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A Nova Ordem Mundial

Ordem ou Desordem?
Sistema Capitalista: V século de história

Séc. XV-XVI Tecnologia: bússula Navegações –


Renascimento: e pólvora “descobrimento de
“novos” mundos

Formação dos Enriquecimento Mercantilismo – troca


Estado Nacionais da classe burguesa de produtos

Do absolutismo 1689 – Revolução Século XVIII –


ao liberalismo Gloriosa (Inglaterra) Iluminismo (razão
instrumental)

Século XIX – Rev. 1789 – Revolução 1776 – Emancipação


Industrial (1850) Francesa Política dos EUA
Terra, indústria
Burguesia (DMP) x riqueza
Proletariado (trabalhadores)
Força de trabalho
Capitalismo Capitalismo Capitalismo
comercial industrial financeiro

Séc. XV- Séc. XVIII Sé. XIX - 1914 1945

Expansão Imperialismo
Descolonização
colonial Europeu

Colônia de exploração Congresso de Berlim Neocolonialismo


Colônias de povoamento Partilha da África e da Ásia Neo imperialismo

Revolução Guerras
Industrial Mundiais
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Primeira Revolução Indústria têxtil


Inglaterra Combustível (carvão)
Século XVIII
Máquina à vapor
Inglaterra, França,
Segunda Revolução Alemanha, Itália, Petróleo e Siderúrgica
Séc. XIX Bélgica, Fordismo e o taylorismo
EUA e Japão

Guerra-Fria Tecnologia de Ponta


Terceira Revolução
(EUA X URSS) (eletrônica
Pós – II Guerra Mundial
transnacionais Aviação)

Quarta Revolução Unipolarismo Globalização neoliberal


1990-2003 Político-militar dos EUA Informática e genética
Multipolarismo comercial: Internet, especulação,
China, Europa… Capitalismo de cassino
Séc. XVII LIBERALISMO CLÁSSICO

Conceito Teoria clássica de sustentação do sistema capitalista

Origens Inglaterra

John Locke Teóricos Adam Smith

Político Econômico

Livre associação
Livre-iniciativa
vida
Lei da oferta
Defesa dos e da procura
Direitos Naturais: Propriedade

Livre-concorrência
Liberdade
Poder legal Lucro
do Estado Estado mínimo
Laissez-faire
VELHA ORDEM MUNDIAL – 1945-1989 – A era do ouro do capitalismo
1945- 1970 Origens: 1942 – Relatório
Welfare BENVERIDGE - Inglaterra
State – teoria de
929 – Quebra da bolsa Keynes O Estado intervém
de valores de NY Velha Ordem na economia
Mundial
Fim da II Guerra Economia - Relações Sociais:
Mundial infra-estrutura: saúde, educação,
siderurgia, pleno emprego,
Crise do capitalismo energia, transporte, CLT, previdência,
liberal comunicação.. auxílio funeral..
EUA URSS
apitalismo monopolista Programa de
nacional – 1870 - 1945
distribuição de renda
Mundo Bipolar
CAPITALISTA SOCIALISTA
Educação
New Deal - Roosevelt Guerra-Fria Estado
planificador Seguro
Corrida
Nacional
Exploração Estado
armamentista
do 3ë Mundo interventor
Saúde
Propaganda Militarismo Modelo de produção:
ideológica fordista
I. O que é a globalização ou
mundialização?

“processo de integração mundial, intensificado nas


últimas décadas, principalmente na esfera
econômica, tendo como base a liberalização das
economias dos países.”
II. Características da globalização:
• Queda das barreiras
alfandegárias;

“mercado global”

• Tendência à homo-
neização cultural: música,
cinema, vestimentas,
alimentação, etc.
•Aumento no fluxo de capitais - “capital
volátil ou especulativo”

Ex.: trocas mundiais:

(1950): US$ 61 bilhões;


(2000): US$ 9 trilhões.
•Desnacionalização das economias;
as multinacionais eram apenas algumas
centenas em 1950. Atualmente são mais
de 40 mil.
•Barateamento e maior velocidade no fluxo
das informações e mercadorias

• 1930: US$ 80 o minuto da ligação internacional e hoje custa


menos de R$ 1,00;
• 1960: 25 milhões de pessoas viajaram p/ outro país (hoje: 400
milhões).
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL

Da antiguidade até 1929...


 Antiguidade (civilização egípcia, mesopotâmica, fenícia, grega,
romana)
 Idade Média (regime feudal, corporativismo, Cruzadas, feiras
internacionais, produção artesanal)
 Era dos Descobrimentos (caravela, bussúla, governos centrais
fortes, necessidade de dinheiro)
 Mercantilismo (comércio individual, produção doméstica,
metais preciosos, exportação, monopólio do comércio, abertura
dos portos, bancos)
 Liberalismo (revolução industrial, migração do campo,
mercado livre, iniciativa individual, desregulamentação, lucro)
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL

Século XIX até 1914

 Eventos políticos (guerras napoleônicas e Primeiras


Guerra Mundial (1914-1918), crescimento da Inglaterra)
 Desenvolvimento tecnológico (trem a vapor, indústria
automobilística, linha de montagem, lideranças sindicais e
patronais, II Revolução Industrial)
 Sistema monetário (Gold Exchange)
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL

Período de Pós-Guerra até Crise de 1929


 Reflexos da Guerra de 1914: destruição do parque
industrial europeu e crescimento dos EUA.
 Período recessivo do Canadá e Inglaterra (a partir de
1927): oferta maior que demanda.
 Forte especulação financeira na Bolsa de Nova York
(real x virtual).
 Depressão financeira: queda da bolsa em 1929 (queda
de 48% na renda agrícola, queda de impérios econômicos
(empresas, bancos, fazendeiros), queda das
importações/comércio mundial)
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL

Período de Pós-Guerra até Crise de 1929

 Reflexo da crise no Brasil: crise nas exportações do


café, cacau e banana; revoluções sociais (1930 e 1932).
 Teoria de John Maynard Keynes (economista
inglês): estímulo ao fluxo da poupança para
investimentos e aos programas de obras públicas.
 EUA: se reestruturou na época de Roosevelt por
meio da teoria keynesiana.
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL


Período da Segunda Guerra Mundial
 Europa fragilizada pela guerra: meios de produção
destruídos, comércio estagnado, inflação generalizada.
 EUA tornaram-se a maior potência do mundo.
 Início da guerra fria (hostilidade entre os países
ocidentais e a União Soviética)
 Criação do Plano Marshall (auxílio de US$ 13 bilhões
aos países europeus): recuperação da produção, bloqueio
a onda comunista, criação da OTAN.
 Criação (1944) do FMI e do BIRD (Convenção de
Bretton Woods) – hoje causando protestos no mundo todo
devido à cortes na área social e congelamento dos salários
III. Etapas da globalização?
• Ponto de partida: “Grandes Navegações” – o
mundo até o séc. XV se restringia à Europa,
parte da África e Ásia
• Revolução
Industrial do
séc. XVIII: um
impulso à
globalização;
“O mundo que
caminhava no
ritmo do galope,
agora acelera com
as máquinas à
vapor”
• Início do séc. XX: 1ª G.M., Crise de
1929 e 2ª G.M: o processo é freado.
X
1945-89/91: Guerra Fria: a
globalização é camuflada

1961: URSS
1969: EUA na lua
no espaço
Nova Ordem
A Velha OrdemMundial
Mundial
• Conceito: conceito político e econômico
que se refere ao período do fim da Guerra
Fria.
• Características:
- neoliberalismo
- divisão e multipolaridade
- formação dos (Bipolarização)
blocos econômicos
Neoliberalismo
• Doutrina política e econômica pregada a
partir da década de 1970.
- os agentes de mercado são capazes de
promover o desenvolvimento
socioeconômico
- Estado mínimo (não interfere na
economia)
Anos 90: a década da globalização
• 1989: Queda do Muro de Berlim;
• 1991: Fragmentação da União Soviética;

“A globalização mostra a sua cara”


IV. Efeitos colaterais: “a perversidade”
• Concentração
generalizada das
riquezas; EUA, Japão
e U.E. = 20% da
população mundial e
75% das riquezas.
• Aumento vertiginoso da
pobreza: 1,5 bilhões
vivem com menos de
US$ 1,00/dia.
• Aumento da dívida
externa dos países
“emergentes”;
- 1995: Brasil: US$ 160
bilhões (35% do PIB).
Hoje estima-se em
50% do PIB;
• Dependência dos
financiadores
internacionais: FMI e
Banco Mundial;
• Massificação cultural e ridicularização do
diferente;
• Protestos anti-globalização, com aumento
do radicalismo por parte das nações
subjugadas = TERRORISMO;
1 A economia mundial atual
Características da economia global
O processo de expansão do capitalismo constituiu a chamada economia
global, que influenciou diversos países e se caracteriza pelos seguintes
fatores:

 crescimento do comércio internacional;


 mundialização da produção;
 produção descentralizada;
 crescente importância da tecnologia;

PHOTODISC/CID
 rápida expansão dos fluxos financeiros.

Cabos de fibra óptica

1. A economia mundial atual


Transformações do espaço geográfico:

PETER DENCH/CORBIS/LATINSTOCK
a sociedade global

CATHERINE KARNOW/CORBIS/LATINSTOCK
Jamaica

TEH ENG LOON/AFP/GETTY IMAGES


Rússia

China

1. A economia mundial atual


Transformações do espaço geográfico:
as novas relações de trabalho

JENS MEYE/AP PHOTO/IMAGEPLUS


Produção de micro-
sensores (Alemanha)

1. A economia mundial atual


Transformações do espaço geográfico:
os centros de poder da economia global

1. A economia mundial atual


População Economicamente Ativa

GREG BAKER/AP PHOTO/IMAGEPLUS


(PEA)

Pessoas procurando emprego em Pequim (China, 2009)

1. A economia mundial atual


Desemprego estrutural

MARCO A. FONTES SÁ/KINO


O aumento da automação nas fábricas eliminou postos de trabalho, contribuindo
para o desemprego estrutural. Na foto, robô em fábrica de embalagens, São Paulo (SP)

1. A economia mundial atual


Desemprego conjuntural

LALO DE ALMEIDA/FOLHA IMAGEM


Manifestantes pedem trabalho
(1999). Durante as crises
econômicas, a produção e o
comércio desaceleram, o que
causa desemprego conjuntural.

1. A economia mundial atual


Aplicando nosso conhecimento

SANDY HUFFAKER
1. A economia mundial atual
Aplicando nosso conhecimento

1. A economia mundial atual


2 As transnacionais
A expansão das transnacionais pelo mundo

2. As transnacionais
Transnacionais: concorrência e

BARRY WILLIAMS/STRINGER/GETTY IMAGES


parceria

Fábrica da Ford, Geórgia (Estados Unidos)

2. As transnacionais
Petrobras: uma transnacional brasileira

MARCOS PERON/KINO
A Petrobras atua desde a extração do petróleo até a distribuição de seus derivados. Na foto,
refinaria em Paulínia (SP)

2. As transnacionais
Os financiadores da economia nacional

BETTMANN/CORBIS/LATINSTOCK
Em pé, o economista John Maynard Keynes discursando na
Conferência de Bretton Woods como líder da delegação britânica.

2. As transnacionais
Atuação do FMI e do Banco Mundial

2. As transnacionais
Organização Mundial do Comércio (OMC)

SALVATORE DI NOLFI/AP PHOTO/IMAGEPLUS


Presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko (esquerda), e o diretor geral da França, Pascal Lamy
(direita), assinam o texto de adesão da Ucrânia à OMC (Suíça, 2008)

2. As transnacionais
Globalização
• Atual interdependência entre os países nos
setores comerciais, industriais, financeiros
e tecnológicos.
• Características:
- “aniquilamento” da relação espaço-tempo
- aumento na velocidade de transportes
- aumento na velocidade da comunicação
- Aldeia Global
Ordem Multipolar
Grandes Potências disputam o
Poder econômico do mundo:
• disponibilidades de capitais
• Avanço tecnológico
•Qualificação de mão- de- obra
•Nível de Produtividade e
competitividade
•Novos padrões de poder e
influência do mundo
•Globalização e fortalecimento de Era global e regional
blocos econômicos. ao mesmo tempo
Consequências
•Concentração de
renda;
•Aumento da pobreza;
•Desemprego;
•Desigualdades entre os
países do norte e do
sul;
•Agressões ao meio
ambiente;
•Racismo/Xenofobia,
• fragilidade as culturas
locais.
Parabolicamará
Gilberto Gil

Antes longe
mundoera eradistante
pequeno
Perto
PorquesóTerra
quandoera dava
grande
Quando
Hoje mundomuito ali defronte
é muito grande
E o horizonte
Porque Terra éacabava
pequena
Hoje lá trás dos
Do tamanho montes
da antena
dendê em casa camará
Parabolicamará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
O modo de produção capitalista
O sistema capitalista
Definição: Modo de produção cujos meios
estão nas mãos da burguesia.
• Características:
- Lucro
- Propriedade privada
- Economia de mercado
- Trabalho assalariado
- Monetarização
Mundialização do Capitalismo
• Dicotomia capitalista:

Burguesia: proprietária dos bens de produção


X
Proletários: força de trabalho
Etapas da Evolução Capitalista
Capitalismo Comercial (séc XV-XVII)
- Mercantilismo
- Expansão marítima
- Acumulação primitiva
- Colonialismo
Etapas da Evolução Capitalista
Capitalismo Industrial (séc XVIII-XIX)
• 1ª. Revolução Industrial
- Liberalismo Clássico (D.Ricardo, Malthus e
A.Smith)
- Inglaterra

• 2ª. Revolução Industrial


- Petróleo, química, motores, eletricidade
- EUA, Japão, Alemanha, França, Russia
- Imperialismo
Etapas da Evolução Capitalista
Capitalismo Financeiro (séc XX)
- Monopólios (Holdings, trustes e cartéis)
- Crise de 1929: Keynisianismo
- Estado de bem-estar social
- Descolonização
- Desenvolvidos e Não-desenvolvidos
Etapas da Evolução Capitalista
A terceira Onda (séc. XXI)
- Terceira Revolução Industrial
- Robótica, Cibernética, Informática,
Telecomunicações e Nanotecnologia
- Neoliberalismo
- Globalização
- EUA X Japão (década de 1980)
- Colapso do Socialismo real

• A crise Norte Americana (2008) ????


Evolução da D.I.T.
Expresso Globalização
• Fluxos de Informação – novas exigências

- curso universitário, inglês e informática

- telecomunicações + informática = fluxo


informacional (telemática)

- vinculação entre ciência, técnica e


produção
Expresso Globalização
• Internet
- 400 milhões de usuários – concentrado em
países desenvolvidos
- exclusão digital = exclusão social

Problemas: Africa
Países Subdesenvolvidos

- hackers, pedofilia, prostituição digital,


Países Desenvolvidos

tráfico de drogas e terrorismo.


Expresso Globalização
• Circulação de capitais e mercadorias
- investimentos,
- remessa de lucros,
- pagamento de juros de dívida externa,
- empréstimos

• Empresas investem em na área produtiva e financeira


(ações e moedas)
- busca de melhores mercados – países emergentes
- vinculação entre ciência, técnica e produção

Problema: fuga de capital em momentos de instabilidades


– políticas do FMI - penalização social
A Antiglobalização

• Acusações:
- As multinacionais governam o mundo
- Países ricos protegem grandes conglomerados
- Países pobres buscam atrair grandes
conglomerados
A Antiglobalização

• Desigualdades:
- As promessas da globalização não se concretizaram
- O mundo não é plenamente integrado e sem
fronteiras
- O crescimento é desigual e concentrado
A Globalização com
perversidade
• Novo Telecurso Ensino Médio História Aula
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Características dos blocos
econômicos
 Zona de livre-comércio: estabelece o livre-comércio
de mercadorias e investimentos entre os países-
membros
e a gradual eliminação das taxas de importação e
tarifas alfandegárias.

 União aduaneira: cria uma zona de livre-comércio com


adoção de uma tarifa externa e uma política comercial
comum aos países-membros para comércio com outros
países.

 Mercado comum: busca a uniformização das políticas


econômicas e monetárias com o objetivo de integrar
a produção dos países-membros e criar um mercado
regional competitivo.
3. Os blocos econômicos
Tipos de blocos

• Zona de livre comércio


• União aduaneira
• Mercado comum
• União econômica e monetária
Blocos Econômicos
Supranacionais

Aumento:
Das vantagens comparativas
Da escala do mercado
Das possibilidades de acumulação
Da capacidade concorrencial
Das parcerias em detrimento das rivalidades
Das áreas de consumo preferencial
Origem

• EUROPA:
– Final da 2ª Guerra Mundial
– Plano Marshall
– Inversão de capitais norte – americanos
– Impossibilidade de concorrência
União Europeia (UE)

FONTE: FOLHA DE S.PAULO, P. B4,


1 JAN. 2009. (ADAPTADO)
Dados
de 2009

3. Os blocos econômicos
Distribuição

• Centro decisório / produtivo


• Fronteira de recursos
• Área de consumo
Integração Européia - ETAPAS
• BENELUX
• CECA / EURATOM
• LIDERANÇA:
– França e Alemanha
• Tratado de Roma
– Europa dos SEIS
• Expansão:
– NORTE - IRLANDA/ ESCANDINÁVIA
– SUL - MEDITERRÂNEO
• Tratado de Maastrich
– UE – integração monetária
– 2004 – Expansão para o LESTE EUROPEU
Outros Blocos
• MERCOSUL
• CARICOM
• OUA
• MAGREB
• Nafta
• Grupo dos 3
• APEC
• MCCA
• CEI
• Tigres Asiáticos
Outras associações
 Sadc: a Comunidade para o Desenvolvimento da África
Meridional foi criada em 1992. Países-membros: África do
Sul, Angola, Botsuana, República Democrática do Congo,
Lesoto, Madagascar, Malauí, Maurício, Moçambique,
Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.

 Asean: a Associação das Nações do Sudeste Asiático


surgiu em 1967. Países-membros: Brunei, Camboja,
Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura,
Tailândia e Vietnã.

 Comunidade Andina (antigo Pacto Andino): formou-se em


1969. Em 1992, começou a vigorar como zona de livre-
-comércio. Países-membros: Bolívia, Colômbia, Equador e
Peru.
3. Os blocos econômicos
Nafta

Dados de 2006

3. Os blocos econômicos
Nafta – Primos ricos e pobres
• Criação: 1988
• Primos: EUA e Canadá - México
• Pactos:
– Área de Livre Comércio – fim de barreiras alfandegárias
– Canadá apêndice econômico
– México – indústrias maquiladoras e mão de obra

• Problemas
– Concorrência da UE
– Efeito Tequila (1994)
• Diplomacia
– Invasão dos cucarachas
Apec

Dados de 2006
3. Os blocos econômicos
Mercosul
• 4º. Maior bloco econômico mundial – Tratado de
Assunção (1991)
• União aduaneira (acordo comercial)
• PIB:
– Brasil, Argentina e Uruguai= U$ 1trilhão
– Brasil é responsável por 75% do PIB
• Brasil
– Destaque: maior mercado consumidor
• Setor automobilístico
– Brasil+Argentina - maior que o da Alemanha
• Integração
– Transportes: ferrovias e hidrovias
– Energia: Itaipu e gasodutos da Bolívia
Mercosul - Problemas
• Burocracia das nações envolvidas
• Chile aproximação do NAFTA
• Renda per capita:
– Má distribuição de renda
– Exclusão social
– Crises e desequilíbrios regionais
• Bolívia
– Governo instável (Crise do gás)
– Pacto Andino: impede maior participação
• Venezuela
– Hugo Chaves: variação do humor gera instabilidade
• Integração: Unasul (2008) ?
– Único trabalho: crise na Bolívia
Mercado Comum do Sul (Mercosul)

JUCA MARTINS/OLHAR IMAGEM


A Embraer, empresa fabricante de
aviões, é uma das maiores
exportadoras brasileiras.

Países do Mercosul.
Dados de 2004

3. Os blocos econômicos
MERCOSUL
Alca – Área de Livre Comércio?
• Criação:1994
• Previsão: 2005/2006
• EUA:
– Busca manter hegemonia
• Prós
– Abertura de mercados
– Fim do protecionismo (alimentos, etanol e aço)
• Contras
– Concorrência dos produtos importados
– Carência do setor de serviços
• Alba? (Alternativa Bolivariana das Américas)
– Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, Honduras
– Regra: exclusão dos EUA
Visões da ALCA
APEC – Cooperação da Ásia
• Criação:1993 (Conferência de Seatle)
• Associados: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China,
Indonésia, Japão, Coréia do Sul, Malásia, México, Nova
Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia,
Cingapura, Taiwan, Tailândia, EUA, Vietnã.

• Previsão:
– 2010: zona de livre comércio (desenvolvidos)
– 2020: zona de livre comércio (não desenvolvidos)
• Prós
– Crescimento da economia da região
– 195 milhões de empregos
– Grande mercado consumidor
• Expansão da UE:
– Rússia
• Aumento da influência da APEC
– CHINA
• Congelamento de negociações
– ALCA
• Pressão norte - americana
– Brasil
• Integração tardia da África
Cenário 1 - integração

ALCA UE APEC
Cenário 2 - isolamento

ALCA UE APEC
Comércio e Serviços
• Três setores da economia
- Setor Primário: agropecuária e extravismo
- Setor Secundário: Indústria e construção civil
- Setor Terciário: serviços e comércio
Nova ordem Mundial Velha Ordem Mundial

A partir de 1990 De 1945 a 1989

Multipolaridade Bipolaridade

Globalização EUA X URSS

Blocos Econômicos Alianças Militares

Disputa comercial Corrida armamentícia


Comércio e Serviços
• Características do Comércio Mundial
- Alta concentração do comércio em países do G7

- Fator de mudança: Blocos econômicos e a emergência de


novos atores (BRIC)
Comércio e Serviços
• Lobby: estratégia dentro do capitalismo

• Protocolo de Kyoto: furado pelo lobby das empresas


norte-americanas – contra as possíveis quedas dos lucros
que os investimentos anti-poluidores causariam

• GATT (Acordo Geral das Tarefas e Comércio)


• 1995 - OMC (Organização Mundial do Comércio)
- Rodadas: visam estimular o comércio mundial
- 1986-1994: Rodada do Uruguai
- 1999- 2004: Rodada do milênio (Seatle/EUA)
- 2005...: Rodada de Doha
Comércio e Serviços
• Turismo: ação de viajar por mais de 24 horas e menos de
um ano.

Turismo: Evolução Mundial


Turistas (em (1990) (1994)
(1999) 657
milhões) 458,2 550,5

Taxa de
crescimento (1990) 7,4 (1994) 6,0 (1999) 3,2
(em %)

Receita (em
bilhões de (1990) 268,9 (1994) 354,0 (1999) 455
US$)
Sistema Financeiro Internacional
• A Conferência de Bretton-Woods (dólar, Bird e FMI)

– Regulou a política econômica internacional, obrigando


cada país a adotar uma política monetária. O sistema
entrou em colapso no início da década de 1970, quando
os EUA suspenderam a convertibilidade do dólar em ouro

• A Conferência de São Francisco (ONU).


– O Conselho de Segurança (CS) é composto por dez países
temporários (2 anos) e cinco permanentes com poder de
veto (China, EUA, França, Rússia e Reino Unido). O Brasil
gostaria de democratizar o CS.
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL

Ações do BIRD:
Década de 50: reconstrução das regiões européias;
Década de 60: auxílio ao Terceiro Mundo (transportes,
energia, telecomunicações);
Década de 70: empréstimos para programas sociais
(educação) e agricultura;
Década de 80: auxílio ao problema da dívida externa e
estímulo a modernização;
Dias atuais: apoio aos investimentos privados (países
subdesenvolvidos), estímulo ao crescimento do comércio
internacional (empréstimos)
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL

Objetivos do FMI (orgão executor de normas e princípios):


 Estabelecer paridades monetárias rígidas (padrão-ouro:
US$35 = uma onça de ouro, flutuação de até 2%): garantir a
disputa dos mercados com mercadoria e não com manobras
monetárias);
Eliminar os controles cambiais;
Dar assistência aos países com problemas nos Balanços de
Pagamentos (desequilíbrios conjuntural ou estrutural (carta
de intenções));
Fornecer recursos monetários aos países membros
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL


Das crises do petróleo à crise asiática
Primeira Crise do petróleo (1973): alta cotação da Arábia Saudita (de
US$2,22 (73) para US$ 8,65 (74) = + 393,18%).
Guerra da Síria e Egito contra Israel (Guerra do Yom Kippur).
Consequências:
 Déficits nas balanças comerciais de países do 1o. Mundo (restrição às
importações);
 Superávits nos países exportadores de petróleo (petrodólares:
depósitos de divisas);
 Aumento generalizado de inflação e desemprego (inflação com
recessão);
 Elevação das taxas de juros
 Criação do fundo Oil Facility pelo FMI
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL


Das crises do petróleo à crise asiática
Segunda Crise do petróleo (1979): alta cotação da Arábia Saudita (de
US$12,70 (78) para US$ 24,00 (79) e US$ 32,00 (80) .
Guerra Irã-Iraque
Consequências:
 Aumento do preço do petróleo;
 Desequilíbrio das balanças comerciais;
 Inflação (aumento dos custos de produção e deorganização dos
orçamentos governamentais);
 Alta taxas de juros (libor (19,9% a.a) e prime rate (20% a.a);
 Desemprego (queda do Produto Nacional Bruto);
 Aumento da produção brasileira de petróleo (estímulo ao consumo).
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL


Das crises do petróleo à crise asiática
Crise Mexicana
 Eclosão em 1995: Problemas na situação cambial desde 1986
(déficits comerciais, sobrevalorização do peso mexicano, situação
política): desvalorização da moeda (15%), congelamento preços e
salários por 60 dias.
 Consequências: recessão na Argentina; impacto sobre as bolsas
no Brasil (“efeito tequila”); preocupações para os EUA (imigração,
exportações, investimentos americanos,...).
 Normalização da crise em 1997: auxílio dos EUA , FMI e Bancos
Centrais de diversos países (linha de crédito de US$ 47,750 bilhões)
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL


Das crises do petróleo à crise asiática
Crise Asiática (de 1997 até 2000)
 Japão: baixo crescimento a partir de 1992 (aumento do desemprego)
• Redução taxas de juros;
• Elevado nível de poupança (maiores bancos do mundo);
• Universalização da educação e incorporação de camponeses na
indústria
• Aplicação de empréstimos no exterior (Tigres Asiáticos: Coréia do Sul,
Hong Kong, Tailândia, Malásia, Indonésia, Filipinas, Taiwan e
Cingapura).
 Crise no mercado imobiliário (garantia de empréstimos em US$) e
financeiro, e consequente queda no índice Nikkei (-64%).
 Valorização do dólar no mercado internacional e concorrência da
China.
Comércio Internacional

EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL


Das crises do petróleo à crise asiática
Crise Asiática (de 1997 até 2000)
Crise paralelas: Crise da Rússia e Crise cambial
brasileira/desvalorização cambial (queda nas bolsas de valores e fuga de
capitais, choques sucessivos 97, 98 e 99).
Fim da crise asiática em 2000: recuperação além das perspectivas
(crescimento do PIB da Coréia do Sul em 1999 foi de 10,7%).

Hoje......... Crimeia, África...


De acordo com Samuel Huntington
 Cunhada por Samuel P. Huntington, a teoria do “Mundo das Civilizações” é uma
proposta de compreensão do mundo após o fim da URSS e o rompimento com a
balança bipolar de poder que imperou por aproximadamente quatro décadas.
Huntington baseava-se na ideia de que os conflitos do século XXI envolveriam as
civilizações, e os Estados deixariam de protagonizar futuros conflitos.

 Nessa visão, os Estados deixam de possuir o papel central na política


internacional à medida que as civilizações conflituosas tornam-se mais
importantes. Obviamente, os Estados continuam como atores dos conflitos,
entretanto baseiam-se em suas respectivas ideologias civilizacionais. A Guerra
Fria, por exemplo, teria sido fruto de um Choque das Civilizações (o que deu título
ao seu livro, publicado em 1993).

 Huntington não se aprofunda no conceito concreto de “civilizações”, apenas


aponta-as como “regiões que agrupam similaridades historico-culturais”, e
argumenta a existência de 8 das mesmas.
• Ocidental
• Latina
• Ortodoxa
• Islâmica
• Africana
• Sínica
• Budista
• Hindu
• Japonesa

Relações intercivilizacionais
segundo Huntington – quanto
mais tênue a linha entre os
grupos, menos conflituosa é a
relação entre as mesmas.
 Dentre as críticas à regionalização de Huntington, as principais são:

 Frágil definição do conceito de “civilização”;


Em resposta à essa crítica, Huntington afirmou que seu objetivo ultrapassa o
limite do conceito de uma civilização em si, e se aprofunda no estudo de como a
divisão de grupos no globo poderia acarretar no contexto de futuros conflitos ao
longo do século XXI.

 Tendência etnocentrista ao enxergar as civilizações com uma ótica ocidental;


É perceptível o modo como Huntington divide o globo em grupos diversos,
porém fundamentando-se na visão ocidental dos grupos socioculturais.

 Argumentação de uma impermeabilidade civilizacional.


Edward Said foi responsável por essa crítica em seu livro “Orientalismo”, e ele
acusa Huntington de estar errado no que diz respeito às relações culturais entre
civilizações. Said afirma ser óbvio que as civilizações estão em constante troca
cultural, ao passo que Huntington crê que o contrário é um fato e por isso eventos
conflituosos acontecem, a exemplo do Choque das Civilizações.
De acordo com Francis Fukuyama
 Publicada em 1989 como artigo, e depois em 1992 como livro (“O Fim da História
e o Último Homem”), a teoria de Francis Fukuyama consiste na hipótese de que,
em um futuro quase utópico, ‘todos os Estados adotarão, cedo ou tarde, o
modelo democrático liberal, e, portanto, não acontecerão mais as mudanças de
governo (revoluções)’.

 Isso ocorreria porque, quando a democracia Dahlsiana se torna implantada por


completo, a sociedade desfrutará de um sistema perfeito. Tratando-se de um
modelo liberal, haveria a escolha do Mercado em detrimento do Governo, e
portanto o “triunfo da Razão“ levaria á soluções de problemas de forma
diplomática em todo o mundo – a Paz Perpétua entre Estados e o consequente
“fim” da História.

 A teoria de Fukuyama é considerada utópica porque se fundamenta no conceito


Democrático estabelecido por Robert Dahl, que, por sua vez, também considera-
se utópico.
 Dentro de “O Fim da História”, o autor, Fukuyama, estabelece três principais desafios
para a concretização de sua teoria:

 OS ESTADOS FALIDOS:
Segundo Fukuyama, os Estados Falidos (que perderam a soberania sobre seu próprio
território) seriam problemas na adoção de modelos democráticos liberais justamente
porque não possuem compromisso com as instituições, que poderiam ajudar na adoção
do sistema.

 O NACIONALISMO:
Mesmo que a ausência de conflitos entre Estados existisse, seria possível que a própria
população de um país, em movimento de resistência nacionalista, manifestasse-se contra
a adoção da democracia liberal, o que pressionaria o Governo a abandonar o sistema.

 O FUNDAMENTALISMO:
A herança cultural de um povo ou de um Estado que se recusa a sair dos limites de sua
doutrina (seja ela religiosa ou cultural) pode oferecer resistência, também, ao rumo do
Fim da História de Fukuyama.

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