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Gabriela Lacerda

Leonardo Zottino
• Histórico:
• 1945 – Giuseppe Brotzu ( Itália) e Sir Howard Florey ( Inglaterra)

 Descoberta do Fungo Cephalosporium acremonium e da substância


Cefalosporina C

• 1961 – Descoberta do Núcleo central da Cefalosporina C ( 7-


aminocefalosporanico)

 Resistente a ação das beta-lactamases estáficocócicas


• Modificações em R1:
• Aumento do Espectro de ação
• Resistência à hidrólise por β-lactamases
• Estabilidade às β-lactamases

• Modificações em R2:
• Aumento da meia-vida
• Melhor Penetração tecidual
 MECANISMO DE AÇÃO

• Bactericida- Inibem a síntese dos peptidoglicanos da parede celular


• Ligam-se às Proteínas Ligadoras de Penicilina (PBP)
 MECANISMO DE RESISTÊNCIA
• Hidrólise por enzimas beta-lactamases.

• Diminuição da entrada do antibiótico na bactéria

• Alteração do sítio estrutural das PBP- Proteínas Ligadoras de


Penicilina

• Inativação enzimática do antibiótico

• Redução da permeabilidade da membrana externa

• Efluxo da droga por mecanismo ativo


 FARMACOCINÉTICA
 ABSORÇÃO Hidrossolúveis: Apresentações orais e parenterais
1. Parenteral : IV, IM
2. Oral: estável em meio ácido, ésteres para facilitar a absorção

 METABOLIZAÇÃO A maioria das cefalosporinas não é


metabolizada

 DISTRIBUIÇÃO Lipossolubilidade distribuição ampla (3ª e 4ª


geração). Pouca penetração intracelular
1. 3-4ª geração: ultrapassa BHE
2. Cefalotina/ Cefalozina: ultrapassa barreira placentária

 EXCREÇÃO renal e biliar (ceftriaxona, cefoperazona)


 CLASSIFICAÇÃO
Via Oral Via Parenteral

1ª. Geração Cefalexina (Keflex) Cefazolina (Kefazol)


Cefadroxil (Cefamox) Cefalotina (Keflin)
2ª. Geração Cefaclor (Ceclor) Cefuroxima (Zinacef)
Cefuroxima (Zinnat) Cefoxitina (Mefoxin)
Cefrozil ( Cefzil)
3ª. Geração Ceftriaxona (Rocefin)
Cefotaxima (Claforan)
Ceftazidima (Fortaz)
4ª. Geração Cefepime (Maxcef)
 CEFALOSPORINAS 1ª GERAÇÃO
 Espectro de ação:

1. Gram positivos S. pneumoniae; Streotococcus sp e Staphylococcus


sp. sensíveis à oxacilina.
2. Alguns gram negativos E.coli; K. pneumoniae; P. mirabilis
3. Anaeróbios limitados à germes da cavidade oral

 Indicações clínicas: ITU, infecções de pele e tecidos moles, infecções


de vias aéreas, profilaxia cirúrgica (cafelozina, cefalotina)

 OBS: não ultrapassam a BHE


 CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO

 Reações adversas: hipersensibilidade (exantema, urticária, febre,


eosinofilia, broncoespasmo), teste de Coombs positivo, hemólise,
granulocitopenia, trombocitopenia, diarréia, NTA, nefrite. Alguns
pacientes alérgicos à penicilina também o são às cefalosporinas.

 Interações: aminoglicosídeos, diuréticos de alça e vancomicina


potencializam a nefrotoxicidade.

 Gestação e lactação: Seguro, nível B


 CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO
 Espectro de ação:

1. Gram positivos S. pneumoniae; Streotococcus sp e Staphylococcus sp.


sensíveis à oxacilina.
2. Alguns gram negativos E.coli; K. pneumoniae; P. mirabilis + H.
influenza e M. catarralis
3. Anaeróbios limitados à germes da cavidade oral (resistência
crescente)

 Indicações clínicas: ITU, infecções de pele e tecidos moles, infecções de


vias aéreas, profilaxia cirúrgica colorretal (cefoxitina), infecções intra-
abdominais (cefoxitina), artrite séptica e osteomielite (cefuroxima).

 OBS: não ultrapassam a BHE


 CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO

 Reações adversas: hipersensibilidade (exantema, urticária, febre,


eosinofilia, broncoespasmo), teste de Coombs positivo, hemólise,
granulocitopenia, trombocitopenia, diarréia, NTA, nefrite, + elevação
das transaminases, fosfatase alcalina e DHL. Alguns pacientes
alérgicos à penicilina também o são às cefalosporinas.

 Interações: aminoglicosídeos, diuréticos de alça e vancomicina


potencializam a nefrotoxicidade.

 Gestação e lactação: Seguro, nível B


 CEFALOSPORINAS DE 3ª GERAÇÃO
 Espectro de ação:

1. Gram positivos S. pneumoniae; Streotococcus sp e Staphylococcus sp. sensíveis


à oxacilina. Exceto à Staphylococcus aureus resistentes à oxacilina e Enterococos
sp.
2. Gram negativos E.coli; K. pneumoniae; P. mirabilis , H. influenzae, M. catarralis
+ Neissereia sp. Shigella sp.
3. Anaeróbios sem atividade

 Obs: Acinectobacter, P. aeroginosa (exceto ceftazidima) e Listeria- resistentes

 Indicações clínicas: Pneumonias, ITU, meningites, infecções intra-abdominais e


ginecológicas, sepse neonatal tardia. Gonorreia, sífilis (ceftriaxone). Usadas
preferencialmente em infecções hospitalares.

 OBS: ultrapassam a BHE


 CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO

 Reações adversas: hipersensibilidade (exantema, urticária, febre,


eosinofilia, broncoespasmo), teste de Coombs positivo, hemólise,
granulocitopenia, trombocitopenia, diarréia, NTA, nefrite. Aumento
as transaminases, superinfecção e colite pseudomembranosa.
Coledocolitíase (ceftriaxone)

 Interações: aminoglicosídeos, diuréticos de alça e vancomicina


potencializam a nefrotoxicidade

 Gestação e lactação: Seguro, nível B. Ceftriaxone- não deve ser usada


próxima ao termo- risco de icterícia no RN
 CEFALOSPORINAS DE 4ª GERAÇÃO
 Espectro de ação:
1. Gram positivos S. pneumoniae; Streotococcus sp, Staphylococcus sp.
resistentes à oxacilina.
2. Gram negativos E.coli; K. pneumoniae; P. mirabilis , H. influenzae, M.
catarralis ,Neissereia sp. Shigella sp + P. aeroginosa, Salmonella sp.,
Shigella sp.
3. Enterococcus fecalis resistentes à vancomicina
4. Anaeróbios sem atividade
 Indicações clínicas: Pneumonias hospitalares, infecções do trato urinário
graves e meningites por bacilos gram-negativos. Infecções por
Pseudomonas. Granulocitopenia febril ( empírico ).
 OBS: ultrapassam a BHE
 CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO

 Reações adversas: hipersensibilidade (exantema, urticária, febre,


eosinofilia, broncoespasmo), hemólise, granulocitopenia,
trombocitopenia, diarréia, NTA, nefrite. Aumento as transaminases,
superinfecção e colite pseudomembranosa.

 Interações: aminoglicosídeos, diuréticos de alça e vancomicina


potencializam a nefrotoxicidade

 Gestação e lactação: Seguro, nível B- gestação. Contraindicada na


lactação.

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