GERIATRIA E

GERONTOLOGIA

1
ENVELHECIMENTO NORMAL:
Alterações, Adaptações
Morfofuncionais

UNIDADE II

2
 Nosso Enfoque

Estudar o envelhecimento humano por uma perspectiva

biológica, enfatizando os aspectos morfológicos,
funcionais, clínicos e sociais do envelhecimento de cada
sistema orgânico, ocorridos entre as fases da
maturidade e da velhice.

3
FASES DO DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL

4
Fases do Desenvolvimento Pós-Natal

5
 O que é envelhecimento?

É o processo de alterações
espontâneas e naturais,
resultando na maturação
através da infância, puberdade e
adultos jovens e então o
declínio para a meia idade e
idade avançada.
6
As mudanças relacionadas à idade
devem ser:

Deletérias

Progressivas

Intrínsecas

Universais
7
 O que é Senescência?

São as mudanças graduais com o

avanço da idade, afetando
adversamente a vitalidade e funções,
porém, mais significativamente,
aumentando a taxa de mortalidade em
função do tempo.

8
 É o estágio final da senescência, quando o
risco de mortalidade beira os 100%.

O que é Senilidade
9
 Campos de Estudo
Geriatria significa medicina dos velhos, e
compreende a prevenção e o tratamento das
doenças da pessoa idosa, além da assistência
psicológica e sócio-econômica.

Gerontologia significa o estudo do envelhecimento e

das suas conseqüências (biológicas, médicas,
psicológicas, sócio-econômicas), é o campo de estudo
médico voltado para o prolongamento da vida.

10
MUDANÇAS
A quantidade de
melatonina produzida
pelo organismo
decresce com o
passar do tempo a
partir da puberdade,
chegando a
concentrações
sanguíneas irrisórias
nos idosos.
11
 Essa constatação
levantou a suspeita de
que a perda gradual de
melatonina poderia
precipitar o processo
do envelhecimento.

12
A melatonina desempenha um
papel muito importante no
fortalecimento do sistema
imunológico em humanos

Muitos problemas e doenças

comuns aos idosos decorrem
da perda da capacidade do
sistema imunológico de reagir
às agressões, com o passar da
idade

13
Melatonina= Além de suas funções
como hormônio-mestre que regula os
ritmos biológicos, protege as células
contra os danos causados pelos
radicais livres

Com todas essas propriedades, passou

a ser vista como uma das melhores
defesas contra os distúrbios inerentes
ao envelhecimento.
14
ENVELHECIMENTO
15
ENVELHECIMENTO DA PELE
Maior orgão do nosso corpo

16
 Funções Principais da Pele:

Barreira Protetora;

 Interface com o ambiente externo;

 Componente dinâmico entre vários

sistemas.
17
 Tipos de Envelhecimento

Envelhecimento intrínseco:

 Mudanças na aparência e função normais

da pele devido à passagem do tempo.

 Foto-envelhecimento:
 Combinação do envelhecimento
intrínseco com danos crônicos causados
pelo ambiente devido exposição ao sol. 18
Foto-envelhecimento

19
20
21
 Principais Características do
Fotoenvelhecimento:
 Rugas;
 Aspereza;
 Amarelamento;
 Pintas pigmentadas;
 Máculas amarronzadas;
 Vasodilatação.

22
 Raios UVB
Responsáveis pelos
danos imediatos:
- vermelhidão
- ressecamento
- queimaduras
- diminuição da
resistência da pele
Intensidades
diferentes conforme
a hora do dia.
23
 Raios UVA
Responsáveis pelos danos
imediatos e cumulativos:
- envelhecimento precoce da
pele
- aparecimento de rugas e
manchas
- diminuição de seu sistema
de defesa natural
A mesma intensidade
independente da hora do dia.

24
 Conseqüência Biológica:
 Diminuição da foto proteção;

25
 Conseqüência Biológica:
 Pele mais susceptível a
ferimentos;
 Comprometimento na
transferência de oxigênio e
nutrientes entre as camadas da
pele.
26
 DERME
 Mudança:
 Redução na quantidade de Colágeno e
Elastina.

 Conseqüência Biológica:
 Diminuição da força de tensão;
 Diminuição da elasticidade;
 Redução na espessura da pele.
27
28
Na face, a diminuição da espessura e na quantidade
de elastina tendem a tornar a pele caída e enrugada.
Ocorre a formação de bolsas ao redor dos olhos.
29
 Elementos Neurais
 Consequência Biológica:
 Diminuição das sensações
mecânicas;
 Aumento no limiar da dor.
30
 Cabelos
 Mudança:

 Redução no número e na taxa de

crescimento.

 Conseqüência Biológica:
 Calvície.
31
 Cuidados com a Pele
Envelhecida:
 Uso de chapéus;

 Uso de Protetor solar com fator de

proteção 15 ou maior;
 Evitar exposição ao sol no período
das 10 às 16 horas;

32
33
 Alterações no Músculo Esquelético

A redução da massa muscular relacionada à idade

é uma causa importante da incapacidade do idoso;
da dificuldade da marcha e do equilíbrio.

A capacidade reduzida para a geração rápida de força

limita a resposta rápida à perda de equilíbrio e aumenta
o risco de queda.

34
 Alterações no Tecido Ósseo
A perda da massa óssea e a maior
suscetibilidade a fraturas podem ser
considerados como um processo normal
da idade
Homens perdem cerca de 3% da sua massa
óssea a cada década de vida após os quarenta
anos
Mulheres perdem massa óssea a uma taxa
semelhante a dos homens. Essa taxa mostra-se
acentuada após a menopausa
35
 Osteoporose
O risco de osteoporose é maior nas
mulheres (80% dos casos)

O pico de massa óssea, alcançado na

idade adulta, na média da população
feminina é geralmente cerca de 5% menor
do que a masculina. Em razão disso, as
mulheres possuem menor densidade óssea
quando inicia-se a perda

As mulheres perdem o estrogênio após a

menopausa
36
Osteoporose

37
Alterações no Tecido Conjuntivo Articular

Diminuição da quantidade de elastina

Diminuição relativa da água

Diminuição da amplitude dos

movimentos nos idosos e da flexibilidade
ligada à idade

38
 Alterações cervicais podem restringir a
movimentação na coluna cervical e
contribuir para a postura com a cabeça
para frente observada nos idosos.

A pelve tende a se inclinar posteriormente.

A perda do controle postural aumenta o

risco de queda.

39
 Alterações na Postura
modificações nos constituintes do disco
intervertebral
degeneração da capacidade dos ligamentos da
coluna vertebral
perda da resistência vertebral relacionada à
diminuição da quantidade de tecido ósseo
alteração na relação geométrica das costelas e da
coluna vertebral
alterações na cartilagem articular
alterações nos músculos pré e pós-vertebrais

alterações tendíneas
40
Avaliação da Postura e das Alterações Posturais

Postura Posterior de um Postura lateral de um

homem de 60 anos de homem de 60 anos de
idade, um homem de 78 idade, um homem de 78
anos de idade e um anos de idade e de um
homem de 93 anos de homem de 93 anos de
idade, respectivamente idade, respectivamente 41
42
Dilatação Ventricular

A área dos ventrículos é aumentada

de 3 a 4 vezes em relação ao cérebro
total

Quantidade aumentada gera deficiência

das funções intelectuais superiores –
raciocínio abstrato e nomear objetos

.
43
 Celulas de Purkinje- São neurônios
altamente diferenciados, presentes apenas no
cerebelo

Perda difusa de células de Purkinje

no cerebelo acarreta perda na
regulação dos movimentos, da
postura, equilíbrio, locomoção.
Consequência: dificuldade de
aprendizagem de uma nova tarefa
motora.
44
 Mielina – Está presente nas bainhas qu rodeiam
algumas fibras nervosas.

No envelhecimento além da redução do

volume da massa, a integridade da mielina é
também prejudicada
Consequências:
Redução da velocidade psicomotora

Retardo da atividade das áreas de associação

cortical
Retardo da transmissão de respostas motoras
45
 Medula Espinhal

Número de células decai com a idade, sem

afetar a capacidade funcional

Nervos periféricos

Tempo de condução nervosa aumenta com a

idade, mas não altera função
46
  Lobo anterior

 Este lobo está mais relacionado com a

postura, tônus muscular e controle da
coordenação dos membros inferiores,
principalmente na marcha.

47
 Lobo posterior

Está envolvido na coordenação

dos movimentos finos iniciados
pelo córtex cerebral

48
 Doença de Alzheimer
Pode ser de vários tipos e depender da combinação de
vários ou de um fator e deve ser discernida da demência do
envelhecimento normal

Sinais e sintomas: No início se manifesta como lapsos

de memória. O paciente, então, perde a capacidade de
lidar com suas finanças, de se vestir, controlar
necessidades, falar, andar e se levantar. Sendo, as
memórias novas são as mais prejudicadas

49
Doença de Alzheimer

50
 Doença de Alzheimer

Tratamento: Não há cura. Remédios podem

retardar os efeitos da doença

Prevenção: Pessoas com bom

condicionamento físico tendem a sofrer
perdas cognitivas menores. A capacidade
do cérebro de resistir à demência é maior
se ele for intelectualmente estimulado ao
longo da vida.
51
 Doença de Parkinson

Sinais e sintomas: Aumento do tônus muscular, dificuldade

de iniciar movimentos voluntários e tremores em situação
estática

A doença tem prevalência aumentada com o passar da

idade

Degenerações dos neurônios dopaminérgicos da

substância negra

52
 Doença de Parkinson

Doença de Parkinson: na primeira

imagem, substancia negra normal. Na
segunda, substancia negra
despigmentada.

53
54
 O sistema endócrino regula:
Metabolismo
Volume e concentração de líquidos
Crescimento
Maturação
Envelhecimento
Sexualidade e comportamento

Atua junto com o Sistema nervoso

55
 Com o envelhecimento, modifica-se:

Produção de hormônios

Metabolismo

Mecanismos de ação

Sinais e sintomas do envelhecimento podem

dificultar o diagnóstico de problemas
endócrinos

56
GH - Ocorre queda na secreção
Alterações:

Diminui massa magra

Diminui taxa metabólica

Aumento da massa adiposa

57
Secreção do Hormônio de Crescimento com
o passar dos anos

58
Tireoide- Estimula o metabolismo geral
O mais comum é a queda na produção de tiroxina e
triodotironina
Para diagnóstico, prestar atenção:

Aumento do colesterol sem causa aparente;

Ganho de peso
Sonolência
Bradicardia
Todas essas são características do
metabolismo reduzido
59
 Pâncreas
Principal problema que decorre do envelhecimento da
glândula é o Diabetes Mellitus tipo II.
Diabetes é um distúrbio provocado pela produção
inadequada de insulina, pela queda de seus efeitos
periféricos ou ainda pela combinação de ambos os fatores.

Principais formas de controle:

Dieta

Exercícios

Manutenção do peso corporal

60
 CLIMATÉRIO

Período de transição da fase

reprodutiva para a não
reprodutiva. Segundo algumas
fontes, tal período vai dos 35
aos 65 anos.
61
 MENOPAUSA
É a falência total da função ovariana com o
fim da atividade secretora de esteroides e
da ovulação

É o fim do período menstrual

A mulher vive aproximadamente um

terço da sua vida na menopausa, por
isso é um assunto tão importante para a
saúde pública e para os profissionais da
saúde
62
 Sinais e sintomas:

Ondas de calor (fogachos)

Suores noturnos
Transtornos do sono
Alteração no humor
Incontinência
Osteoporose
Doenças cardiovasculares
63
 Andropausa
Tanto o termo andropausa quanto climatério
masculino, podem ser clinicamente inadequados.
No homem, com o avançar da idade, diminui
a produção de vários hormônios, principalmente
dos chamados esteroides sexuais. O que
realmente existe é uma síndrome caracterizada
por deficiência da produção de hormônios, e não
“morte” de uma glândula, como ocorre com os
ovários.

64
 ENVELHECIMENTO DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO

Fernanda Magda 65
 Mudanças anatômicas
Pulmões : mais
flácidos, leves e
menores

• Diminuição na
perfusão
sangüínea

• Redução na
elasticidade

66
 Mudanças Anatômicas

 Rompimento
de septos
inter-
alveolares

 Redução no
número e
atividade de
células
mucociliares

67
 Mudanças anatômicas
Vias aéreas:

•Alargamento e calcificação de cartilagens

traqueais e brônquicas

Caixa torácica:
•Calcificação de cartilagem
•Descalcificação de costelas
•Redução da expansibilidade
68
 Mudanças Anatômicas
Força dos músculos respiratórios:
Reduzida (tende a reduzir a CPT-
Capacidade pulmonar total)

• Diafragma: redução de 25%

 Músculos torácicos: participam cada vez

menos da respiração

69
 Volume Residual (VR)

 Decréscimo da retração elástica dos

pulmões

Capacidade Vital (CV)

•Diferença entre CPT e VR

Capacidade Residual Funcional (CRF)

•Redução da retração elástica de pulmões e
parede torácica
70
71
 Alterações no coração

Alta incidência de calcificação nas válvulas

aórticas e mitral

Aumento do tecido conjuntivo e adiposo e perda

de fibras funcionais no sistema de condução.

72
 Diminuição do débito cardíaco e diminuição na
capacidade de alterar o mesmo

Diminuição da frequência cardíaca e do volume

sistólico

Aumento da pressão arterial e de pulso

73
Aumento e enrijecimento da parede arterial
devido à fragmentação de fibras elásticas e ao
declínio da complacência dos tecidos

Aumento do índice de AVCs com a idade

Envelhecimento do endotélio diminui a

vasodilatação dependente desse até os 60 anos,
quando se estabiliza

74
Aterosclerose – (causa)
A aterosclerose se caracteriza
pelo espessamento da camada
mais interna das artérias,
devido ao depósito de lipídios
entre as camadas da parede
das artérias. Conforme
progride o acúmulo de lipídios,
aparecem primeiro estrias de
gordura e depois como placas
calcificadas; a luz diminui e a
artéria endurece.

75
Arteriosclerose

Na arteriosclerose as artérias
tornam-se parcialmente
obstruídas e ocorre a
diminuição do fluxo de sangue

Formação
de
substâncias
gordurosas
na parede
das artérias

76
 SANGUE

Medula óssea se atrofia

Problema de hipercoagulabilidade

77
ENVELHECIMENTO DO
SISTEMA URINÁRIO

Fernanda Magda 78
Mudanças anatômicas
Rins: encolhem progressivamente

Fernanda Magda 79
 Mudanças anatômicas
•Diminuição da massa, comprimento e volume
renal.

•Perdas teciduais principalmente no córtex

(glomérulos e túbulos).

•Aumento do número de glomérulos

esclerosados.

80
 Fluxo Sangüíneo Renal (FSR)
•Após os 20 anos cai 10% por década

•Queda causada por diminuição do rendimento

cardíaco e mudanças nas artérias.
•Maior decréscimo no córtex.
•A diminuição no FSR parece ser primária à perda
tecidual.

81
Homeostase da água
Defeito na conservação da água e tendência à
desidratação em idosos

•O total de água corpórea diminui com a idade, e é

mais pronunciado nas mulheres

•Em indivíduos idosos há um decréscimo na

concentração máxima de urina

82
 Mecanismo de sede

 É prejudicado com o passar dos anos.

 A resposta da sede à desidratação é ausente

em idosos.

 Pode estar relacionado à mudanças no

sistema opióde,que estimula a resposta de
beber.

83