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Principais doenças

da cultura dos citros

Amanda Letícia da Silveira


Cancro Cítrico
• Bactéria Xanthomonas citri subsp. citri;

• Brasil 1957 - SP e PR;


Cancro Cítrico
• Prejuízos:

Desfolha de plantas

Depreciação dos frutos;

Queda de frutos;

Restrição da comercialização para áreas livres.


Sintomas em Folhas
Sintomas em Frutos
Sintomas em Ramos
Controle
• Nova Legislação IN 37 de 05/09/2016 – estratégias depende do
status fitossanitário.
• 1- Área com praga ausente: focadas na prevenção;

• 2- Área livre da praga (ALP): específica e definida sem


ocorrência;
• 3- Área sob erradicação ou supressão: com distribuição
restrita ou com baixa incidência;
• 4- Área sob sistema de mitigação de risco (SMR):
amplamente distribuída, em estado onde a doença está
presente. Medidas pra reduzir o impacto da doença.
Medidas de Controle
• Mudas sadias e certificadas;

• Variedade resistente ou menos suscetível;

• Quebra vento;

• Uso de cobre: não previne a entrada mas reduz a

qtidade de sintomas e a queda dos frutos;

• Controle do minador dos citros;


Medidas de Controle
•Uso de indutores de resistência: ativam sistema de

defesa. Ingredintes ativos- neonicotinoides imidacloprido

e tiametoxam;

• Medidas complementares: controle acesso de pessoas

e veículos, instalação de bins, desisnfestação

equipamentos e inspeções
Diagnóstico
• Reconhecimento dos sintomas típicos;

• Teste sorológico;
Cancro e outras doenças
Greening HLB (Amarelão)
• Huanglongbing/HLB - É a mais destrutiva doença dos

citros;


Greening HLB
• Brasil 2004, regiões Centro e Leste do Estado de São

Paulo.

• Hoje todas as regiões citrícolas de SP, MG e PR.

• A bactéria multiplica-se e é levada por meio do

fluxo da seiva (floema) para toda a planta.


Greening HLB (Amarelão)
Greening HLB
• Plantas novas contaminadas não chegam a produzir e
as que produzem sofrem uma grande queda de frutos.

• Pomares alta incidência da doença devem ser


eliminados porque praticamente todas as plantas,
inclusive as sem sintomas, devem estar contaminadas.
Greening HLB
• Transmitidas pelo psilídeo Diaphorina citri.
Vetores
Sintomas
Sintomas
• Frutos não amadurecem normalmente e adquirem
uma coloração verde clara manchada.

• Deformados, pequenos e assimétricos em relação à


columela central.
Sintomas

•Filetes alaranjados na columela a partir da região do

pedúnculo;

•Sementes abortadas (necrosadas) ;

•Albedo (a parte branca da casca) com espessura

maior.
Sintomas
Sintomas
• Presença de um ou mais ramos com folhas
amareladas ou mosqueadas;
Sintomas
• Em plantas novas, a árvore fica toda comprometida
em um ou dois anos. Em plantas mais velhas, pode
levar de 3 a 5 anos.
Sintomas
• Evolução da doença, podem surgir novos brotos,
mas as folhas são pequenas, amarelas e voltadas
para cima, como “orelhas de coelho”.

• Em alguns casos, a nervura da folha fica grossa e


mais clara, podendo também ficar áspera (corticosa).
Disseminação
• Material de plantas infectadas, com ou sem
sintomas;

• Pelo vetor (psilídeo) infectado pela bactéria;

• Não é disseminado por contato, ferramentas ou


equipamentos.
Plantas hospedeiras de HLB
• Todas espécies de citros, independente do porta enxerto

usado;

• Severidade de sintomas varia com a estirpe de HLB;

• Altamente suscetível: laranja doce e tangerinas;

• Moderadamente suscetível: toranja, limão e laranja

azeda;

•Tolerante: Lima ácida, Pomelo e Poncirus trifoliata.


Plantas hospedeiras de HLB
• Murraya paniculata
Controle
• Chave para o controle é evitar que o psilídeo se
reproduza em plantas doentes.
Greening HLB
•Instrução Normativa nº 53 publicada pelo MAPA, em 2008:

• Produtor deve inspecionar e eliminar as plantas doentes.

• Inspeções a cada três meses e os resultados encaminhados à

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado por meio

de relatórios semestrais.

• Talhões >28% de plantas com sintomas devem ser

eliminados.
Tristeza dos citros
• Agente causal: Citrus Tristeza Virus CTV;

• Principal doença virótica;

• 1937, dizimou 10.000.000 de plantas enxertadas laranja ‘Azeda’;

• Introduzido na América do Sul por carregamento de mudas da África


e Austrália ou Argentina;

• Patógeno de maior importância no mundo;


Disseminação
• Vírus circula circula na seiva da planta;

• Tem como maior agravante a sua distribuição pelas mudas, enxertia,


cuscuta e mecanicamente por ferimentos no floema.

• Inseto vetor o pulgão-preto-dos-citros (Toxoptera citricidus).


Sintomas
• Variam de acordo com a espécie hospedeira, a copa e o porta
enxerto e isolados do vírus ;

• Sintomas clássicos em porta-enxerto laranja ‘Azeda’:

Folhas ligeiramente bronzeadas, aspecto coriáceo, quebradiças;

Amarelecimento da nervura principal, ou amarelecimento total


das folhas velhas;

Declínio rápido da planta, seca gradativa dos galhos ;

Necrose dos tubos crivados e podridão das radicelas.


Sintomas
• As plantas podem morrer rapidamente;
• ou podem ficar atrofiadas e cloróticas por vários anos;

• No Brasil esses sintomas são inexistentes pois não se tem mais a


combinação de citros em porta enxerto- de- laranja azeda.
• Caneluras, atrofiamento, frutos miúdos, albedo espesso, elevada
acidez, baixo teor de suco.
Sintomas
Sintomas
Sintomas
Sintomas
• Tristeza extremamente severa é a que recebe o nome de variante
Capão Bonito;

 Redução do crescimento, brotação axilar anormal e curta nos


galhos, redução de tamanho e cloroses foliares.

 Afeta praticamente todas as variedades comerciais de laranja


doce.
Sintomas
• Amarelecimento-do-pé-franco (Isolado forte): observado em
mudas novas de pé franco de laranja Azeda, limão verdadeiro,
pomelo e limão galego. Manifestam o amarelecimento de folhas
novas, que não crescem e ficam retorcidas.

• A maioria dos isolados do Brasil, pois os isolados do país vieram


junto com o Toxoptera citricidus, da África onde predominam os
isolados do amarelecimento-pé-franco.
Identificação
• Indicadora de limão galego pé franco ou enxertada de limão
cravo. Teste de dupla enxertia (gema inóculo e gema indicadora);

• Teste de ELISA
Controle
• Uso de porta-enxerto tolerantes (infectados mas não afetados
pelo patógeno);

• Uso de mudas sadias e preimunizadas;

• Preimunização: infecção com uma estirpe fraca do vírus, que


oferecem proteção contra as estirpes fortes.
MSC- Morte Súbita dos Citros
• Doença destrutiva;
• Afeta laranjeiras doces e tangerinas Cravo e Ponkan enxertadas em
porta-enxertos intolerantes, como limoeiros Cravo, Volkameriano e
Rugoso.
MSC- Morte Súbita dos Citros
• Identificada no sul do Triângulo Mineiro em 2001, Norte e do
Noroeste de SP.

• Quando não mata, causa redução do tamanho, peso e qntidade de


frutos;

• Os frutos podem ser consumidos


Agente causal
• Ainda não confirmado.

• Suspeita-se que seja causada por variantes do vírus da Tristeza do


Citros (CTV) e/ou pelo CSDaV (Citrus Sudden Death associated virus),
transmitido de forma eficiente por um vetor aéreo.
Sintomas
• Parte interna da casca do porta-enxerto, abaixo da zona de enxertia
de cor amarela/alaranjado;

• Visível ao retirar a casca e raspar as camadas internas.

• Vasos do floema bloqueados ou degradados.


Sintomas
• Falta de alimento, a planta fica com o sistema radicular debilitado,
raízes e radicelas definham e apodrecem;

• Sistema radicular menor, não há absorção de nutrientes e água


para a copa da planta;
Sintomas
• A planta pode morrer em poucas semanas, meses e anos
dependendo da idade, carga de frutos e época do ano;

•Perda do brilho das folhas por toda a copa da planta;

•Perda de turgidez, desfolha parcial e total, em estágio mais


avançado.
Controle
• Lei em SP proíbe o transporte de mudas, borbulhas e cavalinhos
das regiões contaminadas para áreas onde a MSC ainda não foi
constatada.

• Nas áreas contaminadas é preciso plantar mudas em porta-


enxertos tolerantes, como as tangerinas Cleópatra e Sunki ou
citrumelo Swingle.

• Estes porta-enxertos necessitam de irrigação para produzir na área


de ocorrência da MSC.
Controle
• Lei em SP proíbe o transporte de mudas, borbulhas e cavalinhos
das regiões contaminadas para áreas onde a MSC ainda não foi
constatada.

• Nas áreas contaminadas é preciso plantar mudas em porta-


enxertos tolerantes, como as tangerinas Cleópatra e Sunki ou
citrumelo Swingle.

• Estes porta-enxertos necessitam de irrigação para produzir na área


de ocorrência da MSC.
Controle
• Pomares novos instalados em regiões afetadas pela doença,
alternativa realizar a subenxertia com porta-enxertos tolerantes.
CVC- Clorose Variegada dos
Citros
• Agente Causal: Bactéria Xylella fastidiosa;

• Conhecida como amarelinho;

• Atinge todas as variedades de citros;

• Restrita ao xilema, obstrui os vasos;


CVC- Clorose Variegada dos
Citros
CVC- Clorose Variegada dos
Citros
• Brasil identificada no ano de 1987, em pomares do Triângulo
Mineiro e Norte e Noroeste do estado de São Paulo.

• Hoje, presente em quase todas as áreas citrícolas do país em


intensidades diferentes.
CVC- Clorose Variegada dos
Citros
• Bactéria transmitida para a planta por 12 espécies de cigarrinhas;

Cigarrinhas se alimentam no
xilema de plantas contaminadas.
CVC- Clorose Variegada dos
Citros
• Em pomares afetados, os frutos ficam duros, pequenos e
amadurecem precocemente, podendo perder até 75% de seu peso.

• Produção do pomar cai rapidamente.

• Com o avanço da doença, os frutos ficam queimados e impróprios


para a comercialização.
CVC ≠ Deficiência de Zinco
• É comum o citricultor confundir os sintomas da CVC com deficiência
de zinco;

• Na deficiência de zinco, as manchas são semelhantes as da CVC,


mas a folha afetada não apresenta as lesões de cor palha.

• Na CVC, as manchas são pequenas e amareladas na parte da frente


da folha e de cor palha na parte de trás.
CVC- Sintomas
• Manchas pequenas, amareladas na parte da frente da folha e de
cor palha na parte de trás.
CVC- Sintomas
• Inicialmente, poucos ramos com frutos pequenos. Em estágio
avançado, toda a planta produz frutos miúdos.

• Quanto mais nova a planta infectada, mais rápido será totalmente


afetada.

• Frutos queimados pelo sol, com tamanho reduzido, endurecidos e


com maturação precoce, imprestáveis para o comércio.
CVC- Sintomas
CVC- Controle
• Uso de mudas sadias ( teladas e certificadas);

• * Poda de ramos com sintomas iniciais em plantas com + de 2 anos;

• Evita a proliferação da bactéria na planta e elimina as fontes de


inóculo;

• Deve ser feita nos 1os sinais, árvores com sintomas severos eliminar;

• Monitoramento e controle das cigarrinhas (químico 10% pls de 1


talhão);

• Inspecionar 1 a 2% o número de pls do pomar.


Doenças fungicas
• Pinta preta - fungo Guignardia citricarpa (Phyllosticta citricarpa)
Doenças fungicas
• Podridão floral ou estrelinha – Colletotrichum spp.
Obrigada!
amandaagronomia@gmail.com

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