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Apresentação Musica Popular 2
Apresentação Musica Popular 2
Introdução
A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da
Bossa Nova, gênero renovador na música brasileira surgido na
segunda metade da década de 1950.Influenciado pela música
norte-americana a Bossa Nova deu novas marcas
ao samba tradicional.
A partir dos anos 1950, o Brasil passou por uma ebulição musical nunca antes vista
Mas, nos rebeldes anos 1960 e 1970, cantar virou atividade de risco, já que a censura
baixava seu carimbo sobre aqueles que se insurgiam contra o regime.
Introdução
"a deficiência não era no campo da criação. Era na área da gravação, uma
vez que os estúdios existentes não dispunham, ainda, de recursos técnicos
ideais para captação e reprodução sonora. E, se os discos gravados em 78
rotações não ofereciam fidelidade, tampouco os microfones, tampouco os
transmissores e, menos ainda, os raríssimos receptores. [...] E o rádio caiu no
gosto do povo“(TAVARES,2016)
De início era apenas uma forma (bossa) diferente de cantar o samba, mas logo
incorporou elementos do Jazz e do Impressionismo musical de Debussy e Ravel, e
desenvolveu um contorno intimista, leve e coloquial, baseado principalmente na voz
solo e no piano ou violão para acompanhamento, ainda que com refinamentos de
harmonia e ritmo.
1-Um pouco de história
"Seu objetivo era colocar a música popular brasileira na vanguarda
musical do planeta. Contudo, em extensa medida, ela obedecia à
tradição. O ritmo básico continuava a ser o samba, embora
enriquecido por recursos mais sofisticados, como
as síncopes criadas por João Gilberto; as melodias eram líricas e
ternas; e, finalmente, as letras ainda tinham como principal tema
os problemas das relações afetivas, as dores do amor, e
preservavam o prazer no sofrimento que caracteriza
tradicionalmente as canções românticas. As novidades, portanto,
eram mais formais do que conteudísticas. (MACIEL,2016)
A música popular brasileira tradicional já era notável pelo lirismo de sua invenção
melódica e, principalmente, por sua vitalidade rítmica. A proposta fundamental,
agora, era de enriquecê-la com um avanço em termos de harmonia
essas inovações formais eram importantes e
manifestavam (ou tentavam ) um novo espírito: urbano,
culto e mesmo sofisticado.
1-Um pouco de história
[...] Mas não foi apenas no plano estritamente musical que se verificou uma
evolução. Ao contrário dos antigos artistas da música popular brasileira
tradicional, vindos das camadas mais pobres da população brasileira, de
instrução modesta e informação escassa, os novos artistas tinham
freqüentemente formação universitária, eram informados e até cultos. As letras
das canções passaram a manifestar uma inédita intenção literária, fazendo
com que muitos desses compositores acabassem sendo
considerados poetas até mesmo por critérios acadêmicos. (MACIEL,2016)
De onde ressalta-se:
De onde ressalta-se:
A primeira versão da MPB foi a MPM, sigla de Música Popular Moderna, usada pela primeira
vez em 1965, para identificar canções que pareciam representar um gênero impreciso.
Um dos primeiros exemplos de canção rotulada como MPM foi “Arrastão” (1965),
de Edu Lobo e Vinícius de Moraes, ano em que venceu o 1º Festival da Excelsior.
O conjunto de autores e cantores adeptos desse filão era cada vez maior,
incorporava as grandes revelações dos festivais e também compositores de música
de protesto.
Mas tanto nos festivais quanto na música de protesto os gêneros eram variados
e, não era raro, misturavam-se e combinavam-se.
Punha-se berimbau numa música, guitarra na outra, sanfona na terceira, e estava tudo
lindo, como exemplo temos os discos lançados por Elis Regina em 1976 e 1977:
Foi também utilizada como uma forma de resistir e protestar contra o Golpe Militar de 64.
* “Apesar de você” - Tanto o título da canção, quanto seu verso “..amanhã há de ser outro dia”
apareceram gravados em faixas empunhadas em passeatas no início dos anos 1970.
*“Cálice”- (vetada em 1973) teve sua letra divulgada na mesma semana no Jornal da Tarde
e em jornais universitários, sendo exibida publicamente num show de Gilberto Gil, na USP,
num gesto de desobediência civil.
2.1- Política e Música.
* “O bêbado e a equilibrista”- João Bosco e Aldir Blanc não apenas homenageavam Clarice, a viúva
de Vladimir Herzog, morto pela repressão em 1975, como clamavam pela anistia aos exilados,
simbolizados na canção pela figura de Betinho, o “irmão do Henfil”
* “Menestrel das Alagoas” - foi executada dezenas de vezes nos comícios por eleições diretas