Você está na página 1de 129

IGUALDADE

DE
GÉNERO?
• Genitália
– Com origem na palavra latina correspondente, genitália
significa o conjunto dos órgãos sexuais ou caracteres
sexuais primários dos animais.
– Na linguagem vulgar, o termo refere-se principalmente aos
órgãos sexuais externos (por exemplo, o pénis e a vulva
nos mamíferos).
– Os restantes órgãos são muitas vezes chamados genitália
internos.

25/04/2019 Alda Lopes Pinto 10


25/04/2019 Alda Lopes Pinto 11
O Papel Social – Igualdade de
Oportunidades

25/04/2019 Alda Lopes Pinto 12


25/04/2019 Alda Lopes Pinto 13
• Esqueçam a genitália
• Lembrem-se que, deep inside, somos só…

• A ambição de qualquer de nós é ser visto assim.


25/04/2019 Alda Lopes Pinto 14
Fonte:
Instituto da Segurança Social
Janeiro de 2013
• É um processo gradual, que permite a uma pessoa ou a
um casal criar com uma criança um vínculo de filiação.
• Para haver uma adoção, o candidato ou candidatos têm
de ser avaliados e selecionados pela entidade
responsável pelos processos de adoção.
• Depois de um período de convivência entre o(s)
candidato(s) e a criança, durante o qual os serviços de
adoção através do acompanhamento da integração da
criança na nova família constatam a criação de
verdadeiros laços afetivos entre ambos, é pedido ao
Tribunal que, através de uma sentença, estabeleça de
forma definitiva a relação de filiação.
• Existem dois tipos de adoção: plena e restrita.

• Adoção plena
• Na adoção plena, a criança ou jovem adotado:
– Torna-se filho do adotante e passa a fazer parte da sua família;
– Deixa de ter relações familiares com a sua família de origem;
– Perde os seus apelidos de origem e adquire os apelidos dos adotantes;
– Pode, nalgumas situações, mudar o nome próprio (se o adotante o
pedir e o tribunal concordar).

• Esta adoção é definitiva, não podendo ser revogada, nem mesmo


por acordo entre o adotante e o adotado.
• Os direitos sucessórios dos adotados são os mesmos dos
descendentes naturais.
• Adoção restrita

• Na adoção restrita, a criança ou jovem adotado:


– Mantém todos os direitos e deveres em relação à família de origem (salvas
algumas restrições estabelecidas na lei);
– Pode receber apelidos do adotante, a pedido deste, ficando com um novo
nome, mas mantém um ou mais apelidos da família de origem;
– O adotado, ou os seus descendentes, e os parentes do adotante não são
herdeiros uns dos outros nem estão reciprocamente obrigados à prestação de
alimentos.

• A adoção restrita tem ainda as seguintes particularidades:


– Pode, em determinadas circunstâncias, ser revogada;
– Pode a todo o momento, por decisão judicial, ser convertida em adoção plena,
a pedido dos adotantes e desde que se verifiquem os requisitos exigidos na
lei.
• Adoção plena
• Duas pessoas de sexo diferente - se forem casadas (e não
separadas judicialmente de pessoas e bens ou de facto) ou
viverem em união de facto há mais de 4 anos, se ambas
tiverem mais de 25 anos.
• Uma pessoa - se tiver mais de 30 anos (ou mais de 25 anos
se pretender adotar o filho do cônjuge).
• A partir dos 60 anos a adoção só é permitida se a criança a
adotar for filha do cônjuge ou se tiver sido confiada ao
adotante antes de este ter completado os 60 anos.
• A diferença de idades entre o adotante e o adotado não
deve ser superior a 50 anos (exceto em situações
especiais).
• Adoção restrita
• Pessoas com mais
de 25 anos e menos
de 60 anos, à data
em que o menor
lhes tenha sido
confiado (exceto se
este for filho do
cônjuge )
• Podem ser adotados crianças ou jovens:
– Em algumas situações, através de uma confiança administrativa
(aplicada pela Segurança Social),
– Na maior parte dos casos, através de confiança judicial ou
medida aplicada no âmbito de um processo de promoção dos
direitos e proteção da criança. (aplicada pelo Tribunal);
– Filhos do cônjuge do adotante.

• Desde que, à data da entrada do processo no Tribunal,


tenham:
– Menos de 15 anos.
– Menos de 18 anos (se forem filhos do cônjuge do adotante ou
se não forem emancipados e tiverem sido confiados aos
adotantes ou a um deles com menos de 15 anos).
• Quando houver motivos legítimos;
• Quando a adoção trouxer vantagens reais para
a criança ou jovem;
• Quando não obrigar os outros filhos da pessoa
que pretende adotar a sacrifícios injustos;
• Quando for razoável supor que o adotante e a
criança vão criar entre si laços semelhantes
aos que existem entre pais e filhos.
• Formulários – Os formulários são fornecidos na 1ª sessão de formação para
a adoção
• Documentos do(s) candidato(s) a adotante(s):
– Certidão de nascimento;
– Fotocópia do documento de identificação válido (cartão de cidadão, bilhete de
identidade, passaporte).
– Certidão de casamento ou atestado da Junta de Freguesia, se viver em união de
facto;
– Registo criminal (especificamente para efeitos de adoção);
– Atestado médico comprovativo do estado de saúde (especificamente para
efeitos de adoção);
– Fotocópia do recibo do último vencimento ou declaração da entidade patronal
ou fotocópia da última declaração do IRS;
– Fotografia;
– Número de identificação da Segurança Social (NISS).

• Documentos do(s) filho(s) do(s) candidato(s):


– Fotocópia da cédula ou do bilhete de identidade.
1. Contacte a Equipa de Adoção no organismo da Segurança Social da sua
área de residência:
Lisboa - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Açores - Instituto para o Desenvolvimento Social
Madeira - Centro de Segurança Social
Resto do país - Centro Distrital de Segurança Social.

2. Compareça na Sessão Informativa (Sessão A) do Plano de Formação para a


Adoção. Nesta ação de formação é informado sobre:
Os objetivos da adoção.
O que é necessário para poder adotar (requisitos e condições gerais a cumprir).
O processo de adoção (processo de candidatura, formulários e documentos
necessários).

3. Preencha os formulários e junte toda a documentação necessária.


4. Entregue a sua candidatura nos serviços de adoção do
organismo de segurança social da área onde mora. Quando
entregar a candidatura recebe um certificado de candidatura.

5. A entidade que recebeu a candidatura faz uma avaliação


social e psicológica do candidato (entrevistas, uma delas em
casa do candidato e aplicação de outros instrumentos de
avaliação social e psicológica).

6. Durante este período de avaliação será ainda convidado a


participar numa segunda ação do Plano de Formação para a
Adoção. (Sessão B).
• 7. No prazo de 6 meses, será informado se a sua candidatura foi
selecionada ou rejeitada.

• 8. Se os técnicos considerarem que a sua candidatura não deve ser


aceite, antes de ser tomada a decisão final, comunicam a intenção
de rejeitar a candidatura, dando-lhe a oportunidade de consultar o
processo e apresentar novos documentos ou argumentos.

• 9. Se a candidatura foi selecionada, passa a figurar na lista nacional


da adoção, ficando à espera que lhe seja proposta uma criança para
adotar. Durante este período de espera poderá ser chamado a
participar em diversas sessões de formação, com o objetivo de se
preparar para a futura integração de uma criança.
• 10. Quando lhe apresentarem uma criança, há um período de
contactos para se conhecerem e ver se se aceitam um ao outro.

• 11. Se esta fase correr bem, a criança é confiada ao candidato e fica


em situação de pré-adoção por um período que pode ir até 6
meses. Durante este tempo, são acompanhados e avaliados pelo
serviço de adoções da área de residência. Também neste período
deverá participar em sessões de formação.

• 12. O serviço de adoções faz um relatório que o candidato envia,


junto com o pedido de adoção, para o Tribunal competente
(Tribunal de Família e Menores da sua área de residência).

• 13. Quando o Tribunal proferir a sentença, o processo de adoção


está concluído.
• Se o candidato morar em Portugal e a criança estiver no
estrangeiro

• Deve dirigir-se à entidade competente da sua área de residência:


– Centro Distrital de Segurança Social da sua área de residência
– Santa Casa da Misericórdia de Lisboa se residir nesta cidade
– Instituto para o Desenvolvimento Social se residir nos Açores
– Centro de Segurança Social se residir na Madeira.

• O processo de candidatura é semelhante ao da Adoção Nacional.


• Se a sua candidatura for selecionada, a autoridade central
portuguesa responsável pelas adoções internacionais envia-a à
autoridade central do país onde reside a criança que pretende
adotar.
• Se o candidato morar no estrangeiro e a criança
estiver em Portugal
– Deve apresentar a sua candidatura às entidades
responsáveis pelos processos de adoção do país onde
reside. Se a sua candidatura for selecionada, essa
entidade encaminha-a para a autoridade central desse
país, que, por sua vez, se articula com a autoridade
central portuguesa.
• Crianças
– Só são encaminhadas para adoção internacional as
crianças que não encontrem candidatos a adotantes
residentes em Portugal.
• P8 – As candidaturas de casais têm sempre
preferência?
• Não. Não há critérios gerais que permitam
privilegiar em abstrato uma candidatura em
detrimento de outra. O trabalho dos serviços de
adoção é partindo do conhecimento de cada
criança encontrar o (s) candidato (s) (singular ou
casal) que melhor se adequem às características e
necessidades específicas da criança em causa.
• P9 – Um casal constituído por pessoas do
mesmo sexo pode adotar uma criança?
• Não. A lei portuguesa não permite a adoção,
em qualquer das modalidades, por casais
constituídos por pessoas do mesmo sexo.
• Lei n.º 31/2003, de 22 de agosto
• Altera o Código Civil, a Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, o Decreto-Lei n.º 185/93, de
22 de maio, a Organização Tutelar de Menores e o Regime Jurídico da Adoção.
• Lei n.º 147/99, de 1 de setembro
• Lei de proteção de crianças e jovens em perigo.
• Decreto Regulamentar n.º 17/98, de 14 de agosto
• Reconhece às instituições particulares de solidariedade social a possibilidade de intervir no âmbito
do instituto da adoção e é regulamentada a atividade mediadora em matéria de adoção
internacional.
• Decreto-Lei n.º 120/98, de 8 de maio
• Altera o regime jurídico da adoção.
• Convenção da Haia, de 29 de maio de 1993
• Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional.
• Aprovada para ratificação pela Resolução da Assembleia da República n.º 8/2003, de 25 de
fevereiro Guia Prático – Adoção
• Decreto-Lei n.º 185/93, de 22 de maio
• Aprova o novo regime jurídico da adoção. Altera o Código Civil e a Organização Tutelar de Menores
• Decreto-Lei n.º 314/78, de 27 de outubro (Encontram-se revogados os artigos 1.º a 145.º)
• Revê a Organização Tutelar de Menores.
• Código Civil (artigos 1973° a 2002°D)
substantivo feminino
[Direito] Acto jurídico pelo qual se estabelece relação legal
de filiação com o filho de um cônjuge ou afim.

• Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:


coadoção.
• Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: co-
adopção.

"co-adopção", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa


[em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/co-
adop%C3%A7%C3%A3o [consultado em 21-03-2014].
• A Assembleia da República aprovou, na generalidade, a 17
de maio (com 99 votos a favor, 94 contra e nove
abstenções), um projeto de lei do PS para que os
homossexuais possam coadotar os filhos adotivos ou
biológicos da pessoa com quem estão casados ou com
quem vivem em união de facto.
• A Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais
decidiu a 05 de junho, por consenso, criar um grupo de
trabalho para discutir, na especialidade, o projeto de lei
socialista.
• Nesse grupo de trabalho têm estado a ser ouvidos
diferentes especialistas e entidades, representativos da
sociedade civil.
• Diferença de cinco votos permite decisão surpreendente. Projecto
ainda vai ser discutido na especialidade e haverá votação final
global. E para ser realidade, o diploma ainda tem de ser
promulgado pelo Presidente da República.
• Depois de Áustria, Finlândia, Alemanha e Israel, Portugal é o quinto
país onde a co-adopção de crianças por casais homossexuais foi
aprovada. O Parlamento português aprovou na generalidade esta
medida nesta sexta-feira, por uma magra vantagem, num cenário
inesperado. Para a co-adopção ser uma realidade, no entanto, é
ainda necessária uma votação final global (após a discussão na
especialidade) e a promulgação pelo Presidente da República.
• O projecto de lei português passou com 99 votos a favor, 94 votos
contra e nove abstenções. Votaram 202 dos 230 deputados, vários
abandonaram o hemiciclo antes do início da votação. PSD e CDS
deram liberdade de voto.
• No projecto do PS pode ler-se que "quando duas pessoas
do mesmo sexo sejam casadas ou vivam em união de facto,
exercendo um deles responsabilidades parentais em
relação a um menor, por via da filiação ou adopção, pode o
cônjuge ou o unido de facto coadotar o referido menor".
Nos termos do diploma legislativo agora aprovado, podem
coadotar pessoas com mais de 25 anos e nas situações em
que não exista "um segundo vínculo de filiação em relação
ao menor".
• Votaram a favor as bancadas do BE, PCP, PEV, a maioria dos
deputados do PS e 16 deputados do PSD. Abstiveram-se
três deputados do PS, três do PSD e três do CDS. E votaram
contra a maioria dos deputados do PSD e do CDS, assim
como dois deputados do PS.
• Teresa Leal Coelho, Luís Menezes, Francisca Almeida, Nuno
Encarnação, Mónica Ferro, Cristóvão Norte, Ana Oliveira,
Conceição Caldeira, Ângela Guerra, Paula Cardoso, Maria
José Castelo Branco, Joana Barata Lopes, Pedro Pinto,
Sérgio Azevedo, Odete Silva e Gabriel Goucha foram os
sociais-democratas que votaram a favor do diploma do PS.
• Abstiveram-se os deputados do PS Pedro Silva Pereira,
Miguel Laranjeiro e José Junqueiro, os deputados do PSD
Duarte Marques, João Prata e Sofia Bettencourt, e os
deputados do CDS João Rebelo, Teresa Caeiro e Michael
Seufert.
• Os dois socialistas que votaram contra foram António Braga
e João Portugal.
Rita Brandão Guerra
17/05/2013 - 13:08
• Além daqueles cinco países, a co-adopção é legal em três estados
dos EUA, na Tasmânia (Austrália) e na Gronelândia (Dinamarca).
• Quanto à adopção plena por casais homossexuais, que não é
permitida pela legislação portuguesa, ela está legalmente regulada
em 14 países, 21 estados dos EUA, duas regiões do México e três
estados australianos.
• O diploma legislativo sobre co-adopção por casais ou unidos de
facto do mesmo sexo tem como primeiros subscritores os
deputados socialistas Isabel Moreira e Pedro Delgado Alves.
• O objectivo é que seja possível estender o vínculo de parentalidade
de um dos elementos do casal (pai ou mãe biológica ou adoptante)
ao seu cônjuge.
• O Parlamento discutiu ainda mais dois projectos do BE e um do PEV
sobre adopção plena por casais homossexuais, mas todos foram
reprovados.
• No dia mundial contra a homofobia, Isabel Moreira defendeu,
na apresentação do projecto, que o país deveria dar luz verde à co-
adopção por casais do mesmo sexo. "Um passo civilizacional" que
recusa "uma orfandade legal" que existe e que não acolhe o
superior interesse da criança.
• Isabel Moreira referia-se assim a um projecto de lei que "chega
atrasado para pais e mães e para crianças que muitas vezes na sua
inocência desconhecem que o Estado desconsidera um dos seus
pais".
• A socialista pediu que se preenchesse um vazio legal que não
responde às situações que já existem.
• E ilustrou com o caso de uma família homossexual com uma criança
de dez anos, em que, morrendo o progenitor, o seu cônjuge não
tem qualquer poder legal relativamente à criança com quem vive,
muitas vezes, desde o nascimento.
• A criança, frisou, fica sem os dois pais ou as duas mães. "É uma
família destruída", disse Isabel Moreira.
• "É hoje o dia de usar o voto para, mais do que nos imaginarmos no
lugar do outro, sermos o outro", apelou Isabel Moreira.
• Também a deputada do BE Cecília Honório disse ser o dia em que
se pode pôr fim aos "direitos pela metade dos homossexuais".
• "Todas as famílias contam, não há famílias de primeira e de
segunda", argumentou a deputada bloquista, que acrescentou que
é a capacidade de "acolhimento e de amor" que deve ser critério
para a adopção, em detrimento da orientação sexual dos pais.
• "A orientação sexual não pode contar como critério impeditivo da
adopção", pediu Cecília Honório.
• No mesmo sentido, a líder parlamentar do PEV pediu a protecção
do "superior interesse da criança".
• Também o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, anunciara
que a bancada comunista iria votar a favor do projecto do PS, por
considerar que é preciso proteger os laços afectivos das crianças.
• "Não ignoramos as situações concretas existentes de famílias
constituídas", disse o deputado.
• Já a deputada Carla Rodrigues, do PSD,
considerou que "a defesa dos direitos humanos
está no património genético do PSD", mas que,
pela matéria sensível em causa, a bancada social-
democrata terá hoje liberdade de voto, para que
cada deputado exerça "em consciência" o seu
mandato.
• A deputada do CDS Teresa Anjinho observou que
o assunto não foi ainda suficientemente debatido
na sociedade.
• A aprovação da co-adopção já foi saudada por
activistas gay, embora considerem que este é
"um passo pequenino numa escadaria enorme".
JN
Publicado em 2013-05-17
• O Instituto de Apoio à Criança considerou, esta sexta-
feira, que a aprovação da lei que permite a coadoção
por casais homossexuais é uma vantagem para as
crianças e uma proteção para as relações afetivas
relevantes.
• O Parlamento aprovou, esta sexta-feira, na
generalidade, um projeto de lei do PS para que seja
possível a coadoção, por homossexuais, de filhos
adotivos ou biológicos, da pessoa com quem estão
casados ou com quem vivem em união de facto, mas
chumbou a adoção por casais do mesmo sexo.
• "Esta alteração veio permitir proteger as crianças que
estabeleceram uma vinculação privilegiada com o cônjuge do
mesmo sexo de seu pai ou de sua mãe, biológico/a ou adotivo/a,
alargando afinal o âmbito da adoção em situações muito
concretas", refere um comunicado do IAC.
• O IAC adianta que desde há muito tempo defende a coadoção por
casais do mesmo sexo, recordando que em 2008 elaborou um
documento, no qual reconheciam que esse direito "facilitaria a
densificação do conceito de "superior interesse da criança, que
deve sempre ser prosseguido, em todas as decisões que lhe digam
respeito".
• Para o Instituto de Apoio à Criança, a lei agora aprovada "veio
solucionar e dar resposta a casos de crianças que, por terem apenas
uma menção relativa à sua paternidade ou maternidade ficaram,
desta forma, com a sua situação jurídica mais segura e protegida".
JN
Publicado em 2013-05-17
• "Independentemente do resultado das votações que
hoje tiveram lugar na Assembleia da República, a Igreja
reafirma, por motivos simplesmente antropológicos,
que a adoção de uma criança não é um direito de
qualquer pessoa adulta, solteira ou casada,
heterossexual ou homossexual", afirma o porta-voz da
CEP numa resposta escrita enviada à Lusa.
• O padre Manuel Morujão adianta que numa adoção
visa encontrar-se uma família, "nas melhores
condições possíveis, para dar [à criança] uns pais
substitutivos dos pais biológicos que perderam ou que
são incapazes de exercer a paternidade e a
maternidade".
• "Com todo o respeito pelas pessoas de qualquer
identidade sexual, é patente que toda a criança,
na sua evolução para o estado adulto, necessita
da complementaridade da masculinidade e
feminilidade que lhe dão, em primeiríssimo lugar,
o pai e a mãe biológicos ou a família que os
substitui", defende.
• Para o porta-voz do CEP, "só um casal, constituído
por uma mulher e um homem, tem a estrutura
antropológica objetiva para a educação
harmoniosa de uma criança".
JN
Publicado em 2013-05-17
• A Confederação Nacional das Associações de Famílias
considerou esta sexta-feira a coadoção de crianças por
casais homossexuais como uma questão menor
comparada com os problemas que as famílias
portuguesas enfrentam atualmente.
• "Os problemas das famílias portuguesas não passam
por aí. Relevam a falta de emprego, a elevada
tributação dos contribuintes, os cortes nas pensões, a
elevada tributação sobre a habitação, etc.", afirmou à
agência Lusa Amândio Alves, responsável da CNAF.
• "Isso é que é efetivamente importante para as
famílias", sublinhou.
• Para esta confederação, a questão da coadoção de crianças
por casais homossexuais é "uma questão menor" perante
os "problemas que enfrentam as famílias e cidadãos
portugueses".
• Amândio Alves defendeu que os legisladores, na
Assembleia da República, deviam estar a tentar resolver os
problemas que afetam as famílias, criando condições para
melhorar a vida dos portugueses.
• O parlamento aprovou hoje, na generalidade, um projeto
de lei do PS para que os homossexuais possam coadotar os
filhos adotivos ou biológicos da pessoa com quem estão
casados ou com quem vivem em união de facto.
• Este projeto de lei teve 99 votos a favor, 94 contra e nove
abstenções, anunciou a presidente da Assembleia da República,
Assunção Esteves. Votaram a favor as bancadas do BE, PCP, PEV, a
maioria dos deputados do PS e 16 deputados do PSD.
• De acordo com o projeto de lei do PS, que tem como primeira
subscritora a deputada Isabel Moreira, "quando duas pessoas do
mesmo sexo sejam casadas ou vivam em união de facto, exercendo
um deles responsabilidades parentais em relação a um menor, por
via da filiação ou adoção, pode o cônjuge ou o unido de facto co-
adotar o referido menor".
• Nos termos deste diploma, o direito de co-adoção está restrito a
pessoas com mais de 25 anos e depende da não existência de "um
segundo vínculo de filiação em relação ao menor".
Agência Lusa
Isaltina Padrão O Parlamento de Portugal aprovou nesta
sexta-feira uma proposta do governante Partido Social
Democrata (PSD- centro-direita) para submeter temas como
adoção e co-adoção por casais do mesmo sexo a um
referendo.
• Declarações da Ordem dos Psicólogos:
– "os resultados das investigações psicológicas
apoiam a possibilidade de co-adoção por parte de
casais homossexuais, uma vez que não encontram
diferenças relativamente ao impacto da
orientação sexual no desenvolvimento da criança
e nas competências parentais".
• Segundo a OP, as evidências científicas "sugerem
que decisões importantes sobre a vida de
crianças e adolescentes (como a determinação da
co-adoção) sejam tomadas não com base na
orientação sexual dos pais, mas na qualidade das
suas relações com os pais".
• O documento reforça que a orientação sexual
parental e a configuração familiar "não parecem
ser um factor determinante" para o
desenvolvimento das crianças nem para a
competência dos pais.
• "Um desenvolvimento
saudável não depende da
orientação sexual dos pais,
mas sim da qualidade da
relação entre pais e filhos",
frisa.
• No "Relatório de Evidência Científica
Psicológica sobre Relações Familiares e
Desenvolvimento Infantil nas Famílias
Homoparentais", apresentado ao grupo de
trabalho, a OP sustenta que
– "não existe base científica para afirmar que os
homossexuais femininos e masculinos não são
capazes de criar e educar crianças saudáveis e
bem ajustadas".
• A Ordem alega que "não existe fundamentação
científica para concluir que os pais homossexuais
ou as mães homossexuais não serão bons
pais/mães apenas com base na sua orientação
sexual".
• O relatório adianta ser consensual que "não
existem diferenças entre as crianças provenientes
de famílias homoparentais e heteroparentais",
em termos do seu desenvolvimento cognitivo,
emocional, social e educacional.
• De acordo com a Ordem dos Psicólogos, os estudos
empíricos internacionais revistos, nos quais se baseia,
"indicam que as crianças de famílias homoparentais
não têm maior probabilidade de serem homossexuais
do que as crianças de famílias heteroparentais".
• O mesmo documento defende ainda que o
fundamental "é que o contexto familiar ofereça afeto e
comunicação, seja sensível às necessidades da criança,
viva de modo estável e impondo normas adequadas,
no seio de relações harmoniosas".
JN
Publicado em 2013-05-19
• O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho
Pinto, criticou, este domingo, o projeto de lei que
permite a coadoção pelos casais homossexuais,
considerando que se trata de "uma má medida",
que desrespeita e maltrata das crianças.
• "É uma má medida desta maioria circunstancial,
algo oportunista, que se formou na Assembleia
da República", disse Marinho Pinto à Lusa, em
Barcelos, à margem da sessão solene do Dia do
Advogado.
• Para o bastonário, o projeto de lei retira às
crianças o direito de "poderem formar a sua
identidade num quadro familiar biológico ou
adotivo em que existam sólidos referentes
masculinos e femininos, que lhes permitam um
desenvolvimento harmonioso da sua
personalidade".
• "Há um terceiro elemento neste triângulo que
não foi ouvido e que foi de alguma forma
maltratado, desrespeitado, que são as crianças a
adotar", acrescentou.
• O parlamento aprovou, na sexta-feira, na generalidade, um
projeto de lei do PS para que os homossexuais possam co-
adotar os filhos adotivos ou biológicos da pessoa com
quem estão casados ou com quem vivem em união de
facto.
• "Ninguém tem direito a adotar. Elas [as crianças] é que têm
direito a uma família onde possam desenvolver
harmoniosamente a sua personalidade", disse ainda
Marinho Pinto.
• O projeto de lei teve 99 votos a favor, 94 contra e nove
abstenções.
• Votaram a favor as bancadas do BE, PCP, PEV, a maioria dos
deputados do PS e 16 deputados do PSD.
• O secretário-geral do PS votou esta sexta-feira a favor do
projeto socialista sobre coadoção por casais do mesmo
sexo e dos três diplomas do Bloco de Esquerda e Partido
Ecologista "Os Verdes" sobre adoção por casais
homossexuais.
• Em fevereiro do ano passado, quando foram pela primeira
vez reprovados projetos (idênticos) do Bloco de Esquerda e
de "Os Verdes", António José Seguro esteve ausente das
votações por se encontrar numa iniciativa partidária em
Bragança.
• Na primeira linha dos dirigentes do PS, o presidente do
Grupo Parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, votou a favor de
3 dos quatro projetos que subiram a plenário, abstendo-se
num dos dois do Bloco de Esquerda.
• Hoje, na bancada socialista, que deu liberdade de voto em relação a
todos os projetos em discussão na generalidade, registaram-se
menos votos contra e menos abstenções do que no ano passado.
• Em relação ao diploma sobre co-adoção, João Portugal e António
Braga foram os dois únicos deputados do PS que votaram contra e
abstiveram-se Pedro Silva Pereira, José Junqueiro e Miguel
Laranjeiro.
• Face aos projetos do Bloco de Esquerda e "os Verdes" sobre adoção
por casais do mesmo sexo, a ampla maioria dos deputados
socialista votou a favor, com seis a levantarem-se contra (Pedro
Silva Pereira, Laurentino Dias, João Portugal, António Braga, Miguel
Laranjeiro e José Junqueiro) e três a optarem pela abstenção
(Basílio Horta, Fernando Serrasqueiro e Renato Sampaio).
JN
Publicado em 2013-05-17
• Dois vice-presidentes do PSD, Teresa Leal Coelho e
Pedro Pinto, votaram, esta sexta-feira, a favor do
projeto socialista sobre co-adoção por casais
homossexuais, que foi aprovado, e dos diplomas
rejeitados do Bloco de Esquerda e PEV sobre adoção.
• Em contraponto às opções seguidas por estes dois
membros da direção liderada por Pedro Passos Coelho,
nas votações desta sexta-feira, na generalidade, o
presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Luís
Montenegro, votou contra os quatro projetos em
discussão, dois do Bloco de Esquerda e um do Partido
Ecologista "Os Verdes" sobre adoção por casais do
mesmo sexo, e um do PS a permitir a co-adoção.
• No entanto, na direção do Grupo Parlamentar do PSD,
quatro deputados votaram a favor dos projetos em
discussão: Teresa Leal Coelho, Nuno Encarnação,
Francisco Almeida e Luís Menezes.
• Além dos deputados já citados, foram também
decisivos para a aprovação do diploma do PS sobre co-
adoção os votos dos sociais-democratas Mónica Ferro,
Cristóvão Norte, Ana Oliveira, Conceição Caldeira,
Ângela Guerra, Paula Cardoso, Maria José Castelo
Branco, Joana Barata Lopes, Sérgio Azevedo, Odete
Silva e Gabriel Goucha.
EFE - Agencia EFE
17 de Janeiro de 2014•12h51 •
atualizado às 12h53
• O Parlamento de Portugal aprovou nesta sexta-
feira uma proposta do governante Partido Social
Democrata (PSD- centro-direita) para submeter
temas como adoção e co-adoção por casais do
mesmo sexo a um referendo.
• A decisão de convocar o referendo criou uma
grande discordância em nível político no país,
onde os casamentos homossexuais são legais
desde 2010, mas por enquanto a adoção não é
permitida, e inclusive relevou diferentes posições
na coalizão conservadora no Executivo.
• Enquanto o PSD votou a favor, seus parceiros no Governo
do CDS-PP (a formação mais à direita do arco parlamentar)
optaram por se abster, embora algum de seus deputados
tenham manistado diretamente sua oposição à iniciativa e
a qualificado de "lamentável".
• Inclusive dentro do próprio grupo social-democrata houve
discordância, embora pelo motivo contrário.
• Logo após terminar a votação, vice-presidente no
Parlamento do PSD, Teresa Leal Coelho, que defende a co-
adoção por pessoas do mesmo sexo, anunciou que deixa o
cargo por se manifestar "frontalmente em desacordo" com
a convocação de um referendo neste caso.
• Contra a realização do referendo votou toda esquerda lusa,
que aprovou há quatro anos as uniões homossexuais - com
a rejeição do PSD e CDS-PP- e que agora se mostra propícia
a regular seu direito a adotar.
• De facto, em maio os marxistas e ecologistas apresentaram
várias moções sobre este tema, e uma delas, a que tratava
da co-adoção, que foi aprovada quase por surpresa com o
voto a favor de alguns deputados conservadores.
• Esta disposição permitia que um membro do casal adotasse
os filhos que já se encontram sob a tutela legal do outro
quando exerça a "responsabilidade parental" e se o menor
o aceitar, em caso de ser maior de 12 anos.
• No entanto, em outubro os partidos conservadores
lusos rejeitaram admitir a votação final desta iniciativa
e decidiram adiá-la.
• Os deputados pertencentes à ala jovem do governante
PSD advogaram por submeter esta tema a uma
consulta popular, uma proposta que finalmente foi
aceite.
• A convocação do referendo, no entanto, será primeiro
revisada pelo Tribunal Constitucional e necessitará
posteriormente do sinal verde do chefe do Estado, o
também conservador Aníbal Cavaco Silva, que já se
mostrou contra a lei do casamento homossexual.
• O presidente, católico praticante, acabou promulgando
a norma, embora não sem antes se mostrar contrário
por considerar que a fórmula aprovada não respeitava
"a instituição matrimonial como união entre homem e
mulher".
– "Concorda com que o cônjuge ou o casal do mesmo sexo
possa adotar o filho de seu cônjuge ou parceiro?" e
– "Concorda com a adoção por parte de casais, casadas ou
unidas de fato, do mesmo sexo?",
• são as duas perguntas que são previstas para que os
portugueses decidam com seus votos o futuro desta
lei.
• Parlamento debate na quinta-feira, dia 16 de
Janeiro (2014) , um projecto de resolução do
PSD que propõe realização de referendo.
• ILGA (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e
Transgénero) fala em "manobra dilatória" da
direita.
AGENCIA LUSA
14/01/2014 - 10:48
• Os homossexuais católicos consideram que a proposta
de referendo sobre co-adopção de crianças por casais
do mesmo sexo é uma "tentativa de alguns sectores
mais conservadores" da sociedade para reverter
legislação já aprovada sobre esta matéria.
• Na quinta-feira, o Parlamento irá debater um projecto
de resolução do PSD que propõe a realização de um
referendo sobre a possibilidade de co-adopção pelo
cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo e sobre a
possibilidade de adopção por casais do mesmo sexo,
casados ou unidos de facto.
• Para o coordenador nacional da associação Rumos Novos - Homossexuais
Católicos esta proposta "não faz sentido", porque o sistema jurídico-
constitucional assenta na representatividade e não na democracia directa.
• As questões relativas "a franjas minoritárias da população" devem ser
acauteladas "por legislação devidamente salvaguardada e respaldada nos
representantes da nação e não numa situação de referendo que mais não
é do que tentar impor um determinado ponto de vista à sociedade",
defende José Leote.
• Para José Leote, esta proposta de referendo é "uma tentativa de alguns
sectores da sociedade portuguesa de fazer reverter a legislação
devidamente aprovada pela Assembleia da República".
• Leote alude ao projecto-lei do PS que estabelece que "quando duas
pessoas do mesmo sexo sejam casadas ou vivam em união de facto,
exercendo um deles responsabilidades parentais em relação a um menor
por via da filiação ou adopção, pode o cônjuge ou o unido de facto co-
adoptar" a criança.
• Este projeto foi aprovado na generalidade em Maio do
ano passado, com 99 votos a favor, 94 contra e nove
abstenções e debatido na especialidade na Comissão
de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e
Garantias.
• Contudo, no projecto de resolução, os deputados do
PSD consideram que "esta matéria não foi objecto de
discussão pública aturada e repetida, como merecem
ser as questões que implicam directamente a assunção
comunitária de um caminho de não retorno e cuja
decisão final, sem comprometer a liberdade
democrática que avaliza a discórdia, não admite
tibiezas no cumprimento daquela que é a vontade
maioritária".
• Para o coordenador da Rumos Novos, o projecto socialista,
"verdadeiramente equilibrado" e que "salvaguarda um
conjunto de situações" pretendeu "estender o guarda-
chuva do instituto da adopção a situações que já existem e
que era necessário tutelar no âmbito do direito".
• "Se eventualmente temos receio de que a lei possa ser
subvertida e utilizada noutro espírito do que aquele que
estava inicialmente na mente do legislador, então que se
regulamente a lei no sentido de impedir esses eventuais
excessos", defende.
• Na proposta, os deputados do PSD consideram "ser
imperativo proporcionar ao povo português a oportunidade
de se pronunciar sobre esta questão que toca em valores e
direitos fundamentais que devem ser assumidos na base da
liberdade das convicções de cada um".
ILGA - Intervenção Lésbica, Gay,
Bissexual e Transgénero
• Também a associação ILGA Portugal considera a proposta de
referendo sexo uma "manobra dilatória" que revela "falta de
respeito" pelo processo parlamentar, mas também pelas crianças e
famílias.
• Para o presidente da ILGA - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e
Transgénero, o conteúdo da proposta "é ilegal" porque incide sobre
mais do que uma questão, "o que não é possível por lei".
• "São duas matérias diferentes, uma das quais não tem nenhum tipo
de processo legislativo iniciado no Parlamento e, portanto, não está
de acordo com o que seria o requisito para ser admissível",
argumenta Paulo Côrte-Real.
• Que critica também o facto de esta proposta surgir após vários
meses de trabalho na especialidade sobre o projecto-lei do PS para
a co-adopção por casais ou unidos de facto do mesmo sexo.
• "Esta proposta de referendo não é séria", comenta, lembrando que
a discussão do projecto envolveu várias entidades e teve
contributos de instituições europeias.
• "É uma manobra dilatória que revela falta de respeito pelo processo
parlamentar e por todas as entidades envolvidas" e, sobretudo,
pelas crianças e famílias que já existem e precisam dessa proteção
legal, frisa.
• Por outro lado, aponta, vai contra as indicações e recomendações
do Conselho da Europa.
• Lembra que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou
recentemente a Áustria por não contemplar esta protecção legal
para crianças criadas por casais do mesmo sexo e "condenaria
também Portugal" caso a situação chegasse a este tribunal.
• "Temos uma situação urgente a resolver", reitera Paulo
Côrte-Real, sublinhando que "Portugal é dos poucos países
do Conselho da Europa que tem esta discriminação".
• Os outros países são a Rússia, a Roménia e a Ucrânia, "que
obviamente não são paradigmas do cumprimento dos
direitos humanos".
• Esta situação "não só viola, mais uma vez, compromissos de
Portugal a nível internacional", no âmbito dos direitos
humanos, "mas viola sobretudo a garantia de protecção do
bem-estar de crianças que precisam de ver reconhecidas na
lei as suas mães e os seus pais".
• Para o responsável, é necessário "enfrentar com seriedade"
esta questão e "garantir a possibilidade de votação final
global de um projecto-lei que, no processo de
especialidade, veio tornar claras essas duas questões".
17 de Janeiro de 2014•12h51
• Chuva de declarações de voto no PSD e protestos nas galerias da AR.
Teresa Leal Coelho demitiu-se da direcção da bancada do PSD.
• Miguel Frasquilho diz que votará “sim” no referendo
• A proposta de referendo do PSD sobre a co-adopção e a adopção por
casais do mesmo sexo foi aprovada por poucos votos a favor do PSD, a
abstenção do CDS e os votos contra do PS, PCP, BE e Verdes.
• E abstenção dos deputados do PS João Portugal e António Braga.
• Dos 230 deputados estiveram presentes no hemiciclo no momento na
votação 221.
• O diploma foi aprovado com 103 votos favoráveis da bancada do PSD (que
no total tem 108 deputados) que tinha disciplina de voto depois de a
maioria assim ter decidido na reunião geral da bancada.
• Registaram-se 26 abstenções (24 deputados do CDS-PP, cuja bancada tinha
indicação do sentido de voto, e dois do PS, que deu liberdade de voto aos
seus parlamentares), e 92 votos contra das bancadas da esquerda (68 do
PS, 14 do PCP, oito do Bloco e dois dos Verdes).
• Logo a seguir a Guilherme Silva, presidente da Assembleia da
República em exercício pela ausência de Assunção Esteves, ter
anunciado que o projecto estava aprovado com o voto a favor do
PSD, ouviram-se gritos de “vergonha!” nas galerias e até deputados
bateram com a mão na mesa, fazendo barulho.
• “Façam favor de se abster de quaisquer manifestações”, ordenou
Guilherme Silva e pediu aos agentes para retirarem “as pessoas que
não estão a observar o dever de silêncio e respeito pela
Assembleia”.
• Teresa Leal Coelho, vice-presidente do PSD e crítica da proposta da
bancada (subscrita por oito deputados da JSD), não estava na sala
no momento da votação, depois de já ter estado no debate
quinzenal. Mais tarde, soube-se que apresentara a sua demissão da
bancada.
• Já Miguel Frasquilho, também crítico da proposta de
referendo, escreveu no Facebook logo após a votação que
estará do lado do “sim”. “Muito do que hoje se passou
podia — e devia — ter sido evitado.
• Se houver referendo, naturalmente estarei do lado do SIM”,
escreveu o vice-presidente da bancada social-democrata.
• Foram várias as declarações de voto anunciadas, sobretudo
no PSD e no CDS e algumas foram anunciadas com críticas.
• Teresa Caeiro, do CDS, disse mesmo que a sua intenção era
votar contra o diploma, mas não o fez para que não fosse
considerada “deslealdade parlamentar”.
• E justificou: “Conformei o meu voto a algo em que não
acredito e considero uma iniciativa lamentável.”
• Deputados do PS bateram palmas neste momento e voltaram a
fazê-lo para alguns dos anúncios seguintes de declarações de voto.
Francisca Almeida – que considerou esta votação uma “grave
precedente” - e Carina Oliveira, ambas do PSD, também
anunciaram ao plenário que queriam votar contra e que vão
apresentar declaração de voto.
• Luís Menezes, Mota Amaral, Carlos Baptista Leite e António Proa
também anunciaram a entrega de uma declaração de voto.
• E Mónica Ferro foi a porta-voz, para o mesmo efeito, de um grupo
de deputados sociais-democratas onde se incluem Miguel
Frasquilho, Cristóvão Norte, Paula Cardoso, Ângela Guerra, Ana
Oliveira, Conceição Caldeira e Sérgio Azevedo.
• Os socialistas que se abstiveram, António Braga e João Portugal, vão
entregar uma declaração de voto conjunta.
• A proposta dos deputados da JSD para o
referendo à co-adopção inclui já as duas
perguntas a fazer aos eleitores:
– "1. Concorda que o cônjuge ou unido de facto do
mesmo sexo possa adoptar o filho do seu cônjuge
ou unido de facto?
– 2. Concorda com a adopção por casais, casados ou
unidos de facto, do mesmo sexo?".
JORNAL PÚBLICO
Sofia Rodrigues
16/01/2014 - 15:21
(actualizado às 16:00
• PSD tem disciplina de voto a favor do
referendo. PS tem liberdade de voto e a
grande maioria dos socialistas está contra. PCP
e Bloco votam também contra a iniciativa.
• O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa
reiterou esta sexta-feira que apenas um casal,
constituído por uma mulher e um homem, tem "a
estrutura antropológica objetiva para a educação
harmoniosa de uma criança".
• O padre Manuel Morujão comentava assim à agência
Lusa a aprovação no Parlamento, na generalidade, de
um projeto de lei do PS para que os homossexuais
possam co-adotar os filhos adotivos ou biológicos da
pessoa com quem estão casados ou com quem vivem
em união de facto
MARGARIDA GOMES
21/01/2014 - 18:28
• Proposta de referendo é “inoportuna e
desprovida de um total sentido de
oportunidade”, dizem os jovens do CDS do Porto.
• A distrital do Porto da Juventude Popular (JP)
apela ao Presidente da República para que
inviabilize a realização de um referendo sobre a
co-adopção e a adopção por casais constituídos
por pessoas do mesmo sexo, caso o “Tribunal
Constitucional não encontre motivos para
impedir a sua realização”.
• A proposta de referendo, da iniciativa de deputados da JSD,
foi aprovada na passada sexta-feira pelo Parlamento com
103 votos a favor, 92 contra e 26 abstenções.
• A votação foi polémica e os críticos do referendo esperam
que o Presidente da República, que tem a última palavra no
processo, trave a consulta popular.
• Para além do carácter “inoportuno da iniciativa”, a
comissão política distrital do Porto da JP afirma, em
comunicado, que a “mesma fere gravemente a
credibilidade da figura do referendo e da Assembleia da
República, símbolo máximo da nossa democracia
representativa”.
• “Não podemos deixar de considerar lamentável que,
através desta iniciativa, um grupo de deputados
coloque em causa a credibilidade e a competência da
Assembleia da República da qual fazem parte”, lê-se no
comunicado, que critica “veementemente” a iniciativa
de referendo.
• Tiago Loureiro, presidente da distrital da JP, observa
que “os deputados que agora parecem considerar-se
incompetentes para se pronunciarem sobre estas
matérias, tiveram a oportunidade de discutir e votar
ambas as questões há menos de um ano, tendo uma
sido aprovada e outra rejeitada”.
• “Como institucionalistas que somos, prezamos o
respeito pelas decisões democráticas e condenamos
todas as atitudes que firam gratuitamente a sua
respeitabilidade, mesmo que provenham daqueles que
deveriam ser os seus primeiros promotores”, refere o
texto, salientando que “colocar matérias tão sensíveis
como estas a referendo é atirar a discussão para as
mãos dos fanáticos de ambos os lados da contenda,
desprotegendo e desconsiderando o elemento mais
importante de toda a discussão: os menores, usados
frequentemente pelos activistas de ambas as
sensibilidades como pretextos para atingir os seus
próprios fins”.
• A JP refere que “o recurso ao referendo deve
ser encarado como extraordinário e reservado
a questões excepcionais acerca das quais o
pronunciamento dos deputados eleitos seja
considerado insuficiente”.
Vice-presidente da bancada do PSD
• A vice-presidente da bancada do PSD Teresa Leal Coelho demitiu-se
do cargo, depois de se ter ausentado da votação da proposta de
referendo sobre co-adopção e adopção por casais homossexuais.
• A demissão foi anunciada por Luís Montenegro, líder da bancada
social-democrata, após as votações e confrontado com a ausência
da dirigente do plenário quando o projecto de resolução foi
votado.
• Teresa Leal Coelho, que é também vice-presidente do partido,
mostrou-se totalmente contra a proposta de referendo subscrita
por deputados da JSD e disse-o na reunião interna do grupo na
quarta-feira à noite.
• Mas os deputados do PSD decidiram, por larga maioria, a favor da
disciplina de voto e do referendo.
• Só 12 deputados votaram contra.
• Teresa Leal Coelho foi uma dessas parlamentares.
• Em declarações ao PÚBLICO, a dirigente do PSD expressou a
sua discordância sobre esta proposta.
• “Esta realização individual não provoca nenhum dano,
todas as crianças devem ser salvaguardadas pelo
legislador”, sustentou.
• As restrições a que “estas crianças estão sujeitas devem ser
eliminadas pelos actores políticos”, acrescentou.
• Teresa Leal Coelho, que é próxima de Passos Coelho,
assumiu que esta não é uma posição maioritária no PSD e
que saiu derrotada nesta questão.
• A proximidade da campanha interna para a liderança de
Pedro Passos Coelho no PSD levou a dirigente a ter alguma
contenção na sua discordância.
• PETIÇÃO CONTRA O REFERENDO E A FAVOR
DA APROVAÇÃO DA CO-ADOPÇÃO E
ADOPÇÃO POR PARTE DE CASAIS DO MESMO
SEXO

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT72135
23 64T 2/14
• O Presidente da República requereu a 28 de
Janeiro a fiscalização preventiva da
constitucionalidade e da legalidade da proposta,
após o referendo ter sido aprovado no
Parlamento a 17 de Janeiro com os votos do PSD,
a abstenção do CDS e de dois deputados do PS e
a oposição de todos os restantes partidos.
• As perguntas aprovadas pelos deputados foram:
– "1. Concorda que o cônjuge ou unido de facto do
mesmo sexo possa adoptar o filho do seu cônjuge ou
unido de facto?
– 2. Concorda com a adopção por casais, casados ou
unidos de facto, do mesmo sexo?".
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as
px?fid=25&did=139603
19-02-2014 18:16
• O Constitucional chumbou quarta-feira o referendo à co-adopção. Em
causa estava a possibilidade de adoção pelo cônjuge ou unido de
facto do mesmo sexo do filho do seu cônjuge ou unido de facto e
sobre a possibilidade de adoção por casais do mesmo sexo, casados
ou unidos de facto.
• Os juízes chumbaram o referendo alegando, por um lado, que "a
cumulação no mesmo referendo das duas perguntas propostas
dificulta a perfeita consciencialização, por parte dos cidadãos
eleitores (...) sendo suscetível de conduzir à contaminação recíproca
das respostas, não garantindo uma pronúncia referendária genuína e
esclarecida".
• Por outro lado, entenderam "que a proposta de referendo, ao prever
apenas a participação dos cidadãos eleitores recenseados no
território nacional, restringia injustificadamente o universo eleitoral,
impondo-se a abertura do referendo aos cidadãos recenseados
residentes no estrangeiro".
• Tribunal considerou proposta inconstitucional, depois
de Cavaco Silva ter requerido a 28 de Janeiro a
fiscalização preventiva da constitucionalidade e da
legalidade da proposta.
• O facto do referendo ter duas perguntas e de se
restringir o voto a cidadãos eleitores recenseados no
território nacional são as duas razões apontadas pelo
Tribunal.
• Declarada a inconstitucionalidade, o texto é devolvido à
Assembleia da República, que pode reapresentá-lo,
expurgado das inconstitucionalidades.
• O Tribunal Constitucional chumbou esta quarta-feira o referendo à
co-adopção.
• Em causa estava a possibilidade de adoção pelo cônjuge ou unido
de facto do mesmo sexo do filho do seu cônjuge ou unido de facto
e sobre a possibilidade de adoção por casais do mesmo sexo,
casados ou unidos de facto.
• Os juízes chumbaram o referendo alegando, por um lado, que "a
cumulação no mesmo referendo das duas perguntas propostas
dificulta a perfeita consciencialização, por parte dos cidadãos
eleitores (...) sendo suscetível de conduzir à contaminação recíproca
das respostas, não garantindo uma pronúncia referendária genuína
e esclarecida".
• Por outro lado, entenderam "que a proposta de referendo, ao
prever apenas a participação dos cidadãos eleitores recenseados no
território nacional, restringia injustificadamente o universo
eleitoral, impondo-se a abertura do referendo aos cidadãos
recenseados residentes no estrangeiro".
• Declarada a inconstitucionalidade, o texto é devolvido à
Assembleia da República, que pode reapresentá-lo,
expurgado das inconstitucionalidades.
• O Presidente da República requereu a 28 de Janeiro a
fiscalização preventiva da constitucionalidade e da
legalidade da proposta, após o referendo ter sido aprovado
no Parlamento a 17 de Janeiro com os votos do PSD, a
abstenção do CDS e de dois deputados do PS e a oposição
de todos os restantes partidos.
• As perguntas aprovadas pelos deputados foram:
– "1. Concorda que o cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo
possa adoptar o filho do seu cônjuge ou unido de facto?
– 2. Concorda com a adopção por casais, casados ou unidos de
facto, do mesmo sexo?".
Fev 2/ 2/14
• O Presidente da República devolveu ao Parlamento, esta
quinta-feira, a proposta de referendo sobre a co-adopção e a
adopção por casais do mesmo sexo, que o Tribunal
Constitucional considerou inconstitucional.
• "O Presidente da República devolveu à Assembleia da
República a proposta de referendo sobre a possibilidade de
co-adoção pelo cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo e
sobre a possibilidade de adopção por casais do mesmo sexo,
casados ou unidos de facto, aprovada pela Resolução n. º 6-
A/2014, uma vez que o Tribunal Constitucional se
pronunciou, em sede de fiscalização preventiva obrigatória,
pela sua inconstitucionalidade e ilegalidade", lê-se numa
nota divulgada no site da Presidência.

14 Março 2014, 13:51 por Jornal de
Negócios | jng@negocios.pt
• O projecto-lei proposto pelo Partido Socialista
foi reprovado com margem de cinco votos.
• Os votos do PSD foram cruciais para os
resultados da votação.
• As normas foram reprovadas na especialidade e,
por isso, não se procedeu à votação final global
da proposta de lei para a co-adopção de crianças
por casais do mesmo sexo.
• A co-adopção de crianças por casais do mesmo sexo foi
chumbado no Parlamento esta sexta-feira, dia 14 de
Março.
• O documento previa a possibilidade de que um dos
membros de um casal homossexual pudesse
legalmente adoptar o filho do cônjuge.
• A votação conjunta das normas na especialidade
resultou em 112 votos contra, quatro abstenções e 107
votos a favor.
• A presidente da Assembleia da República declarou, por
isso, não ser necessário proceder à votação final global
do diploma.
• A contagem dos deputados foi inicialmente dificultada por problemas de
registo electrónico.
• Depois de revista várias vezes, a presidente da Assembleia da República
confirmou estarem 223 deputados votantes no quórum.
• Os deputados do PSD compareceram na sua totalidade, factor
determinante para o resultado final da votação.
• A presidente da AR, Assunção Esteves, não usou o seu direito de voto.
• Contaram-se 72 deputados do PS, com algumas ausências justificadas por
trabalhos no estrangeiro.
• Estiveram 23 deputados do CDS-PP presentes, 13 do Partido Comunista e
8 do Bloco de Esquerda.
• Os vários partidos representados deram, nos últimos dias, indicações para
que ninguém faltasse à votação.
• A grande adesão às votações fez com que nas reuniões plenárias
anteriores fossem marcadas por várias interpelações do vice-presidente
da mesa da Assembleia, Guilherme Silva, a pedir silêncio na sala.
• PSD não impôs disciplina de voto, ao contrário do que aconteceu na votação de
Maio do ano passado, na primeira votação do diploma. O CDS não teve disciplina
de voto, mas o líder parlamentar invocou uma “firme orientação” do grupo
parlamentar para votar contra o diploma. PS também assegurou haver liberdade
de voto na bancada.

• Diploma por fim reprovado

• A votação do mesmo documento em Maio do ano passado que permitiu que o
diploma fosse aprovado por 5 votos, foi registada pela ausência de vários
deputados do PSD.

• Entretanto, o Partido Social Democrata propôs um referendo sobre o assunto que
foi chumbado pelo Tribunal Constitucional. A proposta de lei do Partido Socialista
voltou às votações no Parlamento e acabou por ser chumbada.
http://www.amplos.pt/noticias/be-insiste-na-
adopcao-por-casais-do-mesmo-sexo/
Setembro 2, 2014
• Considerando que o tema da adopção não está resolvido, o BE vai
apresentar na próxima legislatura uma proposta de projecto-lei.
• O Bloco de Esquerda vai apresentar pela terceira vez no início da
próxima sessão legislativa uma proposta de projecto-lei sobre a
adopção, disse ao PÚBLICO a deputada bloquista Cecília Honório.
• “Para nós, esta não é uma questão arrumada e a nossa intenção é
ver se melhoramos a proposta anterior e se a complementámos”,
afirmou a deputada, frisando que para o “Bloco continua a ser
essencial desbloquear as leis que impedem a adopção por casais do
mesmo sexo, por casais em união de facto e de apadrinhamento”.
• Cecília Honório assinala que o grupo parlamentar do BE “tem tido
sobre esta matéria uma posição de grande abertura, se bem que
tenhamos uma posição muito clara sobre a adopção plena por
casais do mesmo sexo”.
• “Temos tido disponibilidade para aceitar outras iniciativas
legislativas no sentido de melhorar o acesso a alguns direitos das
famílias”, acrescentou.
• Sem adiantar pormenores, a deputada revela que estão a ser
estudadas as alterações que serão feitas à proposta e sublinha que
o “facto de o projecto-lei ter sido objecto de discussão e votação no
Parlamento criou alguma expectativa nas pessoas”. “A adopção é
uma questão de tempo”, vaticina a deputada bloquista, apesar de
afirmar que “no Parlamento existe uma maioria conservadora que
teme resolver uma questão que tem a ver com direitos humanos”.
• A deputada Isabel Moreira, primeira subscritora do projecto- lei do
PS para que os homossexuais possam co-adoptar os filhos
adoptivos ou biológicos da pessoa com quem estão casados ou com
quem vivem em união de facto, aplaude a iniciativa do BE a
antecipa já o seu voto favorável.
• “Obviamente não interfiro no poder de iniciativa doutro grupo parlamentar, mas
parece-me absolutamente coerente que o BE que, em cada sessão legislativa tem
apresentado uma iniciativa no sentido da adopção, mais uma vez o faça, porque
tem sido essa a sua linha e, naturalmente, que votarei a favor”, declarou ao
PÚBLICO a deputada socialista.
• Isabel Moreira separa águas, alegando haver alguma confusão entre as duas e
explica que “ainda que conexas, adopção e co-adopção são distintas”.
• “Esta iniciativa não tem a ver com a co-adopção, que foi chumbada na votação
final global. A adopção gerou um outro processo, que foi aprovado na
generalidade, ao contrário da adopção, que já tinha sido chumbada duas vezes”,
explica. Sublinha que depois da aprovação na generalidade “surgiram expedientes
como a tentativa de referendo [por parte do deputado da JSD, Hugo Soares],
misturando co-adopção com adopção, quando a adopção já tinha sido chumbada
com o Tribunal Constitucional a considerar que eram duas coisas diferentes e
depois a co-adopção”.
• A deputada, que é o rosto de algumas causas fracturantes discutida
durante a actual legislatura, diz que a co-adopção é um
compromisso do PS e que será discutida quando houver condições
para tal.
• “Quanto à co-adopção nós assumimos imediatamente o
compromisso de renovar a iniciativa assim que entendêssemos que
as condições estivessem reunidas e, portanto, é uma questão de
concertação com o nosso grupo parlamentar e as questões são
ainda que conexas são distintas”, afirma,
• Afirmando que esta iniciativa do Bloco corresponde à linha que tem
sido seguida, Isabel Moreira diz ter a certeza que “mesmo que a co-
adopção tivesse sido aprovada, o BE apresentaria na mesma o
projecto-lei a permitir a adopção, ou seja, a possibilidade de um
casal do mesmo sexo candidatar-se a adoptar uma criança com a
qual ainda não tem relação nenhuma que é diferente da co-
adopção em que a criança já está no meio familiar é filha apenas de
um dos membros do casal e o outro adoptar o filho do marido ou
da mulher”.
• Questionada se à terceira é de vez, a deputada manifesta
dúvidas e alude “às manobras” que ocorreram com o “episódio
da co-adopção” para criticar a “estratégia política que foi posta
à frente dos direitos das crianças e das crianças que precisam
de protecção mais urgente,”
• “Falo de crianças que já têm dois pais ou duas mães, mas que
no seu cartão de cidadão têm apenas uma menção com todas
as consequências práticas que podem ser dramáticas da
pessoa que emocionalmente é para elas mãe ou pai ser
ignorado pelo estado”, explica.
• “Dificilmente se foi tão pouco ético com o Parlamento
relativamente a crianças que já estão num quadro de
estabilidade que muito dificilmente votarão a favor”, declara,
exprimindo, todavia, alguma esperança:
• “Do meu ponto de vista, o ideal seria que as duas situações
fossem possíveis tal como são possíveis em casais de sexo
diferente, que podem quer co-adoptar, quer adoptar.
• Tendo o Parlamento a reacção que teve relativamente ao
menos [a co-adopção] custa-me a querer que mudará
relativamente ao mais [a adopção] ”.
• Ao PÚBLICO, a deputada reafirma que a “iniciativa do BE
vale pelo princípio e pela insistência nos valores certos que
são a igualdade, a liberdade, a protecção do superior
interesse da criança, e, sobretudo, da não padronização da
sociedade a partir de um único modelo familiar que alguns
acham por bem impor ao resto da sociedade.
• A iniciativa contará com o meu voto e certamente com o de
muitos mais”.
• in Público, 22 de Julho de 2014

Você também pode gostar