâmica do diálogo. Exercício da escrita de um diálogo. Pesquisando no Google, Google Maps, Google Acadêmico.
Procurar imagens dos locais da época do nascimento, casamento, escola...

Sessão 6: Finalizando seu projeto


Revisitando os principais locais. Olhando para diários, registros oficiais, cartas, e-mails. e como esse processo afeta as memórias existentes. Prólogo e Prefácio. Epílogo. Encadernação
básica.

Sessão 7: Assim é se lhe parece


Sua história não começa necessariamente onde você pensa. Entendendo a ordem dos acontecimentos e ordem da narrativa do livro. Impressão básica e editoração de páginas.

Sessão 8: Eu e o Eu no papel
Onde você chegou com o seu livro de memórias? O que você descobriu sobre memórias como um gênero? O que você descobriu sobre sua história? Ficou satisfeito com o conteúdo e com
o rumo da sua história tomou? Encadernando o boneco.
DECIDA A HISTÓRIA QUE VOCÊ QUER
CONTAR.
• A história de alguém específico.
As histórias de personagens são centradas em uma pessoa que tocou você de maneira profunda. Muitas vezes, essas histórias revelam tanto
sobre o narrador quanto sobre o assunto da peça.
• A história sobre um evento.
Uma viagem, o nascimento de um filho, uma promoção profissional para outro país, uma mudança de lugar... Histórias sobre uma jornada ou
passagem pessoal transformadora.
• A história sobre um objetivo alcançado.
Contar sobre como atingir um objetivo, graduar-se na escola ou conquistar uma honra explica facilmente a estrutura de realização da luta
pelo desejo de realizar algo.
• A história sobre um lugar em sua vida.
Nosso senso de lugar serve como ponto focal de muitas histórias profundas.
• A história sobre o que faço.
As pessoas encontram valor em seu trabalho, hobbies ou compromissos sociais e podem tecer histórias maravilhosas a partir de suas
experiências em cada um.
• Histórias de superação.
Compartilhar a experiência de superar uma tragédia, um desafio ou um obstáculo pessoal auxilia outros a também enfrentarem seus
problemas pessoais.
• Histórias de amor.
Todos nós queremos saber como alguém conheceu um cônjuge, experimentou o nascimento de um primeiro filho ou chegou a um acordo
com um dos pais. Explorar esses tipos de relacionamentos ajuda a afirmar os nossos.
• Histórias de descoberta.
Essas histórias investigam como descobrimos uma verdade ou aprendemos como fazer alguma coisa.
Você provavelmente já tem uma
pessoa ou um assunto em mente.

PENSE PEQUENO.
MANTENHA O FOCO.

NÃO CAIA NA TENTAÇÃO DE TRANSMITIR


TODOS OS ASPECTOS DA VIDA.
REÚNA TODAS AS INFORMAÇÕES

• Comece a coletar memórias.


• As imagens mais poderosas são frequentemente
descobertas durante uma faxina nos álbuns de
fotografia. Comece a reunir fotos antigas,
panfletos, lembranças - qualquer coisa que
tenha ressonância emocional.
• Use o que você tem!
COMECE A ESCREVER SEU ROTEIRO
Comece anotando ideias. Discuta suas ideias com a família e amigos.
Crie um roteiro e organize-o em papel. Seja em desenhos, palavras,
colagem...
Um storyboard é simplesmente um lugar para planejar uma história
visual em dois níveis:

1. Tempo - O que acontece em que ordem?


2. Interação - Como a narração, os diálogos e as palavras
funcionam?

Produza um cartaz visual de como deve se desenrolar seu livro:


Coloque uma única ideia, frase ou imagem no quadrado branco. Nas
linhas abaixo, anote as lembranças emocionais que descrevem o que
vc inseriu no quadrado.
Use a página do Storyboard e imprima várias cópias.
O que é um cartaz visual

Lembre-se que este é


um rascunho do que
Coloque uma será o capítulo do livro.
imagem, fotografia
ou ideia
Apenas uma organização
A vovó sempre nos
de ideias no papel.
recebia com um bolo Descreva o que deve conter
esta história, baseada na Não é a diagramação das
quentinho, lá na sitio imagem páginas do livro!!!!
Algumas dicas:
• Seja pessoal. Esqueça tudo o que você aprendeu sobre o uso de uma voz desapaixonada, autoritária e parecida com um ensaio. Este
não é um concurso de redação. As pessoas querem ouvir sua voz. A história deve ser contada do seu ponto de vista.
• Escreva os primeiros rascunhos. Sem edição. Edição e escrita usam diferentes partes do cérebro. DEIXE FLUIR. Coloque os elementos
principais da sua história no papel, depois volte e edite mais tarde.
• Escreva pouco. Você ficará surpreso com o quanto você pode transmitir com algumas palavras e algumas imagens importantes.
• Leia o seu script em voz alta enquanto o ajusta. Evite palavras grandes e extravagantes, use fala simples.
• Não se acanhe. Você precisa atingir uma profundidade emocional, e às vezes isso só pode ser alcançado revelando verdades
desconfortáveis. Em última análise, no entanto, cabe a você tomar uma decisão profundamente pessoal sobre qual material você deseja
compartilhar e com quem.
• Procure por um arco narrativo para a sua história. Todas as histórias têm começo, meio e fim. O começo conta a premissa de sua
história: ela configura a tensão dramática que deve se sustentar ao longo da história. O meio descreve conflitos ao longo do caminho. O
fim é o destino, revelando uma pequena descoberta, revelação ou insight.
• Trabalhe no ritmo. Muitos consideram o ritmo como o verdadeiro segredo da narrativa de sucesso, o que sustenta o interesse do
público. “Boas histórias respiram. Eles se movem geralmente em um ritmo uniforme, mas de vez em quando eles param. Eles respiram
fundo e prosseguem.”
• Confie em sua voz. Todos nós temos nosso estilo próprio de contar histórias. Confie no seu.
• Leia seu roteiro para um amigo quando achar que terminou. Muitas vezes, o seu confidente irá apontar omissões gritantes ou o ajudará
a firmar a linguagem de uma passagem.
PREPARE SEU EQUIPAMENTO

Você precisará comprar ou emprestar esses equipamentos:


• Um computador desktop ou laptop.
• Uma suíte de escritório com processador de textos, planilhas e
apresentação.
• Um scanner, se você quiser incluir fotos tradicionais na sua
história e precisar digitalizá-las.
• Além disso, se você planeja gravar entrevistas, precisará de um
dispositivo para gravar áudio.
Escreva memórias, não autobiografia.

Uma autobiografia é a história de uma vida


inteira,
mas um livro de memórias é apenas
uma história dessa vida.
E você pode escrever incontáveis ​memórias.
É um projeto muito menos intimidante
se você encarar dessa maneira.
Diagrame sua vida.
Algumas pessoas têm uma história saborosa para contar.
Outros acham difícil identificar imediatamente qualquer coisa.
Procure diagramar sua vida para ganhar perspectiva.
Para fazer isso, trace os seis momentos mais significativos da sua vida.
Quando você faz isso de forma ponderada e honesta, geralmente haverá um evento crucial que se
destaca como particularmente intrigante e / ou significativo.
Se não houver, não se preocupe.
Existem muitas maneiras diferentes de diagramar uma vida.
Tente dividir a sua por escolhas críticas, pessoas influentes, conflitos, crenças, lições, até mesmo erros.
Experimente até encontrar a história que quer ser contada, a única experiência que realmente lhe
moldou.
Não comece no começo.

Não conte sua história cronologicamente.


Isso é muito previsível. Pense nos seus livros favoritos.
A maioria não começa no começo.
Em vez disso, eles te prendem com ação instantânea e intriga.
Um bom começo é uma provocação.
Ele dá aos leitores apenas o suficiente para atraí-los sem divulgar o resultado.
Em seguida, ele volta ao início cronológico real e preenche o plano de fundo.
Use todos os seus sentidos

A maioria dos autores de memórias produz primeiros rascunhos que são planos.
Para transportar os leitores (e você mesmo), escreva com clareza.
Isso é feito através de detalhes, usando todos os seus sentidos para recriar
completamente um momento no tempo.
Você pode se ensinar a fazer isso.
A próxima vez que você estiver esperando em um restaurante, consultório médico ou
mesmo no trânsito, observe as várias visões, sons, cheiros e texturas.
É o que os escritores fazem, tanto na realidade quanto em suas histórias.
EXERCITE seu músculo dA escrita
• Você tem um músculo que escreve, e precisa de exercício para ter um bom
desempenho.
• Defina uma meta diária de escrever 200, 500 ou até 1.000 palavras.
• Reserve um horário regular, como de manhã cedo, e seja disciplinado.
• Não se preocupe em escrever de forma perfeita.
• Apenas se concentre em divulgar a história.
• Acima de tudo, relaxe.
• Você já fez a pesquisa e está intimamente familiarizado com todos os
personagens.
• Agora você só precisa contar.
Comece o quanto antes!!

Uma das coisas mais difíceis, mas mais importante, é começar.


Como muitas dessas histórias nos pedem para revelar coisas sobre nós
mesmos que nos fazem sentir vulneráveis, criar uma história pode ser um
paraíso para os procrastinadores.
Apenas levante-se, comece a responder perguntas, escreva as coisas, reúna
as fotos, e tire suas ideias de seus amigos e familiares.
A vida é cheia de histórias, então, vá em frente!

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