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ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA

ORGANIZAÇÃO POR ORDEM CRONOLÓGIA

PARTE 04 – ANO DE 1951

1ª EDIÇÃO
(MAIO/2019)
Breves Explicações

Este arquivo foi criado por voluntários com a finalidade de organizar os


Ensinamentos de Meishu Sama disponíveis na internet. Todos os Ensinamentos
disponibilizados no presente arquivo foram encontrados digitalizados na internet e
disponíveis para download. O presente arquivo é apenas a organização dos arquivos que já
se encontram circulando pela internet.

Os Ensinamentos encontram-se organizados tendo por critério a data da publicação


do original, em ordem crescente.

Ensinamentos iguais que tenham sido disponibilizados em mais do que um livro


estarão com uma marcação em amarelo a fim de demonstrar ao leitor que se trata de um
Ensinamento repetido.

Dentre os Ensinamentos “repetidos”, haverá sempre um deles em destaque (sem


marcação) e os demais estarão com marcação (em amarelo). Não houve nenhum critério
para decidir qual Ensinamento ficaria em destaque, sendo a escolha feita de modo
completamente aleatório.

Os Ensinamentos que foram traduzidos e publicados em português sem a


disponibilização da data de sua publicação original serão colocados em um anexo, ao final
da organização por data; eventualmente, pretendemos efetuar uma separação dos
Ensinamentos sem data de acordo com seu conteúdo a fim de localizar aqueles que estejam
repetidos (ou seja, que tenham sido traduzidos mais de uma vez) e organizá-los lado a lado
(de forma similar aos demais, ou seja, com uma marcação em amarelo).
No primeiro volume desta série, foram organizados os Ensinamentos compreendidos
entre os anos de 1934 a 1948. Este arquivo encontra-se disponível para download por meio
do seguinte link: bit.ly/ems_organizados_parte_01

O segundo volume compreende os Ensinamentos do ano de 1949, e encontra-se


disponível para download por meio do seguinte link: bit.ly/ems_organizados_parte_02

O terceiro volume compreende os Ensinamentos do ano de 1950, e encontra-se


disponível para download por meio do seguinte link: bit.ly/ems_organizados_parte_03

Este quarto volume compreende os Ensinamentos do ano de 1951.

Ao final de cada Ensinamento, encontra-se identificado o livro (em português) do


qual ele foi retirado.

Para enviar sugestões ou apontar erros no presente arquivo, envie e-mail para:
compilador.ems@protonmail.com

A cópia mais recente deste arquivo será sempre mantida no seguinte link:
bit.ly/ems_organizados_parte_04

Esperamos que todos gostem e que esse arquivo possa contribuir para o crescimento
e elevação espiritual de todos bem como ajude, ainda que pouco, no estabelecimento do
Paraíso Terrestre e salvação da humanidade.

Kannagara tamatihae masse.


Lista de livros compilados

• A Chave da Difusão
• A construção do Paraíso e a dedicação em donativos
• Alicerce do Paraíso (TLO, IMMB e MOA/Toho no Hikari)
• A Outra Face da Doença
• Arte do Johrei – Vol. II
• A terapia pela Flor
• A Verdadeira Saúde Revelada por Deus
• A Vida de Meishu Sama
• A Vida Eterna
• Curso de Iniciação IMMB
• Curso de Terapia Okada
• “Diversos” - Volumes 1 a 6
• Divino Mistério
• Em Busca da Visão de Deus
• Ensinamentos e Orientações
• Escritos Sagrados
• Fé que Busca Meishu Sama
• Johrei – A Arte da Vida
• Kototama
• Manual do Buin
• Manual do Novo Líder que Vive para Meishu Sama
• Mioshie Mondoshu
• Mokiti Okada – Manual de Estudos
• O Caminho da Felicidade
• O Caminho para corresponder à Terceira Instituição
• O Evangelho do Paraíso
• O Mundo do Belo
• O Pão Nosso de Cada Dia
• O Segredo da Prosperidade
• Tornemo-nos Dignos do Amor de Deus – volumes I e II
• Rokan – todos volumes (Arte, Johrei I e II, Religião I e II, Sociedade e Agricultura)
• Wassurena
“Com relação à mudança da metodologia do Joorei, devo dizer que o
efeito curativo será bem maior do que o de até agora e também mais rápida a
elevação da alma, por isso verificaremos grandes progressos na difusão
religiosa. A nossa Instituição realizará em todo país reuniões informais e
conferências, bem como publicará materiais peculiares, mostrando assim ainda
mais o seu brilho. Ademais, pouco a pouco, as pessoas irão perceber que a
nossa Instituição é excepcional e útil à nação, à sociedade. A partir deste ano,
isso se verificará claramente.”

(Previsões para este ano, 1º de janeiro de 1951)

Dai sen sanzen sekai

Na Oração Zenguen-Sandji há a letra Dai sen sanzen sekai (todo


Universo). No Budismo, tal letra está grafada ao contrário: Sanzen Dai sen
sekai, levando muitas pessoas a acharem estranho; portanto, farei uma
explanação a respeito.

Em primeiro lugar, vou esclarecer o significado de ambas as letras. O


Dai (grande) do Dai sen sekai, refere-se a todo o Universo. Ela significa
grandeza ilimitada; em outras palavras, o Cosmo inteiro. Além disso, essa
letra é composta por cinco barras, sendo cinco equivalente ao elemento fogo
— e o fogo é espírito — o espírito é o Céu e, na verdade, o Céu deve ser em
cima.

Sanzen sekai indica os três Mundos: Divino, Espiritual e Material, ou


seja, exaltando divisão do Dai sen sekai em três, sendo que o número três
correponde à água que, por sua vez, correponde ao corpo. A letra Dai vem
em primeiro plano, pois ela própria contém o sinal gráfico do número um ( —
), e como o três vem depois do dois, o certo é vir abaixo.

Pela Lei do Espírito precede à Matéria, também, o espírito deve vir em


cima e a matéria embaixo. Outra interpretação possível é: se Dai é fogo e
San é água, Dai é o Mundo do Dia e San, o Mundo da Noite; e, sendo o
Budismo ensinamento da Noite, da Lua, e até agora era Mundo da Noite,
estava certo que o "três" estivesse acima. Sendo a nossa Religião
pertencente ao Mundo do Dia, o correto é Dai sen sanzen sekai.

Dai sen sekai e Sanzen Sekai — 1° de janeiro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

Dai sen sanzen sekai

Na Oração Zenguen-Sandji há a letra Dai sen sanzen Sekai (todo


Universo). No Budismo, tal letra está grafada ao contrário: Sanzen Dai sen
Sekai, levando muitas pessoas a acharem estranho; portanto, farei uma
explanação a respeito.

Em primeiro lugar, vou esclarecer o significado de ambas as letras. O


Dai (grande) do Dai sen Sekai, refere-se a todo o Universo. Ela significa
grandeza ilimitada; em outras palavras, o Cosmo inteiro. Além disso, essa
letra é composta por cinco barras, sendo cinco equivalente ao elemento fogo
— e o fogo é espírito — o espírito é o Céu e, na verdade, o Céu deve ser em
cima.

Sanzen Sekai indica os três Mundos: Divino, Espiritual e Material, ou


seja, exaltando divisão do Dai sen Sekai em três, sendo que o número três
corresponde à água que, por sua vez, corresponde ao corpo. A letra Dai vem
em primeiro plano, pois ela própria contém o sinal gráfico do número um, e
como o três vem depois do dois, o certo é vir abaixo.

Pela Lei do Espírito precede à Matéria, também, o espírito deve vir em


cima e a matéria embaixo. Outra interpretação possível é: se Dai é fogo e
San, água, Dai é o Mundo do Dia e San, o Mundo da Noite; e, sendo o
Budismo ensinamento da Noite, da Lua, e até agora era Mundo da Noite,
estava certo que o "três" estivesse acima. Sendo a nossa Religião
pertencente ao Mundo do Dia, o correto é Dai sen sanzen Sekai.
(Dai sen Sekai e Sanzen Sekai — 1º de janeiro de 1951)
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

(R1/115) DAISSEN SEKAI E SANZEN SEKAI

Na oração da nossa Igreja, existem as palavras Daissen Sanzen


Sekai, mas no Budismo diz-se Sanzen Daissen Sekai. Qual o motivo de ser
ao contrário? Muitas pessoas acham estranho, por isso vou explicar.

Primeiramente, vou explicar o significado dos dois através dos


ideogramas. A letra (...) [dai] de Daissen Sekai, significa o mundo inteiro.
Tem também o significado de infinito; em outras palavras, é todo o grandioso
Universo. E a letra (...) [dai] é formada por 5 traços, então o número 5
significa fogo, o fogo é espírito e o espírito é o céu, por isso o correto é que o
céu fique acima. Contudo, Sanzen Sekai indica os 3 mundos: Divino, Oculto
e Material, sendo a denominação da divisão em três de Daissen Sekai. O
número três representa a água, e a água é matéria. E também, mesmo
falando pela letra, (...) [dai] puxa a letra (—) [um] e por isso significa início, o
três vem depois do dois, por isso o correto é vir embaixo. Através da Lei do
Espírito Precede a Matéria, o Espírito deve ficar em cima e a matéria
embaixo. Outra interpretação é que (...) [dai] é fogo, (...) [três] é água, assim
(...) [dai] é o mundo do Dia, e (...) (três) é o Mundo da Noite; por isso, se o
Budismo é da Era da Noite e do Ensinamento da Lua, até agora, como o
mundo estava na Era da Noite, não havia problema que o (...) (três)
estivesse em cima. Desde que a nossa religião pertence ao Mundo do Dia, o
correto é dizer Daissen Sanzen Sekai.

Jornal Eiko nº 85, 01 de janeiro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

PERGUNTA: Minha esposa, atualmente com 53 anos, está recebendo


Johrei desde 1943, mas a sua paralisia de treze anos se agravou, não podendo
nem caminhar, além de ter emagrecido muito. Por causa do descontrole das
suas necessidades fisiológicas, todos estão deveras constrangidos. Apesar de
a tratarmos com carinho, reconhecendo que ela está carregando a afinidade
negativa de toda família, receamos algum incidente desagradável motivado
pelo referido descontrole e tiramos-lhe o ohikari. Será que ela receberá graças?
Acontecimentos desta natureza com a minha esposa serão reflexos da minha
pouca fé? Ou posso considerá-los como purificações?

MEISHU SAMA: Você está cometendo um grave engano. Creio que ela
não sujará o ohikari. Afinal, necessidades fisiológicas são fezes e urina, não é?
Basta não deixar o ohikari ficar tão baixo. O ohikari deve ser pendurado no
pescoço. É para trazê-lo no pescoço que se recebe. O fato de existir nele um
cordão em forma de alça é para pendurá-lo no pescoço. Se assim não se fizer
não se receberá graças nem proteção. Existem pessoas que acham o ohikari
precioso demais e não o usam. Não há nada mais errado. O ohikari deve ser
tirado somente por ocasião do banho e em mais nenhuma outra. Nem por um
momento se deve distanciar dele. Muitas vezes, não acontece de pessoas se
acidentarem? O motivo é o ohikari. No presente caso, também, o problema
fundamental é que ela não está usando o Ohikari. Agora, começou a se derreter
a bola de toxinas, mas a situação deveria ser diversa. Mesmo que ela tenha
que passar por tudo isso, Deus irá aliviá-la. Aliás, deveria estar bem mais
aliviada. O que você tem a fazer é deixá-la ficar com o ohikari e Deus cuidará
de impedir a possibilidade dele se sujar.

08 de janeiro de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 01)

(R1/116) O SIGNIFICADO DE DYUPO SEKAI (MUNDO DE DEZ


DIREÇÕES)

No Kyomon existe a palavra Din Dyupo Sekai, e por terem muitas


pessoas que querem saber o significado, vou escrevê-lo.
Os pontos cardeais norte, sul, leste e oeste e os intermediários
nordeste, sudoeste, noroeste e sudeste são chamados de oito direções e,
acrescentando-lhes as duas direções Céu e Terra, chamamos de Mundo de
Dez direções. Ou seja, são as direções tomadas centralizadas no Globo
Terrestre. Em relação a isso, me faz recordar que, na época do Imperialismo,
o culto que se realizava no dia primeiro de janeiro era denominado Shihô-
Hai (Culto de 4 direções), o que não era perfeito. O correto é acrescentar o
Céu e a Terra e dizer Rokugô-hai (Culto da união das 6 direções). Só posso
dizer que é muito estranho a expressão Shihô-hai que utilizavam só porque
não perceberam esse pequeno significado.

Jornal Eiko, nº 86, 10 de janeiro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

(J2/30) MÉTODO PARA QUALQUER PESSOA ENGORDAR

Acredito que muitas pessoas magras de nascença estão frustradas


por não conseguirem engordar, apesar de haverem tentado vários métodos.
Há mulheres que, embora sejam muito bonitas de rosto, não conseguem
fazer sobressair sua beleza natural, por serem excessivamente magras.
Quando vejo mulheres assim, fico com muita pena, imaginando como seriam
belas se fossem um pouco mais gordas. Provavelmente todos conhecem
casos semelhantes. Também observo crianças magrinhas e raquíticas cujos
pais, na tentativa de engordá-las, obrigam-nas a ingerir vários alimentos e
vitaminas, como leite e óleo de fígado de bacalhau, mas não obtêm os
resultados desejados. Provavelmente há muitos pais angustiados com esse
problema.

Existe, porém, um método infalível para se ganhar peso e, ao mesmo


tempo, melhorar a cor das faces. Não é realmente motivo de alegria?
Portanto, vou ensinar esse método.

Examinando-se os ombros das pessoas magras, vemos que eles são


rijos como pedras e têm sempre uma ligeira febre; isso provoca perda de
apetite e desgaste das células. À medida que, através do JOHREI, os
ombros vão amolecendo, o apetite aumenta e, assim, a pessoa começa a
engordar. Dessa forma, a salvação de Deus não só torna as pessoas mais
saudáveis como também mais bonitas. Se isso chegar ao conhecimento de
todos, acontecerá um fato muito auspicioso: aumentará cada vez mais o
número de criaturas belas. É claro que as crianças saudáveis também serão
mais numerosas e, desse modo, os pais se sentirão imensamente felizes.

Há, ainda, mais um fato que não podemos deixar passar


despercebidamente. Como pudemos observar, tanto o homem, a mulher
como as crianças nesse estado podem ser facilmente diagnosticados de
forma equivocada como portadores de tuberculose, pois as pessoas com
esses sintomas são sempre magras, contraem gripe facilmente, vivem sem
ânimo, sempre tossindo e eliminando catarro; por isso, os médicos
interpretam equivocadamente como portadores de tuberculose. Porém,
acredito que há muitas pessoas infelizes que acabam perdendo a vida por
contrair realmente aquela doença devido ao recebimento de tratamentos
errados. Assim sendo, quem passa a conhecer o nosso tratamento evita
contrair tuberculose; portanto, significa que ela é agraciada com vida nova.
Que salvação magnífica, não é verdade?

Jornal Eiko nº 86, 10 de janeiro de 1951


A Outra Face da Doença, pág. 48
(tradução em: Rokan – Johrei 2)

MÉTODO PARA QUALQUER PESSOA ENGORDAR

Acredito que muitas pessoas magras de nascença estão frustradas


por não conseguirem engordar, apesar de haverem tentado vários métodos.
Há mulheres que, embora sejam muito bonitas de rosto, não conseguem
fazer sobressair sua beleza natural, por serem excessivamente magras.
Quando vejo mulheres assim, fico com muita pena, imaginando como seriam
belas se fossem um pouco mais gordas. Provavelmente todos conhecem
casos semelhantes. Também observo crianças débeis de tão magras e
raquíticas, cujos pais, na tentativa de engordá-las, obrigam-nas a ingerir
vários alimentos e vitaminas, como leite e óleo de fígado de bacalhau, mas
não obtêm os resultados desejados. Provavelmente há muitos pais
angustiados com esse problema.

Existe, porém, um método infalível para se ganhar peso e, ao mesmo


tempo, melhorar a cor das faces. Não é realmente motivo de alegria?
Portanto, vou ensinar esse método.

Examinando-se os ombros das pessoas magras, vemos que eles são


rijos como pedras1 e têm sempre uma ligeira febre; isso provoca a perda de
apetite e desgaste das células. À medida que, através do Johrei, os ombros
vão amolecendo, o apetite aumenta e, assim, a pessoa começa a engordar.
Dessa forma, a salvação de Deus não só torna as pessoas mais saudáveis
como também mais bonitas. Se isso chegar ao conhecimento de todos,
acontecerá um fato muito auspicioso: aumentará cada vez mais o número de
criaturas belas. É claro que as crianças saudáveis também serão mais
numerosas e, desse modo, os pais se sentirão imensamente felizes.

(Jornal Eikô nº 86 — 10 de janeiro de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

MÉTODO PARA QUALQUER PESSOA ENGORDAR

10 de janeiro de 1951

Acredito que muitas pessoas magras de nascença estão frustradas


por não conseguirem engordar, apesar de haverem tentado vários métodos.
Há mulheres que, embora sejam muito bonitas de rosto, não conseguem
fazer sobressair sua beleza natural, por serem excessivamente magras.
Quando vejo mulheres assim, fico com muita pena, imaginando como seriam

1
Isso não significa que o ministrante de Johrei tenha de examinar a pessoa, mas que ela própria poderá
constatar esse fato por si.
belas se fossem um pouco mais gordas. Provavelmente todos conhecem
casos semelhantes. Também observo crianças magrinhas e raquíticas cujos
pais, na tentativa de engordá-las, obrigam-nas a ingerir vários alimentos e
vitaminas, como leite e óleo de fígado de bacalhau, mas não obtêm os
resultados desejados. Provavelmente há muitos pais angustiados com esse
problema.

Existe, porém, um método infalível para se ganhar peso e, ao mesmo


tempo, melhorar a cor das faces. Não é realmente motivo de alegria?
Portanto, vou ensinar esse método.

Examinando-se os ombros das pessoas magras, vemos que eles são


rijos como pedras e têm sempre uma ligeira febre: isso provoca perda de
apetite e desgaste das células. À medida que, através do JOHREI, os
ombros vão amolecendo, o apetite aumenta e, assim, a pessoa começa a
engordar. Dessa forma, a salvação de Deus não só torna as pessoas mais
saudáveis como também mais bonitas. Se isso chegar ao conhecimento de
todos, acontecerá um fato muito auspicioso: aumentará cada vez mais o
número de criaturas belas. É claro que as crianças saudáveis também serão
mais numerosas e, desse modo, os pais se sentirão imensamente felizes.

10 de janeiro de 1951
(tradução em: A Outra Face da Doença)

(S.AN/126) EXPLICAÇÕES SOBRE AGRICULTURA NATURAL

DANOS CAUSADOS PELAS PRAGAS

São três as preocupações dos agricultores: o elevado preço dos


adubos, os prejuízos causados pelas pragas e os danos decorrentes dos
ventos e das chuvas. Como já expliquei, em capítulos anteriores, os
malefícios dos adubos, passarei a falar agora sobre os danos causados
pelas pragas.
É importante saber, de forma conclusiva, que as pragas se originam
dos adubos. Aplicados ao solo, eles acabam tornando-o impuro, modificam
suas características, fazem regredir sua capacidade e, ao mesmo tempo,
deixam sujeiras como resíduos. É óbvio que todas as matérias sujas
apodrecem. Aí aparecem larvas ou ovos, juntamente com bactérias. Se essa
é a lei da matéria, nela se enquadram as plantas. O aparecimento de vermes
nas fossas comprova o que dizemos. As várias espécies de pragas originam-
se dos diversos tipos de adubos. Dizem que ultimamente surgiram novas
espécies, mas isso nada mais é que uma conseqüência do aparecimento de
novos adubos. O fato é evidenciado pela afirmação dos agricultores de que
existem muitos insetos nocivos em locais próximos às fossas.

Outro ponto importante é que, quando aparecem pragas, utilizam-se


defensivos agrícolas para combatê-las, o que é extremamente prejudicial.
Os inseticidas são venenos e matam os insetos, mas, quando se infiltram no
solo, acabam contaminando-o e enfraquecendo-o ainda mais. Assim, o que
nele for cultivado sofrerá os danos causados por mais um veneno, além dos
tóxicos dos adubos. O solo, da mesma forma que o homem, perde a
resistência, e as pragas se multiplicam. É realmente um círculo vicioso.
Nesse aspecto, inclusive, pode-se notar o quanto a agricultura tradicional
está errada. Além do mais, ingerindo alimentos que absorveram substâncias
venenosas como o sulfato de amônia contido nos fertilizantes, o corpo
humano sofre os seus efeitos; e é óbvio que isso faça mal à saúde, pois suja
o sangue. No caso do arroz, por exemplo, que se come diariamente, mesmo
que a quantidade de veneno ingerido em cada refeição seja ínfima, ela vai
se acumulando ao longo do tempo e torna-se a causa de doenças.

DANOS CAUSADOS PELAS CHUVAS E VENTOS

Os danos causados pelas chuvas e ventos tendem a aumentar de ano


para ano, e tanto o governo como o povo estão bastante preocupados em
evitá-los. As obras preventivas são de altíssimo custo, de modo que, no
momento, adotam-se apenas soluções improvisadas; todavia, alguma coisa
deverá ser feita, já que os prejuízos se repetem a cada ano. Atualmente, não
há outra alternativa a não ser procurar diminuí-los.
Com a nossa Agricultura Natural, entretanto, as raízes das plantas se
tornam mais resistentes, a incidência de quebra dos caules é mínima, e não
ocorre queda das flores nem apodrecimento dos caules após a irrigação.
Mesmo quando as outras áreas de plantio são afetadas consideravelmente,
as da Agricultura Natural sofrem danos irrisórios, o que as pessoas acham
muito estranho. Observando as extremidades das raízes, vemos que elas
apresentam formações capilares mais longas e em maior quantidade que as
das plantações convencionais, circunstância que lhes proporciona enorme
resistência nessas ocasiões.

Estabelecendo analogia com o homem, está comprovado que as


pessoas que comem apenas alimentos frescos e sem tóxicos são sadias. O
mesmo acontece com as plantas, e isso não se limita ao trigo ou arroz.
Segundo os agricultores, as plantas de baixa estatura e folhas pequenas são
as que oferecem as melhores safras, as que dão mais frutos. É justamente o
que ocorre na Agricultura Natural; pode-se ver, portanto, como ela é ideal.
Além do mais, seus produtos apresentam excelente qualidade e sabor,
reconhecidos por todos aqueles que já a experimentaram. A razão disso é
que, quando se utilizam adubos, os nutrientes são absorvidos na maior parte
pelas folhas, o que as faz crescer demasiadamente, afetando a frutificação.
Acrescente-se que a quantidade de arroz obtida através da Agricultura
Natural é bem maior; já se conseguiram até cento e cinqüenta brotos com
uma só semente, resultando em cerca de quinze mil grãos - recorde
admirável. Outra característica do arroz produzido por esse método é que a
sua palha se apresenta bastante forte e fácil de ser trabalhada.

PROBLEMAS DE PARASITAS

Como é do conhecimento geral, o problema parasitário é comentado


atualmente com extremo ruído. Pois dizem que mais de 80% dos japoneses
são portadores de parasitas, portanto é um problema realmente grave. Por
ser demasiadamente grande o número de portadores de parasitas, as
pessoas da sociedade, ao contrário, não se interessam muito, mas que na
realidade, as que chegam a falecerem por causa deles não são poucas,
recentemente.

Geralmente, falando-se parasitas, não passam de alguns numa


pessoa, mas dependendo, chegam a portarem dezenas e até centenas
deles. Nesse caso, eles ficam como se fosse uma bola de macarrão,
penetrando-se até aos órgãos internos, causando variados sofrimentos.
Além disso, dependendo da pessoa, o sofrimento é realmente insuportável.

Essa causa, é claro, é que os ovos dos parasitas entram no estômago


pela boca do homem, conforme dito também pela medicina, através de
verduras cultivadas pelos estercos animais, e proliferam-se. Entretanto, o
oxiúrio, o ancilóstomo duodenal, sarna, a frieira, etc., são todos causados
pela proliferação de insetos minúsculos, e pela medicina, ainda as suas
causas são desconhecidas, mas segundo a minha pesquisa, na realidade, é
por causa de adubos artificiais, e não é a causa direta, mas o sangue é sujo
por causa dos estercos humanos, e assim, criam-se insetos minúsculos.

Sobre esse ponto, eu escrevi anteriormente acerca do engano da tese


de Pasteur. De qualquer forma, uma coisa como nascer insetos no corpo
humano não está de acordo com a razão. De fato, se for um morto, sim, mas
surgir em homem vivo, devo dizer que é extremamente absurdo. Isto é
porque o homem está completamente fora das Leis dos Céus. É porque
põem dentro do corpo coisas imundas que não deveriam, e sujam o sangue.

Nesse sentido, se o homem aspirar ares puros, beber da água límpida


e alimentar-se de produtos nascidos de um solo no qual não existam
impurezas, e se cuidar para não utilizar de corpos estranhos como remédios,
é claro que estará isento da doença, mantendo boa saúde, e a idade
também, de jeito nenhum é impossível de se atingir mais de 100 anos.

GRANDE EFICÁCIA DO JOHREI


Gostaria de escrever sobre a razão da notável eficácia do Johrei, no
caso da prática da Agricultura Natural, que consta sem falta nos relatos de
aumento da produção.

Como os agricultores desconheciam o princípio de que o solo


encontra-se maculado pela agricultura tradicional, e que por isso ele está
com as suas forças obstruídas, não conseguindo manifestar a sua
capacidade originária resultando em má safra, até hoje, adquiriam adubos
caros e colhiam maus resultados, esforçando-se, assim, em vão.

Eu tomei o conhecimento desse engano pela Revelação Divina e


apresentei o princípio de que, ao contrário de até hoje, quanto mais purificar
o solo, melhor será a produção; quem praticar dessa maneira, está
conseguindo resultados maravilhosos, conforme estão publicados
fartamente nos periódicos desta Igreja. E como creio que existem muitas
pessoas que queiram saber por que o Johrei tem efeito notável sobre os
produtos agrícolas, escreverei aqui.

Que originariamente todas as coisas existentes no Universo estão


constituídas de espírito e matéria, os messiânicos devem saber muito bem, e
é claro, o solo e os produtos agrícolas também são constituídos de espírito e
matéria; portanto, se o solo estiver maculado pelo adubo artificial, da mesma
forma, o espírito do solo também está maculado. Mas, uma vez ministrando-
se Johrei, como diminui-se a nuvem do espírito do solo, igualmente no solo
também diminui-se a impureza e purifica-se. Portanto, o solo que se tornar
puro, ao mesmo tempo em que a força de cultivo se torna ativa, e quanto ao
produto agrícola também, diminui-se o resíduo tóxico de adubo, ambos,
atuando-se mutuamente, pela "Lei do Espírito Precede a Matéria", o
desenvolvimento torna-se vigoroso.

Creio que já entenderam mais ou menos.

Manual da Agricultura Natural, 15 de janeiro de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)
DANOS CAUSADOS PELAS PRAGAS

São três as preocupações dos agricultores: o elevado preço dos


adubos, os prejuízos causados pelas pragas e os danos decorrentes dos
ventos e das chuvas. Como já expliquei, em capítulos anteriores, os
malefícios dos adubos, passarei a falar agora sobre os danos causados
pelas pragas.

É importante saber, de forma conclusiva, que a causa do surgimento


das pragas está nos adubos. Aplicados ao solo, eles acabam tornando-o
impuro, modificam suas características, fazem regredir sua capacidade e, ao
mesmo tempo, deixam sujeiras como resíduos. É óbvio que todas as
matérias sujas apodrecem. Aí aparecem larvas e bactérias. Se essa é a lei
da matéria, nela se enquadram as plantas. O aparecimento de vermes nos
depósitos de estercos comprova o que dizemos. As várias espécies de
pragas originam-se dos diversos tipos de adubos. Dizem que ultimamente
surgiram novas espécies, mas isso nada mais é que uma conseqüência do
aparecimento de novos adubos. O fato é evidenciado pela afirmação dos
agricultores de que existem muitos insetos nocivos em locais próximos aos
depósitos de estercos.

Outro ponto importante é que, quando aparecem pragas, utilizam-se


defensivos agrícolas para combatê-las, o que é extremamente prejudicial.
Os inseticidas são venenos tão fortes que são capazes de matar os insetos;
deste modo, quando se infiltram no solo, acabam contaminando-o e
enfraquecendo-o ainda mais. Assim, o que nele for cultivado sofrerá os
danos causados por mais esse veneno, além dos tóxicos dos adubos. O
solo, da mesma forma que o homem, perde a resistência, e as pragas como
que se aproveitando disso multiplicam-se com maior intensidade. É
realmente um círculo vicioso. Nesse aspecto, inclusive, pode-se notar o
quanto a agricultura tradicional está errada. Além do mais, alimentando-se
do arroz que absorveu substâncias venenosas como o sulfato de amônia
contido nos fertilizantes, o corpo humano sofre os seus efeitos; e é óbvio que
isso faça mal à saúde, pois suja o sangue. No caso de alimentos básicos
que se come diariamente, mesmo que a quantidade de veneno ingerido em
cada refeição seja ínfima, ela vai se acumulando ao longo do tempo e torna-
se a causa de doenças.

(Esclarecimentos sobre Agricultura Natural — 15 de janeiro de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

DANOS CAUSADOS PELAS PRAGAS

São três as preocupações dos agricultores: o elevado preço dos


adubos, os prejuízos causados pelas pragas e os danos decorrentes dos
ventos e das chuvas. Como já expliquei, em capítulos anteriores, os
malefícios dos adubos, passarei a falar agora sobre os danos causados
pelas pragas.

É importante saber, de forma conclusiva, que as pragas se originam


dos adubos. Aplicados ao solo, eles acabam tornando-o impuro, modificam
suas características, fazem regredir sua capacidade e, ao mesmo tempo,
deixam sujeiras como resíduos. É óbvio que todas as matérias sujas
apodrecem. Aí aparecem larvas ou ovos, juntamente com bactérias. Se essa
é a lei da matéria, nela se enquadram as plantas. O aparecimento de vermes
nas fossas comprova o que dizemos. As várias espécies de pragas originam-
se dos diversos tipos de adubos. Dizem que ultimamente surgiram novas
espécies, mas isso nada mais é que uma conseqüência do aparecimento de
novos adubos. O fato é evidenciado pela afirmação dos agricultores de que
existem muitos insetos nocivos em locais próximos às fossas.

Outro ponto importante é que, quando aparecem pragas, utilizam-se


defensivos agrícolas para combatê-las, o que é extremamente prejudicial.
Os inseticidas são venenos e matam os insetos, mas, quando se infiltram no
solo, acabam contaminando-o e enfraquecendo-o ainda mais. Assim, o que
nele for cultivado sofrerá os danos causados por mais um veneno, além dos
tóxicos dos adubos. O solo, da mesma forma que o homem, perde a
resistência, e as pragas se multiplicam. É realmente um círculo vicioso.
Nesse aspecto, inclusive, pode-se notar o quanto a agricultura tradicional
está errada. Além do mais, ingerindo alimentos que absorveram substâncias
venenosas, como o sulfato de amônia contido nos fertilizantes, o corpo
humano sofre os seus efeitos; e é óbvio que isso faça mal à saúde, pois suja
o sangue. No caso do arroz, por exemplo, que se come diariamente, mesmo
que a quantidade de veneno ingerido em cada refeição seja ínfima, ela vai
se acumulando ao longo do tempo e torna-se a causa de doenças.

15 de janeiro de 1951
(tradução em: A Outra Face da Doença)

“Além do mais, alimentando-se do arroz que absorveu substâncias


venenosas como o sulfato de amônia contido nos fertilizantes, o corpo humano
sofre os seus efeitos; e é óbvio que isso faça mal à saúde, pois suja o sangue.
No caso de alimentos básicos que se come diariamente, mesmo que a
quantidade de veneno ingerido em cada refeição seja ínfima, ela vai se
acumulando ao longo do tempo e torna-se a causa de doenças.”

(Danos Causados por Pragas, 15 de janeiro de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E Construção)

DANOS CAUSADOS PELAS CHUVAS E VENTOS

Os danos causados pelas chuvas e ventos tendem a aumentar de ano


para ano, e tanto o governo como o povo estão bastante preocupados em se
prevenir; mas, como essas obras preventivas são de altíssimo custo, no
momento, adotam-se apenas soluções improvisadas. Todavia, alguma coisa
deverá ser feita, já que os prejuízos se repetem a cada ano. Atualmente, não
há outra alternativa a não ser procurar diminuí-los.

Com a nossa Agricultura Natural, entretanto, as raízes das plantas se


tornam mais resistentes, a incidência de quebra dos caules comparada com
a da agricultura tradicional é mínima, e quase não ocorre queda das flores
nem apodrecimento dos caules após período de submersão. Mesmo quando
as outras áreas de plantio são afetadas consideravelmente, as da Agricultura
Natural sofrem danos irrisórios, o que as pessoas acham muito estranho.
Observando as extremidades das raízes, vemos que elas apresentam
formações mais longas e em maior quantidade que as das plantações
convencionais, proporcionando-lhes enorme resistência nessas ocasiões.

Estabelecendo analogia com o homem, as pessoas que comem


apenas alimentos frescos e sem tóxicos são sadias. O mesmo acontece com
as plantas, e isso não se limita ao trigo ou arroz. Segundo os agricultores, as
plantas de baixa estatura e folhas pequenas são as que dão mais frutos e
oferecem as melhores safras. É justamente o que ocorre na Agricultura
Natural; pode-se ver, portanto, como ela é ideal. Além do mais, seus
produtos apresentam excelente qualidade e sabor, reconhecidos por todos
aqueles que já a experimentaram. A razão disso é que, quando se utilizam
adubos, os nutrientes são absorvidos na maior parte pelas folhas, o que as
faz crescer demasiadamente, afetando a frutificação. Acrescente-se que a
quantidade de muda de arroz obtida na Agricultura Natural é bem maior; já
se conseguiram até cento e cinqüenta mudas com uma só semente,
resultando em cerca de quinze mil grãos — recorde admirável. Outra
característica do arroz produzido por esse método é que a sua palha se
apresenta bastante forte e fácil de ser trabalhada.

(Esclarecimento sobre Agricultura Natural - 15 de janeiro de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

DANOS CAUSADOS PELAS CHUVAS E VENTOS

Os danos causados pelas chuvas e ventos tendem a aumentar de ano


para ano, e tanto o governo como o povo estão bastante preocupados em
evitá-los. As obras preventivas são de altíssimo custo, de modo que, no
momento, adotam-se apenas soluções improvisadas; todavia, alguma coisa
deverá ser feita, já que os prejuízos se repetem a cada ano. Atualmente, não
há outra alternativa a não ser procurar diminuí-los.

Com a nossa Agricultura Natural, entretanto, as raízes das plantas se


tornam mais resistentes, a incidência de quebra dos caules é mínima, e não
ocorre queda das flores nem apodrecimento dos caules após a irrigação.
Mesmo quando as outras áreas de plantio são afetadas consideravelmente,
as da Agricultura Natural sofrem danos irrisórios, o que as pessoas acham
muito estranho. Observando as extremidades das raízes, vemos que elas
apresentam formações capilares mais longas e em maior quantidade que as
das plantações convencionais, circunstância que lhes proporciona enorme
resistência nessas ocasiões.

Estabelecendo analogia com o homem, está comprovado que as


pessoas que comem apenas alimentos frescos e sem tóxicos são sadias. O
mesmo acontece com as plantas, e isso não se limita ao trigo ou arroz.
Segundo os agricultores, as plantas de baixa estatura e folhas pequenas são
as que oferecem as melhores safras, as que dão mais frutos. É justamente o
que ocorre na Agricultura Natural; pode-se ver, portanto, como ela é ideal.
Além do mais, seus produtos apresentam excelente qualidade e sabor,
reconhecidos por todos aqueles que já a experimentaram. A razão disso é
que, quando se utilizam adubos, os nutrientes são absorvidos na maior parte
pelas folhas, o que as faz crescer demasiadamente, afetando a frutificação.
Acrescente-se que a quantidade de arroz obtida através da Agricultura
Natural é bem maior; já se conseguiram até cento e cinqüenta brotos com
uma só semente, resultando em cerca de quinze mil grãos – recorde
admirável. Outra característica do arroz produzido por esse método é que a
sua palha se apresenta bastante forte e fácil de ser trabalhada.

15 de janeiro de 1951
(tradução em: A Outra Face da Doença)

SOBRE AS HORTAS CASEIRAS


Até o artigo anterior escrevi dirigindo-me aos especialistas. Passarei
agora a escrever sobre as hortas de amadores, ou seja, sobre as hortas
caseiras.

Mesmo nas hortas caseiras costuma-se usar grande quantidade de


estrume. Trata-se de uma prática insuportável para quem não está
habituado, pois, não só no momento da aplicação, mas durante dias
seguidos, o odor penetra até nos aposentos, o que, além de ser
desagradável, é anti-higiênico. Só de imaginar a presença desse cheiro
durante as refeições, já sentimos náuseas. Se o uso de estrume trouxesse
bons resultados, ainda valeria a pena, mas na realidade acontece o
contrário. Certamente não existe maior tolice. Apesar de ser uma situação
causada pelo desconhecimento das pessoas, fico espantado com tamanha
ignorância.

A Agricultura Natural afasta a sujeira e maus odores; é um serviço


limpo e higiênico, propiciando produtos de boa qualidade, excelente sabor e
em grande quantidade. Além de não existir o perigo nem a preocupação com
vermes e pragas, a cor das folhas e o formato dos caules são muito mais
bonitos que os das plantas tratadas com adubos. Quando se começa a
praticar a Agricultura Natural, o trabalho diário na lavoura torna-se agradável.
Até então, antes de tudo, ele era penoso. Com o simples fato de pensar nos
estrumes espalhados pelo solo, perde-se a vontade de andar sobre ele.

Diz-se que as batatas produzidas por amadores são escassas e


pequeninas; no caso do tomate ou da berinjela, as flores caem muito; os
nabos são de má qualidade; os pepinos secam, devido às pragas que
atacam na raiz; as verduras apresentam-se com as folhas esburacadas, e
poucas em bom estado. Tudo isso é causado pelos adubos artificiais;
todavia, pensando que a causa do problema é a falta de adubos, o amador
coloca-os em maior quantidade, o que agrava ainda mais a situação. Sem
saber a verdadeira causa, eles questionam os especialistas que não
conseguem dar respostas satisfatórias, pois também são cativos da
superstição dos adubos. Assim, não há como saber a quantidade de
pessoas desorientadas existentes neste mundo. Entretanto, se vierem a
conhecer a Agricultura Natural, elas se sentirão salvas! Seria como
abandonar o Inferno e subir ao Paraíso.

(Esclarecimento sobre Agricultura Natural — 15 de janeiro de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

“O princípio da agricultura natural consiste em fazer com que o solo


manifeste a sua grande força. Só que até hoje o homem desconhecia a
natureza do solo. Antes, não lhe foi dado conhecê-la. Em conseqüência, lançou
mão dos adubos, dos quais, a partir de dado momento, acabou dependente.
Isso se transformou numa espécie de crença supersticiosa.”

(Compêndio do Método Agrícola Natural — A Grande Força do Solo, 15 de


janeiro de 1951)

“Não há uma única existência na Criação que não seja bafejada com as
bênçãos da Mãe Natureza. Todas as coisas geram-se e são criadas à mercê da
tríade Elemental fogo, água e terra. Numa linguagem científica, referimo-nos ao
oxigênio do fogo, ao hidrogênio da água e ao nitrogênio da terra,
imprescindíveis para qualquer tipo de cultura agrícola. Assim, Deus fez o
mundo de modo que os cereais e hortaliças — o sustento da atividade vital —
pudessem ser produzidos na medida justa, o que se compreende pelo
raciocínio a seguir. Não há razão para o Criador ter posto o homem no mundo
sem lhe conceder alimento bastante para a sua subsistência. Caso exista uma
nação incapaz de tirar da terra o sustento suficiente para nutrir o seu povo, é
por algo não estar consoante com as leis naturais determinadas pelo Ser
Supremo. Portanto, não se encontrarão soluções para a questão alimentar
enquanto o dito ponto não for percebido.

(Compêndio do Método Agrícola Natural — A Grande Força do Solo, 15 de


janeiro de 1951)
(J1/35) TOXINAS MEDICINAIS

A nossa Igreja tem chamado atenção constantemente a respeito de


toxinas medicinais. Vou apresentar, a seguir, um artigo de jornal que
comprova isso claramente.

Artigo do Jornal Assahi — 6 de dezembro de 1950

NAO TOME ESSE REMÉDIO! - A enfermeira errou na


composição do remédio.

Notícia da cidade de Tiba: “Por volta de 8 horas do dia 5, o


presidente e mais 14 membros da Assembléia Legislativa
da Vila (/////) e Vila Iwai Matsugoro, do Distrito de Kaijo,
Estado de Tiba, deixaram a terma Yugawara-onsen e
dirigiram-se ao consultório médico de baixo, do Estado de
Shizuoka, para inspecioná-lo. Porém, antes de partir da
referida vila, a enfermeira Shizuko Suzuki, do consultório
médico, preparou e entregou ao Sr. Iwai o remédio para
espasmo estomacal. O referido remédio era preparado à
base de propalina, ácido e morfina; portanto, para ingerir,
precisava diluir na proporção de 1/100; no entanto, a
enfermeira errou e havia diluído em apenas 1/10.
Posteriormente, a enfermeira Suzuki percebeu o erro
cometido e, sem perder tempo, nesse mesmo dia, depois
das 18 horas ela se dirigiu à Delegacia Regional de Kaiso e
comunicou o fato dizendo que se ele ingerisse aquele
remédio teria morte instantânea.

Salvo por encontrá-lo antes de tomar o remédio.

Sucesso no plano de emergência


Notícia da cidade de Yokohama: Espere, não tome esse
remédio! O plano de emergência, tentando localizar o sr.
Iwai, presidente da Assembléia Legislativa e sua comitiva,
às 18:30 h. do dia 5, da sede da Polícia Federal do Estado
de Tiba, entrou em comunicação com a delegacia da
cidade de Yugawara através da sede da Polícia Federal do
Estado de Kanagawa. A referida delegacia toda tumultuada
começou, com toda urgência, a telefonar para a
cooperativa dos hotéis e agenciadores que ficam em frente
da estação ferroviária, procurando um grupo de pessoas
com sotaques de Tiba. A cooperativa dos hotéis, toda
assustada, começou a busca ligando para todos os locais
possíveis. Então, dez minutos depois conseguiram localizar
a comitiva, que se encontrava hospedada no hotel
Kamada, tomando banho na terma com toda tranqüilidade.
O delegado Nemoto daquela delegacia ligou imediatamente
ao referido hotel e, mandando chamar o Sr. Iwai,
transmitiu-lhe que o remédio que estava com ele poderia
matá-lo instantaneamente se ingerido e, assim, nada de
grave aconteceu com a comitiva.

Como pudemos ver, está evidente que, originariamente, o remédio é


um produto tóxico. Somente a sua quantidade, maior ou menor, é que
determina a sua qualidade como remédio ou veneno. Isto é, como vimos no
exemplo acima, quando o remédio era diluído na proporção de 1/10,
tornava-se na quantidade suficiente para matar a pessoa instantaneamente
e, quando diluído na proporção de 1/100, tornava-se na quantidade eficaz,
apesar de temporário. E porque aquele remédio é eficaz para o espasmo
estomacal? É que esse mal, evidentemente, é uma purificação, e a sua
causa está na ingestão de remédios.

Ao examinar as pessoas que sofrem de espasmo estomacal, a região


afetada encontra-se em estado ligeiramente febril e, apalpando a parte
posterior do estômago, verifica-se, infalivelmente, um nódulo semelhante a
uma tábua, e essa parte também encontra-se em estado ligeiramente febril.
No entanto, ao realizar o nosso tratamento, as pessoas ministram o Johrei
na parte da frente, uma vez que o paciente reclama de dor no estômago,
mas esse procedimento é de certa forma fora do alvo. Por isso, mesmo que
ocorra a redução da dor, esta não desaparece por completo. Isto ocorre
porque a verdadeira causa está na parte posterior, ou seja, nas costas. Se
ministrar Johrei nas costas, exatamente atrás do estômago, a dor passará
por completo. Pode-se achar isso um tanto estranho, mas na realidade há
uma razão justa para isso, que vem a ser a seguinte:

O homem, quando sente algum mal-estar no estômago, logo procura


tomar remédio. Toma o remédio e deita-se de costas; por isso, o remédio
que ingeriu passa pela parede do estômago e dirige-se à parte posterior,
onde fica sedimentado. À medida que aumenta a quantidade de ingestão,
também aumenta proporcionalmente a solidificação nas costas. Quando
essa solidificação ultrapassa certo limite, ocorre a purificação e, através do
estado ligeiramente febril, inicia-se a dissolução do nódulo. Uma vez
transformado em líquido, retorna ao estômago. Nessa ocasião, devido à
transformação sofrida, o remédio já se tornou uma toxina violenta. Quando
essa toxina entra no interior do estômago, este inicia um movimento a fim de
expulsá-la rapidamente para fora do corpo. Isso estimula os nervos e causa
dores violentas. Essas dores vão se dirigindo gradativamente para baixo e,
quando passam pelo intestino, são eliminadas pela ocorrência da diarréia;
isso está bem evidente. No caso de espasmo estomacal, a pessoa deixa de
sentir dores ao tomar o remédio, devido à ocorrência de paralisação do
estômago e interrupção temporária da purificação para eliminação,
provocada pelo remédio.

Como pudemos observar, ao invés de remédio, é apenas um antídoto,


e poderão compreender que a eficácia do remédio nada mais é do que um
método de aliviar as dores e os sofrimentos pela interrupção temporária da
purificação.

Jornal Eiko nº 88, 24 de janeiro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)
“Caso queiram conhecer o nosso princípio a fundo, há que se tornar
membro da nossa Instituição e estudá-la profundamente. Com isso, será
possível prever o futuro do mundo, adquirir plena paz de espírito, solucionar
os sofrimentos da doença, da pobreza e do conflito, bem como desfrutar da
vida no Paraíso Terrestre que advirá, ou seja, obter a qualificação para
habitar esse mundo”.

(Artigo Publicado no Jornal Herald de Hawaii– 24 de janeiro de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

(S.AN/75) É POSSÍVEL SOLUCIONAR OS MALES SOCIAIS?

Alicerce do Paraíso, pág. 242

Nunca houve um número tão grande de criminosos, em nosso país,


como atualmente. Vêm ocorrendo casos assustadores, como o roubo
praticado por um grupo de mais de cem pessoas, causando prejuízo de
quatrocentos milhões de ienes, e também casos de violência coletiva e
aumento gradativo de crimes praticados por adolescentes. A situação social
é tão calamitosa, que não pode continuar como está.

Analisemos a situação das classes situadas acima da média. Aí


também é uma calamidade. Verifica-se o suborno de entidades públicas,
especulações, negociatas e muitas outras irregularidades. Se fôssemos
enumerá-las, não chegaríamos a um ponto final. Mas esses são apenas os
casos que vêm à tona eventualmente, não passando da pequena parte
visível de um "iceberg". Os males sociais do Japão atual parecem não ter
fim. É como se fosse um monte de lixo tão grande que não se tem lugar para
pisar. Portanto, o grande problema com o qual nos defrontamos é encontrar
o meio de eliminar esse lixo. Naturalmente, as autoridades e os homens
conscientes estão preocupados com o problema, e reconheço que vêm
fazendo o maior esforço para encontrar uma solução. Entretanto, por que
não se consegue vislumbrar ao menos uma pequena luz de esperança?
Em nossa opinião, essas pessoas partem de idéias totalmente
erradas, estão completamente fora do caminho certo. Raciocinemos. Em
primeiro lugar, é preciso descobrir por que as pessoas cometem crimes. Se
isso não ficar bem esclarecido, não será possível tomar-se medidas
apropriadas.

A causa fundamental do crime está na alma humana, em nenhum


outro lugar. Dependendo de ter alma "branca" ou "preta", a pessoa será boa
ou má. Por conseguinte, o ponto vital para a solução do problema dos
crimes é transformar o portador de alma "preta" em portador de alma
"branca". Acontece que as autoridades e os intelectuais da atualidade não
percebem isso. Planejam todas as variedades de métodos, tendo como
ponto de referência aspectos secundários e terciários, que aparecem
externamente, e empenham-se na tomada de medidas anticriminais. Mas
isso é o mesmo que estarem enchendo de água uma vasilha furada, motivo
pelo qual jamais conseguirão extinguir os crimes, levem quantos anos
levarem. Alguém disse: "Para exterminar o crime por completo, é preciso
que haja um policial vigiando cada pessoa". E com razão, porque, apesar do
crescente aperfeiçoamento do sistema jurídico e do esforço cada vez maior
empreendido pelos tribunais e pelos policiais, não se obtêm os resultados
esperados.

Mas não existirá uma medida eficaz, uma medida que apresente
resultados positivos? Sim, existe. Vou escrever a respeito.

Como eu disse antes, só há um meio de tornar "branca" a alma dos


seres humanos: a Religião. Contudo, será que basta ser simplesmente uma
religião? Isso também requer uma análise. Como todos sabem, religiões
existem muitas. Começando pelas mais novas, as que realmente nos trazem
tranqüilidade de espírito infelizmente são tão poucas quanto as estrelas do
amanhecer. E as religiões tradicionais? Talvez todos concordem que
nenhuma tem força suficiente para transformar o "preto" em "branco".
Portanto, em primeiro lugar, é preciso analisar as religiões com muita
cautela, selecionar algumas que pareçam razoáveis e, mesmo que não se
chegue a cooperar com elas, pelo menos tratá-las com simpatia. Não existe
alternativa melhor.

As autoridades têm uma grande preocupação com os males sociais;


todavia, não entendo por quê, não passa por suas cabeças a idéia de
recorrer à Religião. Elas sempre se apóiam nos métodos materialistas, dos
quais não querem se desapegar. Esta é a situação atual.
Conseqüentemente, o povo é que sofre. Portanto, torna-se imprescindível e
urgente curar esta cegueira e fazer com que as pessoas se conscientizem
da verdadeira essência da Religião. Uma vez que o pensamento dos
criminosos se fundamenta no princípio materialista de não acreditar no que é
invisível, eles pensam que basta enganar as pessoas e, concentrando nisso
toda a sua inteligência, empenham-se em fomentar o mal social. Assim,
enquanto não exterminarmos esse pensamento, será inútil valer-nos de
outros métodos, pois eles não passarão de paliativos momentâneos. É
preciso tomar por base o pensamento espiritualista e fazer os criminosos se
conscientizarem da existência de Deus. Se eles acreditarem que os seres
humanos estão constantemente sendo observados pelos olhos de Deus e
entenderem a Lei de Causa e Efeito, será facílimo eliminar o crime pela raiz.

Os intelectuais que lerem minhas palavras certamente dirão: "Não


duvido de que seja exatamente como o senhor está argumentando, mas
essa argumentação não é suficiente para fazer os criminosos reconhecerem
a existência de Deus". Ora, eles dizem isso porque seu pensamento também
é materialista. Acham que forçar as pessoas a acreditar em Deus é, sem
dúvida, coisa de religião supersticiosa. Mas sua interpretação é justificável,
pois eles têm como ponto de referência as religiões surgidas até hoje.

Agora eu gostaria de que os intelectuais refletissem profundamente


sobre a cultura científica. De fato, ela progrediu rapidamente. Surgiram
descobertas umas após outras, e aquilo que há cem anos era considerado
um sonho, hoje se tornou realidade. Entretanto, as religiões, e somente elas,
não mudaram nem um pouco em relação à época de sua fundação, há
milhares de anos. Seria impossível, portanto, não surgirem dúvidas quanto à
causa dessa contradição. Conseqüentemente, analisando as religiões, os
intelectuais da atualidade acham que elas não passam de simples relíquias.
Sua visão é a mesma que se tem em relação às antigüidades. Assim,
quando nós argumentamos que, para solução do mal social, é preciso
recorrer à Religião, eles nem dão ouvidos. Eis aí o problema.

Conforme já tive oportunidade de escrever, assim como o progresso


da civilização científica está construindo uma nova época, é preciso,
também, que, no campo da Religião, surja algo equivalente. Ou melhor, não
será nada estranho que surja uma religião de nível mais elevado que o
alcançado pela Ciência. Também não será estranho que essa religião tenha
um poder capaz de solucionar os problemas que a Ciência não consegue
resolver. Se compreenderem e aceitarem o que estou dizendo, poderão
entender a verdadeira natureza da Igreja Messiânica Mundial. Modéstia à
parte, ela tem um poder grandioso, e, uma vez ingressando nela, qualquer
pessoa reconhecerá isso facilmente. Raciocinem: por mais bela que seja
uma coisa, se não nos aproximarmos dela, não conseguiremos ver sua
beleza; por mais saborosa que seja uma comida, se não a provarmos, não
saberemos seu sabor; se houver um tesouro enterrado, mas não cavarmos a
terra, não o encontraremos. Da mesma forma, não adianta ficar do lado de
fora apenas imaginando o que é a nossa Igreja. Pensar que ela não passa
de mais uma religião supersticiosa e trapaceira, deixando-se influenciar por
boatos e pelas falsas notícias publicadas nos jornais, será rejeitar a própria
felicidade. Antes de mais nada, é preciso entrar em contato com ela. "Se não
entrarmos na toca da onça, não conseguiremos agarrar seus filhotes". É um
sábio ditado, não acham?

Revista Tijyo Tengoku nº 20, 25 de janeiro de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

É POSSÍVEL SOLUCIONAR OS MALES SOCIAIS?

Nunca houve um número tão grande de criminosos, em nosso país,


como atualmente. Vêm ocorrendo casos assustadores, como o roubo
praticado por um grupo de mais de cem pessoas, causando prejuízo de
quatrocentos milhões de ienes, e também casos de violência coletiva e
aumento gradativo de crimes praticados por adolescentes. A situação social
é tão calamitosa que não pode continuar como está.

Analisemos a situação das classes situadas acima da média. Aí


também é uma calamidade. Verifica-se o suborno de entidades públicas,
especulações, negociatas e muitas outras irregularidades. Se fôssemos
enumerá-las, não chegaríamos a um ponto final. Mas esses são apenas os
casos que vêm à tona eventualmente, não passando da pequena parte
visível de um “iceberg”. Os males sociais do Japão atual parecem não ter
fim. É como se fosse um monte de lixo tão grande que não se tem lugar para
pisar. Portanto, o grande problema com o qual nos defrontamos é encontrar
o meio de eliminar esse lixo. Naturalmente, as autoridades e os homens
conscientes estão preocupados com o problema, e reconheço que vêm
fazendo o maior esforço para encontrar uma solução. Entretanto, por que
não se consegue vislumbrar ao menos uma pequena luz de esperança?

Em nossa opinião, essas pessoas partem de idéias totalmente


erradas, estão completamente fora do caminho certo. Raciocinemos. Em
primeiro lugar, é preciso descobrir por que as pessoas cometem crimes. Se
isso não ficar bem esclarecido, não será possível tomar-se medidas
apropriadas.

A causa fundamental do crime está na alma humana, em nenhum


outro lugar. Dependendo de ter alma “branca” ou “preta”, a pessoa será boa
ou má. Por conseguinte, o ponto vital para a solução do problema dos
crimes é transformar o portador de alma “preta” em portador de alma
“branca”. Acontece que as autoridades e os intelectuais da atualidade não
percebem isso. Planejam todas as variedades de métodos, tendo como
ponto de referência aspectos secundários e terciários, que aparecem
externamente, e empenham-se na tomada de medidas anticriminais. Mas
isso é o mesmo que estarem enchendo de água uma vasilha furada, motivo
pelo qual jamais conseguirão extinguir os crimes, levem quantos anos
levarem. Alguém disse: “Para exterminar o crime por completo, é preciso
que haja um policial vigiando cada pessoa”. E com razão, porque, apesar do
crescente aperfeiçoamento do sistema jurídico e do esforço cada vez maior
empreendido pelos tribunais e pelos policiais, não se obtêm os resultados
esperados.

Mas não existirá uma medida eficaz, uma medida que apresente
resultados positivos? Sim, existe. Vou escrever a respeito.

Como eu disse antes, só há um meio de tornar “branca” a alma dos


seres humanos: a Religião. Contudo, será que basta ser simplesmente uma
religião? Isso também requer uma análise. Como todos sabem, religiões
existem muitas. Começando pelas mais novas, as que realmente nos trazem
tranqüilidade de espírito infelizmente são tão poucas quanto as estrelas do
amanhecer. E as religiões tradicionais? Talvez todos concordem que
nenhuma tem força suficiente para transformar o “preto” em “branco”.
Portanto, em primeiro lugar, é preciso analisar as religiões com muita
cautela, selecionar algumas que pareçam razoáveis e, mesmo que não se
chegue a cooperar com elas, pelo menos tratá-las com simpatia. Não existe
alternativa melhor.

As autoridades têm uma grande preocupação com os males sociais;


todavia, não entendo por quê, não passa por suas cabeças a idéia de
recorrer à Religião. Elas sempre se apóiam nos métodos materialistas, dos
quais não querem se desapegar. Esta é a situação atual.
Conseqüentemente, o povo é que sofre. Portanto, torna-se imprescindível e
urgente curar esta cegueira e fazer com que as pessoas se conscientizem
da verdadeira essência da Religião. Uma vez que o pensamento dos
criminosos se fundamenta no princípio materialista de não acreditar no que é
invisível, eles pensam que basta enganar as pessoas e, concentrando nisso
toda a sua inteligência, empenham-se em fomentar o mal social. Assim,
enquanto não exterminarmos esse pensamento, será inútil valer-nos de
outros métodos, pois eles não passarão de paliativos momentâneos. É
preciso tomar por base o pensamento espiritualista e fazer os criminosos se
conscientizarem da existência de Deus. Se eles acreditarem que os seres
humanos estão constantemente sendo observados pelos olhos de Deus e
entenderem a Lei de Causa e Efeito, será facílimo eliminar o crime pela raiz.
Os intelectuais que lerem minhas palavras certamente dirão: “Não
duvido de que seja exatamente como o senhor está argumentando, mas
essa argumentação não é suficiente para fazer os criminosos reconhecerem
a existência de Deus”. Ora, eles dizem isso porque seu pensamento também
é materialista. Acham que forçar as pessoas a acreditar em Deus é, sem
dúvida, coisa de religião supersticiosa. Mas sua interpretação é justificável,
pois eles têm como ponto de referência as religiões surgidas até hoje.

Agora eu gostaria de que os intelectuais refletissem profundamente


sobre a cultura científica. De fato, ela progrediu rapidamente. Surgiram
descobertas umas após outras, e aquilo que há cem anos era considerado
um sonho hoje se tornou realidade. Entretanto, as religiões, e somente elas,
não mudaram nem um pouco em relação à época de sua fundação, há
milhares de anos. Seria impossível, portanto, não surgirem dúvidas quanto à
causa dessa contradição. Conseqüentemente, analisando as religiões, os
intelectuais da atualidade acham que elas não passam de simples relíquias.
Sua visão é a mesma que se tem em relação às antigüidades. Assim,
quando nós argumentamos que, para a solução do mal social, é preciso
recorrer à Religião, eles nem dão ouvidos. Eis aí o problema.

Conforme já tive oportunidade de escrever, assim como o progresso


da civilização científica está construindo uma nova época, é preciso,
também, que, no campo da Religião, surja algo equivalente. Ou melhor, não
será nada estranho que surja uma religião de nível mais elevado que o
alcançado pela Ciência. Também não será estranho que essa religião tenha
um poder capaz de solucionar os problemas que a Ciência não consegue
resolver. Se compreenderem e aceitarem o que estou dizendo, poderão
entender a verdadeira natureza da Igreja Messiânica Mundial. Modéstia à
parte, ela tem um poder grandioso, e, uma vez ingressando nela, qualquer
pessoa reconhecerá isso facilmente. Raciocinem: por mais bela que seja
uma coisa, se não nos aproximarmos dela, não conseguiremos ver sua
beleza; por mais saborosa que seja uma comida, se não a provarmos, não
saberemos seu sabor; se houver um tesouro enterrado, mas não cavarmos a
terra, não o encontraremos. Da mesma forma, não adianta ficar do lado de
fora apenas imaginando o que é a nossa Igreja. Pensar que ela não passa
de mais uma religião supersticiosa e trapaceira, deixando-se influenciar por
boatos e pelas falsas notícias publicadas nos jornais, será rejeitar a própria
felicidade. Antes de mais nada, é preciso entrar em contato com ela. “Se não
entrarmos na toca da onça, não conseguiremos agarrar seus filhotes”. É um
sábio ditado, não acham?

25 de janeiro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

(R2/95) LIBERTAÇÃO

Alicerce do Paraíso, pág.458

Fala-se em libertação, mas não é fácil defini-la como algo bom ou


mau. De acordo com a idéia geral, libertar-se significa sair de um estado de
confusão e obter Iluminação, desapegar-se, ou ter desprendimento.
Expressão muito usada no budismo, soa como fuga ou isolamento, e é um
conceito característico dos orientais.

Em termos de prática cotidiana, há uma redução da atividade material


à medida que aumenta a Iluminação. Isto é, perde-se o espírito de
competição e os países entram em decadência. Exemplo disso é a Índia.

Geralmente, o homem tem entusiasmo pela vida graças à ilusão, mas


o excesso de ilusões é perigoso. A resignação enfraquece o ritmo das
atividades, mas a falta de resignação também gera tragédias, principalmente
quando se trata do relacionamento amoroso. Portanto, a renúncia total é
pouco aconselhável, porque elimina o sabor da vida. A pessoa se torna
solitária, vive como se fosse um corpo sem alma.

Refletindo sobre o que acabamos de expor, logo percebemos que


todo exagero é prejudicial. É bom ter noção de limites. Este mundo é
realmente difícil e interessante; doloroso e agradável. Mal podemos
distinguir as fronteiras da alegria e do sofrimento.

Creio que o homem deve se desapegar no momento adequado, e


insistir quando o caso merece ser levado adiante. Quando procura forçar a
situação, a pessoa fica indecisa, e esta indecisão mostra que ainda não é o
momento propício e que é preciso esperar o tempo certo, de acordo com o
tempo, circunstância e nível. O fundamental é saber ceder às circunstâncias,
descobrindo os meios mais convenientes de agir. Isso exige Inteligência
Superior. Ela é que gera a capacidade de correto discernimento, a qual
aumenta na medida em que diminuem as máculas do espírito.

O essencial, portanto, é eliminar as máculas espirituais, o que requer


sinceridade. E a sinceridade nasce da fé. Aquele que aceitar e praticar este
princípio será considerado homem íntegro.

Revista Tijyo Tengoku nº 20, 25 de janeiro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

LIBERTAÇÃO

Fala-se em libertação, mas não é fácil defini-la como algo bom ou


mau. De acordo com a idéia geral, libertar-se significa sair de um estado de
confusão e obter Iluminação, desapegar-se, ou ter desprendimento.
Expressão muito usada no budismo, soa como fuga ou isolamento, e é um
conceito característico dos orientais.

Em termos de prática cotidiana, há uma redução da atividade material


à medida que aumenta a Iluminação. Isto é, perde-se o espírito de
competição e os países entram em decadência. Exemplo disso é a Índia.

Geralmente, o homem tem entusiasmo pela vida graças à ilusão, mas


o excesso de ilusões é perigoso. A resignação enfraquece o ritmo das
atividades, mas a falta de resignação também gera tragédias, principalmente
quando se trata do relacionamento amoroso. Portanto, a renúncia total é
pouco aconselhável, porque elimina o sabor da vida. A pessoa se torna
solitária, vive como se fosse um corpo sem alma.

Refletindo sobre o que acabamos de expor, logo percebemos que


todo exagero é prejudicial. É bom ter noção de limites. Este mundo é
realmente difícil e interessante; doloroso e agradável. Mal podemos
distinguir as fronteiras da alegria e do sofrimento.

Creio que o homem deve se desapegar no momento adequado, e


insistir quando o caso merece ser levado adiante. Quando procura forçar a
situação, a pessoa fica indecisa, e esta indecisão mostra que ainda não é o
momento propício e que é preciso esperar o tempo certo, de acordo com o
tempo, circunstância e nível. O fundamental é saber ceder às circunstâncias,
descobrindo os meios mais convenientes de agir. Isso exige Inteligência
Superior. Ela é que gera a capacidade de correto discernimento, a qual
aumenta na medida em que diminuem as máculas do espírito.

O essencial, portanto, é eliminar as máculas espirituais, o que requer


sinceridade. E a sinceridade nasce da fé. Aquele que aceitar e praticar este
princípio será considerado homem íntegro.

25 de janeiro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

Quando o homem achar que deve resignar-se, que assim o faça;


quando julgar que o melhor é não desistir, que não desista. A pessoa fica
indecisa porque tenta tomar decisões forçadas. Quando não se chega a uma
decisão, isso quer dizer que não é chegado o momento, devendo-se,
portanto aguardar o tempo oportuno. Mas, para tanto, há que ter sabedoria.
Ser sábio significa ter inteligência, ou seja, capacidade de julgamento
correto. Quanto menos nublada a alma, mais sabedoria se consegue. O
essencial, portanto, é eliminar as nebulosidades da alma. Em outras
palavras, há que ter Makoto (sinceridade). O Makoto é algo que nasce da fé.
Aquele que compreende e consegue pôr em prática semelhante princípio é
um ser espiritualmente iluminado.

(Iluminação, 25 de janeiro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

(J2/181) SINTO PENA DOS INTELECTUAIS

No jornal Yomiuri da tarde, do dia 14 de dezembro de 1950, estava


publicado o seguinte artigo:

“A dolorosa situação dos pintores”

Nakamura Ken-iti

Um tema, a cada dia

Ontem à tarde, recebi a visita de uma viúva de um certo


escultor. Ela tinha mais ou menos entre 75 a 76 anos de
idade. Durante a sua vida de viúva por cerca de trinta
anos, criou cinco filhos, mas nenhuma deles deu fruto. O
único filho que teve concluiu a vida escolar há cerca de
dez anos, e arranjou emprego numa empresa jornalística,
mas ficou doente e veio a falecer. A primogênita, que
estudou na mesma classe com a minha esposa, fazia
pintura e se casou com T., que era sócio de uma
associação de pintura ocidental. Ele contraiu uma doença
incurável quando vivia em pobreza extrema. Graças à
ajuda de um membro da Comissão de Bem-estar Social,
foi internado num hospital. Depois de três dias que o
marido ficou doente, ela contraiu doença pulmonar que,
juntamente com o cansaço de cuidar o marido, agravou-se
e acabou falecendo. Até hoje, o marido não sabe do seu
falecimento.
A segunda filha também casou-se com um pintor. Além do
problema com sua sogra que vivia acamada por cerca de
três anos, ela também contraiu doença pulmonar e vive
numa situação difícil devido às despesas com o remédio
estreptomicina e a criação de seus três filhos.

A terceira filha casou-se com um rapaz, mestre em


tamborim, mas ela também caiu de cama devido à doença.
E a caçula é solteira e vive junto com essa senhora idosa
exercendo a profissão de professora de cerimônia do chá.
Ela conseguiu sobreviver vencendo as dificuldades de pós-
guerra, mas devido à fatiga excessiva, o problema de cárie
que sofria outrora voltou e hoje encontra-se acamada.

A única pessoa saudável é essa senhora idosa de mais de


setenta anos de idade que curiosamente vive cheia de
vitalidade. Ela dizia que precisava obter 40 ampolas de
estreptomicina para sua segunda filha. O seu preço normal
por unidade era de pouco mais de trezentos ienes, mas
como não conseguia obter por esse preço, ela pagava
mais de setecentos ienes. Naquele dia, ela ia para o
hospital Kyose e, no outro dia, num outro. Mesmo correndo
para todos os lados, não conseguia aumentar a sua renda.
Além do mais, precisava obter informações sobre o túmulo
da primogênita e que a cada dois dias, levava misturas
para refeição do genro pintor que se encontrava
hospitalizado. Ia ainda cuidar da segunda filha; dos netos,
filhos da terceira filha; quando voltava para casa, precisava
cuidar da filha caçula; também precisava sair para dar
aulas de cerimônias do chá, senão não conseguia obter o
sustento e que ela era a protetora delas, etc., etc.

Lendo esse artigo, há um ponto que não posso ser negligente. Isto
porque, na atualidade, existem muitos casos como este. Certamente, entre
as pessoas dos tempos antigos, isso não acontecia. Não encontramos nas
literaturas e em lugar algum referências a isso; portanto, isso é uma questão
muito séria. Isto porque, em comparação aos tempos antigos, a Medicina
alcançou, incomparavelmente, grande progresso. Além do mais, as pessoas
citadas nesse artigo são todas relacionadas ao nível dos intelectuais.
Portanto, devem ter cultivada suficientemente a ideologia da higiene, mas
mesmo assim, mesmo ouvindo ou vendo pessoalmente casos como esse,
as pessoas da atualidade não sentem qualquer dúvida e acham que isso é
natural.
Sem dúvida, confiam cegamente na Medicina atual e sequer têm
tempo de pensar em outras coisas; por isso, parece que acabaram perdendo
totalmente o senso de crítica correta. Fico surpreso pensando: “Como será
que conseguiu-se chegar a esse ponto?”

No entanto, mesmo publicando no jornal e mostrando-lhes a realidade


de ter salvo as pessoas que se encontravam numa situação miserável
devido à doença, como as que foram mencionadas acima, não mostram
qualquer interesse permanecendo apáticos.

Quem quer que seja, diga o que disser, desde que a nossa Igreja
possui poder de formar lares isentos de doença, pobreza e conflito, se
houver alguém que está prestes a se afogar, bem próximo dessa pessoa
encontra-se alguém que tem em suas mãos uma corda de salvação. Mesmo
tentando fazer com que a pessoa agarre logo a corda, entre essas duas
pessoas há um obstáculo. Assim sendo, enquanto não tirar esse obstáculo,
não há meio de salvar aquela pessoa. Então, o que vem a ser esse
obstáculo? Mesmo não falando, já devem estar cientes, pois se trata da
superstição científica, propriamente dita.

Jornal Eiko nº 89, 31 de janeiro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

NAÇÃO REGIDA PELO CAMINHO


O Japão, assim como todos os países que se dizem civilizados, é
regido por leis. Entretanto, a realidade nos mostra que essa não é a forma
ideal para se governar uma nação. Através da História, vê-se que é difícil
exterminar os crimes somente com o poder das leis. Como não se consegue
eliminar todo o mal do homem, os crimes são inevitáveis;
conseqüentemente, só a Religião poderá trazer a verdadeira solução para o
problema. Contudo, casos que exigem soluções imediatas não poderão ser
resolvidos apenas por meio dela. Por esse motivo, em primeiro lugar é
preciso ensinar ao homem o Caminho. Refiro-me ao Caminho Perfeito e à
lógica.

Embora o assunto se assemelhe à antiga moral oriental, o que agora


desejo anunciar é uma moral nova e progressista. Sou levado a isso pela
evidente decadência moral da sociedade contemporânea, onde saltam aos
nossos olhos a corrupção dos jovens, o aumento do índice de criminalidade
e outros fatos. Até mesmo os intelectuais já estão percebendo a situação,
tanto assim que aconselham a volta ao ensino da Moral nas escolas e a
elaboração de algo que preencha as falhas da Educação. O assunto tem
servido de tema para várias discussões, e é muito animador constatar a
existência de uma preocupação nesse sentido.

Após a Segunda Guerra Mundial, os japoneses ficaram sem qualquer


apoio, não tendo a quem recorrer. O resultado é que aumentou o número de
criaturas desorientadas. Até o fim da guerra, em todas as escolas do país, o
ensino tinha por base a Moral, as sábias palavras do Imperador e também a
lealdade e o amor aos pais, profundamente enraizados no coração do povo
japonês desde épocas antigas. É inegável, portanto, que a sociedade
daquela época era muito mais honesta e sincera que a da época atual. Mas
nem por isso devemos revitalizar essa velha moral; torna-se imprescindível
criar uma ordem moral para a Nova Era. Após a guerra, estabeleceu-se a
democracia no Japão, e assim nos libertamos do despotismo. Isso foi muito
bom; pena é que se tenha ido além dos limites e chegado à situação
presente, ou seja, a uma sociedade predisposta à desordem. Sendo assim,
urge formar uma nova idéia moral que esteja em conformidade com a época,
eliminando o que há de mau e aproveitando o que há de bom no antigo e no
novo pensamento. É necessário construir um novo espírito japonês,
semelhante ao do cavalheirismo inglês, por exemplo. Para tanto, como
expus acima, a base é o Caminho, cuja noção deve ser intensamente
apregoada, não só no ensino como na sociedade. Se conseguirmos, com
isso, diminuir uma parte que seja do mal social, ficaremos muito satisfeitos.

Dando uma explicação mais compreensível sobre Caminho, isto é, o


Caminho Perfeito, devo dizer que se trata de algo aplicável a todas as
coisas; ou melhor, ele é a bússola orientadora da conduta humana.
Seguindo o Caminho, o homem não terá insucessos nem desgraças, tudo
lhe correrá bem. Gozará de maior confiança, será respeitado e amado pelo
próximo e, logicamente, ficará em situação de harmonia e de paz. Na
medida em que aumentar o número de indivíduos e de lares com tais
características, o mal social irá diminuindo cada vez mais, graças à
influência exercida por eles.

Por esse motivo, se continuarmos apoiando-nos apenas nas leis,


como fazemos atualmente, crescerá o número de indivíduos espertos e
malvados, os quais pensam que lhes basta agir de modo a não caírem nas
mãos da Justiça. Em outras palavras, Deus, como sempre digo, é o
Caminho Perfeito; adorar a Deus significa seguir o Caminho. Portanto, o
homem que se submete ao Caminho Perfeito e por ele é regido é um
verdadeiro homem civilizado.

Este artigo eu ofereço aos intelectuais do mundo inteiro.

7 de fevereiro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“A confusão existente no Mundo Material é uma conseqüência do


menosprezo da civilidade.”

O Japão, assim como todos os países que se dizem civilizados, é regido


por leis. Entretanto, a realidade nos mostra que essa não é a forma ideal para
se governar uma nação. Através da História, vê-se que é difícil exterminar os
crimes somente com o poder das leis. Como não se consegue eliminar todo o
mal do homem, os crimes são inevitáveis; conseqüentemente, só a Religião
poderá trazer a verdadeira solução para o problema. Contudo, casos que
exigem soluções imediatas não poderão ser resolvidos apenas por meio dela.
Por esse motivo, em primeiro lugar é preciso ensinar ao homem o Caminho.
Refiro-me ao Caminho Perfeito e à lógica.

Embora o assunto se assemelhe à antiga moral oriental, o que agora


desejo anunciar é uma moral nova e progressista. Sou levado a isso pela
evidente decadência moral da sociedade contemporânea, onde saltam aos
nossos olhos a corrupção dos jovens, o aumento do índice de criminalidade e
outros fatos. Até mesmo os intelectuais já estão percebendo a situação, tanto
assim que aconselham a volta ao ensino da Moral nas escolas e a elaboração
de algo que preencha as falhas da Educação. O assunto tem servido de tema
para várias discussões, e é muito animador constatar a existência de uma
preocupação nesse sentido.

Após a Segunda Guerra Mundial, os japoneses ficaram sem qualquer


apoio, não tendo a que recorrer. O resultado é que aumentou o número de
criaturas desorientadas. Até o fim da guerra, em todas as escolas do país, o
ensino tinha por base a Moral, as sábias palavras do Imperador e também a
lealdade e o amor aos pais, profundamente enraizados no coração do povo
japonês desde épocas antigas. É inegável, portanto, que a sociedade daquela
época era muito mais honesta e sincera que a da época atual. Mas nem por
isso devemos revitalizar essa velha moral; torna-se imprescindível criar uma
ordem moral para a Nova Era. Após a guerra, estabeleceu-se a democracia no
Japão, e assim nos libertamos do despotismo. Isso foi muito bom; pena é que
se tenha ido além dos limites e chegado à situação presente, ou seja, a uma
sociedade predisposta à anarquia. Sendo assim, urge formar uma nova idéia
moral que esteja em conformidade com a época, eliminando o que há de mau e
aproveitando o que há de bom no antigo e no novo pensamento. É necessário
construir um novo espírito japonês, semelhante ao do cavalheirismo inglês, por
exemplo. Para tanto, como expus acima, a base é o Caminho, cuja noção deve
ser intensamente apregoada, não só no ensino como na sociedade. Se
conseguirmos, com isso, diminuir uma parte que seja do mal social, ficaremos
muito satisfeitos.

Dando uma explicação mais compreensível sobre Caminho, isto é, o


Caminho Perfeito, devo dizer que se trata de algo aplicável a todas as coisas;
ou melhor, ele é a bússola orientadora da conduta humana. Seguindo o
Caminho, o homem não terá insucessos nem desgraças, tudo lhe correrá bem.
Gozará de maior confiança, será respeitado e amado pelo próximo e,
logicamente, ficará em situação de harmonia e de paz. Na medida em que
aumentar o número de indivíduos e de lares com tais características, o mal
social irá diminuindo cada vez mais, graças à influência exercida por eles.

Por esse motivo, se continuarmos apoiando-nos apenas nas leis, como


fazemos atualmente, crescerá o número de indivíduos espertos e malvados, os
quais pensam que lhes basta agir de modo a não caírem nas mãos da Justiça.
Em outras palavras, Deus, como sempre digo, é o Caminho Perfeito; adorar a
Deus significa seguir o Caminho. Portanto, o homem que se submete ao
Caminho Perfeito e por ele é regido é um verdadeiro homem civilizado.

Este artigo eu ofereço aos intelectuais do mundo inteiro.

Alicerce do Paraíso - “Nação Regida pelo Caminho” (07/02/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

(S.AN/17) NAÇÃO REGIDA PELO CAMINHO

Alicerce do Paraíso pág. 276

O Japão, assim como todos os países que se dizem civilizados, é


regido por leis. Entretanto, a realidade nos mostra que essa não é a forma
ideal para se governar uma nação. Através da História, vê-se que é difícil
exterminar os crimes somente com o poder das leis. Como não se consegue
eliminar todo o mal do homem, os crimes são inevitáveis;
conseqüentemente, só a Religião poderá trazer a verdadeira solução para o
problema. Contudo, casos que exigem soluções imediatas não poderão ser
resolvidos apenas por meio dela. Por esse motivo, em primeiro lugar é
preciso ensinar ao homem o Caminho. Refiro-me ao Caminho Perfeito e à
lógica.

Embora o assunto se assemelhe à antiga moral oriental, o que agora


desejo anunciar é uma moral nova e progressista. Sou levado a isso pela
evidente decadência moral da sociedade contemporânea, onde saltam aos
nossos olhos a corrupção dos jovens, o aumento do índice de criminalidade
e outros fatos. Até mesmo os intelectuais já estão percebendo a situação,
tanto assim que aconselham a volta ao ensino da Moral nas escolas e a
elaboração de algo que preencha as falhas da Educação. O assunto tem
servido de tema para várias discussões, e é muito animador constatar a
existência de uma preocupação nesse sentido.

Após a Segunda Guerra Mundial, os japoneses ficaram sem qualquer


apoio, não tendo a quem recorrer. O resultado é que aumentou o número de
criaturas desorientadas. Até o fim da guerra, em todas as escolas do país, o
ensino tinha por base a Moral, as sábias palavras do Imperador e também a
lealdade e o amor aos pais, profundamente enraizados no coração do povo
japonês desde épocas antigas. É inegável, portanto, que a sociedade
daquela época era muito mais honesta e sincera que a da época atual. Mas
nem por isso devemos revitalizar essa velha moral; torna-se imprescindível
criar uma ordem moral para a Nova Era. Após a guerra, estabeleceu-se a
democracia no Japão, e assim nos libertamos do despotismo. Isso foi muito
bom; pena é que se tenha ido além dos limites e chegado à situação
presente, ou seja, a uma sociedade predisposta à anarquia. Sendo assim,
urge formar uma nova idéia moral que esteja em conformidade com a época,
eliminando o que há de mau e aproveitando o que há de bom no antigo e no
novo pensamento. É necessário construir um novo espírito japonês,
semelhante ao do cavalheirismo inglês, por exemplo. Para tanto, como
expus acima, a base é o Caminho, cuja noção deve ser intensamente
apregoada, não só no ensino como na sociedade. Se conseguirmos, com
isso, diminuir uma parte que seja do mal social, ficaremos muito satisfeitos.
Dando uma explicação mais compreensível sobre Caminho, isto é, o
Caminho Perfeito, devo dizer que se trata de algo aplicável a todas as
coisas; ou melhor, ele é a bússola orientadora da conduta humana.
Seguindo o Caminho, o homem não terá insucessos nem desgraças, tudo
lhe correrá bem. Gozará de maior confiança, será respeitado e amado pelo
próximo e, logicamente, ficará em situação de harmonia e de paz. Na
medida em que aumentar o número de indivíduos e de lares com tais
características, o mal social irá diminuindo cada vez mais, graças à
influência exercida por eles.

Por esse motivo, se continuarmos apoiando-nos apenas nas leis,


como fazemos atualmente, crescerá o número de indivíduos espertos e
malvados, os quais pensam que lhes basta agir de modo a não caírem nas
mãos da Justiça. Em outras palavras, Deus, como sempre digo, é o
Caminho Perfeito; adorar a Deus significa seguir o Caminho. Portanto, o
homem que se submete ao Caminho Perfeito e por ele é regido é um
verdadeiro homem civilizado.

Este artigo, eu ofereço aos intelectuais do mundo inteiro.

Jornal Eiko nº 90, 7 de fevereiro de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

Seguindo o Caminho, o homem não terá insucessos nem desgraças,


tudo lhe correrá bem. Gozará de maior confiança, será respeitado e amado
pelo próximo e, logicamente, ficará em situação de harmonia e de paz. Na
medida em que aumentar o número de indivíduos e de lares com tais
características, o mal social irá diminuindo cada vez mais, graças à
influência exercida por eles.

Por esse motivo, se continuarmos apoiando-nos apenas nas Leis,


como fazemos atualmente, crescerá o número de indivíduos espertos e
malvados, os quais pensam que lhes basta agir de modo a não caírem nas
mãos da Justiça. Em outras palavras, Deus, como sempre digo, é o
Caminho Perfeito; adorar a Deus significa seguir o Caminho. Portanto, o
homem que se submete ao Caminho Perfeito e por ele é regido é um
verdadeiro homem civilizado.

(Nação regida pelo caminho, 7 de fevereiro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

(R1/47) A COINCIDÊNCIA ENTRE RELIGIÃO, FILOSOFIA E CIÊNCIA

O conteúdo desse texto é diversas vezes mais avançado do que o


nível da Religião, da Filosofia e da Ciência existentes atualmente, e à
medida que o lerem poderão compreender isso perfeitamente.

Em primeiro lugar, a atualidade do mundo da Ciência, que, como


todos sabem, progrediu até a era do àtomo, o que levou à descoberta do
nêutron do cientista Dr. Yugawa, e como é de conhecimento, chegou a tomar
a iniciativa na teoria física da ciência atômica.

Entretanto, os cientistas do mundo inteiro, objetivando uma


descoberta maior, estão empregando um esforço muito grande, mas a
maioria chegou ao limite e estão encurralados contra a parede; esta é a
situação atual.

E o interessante é que acontece o mesmo com a Filosofia, e a


Filosofia Existencial, que é a coisa mais nova, também está encurralada
contra a parede como a Ciência, sem ter como se mexer. E os filósofos
atuais obscurecem a ponta da teoria das palavras do Absoluto e isso é
realmente engraçado. Absoluto é o pronome pessoal de Deus. Ao usar a
palavra de Deus, entra-se no campo da religião, por isso creio que não tem
outro jeito a não ser falar dessa maneira.

A religião também, sem fugir à regra de exceção, chegou ao limite e


não tem jeito. Isso porquê a situação real do milagre, que é a característica
da religião, acontece muito pouco. Então, sem alternativa, tentam remediar
através de teorias e, por meio de diversos tipos de atividades sociais, tentam
colocar um sentido de valor existencial, mas em relação ao maior sofrimento
da humanidade, que é a doença, o crime, a guerra e outros, não consegue
realizar atividades que surtam efeito, o que está contando realmente que
chegou ao limite.

O que estará mostrando essa realidade? Sem dúvida que todos os


intelectuais estão em conflito sob a mesma idéia. A essa altura, vou mostrar
a solução de todos esses limites e, para dar a grande indicação, estou agora
escrevendo esse texto.

Sendo assim, vou escrever agora apenas a noção geral, como, por
exemplo, que a ciência atômica, ao avançar mais um passo, entrará no
mundo inorgânico. Nesse mundo inorgânico, é impossível a medição através
de instrumentos, por isso é completamente difícil agarrar. Não é preciso
dizer que esse mundo é o próprio mundo Espiritual Divino, é a origem de
todas as coisas existentes e, falando cientificamente, é um mundo
constituído de partículas infinitamente minúsculas, sendo que essa partícula
é também a origem da luz que pode ser aplicada como radioatividade. Além
disso, essa força radioativa consegue manifestar uma força jamais
experimentada pela humanidade. Em termos científicos, trata-se da tese do
Espírito Divino. E também, do mesmo modo que a física experimental da
ciência, é a observação do Espírito Divino.

Como manifestação da observação desse Espírito Divino, o último


relatório que veio em relação à Luz do Espírito Divino, o Raio-X que não
podia ser transmitido, a estante da casa de um vizinho não membro que
quase caiu fazendo um tremendo barulho e sem ninguém estar em casa,
esses milagres mostram claramente. Portanto, a luz da bomba atômica, que
é o alvo de maior medo da humanidade atualmente, provavelmente é
impossível a sua transmissividade. Sendo assim, através da força desse
Espírito Divino, creio que não é impossível trazer uma época sem guerras.
Mais uma coisa, a origem do nascimento das bactérias, consideradas
pela medicina como a principal origem da doença, pode ser claramente
apreendida através da teoria do Espírito Divino; portanto, não será tão difícil
assim a concretização do mundo sem doenças.

Em poucas palavras, desde que a Religião, a Filosofia e a Ciência


chegaram ao seu limite, estando a um passo do mundo do Espírito Divino,
nos encontramos nessa era de plena escuridão como a de hoje. Então, Deus
me colocou para transpor esse obstáculo, ou melhor, para abrir essa porta
de pedra e encaminhar para o mundo de luz; esse grande amor é que fez
surgir a nossa Igreja. No final das contas, pode-se dizer que é o abridor da
porta de pedra do mundo.

Jornal Eiko nº 91, 14 de fevereiro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

“Igualmente, no que se refere à ciência atômica, se esta avançar mais


um passo, acabará por entrar no campo imaterial. O plano imaterial é
impossível de ser medido através de aparelhos; portanto, não pode ser
captado de forma alguma. Escusado dizer que esse mundo situa-se aquém
do plano espiritual divino, sendo o local de origem de todos os seres. Do
ponto de vista científico, compõe-se de partículas extremamente pequenas,
as quais constituem a origem da Luz, podendo também ser aplicadas como
radioatividade. E é manifestada uma força radioativa jamais experimentada
pela humanidade. Em termos científicos, trata-se da ciência espiritual divina
teórica. É a ciência espiritual divina experimental, similar à física
experimental. (…)

A religião, a filosofia e a ciência estão um passo aquém do mundo


espiritual divino, e por se encontrar num impasse, verifica-se a era de trevas
como a de hoje. Assim, por intermédio da minha pessoa, Deus pretende
romper as barreiras, abrir as portas e conduzir-nos ao Mundo da Luz Divina.
O surgimento da nossa Instituição é a cristalização do grande amor divino”.
(Identidade entre a Religião, a Filosofia e a Ciência, 14 de fevereiro
de 1951)
(tradução em: Curso de Terapia Okada)

(J2/208) A REALIDADE É ELOQÜENTE

Certamente, ninguém da atualidade consegue acreditar nas palavras


“O Paraíso Terrestre, a meta da nossa Igreja” e isso é óbvio. Antes, mesmo
do ponto de vista sensato, acho normal o fato das pessoas não acreditarem;
seja como for, elas acham que isso é uma ilusão. Isto porque é uma obra tão
grandiosa que sequer conseguem imaginá-la, mesmo observando a História
do mundo de até então. No entanto, a questão não se limita apenas em
acreditar ou não; nós temos manifestado a possibilidade de sua realização.
Na realidade, diariamente, um número incontável de membros da nossa
Igreja tem experimentado benefícios que na maioria são absolutos. É tal qual
como o desabrochar das flores da cerejeira com a chegada da primavera e
assemelha-se ao infalível desabrochar dessas flores com a chegada daquela
estação. A respeito disso, as três experiências de fé que serão apresentadas
a seguir (omitidas nesta edição), manifestam o êxtase religioso em que as
pessoas foram salvas sem maiores problemas. Publiquei-as achando que
assim também as pessoas em geral poderiam compreender melhor.

Jornal Eiko nº 92, 21 de fevereiro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

A SITUAÇÃO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO E O MUNDO ESPIRITUAL

A situação do mundo contemporâneo apresenta-se realmente


periclitante, talvez como jamais se tenha visto na História. O temor pela
Terceira Guerra Mundial domina quase toda a humanidade. É um problema
seriíssimo, pois o conflito envolveria todos os países, e não apenas os
litigantes; seria inédita, portanto, a extensão da sua influência.
Essa é a imagem do mundo atual, que se projeta à vista de qualquer
um; todavia, se não conhecermos a verdade sobre o Mundo Espiritual, onde
está a origem de tudo que acontece neste mundo, não poderemos descobrir
a causa do problema. Só depois disso conseguiremos prever o futuro e ter
tranqüilidade de espírito. É sobre esse tema que vou escrever agora.

O Plano de Deus é construir o Paraíso Terrestre, e para isso era


necessário que a cultura material progredisse até certo ponto. Com esse
objetivo, Ele criou o bem e o mal, e foi pelo atrito entre ambos que
alcançamos o extraordinário progresso material da atualidade e estamos
agora a um passo do advento do Paraíso. Já expliquei isso muitas vezes,
mas vou tornar a fazê-lo, caso contrário, as pessoas que nunca ouviram falar
sobre o assunto teriam dificuldade de compreender aquilo que hoje pretendo
expor.

A luta entre os homens iniciou-se no Mundo Espiritual a partir do


momento em que o ser humano foi criado. Os mais fortes queriam apoderar-
se de todas as regiões conhecidas àquela época, governando-as conforme
sua vontade. Para isso, recorriam à violência, sem distinguir o bem e o mal,
tal como vemos presentemente. Assim, pouco a pouco, a inteligência do
homem foi se desenvolvendo, e, paralelamente ao aumento da população,
ampliou-se a escala da luta, tendo-se chegado, enfim, à situação atual.
O plano de conquista da supremacia mundial foi elaborado há cerca
de três mil anos, e seu chefe era um dragão possuidor de grande poder no
Mundo Espiritual. Esse dragão incorporou numa divindade e, através dela,
quis apoderar-se do mundo, tendo utilizado os métodos mais atrozes.
Durante algum tempo a divindade se saiu bem, recorrendo a tudo para
atingir seu objetivo, mas, quando já estava prestes a atingi-lo, falhou e
recebeu severa punição de Deus. Arrependendo-se, voltou ao seu estado
natural. A partir daí, o dragão passou a incorporar nas grandes
personalidades de cada época, procurando despertar nelas a ambição de
dominar o mundo. Fracassou sempre, mas não aprendeu, e até hoje está
lutando tenazmente, com toda a força. Muitos homens considerados
importantes estão nesse caso. A História nos mostra que, embora eles
tivessem grandes poderes na época, acabaram tendo um triste fim. César,
Napoleão, Guilherme II, Hitler e outros podem servir de exemplo.

Creio que agora já podem ter mais ou menos uma idéia da origem da
situação atual.

Referindo-me a personagens como os que mencionamos acima, eu


sempre digo que são chefes dos demolidores do mundo, pois até agora este
não era verdadeiramente civilizado, ainda restando ao homem cerca de
cinqüenta por cento de características selvagens. Espiritualmente falando,
significa que o homem pecou muito e acumulou máculas; portanto, surge de
vez em quando a necessidade de uma ação purificadora. Como para isso é
preciso haver demolidores e também limpadores, compreendemos que o
aparecimento deles sob forma de grandes personagens é apenas uma
manifestação do Plano de Deus. De nada adianta nos aborrecermos ou nos
desesperarmos.

25 de fevereiro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“Não desejo a glória de ser cortejado como herói, mas de ser uma pessoa
amada por todos.”

(...) O Plano de Deus é construir o Paraíso Terrestre, e para isso era


necessário que a cultura material progredisse até certo ponto. Com esse
objetivo, Ele criou o Bem e o Mal, e foi pelo atrito entre ambos que alcançamos
o extraordinário progresso material da atualidade e estamos agora a um passo
do advento do Paraíso. Já expliquei isso muitas vezes, mas vou tornar a fazê-
lo, caso contrário, as pessoas que nunca ouviram falar sobre o assunto teriam
dificuldade de compreender aquilo que hoje pretendo expor.

A luta entre os homens iniciou-se no Mundo Espiritual a partir do


momento em que o ser humano foi criado. Os mais fortes queriam apoderar-se
de todas as regiões conhecidas àquela época, governando-as conforme sua
vontade. Para isso, recorriam à violência, sem distinguir o Bem e o Mal, tal
como vemos presentemente. Assim, pouco a pouco, a inteligência do homem
foi se desenvolvendo, e, paralelamente ao aumento da população, ampliou-se a
escala da luta, tendo-se chegado, enfim, à situação atual.

O plano de conquista da supremacia mundial foi elaborado há cerca de


três mil anos, e seu chefe era um dragão possuidor de grande poder no Mundo
Espiritual. Esse dragão incorporou numa divindade e, através dela, quis
apoderar-se do mundo, tendo utilizado os métodos mais atrozes. Durante
algum tempo a divindade se saiu bem, recorrendo a tudo para atingir seu
objetivo, mas, quando já estava prestes a atingi-lo, falhou e recebeu severa
punição de Deus. Arrependendo-se, voltou ao seu estado natural. A partir daí, o
dragão passou a incorporar nas grandes personalidades de cada época,
procurando despertar nelas a ambição de dominar o mundo. Fracassou
sempre, mas não aprendeu, e até hoje está lutando tenazmente, com toda a
força. Muitos homens considerados importantes estão nesse caso. A História
nos mostra que, embora eles tivessem grandes poderes na época, acabaram
tendo um triste fim. César, Napoleão, Guilherme II, Hitler e outros podem servir
de exemplo.

Creio que agora já podem ter mais ou menos uma idéia da origem da
situação atual.
Referindo-me a personagens como os que mencionamos acima, eu
sempre digo que são chefes dos demolidores do mundo, pois até agora este
não era verdadeiramente civilizado, ainda restando ao homem cerca de
cinqüenta por cento de características selvagens. Espiritualmente falando,
significa que o homem pecou muito e acumulou máculas; portanto, surge de
vez em quando a necessidade de uma ação purificadora. Como para isso é
preciso haver demolidores e também limpadores, compreendemos que o
aparecimento deles sob forma de grandes personagens é apenas uma
manifestação do Plano de Deus. De nada adianta nos aborrecermos ou nos
desesperarmos.

Alicerce do Paraíso - “A situação do mundo contemporâneo e o


Mundo Espiritual” (25/02/51)
(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

(S.AN/91) A SITUAÇÃO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO E O MUNDO


ESPIRITUAL

Alicerce do Paraíso, pág. 10

A situação do mundo contemporâneo apresenta-se realmente


periclitante, talvez como jamais se tenha visto na História. O temor pela
Terceira Guerra Mundial domina quase toda a humanidade. É um problema
seriíssimo, pois o conflito envolveria todos os países, e não apenas os
litigantes; seria inédita, portanto, a extensão da sua influência.

Essa é a imagem do mundo atual, que se projeta à vista de qualquer


um; todavia, se não conhecermos a verdade sobre o Mundo Espiritual, onde
está a origem de tudo que acontece neste mundo, não poderemos descobrir
a causa do problema. Só depois disso conseguiremos prever o futuro e ter
tranqüilidade de espírito. É sobre esse tema que vou escrever agora.

O Plano de Deus é construir o Paraíso Terrestre, e para isso era


necessário que a cultura material progredisse até certo ponto. Com esse
objetivo, Ele criou o Bem e o Mal, e foi pelo atrito entre ambos que
alcançamos o extraordinário progresso material da atualidade e estamos
agora a um passo do advento do Paraíso. Já expliquei isso muitas vezes,
mas vou tornar a fazê-lo; caso contrário, as pessoas que nunca ouviram falar
sobre o assunto teriam dificuldade de compreender aquilo que hoje pretendo
expor.

A luta entre os homens iniciou-se no Mundo Espiritual a partir do


momento em que o ser humano foi criado. Os mais fortes queriam apoderar-
se de todas as regiões conhecidas àquela época, governando-as conforme
sua vontade. Para isso, recorriam à violência, sem distinguir o Bem e o Mal,
tal como vemos presentemente. Assim, pouco a pouco, a inteligência do
homem foi se desenvolvendo, e, paralelamente ao aumento da população,
ampliou-se a escala da luta, tendo-se chegado, enfim, à situação atual.

O plano de conquista da supremacia mundial foi elaborado há cerca


de três mil anos, e seu chefe era um dragão possuidor de grande poder no
Mundo Espiritual. Esse dragão incorporou numa divindade e, através dela,
quis apoderar-se do mundo, tendo utilizado os métodos mais atrozes.
Durante algum tempo a divindade se saiu bem, recorrendo a tudo para
atingir seu objetivo, mas, quando já estava prestes a atingi-lo, falhou e
recebeu severa punição de Deus. Arrependendo-se, voltou ao seu estado
natural. A partir daí, o dragão passou a incorporar nas grandes
personalidades de cada época, procurando despertar nelas a ambição de
dominar o mundo. Fracassou sempre, mas não aprendeu, e até hoje está
lutando tenazmente, com toda a força. Muitos homens considerados
importantes estão nesse caso. A História nos mostra que, embora eles
tivessem grandes poderes na época, acabaram tendo um triste fim. César,
Napoleão, Guilherme II, Hitler e outros podem servir de exemplo.

Creio que agora já podem ter mais ou menos uma idéia da origem da
situação atual.

Referindo-me a personagens como os que mencionamos acima, eu


sempre digo que são chefes dos demolidores do mundo, pois até agora este
não era verdadeiramente civilizado, ainda restando ao homem cerca de
cinqüenta por cento de características selvagens. Espiritualmente falando,
significa que o homem pecou muito e acumulou máculas; portanto, surge de
vez em quando a necessidade de uma ação purificadora. Como para isso é
preciso haver demolidores e também limpadores, compreendemos que o
aparecimento deles sob forma de grandes personagens é apenas uma
manifestação do Plano de Deus. De nada adianta nos aborrecermos ou nos
desesperarmos.

Revista Tijyo Tengoku nº 21, 25 de fevereiro de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)
REPÚDIO CONTRA O MAL

Observando, cuidadosamente, o mundo atual, constato que o homem


moderno carece sobremaneira do sentimento de repúdio contra o Mal. Por
exemplo, são pouquíssimos os que se indignam mesmo tendo ouvido casos
de pessoas de bem sendo oprimidas pelos vilões. Suponho que seguem
adotando a seguinte posição: "Não adianta enfurecer-me. Afinal, desde que
não atinja meus interesses, é tolice atormentar-me com isso. Basta as
preocupações que tem a ver com os meus problemas. Este mundo é penoso
e tem problemas e sofrimentos demais. Portanto, convém ignorá-lo".
Parecem julgar serem espertos aqueles que pensam dessa forma. Pior
ainda, o povo até os vê como exemplos de quem passou por uma longa
experiência na vida e até os respeita; muitos, ao conhecerem tais pessoas,
acabam adotando o mesmo princípio.

Assim como a política vai mal e encontra-se corrompida pelos seus


agentes e funcionários, os ex-líderes da sociedade, comumente, figuram nos
noticiários por envolvimento em corrupção e escândalos. A criminalidade
aumenta, consideravelmente, à medida que os adolescentes se desvirtuam
cada vez mais, etc. Não dá para deixar como está, sem pensar no futuro do
Japão. É preciso tomar alguma medida. As autoridades públicas mantêm o
mesmo espírito conservador e autoritário. Esfriou demasiadamente o
relacionamento entre pais e filhos, assim como entre educadores e
discípulos, por terem abraçado a Democracia de maneira confusa e errada.
Ostenta-se o belo nome da Democracia, mas há a demasiada exploração
nos impostos, e o povo sofre sob a opressão do poder burocrático. É muito
grande a quantidade e espécies de problemas desagradáveis que se
formaram, e é impossível enumerá-los. A causa básica de tudo isto está na
carência da justiça social, mas é devido à existência de muitos "espertos",
como vimos acima. Entretanto, pensando bem, não há exagero no fato da
sociedade estar adquirindo esta característica. Em qualquer época, os
jovens possuem vigoroso espírito de justiça social e forte repúdio contra o
Mal. Mas ao ingressarem na sociedade, após concluídos os estudos
escolares, a realidade se apresenta de forma tão inesperada que fá-los
mudar de conceito, gradualmente, com a aquisição de experiências. A
irritação contra a injustiça, ou a ostentação do espírito de justiça social,
poderá criar mal entendidos e suscitar desagrados e antipatias das pessoas
e superiores, dificultando o sucesso na carreira. Assim sendo, com o correr
do tempo, o espírito de justiça é substituído por outro de natureza
extremamente prática. Nessa altura, pode ser considerado um habilitado na
arte de viver.

Isso, entretanto, não pode ser condenado, mas o demasiado


incremento de tais pessoas afrouxa a organização social, facilitando a
degeneração e a manifestação de corruptores e criminosos. A realidade da
sociedade atual retrata-o muito bem. Para avaliar uma pessoa, segundo a
minha longa experiência, julgo da maior eficiência o método de se basear no
grau do repúdio que ela possui contra o Mal. Quanto mais elevado o grau
desse repúdio, maior é a sua firmeza e, por conseguinte, revela solidez de
caráter. Contudo, não me refiro ao simples repúdio; pois, geralmente, traz
complicações e torna-se perigoso. Na verdade, os jovens são propensos à
exaltação e, não raras vezes, isso molesta o próximo e ameaça o bem-estar
da sociedade. Para evitar tal situação, é preciso contar com o apoio da
sabedoria. Isto é, conter a fúria, pensar moderadamente e maduramente,
evitando atos desatinados e praticando de maneira firme e honrada tudo o
que seja justo e útil ao homem e à sociedade.

Escreverei algumas palavras sobre a minha pessoa, com relação ao


assunto. Sempre tive espírito de justiça muito forte desde o tempo de jovem
e sentia extremo repúdio contra as injustiças do mundo. Lutei muito para
reprimir o ímpeto que me dominava quando presenciava ou ouvia ações
desonrosas. Exige muita paciência, mas isto será, relativamente, fácil se a
encararmos como uma provação Divina, pois traz também o benefício do
aprimoramento espiritual. De maneira que, como ideal, o homem, para ser
útil à sociedade, precisa possuir caráter enfurecedor contra o Mal. Porém, no
momento de manifestá-lo, exige como meio muita reflexão e prudência. É
preciso tomar o extremo cuidado para não causar o exagero e o incômodo
ao próximo; manter o senso comum, sem faltar com o amor e a amizade e
seguir avante, fazendo da Vontade de Deus a vontade de si próprio.
25 de Fevereiro de 1951
(tradução em: Escritos Sagrados – Obra I)

ÓDIO AO MAL

Mediante observação cuidadosa, constatei que o homem de nossos


dias é destituído de ódio ao mal. São poucos os que ficam indignados
quando sabem que um inocente está nas garras de um perverso.

Imagino que muitas pessoas, ao lerem o que escrevi acima, refletirão


assim: “Que adianta rebelar-me contra o mal que atinge os outros? Não fere
meus interesses! É bobagem atormentar-me com tais fatos... Bastam-me as
minhas preocupações! A vida já é tão cheia de problemas e sofrimentos, que
o melhor é disfarçar e fingir que não vejo certas coisas”. Ora, quem pensa
assim geralmente é considerado hábil e dotado de experiência. A seu
respeito, costuma-se dizer: “É um sujeito vivido!” Esse tipo, pretensamente
experiente, é tido como padrão, sendo respeitado e imitado por muita gente.

Na Política, que sempre funciona muito mal, o descalabro é evidente.


A maioria dos políticos e funcionários públicos são corruptos. Ex-dirigentes
de sociedades são denunciados por escândalos de suborno e prevaricação.
A onda de crimes avoluma-se dia a dia. Segundo a opinião geral, urge dar
fim à delinqüência juvenil, evitando-se, dessa forma, um negro futuro para o
Japão e para o mundo.

Essas observações que fiz cuidadosamente demonstram que o mal


não é odiado.

Os funcionários públicos conservam o autoritarismo feudal. Esfriam-se


as relações entre os familiares e aumenta a crise entre educadores e
educandos, por ter-se abraçado a democracia de maneira deturpada. A bela
capa da democracia oculta a exploração dos impostos e o sofrimento do
povo sob a opressão do poder burocrático.
O número de problemas desagradáveis é tal que se torna difícil
relacioná-los.

A causa de tudo isto é uma generalizada despreocupação quanto ao


sentido de justiça, acrescida do egoísmo de muitas criaturas, erroneamente
consideradas “experientes”. Todavia, examinando os fatos, vemos que a
sociedade atual não poderia possuir outras características. Chega a ser
lógico.

Em todas as épocas, os jovens possuem vigoroso senso de justiça e


ódio ao mal. Ao deixarem os bancos escolares, no entanto, enfrentam uma
realidade tão inesperada, que golpeia todas as suas convicções, dissolve
seus velhos ideais e exige a reformulação de seus valores, para que eles
adquiram a chamada “experiência da vida”. Qualquer manifestação do
espírito de justiça cria mal-entendidos, suscita antipatia de superiores
hierárquicos e dificulta-lhes o sucesso na profissão. Qualquer intenção de
justiça é considerada como pedantismo ou inexperiência. A essa altura, o
sentimento de justiça é posto de lado, num canto do coração, sendo
substituído pelo “senso prático”. Considera-se, então, que o jovem se
aprimorou na arte de viver em sociedade.

Não digo que isto seja propriamente mau; contudo, o aumento de


pessoas acomodadas afrouxa a estrutura da sociedade e facilita o
aparecimento de corruptos e criminosos. A nossa realidade social torna
patente o que acabo de afirmar.

Para definir o valor de um homem, julgo importante verificar a sua


dosagem de ódio ao mal. Quanto maior ojeriza tiver pelo mal, mais firme é a
pessoa, mais sólido é o seu caráter. Mas não me refiro ao ódio simplista, que
geralmente traz complicações. Os jovens costumam exaltar-se facilmente,
importunar o próximo, ameaçar a ordem social e causar uma sensação de
desconforto à sua volta. Para evitar esse ódio nocivo, precisam do apoio da
Inteligência Superior. Quem abomina profundamente o mal deve amadurecer
seu pensamento, evitar atos impulsivos, dar bons exemplos à sociedade,
praticando tudo que é bom e justo, virtuoso e útil.

Gostaria de contar a minha experiência sobre esse assunto.

Desde menino, desenvolvi um forte sentimento de justiça. Tinha um


ódio profundo pelas desigualdades que há no mundo e muito lutei para
reprimir o furor que me dominava quando sabia de alguma injustiça ou
desonestidade.

Esse autodomínio é difícil e doloroso, mas será facilitado se o


encararmos como um treinamento divino que nos aprimora espiritualmente.
Sob esse aspecto, vemos que tal controle minora o sofrimento e lapida a
alma.

Eis uma característica que conservo até hoje: continuo tendo horror
pelo mal. Porém aceito os fatos, buscando ser tolerante, tomando tudo como
provação. A boa norma de conduta determina o ódio ao mal, mas também
prudência nas ocasiões em que ele se manifeste. Melhor dizendo, temos de
ter cuidado para que esse sentimento não se mostre exagerado nem
prejudique o próximo; que ele não fira o bom senso, não falte aos preceitos
do amor e da harmonia. É um ódio útil, que nos permite caminhar com um
sentimento semelhante ao de Deus.

25 de fevereiro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“Homem forte é aquele que, esquecendo-se de si mesmo, percorre o


caminho correto.”

Mediante observação cuidadosa, constatei que o homem de nossos dias


é destituído de ódio ao Mal. São poucos os que ficam indignados quando
sabem que um inocente está nas garras de um perverso.
Imagino que muitas pessoas, ao lerem o que escrevi acima, refletirão
assim: “Que adianta rebelar-me contra o Mal que atinge os outros? Não fere
meus interesses! É bobagem atormentar-me com tais fatos... Bastam-me as
minhas preocupações! A vida já é tão cheia de problemas e sofrimentos, que o
melhor é disfarçar e fingir que não vejo certas coisas”. Ora, quem pensa assim
geralmente é considerado hábil e dotado de experiência. A seu respeito,
costuma-se dizer: “É um sujeito vivido!” Esse tipo, pretensamente experiente, é
tido como padrão, sendo respeitado e imitado por muita gente.

Na Política, que sempre funciona muito mal, o descalabro é evidente. A


maioria dos políticos e funcionários públicos é corrupta. Ex-dirigentes de
sociedades são denunciados por escândalos de suborno e prevaricação. A
onda de crimes avoluma-se dia a dia. Segundo a opinião geral, urge dar fim à
delinqüência juvenil, evitando-se, dessa forma, um negro futuro para o Japão e
para o mundo.

Essas observações que fiz cuidadosamente demonstram que o Mal não


é odiado.

Os funcionários públicos conservam o autoritarismo feudal. Esfriam-se


as relações entre os familiares e aumenta a crise entre educadores e
educandos, por ter-se abraçado a democracia de maneira deturpada. A bela
capa da democracia oculta a exploração dos impostos e o sofrimento do povo
sob a opressão do poder burocrático. O número de problemas desagradáveis é
tal que se torna difícil relacioná-los.

A causa de tudo isto é uma generalizada despreocupação quanto ao


sentido de justiça, acrescida do egoísmo de muitas criaturas, erroneamente
consideradas “experientes”. Todavia, examinando os fatos, vemos que a
sociedade atual não poderia possuir outras características. Chega a ser lógico.

Em todas as épocas, os jovens possuem vigoroso senso de justiça e


ódio ao Mal. Ao deixarem os bancos escolares, no entanto, enfrentam uma
realidade tão inesperada que golpeia todas as suas convicções, dissolve seus
velhos ideais e exige e reformulação de seus valores, para que eles adquiram a
chamada “experiência da vida”. Qualquer manifestação do espírito de justiça
cria mal-entendidos, suscita antipatia de superiores hierárquicos e dificulta-lhes
o sucesso na profissão. Qualquer intenção de justiça é considerada como
pedantismo ou inexperiência. A essa altura, o sentimento de justiça é posto de
lado, num canto do coração, sendo substituído pelo “senso prático”. Considera-
se, então, que o jovem se aprimorou na arte de viver em sociedade.

Não digo que isto seja propriamente mau; contudo, o aumento de


pessoas acomodadas afrouxa a estrutura da sociedade e facilita o
aparecimento de corruptos e criminosos. A nossa realidade social torna patente
o que acabo de afirmar.

Para definir o valor de um homem, julgo importante verificar a sua


dosagem de ódio ao Mal. Quanto maior ojeriza tiver pelo Mal, mais firme é a
pessoa, mais sólido é o seu caráter. Mas não me refiro ao ódio simplista, que
geralmente traz complicações. Os jovens costumam exaltar-se facilmente,
importunar o próximo, ameaçar a ordem social e causar uma sensação de
desconforto à sua volta. Para evitar esse ódio nocivo, precisam do apoio da
Inteligência Suprema. Quem abomina profundamente o Mal deve amadurecer
seu pensamento, evitar atos impulsivos, dar bons exemplos à sociedade,
praticando tudo que é bom e justo, virtuoso e útil.

Gostaria de contar a minha experiência sobre esse assunto.

Desde menino, desenvolvi um forte sentimento de justiça. Tinha um ódio


profundo pelas desigualdades que há no mundo e muito lutei para reprimir o
furor que me dominava quando sabia de alguma injustiça ou desonestidade.
Esse autodomínio é difícil e doloroso, mas será facilitado se o encararmos
como um treinamento Divino que nos aprimora espiritualmente. Sob esse
aspecto, vemos que tal controle minora o sofrimento e lapida a alma.

Eis uma característica que conservo até hoje: continuo tendo horror pelo
Mal. Porém aceito os fatos, buscando ser tolerante, tomando tudo como
provação. A boa norma de conduta determina o ódio ao Mal, mas também
prudência nas ocasiões em que ele se manifeste. Melhor dizendo, temos de ter
cuidado para que esse sentimento não se mostre exagerado nem prejudique o
próximo; que ele não fira o bom senso, não falte aos preceitos do amor e da
harmonia. É um ódio útil, que nos permite caminhar com um sentimento
semelhante ao de Deus.

Alicerce do Paraíso - “Ódio ao Mal” (25/02/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

(R2/33) ÓDIO AO MAL

Alicerce do Paraíso, pág.221

Mediante observação cuidadosa, constatei que o homem de nossos


dias é destituído de ódio ao Mal. São poucos os que ficam indignados
quando sabem que um inocente está nas garras de um perverso.

Imagino que muitas pessoas, ao lerem o que escrevi acima, refletirão


assim: "Que adianta rebelar-me contra o mal que atinge os outros? Não fere
meus interesses! É bobagem atormentar-me com tais fatos... Bastam-me as
minhas preocupações! A vida já é tão cheia de problemas e sofrimentos, que
o melhor é disfarçar e fingir que não vejo certas coisas". Ora, quem pensa
assim geralmente é considerado hábil e dotado de experiência. A seu
respeito, costuma-se dizer: "É um sujeito vivido!" Esse tipo, pretensamente
experiente, é tido como padrão, sendo respeitado e imitado por muita gente.

Na Política, que sempre funciona muito mal, o descalabro é evidente.


A maioria dos políticos e funcionários públicos são corruptos. Ex-dirigentes
de sociedades são denunciados por escândalos de suborno e prevaricação.
A onda de crimes avoluma-se dia-a-dia. Segundo a opinião geral, urge dar
fim à delinqüência juvenil, evitando-se, dessa forma, um negro futuro para o
Japão e para o mundo.

Essas observações, que fiz cuidadosamente, demonstram que o Mal


não é odiado.
Os funcionários públicos conservam o autoritarismo feudal. Esfriam-se
as relações entre os familiares e aumenta a crise entre educadores e
educandos, por ter-se abraçado a democracia de maneira deturpada. A bela
capa da democracia oculta a exploração dos impostos e o sofrimento do
povo sob a opressão do poder burocrático.

O número de problemas desagradáveis é tal que se torna difícil


relacioná-los.

A causa de tudo isto é uma generalizada despreocupação quanto ao


sentido de justiça, acrescida do egoísmo de muitas criaturas, erroneamente
consideradas "experientes". Todavia, examinando os fatos, vemos que a
sociedade atual não poderia possuir outras características. Chega a ser
lógico.

Em todas as épocas, os jovens possuem vigoroso senso de justiça e


ódio ao Mal. Ao deixarem os bancos escolares, no entanto, enfrentam uma
realidade tão inesperada, que golpeia todas as suas convicções, dissolve
seus velhos ideais e exige a reformulação de seus valores, para que eles
adquiram a chamada "experiência da vida". Qualquer manifestação do
espírito de justiça cria mal-entendidos, suscita antipatia de superiores
hierárquicos e dificulta-lhes o sucesso na profissão. Qualquer intenção de
justiça é considerada como pedantismo ou inexperiência. A essa altura, o
sentimento de justiça é posto de lado, num canto do coração, sendo
substituído pelo "senso prático". Considera-se, então, que o jovem se
aprimorou na arte de viver em sociedade.

Não digo que isto seja propriamente mau; contudo, o aumento de


pessoas acomodadas afrouxa a estrutura da sociedade e facilita o
aparecimento de corruptos e criminosos. A nossa realidade social torna
patente o que acabo de afirmar.

Para definir o valor de um homem, julgo importante verificar a sua


dosagem de ódio ao Mal. Quanto maior ojeriza tiver pelo Ml, mais firme é a
pessoa, mais sólido é o seu caráter. Mas não me refiro ao ódio simplista, que
geralmente traz complicações. Os jovens costumam exaltar-se facilmente,
importunar o próximo, ameaçar a ordem social e causar uma sensação de
desconforto à sua volta. Para evitar esse ódio nocivo, precisam do apoio da
Inteligência Suprema. Quem abomina profundamente o Mal, deve
amadurecer seu pensamento, evitar atos impulsivos, dar bons exemplos à
sociedade, praticando tudo que é bom e justo, virtuoso e útil.

Gostaria de contar a minha experiência sobre esse assunto.

Desde menino, desenvolvi um forte sentimento de justiça. Tinha um


ódio profundo pelas desigualdades que há no mundo e muito lutei para
reprimir o furor que me dominava quando sabia de alguma injustiça ou
desonestidade.

Esse autodomínio é difícil e doloroso, mas será facilitado se o


encararmos como um treinamento Divino que nos aprimora espiritualmente.
Sob esse aspecto, vemos que tal controle minora o sofrimento e lapida a
alma.

Eis uma característica que conservo até hoje: continuo tendo horror
pelo Mal. Porém aceito os fatos, buscando ser tolerante, tomando tudo como
provação. A boa norma de conduta determina o ódio ao Mal, mas também
prudência nas ocasiões em que ele se manifeste. Melhor dizendo, temos de
ter cuidado para que esse sentimento não se mostre exagerado nem
prejudique o próximo; que ele não fira o bom senso, não falte aos preceitos
do amor e da harmonia. É um ódio útil, que nos permite caminhar com um
sentimento semelhante ao de Deus.

Revista Tijo Tengoku nº 21, 25 de fevereiro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

Para definir o valor do homem, julgo importante verificar sua dosagem


de ódio ao Mal. Quanto maior ojeriza tiver pelo Mal, mais firme é a pessoa,
mais sólido é o seu caráter. Mas não me refiro ao ódio simplista, que
geralmente traz complicações. Os jovens costumam exaltar-se facilmente,
importunar o próximo, ameaçar a ordem social e causar uma sensação de
desconforto à sua volta. Para evitar esse ódio, precisam do apoio da
Inteligência Suprema. Quem abomina profundamente o Mal deve
amadurecer seu pensamento, evitar atos impulsivos, dar bons exemplos à
sociedade, praticando tudo que é bom e justo, virtuoso e útil. Gostaria de
contar a minha experiência sobre esse assunto. Desde menino, desenvolvi
um forte sentimento de justiça. Tinha um ódio profundo pelas desigualdades
que há no mundo e muito lutei para reprimir o furor que me dominava
quando sabia de alguma injustiça ou desonestidade. Esse autodomínio é
difícil e doloroso, mas será facilitado se o encararmos como um treinamento
divino que nos aprimora espiritualmente. Sob esse aspecto, vemos que tal
controle minora o sofrimento e lapida a alma. Eis uma característica que
conservo até hoje: continuo tendo horror pelo Mal. Porém aceito os fatos,
buscando ser tolerante, tomando tudo como provação. A boa norma de
conduta determina o ódio ao Mal, mas também prudência nas ocasiões em
que ele se manifeste. Melhor dizendo, temos de ter cuidado para que esse
sentimento não mostre exagerado nem prejudique o próximo; que ele não
fira o bom senso, não falte aos preceitos do amor e da harmonia. É um ódio
útil, que nos permite caminhar com um sentimento semelhante ao de Deus.

(Ódio ao Mal, 25 de fevereiro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

(J2/203) PURIFICAÇÃO

A nossa Igreja denomina purificação à ação da cura de doença. O


relato (“Fui salvo da doença que sofria por muitos anos”) apresentado a
seguir (omitido nesta edição) ilustra isso muito bem; portanto, lendo-o, acho
que será de grande valia como referência. Através dele podemos perceber
que a causa da doença é o acúmulo de impurezas e que com a sua
eliminação ocorre a cura completa, e isso está por demais evidente.
Portanto, sendo um tratamento que possui força de eliminá-la, podemos
considerar como verdadeira Medicina; sendo o oposto, não podemos
denominar Medicina. Avançando até esse nível é que se tornará uma
Medicina verdadeira que salva todo mundo.

Jornal Eiko nº 93, 28 de fevereiro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

(S.AN/86) OS ESTADOS UNIDOS E A JUSTIÇA

Em relação à proposta de os Estados Unidos colocarem o carimbo


como o invasor da China Comunista, estando atualmente em meio ao perigo
mundial, a começar da Inglaterra, cada país das forças aliadas da Europa
não mostrou uma atitude determinada, mas dessa vez, ao ver o resultado
conforme o desejo dos Estados Unidos, é para ficar bastante contente. Isso
porque, para o povo que veio sofrendo os horrores da Segunda Guerra
Mundial, não é para menos que ficaram duvidosos, mas por outro lado, se se
tivesse empregado qualquer outra medida tentando impedir agora a Rússia
do domínio do mundo, nem é preciso dizer que é totalmente impossível. Pelo
contrário, irá aperfeiçoar ainda mais os armamentos, e se houver uma
brecha, é uma realidade indubitável que irá tentar pôr as mãos em todo
lugar. Se bem que mesmo os Estados Unidos, com o sistema do princípio
democrático, empenhando-se com todo o esforço, conseguirá quebrar a
selvageria da Rússia; se não conseguir, terá que desistir, porque será
totalmente impossível o confronto até construir um armamento poderoso.
Agora, puxando cada país da Europa, está se empenhando aos poucos
nessa preparação.

Entretanto, a parte da Ásia, tendo o Sr. Nero no papel de orientador,


tentou solucionar o problema da Coréia, mas acabou fracassando e, da
mesma forma como cada país da Europa, a preocupação é a mesma por
não saber quando a mão da Rússia irá manipular a China Comunista para
começar a envolver o pobre armamento da Ásia.
Contudo, os Estados Unidos é indiferente à intenção de outras
nações, e esse senso de justiça de transpor até o final o sentimento inicial é
uma coisa maravilhosa. Sem dúvida que esse país tem como proteção um
poderoso armamento, e isso também influi, mas acima disso está o
absolutismo do senso de justiça tradicional dos Estados Unidos. Através do
que esse senso de justiça é formado? Logicamente vem da fé cristã, e
mesmo na mensagem do Presidente Tolman publicada ultimamente, está
bem acentuado que a fé é uma aliada, e também no importante
pronunciamento do General McArthur existe sempre a palavra Deus, e
vendo isso irão concordar.

Refletindo, quando olhamos o pronunciamento do nosso ministro do


Japão, das autoridades e da classe orientadora, notamos que não dizem a
palavra fé ou Deus. Sendo assim, é realmente muito triste. Portanto, se a
classe de orientadores do Japão não começar a falar as palavras Deus, fé,
justiça, mesmo que supostamente venha a paz, é natural que doravante não
se poderá ficar tranqüilo, e não dá para dizer que não haverá políticos e
idéias que irão errar o futuro da nação

Jornal Eiko nº 93, 28 de fevereiro de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

O PODER DO (.) - O PAI DO CÉU

Por isso, como eu estou escrevendo agora - sobre a Cultura do (.), até
agora só existia a circunferência. Mas o ponto do centro é a origem. No mundo
de até agora, não era manifestado o Poder do Senhor.

Isto é, o Supremo Deus - que em termos humanos é o Pai - não havia


surgido. Somente os gerentes. Por isso, os "Deus" de até agora eram gerentes
de Deus. Tanto o Jesus como o Sakyamuni eram gerentes. Jesus dizia: "Pai do
Céu"; e Pai do Céu significa Supremo Deus. Por tanto, o importante centro
estava totalmente escondido. Só se via a circunferência e só se podia ver até
esse ponto. Mas a Igreja Messiânica possui o Poder do Supremo Deus. Trata-
se do ponto do centro. Por isso, se compreender claramente que se trata do
poder que soluciona a base de todas as calamidades humanas, poderão
entender esse poder em termos gerais.

Mioshie-shu Nº 8 (05/03/1951)
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

O PODER DO (.) - O PAI DO CÉU

Por isso como eu estou escrevendo agora - sobre a Cultura do (.) até
agora só existia a circunferência. Mas o ponto do centro é a origem. No mundo
de até agora, não era manifestado o Poder do Senhor.

Isto é, o Supremo Deus - que em termos humanos é o pai - não havia


surgido. Somente os gerentes. Por isso, os "Deus" de até agora, eram gerentes
de Deus. Tanto o Jesus como o Sakyamuni eram gerentes. Jesus dizia: "Pai do
Céu"; e Pai do Céu significa Supremo Deus. Por tanto, o importante centro
estava totalmente escondido. Só se via a circunferência e só podia se ver até
esse ponto. Mas a Igreja Messiânica possui o Poder do Supremo Deus. Trata-
se do ponto do centro. Por isso, se compreender claramente que se trata do
poder que soluciona a base de todas as calamidades humanas, poderão
entender esse poder em termos gerais.

(Mioshie-shu n. 8 5/3/1951)
(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)

(J2/61) COMO TORNAR AS CRIANÇAS SAUDÁVEIS

A Outra Face da Doença, pág. 46

As crianças de hoje têm saúde muito precária. É desencorajador


verificar, em toda parte, o grande número de crianças magras e pálidas. Até
pouco tempo, isso só ocorria na cidade, mas ultimamente vem se
observando a mesma tendência no interior. Em certa vila do Estado de
Nagano constatou-se, após exame de saúde, que, entre cem alunos da
escola primária, oitenta e um apresentavam suspeitas de tuberculose
pulmonar. De vez em quando aparecem notícias semelhantes nos jornais.
Tomando conhecimento de tais ocorrências, qualquer pessoa achará
estranho, pois hoje o progresso da Medicina atinge até mesmo as vilas do
interior. E o que torna mais grave o problema é que se desconhece
totalmente a sua verdadeira causa.

O fato que expusemos acima só pode ser decorrente da higiene e


nutrição erradas. Atualmente, acreditando-se que é bom fazer tudo à moda
do Ocidente, dá-se às crianças japonesas o mesmo tratamento dispensado
às ocidentais. Isso constitui um grande erro, porque, na realidade, os
japoneses e os ocidentais são essencialmente diferentes. Essa educação
errada limitava-se às grandes cidades, mas parece que nos últimos tempos
vem se adotando no interior o sistema educacional urbano. A falha está em
desprezar a Natureza e atribuir pouca importância ao leite materno, como
acontece no Ocidente, dando às crianças leite de vaca em excesso,
dispensando-lhes cuidados exagerados, fazendo-as ingerir remédios em
demasia e aplicando-lhes injeções inadequadas. Isso, ainda que
teoricamente esteja correto, na verdade acaba enfraquecendo o corpo. Para
os ocidentais não há problema, pois foram criados dessa maneira desde os
seus ancestrais; com relação aos japoneses, entretanto, a mudança brusca
é nociva. Para eles, o melhor método de criação é o japonês, empregado
desde a Antigüidade; caso não seja possível aplicá-lo, a mudança deve ser
feita gradativamente. Os fatos reais são bem ilustrativos. Parece-me que as
crianças de alguns anos atrás, quando a Medicina ainda não havia
alcançado o progresso atual, eram muito mais saudáveis.

Vou agora expor a forma correta de criar os filhos. A mãe, na medida


do possível, deve trabalhar até o mês do parto; deve amamentar seu filho,
restringindo o leite de vaca aos casos imprescindíveis; não deve temer que
ele fique gripado; deve fazer tudo de acordo com a Natureza, isto é, deixar a
criança à vontade, não lhe colocando cinteiro, evitando o máximo possível o
uso de medicamentos, etc. Em suma, basta reconhecer a grande verdade de
que o homem foi feito para crescer naturalmente, com saúde. Por
conseguinte, é evidente que quanto mais cuidados a criança receber, mais
fraca ela se tornará. Sem se deixar influenciar pela moda, os pais devem
criar seus filhos de acordo com o método que lhes foi legado pelos seus
antepassados, levando em conta apenas os pontos positivos do progresso
da era moderna, as práticas realmente boas, e não as teorias. Nesse
particular, queremos pedir profunda reflexão às autoridades e aos
especialistas no assunto.

Jornal Eiko nº 95, 14 de março de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

COMO TORNAR AS CRIANÇAS SAUDÁVEIS

As crianças de hoje têm saúde muito precária. É desencorajador


verificar, em toda parte, o grande número de crianças magras e pálidas. Até
pouco tempo, isso ocorria mais na cidade, mas ultimamente vem se
observando a mesma tendência no interior. Em certa vila da Província de
Nagano constatou-se, após exame de saúde, que, entre cem alunos da
escola primária, oitenta e um apresentavam suspeitas de tuberculose
pulmonar. De vez em quando ainda aparecem notícias semelhantes nos
jornais. Tomando conhecimento de tais ocorrências, qualquer pessoa achará
estranho, pois hoje o progresso da Medicina atinge até mesmo as vilas do
interior. E o que torna mais grave o problema é que se desconhece
totalmente a sua causa. Vou aqui expor a sua verdadeira causa pelo ponto
de vista da nossa Medicina Natural.

Ela só pode ser decorrente da higiene médica e nutrição erradas.


Atualmente, acreditando-se que é bom fazer tudo à moda do Ocidente, dá-
se às crianças japonesas o mesmo tratamento educacional dispensado às
ocidentais. Isso constitui um grave erro, porque, na realidade, os japoneses
e os ocidentais são essencialmente diferentes. Essa educação errada
limitava-se às grandes cidades, mas parece que nos últimos tempos vem se
adotando no interior o sistema educacional urbano. A falha está em
desprezar a Natureza e atribuir pouca importância ao leite materno, como no
Ocidente, dando às crianças leite de vaca em excesso, dispensando-lhes
cuidados exagerados, fazendo-as ingerir remédios em demasia e aplicando-
lhes injeções inadequadas. Isso, ainda que teoricamente esteja correto, na
verdade acaba enfraquecendo o corpo. Para os ocidentais não há problema,
pois foram criados dessa maneira desde os seus ancestrais; com relacão
aos japoneses, entretanto, há uma grande diferença e as mudanças bruscas
também são nocivas. Para eles, o melhor método de criação é o japonês,
empregado desde a Antigüidade; caso não seja possível aplicá-lo, a
mudança deve ser feita gradativamente. Os fatos reais são bem ilustrativos.
Parece-me que as crianças de alguns anos atrás, quando a Medicina ainda
não havia alcançado o progresso atual, eram muito mais saudáveis.

Vou agora expor a forma correta de criar os filhos. A mãe, na medida


do possível, deve trabalhar até o mês do parto; deve amamentar o filho,
restringindo o leite de vaca aos casos imprescindíveis; não deve temer que
ele fique gripado; deve fazer tudo de acordo com a Natureza, isto é, deixar a
criança à vontade, não dispensar cuidados excessivos, não lhe colocando
cinteiro, evitando o máximo possível o uso de medicamentos, etc. Em suma,
basta reconhecer a grande verdade de que o homem nasce neste mundo
com capacidade para crescer naturalmente, com saúde. Isso está evidente
ao ver que, quanto mais cuidados a criança recebe, mais fraca ela se torna.
Sem se deixar influenciar pela moda, os pais devem criar seus filhos de
acordo com o método que lhes foi legado pelos seus antepassados, levando
em conta apenas os pontos positivos do progresso da era moderna, as
práticas realmente boas, e não as teorias. Nesse particular, queremos pedir
profunda reflexão às autoridades e aos especialistas no assunto.

(Jornal Eikô nº 95 — 14 de março de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)
COMO TORNAR AS CRIANÇAS SAUDÁVEIS

14 de março de 1951

As crianças de hoje têm saúde muito precária. É desencorajador


verificar, em toda parte, o grande número de crianças magras e pálidas. Até
pouco tempo, isso só ocorria na cidade, mas ultimamente vem se
observando a mesma tendência no interior. Em certa vila do Estado de
Nagano constatou-se, após exame de saúde, que, entre cem alunos da
escola primária, oitenta e um apresentavam suspeitas de tuberculose
pulmonar. De vez em quando aparecem notícias semelhantes nos jornais.
Tomando conhecimento de tais ocorrências, qualquer pessoa achará
estranho, pois hoje o progresso da Medicina atinge até mesmo as vilas do
interior. E o que torna mais grave o problema é que se desconhece
totalmente a sua verdadeira causa.

O fato que expusemos acima só pode ser decorrente da higiene e


nutrição erradas. Atualmente, acreditando-se que é bom fazer tudo à moda
do Ocidente, dá-se às crianças japonesas o mesmo tratamento dispensado
às ocidentais. Isso constitui um grande erro, porque, na realidade, os
japoneses e os ocidentais são essencialmente diferentes. Essa educação
errada limitava-se às grandes cidades, mas parece que nos últimos tempos
vem se adotando no interior o sistema educacional urbano. A falha está em
desprezar a Natureza e atribuir pouca importância ao leite materno, como
acontece no Ocidente, dando às crianças leite de vaca em excesso,
dispensando-lhes cuidados exagerados, fazendo-as ingerir remédios em
demasia e aplicando-lhes injeções inadequadas. Isso, ainda que
teoricamente esteja correto, na verdade acaba enfraquecendo o corpo. Para
os ocidentais não há problema, pois foram criados dessa maneira desde os
seus ancestrais; com relação aos japoneses, entretanto, a mudança brusca
é nociva. Para eles, o melhor método de criação é o japonês, empregado
desde a Antigüidade; caso não seja possível aplicá-lo, a mudança deve ser
feita gradativamente. Os fatos reais são bem ilustrativos. Parece-me que as
crianças de alguns anos atrás, quando a Medicina ainda não havia
alcançado o progresso atual, eram muito mais saudáveis.
Vou agora expor a forma correta de criar os filhos. A mãe, na medida
do possível, deve trabalhar até o mês do parto; deve amamentar seu filho,
restringindo o leite de vaca aos casos imprescindíveis; não deve temer que
ele fique gripado; deve fazer tudo de acordo com a Natureza, isto é, deixar a
criança à vontade, não lhe colocando cinteiro, evitando o máximo possível o
uso de medicamentos, etc. Em suma, basta reconhecer a grande verdade de
que o homem foi feito para crescer naturalmente, com saúde. Por
conseguinte, é evidente que quanto mais cuidados a criança receber, mais
fraca ela se tornará. Sem se deixar influenciar pela moda, os pais devem
criar seus filhos de acordo com o método que lhes foi legado pelos seus
antepassados, levando em conta apenas os pontos positivos do progresso
da era moderna, as práticas realmente boas, e não as teorias. Nesse
particular, queremos pedir profunda reflexão às autoridades e aos
especialistas no assunto.

14 de março de 1951
(tradução em: A Outra Face da Doença)

O Criador, quando criou a Terra, projetou-a de acordo com um plano


infinito. Provavelmente, isso deve ter sido há uns dez milhões de anos.
Quando criou o planeta, estabeleceu um território paradisíaco, o futuro
Japão, como um grande jardim público mundial. Como condições
necessárias, preparou de maneira ideal o clima, os aspectos topográficos, a
beleza natural, etc., e aguardou o tempo. Evidentemente, trata-se de nossa
Atami, Hakone e também do monte Fuji. Especialmente para Atami,
objetivou um ambiente ideal, de máxima beleza. Assim, tendo o nível de
progresso da cultura material finalmente chegado a uma situação adequada
para a construção do Paraíso, fez-me nascer, passar por várias experiências
e residir em Atami, onde deu início à edificação do Protótipo do Paraíso
Terrestre, Seu objetivo.

14 de março de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 03)
2) A TERRA DA NUVENS AUSPICIOSAS É O LOCAL DETERMINADO
POR DEUS PARA A CONSTRUÇÃO DO PARAÍSO TERRESTRE

O Criador, quando criou a Terra, projetou-a de acordo com um plano


infinito. Provavelmente, isso deve ter sido há uns dez milhões de anos.
Quando criou o planeta, estabeleceu um território paradisíaco, o futuro
Japão, como um grande jardim público mundial. Como condições
necessárias, preparou de maneira ideal o clima, os aspectos topográficos, a
beleza natural, etc., e aguardou o tempo. Evidentemente, trata-se de nossa
Atami, Hakone e também do monte Fuji. Especialmente para Atami,
objetivou um ambiente ideal, de máxima beleza. Assim, tendo o nível de
progresso da cultura material finalmente chegado a uma situação adequada
para a construção do Paraíso, fez-me nascer, passar por várias experiências
e residir em Atami, onde deu início à edificação do Protótipo do Paraíso
Terrestre, Seu objetivo.

14 de março de 1951
(tradução em: Mioshie Mondoshu – Vol 3)

DÚVIDA

A palavra “dúvida” não soa muito bem aos nossos ouvidos.


Entretanto, representa o que há de mais importante. Com efeito, a dúvida
pode ser considerada a mãe da civilização, pois foi ela que deu origem às
novas filosofias, às novas doutrinas, assim como também à Ciência. O
chinês Chu-tzu disse: “A dúvida é o princípio da crença.” De fato, entre as
muitas palavras que, desde tempos antigos, foram ditas a esse respeito,
estas são bem significativas.

Eis alguns exemplos de dúvida: Por que razão a Igreja Messiânica


Mundial, uma religião nova, expandiu-se tanto em tão pouco tempo? Por que
será que acontecem os maravilhosos milagres que são relatados nas
Experiências de Fé? Como se explica que a construção do Protótipo do
Paraíso Terrestre, cujo grandioso plano é absolutamente inédito, esteja
conseguindo dar passos cada vez mais firmes?

É natural que surjam semelhantes dúvidas; contudo, duvidar apenas


não significa nada. Se as pessoas se dispõem a encontrar a chave desses
mistérios, aí sim, a dúvida se torna realmente válida, pois, com tal
procedimento, elas entenderão a Verdade e aumentarão seu discernimento.
Aqueles que sempre têm dúvidas são pessoas progressistas, e seu futuro é
brilhante. Existem, porém, alguns que não têm sorte e que, embora sintam
dúvidas, não encontram o lugar onde lhes possa ser mostrada a Verdade.
Por essa razão, ficam perdidos a vida inteira, acumulando dúvidas em cima
de dúvidas. Podemos dizer que isso acontece com a maioria das pessoas, e
entre elas deve haver algumas que fazem pouco caso das verdades
pregadas pela nossa Igreja, deixando-as passar despercebidas. São
criaturas infelizes.

Ao pensar em todos aqueles que, cheios de dúvidas, chegaram à


Igreja Messiânica Mundial e estão sendo salvos, vivendo atualmente
banhados de alegria, concluímos que nada é mais construtivo que a dúvida.
Assim, creio que puderam entender que, se o homem não tiver capacidade
de duvidar, ele é um ser imprestável. Portanto, é necessário ter a coragem
de esclarecer as dúvidas.

21 de março de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“Eu, que, desorientado, percorria o caminho negativo das dúvidas, fui


salvo pela Luz de Deus.”

A palavra “dúvida” não soa muito bem aos nossos ouvidos. Entretanto,
representa o que há de mais importante. Com efeito, a dúvida pode ser
considerada a mãe da civilização, pois foi ela que deu origem às novas
filosofias, às novas doutrinas, assim como também à Ciência. O chinês Chu-tzu
disse: “A dúvida é o princípio da crença.” De fato, entre as muitas palavras que,
desde tempos antigos foram ditas a esse respeito, estas são bem significativas.

Eis alguns exemplos de dúvida: por que razão a Igreja Messiânica


Mundial, uma religião nova, expandiu-se tanto em tão pouco tempo? Por que
será que acontecem os maravilhosos milagres que são relatados nas
Experiências de Fé? Como se explica que a construção do protótipo do Paraíso
Terrestre, cujo grandioso plano é absolutamente inédito, esteja conseguindo dar
passos cada vez mais firmes?

É natural que surjam semelhantes dúvidas; contudo, duvidar apenas não


significa nada. Se as pessoas se dispõem a encontrar a chave desses
mistérios, aí sim, a dúvida se torna realmente válida, pois, com tal
procedimento, elas entenderão a Verdade e aumentarão seu discernimento.
Aqueles que sempre têm dúvidas são pessoas progressistas, e seu futuro é
brilhante. Existem, porém, alguns que não têm sorte e que, embora sintam
dúvidas, não encontram o lugar onde lhes possa ser mostrada a Verdade. Por
essa razão, ficam perdidos a vida inteira, acumulando dúvidas em cima de
dúvidas. Podemos dizer que isso acontece com a maioria das pessoas, e entre
elas deve haver algumas que fazem pouco caso das verdades pregadas pela
nossa Igreja, deixando-as passar despercebidas. São criaturas infelizes.

Ao pensar em todos aqueles que, cheios de dúvidas, chegaram à Igreja


Messiânica Mundial e estão sendo salvos, vivendo atualmente banhados de
alegria, concluímos que nada é mais construtivo que a dúvida. Assim, creio que
puderam entender que, se o homem não tiver capacidade de duvidar, ele é um
ser imprestável. Portanto, é necessário ter a coragem de esclarecer as dúvidas.

Alicerce do Paraíso - “Dúvida” (21/03/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

(R2/09) DÚVIDA

Alicerce do Paraíso, pág.456


A palavra "dúvida" não soa muito bem aos nossos ouvidos.
Entretanto, representa o que há de mais importante. Com efeito, a dúvida
pode ser considerada a mãe da civilização, pois foi ela que deu origem às
novas filosofias, às novas doutrinas, assim como também à Ciência. O
chinês Chu-tzu disse: "A dúvida é o princípio da crença." De fato, entre as
muitas palavras que, desde tempos antigos, foram ditas a esse respeito,
estas são bem significativas.

Eis alguns exemplos de dúvida: Por que razão a Igreja Messiânica


Mundial, uma religião nova, expandiu-se tanto em tão pouco tempo? Por que
será que acontecem os maravilhosos milagres que são relatados nas
Experiências de Fé? Como se explica que a construção do protótipo do
Paraíso Terrestre, cujo grandioso plano é absolutamente inédito, esteja
conseguindo dar passos cada vez mais firmes?

É natural que surjam semelhantes dúvidas; contudo, duvidar apenas


não significa nada. Se as pessoas se dispõem a encontrar a chave desses
mistérios, aí sim, a dúvida se torna realmente válida, pois, com tal
procedimento, elas entenderão a Verdade e aumentarão seu discernimento.
Aqueles que sempre têm dúvidas são pessoas progressistas, e seu futuro é
brilhante. Existem, porém, alguns que não têm sorte e que, embora sintam
dúvidas, não encontram o lugar onde lhes possa ser mostrada a Verdade.
Por essa razão, ficam perdidos a vida inteira, acumulando dúvidas em cima
de dúvidas. Podemos dizer que isso acontece com a maioria das pessoas, e
entre elas deve haver algumas que fazem pouco caso das verdades
pregadas pela nossa Igreja, deixando-as passar despercebidas. São
criaturas infelizes.
Ao pensar em todos aqueles que, cheios de dúvidas, chegaram à
Igreja Messiânica Mundial e estão sendo salvos, vivendo atualmente
banhados de alegria, concluímos que nada é mais construtivo que a dúvida.
Assim, creio que puderam entender que, se o homem não tiver capacidade
de duvidar, ele é um ser imprestável. Portanto, é necessário ter a coragem
de esclarecer as dúvidas.
Jornal Eiko nº 96, 21 de março de 1951
(tradução em: Rokan – Religião 2)

C) Somando méritos, seremos purificados

Interlocutor: Fomos orientados que devemos ministrar Johrei somente


quando a pessoa estiver purificando. Mas, o que o senhor acha de recebermos
Johrei para provocar a purificação?
Meishu Sama: Não há necessidade disso, pois se ministrarmos Johrei
quando a pessoa não está purificando, teremos muito trabalho. Ao invés disso,
se quiserem fazer com que sejam purificados, somem méritos através da fé,
pois assim o espírito irá purificar-se e a purificação natural surgirá. Essa é a fé
correta.

Tijô-Tengoku Nº 22 (25/03/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

IGREJA ABRANGENTE

Poderão compreender melhor a nossa Igreja se a compararmos com


uma loja de departamentos. A comparação talvez não seja muito apropriada,
mas considero-a a mais adequada e de mais fácil compreensão. Eis os
motivos:

Sempre tenho afirmado que a Igreja Messiânica Mundial abrange o


cristianismo, o xintoísmo, o budismo, o confucionismo, a Filosofia, a Ciência,
a Arte, enfim, todas as expressões da cultura. Entre elas, dedicamos
especial atenção aos problemas concernentes à doença, à saúde e à
agricultura, no campo da Ciência, e também às artes.

Logicamente, como o seu nome está mostrando, a nossa Igreja tem


por objetivo empreender a grandiosa obra de Salvação do Mundo. É natural,
portanto, que apontemos as falhas existentes em todos os setores
relacionados com a vida do homem, dispensando a este a mais elevada
orientação.

Não obstante o maravilhoso progresso da cultura contemporânea, as


falhas apresentadas por ela são tão numerosas que causam espanto. As
falhas superficiais não são muito graves, porque a própria sociedade as
percebe e pode corrigi-las; as falhas interiores, no entanto, por não serem
divisadas a olho nu, só podem ser corrigidas por um meio: desvelando-as
através da Luz de Deus. Por essa razão, estamos dissecando todos os
setores da cultura atual, a fim de que, trazendo à tona a verdadeira natureza
de cada um deles, possamos planejar a concretização de um mundo melhor.
Somente dessa forma poderemos alimentar esperanças quanto ao advento
da era da Civilização Celestial.

Eis, em breves palavras, o sentido da expressão “Igreja Abrangente.”

28 de março de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“Sempre tenho afirmado que a Igreja Sekai Kyûssei Kyô abrange o


cristianismo, o xintoísmo, o budismo, o confucionismo, a Filosofia, a Ciência, a
Arte, enfim, todas as expressões da Cultura. Entre elas, dedicamos especial
atenção aos problemas concernentes à doença, à saúde e à agricultura, no
campo da Ciência, e também às Artes.

Logicamente, como o seu nome está mostrando, a nossa Igreja tem por
objetivo empreender a grandiosa obra de salvação do mundo. É natural,
portanto, que apontemos as falhas existentes em todos os setores relacionados
com a vida do homem, dispensando a este a mais elevada orientação.”

(Igreja abrangente, 28 de março de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E Construção)
“Sempre tenho afirmado que a Sekai Kyussei Kyo abrange o
cristianismo, o xintoísmo, o budismo, o confucionismo, a Filosofia, a Ciência, a
Arte, enfim, todas as expressões da Cultura. Entre elas, dedicamos especial
atenção aos problemas concernentes à doença, à saúde e à agricultura, no
campo da Ciência, e também às Artes. Logicamente, como o seu nome está
mostrando, a nossa Igreja tem por objetivo empreender a grandiosa obra de
Salvação do Mundo. É natural, portanto, que apontemos as falhas existentes
em todos os setores relacionados com a vida do homem, dispensando a este a
mais elevada orientação. Não obstante o maravilhoso progresso da cultura
contemporânea, as falhas apresentadas por ela são tão numerosas que
causam espanto. As falhas superficiais não são muito graves, porque a própria
sociedade as percebe e pode corrigi-las; as falhas interiores, no entanto, por
não serem divisadas a olho nu, só podem ser corrigidas por um meio:
desvelando-as através da Luz de Deus.

Por essa razão, estamos dissecando todos os setores da cultura atual, a


fim de que, trazendo à tona a verdadeira natureza de cada um deles, possamos
planejar a concretização de um mundo melhor. Somente dessa forma
poderemos alimentar esperanças quanto ao advento da Era da Civilização
Celestial.”

(Igreja Abrangente, 28 de março de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama – Salvador)

IGREJA ABRANGENTE

Poderão compreender melhor a nossa Igreja se a compararmos com


uma loja de departamentos. A comparação talvez não seja muito apropriada,
mas considero-a a mais adequada e de mais fácil compreensão. Eis os
motivos:

Sempre tenho afirmado que a Igreja Sekai Kyussei Kyo abrange o


cristianismo, o xintoísmo, o budismo, o confucionismo, a Filosofia, a Ciência,
a Arte, enfim, todas as expressões da cultura. Entre elas, dedicamos
especial atenção aos problemas concernentes à doença, à saúde e à
agricultura, no campo da Ciência, e também às artes.

Logicamente, como o seu nome está mostrando, a nossa Igreja tem


por objetivo empreender a grandiosa obra de Salvação do Mundo. É natural,
portanto, que apontemos as falhas existentes em todos os setores
relacionados com a vida do homem, dispensando a este a mais elevada
orientação.

Não obstante o maravilhoso progresso da cultura contemporânea, as


falhas apresentadas por ela são tão numerosas que causam espanto. As
falhas superficiais não são muito graves, porque a própria sociedade as
percebe e pode corrigi-las; as falhas interiores, no entanto, por não serem
divisadas a olho nu, só podem ser corrigidas por um meio: desvelando-as
através da Luz de Deus. Por essa razão, estamos dissecando todos os
setores da cultura atual, a fim de que, trazendo à tona a verdadeira natureza
de cada um deles, possamos planejar a concretização de um mundo melhor.
Somente dessa forma poderemos alimentar esperanças quanto ao advento
da era da Civilização Celestial.

Eis, em breves palavras, o sentido da expressão "Igreja Abrangente."

28 de março de 1951
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

(R1/48) IGREJA ABRANGENTE

Alicerce do Paraiso, pág. 28

Poderão compreender melhor a nossa Igreja se a compararmos com


uma loja de departamentos. A comparação talvez não seja muito apropriada,
mas considero-a a mais adequada e de mais fácil compreensão. Eis os
motivos:
Sempre tenho afirmado que a Igreja Messiânica Mundial abrange o
cristianismo, o xintoísmo, o budismo, o confucionismo, a Filosofia, a Ciência,
a Arte, enfim, todas as expressões da cultura. Entre elas, dedicamos
especial atenção aos problemas concernentes à doença, à saúde e à
agricultura, no campo da Ciência, e também às artes.

Logicamente, como o seu nome está mostrando, a nossa Igreja tem


por objetivo empreender a grandiosa obra de Salvação do Mundo. É natural,
portanto, que apontemos as falhas existentes em todos os setores
relacionados com a vida do homem, dispensando a este a mais elevada
orientação.

Não obstante, o maravilhoso progresso da cultura contemporânea, as


falhas apresentadas por ela, são tão numerosas que causam espanto. As
falhas superficiais não são muito graves, porque a própria sociedade as
percebe e pode corrigi-las; as falhas interiores, no entanto, por não serem
divisadas a olho nu, só podem ser corrigidas por um meio: desvelando-as
através da Luz de Deus. Por essa razão, estamos dissecando todos os
setores da cultura atual, a fim de que, trazendo à tona a verdadeira natureza
de cada um deles, possamos planejar a concretização de um mundo melhor.
Somente dessa forma poderemos alimentar esperanças quanto ao advento
da Era da Civilização Celestial.

Eis, em breves palavras, o sentido da expressão "Igreja Abrangente."

Jornal Eiko nº 97, 28 de março de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

A) Tempo certo

Interlocutor: Uma pessoa que, antigamente, era contra nossa Igreja,


tem afirmado que, se naquela época tivesse recebido explicações um pouco
mais claras...
Meishu Sama: Pode ser, mas quanto mais procuramos fazer com que a
pessoa entenda, mais ela se distancia, sabe? O fervor e a capacidade do
orientador também têm influência. Deve-se, também, levar em conta a incerteza
da própria pessoa e a não-chegada do tempo certo.

Por exemplo: se, devido às máculas, a pessoa não puder encontrar-se


com Deus, o encontro será adiado; por isso, não se pode determinar de forma
generalizada se é bom ou não.

O tempo é algo terrível; quando entrei na religião Oomoto, meu sobrinho,


que era estudante ginasial, foi à cidade de Ayabe e lá, caindo num rio, morreu
afogado. Ele era o herdeiro do meu irmão mais velho. Este irmão me disse:
"Meu filho foi para lá e acabou morrendo porque você ingressou na religião
Oomoto. A religião Oomoto é nossa inimiga." Como foi um acontecimento real,
afastei-me daquela religião.

Cinco anos mais tarde, fui a Ayabe. A partir daquela ocasião, tornei-me
um membro devoto da Oomoto. Esse fato também estava relacionado com a
chegada do meu tempo certo. Na primeira vez, a época ainda estava
prematura. Adiar por cinco anos, foi melhor. O fato de acontecer tudo
rapidamente nem sempre é bom. Nesse aspecto, existem vários significados
espirituais. A melhor forma é, sem criar definições, ver as coisas com calma e
esperar pela chegada do momento oportuno.

Gossuiji-roku Nº 6 (01/04/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

PERGUNTA: Meishu Sama, o Senhor nos disse que quando um fiel


morre, é bom que o seu ohikari permaneça com ele. Mas, que devemos fazer
se um moribundo expressa a vontade de deixá-lo como recordação antes de
morrer?

MEISHU SAMA: Se for vontade do falecido, faça conforme ele deseja e


conserve-o como recordação; caso contrário, o seu espírito não ficará tranqüilo.
PERGUNTA: Como devemos tratar o seu Ohikari?

MEISHU SAMA: Mande fazer uma caixa especial, feita com material
especialmente bom, coloque o nome do falecido na mesma e guarde o ohikari
dentro dela.

01 de abril de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 01)

(ART/67) REGISTRO DE CONVERSAÇÃO ENTRE MEISHU SAMA E O


SR. MUSSEI (I)

(Tokugawa Mussei, (1894 – 1971), Artista de charla cômica)

No dia 21, quarto dia do Culto da Primavera, Meishu Sama ouviu


atentamente, durante cerca de uma hora, a interpretação de Tokugawa
Mussei sobre a obra Miyamoto Mussashi1 na descida do ginásio Hozoin, da
autoria de Yoshikawa Eiji (escritor de romances, (1892 – 1962). Logo após o
seu encerramento, atendendo à solicitação do Sr. Mussei, Meishu Sama,
acompanhado de sua esposa, teve uma conversação amistosa com ele. A
seguir, apresentaremos o seu resumo.

Sr. Mussei: — Muito prazer.

Meishu Sama: — Realmente, foi muito bom. A sua interpretação tem


um sabor diferente da recitação dramática.

Sr. Mussei: — Acho que a minha arte está mais voltada para
mulheres...

Nidai-Sama: — Pelo contrário, ela é bem compreensível...


1
Miyamoto Mussashi, exímio espadachim que viveu no período inicial da Era Edo (Séc. XVI a XVII).
Meishu Sama: — O Sr. Yoshikawa é um membro antigo. Ele se dá
muito bem com o senhor, e isso, realmente, é muito bom.

Sr. Mussei: — Isto se assemelha a uma luta com o autor. Se a obra e


o interpretador forem equivalentes, tudo bem, mas se a obra superar o
interpretador, este perde a luta.

Meishu Sama: — O senhor é superior; acho que o Sr. Yoshikawa


ficará contente.

Sr. Mussei: — O Sr. Yoshikawa construiu um auditório em Okutama e


dias atrás pediu-me para que realizasse um show, dizendo “Falando a
verdade, até hoje, ainda não ouvi a sua interpretação pessoalmente”. Aceitei
o seu convite e resolvi ir.

O Sr. Bunraku (artista de contos cômicos) e o Sr. Fumikiti (cantor de


Kouta, cantos curtos acompanhados de Shamissen) que participaram do
show de mestres na Loja de Departamentos Mitsukoshi, disseram que não
podiam ir, então convidei a Sra. Koume, o Sr. Rigal Tita (artista de diálogos
cômicos) e o Sr. Mankiti e fomos todos juntos. O Sr. Yoshikawa ficou muito
contente e disse-me que na hora de apresentar o Mussashi, não precisava
lhe pedir permissão a todo momento e fizesse o show à vontade.

No show de mestres que foi realizado na Loja de Departamentos


Mitsukoshi, só participaram artistas que realizavam artes tradicionais e que
se tornaram mestres magníficos através de muitos treinamentos. Entre eles,
o mais trapaceiro era eu...

Meishu Sama: — Aí é que está o seu ponto positivo; se se tornar


profissional, não é bom. No meu caso, tudo que faço é no estilo amador; por
isso, é completamente diferente de profissionais. Se o senhor for a Hakone e
ver o Jardim das Pedras, poderá compreender, mas quando um profissional
viu esse jardim, disse que ele ficou muito desgostoso e com vontade de
abandonar a sua profissão. Isto porque as pedras ali utilizadas, umas estão
invertidas e outras de cabeça para baixo, e normalmente não se usa dessa
maneira. Mas, por outro lado, aí é que está a magnificência.

Sr. Mussei: — Pois cada coisa não fica presa na forma, não é
mesmo? No mundo, a forma não é tudo... Acho que existem coisas boas
sem se enquadrar na forma.

Meishu Sama: — As coisas perdem a vida quando enquadramos na


forma. Estou praticando a caligrafia, mas quando resolvi aprender, o mestre
de caligrafia me disse “O senhor não deve aprender a caligrafia, pois nós
mestres estamos presos à forma e estamos tendo dificuldades em nos
libertarmos dela. Mesmo que haja certa diferença nas letras, por exemplo,
que falte ou exceda um traço ou ponto, a importância está em dar vida à
originalidade. Realmente existem coisas que não podemos compreender
apenas através da teoria, não é verdade?”

Sr. Mussei: — Por exemplo, o leito que o Sr. Bunraku apresentou


hoje no seu diálogo cômico. Depois de repetir por várias vezes, numa
infatigável assiduidade, o mesmo tornou-se ideal. A minha charla é um
produto imperfeito e tosco, por isso, estou pensando na sua questão
fundamental...

Meishu Sama: — O senhor é realmente hábil. Enfim, a questão está


no espírito. Ou seja, o senhor consegue transmitir o espírito de Mussashi,
não é verdade? Por mais hábil que realize, a apresentação de um
profissional só se limita à forma, destituída de espírito; por isso, a sensação
que temos é diferente. Não acredito que o Mussashi foi simplesmente um
exímio espadachim. Isto porque ele era um pintor realmente muito hábil.

Sr. Mussei: — Realmente, não era uma pessoa comum. Outro dia, o
Sr. Yoshikawa me deu uma pintura em rolo da autoria de Mussashi, intitulada
Hahatyo. No início, ele também detestava receber comentários de terceiros
a respeito de suas obras, mas acho que isso acontecia devido à sua
preocupação de não sofrer influências extremas e deformar a sua obra
original. Mas, ultimamente, ele tem dito que pode fazer comentários de suas
obras, livremente.

Ele me deu de presente uma pintura de Mussashi, dizendo: “Isto não


é só meu, é uma obra que o senhor também deve possuir.” Realmente é
uma obra de qualidade pintada magnificamente..

Meishu Sama: — É verdade, eu também tive a oportunidade de ver a


sua obra outro dia e achei que ele era um pintor muito hábil. Quando a
pessoa atinge um certo nível, todas as coisas feitas por ela passam a ter
qualidade.

Sr. Mussei: — Os profissionais dizem que suas obras são estranhas,


mas são pinturas que eles mesmos não conseguem realizar.

Meishu Sama: — Será que não é grande o número de obras falsas?

Sr. Mussei: — Parece que sim.

Meishu Sama: — Geralmente existem muitas falsificações de obras


renomadas. Além disso, há casos em que as falsas são melhores que as
verdadeiras, não é verdade?

Nidai-Sama: — As cópias imprimidas na Mitsukoshi estavam


excelentes, não é mesmo?

Sr. Mussei: — Mesmo observando-se a Sumi-ê (pintura feita a tinta


carvão), nota-se que é de nível elevado.

Nidai-Sama: — Eram cópias imprimidas, mas será que eram da


Editora Kogueisha?

Sr. Mussei: — Realmente, não dava para saber se aquela Sumi-ê era
verdadeira ou falsa. Outro dia ganhei uma carta de Issa (Kobayashi Issa
(1763 – 1827), poeta do período final da Era Edo), mas como havia ganhado
de presente, achei que era falsa e pedi ao antiquário que vende as obras de
Issa para examiná-la, e ele disse que era verdadeira. Como não havia razão
para que a pessoa me desse uma obra verdadeira de presente, procurei
examinar melhor e descobri que era uma cópia imprimida... examinei-a
durante o dia e descobri.

Meishu Sama: — Nós também temos duas obras de Issa. Acho que
era de Uzura (codorniz). No outono, vou-lhe mostrar em Hakone.

Sr. Mussei: — Gostaria de ver, sem falta.

Meishu Sama: — Parece que Mussashi aprendeu muito do Bonzo


Takuan (1573 – 1645).

Sr. Mussei: — É, eles são da mesma época, mas acho que sim.
Escrevendo, não é estranho, mas não há nenhuma referência de que houve
contato com Takuan. Porém, acho que mesmo sem o auxílio de Takuan,ele
teria alcançado o renome.

Jornal Eiko nº 98, 04 de abril de1951


(tradução em: Rokan – Arte)

DIÁLOGO ENTRE MEISHU SAMA E O SENHOR MUSEI (I)

No dia 21, o quarto dia do Culto da Primavera, Meishu Sama ouviu com
viva atencão, por cerca de uma hora, o desempenho, pelo senhor Musei
Tokugawa, do episódio Hozoin Dojo, da obra Miyamoto Musashi, de autoria de
Eiji Yoshikawa. Após o término da preleção, Meishu Sama, acompanhado de
sua esposa, entrevistou-se, cordialmente, com o senhor Musei, a pedido deste.
O texto que se segue é a súmula da entrevista.

Sr. Musei: Prazer em conhecê-los!

Meishu Sama: Pois não. Foi ótima! Sua interpretação possui um sabor
diferente das narrações que se ouvem por aí.

Sr. Musei: Receio, porém, que o meu trabalho não seja apropriado para
as pessoas do sexo feminino.

Sra. Okada: Não, senhor. Pude compreender muito bem...

Meishu Sama: O senhor Yoshikawa também é um fiel antigo. Fico


contente por vocês dois se entrosarem.

Sr. Musei: Este trabalho é algo parecido com uma disputa com o autor:
se o original e o intérprete se equilibram, tudo bem; mas caso este não chegar
aos pés daquele, então é a derrota.

Meishu Sama: A sua interpretação estava excelente. O senhor


Yoshikawa, certamente, ficaria satisfeito.

Sr. Musei: Dias atrás, tendo ele terminado de construir um salão em


Okutama, convidou-me a fazer uma apresentação naquele recinto. Aceitei,
quando me disse jamais ter ouvido, pessoalmente, uma interpretação minha.
Da Sociedade de Mestres Famosos da Mitsukoshi, foram o senhor Bunraku,
contador de anedotas; na ausência do Sr. Fumikichi — cantor de pequenas
peças — foi a Sra. Koume, a dupla de comediantes Senta e Mankichi Regal e
eu. O Sr. Yoshikawa ficou muito satisfeito, e disse que eu estava liberado para
interpretar o Musashi, sem que fosse preciso pedir-lhe permissão a cada vez. A
Sociedade dos Mestres Famosos da Mitsukoshi é composta somente de gente
perfeitamente habilitada na arte do entretenimento tradicional e de pessoas que
alcançaram o grau de mestres depois de — como se diz usualmente — terem-
se submetido a um rigoroso aprimoramento. Sou apenas eu quem tem índole
de vigarista...

Meishu Sama: É isso que é bom! Não se pode virar comerciante. Tudo
que faço é por amadorismo, nada tendo de profissional. O senhor poderá
comprovar o que falo, indo a Hakone e vendo o jardim de pedras que fiz. Dizem
que os profissionais que o viram ficaram indignados, querendo largar a
profissão. O motivo é que as pedras empregadas naquele local estavam ou de
costas, ou de ponta-cabeça: pelo que afirmaram que seu uso, pelos padrões
convencionais, era inusitado. Isso também é maravilhoso!

Sr. Musei: Seria, então, por não se enquadrarem em moldes, não? Afinal,
os moldes não são tudo neste mundo... Haverá coisas que não precisam se
encaixar neles.

Meishu Sama: Qualquer coisa morre se for encaixada em moldes. Como


pratico caligrafia, certa vez manifestei minha intenção de aprender esta arte
com um mestre. O que um calígrafo me aconselhou, então, foi que desistisse
da idéia. Ele me explicou que os profissionais estavam presos a moldes, e que
a agrura de seu trabalho estava em como romper com eles. Disse-me que não
importava se as letras fossem um pouco diferentes, se o número de seus
pontos ou traços fosse de mais ou de menos. “O importante — disse-me — é
dar vida à personalidade". Bem, deve-se convir que há pontos inexplicáveis
pela lógica nessa asserção...

Sr. Musei: Tomemos um exemplo: a anedota Nedoko, hoje contada pelo


Sr. Bunraku. Esta peça foi concluída após ter sido burilada e polida por
repetidas e repetidas apresentações. Em contrapartida, minhas peças são
obras grosseiras e incompletas, não obstante eu considerar a questão
fundamental da narração...(???????)

Meishu Sama: Seu trabalho é excelente: afinal, a questão é da alma. Em


síntese, transmite a alma de Musashi. Por mais hábil que seja o narrador
profissional, a impressão que se tem é outra: existe apenas a forma, não há
alma. Eu não acredito que Musashi seja um mero mestre de artes marciais. Ele
pintava, não é? E suas obras são excelentes.

Sr. Musei: Tem razão, não é um mero mestre de artes marciais. Dias
atrás, o Sr. Yoshikawa deu-me um rolo Hahacho, pintado por Musashi.
Inicialmente, parecia não mostrar-se muito satisfeito com o fato de que algo por
ele escrito fosse interpretado. Talvez pelo receio de que o original sofresse
alguma alteração. Porém, recentemente, ele disse-me que eu interpretasse, à
vontade, as obras de sua autoria. Assim, veio trazer-me especialmente o rolo
pintado por Musahi, dizendo que não só ele, mas que também eu deveria ser
dono de tal peça. É uma pintura magnífica, que comprova a fama de Musashi.
Tem dignidade.

Meishu Sama: Pois não. Também vi, outro dia, pinturas de Musashi. São
extraordinariamente boas. Atingindo-se determinado nível em algo, isso é válido
para tudo.

Sr.Musei: Diga-se que, do ponto de vista do pintor profissional, são obras


estranhas. Mas muitos não conseguem pintar daquele jeito.

Meishu Sama: Não serão muitas as imitações?

Sr. Musei: Sim, parecem ser muitas.

Meishu Sama: Em se tratando de obras famosas, as imitações são


muitas, não? Acresce que, às vezes, a imitação é melhor que o original.

Sra. Okada: Na Mitsukoshi existem ótimas reproduções por impressão,


não é mesmo?

Sr. Musei: As reproduções de obras executadas a tinta nanquim têm


muita classe.

Sra. Okada: A impressão foi feita pela Kogei-sha?

Sr. Musei: Sim. As obras executadas a nanquim, por exemplo, é


impossível de se discernir se são verdadeiras ou imitações. Dias antes, ganhei
uma carta de Issa, à qual não dei muito valor, já que a obtivera de graça.
Pensei que não passava, afinal, de imitação. Todavia, ao mostrá-la a um
antiquário versado em Issa, disse-me ele ser uma peça legítima. Duvidei, pois
ninguém daria um original gratuitamente. Verificando bem, constatei tratar-se de
uma obra impressa... Nessa ocasião, fiz a descoberta examinando a peça
durante o dia!
Meishu Sama: Em se tratando de Issa, possuo eu duas peças de sua
autoria. Acho que uma delas é a pintura de uma codorna ou algo parecido. No
outono, mostrar-lha-ei em Hakone.

Sr. Musei: Quero sem falta ser honrado com essa oportunidade.

Meishu Sama: Musashi deve ter sido amplamente instruído por Takuan,
não é?

Sr. Musei: Bem... A época é a mesma. Deixe-me ver, será? Não seria de
estranhar se isso estivesse escrito, mas não há histórias de um intercâmbio
entre os dois. Porém, mesmo sem Takuan, penso que ele teria se tornado um
grande homem.

Eiko, nº 98 — 4 de abril de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

(ART/68) REGISTRO DA CONVERSAÇÃO ENTRE MEISHU SAMA E SR.


MUSSEI (II)

Meishu Sama: — Sem dúvida, ele não foi simplesmente um exímio


espadachim; espiritulmente ele possuía algo de precioso.

Sr. Mussei: — É verdade. Atualmente estou realizando entrevistas na


Revista Semanal Assahi. Na primeira vez, entrevistei o Sr. Tokugawa
Yoshitika; na segunda vez, a artista Todorokyu Kiko; na terceira vez,
Hassegawa Shin; na quarta vez, Oono Banboku; na quita vez, Kyokudo
Nanryo de Oossaka; na sexta vez, que foi ontem, encontrei-me com Akiba. A
próxima é a vez do botânico Sr. Makino Tomitaro. O senhor também não
gostaria de ser entrevistado? De acordo com o meu princípio, em absoluto,
coloco alguém em más situações. Ao apresentar alguém e se essa pessoa
sofrer danos, não me sentirei bem de forma alguma.
Meishu Sama: — Sim, vamos fazer. O senhor é muito amável.

Sr. Mussei: — Agradeço elogios, mas o senhor também é... (risos)

Meishu Sama: — Gosto de pessoas assim. Não acho interessante


quem não possui nenhum hábito. Torna-se interessante por possuí-lo, e isso
significa que a pessoa é equilibrada...

Sr. Mussei: — O senhor vai fazer sermão sobre o equilíbrio? (risos)

Meishu Sama: — Explicar sobre isso é muito difícil.

Sr. Mussei: — Posso ajudá-lo? (risos)

Meishu Sama: — Tem alguma relação com o Sr. Tokugawa?

Sr. Mussei: — Não, senhor. Na entrevista da Revista Semanal Assahi


estão dizendo que é idéia nova do novo Tokugawa; por isso, acho que sou a
pessoa falsa.

É verdade que certo dia passei por pessoa falsa. No ano retrasado,
na ocasião que foi realizado o Kakushiguei-kai numa emissora de rádio,
havia definido que o Sr. Tokugawa (o outro Tokugawa) iria tocar a flauta, e
disseram que não seria interessante se não tivesse o acompanhamento do
shamissen. Acharam que o acompanhante ideal seria o Itimaru, que
precisava atuar naquele show de forma diferente do que fazia. Então, acho
que o Itimaru pensou: “Já que o flautista vai ser Mussei, toco o meu
shamissen melhor que ele” e aceitou o convite. Assim, no dia do show, ele
se dirigiu à emissora e encontrou-se com Tokugawa, mas era o outro
Tokugawa... (risos) Foi nessa ocasião que passei a ser o falso.

Meishu Sama: — Qual é o significado de Mussei?

Sr. Mussei: — Na realidade, o meu nome verdadeiro é Fukuhara


Toshio. O meu professor se chamava Shimizu Reizan, por isso mudei o meu
nome para Fukuhara Reissen, e passei a trabalhar no Daini-Fukuhokan de
Shiba com um salário de 10 ienes, mas fiquei numa situação financeira difícil
e fugi para Oossaka. Na empresa cinematográfica Nikkatsu, fiquei muito
irado, mas quando entrei na Aoikan, o gerente me disse que Fukuhara
Reissen não era bom e que usasse por algum tempo um pseudônimo.
Então, pedi ajuda a todos. Como eram pessoas que trabalhavam no
camarim ou no escritório, diziam brincando que deveria ser Tokugawa,
porque iria trabalhar na Aoi (hortência); na época, usava-se muito a palavra
koe (voz, que também se lê sei) e até chegou-se a cogitar sobre o nome
Tokugawa Sei, mas estava difícil de encontrar o yume (sonho, que também
se lê mu). Em dado momento, quase me puseram o nome de Dokussogan,
mas por fim disseram “Como a sua voz (sei) parece ser um sonho (mu), que
tal chamar-se Mussei, Tokugawa Mussei?” Assim sendo, não foi um nome
posto por mim mesmo. Por isso, acho que foi até melhor assim.

Meishu Sama: — É verdade. As pessoas me chamam também de


Ohikari-Sama, mas o referido nome não foi posto por mim. Foi um jornalista
que colocou, se não me engano do Jornal Shizuoka...

Sr. Mussei: — Acho que, assim, a pessoa torna-se mais conhecida.

Meishu Sama: — E também, combina bem, não é verdade?

Sr. Mussei: — Por exemplo, mesmo no caso da escola impressionista


da França, não foram eles que puseram aquela denominação. (Eles alegam
que a verdadeira pintura está em não copiar simples e fielmente os objetos,
mas primeiramente devem criar uma impressão dentro da cabeça para
depois passar para a tela através do pincel.) Foi colocando títulos nas obras
usando o termo impressão de forma aleatória, tais como impressão do gato,
impressão do Sol, etc. Então, não sei se foi um jornal ou uma revista que
escreveu “escola impressionista” e, no final, até mesmo os próprios artistas
começaram a pensar dessa forma.

Meishu Sama: — Essa, por ser natural, é a melhor forma. Uma das
causas,é por estar sentindo assim...
Sr. Mussei: — Acho que se a Ciência progredir mais um pouco ela
conseguirá ver, por exemplo, o espírito.

Meishu Sama: — Realmente, acho também que isso será possível.

Sr. Mussei: — Assim como o Sr. Geiger (Hans Geiger) que conseguiu
captar a radioatividade por meio do seu aparelho de medir a radioatividade...

Meishu Sama: — Em suma, chegará a época em que poderemos ver


o espírito através de aparelhos. Atualmente estou escrevendo sobre isso,
mas dizem que a atual Ciência Nuclear se encontra num beco sem saída na
teoria do méson. Este também foi descoberto por acaso e comprovado pelo
cientista (???) Yukawa na ocasião em que ele fotografava raios cósmicos
prognosticando encontrar o méson. Se avançar um pouco mais além desse
limite, o aparelho não mais conseguirá detectar. Se for mais adiante ainda,
acabará encontrando Deus. Acredito que, no fim, será comprovada a
existência do Espírito pelo desenvolvimento da Ciência. Atualmente, há um
vazio entre o ponto extremo do méson e Deus, mas como a cabeça do
cientista ainda não alcançou esse nível, não entendem. Tenho explicado isso
cientificamente e denominado Teoria da Ciência do Espírito Divino; ao ler
essa teoria, infalivelmente a pessoa passará a compreender. Mesmo a título
de experiências, se fizer assim (Meishu Sama levanta o braço na postura de
ministrar o Johrei), a doença da pessoa melhora imediatamente. Mesmo no
caso de apendicite, realmente a cura se processa por completo. Isto é a
experiência da Ciência do Espírito Divino.

Sr. Mussei: — É verdade. Na ocasião em que um eletricista morre


eletrocutado, a descarga elétrica sai pelas pontas dos dedos. Se fechar os
olhos e fizer assim (aproxima os dedos perto do olho) posso senti-los.
Quando sinto dores de barriga, por exemplo, muitas vezes coloco a minha
mão nessa região e momentos depois não sinto mais nada. Acho que,
realmente, sai algo muito bom da mão. A isso, acho que podemos chamar de
vibração espiritual.
Nidai-Sama: — É costume dizer teate (te = mão, ate = colocar sobre;
significa, também, tratamento), não é verdade?

Meishu Sama: — A sua explicação é algo muito difícil.

Sr. Mussei: — Muito obrigado.

Jornal Eiko nº 99, 11 de abril de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

DIÁLOGO ENTRE MEISHU SAMA E O SENHOR MUSEI (II)

Meishu Sama: Sem dúvida, Musashi não foi apenas um mestre em artes
marciais; tinha ele algo espiritualmente elevado, não acha?

Sr. Musei: Pois não. Atualmente, eu estou fazendo uma série de


entrevistas para a revista Shukan Asahi. A primeira foi com o Sr. Yoshichika
Tokugawa; a segunda, com a atriz Yukiko Todoroki; a terceira, com Shin
Hasegawa; a quarta, com Hanboku Ono; a quinta, com Nanryou Kyokudo, de
Osaka; a sexta delas, terminei-a ontem em Teruha. A próxima deverá ser com o
botânico Sr. Tomitaro Makino. Que tal? O senhor não quer ser um de meus
interlocutores? Eu tenho por princípio o propósito de jamais fazer algo que fira
outrem. É por acreditar que seria imperdoável alguém sair prejudicado por meu
intermédio.

Meishu Sama: Pois não, eu topo... Você é macaco velho.

Sr. Musei: Macaco velho?! Esta é boa! E o senhor então?...(Risos.)

Meishu Sama: Eu gosto é de gente assim. Quem nada tem é


desinteressante. Uma manha que possua torna a pessoa interessante. Ou seja,
uma pessoa equilibrada...

Sr. Musei: É tal equilíbrio que o senhor prega em seus sermões? (Risos.)
Meishu Sama: Pregar isso é difícil, não?

Sr. Musei: Quer auxílio? (Risos.)

Meishu Sama: Você tem alguma relação com o Sr. Tokugawa?

Sr. Musei: Não, relação não tenho. Por isso, na entrevista para a Shukan
Asahi, cujo título é Novidade: os dois Tokugawas, eu acabo por me tornar o
falso. Ah! sim! Já fui falso uma vez. Há dois anos, por ocasião de um programa
radiofônico de talentos ocultos, ficou acertado que o Sr. Tokugawa tocaria flauta
em uma banda de acompanhamento, a qual, porém, ficaria sem graça se
faltasse um shamisen. Para essa função sugeriu-se o nome de Ichimaru.
Lembremos que o programa era de talentos ocultos, onde se deve apresentar
uma arte alheia à profissão. Bem, ele deve ter aceitado o papel, pensando: "Se
é Musei quem toca a flauta, eu o supero com o 'shamisen'". Pois bem, no dia do
programa, ele se encontrou na rádio com o Tokugawa trocado... (Risos.)
Naquela vez, virei o falso.

Meishu Sama: Qual é o significado do nome Musei?

Sr. Musei: Meu nome verdadeiro é Toshio Fukuhara. Em virtude de meu


mestre chamar-se Reizan Shimizu, eu adotei o nome de Reisen Fukuhara. Na
época, eu me apresentava no teatro Daini Fukuhokan, em Shiba, com o salário
mensal de dez ienes. As coisas, porém, apertaram de tal jeito que acabei
fugindo para Osaka. Pus o pessoal da Nikkatsu enraivecido, mas entrei para o
teatro Aoikan, de Akasaka. O gerente desse teatro, então, disse que era
inconveniente usar o nome Reisen Fukuhara, ordenando-me que, pelas
circunstâncias, eu adotasse provisoriamente uma alcunha. Dessa maneira,
aconselhei-me com os colegas. O pessoal do camarim e da agência, meio por
brincadeira, batizou-me com o sobrenome Tokugawa, por analogia com o nome
Aoi, do teatro. Para primeiro nome, escolheu-se a palavra Sei, em vista de ser
popular entre os nomes da época. Chegou-se até Sei Tokugawa, mas estava
custoso achar a palavra Mu. Por instantes cogitaram em me batizar com nome
Dokusogan. Afinal, por minha voz (Sei) parecer-se com um sonho (Mu), criaram
o nome Musei. Assim, tornei-me Musei Tokugawa, mas não fui eu próprio quem
o pôs em mim. Antes assim. Foi até melhor.

Meishu Sama: Ah, é?! Também a mim me chamam Ohikari-Sama, mas


não fui eu quem me batizei assim. Foi um jornal, creio que o Shizuoka
Shimbun.

Sr. Musei: Desse jeito, o nome goza de maior aceitação.

Meishu Sama: Além de tudo, tem mais propriedade.

Sr. Musei: Também os impressionistas franceses não se auto-


denominaram assim. (Eram eles de opinião que a verdadeira pintura consistia
não em tão-somente copiar o que se viu, mas sim em esboçar essa impressão
na mente, exprimindo-a, então, por meio do pincel.) No título de suas obras,
empregavam abundantemente as palavras "A impressão de...", como "A
impressão de um gato", "A impressão do sol", e assim por diante. Como a
imprensa, então, aludia-se a eles como Escola Impressionista, eles passaram,
por fim, a considerar-se como tal.

Meishu Sama: Isso é o mais natural, é melhor. O principal é a sensação


causada.

Sr. Musei: Sou de opinião que, com um maior progresso científico,


tornar-se-á possível detectar o espírito. O que o senhor acha?

Meishu Sama: Sim, será possível.

Sr. Musei: Alguma coisa semelhante à detecção da radioatividade pelo


contador Geiger…

Meishu Sama: Sim, tornar-se-á viável a mensuração mecânica. Eu estou


escrevendo essa tese atualmente. Ouço dizer que a ciência atômica moderna
encontra-se num impasse com a teoria do méson. O senhor Yukawa 2, prevendo
2
Sr. Yukawa: referência ao doutor Hideki Yukawa.
o méson, descobriu-o, acidentalmente, na fotografia de um raio cósmico, vindo
a comprovar essa existência. Contudo, avançando mais além, é impossível
medir isso mecanicamente. Indo mais e mais adiante, chega-se a Deus.
Finalmente, com o desenvolver da ciência, tal fato será comprovado.
Atualmente, porém, o espaço entre o ponto extremo do méson e Deus aparece
como uma lacuna. Não se desvenda isso porque a concepção dos cientistas
não alcança até esse ponto. Eu esclareço isto cientificamente, denominando tal
estudo de Ciência Teórica do Espírito. Lendo-o, não haverá razão de continuar
sem compreender. Do ponto de vista da Ciência Experimental do Espírito,
fazendo assim (estende o braço com a mão espalmada), as doenças logo
melhoram. Moléstias como a apendicite são logo curadas. Esta é a Ciência
Experimental do Espírito.

Sr. Musei: Pois é. Quando um eletricista morre eletrocutado, há uma


descarga de eletricidade por seus dedos, não é? Ao fecharmos os olhos e
fazermos assim (leva o dedo próximo a região dos olhos), sentimos algo. Eu,
quando sinto o ventre a doer, aponho nele a mão, freqüentemente obtendo
alívio dentro de alguns instantes. Sem dúvida, há a emissão de algo bom e
poderoso das mãos. Seriam fluidos espirituais?

Sra. Okada: Por tal razão denomina-se tratamento (em japonês,


"aposição da mão"), não?

Meishu Sama: É uma tarefa difícil pregar isto.

Sr. Musei: Muito obrigado.

Eiko, nº 99 — 11 de abril de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

RELIGIÃO É MILAGRE

Desde tempos remotos costuma-se dizer que os milagres são


inerentes à Religião, o que realmente é verdade. Modéstia à parte, nunca
houve religião que evidenciasse tantos milagres como a Igreja Messiânica
Mundial. Em poucas palavras, direi que isso ocorre porque ela é dirigida pelo
Supremo Deus.

Pensando que todas as divindades são iguais, as pessoas geralmente


tendem a cultuá-las da mesma forma. Entretanto, precisamos saber que até
entre as divindades existe hierarquia: superior, média e inferior. Em ordem
decrescente, essa hierarquia, iniciando pelo Altíssimo, vai até
Ubussunagami, Tengu, Ryujin, Inari e outros.

Gostaria de falar detalhadamente sobre todas essas classes, mas


assim eu estaria desvelando divindades de outras religiões. Portanto, por
uma questão de respeito, não o farei. Desejo apenas mostrar, através de um
fato, quão elevado é o Deus que dirige a Igreja Messiânica Mundial. Nem
preciso falar sobre a maravilha que é o Johrei, pois, com o passar do tempo,
na medida que vai se tornando conhecido, ele está constituindo o elemento
mais eficiente para a expansão da nossa Igreja. Aliás, sobre a solução de
doenças através do Johrei, devo esclarecer que, mesmo a pessoa
duvidando e recebendo-o apenas a título de experiência, ou achando
impossível obter a cura por meio de “uma tolice dessas”, a graça será
alcançada da mesma forma, e rapidamente, o que muitos acham um
mistério. Até o presente acreditava-se imprescindível a pessoa ter fé para
ficar curada de uma doença. Era corrente este pensamento: “Acredite; você
não pode duvidar.” Assim, é natural que, condicionadas a essa idéia fixa, as
pessoas estranhem o que acabo de dizer. Vou explicar a razão.

Primeiramente, crer na validade de algo sem ter nada que a comprove


é enganar a si próprio, pois ninguém pode acreditar numa coisa antes de ter
provas. Assim, é óbvio que aquele pensamento está errado. Empregar todos
os esforços para crer porque nos foi dito para crer produz algum efeito, pois
isso é melhor do que duvidar. Tal efeito, porém, não provém de Deus, como
muitos pensam, mas da própria força de cada um. Mas por que motivo um
pensamento tão errado vinha sendo aceito como a coisa mais natural? É
que, até agora, ignorando que a divindade à qual se dirigiam não tinha poder
suficiente, as pessoas tentavam suprir essa deficiência com a força humana.
Nesse sentido, em nossa Igreja, as pessoas melhoram mesmo que duvidem.
Isso acontece por conta da grande força de Deus, não sendo necessário,
portanto, acrescentar a força humana. Logo, se uma divindade não tem
poder para curar uma doença, é porque seu nível é inferior.

Muitas vezes, quando as graças não ocorrem do modo desejado, o


ministro ou o orientador dão desculpa de que a pessoa tem pouca fé.
Parece-me que eles acham que a graça é conseguida com o esforço do
homem, ao invés de ser concedida por Deus. Na verdade, Deus é
infinitamente piedoso; por isso, mesmo que façamos apenas um pedido,
infalivelmente Ele nos atenderá. Quando o homem emprega demasiado
esforço para alcançar uma graça e ultrapassa os limites, Deus não fica
satisfeito, se é que se trata do Verdadeiro Deus. Principalmente fazer
penitências, jejuns e abstenções são atitudes que estão em desacordo com
a Vontade de Deus, pois Seu grande amor vê com tristeza o sofrimento
humano. Pensemos bem. Nós, seres humanos, somos filhos de Deus. Como
nosso pai, não há razão para Ele se alegrar com o nosso sofrimento. Ainda
que a pessoa tenha conseguido receber uma graça através de penitência,
quem a concedeu não foi Deus, mas algum espírito pertencente à falange
dos demônios. Graças desse tipo são efêmeras, não duram muito tempo. As
graças concedidas por Deus são diferentes. À medida que nos dedicamos à
Fé, nossos infortúnios irão diminuindo gradativamente, atingiremos um
estado espiritual de paz e segurança e seremos felizes.

Em síntese: trata-se de religião de baixo nível aquela em que a


pessoa, embora não creia, esforça-se para crer, com o objetivo de alcançar
graças; trata-se de religião de nível superior aquela em que Deus concede a
graça mesmo que a pessoa duvide ou não acredite.

11 de abril de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

RELIGIÃO E MILAGRE
As graças concedidas por Deus são diferentes. À medida que nos
dedicamos à Fé, nossos infortúnios irão diminuindo gradativamente,
atingiremos um estado espiritual de paz e segurança e seremos felizes.

Em síntese: trata-se de religião de baixo nível aquela em que a


pessoa, embora não creia, esforça-se para crer, com o objetivo de alcançar
graças; trata-se de religião de nível superior aquela em que Deus concede a
graça mesmo que a pessoa duvide ou não acredite.

11 de abril de 1951
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

“Minha vida, que era cinzenta, imperceptivelmente tornou-se clara depois


que fui salvo.”

Desde tempos remotos costuma-se dizer que os milagres são inerentes


à Religião, o que realmente é verdade. Modéstia à parte, nunca houve religião
que evidenciasse tantos milagres como a Igreja Messiânica Mundial. Em
poucas palavras, direi que isso ocorre porque ela é dirigida pelo Supremo Deus.

Pensando que todas as divindades são iguais, as pessoas geralmente


tendem a cultuá-las da mesma forma. Entretanto, precisamos saber que até
entre as divindades existe hierarquia: superior, média e inferior. Em ordem
decrescente, essa hierarquia, iniciando pelo Altíssimo, vai até Ubussunagami,
Tengu, Ryujin, Inari e outros. Gostaria de falar detalhadamente sobre todas
essas classes, mas assim eu estaria desvelando divindades de outras religiões.
Portanto, por uma questão de respeito, não o farei. Desejo apenas mostrar,
através de fatos, quão elevado é o Deus que dirige a Igreja Messiânica Mundial.

Nem preciso falar sobre a maravilha que é o Johrei, pois, com o passar
do tempo, na medida em que vai se tornando conhecido, ele está constituindo o
elemento mais eficiente para a expansão da nossa Igreja. Aliás, sobre a
solução de doenças através do Johrei, devo esclarecer que, mesmo a pessoa
duvidando e recebendo-o apenas a título de experiência, ou achando
impossível obter a cura por meio de “uma tolice dessas”, a graça será
alcançada da mesma forma, e rapidamente, o que muitos acham um mistério.
Até o presente acreditava-se imprescindível a pessoa ter fé para ficar curada de
uma doença. Era corrente este pensamento: “Acredite; você não pode duvidar.”
Assim, é natural que, condicionadas a essa idéia fixa, as pessoas estranhem o
que acabo de dizer. Vou explicar a razão.

Primeiramente, crer na validade de algo sem ter nada que a comprove é


enganar a si próprio, pois ninguém pode acreditar numa coisa antes de ter
provas. Assim, é óbvio que aquele pensamento está errado. Empregar todos os
esforços para crer porque nos foi dito para crer produz algum efeito, pois isso é
melhor do que duvidar. Tal efeito, porém, não provém de Deus, como muitos
pensam, mas da própria força de cada um. Mas por que motivo um pensamento
tão errado vinha sendo aceito como a coisa mais natural? É que, até agora,
ignorando que a divindade à qual se dirigiam não tinha poder suficiente, as
pessoas tentavam suprir essa deficiência com a força humana. Nesse sentido,
em nossa Igreja, as pessoas melhoram mesmo que duvidem. Isso acontece por
conta da grande força de Deus, não sendo necessário, portanto, acrescentar a
força humana. Logo, se uma divindade não tem poder para curar uma doença,
é porque seu nível é inferior.

Muitas vezes, quando as graças não ocorrem do modo desejado, o


ministro ou o orientador dão desculpa de que a pessoa tem pouca fé. Parece-
me que eles acham que a graça é conseguida com o esforço do homem, ao
invés de ser concedida por Deus. Na verdade, Deus é infinitamente piedoso;
por isso, mesmo que façamos apenas um pedido, infalivelmente Ele nos
atenderá. Quando o homem emprega demasiado esforço para alcançar uma
graça e ultrapassa os limites, Deus não fica satisfeito, se é que se trata do
Verdadeiro Deus. Principalmente penitências, jejuns e abstenções são atitudes
que estão em desacordo com a Vontade de Deus, pois Seu grande amor vê
com tristeza o sofrimento humano. Pensemos bem. Nós, seres humanos,
somos filhos de Deus. Como nosso pai, não há razão para Ele se alegrar com o
nosso sofrimento. Ainda que a pessoa tenha conseguido receber uma graça
através de penitência, quem a concedeu não foi Deus, mas algum espírito
pertencente à falange dos demônios. Graças desse tipo são efêmeras, não
duram muito tempo. As graças concedidas por Deus são diferentes. À medida
que nos dedicamos à Fé, nossos infortúnios irão diminuindo gradativamente,
atingiremos um estado espiritual de paz e segurança e seremos felizes.

Em síntese: é religião de baixo nível aquela em que a pessoa, embora


não creia, esforça-se para crer, com o objetivo de alcançar graças; é religião de
nível superior aquela em que Deus concede a graça mesmo que a pessoa
duvide ou não acredite.

Alicerce do Paraíso - “Religião é milagre” (11/04/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

(R1/80) RELIGIÃO É MILAGRE

Alicerce do Paraíso, pág. 184

Desde tempos remotos, costuma-se dizer que os milagres são


inerentes à Religião, o que realmente é verdade. Modéstia à parte, nunca
houve religião que evidenciasse tantos milagres como a Igreja Messiânica
Mundial. Em poucas palavras, direi que isso ocorre porque ela é dirigida pelo
Supremo Deus.

Pensando que todas as divindades são iguais, as pessoas geralmente


tendem a cultuá-las da mesma forma. Entretanto, precisamos saber que até
entre as divindades existe hierarquia: superior, média e inferior. Em ordem
decrescente, essa hierarquia, iniciando pelo Altíssimo, vai até
Ubussunagami, Tengu, Ryujin, Inari e outros.

Gostaria de falar detalhadamente sobre todas essas classes, mas


assim eu estaria desvelando divindades de outras religiões. Portanto, por
uma questão de respeito, não o farei. Desejo apenas mostrar, através de um
fato, quão elevado é o Deus que dirige a Igreja Messiânica Mundial. Nem
preciso falar sobre a maravilha que é o Johrei, pois, com o passar do tempo,
na medida que vai se tornando conhecido, ele está constituindo o elemento
mais eficiente para a expansão da nossa Igreja. Aliás, sobre a solução de
doenças através do Johrei, devo esclarecer que, mesmo a pessoa
duvidando e recebendo-o apenas a título de experiência, ou achando
impossível obter a cura por meio de "uma tolice dessas", a graça será
alcançada da mesma forma, e rapidamente, o que muitos acham um
mistério. Até o presente, acreditava-se imprescindível a pessoa ter fé para
ficar curada de uma doença. Era corrente este pensamento: "Acredite; você
não pode duvidar." Assim, é natural que, condicionadas a essa idéia fixa, as
pessoas estranhem o que acabo de dizer. Vou explicar a razão.

Primeiramente, crer na validade de algo sem ter nada que a comprove


é enganar a si próprio, pois ninguém pode acreditar numa coisa antes de ter
provas. Assim, é óbvio que aquele pensamento está errado. Empregar todos
os esforços para crer porque nos foi dito para crer produz algum efeito, pois
isso é melhor do que duvidar. Tal efeito, porém, não provém de Deus, como
muitos pensam, mas da própria força de cada um. Mas por que motivo um
pensamento tão errado vinha sendo aceito como a coisa mais natural? É
que, até agora, ignorando que a divindade à qual se dirigiam não tinha poder
suficiente, as pessoas tentavam suprir essa deficiência com a força humana.
Nesse sentido, em nossa Igreja, as pessoas melhoram mesmo que duvidem.
Isso acontece por conta da grande força de Deus, não sendo necessário,
portanto, acrescentar a força humana. Logo, se uma divindade não tem
poder para curar uma doença, é porque seu nível é inferior.

Muitas vezes, quando as graças não ocorrem do modo desejado, o


ministro ou o orientador dão desculpa de que a pessoa tem pouca fé.
Parece-me que eles acham que a graça é conseguida com o esforço do
homem, ao invés de ser concedida por Deus. Na verdade, Deus é
infinitamente piedoso; por isso, mesmo que façamos apenas um pedido,
infalivelmente Ele nos atenderá. Quando o homem emprega demasiado
esforço para alcançar uma graça e ultrapassa os limites, Deus não fica
satisfeito, se é que se trata do Verdadeiro Deus. Principalmente fazer
penitências, jejuns e abstenções são atitudes que estão em desacordo com
a Vontade de Deus, pois Seu grande amor vê com tristeza o sofrimento
humano. Pensemos bem. Nós, seres humanos, somos filhos de Deus. Como
nosso Pai, não há razão para Ele se alegrar com o nosso sofrimento. Ainda
que a pessoa tenha conseguido receber uma graça através de penitência,
quem a concedeu não foi Deus, mas algum espírito pertencente à falange
dos demônios. Graças desse tipo são efêmeras, não duram muito tempo. As
graças concedidas por Deus são diferentes. À medida que nos dedicamos à
Fé, nossos infortúnios irão diminuindo gradativamente, atingiremos um
estado espiritual de paz e segurança e seremos felizes.

Em síntese: trata-se de religião de baixo nível aquela em que a


pessoa, embora não creia, esforça-se para crer, com o objetivo de alcançar
graças; trata-se de religião de nível superior aquela em que Deus concede a
graça mesmo que a pessoa duvide ou não acredite.

Jornal Eiko nº 99, 11 de abril de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

(R2/34) VENCER O MAL

Alicerce do Paraíso, pág.215

Desde a Antigüidade, as religiões têm se desenvolvido com base no


princípio da absoluta "não-resistência". Cristo falou: "Se alguém te bater na
face direita, oferece-lhe também a esquerda." Quando se achava na cruz, no
Gólgota, ele disse: "Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem."
Esses fatos evidenciam Cristo como a personificação do Amor.

Também Sakyamuni, interpretando como uma provação para o seu


próprio aperfeiçoamento as insistentes perseguições de seu primo Daiba,
que pretendia destruí-lo a fim de herdar seu poder e sua glória, não assumiu
nenhuma atitude de resistência.

Entretanto, ao analisarmos os resultados, embora estejamos


convencidos de que o amor cristão e a misericórdia búdica cativam a alma
humana, tornando-se a fonte da fé, não podemos concluir se esses
resultados foram ou não benéficos, pois, decorridos mais de dois mil anos da
morte de Sakyamuni e de Cristo, o mal continua a aumentar, ao invés de
diminuir. O fato de homens bons viverem molestados por maus elementos e
de homens honestos serem ludibriados, é uma realidade que tem resistido
aos séculos, dando-nos a impressão de que não tem nada a ver com o
progresso da cultura. Este, pelo contrário, serviu para esmerar a técnica na
execução do crime, em nada alterando sua natureza.

Reflitamos: por que o Mal não é exterminado? Indubitavelmente, a


causa está na passividade do Bem. Os indivíduos maus aproveitam a
situação e perseguem constantemente os bons, que são ridicularizados e
tidos no baixo conceito de tolos e covardes. Os bons, por sua vez,
superestimam os maus, deixando de oferecer-lhes resistência; temendo
prejuízos ou inesperadas agressões, preferem tolerá-los, como se essa
resignação fosse sensata. Isso contribui para aumentar o ânimo dos maus,
que afiam suas garras na intensificação do Mal, não deixando, porém, de
precaver-se, a fim de escaparem à lei.

Infelizmente, vivemos numa sociedade onde o povo é sempre a


vítima. A esperança da realização de um mundo onde os bons possam viver
tranqüilos ainda se perde no horizonte. Nós, religiosos, pregamos que o Bem
não deve, em momento algum, sucumbir ao Mal, pois sua derrota
evidenciaria que não é um bem verdadeiro, e sim, covardia. Cabe-nos provar
que o Mal não conseguirá vencê-lo. Acredito ser este o modo correto de agir,
numa religião autêntica e sincera.

Os maus elementos consideram os religiosos como seres diferentes


dos indivíduos comuns, encarando-os da seguinte maneira: "Eles são
seguidores do princípio da não-resistência; não nos causarão, portanto,
grande perda, ainda que os maltratemos." Aqui reside a fraqueza dos
religiosos, ou melhor, a razão pela qual eles são julgados assim. Por
conseguinte, precisamos verdadeiramente, e a todo custo, erradicar o
conceito satânico dos maus elementos, lutando incansavelmente contra o
Mal.
Creio ser do conhecimento de todos que, por ocasião do ataque à
nossa Igreja feito por um jornal de grande circulação, lutamos sem nenhum
temor de sua maldade. Lutamos destemidamente, ainda que o nosso
adversário tentasse esmagar-nos pela força, e até que ele se arrependesse
dos seus atos. Não seria essa a verdadeira Vontade de Deus?
Conseqüentemente, cabe-nos despertar os seres humanos para a melhor
solução, que é o abandono do Mal pela conversão ao Bem, pois, de forma
alguma, este poderá ser vencido pelo Mal. Penso ser este o procedimento
correto de uma religião autêntica e sincera.

Mantive-me, até hoje, fiel a esse princípio e creio que jamais


sucumbirei à injustiça. Uma prova disso é que venho lutando, na condição
de réu, por um caso de propriedade que, por incrível que pareça, não foi
resolvido no espaço de quatorze anos. Toda vez que ocorre a mudança ou a
substituição de um magistrado, quem vem para o seu lugar tem de
recomeçar o estudo de todo o processo, afligindo-se ante a obrigação de ler
um relatório processual cada vez mais extenso, razão pela qual me sugere
um acordo. Como meu objetivo é combater a injustiça, coloco a questão
pessoal em segundo plano, evitando a reconciliação, enquanto meu
adversário não tomar consciência de seu erro.

O objetivo da Religião é incentivar o Bem e combater o Mal. Este


jamais deve derrotar o Bem. A razão está no fato de que o Mal decresce à
medida que o Bem triunfa, contribuindo para o melhoramento da sociedade.
Assim surgirá o Paraíso Terrestre.

Jornal Eiko nº 100, 18 de abril de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

VENCER O MAL

Desde a Antigüidade, as religiões têm se desenvolvido com base no


princípio da absoluta “não-resistência”. Cristo falou: “Se alguém te bater na
face direita, oferece-lhe também a esquerda.” Quando se achava na cruz, no
Gólgota, ele disse: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem.”
Esses fatos evidenciam Cristo como a personificação do Amor.

Também Sakyamuni, interpretando como uma provação para o seu


próprio aperfeiçoamento as insistentes perseguições de seu primo Daiba,
que pretendia destruí-lo a fim de herdar seu poder e sua glória, não assumiu
nenhuma atitude de resistência.

Entretanto, ao analisarmos os resultados, embora estejamos


convencidos de que o amor cristão e a misericórdia búdica cativam a alma
humana, tornando-se a fonte da fé, não podemos concluir se esses
resultados foram ou não benéficos, pois, decorridos mais de dois mil anos da
morte de Sakyamuni e de Cristo, o mal continua a aumentar, ao invés de
diminuir. O fato de homens bons viverem molestados por maus elementos e
de homens honestos serem ludibriados é uma realidade que tem resistido
aos séculos, dando-nos a impressão de que não tem nada a ver com o
progresso da cultura. Este, pelo contrário, serviu para esmerar a técnica na
execução do crime, em nada alterando sua natureza.

Reflitamos: por que o mal não é exterminado? Indubitavelmente, a


causa está na passividade do bem. Os indivíduos maus aproveitam a
situação e perseguem constantemente os bons, que são ridicularizados e
tidos no baixo conceito de tolos e covardes. Os bons, por sua vez,
superestimam os maus, deixando de oferecer-lhes resistência; temendo
prejuízos ou inesperadas agressões, preferem tolerá-los, como se essa
resignação fosse sensata. Isso contribui para aumentar o ânimo dos maus,
que afiam suas garras na intensificação do mal, não deixando, porém, de
precaver-se, a fim de escaparem à lei.

Infelizmente, vivemos numa sociedade onde o povo é sempre a


vítima. A esperança da realização de um mundo onde os bons possam viver
tranqüilos ainda se perde no horizonte. Nós, religiosos, pregamos que o bem
não deve, em momento algum, sucumbir ao mal, pois sua derrota
evidenciaria que não é um bem verdadeiro, e sim, covardia. Cabe-nos provar
que o mal não conseguirá vencê-lo. Acredito ser este o modo correto de agir,
numa religião autêntica e sincera.

Os maus elementos consideram os religiosos como seres diferentes


dos indivíduos comuns, encarando-os da seguinte maneira: “Eles são
seguidores do princípio da não-resistência; não nos causarão, portanto,
grande perda, ainda que os maltratemos.” Aqui reside a fraqueza dos
religiosos, ou melhor, a razão pela qual eles são julgados assim. Por
conseguinte, precisamos verdadeiramente, e a todo custo, erradicar o
conceito satânico dos maus elementos, lutando incansavelmente contra o
mal.

Creio ser do conhecimento de todos que, por ocasião do ataque à


nossa Igreja feito por um jornal de grande circulação, lutamos sem nenhum
temor de sua maldade. Lutamos destemidamente, ainda que o nosso
adversário tentasse esmagar-nos pela força, e até que ele se arrependesse
dos seus atos. Não seria essa a verdadeira Vontade de Deus?
Conseqüentemente, cabe-nos despertar os seres humanos para a melhor
solução, que é o abandono do mal pela conversão ao bem, pois, de forma
alguma, este poderá ser vencido pelo mal. Penso ser este o procedimento
correto de uma religião autêntica e sincera.

Mantive-me, até hoje, fiel a esse princípio e creio que jamais


sucumbirei à injustiça. Uma prova disso é que venho lutando, na condição
de réu, por um caso de propriedade que, por incrível que pareça, não foi
resolvido no espaço de quatorze anos. Toda vez que ocorre a mudança ou a
substituição de um magistrado, quem vem para o seu lugar tem de
recomeçar o estudo de todo o processo, afligindo-se ante a obrigação de ler
um relatório processual cada vez mais extenso, razão pela qual me sugere
um acordo. Como meu objetivo é combater a injustiça, coloco a questão
pessoal em segundo plano, evitando a reconciliação, enquanto meu
adversário não tomar consciência de seu erro.

O objetivo da Religião é incentivar o bem e combater o mal. Este


jamais deve derrotar o bem. A razão está no fato de que o mal decresce à
medida que o bem triunfa, contribuindo para o melhoramento da sociedade.
Assim surgirá o Paraíso Terrestre.

18 de abril de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

"O objetivo da Religião é incentivar o bem e combater o mal. Este


jamais deve derrotar o bem. A razão está no fato de que o mal decresce à
medida que o bem triunfa, contribuindo para o melhoramento da sociedade.
Assim surgirá o Paraíso Terrestre."

(18 de abril de 1951)


(tradução em: O Caminho para corresponder à Terceira
Instituição

(S.AN/92) A MENTE DOS FABRICANTES DE GUERRAS

Sempre acho inexplicável o cérebro dos produtores de guerra. Isso


não é uma coisa que começou agora, é desde épocas muito remotas e, por
causa da própria selvageria, mesmo sacrificando a vida de grande número
de pessoas, não pensa nada; é incompreensível esse estado mental.
Experimente pensar bem. Quando um homem mata uma só pessoa que
seja, não apenas será interrogado pelo crime de assassinato, como a própria
pessoa será censurada incessantemente pela consciência e sofrerá com o
arrependimento; são palavras que sempre aparecem na confissão dos
assassinos. Só que, apesar de serem assassinos, igualmente esses são os
de bom caráter, mas tratando-se de pessoas extremamente más, podem
matar quantas pessoas forem que não despertam a consciência de culpa.
Quando o Mal se intensifica, ganha do céu e, por um momento, atravessou
um mundo esplendoroso, mas a retribuição de quando finalmente chega na
descida é e capturado e, ao ter que pagar a taxa, estremece com a
terribilidade do mal e desperta; ouço dizer que, juntamente com as lágrimas
de arrependimento, há pessoas que deixam palavras louváveis, mas
também, raramente existem aqueles sem-vergonhas que não apenas não
têm o mínimo de sentimento de culpa, mas são enforcados soltando
palavras de ódio, mas esses são exceções.

Contudo, ao se tratar da guerra, o número é diferente. Mesmo que o


chefe não mate diretamente, utiliza a mão de mais de dez, de um milhão de
subalternos, praticando um assassinato em massa. Além disso, não mata
apenas o inimigo como o aliado também; portanto, esse ato cruel não é uma
coisa que como ser humano seja completamente possível de se suportar. Ou
é um demônio canibal ou um tigre-lobo; é difícil expressar por meio de
palavras. Entretanto, só porque se trata de assassinato em massa, não
significa que não seja ruim. Isso porque, em relação ao povo que goza da
paz, ou seja, que é um país amante da paz, se houver alguém que ameace
com a força militar, quem vai proteger é a maravilhosa legítima defesa. Se
não prevenir rapidamente, os danos se tornam maiores. Portanto, é lógico
que isso não se torna um crime.

De qualquer forma, o herói de época, que por causa de sua própria


selvageria sacrifica a vida de inúmeras pessoas e não se arrepende, é
realmente o possuidor de um cérebro incompreensível. Enquanto não mudar
esse cérebro, não existe a possibilidade de concretizar o mundo de paz, e
isso está mais do que claro. Nesse sentido, as diversas entidades da paz
existentes hoje no mundo e também nas atividades de entidades religiosas
são, sem dúvida, corretas, mas falando do ponto de vista da perfeição, não
existe outro método a não ser arrancar, de qualquer maneira, essa crueldade
do cérebro dos heróis de hoje. Se bem que irão dizer que isso está mais
perto do impossível, e o que vem à cabeça de qualquer um, creio, é a
Religião. Contudo, com as religiões existentes até hoje, já se teve a
experiência de que não dá certo; portanto, é preciso que surja um x superior
a uma religião de época marcante. Creio que esse tipo de pensamento não é
só de algumas pessoas.

Jornal Eiko nº 101, 25 de abril de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)
“Quando todos os corações se religarem a Deus, será o início da paz
mundial.”

(Nidai-Sama)

Uma coisa que eu não consigo entender é a cabeça dos fabricantes de


guerras. Isso não começou agora; existe desde épocas remotas. É um estado
psicológico de pessoas que, pela sua própria ambição, sacrificam numerosas
vidas e ficam indiferentes. Pensem bem. Mesmo quando se mata uma só
pessoa, isso é enquadrado como crime, e o próprio criminoso é atormentado
constantemente pela sua consciência e pelo arrependimento. Freqüentemente
ouvimos tais confissões de indivíduos que cometeram crimes. Apesar de
criminosos, eles ainda são de qualidade melhor. O homem extremamente
perverso mata inúmeras pessoas, mas dificilmente se sente atormentado.
Quando o Mal se torna ativo, pode vencer os Céus. Durante algum tempo o
criminoso consegue viver magnificamente, mas depois começa a decair pouco
a pouco, por causa da punição do Mal, e acaba sendo descoberto. No momento
de pagar o tributo, ele estremece de temor do Mal. Freqüentemente ouço falar
que tais pessoas, quando despertam, ao mesmo tempo em que derramam
lágrimas de arrependimento, sequer conseguem pronunciar palavras dignas. Às
vezes, há pessoas que, além de não sentirem qualquer tormento, fogem
descaradamente, dizendo impropérios, mas isso é uma exceção.

Com relação à guerra a coisa é diferente. O cabeça não mata


diretamente as pessoas, mas, tendo milhares ou milhões de subordinados,
pratica um amplo assassinato. Além disso, não mata só o inimigo, mas também
os amigos. Portanto, essa ação brutal é absolutamente insuportável. Sem
dúvida, ele deve ser um demônio, ou um animal satânico; não posso expressar
o que ele é através de palavras. E não se trata de mal só pelo fato de ser um
assassinato coletivo. Isto porque, se uma pessoa ou pessoas ameaçam os
povos pacíficos, ou seja, aficionados à paz por meio da força militar, o fato de
impedir que isso aconteça é uma magnífica e correta forma de defesa. Se ela
não atuar rapidamente, o prejuízo será grande. Por conseguinte, isso não
constitui crime.
Seja como for, devemos dizer que os heróis da época em que não se
hesitava em sacrificar inúmeras vidas para satisfazer caprichos pessoais são
realmente possuidores de cabeças incompreensíveis. Está mais do que claro
que, enquanto a cabeça dessas pessoas não mudar por completo, não será
possível concretizar a paz mundial. Nesse sentido, as atividades realizadas por
diversas instituições pacifistas e por diversas religiões que existem hoje no
mundo naturalmente são ótimas, mas, para aperfeiçoá-las, não há outro meio
senão eliminar a brutalidade existente na cabeça dos heróis atuais. As pessoas
poderão dizer que isso é quase impossível, e o que vem à cabeça de qualquer
um deve ser a Religião. Entretanto, já está mais do que comprovado que as
religiões de até agora não servem, por isso é preciso que surja algo superior a
elas, algo denominado X. Quem pensa assim não somos apenas nós.

Jornal Eiko Nº 101 - “A cabeça dos fabricantes de guerra” (25/04/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

A ATUAÇÃO DE KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO

INTERLOCUTOR: O Deus Kakuryo é o regente do Mundo Espiritual,


entre os mundos divino, espiritual e material? E o mundo obscuro (yukai) indica
o plano intermediário e o plano infernal?

INTERLOCUTOR: Qual é o trabalho de Kunitokotati-no-Mikoto, na


ocasião?

MEISHU-SAMA: É o trabalho de julgar. Ficando pronto, a atuação de


Kunitokotati-no-Mikoto fica diferente. A atuação da conclusão chama-se Miroku
(5, 6, 7).

INTERLOCUTOR:: No Ensinamento sobre as considerações


espirituais, a linhagem de Banko Shin'no seria da linhagem do Sol?
MEISHU-SAMA: Seria da sub-linhagem do Sol..
INTERLOCUTOR: Qual a relação entre Kunitokotati-no-Mikoto e Izunome
no Kami?

MEISHU-SAMA: Em suma, seria descendente de Kunitokotati-no-Mikoto.


E, em termos de posição, Izunome no Kami seria superior. (Deu o exemplo de
pai e filho) E ele próprio faz a inspeção, pois é filho de Kunitokotati-no-Mikoto,
não? A fundadora da Igreja Oomoto incorporou Kunitokotati-no-Mitoto, sabe?

Existem as épocas. O Deus chamado Kunitokotati-no-Mikoto é o Criador.


Na época da criação, o Grande Kunitokotati-no-Mikoto criou todas as coisas.
Em seguida tomou a forma humana e nessa condição é chamado
simplesmente de Kunitokotati-no-Mikoto. Nessa época nasceu o deus chamado
Sussano-no-Mikoto. Só que esse deus foi depois de Izanagui-no-Mikoto e
Izanami-no-Mikoto, pois estes são descendentes de Kunitokotati-no-Mikoto.
Amaterassu Tennou estava totalmente escondido.

(Gossuiji roku no. 6 1/5/1951)


(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)

A ATUAÇÃO DE KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO

Interlocutor: O Deus Kakuryo é o regente do Mundo Espiritual, entre os


Mundos Divino, Espiritual e Material? E o Mundo Obscuro (yukai) indica o plano
intermediário e o plano infernal? Qual é o trabalho de Kunitokotati-no-Mikoto, na
ocasião?

Meishu Sama: É o trabalho de julgar. Ficando pronto, a atuação de


Kunitokotati-no-Mikoto fica diferente. A atuação da conclusão chama-se Miroku
(5, 6, 7).

Interlocutor: No Ensinamento sobre as considerações espirituais, a


linhagem de Banko Shin'no seria da linhagem do Sol?

Meishu Sama: Seria da sub-linhagem do Sol.


Interlocutor: Qual a relação entre Kunitokotati-no-Mikoto e Izunome-no-
Kami?

Meishu Sama: Em suma, seria descendente de Kunitokotati-no-Mikoto.


E, em termos de posição, Izunome-no-Kami seria superior. (Deu o exemplo de
pai e filho) E ele próprio faz a inspeção, pois é filho de Kunitokotati-no-Mikoto,
não? A fundadora da Igreja Oomoto incorporou Kunitokotati-no-Mitoto, sabe?

Existem as épocas. O Deus chamado Kunitokotati-no-Mikoto é o Criador.


Na época da criação, o Grande Kunitokotati-no-Mikoto criou todas as coisas.
Em seguida tomou a forma humana e nessa condição é chamado
simplesmente de Kunitokotati-no-Mikoto. Nessa época nasceu o deus chamado
Sussanoo-no-Mikoto. Só que esse deus foi depois de Izanagui-no-Mikoto e
Izanami-no-Mikoto, pois estes são descendentes de Kunitokotati-no-Mikoto.
Amaterassu Tennou estava totalmente escondido.

Gossuiji roku Nº 6 (01/05/1951)


(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

(R2/40) O CAMINHO QUE REDUZ OS SOFRIMENTOS E O CAMINHO DA


CIVILIDADE

O titulo acima é sem dúvida um termo budista e o seu significado


também se ajusta perfeitamente ao presente, por isso tentarei explicá-lo.

Conforme se lê e de acordo com o significado de cada palavra, o


sofrimento se reúne, ou seja, quando o sofrimento é numeroso, perde-se o
caminho, e qualquer ser humano, quando o sofrimento é muito, não apenas
fica desesperado como não pode fazer das tripas coração e acaba
praticando coisas que estão fora do caminho. É uma coisa que falam muito,
que existem dois tipos de ladrão: aquele que é realmente desonesto e
aquele que, apertado pela miséria, pratica confuso por causa do sofrimento,
mesmo sabendo que é um mal. E também as meretrizes, que não precisam
disso mas fazem porque gostam, e outras que, pressionadas pelas
circunstâncias, fazem contrariadas; existem os dois tipos.

O partido comunista faz propagandas utilizando esse ponto fraco.


Portanto, o ideal do governo é não fazer pessoas que tenham dificuldade,
pessoas que sofrem. Isso diminui os crimes e, além de manter a ordem da
sociedade, é uma medida primordial. A frase: "Aquele que possui
propriedade fixa possui constância de sentimento", demonstra isso muito
bem. O ideal da nossa Igreja, que é eliminar a doença, a pobreza e o
conflito, não é outra coisa além disso. Sendo assim, a saúde, antes de
qualquer coisa, é a base, por isso a chave da solução do problema é
aumentar o número de pessoas saudáveis.

A seguir, falarei sobre a Lei do Caminho e cortesia, que também se


encaixa perfeitamente ao presente.

(...) Não chega... ...o sentido é esse. (Trecho do Pão Nosso pág.
261)
Agora falarei sobre a cortesia e, sem dúvida, essa é a palavra mais
adequada ao homem moderno. Principalmente esse ponto está muito mais
degenerado no homem atual do que nas pessoas de antigamente. Todos os
dias me encontro com muitas pessoas, e posso dizer que não existe uma
entre dez pessoas que seja cortês. Mas, de qualquer forma, existe uma
diferença dos membros com as pessoas comuns, e isso é bom, mas no caso
do contato entre os próprios membros, ainda se nota pontos falhos e por
isso quero que se aprimorem ainda mais.

Entretanto, na vida social complexa como a de hoje, não se pratica a


educação que se deseja, e até um certo ponto não tem jeito, mas é preciso
tomar cuidado com a democracia, pois entre os jovens tem muitos de
pensamento que não tem o sistema de hierarquia superior, médio e inferior,
e isso é ruim. Sem dúvida que o antigo sistema hierárquico, como o dos
militares, agricultores, industriais e comerciantes, também está errado, mas
a excessiva igualdade maléfica como a de hoje também está errada. E o
andamento da educação escolar é principalmente lamentável. Devido ao
demasiado liberalismo, as coisas correm de modo comodista e nota-se que
quase não existe diferença entre professor e aluno. Quanto a esse ponto, os
professores devem ter uma margem muito grande para pensar.

Sem dúvida que o antigo sistema militar também não é bom, mas
relaxado como agora também não é bom. O importante é não pender nem
para um lado nem para o outro mantendo o equilíbrio; a neutralidade é
essencial e não é preciso dizer que se deve levar a diretriz da educação
para esse ponto. O significado de cortesia é nesse sentido e os antigos já
afirmavam isso, portanto como pessoas da atualidade devem proceder de
modo a não se envergonharem disso.

Jornal Eiko nº 102, 02 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

“Neste mundo, não há outra alternativa para o homem a não ser o


Caminho da Fé.”

(...) Não chega a ser legislação do caminho, mas é caminho e é lei. Estar
no Caminho significa estar de acordo com o Dori (caminho perfeito). Por desvio
do Caminho ocorrem as dificuldades entre os homens, a desarmonia no lar e a
perturbação da ordem pública. Não existem somente as leis criadas pelo
homem; existem também as Leis Divinas, que não são visíveis aos nossos
olhos, mas que de forma alguma podem ser infringidas. Devemos saber que
todos os infortúnios do homem são punições decorrentes da infração das Leis
Divinas. Na realidade, essas punições são muito mais rigorosas que as leis do
homem e não podemos absolutamente livrar-nos delas. Naturalmente, existe
também a pena de morte; trata-se da morte por calamidades, por doença, etc.,
que vem a ser a punição por ter a pessoa violado as Leis Divinas.

Existem leis regendo todas as coisas. A lei é o critério, a ordem de todas


as coisas. Em suma, o pensamento e a ação do homem já estão pré-
determinados. O político, o educador, o religioso, o artista, o administrador, o
comerciante, o médico, o homem, a mulher, para todo ser humano há uma lei
estabelecida, que ele deve ou não observar. As coisas vão bem e a pessoa
prospera quando ela observa essa lei. Desde antigamente fala-se em não
transgredir a lei, mas creio que o sentido é esse.(…)

Jornal Eiko nº 102 - “O caminho que reduz os sofrimentos e


o caminho da civilidade” (02/05/51)

CIVILIDADE

“Saibam os fiéis que a essência da fé consiste em manter a civilidade.”

(...) A seguir, falaremos sobre a civilidade, e este é um tema realmente


apropriado às pessoas da época atual. Nesse ponto, elas deixam muito a
desejar em relação às pessoas de antigamente. Encontro com muita gente no
dia-a-dia, mas posso afirmar que, entre dez pessoas, não existe uma sequer
que se distinga pela civilidade. Os membros da nossa Igreja, sem dúvida, são
bem diferentes das outras pessoas, mas, como no relacionamento entre eles eu
vejo que ainda há pontos que deixam a desejar, gostaria que aprimorassem
ainda mais.

Numa vida social tão complicada como a de hoje, não é possível praticar
a civilidade como desejamos. De certa forma é impossível. Mesmo assim,
devemos tomar muito cuidado, pois, levados por um conceito errado de
democracia, muitos jovens não levam em consideração a diferença entre
superior, médio e inferior, e isso é um problema. Realmente, o antigo princípio
de discriminação das classes militar, agrícola, industrial e comercial estava
errado, mas ações igualitárias como as da atualidade também estão erradas.
Principalmente a forma pela qual é efetuada a educação escolar é realmente
lamentável. Vejo, freqüentemente, os jovens caírem na libertinagem pelo
excesso de liberalismo e pela ausência da distinção entre professores e alunos.
Nesse sentido, os professores também têm muitos pontos que devem ser
objeto de reflexão. Evidentemente, a forma militar dos tempos antigos não é
boa, mas o relaxamento atual também não é bom. Em suma, o essencial é não
cair nos extremos, obedecer aos limites, mantendo-se no centro. Nem é preciso
dizer que a diretriz da Educação deve estar centralizada neste ponto. Isso
significa civilidade. Como essa afirmação já vem desde os tempos antigos, o
homem moderno também deve proceder de forma que não sinta vergonha de
seus atos.

Jornal Eiko Nº 102 - “O Caminho que reduz os sofrimentos é o


Caminho da Civilidade” (02/05/51)
(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

(S.AN/44) O GENERAL McARTHUR

Sobre a demissão do General Douglas McArthur, cada jornal escreveu


a sua crítica; lendo um deles, vi que a parte mais importante não constava e,
como não posso deixar de lado, vou escrever aqui.

Isso é até desnecessário dizer mas, na ocasião do regresso da


General, devido à demasiada admiração por ele, creio que o sentimento dos
japoneses que se reuniram para a despedida era o mesmo. Provavelmente,
até hoje, não houve nenhum exemplo como esse dentre os japoneses, de
uma pessoa ser respeitada de coração pelo povo de uma nação. Realmente
é uma pessoa misteriosa. Até mesmo em mim brotou um sentimento que
não tinha até agora. Assim que ouvi a notícia da demissão do General, fiquei
assustado e, ao mesmo tempo, não tive como conter a quentura que me
cobriu o rosto. Não tinha tido uma experiência igual. Até parecia uma
separação de pais e irmãos ou mesmo com um mestre; senti muita tristeza.

Entretanto, comecei a pensar sobre a causa desse sentimento


estranho, o por quê dele brotar. Esse é o ponto que não posso deixar de
falar. Ou seja, uma pessoa de amor tão grande e de forte sentimento de
justiça, como o General, não existe aos montes. Além disso, apesar de ser
um militar, os seus modos gentis e afáveis encantavam as pessoas.

É como se fosse um samurai antigo: é cortês e não tem nem um


pouco aquele jeito nojento de se achar um herói, é bem livre e imparcial. Se
for fazer esse tipo de comparação, não tem fim, mas a origem desse lado
bom creio que, sem dúvida, é a manifestação do senso de justiça, que
nasceu da fé. Isso porque o General era um cristão fervoroso e, mesmo nas
mensagens que passava às vezes, a palavra Deus contava isso muito bem.

Por esse motivo, quando penso que o General não ficará no Japão,
me invade, não sei, uma certa tristeza. É uma tristeza de como se tivesse
perdido em quem se apoiar. Isso porque não se tem medo seguindo os
passos corretos do General; isso vem daquele firme senso de justiça, vem
do amor humanitário, do modo justo de lidar sem pensar apenas no lucro
dos Estados Unidos e sem discriminar o Japão como um país derrotado na
guerra. Isso estava sendo afirmado pelas primeiras vozes que chegaram ao
Japão após a guerra.

Aqui, fazendo uma reflexão sobre os políticos do Japão, que existem


pessoas muito nobres existem, mas o ponto mais falho, creio, é o sentimento
religioso, o senso de justiça e a igualdade. Falta principalmente a igualdade.
Mais do que pensar no benefício da nação, pensam primeiro no benefício do
próprio partido, existe essa antipatia. Isso porque o certo e o errado de uma
estratégia política está em terceiro plano, não questionam o correto e o
errado, o bem e o mal do partido de oposição, tem a intolerância de se opor
a qualquer coisa. Creio que atualmente esse é o mal maior do mundo
político. Portanto, recordando os grandes feitos deixados pelo General,
nessa ocasião, os políticos do Japão também devem, resolutamente, se
conscientizar; é o meu profundo desejo, e por isso estou, com franqueza,
dando um conselho.

Jornal Eiko nº 102, 2 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

(ART/69) PERGUNTAS E RESPOSTAS PROVEITOSAS

(Entrevista realizada entre Okada Mokiti (Meishu Sama) e Tokugawa


Mussei, no dia 12 de abril de 1951, na sala de visita do Solar de Nuvem
Esmeralda, residência da família Okada, no bairro Minaguti, na cidade de
Atami.)

A presente entrevista de Meishu Sama com o Sr. Tokugawa Mussei foi


publicada na Revista Semanal Assahi, mas no presente livro omitimos a
parte inicial por não ter, em especial, relação com a Arte.

Meishu Sama: — No caso de pintura também, quando vemos obras


falsas, somos tomados de uma sensação de desgosto. E isso ocorre
instantaneamente, não é mesmo?

Sr. Mussei: — Acho que tudo depende da força de cada pintor, mas
nas obras renomadas, sentimos que algo está incutido nelas. E isso toca o
nosso coração.

Meishu Sama: — As obras da época inicial da Era Sô (dinastia Sung,


960 a 1279), pinturas que existem há cerca de novecentos a mil anos, ainda
possuem espíritos. Ao contemplar as obras dos renomados pintores como
Mokkei e Ryokai, sentimos atração em meio a uma sensação indescritível.
As obras dos pintores atuais não provocam nenhuma sensação. Por isso,
preservar com toda estima as obras daquela época tem sentido. Há dois ou
três dias atrás, fui ao Museu ver a exposição dos pintores Sôtatsu e Korin.
Ao apreciar suas obras, uma sensação indescritível invadiu meu coração.

Sr. Mussei: — Dias atrás, uma pessoa da região de Quioto trouxe


uma obra de Sotatsu e me mostrou. Era uma pintuta de Bambu e pardal,
realmente excelente.

Meishu Sama: — Existem obras falsas de Sotatsu, mas logo consigo


perceber devido ao espírito da obra.

Sr. Mussei: — Tanto o Sotatsu como o Korin foram grandes pintores,


não é verdade? Dizem que mesmo depois de ver a exposição de obras de
Matisse (Henri Matisse), não se sente que suas obras são inferiores. Ao
contrário, até parece que Matisse tenha aprendido deles.
Meishu Sama: — De modo geral, Matisse aprendeu a sensibilidade
de Korin e a técnica de Sharaku (..).Ele fez uma simplificação, baseado nas
obras de Sharaku e Korin, a qual resultou nas obras atuais de Matisse.
Mesmo em se tratando das obras de Matisse, sinto pouca admiração pelas
pinturas a óleo feitas por ele. Na escola pós-impressionista, há pinturas a
óleo melhores do que as dele, mas o seu “esboço” é fabuloso.

Sr. Mussei: — Existe uma pintura de uma moça (da propriedade do


Museu de Belas-Artes Kurashiki, do Estado de Okayama) da autoria de
Matisse. Todos elogiam aquela obra, mas não consigo entender. Porém,
outro dia fui à casa de Nomura Kodô e lá vi o “esboço” (de uma jovem) de
Matisse. Aquela consegui entender. Realmente era uma obra magnífica.

Meishu Sama: — Por meio de traços simples, ele tem manifestado a


sua originalidade.

Sr. Mussei: — Não sei se é da autoria de Mokkei ou Ryokai, mas


existe uma obra em que o Hotei (um dos sete deuses da fortuna) está
assistindo uma briga de galos. Existe uma obra semelhante da autoria de
Mussashi. Na original, existe uma árvore nos fundos, mas a de Mussashi
não tem.

Ah, é, falando em pintura de Mussashi, vou citar um fato de cunho


espiritual. Tenho citado freqüentemente sobre Miyamoto Mussashi através
de veículos de comunicação, tais como o rádio. Dias atrás, um antiquário
trouxe uma obra de Mussashi, dizendo que eu deveria possuir um quadro
seu sem falta. Era uma obra de Ashikari (colhedor de cana, junco). Era uma
colheita farta. Para ser um colhedor, era demasiado gordo. Como estava
muito caro, deixei de comprar. Então, dois ou três dias depois,
repentinamente, o Sr. Yoshikawa Eiji e sua esposa vieram à minha casa,
pela primeira vez, visitar-me.
“Hoje, vim visitá-lo e trouxe-lhe um presente”, e me deu uma pintura
de Mussashi. Será que havia algum motivo espiritual para que a obra de
Mussashi viesse parar em minha casa?

Meishu Sama: — Em suma, porque o senhor está atuando em prol


de Mussashi, e isso é motivo de felicidade para ele; por isso, no Mundo
Espiritual, ele se viu na obrigação de agradecer, e assim...(risos)

(Houve grande repercussão por parte das escolas de pinturas e de


artistas ao apreciarem as obras em conjunto “dragão” e “tigre”, da autoria de
Sotatsu, e o prato quadrado com motivos de “Pinheiro e Cerejeira silvestre”,
da autoria de Kenzan, da propriedade do Sr. Mokiti Okada, que foram
expostas no recinto da entrevista. Houve, também, críticas gerais positivas e
negativas das obras de Picasso, Umebara Ryussaburo, Yasui Soutaro, Koide
Narashigue, Iwata Ryussei, e ainda, de Seihô, Taikan e Kokei. Realmente foi
uma abordagem ampla sobre a teoria de belas-artes, mas infelizmente não
foram publicadas.)

Revista Semanal Assahi “Perguntas e Respostas Proveitosas”, 06 de


maio de 1951
(tradução em: Rokan – Arte)

DIALOGAR É PRECISO

(Diálogo realizado em 12 de abril de 1951, na sala de visitas da vila Hekiun-so,


de propriedade da família Okada, em Minaguti-tyo, município de Atami.)

(O presente diálogo, travado entre Meishu Sama e o Sr. Musei


Tokugawa, foi publicado no semanário Shukan Asahi. Omitimos, contudo, sua
parte inicial, por não estar particularmente relacionada com as artes.)

Okada: Em se tratando também de pinturas, há as obras falsas. Sente-


se mal em vê-las. A gente descobre logo.
Musei: Se bem que depende da força do artista, há alguma coisa
incorporada nas obras-primas. Algo que se transmite até o admirador.

Okada: Nas pinturas das dinastias Sung e Yuan, de 1.000 a 900 anos
antes, nelas há alma. Quando contemplamos as obras de Mu Hsi e Liang K'ai,
mestres da pintura monocromática em tinta nanquim, há algo que,
inexplicavelmente, nos atrai. As obras de pintores atuais nada possuem. É,
portanto, razoável que a produção das dinastias Sung e Yuan seja valorizada.
Dois ou três dias atrás, fui a uma exposição de peças de Sotatsu e Korin: sente-
se algo indizível ao ver aquilo.

Musei: Recentemente, alguém de Quioto veio mostrar-me uma pintura


de Sotatsu: pardais em bambus. Uma peça excelente, aquela.

Okada: Há muitas falsificações de Sotatsu, mas eu logo descubro pelas


emanações espirituais.

Musei: Sotatsu e Korin são geniais. Ouvi dizer que mesmo depois de se
ter visto uma exposição de Matisse, continua-se a ter em alta consideração as
obras de ambos. Parece mesmo que Matisse tem a aprender com eles.

Okada: Matisse emprega o senso de Korin e a técnica de Sharaku. Foi


Matisse quem estilizou modernamente Sharaku e Korin. Não gosto tanto de
seus óleos. Há coisa melhor entre os pós-impressionistas. Todavia, seus
desenhos são de primeira.

Musei: Há aquela peça em que Matisse retratou sua filha (propriedade


do Museu de Artes de Kurashiki), não? Todos elogiam essa obra, mas eu não a
entendo. Outro dia, porém, tendo visitado o Sr. Kodo Nomura, vi um desenho
de Matisse (Moça) lá. Este eu entendo. Uma ótima peça.

Okada: É que ele expressa muito bem a personalidade por meio de linha
simples.

Musei: Não estou bem certo se é obra de Mu Hsi ou Liang K'ai, mas há
uma pintura em que o monge Pu Tai vê uma rinha de galos. Musashi também
pintou o mesmo tema. No original, há árvores no fundo, o que não se verifica na
peça de Musashi. Ah, sim! Tenho um caso sobrenatural a contar acerca de uma
pintura de Musashi. Eu venho interpretando com freqüência a obra Miyamoto
Musashi, inclusive por rádio, e, em vista disso, sempre quis ter uma pintura de
sua autoria. Assim, um antiquário veio oferecer-me uma peça. O tema era um
marreco entre caniços. Um marreco exuberante. Talvez até um tanto gordo
demais. Como era caro, desisti da compra. Entrementes, dois ou três dias
depois, o Sr. Eiji Yoshikawa apareceu repentinamente em minha casa na
companhia de sua esposa. Era a primeira vez em que recebia sua visita. “Hoje,
tenho uma coisa para lhe dar”, disse-me ele. Presenteou-me uma pintura de
Musashi. Sem dúvida houve algo naquele mundo que destinara a obra de
Musashi para minha casa.

Okada: Em outras palavras, Musashi, satisfeito pelo que você tem feito
por ele, em agradecimento, enviou-lhe a retribuição, lá daquele mundo...
(Risos.)

(Deu-se prosseguimento a animada conversa sobre assuntos artísticos,


durante a apreciação do par de rolos de pintura de Sotatsu intitulados Dragão e
Tigre, e da travessa pintada com o tema Pinheiro e Cerejeira Silvestre de
autoria de Korin, peças do acervo do senhor Okada. Ou seja, versou-se
detalhadamente a respeito de Picasso, Ryusaburo Umehara, Sotaro Yasui,
Narashige Koide e Ryusei Kishida, além de Seisho, Taikan e Kokei. Verificou-se
a exposição de uma verdadeira teoria das artes, a qual, infelizmente, omitimos.)

Do artigo "Dialogar é Preciso", do semanário Asahi Shukan, de 6 de


maio de 1951)
(tradução em: O Mundo do Belo)

(ART/22) TEORIA DE JIKAN (*) SOBRE PINTURA

Sempre que penso no atual mundo das Belas-Artes, principalmente o


mundo da pintura, realmente não posso deixar de ficar pesaroso. Isso
porque me parece que os próprios pintores não estão conscientes, nem um
pouco, do verdadeiro sentido da pintura. Sem dúvida, existem muitos pontos
que eu gostaria de abordar, mas desejo escrever agora sobre um ponto que
dificilmente se percebe e que é o mais importante de todos. Trata-se da
missão original da pintura.

A essência da pintura, propriamente dita, não está em deleitar apenas


o próprio pintor. Se tudo se resumisse nisso, não haveria nenhuma diferença
entre o pintor e a criança que brinca com seus brinquedos. Se for um pintor
assim, sua existência será inútil e pode-se dizer que ele não passa de um
indolente. Portanto, o pintor precisa estar firmemente consciente a respeito
do seu nascimento e dos seus deveres neste mundo. Vou explicar o que eu
penso sobre isso.

Em primeiro lugar, qual é o significado da existência do pintor? É


proporcionar deleite aos olhos do maior número possível de pessoas e, ao
mesmo tempo, elevar a espiritualidade do público através da visão. O
verdadeiro trabalho do pintor é elevar o nível de sentimento do homem,
tornando-o cada vez mais virtuoso, cada vez mais belo. Naturalmente, a
manifestação da individualidade, o desejo de liberdade de produção e
também o tema são importantes, mas, se ultrapassar esse limite, essas
coisas não terão nenhum sentido. Analisando a pintura dos últimos tempos,
percebo que há um grande desvio, que não me deixa permanecer
indiferente. As pessoas sensatas, observando essas obras, franzem as
testas; realmente elas são extremamente grotescas e, por mais que se tente
olhá-las de maneira favorável, não se enxerga nenhuma beleza; é a própria
feiúra que ali está expressa, ultrapassando o nível do desagradável e
fazendo-nos sentir indignação.

Os pintores, que, orgulhosamente, pintam esse tipo de obras, não


estão manifestando a sua individualidade, mas sim vendendo, forçosamente,
o seu subjetivismo. A exposição de seus quadros, ao invés de elevar a alma
das pessoas que as apreciam, fará o contrário. Cada vez que olho para
pinturas desse tipo, eu me sinto constrangido pelo desperdício das telas e
das tintas. E creio que isso não se limita ao público apenas. Logicamente,
tais pintores não conseguem vender seus quadros e, segundo ouvimos
dizer, eles estão sempre apertados financeiramente. Sendo assim, sua obra
não está contribuindo de forma alguma para o bem do mundo, e eles
próprios também sofrem. Ao pensar nessa perda geral, eles deveriam
perceber que algo está errado, mas isso jamais acontece. Por conseguinte,
só se consegue chegar à conclusão de que se trata de um tipo de doença
mental. Creio que esse tipo de pintor nem mesmo sabe para que está
vivendo. Realmente, devemos ter pena de sua existência vazia. Se ele não
conseguir despertar agora e não se colocar na linha, ninguém mais lhe dará
atenção, e creio que só lhe restará o caminho da destruição.

Referi-me acima à pintura ocidental, e parece que todos têm a mesma


opinião, pois sempre ouço vozes de críticas. Mas quero falar sobre algo que
ninguém percebeu ainda. Originariamente, a verdadeira vida da pintura está
na qualidade e na excelsitude. Esses requisitos são encontrados em
abundância na pintura oriental, mas na pintura ocidental são escassos, ou
melhor, praticamente inexistentes. Embora seja de caráter popular, não
havendo como separá-la da vida do povo, a pintura ocidental possui seu
sabor peculiar. Entretanto, no que se refere à pintura ocidental dos tempos
atuais, não se trata do nível ser alto ou baixo; nela, já há muito tempo, o belo
perdeu a vida. As obras não passam de obras vazias. A imagem que temos
delas é a da própria feiúra, e pode-se dizer que a sensação que elas
despertam não é senão a de desagrado, repugnância, indignação e
decepção. Por mais que se pense, não se pode deixar de concluir que esse
tipo de pintor não passa de uma espécie de pervertido mental. Portanto, toda
vez que visito exposições dessa natureza, imagino que, se realizassem uma
exposição de quadros dos pacientes de um hospital psiquiátrico, sem
dúvida, seria semelhante.

Em seguida, quero falar um pouco sobre a pintura japonesa. Pode-se


dizer que, ultimamente, a realidade desta pintura também decaiu, mas o
caráter peculiar da pintura oriental é a sua qualidade. Sempre que tenho
contato com pinturas famosas da China e do Japão, sou tocado pela sua
excelsitude, a ponto de minha cabeça se curvar espontaneamente.
Entretanto, os pintores japoneses de hoje são, na sua maioria, indiferentes à
essência dessa pintura oriental. Atualmente, restam poucos pintores
célebres, já de idade avançada, e os pintores jovens têm a tendência
acentuada de seguir a pintura ocidental. Podemos dizer que realmente
estamos diante de um perigo iminente. Sobre esse ponto, penso que
devemos fazer com que eles despertem enquanto é tempo, pois isso me
deixa preocupado em relação ao nosso futuro.

Desejo falar, agora, sem me limitar à pintura japonesa ou ocidental,


mas incluindo todas as artes, sobre o verdadeiro significado da Arte. Nem é
preciso dizer que, sem dúvida, o que eleva o intelecto humano é a
transmissão, através dos olhos, do espírito do autor aos apreciadores de
suas obras, conduzindo o espírito destes a um nível elevado. Se fosse
apenas para divertir a nossa visão, seria igual a um circo ou ao “show” de
“strip-tease”, e não Arte. Sem dúvida, pode-se dizer o mesmo em relação
aos artistas de belas-artes, aos literatos, aos músicos, aos artistas do teatro,
da dança e outros. Eles devem sempre atrair, através da sua arte, o coração
do povo, para eliminar, um pouco que seja, o caráter animalesco existente
no interior das pessoas e enriquecer ainda mais o seu l. Além deste, não
existe outro motivo da existência da Arte. Assim sendo, a sua objetividade
está acima de tudo. Quanto maior a objetividade, maior será o valor artístico.
Por mais que a pessoa pense sozinha que é maravilhoso, se o povo não
achar, não passará de um objeto sem valor. Nesse caso, a manifestação da
individualidade dos artistas não é algo ruim, mas, se ficar nisso apenas, a
Arte torna-se uma espécie de fascismo que pressiona o subjetivismo. Custe
o que custar, é preciso que sejam obras com as quais o povo também possa
deleitar-se. Desde tempos antigos, dizem que devemos observar bem as
obras de artistas famosos, considerados grandes mestres. A arte deles é de
ampla extensão e deleita não só os intelectuais como também o povo. Ao
observar com atenção sua técnica divina, que fascina as pessoas, nota-se
que a obra continua viva até hoje.

A seguir, quero falar sobre a literatura japonesa da atualidade.


Falando sem cerimônia, seu nível está baixo demais. Os escritores acham
que, lisonjeando o povo e seguindo a tendência de uma época vulgar,
poderão se tornar autores da moda e ser alvo de atenção de todos. Eles não
possuem nada, nem mesmo um ideal. Basta-lhes que a sua obra vire
cinema e dê lucros. Isso está expresso nitidamente nas obras da atualidade.
Durante a leitura ou apreciação dessas obras, as pessoas acham-nas
interessantes, mas limitam-se a isso, e nada aproveitam. É semelhante ao
alimento que só tem sabor, não possuindo vitaminas. É um “show” para
satisfazer temporariamente o interesse das pessoas.

Creio que não somos apenas nós que estamos preocupados,


temendo que essa arte extremamente vulgar venha a rebaixar a
personalidade do povo até o ponto de tornar-se um viveiro do crime. Embora
surjam, de vez em quando, pessoas que apontam os defeitos da sociedade,
que lançam os problemas e reclamam da posição dos autores, isso é ainda
muito escasso e irrisório, no Japão. Ainda não surgiu algo capaz de dar uma
verdadeira sacudidela no espírito do leitor. Isto porque, na classe dos
literatos japoneses, falta, sobretudo, sentimento religioso e creio que essa
seja a causa.

Em contraposição, existem as obras dos grandes autores como


Shakespeare, Tolstoi, Victor Hugo, Ibsen, Bernard Shaw e outros,
impregnadas de críticas perspicazes sobre a civilização, pensamento
inovador, espírito religioso de justiça, etc. Além disso, essas obras possuem
algo que atrai o espírito do leitor. Desde a época em que foram escritas até
os dias de hoje, elas têm cativado o espírito do povo. Se essa força não for a
excelsitude da Arte, o que será então?

Escrevi o presente texto à mercê da minha mente; por isso, se minha


explanação for aceita, um pouco que seja, pelos senhores artistas, já me
dou por satisfeito.

(*) Jikan: Pseudônimo de Meishu Sama.

Jornal Eiko nº, 103 09 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)
MINHA CRÍTICA SOBRE PINTURA

Não posso deixar de me lamentar profundamente quando analiso o


mundo hodierno das Artes, em particular, o da Pintura. É que o próprio pintor
não discerne nada da verdadeira essência da Pintura. Costaria de expor acerca
de variados aspectos, mas, aqui, limitar-me-ei a alguns que, conquanto sejam
de suma importância, parecem passar desapercebidos. Temos, em primeiro
lugar, a missão original da pintura. A essência da Pintura em si não reside no
simples deleite do artista. Se o problema se encerrasse nesse aspecto, não
haveria, então, diferença alguma com o ato de uma criança divertir-se com os
seus brinquedos. Caso exista semelhante pintor, sua existência é inútil, e
poder-se-á dizer que ele não é outra coisa senão um parasita.
Conseqüentemente, o pintor deve trazer firmemente consigo a conscientização
do porquê de ter nascido e do que deve fazer. A esse respeito, penso eu da
seguinte forma.

Onde reside o significado da existência do pintor? Reside em


proporcionar prazer visual ao maior número possível de indivíduos e, através
dos olhos, sublimar o espírito deles. Elevar o nível espiritual, torná-lo melhor,
fazê-lo mais belo — essa é a verdadeira atividade pictórica. De fato, a
expressão da personalidade, a liberdade do espírito criativo, bem como a
temática, são fatores importantes, e não há sentido algum em ultrapassar esses
limites. Contudo, ao observar a pintura recente, não posso jamais assistir
calado as suas aberrações. As pessoas de bom senso estão franzindo o cenho
diante dessas obras, por serem elas estranhíssimas. Por maior que seja a boa
vontade com que as vejamos, não expressam a menor beleza — são
horrendas, e, mais do que desagradáveis, chegam mesmo a provocar a ira.

Aqueles que executam com afetação esse tipo de pintura, ao invés de


manifestar sua personalidade, transmitem uma intenção subjetiva. Semelhantes
quadros, quando deveriam sublimar a alma do admirador, despertam um efeito
contrário. Toda vez que vejo quadros assim, sinto-me contrariado pelo
desperdício de tela e tinta. Não serei só eu quem pensa desta forma. Por não
haver motivo de tais quadros serem vendidos, ouço amiúde dizerem das
dificuldades financeiras que cercam aqueles artistas. Desse modo, além de em
nada contribuirem para a sociedade, eles próprios se vêem em apuros. Diante
dessa ocorrência inteiramente negativa, acredita-se que deveriam perceber o
seu engano, mas de tal não há nenhum indício. É de se julgar, então, que é um
tipo de demência. Eles próprios não devem saber a razão de estarem vivendo.
Como existências vãs, são realmente dignos de piedade. Caso, despertando
para a realidade, não voltem para a trilha correta, eles perderão quem os leve a
sério, rumando diretamente para a destruição. O que acabo de comentar
concerne à Pintura ocidental. É provável que todos compartilhem do meu
pensar, uma vez que ouço muitas críticas pertinentes. Contudo, desejo falar
algo que ninguém parece notar. Quero dizer que, originalmente, o verdadeiro
âmago da Pintura é a sua dignidade, a sua altivez. Tais analidades são quase
que inerentes à Pintura oriental, sendo, porém, pouco ou quase que
inexistentes na ocidental. Verdade é que esta por si mesma é mais popular e,
pelo caráter de inseparável da vida das massas, a falta das referidas
qualidades torna-se inevitável. Mesmo assim, a pintura ocidental deve possuir o
seu sabor peculiar como tal. Todavia, o problema da Arte hodierna não está na
nobreza ou baixeza de nível. O âmago de sua beleza já se perdeu há muito,
nada restando nela. A impressão que se recebe desses quadros é a própria
fealdade; nada mais que mal-estar, antipatia, cólera, desespero. Tais pintores
formam um tipo de anormalidade mental. Por isso, toda vez que compareço a
exposições assim, eu imagino que, se os pacientes de um hospício
organizassem uma mostra, ter-se-ia algo idêntico.

Desejo, ainda, discorrer um pouco sobre a Pintura japonesa. É plausível


afirmar que também esta, ultimamente, perdeu muito no que diz respeito à
classe; vale notar, todavia, que a classe é, originalmente, uma das
características da Pintura do Oriente. Sempre ao ter contato com pinturas de
renome da China e do Japão, assumo naturalmente uma postura de respeito,
impressionado pela sua nobreza. No entanto, os pintores japoneses da
atualidade são quases que inteiramente indiferentes a esta quinta-essência da
Pintura oriental. Ela remanesce apenas em uns poucos grandes mestres,
existindo entre os artistas jovens a tendência de se deixarem levar pela Pintura
ocidental. É verdadeiramente preocupante. Julgo que, se eu não despertá-los
no tocante a isso, enquanto é tempo, o futuro será sombrio.
Desejo explanar, aqui, sem discutir a diferença entre as pinturas nipônica
e ocidental, mas englobando todas as artes, sobre o verdadeiro significado da
Arte. Desnecessário dizer que tal acepção é, claro, não só o aprofundamento
do intelecto, mas a condução do espírito do contemplante a um estado elevado,
pela transmissão da alma do artista através dos olhos daquele. Tão-somente
deleitar os olhos equipara-se a um espetáculo circense ou de "strip-tease"; não
se trata de Arte. Essa observação aplica-se tanto ao artista plástico, como ao
escritor, ou àquele que se relaciona com o teatro, a dança ou demais
entretenimentos. Faz-se mister extrair, o pouco que seja, a animalidade
inerente ao ser humano, apelando para o coração do público por intermédio das
Artes. É necessário enriquecer o que há de cultural no homem. Excetuando-se
tal objetivos, não há outra razão de existência para as Artes. Então, o mais
importante nelas é a objetividade. Quanto maior a objetividade, maior o valor
artístico. Por mais que o artista considere excelente a sua obra, caso esta não
tenha aceitação na sociedade, não será outra coisa que cédula sem lastro. O
que tais artistas chamam de manifestação da personalidade não é mal;
contudo, com isso apenas, o que se tem é uma modalidade de fascismo
representado pela imposição da subjetividade. É preciso, custe o que custar,
comprazer-se com o grande público. Contemplem-se acuradamente as obras
daqueles considerados os grandes mestres da Antigüidade. Sua arte possui
ampla abrangência, ainda hoje permanecendo vívida a técnica sobre-humana
de encantar e deleitar tanto a elite intelectual quanto as massas.

Quero expor, a seguir, sobre a Literatura japonesa contemporânea, para


falar, sem cerimônia, sobre o seu nível extremamente baixo. Os escritores
atuais aspiram tão-somente a serem badalados como autores da moda, e para
tal adulam o grande público, tirando proveito das tendências vulgares em voga.
Não têm ideais ou coisa que os valha. Basta que a sua produção seja filmada,
rendendo lucros — o que transparece nitidamente nessas obras. São
interessantes, enquanto lidas ou vistas, nada mais restando de proveitoso. São
idênticas a pratos que só sabor possuem, mas não nutrem. Consistem em
entretenimento que proporciona satisfação passageira da curiosidade. Não
serei apenas eu a me preocupar com o perigo de tais obras de arte baixíssimas
suscitarem a criminalidade pelo embrutecimento do caráter das massas.
Verdade é que, ainda assim, não deixam de existir, às vezes, obras que
questionam a sociedade, expondo as suas falhas, ou nas quais o autor clama
pela sua opinião. No caso do Japão, porém, tal aspecto é superficial e diminuto.
Não se descobrem obras capazes de estremecer de verdade a alma do leitor.
Julgo que o motivo disso está na ausência do sentimento religioso na classe de
escritores japoneses. Coloquemos em confronto essas obras com um
Shakespeare, um Tolstoi, um Hugo, um Ibsen, um Bernard Shaw. São de uma
escala grandiosa, afluindo deles uma crítica aguda da civilização, uma filosofia
revolucionária, um senso de justiça religiosa que impressiona a alma de quem
os lê. Eles continuam a conquistar o espírito das massas desde quando foram
produzidos até os dias de hoje. O que será essa energia senão a nobreza da
Arte?

Eis aqui o que escrevi ao sabor do que me vinha à mente. Se porventura


os jovens artistas aceitarem algo, por mínimo que seja, da minha tese, dar-me-
ei por satisfeito.

Eiko, nº 103 — 9 de maio de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

(J2/162) A IMUNIDADE E A RESISTÊNCIA FÍSICA

Freqüentemente, a Medicina diz que quando a pessoa contrai


doenças contagiosas como o sarampo, o tifo, etc. estas tornam-se imune e
não reincidem. E dizem que o seu motivo está no surgimento da resistência
física contra essas doenças. No entanto, do nosso ponto de vista, isso está
completamente fora do alvo. Portanto, vou expor, a seguir, baseado na
interpretação da Medicina Divina.

Originariamente, as doenças contagiosas existem para eliminar as


toxinas de natureza maligna que existem no sangue do ser humano;
portanto, trata-se de uma ação natural para a purificação do sangue.
Realmente, é uma bênção concedida por Deus.
Em primeiro lugar, há pessoas que ficam e as que não ficam doentes
assim que as bactérias de doenças contagiosas penetram no corpo, mas
isso é devido à quantidade de toxinas que a pessoa possui. Evidentemente,
as pessoas que ficam doentes possuem toxinas em grande quantidade.
Assim que as bactérias entram no sangue, imediatamente, passam a se
alimentar de toxinas, que são os seus alimentos prediletos, e se multiplicam
numa velocidade assustadora. Mas, felizmente, enquanto ocorre o aumento
de um lado, por outro, ocorrem mortes sucessivas das bactérias que já
cumpriram a sua missão. Dessa maneira, com a completa extinção de
toxinas consumidas pelas bactérias, sobrevém a cura da doença. Em
conseqüência disso, desde que a pessoa passa a possuir sangue puro e
sem toxinas, não haverá mais motivo para contrair novamente essa doença
contagiosa. A isso denominam imunidade. Essa é a situação real e, mesmo
observando com base nos resultados, o fato da Medicina acreditar que não
ocorre a reincidência devido ao surgimento da resistência física é uma
espécie de opinião imaginativa. Podemos evidenciar isso ao observar que a
pessoa ficou mais saudável do que antes, após contrair doença contagiosa e
se restabelecer.

Quando compreender esse princípio profundamente, a pessoa ficará


feliz ao invés de sentir pavor pelas doenças contagiosas. Portanto, o
agravamento ou a morte de um paciente motivado pelas doenças
contagiosas se deve à realização de tratamentos que infringem o princípio
acima citado.

Jornal Eiko nº 103, 9 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

(J1/131) OS ANTEPASSADOS E A DOENÇA

Através do relato (*Experiência de fé intitulada “Recebendo vários


Johrei ocorreu a cura da disenteria”) que foi apresentado, poderão
compreender claramente que há casos em que a causa da doença está
também no antepassado. Os antepassados de cada família que estão
atualmente no Mundo Espiritual estão se conscientizando gradativamente de
que, além da nossa Igreja, não há outra religião que realmente possa salvá-
los. Por isso, com o desejo de ingressar na nossa Igreja a qualquer custo,
usam de vários meios. Mas, para isso, eles precisam começar pela salvação
da sua família, dos seus descendentes. Assim sendo, eles encostam num
dos descendentes, principalmente na criança, e provocam doença. A
experiência de fé apresentada há pouco se relaciona a isso. Quando os pais
acharam que a criança corria risco de vida, pensaram em trazer para a
nossa Igreja. Só por isso a criança já recobrou o ânimo e começou a
melhorar. Isso significa que o antepassado, sentindo-se tranqüilo ao alcançar
o seu objetivo, procede assim, desejando que o seu descendente se
restabeleça o quanto antes da doença.

Jornal Eiko nº 104, 16 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

Atualmente, no Mundo Espiritual, as almas ancestrais de cada família


estão percebendo aos poucos que não há religião, exceto a nossa, que lhes
propicie a verdadeira salvação. Por isso, desejando filiar-se a todo custo à
nossa Instituição, usam todos os meios. Para tanto, precisam salvar os
descendentes da sua linhagem familiar; por isso, encostam-se em um deles
e fazem com que este fique doente. Nesse caso, costumam fazer uso de
crianças. O caso de há pouco ilustra bem isso. Simplesmente ao dizer que ia
levar o filho, cuja vida corria risco, à nossa Igreja, imediatamente a criança
recuperou a vitalidade e curou-se. Isso significa que o ancestral, tendo
atingido o seu objetivo, conseguiu ficar aliviado. É assim que atua, quando
deseja solucionar rapidamente a doença.

(As almas ancestrais e a doença, 16 de maio de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

(J1/155) APESAR DE SER RELIGIÃO


Há algo que sempre acho estranho. Através do método de tratamento
de doenças criado por mim, quaisquer tipos de doença saram de uma forma
magnífica. Este é um assunto um tanto difícil para eu mesmo abordar, mas
acho que esta é uma medicina extraordinária inédita na História da
humanidade. Isto porque, através dela, mesmo as pessoas desenganadas
pelos médicos são salvas e têm a possibilidade de viverem pelo resto da
vida, por mais de cem anos, uma vida segura e livres de doenças.

Também no caso da tuberculose, por exemplo, que atualmente é


considerada como algo realmente muito pavorosa, é possível obter a cura
em cem por cento se a pessoa ainda não fez uso dos remédios em grande
quantidade. Por isso, não há nenhuma razão para se apavorarem com as
bactérias da tuberculose. Isto porque, mesmo que ocorra o contágio, é
possível obter a cura sem maiores problemas. Também sabemos que os
demais tipos de doenças contagiosas são ações purificadoras necessárias
para a preservação da saúde; por isso, quando contraímos, ficamos até
contentes. Mesmo as pessoas enfermas pela disenteria, diarréia infantil, tifo,
encefalite, difteria, varíola, sarampo, etc. podem obter em poucos dias,
infalivelmente, a cura completa se se submeterem ao nosso tratamento
antes de realizar qualquer outro tipo de tratamento.

Gostaria de falar, em especial, sobre o seguinte. Se disser que


recebemos gripe, de braços abertos, acho que as pessoas da atualidade vão
se assustar. Mas do nosso ponto de vista, a gripe é uma ação de limpeza do
interior do nosso corpo físico; por isso, quanto mais contrairmos, mais puro
se torna o nosso sangue e mais saudáveis ficamos. Conseqüentemente, a
causa principal, não só da atual tuberculose, mas de outras numerosas
doenças, está no pavor que as pessoas têm em relação à gripe e no fato de
evitá-la. Por isso, ao conhecerem o nosso tratamento, as pessoas vão
compreender que a doença é algo benéfico, uma vez que ela é uma ação
purificadora, e também vão entender que a cura será infalível.
Evidentemente, as bactérias também vão deixar de ser problemas para elas.
A vida se tornará fácil e acessível, uma vez que se tornará dispensável todas
as preocupações em relação às coisas incômodas, tais como a desinfecção
e esterilização, o bochecho, o lavar das mãos, etc. Dessa maneira, acho que
é impossível manifestar, por meio da escrita ou da fala, essa grande
felicidade, sensação de segurança e tranqüilidade que sentimos. No entanto,
mesmo falando sobre assunto tão gratificante, acho que as pessoas da
atualidade que sentem pavor das doenças nem conseguem sequer imaginar,
achando que se trata de um assunto de outro mundo.

Além do mais, parece que as pessoas da atualidade, principalmente


os intelectuais, mesmo ouvindo ou vendo um tratamento novo e milagroso
como este, não conseguem acreditar. Acho que entra por um ouvido e sai
pelo outro. Do nosso ponto de vista, é algo realmente difícil de explicar, mas
isso, em suma, é por sermos uma religião e não há, além desta, outra forma
de pensar.

No entanto, com certa freqüência, vemos as manchetes nos jornais


dizendo que conseguiram transplantar o coração do cachorro no homem,
que extraindo o globo ocular de uma pessoa morta e transplantando sua
retina numa pessoa viva esta começou a enxergar, que conseguiram
descobrir um remédio novo que teve sucesso em determinado tipo de
tratamento. Mas do nosso ponto de vista, isso se assemelha a uma criança
que se encontra feliz, dizendo que conseguiu fazer alguma coisa. Dizendo
dessa maneira, acho que elas vão pensar “O Jikan está apresentando
novamente as divergências costumeiras” ou, ao contrário, talvez vão até
duvidar da minha sanidade mental, mas posso dizer que as suas cabeças
estão endurecidas e presas na cultura tradicional a esse ponto. O meu maior
desejo é que as pessoas examinassem bem, a fim de se certificarem se a
minha afirmação e uma divergência, insanidade ou jactância. Acho que essa
vontade deveria ocorrer nas pessoas, mas, infelizmente, isso não tem
acontecido até os dias de hoje. Obviamente, da nossa parte, estamos
prontos para apresentar provas à vontade até convencer suficientemente as
pessoas. No entanto, elas não tomam essa atitude, permanecendo sempre
em silêncio, mas creio que isso acontece por ser esta uma religião.

Gostaria de falar sobre mais uma coisa. Se tomarmos uma única


página do nosso livro sobre a nova medicina, creio que ela possui um valor
que equivale ao prêmio Nobel. Se os membros da comissão julgadora
tomarem conhecimento da nossa teoria por completo e as suas
comprovações, ficarão atônitos e sequer conseguirão realizar o julgamento.
Isto porque se assemelham às pessoas que vivem gratas pela claridade da
luz elétrica durante a escuridão da noite e, com o amanhecer, presenciam a
luz do sol. Conseqüentemente, sendo uma grande descoberta como essa,
creio que não há erro em afirmar que, ao contrário da bomba atômica que
possui força de dizimar a humanidade, é uma bomba atômica que possui a
força de regenerá-la. Porém, mesmo lendo este artigo, creio que os
intelectuais ainda vão demorar para mover os seus corações, e a maioria
deles, desinteressada, vai interromper a leitura. Sem dúvida, por ser esta
uma religião.

Por ser esta uma descoberta por demais grandiosa, por outro lado,
sinto que a sua explicação torna-se extremamente difícil.

Jornal Eiko nº 104, 16 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

“Mesmo que eu trate de assuntos tão benéficos, as pessoas


modernas, que têm pavor de doenças, sequer fazem idéia do que digo. Tem-
se a impressão de estarem ouvindo uma conversa do outro mundo”.

Além disso, ainda que ouçam sobre esta nova e surpreendente


terapia e tenham contato com ela, tais pessoas, particularmente os
intelectuais, parecem não entender quase nada. Ouvem a esmo, não lhes
restando nada em suas cabeças. Para nós, é algo realmente difícil de
compreender. Ou seja, isso se verifica pelo fato de sermos uma entidade
religiosa. Não há outra conclusão senão esta”.

(Por Sermos uma Entidade Religiosa – 16 de maio de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)
Significado espiritual do Natalício de Meishu-Sama

Eu nasci em 23 de dezembro. Originalmente dia 22 é solstício de


inverno, sendo seu dia o mais curto do ano, e 23 é o equinócio de primavera.
O atual príncipe herdeiro também nasceu no mesmo dia. Não se trata de
algo definido, mas sofremos alguma influência do signo do zodíaco. Nesse
sentido, pode coincidir até certo ponto a característica do ano de
nascimento. Eu nasci no abençoado dia, no ano e mês do Cavalo, e foi-me
dito que iria no futuro liderar as pessoas; creio que isso esteja correto.

(20 de maio de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

Os Ideogramas escritos por Meishu-Sama atuam com força total

Há muitas pessoas que vêem irradiar Luz dos ideogramas e pinturas


executadas por mim. Realmente elas emitem Luz. Irradia a Luz tal qual está
escrito e atua conforme o seu significado. Esta explicação não poderá ser
compreendida pelo raciocínio científico da atualidade. Guardando no peito o
papel com o ideograma Hikari (Luz) escrito por mim, ele atua como Luz e,
irradiando, passa pelo braço do ministrante e cura a doença. Quando
escrevo, a Luz passa da minha mão para o pincel e fica impressa no papel.
Isto porque tenho no meu ventre a "Bola de Luz". E esta "Bola" vem de
Koomyo Nyorai (encarnação da Luz) e Ele recebe o poder do Deus superior
a Ele.

Se eu escrevo Daikoomyo Nyorai (encarnação da Luz Ampla) tem


essa atuação.

(20 de maio de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)
“Os vegetais não passam por purificações. Isto porque não cometem
pecados. Quanto mais inferior o animal, menor a quantidade de pecado. O
homem é quem mais peca. Ao ser humano foi atribuída a liberdade. Por possuí-
la, é capaz de administrar a Terra. Pode até utilizar livremente os animais
selvagens. A ação purificadora não ocorre com os vegetais, mas por que lhes
surgem micróbios e pragas? Porque estão sob o controle do homem, e os
pecados deste refletem-se nas plantas, dando origem às pragas e outras
coisas. Os bichos que atacam os pinheiros também surgem em razão de o
homem macular o mundo Espiritual. O ser humano tem prioridade sobre todas
as coisas existentes na Terra.”

(Doença dos Vegetais, 20 de maio de 1951)

KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO - IZUNOME OOKAMI - MIROKU OOMIKAMI


(11)

INTERLOCUTOR: O Primeiro céu, na constituição do Mundo Espiritual,


ainda não estava formado quando o senhor escreveu a respeito?

MEISHU-SAMA: Isso mesmo.

Nada, nos assuntos de Deus, pode ser pensado de forma definida. Tudo é
flexível e desimpedido.

Um deus como Kunitokotati-no-Mikoto pode ser chamado de Ookami.


Só para servir de referência, digo que no caso do ser humano, o que está
acima de tudo é MARO (Pronome pessoal); em seguida MARU (redondo);
depois, na ordem: o O (macho, masculino), O (homem) e O (marido).

(Oshie no Hikari 20/5/1951)


(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)
KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO - IZUNOME OOKAMI - MIROKU OOMIKAMI
(11)

Interlocutor: O Primeiro Céu, na constituição do Mundo Espiritual, ainda


não estava formado quando o senhor escreveu a respeito?

Meishu Sama: Isso mesmo.

Nada, nos assuntos de Deus, pode ser pensado de forma definida. Tudo
é flexível e desimpedido.

Um deus como Kunitokotati-no-Mikoto pode ser chamado de Ookami. Só


para servir de referência, digo que, no caso do ser humano, o que está acima
de tudo é Maro (Pronome pessoal); em seguida Maru (redondo); depois, na
ordem: o O (macho, masculino), O (homem) e O (marido).

Oshie no Hikari (20/05/1951)


(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

A RESPEITO DE KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO

INTERLOCUTOR: Como é o Deus do Mundo Espiritual?

MEISHU-SAMA: É o Deus que rege o Mundo Espiritual. Antes era o Enma


Daio. É Kunitokotati-no-Mikoto. Este deus, há cerca de dezenas de anos atras,
foi designado por Ookuninushi-no-Mikoto para reger o Mundo Espiritual e
atualmente está trabalhando no Mundo Material. Está me protegendo. Quando
não entendo algo, pergunto a ele e ele me ensina de forma bem simples.

É um deus de muito poder e nenhum demônio é páreo para este deus.

O Poder Kannon tem origem no Poder de Kunitokotati-no-Mikoto. Ele é


também o deus do julgamento.
(Oshie no Hikari. 20/5/1951)
(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)

A RESPEITO DE KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO

Interlocutor: Como é o Deus do Mundo Espiritual?

Meishu Sama: É o Deus que rege o Mundo Espiritual. Antes era o Enma
Daio. É Kunitokotati-no-Mikoto. Este Deus, há cerca de dezenas de anos atrás,
foi designado por Ookuninushi-no-Mikoto para reger o Mundo Espiritual, e
atualmente está trabalhando no Mundo Material. Está me protegendo.

Quando não entendo algo, pergunto a Ele e Ele me ensina de forma bem
simples.

É um Deus de muito poder e nenhum demônio é páreo para este Deus.

O Poder Kannon tem origem no Poder de Kunitokotati-no-Mikoto. Ele é


também o Deus do Julgamento.

Oshie no Hikari. (20/05/1951)


(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

SOBRE A PARTÍCULA DO ESPÍRITO DIVINO E A PERSONIFICAÇÃO

INTERLOCUTOR: Sobre a partícula do Espírito Divino e a personificação.

MEISHU-SAMA: A partícula do espírito é a divisão do espírito. No ser


humano ela não ocorre, mas Deus divide o espírito em quantas partes desejar.
Nos templos, em caso de se assentar um mesmo deus em diversos lugares
chamam isso de partícula do espírito de Deus mas na verdade também há
deuses que são da linhagem direta ou de linhagens próximas.
Entretanto, Amano Minaka Nushi no Ookami, Takami Mussubi no Kami,
Kamumi Mussubi no Kami por exemplo, não o são. Izanagui no Mikoto, Izanami
no Mikoto, Amaterassu Oomikami por exemplo, são deuses que surgiram uma
vez neste mundo com um corpo humano e por isso foram sagrados dividindo as
unhas e cabelos.

O mais importante na personificação é que os Budas são todos


personificações de Deus e durante o Mundo da Noite, o mundo era de Buda e
todos os deuses foram personificados em Budas. Amaterassu Ookami em Daihi
Nyorai; Tsukiyomi-no-Mikoto em Amida Nyorai; Wakahime Guimi-no-Mikoto em
Shaka Nyorai. Portanto, a extinção do budismo significa que os Budas irão
retomar à qualificação divina original.

Na oração Zenguen-Sandji consta: "Kanzeon Bossatsu desceu à Terra,


surgiu como Komyo Nyorai, transformou-se em Ooshin Miroku". E Kannon é o
Deus Izunome, é a personificação do Deus Miroku (Miroku Oornikami).
Consequentemente, surgirá o dia em que o nome Kannon desaparecerá. No
Mundo Espiritual ele praticamente já não existe.

(Oshie no Hikari 20/5/1951)


(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)

SOBRE A PARTÍCULA DO ESPÍRITO DIVINO E A PERSONIFICAÇÃO

Interlocutor: Sobre a partícula do Espírito Divino e a personificação.

Meishu Sama: A partícula do espírito é a divisão do espírito. No ser


humano ela não ocorre, mas Deus divide o espírito em quantas partes desejar.
Nos templos, em caso de se assentar um mesmo deus em diversos lugares,
chamam isso de partícula do espírito de Deus, mas na verdade também há
deuses que são da linhagem direta ou de linhagens próximas.

Entretanto, Amano-Minaka-Nushi-no-Ookami, Takami-Mussubi-no-Kami,


Kamumi-Mussubi-no-Kami, por exemplo, não o são. Izanagui-no-Mikoto,
Izanami-no-Mikoto, Amaterassu Oomikami, por exemplo, são deuses que
surgiram uma vez neste mundo com um corpo humano e, por isso, foram
sagrados dividindo as unhas e cabelos.

O mais importante na personificação é que os Budas são todos


personificações de Deus e, durante o Mundo da Noite, o mundo era de Buda, e
todos os deuses foram personificados em Budas. Amaterassu Ookami em Daihi
Nyorai; Tsukiyomi-no-Mikoto em Amida Nyorai; Wakahime-Guimi-no-Mikoto em
Shaka Nyorai. Portanto, a extinção do budismo significa que os Budas irão
retomar à qualificação divina original.

Na oração Zenguen-Sanji consta: "Kanzeon Bossatsu desceu à Terra,


surgiu como Komyo Nyorai, transformou-se em Ooshin Miroku". E Kannon é o
Deus Izunome, é a personificação do Deus Miroku (Miroku Oomikami).
Conseqüentemente, surgirá o dia em que o nome Kannon desaparecerá. No
Mundo Espiritual, Ele praticamente já não existe.

Oshie no Hikari (20/05/1951)


(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

PALESTRA DO FUNDADOR DA SEKAI KYUSSEI KYO

Auditório Hibiya - Tóquio, Japão

Creio que minha palestra é bastante original. Tem-se falado muito


pouco sobre os assuntos por mim abordados. Se assim não fosse, não
haveria necessidade de eu vir especialmente de Atami, portanto explanarei
sobre o que outras pessoas não têm mencionado.

Em primeiro lugar, gostaria de dizer que muita gente, confundindo


cultura com civilização, diz que a cultura da atualidade é avançada, ou que
estamos na Era da Cultura. Na verdade, porém, cultura e civilização são
coisas diferentes. Civilização é um mundo ideal, sem nenhum vestígio de
selvageria, ao que nós chamamos de mundo civilizado. Já a cultura é a fase
intermediária entre a selvageria e a civilização. Portanto, o que se chama
Bun-no-ke, ou seja, Bunka (Cultura), é uma assombração, um fantasma,
algo ilusório.

Observando a humanidade de hoje, notamos que todos estão


apaixonados por ela achando que é o que há de melhor e que, com o seu
progresso, o mundo se tornará aprazível. Mas o mundo civilizado a que eu
me refIro é diferente daquilo que as pessoas têm em mente.

O que é a verdadeira civilização? Em palavras simples, é a segurança


de vida. Deve ser a época em que a segurança da vida do homem possa ser
garantida. Mas, como o Sr. Suzuki disse há pouco, existem coisas realmente
temíveis, como a bomba atômica, a bomba bacteriológica, o Juízo Final, etc.
Estamos numa época temível, porque põe em risco a segurança da vida, o
que signifIca que não é um mundo civilizado. É a cultura; uma Era da
Cultura. Isto é, estamos na fase de transição entre a selvageria e a
civilização. O que vou falar agora não é sobre a cultura, e, sim, sobre a
civilização.

Sobre como é a civilização.

O que mais põe em risco a vida do homem são as doenças e a


guerra. Se não tivéssemos guerras nem doenças, teríamos a garantia da
vida, e este seria o verdadeiro mundo civilizado. Chegamos à época em que
precisamos atingir essa fase. Daí a razão de ser do lema da Igreja Sekai
Kyussei Kyo: o mundo absolutamente isento de doença, pobreza e conflito.
Como a guerra é um conflito em maior escala, propomos a construção do
mundo sem doença, pobreza e guerra.

Todas essas três calamidades são decorrentes da doença. Costuma-


se interpretar como doença aquilo que provoca dores, coceira e outras
reações; sempre no sentido físico. Mas não é bem assim. Há dois tipos de
doenças: as físicas e as do espírito. Dizem que, neste ano, a tuberculose,
outras doenças contagiosas, a disenteria, etc. aumentaram bastante e, por
isso, as pessoas vivem receosas. Entretanto, se não se consegue solucionar
sequer esses problemas, jamais se formará um mundo civilizado, nem
mesmo daqui a centenas ou milhares de anos.

Quanto à pobreza, sua origem está na doença do corpo físico. Basta


procurar saber a causa da pobreza. Invariavemente, é a doença. São casos
como a perda de emprego devido à enfermidade, ou à impossibilidade de
trabalhar pelo mesmo motivo. Estar doente e não poder trabalhar, acrescido
do fato de não se receber salário, constitui uma dose dupla de sofrimento.
Isso se reflete, de modo negativo, não só no próprio doente, como também
em seus familiares, parentes e amigos.

A causa das guerras também é a doença. Trata-se da doença da


mente, ou seja, doença psíquica. É comum utilizar-se a expressão
"fabricantes de guerras" para aqueles que as causam. Observando-se a
História, encontramos inúmeros exemplos. E eles recebem o nome de
heróis. Esses indivíduos importantes possuem grande força e inteligência,
mas, no fundo, sofrem de uma espécie de doença espiritual. Por isso torna-
se necessário erradicar não só a doença do corpo, como também a do
espírito. As pessoas acreditam que é possível curar a doença física através
da Medicina e esforçam-se nesse sentido, mas não há nada que cure a
doença espiritual. Para tanto, só existe um meio: a Religião.

Na teoria pode ser assim, mas surge a dúvida: conseguir-se-á, na


prática, erradicar ambos os tipos de doenças? Aí é que entra o Johrei, ao
qual se referiu há pouco o Sr. Suzuki: ele irá erradicar a doença da mente e
do corpo. Dessa forma, surgirá, finalmente, o mundo civilizado.

Observando o estado em que se encontra a humanidade e a cultura,


concluo que, de maneira alguma, isto é civilização. Pelo contrário, é um
estado extremamente bárbaro e temível. As guerras de hoje são mais
terríveis que as da época selvagem. Sendo assim, podemos afirmar que a
cultura ou civilização da atualidade não passa de aparência, com a qual a
humanidade está iludida e as pessoas se sentem gratas. Analisando seu
conteúdo, veremos que ele é selvagem; ou melhor, meio civilizado e meio
selvagem. A cultura contemporânea assemelha-se a uma bela mulher
vestida com um bonito quimono, com a qual todos ficam impressionados,
mas que, quando tira a roupa, se mostra corroída pela sífilis, toda coberta de
pus.

Por conseguinte, a nossa Igreja Sekai Kyussei Kyo não é uma


Religião. Se fosse possível resolver os problemas do homem com a
Religião, eles já teriam sido resolvidos, pois, até o presente, apareceram
importantes líderes e fundadores de religiões, filósofos, moralistas, etc. É
verdade que selvagens nus e de rosto pintado, como os africanos, restam
poucos. Houve progresso nesse sentido e conseguiu-se, também, que tudo
assumisse um aspecto bonito, culto. Mas ainda não foi possível garantir a
vida humana, porque as religiões surgidas até hoje não tinham força
suficiente. Tiveram força para tornar cultos os selvagens, mas não para ir
além, ou seja, para tornar os homens civilizados.

Há, ainda, inúmeros inventos maravilhosos que não são utilizados no


bom sentido; muito pelo contrário. Dizem que a bomba atômica pode matar
vinte milhões de pessoas de uma só vez; entretanto, se essa energia for
aplicada para o bem, com uma pequena porção do tamanho da ponta do
dedo, poder-se-á fazer rodar trens ou automóveis por muitos dias. O avião,
sendo utilizado como meio de transporte, não existe nada mais rápido e útil;
utilizado para lançar bombas, não há máquina mais temível.

Esta é a cultura científica de hoje. Chegamos até aqui com o seu


progresso, mas falta algo - algo muito importante. Devido a essa falta, tende-
se a fazer mau emprego das coisas. Eis o motivo da aflição da humanidade.
Para utilizar as coisas em sentido positivo, torna-se necessário ir às raízes,
isto é, à alma. Transformando a alma das criaturas do mal para o bem, elas
utilizarão tudo no bom sentido e, assim, conseguir-se-á um mundo
maravilhoso. Cristo referia-se a isso com a expressão "É chegado o Reino
dos Céus". Sakyamuni, por sua vez, já dizia: "Após a extinção do Budismo,
aparecerá Miroku Bossatsu, e surgirá o Mundo de Miroku". Só que
Sakyamuni falou que seria após 5,67 bilhões de anos. Acredito, entretanto,
que ele assim escreveu, querendo apenas se referir aos números 5, 6, 7. Se
realmente estivesse profetizando algo para daí a 5,67 bilhões de anos,
Sakyamuni não estaria bom da cabeça, pois não há nenhum sentido em
profetizar algo para um futuro tão distante. Nessa época, a humanidade e a
Terra teriam passado por uma mudança tão grande, que nem se poderia
imaginar.

Os membros da nossa Igreja conhecem bem o significado dos


números 5, 6, 7. Caso eu fosse explicá-Io, a explanação me tomaria
bastante tempo e aí eu não poderia falar de coisas importantes. Assim,
abreviá-Io-ei. Com relação à profecia de Cristo, ao invés de dizer "É
chegado o Reino dos Céus", ele poderia ter dito "Vou construir o Reino dos
Céus". Todavia, naquela época, o mundo ainda não havia alcançado a
evolução necessária para tanto, ou seja, o progresso da cultura ainda era
insuficiente para a construção do verdadeiro mundo civilizado.

No entanto, a cultura material progrediu, chegando ao patamar em


que se encontra atualmente; o progresso foi tal que se estendeu ao mundo
todo. O.que eu estou dizendo pode ser ouvido nos quatro cantos do mundo.
Os meios de transporte se desenvolveram tanto que é possível ir de avião
até os Estados Unidos num dia. Dessa forma, o progresso da cultura
material já atingiu o ponto de preencher quase todas as condições
necessárias ao mundo civilizado. O primordial dessa questão é que a alma
humana ainda não evoluiu o suficiente para a utilização do progresso no
bom sentido. Sobre a alma, é imperativo empenharmo-nos para que a
humanidade a utilize positivamente e, ao mesmo tempo, tome conhecimento
disso. Em várias oportunidades, tenho escrito sobre o assunto, e os fiéis já
têm alguma noção a respeito.

A propósito, comecei a escrever, há cerca de seis meses, um livro


intitulado "A Criação da Civilização". Meu objetivo é esclarecer que a
civilização atual não é a verdadeira civilização e que, nesta, a Medicina, a
Política, a Educação, a Arte, etc. serão bem diferentes. A parte que se refere
à Medicina já está quase pronta, mas tenciono escrever, ainda neste ano, a
parte referente às outras áreas. Quando o livro estiver concluído, pretendo
traduzi-Io para o inglês e tomar providências para que ele seja lido nas
universidades por acadêmicos, pessoas proeminentes, enfim, por
intelectuais do mundo inteiro. Naturalmente, vou enviá-Io, também, à
Comissão Examinadora do Prêmio Nobel, mas acredito que, no início, não o
receberão bem, pois a Comissão é integrada por distintas personalidades da
cultura material. Todavia, como se trata de um livro que aborda justamente
aquilo que as pessoas eminentes estão buscando, acredito que os
integrantes da Comissão não deixarão de entendê-Io e exclamar: "É isto!"
Assim, poderiam conceder-me dez ou vinte Prêmios Nobel. Quando esse
livro for publicado, eu gostaria que todos os povos o lessem e também os
japoneses que estão tão próximos.

Dessa forma, ao mesmo tempo que mostramos como estará


constituída a verdadeira civilização, damos a conhecer o Johrei. Com o
Johrei, as doenças saram milagrosamente, mas ele não se destina a curar
doenças. Em resumo, o Johrei cura a alma, ou seja, o mal que existe nela.
Em termos mais claros, o mal é o caráter selvagem, e este não pode ser
removido, pois não se pode viver sem alma. O que se pode fazer é mudar a
maneira de pensar das pessoas, ou seja, diminuir-lhe as partes más,
fazendo com que as partes boas aumentem. Assim, todos farão coisas boas,
isto é, acharão que devem fazer o bem.

Costumo dizer aos fiéis que os homens da atualidade estão sempre


pensando em praticar o mal. Mesmo que não queiram fazê-Io, acham que é
bobagem praticar o bem, pois este só traz prejuízos, que se deve fazer as
coisas de maneira mais "fácil", só na aparência. Entretanto, essa forma de
pensar é o oposto da verdade. Faço tal afirmativa porque já houve época em
que eu também pensava assim, que seria mais inteligente viver habilmente e
com esperteza. Gradativamente, porém, comecei a ter melhor compreensão
sobre Deus, através da Fé, e vi que estava totalmente do "avesso". Aí passei
a querer praticar o bem e sempre buscava um meio para realizá-Io. Estava
sempre procurando fazer algo em benefício das outras pessoas, algo que as
deixasse felizes, satisfeitas, sentindo-se bem. A partir dessa época, tenho
sido muito afortunado. Mesmo antes de me dedicar à Fé, aconteciam-me
coisas boas, quando eu ficava nesse estado de espírito. Assim, pensei como
seria bom transmitir às pessoas os benefícios que advêm dessa postura.
À medida que eu ia acumulando tais experiências, comecei a ter
plena compreensão de que, realmente, Deus e o demônio existiam. A partir
daí, passei por diversos aprimoramentos espirituais. Com a ocorrência de
vários milagres e outros fatos, pude compreender a grande missão que me
era destinada. Foi assim que instituí a Igreja Sekai Kyussei Kyo e estou
desenvolvendo minhas atividades.

Outro ponto que eu gostaria de abordar é o "Juízo Final", do


cristianismo, e o "Fim do Budismo", profetizado por Sakyamuni. Apesar de
muitos líderes e fundadores de religiões terem feito profecias semelhantes,
vou tratar, aqui, apenas destas duas.

O que vem a ser o Juízo Final? Os homens estão imaginando que virá
um Deus para fazer o julgamento neste mundo e não no Inferno, mas tal
modo de pensar não corresponde à verdade. É um ponto de difícil
entendimento para os não-fiéis, mas o Mundo Espiritual é uma realidade. O
mundo em que vemos e sentimos a matéria é o Mundo Material; além deste,
há o Mundo Espiritual e, no meio dos dois, o Mundo Atmosférico. Este último
já é conhecido, mas ainda não se conhece o Mundo Espiritual. É como a
ordem em que se dispõem a era do barbarismo, a era da cultura e a era da
civilização. Da mesma forma, o Universo obedece a uma constituição trina:
Mundo Material, Mundo Atmosférico e Mundo Espiritual.

Há, ainda, os ciclos do mundo: assim como existe a alternância entre


o claro e o escuro, entre o dia e a noite no espaço de um dia, há a mesma
transição no espaço de um ano. O claro e o escuro em um ano podem ser
comparados ao verão e ao inverno, respectivamente. Os raios solares são
mais fortes no verão e mais fracos no inverno, ocasionando o contraste entre
o claro e o escuro. E existem períodos idênticos no espaço de dez e de cem
anos. A História registra épocas de paz e de guerras tenebrosas, existindo,
portanto, um ritmo no mundo. Igual período existe, também, no espaço de
mil e de milhões de anos.

Estávamos até agora na escuridão, no período das trevas; e agora


vamos passar para o período da claridade e da civilização. O "mei" de "Bun-
mei" (civilização), em caracteres japoneses, tem o significado de claridade, e
o "ka" de "Bun-ka" (cultura), de disfarçar, dissimular; portanto, passando-se
para o período da claridade, tudo o que existia no período das trevas sofrerá
uma seleção. Esses ciclos do mundo nós designamos com as expressões:
Mundo da Noite, Mundo do Dia, Cultura da Noite, Cultura do Dia. Assim,
desaparecerá uma série de coisas do Mundo da Noite, as quais não serão
mais necessárias. Durante o dia, não é preciso lâmpadas e coisas
semelhantes. Tudo aquilo que pertence à Era da Noite e que se tornar
desnecessário será eliminado. O Juízo Final representa a separação do que
é do Dia daquilo que é da Noite. O que for inútil será guardado ou destruído.
A partir de agora, serão construídas, gradativamente, coisas aprazíveis.

O que acontecerá quando o Mundo Espiritual se tornar claro?


Vejamos o homem. Nele, entre a matéria e o espírito existe a água, que
corresponde ao ar, e existe em grande quantidade no corpo humano. Assim,
o homem apresenta uma constituição trina; dela faz parte o espírito, a que
também se poderia chamar alma. O espírito está subordinado ao Mundo
Espiritual. Tornando-se claro o mundo, aqueles cujos espíritos não
corresponderem a tal claridade terão de ter as suas máculas removidas. Não
significa que elas serão retiradas, mas ocorrerá, naturalmente, a purificação,
para limpar o que está sujo. À medida que o Mundo Espiritual vai clareando,
as pessoas possuidoras de máculas no espírito passam por uma limpeza,
que é o sofrimento. O princípio da doença obedece à mesma explicação.
Através dela, pode-se compreender perfeitamente o que é a doença.

Até agora não se conhecia o espírito. Desprezava-se a sua existência.


Como o Sr. Tokugawa disse há pouco, a questão é a alma. A sua ação é
muito grande.

Ontem fui visitado por uma pessoa que eu não via há cerca de um
ano. Anteontem, porém, após quase um ano, eu tinha pensado: "Como
estará ele passando?" No dia seguinte, ele apareceu. Aí, pensei: "Ah, o
espírito dele veio antes!" Digamos, por exemplo, que o Sr. Tokugawa pense:
"O Sr. Matsunami está escrevendo com afinco". Então, este Sônen
(pensamento) vai até o Sr. Matsunami, penetra em seu corpo e aloja-se em
sua cabeça. Aí, ele se lembra do Sr. Tokugawa. É como se a pessoa
chegasse, após ter avisado. Nessas ocasiões, as pessoas se comunicam
através dos elos espirituais. A interpretação do trabalho desses elos, no caso
do relacionamento amoroso, é muito interessante. Mas o meu objetivo, no
momento, não é o problema do amor. O assunto se tomará claro, para os
senhores, quando abraçarem a Fé. O relacionamento amoroso é muito bom,
mas quase sempre acaba em tragédia. Para entender melhor esse fim
trágico e porque ele ocorre, é necessário conhecer o lado espiritual, a
existência dos elos espirituais. Isso não pode ser menosprezado. Em vários
problemas da vida, há mulheres; dizem mesmo que, por trás dos crimes,
existe sempre uma mulher, ou melhor, o relacionamento amoroso. Com a
compreensão das causas, é possível eliminar grande parte das tragédias e
dos males sociais. Mas vamos deixar este assunto por aqui.

Como eu estava falando há pouco, as máculas do espírito irão sendo


eliminadas, para ele corresponder à claridade do Mundo Espiritual. Se a
eliminação se processar através de uma simples doença, está tudo bem,
mas pode acontecer das coisas se agravarem a ponto da pessoa não poder
resistir ao sofrimento e acabar falecendo.

A doença chega aos poucos, e por isso é que se chama doença. Se


vier de uma vez, a pessoa morre. O Juízo Final é isso. Com o clarear do
Mundo Espiritual, a transformação poderia ocorrer repentinamente e, aí, as
criaturas não resistiriam. Haveria mortes em massa. Deus quer evitá-Ias e,
por isso, manda avisos. É vontade de Deus que a humanidade seja avisada,
para que ela se salve. E Ele me incumbiu dessa tarefa. Estou, portanto,
avisando.

Tanto Sakyamuni como Cristo profetizaram o advento do Páraíso, a


chegada do Novo Mundo. Eles foram os profetas, e eu sou o concretizador.
Deus me ordenou que concretizasse essas profecias, ou seja, que eu
construísse verdadeiramente o Paraíso Terrestre, isento de doença, pobreza
e conflito. Entretanto, eu não me canso, pois não sou eu quem cria. Tudo é
planejado por Deus, e eu apenas dou fonna às coisas, o que é, realmente,
fácil, mas de enorme responsabilidade. Provavelmente, não houve ninguém
com responsabilidade maior que a minha em toda a história da humanidade.
Dessa maneira, as profecias de Cristo e Sakyamuni começam a ter sentido;
se elas não tivessem possibilidade de ser concretizadas, seriam falsas
profecias. Falsas profecias significam mentiras. Mas não seria possível que
pessoas tão importantes tivessem pronunciado mentiras. Por conseguinte,
era preciso haver alguém que tomasse realidade tais profecias, e o
escolhido fui eu. Na verdade, para mim é penoso afirmar um
empreendimento de tamanha grandiosidade! Não falei neste assunto até
agora, justamente por ser uma missão demasiado grande. Mas o tempo se
aproxima, já é chegada a Era do Dia. Para salvar a humanidade, preciso
avisar, rapidamente, o maior número de pessoas e é, por isso, que estou
hoje, pela primeira vez, falando diante do grande número de pessoas aqui
presentes.
O Sr. Suzuki falou há pouco sobre o Dilúvio e a Arca de Noé, fato que
é semelhate ao Juízo Final. Há duas versões a respeito: uma diz que choveu
quarenta dias seguidos; outra, que foram cem dias. Fossem quarenta ou
cem, o que interessa é que choveu durante muitos dias consecutivos. A água
foi subindo cada vez mais, tornando-se um dilúvio, salvando-se apenas os
que estavam na arca. Aqueles que estavam em barcos comuns, ou os que
subiram às montanhas acabaram perecendo devorados por animais ferozes
e grandes serpentes. Apenas oito pessoas se salvaram, e dizem que os
representantes da raça branca de hoje são seus descendentes. Acredito
que, em linhas gerais essa história não está errada.

No Japão, conta-se a história de Izanagui-no-Mikoto e de Izanami-no-


Mikoto. Estes dois deuses, de cima da ponte flutuante dos Céus,
empunhando uma espada, mexeram algo semelhante a espuma, e, daí,
surgiram as ilhas e as nações. Isso deve ter sido, certamente, o Dilúvio. De
acordo com a tese xintoísta, houve ação da maré alta e da maré baixa. Esta
última é o recuo das águas, e Izanagui-no-Mikoto encarregou-se disso. O
nascimento das ilhas e das nações significa que se jogou fora a água do
Dilúvio, fazendo emergir aquilo que estava submerso. Penso que essa
ocorrência corresponde à época do Dilúvio.
Com relação ao cristianismo, existem várias revelações de Deus,
como o Apocalipse, e dizem que João fez o batismo pela água, e Cristo, o
batismo pelo fogo. O batismo pela água já ocorreu com o Dilúvio, então,
agora, está para vir o batismo pelo fogo, um acontecimento realmente
extraordinário, o que tem muitos outros sentidos. Mas, como já está se
esgotando o tempo, vou parar por aqui.

(Palestra do Fundador da Igreja Sekai Kyussei Kyo - 22 de maio de


1951)
(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

PALESTRA PROFERIDA POR MEISHU-SAMA NO AUDITÓRIO DO "HIBIYA


PUBLIC HALL"

TOKYO - JAPÃO

Creio que Minha palestra é bastante original. Pretendo tratar de


assuntos que nunca foram tratados antes.

Em primeiro lugar Eu gostaria de dizer que muita gente, confundindo


cultura com civilização, diz que a cultura da atualidade é avançada, ou que
estamos na Era da Cultura.

Na verdade, porém, cultura e civilização são coisas diferentes.


Civilização é um mundo ideal, sem nenhuma selvageria. A isso nós
chamamos de um mundo civilizado.

Já a cultura é o estágio intermediário entre a selvageria e a


civilização.

Portanto, o que se chama bunno-ke, ou seja, bunka (cultura), é uma


sombra, é um fantasma. Observando o estado atual da humanidade,
notamos que os homens estão apaixonados por essa sombra, achando que
ela é o que há de melhor e que, com o seu progresso, o mundo se tornará
aprazível. Mas o mundo civilizado a que Eu Me refiro é diferente daquilo que
as pessoas têm em mente.

O que é a verdadeira civilização?

Em palavras simples, é sinônimo de vida. Deve ser a época em que a


humanidade possa viver com segurança.

Mas o Sr. Suzuki disse há pouco: hoje há coisas reaImente temíveis,


como a bomba atômica, a bomba bacteriológica, o juízo final, etc.
São temíveis porque põem em risco a segurança da vida. Isso não é
um mundo civilizado. É a Cultura, a Era da Cultura. Isto é, estamos na fase
de transição entre a selvageria e a civilização.

O que vou falar agora não é sobre a cultura, e sim sobre a civilização.

As doenças e as guerras são o que mais põem em risco a vida. Se


não tivéssemos guerras, nem doenças, teríamos garantia de vida, e este
seria o verdadeiro mundo civilizado.

Já chegamos à época em que precisamos ir até aí. Daí a razão de ser


do lema da Messiânica: o mundo absolutamente isento de doença, pobreza
e conflito.

Como a guerra é um conflito em maior escala, propomos a construção


do mundo sem doença, pobreza e guerra.

Todos os infortúnios são decorrentes da doença. Costuma-se


entender como doença aquilo que provoca dores, coceira ou outras reações;
interpreta-se sempre no sentido físico. Mas não é bem assim.

Há dois tipos de doenças: doenças físicas e doenças do espírito.


Dizem que este ano a tuberculose e outras doenças contagiosas, a
disenteria, etc. aumentaram bastante e por isso as pessoas estão receosas.
Entretanto, se hoje não se conseguir encontrar solução para esse problema,
jamais se formará um mundo civilizado, nem mesmo daqui a centenas ou
milhares de anos.

Quanto à pobreza, sua origem é a doença do corpo. Basta escolher


uma pessoa pobre e procurar saber a causa da sua pobreza. É
invariavelmente a doença.

São casos como a perda de emprego devido à enfermidade, ou a


impossibilidade de trabalhar pelo mesmo motivo. A doença, acrescida do fato
de não se receber salário, constitui uma dose dupla de sofrimento. Isso se
reflete negativamente não só no próprio doente como em seus parentes e
amigos.

A causa das guerras também é a doença. Trata-se da doença mental.


É comum utilizar-se a expressão "fabricantes de guerras", para aqueles que
as causam. Observando-se a História, encontramos inúmeros exemplos. E
eles recebem o nome de heróis. Esses indivíduos importantes têm força e
inteligência, mas no fundo sofrem de uma espécie de doença mental.

Por isso torna-se necessário erradicar não só a doença do corpo


como também a do espírito. Quanto à do corpo, as pessoas acreditam que é
possível curá-la através da Medicina e se esforçam nesse sentido, mas não
há nada que resolva a doença espiritual. Para isso, só existe um meio: a
Religião.

Na teoria pode ser assim, mas surge a dúvida: conseguir-se-á, na


prática, erradicar ambos os tipos de doenças?

Aí é que entra o Johrei, ao qual se referiu há pouco o Sr. Suzuki: ele


irá erradicar a doença da mente e a do corpo. Dessa forma, surgirá o mundo
civilizado.
Observando o estado em que se encontra a humanidade e a cultura,
concluo que de maneira alguma isto é civilização. Pelo contrário, é até um
estado extremamente bárbaro.

As guerras de hoje são mais terríveis que as da época selvagem.


Sendo assim, podemos afirmar que a cultura ou civilização da atualidade
não passa de aparência; a humanidade está iludida com essa aparência, e
as pessoas se sentem gratas. Analisando seu conteúdo, veremos que ele é
selvagem; ou melhor, meio civilizado e meio selvagem.

A cultura contemporânea assemelha-se a uma bela mulher, vestida


com um bonito quimano, com a qual todos ficassem impressionados, mas
que, quando tirasse a roupa, se mostrasse corroída pela sífilis, toda coberta
de pus.

Acredito, por conseguinte, que a nossa Igreja Messiânica Mundial não


é uma religião. Se fosse possível resolver os problemas do homem com a
Religião, eles já teriam sido resolvidos, pois até o presente apareceram
importantes líderes e fundadores de religiões, filósofos, moralistas, etc.

É verdade que selvagens nus e de rosto pintado restam poucos.


Conseguiu-se, também, que tudo assumisse um aspecto bonito, culto. Mas
ainda não foi possível garantir a vida humana, porque as religiões que
surgiram até hoje não tinham força suficiente. Tiveram força para tornar
cultos os selvagens, mas não para ir além, ou seja, para tornar os homens
civilizados.

Há, ainda, inúmeros inventos que não são utilizados no bom sentido:
muito pelo contrário. Dizem que a bomba atômica pode matar vinte milhões
de pessoas de uma só vez; entretanto, se essa energia for aplicada para o
bem, com uma pequena porção do tamanho da ponta de um dedo, poder-se-
á fazer rodar trens ou automóveis por muitos dias. O avião, sendo utilizado
como meio de transporte, não existe nada mais rápido e útil; utilizado para
lançar bombas, não há máquina mais temível. Esta é a cultura científica de
hoje.
Chegamos até aqui com o progresso da cultura científica, mas falta
algo - algo muito importante. Devido a essa falta tende-se a fazer mau
emprego das coisas. Eis o motivo da aflição da humanidade.

Para utilizar as coisas em sentido positivo, torna-se necessário ir às


raízes, isto é, ao Espírito. Mudando o Espírito das criaturas do mal para o
bem, elas saberão utilizar tudo no bom sentido e assim se conseguirá um
mundo maravilhoso. Cristo referiu-se a isso com a expressão "É chegado o
Reino dos Céus". Sakyamuni, por sua vez, disse: "Após a extinção do
Budismo, aparecerá Miroku Bossatsu, e surgirá o Mundo de Miroku".

Só que Sakyamuni falou que seria após 5,67 bilhões de anos.


Acredito, entretanto, que ele quis apenas se referir aos números 5 6,7. Se
realmente estivesse profetizando algo para daí a 5,67 bilhões de anos,
Sakyamuni não estaria bom da cabeça, pois não há nenhum sentido em
profetizar algo para um futuro tão distante. Nessa época, a humanidade e a
Terra já teriam passado por uma mudança tão grande que nem se poderia
imaginar.

Os messiânicos conhecem bem o significado dos números 5,6,7.


Caso eu fosse explicá-lo, isso me tomaria bastante tempo e aí eu não
poderia falar de coisas importantes.

Com relação à profecia de Cristo, ao invés de dizer "É chegado o


Reino dos Céus", ele poderia ter dito "Vou construir o Reino dos Céus". Mas
naquela época o mundo ainda não havia alcançado o estágio necessário
para isso, ou seja, o progresso da cultura ainda era insuficiente para a
construção do verdadeiro mundo civilizado. No entanto, a cultura material
progrediu, chegando ao estágio em que se encontra atualmente; o progresso
foi tal, que se estendeu ao mundo todo.

O que Eu estou dizendo pode ser ouvido, através dos modernos


meios de comunicação, nos quatro cantos do mundo. Os meios de
transporte se desenvolveram tanto, que é possível ir de avião até os Estados
Unidos num dia.

Dessa forma, o progresso da cultura material já atingiu o ponto em


que estão preenchidas quase todas as condições necessárias ao mundo
civilizado.

O primordial dessa questão é que a alma humana ainda não se


evoluiu o suficiente para utilização do progresso no bom sentido. Sobre essa
alma, é imperativo empenhar-nos para que as pessoas a utilizem
positivamente e, ao mesmo tempo, para que a humanidade tome
conhecimento disso. Em várias oportunidades falei sobre o assunto, e os
fiéis já têm alguma noção a respeito.

A propósito, comecei a escrever, há cerca de seis meses, um livro


intitulado "O Nascimento da Nova Civilização" (23/12/1950). Meu objetivo é
esclarecer que a civilização atual não é a verdadeira civilização e que, nesta,
a Medicina, a Política, a Educação, a Arte, etc. serão bem diferentes. A parte
que se refere à Medicina já está quase pronta, mas tenciono escrever, ainda
este ano, a parte referente às outras áreas.

Quando o livro estiver concluído, pretendo traduzi-lo para o inglês e


tomar providências para que ele seja lido por professores universitários,
cientistas, enfim, por intelectuais do mundo inteiro. Vou enviá-lo, também, à
Comissão Examinadora do Prêmio Nobel, mas acredito que, no início, não o
receberão bem, pois a Comissão é integrada por eminentes personalidades
da cultura material.

Todavia, como se trata de um livro que aborda justamente aquilo que


as pessoas eminentes estão buscando, acredito que os integrantes da
Comissão não deixarão de entendê-lo e exclamar: "É isto!" Assim, poderiam
conceder-me dez ou vinte Prêmios Nobel. Quando esse livro for publicado,
eu gostaria que todos os povos o lessem. Dessa forma, ao mesmo tempo
que mostramos como estará constituída a verdadeira civilização, damos a
conhecer o Johrei.
Com o Johrei as doenças saram milagrosamente, mas ele não se
destina a curar doenças. Em resumo, o JOHREI cura o espírito, ou seja, o
mal que existe nele. Em termos mais claros, o mal é o caráter selvagem, e
este não pode ser removido, pois não se pode viver sem espírito.

O que se pode fazer é mudar a maneira de pensar das pessoas, ou


seja, diminuir-lhes as partes más, fazendo com que as partes boas
aumentem. Assim, todos farão apenas coisas boas, isto é, acharão que
devem fazer o bem.

Costumo dizer aos fiéis que os homens da atualidade estão sempre


pensando em praticar o mal. Mesmo que não queiram fazê-lo, acham que é
bobagem praticar o bem, que isso só traz prejuízos, que se deve fazer as
coisas de maneira mais "fácil". Entretanto, essa forma de pensar é o oposto
da verdade.

Faço tal afirmativa porque já houve época em que eu também


pensava assim. Gradativamente, porém, comecei a ter melhor compreensão
sobre Deus, através da Fé, e vi que estava totalmente do "avesso". Aí passei
a querer praticar o bem e sempre buscava um meio para isso. Estava
sempre procurando fazer algo em benefício das outras pessoas, algo que as
deixasse felizes, satisfeitas. Com essa atitude, minha sorte melhorou.

Mesmo antes de me dedicar inteiramente à Fé, aconteciam-me coisas


boas quando eu ficava nesse estado de espírito. Assim, pensei como seria
bom se as pessoas soubessem os benefícios que nos advêm quando
procuramos fazer a felicidade do próximo.

À medida que eu ia acumulando tais experiências da vida real,


comecei a ter plena compreensão de que realmente Deus e o demônio
existiam. A partir daí passei por uma fase de aprimoramento espiritual. Com
a ocorrência de vários milagres, pude compreender a grande missão que me
era destinada.
Foi assim que instituí a Igreja Messiânica Mundial e estou
desenvolvendo minhas atividades.

Outro ponto que eu gostaria de abordar é o "Juízo Final", do


cristianismo, e o "Fim do Budismo", profetizado por Sakyamuni. Apesar de
muitos líderes e fundadores de religiões terem feito profecias semelhantes,
vou tratar, aqui, apenas destas duas.

Que vem a ser o Juízo Final?

Os homens estão imaginando que virá um deus para fazer o


julgamento neste mundo, mas isso não corresponde à verdade. É um ponto
de difícil entendimento para os não-fiéis, mas o Mundo Espiritual é uma
realidade.

O mundo em que vemos e sentimos a matéria é o Mundo Material;


além deste, há o Mundo Espiritual e, no meio dos dois, o Mundo
Atmosférico. Este último já é conhecido, mas ainda não se conhece o Mundo
Espiritual.

É como a ordem em que se dispõem a era do barbarismo, a era da


cultura e a era da civilização.

Da mesma forma, o Universo obedece a uma constituição tripla:


Mundo Material, Mundo Atmosférico e Mundo Espiritual.
Há, ainda, os ciclos do mundo: assim como existe transição entre o
claro e o escuro, entre o dia e a noite no espaço de um dia, há a mesma
transição no espaço de um ano. O claro e o escuro em um ano podem ser
comparados ao verão e ao inverno, respectivamente. Os raios solares são
mais fortes no verão e mais fracos no inverno, ocasionando o contraste entre
o claro e o escuro. E existem períodos idênticos no espaço de dez e de cem
anos. A História registra épocas de paz e de guerra, que correspondem ao
claro e ao escuro. Refiro-me, portanto, a esse ritmo.
Igual período existe também no espaço de mil e de dez mil anos.
Estávamos até agora na escuridão, no período das trevas; vamos passar
para o período da claridade. Passando-se para o período da claridade, tudo
que existia no período das trevas sofrerá uma seleção. Esses ciclos do
mundo, nós os designamos com as expressões Mundo da Noite, Mundo do
Dia, Cultura da Noite, Cultura do Dia.

Assim, desaparecerá uma série de coisas que não serão mais


necessárias.

Durante o dia, por exemplo, não é preciso lâmpadas. Tudo aquilo que
pertence à Era da Noite e se tornar desnecessário será eliminado.

O Juízo Final representa a separação do que é do Dia e do que é da


Noite. O que for inútil ficará inativo ou será destruído. A partir de agora, as
coisas do Dia irão sendo construídas gradativamente.

O que acontecerá quando o Mundo Espiritual se tornar claro?

Vejamos o homem. Nele, entre a matéria e o espírito existe a água,


que corresponde ao ar. Ela existe em grande quantidade no corpo humano.
Assim, o homem apresenta uma constituição tripla; dela, faz parte o espírito,
a que também se poderia chamar alma. O espírito está subordinado ao
Mundo Espiritual. Tornando-se claro esse mundo, aqueles cujo espírito não
corresponder a essa claridade terão de ter as suas máculas removidas. Não
significa que elas serão arrancadas, mas ocorrerá naturalmente a
purificação, para limpar o que está sujo.

À medida que o Mundo Espiritual vai clareando, as pessoas


possuidoras de máculas no espírito passam por uma limpeza, que é o
sofrimento. O princípio da doença obedece a essa explicação. Através dela
pode-se compreender perfeitamente o que e a doença.
Até agora não se conhecia o espírito. Desprezava-se a sua existência.
Como o Sr. Tokugawa disse há pouco, é uma questão de alma. A ação da
alma é muito grande.

Ontem fui visitado por uma pessoa que eu não via há cerca de um
ano. Anteontem eu tinha pensado: "Como estará ele passando?" No dia
seguinte ele apareceu. Aí eu disse para mim mesmo: "Ah, o espírito dele
veio aqui antes!

Digamos, por exemplo, que o Sr. Tokugawa pense: "O Sr. Matsunami
está escrevendo com afinco." Então este pensamento vai até o Sr.
Matsunami, penetra no seu corpo e se aloja na sua cabeça. Aí, ele se lembra
do Sr. Tokugawa. É como se a pessoa chegasse, após ter avisado.

Nessas ocasiões, as criaturas se comunicam através dos elos


espirituais. O trabalho desses elos, no caso do relacionamento amoroso, é
muito interessante. Mas o meu objetivo, no momento, não é o problema do
amor. O assunto se tornará claro, para os senhores, quando abraçarem a
Fé.

O amor é muito bom, mas quase sempre acaba em tragédia. Para


entender melhor esse fim trágico, é necessário conhecer o lado espiritual, a
existência dos elos espirituais.

Isso não pode ser menosprezado. Em vários problemas da vida há


mulheres; dizem mesmo que por trás dos crimes existe sempre uma mulher,
ou melhor, o amor.

Com a compreensão das causas, é possível eliminar as tragédias e


os males sociais.

Mas vamos deixar este assunto por aqui. Como eu estava falando há
pouco, as máculas do espírito irão sendo eliminadas para ele corresponder à
claridade do Mundo Espiritual. Se isso terminar numa simples doença, está
tudo bem, mas pode acontecer que a pessoa fique gravemente enferma e
acabe falecendo.

A doença chega aos poucos, e por isso é que se chama doença. Se


vier de uma vez, a pessoa morre. Juízo Final é isso.

Com o clarear do Mundo Espiritual, a transformação pode ocorrer


repentinamente e aí as criaturas não resistiriam. Haveria mortes em massa.
Deus quer evitá-las e por isso manda avisos. É vontade de Deus que a
humanidade seja avisada, para que ela se salve. E Ele me incumbiu dessa
tarefa. Estou, portanto, avisando.

Tanto Sakyamuni como Cristo profetizaram o advento do Paraíso, a


chegada do Novo Mundo. Eles foram os profetas, e eu sou o concretizador.
Deus me ordenou que concretizasse essas profecias, ou seja, que eu
construísse o Paraíso Terrestre, livre de doença, pobreza e conflito.

Entretanto, eu não me canso, pois não sou eu quem planeja. Tudo é


planejado por Deus. Apenas dou forma às coisas. Isso realmente é fácil, mas
de enorme responsabilidade. Provavelmente não houve ninguém com
responsabilidade maior que a minha em toda a história da humanidade.

Dessa maneira, as profecias de Cristo e Sakyamuni começam a ter


sentido: se elas não tivessem possibilidade de ser concretizadas, seriam
falsas profecias. Falsas profecias significam mentiras. Mas não seria
possível pessoas tão importantes terem mentido. Por conseguinte, era
preciso haver alguém que tornasse realidade tais profecias, e o escolhido fui
eu.

Na verdade, me é penoso afirmar um empreendimento de tamanha


grandeza. Não falei nisso até agora justamente por ser uma missão
demasiado grande. Mas o tempo se aproxima, já é chegada a Era do Dia.

Para salvar a humanidade, preciso avisar rapidamente o maior


número de pessoas, e é por isso que estou hoje falando aos senhores.
O Sr. Suzuki falou há pouco sobre o Dilúvio e a Arca de Noé, mas isso
é algo semelhante ao Juízo Final. Há duas versões a respeito: uma diz que
choveu quarenta dias seguidos, outra diz que foram cem dias. Fossem
quarenta ou cem, o que interessa é que choveu durante muitos dias
consecutivos. A água foi subindo cada vez mais e se tornou um dilúvio,
salvando-se apenas os que estavam na arca. Aqueles que estavam em
barcos comuns ou que subiram às montanhas acabaram perecendo; estes
últimos, devorados por animais que também haviam subido. Apenas oito
pessoas se salvaram, e dizem que os representantes da raça branca são
seus descendentes.

Acredito que, em linhas gerais, essa história não está errada. No


Japão, conta-se a história de Izanagui-no-Mikoto e de Izanami-no-Mikoto.
Estes dois deuses, de cima da ponte flutuante dos Céus, empunhando uma
espada, mexeram algo semelhante a espuma, e daí surgiram as ilhas e os
continentes. Essa deve ter sido a causa do Dilúvio.

De acordo com a tese xintoísta, houve ação da maré alta e da maré


baixa. A maré baixa é o recuo das águas, e Izanagui-no-Mikoto encarregou-
se disso. O nascimento das ilhas e das nações significa que se jogou fora a
água do Dilúvio, fazendo emergir aquilo que estava submerso.

Penso que essa ocorrência corresponde à época do Dilúvio.

Com relação ao cristianismo, dizem que João fez o batismo pela água
e Cristo fará o batismo pelo fogo. Agora está para vir o batismo pelo fogo, o
extraordinário acontecimento que promoverá a eliminação do Mal.

Isso tem muitos outros sentidos, mas, como já está se esgotando o


tempo, vou parar por aqui.

22 de maio de 1951
(tradução em: Divino Mistério)
PALESTRA PROFERIDA PELO FUNDADOR DA IGREJA MESSIÂNICA
MUNDIAL NO AUDITÓRIO DO "HIBIYA PUBLIC HALL" - TÓQUIO, JAPÃO

Creio que minha palestra é bastante original. Pretendo tratar de


assuntos que nunca foram tratados antes.

Em primeiro lugar eu gostaria de dizer que muita gente, confundindo


cultura com civilização, diz que a cultura da atualidade é avançada, ou que
estamos na Era da Cultura. Na verdade, porém, cultura e civilização são
coisas diferentes. Civilização é um mundo ideal, sem nenhuma selvageria; a
isso nós chamamos de mundo civilizado. Já a cultura é o estágio
intermediário entre a selvageria e a civilização. Portanto, o que se chama
BUN-NO-KE, ou seja, BUNKA (Cultura), é uma sombra, é um fantasma.

Observando o estado atual da humanidade, notamos que os homens


estão apaixonados por essa sombra, achando que ela é o que há de melhor
e que, com o seu progresso, o mundo se tornará aprazível. Mas o mundo
civilizado a que eu me refiro é diferente daquilo que as pessoas têm em
mente.

O que é a verdadeira civilização? Em palavras simples, é sinônimo de


vida. Deve ser a época em que a humanidade possa viver com segurança.
Mas, como o Sr. Suzuki disse há pouco, hoje há coisas realmente temíveis,
como a bomba atômica, a bomba bacteriológica, o Juízo Final, etc. São
temíveis porque põem em risco a segurança da vida. Isso não é um mundo
civilizado. É a cultura; a Era da Cultura. Isto é, estamos na fase de transição
entre a selvageria e a civilização. O que vou falar agora não é sobre a
cultura, e sim sobre a civilização.

As doenças e as guerras são o que mais põem em risco a vida. Se


não tivéssemos guerras nem doenças, teríamos garantia de vida, e este
seria o verdadeiro mundo civilizado. Já chegamos à época em que
precisamos ir até aí. Daí a razão de ser do lema da Igreja Messiânica
Mundial: o mundo absolutamente isento de doença, pobreza e conflito.
Como a guerra é um conflito em maior escala, propomos a construção do
mundo sem doença, pobreza e guerra.

Todos os infortúnios são decorrentes da doença. Costuma-se


entender como doença aquilo que provoca dores, coceira ou outras reações;
interpreta-se sempre no sentido físico. Mas não é bem assim. Há dois tipos
de doenças: doenças físicas e doenças do espírito. Dizem que este ano a
tuberculose e outras doenças contagiosas, a disenteria, etc. aumentaram
bastante e por isso as pessoas estão receosas. Entretanto, se hoje não se
conseguir encontrar uma solução para esse problema, jamais se formará um
mundo civilizado, nem mesmo daqui a centenas ou milhares de anos.

Quanto à pobreza, sua origem é a doença do corpo. Basta escolher


uma pessoa pobre e procurar saber a causa da sua pobreza. É
invariavelmente a doença. São casos como a perda de emprego devido à
enfermidade, ou a impossibilidade de trabalhar pelo mesmo motivo. A
doença, acrescida do fato de não se receber salário, constitui uma dose
dupla de sofrimento. Isso se reflete negativamente não só no próprio doente
como em seus parentes e amigos.

A causa das guerras também é a doença. Trata-se da doença mental.


É comum utilizar-se a expressão "fabricantes de guerras" para aqueles que
as causam. Observando-se a História, encontramos inúmeros exemplos. E
eles recebem o nome de heróis. Esses indivíduos importantes têm força e
inteligência, mas no fundo sofrem de uma espécie de doença nervosa. Por
isso torna-se necessário erradicar não só a doença do corpo como também
a do espírito. Quanto à do corpo, as pessoas acreditam que é possível curá-
la através da Medicina e se esforçam nesse sentido, mas não há nada que
resolva a doença espiritual. Para isso, só existe um meio: a Religião.

Na teoria pode ser assim, mas surge a dúvida: conseguir-se-á, na


prática, erradicar ambos os tipos de doenças? Aí é que entra o JOHREI, ao
qual se referiu há pouco o Sr. Suzuki: ele irá erradicar a doença da mente e
a do corpo. Dessa forma, surgirá o mundo civilizado.
Observando o estado em que se encontra a humanidade e a cultura,
concluo que de maneira alguma isto é civilização. Pelo contrário, é até um
estado extremamente bárbaro. As guerras de hoje são mais terríveis que as
da época selvagem. Sendo assim, podemos afirmar que a cultura ou
civilização da atualidade não passa de aparência; a humanidade está iludida
com essa aparência, e as pessoas se sentem gratas. Analisando seu
conteúdo, veremos que ele é selvagem; ou melhor, meio civilizado e meio
selvagem. A cultura contemporânea assemelha-se a uma bela mulher,
vestida com um bonito quimono, com a qual todos ficassem impressionados,
mas que, quando tirasse a roupa, se mostrasse corroída pela sífilis, toda
coberta de pus.

Acredito, por conseguinte, que a nossa Igreja Messiânica Mundial não


é uma religião. Se fosse possível resolver os problemas do homem com a
Religião, eles já teriam sido resolvidos, pois até o presente apareceram
importantes líderes e fundadores de religiões, filósofos, moralistas, etc. É
verdade que selvagens nus e de rosto pintado restam poucos. Conseguiu-
se, também, que tudo assumisse um aspecto bonito, culto. Mas ainda não foi
possível garantir a vida humana, porque as religiões que surgiram até hoje
não tinham força suficiente. Tiveram força para tornar cultos os selvagens,
mas não para ir além, ou seja, para tornar os homens civilizados.

Há, ainda, inúmeros inventos que não são utilizados no bom sentido:
muito pelo contrário. Dizem que a bomba atômica pode matar vinte milhões
de pessoas de uma só vez; entretanto, se essa energia for aplicada para o
bem, com uma pequena porção do tamanho da ponta de um dedo, poder-se-
á fazer rodar trens ou automóveis por muitos dias. O avião, sendo utilizado
como meio de transporte, não existe nada mais rápido e útil; utilizado para
lançar bombas, não há máquina mais temível.

Esta é a cultura científica de hoje. Chegamos até aqui com o


progresso da cultura científica, mas falta algo - algo muito importante.
Devido a essa falta tende-se a fazer mau emprego das coisas. Eis o motivo
da aflição da humanidade. Para utilizar as coisas em sentido positivo, torna-
se necessário ir às raízes, isto é, ao Espírito. Mudando o Espírito das
criaturas do mal para o bem, elas saberão utilizar tudo no bom sentido, e
assim se conseguirá um mundo maravilhoso. Cristo referiu-se a isso com a
expressão "É chegado o Reino dos Céus". Sakyamuni, por sua vez, disse:
"Após a extinção do Budismo, aparecerá Miroku Bossatsu, e surgirá o
Mundo de Miroku". Só que Sakyamuni falou que seria após 5,67 bilhões de
anos. Acredito, entretanto, que ele quis apenas se referir aos números 5 6,7.
Se realmente estivesse profetizando algo para daí a 5,67 bilhões de anos,
Sakyamuni não estaria bom da cabeça, pois não há nenhum sentido em
profetizar algo para um futuro tão distante. Nessa época, a humanidade e a
Terra já teriam passado por uma mudança tão grande que nem se poderia
imaginar.

Os messiânicos conhecem bem o significado dos números 5,6,7.


Caso eu fosse explicá-lo, isso me tomaria bastante tempo e aí eu não
poderia falar de coisas importantes. Com relação à profecia de Cristo, ao
invés de dizer "É chegado o Reino dos Céus", ele poderia ter dito "Vou
construir o Reino dos Céus". Mas naquela época o mundo ainda não havia
alcançado o estágio necessário para isso, ou seja, o progresso da cultura
ainda era insuficiente para a construção do verdadeiro mundo civilizado.

No entanto, a cultura material progrediu, chegando ao estágio em que


se encontra atualmente; o progresso foi tal que se estendeu ao mundo todo.
O que eu estou dizendo pode ser ouvido, através dos modernos meios de
comunicação, nos quatro cantos do mundo. Os meios de transporte se
desenvolveram tanto que é possível ir de avião até os Estados Unidos num
dia. Dessa forma, o progresso da cultura material já atingiu o ponto em que
estão preenchidas quase todas as condições necessárias ao mundo
civilizado. O primordial dessa questão é que a alma humana ainda não se
evoluiu o suficiente para a utilização do progresso no bom sentido. Sobre
essa alma, é imperativo empenhar-nos para que as pessoas a utilizem
positivamente e, ao mesmo tempo, para que a humanidade tome
conhecimento disso. Em várias oportunidades falei sobre o assunto, e os
fiéis já têm alguma noção a respeito.
A propósito, comecei a escrever, há cerca de seis meses, um livro
intitulado "A Criação da Civilização". Meu objetivo é esclarecer que a
civilização atual não é a verdadeira civilização e que, nesta, a Medicina, a
Política, a Educação, a Arte, etc. serão bem diferentes. A parte que se refere
à Medicina já está quase pronta, mas tenciono escrever, ainda este ano, a
parte referente às outras áreas. Quando o livro estiver concluído, pretendo
traduzi-lo para o inglês e tomar providências para que ele seja lido por
professores universitários, cientistas, enfim, por intelectuais do mundo
inteiro. Vou enviá-lo, também, à Comissão Examinadora do Prêmio Nobel,
mas acredito que, no início, não o receberão bem, pois a Comissão é
integrada por eminentes personalidades da cultura material. Todavia, como
se trata de um livro que aborda justamente aquilo que as pessoas eminentes
estão buscando, acredito que os integrantes da Comissão não deixarão de
entendê-lo e exclamar: "É isto!" Assim, poderiam conceder-me dez ou vinte
Prêmios Nobel. Quando esse livro for publicado, eu gostaria que todos os
povos o lessem.

Dessa forma, ao mesmo tempo que mostramos como estará


constituída a verdadeira civilização, damos a conhecer o JOHREI. Com o
JOHREI as doenças saram milagrosamente, mas ele não se destina a curar
doenças. Em resumo, o JOHREI cura o espírito, ou seja, o mal que existe
nele. Em termos mais claros, o mal é o caráter selvagem, e este não pode
ser removido, pois não se pode viver sem espírito. O que se pode fazer é
mudar a maneira de pensar das pessoas, ou seja, diminuir-lhes as partes
más, fazendo com que as partes boas aumentem. Assim, todos farão
apenas coisas boas, isto é, acharão que devem fazer o bem.

Costumo dizer aos fiéis que os homens da atualidade estão sempre


pensando em praticar o mal. Mesmo que não queiram fazê-lo, acham que é
bobagem praticar o bem, que isso só traz prejuízos, que se deve fazer as
coisas de maneira mais "fácil". Entretanto, essa forma de pensar é o oposto
da verdade. Faço tal afirmativa porque já houve uma época em que eu
também pensava assim. Gradativamente, porém, comecei a ter melhor
compreensão sobre Deus, através da Fé, e vi que estava totalmente do
"avesso". Aí passei a querer praticar o bem e sempre buscava um meio para
isso. Estava sempre procurando fazer algo em benefício das outras pessoas,
algo que as deixasse felizes, satisfeitas. Com essa atitude, minha sorte
melhorou. Mesmo antes de me dedicar inteiramente à Fé, aconteciam-me
coisas boas quando eu ficava nesse estado de espírito. Assim, pensei como
seria bom se as pessoas soubessem os benefícios que nos advêm quando
procuramos fazer a felicidade do próximo.

À medida que eu ia acumulando tais experiências da vida real,


comecei a ter plena compreensão de que realmente Deus e o demônio
existiam. A partir daí passei por uma fase de aprimoramento espiritual. Com
a ocorrência de vários milagres, pude compreender a grande missão que me
era destinada. Foi assim que instituí a Igreja Messiânica Mundial e estou
desenvolvendo minhas atividades.

Outro ponto que eu gostaria de abordar é o "Juízo Final", do


cristianismo, e o "Fim do Budismo", profetizado por Sakyamuni. Apesar de
muitos líderes e fundadores de religiões terem feito profecias semelhantes,
vou tratar, aqui, apenas destas duas.

Que vem a ser o Juízo Final? Os homens estão imaginando que virá
Deus para fazer o julgamento neste mundo, mas isso não corresponde à
verdade. É um ponto de difícil entendimento para os não-fiéis, mas o Mundo
Espiritual é uma realidade. O mundo em que vemos e sentimos a matéria é
o Mundo Material; além deste, há o Mundo Espiritual e, no meio dos dois, o
Mundo Atmosférico. Este último já é conhecido, mas ainda não se conhece o
Mundo Espiritual. É como a ordem em que se dispõem a era do barbarismo,
a era da cultura e a era da civilização. Da mesma forma, o Universo obedece
a uma constituição tripla: Mundo Material, Mundo Atmosférico e Mundo
Espiritual.

Há, ainda, os ciclos do mundo: assim como existe transição entre o


claro e o escuro, entre o dia e a noite no espaço de um dia, há a mesma
transição no espaço de um ano. O claro e o escuro em um ano podem ser
comparados ao verão e ao inverno, respectivamente. Os raios solares são
mais fortes no verão e mais fracos no inverno, ocasionando o contraste entre
o claro e o escuro. E existem períodos idênticos no espaço de dez e de cem
anos. A História registra épocas de paz e de guerra, que correspondem ao
claro e ao escuro. Refiro-me, portanto, a esse ritmo.

Igual período existe também no espaço de mil e de dez mil anos.

Estávamos até agora na escuridão, no período das trevas; vamos


passar para o período da claridade. Passando-se para o período da
claridade, tudo que existia no período das trevas sofrerá uma seleção. Esses
ciclos do mundo, nós os designamos com as expressões Mundo da Noite,
Mundo do Dia, Cultura da Noite, Cultura do Dia. Assim, desaparecerá uma
série de coisas que não serão mais necessárias. Durante o dia, por exemplo,
não é preciso lâmpadas. Tudo aquilo que pertence à Era da Noite e se tornar
desnecessário será eliminado.

O Juízo Final representa a separação do que é do Dia e do que é da


Noite. O que for inútil ficará inativo ou será destruído. A partir de agora, as
coisas do Dia irão sendo construídas gradativamente.

O que acontecerá quando o Mundo Espiritual se tornar claro?


Vejamos o homem. Nele, entre a matéria e o espírito existe a água, que
corresponde ao ar. Ela existe em grande quantidade no corpo humano.
Assim, o homem apresenta uma constituição tripla; dela, faz parte o espírito,
a que também se poderia chamar alma. O espírito está subordinado ao
Mundo Espiritual. Tornando-se claro esse mundo, aqueles cujo espírito não
corresponder a essa claridade terão de ter as suas máculas removidas. Não
significa que elas serão arrancadas, mas ocorrerá naturalmente a
purificação, para limpar o que está sujo. À medida que o Mundo Espiritual
vai clareando, as pessoas possuidoras de máculas no espírito passam por
uma limpeza, que é o sofrimento. O princípio da doença obedece a essa
explicação. Através dela pode-se compreender perfeitamente o que é a
doença.
Até agora não se conhecia o espírito. Desprezava-se a sua existência.
Como o Sr. Tokugawa disse há pouco, é uma questão de alma. A ação da
alma é muito grande.

Ontem fui visitado por uma pessoa que eu não via há cerca de um
ano. Anteontem eu tinha pensado: "Como estará ele passando?" No dia
seguinte ele apareceu. Aí eu disse para mim mesmo: "Ah, o espírito dele
veio aqui antes!” Digamos, por exemplo, que o Sr. Tokugawa pense: "O Sr.
Matsunami está escrevendo com afinco." Então este pensamento vai até o
Sr. Matsunami, penetra no seu corpo e se aloja na sua cabeça. Aí, ele se
lembra do Sr. Tokugawa. É como se a pessoa chegasse, após ter avisado.
Nessas ocasiões, as criaturas se comunicam através dos elos espirituais. O
trabalho desses elos, no caso do relacionamento amoroso, é muito
interessante. Mas o meu objetivo, no momento, não é o problema do amor.
O assunto se tornará claro, para os senhores, quando abraçarem a Fé. O
amor é muito bom, mas quase sempre acaba em tragédia. Para entender
melhor esse fim trágico, é necessário conhecer o lado espiritual, a existência
dos elos espirituais. Isso não pode ser menosprezado. Em vários problemas
da vida há mulheres; dizem mesmo que por trás dos crimes existe sempre
uma mulher, ou melhor, o amor. Com a compreensão das causas, é possível
eliminar as tragédias e os males sociais. Mas vamos deixar este assunto por
aqui.

Como eu estava falando há pouco, as máculas do espírito irão sendo


eliminadas para ele corresponder à claridade do Mundo Espiritual. Se isso
terminar numa simples doença, está tudo bem, mas pode acontecer que a
pessoa fique gravemente enferma e acabe falecendo. A doença chega aos
poucos, e por isso é que se chama doença. Se vier de uma vez, a pessoa
morre. Juízo Final é isso. Com o clarear do Mundo Espiritual, a
transformação pode ocorrer repentinamente e aí as criaturas não resistiriam.
Haveria mortes em massa. Deus quer evitá-las e por isso manda avisos. É
vontade de Deus que a humanidade seja avisada, para que ela se salve. E
Ele me incumbiu dessa tarefa. Estou, portanto, avisando.
Tanto Sakyamuni como Cristo profetizaram o advento do Paraíso, a
chegada do Novo Mundo. Eles foram os profetas, e eu sou o concretizador.
Deus me ordenou que concretizasse essas profecias, ou seja, que eu
construísse o Paraíso Terrestre, livre de doença, pobreza e conflito.
Entretanto, eu não me canso, pois não sou eu quem planeja. Tudo é
planejado por Deus. Apenas dou forma às coisas. Isso realmente é fácil, mas
de enorme responsabilidade. Provavelmente não houve ninguém com
responsabilidade maior que a minha em toda a História da humanidade.
Dessa maneira, as profecias de Cristo e Sakyamuni começam a ter sentido:
se elas não tivessem possibilidade de ser concretizadas, seriam falsas
profecias. Falsas profecias significam mentiras. Mas não seria possível
pessoas tão importantes terem mentido. Por conseguinte, era preciso haver
alguém que tornasse realidade tais profecias, e o escolhido fui eu. Na
verdade, me é penoso afirmar um empreendimento de tamanha grandeza.
Não falei nisso até agora justamente por ser uma missão demasiado grande.
Mas o tempo se aproxima, já é chegada a Era do Dia. Para salvar a
humanidade, preciso avisar rapidamente o maior número de pessoas, e é
por isso que estou hoje falando aos senhores.

O Sr. Suzuki falou há pouco sobre o Dilúvio e a Arca de Noé, mas isso
é algo semelhante ao Juízo Final. Há duas versões a respeito: uma diz que
choveu quarenta dias seguidos, outra diz que foram cem dias. Fossem
quarenta ou cem, o que interessa é que choveu durante muitos dias
consecutivos. A água foi subindo cada vez mais e se tornou um dilúvio,
salvando-se apenas os que estavam na arca. Aqueles que estavam em
barcos comuns ou que subiram às montanhas acabaram perecendo; estes
últimos, devorados por animais que também haviam subido. Apenas oito
pessoas se salvaram, e dizem que os representantes da raça branca são
seus descendentes. Acredito que, em linhas gerais, essa história não está
errada.

No Japão, conta-se a história de Izanagui-no-Mikoto e de Izanami-no-


Mikoto. Estes dois deuses, de cima da ponte flutuante dos Céus,
empunhando uma espada, mexeram algo semelhante à espuma, e daí
surgiram as ilhas e os continentes. Essa deve ter sido a causa do Dilúvio. De
acordo com a tese xintoísta, houve ação da maré alta e da maré baixa. A
maré baixa é o recuo das águas, e Izanagui-no-Mikoto encarregou-se disso.
O nascimento das ilhas e das nações significa que se jogou fora a água do
Dilúvio, fazendo emergir aquilo que estava submerso. Penso que essa
ocorrência corresponde à época do Dilúvio.

Com relação ao cristianismo, dizem que João fez o batismo pela água
e Cristo fará o batismo pelo fogo. Agora está para vir o batismo pelo fogo, o
extraordinário acontecimento que promoverá a eliminação do Mal. Isso tem
muitos outros sentidos, mas, como já está se esgotando o tempo, vou parar
por aqui.

22 de maio de 1951
(tradução em: A Outra Face da Doença)

(S.AN/3) O QUE É A VERDADEIRA CIVILIZAÇÃO

Creio que minha palestra é bastante original. Pretendo tratar de


assuntos que nunca foram tratados antes.

Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que muita gente, confundindo


cultura com civilização, diz que a cultura da atualidade é avançada, ou que
estamos na Era da Cultura. Na verdade, porém, cultura e civilização são
coisas diferentes. Civilização é um mundo ideal, sem nenhuma selvageria; a
isso nós chamamos de mundo civilizado. Já a cultura é o estágio
intermediário entre a selvageria e a civilização. Portanto, o que se chama
BUN-NO-KE, ou seja, BUNKA (Cultura), é uma sombra, é um fantasma.

Observando o estado atual da humanidade, notamos que os homens


estão apaixonados por essa sombra, achando que ela é o que há de melhor
e que, com o seu progresso, o mundo se tornará aprazível. Mas o mundo
civilizado a que eu me refiro é diferente daquilo que as pessoas têm em
mente.
O que é a verdadeira civilização? Em palavras simples, é sinônimo de
vida. Deve ser a época em que a humanidade possa viver com segurança.
Mas, como o Sr. Suzuki disse há pouco, hoje há coisas realmente temíveis,
como a bomba atômica, a bomba bacteriológica, o Juízo Final, etc. São
temíveis porque põem em risco a segurança da vida. Isso não é um mundo
civilizado. É a cultura; a Era da Cultura. Isto é, estamos na fase de transição
entre a selvageria e a civilização. O que vou falar agora não é sobre a
cultura, e sim sobre a civilização.

As doenças e as guerras são o que mais põem em risco a vida. Se


não tivéssemos guerras nem doenças, teríamos garantia de vida, e este
seria o verdadeiro mundo civilizado. Já chegamos à época em que
precisamos ir até aí. Daí a razão de ser do lema da Igreja Messiânica
Mundial: o mundo absolutamente isento de doença, pobreza e conflito.
Como a guerra é um conflito em maior escala, propomos a construção do
mundo sem doença, pobreza e guerra.

Todos os infortúnios são decorrentes da doença. Costuma-se


entender como doença aquilo que provoca dores, coceira ou outras reações;
interpreta-se sempre no sentido físico. Mas não é bem assim. Há dois tipos
de doenças: doenças físicas e doenças do espírito. Dizem que este ano a
tuberculose e outras doenças contagiosas, a disenteria, etc. aumentaram
bastante e por isso as pessoas estão receosas. Entretanto, se hoje não se
conseguir encontrar solução para esse problema, jamais se formará um
mundo civilizado, nem mesmo daqui a centenas ou milhares de anos.

Quanto à pobreza, sua origem é a doença do corpo. Basta escolher


uma pessoa pobre e procurar saber a causa da sua pobreza. É
invariavelmente a doença. São casos como a perda de emprego devido à
enfermidade, ou a impossibilidade de trabalhar pelo mesmo motivo. A
doença, acrescida do fato de não se receber salário, constitui uma dose
dupla de sofrimento. Isso se reflete negativamente não só no próprio doente
como em seus parentes e amigos.
A causa das guerras também é a doença. Trata-se da doença mental.
É comum utilizar-se a expressão "fabricantes de guerras", para aqueles que
as causam. Observando-se a História, encontramos inúmeros exemplos. E
eles recebem o nome de heróis. Esses indivíduos importantes têm força e
inteligência, mas no fundo sofrem de uma espécie de doença nervosa. Por
isso torna-se necessário erradicar não só a doença do corpo como também
a do espírito. Quanto à do corpo, as pessoas acreditam que é possível curá-
la através da Medicina e se esforçam nesse sentido, mas não há nada que
resolva a doença espiritual. Para isso, só existe um meio: a Religião.

Na teoria pode ser assim, mas surge a dúvida: conseguir-se-á, na


prática, erradicar ambos os tipos de doenças? Aí é que entra o JOHREI, ao
qual se referiu há pouco o Sr. Suzuki: ele irá erradicar a doença da mente e
a do corpo. Dessa forma, surgirá o mundo civilizado.

Observando o estado em que se encontra a humanidade e a cultura,


concluo que de maneira alguma isto é civilização. Pelo contrário, é até um
estado extremamente bárbaro. As guerras de hoje são mais terríveis que as
da época selvagem. Sendo assim, podemos afirmar que a cultura ou
civilização da atualidade não passa de aparência; a humanidade está iludida
com essa aparência, e as pessoas se sentem gratas. Analisando seu
conteúdo, veremos que ele é selvagem; ou melhor, meio civilizado e meio
selvagem. A cultura contemporânea assemelha-se a uma bela mulher,
vestida com um bonito quimono, com a qual todos ficassem impressionados,
mas que, quando tirasse a roupa, se mostrasse corroída pela sífilis, toda
coberta de pus.

Acredito, por conseguinte, que a nossa Igreja Messiânica Mundial não


é uma religião. Se fosse possível resolver os problemas do homem com a
Religião, eles já teriam sido resolvidos, pois até o presente apareceram
importantes líderes e fundadores de religiões, filósofos, moralistas, etc. É
verdade que selvagens nus e de rosto pintado restam poucos. Conseguiu-
se, também, que tudo assumisse um aspecto bonito, culto. Mas ainda não foi
possível garantir a vida humana, porque as religiões que surgiram até hoje
não tinham força suficiente. Tiveram força para tornar cultos os selvagens,
mas não para ir além, ou seja, para tornar os homens civilizados.

Há, ainda, inúmeros inventos que não são utilizados no bom sentido:
muito pelo contrário. Dizem que a bomba atômica pode matar vinte milhões
de pessoas de uma só vez; entretanto, se essa energia for aplicada para o
bem, com uma pequena porção do tamanho da ponta de um dedo, poder-se-
á fazer rodar trens ou automóveis por muitos dias. O avião, sendo utilizado
como meio de transporte, não existe nada mais rápido e útil; utilizado para
lançar bombas, não há máquina mais temível.

Esta é a cultura científica de hoje. Chegamos até aqui com o


progresso da cultura científica, mas falta algo - algo muito importante.
Devido a essa falta, tende-se a fazer mau emprego das coisas. Eis o motivo
da aflição da humanidade. Para utilizar as coisas em sentido positivo, torna-
se necessário ir às raízes, isto é, ao Espírito. Mudando o Espírito das
criaturas do Mal para o Bem, elas saberão utilizar tudo no bom sentido e
assim se conseguirá um mundo maravilhoso. Cristo referiu-se a isso com a
expressão "É chegado o Reino dos Céus". Sakyamuni, por sua vez, disse:
"Após a extinção do Budismo, aparecerá Miroku Bossatsu, e surgirá o
Mundo de Miroku". Só que Sakyamuni falou que seria após 5,67 bilhões de
anos. Acredito, entretanto, que ele quis apenas se referir aos números 5 6,7.
Se realmente estivesse profetizando algo para daí a 5,67 bilhões de anos,
Sakyamuni não estaria bom da cabeça, pois não há nenhum sentido em
profetizar algo para um futuro tão distante. Nessa época, a humanidade e a
Terra já teriam passado por uma mudança tão grande que nem se poderia
imaginar.

Os messiânicos conhecem bem o significado dos números 5,6,7.


Caso eu fosse explicá-lo, isso me tomaria bastante tempo e aí eu não
poderia falar de coisas importantes. Com relação à profecia de Cristo, ao
invés de dizer "É chegado o Reino dos Céus", ele poderia ter dito "Vou
construir o Reino dos Céus". Mas naquela época o mundo ainda não havia
alcançado o estágio necessário para isso, ou seja, o progresso da cultura
ainda era insuficiente para a construção do verdadeiro mundo civilizado.
No entanto, a cultura material progrediu, chegando ao estágio em que
se encontra atualmente; o progresso foi tal que se estendeu ao mundo todo.
O que eu estou dizendo pode ser ouvido, através dos modernos meios de
comunicação, nos quatro cantos do mundo. Os meios de transporte se
desenvolveram tanto que é possível ir de avião até os Estados Unidos num
dia. Dessa forma, o progresso da cultura material já atingiu o ponto em que
estão preenchidas quase todas as condições necessárias ao mundo
civilizado. O primordial dessa questão é que a alma humana ainda não
evoluiu o suficiente para a utilização do progresso no bom sentido. Sobre
essa alma, é imperativo empenhar-nos para que as pessoas a utilizem
positivamente e, ao mesmo tempo, para que a humanidade tome
conhecimento disso. Em várias oportunidades falei sobre o assunto, e os
fiéis já têm alguma noção a respeito.

A propósito, comecei a escrever, há cerca de seis meses, um livro


intitulado "A Criação da Civilização". Meu objetivo é esclarecer que a
civilização atual não é a verdadeira civilização e que, nesta, a Medicina, a
Política, a Educação, a Arte, etc. serão bem diferentes. A parte que se refere
à Medicina já está quase pronta, mas tenciono escrever, ainda este ano, a
parte referente às outras áreas. Quando o livro estiver concluído, pretendo
traduzi-lo para o inglês e tomar providências para que ele seja lido por
professores universitários, cientistas, enfim, por intelectuais do mundo
inteiro. Vou enviá-lo, também, à Comissão Examinadora do Prêmio Nobel,
mas acredito que, no início, não o receberão bem, pois a Comissão é
integrada por eminentes personalidades da cultura material. Todavia, como
se trata de um livro que aborda justamente aquilo que as pessoas eminentes
estão buscando, acredito que os integrantes da Comissão não deixarão de
entendê-lo e exclamar: "É isto!" Assim, poderiam conceder-me dez ou vinte
Prêmios Nobel. Quando esse livro for publicado, eu gostaria que todos os
povos o lessem.

Dessa forma, ao mesmo tempo que mostramos como estará


constituída a verdadeira civilização, damos a conhecer o JOHREI. Com o
JOHREI as doenças saram milagrosamente, mas ele não se destina a curar
doenças. Em resumo, o JOHREI cura o espírito, ou seja, o mal que existe
nele. Em termos mais claros, o mal é o caráter selvagem, e este não pode
ser removido, pois não se pode viver sem espírito. O que se pode fazer é
mudar a maneira de pensar das pessoas, ou seja, diminuir-lhes as partes
más, fazendo com que as partes boas aumentem. Assim, todos farão
apenas coisas boas, isto é, acharão que devem fazer o bem.

Costumo dizer aos fiéis que os homens da atualidade estão sempre


pensando em praticar o mal. Mesmo que não queiram fazê-lo, acham que é
bobagem praticar o bem, que isso só traz prejuízos, que se deve fazer as
coisas de maneira mais "fácil". Entretanto, essa forma de pensar é o oposto
da verdade. Faço tal afirmativa porque já houve época em que eu também
pensava assim. Gradativamente, porém, comecei a ter melhor compreensão
sobre Deus, através da Fé, e vi que estava totalmente do "avesso". Aí passei
a querer praticar o bem e sempre buscava um meio para isso. Estava
sempre procurando fazer algo em benefício das outras pessoas, algo que as
deixasse felizes, satisfeitas. Com essa atitude, minha sorte melhorou.
Mesmo antes de me dedicar inteiramente à Fé, aconteciam-me coisas boas
quando eu ficava nesse estado de espírito. Assim, pensei como seria bom se
as pessoas soubessem os benefícios que nos advêm quando procuramos
fazer a felicidade do próximo.

À medida que eu ia acumulando tais experiências da vida real,


comecei a ter plena compreensão de que realmente Deus e o demônio
existiam. A partir daí passei por uma fase de aprimoramento espiritual. Com
a ocorrência de vários milagres, pude compreender a grande missão que me
era destinada. Foi assim que instituí a Igreja Messiânica Mundial e estou
desenvolvendo minhas atividades.

Outro ponto que eu gostaria de abordar é o "Juízo Final", do


cristianismo, e o "Fim do Budismo", profetizado por Sakyamuni. Apesar de
muitos líderes e fundadores de religiões terem feito profecias semelhantes,
vou tratar, aqui, apenas destas duas.
Que vem a ser o Juízo Final? Os homens estão imaginando que virá
um Deus para fazer o julgamento neste mundo, mas isso não corresponde à
verdade. É um ponto de difícil entendimento para os não-fiéis, mas o Mundo
Espiritual é uma realidade. O mundo em que vemos e sentimos a matéria é
o Mundo Material; além deste, há o Mundo Espiritual e, no meio dos dois, o
Mundo Atmosférico. Este último já é conhecido, mas ainda não se conhece o
Mundo Espiritual. É como a ordem em que se dispõem a era do barbarismo,
a era da cultura e a era da civilização. Da mesma forma, o Universo obedece
a uma constituição tripla: Mundo Material, Mundo Atmosférico e Mundo
Espiritual.

Há, ainda, os ciclos do mundo: assim como existe transição entre o


claro e o escuro, entre o dia e a noite no espaço de um dia, há a mesma
transição no espaço de um ano. O claro e o escuro em um ano podem ser
comparados ao verão e ao inverno, respectivamente. Os raios solares são
mais fortes no verão e mais fracos no inverno, ocasionando o contraste entre
o claro e o escuro. E existem períodos idênticos no espaço de dez e de cem
anos. A História registra épocas de paz e de guerra, que correspondem ao
claro e ao escuro. Refiro-me, portanto, a esse ritmo.

Igual período existe também no espaço de mil e de dez mil anos.


Estávamos até agora na escuridão, no período das trevas; vamos
passar para o período da claridade. Passando-se para o período da
claridade, tudo que existia no período das trevas sofrerá uma seleção. Esses
ciclos do mundo nós designamos com as expressões Mundo da Noite,
Mundo do Dia, Cultura da Noite, Cultura do Dia. Assim, desaparecerá uma
série de coisas que não serão mais necessárias. Durante o dia, por exemplo,
não é preciso lâmpadas. Tudo aquilo que pertence à Era da Noite e se tornar
desnecessário será eliminado.

O Juízo Final representa a separação do que é do Dia e do que é da


Noite. O que for inútil ficará inativo ou será destruído. A partir de agora, as
coisas do Dia irão sendo construídas gradativamente.
O que acontecerá quando o Mundo Espiritual se tornar claro?
Vejamos o homem. Nele, entre a matéria e o espírito, existe a água, que
corresponde ao ar. Ela existe em grande quantidade no corpo humano.
Assim, o homem apresenta uma constituição tripla; dela, faz parte o espírito,
a que também se poderia chamar alma. O espírito está subordinado ao
Mundo Espiritual. Tornando-se claro esse mundo, aqueles cujo espírito não
corresponder a essa claridade terão de ter as suas máculas removidas. Não
significa que elas serão arrancadas, mas ocorrerá naturalmente a
purificação, para limpar o que está sujo. À medida que o Mundo Espiritual
vai clareando, as pessoas possuidoras de máculas no espírito passam por
uma limpeza, que é o sofrimento. O princípio da doença obedece a essa
explicação. Através dela pode-se compreender perfeitamente o que é a
doença.

Até agora não se conhecia o espírito. Desprezava-se a sua existência.


Como o Sr. Tokugawa disse há pouco, é uma questão de alma. A ação da
alma é muito grande.

Ontem fui visitado por uma pessoa que eu não via há cerca de um
ano. Anteontem eu tinha pensado: "Como estará ele passando?" No dia
seguinte ele apareceu. Aí eu disse para mim mesmo: "Ah, o espírito dele
veio aqui antes!” Digamos, por exemplo, que o Sr. Tokugawa pense: "O Sr.
Matsunami está escrevendo com afinco." Então este pensamento vai até o
Sr. Matsunami, penetra no seu corpo e se aloja na sua cabeça. Aí, ele se
lembra do Sr. Tokugawa. É como se a pessoa chegasse, após ter avisado.
Nessas ocasiões, as criaturas se comunicam através dos elos espirituais. O
trabalho desses elos, no caso do relacionamento amoroso, é muito
interessante. Mas o meu objetivo, no momento, não é o problema do amor.
O assunto se tornará claro, para os senhores, quando abraçarem a Fé. O
amor é muito bom, mas quase sempre acaba em tragédia. Para entender
melhor esse fim trágico, é necessário conhecer o lado espiritual, a existência
dos elos espirituais. Isso não pode ser menosprezado. Em vários problemas
da vida há mulheres; dizem mesmo que por trás dos crimes existe sempre
uma mulher, ou melhor, o amor. Com a compreensão das causas, é possível
eliminar as tragédias e os males sociais. Mas vamos deixar este assunto por
aqui.

Como eu estava falando há pouco, as máculas do espírito irão sendo


eliminadas para ele corresponder à claridade do Mundo Espiritual. Se isso
terminar numa simples doença, está tudo bem, mas pode acontecer que a
pessoa fique gravemente enferma e acabe falecendo. A doença chega aos
poucos, e por isso é que se chama doença. Se vier de uma vez, a pessoa
morre. Juízo Final é isso. Com o clarear do Mundo Espiritual, a
transformação pode ocorrer repentinamente e aí as criaturas não resistiriam.
Haveria mortes em massa. Deus quer evitá-las e por isso manda avisos. É
vontade de Deus que a humanidade seja avisada, para que ela se salve. E
Ele me incumbiu dessa tarefa. Estou, portanto, avisando.

Tanto Sakyamuni como Cristo profetizaram o advento do Paraíso, a


chegada do Novo Mundo. Eles foram os profetas, e eu sou o concretizador.
Deus me ordenou que concretizasse essas profecias, ou seja, que eu
construísse o Paraíso Terrestre, livre de doença, pobreza e conflito.
Entretanto, eu não me canso, pois não sou eu quem planeja. Tudo é
planejado por Deus. Apenas dou forma às coisas. Isso realmente é fácil, mas
de enorme responsabilidade. Provavelmente não houve ninguém com
responsabilidade maior que a minha em toda a História da humanidade.
Dessa maneira, as profecias de Cristo e Sakyamuni começam a ter sentido:
se elas não tivessem possibilidade de ser concretizadas, seriam falsas
profecias. Falsas profecias significam mentiras. Mas não seria possível
pessoas tão importantes terem mentido. Por conseguinte, era preciso haver
alguém que tornasse realidade tais profecias, e o escolhido fui eu. Na
verdade, me é penoso afirmar um empreendimento de tamanha grandeza.
Não falei nisso até agora justamente por ser uma missão demasiado grande.
Mas o tempo se aproxima, já é chegada a Era do Dia. Para salvar a
humanidade, preciso avisar rapidamente o maior número de pessoas, e é
por isso que estou hoje falando aos senhores.

O Sr. Suzuki falou há pouco sobre o Dilúvio e a Arca de Noé, mas isso
é algo semelhante ao Juízo Final. Há duas versões a respeito: uma diz que
choveu quarenta dias seguidos, outra diz que foram cem dias. Fossem
quarenta ou cem, o que interessa é que choveu durante muitos dias
consecutivos. A água foi subindo cada vez mais e se tornou um dilúvio,
salvando-se apenas os que estavam na arca. Aqueles que estavam em
barcos comuns ou que subiram às montanhas acabaram perecendo; estes
últimos, devorados por animais que também haviam subido. Apenas oito
pessoas se salvaram, e dizem que os representantes da raça branca são
seus descendentes. Acredito que, em linhas gerais, essa história não está
errada.

No Japão, conta-se a história de Izanagui-no-Mikoto e de Izanami-no-


Mikoto. Estes dois deuses, de cima da ponte flutuante dos Céus,
empunhando uma espada, mexeram algo semelhante a espuma, e daí
surgiram as ilhas e os continentes. Essa deve ter sido a causa do Dilúvio. De
acordo com a tese xintoísta, houve ação da maré alta e da maré baixa. A
maré baixa é o recuo das águas, e Izanagui-no-Mikoto encarregou-se disso.
O nascimento das ilhas e das nações significa que se jogou fora a água do
Dilúvio, fazendo emergir aquilo que estava submerso. Penso que essa
ocorrência corresponde à época do Dilúvio.

Com relação ao cristianismo, dizem que João fez o batismo pela água
e Cristo fará o batismo pelo fogo. Agora está para vir o batismo pelo fogo, o
extraordinário acontecimento que promoverá a eliminação do Mal. Isso tem
muitos outros sentidos, mas, como já está se esgotando o tempo, vou parar
por aqui.

Auditório do Hibiya Public Hall, Tóquio, 22 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

"O Julgamento irá separar o Mundo da Noite do Mundo do Dia, a


Cultura da Noite da Cultura do Dia"

Mais um assunto que quero mencionar é o Juízo Final citado no


Cristianismo, o Fim do Budismo dito por Sakyamuni. Inúmeros fundadores
de religiões fazem menção do assunto, mas gostaria de me deter apenas
nestes dois grandes santos. O que significa Juízo Final? Falar em Juízo
Final dá a impressão de que Deus — "Enma" — aparece neste Mundo e não
no Inferno para proceder ao Julgamento. Mas não é bem assim.

Para quem não professa a fé é um pouco difícil entender, existe algo


chamado Mundo Espiritual. O Mundo em que podemos visualizar e tocar os
objetos é o Mundo Material. No fundo deste, existe o Mundo Espiritual. No
meio, o Mundo Atmosférico. As pessoas conhecem a existência do Mundo
Atmosférico, mas nada entendem sobre o Mundo Espiritual.

Na mesma ordem de Época Selvagem, Cultural e Civilizada, o Mundo


Material, Atmosférico e o Espiritual também se encontra em três níveis.

Existe, contudo, uma lei que rege o ciclo. De acordo com este ciclo,
existe a claridade e a escuridão. Não só em um dia de 24 horas, mas em um
ano também existe claridade e escuridão.

Em um ano, se considerarmos o inverno como escuridão, o verão é a


claridade. A luz do sol também é mais intensa no verão e, no inverno, mais
fraca. Isso também constitui claridade e escuridão.

Tal fenômeno ocorre em dez anos e também em cem anos. A


existência, na história, de épocas de paz e outras de obscuridão também
estão dentro de um ritmo.

Em mil, dez mil anos também existe esse ciclo. Até o presente a
época era de trevas, uma época obscura; agora, será a época da claridade.

Em se falando na Era da Civilização (Bunmei), o "Mei" escreve-se


com a letra que significa claridade, não Cultura (Bunka), pois "Ka" significa
disfarçar. Com a chegada da Era da claridade, tudo o que pertencia ao
Mundo das Trevas passará por uma seleção. Eu os chamo de Mundo da
Noite e Mundo do Dia, Cultura da Noite e Cultura do Dia. Sem dúvida,
surgirão muitas coisas inúteis da Cultura da Noite. Durante o dia, não há
necessidade de aparatos como iluminação. Da mesma maneira, o que não é
mais necessário entre as coisas pertencentes à Era da Noite serão
destruídas.

O Julgamento significa essa seleção da Noite para o Dia. Em primeiro


lugar, ou se guarda ou se destrói o que não é necessário e, depois, vai-se
construindo gradativamente coisas luminosas.

Então, o que ocorre quando o Mundo Espiritual vai-se clareando? O


homem é constituído de corpo carnal e de espírito. No meio, existe a parte
líquida correspondente à atmosfera, que é o vapor d'água. E ela existe em
abundância no corpo humano. O homem está, assim, constituído em três
níveis. O espírito, que se pode chamar de alma, está dentro desses três
níveis e pertence ao Mundo Espiritual. Portanto, se o Mundo Espiritual
clareia, a pessoa portadora de alma não correspondente a essa claridade,
para estar de acordo, necessitará eliminar as suas máculas. Eliminar não
significa retirar deliberadamente, mas purificar de modo natural, tornando
limpo algo que está sujo. Deste modo, quem tiver alma com máculas, à
medida que o Mundo Espiritual vai clareando, irá sofrendo o processo de
limpeza e este é o sofrimento. O princípio da doença também está descrito
desta forma. Assim, poderão entender bem o que é a doença.

22 de maio de 1951
(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

(J1/10) TEORIA DA MEDICINA ATUAL

Ao redigir o presente texto, gostaria de, antes de mais nada,


esclarecer que, mesmo em se tratando de teoria sobre a medicina, de modo
algum é dogmática ou afastada da realidade. A minha intenção é escrever
sempre baseado na realidade, portanto, gostaria que os senhores lessem
cientes disso. Porém, para os terceiros que vão apreciar a presente obra,
trata-se de uma teoria tão surpreendente que sequer conseguirão imaginar e
aceitar sem qualquer contestação.

E, examinando todos os textos, procurei detectar por completo o erro


da Medicina atual; por isso, tanto as pessoas em geral como os
especialistas, ficarão surpresos e não vão acreditar. Portanto, creio que na
época atual, em que o progresso da medicina encontra-se na glória, não há
ninguém no mundo que apresente uma teoria como essa. Contudo, desde
que a realidade é estritamente realidade, não posso deixar de anunciá-la.
Isto porque sem dúvida chegará o momento em que toda a humanidade vai
conhecer. Também, o fato de eu ter descoberto este maravilhoso evangelho
tem um significado importante. Se isso não for benefício Divino, o que será
então? Quanto mais cedo isso ocorrer, menor será a infelicidade da
humanidade

Nesse sentido, vou apresentar uma teoria nova e desejo que os


especialistas a tenham como referência até compreenderem sinceramente. A
respeito disso, atualmente estou escrevendo uma tese de grande
importância intitulada “A Criação da Civilização”. Assim que for concluída,
pretendo distribuir principalmente às pessoas do mundo acadêmico e
também à Comissão Examinadora do Prêmio Nobel. Certamente será uma
bomba atômica à medicina do mundo inteiro. Não hesito em afirmar que
através desta teoria será estabelecida a verdadeira medicina. Em suma,
basta pensar que o presente trabalho literário é a revelação de Deus a
respeito da verdade sobre a medicina neste final de período.

A seguir, gostaria de entrar no assunto propriamente dito, mas antes,


desejo que deixem suas mentes completamente livres de idéias
preconcebidas e neutras. Isto porque, se tiver, por mínimo que seja, esse
tipo de busca, esta idéia poderá atrapalhá-lo, causando alguma antipatia ou
discordância. Apresentando antecipadamente a conclusão, o método da
medicina atual de tentar curar as doenças, na verdade, é o método de criar
doenças. Desde os tempos antigos, diz-se que a Medicina é a arte da cura e
vem sendo considerada como trabalho realmente sagrado; porém, se na
realidade ela traz resultados opostos, não existe problema tão sério como
este para a humanidade.

A propósito, o que vem a ser a doença? Segundo a revelação de


Deus, é o nome dado ao sofrimento decorrente do processo natural de
eliminação das toxinas retidas de forma inata ou adquirida pelo homem.
Entretanto, a humanidade, sem perceber isso, interpretou-a de forma
contrária, e esta é a concepção da Medicina tradicional. Portanto, quanto
maior a utilização de tratamentos médicos, maior é o efeito contrário, e
ocorre o agravamento da doença. De acordo com esse princípio, mesmo
que alguém contraia a doença, se deixar seguir o seu curso, sem nada fazer,
as toxinas serão eliminadas favoravelmente e a doença será curada
rapidamente, aumentando a sua saúde. Por ser esta a verdade, não há
palavras que censurem a cegueira dos povos cultos que vieram sofrendo
devido aos tratamentos que infringem o referido princípio. Não há prova mais
autêntica do que centenas de relatos verídicos publicados mensalmente nas
publicações da nossa Igreja. Como os meus argumentos são baseados em
exemplos reais, não há o menor erro. Quando o homem fica doente, ele
dirige-se primeiramente ao médico, mas há doenças que são facilmente
curadas e as que não são. Portanto, podemos dizer que, em ambos os
casos, evidentemente, a cura completa ou radical não ocorre. Por exemplo,
quando contrai-se gripe, mesmo que ocorra a cura, passado algum tempo,
com certeza ela volta novamente. Até mesmo um simples resfriado, além de
não sarar por completo, cada vez que ressurge, vai se agravando
gradativamente, e as pessoas sem sorte acabam tendo princípio de
tuberculose. O recente aumento súbito de tuberculosos evidencia
perfeitamente este fato.

O caso de complicações de gripe é problemático, mas o pior é quando


a pessoa se impacienta, achando ser uma tolice ficar perdendo tempo com
uma simples gripe. Isto porque, quanto mais a pessoa se impacienta, mais
ela utiliza medicamentos e faz tratamentos incorretos. Então, ela pensa que
o médico é ruim, e acaba trocando de médico e de hospital, mas na verdade,
quanto mais se troca, mais se agrava o problema. Então, finalmente ela
desiste, achando que com o tratamento médico não há cura, e recorre a
outros métodos, que dizem que é bom, tais como a medicina chinesa,
tratamentos populares ou religiosos, etc., mas obtendo somente uma
melhora substancial e insignificante, não consegue uma cura completa.
Portanto, é regra geral as pessoas buscarem a salvação na nossa Igreja
quando já se encontram numa situação realmente crítica.

Percebe-se, então, que o tratamento da nossa Igreja é


completamente diferente dos demais. Como realmente ocorrem numerosas
curas sem a utilização de remédios, equipamentos e sem tocar no corpo,
elas acham estranho e ficam sem compreender, passando a pensar consigo
mesmas que não importa o fato de não entender, mas o que lhes interessa é
que sejam salvas com a cura da doença. O número de pessoas salvas que
afirma: “Puxa, finalmente encontrei aquilo que buscava” está aumentando
gradativamente a cada dia e a cada mês. Esse tipo de emoção e gratidão
está repleto na coluna de experiências de fé da nossa publicação.

Até aqui, referi-me sobre a realidade do curso de salvação. Mas se


indagarem porque o tratamento médico gera resultado contrário ao suposto,
posso dizer que o medicamento é, sem dúvida, o seu principal motivo.
Originariamente, não há nada que possa denominar de remédio. Tudo é
veneno (tóxico). Até mesmo a Medicina reconhece isso sumariamente. Ou
seja, com o auxílio da força do veneno, ameniza-se o sofrimento
temporariamente. Porém, na realidade, amenizar o sofrimento e curar a
doença são fatos fundamentalmente distintos. Sem a compreensão, a
Medicina encontra-se na ilusão, achando que diminuir o sofrimento significa
curar a doença. Assim, ela veio desenvolvendo pesquisas, devotando-se
somente na redução de sofrimentos. Portanto, o método para diminuir o
sofrimento progrediu cada vez mais, mas a doença, que é a essencial,
continua sem cura. Todavia, consegui descobrir esse princípio, mas existe
um problema. Trata-se das toxinas medicinais que permanecem retidas no
corpo e que tornam-se novamente a causa de novas doenças. Em suma, a
doença vem a ser o processo de eliminação das toxinas medicinais.
Freqüentemente, vemos casos em que, com o prolongamento da doença,
além de ocorrerem complicações, o seu número vai aumentando para cinco
ou mais, e então, no final, o caso fica sem solução. Nessa circunstância, o
sofrimento do doente é terrível, e ele acaba perdendo a vida.

Se analisarmos esses pontos friamente, livre de idéias preconcebidas,


o fato de ocorrerem complicações antes de curar a primeira doença não
seria ilógico? Se a cura é realmente possível, não há razão para
complicações, uma vez que a primeira doença vai se amenizando, aos
poucos. Não atentar para fatos tão lógicos é sinal de que são prisioneiras de
idéias preconcebidas. E a realidade é a melhor prova disso. Vejam a
fragilidade do homem da atualidade. Não há sequer uma pessoa que não
seja vítima de pelo menos uma ou mais doenças. Podemos evidenciar isto
ao vermos o crescente número de pessoas que contraem facilmente a
tuberculose, as doenças transmissíveis e a neurastenia. No livro de sua
autoria, o falecido Dr Irisawa Tatsukiti, médico renomado na sua época,
apresenta uma frase digna de profunda apreciação: “Se a medicina
desaparecer, creio que os doentes também desaparecerão na mesma
proporção”.

Gostaria de dar exemplo de um fato que o homem da atualidade


quase não percebe. Como disse anteriormente, quando a cura da doença é
muito demorada, as pessoas procuram curar-se através de algum tipo de fé.
Entretanto, qualquer que seja a fé, certamente não deixa de utilizar os
remédios; portanto, a pessoa, que até então estava repleta de toxinas
medicinais, deixa de ingerir remédios temporariamente, e ainda, somando-se
a isso a ajuda espiritual, ela obtém melhoras significativas. Então, os
religiosos dizem que houve a melhora devido à Graça Divina, e quem
melhorou também acredita e por gratidão se torna membro. Assim sendo,
conclui-se que os tratamentos médicos é que propiciam o desenvolvimento
das religiões novas. Mais valem as provas do que as teorias. Acho que é por
essa razão que as religiões novas têm surgido sucessivamente e continuam
existindo.

Sugiro que leiam as experiências de fé baseados na teoria exposta


até o momento, pois não observará qualquer diferença entre o que digo e a
realidade. Portanto, não posso conter-me ao imaginar que um grande
número de pessoas será salva quando este pensamento for reconhecido
plenamente no mundo da medicina.

Jornal Eiko nº 105, 23 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

Pergunta: "Se a Luz é transmitida em linha reta, deve-se ajustar o


ponto de aplicação do Joorei com a palma da mão. Isso está correto?"

Resposta: "A Luz espiritual, obviamente, irradia sempre em linha reta.


(...) A Luz jamais irradia em linha curva".

(25 de maio de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

Profundamente, como se infiltrasse

— Como devemos encarar quando se fala em recorrer a Meishu


Sama?

— Obtém-se melhor cura quando se encontra o ponto vital. Não há


nada de mau quando se diz para recorrer a Meishu Sama; mas, quando há
muita insistência, transforma-se em força pessoal.

O essencial é ministrar Johrei com o Soonen de ser instrumento de


Meishu Sama. É importante não se inclinar muito para o aspecto espiritual
nem para o material, sendo princípio comum para a cura infiltrar
profundamente a força espiritual no corpo do enfermo. Por exemplo, ao
ministrar Johrei no peito, deve-se fazê-lo tomando como referência as
costas. Como o enfermo possui a força natural de recuperação, é só se
aproveitar disso.
Eliminar, o quanto for possível, a força da mão, fazer com força
espiritual ultrapasse e atue profundamente na região. Como se trata de um
método complexo é importante o aperfeiçoamento.

25 de maio de 1951
(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

RELIGIÃO PRAGMÁTICA

O pragmatismo, doutrina sustentada inicialmente por Charles Sanders


Peirce, famoso filósofo americano (1839-1914), chegou a ser uma filosofia
de âmbito mundial, propagada por William James, que hoje é considerado
seu criador. Dizem que pragmatismo significa utilidade prática; creio,
entretanto, ser mais adequado aplicar o termo “ativismo”.

Acho desnecessário falar muito a respeito, porque se trata de uma


teoria conhecida por todos aqueles que se interessam pela Filosofia. O que
desejo falar agora é sobre o pragmatismo religioso. Já me referi uma vez a
esse tema, mas torno a abordá-lo, para melhor compreensão.

Quando falamos em ativismo religioso, temos a impressão de que


todas as religiões estejam praticando ações de Fé. Todos conhecem
propagandas por escrito, sermões verbais, orações, cultos, rituais religiosos,
ascetismo e mortificações; infelizmente, porém, as religiões ainda não
atingiram a vida prática. Em verdade, não passam de cultura mental.

O pragmatismo filosófico introduz a Filosofia na vida prática,


acentuando, neste ponto, o caráter americano. Pretendo fazer o mesmo,
com uma diferença: fundir a Religião e a vida prática, tornando-as íntimas e
inseparáveis. Deixemos, pois, de ostentar virtudes, de isolar-nos, de ser
teóricos como foram até hoje os religiosos, e sejamos iguais às pessoas
comuns. Para tanto, é preciso que eliminemos toda afetação religiosa e
procedamos sempre de acordo com o senso comum, a ponto de tornar a Fé
imperceptível aos outros. Isso vem a ser a apropriação completa da Fé.

Com essa explicação, creio que puderam entender o que vem a ser
ativismo religioso.

30 de maio de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“Em vez de pretender introduzir a religião no dia-a-dia, quero fundi-la


à vida quotidiana, tornando-as íntimas e indissolúveis. Para tanto, temos de
ser diferentes dos fiéis das religiões tradicionais: nada daquela maneira
dogmática, isolacionista, e com conceitos abstratos. Evitemos, sobretudo,
aquela postura de desprezo pelas coisas terrenas. Primemos sempre por
agir como pessoas comuns, isentando-nos ao máximo do ranço religioso e,
em tudo, nortearmo-nos pelo bom senso. Considero ser preciso que a fé
esteja de tal maneira impregnada em nós que terceiros não percebam se
abraçamos ou não alguma crença. Ou seja, é a atuação versátil”.

(Pragmatismo Religioso – 30 de maio de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

(R2/69) RELIGIÃO PRAGMÁTICA

Alicerce do Paraíso, pág.412

O pragmatismo, doutrina sustentada inicialmente por Charles Sanders


Peirce, famoso filósofo americano (1839-1914), chegou a ser uma filosofia
de âmbito mundial, propagada por William James, que hoje é considerado
seu criador. Dizem que pragmatismo significa utilidade prática; creio,
entretanto, ser mais adequado aplicar o termo "ativismo".
Acho desnecessário falar muito a respeito, porque se trata de uma
teoria conhecida por todos aqueles que se interessam pela Filosofia. O que
desejo falar agora é sobre o pragmatismo religioso. Já me referi uma vez a
esse tema, mas torno a abordá-lo, para melhor compreensão.

Quando falamos em ativismo religioso, temos a impressão de que


todas as religiões estejam praticando ações de Fé. Todos conhecem
propagandas por escrito, sermões verbais, orações, cultos, rituais religiosos,
ascetismo e mortificações; infelizmente, porém, as religiões ainda não
atingiram a vida prática. Em verdade, não passam de cultura mental.

O pragmatismo filosófico introduz a Filosofia na vida prática,


acentuando, neste ponto, o caráter americano. Pretendo fazer o mesmo,
com uma diferença: fundir a Religião e a vida prática, tornando-as íntimas e
inseparáveis. Deixemos, pois, de ostentar virtudes, de isolar-nos, de ser
teóricos como foram até hoje os religiosos, e sejamos iguais às pessoas
comuns. Para tanto, é preciso que eliminemos toda afetação religiosa e
procedamos sempre de acordo com o senso comum, a ponto de tornar a Fé
imperceptível aos outros. Isso vem a ser a apropriação completa da Fé.

Com essa explicação, creio que puderam entender o que vem a ser
ativismo religioso.

Jornal Eiko nº 106, 30 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

VENCER A IRA

Não faz muito tempo que Deus me ensinou a vencer a ira. Agora
pretendo transmitir-lhes esta boa-nova, pois não há nada que nos cause
tanto sofrimento.

Existem indivíduos que nunca ficam irados, dando a impressão de


que sempre estão felizes. Eles pertencem a um tipo excepcional de pessoas;
entre as criaturas comuns, podemos afirmar que não há uma sequer que
não seja atingida pela ira. Os antigos já ensinavam várias maneiras de
controlar esse sentimento, mas, em geral, elas não produzem o efeito
verdadeiro, porque apenas servem para contê-lo e não para eliminá-lo.
Contendo a ira, podemos fugir ao sofrimento causado por ela; no entanto,
isso traz em si um novo sofrimento. Portanto, não é a solução. Quanto maior
a ira, maior o sofrimento para controlá-la. Fica isso por aquilo. Só a forma
ensinada por Deus pode eliminá-la com facilidade. Mostrarei como é
maravilhosa.

A parte superior do estômago, situada no centro do corpo humano, é


uma região muito importante, tradicionalmente chamada de plexo solar.
Dizem que o centro do corpo é o umbigo, mas este é o centro da região
abdominal, onde está a sede da vontade, tal como a coragem e a decisão.
Conforme digo sempre, a parte frontal da cabeça governa a razão, ou seja, a
inteligência, a memória, etc; a parte posterior comanda os sentimentos: a
alegria, a ira, a dor, o prazer e outros.

Como a região abdominal é o que foi explicado, o fruto global da


trilogia vontade – razão – sentimento constitui o plexo solar; assim, por
ocasião da ira, o pensamento concentra-se nessa região. Quando alguém
fica irado, sente como se fosse uma massa ou um nó na parte superior do
estômago; todos já experimentaram essa sensação e sabem disso. Se,
nesse momento, a pessoa recebe Johrei no plexo solar, aquela massa ou nó
se dissolve e, em alguns minutos, ela tem a impressão de que um laço está
se desatando e de que seu peito está se abrindo. É, então, invadida por uma
sensação muito agradável. Aos poucos, sentir-se-á aliviada e até com
vergonha de ter se zangado. Daí a expressão: “A raiva se derreteu”. E
acontece isso mesmo. Além do mais, como o Johrei possibilita não só a cura
de outras pessoas, mas também do próprio ministrante, não há nada melhor
do que essa prática. Ora, torna-se desnecessário dizer que a ira é a causa
dos conflitos pessoais e familiares e, numa escala maior, dos conflitos
sociais e da quebra da paz entre os países. Sendo assim, podemos afirmar
que é realmente uma grande salvação essa forma maravilhosa de eliminá-la.
30 de maio de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

VENCER A IRA

Quanto maior a ira, maior o sofrimento para controlá-la. Fica isso por
aquilo. Só a forma ensinada por Deus pode eliminá-la com facilidade.
Mostrarei como é maravilhosa.

A parte superior do estômago, situada no centro do corpo humano, é


uma região muito importante, tradicionalmente chamada de plexo solar.
Dizem que o centro do corpo é o umbigo, mas este é o centro da região
abdominal, onde está a sede da vontade, tal como a coragem e a decisão.
Conforme digo sempre, a parte frontal da cabeça governa a razão, ou seja, a
inteligência, a memória, etc; a parte posterior comanda os sentimentos: a
alegria, a ira, a dor, o prazer e outros.

Como a região abdominal é o que foi explicado, o fruto global da


trilogia vontade, razão, sentimento constitui o plexo solar; assim, por ocasião
da ira, o pensamento concentra-se nessa região. Quando alguém fica irado,
sente como se fosse uma massa ou um nó na parte superior do estômago;
todos já experimentaram essa sensação e sabem disso. Se, nesse
momento, a pessoa recebe Johrei no plexo solar, aquela massa ou nó se
dissolve e, em alguns minutos, ela tem a impressão de que um laço está se
desatando e de que seu peito está se abrindo. É, então, invadida por uma
sensação muito agradável. Aos poucos, sentir-se-á aliviada e até com
vergonha de ter se zangado. Daí a expressão: "A raiva se derreteu". E
acontece isso mesmo. Além do mais, como o Johrei possibilita não só a cura
de outras pessoas, mas também do próprio ministrante, não há nada melhor
do que essa prática. Ora, torna-se desnecessário dizer que a ira é a causa
dos conflitos pessoais e familiares e, numa escala maior, dos conflitos
sociais e da quebra da paz entre os países. Sendo assim, podemos afirmar
que é realmente uma grande salvação essa forma maravilhosa de eliminá-la.
30 de maio de 1951
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

(J2/53) VENCER A IRA

Alicerce do Paraíso vol. único, pág. 434

Não faz muito tempo que Deus me ensinou a vencer a ira. Agora
pretendo transmitir-lhes esta boa-nova, pois não há nada que nos cause
tanto sofrimento.

Existem indivíduos que nunca ficam irados, dando a impressão de


que sempre estão felizes. Eles pertencem a um tipo excepcional de pessoas;
entre as criaturas comuns, podemos afirmar que não há uma sequer que
não seja atingida pela ira. Os antigos já ensinavam várias maneiras de
controlar esse sentimento, mas, em geral, elas não produzem o efeito
verdadeiro, porque apenas servem para contê-lo e não para eliminá-lo.
Contendo a ira, podemos fugir ao sofrimento causado por ela; no entanto,
isso traz em si um novo sofrimento. Portanto, não é a solução. Quanto maior
a ira, maior o sofrimento para controlá-la. Fica isso por aquilo. Só a forma
ensinada por Deus pode eliminá-la com facilidade. Mostrarei como é
maravilhosa.

A parte superior do estômago, situada no centro do corpo humano, é


uma região muito importante, tradicionalmente chamada de plexo solar.
Dizem que o centro do corpo é o umbigo, mas este é o centro da região
abdominal, onde está a sede da vontade, tal como a coragem e a decisão.
Conforme digo sempre, a parte frontal da cabeça governa a razão, ou seja, a
inteligência, a memória, etc; a parte posterior comanda os sentimentos: a
alegria, a ira, a dor, o prazer e outros.

Como a região abdominal é o que foi explicado, o fruto global da


trilogia vontade - razão - sentimento constitui o plexo solar; assim, por
ocasião da ira, o pensamento concentra-se nessa região. Quando alguém
fica irado, sente como se fosse uma massa ou um nó na parte superior do
estômago; todos já experimentaram essa sensação e sabem disso. Se,
nesse momento, a pessoa recebe Johrei no plexo solar, aquela massa ou nó
se dissolve e, em alguns minutos, ela tem a impressão de que um laço está
se desatando e de que seu peito está se abrindo. É, então, invadida por uma
sensação muito agradável. Aos poucos, sentir-se-á aliviada e até com
vergonha de ter se zangado. Daí a expressão: "A raiva se derreteu". E
acontece isso mesmo. Além do mais, como o Johrei possibilita não só a cura
de outras pessoas, mas também do próprio ministrante, não há nada melhor
do que essa prática. Ora, torna-se desnecessário dizer que a ira é a causa
dos conflitos pessoais e familiares e, numa escala maior, dos conflitos
sociais e da quebra da paz entre os países. Sendo assim, podemos afirmar
que é realmente uma grande salvação essa forma maravilhosa de eliminá-la.

Jornal Eiko nº 106, 30 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

(ART/20) A ILHA HÔRAI - ILHA DA JUVENTUDE ETERNA

Sempre penso, ao olhar o Japão, que, em termos de paz e cultura, ele


é um país realmente excelente. Quero escrever um pouco a esse respeito,
baseado no que percebi.

Gosto muito de objetos de arte e, desde jovem, sempre que havia


oportunidade e as circunstâncias me permitiam, procurava conduzir meu
espírito nessa direção. Ainda hoje, continuo apreciando, deleitando-me e
pesquisando objetos de arte, mas é impressionante, pois a maior parte dos
objetos de arte do mundo estão reunidos no Japão. Devo dizer, em especial,
que, entre eles, a maior parte são obras de arte da China. Essas obras
foram colecionadas, desde tempos antigos, por amadores influentes e estão
muito bem conservadas até os dias de hoje. É uma contribuição que não
devemos deixar passar despercebida, pois parece que, durante longo
tempo, desde a época do Período Fujiwara (866 – 1185), essas obras vieram
sendo manuseadas cuidadosamente, evitando-se danos e dispersão. A elas
foram acrescentadas as excelentes obras de “experts” e grandes mestres
japoneses. Além disso, desde a Era Bakumatsu (1853 – 1865) até o início da
Era Meiji (1866-1912), surgiram também, em grande quantidade, obras
famosas, muitas das quais são obras-primas, que foram colecionadas entre
disputas de grupos financeiros e magnatas. Dessa maneira, o Japão
conseguiu colecionar todas as obras de arte famosas, modernas e antigas,
da China e da Coréia, atualmente preservadas em abundância, juntamente
com numerosas obras ocidentais. Nesse sentido, podemos dizer que não
existe outro país no mundo que possa ser comparado com o nosso.
Realmente, o Japão é o Museu de Arte do Mundo.

Entretanto, como está a China, país de onde se originam essas


obras? Através de incessantes incêndios causados pelas guerras, as obras
de arte foram queimadas e destruídas. Principalmente as pinturas antigas,
quase não existem mais. Restaram poucos objetos de cobre e de cerâmica.
Esses objetos, que são chamados de objetos do interior da terra, por terem
ficado longo tempo enterrados dentro do solo e, graças a isso, foram
poupados, existiam em grande quantidade, mas, há algumas décadas, os
magnatas e intelectuais da Inglaterra e dos Estados Unidos se interessaram
por eles, e houve uma corrida para adquiri-los; por isso, hoje, quase não
existem mais. Um grande número desses objetos está no Museu Histórico
de Londres (doação do magnata George Eumorfopoulos) e nos Museus de
Belas-Artes de Boston e de Washington, nos Estados Unidos. Eu os
conheço através de fotos; a maioria é de cobre e de cerâmica e, sem dúvida,
todos eles são peças excelentes.

Tratando-se de pintura, como eu disse acima, não existem obras


antigas na China, e as modernas são poucas. Entretanto, no Japão, existem
tantas peças de cobre, cerâmica e pinturas da China e da Coréia, que não
se sabe ao certo o seu número. Elas estão espalhadas pelo país inteiro e,
como não se acham reunidas em um só museu, como na Inglaterra e nos
Estados Unidos, é impossível apreciá-las todas. Ou seja, é o mesmo que dar
pérolas aos porcos. Se bem que no Japão também existem Museus
Históricos e Museus de Belas-Artes particulares em vários locais, mas
realmente sinto que ainda é pouco. O importante Museu Histórico expõe,
principalmente, peças arqueológicas e históricas, e os Museus de Belas-
Artes particulares me desculpem, mas tenho antipatia por eles, por serem
pequenos demais.

Vou, agora, parar de falar sobre Arte e escrever sobre algo muito
importante: sobre a duração da vida do homem.

Anteriormente à época do Imperador Jinmu (primeiro Imperador do


Japão, que reinou no período de 660 a 585 a.C.) e mesmo posteriormente, o
homem comum vivia mais de cem anos, e isso está evidente mesmo na
literatura. Sendo assim, com certeza não existiam doenças. Sem dúvida,
isso acontecia porque não existiam remédios. Conta-se que um famoso
imperador da dinastia Chin (221 a 206 a.C.) da China, ordenou ao seu súdito
Jofuku: “Dizem que as pessoas da Ilha Hôrai, situada em Tôkai (Japão),
gozam de longevidade, por isso, lá deve haver, sem dúvida, um remédio
extremamente eficaz. Vá inspecionar.” Então, esse súdito veio ao longínquo
Japão e andou procurando por toda parte, mas não encontrou o referido
remédio. Tendo perdido as esperanças e não conseguindo voltar ao seu
país, encerrou a sua vida aqui no Japão. Ainda hoje, existe em Kumano
(Estado de Wakayama) o seu túmulo, o que comprova a veracidade do fato.

Referi-me acima de forma simples, mas se o local onde todos os


cidadãos puderem viver mais de cem anos com perfeita saúde deleitando-se
com abundantes obras de arte do mundo inteiro e com a beleza natural não
for a Ilha Hôrai, de Tôkai, o que será então? Mas é muito cedo para nos
alegrarmos. Isto porque também é preciso que não haja mais criminosos,
que haja autonomia alimentar e que termine a preocupação com a guerra.
Só assim poderemos dizer que o Japão se tornará a verdadeira Ilha Hôrai.
Todavia, isso não é difícil. Quando a nossa Igreja passar a ser conhecida por
um grande número de japoneses, sem dúvida alguma isso será
concretizado. Não é esta uma religião gratificante?

NT: Museu Histórico de Londres - refere-se ao Museu Histórico Britânico.

Jornal Eiko nº 106, 30 de maio de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

A ILHA DE HORAI

O Japão, quando percebido do ponto de vista de uma cultura pacífica, é


sempre por mim considerado como um país verdadeiramente excelente.
Prentendo, então, escrever um pouco daquilo que tenho percebido em relação
a tal assunto. Gosto de obras artísticas e, desde jovem, a cada oportunidade,
vim dedicando a minha atenção a essa área, dentro dos limites permitidos pelas
circunstâncias. Mesmo nos dias de hoje, continuo a ver tais obras, a
comprazer-me com elas e a estudá-las e — fato surpreendente — é-me
possível afirmar que, no Japão, encontra-se quase toda a variedade de obras
artísticas do mundo inteiro. Desejo ressaltar, particularmente, o fato de que,
dentre essas obras, as chinesas foram abundantemente coletadas pelos
detentores do poder diletante de cada época, desde a Antigüidade, e chegaram
em nossos dias bem conservadas. Esse é o fruto de um trabalho que não pode
passar em branco, pois, antes de mais nada, evitou a destruição e a dispersão
dessas obras artísticas por um longo espaço de tempo, proporcionando-lhes
um cuidadoso tratamento. Tal fato advém, ao que parece, desde o Período
Fujiwara, e a ele acresce que as excelentes obras de talentos e mestres
nascidos no Japão também foram legadas. Ademais, surgiram obras-primas
notáveis no espaço que vai do final do xogunato e adentra-se pela Era Meiji.
Graças ao fato de os zaibatsu e magnatas terem disputado entre si a coleta de
obras artísticas, o Japão arrebanhou e entesoura um vasto acervo de obras
antigas e modernas, peças chinesas e coreanas, bem como um número
relativamente extenso de obras ocidentais. Este é um país sem par no mundo.
O Japão é, sem dúvida, um museu de artes mundiais.

Entrementes, no que T´ange à China, que é uma das fontes do referido


acervo, as conturbações dos incêndios oriundos de guerras causaram a
destruição e a queima de um grande número de obras (em particular, quase
não sobraram pinturas antigas), restando tão somente umas poucas peças em
bronze, cerâmica e porcelana. Tais obras recebem a denominação de "peças
soterradas", e salvaram-se da destruição por terem estado sob a terra durante
muito tempo, sendo que existem em relativa quantidade. Porém, a partir de
algumas décadas atrás, tanto magnatas quanto intelectuais americanos e
ingleses descobriram essas obras, e, como as compraram com avidez, não
resta quase mais nada delas, atualmente. Hoje, no British Museum (acervo
doado pelo multimilionário inglês Sr. George Eumorfopoulos) e nos de Boston e
de Washington, elas existem em número razoável, tendo eu já visto fotografias
delas. Nos dois últimos museus, elas são, na sua maior parte, em bronze,
cerâmica e porcelana, e, naturalmente, vêm a ser peças de primeira qualidade.
Contudo, em se tratando de pinturas, não há das antigas; as existentes são
apenas algumas obras modernas. No Japão, todavia, existem em bronze,
cerâmica, porcelana, e pinturas, bem como outras obras da China e da Coréia
em número incalculável. Como, porém, encontram-se espalhadas pelo país
inteiro, uma vez que não estão, à semelhança do que ocorre na Inglaterra e nos
Estados Unidos, reunidas em um só recinto, é impossível apreciá-las. Como se
diz usualmente, trata-se de um tesouro jogado às traças. Na verdade, no
Japão, a começar dos museus, existem várias galerias particulares de artes, as
quais deixam, realmente, muito a desejar. Nos museus — aqueles a que cabe
cumprir um papel importantíssimo —, os elementos histórico e arqueológico
assumem preponderância, e, no que toca às galerias privadas, essas têm —
que me desculpem a expressão — o defeito de serem demasiadamente
pequenas.

Detendo-me por aqui, em matéria de arte, é meu desejo discorrer algo


sobre um fato fundamental — nada mais, nada menos que a longevidade
humana. Deixando à parte as eras anteriores à do imperador Jinmu, é possível
obter a comprovação, por intermédio de bibliografia, de que, mesmo em épocas
posteriores, pessoas comuns gozavam de longevidade superior a uma centena
de anos. O que se conclui, então, é que as doenças inexistiam. Esse fato pode
remeter-se à completa ausência de remédios. Aquele famoso imperador Shih-
Huang, da Dinastia Ch'in, disse ao seu súdito Hshu Fu que, no Mar Oriental,
situava-se uma Ilha por nome Horai, e, como seus insulares pareciam gozar de
grande longevidade, deveria haver ali, sem dúvida, um bom remédio. Ordenou,
então, que fosse procurá-lo. Hshu Fu veio, então, daquelas paragens
longínquas até o Japão. Ao desembarcar aqui, entretanto, já que essa droga
inexistia, ele não a encontrou, por onde quer que a procurasse.
Desesperançado, não logrou retornar à sua pátria, permanecendo, assim
mesmo, no Japão, e aqui findou a sua vida. A veracidade desse fato é clara
pela existência do seu túmulo em Kumano, ainda hoje.

Tentei discorrer dessa maneira, concisamente, sobre esse assunto e


concluo: caso todo o povo venha a ser sadio e goze de longevidade superior a
cem anos, a Arte do mundo inteiro seja encontrada em abundância e a beleza
natural das montanhas e rios seja generosa, a que outro lugar haveremos de
dar o nome de Ilha de Horai, do Mar Oriental, que não a este? Todavia, não nos
enganemos: é ainda muito cedo para nos alegrarmos. Esclareço: esta somente
poderá ser a genuína Ilha de Horai quando, além do mencionado, não mais
houver criminosos, quando a auto-suficiência alimentar for alcançada e ao
findar-se a inquietação com guerras. Tal fato, entretanto, não é difícil. Assim que
esta religião for conhecida pela maioria dos japoneses, tal maravilha,
infalivelmente, concretizar-se-á. Quão gratificante é esta religião!

Eiko, nº 100 — 30 de maio de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

3.7. É Satanás quem impede o servir

Meishu Sama: Satanás atrapalha as coisas importantes aos poucos e


imperceptivelmente. Quando isso ocorre, é que ele está realmente encostado.
Satanás pode encostar em qualquer um. Por isso, aquilo que é importante
passa despercebido. (...)

O mesmo acontece com os membros. O espírito do mal encosta


rapidamente nas pessoas que exercem uma função relevante. Geralmente, não
tomamos conhecimento desses fenômenos, mas, se fosse possível, seria
terrível.

Gossuiji-roku Nº 6 (02/06/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)
A Força Negativa atrapalha o cumprimento de missões

A Força Negativa procura sempre atrapalhar as coisas importantes,


principalmente as mais importantes. Realmente, a Força Negativa encosta e,
em quantidade, numa única pessoa. E as pessoas deixam passar coisas
importantes sem perceber. (...) Por esse motivo, mesmo os adeptos, os que
têm cargos importantes, são possuídos imediatamente pela Força Negativa.
Geralmente a pessoa não percebe, mas se percebesse ficaria estarrecida.

(02 de junho de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

“O Nikkô-Den é local para apresentações artísticas.....espetáculos de


entretenimento, ou seja, espetáculos paradisíacos.”

(Palestra, 2 de junho de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E Construção)

“Calculo que a sede religiosa será dez vezes maior do que o Nikkô-Den.
Talvez um pouco mais que isso. Terá capacidade para acolher dez mil pessoas.
Isto porque são 33 mil metros quadrados. Só a extensão desse lugar... é três
vezes maior que o Shinsen-Kyô, que mede 9.900 metros quadrados. Em Atami,
Deus reservou-nos um terreno bem maior, de 99 mil metros quadrados. O de
Hakone não há uma rocha sequer. Parece uma caçarola de boca para baixo.
Será fácil, portanto. Dirijam-se até lá e dêem uma olhada.”

(Palestra, 2 de junho de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E Construção)

(R2/117) ANÁLISE DO MILAGRE


Em poucas palavras, chama-se milagre a realização daquilo que
achamos impossível, mas, na verdade, nada acontece por acaso. Quem
pensa de forma diferente, está redondamente enganado. Parece um tanto
complicado, contudo, vou mostrar por que estou fazendo essa afirmativa.

A idéia preconcebida de que determinada coisa nunca poderá


acontecer já constitui um erro, pois leva em consideração apenas aquilo que
se manifesta exteriormente, isto é, as aparências. Como até agora o
pensamento da maioria dos homens baseava-se em conceitos materialistas,
se às vezes sucede algo diferente, eles pensam que se trata de milagre. Por
exemplo: uma criança cair de um penhasco e não sofrer nada; um carro
bater numa bicicleta e não haver ferimentos nem prejuízos; uma pessoa se
salvar por ter se atrasado e perdido um trem que depois descarrilhou, virou
ou colidiu com outro; um ladrão que estava entrando numa casa fugir, pela
ministração do Johrei; uma pessoa recuperar o que lhe foi roubado; um
incêndio que havia se alastrado até à casa do vizinho ser desviado, devido à
repentina mudança de direção do vento, por efeito do Johrei.

Com os fiéis da nossa Igreja ocorrem constantemente grandes e


pequenos milagres, isto é, fatos fora do comum. E por que motivo eles
ocorrem? Onde está a causa? Creio que todos querem sabê-lo.

É claro que a verdadeira razão do milagre está no Mundo Espiritual.


Entretanto, há milagres decorrentes da força pessoal de cada um e outros
decorrentes da força de terceiros. Inicialmente falarei sobre o primeiro tipo.

O homem possui aquilo a que chamamos aura, que é como se fosse


a vestimenta do espírito. Ela tem o formato do corpo, que parece coberto por
uma espécie de névoa branca, e não é visível às pessoas de sensibilidade
comum. Sua largura é variável, e isso se deve ao grau de pureza do espírito;
quanto mais puro ele for, mais larga é a aura. Nas pessoas comuns, ela
varia de três a seis centímetros; a dos virtuosos tem de sessenta a noventa
centímetros; nos salvadores da humanidade, ela é infinita. Ao contrário, se o
corpo e o espírito são impuros, a aura é estreita e tênue. Em caso de
desastre, por exemplo, na hora exata em que um carro - que também possui
espírito - vai bater numa pessoa, não conseguirá atingi-la se for alguém de
aura larga. Ela se salva, porque é afastada para o lado. Pessoas assim,
quando caem de um local alto, mesmo indo de encontro ao espírito da terra
ou de uma pedra, não se machucam, apenas batem de leve.

As casas também possuem espírito, de modo que, se o dono for


virtuoso, a aura da casa será larga; no caso de incêndio, o espírito do fogo
não a atinge, pois é barrado pela aura. Por isso, na ocasião do grande
incêndio de Atami, a sede provisória da nossa Igreja foi milagrosamente
poupada. Se ocorre o contrário - o que é difícil - é porque há necessidade de
queimar impurezas; por conseguinte, o fato obedece ao Plano de Deus.

Vejamos, a seguir, os milagres decorrentes da força de terceiros.

O homem tem três espíritos: o Primordial, o Guardião e o Secundário.


Vou me abster de maiores explicações sobre a relação existente entre eles,
pois já falei sobre isso em outras oportunidades.

O Espírito Guardião é escolhido entre os ancestrais; ele salva seu


protegido no caso de um perigo, ou lhe faz avisos importantes através de
sonhos. Quando se trata de pessoa que tem missões especiais, há casos
em que uma divindade vem em seu socorro (em geral, o padroeiro do local
onde a pessoa nasceu). Por exemplo, se um trem está prestes a colidir com
outro, como essa divindade tem conhecimento do fato, pode fazer parar o
espírito do trem instantaneamente. Mesmo que o fato esteja ocorrendo a
milhares de quilômetros, ela chega ao local numa rapidez extraordinária.

Como vemos, o milagre não ocorre absolutamente por coincidência


ou por acaso; há sempre uma razão. Se compreenderem isso, verão que ele
não tem nada de sobrenatural. Para mim, o natural é haver milagres; se não
houver é que eu acho estranho.

Às vezes, quando me encontro diante de um problema difícil, cuja


solução está demorando, começo a esperar que repentinamente aconteça
um milagre, e geralmente ele acontece, solucionando o problema. Isso é
muito freqüente. Creio que aqueles que têm fé profunda e acumularam
virtudes já passaram por muitas experiências nesse sentido. Portanto, se o
homem pensar e praticar o bem, acumular virtudes e fizer esforços para
tornar mais larga sua aura, jamais lhe acontecerão desgraças inesperadas.

Em nosso contato com as pessoas, quanto mais espessa for sua


aura, mais calor sentiremos, surgindo, daí, grandes afeições. Tais pessoas
sempre cativam outras, que se reúnem à sua volta em grande número, e
assim elas terão êxito e progresso no trabalho.

Jornal Eiko nº 107, 6 de junho de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

ANÁLISE DO MILAGRE

Em poucas palavras, chama-se milagre a realização daquilo que


achamos impossível, mas, na verdade, nada acontece por acaso. Quem
pensa de forma diferente está redondamente enganado. Parece um tanto
complicado, contudo vou mostrar por que estou fazendo essa afirmativa.

A idéia preconcebida de que determinada coisa nunca poderá


acontecer já constitui um erro, pois leva em consideração apenas aquilo que
se manifesta exteriormente, isto é, as aparências. Como até agora o
pensamento da maioria dos homens baseava-se em conceitos materialistas,
se às vezes sucede algo diferente, eles pensam que se trata de milagre. Por
exemplo: uma criança cair de um penhasco e não sofrer nada; um carro
bater numa bicicleta e não haver ferimentos nem prejuízos; uma pessoa se
salvar por ter se atrasado e perdido um trem que depois descarrilhou, virou
ou colidiu com outro; um ladrão que estava entrando numa casa fugir, pela
ministração do Johrei; uma pessoa recuperar o que lhe foi roubado; um
incêndio que havia se alastrado até à casa do vizinho ser desviado, devido à
repentina mudança de direção do vento, por efeito do Johrei.
Com os fiéis da nossa Igreja ocorrem constantemente grandes e
pequenos milagres, isto é, fatos fora do comum. E por que motivo eles
ocorrem? Onde está a causa? Creio que todos querem sabê-lo.

É claro que a verdadeira razão do milagre está no Mundo Espiritual.


Entretanto, há milagres decorrentes da força pessoal de cada um e outros
decorrentes da força de terceiros. Inicialmente falarei sobre o primeiro tipo.

O homem possui aquilo a que chamamos aura, que é como se fosse


a vestimenta do espírito. Ela tem o formato do corpo, que parece coberto por
uma espécie de névoa branca, e não é visível às pessoas de sensibilidade
comum. Sua largura é variável, e isso se deve ao grau de pureza do espírito;
quanto mais puro ele for, mais larga é a aura. Nas pessoas comuns, ela
varia de três a seis centímetros; a dos virtuosos tem de sessenta a noventa
centímetros; nos salvadores da humanidade, ela é infinita. Ao contrário, se o
corpo e o espírito são impuros, a aura é estreita e tênue. Em caso de
desastre, por exemplo, na hora exata em que um carro – que também possui
espírito – vai bater numa pessoa, não conseguirá atingi-la se for alguém de
aura larga. Ela se salva, porque é afastada para o lado. Pessoas assim,
quando caem de um local alto, mesmo indo de encontro ao espírito da terra
ou de uma pedra, não se machucam, apenas batem de leve.

As casas também possuem espírito, de modo que, se o dono for


virtuoso, a aura da casa será larga; no caso de incêndio, o espírito do fogo
não a atinge, pois é barrado pela aura. Por isso, na ocasião do grande
incêndio de Atami, a sede provisória da nossa Igreja foi milagrosamente
poupada. Se ocorre o contrário – o que é difícil – é porque há necessidade
de queimar impurezas; por conseguinte, o fato obedece ao Plano de Deus.

Vejamos, a seguir, os milagres decorrentes da força de terceiros.

O homem tem três espíritos: o Primordial, o Guardião e o Secundário.


Vou me abster de maiores explicações sobre a relação existente entre eles,
pois já falei sobre isso em outras oportunidades.
O Espírito Guardião é escolhido entre os ancestrais; ele salva seu
protegido no caso de um perigo, ou lhe faz avisos importantes através de
sonhos. Quando se trata de pessoa que tem missões especiais, há casos
em que uma divindade vem em seu socorro (em geral, o padroeiro do local
onde a pessoa nasceu). Por exemplo, se um trem está prestes a colidir com
outro, como essa divindade tem conhecimento do fato, pode fazer parar o
espírito do trem instantaneamente. Mesmo que o fato esteja ocorrendo a
milhares de quilômetros, ela chega ao local numa rapidez extraordinária.

Como vemos, o milagre não ocorre absolutamente por coincidência


ou por acaso; há sempre uma razão. Se compreenderem isso, verão que ele
não tem nada de sobrenatural. Para mim, o natural é haver milagres; se não
houver é que eu acho estranho.

Às vezes, quando me encontro diante de um problema difícil, cuja


solução está demorando, começo a esperar que repentinamente aconteça
um milagre, e geralmente ele acontece, solucionando o problema. Isso é
muito freqüente. Creio que aqueles que têm fé profunda e acumularam
virtudes já passaram por muitas experiências nesse sentido. Portanto, se o
homem pensar e praticar o bem, acumular virtudes e fizer esforços para
tornar mais larga sua aura, jamais lhe acontecerão desgraças inesperadas.

Em nosso contacto com as pessoas, quanto mais espessa for sua


aura, mais calor sentiremos, surgindo, daí, grandes afeições. Tais pessoas
sempre cativam outras, que se reúnem à sua volta em grande número, e
assim elas terão êxito e progresso no trabalho.

5 de junho de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

O homem possui aquilo a que chamamos aura, que é como se fosse


a vestimenta do espírito. Ela tem o formato do corpo, que parece coberto por
uma espécie de névoa branca, e não é visível às pessoas de sensibilidade
comum. Sua largura é variável, e isso se deve ao grau de pureza do espírito;
quanto mais puro ele for, mais larga é a aura. Nas pessoas comuns, ele
varia de três a seis centímetros; a dos virtuosos tem de sessenta a noventa
centímetros; no Salvador da humanidade, ela é infinita. Ao contrário, se o
corpo e o espírito são impuros, a aura é estreita e tênue.

(Análise do milagre, 6 de junho de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

O Espírito Guardião é escolhido entre os ancestrais; ele salva seu


protegido no caso de um perigo, ou lhe faz avisos importantes através dos
sonhos. Quando se trata de pessoas que têm missões especiais, há casos
em que uma divindade vem em seu socorro (em geral, o padroeiro do local
onde a pessoa nasce). Por exemplo, se um trem está prestes a colidir com
outro, como essa divindade tem conhecimento do fato, pode fazer parar o
espírito do trem instantaneamente. Mesmo que o fato esteja ocorrendo a
milhares de quilômetros, ela chega ao local numa rapidez extraordinária.

(Análise do Milagre, 6 de junho de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

“Sem força, sem bengala e sem lanterna... Será que podemos caminhar
sem apoiar-nos em Deus?”

Em poucas palavras, chama-se milagre a realização daquilo que


achamos impossível, mas, na verdade, nada acontece por acaso. Quem pensa
de forma diferente, está redondamente enganado. Parece um tanto complicado,
contudo vou mostrar por que estou fazendo essa afirmativa.

A idéia preconcebida de que determinada coisa nunca poderá acontecer


já constitui um erro, pois leva em consideração apenas aquilo que se manifesta
exteriormente, ou seja, as aparências. Como até agora o pensamento da
maioria dos homens baseava-se em conceitos materialistas, se às vezes
sucede algo diferente, eles pensam que se trata de milagre. Por exemplo: uma
criança cair de um penhasco e não sofrer nada; um carro bater numa bicicleta e
não haver ferimentos nem prejuízos; uma pessoa se salvar por ter se atrasado
e perdido um trem que depois descarrilhou, virou ou colidiu com outro; um
ladrão que estava entrando numa casa fugir, pela ministração do Johrei; uma
pessoa recuperar o que lhe foi roubado; um incêndio que havia se alastrado até
à casa do vizinho ser desviado, devido à repentina mudança de direção do
vento, por efeito do Johrei.

Com os fiéis da nossa Igreja ocorrem constantemente grandes e


pequenos milagres, isto é, fatos fora do comum. E por que motivo eles
ocorrem? Onde está a causa? Creio que todos querem sabê-lo.

É claro que a verdadeira razão do milagre está no Mundo Espiritual.


Entretanto, há milagres decorrentes da força pessoal de cada um e outros
decorrentes da força de terceiros. Inicialmente falarei sobre o primeiro tipo.

O homem possui aquilo a que chamamos aura, que é como se fosse a


vestimenta do espírito. Ela tem o formato do corpo, que parece coberto por uma
espécie de névoa branca, e não é visível às pessoas de sensibilidade comum.
Sua largura é variável, e isso se deve ao grau de pureza do espírito; quanto
mais puro ele for, mais larga é a aura. Nas pessoas comuns, ela varia de três a
seis centímetros; a dos virtuosos tem de sessenta a noventa centímetros; nos
salvadores da humanidade, ela é infinita. Ao contrário, se o corpo e o espírito
são impuros, a aura é estreita e tênue. Em caso de desastre, por exemplo, na
hora exata em que um carro – que também possui espírito – vai bater numa
pessoa, não conseguirá atingi-la se for alguém de aura larga. Ela se salva,
porque é afastada para o lado. Pessoas assim, quando caem de um local alto,
mesmo indo de encontro ao espírito da terra ou de uma pedra, não se
machucam, apenas batem de leve.
As casas também possuem espírito, de modo que, se o dono for
virtuoso, a aura da casa será larga; no caso de incêndio, o espírito do fogo não
a atinge, pois é barrado pela aura. Por isso, na ocasião do grande incêndio de
Atami, a sede provisória da nossa Igreja foi milagrosamente poupada. Se
ocorre o contrário – o que é difícil é porque há necessidade de queimar
impurezas; por conseguinte, o fato obedece ao Plano de Deus.
Vejamos, a seguir, os milagres decorrentes da força de terceiros.

O homem tem três espíritos: o Primordial, o Guardião e o Secundário.


Vou me abster de maiores explicações sobre a relação existente entre eles,
pois já falei sobre isso em outras oportunidades.

O Espírito Guardião é escolhido entre os ancestrais. Ele salva seu


protegido no caso de um perigo, ou lhe faz avisos importantes através de
sonhos. Quando se trata de pessoa que tem missões especiais, há casos em
que uma divindade vem em seu socorro (em geral, o padroeiro do local onde a
pessoa nasceu). Por exemplo, se um trem está prestes a colidir com outro,
como essa divindade tem conhecimento do fato, pode fazer parar o espírito do
trem instantaneamente. Mesmo que o fato esteja ocorrendo a milhares de
quilômetros, ela chega ao local numa rapidez extraordinária.

Como vemos, o milagre não ocorre absolutamente por coincidência ou


por acaso; há sempre uma razão. Se compreenderem isso, verão que ele não
tem nada de sobrenatural. Para mim, o natural é haver milagres; se não houver
é que eu acho estranho.

Às vezes, quando me encontro diante de um problema difícil, cuja


solução está demorando, começo a esperar que repentinamente aconteça um
milagre, e geralmente ele acontece, solucionando o problema. Isso é muito
freqüente. Creio que aqueles que têm fé profunda e acumularam virtudes, já
passaram por muitas experiências nesse sentido. Portanto, se o homem pensar
e praticar o bem, acumular virtudes e fizer esforços para tornar mais larga sua
aura, jamais lhe acontecerão desgraças inesperadas.

Em nosso contacto com as pessoas, quanto mais espessa for sua aura,
mais calor sentiremos, surgindo, daí, grandes afeições. Tais pessoas sempre
cativam outras, que se reúnem à sua volta em grande número, e assim elas
terão êxito e progresso no trabalho.

Alicerce do Paraíso - “Análise do milagre” (06/06/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

RELIGIÃO ARTÍSTICA

Sempre se pensou que não há muita relação entre Arte e Religião.


Entretanto, no Japão, as manifestações artísticas tiveram início com a arte
budista, não obstante se limitassem a simples quadros, estátuas, tecelagem,
etc. No que se refere à música, existiam instrumentos tais como “sho” 3,
“hitiriki”4, “mokugyo”5 e “dora”6 e os sons emitidos na leitura dos sutras
budistas. Por isso, podemos dizer que se tratava de uma arte primitiva.

Mais tarde, estimulada pela introdução das artes chinesa e coreana


no país, a arte japonesa passou por um período de imitações, até que
conseguiu criar um estilo próprio. Atualmente, com a importação da cultura
ocidental, também foi introduzida a arte do Ocidente. Principalmente após a
Era Meiji (1868-1912), afluíram, com grande intensidade, as artes dos
Estados Unidos e da Europa. Em conseqüência, no panorama artístico
japonês da época atual, encontram-se as melhores obras de todo o mundo,
as quais estão sendo absorvidas e assimiladas, de modo que, aos poucos,
vai se criando uma arte universal. Por isso, talvez possamos afirmar que o
Japão é um centro cultural.

Não existe, ou melhor, nunca existiu uma religião que desse tanta
importância à Arte quanto a Igreja Messiânica Mundial. Isto porque o Paraíso
Terrestre – nosso objetivo último – é o Mundo da Arte. Obviamente, se ele é
um mundo isento de doença, pobreza e conflito, isto é, o mundo de perfeita
Verdade, Bem e Belo, o homem seguirá a Verdade, amará o Bem e odiará o
Mal; assim, todas as coisas se tornarão belas. Nesse sentido, a Arte não
será apenas um deleite indispensável; ela constituirá a própria vida e se
3
Instrumento musical de cano. É constituído de dezessete canos de bambu, longos e curtos, dispostos
verticalmente. Dois deles não emitem som; os quinze restantes possuem orifícios na parte anterior e na
parte posterior
4
Instrumento musical de cano, semelhante à flauta
5
Instrumento que se bate na hora de ler os sutras. É feito de madeira oca, arredondado, esculpido em
formato de cabeça de peixe. Para se produzir o som utiliza-se um pequeno bastão coberto por um
pedaço de pano ou couro
6
Instrumento musical semelhante ao gongo
desenvolverá intensamente. Ou seja, o Paraíso Terrestre será o Mundo da
Arte. Eis o motivo pelo qual tenho grande interesse por ela e pretendo
incentivá-la bastante, no futuro. Como primeiro passo, estou construindo o
protótipo do Paraíso Terrestre, em Atami; quando ele estiver concluído,
atrairá ainda mais a atenção da sociedade, recebendo muitos elogios.
Infalivelmente, merecerá consideração a nível mundial. Portanto, estamos
dando prosseguimento aos planos sob essa diretriz.

6 de junho de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

RELIGIÃO ARTÍSTICA

Sempre se pensou que não há muita relação entre Arte e Religião.


Entretanto, no Japão, as manifestações artísticas tiveram início com a arte
budista, não obstante se limitassem a simples quadros, esculturas, tecelagem,
etc. No que se refere à música, existiam instrumentos tais como sho7, hitiriki”8,
mokugyo9 e dora10, e os sons emitidos na leitura dos sutras budistas. Por isso,
podemos dizer que se tratava de uma arte primitiva.

Mais tarde, estimulada pela introdução das Artes chinesa e coreana no


país, a Arte japonesa passou por um período de imitações, até que conseguiu
criar um estilo próprio. Atualmente, com a importação da cultura ocidental,
também foi introduzida a Arte do Ocidente. Principalmente após a era Meiji
(1868-1912), afluíram, com grande intensidade, as artes dos Estados Unidos e
da Europa. Em conseqüência, no panorama artístico japonês da época atual,
7
Sho: Instrumento musical de cano. É constituído de dezessete canos de bambu, longos e
curtos, dispostos verticalmente. Dois deles não emitem som; os quinze restantes possuem
orifícios na parte anterior e na parte posterior.
8
Hitiriki: Instrumento musical de cano, semelhante à flauta.
9
Mokugyo: Instrumento que se bate na hora de ler os sutras. É feito de madeira oca,
arredondado, esculpido em formato de cabeça de peixe. Para se produzir o som, utiliza-se
um pequeno bastão coberto de pano ou couro.
10
Dora: Instrumento musical semelhante ao gongo.
encontram-se as melhores obras de todo o mundo, as quais estão sendo
absorvidas e assimiladas, de modo que, aos poucos, vai se criando uma arte
universal. Por isso, talvez, possamos afirmar que o Japão é um centro cultural.

Não existe, ou melhor, nunca existiu uma religião que desse tanta
importância à Arte quanto a nossa Igreja. Ela assim se posiciona, porque o
Paraíso Terrestre — nosso objetivo último — é o Mundo da Arte. Obviamente,
se ele é um mundo isento de doença, pobreza e conflito, isto é, o mundo de
perfeita Verdade, Bem e Belo, o homem seguirá a Verdade, amará o Bem e
odiará o Mal; assim, todas as coisas se tornarão belas. Nesse sentido, a Arte
não será apenas um deleite indispensável; ela constituirá a própria vida e se
desenvolverá intensamente. Ou seja, o Paraíso Terrestre será o Mundo da Arte.
Eis o motivo pelo qual tenho grande interesse por ela e pretendo incentivá-la
bastante, no futuro. Como primeiro passo, estou construindo o protótipo do
Paraíso Terrestre, em Atami; quando ele estiver concluído, atrairá ainda mais a
atenção da sociedade, recebendo muitos elogios. Infalivelmente, merecerá
consideração a nível mundial. Portanto, estamos dando prosseguimento aos
planos sob essa diretriz.

Eiko, nº 107 — 6 de junho de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

ARTE

“Quem se deleita profundamente com a Arte, está apto a viver no


Paraíso.”

Sempre se pensou que não há muita relação entre Arte e Religião.


Entretanto, no Japão, as manifestações artísticas tiveram início com a arte
budista, não obstante se limitassem a simples quadros, estátuas, tecelagem,
etc. No que se refere à música, existiam instrumentos tais como sho (10), hitiriki

( 10)
Sho: instrumento musical de cano É constituído de dezessete canos de bambu, longos e curtos,
dispostos verticalmente. Dois deles não emitem som, os quinze restantes possuem orifícios na parte
anterior e na parte posterior.
(11),
mokugyo (12), e dora (13), e os sons emitidos na leitura dos sutras budistas. Por
isso, podemos dizer que se tratava de uma arte primitiva.

Mais tarde, estimulada pela introdução das artes chinesa e coreana no


país, a arte japonesa passou por um período de imitações, até que conseguiu
criar um estilo próprio. Atualmente, com a importação da cultura ocidental,
também foi introduzida a arte do Ocidente. Principalmente após a Era Meiji
(1868-1912), afluíram, com grande intensidade, as artes dos Estados Unidos e
da Europa. Em conseqüência, no panorama artístico japonês da época atual,
encontram-se as melhores obras de todo o mundo, as quais estão sendo
absorvidas e assimiladas, de modo que, aos poucos, vai se criando uma arte
universal. Por isso, talvez possamos afirmar que o Japão é um centro cultural.

Não existe, ou melhor, nunca existiu uma religião que desse tanta
importância à Arte quanto a Igreja Messiânica Mundial. Isto porque o Paraíso
Terrestre – nosso objetivo último – é o Mundo da Arte. Obviamente, se ele é um
mundo isento de doença, pobreza e conflito, isto é, o mundo de perfeita
Verdade, Bem e Belo, o homem seguirá a Verdade, amará o Bem e odiará o
Mal; assim, todas as coisas se tornarão belas. Nesse sentido, a Arte não será
apenas um deleite indispensável; ela constituirá a própria vida e se
desenvolverá intensamente. Ou seja, o Paraíso Terrestre será o Mundo da Arte.
Eis o motivo pelo qual tenho grande interesse por ela e pretendo incentivá-la
bastante, no futuro. Como primeiro passo, estou construindo o protótipo do
Paraíso Terrestre, em Atami. Quando ele estiver concluído, atrairá ainda mais a
atenção da sociedade, recebendo muitos elogios. Infalivelmente, merecerá
consideração a nível mundial. Portanto, estamos dando prosseguimento aos
planos sob essa diretriz.

Alicerce do Paraíso - “Religião Artística”(06/06/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

( 11)
Hitiriki: instrumento musical de cano, semelhante à flauta.
( 12)
Mokugyo: instrumento sonoro que se bate na hora de ler os sutras budistas. É feito de madeira oca,
arredondado, esculpido em formato de cabeça de peixe. Para se produzir o som, utiliza-se um pequeno
bastão coberto por um pedaço de pano ou couro.
( 13)
Dora: instrumento musical semelhante ao gongo.
(ART/23) RELIGIÃO ARTÍSTICA

Alicerce do Paraíso, pág. 322

Sempre se pensou que não há muita relação entre Arte e Religião.


Entretanto, no Japão, as manifestações artísticas tiveram início com a arte
budista, não obstante se limitassem a simples quadros, estátuas, tecelagem,
etc. No que se refere à música, existiam instrumentos tais como "sho"11,
"hitiriki"12, "mokugyo"13 e "dora"14 e os sons emitidos na leitura dos sutras
budistas. Por isso, podemos dizer que se tratava de uma arte primitiva.

Mais tarde, estimulada pela introdução das artes chinesa e coreana


no país, a arte japonesa passou por um período de imitações, até que
conseguiu criar um estilo próprio. Atualmente, com a importação da cultura
ocidental, também foi introduzida a arte do Ocidente. Principalmente após a
Era Meiji (1868-1912), afluíram, com grande intensidade, as artes dos
Estados Unidos e da Europa. Em conseqüência, no panorama artístico
japonês da época atual, encontram-se as melhores obras de todo o mundo,
as quais estão sendo absorvidas e assimiladas, de modo que, aos poucos,
vai se criando uma arte universal. Por isso, talvez possamos afirmar que o
Japão é um centro cultural.

Não existe, ou melhor, nunca existiu uma religião que desse tanta
importância à Arte quanto a Igreja Messiânica Mundial. Isto porque o Paraíso
Terrestre - nosso objetivo último - é o Mundo da Arte. Obviamente, se ele é
um mundo isento de doença, pobreza e conflito, isto é, o mundo de perfeita
Verdade, Bem e Belo, o homem seguirá a Verdade, amará o Bem e odiará o
Mal; assim, todas as coisas se tornarão belas. Nesse sentido, a Arte não
será apenas um deleite indispensável; ela constituirá a própria vida e se
desenvolverá intensamente. Ou seja, o Paraíso Terrestre será o Mundo da
11
Instrumento musical de cano. É constituído de dezessete canos de bambu, longos e curtos, dispostos
verticalmente. Dois deles não emitem som; os quinze restantes possuem orifícios na parte anterior e na
parte posterior
12
Instrumento musical de cano, semelhante à flauta
13
Instrumento que se bate na hora de ler os sutras. É feito de madeira oca, arredondado, esculpido em
formato de cabeça de peixe. Para se produzir o som utiliza-se um pequeno bastão coberto por um
pedaço de pano ou couro
14
Instrumento musical semelhante ao gongo
Arte. Eis o motivo pelo qual tenho grande interesse por ela e pretendo
incentivá-la bastante, no futuro. Como primeiro passo, estou construindo o
protótipo do Paraíso Terrestre, em Atami; quando ele estiver concluído,
atrairá ainda mais a atenção da sociedade, recebendo muitos elogios.
Infalivelmente, merecerá consideração a nível mundial. Portanto, estamos
dando prosseguimento aos planos sob essa diretriz.

Jornal Eiko nº 107, 6 de junho de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

“Não existe, ou melhor, nunca existiu uma religião que desse tanta
importância à Arte quanto a nossa Igreja. Isto porque o Paraíso Terreno —
nosso objetivo último — é o Mundo da Arte. Obviamente, se ele é um mundo
isento de doença, pobreza e conflito, isto é, o mundo de perfeita Verdade, Bem
e Belo, o homem seguirá a Verdade, amará o Bem e odiará o Mal; assim, todas
as coisas se tornarão belas. Nesse sentido, a Arte não será apenas um deleite
indispensável; ela constituirá a própria vida e se desenvolverá intensamente.
Ou seja, o Paraíso Terreno será o Mundo da Arte.

Eis o motivo pelo qual tenho grande interesse por ela e pretendo
incentivá-la bastante, no futuro. Como primeiro passo, estou construindo o
protótipo do Paraíso Terreno, em Atami; quando ele estiver concluído, atrairá
ainda mais a atenção da sociedade, recebendo muitos elogios. Infalivelmente,
merecerá consideração a nível mundial. Portanto, estamos dando
prosseguimento aos planos sob essa diretriz. ”

(Religião Artística, 6 de junho de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E Construção)

O Paraíso Terreno — nosso objetivo último — é o Mundo da Arte.


Obviamente, se ele é um mundo isento de doença, miséria e conflito, isto é,
o mundo de perfeita Verdade, Bem e Belo, o homem seguirá a Verdade,
amará o Bem e odiará o Mal; assim, todas as coisas se tornarão belas.
Nesse sentido, a Arte não será apenas um deleite indispensável; ela
constituirá a própria vida e se desenvolverá intensamente, ou seja, o Paraíso
Terreno será o Mundo da Arte.

(Religião Artística, 6 de junho de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

(J2/54) CINQÜENTA ANOS DE TOXINAS SOLIDIFICADAS

Aos dezoito anos, eu tive pleurite; na ocasião, extraíram-me cerca de


200 gramas de líquido, perfurando-me a região abdominal. Acontece que as
toxinas provenientes do anti-séptico usado na época e dos medicamentos
tomados um ano após, quando tive uma recaída, ficaram-me solidificadas
nas costas e nas axilas. Descobri isso há pouco tempo e comecei a ministrar
Johrei em mim mesmo, para dissolvê-las. No início foi difícil, pois as toxinas
estavam bastante endurecidas, mas aos poucos elas foram amolecendo e
começaram a se dissolver. A cada dissolução invariavelmente sobrevinha
uma diarréia. E o interessante é que, embora a dor não fosse intensa, isso
ocorria com muita precisão. Como tenho sessenta e oito anos, significa que
essas toxinas ficaram acumuladas durante exatamente cinqüenta anos. Se
eu não conhecesse o Johrei, elas teriam sido hóspedes do meu corpo pelo
resto da minha vida.

Quanto mais toxinas eu eliminava através de diarréia, mais


aumentava a minha disposição. Eu pensava que a disposição sentida
anteriormente era normal, mas estava enganado. Tenho agora uma
sensação de bem-estar como jamais experimentei e estou muito satisfeito.
Sinto até que minha vida se prolongará por uns vinte ou trinta anos. Além
disso, minha cabeça está funcionando bem melhor e estou conseguindo
escrever mais do que antes. Como podem ver, quem não conhece o Johrei
poderá ficar com toxinas acumuladas pelo resto de sua existência.

As causas da diarréia quase sempre se localizam na cabeça e nas


costas. Há dois tipos de diarréia: a que ocorre por concentração temporária,
no ventre, de toxinas desprendidas daqueles locais, e a causada por
intoxicação alimentar. Principalmente no caso de toxinas acumuladas na
cabeça, verifica-se eliminação de grande quantidade de sangue.
Nessa ocasião, o que sai através do ânus se chama hemorragia
hemorroidal, e a que acumula temporariamente na barriga para depois ser
eliminada, de disenteria. E quem atua de acordo com a Natureza na função
de eliminar logo esse sangue tóxico são as bactérias da disenteria. Portanto,
na ocasião em que contrair disenteria, se deixar seguir o seu curso normal
sem interferirmos, o sangue tóxico será eliminado favoravelmente e ocorrerá
a cura. Porém, pelo desconhecimento disso, a Medicina recorre a todos os
meios para impedir a saída, o que acaba agravando essa enfermidade.
Portanto, ao imaginar que, se a Medicina passasse a se conscientizar deste
princípio, o homem seria amplamente beneficiado, só tenho a lamentar
profundamente este fato.

Jornal Eiko nº 107, 6 de junho de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

CINQÜENTA ANOS DE TOXINAS SOLIDIFICADAS

Aos dezoito anos eu tive pleurite; na ocasião, extraíram-me cerca de


200 gramas de líquido, perfurando-me a base do tórax. Porém, as toxinas
provenientes do antisséptico usado na época e dos medicamentos tomados
um ano depois, quando tive uma recaída, ficaram solidificados nas costas e
nas axilas. Descobri isso há pouco tempo e comecei a ministrar Johrei em
mim mesmo, para dissolvê-las. No início foi difícil, pois elas estavam
bastante endurecidas, mas aos poucos foram amolecendo e começaram a
se dissolver.

A cada dissolução invariavelmente sobrevinha uma diarréia. O


interessante é que, embora a dor não fosse intensa, isso ocorria com muita
precisão. Aqui pode-se perceber que as toxinas não desaparecem com o
passar dos anos. Como tenho sessenta e oito anos, significa que essas
toxinas ficaram acumuladas durante cinqüenta anos. Se eu não conhecesse
o Johrei, elas seriam hóspedes do meu corpo pelo resto da vida.

Quanto mais toxinas eu eliminava através da diarréia, mais


aumentava a minha disposição. Eu pensava que a disposição que sentia
anteriormente era normal, mas estava enganado. Tenho agora uma
sensação de bem-estar como jamais experiementei e estou muito satisfeito.
Sinto até que minha vida se prolongará por mais vinte ou trinta anos. Além
disso, minha cabeça está funcionando bem melhor e estou conseguindo
escrever mais do que antes. Como podem ver, quem não conhece o Johrei
poderá ficar com as toxinas acumuladas no corpo pelo resto de sua
existência.

As causas da diarréia quase sempre se localizam na cabeça e nas


costas. Ela pode ocorrer por concentração temporária, no ventre, de toxinas
desprendidas daqueles locais, e por intoxicação alimentar. Principalmente no
caso de toxinas acumuladas na cabeça, verifica-se a eliminação de grande
quantidade de sangue.

(Jornal Eikô nº 107 — 6 de junho de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

(R1/72) VOU CONSTRUIR O PARAÍSO TERRESTRE

Meu nome é Mokiti Okada e sou Líder Espiritual da Igreja Messiânica


Mundial. Vou falar durante 30 minutos, e antes quero esclarecer que o que
vou dizer, são coisas nunca ditas por alguém até hoje. Digo isso porque, se
a minha explanação for igual à de religiosos e pessoas cultas que vieram
falando e escrevendo até hoje, não há necessidade de eu falar novamente.
Por esse motivo, a maioria do conteúdo de minha palestra é diferente dos
ensinamentos e teses proferidos até hoje. E essa diferença não é pouca, é
bastante. Porém, falando a verdade, não tem nada de diferente, são coisas
lógicas. Falando assim é um pouco estranho, mas as diversas coisas
existentes até agora no mundo, do meu ponto de vista, são em grande
número diferentes. Apenas ninguém percebe isso, e como um grande
número de pessoas com cabeça diferente olhando apenas eu, que não sou
diferente, tem-se a impressão de que eu sou o diferente. Parece que é
complicado, mas à medida que eu for explanando, não haverá motivo para
não se concordar.

Vou parar com o prefácio por aqui, e finalmente entrarei no conteúdo.


Em primeiro lugar, creio que qualquer pessoa pensa que o mundo de hoje é
um mundo civilizado que alcançou o progresso. Entretanto, a meu ver, só
consigo enxergar que está metade civilizado e metade selvagem. Esse
também pode ser o ponto em que sou diferente.

Então, como é um mundo civilizado? Eu penso que em primeiro lugar


conta a segurança da vida do homem. Enquanto não houver essa segurança
de vida, não se pode dizer que se trata de uma civilização. Em termos
concretos, é um mundo onde não existem a guerra e a doença; esse é o
verdadeiro mundo civilizado. Isso porque essas duas desgraças estão
ameaçando constantemente a vida do homem. Realmente, seria bom que
existisse um mundo assim, mas dirão que um sonho como esse é tão bobo
que não se pode acreditar. Entretanto, eu afirmo que será realizado. Aí, irão
dizer novamente: “Pode ser que isso se realize daqui a mil ou dez mil anos,
mas aquele que diz que se realizará em nossa época, não há dúvida de que
não regula bem da cabeça.”

Isso não é completamente sem razão. Desde a Pré-História, durante


mais de mil anos, a humanidade veio sofrendo, e pensam que essa é a
situação normal da sociedade humana, que a vida é como a trança de uma
corda, o sofrimento e a alegria se entrelaçam, acabam pensando que é
como o santo disse. Entretanto, não é bem assim. Na realidade, o sofrimento
é muito maior, por isso é problemático. Até Sakyamuni disse que esse
mundo é um mundo de padecimentos, um inferno, que não podemos
escapar aos quatro sofrimentos: nascimento, doença, velhice e morte.
Portanto, se os quatro sofrimentos forem o dobro, eles serão oito
sofrimentos.
Já que chegamos a esse ponto, qual é então a causa do sofrimento?
Naturalmente que se pode dizer que a metade se deve à característica
selvagem. Por isso, enquanto não eliminar essa característica selvagem, é
certo que não teremos um mundo bom. Entretanto, na realidade é difícil
conseguir de uma só vez; por isso, ao invés do aspecto selvagem, se o
aspecto civilizado for aumentando aos poucos, um dia, será construído o
mundo de verdadeira civilização. Mas, até hoje, a humanidade não percebia
esse ponto. Isso porque olhava apenas a superfície da civilização e se sentia
agradecida; admirava apenas a aparência maravilhosa, não percebendo o
corpo cheio de sujeira e mau cheiro que estava embrulhado por ela.
Estavam completamente iludidos pela aparência externa; pode-se dizer que
haviam caído na superstição da civilização. Os civilizados supersticiosos que
desconhecem isso nos chamam de supersticiosos, por isso penso em
disputar qual dos dois é o supersticioso, e aquele que vencer será o correto.
Entretanto, se ao menos puder ser banhado pela cultura superficial, não há
dúvida de que é uma felicidade, mas são muito poucas as pessoas que
recebem esse benefício. Em qualquer país, é apenas uma minoria, a grande
maioria vive assustada com a insegurança e suspira no fundo do sofrimento.

Quando olhamos essa realidade, o objetivo primário, que é a


felicidade, está perdido e não o encontramos em nenhum lugar. O
pensamento inicial de que, realizando o progresso da civilização material, o
mundo de felicidade se concretizaria, veio se esforçando fervorosamente,
mas essa previsão foi traída esplendidamente. E ainda assim, a
humanidade, sem perceber, acabou se tornando prisioneira da civilização
científica e, como sempre, está se precipitando no caminho errado.
Realmente, o progresso da civilização científica é assim: suponhamos que
acordamos as pessoas que morreram há mais de cem anos atrás e estão
dormindo no túmulo, e lhe mostramos o mundo de hoje, ao que, assustados,
acabam desmaiando. Se bem que não tem importância que um morto
desmaie, porque é natural; seja como for, dá para ir voando e dormindo aos
Estados Unidos que está a milhares de quilômetros de distância sem levar
nem um dia; o que estou falando aqui pode ser ouvido em qualquer lugar da
Terra; construíram a bomba atômica que mata mais de um milhão de
pessoas em questão de segundos, mas se fosse utilizada como instrumento
da paz, com apenas um pedaço do tamanho da ponta de um dedo,
conseguir-se-ia movimentar trens e carros por vários dias. Dessa forma, o
mundo se tornou conveniente a ponto de impressionar e só de ver que se
tornou esplêndido. Realmente, não é para menos; fica-se fascinado com o
progresso da cultura material, mas de nada serve se ficar apenas admirado.
O valor existe quando a grande maioria receber esses benefícios.
Entretanto, vejam só, a grande maioria vem sendo constantemente afligida
de maneira deplorável com o terror da guerra, insegurança com provisões,
excesso de doenças, que são os 3 grandes sofrimentos (fome, doença e
guerra) da humanidade. Dessa forma, ao invés de ser a felicidade maior da
grande maioria, é a infelicidade maior da grande minoria.

Como exemplo próximo, vejamos a situação do Japão. É tuberculose,


doença contagiosa, suicídio coletivo de família, suicídio, assassinato, crime
atroz, aumento violento de crimes de jovens, roubos, corrupção, escândalos,
subterfúgio de impostos; as desgraças são tantas que é impossível falar de
uma só vez. Pode-se dizer que é o Mundo do Inferno. A causa disso é como
falei no início: ainda resta em grande quantidade a característica selvagem
no interior da civilização. A fim de despertar dessa ilusão, Deus me escolheu
e me deu essa grande responsabilidade. Em outras palavras, até hoje, o
caminho que a humanidade vinha seguindo pensando ser o da felicidade
era, sem saber, o caminho do inferno.

Estou escrevendo um livro intitulado "A Criação da Civilização”, e


como já havia dito, a civilização de até agora não era a verdadeira, era uma
civilização defeituosa; por isso, por mais que se progredisse, não se
conseguia obter a felicidade. Sendo assim, colocando a alma nessa
civilização materialista que progrediu até o presente, vou mostrar o plano
para construir a nova e verdadeira civilização. Ou seja, trocar a civilização do
Mal para a civilização do Bem. Pode ser chamado de projeto escrito.
Quando este livro estiver concluído, vou traduzí-lo para o inglês e distribuir
para as faculdades do mundo inteiro, academias, pessoas eminentes e
outros, o mais amplamente possível, e quero, ao mesmo tempo, submetê-lo
à comissão examinadora do Prêmio Nobel. Entretanto, como os membros da
comissão examinadora são autoridades de uma cultura já estabelecida, não
receberão a minha tese com facilidade, por ser avançada demais, mas como
se trata da verdade absoluta, no final acabarão compreendendo. Se assim
for, não há dúvida de que irá causar uma grande impressão mundialmente. A
civilização moderna sofrerá uma mudança de 180º, e aqui se concretizará a
seqüência do mundo ideal tão ansiado por toda a humanidade. Esse é, sem
dúvida, o grande plano de Deus; é uma obra grandiosa sem precedentes e
acredito, sem um pingo de dúvida, que será bem sucedida. Senhores, eu
falei sobre essa aspiração grandiosa, mas se isso não passar de uma
simples grandiloqüência, eu serei um contador de estórias e serei rejeitado
como um insolente e até mesmo sepultado. Ou então pode ser que irei parar
no Hospício Matsuzawa. Se for dessa forma, um ato de suicídio bobo, não
quero de jeito algum.

Cristo disse "É chegado o Reino dos Céus", e Sakyamuni disse


"Surgirá o Mundo de Miroku". Porém, os dois não disseram que eles
mesmos construiriam o Paraíso. Posso parecer audacioso, mas digo que
sou eu o construtor. Entretanto, não é preciso ficar impressionado. Isso
porque tanto Cristo como Sakyamuni não teriam motivos para fazer
profecias que não se realizariam, e se assim fosse não seriam profecias,
seriam mentiras, eles seriam mentirosos. Esses dois grandes santos,
venerados por bilhões de fiéis em todo o mundo, não poderiam ser
mentirosos. E também, dentre os fundadores de cada religião, existem
alguns que receberam a mesma crítica, mas do mesmo modo como os fiéis
de cada religião do mundo inteiro acreditam no seu fundador, creio ser lógico
acreditar no grandioso Plano de construção do Paraíso Terrestre que estou
desenvolvendo atualmente. Em poucas palavras, quer dizer que a minha
missão é garantir a realização das profecias de cada santo.

Vemos, com tudo isso, que a nossa Igreja Messiânica não é uma
religião. É difícil falar isso, mas puderam compreender que, além de religião,
ela é muito mais uma grandiosa Obra de salvação. Em poucas palavras, ela
vai livrar toda a humanidade do sofrimento, conduzindo-a a uma vida feliz.
Ao mesmo tempo em que ensina o que é a verdadeira civilização, dá o
indicador da construção do Paraíso Terrestre completamente isento de
doença, pobreza e conflito.

Jornal Eiko nº 108, 13 de junho de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

“Da outra vez, expliquei até certo ponto. Tratarei, enfim, do assunto
principal. Antes de mais nada, devo dizer que há pessoas que consideram o
mundo atual como civilização avançada. Da minha parte, porém, não consigo
vê-lo de outra forma, senão como semi-civilizado e semi-selvagem. Talvez
possa parecer estranho o meu ponto de vista.

Mas, afinal, que mundo pode ser considerado como civilizado? A meu
ver, é aquele que, em primeiro lugar, garante a segurança da vida. Caso
contrário, não pode ser considerado como civilizado. Em termos concretos, é
aquele onde não há guerras e doenças. Isto porque essas são as duas
calamidades que sempre colocam em risco a vida humana.”

(Construirei o Paraíso Terreno, 13 de junho de 1951)

“Será construído aqui um museu de belas-artes. Pela primeira vez,


teremos um jardim divino, de belezas naturais e artificiais; uma maquete do
Paraíso Terreno ideal que combina as belezas naturais e artificiais. Após
concluí-lo, planejo construir a sede religiosa, no terreno que fica do outro lado
dos trilhos, terreno este que nem sei como consegui adquirir. O meu plano
consiste em construir futuramente aqui (Outeiro da Luz Divina) a Sede
Religiosa. Será cerca de dez vezes maior do que o Nikko-Den, com espaço
suficiente para 10 mil cadeiras. O Shinsen-Kyô será a maquete do Paraíso
Terreno; no terreno que adquiri desta vez, construiremos a Sede Religiosa; e o
Nikko-Den será utilizado como local de apresentações artísticas.”

(Palestra na ocasião da cerimônia de ampliação do Nikkô-Den, 15 de


junho de 1951)
(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E Construção)

“Naquela época, havia muita implicância com as novas religiões, de


maneira que não podíamos fazer nada; sequer podíamos falar que se
tratava de religião. Foi aí que passamos a realizar tratamentos;
ministrávamos a Terapia Depurativa Nipônica disfarçadamente como terapia
popular. Na altura, era extremamente grande a preocupação das autoridades
em relação às crenças. Estávamos, pois, de mãos atadas. Então, em maio
de 1944, vim para cá (Shinzan-Sô, em Hakone) e, em outubro do mesmo
ano, mudei-me para Atami. Quanto aos fiéis, como na época não éramos
uma entidade religiosa, provavelmente, não chegava a cem o número
daqueles que pareciam ser praticantes de algum credo. (...)

Por sorte, com o término da Guerra, a liberdade de crença foi


reconhecida. Com isso, em agosto de 1947, finalmente, foi-nos permitido
fundar a nossa entidade e desenvolver atividades religiosas. Desde então,
começamos a promovê-las efetivamente. Pensando bem, em agosto
próximo, farão exatos seis anos. (...) Até então, viemos difundindo
lentamente o Joorei como terapia popular, mas, no final de contas, não
foram precisos nem dez anos. Nesse curto espaço de tempo, fizemos
progressos colossais, como os que estão vendo”.

(Palestra - 16 de junho de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

VENÇA O MAL DE SI MESMO

Anteriormente, escrevi sobre a necessidade de triunfar contra o Mal,


referindo-me aos homens maus. Agora, volto a escrever sobre essa
necessidade, porém, referindo-me ao mal existente dentro de si mesmo. No
íntimo de quaisquer pessoas, trava-se uma luta constante entre o Bem e o
Mal. Trata-se de uma luta que objetiva conter o que se chama, segundo
interpretação budista, de "paixões mundanas". Pois, de qualquer modo, não
há fim no desejo do homem. Desejo pelo dinheiro, pelas mulheres, pelo
poder, fama e capricho. Males estes que, constantemente, se manifestam de
seu ego inferior e, então, tenta contê-los. A consciência adverte que não se
deve fazer tal coisa, que seja precavido e que, se tentar, sofrerá
conseqüências danosas. E essa consciência diz ainda que se faça a
felicidade alheia, que se proceda de maneira a tornar todas as pessoas
felizes, etc. Essa contínua luta entre o bem e o mal é a imagem exata do
próprio homem.

Sendo assim, dando vitória ao Mal, o homem peca e gera infelicidade.


O triunfo do Bem gera a felicidade. Isso é tão nítido que parece ser fácil a
execução; entretanto, embora o saibam, os homens - principalmente aqueles
que não possuem fé - não conseguem colocá-lo em prática. Os adeptos da
fé, já esclarecidos a respeito, raramente se deixam vencer pelo Mal. Porém,
isso exige muito esforço.

Evidentemente, quem ordena a prática do Mal é o espírito secundário


(o animal), e a do Bem é o espírito protetor (o guardião), mas é o espírito
primordial (o divino) que, de modo absoluto, ordena o Bem. Assim sendo, é
preciso fortalecer cada vez mais o espírito primordial, pois isto constitui a
força capaz de derrotar o mal pela raiz. Portanto, o homem precisa esforçar-
se no sentido de cultivar sempre este Poder cujo meio está, unicamente, na
veneração a Deus e solidificação da fé. Não há outra forma de ser feliz.

20 de Junho de 1951
(tradução em: Escritos Sagrados – Obra I)

(R2/31) VENÇA SEU PRÓPRIO MAL

Alicerce do Paraíso, pág.211

Já escrevi a respeito da necessidade de vencer o Mal, dando à


expressão o sentido de não ser vencido pelo homem perverso. Agora falarei
da vitória sobre o Mal que existe em nosso íntimo.
Dentro de cada ser humano há uma batalha constante entre o Bem e
o Mal. É a luta para subjugar as paixões do mundo, conforme a interpretação
budista.

A ambição humana é ilimitada. Embora o homem viva tentando


refrear-se em relação ao dinheiro, ao sexo, ao poder, à fama e ao egoísmo,
vê-se constantemente tentado por eles. A consciência lhe adverte que seja
prudente, que evite isto e aquilo, que será castigado se for a determinado
lugar, etc. O campo de batalha desta luta sem trégua encontra-se no interior
de cada indivíduo.

A vitória do Mal resulta em pecado e infelicidade; a vitória do Bem cria


felicidade. É tudo tão simples e nítido quando examinamos a questão, que
parece fácil de praticar. Entretanto, mesmo com uma clara noção do
assunto, os homens não são capazes de triunfar na luta contra o Mal,
principalmente quando não têm fé. Eis por que os fiéis mais esclarecidos
pecam menos que os outros. Mas, para isso, é necessário que eles façam
um grande esforço.

Naturalmente, a força que nos arrasta à prática do Mal pertence ao


Espírito Secundário, e a que nos conduz pelo caminho do Bem, ao Espírito
Guardião. Como, além destes, temos o Espírito Primordial, que determina o
Absoluto Bem, precisamos fazer algo para aumentar-lhe o poder de atuação,
porque essa é a força que domina o Mal pela raiz. Sendo assim, o único
recurso é adorar a Deus e solidificar a fé. Não existe outro meio para se
obter a felicidade.

Jornal Eiko nº 109, 20 de junho de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

VENÇA SEU PRÓPRIO MAL


Já escrevi a respeito da necessidade de vencer o mal, dando à
expressão o sentido de não ser vencido pelo homem perverso. Agora falarei
da vitória sobre o mal que existe em nosso íntimo.

Dentro de cada ser humano há uma batalha constante entre o bem e


o mal. É a luta para subjugar as paixões do mundo, conforme a interpretação
budista.

A ambição humana é ilimitada. Embora o homem viva tentando


refrear-se em relação ao dinheiro, ao sexo, ao poder, à fama e ao egoísmo,
vê-se constantemente tentado por eles. A consciência lhe adverte que seja
prudente, que evite isto e aquilo que será castigado se for a determinado
lugar, etc. O campo de batalha desta luta sem trégua encontra-se no interior
de cada indivíduo.

A vitória do mal resulta em pecado e infelicidade; a vitória do bem cria


felicidade. É tudo tão simples e nítido quando examinamos a questão, que
parece fácil de praticar. Entretanto, mesmo com uma clara noção do
assunto, os homens não são capazes de triunfar na luta contra o mal,
principalmente quando não têm fé. Eis por que os fiéis mais esclarecidos
pecam menos que os outros. Mas, para isso, é necessário que eles façam
um grande esforço.

Naturalmente, a força que nos arrasta à prática do mal pertence ao


Espírito Secundário, e a que nos conduz pelo caminho do bem, ao Espírito
Guardião. Como, além destes, temos o Espírito Primordial, que determina o
Absoluto Bem, precisamos fazer algo para aumentar-lhe o poder de atuação,
porque essa é a força que domina o mal pela raiz. Sendo assim, o único
recurso é adorar a Deus e solidificar a fé. Não existe outro meio para se
obter a felicidade.
20 de junho de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso –
IMMB)
3.9. Vença seu próprio mal

Meishu Sama: Já escrevi a respeito da necessidade de vencer o Mal,


dando à expressão o sentido de não ser vencido pelo homem perverso. Agora
falarei da vitória sobre o mal que existe em nosso íntimo.

Dentro de cada ser humano há uma batalha constante entre o Bem e


o Mal. É a luta para subjugar as paixões do mundo, conforme a interpretação
budista.

A ambição humana é ilimitada. Embora o homem viva tentando refrear-


se em relação ao dinheiro, ao sexo, ao poder, à fama e ao egoísmo, vê-se
constantemente tentado por eles. A consciência lhe adverte que seja prudente,
que evite isto e aquilo, que será castigado se for a determinado lugar, etc. O
campo de batalha desta luta sem trégua encontra-se no interior de cada
indivíduo.

A vitória do Mal resulta em pecado e infelicidade; a vitória do Bem cria


felicidade. É tudo tão simples e nítido quando examinamos a questão, que
parece fácil de praticar. Entretanto, mesmo com uma clara noção do assunto,
os homens não são capazes de triunfar na luta contra o Mal, principalmente
quando não têm fé. Eis por que os fiéis mais esclarecidos pecam menos que os
outros. Mas, para isso, é necessário que eles façam um grande esforço.

Naturalmente, a força que nos arrasta à prática do Mal pertence ao


Espírito Secundário, e a que nos conduz pelo caminho do Bem, ao Espírito
Guardião. Como, além destes, temos o Espírito Primordial, que determina o
Absoluto Bem, precisamos fazer algo para aumentar-lhe o poder de atuação,
porque essa é a força que domina o Mal pela raiz. Sendo assim, o único
recurso é adorar a Deus e solidificar a fé. Não existe outro meio para se obter a
felicidade.

Alicerce do Paraíso (20/06/1951)


(tradução em: Chave da Difusão)
Vença seu próprio mal

Já escrevi a respeito da necessidade de vencer o mal, dando à


expressão o sentido de não ser vencido pelo homem perverso. Agora falarei
da vitória sobre o mal que existe em nosso íntimo.

Dentro de cada ser humano há uma batalha constante entre o bem e


o mal. É a luta para subjugar as paixões do mundo, conforme a interpretação
budista.

A ambição humana é ilimitada. Embora o homem viva tentando


refrear-se em relação ao dinheiro, ao sexo, ao poder, à fama e ao egoísmo,
vê-se constantemente tentado por eles. A consciência lhe adverte que seja
prudente, que evite isto e aquilo, que será castigado se for a determinado
lugar, etc. e também para que faça a alegria e a felicidade de outrem. O
campo de batalha desta luta sem trégua encontra-se no interior de cada
indivíduo.

A vitória do mal resulta em pecado e infelicidade; a vitória do bem cria


felicidade. É tudo tão simples e nítido quando examinamos a questão, que
parece fácil de praticar. Entretanto, mesmo com uma clara noção do
assunto, os homens não são capazes de triunfar na luta contra o mal,
principalmente quando não têm fé. Eis por que os fiéis mais esclarecidos
pecam menos que os outros. Mas, para isso, é necessário fazer um grande
esforço.

Naturalmente, a força que nos arrasta à prática do mal pertence ao


Espírito Secundário, e a que nos conduz pelo caminho do bem, ao Espírito
Guardião. Como, além destes, temos o Espírito Primordial, que determina o
Absoluto Bem, precisamos fazer algo para aumentar-lhe o poder de atuação,
porque essa é a força que domina o mal pela raiz. Sendo assim, o único
recurso é adorar a Deus e solidificar a fé. Não existe outro meio para se
obter a felicidade.
(20 de junho de 1951)
(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

VENÇA SEU PROPRIO MAL

Já escrevi a respeito da necessidade de vencer o Mal, dando à


expressão o sentido de não ser vencido pelo homem perverso. Agora falarei
da vitória sobre o Mal que existe em nosso íntimo.

Dentro de cada ser humano há uma batalha constante entre o Bem e


o Mal. É a luta para subjugar as paixões do mundo, conforme a interpretação
budista.

A ambição humana é ilimitada. Embora o homem viva tentando


refrear-se em relação ao dinheiro, ao sexo, ao poder, à fama e ao egoísmo,
vê-se constantemente tentado por eles. A consciência lhe adverte que seja
prudente, que evite isto e aquilo, que será castigado se for a determinado
lugar, etc. O campo de batalha desta luta sem trégua encontra-se no interior
de cada indivíduo.

A vitória do Mal resulta em pecado e infelicidade; a vitória do Bem cria


felicidade. É tudo tão simples e nítido quando examinamos a questão, que
parece fácil de praticar. Entretanto, mesmo com uma clara noção do
assunto, os homens não são capazes de triunfar na luta contra o Mal,
principalmente quando não têm fé. Eis por que os fiéis mais esclarecidos
pecam menos que os outros. Mas, para isso, é necessário que eles façam
um grande esforço.

Naturalmente, a força que nos arrasta à prática do Mal pertence ao


Espírito Secundário, e a que nos conduz pelo caminho do Bem, ao Espírito
Guardião. Como, além destes, temos o Espírito Primordial, que determina o
Absoluto Bem, precisamos fazer algo para aumentar-lhe o poder de atuação,
porque essa é a força que domina o Mal pela raiz. Sendo assim, o único
recurso é adorar a Deus e solidificar a fé. Não existe outro meio para se
obter a felicidade.

20 de junho de 1951
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

(R1/22) O PLANO DE DEUS

Vou escrever sobre a nossa Igreja Messiânica, o quanto é profunda e


sutil e ao mesmo tempo grandiosa, e qualquer membro que ler esse texto
ficará admirado e emudecido.

Em primeiro lugar é preciso saber que o Plano de Deus é impossível


de ser imaginado através da inteligência humana. Isso porque o mesmo se
aplica à construção do Paraíso Terrestre que está sendo desenvolvida,
agora, em Atami. É como os membros sempre estão vendo, aos poucos, à
medida que avança a obra paisagística, a forma da montanha, a posição das
árvores, o local previsto das edificações, sem dúvida, mas também irão
perceber, toda vez que olhar, a mudança constante na beleza da paisagem
geral que se projeta à distância em nossos olhos, e o aspecto ao redor.
Principalmente quanto à grande quantidade de muro de rochas, pode-se
dizer que é a número um do Japão. E as pedras necessárias para isso saem
infinitamente de um só lugar. Pode-se cavar o quanto quiser que não param
de sair. Um lugar assim acumulado de pedras, por mais que se procure, não
se encontra em nenhum lugar de Atami. É realmente misterioso e não existe
uma só pessoa que não se impressiona. Somente através desse fato é
possível saber que Deus já havia preparado e planejado há mais de dez mil
anos atrás, e não há como duvidar disso. E também, ao olhar a paisagem
que envolve a redondeza do atual Paraíso, os locais em que se encontram
as diversas árvores, a forma das montanhas, tudo apresenta um belo
harmonioso que nos fascina. E vou adquirindo o terrenos necessários uns
após os outros, o que é interessante.
E não são terrenos separados uns dos outros. São de vizinho em
vizinho que vão se expandindo ordenadamente. E acontece o mesmo com a
época. Quando a necessidade aperta, vêm me dizer que querem vender.
Está andando completamente conforme a vontade. E de vez em quando eu
vou inspecionar, e toda vez flui involuntariamente um novo projeto, por isso
não há necessidade de pensar. É uma facilidade.

O que é o grandioso Plano Divino que se deve ficar admirado como


falei no início? É no sentido de que Atami é a região pitoresca número um do
Japão, e como sempre digo preenche todas as condições de beleza de
montanha e rios, clima, águas termais, trânsito favorável e outros.
Provavelmente não existe em nenhum lugar do Japão uma região tão
pitoresca quanto essa. Sendo assim, ao pensar profundamente sobre esse
motivo, vai se compreendendo o seguinte. Ou seja, quando o Senhor
Criador criou o Globo Terrestre, Ele traçou esse plano embaixo do plano
perpétuo. Provavelmente foi há mais de um milhão, dez milhões de anos
atrás, e quando foi para construir o Globo Terrestre determinou o Japão para
que, no futuro, fosse o Solo Paradisíaco de um Jardim Público Mundial. E,
para tanto, reuniu condições como clima, região favorável, beleza natural
etc., sem margem de recumação e esperou pelo tempo certo. Naturalmente
que trata-se da nossa cidade de Atami; em seguida, Hakone tem o mesmo
sentido e creio que o Monte Fuji também o é. Principalmente com relação a
Atami, creio que objetivou um local ideal de elevada e máxima beleza.
Deixou assim preparado e, quando o grau de progresso da cultural material
alcançou um estágio propício à construção do Paraíso, fez nascer a minha
pessoa e, passando por diversos caminhos, fez com que eu morasse em
Atami e deu início à construção do protótipo do Paraíso Terrestre, que é o
Seu objetivo. Em cima da montanha Zuiun, apreciando a paisagem, sempre
fico a pensar que na época mais remota, quando eu era Deus, não há
dúvida de que montei o projeto do futuro e fiz o plano. As ilhas Hatsushima e
Ooshima que podem ser vistas ao longe como se fossem ilhotas, os cinco
cabos, a ponta de Manazuru, a fileira de montanhas de Dyukoku Tôgue, o
mar que como um espelho se confunde com um lago, a beleza da montanha
principalmente em Atami, se tudo isso não for a suprema técnica divina, o
que pode ser? Feito isso, hoje no século XX, nasci como ser humano e,
como ficou determinado para que eu realizasse o plano de acordo com o
projeto inicial, pode-se dizer que é lógico que tenha tantos milagres.

Portanto, o que estou realizando não é apenas esse pequeno Paraíso


Terrestre. Tem também outras atividades diversas que é possível imaginar
que foram preparadas desde a época em que todas as coisas foram criadas.

Relacionado a isso, vou escrever mais um fato importante. Isso é um


auto-elogio, mas quando coloco como protetor o papel com os ideogramas
escritos por mim, manifesto um maravilhoso poder de cura. Isso é do
conhecimento de todos, mas em uma hora consigo escrever 500 protetores,
o que quer dizer que escrevo um em 7 segundos. Com a obra criada nesses
sete segundos com papel e tinta sumi, salvo a vida de milhões e bilhões de
pessoas, e portanto não sei como explicar esse grandioso poder de Deus.
Eu não sou extraordinário. Creio que é o maravilhoso Poder Divino do
Supremo Deus que me concede essa força.

Jornal Eiko nº 109, 20 de junho de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

O SOLO SAGRADO

“Deus escolheu Atami para aí estabelecer o protótipo do Paraíso na Terra,


confiando a mim sua construção.”

Registrarei aqui o quanto é grandiosa, profunda e sutil a nossa Igreja


Messiânica Mundial. Quando os fiéis, ou quem quer que seja, lerem este
Ensinamento, creio que ficarão pasmados e boquiabertos.

Antes de mais nada, devemos saber que o Plano Divino é algo


inimaginável pela mente humana. O mesmo se pode dizer em relação ao
Paraíso Terrestre, que atualmente estamos construindo em Atami. Como os
fiéis podem observar com freqüência, à medida que avança a construção,
verifica-se, a cada momento, a sua transformação. Principalmente no que se
refere à configuração das colinas, à posição das árvores, ao terreno, e também
à maravilhosa paisagem observada à distância, ao aspecto dos arredores, etc.
Em matéria de muros de pedras, este deve ser o local mais rico do Japão. As
pedras aqui empregadas têm surgido abundantemente num só lugar, e quanto
mais se cava, mais aparecem. Não existe outro local de Atami onde haja tantas
pedras. Todos ficam surpresos, pois realmente é um mistério.

Observando apenas tal fato, já se verifica que há milhares de anos Deus


veio planejando e preparando este local. E, quando vemos a paisagem em volta
deste Paraíso, observamos uma beleza harmônica na variedade das árvores,
na configuração das montanhas, etc. Realmente, é um êxtase.

Também o fato de termos conseguido adquirir aqui, seguidamente, as


áreas necessárias, não deixa de ser um mistério. Essa aquisição de terrenos foi
se processando de forma ordenada, ampliando-se gradativamente. Mesmo em
se tratando de oportunidade, quando eu sentia necessidade de determinado
terreno, o seu proprietário vinha oferecê-lo a mim. Tudo ocorria de acordo com
o meu desejo. Após a aquisição do terreno, cada vez que eu ia inspecionar o
local, surgia em minha mente um novo projeto. Era uma tranqüilidade, pois nem
precisava pensar muito sobre o assunto.

Mas o que vem a ser o grande Plano Divino a que me referi no início e
que deixa todas as pessoas pasmadas?

Atami possui a paisagem mais bela do Japão. Como sempre digo, é


também um local dotado de todas as condições necessárias, como o clima, as
águas termais, a facilidade de transportes e de locomoção, etc. Portanto, se
analisarmos profundamente, chegaremos à conclusão de que, por ocasião da
criação do mundo, Deus projetou este local baseado no Seu Plano Infinito.
Certamente, o fato deve ter ocorrido há milhões de anos. Naquela ocasião,
Deus estabeleceu um local onde, no futuro, com a denominação de Japão,
seria criado, de forma paradisíaca, um jardim de escala mundial; para isso,
preparou, com perfeição, todas as condições, como o clima, a beleza, o
aspecto natural, etc., e esperou a chegada do tempo. Logicamente, trata-se de
Atami, de Hakone e também do Monte Fuji. Acredito que Deus criou um
ambiente ideal e de beleza máxima, visando, principalmente, Atami.
Finalmente, com a chegada da época apropriada para a construção do Paraíso,
pelo progresso da cultura material, Deus me fez nascer neste mundo e, após
me fazer passar por vários caminhos na vida, conduziu-me para Atami, onde
dei início à concretização do Seu propósito de construir o protótipo do Paraíso
Terrestre.

Sempre que subo ao Monte Zuiun, apreciando a paisagem, penso o


seguinte: “Na remota Antigüidade, Deus deve ter estabelecido o plano para o
futuro e projetado esta obra.”

As ilhas de Hatsushima e Ooshima, os cinco cabos, a ponta do


promontório de Manazuru, as ondulações das montanhas do desfiladeiro
Jukkoku, o mar, que, parecendo um espelho, nos dá a impressão de um lago, e
principalmente a beleza das montanhas de Atami, não seria tudo isso fruto da
enorme habilidade Divina?

Nasci nesta época para executar a obra de acordo com o Plano Divino.
Aí está a razão lógica da manifestação dos inúmeros milagres que mencionei
anteriormente. Meu trabalho, entretanto, não se limita unicamente à construção
do protótipo do Paraíso Terrestre, mas abrange muitas outras atividades, fatos
inauditos que foram programados por ocasião da criação do mundo.

A propósito, vou explanar aqui um fato importante. Talvez seja um auto-


elogio, mas, quando transformo o papel por mim caligrafado em Luz Divina,
manifesta-se uma força maravilhosa, capaz de curar doenças. Como é do
conhecimento de todos, consigo caligrafar, por hora, quinhentas folhas; isto
significa uma folha a cada sete segundos. Por meio desta obra, feita de papel e
tinta, em apenas sete segundos, é possível salvar milhares de pessoas. A
grandiosidade do Poder Divino é, portanto, algo imensurável. Não significa que
eu me ache poderoso, mas a verdade é que esse trabalho é possível graças ao
maravilhoso poder que Deus me concedeu.

Jornal Eiko nº 109 - “O Plano Divino” (20/06/51))


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)
O Plano Divino

Escreverei a respeito da nossa Igreja Messiânica enfatizando como é


profunda, singular e grandiosa. Lendo este artigo, quem quer que seja o
adepto, ficará sem fala de tanta surpresa.

Em primeiro lugar, deve-se saber que o Plano de Deus é algo


inimaginável pela sabedoria humana. Pode-se dizer o mesmo com relação
ao Paraíso Terrestre, no momento em construção na cidade de Atami. Como
os senhores fiéis vêem sempre, à medida que avança a obra de construção,
começa a haver uma mudança na configuração da montanha, na posição
das árvores, na área reservada para a construção, quer seja no panorama
geral que se descortina ao longe, quer seja no aspecto das redondezas,
nota-se uma transformação a cada vez que se observa. Principalmente a
existência de inúmeros muros de pedras que podemos considerar os
primeiros do Japão. As pedras necessárias provêm de modo incalculável de
um só local. Por mais que se escave, parece que nunca se esgotam. Por
mais que se procure na cidade de Atami, não se encontra um local onde haja
tal acúmulo de pedras como neste. Realmente, é um fato misterioso, e não
há quem não se espante. Somente por este fato, não há nenhuma dúvida de
que Deus já o havia planejado e preparado há milênios.

Observando também o atual panorama ao redor desse Protótipo, a


beleza harmoniosa do posicionamento das árvores e o formato da montanha
deixa-nos extasiados. Misterioso ainda é o fato de conseguirmos adquirir os
terrenos necessários, um após outro, e estes não são terrenos separados,
vão se ampliando ordenadamente em áreas contíguas, isto sem contar o
fator tempo; no momento propício, quando se fazia necessário, surgiam
vendedores. Tudo transcorre conforme o planejado. Costumo percorrê-lo de
vez em quando, e a cada vez surgem na minha mente novos projetos, o que
me dispensa o esforço de pensar. É por demais fácil!...
Falando agora do surpreendente Grandioso Plano Divino, citado
inicialmente, é sobre o local mais pitoresco do Japão, que se chama Atami.
Como sempre digo, aqui se reúnem todas as condições primorosas: a
beleza, o clima, as termas, facilidade de transportes e outros, talvez não
exista outro que se compare no Japão. E, pensando profundamente no
porquê, podemos entender que o Criador, quando construiu a Terra, havia
traçado um projeto que sobrepujasse o tempo. Provavelmente isso tenha
ocorrido há milhões ou bilhões de anos atrás. Na ocasião em que construiu a
Terra, determinara um local paradisíaco como futuro parque mundial, que é
atualmente o Japão, estabelecendo excelentes condições climáticas,
geográficas, belezas da natureza, etc. e esperou pelo tempo oportuno. Sem
dúvida, Atami é esse local escolhido; tanto Hakone quanto o Monte Fuji têm
o mesmo significado. Sobretudo Atami, deve ter sido objetivado para Solo
Ideal de suprema beleza. Como o progresso da cultura material finalmente
atingiu um grau adequado à construção do Paraíso, Ele me fez nascer neste
mundo e, passando por vários lugares, fez com que me fixasse em Atami e
iniciasse a edificação do protótipo do Paraíso Terrestre, que era seu
propósito. Galgando o Monte Zuiun e apreciando a paisagem, penso sempre
na época mais remota, quando eu era Deus, com certeza tracei o projeto
planejando o futuro. Ao longe se vê as ilhas Hatsushima e Oshima, tal como
uma paisagem em miniatura, os cinco promontórios, o Cabo de Manatsuru, a
Cordilheira de Jukkokutogue, o mar calmo como espelho que se confunde
com um lago, destacando o encanto das montanhas de Atami. O que
poderia ser tudo isto, senão a obra máxima de Deus?

E, agora, neste Século XX, eu nasci como homem e estou


executando o plano tal como havia projetado inicialmente. Portanto, é natural
que haja tantos milagres. Assim sendo, o que executo não se limita a este
pequeno Paraíso Terrestre. Pode-se imaginar que todos os outros
empreendimentos também foram preparados quando foram criadas todas as
coisas.

A esse respeito, gostaria de abordar um fato de extrema importância.


Seria um auto-elogio, mas quando as pessoas fazem um amuleto com papel
escrito por mim, este evidencia uma maravilhosa força de cura. Como todos
já sabem, posso escrever 500 folhas por hora, na razão de sete segundos
por folha. Com essa obra feita de papel e tinta-carvão, salvo a vida de
milhares e milhões de pessoas; não encontro palavras para explicar a
grandiosidade dessa força divina. Não é que eu seja um gênio. Trata-se do
magnífico poder divino do Super Deus que me concede essa força.

(20 de junho de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

“Falando, agora, do surpreendente grandioso Plano Divino, citado


inicialmente, é sobre o local mais pitoresco do Japão, que se chama Atami.
Como sempre digo, aqui se reúnem todas as condições primorosas: a beleza, o
clima, as termas, facilidade de transportes e outros; talvez não exista outro que
se compare no Japão. E, pensando profundamente no porquê, podemos
entender que o Criador, quando construiu a Terra, havia traçado um projeto que
sobrepuja o tempo. Provavelmente, este acontecimento tenha ocorrido há
milhões ou bilhões de anos atrás. Na ocasião em que construiu a Terra,
determinara um local paradisíaco como futuro parque mundial que é,
atualmente, o Japão, estabelecendo excelentes condições climáticas,
geográficas, belezas naturais, etc. e esperou pelo tempo oportuno. Sem dúvida,
Atami é esse local escolhido, e tanto Hakone quanto o Monte Fuji têm o mesmo
significado. Sobretudo Atami deve ter sido objetivado para Solo Ideal de
suprema beleza. Como o progresso da cultura material finalmente atingiu um
grau adequado à construção do Paraíso, Ele me fez nascer neste mundo e,
passando por vários lugares, fez com que me fixasse em Atami e iniciasse a
edificação do protótipo do Paraíso Terreno, que era Seu propósito.

Galgando o Monte Zuiun e apreciando a paisagem, penso sempre na


época mais remota, quando eu era Deus, com certeza tracei o projeto
planejando o futuro. Ao longe, vê-se as ilhas Hatsushima e Ooshima tal como
uma paisagem em miniatura; os cinco promontórios, o Cabo de Manazuru, a
Cordilheira de Jukkokutogue, o mar calmo como espelho que se confunde com
um lago, destacam o encanto das montanhas de Atami. O que poderia ser tudo
isto, senão a obra máxima de Deus?
E, agora, neste século XX, eu nasci como homem e estou executando o
plano tal como havia projetado inicialmente. Portanto, é natural que haja tantos
milagres. Assim sendo, o que executo não se limita a este pequeno Paraíso
Terreno. Pode-se imaginar que todos os outros empreendimentos também
foram preparados quando foram criadas todas as coisas.

A este respeito, gostaria de abordar um fato de extrema importância.


Seria um auto-elogio, mas quando as pessoas fazem um amuleto com papel
escrito por mim, este evidencia uma maravilhosa força de cura. Como todos já
sabem, posso escrever 500 folhas por hora, à razão de sete segundos por
folha. Com essa obra feita de papel e “sumi” (tinta à base de carvão), salvo a
vida de milhares e milhões de pessoas; não encontro palavras para explicar a
grandiosidade desta força divina. Não é que eu seja um gênio. Trata-se do
magnífico poder divino do Super Deus que me concede esta força.”

(Plano Divino, 20 de junho de 1951)

“E, pensando profundamente no porquê, podemos entender que o


Criador, quando construiu a Terra, havia traçado um projeto que sobrepuja o
tempo. Provavelmente, este acontecimento tenha ocorrido há milhões ou
bilhões de anos atrás. Na ocasião em que construiu a Terra, determinara um
local paradisíaco como futuro parque mundial que é, atualmente, o Japão,
estabelecendo excelentes condições climáticas, geográficas, belezas naturais,
etc. e esperou pelo tempo oportuno. Sem dúvida, Atami é esse local escolhido,
e tanto Hakone quanto o Monte Fuji têm o mesmo significado. (...) E, agora,
neste Século XX, eu nasci como homem e estou executando o plano tal como
havia projetado inicialmente. Portanto, é natural que haja tantos milagres.”

(Programa Divino, 20 de junho de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E Construção)

"Numa remota época, quando eu era Deus"


Em primeiro lugar, deve-se saber que a Administração de Deus é algo
inimaginável pela sabedoria humana. Pode-se dizer o mesmo em relação ao
Paraíso Terrestre, no momento em construção na cidade de Atami. Como os
senhores fiéis vêem sempre, à medida que avança a obra de construção,
começa a haver uma mudança na configuração da montanha, na posição
das árvores, na área reservada para a construção, quer seja no panorama
geral que se descortina ao longe, quer seja no aspecto das redondezas,
nota-se uma transformação a cada vez que se observa. Principalmente a
existência de inúmeros muros de pedras que podemos considerar os
primeiros do Japão. As pedras necessárias provêm de modo incalculável de
um só local. Por mais que se escave, parece que nunca se esgotam. Por
mais que se procure na cidade de Atami, não se encontra um local onde haja
tal acúmulo de pedras como neste. Realmente, é um fato misterioso, e não
há quem não se espante. Somente por este fato, não há nenhuma dúvida de
que Deus já o havia planejado e preparado há milênios.

Ao observar também o atual panorama ao redor desse Protótipo, a


beleza harmoniosa do posicionamento das árvores e o formato da
montanha, ficamos extasiados. Misterioso é, ainda, o fato de conseguirmos
adquirir os terrenos necessários, um após o outro, e estes não são terrenos
separados, vão se ampliando ordenadamente em áreas contíguas, isto sem
contar o fator tempo, no momento propício, quando se fazia necessário,
surgiam vendedores. Tudo transcorre conforme o planejado. Eu o percorro
de vez em quando, e, a cada vez, surgem na minha mente novos projetos, o
que me dispensa o esforço de pensar. É por demais fácil!...

Falando, agora, do surpreendente Grandioso Processo do Programa


Divino, citado inicialmente, é sobre o local mais pitoresco do Japão, que se
chama Atami. Como sempre digo, aqui se reúnem todas as condições
primorosas: a beleza, o clima, as termas, facilidade de transportes e outros,
talvez não exista outro que se compare no Japão. E, pensando
profundamente no porquê, podemos entender que o Criador, quando
construiu a Terra, havia traçado um projeto que sobrepuja o tempo.
Provavelmente, este acontecimento tenha ocorrido há milhões ou bilhões de
anos atrás. Na ocasião em que construiu a Terra, determinara um local
paradisíaco como futuro parque mundial que é, atualmente, o Japão,
estabelecendo excelentes condições climáticas, geográficas, belezas
naturais, etc. e esperou pelo tempo oportuno. Sem dúvida, Atami é esse
local escolhido, e, tanto Hakone quanto o Monte Fuji, têm o mesmo
significado. Sobretudo Atami, deve ter sido objetivado para Solo Ideal de
suprema beleza. Como o progresso da cultura material finalmente atingiu um
grau adequado à construção do Paraíso, Ele me fez nascer neste mundo e,
passando por vários lugares, fez com que me fixasse em Atami e iniciasse a
edificação do protótipo do Paraíso Terrestre, que era Seu propósito.

Galgando o Monte Zuiun e apreciando a paisagem, penso sempre na


época mais remota, quando eu era Deus, com certeza tracei o projeto
planejando o futuro. Ao longe, vê-se as ilhas Hatsushima e Ooshima tal
como uma paisagem em miniatura; os cinco promontórios, o Cabo de
Manazuru, a Cordilheira de Jukkokutogue, o mar calmo como espelho que
se confunde com o lago, destacam o encanto das montanhas de Atami. O
que poderia ser tudo isto, senão a obra máxima de Deus? ; E, agora, neste
Século XX, eu nasci como homem e estou executando o plano tal como
havia projetado inicialmente. Portanto, é natural que haja tantos milagres.
Assim sendo, o que lexecuto não se limita a este pequeno Paraíso Terreste.
Pode-se imaginar que todos os outros empreendimentos também foram
preparados quando foram criadas todas as coisas.

A este respeito, gostaria de abordar um fato de extrema importância.


Seria um auto-elogio, mas quando as pessoas fazem um amuleto com papel
escrito por mim, este evidencia uma maravilhosa força de cura. Como todos
já sabem, posso escrever 500 folhas por hora, à razão de sete segundos por
folha. Com essa obra feita de papel e sumi (tinta à base de carvão), salvo a
vida de milhares e milhões de pessoas; não encontro palavras para explicar
a grandiosidade desta força divina. Não é que eu seja um gênio. Trata-se do
magnífico poder divino do Super Deus que me concede esta força.

Processo de Programa Divino — 20 de junho de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

A) No caso de corrigir o erro do superior

Interlocutor: Quando um superior ou ministro está cometendo um erro,


é errado avisá-lo a respeito? Há casos em que um ministro tem convicção de
que suas atitudes são corretas e, não conseguindo entender o sentido do que
falamos, interpreta-nos mal. O que devemos fazer nessas horas? Oriente-nos,
por favor.

Meishu Sama: Como isso depende do estado de espírito do ministro e


da Inteligência da Percepção Verdadeira de quem faz a advertência, não é fácil
responder. Por isso, é só pedir, de coração, a Deus. Então, Ele procederá da
melhor maneira e assim está bem.

Tijô-Tengoku Nº 25 (25/06/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

PREFÁCIO — CHIJÔ TENGOKU

Gostaria que o homem meditasse bastante sobre a situação atual de


tudo o que existe na Terra. A maioria é extremamente ilógica; quase nada é
verdadeiro e, por esse motivo, não se tem idéia de quando a humanidade se
libertará do sofrimento. Numa única frase, diria que o mundo todo se
encontra doente, ou seja, que todos os países encontram-se em situações
idênticas. Realmente, apesar da vastidão do mundo, ele é constituído de
pessoas e, pensando bem, a doença de cada indivíduo reflete-se na nação,
o que, por sua vez, se reflete no mundo; assim sendo, este encontra-se
enfermo. Portanto, a situação inversa também é compreensível: o indivíduo
tornando-se sadio, a nação e o mundo também se tornarão.
Entendendo bem essa lógica, poderão compreender que para
construir o Paraíso Terrestre — grande objetivo da nossa Igreja — só existe
um meio: curar a doença de cada indivíduo.

(Revista Chijô Tengoku nº 25 — 25 de junho de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

“Realmente, apesar da vastidão do mundo, ele é constituído


basicamente do conjunto de indivíduos; pensando bem, a doença de cada
indivíduo reflete-se na nação, o que, por sua vez, se reflete no mundo. Assim
sendo, este encontra-se enfermo. Portanto, a situação inversa também é
compreensível: o indivíduo tornando-se sadio, a nação e o mundo também se
tornarão. Esclarecida bem essa lógica, poderão compreender que para
construir o paraíso terreno — grande objetivo da nossa Instituição — só existe
um meio: curar a doença de cada indivíduo.”

(Prólogo da Revista Paraíso Terreno Nº 25, 25 de junho de 1951)

“Realmente, apesar da vastidão do mundo, ele é constituído


basicamente do conjunto de indivíduos; pensando bem, a doença de cada
indivíduo reflete-se na nação, o que, por sua vez, se reflete no mundo. Assim
sendo, este encontra-se enfermo. Portanto, a situação inversa também é
compreensível: o indivíduo, tornando-se sadio, a nação e o mundo também se
tornarão. Esclarecida bem essa lógica, poderão compreender que para
construir o paraíso terrestre — grande objetivo da nossa Instituição — só existe
um meio: curar a doença de cada indivíduo.”

(Prólogo da Revista Paraíso Terreno, 25 de junho de 1951)

(ART/54) RELATO DA VIAGEM A KANSAI


Como é do conhecimento dos senhores membros, depois de muito
tempo, planejei uma viagem à região de Kansai. Isso, obviamente, se deve à
Vontade Divina que indica a aproximação do período de expansão da nossa
Igreja. A seguir, vou falar suscintamente a respeito dos acontecimentos desta
viagem.

Na ida, fui de automóvel e senti que é muito mais cansativo que viajar
de trem. Há muito tempo, vinha alimentando o desejo de, pelo menos uma
vez, viajar tranqüilamente, como se fosse yajikita (dois personagens da obra
Tôkaidotyu Hizakurigue da autoria de Jippen Shaikku) dos tempos
modernos, passando pelas “53 vilas da estrada Tôkaido”; finalmente pude
realizar o meu sonho. Os meus acompanhantes foram minha esposa e o Sr.
Abe, de modo que a viagem foi muito tranqüila. Partimos às sete horas da
manhã e, depois que passamos à cidade de Shizuoka, fomos recebidos por
grupos de membros em vários pontos à beira da estrada durante todo o
trajeto; por isso, foi uma viagem um tanto atarefada. Nos grupos maiores
havia entre 50 a 60 pessoas, e nos menores, cerca de 5 a 6. Mesmo assim,
cumprimentei todos pessoalmente, fazendo reverências; por isso, às vezes,
a minha cabeça ficava até zonza. Também aconteceu o seguinte: ao lado de
uma ponte, havia um grupo de mais ou menos 60 pessoas e, entre elas, um
policial. Então, achei que ele estivesse dando uma “batida”, mas ao passar à
sua frente ele tirou o boné e reverenciou-me respeitosamente. “Ah, ele
também é membro”, pensei comigo mesmo, e sorri. Em meio a esses
acontecimentos, conforme a nossa previsão, chegamos à filial de Nagoya
por volta das 13 horas. Fomos recepcionados na ponte que fica próxima à
igreja pelo Responsável da Igreja Nagoya, Reverendo Katsuiti Watanabe,
min. dirigentes e membros, que somavam algumas centenas de pessoas.
Foi há cerca de meio ano que reconheci aquela unidade como filial. Ela
possui uma vista muito boa, a construção é magnífica e é feita em estilo da
casa de cerimônia do chá; é ampla e agradável e possui vários aposentos.
Naquela região é raro encontrar uma construção majestosa como aquela.
Principalmente o jardim construído com várias rochas grandes e pedras
raras é magnífico.
Logo depois, serviram-nos o almoço feito de coração. Assim que
terminamos de almoçar, dirigi palavras a cerca de 400 a 500 ministros
dirigentes e ministros em geral daquela região. Por volta de 15 horas,
tomamos o automóvel novamente e seguimos a viagem. Tanto na hora da
chegada como na hora da saída da filial, era grande o número de membros
que disputava espaço nos dois lados da rua, numa extensão de mais ou
menos uma quadra. Com certeza, havia mais de mil pessoas. Intercalando
os lados esquerdo e direito, cumprimentei os membros reverenciando, mas
francamente dizendo, não foi nada fácil. Nestes casos, geralmente, as
pessoas importantes costumam acenar com a mão direita; achei que essa é
uma forma mais adequada e cômoda. A localização da igreja fica mais ou
menos a uma quadra da avenida, portanto, felizmente limitava-se apenas
aos membros, livre de trânsito de transeuntes e ausência de curiosos, e isso
realmente foi muito bom.

Depois, seguimos com o carro em direção a Quioto. No caminho,


quando passava nas imediações da montanha Tsutiyama, no desfiladeiro
Suzuka, o carro corria como que deslizando pela estrada turística pouco
acidentada e sob o céu límpido de maio. Sentia uma sensação de frescor
agradável enquanto o veículo percorria a estrada, como que costurando
entre os verdes das montanhas. Repentinamente, quando percebi, já
estávamos percorrendo os campos amplos do Estado de Shiga ao ouvir a
voz da minha esposa “Olha lá, o que estou vendo?” Realmente, o lago
Biwako brilhava entre as montanhas como se fosse um espelho. Assim que
chegamos próximos da ponte Karahashi do rio Seta, havia mais de cem
pessoas à nossa espera, e fomos conduzidos à mansão de um senhor que
já estava preparada para nos receber e se localizava dentro do terreno do
Templo Nanzenji. Ao olhar o horário, faltavam poucos minutos para oito
horas da noite. Esta casa também era muito suntuosa, de estilo de casa de
cerimônia do chá de Quioto. O jardim, além de familiar, amplo e cheio de
musgos, possui uma vista muito boa.

Principalmente, para ir ao aposento que me foi reservado, tinha que


atravessar uma ponte sobre um lago de uma extensão de cerca de 14
metros. Observando melhor, o jardim de estilo Enshu com musgos e
ferrugens era magnífico e elegante. Além disso, o que mais gostei foi o
ambiente silencioso e calmo que difere de hospedarias. Momentos depois
serviram-me o melhor prato de Quioto da cozinha japonesa que degustei
com todo prazer. Por ter viajado onze horas de carro, fiquei deveras cansado
e acabei dormindo por volta de meia noite, recebendo massagem.

No dia seguinte, acordamos cedo e saímos. Primeiramente, o Sr.


Mimura nos levou para visitar o famoso Museu de Belas-artes Sumitomo
(Museu Sen-okuhakuko-kan). Os acervos somavam pouco mais de duzentos
e a maioria era de bronze da China Antiga. Disseram que ali estavam
expostas mais ou menos a metade das obras que possuem. Fiquei admirado
pelo fato deles terem conseguido colecionar tantas peças. As mais antigas
eram da Era “In” e as variedades das obras tornavam-se maior,
proporcionalmente, nas Eras “Kan” e “Sangoku”. Realmente, podemos
avaliar alto o mérito que envolve tudo isso. Saimos desse museu e dirigimo-
nos para o Santuário Katsura. Esse santuário foi construído no início do
Período Momoyama, por isso, sente-se em abundância os gostos dos
amantes de cerimônia do chá e também as características daquela época,
não só na construção como também no jardim.

Além disso, a sua longa existência e o seu sabor melancólico me


deixaram sobremaneira contente. Depois, visitamos os Templos Kokedera
(atual Saihôji) e Ryuanji. A não ser a sensação de novidade, nem uma outra
impressão ficou gravada no coração. A seguir, apressamo-nos para
visitarmos o Templo Honen-in, pois já eram onze horas. Dizem que
antigamente o iluminado Bonzo Honen fez o seu aprimoramento neste
Templo. Lá, dirigi palavras a cerca de cem membros da região que foram
comunicados de antemão e estavam me esperando. Apresentei, entre outras
coisas, a minha impressão sobre a atual Quioto. Depois disso, o bonzo
superior do Templo mostrou-me todos os aposentos do Templo. Apesar de
velho, o Templo é magnífico. Gostei muito, pois o bonzo me mostou mais de
dez obras, entre elas os Tesouros Nacionais da Era Momoyama: Biombo e
Papel da China com pintura de flor e ave de colorido rico (de autoria
ignorada). Em seguida, fomos conduzidos ao pavilhão principal, onde pude
ver uma obra excelente, a imagem de Amida (Amitabha) sentado, um pouco
maior que o ser humano, da autoria de Eshin Sôzu. Depois disso,
retornamos para a mansão na qual estava hospedado e, após o almoço,
fomos visitar o Santuário Shugakuin. Lá, há um jardim muito amplo,
montanhas, lagos e umas duas construções. Observando-se de um ponto
mais alto, há uma vista geral da cidade de Quioto. A paisagem do rio
Kamogawa é magnífica, pois devido à névoa, o rio parecia uma faixa.
Posteriormente, visitamos o Templo Shaka (Shakadô do Templo Seiryoji, do
Bairro de Saga, Quioto) e fomos convidados a visitar o Templo Daitokuji,
onde tivemos a oportunidade de ver a famosa chávena Kizaemon-ido-no-
tyawan. Realmente é uma obra de extrema raridade, uma vez que é
considerada a número um do Japão. Depois fomos conduzidos à Mansão
Nomura (propriedade do Sr. Nomura Tokushiti) do Bairro Nanzenji. Esta era
muito mais magnífica do que se imaginava. Não vi a parte interna da
construção, mas no meio de um enorme jardim havia um grande lago e tudo
que havia ao seu redor, tais como: árvores, pedras e ponte, me agradou.
Basta que imagine o jardim antigo de estilo do senhor feudal construído de
forma moderna. Saindo daí, fui convidado para participar da cerimônia do
Omote e Ura Senke (denominação do melhor estilo de cerimônia do chá),
onde há muito tempo havia prometido uma visita, e participei de cerimônia
do chá da família do Fundador Kankyuan do estilo Mushanokoji e saboreei
kaisseki-ryori (pratos simples e sóbrios que se serve antes da cerimônia do
chá) preparado de todo o coração, e por volta das 22 horas, retornei à
hospedagem e repousei.

No dia seguinte, após o café da manhã, fomos ao Museu Nacional de


Quioto, conforme estava programado previamente, a fim de apreciarmos as
obras da Exposição de Cerâmicas Antigas da China, mas não havia nada de
especial. Em seguida, como havia prometido uma visita, fui ao Museu
Yurinkan, onde estavam expostas obras de belas-artes antigas da China em
abundância. As obras deste museu eram, principalmente, cerâmica, bronze
e pintura. Havia algumas obras excelentes, mas a maioria era regular.
Depois que saímos desse museu, fomos ao Templo Nishi-Honganji.
Conduzido pelo bonzo do Templo, vimos o pavilhão central que, apesar de
velho, é magnífico. Fomos entrando aos fundos e chegamos ao famoso
aposento de entrevistas Hôtaikô da época do Palácio Momoyama, que foi
transferido para cá. O teto era extremamente magnífico e nas quatro
paredes de fundo dourado haviam as pinturas multicoloridas com flores,
pássaros, montanhas, águas e pessoas da China feitas com toda luxúria. Só
por meio deste aposento podemos averiguar quão magnífica era a
autoridade do conselheiro do Imperador.

Depois, fui conduzido a uma casa que ficava no prosseguimento do


jardim, mas num local um tanto distante. Num dos cantos desta casa havia a
sala de banho do Imperador Taiko, que era bem modesta. Tão simples que
nem chega ao nível dos banheiros dos hotéis atuais da classe média. Num
dos lados havia algo parecido com um armário de mais ou menos 1,80 m
com portas de madeira. Então, perguntei o que era aquilo. Disseram que, na
época, dois samurais ficavam escondidos lá dentro, prontos para agir numa
emergência. Isso mostra quão grande era a insegurança da época. Num
canto da sala havia um buraco em que uma pessoa poderia passar. Ao ver o
fundo, havia água que se ligava ao lago localizado na proximidade.
Disseram que aquilo era uma estratégia de fuga para que, numa
emergência, o Imperador pudesse fugir dali de barco. Realmente, é algo
surpreendente. Dando gargalhadas, falei que de maneira nenhuma queria
ter o poder de governar o país para viver uma vida tão inquietante como
aquela.

Depois que saímos desse Templo, finalmente, dirigimo-nos à cidade


de Oossaka. Chegamos à casa em que recentemente tornou-se o anexo do
Solar do Sr. Kawai e lá fomos recebidos calorosamente. Após o almoço,
encontrei-me com dirigentes e algumas centenas de membros mais ativos
da região, que estavam me esperando por longas horas, e realizei uma
palestra. Com o seu encerramento, tomamos novamente o carro com
destino a Mikague, a fim de visitarmos o Museu de Belas-artes Hakutsuru.
Com pouco mais de uma hora chegamos ao museu e, embora estivesse
fechado, graças à atenção e ao empenho de uma pessoa, pude apreciar
apenas as obras mais célebres, o que foi motivo de imensa gratidão. Neste
museu também, as principais obras eram cerâmica, bronze e pinturas
antigas da China. Fiquei atônito ao ver aquelas obras magníficas. Realmente
é admirável o fato do Sr. Kanô, que era o dono desta casa e veio a falecer
recentemente aos 90 anos de idade, ter conseguido colecionar tantas obras
de alta qualidade. Senti grande respeito pelo seu elevado senso estético e
pela sua contribuição. A seguir, vou referir-me sobre as obras de maior
relevância. Trata-se de duas pinturas budistas da cidade de Tonko, da China,
consideradas como tesouros do mundo. São obras de aproximadamente mil
anos atrás; portanto, trata-se de pintura budista, ou melhor, de pintura
oriental, extremamente antiga.

A seguir, o Rokutyôbutsu, uma escultura de Gohibutsu (5 Budas


Misteriosos) de bronze, em alto relevo, quadrada, de cerca de 24 cm. Tanto
a sua técnica como o colorido da época eram de uma qualidade inexprimível
e, até hoje, jamais tinha visto uma obra como aquela.

Além destas, as que se sobressaem são: vaso grande para flores


Hôômimi de porcelana Kinuta, incensário grande Ukibotan do mesmo
material, Cálice chinês Hôshuhei para saquê, colorida, de tamanho médio,
vaso grande para flores Kakiotoshi-kuromoyô-ryumon de Shubuyô (atual
Shiroji-kurokakiotoshi-ryumon-meipin). Nenhuma das demais obras eram
triviais. Já tinha visto em fotografias várias obras antigas de porcelanas
chinesas dos Museus Históricos e de Belas-artes da Inglaterra e dos
Estados Unidos, mas acho que as do Museu Hakutsuru são melhores. Senti
que esta foi a melhor colheita desta viagem. Depois, convidado, fui ao
restaurante Tsuruya, em Imahashi, onde, junto com mais de trinta dirigentes,
participei de um banquete. A fisionomia radiante de todos num ambiente
amistoso parecia insinuar a doravante expansão. O tempo passou rápido e
tive que pedir que se apressasse o carro que me levava até a Estação
Ferroviária de Oossaka, onde cheguei a tempo para tomar o trem noturno
das vinte horas.

Para encerrar, gostaria de dizer que, nesta viagem, onde quer que
fosse, o número de membros era grande. Fiquei plenamente satisfeito ao
presenciar o aspecto do desenvolvimento da Igreja nas regiões de Nagóia,
Quioto e Oossaka. Pude observar principalmente a sinceridade dos
membros em nos recepcionar, suas atitudes, suas fisionomias cheias de
emoção. Também vi a imagem das pessoas com as palmas das mãos
unidas em sinal de respeito e pessoas que soluçavam com lágrimas nos
olhos. Todas as vezes que via tais cenas, o meu peito se enchia de um
sentimento emotivo estranho e inexprimível. Desta vez, a viagem foi de três
dias, das quais fui agraciado com dois dias de tempo bom e, no último,
choveu, mas isso também deve ser alguma Vontade Divina.

Após esta viagem, pude apreender uma profunda Vontade Divina.


Como sempre digo, o Solo Sagrado de Hakone é o Paraíso da Montanha e o
de Atami, do Mar. Sendo assim, acho que é preciso que haja o Paraíso da
Terra, o qual deve ser num terreno plano e amplo. Quioto preenche
exatamente essas condições e, mesmo falando-se em termos numéricos 5,
6, 7, este vem a ser o 7. Portanto, acredito que doravante vamos ter em
nossas mãos um terreno deveras amplo em Quioto. Depois desta visita
àquela cidade, senti que ela é, por inteiro, uma obra de Arte e possuía
inúmeras peculiaridades jamais vistas em quaisquer outras cidades, portanto
é naquela terra que deve ser erigido um grande Paraíso Terrestre.

Senti intensamente que devemos construir algo magnífico e que, sem


nos causar vexame, seja um símbolo desta cidade artística. Mesmo assim,
felizmente a atual Quioto está provida de excelentes obras históricas, mas
quase não se vê obras vigorosas que correspondam à sensibilidade do
homem atual. Por isso, desejo construir, no atual século XX, um ambiente
artístico magnífico que se coadune perfeitamente à sensibilidade da época.
No futuro desejo construir um grande museu de belas-artes em que tanto os
jardins como os edifícios sejam de nível mundial e possuam força de atrair
os turistas estrangeiros. Acho que devemos fazer com que surja esse parque
mundial na cidade artística do Japão.

Revista Tijyo-Tengoku nº 25, 25 de junho de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

VIAGEM À REGIÃO OESTE DO JAPÃO

Como é do conhecimento dos senhores fiéis, empreendi esta viagem à


Região Oeste, a qual não visitava há um bom tempo. Desnecessário mencionar
que me movi de acordo com a Vontade Divina, sendo que tal fato prenuncia a
proximidade da época de desenvolvimento de nossa Igreja. Pretendo, aqui,
relatar, de modo geral, o que ocorreu durante esta viagem.

Na ida fiz uso apenas de automóvel, tendo aprendido que, ao contrário


do que se espera, é menos confortável do que empregar trem. Todavia, assim,
realizei meu antigo desejo de uma vez percorrer as cinqüenta e três estações
da via Tokaido, com ares de um Yajirobee ou de um Kitahachi da atualidade.
Tendo por acompanhantes apenas a minha mulher e Abe, tratou-se de uma
viagem descontraída. Partindo às sete horas da manhã, depois de
atravessarmos Shizuoka, encontramos com grupos de fiéis que, à beira do
caminho, postavam-se aqui e ali para nos cumprimentar, fato que me colocou
bastante atarefado. Os grupos numerosos compunham-se de cinqüenta a
sessenta pessoas, os pequenos — por menores que fossem — de cinco a seis.
A todos eu respondia com um acenar de cabeça, o que chegava a ser
estonteador. Nas cercanias de certa ponte, havia um punhado de cinqüenta a
sessenta pessoas, entre as quais se misturava um policial. Quando eu cogitava
que a razão de sua presença ali estaria na manutenção da ordem, ele,
inesperadamente, descobriu a cabeça e inclinou-se polidamente. Foi, então,
que compreendi tratar-se de um fiel e encenei um sorriso amarelo. Nesse
ínterim, chegamos, consoante o previsto, lá pelas onze horas à igreja de
Nagóia. Na ponte próxima a esta, tivemos a acolhida de membros da diretoria e
demais fiéis, liderados pelo seu chefe, o Sr. Shoichi Watanabe, perfazendo uma
multidão de algumas centenas de pessoas. Fui informado de que aquela casa
fora tomada por igreja a cerca de meio ano atrás. A vista que dela se aprecia é
ótima, tratando-se de uma construção no estilo sukiya, luxuosíssima. Conta
com bastantes cômodos, sendo espaçosa e agradável. É uma casa magnífica,
difícil de se encontrar igual pelas redondezas. Seu jardim, em especial, é
realmente esplêndido, com rochas e pedras exóticas, que se sobrepõem umas
às outras. Fomos convidados, então, para um almoço amabilíssimo, após o
qual fiz uma palestra para quatrocentas ou quinhentas pessoas, diretores e
membros qualificados daquela região. Quando novamente tomei o carro, já
passavam das três horas da tarde. Tanto quando entrei na referida igreja, como
ao dela sair, formavam-se duas alas cerradas de fiéis dos arredores,
desdobrando-se por uma extensão de aproximadamente uns cem metros.
Seriam umas mil pessoas, num primeiro cálculo. Eu ia alternadamente
acenando a cabeça, ora à direita, ora à esquerda, em direção a ambos os
grupos, tendo penado bastante com isso. Considerei, então, ser mais fácil e
conveniente proceder como o pessoal importante em semelhantes ocasiões, ou
seja, manter a mão direita elevada à altura da cabeça. Afortunadamente, o local
em questão era ermo, distando cerca de um quarteirão de uma grande avenida,
fato que evitou a presença de intrusos que tudo querem ver. Foi realmente uma
providência.

A seguir, dirigimos o nosso veículo para a cidade de Quioto. Durante o


percurso, o que atraiu minha atenção foi a passagem pelo desfiladeiro de
Suzuka, nos arredores de Tsuchiyama. Nosso carro avançava como se
deslizasse por uma rodovia plana, dessas típicas das regiões turísticas. O céu
de maio estendia-se completamente azul, e nós íamos serpenteando por entre
o verde viçoso da folhagem nova da vegetação de ambas as encostas dos
montes. Fui tomado por uma intensa sensação de refrigério. De repente, notei
que já havíamos atingido a vasta planície de Shiga. Foi quando minha mulher
exclamou: "Veja!". De fato, o Lago Biwa resplandecia entre as montanhas. Ao
atingirmos as proximidades da ponte de Seta, centenas de pessoas já se
achavam nesse local à espera para nos receber. Fomos, então, conduzidos
para a vila de certo senhor, nas dependências do Templo Nanzen, a qual fora
previamente arranjada para nossa hospedagem. O relógio marcava um pouco
antes das oito. Também esta vila era uma construção sukiya ao estilo de
Quioto: bastante luxuosa, com um jardim espaçoso, proporcionando uma vista
agradável e familiar com seus musgos. Em especial, era difícil de desprezar a
paisagem do jardim em estilo enshu, atapetado com musgo, vista da ponte em
arco sobre um lago, de uns quinze metros, que conduzia para o prédio
destinado às minhas acomodações. Além de tudo, o melhor eram o sossego e a
calma reinantes, dos quais não se pode gozar em hospedarias. Logo, foram
servidos pratos da mais fina culinária japonesa de Quioto, e eu os degustei com
delícia. Como eu me encontrasse esgotado, graças à viagem de automóvel de
onze horas, devo ter caído no sono lá pelas doze horas, depois de muito ter
preocupado os servidores próximos.
Na manhã seguinte, levantamo-nos cedo e partimos, visitando,
inicialmente, o museu de propriedade da família Sumitomo 15, guiados pelo Sr.
Mimura. Seu acervo compõe-se quase que todo de bronzes chineses antigos,
estando, em exposição, perto de duas centenas e algumas dezenas de peças.
Disseram-me ser este número quase a metade do total. Surpreendeu-me terem
conseguido reunir semelhante cabedal. As peças mais antigas remontam ao
período da dinastia Yin e, à medida que o tempo avança, passando pela
dinastia Han e os Três Reinos, essa variedade aumenta. Deve-se ter em alta
valia o mérito daquele que reuniu tão completo acervo. Daqui saindo,
encaminhamo-nos à vila real de Katsura. Esta vila, tendo sido construída nos
primórdios do período Momoyama, traz, acentuadamente imbuído em seus
prédios e jardins, o gosto que então imperava pela Cerimônia do Chá, refletindo
muito bem a característica da época. Além do mais, deleitou-me, sobretudo, o
sabor indizível de sobriedade, originário da pátina dos longos anos fluídos.
Visitamos, depois os templos Kokedera 16 e Ryoan. Sobre estes últimos, não me
restou outra impressão a não ser a que eu possa adjetivar como "lugares
curiosos". Como os ponteiros do relógio marcavam onze horas, apressamo-nos
rumo ao templo Honen-in, do qual se diz ter sido o local onde, outrora, o
venerado monge Honen se dedicou a práticas ascéticas. Aguardavam-nos, ali,
centenas de fiéis desta região, a qual há muito planejávamos visitar. Portanto,
fiz-lhes uma palestra intercalada com as minhas impressões sobre Quioto
naquele dia. Finda esta, vi os vários cômodos do referido templo sob a
orientação do pároco. Não obstante seu envelhecimento, trata-se de um templo
magnífico. Além de tudo, mostraram-me mais de dez peças, dentre as quais
papéis decorados com pinturas em cores vivas de flores e pássaros, assim
como um biombo (de autoria de artista desconhecido) do período Momoyama,
classificados como tesouros nacionais: tudo simplesmente esplêndido. Fui
introduzido, a seguir, no pavilhão principal, onde pude contemplar a imagem
sentada do Buda Amitabha, de dimensões um pouco maiores que as de um
homem, atribuída a Eshin Sozu, também esta uma obra excelente. Voltando,
então, ao local em que nos hospedávamos, depois do almoço dirigimo-nos,
primeiramente, à vila real de Shugakuin. A vila é constituída de um extenso
jardim, de alguns milhares de metros quadrados, com colinas e lagos, e apenas

15
Museu de propriedade da família Sumitomo: Museu Sen-okuhaku Kokan.
16
Kokedera: Templo Saiho-ji
um ou dois prédios. De sua parte alta, a vista abarca toda a cidade de Quioto. A
paisagem em que o rio Kamogawa dissolve-se em brumas, como se fosse uma
cinta de cor branca, é difícil de se descartar. A seguir, visitei o Templo
Shakadera17, de Saga, sendo depois convidado ao Templo Daitoku, onde me
mostraram a taça de chá do tipo Ido, chamada Kizaemon. Tida como a melhor
taça de chá do Japão, trata-se realmente de uma preciosidade. Após isso, fui
conduzido à vila de Nomura18, em Nanzenji-cho. A magnificência desta mansão
ultrapassou as minhas expectativas. Apesar de não ter visto o seu interior, os
seus vastos jardins, com um lago ao centro, cercado por árvores e rochas, bem
como sua ponte — tudo, enfim, adequava-se ao meu gosto. Para se ter uma
idéia, basta que se imagine um jardim no estilo daqueles dos senhores feudais
antigos, modernamente arranjado. Depois de sair deste local, fui convidado
para o chá, conforme anteriormente havia sido combinado, pela família de
Kankyu Soanke, patriarca do estilo Mushanokoji da Cerimônia do Chá, estilo
este que forma com os das famílias Ura e Omote-Senke três grandes correntes.
Na ocasião, fui recebido com um banquete cordialíssimo, composto de pratos
da culinária kaiseki. Lá pelas dez horas, de volta à nossa pousada, fui dormir.

Na manhã seguinte, às dez horas, rumamos, de acordo com o programa,


ao Museu Nacional de Quioto, onde vi a exposição, ora realizada, de cerâmica
chinesa antiga. Não havia, contudo, nada de especial. Visitei a seguir, como
também fora arranjado, o Museu Yurinkan, onde se expõe um rico acervo de
Arte chinesa antiga, principalmente louças antigas, bronzes e pinturas, havendo
coisa de primeira. A grande parte, entretanto, é de categoria mediana. Depois,
fomos ao mosteiro Nishihongan-ji. Guiados por um monge, visitamos as suas
dependências que, não obstante velhas, são imponentes. Progressivamente
fomos conduzidos para o seu interior, adentrando por uma sala que, segundo
consta, foi usada para audiências por Hideyoshi Toyotomi no seu famoso
castelo de Momoyama, tendo sido transportada para esse local. Seu teto
luxuoso é de treliças, e suas quatro paredes são forradas inteiramente com
delgadas lâminas de ouro, sobre as quais se pintaram, em cores vivíssimas,
flores e pássaros, paisagens e figuras humanas, conformando a quintessência
da pompa. A fulgurante superioridade do então Conselheiro-Mor pode ser

17
Templo Shakadera: Estátua de Shaka, do Templo Seiryo-ji em Saga, Quioto.
18
Vila de Nomura: vila do Sr. Tokushichi Nomura.
pressentida completamente graças a tal sala. Depois, fomos levados, através
de um jardim, a uma casa bem afastada, do feitio de um anexo. Num canto
dela, havia a sala de banho de Hideyoshi, por sinal muito rústica. Não chega
mesmo aos pés dos banheiros das hospedarias de classe média modernas.
Outrossim, havia, num dos lados, uma porta de tábuas de cerca de um metro e
oitenta centímetros, como a de um armário embutido. Ao perguntar do que se
tratava, obtive a resposta de que era o esconderijo de dois guerreiros que se
refugiariam ali caso fosse preciso. Como se pode deduzir, era mesmo uma
época perigosíssima. Além disso, na sala maior, abria-se um buraco grande o
bastante para dar passagem a um homem. Espiando dele, pude ver que se
comunicava com a água do lago próximo. Disseram-me que sua função era dar
fuga de barco pelo lago, nas horas de emergência. Fiquei mas foi pasmado! Ri
à beça, dizendo que renunciaria ao poder, caso tivesse que levar uma vida tão
sinistra assim, mesmo sendo o senhor do mundo. Saindo de lá, dirigimo-nos de
carro rumo a Osaka. Tendo chegado à casa do Sr. Kawai, a qual, há pouco
tempo, tornaram-se igreja filial, fomos calorosamente acolhidos. Após o almoco,
entrevistei-me com os principais fiéis da região, a começar pelos membros da
diretoria, que, às centenas, estavam, há muito, à minha espera, fazendo-lhes
uma palestra. Finda esta, novamente tomamos o automóvel, com o propósito
de visitar o Museu Hakutsuru, em Mikague. Levamos pouco mais de uma hora
para chegar ao referido local. Apesar de, na oportunidade, o museu em questão
achar-se fechado, graças aos desmedidos esforços de determinado senhor,
selecionaram e mostraram-me, em deferência especial, unicamente suas
melhores peças. Não sei como agradecer por tal gesto. Também nele o acervo
consta, essencialmente, de cerâmicas chinesas antigas, além de bronzes e
pinturas. Tratando-se, entretanto, somente de obras de primeiríssima qualidade,
mesmo a mim, deixaram-me pasmado. Espontaneamente, fui tomado pelo
sentimento de render homenagem ao Sr. Kano, patriarca da família proprietária
do museu, recentemente falecido aos noventa anos, por sua elevada visão e
mérito de ter conseguido colecionar tantas obras finas! Escreverei com
brevidade sobre o principal. Em primeiro lugar, havia duas pinturas budistas
originárias de Tung Huang, China, que podem ser qualificadas como tesouro
mundial. Devem datar de um milênio antes, sendo extremamente antigas como
pintura religiosa búdica ou, para ser mais exato, pintura oriental. Citarei, a
seguir, uma escultura budista do período das Seis Dinastias, uma placa de
bronze de 20 a 25 cm2, na qual se estampavam, em alto-relevo, as imagens de
cinco Budas. Seja pela técnica empregada, seja pela característica da época, a
peça possui um sabor indiscutível. Eu jamais tinha visto coisa parecida. Outras
peças que se destacaram foram o jarro de flores de porcelana verde-resedá
kinuta com fênix19, o turíbulo de porcelana com peônias em relevo, uma galheta
de louça tricolor da Dinastia T´ang e o vaso de flores decorado com dragões
negros em baixo-relevo20, produzido nos fornos de Hsiu Pu. Entre todas as
demais obras não havia uma sequer que fosse vulgar. Vi variadas fotografias de
peças de porcelana chinesa do acervo de museus norte-americanos e
europeus, mas estas são superiores. De tal viagem, considero estes os
melhores frutos que colhi. Após a visita, fui convidado ao famoso Restaurante
Tsuruya, em Imabashi, onde, juntamente com cerca de trinta membros da
diretoria, tomei parte de um jantar. O clima era por demais harmonioso. O
semblante risonho de todos parecia como que vaticinar o progresso futuro de
nossa Igreja. Porém, como o tempo urgisse, dirigimo-nos velozmente de
automóvel a estação de Osaka, aonde chegamos a tempo de embarcar no trem
noturno das oito horas.

Um acontecimento que desejo, por fim, registrar, é que, nesta viagem,


aonde quer que eu fosse, as aglomerações de fiéis eram enormes. Ao deparar-
me com fato tão alvissareiro, tomei renovada consciência do desenvolvimento
alcançado nas regiões de Nagóia e Oeste, não podendo reprimir a minha
alegria. Outrossim, a começar da sinceridade fervorosa e das fisionomias,
transfiguradas pela emoção, dos fiéis que acorriam para me receber e despedir-
se de mim, havia mesmo quem respeitosamente se punha de mãos postas, e
outros até que se sufocavam em suas próprias lágrimas. Em semelhantes
ocasiões, também eu experimentava uma estranha sensação, impossível de se
descrever, a brotar do meu íntimo. Esta viagem, ademais, teve a duração de
três dias: nos dois primeiros, fomos agraciados com bom tempo e, no último,
tivemos chuva. Também este fato deve se tratar, também, de manifestação de
algum plano divino.
19
Jarro de flores de porcelana verde-resedá kinuta com fênix: vaso de gargalo com fênix.
20
Vaso de flores decorado com dragões negros em baixo-relevo: vaso do tipo flor de
cerejeira, decorado com dragões negros, em baixo-relevo, sobre fundo branco, produzido
nos fornos atualmente conhecidos como Tz'uchou.
Após o término desta viagem, pude sondar a profundidade dos desígnios
divinos. Explicarei. Como sempre afirmo, Hakone é o Paraíso das Montanhas, e
Atami, o Paraíso do Mar. Há, portanto, necessidade de que se edifique o
Paraíso da Planície — para o qual se faz mister um terreno plano e vasto.
Quioto, sim, é o local que se adequa justamente a esses quesitos: num sentido
de Miroku (5, 6 e 7), equivaleria a 7 (sete). Por tal razão é que haveremos de
adquirir um terreno de enormes dimensões nesse lugar. Além do mais, o que
desta vez senti com intensidade, graças à observação, é que Quioto constitui,
em seu conjunto, uma obra de arte. Conta com uma gama de peculiaridades
jamais encontrada em nenhuma outra cidade, devendo ser, por excelência, o
local a abrigar o grande Paraíso Terrestre. Desta maneira, eu me senti
intensamente ansioso por construir algo magnificente e digno do símbolo de
uma metrópole artística. Contudo, em que pese a Quioto o fato de contar, hoje,
satisfatoriamente, com excelentes exemplares de beleza histórica, quase que
não se depara, nessa região, com coisas que apelem de maneira vívida para o
senso do homem moderno. Desejo eu, pois, construir um espaço artístico
maravilhoso, que se amolde, perfeitamente, ao senso da época de hoje, o
século vinte. Quero construir algo grandioso: jardins, prédios e, sobretudo, um
grande museu de âmbito mundial, algo que tenha a capacidade de absorver,
futuramente, os turistas estrangeiros. Desejo concretizar, na cidade japonesa
das Artes, este parque mundial.

Tijyo Tengoku, nº 25 — 25 de junho de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

"Depois de concluída esta última viagem, foi-me possível perscrutar a


profundidade da Vontade de Deus. Direi o porquê. Como sempre tenho dito,
Hakone é o Paraíso da montanha e Atami, o do mar. Assim sendo, é preciso
que haja o Paraíso da planície, o qual deve situar-se em terreno plano e
amplo. Quioto satisfaz perfeitamente a este requisito. Em se exemplificando
com o nome "Miroku" — 567 — correponderia ao número 7. Por isso, mais
cedo ou mais tarde, haveremos de adquirir um terreno bastante amplo em
Quioto. Senti intensamente, ao contemplar desta vez a cidade, que ela
conforma, no conjunto, com uma peça de arte, contando com uma infinidade
de características distintas que não se encontram em outras metrópoles: é,
por excelência, o local onde se deve erigir um colossal Paraíso Terrestre.
Por conseguinte, senti profunda vontade de construir naquele lugar algo
esplêndido, que não desonre sua condição de símbolo de cidade da arte."

(25 de junho de 1951)


(tradução em: A Construção do Paraíso e a
Dedicação em Donativos)

“Além do mais, o que desta vez senti com intensidade, graças à


observação, é que Quioto constitui, em seu conjunto, uma obra de arte. Conta
com uma gama de peculiaridades jamais encontrada em nenhuma outra
cidade, devendo ser, por excelência, o local a abrigar o grande Paraíso Terreno.
Destarte, me senti intensamente ansioso por construir algo grandioso e digno
do símbolo de uma metrópole artística. Contudo, no que pese o fato de Quioto
hoje contar satisfatoriamente com excelentes exemplares de beleza histórica,
quase que não se depara aí com coisas que apelem de maneira vívida para o
senso do homem moderno. Desejo, pois, construir um espaço artístico
maravilhoso, que se amolde perfeitamente ao senso da época de hoje, o seculo
vinte. Quero construir algo grandioso: jardins, prédios e, sobretudo, um grande
museu de âmbito mundial, algo que tenha a capacidade de absorver
futuramente os turistas estrangeiros. Quero concretizar, na cidade japonesa das
artes, este parque mundial.

(Viagem missionária à região de Kansai, 25 de junho de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E Construção)

“Aqueles que conseguem vislumbrar o Alvorecer revelam possuir a


verdadeira visão.”

A expressão Juízo Final foi enunciada por Cristo, mas, como ele não
falou quando e como isso iria se processar, ainda hoje tudo permanece envolto
em mistério. Especialmente os cristãos têm tentado, ao longo dos tempos,
desvendá-lo. Até o momento, porém, ninguém o conseguiu, pois quem for
capaz de tal feito deverá ter o mesmo nível ou nível mais elevado que Cristo.

O esclarecimento seguro dessa verdade, através de mim, fará com que a


pessoa, seja ela quem for, arregale os olhos de puro assombro. E é natural que
assim seja, pois recebi de Deus a missão de dar a partida para o advento do
Juízo Final.

Juízo significa julgamento. A crença geral é que esse julgamento será


efetuado por Deus, ou então que aparecerá o Enma (4).Mas não é assim. Então
como será? Resumindo em uma palavra, vai haver uma grande ação
purificadora, que atingirá a todos.

Há algum tempo venho anunciando que o Mundo Espiritual, que até


agora se encontrava na Era da Noite, finalmente está entrando na Era do Dia.
O Juízo Final é o momento em que esse processo transitório for totalmente
concluído, e a hora está bem próxima. Como eu já disse anteriormente, tendo o
dia 15 de junho de 1931 como ponto de partida, vem se operando
gradativamente a mudança para o Dia, com a grande e decisiva ação
purificadora ocorrendo no final. Evidentemente, ela se processará em três
escalas: do Mundo Divino para o Mundo Espiritual e deste para o Mundo
Material, que então se tornará verdadeiramente Mundo do Dia. Este será o
Mundo da Luz. Com respeito ao tempo, em 15 de junho deste ano o Mundo
Material deu o primeiro passo para entrar na derradeira fase da Transição para
o Mundo do Dia. Devo esclarecer que existe um plano determinando que dentro
de dez anos, a partir do corrente ano, será estabelecido o alicerce do Mundo de
Miroku, ou seja, do Paraíso Terrestre.

Falei de modo geral, mas, naturalmente, o avanço dessa mudança é


gradativo; os senhores membros devem saber que ela está se processando
passo a passo, judiciosamente. Na medida em que o Mundo Espiritual se torna
Dia, as purificações tornam-se cada vez mais fortes, o efeito do Johrei mais
(4)
Enma ou Enma Daio é a divindade que exerce a função de juiz no Fórum do Mundo
Espiritual.
notável e a cura das doenças cada dia mais rápida, com o número de milagres
aumentando. Se compararem as curas obtidas há um ou dois anos atrás com
as do presente, compreenderão bem. Da mesma forma, com a intensificação
gradativa da purificação, a mudança na sociedade também será mais violenta.
Como tudo será exposto à Luz, de acordo com o princípio da Concordância, os
desonestos irão gradualmente decair e os honestos prosperar, assimilando o
mesmo padrão da purificação do Mundo Espiritual. Existe, porém, um problema
muito sério: chegando a hora, por mais que o homem se esforce, nada poderá
contra a força da Grande Natureza. O Bem e o Mal serão claramente
separados; o Mal será destruído e o Bem sobreviverá.

Pela razão acima, quanto mais pecados e impurezas a pessoa tiver,


menos conseguirá suportar a grande purificação, não havendo outra alternativa
a não ser despedir-se deste mundo. Em contrapartida, o Bem conseguirá
sobreviver com facilidade. Assim, não podemos ficar tranqüilos, a menos que
nos encontremos em condições de suportar qualquer espécie de purificação.
Para os que possuem muitos pecados e impurezas, o Juízo Final é temível;
para aqueles que os têm em pequena quantidade, ao contrário, ele é
gratificante. Isto porque, após o Juízo Final, virá o Paraíso, e as pessoas
poderão ter uma vida jubilosa.
A esse respeito, como expliquei, o aparecimento da nossa Igreja está
ligado ao objetivo de criar o maior número possível de pessoas capazes de
atravessar imunes o Juízo Final. Isso significa o grande amor de Deus e,
também, a grande missão a mim atribuída. Sendo o Johrei o único método para
atingir esse objetivo, ele não só cura doenças, mas também cria pessoas com
qualificação para atravessar imunes o Juízo Final. Aqueles que souberem
dessa Obra deverão reconhecer, na nossa Igreja, a grande Arca de Noé para a
salvação do mundo. Ela se chama Igreja Messiânica Mundial exatamente pelas
razões citadas.

Creio que, através do que dissemos, puderam compreender, de modo


geral, o significado do Juízo Final.

Jornal Eiko nº 110 - “O que é o Juízo Final?” (26/06/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)
8.1. Significado do johrei

A) Meishu Sama: Como já expliquei, o nosso objetivo é formar o maior


número possível de pessoas que passem incólumes pelo Juízo Final. Esse é o
Grande Amor de Deus e também uma grande missão da qual fui incumbido. E o
Johrei é o único meio para isso. O Johrei serve não apenas para curar as
doenças: ele cria pessoas qualificadas, capazes de ultrapassar ilesas ao Juízo
que está por vir.

Shukyo-hen (27/06/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

Criar pessoas qualificadas, capazes de ultrapassar ilesas ao


Julgamento que está por vir

(...) O surgimento da nossa Igreja, como já expliquei, tem como


objetivo formar o maior número possível de pessoas que possam passar
incólumes pelo Juízo Final. Eis o grande Amor de Deus e, também, a grande
missão a mim atribuída. E o Johrei é o único meio para isso, assim não
apenas serve para curar as doenças: ele cria pessoas qualificadas, capazes
de ultrapassar ilesas ao Julgamento que está por vir.

27 de junho de 1951
(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

“Os modelos de Deus são interessantes, mas não se limitam


simplesmente a esse tipo de coisa: as pessoas também são modelos. Há o
modelo do americano, do inglês, do chinês, como também o do africano. Se
cada uma dessas pessoas tornar-se fiel e for salva, essa salvação se amplia...
Tem-se esse modelo. Ampliando-se, progressivamente abrangerá uma nação.
(...)

Por essa razão, também na prática da fé não se está só. Um indivíduo


representa dez mil, cem mil outros, portanto não pode menosprezar a sua
própria pessoa. ”

(Palestra, 27 de junho de 1951)

(R1/34) O QUE É O JUÍZO FINAL?

A expressão Juízo Final foi enunciada por Cristo, mas, como ele não
falou quando e como isso iria se processar, ainda hoje tudo permanece
envolto em mistério. Especialmente os cristãos têm tentado, ao longo dos
tempos, desvendá-lo. Até o momento, porém, ninguém o conseguiu, pois
quem for capaz de tal feito deverá ter o mesmo nível ou nível mais elevado
que Cristo.

O esclarecimento seguro dessa verdade, através de mim, fará com


que a pessoa, seja ela quem for, arregale os olhos de puro assombro. E é
natural que assim seja, pois recebi de Deus a missão de dar a partida para o
advento do Juízo Final.

Juízo significa julgamento. A crença geral é que esse julgamento será


efetuado por Deus, ou então que aparecerá o Enma. Mas não é assim.
Então como será? Resumindo em uma palavra, vai haver uma grande ação
purificadora, que atingirá a todos.

Há algum tempo venho anunciando que o Mundo Espiritual, que até


agora se encontrava na Era da Noite, finalmente está entrando na Era do
Dia. O Juízo Final é o momento em que esse processo transitório for
totalmente concluído, e a hora está bem próxima. Como eu já disse
anteriormente, tendo o dia 15 de junho de 1931 como ponto de partida, vem
se operando gradativamente a mudança para o Dia, com a grande e decisiva
ação purificadora ocorrendo no final. Evidentemente, ela se processará em
três escalas: do Mundo Divino para o Mundo Espiritual e deste para o Mundo
Material, que então se tornará verdadeiramente Mundo do Dia. Este será o
Mundo da Luz. Com respeito ao tempo, em 15 de junho deste ano o Mundo
Material deu o primeiro passo para entrar na derradeira fase da Transição
para o Mundo do Dia. Devo esclarecer que existe um plano determinando
que dentro de dez anos, a partir do corrente ano, será estabelecido o
alicerce do Mundo de Miroku, ou seja, do Paraíso Terrestre.

Falei de modo geral, mas, naturalmente, o avanço dessa mudança é


gradativo; os senhores membros devem saber que ela está se processando
passo a passo, judiciosamente. Na medida em que o Mundo Espiritual se
torna Dia, as purificações tornam-se cada vez mais fortes, o efeito do Johrei
mais notável e a cura das doenças cada dia mais rápida, com o número de
milagres aumentando. Se compararem as curas obtidas há um ou dois anos
atrás com as do presente, compreenderão bem. Da mesma forma, com a
intensificação gradativa da purificação, a mudança na sociedade também
será mais violenta. Como tudo será exposto à Luz, de acordo com o
princípio da Concordância, os desonestos irão gradualmente decair e os
honestos prosperar, assimilando o mesmo padrão da purificação do Mundo
Espiritual. Existe, porém, um problema muito sério: chegando a hora, por
mais que o homem se esforce, nada poderá contra a força da Grande
Natureza. O Bem e o Mal serão claramente separados; o Mal será destruído
e o Bem sobreviverá.

Pela razão acima, quanto mais pecados e impurezas a pessoa tiver,


menos conseguirá suportar a grande purificação, não havendo outra
alternativa a não ser despedir-se deste mundo. Em contrapartida, o Bem
conseguirá sobreviver com facilidade. Assim, não podemos ficar tranqüilos, a
menos que nos encontremos em condições de suportar qualquer espécie de
purificação. Para os que possuem muitos pecados e impurezas, o Juízo
Final é temível; para aqueles que os têm em pequena quantidade, ao
contrário, ele é gratificante. Isto porque, após o Juízo Final, virá o Paraíso, e
as pessoas poderão ter uma vida jubilosa.
A esse respeito, como expliquei, o aparecimento da nossa Igreja está
ligado ao objetivo de criar o maior número possível de pessoas capazes de
atravessar imunes o Juízo Final. Isso significa o grande amor de Deus e,
também, a grande missão a mim atribuída. Sendo o Johrei o único método
para atingir esse objetivo, ele não só cura doenças, mas também cria
pessoas com qualificação para atravessar imunes o Juízo Final. Aqueles que
souberem dessa Obra deverão reconhecer, na nossa Igreja, a grande Arca
de Noé para a salvação do mundo. Ela se chama Igreja Messiânica Mundial
exatamente pelas razões citadas.

Creio que, através do que dissemos, puderam compreender, de modo


geral, o significado do Juízo Final.

Jornal Eiko nº 110, 27 de junho de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

“Até agora, era noite no Mundo Espiritual. Contudo, conforme tenho


explicado, nesse plano, finalmente, está se processando a Transição do Mundo
da Noite para o do Dia. O que se revelará nitidamente com isso é o Juízo Final.
Aliás, esse dia está bem próximo. Conforme noticiei já há algum tempo, desde
o dia 15 de junho de 1931, pouco a pouco, está se processando a Transição da
Noite para o Dia. No final, ocorrerá a grande e decisiva purificação.
Naturalmente, a ordem é esta: mundo divino, das almas ancestrais e físico.
Acontecerá em três etapas, mas, quando o Mundo da Noite transformar-se, de
fato, no do Dia, teremos concretizado o Mundo da Luz.”

(O Que é o Juízo Final?, 27 de junho de 1951)

Até agora, era Noite no Mundo Espiritual. Contudo, conforme tenho


explicado, nesse plano, finalmente, está se processando a Transição do
Mundo da Noite para o do Dia. O que se revelará nitidamente com isso é o
Juízo Final. Aliás, esse dia está bem próximo. Conforme noticiei já há algum
tempo, desde o dia 15 de junho de 1931, pouco a pouco, está se
processando a Transição da Noite para o Dia. No final, ocorrerá a grande e
decisiva purificação. Naturalmente, a ordem é esta: mundo divino, das almas
ancestrais e físico. Acontecerá em três etapas, mas, quando o Mundo da
Noite transformar-se, de fato, no do Dia, teremos concretizado o Mundo da
Luz.

(O que é o Juízo Final? 27 de junho de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

O QUE É O JUÍZO FINAL

(...) Quanto mais pecados e impurezas a pessoa tiver em seu espírito,


menos força ela terá para resistir à grande purificação e, portanto, para ela só
existirá um destino: dar adeus de uma vez por todas a este mundo. (...)

27 de junho de 1951
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos)

"O QUE É O JUÍZO FINAL"

(...) Quanto mais pecados e impurezas a pessoa tiver em seu espírito,


menos força ela terá para resistir à grande purificação e, portanto, para ela
só existirá um destino: dar adeus de uma vez por todas a este mundo. (...)

27 de junho de 1951
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

(J2/185) EM COMPARAÇÃO AO TRATAMENTO MATERIALISTA

A experiência de fé intitulada “Eliminado em uma noite o coágulo de


sangue” é bem ilustrativa como exemplo vivo da nossa constante
declaração: “A verdadeira cura não ocorre através do tratamento
materialista; de qualquer formam, precisa ser através do tratamento
espiritual”. Trata-se de uma doença que paralisa a micção e o sofrimento
causado por ela é muito grande. A causa era o coágulo de sangue que
obstruía o canal que liga a bexiga à uretra, na saída da bexiga. À primeira
vista, parecia que bastava retirá-lo com aparelho, mas por mais que se
tentasse meticulosamente, nada conseguia-se; porém, com apenas uma
ministração de Johrei, o coágulo foi dissolvido e eliminado, ocorrendo a cura
completa. Realmente, a pessoa foi salva da beira da morte; portanto, o efeito
do Johrei da nossa Igreja é sem dúvida uma medicina de orgulho mundial.

Jornal Eiko nº 110, 27 de junho de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

MEISHU

A Igreja Messiânica Mundial, na época da Associação Kannon, não


curava tanto assim. A cura feita por mim era quase igual à que hoje os senhores
realizam, sabe? Isso porque o Sol ainda não havia surgido. A cada ano o Sol
aparece mais e por isso surgem milagres. Por isso, com o passar do tempo a
cura será melhor e também haverá mais milagres. Em contrapartida a parte da
linhagem da Lua será cada vez mais o oposto. Eu disse que todos os
japoneses serão fiéis e é isso mesmo. Pois não há quem adore a Lua quando o
Sol Sobe. Mas não é por isso que a Lua desapareceu por completo. Pois ela
existe. Antes, a Lua era principal. Agora o Sol é principal, pois sem a Lua - sem
a água - o fogo não arde.

A letra Mci (?), sabe... Meishu tem esse significado. E Meiji também. De
Meiji (??) para Showa (??) e eu nasci em Meiji.

(Gossuiji-roku no. 6 1/7/1951)


(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)
MEISHU

A Igreja Messiânica Mundial, na época da Associação Kannon, não


curava tanto assim. A cura feita por mim era quase igual à que hoje os senhores
realizam, sabe? Isso porque o Sol ainda não havia surgido. A cada ano o Sol
aparece mais e, por isso, surgem milagres. Por isso, com o passar do tempo, a
cura será melhor e também haverá mais milagres. Em contrapartida, a parte da
linhagem da Lua será cada vez mais o oposto. Eu disse que todos os
japoneses serão fiéis e é isso mesmo. Pois não há quem adore a Lua quando o
Sol sobe. Mas não é por isso que a Lua desapareceu por completo. Pois ela
existe. Antes, a Lua era principal. Agora o Sol é principal, pois, sem a Lua - sem
a água - o fogo não arde.

A letra Mei (?), sabe, de Meishu, tem esse significado. E Meiji também.
De Meiji (??) para Showa (??) e eu nasci em Meiji.

Gossuiji-roku Nº 6 (01/07/1951)
(tradução em: Ensinamentos e Orientações)

MEISHU

A Igreja Messiânica Mundial, na época da Associação Kannon, não


curava tanto assim. A cura feita por mim era quase igual à que hoje os senhores
realizam, sabe? Isso porque o Sol ainda não havia surgido. A cada ano, o Sol
aparece mais e, por isso, surgem milagres. Assim, com o passar do tempo, a
cura será melhor, e também haverá mais milagres. Em contrapartida, a parte da
linhagem da Lua será cada vez mais o oposto. Eu disse que todos os
japoneses serão fiéis e é isso mesmo. Pois não há quem adore a Lua quando o
Sol sobe. Mas não é por isso que a Lua desapareceu por completo. Pois ela
existe. Antes, a Lua era principal. Agora o Sol é principal, pois sem a Lua - sem
a água - o fogo não arde.

A letra Mei (?), sabe... Meishu tem esse significado. E Meiji também. De
Meiji (??) para Showa (??), e eu nasci em Meiji.
Gossuiji-roku Nº 6 (01/07/1951)
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

(ART/43) A RESPEITO DA CALIGRAFIA

O Sr. Egawa, que tem sempre animado as nossas publicações com


seu texto original, breve e atento, desta vez expôs suas impressões sobre a
caligrafia e a religião. Ao lê-lo, senti-me tocado. Vou expor, a seguir, aquilo
que eu for lembrando.

Desde tempos remotos vem se afirmando que, originariamente, a


caligrafia manifesta a personalidade do autor, por isso leva-se em
consideração o respeito pelas caligrafias feitas por pessoas eminentes,
bonzos ilustres e intelectuais. É um fato interessante, pois a caligrafia e a
Cerimônia do Chá estão numa relação íntima e inseparável. A respeito disso,
certa vez, li uma reportagem de Rikyu (mestre de Cerimônia do Chá) sobre
as reuniões de Cerimônia do Chá. De acordo com a reportagem, Rikyu
gostava de bokusseki (caligrafia feita a tinta carvão) e, nas reuniões que
fazia, sempre colocava no aposento esse tipo de caligrafia. Às vezes,
colocavam-se pinturas, mas isso se limitava a Mokkei (mestre de Cerimônia
do Chá). As caligrafias bokusseki eram feitas por ilustres bonzos chineses da
Era Sô-guen (960-1368); entre elas, existem algumas que foram feitas no
Japão por bonzos que se naturalizaram japoneses. As caligrafias dos bonzos
Zen do Japão também são muito respeitadas.

Os mestres mais renomados são os bonzos Daitokokushi (1282 –


1337), que construiu o templo Daitokuji (de Quioto), Mugakuzenji (1226 –
1286), que construiu o templo Engakuji (de Kamakura) e outros mestres,
como os bonzos Mussokokushi (1276 – 1351) e Sôen (1859 – 1919). Entre
os bonzos chineses e os naturalizados japoneses, temos, por exemplo,
Engo, Mudyun, Mokorin, Seisetsu, Kidô, Gottan, Daikei, Kissosseki, Jidyo e
Ondanko; destes, gosto mais de Daitokokushi, Mudyun e Sôen. Ao apreciar
as caligrafias bokusseki, sentimo-nos tocados não só pelas letras
caligrafadas com habilidade, é óbvio, mas também pelas demais letras,
devido a uma espécie de nobreza que elas possuem. Realmente, é algo que
emana dessas caligrafias, pelo elevado nível da personalidade de seus
autores.

A seguir, falarei sobre as caligrafias do Templo Daitokuji, feitas pelos


bonzos Zen de várias gerações. Estas também são obras que não devemos
menosprezar de forma alguma. Principalmente as caligrafias do bonzo Ikkyu
(1394 –1481) são realmente um tanto infantis, mas sem se prender o mínimo
que seja à forma, ele não demonstra qualquer intenção de querer escrever
com destreza. Realmente está bem explícita sua personalidade simples e
ingênua. Existem muitas imitações de Ikkyu, mas o interessante é que a
gente descobre que a obra não é autêntica pelo fato das caligrafias de Ikkyu
serem perfeitas demais.

As caligrafias do bonzo Takuan (1573 – 1645) também são muito


boas, feitas com grande habilidade e aspiração. No fato dele não manifestar
ostentação dizendo ter alcançado o discernimento espiritual esconde-se a
personalidade nobre de um mestre Zen.

Também há obras boas de Seigan, Kogetsu e Gyokushitsu. Acho que


as caligrafias do comandante militar Kussunoki Massashigue (1294 – 1336)
são muito hábeis, apesar dele ter sido Samurai, mas as de Hideyoshi
(comandante militar Toyotomi Hideyoshi, 1536 – 1598) e de Ieyassu (general
Tokugawa Ieyassu, 1542 – 1616) são notáveis.

Outro dia vi, num determinado local, as caligrafias do bonzo Kukai


(774 –835); são letras suaves e boas, mas achei que não são tão
maravilhosas quanto se dizia.

Na era moderna, as caligrafias de Yamaoka Tesshu (político da Era


Meiji, 1836 – 1888) também são interessantes. Acho que podemos ter-lhe
grande apreço, pelo seu estilo de caráter livre. As caligrafias de Iwaya Itiroku
(calígrafo da Era Meiji, 1834 – 1905) também não são de se menosprezar,
mas, sem dúvida, as do bonzo e poeta Ryokan (1758 – 1831) são melhores.
Suas caligrafias sobre-humanas, simples e graciosas nos fazem até sorrir.
Também os ideogramas do calígrafo Nukina Kaioku (1778 – 1863) são muito
bons. Certo dia, pude apreciá-los, escritos em seis versos, num biombo.
Cada verso era composto de uma só linha, em estilo realmente magnífico, o
que me deixou deveras admirado.

A seguir, desejo falar um pouco sobre as caligrafias antigas. Entre


elas, as de que mais gosto são as de Kino Tsurayuki. Obviamente, trata-se
de caligrafia Manyo-gana (emprego de ideogramas com significados
diversos, para formar determinadas palavras), cuja fineza e habilidade são
realmente indescritíveis, a ponto de se tirar o chapéu. Também as de
Mitikaze e de Saigyo são boas. Tenho preferência pelas obras desses três
calígrafos. Além destas, as de Yukinari, Sadaie, Sukemassa, Yoshitsune,
Toshinari, Kintô, Toshiyori e Munetaka Shin-nô possuem, cada qual, suas
qualidades. Entre as mulheres calígrafas, Kodai-no-kimi e Murassaki Shikibu
são as melhores. Dos calígrafos que ainda vivem, Onoe Saishu tem boas
obras; gosto, também, de suas poesias.

Gostaria de encerrar aqui o presente assunto.

Jornal Eiko nº 111, 04 de julho de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

A RESPEITO DA ARTE CALIGRÁFICA

Tendo lido a dissertação de Egawa — quem sempre dá vida à presente


publicação, com sua ótica singular e os seus textos de estilo leve — sobre a
caligrafia e a religião, senti-me também eu estimulado a discorrer a respeito,
conforme me afluíssem as idéias.

A caligrafia, como foi bem observado pelos antigos, consiste na


expressão do caráter de seu autor, por meio do pincel. Assim sendo, os
trabalhos caligráficos dos grandes homens, monges de elevada virtude ou
intelectuais, são objeto de elevada consideração. Curiosamente, a caligrafia
está ligada por laços indissolúveis à Cerimônia do Chá. A esse respeito, tendo a
oportunidade de ler anteriormente o diário de reuniões de chá de Rikyu,
constatei que, apreciando ele as peças de caligrafia antiga de grandes monges,
sempre as pendurava no tokonoma, em tais ocasiões. Eventualmente, há o
registro de se ter pendurado um rolo de pintura, mas esta estava restrita às
obras de Mu Hshi. As mencionadas peças de caligrafia antiga são de autoria de
monges budistas virtuosos da China, os quais viveram na época compreendida
entre as dinastias Sung e Yuan. Dentre tais peças, existem aquelas que foram
escritas após seus autores terem adquirido a cidadania japonesa, sendo
também tidas em relevante consideração as obras de monges zen-budistas do
Japão. Enumerando os monges de fama, teremos, primeiramente, Daito-
Kokushi, fundador do Templo Daitoku; Mugaku-Zenshi, fundador do Templo
Engaku; além de Muso-Kokushi e Soen. Os monges chineses e que se
naturalizaram japoneses: Engo, Mujun, Mokorin, Seisetsu, Kido, Gottan, Daikei,
Kisoseki, Jijo, Ondanko e outros. Dentre todos, minha preferência fica com
Daito, Mujun e Soen. Quando contemplo as peças caligráficas dos
mencionados monges, impressiona-me a sensação de algo de sublime que não
admite ser profanado, quer os ideogramas estejam escritos com mestria —
naturalmente — quer não. É a nobreza extravasada do caráter do autor.

Tem-se, a seguir, embora sob uma perspectiva diferente da acima


abordada, as obras de caligrafia das várias gerações de abades do Templo
Daitoku. Tratam-se também de peças bastante apreciáveis. Distinguem-se,
sobretudo, as obras de autoria de Ikkyu. Verdade é que são bem primárias,
contudo, ao não se deixarem tolher pela forma, por não serem nem um pouco
pedantes, aparecem perfeitamente nelas a ingenuidade e a franqueza, a beleza
sem artifícios da personalidade de Ikkyu. Fato interessante é que, apesar de
existirem muitas peças falsas de Ikkyu, dá-se logo por isso, em virtude de
estarem por demais bem escritas. As obras de Takuan, também, são ótimas.
Nestas, além de a técnica ser bem superior, há energia. Na inexistência do
sentimento de ostentar o estado de quem atingiu a iluminação, pressente-se a
nobreza deste monge da seita zen. De resto, há coisas dignas de se ver entre
as obras de Seigan, Kogetsu e Gyokushitsu. No tocante à caligrafia dos
samurais, a escrita de Masashige Kusunoki é extremamente bela, sendo, ainda,
de razoável beleza a de Hideyoshi e Ieyasu. Recentemente vi em certo lugar a
caligrafia de Kukai. Trata-se de uma escrita apreciável, em que há suavidade,
porém não faz muito jus ao conceito de que comumente goza. Na modernidade,
a caligrafia de Tesshu Yamaoka é interessante. Seu estilo livre e arrojado é
digno de alta avaliação. A escrita de Ichiroku Iwaya, outrossim, possui
elementos que não podem ser desprezados. Todavia, a de Ryokan suplanta a
todas. O estilo de sua escrita é supramundano, elegante e gracioso; leva
mesmo quem a aprecia a sorrir. Ademais, como calígrafo profissional, a escrita
de Kaioku Nukina é belíssima. Certa vez vi um biombo de seis folhas escrito por
ele. Cada uma das folhas trazia uma linha escrita. A perícia do seu estilo pôs-
me admirado.

Escreverei agora, concisamente, a respeito do campo dos manuscritos


antigos. Dentre estas obras as que mais me agradam são as de autoria de Ki-
no-Tsurayuki. Foram escritas com kana do tipo man-yo. Dotadas de uma classe
e de uma mestria indescritíveis, enchem-nos de respeito. São ainda apreciáveis
as peças de Michikaze e Saigyo. As escritas das quais mais gosto são as
destes três. De resto, têm pontos admiráveis a caligrafia de Yukinari, Sadaie,
Sukemasa, Yoshitsune, Toshinari, Kintou, Toshiyori e a do príncipe Munetaka.
Como bons exemplares da escrita feminina citarei Kodaino-kimi e Murasaki
Shikibu. Das pessoas atualmente vivas, a escrita de Saishu Onoe é boa, e eu
gosto, também, de seus poemas. Hoje, concluirei o assunto por aqui.

Eiko, nº 111 — 4 de julho de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

O PRIMEIRO MUNDO

Ao analisarmos a civilização atual, percebemos que a base de sua


estrutura é a ciência da matéria. Escreverei sobre isso a seguir, mas, em
primeiro lugar, é necessário conhecer a constituição do Universo. Serão
dispensados os detalhes que não se relacionam diretamente com o homem,
abordando-se apenas os pontos mais importantes.
O Universo é constituído de três elementos fundamentais: Sol, Lua e
Terra. Esses elementos são formados respectivamente pela essência do
fogo, da água e da terra, que constituem o Mundo Espiritual, o Mundo
Atmosférico e o Mundo dos Fenômenos, os quais se fundem e se
harmonizam perfeitamente. Até agora, no entanto, só eram conhecidos o
Mundo Atmosférico e o Mundo dos Fenômenos; desconhecia-se a existência
de mais um mundo, o Espiritual, que a ciência da matéria não conseguiu
detectar. A cultura material da atualidade formou-se com o progresso obtido
naqueles dois mundos, razão pela qual ela abrange apenas dois terços. Na
realidade, porém, o Mundo Espiritual, justamente o um terço considerado
inexistente, é mais importante que os outros dois juntos, constituindo a fonte
da força fundamental. Ignorando-se a sua existência, jamais surgirá a
civilização perfeita. O fato do homem, apesar do considerável avanço da
cultura baseada no Mundo Material e no Mundo Atmosférico, não conseguir
realizar o seu maior desejo — a felicidade — comprova muito bem o que
estou afirmando.

Examinando-se atentamente a origem dessa contradição,


descobrimos que há uma profunda razão para ela. Se a humanidade, desde
o começo, conhecesse a existência do Primeiro Mundo, o Mundo Espiritual,
a civilização material não teria alcançado o maravilhoso progresso que
vemos hoje. Isso porque do desconhecimento do Mundo Espiritual é que
nasceu o pensamento ateísta, que deu origem ao mal. Atormentada pelo
sofrimento decorrente da luta entre o bem e o mal, a humanidade só teve um
recurso: desenvolver a cultura material. Portanto, pensando bem, o que
representa isso senão o profundo Plano de Deus? Há um perigo, contudo:
ocorrer um colapso da cultura material, se ela progredir além de certo limite.
A invenção da bomba atômica é uma das facetas desse progresso, mas,
atingido esse nível, é chegado o tempo determinado pelos Céus de haver
uma grande mudança no desenvolvimento da cultura. Como primeiro passo,
está sendo revelada a toda a humanidade a existência do Primeiro Mundo,
do qual não se tinha conhecimento; tratando-se, porém, de uma existência
invisível, é logicamente impossível comprová-la pelos métodos científicos.
Daí a manifestação de uma grandiosa força jamais experimentada pela
humanidade. Como o homem contemporâneo há longo tempo está
obstinado na concepção materialista, é muito difícil de convencê-lo.
Entretanto, em nossa Igreja existe o único método para se conseguir isso: o
milagre do Johrei. Por mais ateísta que seja, o indivíduo não poderá deixar
de aceitar e se submeter. Assim, à medida que o Johrei se tornar conhecido
por toda a humanidade, haverá inevitavelmente uma mudança de cento e
oitenta graus no rumo da cultura, surgindo, então, a Verdadeira Civilização,
comum ao mundo todo.

Resta, no entanto, um problema: como a cultura atual foi erigida ao


longo dos milhares de anos, não se sabe quanto pecado foi praticado até
agora. Por “pecado” refiro-me obviamente às máculas espirituais, cujo
grande acúmulo constituirá um obstáculo para a construção do mundo novo.
É como se durante a construção de uma casa houvesse sujeira espalhada
por todo lado, como pedaços de madeira, tijolos quebrados, etc., tornando-
se indispensável uma ação de limpeza. Deve ser isto o Juízo Final
profetizado por Cristo.

Os maravilhosos e incontáveis milagres pela nossa Igreja não


poderão ser senão o plano de Deus para mostrar a existência do Primeiro
Mundo. E Deus me encarregou desta grandiosa missão.

(Jornal Eikô nº 111 — 4 de julho de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

O PRIMEIRO MUNDO

Ao examinarmos a civilização atual, verificamos que a sua formação


encontra-se fundamentada na ciência da matéria. Escreverei
minuciosamente sobre isso a seguir; antes, porém, é preciso saber sobre a
constituição do Universo. Dispensarei os detalhes que não se relacionam
diretamente com o homem, limitando-me apenas aos pontos mais
importantes.
Originariamente, o Universo é constituído de três componentes
fundamentais: Sol, Lua e Terra, os quais são formados, respectivamente,
pelo elemento do fogo, da água e da terra, cujas manifestações constituem o
Mundo Espiritual, o Mundo Atmosférico e o Mundo Material, que se fundem e
se harmonizam perfeitamente. No entanto, até agora, dentre estes três
elementos, só eram conhecidos dois, relativos ao Mundo Atmosférico e ao
Mundo Material; desconhecia-se a existência de mais um mundo, isto é, o
Espiritual, que a ciência da matéria não conseguiu detectar.

Dessa forma, a cultura atual formou-se com o progresso baseado


naqueles dois mundos, razão pela qual ela abrange apenas dois terços.
Entretanto, esse um terço, relativo ao Mundo Espiritual, justamente,
considerado inexistente, é na realidade o mais importante que os outros dois
juntos, constituindo a fonte da força fundamental. Ignorando-se a sua
existência, não será nunca possível o surgimento da civilização completa.
Apesar do considerável avanço da cultura baseada no Mundo Material e no
Mundo Atmosférico, o fato do homem não conseguir realizar o seu maior
desejo - a felicidade - comprova muito bem esta afirmação.

Analisando-se atentamente a origem dessa incoerência, descobrimos


que há uma profunda razão para ela. Isto é, se a humanidade, desde o
começo, conhecesse a existência do Primeiro Mundo, ou seja, o Mundo
Espiritual, certamente, a civilização material não teria alcançado o
maravilhoso progresso que vemos hoje. Isto porque do desconhecimento do
Mundo Espiritual é que nasceu o pensamento ateísta que deu origem ao mal
e, conseqüentemente, os conflitos.

A humanidade atormentada pelo sofrimento decorrente da luta entre o


Bem e o Mal não teve outro recurso senão desenvolver a cultura material.
Portanto, pensando bem sobre isso, que poderia representar senão o
profundo Plano de Deus? Entretanto, a partir de um limite começou
manifestar um sério perigo capaz de causar um colapso à cultura material. A
invenção da bomba atômica é uma das faces desse progresso, mas atingido
esse nível, é chegado o tempo determinado pelos Céus de proceder uma
grande mudança no desenvolvimento da cultura. Como primeiro passo
nessa direção, teve início a revelação da existência do Primeiro Mundo para
toda a humanidade, do qual se tinha ignorado; tratando-se, porém, de uma
existência invisível, logicamente não se poderá comprová-la através da
Ciência. Daí a manifestação de uma grandiosa força jamais experimentada
pela humanidade, isto é, o Poder de Deus. Entretanto, como o homem
contemporâneo há longo tempo está obstinadamente apegado à concepção
materialista, é muito difícil convencê-lo. Mas, para isso, existe o único meio
capaz de se conseguir isso: é o milagre do Johrei da nossa Igreja. Por mais
ateísta que seja, o indivíduo não poderá deixar de aceitar e submeter-se.
Assim, à medida em que o Johrei tornar-se conhecido por toda a
humanidade, surgirá inevitável mudança de cento e oitenta graus no rumo
da Cultura, dando origem a uma Verdadeira Civilização Universal.

Contudo, resta um problema: como a cultura atual foi erigida ao longo


de milhares de anos, não se sabe quanto mal foi praticado até agora. Ao
"mal" refiro-me obviamente ao pecado e, conseqüentemente, às máculas
espirituais, que têm sido acumuladas de forma imensa e profunda, às quais,
da forma como se encontram, constituem um estorvo para a construção do
Novo Mundo. É como se durante a construção de uma casa, existissem
espalhadas as sujeiras por todos os lados como pedaços de madeira, tijolos
quebrados, etc. Portanto, é preciso ocorrer, aqui, uma verdadeira limpeza de
tudo isso, o que é inevitável. Deve ser isto o Juízo Final profetizado por
Cristo.

Baseado na exposição acima, a realidade dos maravilhosos e


inumeráveis milagres manifestados pela nossa Igreja, o que poderá ser
senão o Plano de Deus para mostrar a existência do Primeiro Mundo? E
Deus atribuiu a mim esta grandiosa missão.

04 de Julho de 1951
(tradução em: Escritos Sagrados – Obra I)

(R1/19) O PRIMEIRO MUNDO


A outra face da doença, pág.107

Ao analisarmos a civilização atual, percebemos que a base de sua


estrutura é a ciência da matéria. Escreverei sobre isso a seguir, mas, em
primeiro lugar, explicarei a constituição do Universo. Serão dispensados os
detalhes que não se relacionam diretamente com o homem, abordando-se
apenas os pontos mais importantes.

O Universo é constituído de três elementos fundamentais: Sol, Lua e


Terra. Esses elementos são formados respectivamente pela essência do
fogo, da água e da terra, que constituem o Mundo Espiritual, o Mundo
Atmosférico e o Mundo Material, os quais se fundem e se harmonizam
perfeitamente. Até agora, no entanto, só eram conhecidos o Mundo
Atmosférico e o Mundo Material; desconhecia-se a existência de mais um
mundo, isto é, o Espiritual, que a ciência da matéria não conseguiu detectar.
A cultura atual formou-se com o progresso obtido naqueles dois mundos,
razão pela qual ela abrange apenas dois terços. Na realidade, porém, o
Mundo Espiritual, justamente o terço considerado inexistente, é mais
importante que os outros dois juntos, constituindo a fonte da força
fundamental. Ignorando-se a sua existência, jamais surgirá a civilização
perfeita. O fato do homem, apesar do considerável avanço da cultura
baseada no Mundo Material e no Mundo Atmosférico, não conseguir realizar
o seu maior desejo - a felicidade - comprova muito bem o que estou
afirmando.

Examinando-se atentamente a origem dessa contradição,


descobrimos que há uma profunda razão para ela. Se a humanidade, desde
o começo, conhecesse a existência do Primeiro Mundo, ou seja, o Mundo
Espiritual, a civilização material não teria alcançado o maravilhoso progresso
que vemos hoje. Isso porque do desconhecimento do Mundo Espiritual é que
nasceu o pensamento ateísta, que deu origem ao Mal. Atormentada pelo
sofrimento decorrente da luta entre o Mal e o Bem, a humanidade só teve
um recurso: desenvolver a cultura material. Portanto, pensando bem, que
representa isso senão o profundo Plano de Deus? Há um perigo, contudo:
ocorrer um colapso da cultura material se ela progredir além de certo limite.
A invenção da bomba atômica é uma das facetas desse progresso, mas,
atingido esse nível, é chegado o tempo determinado pelos Céus de haver
uma grande mudança no desenvolvimento da cultura. Como primeiro passo,
está sendo revelada a toda a humanidade a existência do Primeiro Mundo,
do qual não se tinha conhecimento; tratando-se, porém, de uma existência
invisível, logicamente não se poderá comprová-la pelos métodos científicos.
Daí a manifestação de uma grandiosa força jamais experimentada pela
humanidade, isto é, o Poder de Deus. Como o homem contemporâneo há
longo tempo está obstinado na concepção materialista, é muito difícil
convencê-lo. Entretanto, em nossa Igreja existe o único método para se
conseguir isso: o milagre do Johrei. Por mais ateísta que seja, o indivíduo
não poderá deixar de aceitar e se submeter. Assim, à medida que o Johrei
se tornar conhecido por toda a humanidade, haverá inevitavelmente uma
mudança de cento e oitenta graus no rumo da cultura, surgindo, então, a
Verdadeira Civilização, comum ao mundo todo.

Resta, no entanto, um problema: como a cultura atual foi erigida ao


longo de milhares de anos, não se sabe quanto mal foi praticado até agora.
Por "mal" refiro-me obviamente ao pecado e, conseqüentemente, às
máculas espirituais, cujo grande acúmulo constituirá um obstáculo para a
construção do mundo novo. É como se durante a construção de uma casa
houvesse sujeira espalhada por todo lado, como pedaços de madeira,
Tijyolos quebrados, etc., tornando-se indispensável uma ação de limpeza.
Deve ser isto o Juízo Final profetizado por Cristo.

Os maravilhosos e incontáveis milagres manifestados pela nossa


Igreja não poderão ser senão o plano de Deus para mostrar a existência do
Primeiro Mundo. E Deus me encarregou desta grandiosa missão.

Jornal Eiko nº 111, 4 de julho de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

O PRIMEIRO MUNDO
Ao analisarmos a civilização atual, percebemos que a base de sua
estrutura é a ciência da matéria. Escreverei sobre isso a seguir, mas, em
primeiro lugar, explicarei a constituição do Universo. Serão dispensados os
detalhes que não se relacionam diretamente com o homem, abordando-se
apenas os pontos mais importantes.

O Universo é constituído de três elementos fundamentais: Sol, Lua e


Terra. Esses elementos são formados respectivamente pela essência do
fogo, da água e da terra, que constituem o Mundo Espiritual, o Mundo
Atmosférico e o Mundo Material, os quais se fundem e se harmonizam
perfeitamente. Até agora, no entanto, só eram conhecidos o Mundo
Atmosférico e o Mundo Material; desconhecia-se a existência de mais um
mundo, isto é, o Espiritual, que a ciência da matéria não conseguiu detectar.
A cultura atual formou-se com o progresso obtido naqueles dois mundos,
razão pela qual ela abrange apenas dois terços. Na realidade, porém, o
Mundo Espiritual, justamente o terço considerado inexistente, é mais
importante que os outros dois juntos, constituindo a fonte da força
fundamental. Ignorando-se a sua existência, jamais surgirá a civilização
perfeita. O fato do homem, apesar do considerável avanço da cultura
baseada no Mundo Material e no Mundo Atmosférico, não conseguir realizar
o seu maior desejo - a felicidade - comprova muito bem o que estou
afirmando.

Examinando-se atentamente a origem dessa contradição,


descobrimos que há uma profunda razão para ela. Se a humanidade, desde
o começo, conhecesse a existência do Primeiro Mundo, ou seja, o Mundo
Espiritual, a civilização material não teria alcançado o maravilhoso progresso
que vemos hoje. Isso porque do desconhecimento do Mundo Espiritual é que
nasceu o pensamento ateísta, que deu origem ao mal. Atormentada pelo
sofrimento decorrente da luta entre o mal e o bem, a humanidade só teve um
recurso: desenvolver a cultura material. Portanto, pensando bem, que
representa isso senão o profundo Plano de Deus? Há um perigo, contudo:
ocorrer um colapso da cultura material se ela progredir além de certo limite.
A invenção da bomba atômica é uma das facetas desse progresso, mas,
atingido esse nível, é chegado o tempo determinado pelos Céus de haver
uma grande mudança no desenvolvimento da cultura. Como primeiro passo,
está sendo revelada a toda a humanidade a existência do Primeiro Mundo,
do qual não se tinha conhecimento; tratando-se, porém, de uma existência
invisível, logicamente não se poderá comprová-la pelos métodos científicos.
Daí a manifestação de uma grandiosa força jamais experimentada pela
humanidade, isto é, o Poder de Deus. Como o homem contemporâneo há
longo tempo está obstinado na concepção materialista, é muito difícil
convencê-lo. Entretanto, em nossa Igreja existe o único método para se
conseguir isso: o milagre do JOHREI. Por mais ateísta que seja, o indivíduo
não poderá deixar de aceitar e se submeter. Assim, à medida que o JOHREI
se tornar conhecido por toda a humanidade, haverá inevitavelmente uma
mudança de cento e oitenta graus no rumo da cultura, surgindo, então, a
Verdadeira Civilização, comum ao mundo todo.

Resta, no entanto, um problema: como a cultura atual foi erigida ao


longo de milhares de anos, não se sabe quanto mal foi praticado até agora.
Por "mal" refiro-me obviamente ao pecado e, conseqüentemente, às
máculas espirituais, cujo grande acúmulo constituirá um obstáculo para a
construção do mundo novo. É como se durante a construção de uma casa
houvesse sujeira espalhada por todo lado, como pedaços de madeira, tijolos
quebrados, etc., tornando-se indispensável uma ação de limpeza. Deve ser
isto o Juízo Final profetizado por Cristo.

Os maravilhosos e incontáveis milagres manifestados pela nossa


Igreja não poderão ser senão o plano de Deus para mostrar a existência do
Primeiro Mundo. E Deus me encarregou desta grandiosa missão.

4 de julho de 1951
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

"A cultura atual inevitavelmente dará uma reviravolta de 180 graus"

Ao analisarmos a civilização atual, percebemos que a base da sua


estrutura é a ciência da matéria. Escreverei, a seguir, sobre isso; mas, em
primeiro lugar, é necessário conhecer a constituição do Universo. Serão
dispensados os detalhes que não se relacionam diretamente com o homem,
abordando-se apenas os pontos mais importantes.

O Universo é constituído de três elementos fundamentais: Sol, Lua e


Terra. Esses elementos são formados respectivamente pela essência do
fogo, da água e da terra, que constituem o Mundo Espiritual, o Mundo
Atmosférico e o Mundo dos Fenômenos, os quais se fundem e se
harmonizam perfeitamente. Até agora, no entanto, só eram conhecidos o
Mundo Atmosférico e o Mundo dos Fenômenos; desconhecia-se a existência
de mais um mundo, o Espiritual, que a ciência da matéria não conseguiu
detectar. A cultura material da atualidade formou-se com o progresso obtido
naqueles dois mundos, razão pela qual ela abrange apenas dois terços. Na
realidade, porém, o Mundo Espiritual, justamente o um terço considerado
inexistente, é mais importante que os outros dois juntos, constituindo a fonte
da força fundamental. Ignorando-se a sua existência, jamais surgirá a
civilização perfeita. O fato do homem, apesar do considerável avanço da
cultura baseada no Mundo Material e no Mundo Atmosférico, não conseguir
realizar o seu maior desejo — a felicidade — comprova muito bem o que
estou afirmando.

Examinando-se atentamente a origem de tal contradição,


descobrimos que há uma profunda razão para ela. Se a humanidade, desde
o começo, conhecesse a existência do Primeiro Mundo, o Mundo Espiritual,
a civilização material não teria alcançado o maravilhoso progresso que
vemos hoje. Isso porque do desconhecimento do Mundo Espiritual é que
nasceu o pensamento ateísta, que deu origem ao Mal. Atormentada pelo
sofrimento decorrente da luta entre o Bem e o Mal, a humanidade só teve
um recurso: desenvolver a cultura material. Portanto, pensando bem, o que
representa isso senão o profundo Plano de Deus? Há um perigo, contudo:
ocorrer um colapso da cultura material, se ela progredir além de certo limite.
A invenção da bomba atômica é uma das facetas desse progresso, mas,
atingido esse nível, é chegado o tempo determinado pelos Céus de haver
uma grande mudança no desenvolvimento da cultura. Como primeiro passo,
está sendo revelada a toda a humanidade a existência do Primeiro Mundo,
do qual não se tinha conhecimento; tratando-se, porém, de uma existência
invisível, logicamente não se poderá comprová-la pelos métodos científicos.
Daí a manifestação de uma grandiosa força jamais experimentada pela
humanidade, isto é, o Poder de Deus. Como o homem contemporâneo há
longo tempo está obstinado na concepção materialista, é muito difícil
convencê-lo. Entretanto, em nossa Igreja existe o único método para se
conseguir isso: o milagre do Johrei. Por mais ateísta que seja, o indivíduo
não poderá deixar de aceitar e se submeter. Assim, à medida que o Johrei
se tornar conhecido por toda a humanidade, haverá inevitavelmente uma
mudança de cento e oitenta graus no rumo da cultura, surgindo, então, a
Verdadeira Civilização, comum ao mundo todo.

Resta, no entanto, um problema: como a cultura atual foi erigida ao


longo dos milhares de anos, não se sabe quanto pecado foi praticado até
agora. Por "pecado" refiro-me obviamente às máculas espirituais, cujo
grande acúmulo constituirá um obstáculo para a construção do mundo novo.
É como se durante a construção de uma casa houvesse sujeira espalhada
por todo lado, como pedaços de madeira, tijolos quebrados, etc., tornando-
se indispensável uma ação de limpeza. Deve ser isto o Juízo Final
profetizado por Cristo.

Os maravilhosos e incontáveis milagres manifestados pela nossa


Igreja não poderão ser senão o plano de Deus para mostrar a existência do
Primeiro Mundo. E Deus me encarregou desta grandiosa missão.

O Primeiro Mundo — 4 de julho de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

JOHREI — O PRIMEIRO MUNDO

Ao analisarmos a civilização atual, percebemos que a base de sua


estrutura é a ciência da matéria. Escreverei sobre isso a seguir, mas, em
primeiro lugar, explicarei a constituição do Universo.
Serão dispensados os detalhes que não se relacionam diretamente
com o homem, abordando-se apenas os pontos mais importantes.

O Universo é constituído de três elementos fundamentais: Sol, Lua e


Terra. Esses elementos são formados respectivamente pelas essências do
Fogo, da Água e da Terra, que constituem o Mundo Espiritual, o Mundo
Atmosférico e o Mundo Material, os quais se fundem e se harmonizam
perfeitamente.

Até agora, no entanto, só eram conhecidos o Mundo Atmosférico e o


Mundo Material. Desconhecia-se a existência de mais um mundo, isto é, o
Espiritual, que a ciência da matéria não conseguiu detectar.

A cultura atual formou-se com o progresso obtido naqueles dois


mundos, razão pela qual ela abrange apenas dois terços. Na realidade,
porém, o Mundo Espiritual, justamente o terço considerado inexistente, é
mais importante que os outros dois juntos, constituindo a fonte da força
fundamental. Ignorando a sua existência, jamais surgirá a civilização
perfeita.

O fato do homem, apesar do considerável avanço da cultura baseada


no Mundo Material e no Mundo Atmosférico, não conseguir realizar o seu
maior desejo — a felicidade — comprova muito bem o que estou afirmando.

Examinando-se atentamente a origem dessa contradição,


descobrimos que há uma profunda razão para ela. Se a humanidade desde
o começo conhecesse a existência do Primeiro Mundo, ou seja, o Mundo
Espiritual, a civilização material não teria alcançado o maravilhoso progresso
que vemos hoje. Isso porque do desconhecimento do Mundo Espiritual é que
nasceu o pensamento ateísta, que deu origem ao Mal.

Atormentada pelo sofrimento decorrente da luta entre o Mal e o Bem,


a humanidade só teve um recurso: desenvolver a cultura material.
Portanto, pensando bem, o que representa isso senão o profundo
Plano de Deus?

Há um perigo, contudo: ocorrer um colapso da cultura material se ela


progredir além de certo limite. A invenção da bomba atômica é uma das
facetas desse progresso, mas, atingido esse nível, é chegado o tempo
determinado pelos Céus de haver uma grande mudança no desenvolvimento
da cultura. Como primeiro passo, está sendo revelada a toda a humanidade
a existência do Mundo Espiritual, do qual não se tinha conhecimento.
Tratando-se, porém, de uma existência sutil, logicamente não se poderá
comprová-la por métodos científicos. Daí a manifestação de uma a
grandiosa força jamais experimentada pela humanidade, isto é, o Poder de
Deus.

Como o homem contemporâneo, há longo tempo, está obstinado na


concepção materialista, é muito difícil convencê-lo. Entretanto, em nossa
Igreja existe o único método para se conseguir isso: o milagre do Johrei. Por
mais ateísta que seja o indivíduo, não poderá deixar de aceitar e de se
submeter.

Assim, à medida que o Johrei se tornar conhecido por toda a


humanidade, haverá inevitavelmente uma mudança de cento e oitenta graus
no rumo da cultura, surgindo, então, a Verdadeira Civilização, comum ao
mundo todo.

Resta, no entanto, um problema: como a cultura atual foi erigida ao


longo de milhares de anos, não se sabe quanto mal foi praticado até agora.
Por "mal" refiro-me obviamente ao pecado e, conseqüentemente, às
máculas espirituais, cujo grande acúmulo constituirá um obstáculo para a
construção do novo mundo.

É como se durante a construção de uma casa houvesse sujeira


espalhada por todo lado, como pedaços de madeira, tijolos quebrados, etc.,
tornando-se indispensável uma ação de limpeza.
Deve ser isto o Juízo Final, profetizado por Cristo.

Os maravilhosos e incontáveis milagres manifestados pela nossa


Igreja não poderão ser senão o Plano de Deus para mostrar a existência do
Primeiro Mundo.

E Deus me encarregou desta grandiosa missão.

4 de julho de 1951
(tradução em: Johrei – Arte da Vida)

O PRIMEIRO MUNDO

4 de julho de 1951

Ao analisarmos a civilização atual, percebemos que a base de sua


estrutura é a ciência da matéria. Escreverei sobre isso a seguir, mas, em
primeiro lugar, explicarei a constituição do Universo. Serão dispensados os
detalhes que não se relacionam diretamente com o homem, abordando-se
apenas os pontos mais importantes.

O Universo é constituído de três elementos fundamentais: Sol, Lua e


Terra. Esses elementos são formados respectivamente pela essência do
fogo, da água e da terra, que constituem o Mundo Espiritual, o Mundo
Atmosférico e o Mundo Material, os quais se fundem e se harmonizam
perfeitamente. Até agora, no entanto, só eram conhecidos o Mundo
Atmosférico e o Mundo Material; desconhecia-se a existência de mais um
mundo, isto é, o Espiritual, que a ciência da matéria não conseguiu detectar.
A cultura atual formou-se com o progresso obtido naqueles dois mundos,
razão pela qual ela abrange apenas dois terços. Na realidade, porém, o
Mundo Espiritual, justamente o terço considerado inexistente, é mais
importante que os outros dois juntos, constituindo a fonte da força
fundamental. Ignorando-se a sua existência, jamais surgirá a civilização
perfeita. O fato do homem, apesar do considerável avanço da cultura
baseada no Mundo Material e no Mundo Atmosférico, não conseguir realizar
o seu maior desejo - a felicidade - comprova muito bem o que estou
afirmando.

Examinando-se atentamente a origem dessa contradição,


descobrimos que há uma profunda razão para ela. Se a humanidade, desde
o começo, conhecesse a existência do Primeiro Mundo, ou seja, o Mundo
Espiritual, a civilização material não teria alcançado o maravilhoso progresso
que vemos hoje. Isso porque do desconhecimento do Mundo Espiritual é que
nasceu o pensamento ateísta, que deu origem ao mal. Atormentada pelo
sofrimento decorrente da luta entre o mal e o bem, a humanidade só teve um
recurso: desenvolver a cultura material. Portanto, pensando bem, que
representa isso senão o profundo Plano de Deus? Há um perigo, contudo:
ocorrer um colapso da cultura material se ela progredir além de certo limite.
A invenção da bomba atômica é uma das facetas desse progresso, mas,
atingido esse nível, é chegado o tempo determinado pelos Céus de haver
uma grande mudança no desenvolvimento da cultura. Como primeiro passo,
está sendo revelada a toda a humanidade a existência do Primeiro Mundo,
do qual não se tinha conhecimento; tratando-se, porém, de uma existência
invisível, logicamente não se poderá comprová-la pelos métodos científicos.
Daí a manifestação de uma grandiosa força jamais experimentada pela
humanidade, isto é, o Poder de Deus. Como o homem contemporâneo há
longo tempo está obstinado na concepção materialista, é muito difícil
convencê-lo. Entretanto, em nossa Igreja existe o único método para se
conseguir isso: o milagre do JOHREI. Por mais ateísta que seja, o indivíduo
não poderá deixar de aceitar e se submeter. Assim, à medida que o JOHREI
se tornar conhecido por toda a humanidade, haverá inevitavelmente uma
mudança de cento e oitenta graus no rumo da cultura, surgindo, então, a
Verdadeira Civilização, comum ao mundo todo.

Resta, no entanto, um problema: como a cultura atual foi erigida ao


longo de milhares de anos, não se sabe quanto mal foi praticado até agora.
Por "mal" refiro-me obviamente ao pecado e, conseqüentemente, às
máculas espirituais, cujo grande acúmulo constituirá um obstáculo para a
construção do mundo novo. É como se durante a construção de uma casa
houvesse sujeira espalhada por todo lado, como pedaços de madeira, tijolos
quebrados, etc., tornando-se indispensável uma ação de limpeza. Deve ser
isto o Juízo Final profetizado por Cristo.

Os maravilhosos e incontáveis milagres manifestados pela nossa


Igreja não poderão ser senão o plano de Deus para mostrar a existência do
Primeiro Mundo. E Deus me encarregou desta grandiosa missão.

4 de julho de 1951
(tradução em: A Outra Face da Doença)

D) Meishu Sama: Atingindo esse nível, é chegado o tempo determinado


pelos Céus de haver uma grande mudança no desenvolvimento da cultura.
Como primeiro passo, está sendo revelada a toda a humanidade a existência
do Primeiro Mundo do qual não se tinha conhecimento; tratando-se, porém, de
uma existência invisível, logicamente, não se poderá comprová-la pelos
métodos científicos. Dai, a manifestação de uma grandiosa força jamais
experimentada pela humanidade, isto é, o Poder de Deus. Como o homem
contemporâneo há longo tempo está obstinado na concepção materialista, é
muito difícil convencê-lo. Entretanto, em nossa Igreja, existe o único método
para se conseguir isso: o milagre do Johrei. Por mais ateísta que seja, o
indivíduo não poderá deixar de aceitar e se submeter a ele.

Shukyo-hen (04/07/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

(...) “mas, atingido esse nível, é chegado o tempo determinado pelos


Céus de haver uma grande mudança no desenvolvimento da cultura. Como
primeiro passo, está sendo revelada a toda a humanidade a existência do
Primeiro Mundo, do qual não se tinha conhecimento; tratando-se, porém, de
uma existência invisível, logicamente não se poderá comprová-la pelos
métodos científicos. Daí a manifestação de uma grandiosa força jamais
experimentada pela humanidade. Como o homem contemporâneo há longo
tempo está obstinado na concepção materialista, é muito difícil de convencê-lo.
Entretanto, em nossa Instituição existe o único método para se conseguir isso:
o milagre do Joorei. Por mais ateísta que seja, o indivíduo não poderá deixar de
aceitar e se submeter. Assim, à medida que o Joorei se tornar conhecido por
toda a humanidade, haverá inevitavelmente uma mudança de cento e oitenta
graus no rumo da cultura, surgindo, então, a Verdadeira Civilização, comum ao
mundo todo.”

(Primeiro Mundo, 4 de julho de 1951)

(R2/92) A PRESUNÇÃO E A INTERPRETAÇÃO ERRADA

A Outra Face da Doença, (apostila) pág. 161

Nos ensinamentos da Igreja Oomoto, há severas advertências


relacionadas à presunção e à interpretação errada, e eu estou de pleno
acordo com esses ensinamentos. Quando observo os fiéis com esta verdade
em mente, vários pontos me chamam a atenção. Muitas pessoas, nas
primeiras vezes que ministram Johrei, pensam: “Será que realmente tenho
força para curar doenças?” Meio incrédulas, elas conseguem bons
resultados e acham até estranho. As pessoas curadas também não param
de agradecer-lhes pela graça alcançada. Creio que todos já devem ter
passado por isso.

Com o decorrer do tempo, porém, alguns acabam se esquecendo de


que a cura ocorre pela graça de Deus e começam a achar que talvez
existam neles pontos que os tornem importantes. Tal pensamento constitui
uma grande presunção. Esse é um período muito perigoso, porque o
raciocínio fica invertido. Deve-se, pois, tomar o máximo de cuidado.

Está aí a razão pela qual afirmo que o melhor é tirar a força, melhor
dizendo, a força humana, durante o Johrei. Quanto maior é a presunção,
mais facilmente se colocará força humana nesse ato, tornando menores os
seus efeitos. Com relação a isso, há muitas pessoas que dizem: “No início,
quando eu ainda não tinha confiança em mim, o Johrei que eu ministrava
tinha excelentes resultados; agora, que já tenho bastante experiência, seus
efeitos têm diminuído.” Tomando conhecimento da explicação acima, essas
pessoas hão de compreender a causa do que está acontecendo.

A interpretação errada é também algo com que se deve ter muito


cuidado. Quando se trata da forma de pensar sobre a fé, é fácil a pessoa
cair em erro. Exemplificando, é o interesse exagerado em conhecer as
origens e o relacionamento dos deuses da mitologia, os fenômenos
espirituais, etc. Se o interesse for excessivo, o verdadeiro sentido da fé será
posto em segundo plano. Saber um pouco a esse respeito não é mau, mas
devem parar por aí. À medida que a pessoa vai sendo dominada pelo
interesse, acabará se distanciando da verdadeira fé. A causa disso está em
não estudar os meus Ensinamentos, ou estudá-los e não colocá-los em
prática.

Os dois pontos que abordei são importantíssimos, e as pessoas que


os entenderem e praticarem estarão no verdadeiro caminho da fé.

Jornal Eiko nº 111, 04 de julho de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

A PRESUNÇÃO E A INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA

Nos Ensinamentos da Igreja Oomoto, há severas advertências


relacionadas à presunção e à interpretação errônea, e eu estou de pleno
acordo. Quando observo os fiéis, com esta verdade em mente, vários pontos
me chamam a atenção. Muitas pessoas, nas primeiras vezes que ministram
Johrei, devem pensar: “Será que realmente tenho força para curar
doenças?” Meio incrédulas, elas conseguem bons resultados e acham até
estranho. As pessoas curadas também não param de agradecer-lhes pela
graça alcançada. Creio que todos já devem ter passado por essa
experiência. Com o decorrer do tempo, porém, alguns acabam se
esquecendo de que a cura ocorre pela graça de Deus e começam a achar
que talvez existam neles pontos que os tornem importantes. Tal pensamento
constitui uma grande presunção. Esse é o momento de tomar o máximo
cuidado por ser um período muito perigoso, pois o modo de pensar fica
invertido.

Eis a razão pela qual afirmo que o melhor é tirar a força, melhor
dizendo, a força humana, durante o Johrei. Quando há presunção, mais
facilmente se coloca a força pessoal nesse ato, tornando menores os seus
efeitos. Com relação a isso, há muitas pessoas que sentem dúvidas, pois, no
início, quando ministrava Johrei sem ter muita confiança em si, obtinham
excelentes resultados; agora que possuem bastante experiência, seus
efeitos têm diminuído. Entretanto, tomando conhecimento da explicação
acima, essas pessoas hão de compreender a causa do que está
acontecendo.

A interpretação errônea é algo com que também se deve ter o máximo


cuidado. Quando se trata da forma de pensar sobre a fé, é fácil a pessoa
cair em erro. Por exemplo, o interesse exagerado em conhecer a história e o
relacionamento dos deuses da mitologia e lendas, os fenômenos como
encosto de espíritos, etc. Se o interesse for excessivo, o verdadeiro sentido
da fé será posto em segundo plano. Saber um pouco a esse respeito pode
ser útil, mas deve ser apenas até um certo ponto. À medida que uma pessoa
vai sendo dominada pelo interesse, acabará se distanciando da verdadeira
fé. A causa disso está na falta de leitura dos meus Ensinamentos, ou mesmo
lendo não colocá-los em prática.

Os dois pontos abordados são de suma importância, e as pessoas


que os entederem e praticarem estarão no verdadeiro caminho da fé.

(Jornal Eikô, nº 111 — 04 de julho de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)
Tirar a força humana

Eis a razão pela qual afirmo que o melhor é tirar a força, ou seja, a
força humana, durante o Johrei. Quando há presunção, mais facilmente se
coloca a força pessoal nesse ato, tornando menores os seus efeitos.

A presunção e a interpretação errônea — 4 de julho de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

(J1/141) EXPLANAÇÃO SOBRE APREÇO DA DOENÇA

Ultimamente, em relação à compreensão da doença, têm usado com


freqüência a expressão “luta contra a doença”, mas, visto por nós, não há
coisa mais equivocada que isso. Realmente, é devido ao desconhecimento
da causa fundamental da doença, mas baseado no nosso ponto de vista,
gostaríamos de dizer que “amamos a doença”, ou seja, o correto é ter o
pensamento de que a doença é algo que devemos amar, é algo gratificante,
é algo que devemos agradecer. No entanto, quando a pessoa contrai
doença, logo a Medicina interpreta de forma negativa e fica preocupada
como se o demônio estivesse penetrado no interior do corpo. Acredito que
nesse sentido usam-se freqüentemente a expressão “o diabo da doença”.
Também creio que a expressão “luta contra a doença” é usada no sentido de
que, devido à penetração do inimigo no corpo, devemos lutar o máximo
aliado ao corpo físico; e isso é algo realmente estranho.

Todavia, nós acreditamos que, no corpo humano, as toxinas


acumulam-se incessantemente, e quando estas ultrapassam certo limite,
causam danos às suas atividades. Assim sendo, ocorre uma ação natural de
eliminação dessas toxinas, purificando-nos de forma que não atrapalhe o
nosso trabalho. O corpo físico torna-se saudável dessa maneira, mas, na
ocasião de eliminação dessas toxinas, ocorrem dores e sofrimentos.
Denominaram esse estado de dores e sofrimentos de “doença”; portanto,
não existe algo tão benéfico como a doença. Podemos compreender
claramente que Deus criou a doença a fim de preservar a saúde do homem.

Quando uma pessoa contrai doença, ocorre, por exemplo, a


eliminação de catarro, muco nasal, sudorese, diarréia, vômito, dores,
coceiras, etc. Podemos compreender que, através desses sintomas, ocorre
a eliminação de sujeiras de várias formas. Por isso, nessas ocasiões,
devemos sentir gratidão pelas dores e sofrimentos e, suportando um pouco,
a pessoa conseguirá vencer essa fase sem maiores problemas e com certa
facilidade. Depois disso, devido à limpeza ocorrida, o corpo físico torna-se
cada vez mais saudável.

Como vimos, desde que não existe algo tão benéfico ao homem como
a doença, quando a contraímos, devemos festejar com alegria. Por isso,
quando contraímos gripe, tuberculose ou doenças contagiosas, achamos
bom e acolhemos cordialmente dando-lhes boas vindas. Não sei se é devido
a esse pensamento, ironicamente, a visita chamada “doença” custa a chegar
e, por isso, sinto até uma certa tristeza, mas por ser uma tristeza prazerosa,
posso dizer que é algo gratificante.

Assim sendo, creio que as pessoas em geral nem imaginam a


felicidade que estamos sentindo. Por isso, tenho o constante desejo de
ensinar a todos algo tão gratificante como isso, mas, não se limitando a mim,
acho que este é um pensamento comum a cem mil membros da nossa
Igreja. No entanto, ao observarmos as pessoas em geral, notamos que elas
estão sempre amedrontadas em contrair a gripe. Têm medo de tuberculose
e dizem que será um caso sério se contrair doenças contagiosas. E dizem
para fazer coisas incômodas como: quando voltarem da rua, devem fazer o
gargarejo sem falta, devem lavar as mãos, etc., e também fazem as pessoas
usarem máscaras; realmente é algo maçante.

Por parte do governo, fazem alvoroços todos os anos, gastando altas


somas, inutilmente. Os médicos, por sua vez, passam o ano todo com
fisionomia carrancuda e esticando o pescoço para observar o microscópio.
Visto por nós, eles são uns coitados, pois sequer podemos trocar idéias por
ser um assunto tão absurdo. Assim, a diferença entre nós e as pessoas da
sociedade é realmente muito grande, a ponto de não encontrar termos para
designar essa diferença.
O que se pode pensar é que, quando a diretriz da nossa Igreja for
entendida pela pessoas em geral, com certeza elas vão, uma a uma, nos
procurar e ingressar. E tenho a plena convicção de que, no final, todos os
japoneses vão se tornar membros da nossa Igreja. Se isso acontecer, se
concretizará não só o lema da nossa Igreja “o mundo isento de doença,
pobreza e conflito”, mas também um Japão realístico. Ao presenciar isso,
acho que as pessoas de outros países do mundo vão ficar surpresas e
desejarão ingressar na nossa Igreja. Assim sendo, sem dúvida e finalmente,
estaremos preparados para a concretização do Paraíso Terrestre.

Vamos nos empenhar passo a passo e, entregando nas mãos de


Deus, aguardar ansiosamente a chegada desse momento.

Jornal Eiko nº 112, 11 de julho de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(J2/204) O JOHREI É EFICIENTE EM QUALQUER COISA

Como tenho dito sempre, podemos receber graça em diversas coisas.


A experiência de fé (“Espere um pouco, não precisa alinhavar”) apresentada
a seguir (omitida nesta edição) é de conteúdo raro; por isso, complementei
com o presente texto. O Johrei regula o corpo; por isso, é ideal para os
artistas que fazem apresentações no palco, principalmente aos dançarinos.
Acho que é muito bom também às mulheres da atualidade, que usam
amplamente as vestimentas ocidentais. Além de melhorar a forma física, o
sangue também fica limpo; por isso, melhoram o aspecto e a cor da
fisionomia. Assim sendo, além do espírito revigorado, a pele torna-se
brilhante e os seus olhos, serenos; por isso, as pessoas passam a se
afeiçoar tornando-se cem por cento charmosas. Quão magnífico é esse
método de beleza! Poderão compreender bem isso observando as mulheres
que ingressam na nossa Igreja que, sem exceção, vão se tornando assim.
Jornal Eiko nº 112, 11 de julho de 1951
(tradução em: Rokan – Johrei 2)

O PARAÍSO É O MUNDO DO BELO

Os fiéis da nossa Igreja estão bem cientes de que o objetivo de Deus


é a construção do mundo ideal, de perfeita Verdade, Bem e Belo. Sendo
assim, o objetivo de Satanás, Seu antagonista, é obviamente a Falsidade, o
Mal e a Fealdade. Falsidade e Mal não necessitam de explicações; portanto,
falarei a respeito da Fealdade.

Neste mundo, existem coisas erradas. Há casos, por exemplo, em


que a Fealdade se associa à Verdade e ao Bem. Ao ver tais fatos, muitas
vezes as pessoas fazem deles alvo de admiração e respeito. Em termos
mais claros, desde tempos remotos, não são poucas as pessoas que,
comendo e vestindo-se precariamente, morando em cabanas, enfim, vivendo
uma vida miserável, realizam práticas virtuosas para o bem do próximo e da
sociedade. Realmente, se suas condições de vida fossem desfavoráveis,
isso seria inevitável para elas poderem sobreviver, mas algumas, mesmo
tendo condições para viverem de modo diferente, escolhem
espontaneamente tal forma de vida, o que acredito não ser desejável. Entre
elas, encontram-se muitos religiosos que escolhem uma vida de abstinência
como meio de aprimoramento, achando ser um meio excelente. Quem vê
isso considera-os pessoas sublimes. Mas, para falar a verdade, esse
pensamento não é correto, pois se negligencia um fator importantíssimo, que
é o Belo; ou seja, temos Verdade, Bem e Fealdade. Neste sentido, desde
que não ultrapassem as condições adequadas a cada indivíduo, as vestes, a
alimentação e a moradia do homem devem ser utilizadas da maneira mais
bela possível, porque isso está de acordo com a Vontade Divina. Além do
mais, o Belo não é simplesmente uma satisfação individual, mas também o
que causa uma sensação agradável aos outros; assim, podemos dizer que é
uma espécie de boa ação. Na verdade, quanto mais alto grau de civilização
a sociedade alcançar, tudo deverá se tornar mais belo. Pensem bem. Na
vida dos selvagens não existe quase nenhuma beleza. Por isso, também
podemos dizer que o progresso da civilização é, em parte, o progresso do
Belo.

Naturalmente, a nível individual, os homens também devem procurar


manter uma beleza adequada, para causar boa impressão às demais
pessoas; sobretudo as mulheres devem procurar mostrar-se ainda mais
belas. Talvez não seja da minha conta falar-lhes semelhantes coisas, mas é
a pura verdade: dentro de casa, deve-se sempre ter o cuidado de não deixar
teias de aranha no teto, de conservar o assoalho tão limpo que não haja
nem um cisco, de arrumar logo os objetos desagradáveis à vista e deixar os
utensílios bem organizados. Assim, tanto os moradores da casa como as
visitas sentir-se-ão bem, o sentimento de respeito nascerá naturalmente, e o
conceito do chefe da casa também se elevará. Devemos, ainda, cuidar do
aspecto externo das residências. Mas não é preciso gastar dinheiro para
isso; se procurarmos conservar nossa casa sempre limpa e em bom estado
exteriormente, não só causaremos uma boa impressão às pessoas que
passam pela sua frente como também contribuiremos para influenciar
positivamente o plano de turismo nacional. A esse respeito, existe um
comentário sobre a Suíça, o qual, em parte, talvez se justifique pelo tamanho
do país. De qualquer forma, dizem que, lá, tanto as ruas como as praças
públicas são sempre conservadas limpas, e por isso a sensação que se tem
é realmente a melhor possível. Este é um dos motivos pelos quais o país
recebe tantos turistas; portanto, poderíamos tê-lo como exemplo a ser
imitado.

As razões expostas mostram que nós, japoneses, também


precisamos cultivar o senso do Belo. Através disso, exerceremos boa
influência sobre os indivíduos e, em grande escala, muito mais do que
pensamos, sobre a sociedade e a nação. E mais ainda; através desse
ambiente belo, os sentimentos dos cidadãos também se tornarão belos, e os
crimes e os acontecimentos desagradáveis diminuirão, o que,
conseqüentemente, se tornará um dos fatores determinantes do Paraíso
Terrestre.
Finalizando, escreverei a meu respeito. Desde jovem eu gostava de
tudo que dissesse respeito ao Belo. Embora fosse muito pobre, cultivava
flores em espaços vazios e, quando dispunha de tempo, pintava quadros.
Sempre que me era possível, visitava museus e exposições. Na primavera,
apreciava as flores, e no outono, o bordo. Agora, pela graça de Deus, minha
vida se tornou mais afortunada, e, além de apreciar o Belo como desejo, isso
constitui uma ajuda para a realização das atividades da Obra Divina.
Entretanto, para terceiros, que desconhecem esse fato, minha vida parece
exageradamente luxuosa, o que é inevitável. Desde tempos antigos, como
sempre digo, os fundadores de religiões faziam a divulgação das doutrinas
levando uma vida paupérrima e realizando penitências. Comparando-me
com eles, talvez todos achem minhas atitudes um tanto estranhas, pela
grande diferença observada. Na verdade, aqueles religiosos estavam na Era
da Noite, e até mesmo a Religião era divulgada por meios infernais. Chegou,
porém, a Época de Transição e, atualmente, quando o mundo está para se
tornar Dia, a salvação é efetuada num estado paradisíaco, de modo que é
necessário refletir profundamente sobre esse ponto.

11 de julho de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

O PARAÍSO É UM MUNDO DE SUBLIME BELEZA

Os adeptos da nossa Religião encontram-se perfeitamente a par de


que o Objetivo de Deus consiste na concretização do mundo ideal, pleno da
Verdade, do Bem e do Belo. Assim sendo, o objetivo do Demônio, Seu
adversário, é a Falsidade, o Mal e a Fealdade. Explicarei a seguir.

A Falsidade e o Mal, ambos, pelo próprio nome, dispensam


explicação; gostaria de referir-me à Fealdade.

No mundo, existem muitas coisas erradas. É o caso, por exemplo, da


Fealdade se encontrar associada à virtude da Verdade e do Bem. Ao ver
esse fato, freqüentemente, as pessoas tendem a fazer do mesmo, motivo de
admiração e respeito. Desde antigos tempos, existem inúmeros casos de
pessoas que devotaram-se à causa do bem do próximo e da sociedade,
vivendo precariamente, comendo, vestindo-se e morando miseravelmente.
Isso, se for induzido pelas circunstâncias, é evidente que não há outro jeito,
mas mesmo possuindo condição para viver uma vida melhor, preferir viver
em tais circunstâncias creio não ser recomendável. Entre essas pessoas,
existiam muitos religiosos que levavam uma vida de completa abstinência,
achando tratar-se de um excelente meio que os conduziria à espiritualidade,
pois acreditavam também que esse era o caminho mais admirável e, nesse
sentido, eram vistos pela sociedade com muito respeito. Entretanto, para
falar a verdade, não se tratava de pensamento correto, visto que em seu
conceito ignora o Belo. Fator importantíssimo. Em suma, consiste de um
princípio da Verdade, do Bem e da Fealdade. Neste sentido, as vestes, a
alimentação e a moradia, desde que não ultrapassem o limite adequado a
cada um, devem buscar o sentido do belo, o melhor possível, pois isso está
em conformidade com a Vontade de Deus. Além do mais, a Beleza não é
somente uma questão que satisfaz o próprio indivíduo, ela é algo que agrada
inclusive aos olhos alheios; portanto, podemos dizer que ela é uma espécie
de boa ação. A sociedade, quanto mais alcança uma civilização elevada, na
verdade, deve tornar-se tanto mais bela em todas as suas coisas. Pensem
bem, pois na vida dos bárbaros, praticamente, não existe a importância do
fator Belo. Mesmo por esse aspecto, dá para considerar que o progresso da
Cultura corresponde, em parte, ao progresso de seu senso em relação à
Beleza.

Naturalmente, a nível individual, os homens também devem procurar


manter a beleza adequada para causar boa impressão às demais pessoas;
principalmente as mulheres, devem valorizar-se ainda mais na beleza. Dizer
isso talvez seja demasiada intromissão de minha parte, mas é a pura
verdade. Assim como, dentro de casa, deve-se tomar o cuidado para não
deixar que se formem teias de aranha no seu teto, varrer o assoalho de
modo a não deixar sequer um só cisco, arrumar as coisas desagradáveis
imediatamente e manter os objetos do lar, em perfeita organização.
Procedendo-se assim, não só as pessoas da família como os visitante sentir-
se-ão agradáveis e criar-se-á um sentimento de respeito, elevando inclusive
o conceito em relação ao chefe da casa. Deve-se também cuidar da
aparência externa da casa, mantendo-a sempre em bom estado de
conservação e limpeza, sem que isto implique necessariamente em gastos
dispendiosos, pois causará uma boa impressão às pessoas que passam à
sua frente, como também beneficiará o turismo nacional. A esse respeito,
existe um comentário sobre a Suíça. Talvez exista também a razão de ser
um país pequeno, mas dentro das suas cidades, nas ruas e nos jardins,
dizem existir uma limpeza tão cuidadosa que não deixa a menor sujeira,
causando uma sensação extremamente agradável. Este aspecto,
certamente, está influenciando o fato de haver muitos turistas naquele país.
Assim sendo, ele é também, dentre outros, motivo de exemplo.

As razões acima mostram o quanto nós, japoneses, também,


precisamos cultivar o senso do Belo. Isto causará uma boa influência não só
aos indivíduos em menor escala, como também à sociedade e à nação em
maior escala. E não é só isso; através dessa virtude de beleza do ambiente,
os sentimentos dos cidadãos também se tornarão belos e,
conseqüentemente, haverá a redução de crimes e acontecimentos
desagradáveis. Portanto, mesmo por isso, constitui ser um fator importante
na concretização do Paraíso Terrestre.

Finalizando, escreverei a meu respeito. Eu, desde jovem, gostava das


coisas relacionadas à Beleza. Mesmo sofrendo numa vida paupérrima,
cultivava flores num pequeno espaço de terreno e, sempre que dispunha de
tempo, pintava quadros e ia visitar museus e exposições. Na primavera,
gostava de apreciar o encanto das flores e, no outono, o colorido das folhas.
Hoje, com as graças de Deus, a minha vida tornou-se mais afortunada,
naturalmente, condição que me permite aprazer o Belo à vontade, e isto, não
obstante, constitui uma ajuda ao desenvolvimento da Obra Divina.
Entretanto, à visão de terceiros que não conhecem esse fato, parece-lhes
um tanto quanto luxuosa a minha vida, inevitavelmente. E causa-lhes a
estranheza, especialmente, quando comparam a minha vida com a dos
antigos fundadores de religiões que, levando uma vida paupérrima e
sofrendo privações, faziam divulgação de doutrinas, observando uma grande
diferença. Na verdade, encontravam-se a viver o tempo da Era da Noite,
portanto as divulgações religiosas também obedeciam os meios infernais.
Mas com a Transição do Tempo, evidenciando cada vez mais a Era do Dia, a
salvação passou a ser feita, ao contrário, por meio de um estado
paradisíaco, de maneira que é preciso refletir profundamente sobre este
aspecto. Por fim, gostaria de me referir ao Comunismo. Dizem que esse
sistema tem por objetivo concretizar o Paraíso Terrestre. Salvo outros
aspectos, há uma completa carência do senso de beleza., exatamente nos
seus seguidores. Portanto, enquanto não levarem em consideração a virtude
desse fator, não será verdadeiro, o que creio ser possível perceber.

11 de julho de 1951
(tradução em: Escritos Sagrados – Obra I)

O PARAÍSO É O MUNDO DO BELO

Os fiéis da nossa Igreja estão bem cientes de que o objetivo de Deus é a


construção do mundo ideal, de perfeita Verdade, Bem e Belo. Sendo assim, o
objeivo de Satanás, Seu antagonista, é obviamente a Falsidade, o Mal e a
Fealdade. Falsidade e Mal não necessitam de explicações; portanto, falarei a
respeito da Fealdade.

Neste mundo, existem coisas erradas. Há casos, por exemplo, em que a


Fealdade se associa à Verdade e ao Bem. Ao ver tais fatos, muitas vezes as
pessoas fazem deles alvo de admiração e respeito. Em termos mais claros,
desde tempos remotos, não são poucas as pessoas que, comendo e vestindo-
se precariamente, morando em cabanas, enfim, vivendo uma vida miserável,
realizam práticas virtuosas para o bem do próximo e da sociedade. Realmente,
se suas condições de vida fossem desfavoráveis, seria inevitável para elas
poderem sobreviver, mas algumas, mesmo tendo condições para viverem
melhor, escolhem espontaneamente tal forma de vida, o que acredito não ser
desejável. Entre elas, encontram-se muitos religiosos que escolhem uma vida
de abstinência como meio de aprimoramento, achando ser um meio excelente.
Quem vê isso, considera-os pessoas sublimes. Mas, para falar a verdade, esse
pensamento não é correto, pois se negligencia um fator importantíssimo, que é
o Belo; ou seja, temos Verdade, Bem e Fealdade. Neste sentido, desde que
não ultrapassem as condições adequadas a cada indivíduo, as vestes, a
alimentação e a moradia do homem devem ser utilizadas da maneira mais bela
possível, porque isso está de acordo com a Vontade Divina. Além do mais, o
Belo não é simplesmente uma satisfação individual, mas também o que causa
uma sensação agradável aos outros. Assim, podemos dizer que é uma espécie
de boa ação. Na verdade, quanto mais alto grau de civilização a sociedade
alcançar , tudo deverá se tornar mais belo. Pensem bem. Na vida dos
selvagens não existe quase nenhuma beleza. Por isso, também podemos dizer
que o progresso da civilização é, em parte, o progresso do Belo.
Naturalmente, a nível individual, os homens também devem procurar
manter uma beleza adequada, para causar boa impressão às demais pessoas;
sobretudo as mulheres, devem procurar mostrar-se ainda mais belas. Talvez
não seja da minha conta fazer-lhes semelhantes considerações, mas é a pura
verdade: dentro de casa, deve-se sempre ter o cuidado de não deixar teias de
aranha no teto, de conservar o assoalho tão limpo que não haja nem um cisco,
de arrumar logo os objetos desagradáveis à vista e deixar os utensílios bem
organizados. Assim, tanto os moradores da casa como as visitas sentir-se-ão
bem, o sentimento de respeito nascerá naturalmente, e o conceito do chefe da
casa também se elevará. Devemos, ainda, cuidar do aspecto externo das
residências. Mas não é preciso gastar dinheiro para isso; se procurarmos
conservar nossa casa sempre limpa e em bom estado exteriormente, não só
causaremos uma boa impressão às pessoas que passam pela sua frente, como
também contribuiremos para influenciar positivamente o plano de turismo
nacional. A esse respeito, existe um comentário sobre a Suíça, o qual, em
parte, talvez, se justifique pelo tamanho do país. De qualquer forma, dizem que
lá tanto as ruas como as praças públicas são sempre conservadas limpas, e por
isso a sensação que se tem é realmente a melhor possível. Este é um dos
motivos pelo qual o país recebe tão grande número de turistas; portanto,
poderíamos tê-lo como exemplo a ser imitado.

As razões expostas mostram que nós, japoneses, também precisamos


cultivar o senso do Belo. Através desse exemplo, exerceremos boa influência
sobre os indivíduos e, em grande escala, muito mais do que pensamos, sobre a
sociedade e a nação. E mais ainda; por meio desse ambiente de beleza, os
sentimentos dos cidadãos também se tornarão belos, e os crimes e os
acontecimentos desegradáveis diminuirão, o que, conseqüentemente,
constituirá um dos fatores determinantes do Paraíso Terrestre.

Finalizando, escreverei a meu respeito. Desde jovem eu gostava de tudo


o que dissesse respeito ao Belo. Embora fosse muito pobre, cultivava flores em
espaços vazios e, quando dispunha de tempo, pintava quadros. Sempre que
me era possível, visitava museus e exposições. Na primavera, apreciava as
flores e, no outono, o bordo. Agora, pela graça de Deus, minha vida se tornou
mais afortunada, e, além de apreciar o Belo como desejo, tal atitude constitui
uma ajuda para a realização das atividades da Obra Divina. Entretanto, para
terceiros, que desconhecem esse fato, minha vida parece exageradamente
luxuosa, o que é inevitável. Desde tempos antigos, como sempre digo, os
fundadores de religiões faziam a divulgação das doutrinas levando uma vida
paupérrima e realizando penitências. Comparando-me com eles, talvez todos
achem minhas atitudes um tanto estranhas, pela grande diferença observada.
Na verdade, aqueles religiosos estavam na Era da Noite, e até mesmo a
Religião era divulgada por meios infernais. Chegou, porém, a Época de
Transição e, atualmente, quando o mundo está para se tornar Dia, a salvação é
efetuada num estado paradisíaco, de modo que é necessário refletir
profundamnete sobre esse ponto.

Eiko, nº 112 — 11 de julho de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

(ART/24) O PARAÍSO É O MUNDO DO BELO

Alicerce do Paraíso, pág. 329

Os fiéis da nossa Igreja estão bem cientes de que o objetivo de Deus


é a construção do mundo ideal, de perfeita Verdade, Bem e Belo. Sendo
assim, o objetivo de Satanás, Seu antagonista, é obviamente a Falsidade, o
Mal e a Fealdade. Falsidade e Mal não necessitam de explicações; portanto,
falarei a respeito da Fealdade.
Neste mundo, existem coisas erradas. Há casos, por exemplo, em
que a Fealdade se associa à Verdade e ao Bem. Ao ver tais fatos, muitas
vezes as pessoas fazem deles alvo de admiração e respeito. Em termos
mais claros, desde tempos remotos, não são poucas as pessoas que,
comendo e vestindo-se precariamente, morando em cabanas, enfim, vivendo
uma vida miserável, realizam práticas virtuosas para o bem do próximo e da
sociedade. Realmente, se suas condições de vida fossem desfavoráveis,
isso seria inevitável para elas poderem sobreviver, mas algumas, mesmo
tendo condições para viverem de modo diferente, escolhem
espontaneamente tal forma de vida, o que acredito não ser desejável. Entre
elas, encontram-se muitos religiosos que escolhem uma vida de abstinência
como meio de aprimoramento, achando ser um meio excelente. Quem vê
isso, considera-os pessoas sublimes. Mas, para falar a verdade, esse
pensamento não é correto, pois se negligencia um fator importantíssimo, que
é o Belo; ou seja, temos Verdade, Bem e Fealdade. Neste sentido, desde
que não ultrapassem as condições adequadas a cada indivíduo, as vestes, a
alimentação e a moradia do homem devem ser utilizadas da maneira mais
bela possível, porque isso está de acordo com a Vontade Divina. Além do
mais, o Belo não é simplesmente uma satisfação individual, mas também o
que causa uma sensação agradável aos outros; assim, podemos dizer que é
uma espécie de boa ação. Na verdade, quanto mais alto grau de civilização
a sociedade alcançar, tudo deverá se tornar mais belo. Pensem bem. Na
vida dos selvagens não existe quase nenhuma beleza. Por isso, também
podemos dizer que o progresso da civilização é, em parte, o progresso do
Belo.

Naturalmente a nível individual, os homens também devem procurar


manter uma beleza adequada, para causar boa impressão às demais
pessoas; sobretudo as mulheres, devem procurar mostrar-se ainda mais
belas. Talvez não seja da minha conta falar-lhes semelhantes coisas, mas é
a pura verdade: dentro de casa, deve-se sempre ter o cuidado de não deixar
teias de aranha no teto, de conservar o assoalho tão limpo que não haja
nem um cisco, de arrumar logo os objetos desagradáveis à vista e deixar os
utensílios bem organizados. Assim, tanto os moradores da casa como as
visitas sentir-se-ão bem, o sentimento de respeito nascerá naturalmente, e o
conceito do chefe da casa também se elevará. Devemos, ainda, cuidar do
aspecto externo das residências. Mas não é preciso gastar dinheiro para
isso; se procurarmos conservar nossa casa sempre limpa e em bom estado
exteriormente, não só causaremos uma boa impressão às pessoas que
passam pela sua frente, como também contribuiremos para influenciar
positivamente o plano de turismo nacional. A esse respeito, existe um
comentário sobre a Suíça, o qual, em parte, talvez se justifique pelo tamanho
do país. De qualquer forma, dizem que, lá, tanto as ruas como as praças
públicas são sempre conservadas limpas e por isso a sensação que se tem
é realmente a melhor possível. Este é um dos motivos pelos quais o país
recebe tantos turistas; portanto, poderíamos tê-lo como exemplo a ser
imitado.

As razões expostas mostram que nós, japoneses, também


precisamos cultivar o senso do Belo. Através disso, exerceremos boa
influência sobre os indivíduos e, em grande escala, muito mais do que
pensamos, sobre a sociedade e a nação. E mais ainda; através desse
ambiente belo, os sentimentos dos cidadãos também se tornarão belos, e os
crimes e os acontecimentos desagradáveis diminuirão, o que,
conseqüentemente, se tornará um dos fatores determinantes do Paraíso
Terrestre.

Finalizando, escreverei a meu respeito. Desde jovem eu gostava de


tudo que dissesse respeito ao Belo. Embora fosse muito pobre, cultivava
flores em espaços vazios e, quando dispunha de tempo, pintava quadros.
Sempre que me era possível, visitava museus e exposições. Na primavera,
apreciava as flores, e no outono, o bordo. Agora, pela graça de Deus, minha
vida se tornou mais afortunada, e, além de apreciar o Belo como desejo, isso
constitui uma ajuda para a realização das atividades da Obra Divina.
Entretanto, para terceiros, que desconhecem esse fato, minha vida parece
exageradamente luxuosa, o que é inevitável. Desde tempos antigos, como
sempre digo, os fundadores de religiões faziam a divulgação das doutrinas
levando uma vida paupérrima e realizando penitências. Comparando-me
com eles, talvez todos achem minhas atitudes um tanto estranhas, pela
grande diferença observada. Na verdade, aqueles religiosos estavam na Era
da Noite, e até mesmo a Religião era divulgada por meios infernais. Chegou,
porém, a Época de Transição e, atualmente, quando o mundo está para se
tornar Dia, a salvação é efetuada num estado paradisíaco, de modo que é
necessário refletir profundamente sobre esse ponto.

Jornal Eiko nº 112, 11 de julho de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

“O Reino dos Céus é o mundo do Belo. Os sentimentos de seus


habitantes são igualmente belos.”

Os fiéis da nossa Igreja estão bem cientes de que o objetivo de Deus é a


construção do mundo ideal, de perfeita Verdade, Bem e Belo. Sendo assim, o
objetivo de Satanás, Seu antagonista, é obviamente a Falsidade, o Mal e a
Fealdade. Falsidade e Mal não necessitam de explicações; portanto, falarei a
respeito da Fealdade.

Neste mundo, existem coisas erradas. Há casos, por exemplo, em que a


Fealdade se associa à Verdade e ao Bem. Ao ver tais fatos, muitas vezes as
pessoas fazem deles alvo de admiração e respeito. Em termos mais claros,
desde tempos remotos, não são poucas as pessoas que, comendo e vestindo-
se precariamente, morando em cabanas, enfim, vivendo uma vida miserável,
realizam práticas virtuosas para o bem do próximo e da sociedade. Realmente,
se suas condições de vida fossem desfavoráveis, isso seria inevitável para elas
poderem sobreviver, mas algumas, mesmo tendo condições para viverem de
modo diferente, escolhem espontaneamente tal forma de vida, o que acredito
não ser desejável. Entre elas, encontram-se muitos religiosos que escolhem
uma vida de abstinência como meio de aprimoramento, achando ser um meio
excelente. Quem vê isso, considera-os pessoas sublimes. Mas, para falar a
verdade, esse pensamento não é correto, pois se negligencia um fator
importantíssimo, que é o Belo; ou seja, temos Verdade, Bem e Fealdade. Neste
sentido, desde que não ultrapassem as condições adequadas a cada indivíduo,
as vestes, a alimentação e a moradia do homem devem ser utilizadas da
maneira mais bela possível, porque isso está de acordo com a Vontade Divina.
Além do mais, o Belo não é simplesmente uma satisfação individual, mas
também o que causa uma sensação agradável aos outros; assim, podemos
dizer que é uma espécie de boa ação. Na verdade, quanto mais alto grau de
civilização a sociedade alcançar, tudo deverá se tornar mais belo. Pensem bem.
Na vida dos selvagens não existe quase nenhuma beleza. Por isso, também
podemos dizer que o progresso da civilização é, em parte, o progresso do Belo.

Naturalmente, a nível individual, os homens também devem procurar


manter uma beleza adequada, para causar boa impressão às demais pessoas;
sobretudo as mulheres, devem procurar mostrar-se ainda mais belas. Talvez
não seja da minha conta falar-lhes semelhantes coisas, mas é a pura verdade:
dentro de casa, deve-se sempre ter o cuidado de não deixar teias de aranha no
teto, de conservar o assoalho tão limpo que não haja nem um cisco, de arrumar
logo os objetos desagradáveis à vista e deixar os utensílios bem organizados.
Assim, tanto os moradores da casa como as visitas sentir-se-ão bem, o
sentimento de respeito nascerá naturalmente, e o conceito do chefe da casa
também se elevará. Devemos, ainda, cuidar do aspecto externo das
residências. Mas não é preciso gastar dinheiro para isso; se procurarmos
conservar nossa casa sempre limpa e em bom estado exteriormente, não só
causaremos uma boa impressão às pessoas que passam pela sua frente, como
também contribuiremos para influenciar positivamente o plano de turismo
nacional. A esse respeito, existe um comentário sobre a Suíça, o qual, em
parte, talvez se justifique pelo tamanho do país. De qualquer forma, dizem que,
lá, tanto as ruas como as praças públicas são sempre conservadas limpas e por
isso a sensação que se tem é realmente a melhor possível. Este é um dos
motivos pelos quais o país recebe tantos turistas; portanto, poderíamos tê-lo
como exemplo a ser imitado.

As razões expostas mostram que nós, japoneses, também precisamos


cultivar o senso do Belo. Através disso, exerceremos boa influência sobre os
indivíduos e, em grande escala, muito mais do que pensamos, sobre a
sociedade e a Nação. E mais ainda: através desse ambiente belo, os
sentimentos dos cidadãos também se tornarão belos, e os crimes e os
acontecimentos desagradáveis diminuirão, o que, conseqüentemente, se
tornará um dos fatores determinantes do Paraíso Terrestre.
Finalizando, escreverei a meu respeito. Desde jovem eu gostava de tudo
que dissesse respeito ao Belo. Embora fosse muito pobre, cultivava flores em
espaços vazios e, quando dispunha de tempo, pintava quadros. Sempre que
me era possível, visitava museus e exposições. Na primavera, apreciava as
flores, e no outono, o bordo. Agora, pela graça de Deus, minha vida se tornou
mais afortunada, e, além de apreciar o Belo como desejo, isso constitui uma
ajuda para a realização das atividades da Obra Divina. Entretanto, para
terceiros, que desconhecem esse fato, minha vida parece exageradamente
luxuosa, o que é inevitável. Desde tempos antigos, como sempre digo, os
fundadores de religiões faziam a divulgação das doutrinas levando uma vida
paupérrima e realizando penitências. Comparando-me com eles, talvez achem
minhas atitudes um tanto estranhas, pela grande diferença observada. Na
verdade, aqueles religiosos estavam na Era da Noite, e até mesmo a Religião
era divulgada por meios infernais. Chegou, porém, a Época de Transição e,
atualmente, quando o mundo está para se tornar Dia, a salvação é efetuada
num estado paradisíaco, de modo que é necessário refletir profundamente
sobre esse ponto.

Por fim, quero falar sobre o comunismo. Dizem que o seu objetivo é
também a construção do Paraíso Terrestre, mas, deixando de lado outros
aspectos, principalmente a sua noção do Belo é escassa. Portanto, desde que
não adota o Belo, podemos compreender que ele não é verdadeiro.

Alicerce do Paraíso - “O Paraíso é o Mundo do Belo” (11/07/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

O PARAÍSO É O MUNDO DO BELO

Os fiéis da nossa Igreja estão bem cientes de que o objetivo de Deus


é a construção do mundo ideal, de perfeita Verdade, Bem e Belo. Sendo
assim, o objetivo de Satanás, Seu antagonista, é obviamente a Falsidade, o
Mal e a Fealdade. Falsidade e Mal não necessitam de explicações; portanto,
falarei a respeito da Fealdade.

Neste mundo, existem coisas erradas. Há casos, por exemplo, em


que a Fealdade se associa à Verdade e ao Bem. Ao ver tais fatos, muitas
vezes as pessoas fazem deles alvo de admiração e respeito. Em termos
mais claros, desde tempos remotos, não são poucas as pessoas que,
comendo e vestindo-se precariamente, morando em cabanas, enfim, vivendo
uma vida miserável, realizam práticas virtuosas para o bem do próximo e da
sociedade. Realmente, se suas condições de vida fossem desfavoráveis,
isso seria inevitável para elas poderem sobreviver, mas algumas, mesmo
tendo condições para viverem de modo diferente, escolhem
espontaneamente tal forma de vida, o que acredito não ser desejável. Entre
elas, encontram-se muitos religiosos que escolhem uma vida de abstinência
como meio de aprimoramento, achando ser um meio excelente. Quem vê
isso, considera-os pessoas sublimes. Mas, para falar a verdade, esse
pensamento não é correto, pois se negligencia um fator importantíssimo, que
é o Belo; ou seja, temos Verdade, Bem e Fealdade. Neste sentido, desde
que não ultrapassem as condições adequadas a cada indivíduo, as vestes, a
alimentação e a moradia do homem devem ser utilizadas da maneira mais
bela possível, porque isso está de acordo com a Vontade Divina. Além do
mais, o Belo não é simplesmente uma satisfação individual, mas também o
que causa uma sensação agradável aos outros; assim, podemos dizer que é
uma espécie de boa ação. Na verdade, quanto mais alto grau de civilização
a sociedade alcançar, tudo deverá se tornar mais belo. Pensem bem. Na
vida dos selvagens não existe quase nenhuma beleza. Por isso, também
podemos dizer que o progresso da civilização é, em parte, o progresso do
Belo.

Naturalmente a nível individual, os homens também devem procurar


manter uma beleza adequada, para causar boa impressão às demais
pessoas; sobretudo as mulheres, devem procurar mostrar-se ainda mais
belas. Talvez não seja da minha conta falar-lhes semelhantes coisas, mas é
a pura verdade: dentro de casa, deve-se sempre ter o cuidado de não deixar
teias de aranha no teto, de conservar o assoalho tão limpo que não haja
nem um cisco, de arrumar logo os objetos desagradáveis à vista e deixar os
utensílios bem organizados. Assim, tanto os moradores da casa como as
visitas sentir-se-ão bem, o sentimento de respeito nascerá naturalmente, e o
conceito do chefe da casa também se elevará. Devemos, ainda, cuidar do
aspecto externo das residências. Mas não é preciso gastar dinheiro para
isso; se procurarmos conservar nossa casa sempre limpa e em bom estado
exteriormente, não só causaremos uma boa impressão às pessoas que
passam pela sua frente, como também contribuiremos para influenciar
positivamente o plano de turismo nacional. A esse respeito, existe um
comentário sobre a Suíça, o qual, em parte, talvez se justifique pelo tamanho
do país. De qualquer forma, dizem que, lá, tanto as ruas como as praças
públicas são sempre conservadas limpas e por isso a sensação que se tem
é realmente a melhor possível. Este é um dos motivos pelos quais o país
recebe tantos turistas; portanto, poderíamos tê-lo como exemplo a ser
imitado.

As razões expostas mostram que nós, japoneses, também


precisamos cultivar o senso do Belo. Através disso, exerceremos boa
influência sobre os indivíduos e, em grande escala, muito mais do que
pensamos, sobre a sociedade e a nação. E mais ainda; através desse
ambiente belo, os sentimentos dos cidadãos também se tornarão belos, e os
crimes e os acontecimentos desagradáveis diminuirão, o que,
conseqüentemente, se tornará um dos fatores determinantes do Paraíso
Terrestre.

Finalizando, escreverei a meu respeito. Desde jovem eu gostava de


tudo que dissesse respeito ao Belo. Embora fosse muito pobre, cultivava
flores em espaços vazios e, quando dispunha de tempo, pintava quadros.
Sempre que me era possível, visitava museus e exposições. Na primavera,
apreciava as flores, e no outono, o bordo. Agora, pela graça de Deus, minha
vida se tornou mais afortunada, e, além de apreciar o Belo como desejo, isso
constitui uma ajuda para a realização das atividades da Obra Divina.
Entretanto, para terceiros, que desconhecem esse fato, minha vida parece
exageradamente luxuosa, o que é inevitável. Desde tempos antigos, como
sempre digo, os fundadores de religiões faziam a divulgação das doutrinas
levando uma vida paupérrima e realizando penitências. Comparando-me
com eles, talvez todos achem minhas atitudes um tanto estranhas, pela
grande diferença observada. Na verdade, aqueles religiosos estavam na Era
da Noite, e até mesmo a Religião era divulgada por meios infernais. Chegou,
porém, a Época de Transição e, atualmente, quando o mundo está para se
tornar Dia, a salvação é efetuada num estado paradisíaco, de modo que é
necessário refletir profundamente sobre esse ponto.

11 de julho de 1951
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

AGORA, KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO VAI COMEÇAR A TRABALHAR

Outra coisa que gostaria de falar é que desta vez o Sr. Ookussa, o St.
Matsui e o Sr. Suzuki Shogo - atual membro do congresso - creio que os
senhores os conheçam bem. Eles três fizeram um tipo de turnê no nordeste. A
primeira palestra foi em Ohara-cho, uma cidade do estado de Aomori, que em
termos de Japão fica no extremo norte. Começaram por lá. Disseram-me que
foi um sucesso. A cidade é pequena e vieram cerca de mil pessoas.

Agora, Deus começou a divulgar de forma propriamente dita. Pois como


sempre digo, o Leste e o Norte são o espírito, não é? E digo também que, se
dai nos direcionarmos para o Sul e para o oeste sempre seremos bem
sucedidos. É nesse sentido. E eu vim do leste para o oeste. escrevo muito
sobre isso. O leste do Japão é Tóquio, o leste de Tóquio e Assakussa e o leste
de Assakussa é Hashiba. Nasci ai e depois fui vindo cada vez mais para o
oeste. E, à medida que vim vindo para o oeste, o meu trabalho foi crescendo.
Também passei a ser conhecido socialmente. Então, para que a Messiânica
seja realmente divulgada, o certo é começar pelo extremo nordeste.

Ai vamos dizer assim, Deus irá trabalhar. Este deus é Kunitokotati-no-


Mikoto, o Deus dourado do nordeste. É ele quem irá atuar. Então, seria mesmo
começar do extremo nordeste. Depois, ir-se-ia cada vez mais para o oeste.
Também realizaremos turnês de palestras. A divulgação será nessa ordem.
Essa é a verdadeira forma de divulgação. Até agora eram coisas do alicerce.

As coisas foram organizadas com o acontecimento do ano passado e


agora iremos realizar na ordem verdadeira. O método de Deus é mesmo fora
de série. Num lugar tão distante, no estado de Aomori - nunca nem tinha ouvido
falar naquela cidade. E ai os fiéis são fervorosos como nunca; é realmente
surpreendente.

As religiões existentes até agora, surgiram todas do oeste. As que


surgiram do leste são a Nitiren e a Messiânica, somente.

(Mioshie-shu no. 2 11/7/1951)


(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)

AGORA, KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO VAI COMEÇAR A TRABALHAR

Outra coisa que gostaria de falar é que desta vez o Sr. Ookussa, o St.
Matsui e o Sr. Suzuki Shogo - atual membro do congresso - creio que os
senhores os conheçam bem - fizeram um tipo de turnê no nordeste. A primeira
palestra foi em Ohara-cho, uma cidade do estado de Aomori, que, em termos
de Japão, fica no extremo norte. Começaram por lá. Disseram-me que foi um
sucesso. A cidade é pequena e vieram cerca de mil pessoas.

Agora, Deus começou a divulgar de forma propriamente dita. Pois, como


sempre digo, o Leste e o Norte são o espírito, não é? E digo também que, se
daí nos direcionarmos para o Sul e para o oeste, sempre seremos bem
sucedidos. É nesse sentido. E eu vim do leste para o oeste. Escrevo muito
sobre isso. O leste do Japão é Tóquio, o leste de Tóquio é Assakussa e o leste
de Assakussa é Hashiba. Nasci aí e depois fui vindo cada vez mais para o
oeste. E, à medida que vim vindo para o oeste, o meu trabalho foi crescendo.
Também passei a ser conhecido socialmente. Então, para que a Messiânica
seja realmente divulgada, o certo é começar pelo extremo nordeste.
Aí, vamos dizer assim, Deus irá trabalhar. Este deus é Kunitokotati-no-
Mikoto, o Deus dourado do nordeste. É Ele quem irá atuar. Então, seria mesmo
começar do extremo nordeste. Depois, ir-se-ia cada vez mais para o oeste.
Também realizaremos turnês de palestras. A divulgação será nessa ordem.
Essa é a verdadeira forma de divulgação. Até agora eram coisas do alicerce.

As coisas foram organizadas com o acontecimento do ano passado e


agora iremos realizar na ordem verdadeira. O método de Deus é mesmo fora
de série. Num lugar tão distante, no estado de Aomori - nunca nem tinha ouvido
falar naquela cidade. E aí os fiéis são fervorosos como nunca; é realmente
surpreendente.

As religiões existentes até agora, surgiram todas do oeste. As que


surgiram do leste são a Nitiren e a Messiânica, somente.

Mioshie-shu Nº 2 (11/07/1951)
(tradução em: Ensinamentos e Orientações)

AGORA, KUNITOKOTATI-NO-MIKOTO VAI COMEÇAR A TRABALHAR

Outra coisa que gostaria de falar é que desta vez o Sr. Ookussa, o St.
Matsui e o Sr. Suzuki Shogo - atual membro do congresso - creio que os
senhores os conheçam bem. Eles três fizeram um tipo de turnê no nordeste. A
primeira palestra foi em Ohara-cho, uma cidade do estado de Aomori, que, em
termos de Japão, fica no extremo norte. Começaram por lá. Disseram-me que
foi um sucesso. A cidade é pequena e vieram cerca de mil pessoas.

Agora, Deus começou a divulgar de forma propriamente dita. Pois, como


sempre digo, o Leste e o Norte são o espírito, não é? E digo também que, se
daí nos direcionarmos para o Sul e para o oeste, sempre seremos bem
sucedidos. É nesse sentido. E eu vim do leste para o oeste. Escrevo muito
sobre isso. O leste do Japão é Tóquio, o leste de Tóquio é Assakussa e o leste
de Assakussa é Hashiba. Nasci aí e depois fui vindo cada vez mais para o
oeste. E, à medida que vim vindo para o oeste, o meu trabalho foi crescendo.
Também passei a ser conhecido socialmente. Então, para que a Messiânica
seja realmente divulgada, o certo é começar pelo extremo nordeste.

Aí, vamos dizer assim, Deus irá trabalhar. Este deus é Kunitokotati-no-
Mikoto, o Deus dourado do nordeste. É ele quem irá atuar. Então, seria mesmo
começar do extremo nordeste. Depois, ir-se-ia cada vez mais para o oeste.
Também realizaremos turnês de palestras. A divulgação será nessa ordem.
Essa é a verdadeira forma de divulgação. Até agora eram coisas do alicerce.

As coisas foram organizadas com o acontecimento do ano passado e


agora iremos realizar na ordem verdadeira. O método de Deus é mesmo fora
de série. Num lugar tão distante, no estado de Aomori - nunca nem tinha ouvido
falar naquela cidade. E aí os fiéis são fervorosos como nunca; é realmente
surpreendente.

As religiões existentes até agora surgiram todas do oeste. As que


surgiram do leste são a Nitiren e a Messiânica, somente.

Mioshie-shu Nº 2 (11/07/1951)
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

(R2/11) NOVAMENTE A RESPEITO DE BERGSON

Alicerce do Paraíso, pág.408

Sinto-me dominado pelo desejo de escrever novamente sobre Henri


Bergson, o famoso filósofo moderno da França, a quem já me referi
anteriormente. Muitas pessoas me dirigem perguntas por não entenderem o
sentido de minhas palavras, que me parecem bem simples, mas que elas
acham de difícil assimilação. Embora se trate de pessoas cultas, sou
obrigado a dar-lhes uma explicação minuciosa, servindo-me de exemplos,
para que elas possam compreender. Nesta oportunidade, lembro-me da
própria filosofia de Bergson.
A razão pela qual as pessoas não entendem coisas tão fáceis é que
elas não ficam no estado do "eu do momento", talvez por não terem
conhecimento, ou melhor, consciência disso. Segundo a teoria de Bergson,
mal o homem começa a ter noção do mundo à sua volta, é cercado de
comentários, imposições de lendas e instruções, que lhe criam uma espécie
de "barreira mental", antes de atingir a maioridade. Essa "barreira" o impede
de assimilar novas teorias. Uma mente desimpedida as compreenderá com
facilidade, pois tem livre arbítrio; por isso aconselhamos que a mente seja
aberta como uma página em branco. Entretanto, são raros os que percebem
a "barreira".

Quem já leu o princípio de Bergson comece a ser, agora, o "eu do


momento". Este "eu do momento" refere-se à impressão instantânea,
captada no momento em que se observa ou se ouve alguma coisa. É agir
como uma criança, sem dar tempo para a intromissão de "barreiras". Muitas
vezes admiro certas palavras usadas pelas crianças para se certificarem de
algo que um adulto lhes disse. Bergson chamou a isso de "Teoria da
Intuição". Através desta, ele também queria nos mostrar que uma
observação fiel consiste em ver a coisa tal qual ela é, sem torcê-la,
relacionando-a ao "eu do momento".
Dentro de sua filosofia, Bergson emite um conceito muito
interessante: "Todas as coisas se movem." Isso significa que tudo está em
contínuo movimento. Este ano, por exemplo, difere do ano passado em tudo.
O mesmo podemos dizer a respeito do mundo, da sociedade e dos nossos
próprios pensamentos e circunstâncias. Somos diferentes até mesmo do que
fomos ontem, ou há cinco minutos atrás. Aqui, podemos aplicar o velho
ditado: "Trevas a um palmo do nariz." Assim, se aplicarmos a teoria
bergsoniana ao homem, em todas as circunstâncias, notaremos o seguinte:
diante de um fato, as nossas observações e pensamentos de hoje devem
ser diferentes das observações e pensamentos do ano anterior.

Em sentido mais amplo, observemos a radical diferença entre o


período anterior e o período posterior à guerra. É surpreendente a mudança
que ocorreu em tão breve espaço de tempo. Mas a maioria dos indivíduos
não consegue captar, com exatidão, a realidade atual, bloqueados pelos
métodos e conceitos antigos, que eles herdaram de seus antecessores e
que constituem um verdadeiro obstáculo. Classifico esses indivíduos de
conservadores e antiquados, porque mantêm a mente estagnada, enquanto
tudo obedece à lei do movimento perpétuo. Eles sofrem o abandono do
mundo e vão ao encontro de um trágico destino.

Basta uma reflexão sobre a teoria de Bergson, para compreendermos


o insucesso das religiões.

A ação de Kannon consiste em ceder às transformações constantes,


acompanhando o movimento das coisas sem cometer o mínimo desvio.
Essa divindade é conhecida, também, como "Oshin-Miroku", encarnação da
ação livre e desimpedida. Em outras palavras, ação livre em relação às
coisas do mundo exterior. O nome "Mugue-ko-nyorai" tem o mesmo
significado.

Em resumo, devemos escolher assuntos adequados para falar com as


pessoas idosas, ser delicados com as mulheres, teóricos com os intelectuais
e simples com o povo em geral. Devemos proceder de modo que todas as
pessoas com quem conversamos possam compreender-nos e interessar-nos
pelo que dizemos, ouvindo-nos com prazer. Se professarem a Fé dessa
maneira, poderão obter ótimos resultados.

Jornal Eiko nº 113, 18 de julho de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

NOVAMENTE A RESPEITO DE BERGSON

Sinto-me dominado pelo desejo de escrever novamente sobre Henri


Bergson, o famoso filósofo moderno da França, a quem já me referi
anteriormente. Muitas pessoas me dirigem perguntas por não entenderem o
sentido de minhas palavras, que me parecem bem simples, mas que elas
acham de difícil assimilação. Embora se trate de pessoas cultas, sou
obrigado a dar-lhes uma explicação minuciosa, servindo-me de exemplos,
para que elas possam compreender. Nesta oportunidade, lembro-me da
própria filosofia de Bergson.

A razão pela qual as pessoas não entendem coisas tão fáceis é que
elas não ficam no estado do “eu do momento”, talvez por não terem
conhecimento, ou melhor, consciência disso. Segundo a teoria de Bergson,
mal o homem começa a ter noção do mundo à sua volta, é cercado de
comentários, imposições de lendas e instruções, que lhe criam uma espécie
de “barreira mental”, antes de atingir a maioridade. Essa “barreira” o impede
de assimilar novas teorias. Uma mente desimpedida as compreenderá com
facilidade, pois tem livre arbítrio; por isso aconselhamos que a mente seja
aberta como uma página em branco. Entretanto, são raros os que percebem
a “barreira”.

Quem já leu o princípio de Bergson, comece a ser, agora, o “eu do


momento”. Este “eu do momento” refere-se à impressão instantânea,
captada no momento em que se observa ou se ouve alguma coisa. É agir
como uma criança, sem dar tempo para a intromissão de “barreiras”. Muitas
vezes admiro certas palavras usadas pelas crianças para se certificarem de
algo que um adulto lhes disse. Bergson chamou a isso de “Teoria da
Intuição”. Através desta, ele também queria nos mostrar que uma
observação fiel consiste em ver a coisa tal qual ela é, sem torcê-la,
relacionando-a ao “eu do momento”.

Dentro de sua filosofia, Bergson emite um conceito muito


interessante: “Todas as coisas se movem.” Isso significa que tudo está em
contínuo movimento. Este ano, por exemplo, difere do ano passado em tudo.
O mesmo podemos dizer a respeito do mundo, da sociedade e dos nossos
próprios pensamentos e circunstâncias. Somos diferentes até mesmo do que
fomos ontem, ou há cinco minutos atrás. Aqui, podemos aplicar o velho
ditado: “Trevas a um palmo do nariz.” Assim, se aplicarmos a teoria
bergsoniana ao homem, em todas as circunstâncias, notaremos o seguinte:
diante de um fato, as nossas observações e pensamentos de hoje devem
ser diferentes das observações e pensamentos do ano anterior.
Em sentido mais amplo, observemos a radical diferença entre o
período anterior e o período posterior à guerra. É surpreendente a mudança
que ocorreu em tão breve espaço de tempo. Mas a maioria dos indivíduos
não consegue captar, com exatidão, a realidade atual, bloqueados pelos
métodos e conceitos antigos, que eles herdaram de seus antecessores e
que constituem um verdadeiro obstáculo. Classifico esses indivíduos de
conservadores e antiquados, porque mantêm a mente estagnada, enquanto
tudo obedece à lei do movimento perpétuo. Eles sofrem o abandono do
mundo e vão ao encontro de um trágico destino.

Basta uma reflexão sobre a teoria de Bergson, para compreendermos


o insucesso das religiões.

A ação de Kannon consiste em ceder às transformações constantes,


acompanhando o movimento das coisas sem cometer o mínimo desvio.
Essa divindade é conhecida, também, como “Oshin-Miroku”, encarnação da
ação livre e desimpedida. Em outras palavras, ação livre em relação às
coisas do mundo exterior. O nome “Mugue-ko-nyorai” tem o mesmo
significado.

Em resumo, devemos escolher assuntos adequados para falar com as


pessoas idosas, ser delicados com as mulheres, teóricos com os intelectuais
e simples com o povo em geral. Devemos proceder de modo que todas as
pessoas com quem conversamos possam compreender-nos e interessar-nos
pelo que dizemos, ouvindo-nos com prazer. Se professarem a Fé dessa
maneira, poderão obter ótimos resultados.

18 de julho de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

(R2/83) NÃO SEJA ODIADO

Alicerce do Paraíso, pág.440


Já lhes falei que não devem odiar ninguém. Digo-lhes, também, que
não devem ser odiados. Isso porque os maus pensamentos, o ódio, o ciúme,
o desejo de vingança e outros sentimentos negativos chegam até nós
através dos elos espirituais e nos atrapalham completamente. Ficamos mal
humorados, perturbados e não podemos desempenhar corretamente nossas
tarefas; nessas condições, o sucesso é impossível. Tomem, pois, o máximo
cuidado.

Neste mundo, há muitas pessoas que não se incomodam de torturar o


próximo e torná-lo infeliz. Apesar disso, são elogiadas pelo êxito que
alcançam em suas profissões. Aqueles que procuram imitá-las, julgando ser
esse o método certo para o sucesso, possuem vistas curtas.

Se o número dessas criaturas perversas aumentar, será difícil que o


mundo melhore. O tempo nos revela, porém, que toda semente ruim produz
mau fruto; os perversos serão infalivelmente destruídos.

Assim, para vivermos bem humorados, para os nossos trabalhos


progredirem normalmente e para evitarmos grandes aborrecimentos, é
preciso alegrar os nossos semelhantes, tornando-os felizes. Esse é um dos
fundamentos da Religião. Quem age assim merece ser qualificado de
"inteligente". Por isso costumo afirmar que os perversos são ignorantes. Esta
é uma verdade eterna.

Jornal Eiko nº 113, 18 de julho de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

NÃO SEJA ODIADO

Já lhes falei que não devem odiar ninguém. Digo-lhes, também, que
não devem ser odiados. Isso porque os maus pensamentos, o ódio, o ciúme,
o desejo de vingança e outros sentimentos negativos chegam até nós
através dos elos espirituais e nos atrapalham completamente. Ficamos mal
humorados, perturbados e não podemos desempenhar corretamente nossas
tarefas; nessas condições, o sucesso é impossível. Tomem, pois, o máximo
cuidado.

Neste mundo, há muitas pessoas que não se incomodam de torturar o


próximo e torná-lo infeliz. Apesar disso, são elogiadas pelo êxito que
alcançam em suas profissões. Aqueles que procuram imitá-las, julgando ser
esse o método certo para o sucesso, possuem vistas curtas.

Se o número dessas criaturas perversas aumentar, será difícil que o


mundo melhore. O tempo nos revela, porém, que toda semente ruim produz
mau fruto; os perversos serão infalivelmente destruídos.

Assim, para vivermos bem humorados, para os nossos trabalhos


progredirem normalmente e para evitarmos grandes aborrecimentos, é
preciso alegrar os nossos semelhantes, tornando-os felizes. Esse é um dos
fundamentos da Religião. Quem age assim merece ser qualificado de
“inteligente”. Por isso costumo afirmar que os perversos são ignorantes. Esta
é uma verdade eterna.

18 de julho de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

Já lhes falei que não devem odiar ninguém. Digo-lhes, também, que
não devem ser odiados. Isso porque os maus pensamentos, o ódio, o ciúme
o desejo de vingança e outros sentimentos negativos nos são restituídos dos
fios espirituais e nos atrapalham completamente. Ficamos mal humorados,
perturbados e não podemos desempenhar corretamente nossas tarefas;
nessas condições, o sucesso é impossível. Tomem, pois, o máximo cuidado.

Neste mundo, há muitas pessoas que não se incomodam em torturar


o próximo e torná-lo infeliz. Apesar disso, são elogiadas pelo êxito que
alcançam em suas profissões. Aqueles que procuram imitá-las, julgando ser
esse o método certo para o sucesso, possuem vistas curtas.
Se o número dessas criaturas perversas aumentar, será difícil que o
mundo melhore. O tempo nos revela, porém, que toda semente ruim produz
mau fruto; os perversos serão infalivelmente destruídos.

Assim, para vivermos bem-humorados, para os nossos trabalhos


progredirem normalmente e para evitarmos grandes aborrecimentos, é
preciso alegrar os nossos semelhantes, tornando-os felizes. Esse é um dos
fundamentos da religião.

(Não seja odiado, 18 de julho de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

(ART/5) O PLANO DE CONSTRUÇÃO DO PARAÍSO TERRESTRE

Além do que já escrevi sobre os protótipos do Paraíso Terrestre de


Hakone e de Atami, que se encontram em plena construção, ainda há muitas
outras coisas a contar, o que farei a seguir.

Como tenho dito sempre, meu plano é, em primeiro lugar, manifestar


ao máximo as condições básicas do Paraíso Terrestre, isto é, a paisagem
natural, constituída de belas árvores e ervas coloridas, que dão e que não
dão flores, e do sabor da beleza de cada rocha, regato e lago. Enfim, desejo
construir uma obra de arte condizente com a Natureza, empenhando-me o
máximo possível na harmonização de todas as coisas.

A obra de Hakone já foi concluída cerca de 70 a 80%; a de Atami


ainda não chegou à metade. Entretanto, mesmo observando apenas a parte
que está pronta, creio que já poderão ter uma idéia, por isso peço aos
visitantes que procurem olhar tudo com calma e alegria, o todo e a parte, por
todos os ângulos. Gostaria de que percorressem os jardins, cientes de que a
obra está sendo desenvolvida, passo a passo, sob a Orientação Divina a
mim concedida e transmitida aos encarregados de obras mesmo no que se
refere a uma árvore, erva ou pedra.

Desde antigamente, existem muitos jardins famosos no mundo, mas


certamente não há jardins sagrados como o nosso, que extrapola os moldes.
Há muito tempo venho observando os jardins de vários locais, mas até hoje
não encontrei nenhum que me agradasse.

A seguir, vou enumerar os principais jardins que vi até agora.

Em Tóquio, o jardim de pedras do falecido Marquês de Satake, de


Mukojima; o jardim do Marquês de Ookuma, de Wasseda; o jardim
Kôrakuen, de Koishikawa; o jardim Rokuguien, de Komagome; o jardim
Horaien, de Yanaguihara; o jardim botânico de Koishikawa; o jardim do
Palácio Hamarikyu; o jardim do Santuário de Shinjuku, etc.

Em outras regiões, os jardins dos palácios Katsura-rikyu e Shugakuin-


rikyu, de Quioto; o jardim Sankeien, de Yokohama; o parque público Ritsurin,
de Takamatsu; o jardim Kôrakuen, de Okayama; o parque público Kenroku,
de Kanazawa, etc. De modo geral, todos esses jardins são do estilo antigo
da época de Daimyo (feudalismo) e posso afirmar que não existe nenhum
tão extraordinário como o nosso Solo Sagrado da Terra Divina de Hakone.
Não seria exagero se eu dissesse que o nosso jardim é o número um do
Japão, principalmente no que se refere à abundância de rochas e pedras
gigantescas.

Quanto ao Solo Sagrado de Atami, está em ritmo acelerado de


construção, e a previsão é concluí-lo ainda este ano, pelo menos a parte do
jardim; portanto, desejo que aguardem ansiosamente. Como já é do
conhecimento dos senhores, dizem que não existe em nenhuma outra parte
do Japão vista paisagística tão bela, ampla e magnífica como esta. Não está
tão longe a época em que não só a preparação do terreno, mas a plantação
de todas as árvores e plantas serão concluídas. Assim, por volta da
primavera do próximo ano, as flores das ameixeiras, pessegueiros,
cerejeiras, azaléias, etc. começarão a desabrochar. Acredito que, então, ao
visitar o Solo Sagrado de Atami, todas as pessoas ficarão encantadas com a
vista magnífica, a ponto de se sentirem passeando pelo Paraíso neste
mundo. Assim que ele for concluído, tornar-se-á, sem dúvida, um local novo
e célebre do Japão.

Até aqui escrevi, de maneira geral, sobre a beleza natural; a seguir,


desejo falar um pouco sobre a beleza artificial.
A conclusão do Museu de Belas-Artes do Solo Sagrado da Terra
Divina está prevista para maio do próximo ano. Isso significa que o Paraíso
Terrestre de Hakone será concluído até lá.

O projeto de construção deste Museu de Belas-Artes foi realizado


inteiramente por mim, por isso desejo que os senhores aguardem
ansiosamente o seu resultado. Em relação às obras de arte que ali serão
expostas, já entramos em contato, de modo geral, com todos os museus
históricos e de belas-artes do Japão e também com as pessoas que,
particularmente, guardam obras célebres de alto valor. Portanto, assim que o
museu for inaugurado, creio que atrairá a atenção de todos. Acho que
certamente se tornará um Museu de Belas-Artes de primeira categoria do
Japão, porém, como será o primeiro museu modelo, não será um museu tão
amplo. Mas o que construiremos em Atami terá uma envergadura bem
maior. Acredito que será um Museu de Belas-Artes modelo de orgulho não
somente para o Japão, mas para o mundo; portanto, observando do ponto
de vista internacional, acho que será de grande importância, pois contribuirá
para a cultura da humanidade.

Jornal Eiko n. 113, 18 de julho de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

A CONCEPÇÃO DO PARAÍSO TERRESTRE

Havendo ainda uma série de coisas, além das que já escrevi até hoje, no
que tange aos dois Paraísos Terrestres em construção em Hakone e em Atami,
passarei a discorrer sobre elas. Como sempre digo, objetivo a criação de uma
obra de arte global da natureza, por meio do máximo realce conferido à beleza
original de cada elemento — a começar da paisagem natural — quesito básico
do Paraíso Terrestre — inclusive as árvores que florescem, as de copa
verdejante, a beleza dos matizes variegados das flores, bem como as pedras,
os rochedos, os arroios e os lagos — e, simultaneamente, pela atenção
dispensada à harmonia de todo o conjunto.

Assim, as obras de Hakone já estão de setenta a oitenta por cento do


seu total concluídas, enquanto as de Atami não chegaram ainda à metade.
Entretanto, crendo que se pode tirar uma idéia final do estado de ambas as
obras, solicito aos senhores visitantes apreciá-las na medida do possível com
calma e suficientemente, de todos os ângulos e detalhes também. Seja como
for, as obras foram tomando forma gradativamente, em consonância com a
orientação divina, instruindo eu os encarregados, sem desleixar no detalhe de
uma árvore, uma planta ou uma pedra sequer. Gostaria, pois, que ao percorrê-
las, fizessem-no levando esse fato em consideração.

Conquanto existam — e em número considerável — jardins que gozam


de fama desde antigamente, talvez não haja outros tão inusitados como estes
Jardins Sagrados. Afirmo isso porque também eu já visitei, o quanto pude,
muitos e variados jardins, porém foi difícil achar um que me impressionasse.
Passo a enumerar os até hoje vistos por mim. Aquele jardim de pedras, hoje
inexistente, do Duque de Satake, em Mukojima; o do Duque de Okuma, em
Waseda; o Parque Koraku, de Koishikawa; o Parque Rikugi, de Komagome; o
Parque Horai, de Yanaguihara; o Jardim Botânico, de Koishikawa; a Vila
Imperial, de Hama, e os Jardins Imperiais, de Shinjuku. Além deles, visitei, no
interior, as vilas imperiais de Katsura e Shugaku-in, de Quioto, e os parques
Sankei, de Yokohama, Ritsurin, de Takamatsu, e Kenroku, de Kanazawa. Tanto
estes como aqueles, porém, tratam-se, na sua maioria, de jardins do estilo
feudal convencional, sendo plausível dizer que não há um único interessante
como o nosso Shinsen-Kyo, de Hakone. Particularmente, no que toca ao
aspecto da fartura de pedras e rochas de formato exótico, não seria exagero
afirmar que este é o primeiro do Japão.

No tangente à Atami, a construção tem sido conduzida a passo


acelerado, estando o término do jardim previsto, no mais tardar, ainda para o
corrente ano. Os senhores não perdem por esperar. Como sabem, a beleza do
panorama grandioso, que, desse local se deslumbra, goza do conceito de não
encontrar outra semelhante no Japão inteiro. Em breve, estarão terminadas a
correção do relevo do terreno e a sua completa arborização. Quando, a partir
da próxima primavera, as ameixeiras, os pessegueiros, as cerejeiras e as
azáleas abrirem consecutivamente as suas flores, quem quer que contemple tal
espetáculo terá o seu olhar seduzido pela magnífica vista, imerso na sensação
de viajar pelo paraíso deste mundo. Não resta dúvida de que, uma vez
concluído, virá a ser um dos lugares famosos do Japão.

Acabo de fazer uma descrição, grosso modo, apenas da beleza natural.


Passarei a escrever, brevemente, também sobre a artificial. Espera-se que o
Museu de Belas-Artes de Hakone fique pronto até maio do ano vindouro. Assim,
o Paraíso Terrestre de Hakone estará praticamente concluído. Como a
construção deste museu foi toda planejada por mim, gostaria que aguardassem
com interesse o seu desfecho. Quanto às obras a serem aí expostas, os
entendimentos com museus do país inteiro e coleções particulares, para a
mostra do que há de mais refinado neles, já estão acertados. A sua
inauguração atrairá grande público, com certeza. É provável que, no Japão, ele
venha a ser um museu de primeira categoria. Por eu o ter construído como um
modelo inicial, suas dimensões não são tão avantajadas. Entretanto, o de
Atami, a ser posteriormente terminado, deverá tornar-se um museu de artes
exemplar, do qual nos orgulharemos não apenas diante do Japão, mas diante
do mundo inteiro. Acredito, portanto, que mesmo de uma perspectiva
internacional, estaremos contribuindo, de maneira inestimável, em prol da
cultura humana.

Eiko, nº13 — 18 de julho de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

(S.AN/76) COMO ACABAR COM OS CRIMES

Alicerce do Paraíso, pág. 209


Dentre os crimes cometidos ultimamente, os mais graves são os
crimes praticados por indivíduos que, para roubar uma pequena soma em
dinheiro, não hesitam em tirar a vida de seu semelhante. Para eles, isso é
mais simples do que matar um cão. Quando analiso esse tipo de pessoa,
fico pasmado com sua estupidez, inconcebível por meio do senso comum.
Que situação tenebrosa! Tais indivíduos não pensam no sofrimento da vítima
e de seus familiares. Além disso, não passa pela sua cabeça que, no caso
de serem presos, a pena de morte seria fatal, ou que, na melhor das
hipóteses, não escapariam à prisão perpétua. Seja como for, com uma vida
pela frente, eles não poderiam mais integrar a sociedade e estariam jogando
fora a sua própria existência. Esse é o pensamento que deveria ocorrer-lhes,
mas parece que tal não acontece, o que revela um estado psicológico
realmente de se estranhar. Os atos dessas criaturas estão à mercê dos seus
instintos e não passam de satisfações momentâneas; seu objetivo é divertir-
se por curto espaço de tempo. Uma vez que terão de pagar bem alto - um
prejuízo talvez dezenas ou centenas de vezes maior do que o lucro obtido -
não podemos considerá-las como seres humanos. São exatamente como os
quadrúpedes. As "pessoas de quatro pés", como todos sabem, não têm
nenhuma percepção para ver que, após o crime, poderão ser condenadas à
morte. Por isso mesmo, é difícil lidar-se com elas.

Com base no que acabamos de dizer, talvez se pense que não há


uma explicação para os crimes, mas na realidade eles são perfeitamente
explicáveis. Do ponto de vista espiritual, podemos compreendê-los muito
bem. Segundo os Ensinamentos de nossa Igreja, o homem possui três
espíritos: o Espírito Primordial, atribuído por Deus; o Espírito Guardião,
escolhido entre os Ancestrais, e o Espírito Secundário, responsável
especialmente pelos desejos físicos e seculares do homem. Naturalmente, o
Espírito Primordial é a fonte dos bons sentimentos, e o Espírito Guardião
incentiva a pessoa para o bem. Quando o Espírito Secundário predomina,
quem está dominando é o quadrúpede. Por isso, embora tenha aparência
humana, a pessoa torna-se semelhante a um animal. Nestas circunstâncias,
não se justifica o sentimento de pena ou compaixão; ela demonstra caráter
perverso do princípio ao fim.
Esta é a causa básica dos crimes sem escrúpulos. Por isso é muito
perigoso o homem deixar que sua alma seja dominada pelos animais, pois
basta qualquer estímulo para lhe surgirem desejos maléficos e ele se tornar
um criminoso. Mas o que é que se deve fazer? Não há outro meio para
solucionar o problema a não ser a força da Religião. E por que deve ser
através da Religião? Como eu disse anteriormente, o homem é dominado
pelo espírito animal, isto é, pelo Espírito Secundário. Portanto, é preciso
enfraquecer a força de domínio deste último. Em termos mais claros,
aumentar a força do Bem numa proporção muito maior que a do Mal,
fazendo com que o Espírito Secundário se torne o dominado. Afirmo que não
existe método mais eficaz.

Antes de mais nada, é necessário ingressar na fé, voltar-se para


Deus, adorá-Lo e orar. Uma vez que a pessoa esteja ligada a Deus pelo elo
espiritual, através deste a Luz Divina será derramada em sua alma; à
medida que a alma for sendo iluminada, o Espírito Secundário se retrairá e a
força que ele tem para utilizar a pessoa a seu bel-prazer irá enfraquecendo.
No íntimo de todo ser humano, há uma luta constante entre o Bem e o Mal.
Isso acontece em virtude do princípio exposto acima. Assim, por mais
minuciosas que se tornem as leis e por mais que se fortaleça o sistema de
policiamento, será o mesmo que combater o crime com uma força estranha.
Sem dúvida é melhor do que nada, mas, enquanto não se for ao âmago do
problema, os resultados serão insignificantes, apresentando-se situações
sociais nefastas, como acontece hoje em dia.

É incompreensível que nem o governo nem os educadores percebam


algo tão óbvio. Eles se limitam a suspirar, dizendo que, atualmente, há
muitos crimes inescrupulosos e que a delinqüência juvenil aumenta dia a dia.
Não conseguem libertar-se de idéias anacrônicas, que cheiram a mofo, e só
a muito custo determinam o restabelecimento deste ou daquele princípio
ético ou moral; a reforma de métodos educacionais, etc. Achamos isso muito
triste. Pode parecer ironia, mas é o mesmo que colocar água numa peneira
e, notando que ela vaza demais, fazer uma peneira de furos menores.
Jornal Eiko nº 114, 25 de julho de 1951
(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

COMO ACABAR COM OS CRIMES

Dentre os crimes cometidos ultimamente, os mais graves são os


crimes praticados por indivíduos que, para roubar uma pequena soma em
dinheiro, não hesitam em tirar a vida de seu semelhante. Para eles, isso é
mais simples do que matar um cão. Quando analiso esse tipo de pessoa,
fico pasmado com sua estupidez, inconcebível por meio do senso comum.
Que situação tenebrosa! Tais indivíduos não pensam no sofrimento da vítima
e de seus familiares. Além disso, não passa pela sua cabeça que, no caso
de serem presos, a pena de morte seria fatal, ou que, na melhor das
hipóteses, não escapariam à prisão perpétua. Seja como for, com uma vida
pela frente, eles não poderiam mais integrar a sociedade e estariam jogando
fora a sua própria existência. Esse é o pensamento que deveria ocorrer-lhes,
mas parece que tal não acontece, o que revela um estado psicológico
realmente de se estranhar. Os atos dessas criaturas estão à mercê dos seus
instintos e não passam de satisfações momentâneas; seu objetivo é divertir-
se por curto espaço de tempo. Uma vez que terão de pagar bem alto – um
prejuízo talvez dezenas ou centenas de vezes maior do que o lucro obtido –
não podemos considerá-las como seres humanos. São exatamente como os
quadrúpedes. As “pessoas de quatro pés”, como todos sabem, não têm
nenhuma percepção para ver que, após o crime, poderão ser condenadas à
morte. Por isso mesmo, é difícil lidar-se com elas.

Com base no que acabamos de dizer, talvez se pense que não há


uma explicação para os crimes, mas na realidade eles são perfeitamente
explicáveis. Do ponto de vista espiritual, podemos compreendê-los muito
bem. Segundo os Ensinamentos de nossa Igreja, o homem possui três
espíritos: o Espírito Primordial, atribuído por Deus; o Espírito Guardião,
escolhido entre os Ancestrais, e o Espírito Secundário, responsável
especialmente pelos desejos físicos e seculares do homem. Naturalmente, o
Espírito Primordial é a fonte dos bons sentimentos, e o Espírito Guardião
incentiva a pessoa para o bem. Quando o Espírito Secundário predomina,
quem está dominando é o quadrúpede. Por isso, embora tenha aparência
humana, a pessoa torna-se semelhante a um animal. Nestas circunstâncias,
não se justifica o sentimento de pena ou compaixão; ela demonstra caráter
perverso do princípio ao fim.

Esta é a causa básica dos crimes sem escrúpulos. Por isso é muito
perigoso o homem deixar que sua alma seja dominada pelos animais, pois
basta qualquer estímulo para lhe surgirem desejos maléficos e ele se tornar
um criminoso. Mas o que é que se deve fazer? Não há outro meio para
solucionar o problema a não ser a força da Religião. E por que deve ser
através da Religião? Como eu disse anteriormente, o homem é dominado
pelo espírito animal, isto é, pelo Espírito Secundário. Portanto, é preciso
enfraquecer a força de domínio deste último. Em termos mais claros,
aumentar a força do bem numa proporção muito maior que a do mal,
fazendo com que o Espírito Secundário se torne o dominado. Afirmo que não
existe método mais eficaz.

Antes de mais nada, é necessário ingressar na fé, voltar-se para


Deus, adorá-Lo e orar. Uma vez que a pessoa esteja ligada a Deus pelo elo
espiritual, através deste a Luz Divina será derramada em sua alma; à
medida que a alma for sendo iluminada, o Espírito Secundário se retrairá e a
força que ele tem para utilizar a pessoa a seu bel-prazer irá enfraquecendo.
No íntimo de todo ser humano, há uma luta constante entre o bem e o mal.
Isso acontece em virtude do princípio exposto acima. Assim, por mais
minuciosas que se tornem as leis e por mais que se fortaleça o sistema de
policiamento, será o mesmo que combater o crime com uma força estranha.
Sem dúvida é melhor do que nada, mas, enquanto não se for ao âmago do
problema, os resultados serão insignificantes, apresentando-se situações
sociais nefastas, como acontece hoje em dia.

É incompreensível que nem o governo nem os educadores percebam


algo tão óbvio. Eles se limitam a suspirar, dizendo que, atualmente, há
muitos crimes inescrupulosos e que a delinqüência juvenil aumenta dia a dia.
Não conseguem libertar-se de idéias anacrônicas, que cheiram a mofo, e só
a muito custo determinam o restabelecimento deste ou daquele princípio
ético ou moral; a reforma de métodos educacionais, etc. Achamos isso muito
triste. Pode parecer ironia, mas é o mesmo que colocar água numa peneira
e, notando que ela vaza demais, fazer uma peneira de furos menores.

25 de julho de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

Antes de mais nada, é necessário ingressar na fé, voltar-se para


Deus, adorá-Lo e orar. Uma vez que a pessoa está ligada a Deus pelo Elo
Espiritual, através deste, a Luz Divina se introduzirá em sua alma; e, à
medida em que a alma for sendo iluminada, o Espírito Secundário se retrairá
e a força, que ele tem para utilizar a pessoa a seu bel-prazer, irá
enfraquecendo.

Como acabar com os crimes — 25 de julho de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

(J1/71) OS PONTOS FALHOS DA MEDICINA E A CAPACIDADE DE


RECUPERAÇÃO NATURAL

Como é do conhecimento de todos, venho chamando a atenção para


os erros da Medicina atual, mas o ponto mais grave é o seu absoluto
desprezo à capacidade de recuperação natural do organismo, inerente a
todo ser humano.

Quando alguém adoece e vai procurar um médico, na maioria das


vezes ele diz: “Foi bom ter vindo logo. Se demorasse mais, talvez o
problema já se tivesse tornado um caso perdido.” Os médicos acreditam
que, se deixarmos uma doença sem tratamento, ela se agravará cada vez
mais.
Desejo esclarecer que o grande erro da Medicina consiste na crença
de que o tratamento de uma doença deva ser iniciado o mais cedo possível,
antes que seja demasiado tarde, e na aplicação de tratamentos baseados
em inúmeros medicamentos, para evitar que o mal progrida.

Tenho sempre afirmado que a doença é um processo de eliminação


de toxinas; portanto, se deixarmos que esse processo se desenvolva, as
toxinas serão eliminadas e, conseqüentemente, a doença desaparecerá, ou
seja, a pessoa ficará curada. Sofrimentos como febre, tosse, escarro,
catarro, suor, diarréia, dores e coceiras são decorrentes do curso do referido
processo. Basta, por conseguinte, suportar um pouco até que as impurezas
sejam eliminadas e o corpo fique limpo. Assim, não há razão em se dizer a
uma pessoa que é “tarde demais” para ela se tratar.

Desconhecendo tal princípio, a Medicina interpreta as doenças de


forma totalmente contrária e, por isso, teme deixá-las sem tratamento. Em
suma, considera que o certo é impedir a saída das impurezas, solidificando-
as. Com esse procedimento, é óbvio que não poderá haver erradicação das
doenças. Vejamos outro ponto falho da Medicina. Quando alguém se
machuca ou se queima, geralmente há formação de pus; como este é muito
temido, tomam-se várias providências para evitá-lo, mas devo dizer que se
trata de um grande erro. Todas as pessoas possuem toxinas acumuladas em
seu corpo, o qual tenta eliminá-las na primeira oportunidade. Quando
ocorrem estímulos como ferimentos, elas tendem a se concentrar nesse
ponto e o organismo faz com que sejam eliminadas. Portanto, quanto maior
a área inflamada, isto é, a área onde se localiza o pus, maior é a eliminação
de toxinas, e não existe nada melhor.

Todavia, a medicina interpreta de forma negativa, dizendo que a


infecção ocorre devido à penetração e reprodução das bactérias; por isso, a
fim de interromper bruscamente a infecção, ela usa antibióticos, antitérmico,
injeção, repouso absoluto e demais tratamentos. Do nosso ponto de vista,
tudo isso é uma ação tola e contrária. Todavia, a questão é o antibiótico. Isto
porque ele infiltra-se primeiramente através dos músculos e, com o passar
dos dias, provoca pavorosa intoxicação. Sendo um remédio que mata as
bactérias, os minúsculos seres vivos, acho que ele causa uma grande
influência ao corpo humano. Com o envelhecimento, o desinfetante
transforma-se em toxina venenosa e, mais cedo ou mais tarde, virá a
purificação. Ou seja, surgem a febre, as dores, a indisposição, etc. e a
pessoa sente uma aflição deveras maligna. Se nessa ocasião submeter-se
ao exame médico, ele dirá que trata-se de uma doença de origem
desconhecida. Apesar deles desconhecerem, na realidade, ela é o fruto do
tratamento médico. Sempre ouço dizer que os médicos não conseguem
realizar o tratamento, mas isso é lógico, pois eles não imaginam nem em
sonho que a causa está no desinfetante.

Dessa maneira, o corpo humano realiza um constante trabalho de


limpeza através da eliminação de substâncias nocivas, trabalho esse que
denominamos capacidade de recuperação natural. Uma vez que o homem já
nasceu com a capacidade de curar as doenças naturalmente, a Medicina
deveria respeitá-la, deixando-a atuar; atualmente, porém, não só ela tenta
bloqueá-la, como avança nesta teoria. Podemos notar, então, o quanto a
Medicina está errada. E o que estamos dizendo não é teoria; é a
constatação de fatos verídicos.

Vamos supor que alguém vem a contrair a gripe.

Se desde o início deixá-la seguir o seu curso natural, sem interferir,


como já disse anteriormente, a cura se processa rapidamente e geralmente
a pessoa se restabelece em cerca de uma semana, porém, se se submeter
ao tratamento médico, ela demora de três a quatro semanas para obter o
mesmo resultado. Além disso, por meio de tratamento natural, a cura se
processa favoravelmente e sem problema, mas, submetendo-se ao
tratamento médico, demora a sarar, devido à ocorrência de complicações e
agravamentos. Entre os enfermos, há aqueles que acabam contraindo
tuberculose. Porém, às vezes ocorre a cura através do tratamento médico,
mas essas são pessoas que possuem excelente poder de restabelecimento
da doença, vencendo as interferências do tratamento médico. O número
dessas pessoas é extremamente pequeno; a maioria aparenta estar
completamente curada pela solidificação temporária das toxinas dissolvidas.
Acredito que assim puderam ter uma idéia geral, mas na realidade
existe a ilusão no ponto em que as pessoas sentem-se agradecidas pela
Medicina, que aparenta ter alcançado um grande desenvolvimento.

Como pudemos ver, o homem recebeu dos Céus essa maravilhosa


capacidade de recuperação natural, e nenhum tratamento médico consegue
sequer chegar-lhe aos pés. O simples fato de se tomar conhecimento disso
já constitui uma grande felicidade.

Revista Tijyo Tengoku nº 26, 25 de julho de 1951


A Outra Face da Doença, pág. 77
(tradução em: Rokan – Johrei 1)

OS PONTOS FALHOS DA MEDICINA E A CAPACIDADE DE


RECUPERAÇÃO NATURAL

Constantemente venho chamando a atenção de todos para os erros


da Medicina atual, mas o ponto mais grave é o seu absoluto desprezo à
capacidade de recuperação natural do organismo, inerente a todo ser
humano.

Quando alguém adoece e vai procurar um médico, na maioria das


vezes ele diz: “Foi bom ter vindo logo. Se demorasse mais, talvez o
problema já se tivesse tornado um caso perdido.” Os médicos acreditam
que, se deixarmos uma doença sem tratamento, ela se agravará cada vez
mais.

Devo esclarecer que o grande erro da Medicina consiste na crença de


que o tratamento de uma doença deva ser iniciado o mais cedo possível,
antes que seja demasiado tarde; assim, aplicam-se inúmeros medicamentos
e tratamentos, fazendo o máximo para evitar que o mal progrida.
Tenho sempre afirmado que a doença é um processo de eliminação
de toxinas; portanto, se deixarmos que esse processo se desenvolva, as
toxinas serão eliminadas e, conseqüentemente, a doença desaparecerá, ou
seja, a pessoa ficará curada. Sofrimentos como febre, tosse, escarro, coriza,
suor, diarréia, dores e coceiras são decorrentes do curso do referido
processo. Basta, por conseguinte, suportar um pouco até que as impurezas
sejam eliminadas e o corpo fique limpo. Assim, não há razão em se dizer a
uma pessoa que é “tarde demais” para ela se tratar.

Desconhecendo tal princípio, a Medicina interpreta as doenças de


forma totalmente contrária e por isso teme deixá-la sem tratamento e adverte
as pessoas para que isso não ocorra. Em suma, considera que o certo é
impedir a saída das impurezas, solidificando-as. Com esse procedimento, é
óbvio que não poderá haver erradicação das doenças.

Vejamos outro ponto falho da Medicina. Quando alguém se machuca


ou se queima, geralmente há formação de pus; como este é muito temido,
tomam-se várias providências para evitá-lo, mas devo dizer que se trata de
um grande erro. Todas as pessoas possuem grande quantidade de toxinas
acumuladas em seu corpo, que o organismo tenta eliminar na primeira
oportunidade. Quando ocorrem estímulos como ferimentos, elas tendem a
se concentrar nesse ponto para que sejam eliminadas. Portanto, quanto
maior for o ferimento, isto é, a área para expelir o pus, maior é a eliminação
de toxinas, e não existe nada melhor.

Dessa maneira, o corpo humano realiza um constante trabalho de


limpeza através da eliminação de substâncias nocivas, trabalho esse que
denominamos capacidade de recuperação natural. Uma vez que o homem já
nasceu com a capacidade de curar doenças naturalmente, a verdadeira
Medicina seria aquela que a respeita, deixando que essa força atue
naturalmente. Atualmente, porém, não só ela tenta bloqueá-la como
desenvolve esta teoria. Podemos notar, então, o quanto a Medicina está
errada. E o que estamos dizendo não é teoria; é a constatação de fatos
verídicos.
O homem recebeu dos Céus essa maravilhosa capacidade de
recuperação natural que nenhum tratamento médico consegue sequer
chegar-lhe aos pés. O simples fato de se tomar conhecimento disso já
constitui uma grande felicidade. Assim, o Johrei da nossa Igreja consiste em
aumentar essa capacidade e acelerar a sua atuação. Os leitores
concordarão que não há tratamento mais avançado e racional que este.

(Revista Chijô-Tengoku nº 26 — 25 de julho de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

OS PONTOS FALHOS DA MEDICINA E A CAPACIDADE DE


RECUPERAÇÃO NATURAL

25 de julho de 1951

Como é do conhecimento de todos, venho chamando a atenção para


os erros da Medicina atual, mas o ponto mais grave é o seu absoluto
desprezo à capacidade de recuperação natural do organismo, inerente a
todo ser humano.

Quando alguém adoece e vai procurar um médico, na maioria das


vezes ele diz: "Foi bom ter vindo logo. Se demorasse mais, talvez o
problema já se tivesse tornado um caso perdido." Os médicos acreditam
que, se deixarmos uma doença sem tratamento, ela se agravará cada vez
mais.

Desejo esclarecer que o grande erro da Medicina consiste na crença


de que o tratamento de uma doença deva ser iniciado o mais cedo possível,
antes que seja demasiado tarde, e na aplicação de tratamentos baseados
em inúmeros medicamentos, para evitar que o mal progrida.

Tenho sempre afirmado que a doença é um processo de eliminação


de toxinas; portanto, se deixarmos que esse processo se desenvolva, as
toxinas serão eliminadas e, conseqüentemente, a doença desaparecerá, ou
seja, a pessoa ficará curada. Sofrimentos como febre, tosse, escarro,
catarro, suor, diarréia, dores e coceiras são decorrentes do curso do referido
processo. Basta, por conseguinte, suportar um pouco até que as impurezas
sejam eliminadas e o corpo fique limpo. Assim, não há razão em se dizer a
uma pessoa que é "tarde demais" para ela se tratar.

Desconhecendo tal princípio, a Medicina interpreta as doenças de


forma totalmente contrária e por isso teme deixá-las sem tratamento. Em
suma, considera que o certo é impedir a saída das impurezas, solidificando-
as. Com esse procedimento, é óbvio que não poderá haver erradicação das
doenças.

Vejamos outro ponto falho da Medicina. Quando alguém se machuca


ou se queima, geralmente há formação de pus; como este é muito temido,
tomam-se várias providências para evitá-lo, mas devo dizer que se trata de
um grande erro. Todas as pessoas possuem toxinas acumuladas em seu
corpo, o qual tenta eliminá-las na primeira oportunidade. Quando ocorrem
estímulos como ferimentos, elas tendem a se concentrar nesse ponto e o
organismo faz com que sejam eliminadas. Portanto, quanto maior a área
inflamada, isto é, a área onde se localiza o pus, maior é a eliminação de
toxinas, e não existe nada melhor.

Dessa maneira, o corpo humano realiza um constante trabalho de


limpeza através da eliminação de substâncias nocivas, trabalho esse que
denominamos capacidade de recuperação natural. Uma vez que o homem já
nasceu com a capacidade de curar as doenças naturalmente, a Medicina
deveria respeitá-la, deixando-a atuar; atualmente, porém, não só ela tenta
bloqueá-la, como avança nesta teoria. Podemos notar, então, o quanto a
Medicina está errada. E o que estamos dizendo não é teoria; é a
constatação de fatos verídicos.

O homem recebeu dos Céus essa maravilhosa capacidade de


recuperação natural, e nenhum tratamento médico consegue sequer chegar-
lhe aos pés. O simples fato de se tomar conhecimento disso já constitui uma
grande felicidade.

25 de julho de 1951
(tradução em: A Outra Face da Doença)

"O homem recebeu dos Céus essa maravilhosa capacidade de


recuperação natural que nenhum tratamento médico consegue sequer
chegar aos seus pés. O simples fato de tomar conhecimento disso já
constitui uma grande felicidade. Assim, o Joorei da nossa Instituição
consiste em aumentar essa capacidade e acelerar a sua atuação. Os
leitores concordarão que não há tratamento mais avançado e racional que
este."

(Os Pontos Falhos da Medicina e a Capacidade de Recuperação


Natural, 25 de julho de 1951)
(tradução em: Curso de Terapia Okada)

"O corpo humano realiza um constante trabalho de limpeza e de


eliminação de substâncias nocivas, o qual denominamos como capacidade
natural de recuperação. Uma vez que o homem já nasceu com a capacidade
de curar doenças de uma forma natural, a verdadeira Medicina seria aquela
que a respeita, deixando que essa força atue naturalmente."

(25 de julho de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

(J1/22) AFINAL DE CONTAS, OS MÉDICOS SÃO IRRESPONSÁVEIS?

Ouvimos freqüentemente, nas Experiências de Fé, sobre a


irresponsabilidade dos médicos. Sempre que isso acontece, sinto uma
insatisfação. Isto porque, mesmo falando sob o ponto de vista realista, desde
que sejam médicos que as pessoas confiam suas preciosas vidas, em
absoluto, deveriam ser irresponsáveis. Na realidade, é óbvio que todos os
médicos devem se desdobrar e fazer das tripas o coração para curar e
salvar o paciente o mais rápido possível. Por isso, quando, às vezes, a cura
não ocorre de acordo com o desejo, ou quando é chamado e o médico não
vem, ou ainda, quando não dá um diagnóstico preciso, dá a impressão de
que os médicos são irresponsáveis.

Por esse motivo, devemos dizer que os médicos são imprudentes.


Também ouço freqüentemente que, quando o médico diz: “Esta é uma
doença leve, por isso você vai sarar logo” o doente e seus familiares ficam
tranqüilos. Todavia, contra a expectativa, a doença persiste e, devido ao seu
agravamento, muitas vezes, acaba ocorrendo a fatalidade. Diante de grande
tristeza, não são poucos os casos de pessoas que acabam reprovando e
guardando o ódio do médico. Também há casos em que, apesar da doença
não ser tão grave, logo após tomar uma injeção, a pessoa acaba morrendo
subitamente. É muito penoso para os pais ouvirem o choro intenso de seu
filho recém-nascido ao receber injeções e ser submetido à cirurgia. Contudo,
estes suportam devido a seus fortes desejos de ver seu filho curado, mas há
casos em que, após sofrer muito, a criança acaba morrendo. Diante disso,
os pais passam a odiar o médico, dizendo: “Já que não seria salvo, não
devia ter submetido o meu filho a tantos sofrimentos”. Além destes, creio que
há muitos outros casos semelhantes, mas em suma, mesmo se esforçando
seriamente, os médicos não conseguem curar; portanto, na realidade,
parece que o descontentamento por parte dos pacientes é maior que a
alegria. Por isso, acho que esse é um quadro totalmente insuportável.

Como podem perceber através dos exemplos citados, entre as


profissões atuais, a dos médicos é a mais ingrata de todas. Mas, para isso,
há uma causa séria num ponto que ninguém percebe. Trata-se da causa a
que venho me referindo sempre: apesar da Medicina atual aparentar estar
promovendo curas, na realidade não está. Entretanto, como não se percebia
isso, veio-se acreditando até hoje que a Medicina estava progredindo e
fomos educados que com isso as doenças seriam curadas gradativamente.
Os médicos também acreditam piamente nisso. Já escrevi um artigo
intitulado: “Os médicos estão sendo enganados pela Medicina”, e a realidade
comprova que essa visão está correta. Ou seja, podemos dizer que os
médicos estão apegados exageradamente na Medicina, e o mesmo tem
acontecido com as autoridades e o povo em geral. Até mesmo os cientistas
que geraram a Medicina acreditam na sua teoria tradicional e acham que,
com o seu desenvolvimento, ocorrerá a cura das doenças.

Essa superstição da Medicina é a maior do mundo. Enquanto não a


destruirmos, o mundo livre de doenças não passará de um simples sonho.
No entanto, nós é que somos chamados de supersticiosos; por isso,
devemos dizer que os papéis estão completamente invertidos. Antes de mais
nada, se compararmos o efeito de cura da Medicina com o do nosso
tratamento, a realidade pode ser comprovada. O nosso grande desejo é
despertá-los o quanto antes desse sonho de superstição. O quanto antes
isso acontecer, mais rapidamente a humanidade será salva.

Jornal Eiko nº 114, 25 de julho de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(J2/23) PRÓS E CONTRAS DO TRATAMENTO SINTOMÁTICO

A Medicina moderna se baseia no tratamento sintomático, mas não há


nada tão errado como este. Por exemplo, ao surgir a febre, resfria-se com
gelo, se se sente dor, procura-se se livrar da mesma anestesiando o nervo.
Esse método objetiva apenas o efeito da doença que se manifesta na
superfície; portanto, evidentemente é impossível que ocorra a cura da
mesma. Isto porque os sintomas de todas as doenças aparece como tal
porque a sua causa está oculta em algum lugar do corpo. De acordo com
esse princípio, para se curar realmente uma doença, por ser o sintoma algo
secundário, obviamente há necessidade de se descobrir a causa
fundamental e exterminá-la. Por exemplo, mesmo no caso da dor de cabeça,
há duas causas: ou é devido à isquemia cerebral ou então pelo surgimento
da febre. Na primeira, é pela existência de nódulos na região do pescoço,
que pressionam os vasos sangüíneos ocasionando a isquemia. Na segunda,
surge a febre para dissolução desses nódulos. Isso é que causa influência e
provoca a dor.

Também no caso de apendicite, com certeza há nódulos na parte


posterior do rim direito. Esses nódulos vão se dissolvendo pouco a pouco
por um longo tempo e por um período estacionam-se na região do apêndice
e se solidificam. Mas, pela atuação da febre, os mesmos se liquidificam
repentinamente, a fim de serem expelidos em forma de diarréia, o que
ocasiona a dor.

A infecção aguda nos dedos ou na mão é causada por toxinas fortes


solidificadas na região linfática cervical do lado esquerdo ou direito. A fim de
serem expelidas pelas pontas dos dedos, momentaneamente ficam
acumuladas nesse local. E a dor aguda é provocada pelo inchamento e
rompimento da pele para eliminação dessas toxinas.

A dor causada pelo espasmo estomacal tem origem nos nódulos


localizados das costas. Estes, dissolvendo-se, acumulam no estômago. Sua
dor é provocada na ocasião de descer, deslocando-se para o intestino.

Todas as doenças da vista têm origem nas toxinas acumuladas na


cabeça e, ao sair através dos olhos, elas juntam-se uma vez nesse órgão.

Dessa maneira, podemos observar que os sintomas das doenças


possuem, infalivelmente, a sua causa. A razão do Johrei da Igreja
Messiânica Mundial ter manifestado resultados magníficos, que a Medicina
sequer consegue se aproximar dos seus pés, está evidentemente na cura
completa da causa da doença.

Enquanto não se despertarem para este ponto, por mais que a


medicina se desenvolva, dificilmente conseguirá curar a doença por
completo.

Jornal Eiko nº 114, 25 de julho de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)
(J1/134) OS MICRÓBIOS SÃO SERES GRATIFICANTES

Com exceção dos membros, acho que as demais pessoas que


observarem o título acima ficarão deveras surpresas e vão duvidar da minha
cabeça. Porém, sendo isto a verdade e ciência espiritual do mais alto nível,
ao ler com atenção e refletindo profundamente, acho que não poderão
deixar de concordar. Mesmo que se diga simplesmente bactérias, as que
nos referimos aqui se relacionam à doenças.

Para que existem as bactérias e por que elas causam prejuízos ao


homem? Examinar essa questão a fundo, acredito eu, é uma tarefa muito
importante para a atual cultura.

Quanto a essa questão, creio que os profissionais da área estão se


empenhando constantemente nos seus estudos, mas no nível em que se
encontra a Ciência hodierna, ela ainda não chegou ao nível de descobrir a
verdadeira importância das bactérias. Não se limita a isso. Mesmo em se
tratando da questão de doenças como tuberculose e demais doenças
contagiosas, a Ciência encontra-se atualmente na situação em que, mesmo
se empenhando frontalmente, de corpo e alma, não consegue detectar
absolutamente nada. Isto ocorre porque o seu ponto de vista está
fundamentalmente equivocado; por isso, a Ciência só pensa que basta
impedir o contágio através de desinfetantes. Isto é, como sempre tenho dito,
a Ciência, baseada na visão de argumentos, está objetivando apenas a
parte superficial. No entanto, como a causa se encontra no centro, na parte
mais profunda, enquanto ela não despertar para esse ponto, por mais que
ela use grandes somas ou se empenhe ao máximo, o resultado será sempre
em vão. Falando sem reservas, podemos dizer que a atual microbiologia
encontra-se ainda na sua infância; portanto, nem podemos prever quando
ela realmente se tornará útil.

A seguir, desejo expor as minhas idéias. Originariamente, o Globo


Terrestre é o mundo do ser humano e ele é o personagem principal; por isso,
todas as demais são só coisas necessárias a ele, não existindo nada que
seja desnecessária. Portanto, não resta dúvida de que tanto a doença como
as bactérias que a causam são de uma existência imprescindível. No
entanto, recusam-nos considerando nocivos e inúteis e se dedicam somente
na sua exterminação, mas isso acontece porque não conhecem em absoluto
o seu fundamento.

Todavia, se compreenderem a importância das bactérias, verão que


não existe algo tão útil à saúde do homem. Entretanto, mesmo dizendo
assim, é difícil a sua explicação por ser esta magnífica demais quando
comparada à teoria de até então; por isso, para entender esta teoria, é
preciso que a pessoa tenha o seu coração absolutamente sincero e,
tornando-se como uma folha de papel branca, ler cuidadosamente a minha
tese.

E a causa da doença proposta por mim, como sempre tenho dito, no


homem acumula-se constantemente as toxinas, ou seja, sangue sujo e,
enquanto não eliminá-lo por completo, o mesmo causa incômodo às
atividades. Por isso, a fim de eliminá-lo e tornar a pessoa possuidora de
sangue purificado, surge a ação natural de purificação. A dor e o sofrimento
que sentimos nessa ocasião se chama doença; portanto, a doença é uma
ação de limpeza do interior do corpo. Por exemplo: todo homem, quando
acumula sujeiras na sua pele, usa-se do meio de limpeza chamado banho.
Porém, da mesma forma, também acumulam-se sujeiras na parte interna do
corpo e a ação de sua limpeza se chama doença. Desta feita, Deus fez as
coisas de forma realmente perfeitas. E isso é a pura verdade. Quando uma
pessoa fica doente, ocorre a ação de eliminação de sujeiras, por exemplo,
em forma de catarro, muco nasal, lamela, baba, suor noturno, diarréia,
tumor, eczema, etc., não é verdade? Por isso, quando for eliminado
suficientemente, a pessoa se sente bem e torna-se ainda mais saudável.
No entanto, é extremamente estranho, pois usando-se de meios
completamentes diferente do nosso, que é uma excelente limpeza e livre
que quaisquer despesas, se empenham em impedir evitando que as sujeiras
sejam eliminadas. E quem procede assim é a Medicina, que está incorrendo
num equívoco tão banal. Mesmo em questão de erros, acho que não existe
equívoco tão grande como este.

Conseqüentemente, devido a esse erro, o corpo físico que era


saudável tornou-se fraco. Havia possibilidade de viver uma vida longa, mas
ela foi encurtada. Mesmo assim, além de achar que isso é algo natural,
vivem agradecidos. Por isso, as pessoas cultas da atualidade são realmente
“Coitadas, o seu nome é pessoas cultas”. Porém, há uma coisa mais
complicada ainda. Isto é, trata-se do fato de impedir a saída de sujeira
usando-se outra sujeira. É um erro que no final acaba aumentando ainda
mais a sujeira.

Por conseguinte, se as pessoas passarem a compreender esse


princípio, acho que vão descobrir que não há coisa tão boa quanto a doença.

Para finalizar, gostaria de referir-me sobre a teoria de bactérias. A


sujeira do corpo físico, obviamente, vem a ser o turvamento do sangue. O
que devemos fazer para acabar com ele? Deus criou um método realmente
interessante. Isto é, Ele faz com que a limpeza se realize através de
bichinhos minúsculos chamados bactérias, que nem podemos ver a olhos
nus. Assim, Ele permitiu o seu surgimento. Ou seja, Ele criou a origem do
surgimento das bactérias. Vou deixar de referir-me aqui a respeito disso,
pois já abordei detalhadamente, no volume sobre ciência da coletânea
redigida por mim sob o título: “A Criação da Civilização”.

Enfim, o microrganismo chamado micróbio inicialmente penetra na


corrente sanguínea da pessoa que possui sangue sujo, pois ele tem a
função de purificar o sangue sujo. Por que razão faz isso? É que não pode
have sangue sujo na corrente sanguínea, pois isso significa a existência de
impurezas. O interessante é que o corpúsculo chamado impureza, na
realidade, serve de alimento para as bactérias. Por isso, alimentando-se
disso, elas se multiplicam com grande rapidez e aqueles que já comeram
suficientemente são os primeiros a serem expelidos para fora do corpo junto
com os excrementos. Assim, gradativamente, as sujeiras vão se reduzindo e,
no final, a pessoa torna-se possuidora de sangue purificado e limpo. A febre
que surge nessa ocasião se deve ao fato de dissolver o sangue sujo que
está denso para que os bactérias possam se alimentar com mais facilidade.
Portanto, ao compreender este princípio, como os bactérias têm a função de
limpar e tornar puro o interior do corpo humano, devemos acolhê-las com
grande satisfação.

Porém, a questão é: porque surge o sangue sujo? Ele é criado de


forma realmente racional de acordo com a Lei de Concordância Universal.
Isto é, o homem deve conscientizar-se da missão concedida por Deus e
realizá-la corretamente, mas a maioria comete facilmente erros e
ilegalidades. Conseqüentemente, isso causa máculas no espírito e faz com
que o sangue se torne sujo. E isso é a causa da doença e do sofrimento;
portanto, vem a ser uma punição por ter cometido o erro. Se não proceder
assim, o homem, além de não cumprir corretamente a sua função, causa
prejuízo à sociedade. Por isso, sem outra alternativa, Deus fez dessa
maneira.

Portanto, basta que o homem realize ações corretas, pois assim não
haverá turvamento do seu sangue e nem surgirão as bactérias e as doenças
vão desaparecer deste mundo. Sendo esta a verdade, quem cria as
bactérias causadores da doença é o próprio homem, e é ele quem sofre com
isso. Portanto, apresentei o presente texto para ensinar a ele a sua
estupidez.

Jornal Eiko nº 115, 1º de agosto de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

A Terra é o mundo do homem, do qual ele é o protagonista; por isso,


todas as coisas existem porque são necessárias a ele, não havendo nada de
desnecessário.

(Os micróbios são coisas gratificantes, 1º de agosto de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)
“A Terra é o mundo do homem, do qual ele é o protagonista, por isso,
todas as coisas existem porque são necessárias a ele, não havendo nada de
desnecessário. Mesmo as doenças, assim como os micróbios que as causam,
são igualmente existências necessárias. No entanto, para além de evitá-los, o
homem se dedica unicamente em aniquilá-los, considerando-os nocivos, de
nenhuma utilidade. Age assim porque desconhece totalmente a base.”

(Os micróbios são coisas gratificantes, 1º de agosto de


1951)

(J1/159) PENSEM NESSA REALIDADE

No jornal “Yukan Yomiuri” do dia 08 de julho passado, havia o artigo


do Sr. Massamune Hakutyo (membro da Academia de Arte), sob o título “A
injeção em moda”, com o seguinte teor:

“Parece que o tratamento por meio de injeções está se tornando cada


vez mais popular. Nunca tomei injeção para preservação de saúde e nem
para tratamentos de doenças. Recentemente, a prefeitura distribuiu um
folheto avisando a realização da vacina contra tifo intestinal limitada à certa
faixa etária; portanto, as pessoas com mais de 60 anos estavam excluídas.”

Pensei: “Será porque os idosos não possuem perigo de contrair


doenças ou será que a injeção é ineficaz para os mesmos? Ou ainda, será
que estão ignorando os idosos porque eles não têm mais valor existencial?”
Quanto à sua razão, não fiquei sabendo.

Nesse aviso dizia que quem se omitia de tomar a referida vacina seria
multado no valor de três mil ienes. No que se refere à ignorância aos idosos,
não me preocupei, mas a multa deixou a minha cabeça confusa.

Considerando que a eficácia da vacina contra o tifo é infalível, eles


acham que é natural punir as pessoas negligentes e incompreensíveis, uma
vez que estão empregando um método de prevenção de doenças que visa o
bem-estar da comunidade e não se limita apenas ao benefício próprio. Mas
acho que essa atitude opressiva não deixa de causar às pessoas uma
sensação desagradável.

Sou uma pessoa que possui uma ampla visão a respeito de moral
pública, por isso, acho natural que haja a proibição do uso de cigarro no
interior de trem, de urinar na rua e também de punir os seus infratores.
Assim sendo, achei estranho o fato deles forçarem as pessoas a tomarem
vacina contra tifo intimidando-as com multa.

Por que será que ocorreu esse pensamento em mim? Talvez porque
no fundo do meu coração havia o pensamento implícito: “Sei lá se a vacina é
realmente eficaz ou não” ou talvez por estar duvidando implicitamente: “Será
que se pode forçar o uso de algo que não se sabe se é eficaz ou não? Ou
será que isso é pela falta de conhecimento da minha parte?“ Mesmo que
seja por falta de conhecimento, no mundo, são extremamente numerosos os
casos de pessoas que, mesmo sem nada entender, submetem as pessoas a
realizarem aquilo que elas não gostam de realizar.

Assim, desde os tempos antigos, tanto no Oriente como no Ocidente,


a vida veio sendo manuseada. Caso contrário, acho que seria difícil manter a
ordem na sociedade. E se não houvesse a unificação da ação e do
pensamento humano de forma opressiva com o aparecimento de pessoas
autoritárias, este mundo nunca se completaria. Também são intensas as
pressões de forma feudal e de forma democrática por parte das pessoas
autoritárias e dos demais grupos de pessoas.

Estão dizendo que com o desenvolvimento de um novo método de


tratamento em forma de injeção, a ocorrência de várias doenças está sendo
impedida e o índice de mortalidade tem reduzido de forma notável, mas ao
invés de fazer restabelecer por completo as pessoas que se encontram em
sofrimento com doenças consideradas incuráveis, procuram manter suas
vidas em situações que não se sabe se estão vivas ou mortas. O aumento
de tais pessoas é a realidade atual do Japão. Por mais que a medicina
consiga progredir, acho que ela não conseguirá descobrir um remédio que
imortaliza o homem, procurado outrora pelo imperador “Shi”, da China. Se
porventura descobrirem esse tipo de “Injeção que preserva a imortalidade”, o
mundo ficará cheio de idosos aposentados que não conseguirão trabalhar e
a preservação da vida da humanidade não será possível. Todavia, o
aumento exagerado do número de pessoas que não se sabe se estão vivas
ou não com a injeção de novos remédios assemelha-se à descoberta do
remédio da imortalidade que impedirá a preservação da vida da
humanidade.”

Ao ler o artigo acima, fiquei deveras surpreso. Isto porque ele é como
se fosse o endosso da minha teoria. A seu respeito, vou expor a seguir.

Como é do conhecimento de nossos membros, a doença é uma ação


purificadora que faz eliminar as toxinas que estão acumuladas no interior do
corpo físico. A incidência dessa ação purificadora é maior nos corpos físicos
mais vigorosos; por isso, se se tem a intenção de apenas evitar a ocorrência
de doenças, basta enfraquecer o vigor físico. E o método para isso é a
ingestão de medicamentos no corpo. E como sempre tenho dito, na
realidade, os medicamentos são drogas; por isso, é óbvio que quanto mais
se coloca no interior do corpo, este fica mais fraco. A aplicação desse
princípio são as injeções utilizadas pela medicina atual; por isso, como disse
o Sr. Massamune, é uma realidade atual o aumento das pessoas que não
morrem pela ausência de doenças e nem possuem vigor físico. Temos o
relatório de que ultimamente a longevidade dos japoneses tornou-se maior,
mas acho que seja totalmente por esse motivo. Mas isso não se limita
apenas aos japoneses; os ingleses e os franceses também têm essa
tendência. Ultimamente, os povos desses dois países passaram a detestar
terminantemente a guerra e, desde que preferem facilitar em todas as coisas
baseados no princípio da compreensão, podemos compreender a atitude
deles em relação à China e também em relação à questão do Irã.
Realmente, a redução do índice de aumento da população vem a ser uma
das causas, mas a falta de vigor dos povos dos dois países parece mostrar-
me o declínio, após a chegada ao auge do destino.
Denomino de pessoas de saúde falsa a essas de físico frágil que não
ficam doentes, mas se os japoneses também não se despertarem enquanto
é tempo, a sua perspectiva será sombria. Ao contrário disso, nós criamos
pessoas livres de doenças sem colocarmos toxinas medicinais no corpo; por
isso, acredito que poderão compreender que o nosso é o verdadeiro método
de saúde.

Jornal Eiko nº 115, 1º de agosto de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

PERGUNTA: Ao colocar o ohikari no invólucro, um fiel o fez ao contrário,


(significando inversão das partes superior e inferior) e recebeu de Deus uma
repreensão. Quando, por conta própria, lavou o invólucro e colocou o ohikari ao
contrário, também recebeu uma repreensão de Deus e uma purificação. Ao
reparar o engano e corrigir a posição, ele logo se curou.

MEISHU SAMA: Deus é muito meticuloso. Creio que isso significa Lei

1º de agosto de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 01)

(J1/93) PNEUMONIA E TUBERCULOSE

As doenças que têm a mais íntima relação com a gripe são, sem
dúvida, a pneumonia e tuberculose. Como, nos dias atuais, elas são
consideradas um dos maiores problemas, especialmente no Japão, torna-se
necessário explicá-las adequadamente.

A causa inicial dessas doenças é, sem dúvida, a gripe. Isto porque,


como já disse, quando ocorre a ação purificadora chamada gripe, a medicina
utiliza vários métodos na tentativa de sustá-la. Dentre esses métodos, como
já comentei, os mais impróprios são os remédios e as bolsas de gelo.
O que vêm a ser os remédios? Todos eles são substâncias tóxicas.
Mas por que essas substâncias tóxicas começaram a ser utilizadas como
remédios? Porque elas são as mais eficazes para parar a ação purificadora.

Explicarei a natureza da ação purificadora. Ela é uma força benéfica


natural que o homem possui desde o nascimento para eliminar as toxinas do
corpo; de acordo com a intensidade dessa força, o poder de purificação
também será fraco ou forte. A maior incidência da tuberculose entre os
jovens é porque neles a força purificadora é mais intensa. É por isso que, à
medida que se vai envelhecendo, a incidência dessa doença vai diminuindo.
É pela mesma razão que as doenças contagiosas são mais freqüentes entre
os jovens e crianças.

Quando surge a doença, ou seja, a purificação, a medicina empenha-


se ao máximo em sustá-la. Para tanto, o essencial é enfraquecer o vigor
físico, e o único método inventado para isso foi a introdução de substâncias
tóxicas no corpo. Enfraquecendo-se o corpo, enfraquece-se a purificação, e
os sintomas da doença também se tornam mais amenos. E por que as
bolsas de gela não são recomendáveis? Porque elas abaixam a febre que
deveria dissolver as toxinas, enfraquecendo a purificação. Dessa forma, as
toxinas voltam a se solidificar, e então o sofrimento diminuirá
proporcionalmente. O mesmo se pode dizer em relação à aplicação de
compressas. A única diferença é que, como normalmente o corpo humano
respira também através dos poros, estes ficam bloqueados pelas
compressas, interrompendo-se, assim, a purificação dessa parte, de modo
que os sintomas de doença tornam-se mais leves. Ultimamente, a injeção
está na moda. Quando se ingerem remédios que têm substâncias tóxicas
mais fortes, há perigo de intoxicação, por isso o remédio é injetado através
da pele.

Quando uma pessoa fica com gripe e interrompe a purificação através


de toxinas de remédios e outros métodos, a quantidade de toxinas retidas
diminui um pouco, mas uma grande parte permanece no corpo. Além das
toxinas solidificarem-se novamente, acrescentam-se novas toxinas de
remédios. A cada gripe, as toxinas aumentam progressivamente; quando
elas atingem um certo limite, ocorre a purificação de uma só vez. Isso é a
pneumonia.

A principal característica da pneumonia é o acúmulo de grande


quantidade de catarro no pulmão, provocando uma tosse muito ruidosa.
Esse ruído é o som produzido pelo catarro, conforme o movimento dos
tecidos pulmonares durante a respiração. A dificuldade de respiração
acontece porque, devido à grande quantidade de catarro, a capacidade dos
pulmões diminui, e com isso, para inspirar a quantidade necessária do ar, é
preciso respirar mais rapidamente. Com base nesse princípio, deixando a
pneumonia seguir o seu curso sem fazer nenhum tratamento, a quantidade
necessária de catarro será expectorada e o doente se recuperará
normalmente. No caso do tratamento médico, porém, procura-se cortar a
purificação através de vários recursos. Principalmente em se tratando de
pneumonia, utilizam-se remédios fortíssimos, pois, contendo forte veneno,
eles são bastante potentes para sustar a purificação. Dessa maneira, surge
um violento atrito entre a forte purificação e a forte ação de sustá-la,
produzindo um sofrimento muito intenso. Por esse motivo e também pelo
desgaste físico decorrentes da falta de apetite e da febre alta, a pessoa
acaba morrendo de fraqueza. Sendo assim, não sei que palavras usar para
falar dos erros da medicina.

Conforme o exposto, a pneumonia é uma purificação violenta porque


a energia física é intensa; nas pessoas cuja energia física está enfraquecida,
surge uma purificação mais fraca: a tuberculose. Quando o médico examina
o doente pela primeira vez, hoje, a radiografia é considerada o método mais
decisivo, porque ela revela a existência de manchas e cavidades nos
pulmões. Vendo as radiografias, determina-se que é tuberculose, mas a
medicina desconhece a causa dessas manchas e cavidades. Como consta
na explicação sobre a gripe, quando as toxinas liqüefeitas penetram nos
pulmões, a medicina utiliza-se de todos os meios possíveis para cortar a
purificação. Como resultado, as toxinas liqüefeitas, isto é, o catarro, não é
expectorado e permanece nos pulmões; com o decorrer do tempo, ele se
solidifica. São as manchas que aparecem na radiografia e, por isso, elas são
produzidas pelo homem. Quando as toxinas liqüefeitas penetram nos
pulmões, estes não têm nenhuma anomalia. Quando o catarro solidificado
se localiza na parte mais superior do pulmão, dizem que é catarro pulmonar
ou linfadenite pulmonar. Mas existe outra doença muito parecida que é
infiltração pulmonar; é um tipo de pleurisia leve, ou então são toxinas que
estavam solidificadas nas proximidades das costelas e que, dissolvendo-se,
infiltram-se no pulmão a fim de transformar-se em catarro e serem expelidas.
Também nesse caso, como o tratamento médico provoca a solidificação das
toxinas, a cura não é fácil. É óbvio que ambas as doenças seriam curadas
normalmente se não fosse feito nenhum tratamento.

Uma vez definida a doença como tuberculose, da mesma forma que


na gripe, os tratamentos médicos promovem a paralisação da purificação.
Para isso, o método mais recomendado assiduamente nos dias atuais como
o mais eficaz é o repouso. Entretanto, é um método muito duvidoso, pois
mesmo uma pessoa sadia, se ficasse de repouso durante um mês, perderia
o apetite, devido à falta de atividade, diminuiria a sua resistência física; por
não sair de casa, a pessoa ficaria pálida, enfraqueceria visivelmente e o
mínimo de esforço ou movimento seria suficiente para fazê-la perder o
fôlego. Tratando-se de um doente, é pior ainda. Além disso, a introdução de
toxinas dos remédios, o consumo de proteínas de natureza animal em
grande quantidade, a título de “nutrição”, são todos eles métodos para
aumentar a fraqueza física. É óbvio que um tratamento como esse debilitaria
até mesmo uma pessoa que não fosse tuberculosa. Em conseqüência
desses métodos debilitadores empregados, a força purificadora diminui
consideravelmente como se esperava e os sintomas vão desaparecendo e,
finalmente, a febre cessa e a tosse e a expectoração também acabam. Com
isso, as pessoas alegram-se, pensando estar restabelecidas. Mas qual! Na
realidade, tudo voltou ao estado anterior à purificação. Além do mais, as
toxinas dos remédios aumentaram, e a energia física enfraqueceu. Com
efeito, o que houve foi apenas melhora passiva, e não a verdadeira cura. A
qualquer momento pode haver uma piora repentina e o estado da pessoa
agravar a tal ponto que ela acabe morrendo. Creio que os próprios médicos
já passaram por esse tipo de experiência.
Se o paciente fizer qualquer esforço físico, imediatamente surge a
febre. Então, os médicos, afobados, advertem recomendando-lhe repouso.
Na verdade, o exercício é muito bom, pois significa que a purificação, que
até então permanecia inativa, começou a se manifestar. Freqüentemente
ouvimos dizer de pessoas consideradas curadas depois de um longo
período de enfermidade, as quais recomeçam sua vida normal
despreocupadas, mas, logo em seguida, voltam a adoecer. Isso acontece
porque as toxinas solidificadas durante longos anos começaram a se
dissolver repentinamente. Com esses esclarecimentos, torna-se evidente de
como os tratamentos médicos da atualidade estão errados. Falando sem
rodeios, não é exagero afirmar que a medicina é que faz aumentar a
incidência da tuberculose.

A respeito do bacilo da tuberculose, há um fato que gostaria muito de


chamar a atenção. Na medicina, esse bacilo é temido, por ser considerado
transmissível, mas na grande maioria dos casos ele surge naturalmente.
Como dissemos, logo depois da penetração do catarro no pulmão, os
tratamentos médicos solidificam-no, impedindo a sua saída. Com o passar
do tempo, ele vai apodrecendo, gerando os microorganismos que são os
bacilos da tuberculose. Este tipo de catarro tem mau cheiro e é muito
pegajoso. Pensem bem: qualquer matéria apodrece quando fica velha. Ao
apodrecer, surgem os microorganismos é a lei da matéria. Ainda mais
quando esse processo é favorecido pela temperatura do corpo. Através
disso, podemos ver que na hora da gripe inicial, quando o catarro se
acumulou no pulmão, se ele tivesse sido expelido o máximo possível, o
problema teria acabado. Mas os esforços para impedir a sua saída fazem
com que o catarro apodreça, surgindo, então, microorganismos que corróem
e criam cavernas nos pulmões. Portanto, poderemos até dizer que o bem
intencional resultou em mal. Enquanto a medicina não despertar para esse
princípio, não saberemos quantas vítimas poderão surgir daqui em diante.

Tratamento revolucionário da tuberculose — 05 de agosto de


1951
(tradução em: Rokan – Johrei 1)
“Em outubro de 1934, iniciei a campanha Kannon sob a denominação de
Associação Kannon do Japão, com o objetivo de construir um mundo isento de
doença, pobreza e conflito. Naquela época, entretanto, as autoridades tinham
como diretriz pressionar indiscriminadamente todas as religiões e organizações
similares, e por isso a Associação Kannon do Japão também não foi poupada,
recebendo total repressão. Conseqüentemente, desde então abandonamos o
aspecto religioso e viemos desenvolvendo atividades terapêuticas, o que é do
conhecimento de todos. Tudo isso está baseado na ação de Ôshin-Miroku, uma
das manifestações de Kannon, e o fato encerra um profundo significado.
Finalmente, com a marcha do tempo, chegou a oportunidade de manifestar a
força virtuosa, ou seja, o Poder da Inteligência Superior de Kannon.”

(Discurso na ocasião da fundação de Associação Kannon do Japão, 8 de


agosto de 1951)
(tradução em: A Vida De Meishu Sama – Salvador)

(R2/53) O QUE É LIMITE

Alicerce do Paraíso, pág.459

Tempos atrás, em determinado lugar, fiquei admirado ao ver um


quadro do Professor Yamaoka Teshu. Em cima, estava escrita, com letra
bem grande, a palavra LIMITE. Abaixo, em letras pequenas, lia-se: "Em tudo
os homens dependem dessa única palavra." Isso ficou gravado de forma tão
profunda em minha mente, que até hoje não consegui esquecer. Durante
dezenas de anos, em diversas ocasiões, lembrei-me daquele quadro, e a
lembrança me foi de grande utilidade.

Muitas palavras sábias vêm sendo ditas desde os tempos antigos,


mas talvez nenhuma tenha me impressionado tanto quanto aquela. É
constituída de uma letra apenas, mas que força maravilhosa! Quando
observamos as diversas situações do mundo tomando-a como ponto de
referência, constatamos que ela se encaixa perfeitamente em todas. Ajusta-
se, por exemplo, à passividade, aos exageros, aos pensamentos
extremados voltados para a esquerda ou para a direita, à ostentação
proveniente da riqueza e à inibição motivada pela pobreza. Não sei por que
as pessoas sempre se colocam nos extremos. Talvez seja por isso que, na
maioria das vezes, elas fracassam. A famosa admoestação de Confúcio no
sentido de se obter o meio-termo surgiu para evitar esses fracassos. As
expressões antigas "é bom não exceder o limite", "o limite é bom", "guardar
o limite" significam, em síntese, que cada um deve proceder de acordo com
a sua própria posição social.

Do ponto de vista espiritual, segundo a doutrina da nossa Igreja, se


cruzarmos o vertical e o horizontal, isto é, Shojo e Daijo, efetuar-se-á, no
centro, a ação de "Izunomê". Isso resumido, significa também "limite". Por
conseguinte, antes de mais nada, o homem deve respeitar os limites. Se o
fizer, tudo lhe irá às mil maravilhas.

Jornal Eiko nº 116, 8 de agosto de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

O QUE É LIMITE

Tempos atrás, em determinado lugar, fiquei admirado ao ver um


quadro do professor Yamaoka Teshu. Em cima, estava escrita, com letra
bem grande, a palavra LIMITE. Abaixo, em letras pequenas, lia-se: “Em tudo
os homens dependem dessa única palavra.” Isso ficou gravado de forma tão
profunda em minha mente que até hoje não consegui esquecer. Durante
dezenas de anos, em diversas ocasiões, lembrei-me daquele quadro, e a
lembrança me foi de grande utilidade.

Muitas palavras sábias vêm sendo ditas desde os tempos antigos,


mas talvez nenhuma tenha me impressionado tanto quanto aquela. É
constituída de uma letra apenas, mas que força maravilhosa! Quando
observamos as diversas situações do mundo tomando-a como ponto de
referência, constatamos que ela se encaixa perfeitamente em todas. Ajusta-
se, por exemplo, à passividade, aos exageros, aos pensamentos
extremados voltados para a esquerda ou para a direita, à ostentação
proveniente da riqueza e à inibição motivada pela pobreza. Não sei por que
as pessoas sempre se colocam nos extremos. Talvez seja por isso que, na
maioria das vezes, elas fracassam. A famosa admoestação de Confúcio no
sentido de se obter o meio-termo surgiu para evitar esses fracassos. As
expressões antigas “é bom não exceder o limite”, “o limite é bom”, “guardar o
limite” significam, em síntese, que cada um deve proceder de acordo com a
sua própria posição social.

Do ponto de vista espiritual, segundo a doutrina da nossa Igreja, se


cruzarmos o vertical e o horizontal, isto é, “Shojo” e “Daijo”, efetuar-se-á, no
centro, a ação de “Izunomê”. Isso resumido, significa também “limite”. Por
conseguinte, antes de mais nada, o homem deve respeitar os limites. Se o
fizer, tudo lhe irá às mil maravilhas.

8 de agosto de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“Tudo se tornará fácil para o homem, neste mundo, se ele respeitar os


limites em todas as coisas.”

Tempos atrás, em determinado lugar, fiquei admirado ao ver um quadro


do professor Yamaoka Teshu. Em cima, estava escrita, com letra bem grande, a
palavra Limite. Abaixo, em letras pequenas, lia-se: “Em tudo os homens
dependem dessa única palavra.” Isso ficou gravado de forma tão profunda em
minha mente, que até hoje não consegui esquecer. Durante dezenas de anos,
em diversas ocasiões, lembrei-me daquele quadro, e a lembrança me foi de
grande utilidade.

Muitas palavras sábias vêm sendo ditas desde os tempos antigos, mas
talvez nenhuma tenha me impressionado tanto quanto aquela. É constituída de
uma letra apenas, mas que força maravilhosa! Quando observamos as diversas
situações do mundo tomando-a como ponto de referência, constatamos que ela
se encaixa perfeitamente em todas. Ajusta-se, por exemplo, à passividade, aos
exageros, aos pensamentos extremados voltados para a esquerda ou para a
direita, à ostentação proveniente da riqueza e à inibição motivada pela pobreza.
Não sei por que as pessoas sempre se colocam nos extremos. Talvez seja por
isso que, na maioria das vezes, elas fracassam. A famosa admoestação de
Confúcio no sentido de se obter o meio-termo surgiu para evitar esses
fracassos. As expressões antigas “é bom não exceder o limite”, “o limite é bom”,
“guardar o limite” significam, em síntese, que cada um deve proceder de acordo
com a sua própria posição social.

Do ponto de vista espiritual, segundo a doutrina da nossa Igreja, se


cruzarmos o vertical e o horizontal, isto é, Shojo e Daijo, efetuar-se-á, no
centro, a ação de Izunomê. Isso resumido, significa também “limite”. Por
conseguinte, antes de mais nada, o homem deve respeitar os limites. Se o fizer,
tudo lhe irá às mil maravilhas.

Alicerce do Paraíso - “O que é limite” (08/08/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

A "BOLA DE LUZ”
A INTELIGÊNCIA DIVINA E A EXECUÇÃO DO PODER INVISÍVEL

Afinal, por que eu nasci neste mundo? A primeira metade da minha vida
foi muito comum. Entretanto, uma vez que me tornei religioso tudo se
transformou. Isto porque, não sei o que é, mas, mirando a minha pessoa, algo
como uma bola invisível foi atirada. E essa bola se alojou em meu ventre. Isso
aconteceu cerca de 30 anos atrás. O interessante é que essa Bola parece ter
um cordão. E alguém a puxa ou afrouxa livremente. Ao mesmo tempo, a minha
liberdade me foi tirada. Quando penso em fazer algo, o cordão me puxa e não
deixa que eu faça. Em compensação, ele me puxa para lados inesperados e
sou levado para essa direção. É realmente misterioso. Eu sou como um boneco
que é manipulado por um mestre de marionetes.
E não é só. A partir daquela época eu entendo diversas coisas que até
então não sabia. No início não era tanto, mas a medida que o tempo avança,
isso se torna mais intenso. Tempos atrás, ouvi dizer que o conhecimento
adquirido pelo estudo se chama inteligência humana e o conhecimento
adquirido sem o conhecimento chama-se inteligência divina e então, achei que
se tratava desta última. Com certeza trata-se da inteligência divina. Assim que
me deparo com alguma coisa, logo compreendo a causa e o resultado. A ponto
de não ter tempo para refletir. E o misterioso é que isso se limita a questões
necessárias. Recebo perguntas dos fiéis e as respostas saem de imediato pela
minha boca. Nessas horas é interessante, pois sou ensinado pelas minhas
próprias palavras.

Sobretudo nos assuntos sobre a saúde do ser humano, que é mais


importante, soube da forma completa em todos os aspectos. Quem já leu as
minhas explicações sobre minha medicina há de concordar com isso. E não me
limito a isso. Quando observo todos os setores da civilização contemporânea,
só posso pensar que a Medicina, por exemplo, seja de nível primário. Até a
política, a economia, a educação, me parecem ser realizadas por moleques de
primeiro grau. Só o setor artístico é que me parece um pouco melhor. Falar tais
coisas parece muita mania de grandeza mas como estou na posição de Deus
não posso falar nenhuma mentira e por isso gostaria que os leitores pensassem
que se tratam de verdades. E, o mais importante de tudo é que me foi
concedido o método para executar um poder invisível e estou curando por
completo infinito número de pessoas através de grande número de fiéis. Isso é
do conhecimento de todos e a sua cura também é tão maravilhosa que se
considerarmos a Medicina com o valor 1, não seria exagero dizer que a minha
equivale a 100.(…)

(Eiko, nº 116 extraído de "Era da Civilização Religiosa 8/8/1951)


(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)

“Isto porque alguma coisa, como uma esfera invisível, foi atirada em
minha direção. No mesmo instante, isso se alojou bem no meio do meu ventre.
O fato se passou há cerca de 30 anos. O mais intrigante era que a esfera
parecia estar presa a uma corda, que era puxada ou afrouxada a bel-prazer de
alguém, tolhendo-me que o fizesse. Parecia puxar-me para um lado
completamente imprevisível, levando-me a tal direção. Era realmente muito
estranho. Eu não passava de uma marionete controlada por um titereiro.”

(Era da Civilização Religiosa, 8 de agosto de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama – Salvador)

SOBRE O "MESSIAS", "SALVADOR"

A "Bola de Luz” - a inteligência divina e a execução do poder invisível

Afinal, por que eu nasci neste mundo? A primeira metade da minha vida
foi muito comum. Entretanto, uma vez que me tornei religioso, tudo se
transformou. Isto porque, não sei o que é, mas, mirando a minha pessoa, algo
como uma bola invisível foi atirada. E essa bola se alojou em meu ventre. Isso
aconteceu cerca de 30 anos atrás. O interessante é que essa Bola parece ter
um cordão. E alguém a puxa ou afrouxa livremente. Ao mesmo tempo, a minha
liberdade me foi tirada. Quando penso em fazer algo, o cordão me puxa e não
deixa que eu faça. Em compensação, ele me puxa para lados inesperados e
sou levado para essa direção. É realmente misterioso. Eu sou como um boneco
que é manipulado por um mestre de marionetes.

E não é só. A partir daquela época, eu entendo diversas coisas que até
então não sabia. No início não era tanto, mas, à medida que o tempo avança,
isso se torna mais intenso. Tempos atrás, ouvi dizer que o conhecimento
adquirido pelo estudo se chama inteligência humana e o conhecimento
adquirido sem o conhecimento chama-se inteligência divina e, então, achei que
se tratava desta última. Com certeza, trata-se da inteligência divina. Assim que
me deparo com alguma coisa, logo compreendo a causa e o resultado, a ponto
de não ter tempo para refletir. E o misterioso é que isso se limita a questões
necessárias. Recebo perguntas dos fiéis e as respostas saem de imediato pela
minha boca. Nessas horas, é interessante, pois sou ensinado pelas minhas
próprias palavras.

Sobretudo nos assuntos sobre a saúde do ser humano, que é mais


importante, soube da forma completa em todos os aspectos. Quem já leu as
minhas explicações sobre minha medicina há de concordar com isso. E não me
limito a isso. Quando observo todos os setores da civilização contemporânea,
só posso pensar que a Medicina, por exemplo, seja de nível primário. Até a
política, a economia, a educação, me parecem ser realizadas por moleques de
primeiro grau. Só o setor artístico é que me parece um pouco melhor. Falar tais
coisas parece muita mania de grandeza, mas como estou na posição de Deus,
não posso falar nenhuma mentira e, por isso, gostaria que os leitores
pensassem que se tratam de verdades.

E o mais importante de tudo é que me foi concedido o método para


executar um poder invisível, e estou curando por completo infinito número de
pessoas através de grande número de fiéis. Isso é do conhecimento de todos e
a sua cura também é tão maravilhosa que, se considerarmos a Medicina com o
valor 1, não seria exagero dizer que a minha equivale a 100.(…)

Eiko, Nº 116, extraído de "Era da Civilização Religiosa” (08/08/1951)


(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

SOBRE O "MESSIAS", "SALVADOR"

A "Bola de Luz” - a inteligência divina e a execução do poder


invisível

Afinal, por que eu nasci neste mundo? A primeira metade da minha vida
foi muito comum. Entretanto, uma vez que me tornei religioso, tudo se
transformou. Isto porque, não sei o que é, mas, mirando a minha pessoa, algo
como uma bola invisível foi atirada. E essa bola se alojou em meu ventre. Isso
aconteceu cerca de 30 anos atrás. O interessante é que essa Bola parece ter
um cordão. E alguém a puxa ou afrouxa livremente. Ao mesmo tempo, a minha
liberdade me foi tirada. Quando penso em fazer algo, o cordão me puxa e não
deixa que eu faça. Em compensação, ele me puxa para lados inesperados e
sou levado para essa direção. É realmente misterioso. Eu sou como um boneco
que é manipulado por um mestre de marionetes.

E não é só. A partir daquela época eu entendo diversas coisas que até
então não sabia. No início não era tanto, mas à medida que o tempo avança,
isso se torna mais intenso. Tempos atrás, ouvi dizer que o conhecimento
adquirido pelo estudo se chama inteligência humana e o conhecimento
adquirido sem o conhecimento chama-se inteligência divina e, então, achei que
se tratava desta última. Com certeza trata-se da inteligência divina. Assim que
me deparo com alguma coisa, logo compreendo a causa e o resultado, a ponto
de não ter tempo para refletir. E o misterioso é que isso se limita a questões
necessárias. Recebo perguntas dos fiéis e as respostas saem de imediato pela
minha boca. Nessas horas é interessante, pois sou ensinado pelas minhas
próprias palavras.

Sobretudo nos assuntos sobre a saúde do ser humano, que é mais


importante, soube da forma completa em todos os aspectos. Quem já leu as
minhas explicações sobre minha medicina há de concordar com isso. E não me
limito a isso. Quando observo todos os setores da civilização contemporânea,
só posso pensar que a Medicina, por exemplo, seja de nível primário. Até a
política, a economia, a educação, me parecem ser realizadas por moleques de
primeiro grau. Só o setor artístico é que me parece um pouco melhor. Falar tais
coisas parece muita mania de grandeza, mas como estou na posição de Deus,
não posso falar nenhuma mentira e, por isso, gostaria que os leitores
pensassem que se tratam de verdades.

E o mais importante de tudo é que me foi concedido o método para


executar um poder invisível e estou curando por completo infinito número de
pessoas através de grande número de fiéis. Isso é do conhecimento de todos e
a sua cura também é tão maravilhosa que, se considerarmos a Medicina com o
valor 1, não seria exagero dizer que a minha equivale a 100.(...)

Eiko N0 116, extraído de "Era da Civilização Religiosa


(08/08/1951)
(tradução em: Ensinamentos e Orientações)

Ordem Divina inédita no mundo

Indago-me porque motivo vim a este mundo e a primeira metade da


minha vida foi bem comum. Mas, uma vez tornando-me religioso, tudo
mudou completamente, pois senti que alguém apontando para mim jogou
algo invisível, como se fosse uma bola, e esta se assentou bem no centro do
meu ventre. Isso foi há quase 30 anos. Era estranho!... Parecia haver, nessa
bola, um fio manipulado livremente por alguém que ora puxava ora
afrouxava, e simultaneamente fui privado da minha liberdade. Quando queria
fazer algo a meu modo, puxava o fio, não me permitindo fazer. Ou parecia
que puxava o fio para um lugar onde menos se pensa ir, conduzindo-me
para essa direção. É realmente misterioso. Eu sou apenas um boneco
manuseado como marionete.
Não foi só isso. Desde esse tempo, comecei a entender muita coisa
que até então ignorava. No início era pouco, mas conforme o decorrer do
tempo, isso se intensificava. Já ouvi falar que a inteligência humana é aquela
cujo conhecimento é aprendido e a Inteligência Divina é aquela que não
depende de aprendizado, e percebi que o meu caso é este último.

Sem dúvida é Inteligência Divina. Deparando-me com as coisas,


entendi imediatamente a sua causa e o seu resultado. Não há tempo nem
para pensar. E é estranho ainda, pois estes fenômenos limitam-se só aos
casos necessários.

Os adeptos me fazem inúmeras perguntas, mas respondo-as


instantaneamente. E é divertido porque eu mesmo sou instruído pelas
minhas próprias palavras. Principalmente no tocante à saúde, que é um
assunto de suma importância, consegui entender completamente em todos
os sentidos. Quem já leu a minha explicação sobre a Medicina deve
concordar com isto. Contudo, não é apenas isso. Quando observo todos os
aspectos da civilização atual, a Medicina me parece algo muito superficial. A
Política, a Economia e a Educação parecem estar sendo executadas por
moleques de nível primário. O que me parece um pouco melhor é a área
artística.

Lendo isto, certamente pensarão que é muita arrogância minha, mas


como estou com Deus, não posso dizer mentiras por menores que sejam.
Gostaria que os leitores sentisse que é pura verdade. Ademais, o mais
importante é que me foi concedido o meio de empregar a força invisível; por
conseguinte, tenho curado milhões de doentes, tendo grande número de
fiéis como veículos. Isto já é do conhecimento de todos, e não é exagero
comparar a magnificência da cura como uma na Medicina e cem no meu
caso. Quando faço um plano e para realizá-lo necessite de muito dinheiro,
ele aparece naturalmente, na quantia exata, nem mais, nem menos; pode-se
dizer o mesmo dos recursos humanos, aparecendo a pessoa certa. Assim
sendo, pode-se dizer que o primeiro é pela Inteligência Divina e o segundo
pela Força Divina. Tudo ocorre desse modo, portanto realmente sou uma
pessoa inédita no mundo. Há muitas outras coisas que por ora deixarei de
relatar, mas basta que entendam que sou bem diferente dos demais.

("Era da Civilização Religiosa" Volume 1 - 08 de agosto de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

Fui outorgado com o método de utilizar-me da Força Invisível"

(...) Não se trata apenas disso. Desde aquela época, consigo saber
coisas que até o momento nem havia tomado conhecimento. No início era
pouco, mas com o passar dos dias, tornou-se mais freqüente.

Há algum tempo, ouvi dizer que se fala em sabedoria humana,


quando o conhecimento é adquirido através dos estudos; e a sabedoria é
divina, quando o saber é obtido sem somar estudos. Então, achei que a
minha se adequava a esta última. Sem dúvida, trata-se da sabedoria divina.
Ao deparar-me com algo, logo consigo visualizar a sua causa e o seu
resultado, sem sequer ter tempo para pensar. Mas o interessante é que isso
só ocorre com algo necessário.
Os fiéis fazem perguntas sobre diversos assuntos e a resposta me
vem à boca instantaneamente. É interessante como, nessas ocasiões, eu
aprendo com minhas próprias palavras. Em se tratando das questões da
saúde do homem, a mais importante de todas, tomei conhecimento de todos
os aspectos, de maneira bem profunda. Sobre este assunto, quem já leu as
minhas interpretações relativas à Medicina deve concordar comigo.

Não se trata, porém, só disso. Quando vejo os diversos aspectos da


civilização atual, parece-me que a Medicina é apenas um meio de tapear
uma criança. Mesmo a Política, a Economia e a Educação parecem-me atos
praticados por crianças travessas do nível de primeiro grau. Apenas a área
da Arte está um pouco melhor.

Referindo-me desta maneira, pode parecer que sou um grande


presunçoso, mas estando na posição de Deus, não posso mentir de maneira
alguma. Portanto, gostaria que os leitores pensassem que esta é a verdade.

O mais importante é que fui outorgado com o método de fazer uso da


Força invisível, e com ela estou curando completamente milhões de pessoas
enfermas, tendo como instrumento um grande número de fiéis. Isso já é do
conhecimento de todos. Mas, em vista da maravilha deste método de cura,
pode-se, sem dúvida, considerar a Medicina com o valor de 1, e a minha
Força com o de 100.

Ainda, quando eu traço um plano e quero passar à sua realização,


sempre existe a necessidade de grande soma de dinheiro, mas ele me vem
de forma natural, numa quantia suficiente e, também, me aparece
justamente o homem adequado. Portanto, podemos dizer que o primeiro
ocorre pela sabedoria divina, e o segundo, pelo Poder Divino.

Em tudo, as coisas ocorrem dessa forma, sendo eu um homem sem


igual no mundo. Gostaria de escrever mais, mas o importante é que saibam
como tudo comigo é diferente.
Era da Civilização Religiosa — 8 de agosto de 1951
(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

“Quando observo todos os aspectos da civilização atual, a Medicina me


parece algo muito superficial. A Política, a Economia e a Educação parecem
estar sendo executadas por moleques de nível primário. O que me parece um
pouco melhor é a área artística. Lendo isto, certamente pensarão que é muita
arrogância minha, mas eu que estou com Deus não posso dizer mentiras, por
menores que sejam. Gostaria que os leitores pensassem que é verdade.
Ademais, o mais importante é que me foi concedido o meio de empregar a força
invisível; por conseguinte, tenho curado milhões de doentes, tendo grande
número de fiéis como veículo. Isto já é do conhecimento de todos, e não é
exagero comparar a magnificência da cura como uma na Medicina e cem no
meu caso. Quando faço um plano e para sua realização necessite de muito
dinheiro, ele aparece naturalmente, na quantia exata, nem mais, nem menos;
pode-se dizer o mesmo dos recursos humanos, aparecendo a pessoa certa.
Assim sendo, pode-se dizer que o primeiro é pela Inteligência Divina e o
segundo pela Força Divina.”

(Era da Civilização Religiosa —Volume I, 8 de agosto de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama – Salvador)

Ao examinar todas as facetas da civilização contemporânea, não


posso deixar de pensar na medicina como um engodo para crianças. O
mesmo digo quanto à política, a economia e a educação: parecem obra de
um rapazote traquinas do primário. Somente no relativo ao campo das belas-
artes acho que se tem algo razoável. Ao ouvirem dizer-me semelhantes
coisas, julgar-me-ão um grandessíssimo pretensioso, mas estando ao lado
de Deus, não me é consentido mentir o mínimo que seja, por forma que
peço ao leitor considerar que digo a verdade. Para, além disso, o mais
importante é que, tendo sido agraciado com o método de utilizar uma força
invisível, opero a cura de milhares e milhares de doentes, servindo-me dos
meus inumeráveis seguidores como veículo. Não seria exagero afirmar que
a maravilha dessa cura, como todos sabem, valerá — numa escala de 1 a
100 — 100 pontos, em relação a 1 para a medicina.

(Era da Civilização Religiosa — Vol. I, 8 de agosto de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

(J1/58) O QUE É A DOENÇA? A GRIPE

Vou enumerar, a seguir, os pontos realmente equivocados da


medicina que veio desenvolvendo o tratamento material considerando o
corpo humano uma matéria. A respeito disso, em primeiro lugar, vou explicar
baseado na doença real, pois, procedendo assim, creio que facilita a
compreensão das pessoas.

Em primeiro lugar, acho que a gripe é uma doença que todas as


pessoas, sem exceção, já experimentaram. No entanto, até hoje a medicina
ainda diz que a sua causa é desconhecida. Recentemente, conseguiram
descobrir apenas que ela é transmissível pelo ar devido ao vírus e que é de
natureza alérgica. Do nosso ponto de vista, isso é uma rudeza e sequer
podemos considerar um problema. Com certeza, dentro em breve, a
medicina vai dizer que esta teoria também é sem sentido.

A própria Medicina reconhece que o homem tem, “a priori”, várias


toxinas. Por exemplo, não se limitando apenas à varíola, ao sarampo, à
coqueluche, etc. acho que existem várias outras toxinas desconhecidas.
Elas são eliminadas por um processo fisiológico natural, que nós chamamos
processo de purificação. Primeiramente as toxinas se concentram em vários
locais, notadamente naqueles onde há mais atividade nervosa. No homem,
isso ocorre na metade superior do corpo. Quanto mais próximo do cérebro,
maior a concentração, porque, enquanto se está acordado, o cérebro, os
olhos, os ouvidos, o nariz, a boca, etc., trabalham ininterruptamente, mesmo
que os braços e as pernas estejam em repouso. Portanto, as toxinas tendem
a se concentrar nos ombros, no pescoço, nos gânglios linfáticos, no
encéfalo, na parótida e em outros pontos. Com o passar do tempo, elas vão
se solidificando gradualmente. Quando o acúmulo ultrapassa determinado
limite, começa o processo de purificação. Aí podemos ver o benefício que a
Natureza nos proporciona. A solidificação das toxinas provoca má circulação
sangüínea, rigidez dos ombros e do pescoço, dor de cabeça acompanhada
de sensação de peso, diminuição da capacidade visual, auditiva e olfativa,
entupimento do nariz, inflamação dos alvéolos, enfraquecimento dos dentes,
falta de fôlego, flacidez dos músculos dos braços e das pernas, dor nos
quadris, inchação, etc. Tais fatores determinam uma acentuada diminuição
da atividade, de modo que o homem fica impossibilitado de cumprir sua
missão. Foi justamente por isso que Deus criou o excelente processo de
purificação denominado doença.

Conforme dissemos, se a doença é o sofrimento decorrente da


eliminação de toxinas, ela é processo de purificação do sangue,
indispensável à manutenção da saúde. Portanto, podemos considerá-la a
maior bênção que Deus nos concedeu. Se a eliminarmos, o homem irá
enfraquecendo gradativamente e, por fim, estará até ameaçado de extinção.
Os leitores poderão achar que se trata de uma incoerência, pois eu sempre
afirmo que construirei um mundo sem doenças. Entretanto, não há nenhuma
incoerência em minhas palavras, visto que, se o homem se livrar das
toxinas, não haverá mais necessidade de processo purificador;
conseqüentemente, as doenças desaparecerão. Vou expor minha teoria de
maneira mais aprofundada e de modo a facilitar ao máximo sua
compreensão.

Logo que uma pessoa contrai gripe, sobrevém-lhe a febre. Para


facilitar a eliminação das toxinas, a Natureza faz com que elas se dissolvam
através do calor. Na forma líquida, as toxinas infiltram-se rapidamente nos
pulmões. Trata-se de um processo realmente misterioso. Do mesmo modo,
quando as dissolvemos através do Johrei, (denominação do tratamento de
doença) elas penetram imediatamente nos pulmões, atravessando os
músculos e até os ossos. Se as toxinas se encontram solidificadas em um
ou dois pontos, as doenças são leves, mas estas se agravam na medida em
que é maior o número de pontos. É por isso que uma gripe, que a princípio
parecia fraca, vai se agravando cada vez mais. No caso de serem pouco
densas, as toxinas liquefeitas são eliminadas imediatamente, na forma de
catarro; ao contrário, quando sua densidade é maior, ficam temporariamente
nos pulmões, aguardando a ação de bombeamento denominada tosse, e aí
são eliminadas pelas vias respiratórias. Isso se evidencia pelo fato de a
tosse ser sempre seguida de catarro. Obedecendo ao mesmo princípio, o
espirro vem sempre seguido de secreção nasal. Assim, as dores de cabeça
e de garganta, a inflamação dos ouvidos, dos gânglios linfáticos, das
articulações dos pés, das mãos e da região inguinal decorrem da dissolução
das toxinas e do seu deslocamento em busca de saída do corpo. Esse
movimento pressiona os nervos, provocando a dor.

As toxinas líquidas estão divididas em concentradas e diluídas. As


concentradas são eliminadas na forma de catarro, secreção nasal, diarréia,
etc., e as diluídas, na forma de suor e urina. A ação purificadora se processa
de modo tão natural que não podemos deixar de louvar a Providência do
Criador. Foi Deus que criou o homem, e por isso não haveria razão para lhe
proporcionar sofrimentos e atrapalhar sua atividade através da doença. O
ser humano precisa estar sempre saudável, mas ele próprio cria toxinas e,
com base em teorias errôneas, faz com que elas se acumulem, surgindo
então a necessidade de eliminá-las. Eis, portanto, o que é a doença. No
caso da gripe, se a deixarmos desenvolver-se sem nenhuma interferência,
por conta da Natureza, a purificação decorrerá normalmente e a cura será
completa, aumentando, assim, a saúde da pessoa.

Baseado nessa teoria, o homem deve procurar contrair a gripe o


máximo possível, pois se assim proceder, a doença abominável denominada
tuberculose desaparecerá sem deixar vestígios.

Por incrível que pareça, e não se sabe desde quando, o homem


interpretou de maneira inversa o referido processo de purificação. Dessa
forma, quando a doença se declara, ele emprega todos os recursos para
estancá-la. Confundindo-se no tocante às dores do processo, acha que elas
são decorrentes do agravamento da doença. Baseado nisso, trata de fazer
baixar a febre. Com a diminuição desta, interrompe-se a dissolução das
toxinas e diminuem os sintomas, como a tosse, o catarro e outros. Parece,
então, que está ocorrendo a cura. Em outras palavras, faz-se retornar ao
estado sólido as toxinas que tinham começado a se dissolver. Essa
solidificação é promovida pelos tratamentos médicos, entre os quais se inclui
a aplicação de compressas, bolsas de gelo, remédios, etc. Quando ocorre a
completa solidificação das toxinas e desaparecem os sintomas, as pessoas
ficam contentes, julgando-se curadas. Mal sabem elas que estão prendendo
a mão que executaria a limpeza de seu corpo. E os fatos o comprovam.
Fala-se muitas vezes em recaída, mas esta nada mais é que o resultado do
choque entre duas ações: a do corpo, que procura executar a purificação, e
a do tratamento, que tenta impedi-la, provocando, assim, o prolongamento
da doença. Isso pode ser constatado pela reincidência da gripe que se
pensava ter sido curada. Posso afirmar, portanto, que o tratamento médico é
apenas uma forma de adiar a doença e não de curá-la. O verdadeiro
processo de cura consiste em eliminar as toxinas do corpo, purificando-o, ou
seja, acabando com a causa da doença.

A verdadeira Medicina é aquela que, ocorrendo o processo


purificador, acelera a dissolução das toxinas e faz com que elas sejam
eliminadas na maior quantidade possível. Não há outro tratamento além
deste.

Tratamento revolucionário da tuberculose, 15 de agosto de 1951


A Outra Face da Doença, pág. 85
(tradução em: Rokan – Johrei 1)

A GRIPE

A própria Medicina reconhece que o homem tem, a priori, várias


toxinas. Elas são eliminadas por um processo fisiológico natural, que nós
chamamos processo de purificação. Primeiramente as toxinas se
concentram em vários locais, notadamente naqueles onde há maior
atividade nervosa. No homem, isso ocorre na metade superior do corpo e,
quanto mais próximo do cérebro, maior a concentração, porque, enquanto se
está acordado, o cérebro, os olhos, os ouvidos, o nariz, a boca, etc.,
trabalham ininterruptamente, mesmo que os braços e as pernas estejam em
repouso. Portanto, as toxinas tendem a se concentrar principalmente no
cérebro, nos ombros, no pescoço, nos gânglios linfáticos, no occipício, na
parótida e em outros pontos. Com o passar do tempo, elas vão se
solidificando gradualmente. Quando o acúmulo ultrapassa determinado
limite, começa o processo de purificação. Aí podemos ver o benefício que a
Natureza nos proporciona. A solidificação das toxinas provoca má circulação
sangüínea, rigidez dos ombros e do pescoço, dor de cabeça acompanhada
de sensação de peso, diminuição da capacidade visual, auditiva e olfativa,
entupimento do nariz, inflamação dos alvéolos, enfraquecimento dos dentes,
falta de fôlego, flacidez dos músculos dos braços e das pernas, dor nos
quadris, inchação, etc. Tais fatores determinam uma acentuada diminuição
da atividade, de modo que o homem fica impossibilitado de cumprir sua
missão. Foi justamente por isso que Deus criou o excelente processo de
purificação denominado doença.

Conforme dissemos, se a doença é o sofrimento decorrente da


eliminação de toxinas, ela é o processo de purificação do sangue,
indispensável à munutenção da saúde. Portanto, podemos considerá-la a
maior bênção que Deus nos concedeu. Se a eliminarmos, o homem irá
enfraquecendo gradativamente e, por fim, estará até ameaçado de extinção.
Os leitores poderão achar que se trata de uma incoerência, pois eu sempre
afirmo que construirei um mundo sem doenças. Entretanto, se o homem se
livrar das toxinas, não haverá mais necessidade de processo purificador;
conseqüentemente, as doenças desaparecerão. Vou expor minha teoria de
maneira mais aprofundada e de modo a facilitar ao máximo sua
compreensão.

Logo que uma pessoa contrai gripe, sobrevém-lhe a febre. Para


facilitar a eliminação das toxinas solidificadas, a Natureza faz com que elas
se dissolvam através do calor; na forma líquida, elas se infiltram rapidamente
nos pulmões. Trata-se de um processo realmente misterioso. Do mesmo
modo, quando as dissolvemos através do Johrei, elas penetram
imediatamente nos pulmões, atravessando os músculos e até os ossos. Se
as toxinas se encontram solidificadas em uma ou duas regiões, as doenças
são leves, mas estas se agravam na medida em que é maior o número de
regiões. É por isso que uma gripe, que a princípio parecia fraca, vai se
agravando cada vez mais.

No caso de serem pouco densas, as toxinas liquefeitas são


eliminadas imediatamente, na forma de catarro; ao contrário, quando sua
densidade é maior, ficam temporariamente nos pulmões, aguardando a ação
de bombeamento denominada tosse, e aí são eliminadas pelas vias
respiratórias. Isso se evidencia pelo fato de a tosse ser sempre seguida de
catarro. Obedecendo ao mesmo princípio, o espirro vem sempre seguido de
secreção nasal. Assim, as dores de cabeça e de garganta, inflamação dos
ouvidos, dos gânglios linfáticos, das articulações dos pés, das mãos e da
região inguinal decorrem da dissolução das toxinas e do seu deslocamento
em busca de saída do corpo. Esse movimento pressiona os nervos,
provocando a dor.

As toxinas líquidas podem ser concentradas ou diluídas. As


concentradas são eliminadas na forma de catarro, secreção nasal, diarréias,
etc., e as diluídas, na forma de suor e urina. A ação purificadora se processa
de modo tão natural, que não podemos deixar de louvar a Providência do
Criador. Foi Deus que criou o homem, e por isso não haveria razão para lhe
proporcionar sofrimentos e atrapalhar sua atividade através da doença. O
ser humano precisa estar sempre saudável, mas ele mesmo cria toxinas e,
com base em teorias errôneas, faz com que elas se acumulem, surgindo
então a necessidade de eliminá-las. Eis, portanto, o que é a doença. No
caso da gripe, se a deixarmos por conta da Natureza, sem nenhuma
interferência, a purificação decorrerá normalmente e a cura será completa,
aumentando, assim, a saúde da pessoa.

Não se sabe quando, misteriosamente, o homem acabou invertendo a


interpretação do referido processo de purificação. Dessa forma, quando a
doença se manifesta, ele emprega todos os recursos para estancá-la.
Confundiu-se as dores da purificação, achando que elas fossem decorrentes
do agravamento da doença. Baseado nisso, com temor, trata de fazer baixar
a febre. Com a diminuição desta, interrompe-se a dissolução das toxinas e
diminuem os sintomas, como a tosse, o catarro e outros. Parece, então, que
está ocorrendo a cura. Em outras palavras, faz-se retornar ao estado sólido
as toxinas que tinham começado a se dissolver. Essa solidificação é
promovida pelos tratamentos médicos, entre os quais se inclui a aplicação
de compressas, bolsas de gelo, remédios, etc. Quando ocorre a completa
solidificação das toxinas e desaparecem os sintomas, as pessoas ficam
contentes, julgando-se curadas. Mal sabem que estão prendendo a mão que
executaria a limpeza em seu corpo. E os fatos o comprovam. Fala-se muitas
vezes em recaída, mas esta nada mais é que o resultado do choque entre
duas ações: a do corpo, que procura executar a purificação, e a do
tratamento médico, que tenta impedi-la, provocando, assim, o
prolongamento da doença. Isso pode ser constatado pela reincidência,
passado algum tempo, da gripe que se pensava curada. Posso afirmar,
portanto, que o tratamento médico é apenas uma forma de adiar a doença e
não de curá-la. O verdadeiro processo de cura consiste em eliminar as
toxinas do corpo, purificando-o, ou seja, acabar com a causa da doença.

A verdadeira Medicina é aquela que, ocorrendo o processo


purificador, acelera a dissolução das toxinas e faz com que elas sejam
eliminadas o quanto antes e na maior quantidade possível. Não há outro
tratamento além deste.

(Tratamento Revolucionário da Tuberculose — 15 de agosto de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

O QUE É A DOENÇA?

15 de agosto de 1951
A GRIPE

A própria Medicina reconhece que o homem tem, "a priori", várias


toxinas. Elas são eliminadas por um processo fisiológico natural, que nós
chamamos processo de purificação. Primeiramente as toxinas se
concentram em vários locais, notadamente naqueles onde há mais atividade
nervosa. No homem, isso ocorre na metade superior do corpo. Quanto mais
próximo do cérebro, maior a concentração, porque, enquanto se está
acordado, o cérebro, os olhos, os ouvidos, o nariz, a boca, etc., trabalham
ininterruptamente, mesmo que os braços e as pernas estejam em repouso.
Portanto, as toxinas tendem a se concentrar nos ombros, no pescoço, nos
gânglios linfáticos, no encéfalo, na parótida e em outros pontos. Com o
passar do tempo, elas vão se solidificando gradualmente. Quando o acúmulo
ultrapassa determinado limite, começa o processo de purificação. Aí
podemos ver o benefício que a Natureza nos proporciona. A solidificação das
toxinas provoca má circulação sangüínea, rigidez dos ombros e do pescoço,
dor de cabeça acompanhada de sensação de peso, diminuição da
capacidade visual, auditiva e olfativa, entupimento do nariz, inflamação dos
alvéolos, enfraquecimento dos dentes, falta de fôlego, flacidez dos músculos
dos braços e das pernas, dor nos quadris, inchação, etc. Tais fatores
determinam uma acentuada diminuição da atividade, de modo que o homem
fica impossibilitado de cumprir sua missão. Foi justamente por isso que Deus
criou o excelente processo de purificação denominado doença.

Conforme dissemos, se a doença é o sofrimento decorrente da


eliminação de toxinas, ela é o processo de purificação do sangue,
indispensável à manutenção da saúde. Portanto, podemos considerá-la a
maior bênção que Deus nos concedeu. Se a eliminarmos, o homem irá
enfraquecendo gradativamente e, por fim, estará até ameaçado de extinção.
Os leitores poderão achar que se trata de uma incoerência, pois eu sempre
afirmo que construirei um mundo sem doenças. Entretanto, não há nenhuma
incoerência em minhas palavras, visto que, se o homem se livrar das
toxinas, não haverá mais necessidade de processo purificador;
conseqüentemente, as doenças desaparecerão. Vou expor minha teoria de
maneira mais aprofundada e de modo a facilitar ao máximo sua
compreensão.

Logo que uma pessoa contrai gripe, sobrevém-lhe a febre. Para


facilitar a eliminação das toxinas, a Natureza faz com que elas se dissolvam
através do calor. Na forma líquida, as toxinas infiltram-se rapidamente nos
pulmões. Trata-se de um processo realmente misterioso. Do mesmo modo,
quando as dissolvemos através do JOHREI, elas penetram imediatamente
nos pulmões, atravessando os músculos e até os ossos. Se as toxinas se
encontram solidificadas em um ou dois pontos, as doenças são leves, mas
estas se agravam na medida em que é maior o número de pontos. É por isso
que uma gripe, que a princípio parecia fraca, vai se agravando cada vez
mais.

No caso de serem pouco densas, as toxinas liqüefeitas são


eliminadas imediatamente, na forma de catarro; ao contrário, quando sua
densidade é maior, ficam temporariamente nos pulmões, aguardando a ação
de bombeamento denominada tosse, e aí são eliminadas pelas vias
respiratórias. Isso se evidencia pelo fato de a tosse ser sempre seguida de
catarro. Obedecendo ao mesmo princípio, o espirro vem sempre seguido de
secreção nasal. Assim, as dores de cabeça e de garganta, a inflamação dos
ouvidos, dos gânglios linfáticos, das articulações dos pés, das mãos e da
região inguinal decorrem da dissolução das toxinas e do seu deslocamento
em busca de saída do corpo. Esse movimento pressiona os nervos,
provocando a dor.
As toxinas líquidas estão divididas em concentradas e diluídas. As
concentradas são eliminadas na forma de catarro, secreção nasal, diarréia,
etc., e as diluídas, na forma de suor e urina. A ação purificadora se processa
de modo tão natural, que não podemos deixar de louvar a Providência do
Criador. Foi Deus que criou o homem, e por isso não haveria razão para lhe
proporcionar sofrimentos e atrapalhar sua atividade através da doença. O
ser humano precisa estar sempre saudável, mas ele próprio cria toxinas e,
com base em teorias errôneas, faz com que elas se acumulem, surgindo
então a necessidade de eliminá-las. Eis, portanto, o que é a doença. No
caso da gripe, se a deixarmos desenvolver-se sem nenhuma interferência,
por conta da Natureza, a purificação decorrerá normalmente e a cura será
completa, aumentando, assim, a saúde da pessoa.

Por incrível que pareça, e não se sabe desde quando, o homem


interpretou de maneira inversa o referido processo de purificação. Dessa
forma, quando a doença se declara, ele emprega todos os recursos para
estancá-la. Confundindo-se no tocante às dores do processo, acha que elas
são decorrentes do agravamento da doença. Baseado nisso, trata de fazer
baixar a febre. Com a diminuição desta, interrompe-se a dissolução das
toxinas e diminuem os sintomas, como a tosse, o catarro e outros. Parece,
então, que está ocorrendo a cura. Em outras palavras, faz-se retornar ao
estado sólido as toxinas que tinham começado a se dissolver. Essa
solidificação é promovida pelos tratamentos médicos, entre os quais se inclui
a aplicação de compressas, bolsas de gelo, remédios, etc. Quando ocorre a
completa solidificação das toxinas e desaparecem os sintomas, as pessoas
ficam contentes, julgando-se curadas. Mal sabem elas que estão prendendo
a mão que executaria a limpeza de seu corpo. E os fatos o comprovam.
Fala-se muitas vezes em recaída, mas esta nada mais é que o resultado do
choque entre duas ações: a do corpo, que procura executar a purificação, e
a do tratamento, que tenta impedi-la, provocando, assim, o prolongamento
da doença. Isso pode ser constatado pela reincidência da gripe que se
pensava ter sido curada. Posso afirmar, portanto, que o tratamento médico é
apenas uma forma de adiar a doença e não de curá-la. O verdadeiro
processo de cura consiste em eliminar as toxinas do corpo, purificando-o, ou
seja, acabando com a causa da doença.

A verdadeira Medicina é aquela que, ocorrendo o processo


purificador, acelera a dissolução das toxinas e faz com que elas sejam
eliminadas na maior quantidade possível. Não há outro tratamento além
deste.

15 de agosto de 1951
(tradução em: A Outra Face da Doença)
A Ação de purificação é a maior dentre as bênçãos de Deus

Conforme dissemos, se a doença é o sofrimento decorrente da


eliminação de toxinas, ela é o processo de purificação do sangue,
indispensável à manutenção da saúde. Portanto, podemos considerá-la a
maior bênção que Deus nos concedeu.

O que é a Doença — 15 de agosto de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

(J1/50) O ESPÍRITO PRECEDE DA MATÉRIA

Conforme expliquei no artigo anterior, vou tecer considerações sobre


a relação entre o Mundo Espiritual e a doença.

O homem é constituído pela união do corpo e do espírito. O corpo é


uma matéria visível, e por isso todos podem compreendê-lo; o espírito é
invisível, mas existe, sendo uma espécie de éter. Assim como o corpo é uma
existência do Mundo Atmosférico, o espírito é uma existência do Mundo
Espiritual. O Mundo Espiritual, conforme já expliquei, é transparente, mais
rarefeito que o ar, comparando-se ao nada. Na realidade, porém, ele é a
fonte geradora da força infinita e absoluta, que por ora chamaremos de força
cósmica. É um mundo fantástico, impossível de ser imaginado, cuja natureza
está formada pela fusão das essências do Sol, da Lua e da Terra. Com a
força cósmica, tudo nasce, tudo se transforma e cresce, mas ao mesmo
tempo acumulam-se impurezas, que são submetidas à purificação. É como o
acúmulo de sujeira no corpo humano, que necessita de banho. Portanto,
quando se juntam impurezas na atmosfera, elas são concentradas num
determinado ponto e aí surge uma ação purificadora denominada “baixa
pressão”, que executa a limpeza. Os raios e os incêndios causados pelo
homem têm a mesma explicação. Se houver aglomeração de impurezas,
surgirá a ação purificadora, que tem início no espírito.
As sujeiras, ou seja, as máculas acumuladas no espírito humano, que
é transparente, são opacidades surgidas em alguns pontos. Há dois tipos de
máculas: as que se originam no próprio espírito e as que são reflexo do
corpo. Vejamos o primeiro tipo.

O interior do espírito está constituído de três camadas dispostas de


forma centrípeta. Analisando-o a partir do centro, seu núcleo é a alma, a
partícula do homem que se instala no ventre da mulher e que resultará no
nascimento de outro ser. A alma está envolta pela consciência, e esta, pelo
espírito. O que acontece na alma se reflete na consciência e, daí, no
espírito, e vice-versa. Assim, a alma, a consciência e o espírito estão
interrelacionados, constituindo uma trilogia. Naturalmente, todas as pessoas,
assim como praticam o bem, também praticam o mal durante sua vida. Se o
mal é maior que o bem, a diferença entre eles constituirá o pecado, que,
refletindo-se na alma, diminui-lhe o brilho; por esse motivo, a consciência
ficará maculada e, em seguida, o espírito. Através da ação purificadora, é
realizada a eliminação das máculas. Durante o processo, o volume delas
diminui provisoriamente; com isso, elas se tornam mais densas,
concentrando-se em determinadas parte do corpo. O interessante é que,
dependendo do pecado, o local da concentração é diferente. Por exemplo:
os pecados da vista, nos olhos; os pecados da cabeça, na cabeça; os
pecados do tórax, no tórax, e assim por diante, tudo enquadrado na
concordância.

Passemos, agora, ao segundo tipo de máculas, isto é, as que se


refletem do corpo para o espírito. Neste caso, primeiro o sangue se suja e,
como conseqüência, o espírito fica maculado. Originariamente, o sangue é a
materialização do espírito e, reciprocamente, o espírito é a espiritualização
do sangue. Isso mostra a identidade do espírito e da matéria. Assim, quando
as máculas se tornam densas e se refletem no corpo, transformam-se em
sangue sujo, e este, concentrando-se mais, transforma-se em toxinas
solidificadas. Estas, depois de dissolvidas e liquefeitas, são eliminadas por
diversos pontos do corpo. O sofrimento decorrente desse processo constitui
aquilo a que se dá o nome de doença.
Mas por que o sangue se suja? A causa é bastante surpreendente:
são os remédios, que paradoxalmente ocupam a posição de maior destaque
nos tratamentos médicos. Como todo remédio é veneno, só de ingeri-lo o
sangue já se suja e os fatos são a maior prova do que estamos dizendo.
Portanto, não há nada de estranho em que, estando a pessoa sob
tratamento médico, a doença se prolongue ou piore, ou que até surjam
outras doenças.

Se o sangue sujo existente no corpo se reflete no espírito em forma


de máculas e estas se tornam a causa das doenças, o próprio processo de
cura das doenças acaba se tornando o meio de provocá-las. Não se obterá a
erradicação completa se primeiramente não forem removidas as máculas do
espírito, de acordo com a Lei Universal do Espírito Precede a Matéria. Como
o JOHREI é a aplicação dessa lei, purificando-se o espírito, as doenças
saram pela raiz. É por isso que ele tem esse nome JOHREI – que significa
“purificação do espírito”. Desconhecendo tal princípio, a Medicina despreza o
espírito e tenta curar apenas o corpo. Assim, por mais que ela progrida, as
curas serão sempre efêmeras.

Observando-se a realidade, podemos compreender claramente que


os tratamentos médicos não conseguem curar as doenças por completo.
Mesmo que haja a cura, na maioria das vezes, ocorre a reincidência. Por
exemplo, no caso da apendicite, como extirpam a parte afetada, a pessoa
fica livre desse mal, mas devido a isso a sua possibilidade de sofrer
problemas nas vizinhanças do apêndice, tais como a peritonite e as doenças
renais, será muito maior. Isto porque, como as máculas do espírito
continuam existindo, o sangue turvo passam a ser produzidos novamente,
acumulando-se em outros locais.

Através da constante purificação, o sangue turvo torna-se ainda mais


denso e ocorre a mudança gradativa da cor das partículas do sangue, que
vão obtendo uma tonalidade mais branca. E isso é o pus. Muitas vezes,
observamos o sangue purulento, ou seja, o sangue misturado com pus, que
é o estado intermediário dessa transformação. Num estágio mais avançado,
torna-se totalmente denso. Creio que puderam compreender o porquê de,
muitas vezes, os escarros da tuberculose se apresentarem misturados com
sangue e outras vezes não.
Os eritrócitos e os leucócitos referidos pela medicina vêm a ser isso, e
ela denomina-a de fagocitose.

Acredito que assim puderam compreender a relação existente entre o


corpo material e o espiritual, portanto, finalmente, vou referir-me sobre a
fonte de origem das bactérias.

A Outra Face da Doença, pág. 119


Tratamento revolucionário da tuberculose, 15 de agosto de 1951
(tradução em: Rokan – Johrei 1)

O ESPÍRITO PRECEDE A MATÉRIA

15 de agosto de 1951

Vou tecer considerações sobre a relação entre o Mundo Espiritual e a


doença.

O homem é constituído pela união do corpo e do espírito. O corpo é


uma matéria visível, e por isso todos podem compreendê-lo; o espírito é
invisível, mas existe, sendo uma espécie de éter. Assim como o corpo é uma
existência do Mundo Atmosférico, o espírito é uma existência do Mundo
Espiritual. O Mundo Espiritual, conforme já expliquei, é transparente, mais
rarefeito que o ar, comparando-se ao nada. Na realidade, porém, ele é a
fonte geradora da força infinita e absoluta, que por ora chamaremos de força
cósmica. É um mundo fantástico, impossível de ser imaginado, cuja natureza
está formada pela fusão das essências do Sol, da Lua e da Terra. Com a
força cósmica tudo nasce, tudo se transforma e cresce, mas ao mesmo
tempo acumulam-se impurezas, que são submetidas à purificação. É como o
acúmulo de sujeira no corpo humano, que necessita de banho. Portanto,
quando se juntam impurezas na atmosfera, elas são concentradas num
determinado ponto e aí surge uma ação purificadora denominada "baixa
pressão", que executa a limpeza. Os raios e os incêndios causados pelo
homem têm a mesma explicação. Se houver aglomeração de impurezas,
surgirá a ação purificadora, que tem início no espírito.

As sujeiras, ou seja, as máculas acumuladas no espírito humano, que


é transparente, são opacidades surgidas em alguns pontos. Há dois tipos de
máculas: as que se originam no próprio espírito e as que são reflexo do
corpo. Vejamos o primeiro tipo.

O interior do espírito está constituído de três camadas dispostas de


forma centrípeta. Analisando-o a partir do centro, seu núcleo é a alma, a
partícula do homem que se instala no ventre da mulher e que resultará no
nascimento de outro ser. A alma está envolta pela consciência, e esta, pelo
espírito. O que acontece na alma se reflete na consciência e, daí, no
espírito, e vice-versa. Assim, a alma, a consciência e o espírito estão
interrelacionados, constituindo uma trilogia. Naturalmente, todas as pessoas,
assim como praticam o bem, também praticam o mal durante sua vida. Se o
mal é maior que o bem, a diferença entre eles constituirá o pecado, que,
refletindo-se na alma, diminui o brilho; por esse motivo, a consciência ficará
maculada e, em seguida, o espírito. Através da ação purificadora, é realizada
a eliminação das máculas. Durante o processo, o volume delas diminui
provisoriamente; com isso, elas se tornam mais densas, concentrando-se
em determinadas parte do corpo. O interessante é que, dependendo do
pecado, o local da concentração é diferente. Por exemplo: os pecados da
vista, nos olhos; os pecados da cabeça, na cabeça; os pecados do tórax, no
tórax, e assim por diante, tudo enquadrado na concordância.

Passemos, agora, ao segundo tipo de máculas, isto é, as que se


refletem do corpo para o espírito. Neste caso, primeiro o sangue se suja e,
como conseqüência, o espírito fica maculado. Originariamente, o sangue é a
materialização do espírito e, reciprocamente, o espírito é a espiritualização
do sangue. Isso mostra a identidade do espírito e da matéria. Assim, quando
as máculas se tornam densas e se refletem no corpo, transformam-se em
sangue sujo, e este, concentrando-se mais, transforma-se em toxinas
solidificadas. Estas, depois de dissolvidas e liqüefeitas, são eliminadas por
diversos pontos do corpo. O sofrimento decorrente desse processo constitui
aquilo a que se dá o nome de doença.

Mas por que o sangue se suja? A causa é bastante surpreendente:


são os remédios, que paradoxalmente ocupam a posição de maior destaque
nos tratamentos médicos. Como todo remédio é veneno, só de ingeri-lo o
sangue já se suja e os fatos são a maior prova do que estamos dizendo.
Portanto, não há nada de estranho em que, estando a pessoa sob
tratamento médico, a doença se prolongue ou piore, ou que até surjam
outras doenças.

Se o sangue sujo existente no corpo se reflete no espírito em forma


de máculas e estas se tornam a causa das doenças, o próprio processo de
cura das doenças acaba se tornando o meio de provocá-las. Não se obterá a
erradicação completa se primeiramente não forem removidas as máculas do
espírito, de acordo com a Lei Universal do Espírito Precede a Matéria. Como
o JOHREI é a aplicação dessa lei, purificando-se o espírito as doenças
saram pela raiz. É por isso que ele tem esse nome JOHREI - que significa
"purificação do espírito". Desconhecendo tal princípio, a Medicina despreza
o espírito e tenta curar apenas o corpo. Assim, por mais que ela progrida, as
curas serão sempre efêmeras.

15 de agosto de 1951
(tradução em: A Outra Face da Doença)

O ESPÍRITO PRECEDE A MATÉRIA (II)

Vou tecer considerações sobre a relação entre o Mundo Imaterial e a


doença. O Imaterial a que me refiro é o Mundo Espiritual.

O homem é constituído pela união do corpo e do espírito. O corpo é


uma matéria visível, e por isso todos podem compreendê-lo; o espírito é
invisível mas existe, sendo uma espécie de éter. Assim como o corpo é uma
existência do Mundo Atmosférico, o espírito é uma existência do Mundo
Espiritual. O Mundo Espiritual, conforme já expliquei, é transparente, mais
rarefeito que o ar, comparando-se ao nada. Na realidade, porém, ele é a
fonte geradora da força infinita e absoluta, que por ora chamaremos de força
cósmica. É um mundo fantástico, impossível de ser imaginado, cuja natureza
está formada pela fusão das essências do Sol, da Lua e da Terra. Através da
força cósmica tudo nasce, tudo se transforma e cresce, mas ao mesmo
tempo acumulam-se impurezas, que são submetidas à purificação. É como o
acúmulo de sujeira no corpo humano, que necessita de banho. Portanto,
quando se juntam impurezas no Mundo Espiritual da Superfície Terrestre,
elas são concentradas num determinado ponto, e aí surge uma ação
purificadora denominada “baixa pressão”, que executa a limpeza. Os raios e
os incêndios causados pelo homem têm a mesma explicação. Também no
homem, se houver aglomeração de impurezas, surgirá a ação purificadora,
que tem início no espírito.

As sujeiras, ou seja, as máculas acumuladas no espírito humano, que


é transparente, causam o surgimento de pontos opacos. Há dois tipos de
máculas: as que se originam no próprio espírito e as que são reflexo do
corpo. Vejamos o primeiro tipo.

O interior do espírito está constituído de três camadas dispostas de


forma centrípeta. Analisando-o a partir do centro, seu núcleo é a alma, a
partícula que através do homem se instala no ventre da mulher e resultará
no nascimento de outro ser. A alma está envolta pela consciência, e esta,
pelo espírito. O que acontece na alma se reflete na consciência e, daí, no
espírito, e vice-versa. Assim, a alma, a consciência e o espírito estão inter-
relacionados, constituindo uma trilogia. Naturalmente, todas as pessoas,
assim como praticam o bem, também praticam o mal durante sua vida. Se o
mal é maior que o bem, a diferença entre eles constituirá o pecado, que
refletindo-se na alma diminui-lhe o brilho; por esse motivo, a consciência
ficará maculada e, em seguida, o espírito. Através da ação purificadora, é
realizada a eliminação das máculas. Nesse processo, o volume delas
diminui num primeiro momento e, como isso acontece, a sua densidade
aumenta, seguindo-se a sua concentração em certos pontos do corpo. O
interessante é que, dependendo do pecado, o local da concentração é
diferente. Por exemplo: os pecados da vista, nos olhos; os pecados da
cabeça, na cabeça; os pecados do tórax, no tórax, e assim por diante, tudo
está em concordância.

Passemos, agora, ao segundo tipo de máculas, isto é, as que se


refletem do corpo para o espírito. Neste caso, primeiro o sangue se suja e,
como conseqüência, o espírito fica maculado. Originariamente, o sangue é a
materialização do espírito e, reciprocamente, o espírito é a espiritualização
do sangue. Isso mostra a identidade do espírito e da matéria. Assim, quando
as máculas se tornam densas e se refletem no corpo, turva o sangue, e este,
concentrando-se mais, transforma-se em toxinas solidificadas. Estas, depois
de dissolvidas e liquefeitas, são eliminadas por diversos pontos do corpo. O
sofrimento decorrente desse processo constitui aquilo a que se dá o nome
de doença.

Mas por que o sangue se suja? A causa é bastante surpreendente:


são os remédios, que paradoxalmente ocupam a posição de maior destaque
nos tratamentos médicos. Como todo remédio é veneno, só de ingeri-lo o
sangue já se suja14 e os fatos são a maior prova do que estamos dizendo.
Portanto, não há nada de estranho em que, estando a pessoa sob
tratamento médico, a doença se prolongue ou piore, ou que até surjam
outras doenças.

Se o sangue sujo existente no corpo se reflete no espírito em forma


de máculas e estas se tornam a causa das doenças, o próprio processo de
cura das doenças acaba se tornando o meio de provocá-las. Não se obterá a
erradicação completa se primeiramente não forem removidas as máculas do
espírito, de acordo com a Lei Universal do Espírito Precede a Matéria. Como
o Johrei é a aplicação dessa Lei, purificando-se o espírito as doenças saram
pela raiz. É por isso que ele tem esse nome — Johrei — que significa
“purificação do espírito”. Desconhecendo tal princípio, a Medicina despreza o

1 4
O remédio pode ter o efeito temporário de prolongar a vida ou de formar pessoas com saúde aparente,
mas não tem o poder de erradicar a doença. A verdadeira saúde do homem está em viver sem
medicamento; portanto, é importante evitá-lo o máximo possível. Mas existem casos em que, por respeito à
vida humana, é inevitável o seu uso.
espírito e tenta curar apenas o corpo. Assim, por mais que ela progrida, as
curas serão sempre efêmeras.

(Método Revolucionário da Cura da Tuberculose — 15 de agosto de


1951)
(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

As máculas que se refletem do corpo para o espírito

O segundo tipo de máculas são as que se refletem do corpo para o


espírito. Neste caso, primeiro o sangue fica impuro e, como conseqüência, o
espírito fica maculado. Originariamente, o sangue é a materialização do
espírito e, reciprocamente, o espírito é a espiritualização do sangue. Isso
mostra a identidade do espírito e da matéria. Assim, quando as máculas se
tornam densas e se refletem no corpo, o sangue se turva e, concentrando-se
mais, as impurezas transformam-se em toxinas solidificadas. Depois de
dissolvidas e liquefeitas, tais toxinas são eliminadas por diversos pontos do
corpo. O sofrimento decorrente desse processo constitui aquilo a que se dá
o nome de doença.

O espírito precede à matéria — 15 de agosto de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

(J2/113) A NUTRIÇÃO

Os leitores devem ter compreendido o perigo representado pelos


medicamentos, pois explanei isso de maneira detalhada em tópicos
anteriores. O que agora não podemos deixar escapar é o grande equívoco
relativo à nutrição. Em primeiro lugar, na época em que sofria de
tuberculose, disseram-me que era devido à falta de albumina de natureza
animal, mas não se limita a isso. De modo geral, a dietética contemporânea
encontra-se em meio a um profundo erro.

O ponto mais notável disso é que a dietética tem como único objeto o
alimento, esquecendo as funções orgânicas do homem. No caso das
vitaminas, por exemplo, chega a dividi-las em vários tipos, como vitamina A,
B, C, etc., e com isso pretende suprir a falta de nutrientes. Mas não há
pretensão mais tola que essa, porque, como acabei de dizer, despreza-se o
verdadeiro desempenho das funções orgânicas.
Isto porque a origem disso está no fato de não entender, em absoluto,
a função desse órgão. Ou seja, através da sua atividade, são produzidos em
suficiência tanto as vitaminas como o carboidrato, a albumina, o aminoácido,
a glicose, a gordura e demais nutrientes necessários para manter o corpo
físico do homem. Evidentemente, mesmo através de alimentos que não
possuem nenhuma vitamina, o mágico chamado órgão produtor de
nutrientes produz infalivelmente a quantidade necessária para o corpo.

De acordo com esse princípio, ocorre o efeito contrário, tornando o


corpo humano mais debilitado à medida que ingerir mais nutrientes. Isto é,
quanto mais vitaminas tomar, a sua falta será maior. E isso não é nada
misterioso, pois, se colocar os nutrientes no interior do corpo, o órgão
produtor de nutrientes perde a sua função e acaba atrofiando, pois os
nutrientes são produtos acabados. Por natureza, a vitalidade do ser humano
é resultante da atividade de suas funções orgânicas, principalmente da
função digestiva, sendo que vitalidade é sinônimo de saúde. A atividade
dessa função orgânica consiste no trabalho executado para tornar o alimento
acabado, pois ele é ingerido em estado imperfeito. O fato de sentirmos fome
significa que cessou a atividade destinada a processar os alimentos. Isso
fica comprovado ao observarmos que tão logo essa atividade se reinicia,
após a ingestão de novos alimentos, sentimo-nos recuperados. Além disso,
as funções orgânicas estão inter-relacionadas: se a função fundamental, que
é a digestiva, se enfraquece, as outras também se enfraquecem; quando ela
se recupera, as outras também se recuperam.
É claro que os exercícios físicos são muito úteis para a manutenção
da saúde, porque ativam externamente o metabolismo, trazendo, também,
benefícios à parte interna do corpo. Mas isso não constitui o fundamental;
trata-se de benefícios auxiliares. O importante é incrementar a atividade
digestiva. Para tanto, os alimentos facilmente digeríveis não são
recomendáveis; é preferível comer alimentos comuns. A Medicina
recomenda os alimentos de fácil digestão, mas, na verdade, eles
enfraquecem o estômago. Além disso, ela recomenda mastigar bem, o que
também acaba enfraquecendo o estômago. Como exemplo temos a
gastroptose (comumente chamada “estômago caído”), que se caracteriza
pelo afrouxamento desse órgão e é produzida pelo homem. Se a pessoa
come alimentos facilmente digeríveis, mastigando-os bem, e ainda por cima
toma medicamentos destinados a facilitar a digestão, não há dúvida de que
seu estômago enfraquecerá e acabará se relaxando. Simplesmente não
existe tolice maior. A propósito, vou contar um caso que aconteceu comigo.

Cerca de trinta nos atrás, adotei um regime alimentar que estava em


moda na América do Norte, chamado Fletcher's. Era um método de saúde
que recomendava mastigar bem a comida. No início apresentou algum
resultado, mas depois de mais ou menos um mês, comecei a me sentir fraco
e a perder as forças. Achando que aquele regime estava me prejudicando,
voltei à alimentação normal e me recuperei.

Pelo exposto, poderão compreender que os métodos da Medicina não


conseguem melhorar a saúde do homem porque, na sua maior parte, são
métodos contrários ao que deveriam ser.

Há outro exemplo ainda: às mães que não têm leite para amamentar
seus filhos, recomenda-se tomarem leite de vaca. Isso é bastante estranho.
Quando a mulher dá à luz, é lógico que seu corpo produza leite suficiente
para amamentar o filho. Se isso não ocorrer, há alguma falha; portanto,
basta descobri-la e corrigi-la. Não sei se a Medicina sabe disso ou, mesmo
sabendo, nada consegue fazer; pela recomendação acima, entretanto,
parece-me que ela pensa que há um canal partindo da boca e chegando aos
mamilos. É um grande erro a mulher que está amamentando tomar leite,
pois isso diminui a atividade produtora de leite, ou seja, recebendo leite de
fora, o corpo pára de produzir o seu próprio leite.

Há, ainda, casos de doentes que bebem sangue fresco de animais


como nutriente. É algo realmente espantoso. Pode ser que isso produza
efeitos passageiros, mas faz com que a função orgânica responsável pela
produção do sangue enfraqueça. A conseqüência será a anemia.
Raciocinem: o homem se alimenta de arroz e pão branco, verduras verdes,
cereais amarelos, etc. e produz sangue, que é vermelho. É de fato uma
técnica de produção admirável. Se ele ingere alimentos que não possuem
uma gota de sangue e o fabrica a partir deles, o que acontecerá se tomar
sangue? É até desnecessário dizer que a produção deste irá cessar.
Simplesmente não sei como qualificar a dietética que não percebe tal fato.
Se até a vaca, que é um animal, produz leite comendo capim, o que se
poderá dizer do homem? Assim, a causa do erro da dietética está em
desprezar a Natureza.
Os nutrientes necessários à vida humana estão contidos, em grande
parte, nos vegetais. A prova disso é que os vegetarianos, sem exceção,
gozam de boa saúde e longevidade, e, entre os bonzos, contam-se inúmeros
exemplos de pessoas que alcançam uma vida bastante longa à base de
alimentação pobre. O escritor inglês Bernard Shaw, falecido recentemente,
aos noventa e quatro anos, era um vegetariano famoso.

Tempos atrás, ocorreu também o seguinte. Certo dia, quando tomei o


trem que servia à linha nordeste, sentava ao meu lado um senhor que
parecia ser homem distinto do interior, por volta dos 50 anos de idade, de
fisionomia corada e de aparência saudável. De vez em quando, ele pegava
no bolso do paletó folhas verdes de pinheiro e se deliciava das mesmas.
Achei interessante e perguntei-lhe sobre aquele procedimento. Então, ele
disse-me orgulhoso que há dez anos ele só comia aquelas folhas como
alimento diário e nada mais. Antes era fraco, mas ao saber que as folhas de
pinheiro faziam bem, começou a comer. No início, tinha sabor desagradável,
mas gradativamente elas passaram a ser saborosas e, ao mesmo tempo, foi
obtendo aquela saúde magnífica. Ele, desabotoando e erguendo a manga
da sua camisa, fez questão de mostrar-me o seu braço forte.
Também li recentemente no jornal um artigo de um jovem que ficou
saudável comendo somente restos de chá coado. Trata-se de um fato
verídico, pois o assunto foi relatado pela própria pessoa.

Tempos atrás, na ocasião em que escalei o pico Yarigatake, situado


nos Alpes Japoneses, fiquei surpreso ao ver a marmita do guia. Nela
continha somente arroz branco e sem verduras. Perguntei e ele me disse
que estava muito saboroso. Ofereci enlatado, mas recusou terminantemente
e não aceitou. É um fato surpreendente, pois comendo só aquilo, consegue
subir e descer diariamente o caminho da montanha, num percurso de mais
ou menos 40 quilômetros, carregando nas costas volumes de cerca de 40
quilos.

Essa é uma conversa antiga, mas nos meados da Era Edo um


confucionista chamado Ogyu Sorai morava no andar de cima de uma casa
de tofu (queijo de soja) e estudou por dois anos comendo somente “okara”
(restos de soja, após extrair o leite para fazer o tofu). Também, como já disse
anteriormente, para curar a tuberculose, durante três meses, alimentei-me
exclusivamente de verduras, não usando sequer o “katsuobushi” (Bonito
seco raspado bem fininho) e também abandonando os remédios. Mesmo
assim fiquei completamente curado. Por esse motivo, quando passar dos
noventa anos, desejo pôr em prática, amplamente, o método de
rejuvenescimento. Esse método se resume numa alimentação bem simples
à base, essencialmente, de verduras. Por que a alimentação simples é boa?
Por serem escassos os nutrientes, o órgão digestivo precisa trabalhar
bastante para produzi-los. Graças a isso, esse órgão torna-se vigoroso e,
conseqüentemente, ocorre o rejuvenescimento. Assim sendo, obviamente a
pessoa se tornará saudável e poderá ter vida longa. Também a saúde dos
cules da Manchúria é considerada a melhor do mundo e ouvi dizer que há
cientistas ocidentais que estão realizando estudos sobre eles. No entanto, o
alimento deles é extraordinário, pois em cada refeição eles comem um pão
de sorgo de tamanho grande, num total de três pães ao dia, mas qual será o
ponto de vista da dietética sobre isso?
Através desses exemplos podemos compreender, mas a afirmação da
dietética atual que considera positiva a alimentação mista está amplamente
equivocada, pois, quanto mais simples for a alimentação, melhor. Isto porque
a atividade do órgão produtor de nutrientes se intensifica mais se continuar
comendo os mesmos produtos. É o mesmo princípio do homem que, ao
desenvolver um único trabalho, se torna hábil.
Há, ainda, mais uma coisa que todos acham inesperada. Trata-se do
fato de que a alimentação vegetariana causa sensação de calor no corpo. A
carne também causa por algum momento, mas à medida que vai passando
o tempo, a sensação de frio acentua-se mais. O que descobri através disso
é a causa do desenvolvimento do aquecedor na Europa e na América.
Devido à sua alimentação à base de carne, as pessoas de lá não
conseguem suportar o frio. Ao contrário disso, os japoneses dos tempos
antigos não comiam carne; por isso, conseguiam suportar facilmente o frio.
Dessa forma, as suas residências também eram construídas sem se
preocupar em demasia no frio. Mesmo no que se refere a vestimentas, os
soldados e os empregados domésticos ficam de canelas das pernas
expostas ao frio de inverno, sem se incomodar. Também as mulheres
usavam apenas uma duas roupas feitas de algodão ou linho. Acho que vão
concordar comigo ao pensar comparando nas mulheres daquela época com
as da atualidade que, mesmo usando várias blusas de lã, uma sobre a outra,
ainda dizem que sentem frio.

Há, ainda, mais um fato importante que preciso advertir. Ultimamente,


alegando escassez de nutrientes aos agricultores, têm incentivado o
consumo de carne de animais, aves e peixes, mas isso também está errado.
Isto porque, como já disse anteriormente, o nutriente obtido através da
alimentação vegetariana é fundamental e muito forte; por isso, no caso do
serviço braçal, conseguem realizar de forma contínua sem sentir cansaço.
Por isso, desde os tempos antigos, os agricultores de ambos os sexos do
Japão conseguem trabalhar desde manhã cedo até escurecer. Se os
agricultores passarem a alimentar-se de produtos de origem animal em
maior quantidade, ocorrerá a redução da força braçal. Na agricultura dos
EUA, houve grande desenvolvimento das maquinarias, mas isso ocorreu por
causa da falta de força física e pela tentativa de suprir isso usando a cabeça.
Portanto, pela lógica, se os agricultores japoneses passarem a alimentar-se
de produtos de origem animal, eles vão precisar recorrer à ajuda das
máquinas; portanto, sinto que temos que pensar e realizar estudos
profundos sobre esse ponto.

Através do exposto acima, puderam compreender que se for para


manter apenas o corpo físico, podemos nos limitar à alimentação
vegetariana, mas há um motivo que não permite tal procedimento. Isto é,
para os agricultores, é favorável, mas as pessoas da cidade usam mais a
cabeça do que o corpo físico; por isso, torna-se necessária uma nutrição
mais adequada a elas. Ou seja, no caso dos japoneses, devem dar
prioridade à carne de peixe e à de ave e, em seguida, à de animal. A sua
razão está no fato do Japão estar cercado por mar; por isso, essa
alimentação vem a ser a mais natural. Originariamente, a carne de peixe e a
de ave melhora o nutriente da cabeça e é eficaz para gerar vigor e
inteligência. A carne de animal ativa o senso de competitividade e se
desenvolve até o senso de luta. A civilização da raça branca tem mostrado
isso claramente. O povo branco, devido ao seu senso de competitividade,
pôde alcançar o atual progresso da cultura, mas por causa do senso de luta
a guerra nunca cessa e, mesmo sendo chamados de países civilizados, em
relação ao Oriente o número de guerras é incomparavelmente maior.

Em resumo, basta que o homem não se preocupe com a nutrição,


coma aquilo que desejar e quando sentir apetite. Nesse caso, os habitantes
da cidade devem se alimentar de carne e vegetais na proporção de meio a
meio. O mais adequado aos habitantes do campo e às pessoas doentes é a
proporção de 70 a 80% de vegetais e 20 a 30% de carne. Se o homem
seguir essa dieta e não tomar medicamentos, nunca irá adoecer. Entretanto,
dada a discrepância entre a realidade e a higiene, o que se vê, após muito
esforço na tentativa de melhorar a saúde, são resultados negativos. Basta,
portanto, ser fiel à Natureza e levar uma vida natural e simples; essa é a
maneira de viver do verdadeiro civilizado.
Para finalizar, gostaria de apontar um ponto extremamente
equivocado da dietética, que vem a ser a injeção de nutrientes.
Originariamente, o homem foi criado de tal forma que, ao introduzir os
alimentos pela boca, os órgãos digestivos produzem elementos nutritivos.
No entanto, não sei como, caíram no erro e começaram a introduzir os
nutrientes no corpo através da pele em forma de injeção. Certamente não
existe uma tolice tão grande como essa. Isto porque a prática de um
equívoco como esse torna nula a atividade do órgão digestivo; por isso,
obviamente ele fica atrofiado. Isto ocorre devido à transferência do órgão de
absorção dos nutrientes. Se for somente uma ou duas vezes, não haverá
tanta influência, mas a sua continuação, evidentemente, vai trazer uma
grande influência negativa. Através desses fatos, podemos observar que os
dietéticos estão realmente presos à teoria e que seu desprezo à Natureza é
grande.

Tratamento Revolucionário da Tuberculose, 15 de agosto de


1951
(tradução em: Rokan – Johrei 2)

A NUTRIÇÃO

Os leitores devem ter compreendido o perigo representado pelos


medicamentos, pelas minhas explanações detalhadas em tópicos anteriores.
O que agora não podemos deixar de atentar é sobre o grande equívoco
relativo à nutrição.

A Ciência Nutricional tem como único objeto o alimento,


negligenciando as funções orgânicas do homem. No caso das vitaminas, por
exemplo, chega-se a dividi-las em vários tipos, como vitamina A, B, C, etc., e
com isso pretende-se suprir a falta de nutrientes. Mas não há pretensão
mais tola que essa, porque, como acabei de dizer, despreza-se o
desempenho natural de cada órgão interno do homem.

Por natureza, a vitalidade do ser humano é resultante da atividade de


suas funções orgânicas, e principalmente a função digestiva é fundamental,
sendo vitalidade sinônimo de saúde. A atividade dessa função orgânica
consiste em trabalhar para tornar o alimento em estado inacabado ao ser
ingerido em acabado. O fato de sentirmos fraqueza quando estamos com
fome significa que cessou a atividade de processar os alimentos. Isso fica
comprovado ao observarmos que tão logo essa atividade se reinicia, após a
ingestão de novos alimentos, sentimo-nos recuperados. Além disso, as
funções orgânicas estão inter-relacionadas: se a função digestiva, que é a
fundamental, se enfraquece, as outras também se enfraquecem; quando ela
se recupera, as outras também se recuperam.

É claro que os exercícios físicos são necessários para a manutenção


da saúde, porque ativam externamente o metabolismo, que também influi de
modo benéfico à parte interna do corpo, mas não fundamentalmente; trata-
se apenas de benefícios auxiliares. É essencial que se estimule a atividade
digestiva. Para tanto, os alimentos facilmente digeríveis não são
recomendáveis; é preferível comer alimentos comuns. A Medicina
recomenda os alimentos de fácil digestão, mas, na verdade, quanto mais
fácil a digestão, mais se enfraquece o estômago. Além disso, ela recomenda
mastigar bem a comida, o que também acaba enfraquecendo-o. Como
exemplo temos a gastroptose (estômago caído), a doença que se
caracteriza pelo relaxamento desse órgão causado pelo próprio homem. Se
a pessoa come alimentos facilmente digeríveis, mastigando-os bem, e ainda
por cima toma medicamentos destinados a facilitar a digestão, não há dúvida
de que seu estômago irá se enfraquecendo e relaxará. Não existe uma tolice
maior. A esse respeito vou escrever sobre a minha experiência.

Cerca de trinta anos atrás, adotei um regime alimentar que estava em


moda na América do Norte, chamado Fletcherismo, um método de saúde
que recomenda mastigar bem a comida. No início apresentou algum
resultado, entretanto, depois de aproximadamente um mês, comecei a me
sentir fraco e a perder as forças. Sentindo que aquele regime estava me
prejudicando, voltei à alimentação normal e me recuperei.

Pelo exposto, poderão compreender que os métodos usados pela


Medicina, na sua maior parte, são métodos contrários aos que deveriam ser,
assim não é possível melhorar a saúde do homem.
Há outro exemplo ainda: às mães que não têm leite suficiente para
amamentar seus filhos, recomenda-se tomarem leite de vaca. Isso também é
bastante estranho. Quando a mulher dá à luz, é lógico que seu corpo produz
leite suficiente para amamentar o filho. Se isso não ocorrer, há alguma falha;
portanto, basta descobri-la e corrigi-la. Não sei se a Medicina não tem
conhecimento disso ou se, mesmo sabendo, nada consegue fazer; pela
recomendação acima, no entanto, parece-me que ela pensa que há um
canal partindo da boca e chegando aos mamilos. Este é um grande erro,
pois, ao receber leite de fora, o órgão que produz o leite se degenera.
Há, ainda, o caso de doentes que bebem sangue fresco de animais
como nutriente. Trata-se de algo que realmente causa espanto. Pode ser
que isso produza efeitos passageiros, mas faz com que a função orgânica
responsável pela produção do sangue enfraqueça. A conseqüência será a
anemia. Raciocinem: o homem se alimenta de arroz branco e pão, verduras,
feijão amarelo, etc. e produz sangue, que é vermelho. É de fato uma técnica
de produção admirável. Se ele ingere alimentos que não possuem uma gota
de sangue e o fabrica a partir deles, o que acontecerá ao tomar sangue? É
até desnecessário dizer que ao contrário a produção deste irá cessar. Não
tenho como qualificar a Ciência Nutricional que ignora tal fato. Se até a vaca,
que é um animal, produz leite comendo capim, o que se poderá dizer do
homem? Assim, o erro da Ciência Nutricional está em desprezar
complentamente a Natureza.

Os nutrientes necessários à vida humana estão contidos, em grande


parte, nos vegetais. A prova disso é que os vegetarianos, sem exceção,
gozam de boa saúde e longevidade, e, entre os bonzos zen-budistas que
vivem à base de alimentação pobre, conta-se maior número de pessoas que
alcançam uma vida bastante longa. O escritor inglês Bernard Shaw, falecido
recentemente, aos noventa e quatro anos, era um vegetariano famoso.

Em resumo, basta o homem não se preocupar com a nutrição e


comer aquilo que desejar. Nesse caso, os habitantes da cidade devem se
alimentar de carne e vegetais na mesma proporção. A proporção mais
adequada aos habitantes do campo e às pessoas doentes é de 70 a 80% de
vegetais e 20 a 30% de carne. Se o homem seguir esse tipo de alimentação
e não tomar medicamentos, nunca irá adoecer. Entretanto, dada a
discrepância existente entre a realidade e a Higiene, o que se vê, após muito
esforço na tentativa de melhorar a saúde, são resultados negativos. Basta,
portanto, estar de acordo com a Natureza e levar uma vida natural e simples;
essa é a maneira de viver do verdadeiro civilizado.

(Tratamento Revolucionário da Tuberculose — 15 de agosto de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

(J1/21) A SUPERSTIÇÃO SOBRE A MEDICINA DOS MÉDICOS

Acredito que, ao ver o título acima, achar-se-á estranho; todavia, no


decorrer da leitura, vão concordar comigo. Há médicos que se dedicam
fervorosamente à pesquisa, acreditando que a Medicina atual alcançou
grande progresso e que, se continuar assim, as doenças da humanidade vão
diminuir. Também há os clínicos que, em contato direto com os doentes,
dedicam-se na cura de suas doenças. Não se sabe quantas centenas de
milhares de médicos como estes existem na face da Terra. Dizem que
apenas aqui no Japão temos cerca de 70 mil clínicos, portanto não há
dúvida de que, se somarmos os pesquisadores, os médicos da área
preventiva, os clínicos, os professores, etc., com certeza ultrapassam a casa
dos 100 mil. Apesar disso, atualmente ainda persistem as doenças malignas,
a começar pela tuberculose, doenças contagiosas, poliomielite, paralisia,
asma, apendicite, doenças psíquicas, etc. Assim, observando-se a realidade
de não ocorrer uma redução notável de outras doenças, acho que o número
de pessoas que está sofrendo com doenças seja deveras elevado.

Se pensarmos no prejuízo causado por tais doenças, a soma anual


entre a parte pública e governamental deve chegar à casa de alguns bilhões
de ienes. Quando vejo essa parte, realmente não consigo conter a
impaciência. Isto porque, como sempre digo, a Medicina atual está
fundamentalmente errada. Não resta dúvida de que ela vive na ilusão,
achando que o alívio momentâneo da dor é o verdadeiro meio de
tratamento, acreditando que, se desenvolver esse método, é possível obter a
solução; sequer tem tempo para refletir sobre outros meios e empenha-se
continuamente, sem olhar para os lados. Realmente é uma situação
complicada. Porém, a realidade é que os próprios meios utilizados para
aliviar a dor fazem piorar a doença ou surgirem novas doenças. Isso é um
problema sério, uma vez que a Medicina não percebe tais pontos. O fato de
não poder suportar a dor que sinto cada vez que vejo, nas experiências de
fé, a situação atual das pessoas que vivem aflitas devido à alta despesa com
doença, evidencia-se isso claramente.

A fim de fazer com que a Medicina desperte de alguma forma dessa


cegueira, viemos, até hoje, advertindo constantemente através de vários
meios legais; apesar disso, não despertam para essa realidade. Mas isso é
compreensível, uma vez que os estudiosos e os profissionais da área de
todo o mundo vieram realizando pesquisas e mais pesquisas através dos
séculos. E hoje, quando aparenta, pelo menos na forma, uma ciência
magnífica, tais estudos são incutidos em suas cabeças.

Vamos deixar de lado a teoria e nos referirmos sobre o Johrei da


nossa Igreja, que vem mostrando resultados surpreendentes, curando
realmente as doenças. Não só a pessoa que teve a cura, como também as
pessoas ao seu redor, ficam surpresas e percebem o erro dos diversos
tratamentos submetidos até então e, arrependidas, lamentam-se pelo
dinheiro que fora desperdiçado. Assim, a sociedade atual está repleta de
pessoas infortunadas. Todavia, uma vez que tais pessoas infelizes são
salvas pela nossa Igreja, libertam-se das preocupações com doenças,
tornando-se pessoas que levam uma vida verdadeiramente tranqüila. Em
nossas publicações, constam infindáveis exemplos reais desse tipo;
portanto, não há como duvidar. Creio que todos os membros estejam cientes
que, mesmo estas pessoas, no início, acreditavam piamente na Medicina
atual e começaram a receber o Johrei cheias de dúvida e desconfianças.

Como pudemos observar, não há quem consiga distinguir o certo e o


errado da Medicina atual e julgar com visão imparcial. E como vive obcecado
pela superstição de que não há nada superior à Medicina, nega cegamente
qualquer outra coisa. São pessoas realmente coitadas que vão diretamente
para o Inferno.
Sempre tenho ouvido falar sobre os médicos que, mesmo ouvindo ou
vendo milagres de pessoas que ressuscitam através do Johrei da nossa
Igreja, vendam os olhos e tampam os ouvidos. Assim sendo, falando
francamente, posso afirmar que os médicos é que têm caído na superstição
da Medicina. Portanto, para nós, o fato mais importante é a destruição da
superstição da Medicina. Somente através disso serão solucionados,
fundamentalmente, os sofrimentos da humanidade.

Jornal Eiko nº 117, 15 de agosto de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(J1/48) BACTÉRIA COMO CAUSA DA DOENÇA

A medicina moderna considera a bactéria como a causa da maioria


das doenças. Portanto, o seu princípio é o de que se interromper o contágio
pelas bactérias não ocorrerão as doenças, mas o que vêm a ser as
bactérias? Essa questão é que deve ser investigada profundamente. Isto é,
enquanto não compreender o ponto fundamental: “Por que motivo e de onde
surgem as bactérias?” não será estabelecida a verdadeira medicina. Por
mais minúscula que seja a bactéria, ela não surgiu de forma repentina e
acidental, mas sim porque havia motivo para surgir, e deve existir uma
origem do seu surgimento. No entanto, a medicina investiga apenas o curso
de contágio da bactéria e não procura compreender a parte mais profunda e
fundamental. Isto significa que ela ainda não alcançou esse estágio e que
atualmente só conseguiu entender apenas uma parte.

Dizer apenas que a doença surge por meio do contágio de bactérias,


em outras palavras, não passa de uma espécie de teoria de efeito.
Simplesmente pelo desenvolvimento do microscópio conseguiram detectar
seres microscópicos e descobrir que eles são as causas das doenças.
Assim, ficaram extasiados e, considerando-os como base, vieram
desenvolvendo pesquisas. Sendo essa a atual bacteriologia, quando vista
por nós, é algo extremamente superficial. Obviamente, deve-se chegar até a
origem do surgimento das bactérias e apreender-se a sua essência.
Entretanto, acho que não é que os cientistas ainda não perceberam isso,
mas não há o que fazer, uma vez que ainda não descobriram um método
que é essencial para a sua compreensão. O aperfeiçoamento maior do
microscópio não será um trabalho nada fácil e, além disso, na realidade, a
observação da parte compreendida daqui para frente será impossível por
meio de aparelhos. Isto porque trata-se de um mundo próximo ao nada e ao
qual denominei de mundo inorgânico. Todavia, mesmo os cientistas
reconhecem que não se trata do nada verdadeiro. Eles imaginam que com
certeza deve existir algo, mas não conseguem compreender a sua essência.
O que conseguiram apreender de uma forma vaga foi o vírus. Portanto,
podemos dizer que a bacteriologia ainda não se libertou do estágio infantil.
Existe um motivo profundo para isso. Isto é, o mundo inorgânico citado
acima, como disse anteriormente, não pertence ao campo científico, ou seja,
ele encontra-se na zona entre a Ciência e a Religião. Na realidade, é nessa
zona intermediária que se encontra o local do surgimento das bactérias;
trata-se de um mundo de elementos muito mais rarefeito que o ar. Vou
explicar sobre isso, a seguir.

Como já vimos acima, se o local do surgimento das bactérias, que são


as causas verdadeiras das doenças, encontra-se no mundo inorgânico,
através da medicina materialista da atualidade, com certeza, a elucidação da
causa das doenças será o mesmo que procurar peixe na árvore. Assim
sendo, doravante, por mais que continue realizando pesquisas, não passará
de um esforço em vão, tal como a espera por cem anos para obter do rio
uma água pura e limpa.

Como puderam ver, mostrei sem reservas a cegueira da medicina,


mas, evidentemente, não tenho outro ideal senão o do objetivo de salvação
do mundo; portanto, se não houvesse esta descoberta, acho que seria difícil
reverter o futuro da humanidade. Nesse sentido, se a medicina der nova
partida afirmando a minha teoria, a concretização do mundo sem doenças
não será, em absoluto, difícil. Portanto, mesmo que porventura esta minha
teoria venha a ser recusada, criticada ou ignorada pelos cientistas e
intelectuais do mundo inteiro, vou seguir em frente, bravamente,
empunhando a grande bandeira da verdade. Porém, com certeza, haverá
entre os cientistas aqueles que vão ficar surpresos e atônitos com a minha
teoria e se simpatizar. Isto porque, há cem anos, acho que não havia
ninguém que acreditava considerando um megalomaníaco quando se falava
no avião que voa o céu, no rádio que se ouve a milhares de quilômetros de
distância e na bomba atômica que ceifa milhares de vidas num instante.

Aqui encontra-se a preocupação dos precursores. Porém, a minha


teoria é verdade e, além do mais, trata-se da questão que se refere à vida
humana; por isso, por maior que seja a invenção ou a descoberta, não há
nada que se compare a ela. Assim sendo, desejo apelar aos médicos do
mundo inteiro para que observem a minha teoria, sem ficar presos à Ciência
tradicional, e no estado de uma folha em branco, ou seja, conforme a Teoria
de Intuição, de Bergson.

Tratamento Revolucionário da Tuberculose, 15 de agosto de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(J1/51) DO INORGÂNICO PARA ORGÂNICO

Como disse anteriormente, a causa principal da doença está nas


máculas espirituais e nelas surgem os micróbios. Vou referir-me
minuciosamente seguindo a ordem. Consideremos que, inicialmente,
acumulam-se as máculas no corpo transparente do homem, que é o seu
espírito, ou pelo reflexo do seu sangue sujo surgem as máculas. Então,
pergunta-se porque surgem micróbios e bactérias patogênicos dessas
máculas? Quando a densidade das máculas ultrapassa um certo limite,
surge, naturalmente, uma partícula ultra-microscópica. Esse princípio vem a
ser a Ciência suprema, mas para entender melhor, vamos pensar de forma
oposta. Isto é, quando olhamos para a amplidão do céu, notamos que ele é
macro-infinito. Ao contrário, quando pensamos de forma reduzida, todas as
coisas da superfície da Terra são micro-infinitos. Assim, são positivos e
negativos. Esse princípio pode ser aplicado também ao corpo humano. Isto
é, mesmo em se tratando de máculas espirituais, elas estão constituídas por
partículas ultra-microscópicas. Ou seja, no espírito, que tornou-se denso e
depois se solidificou através da constante ação de purificação, surgem os
corpúsculos ultra-microscópicos de natureza vegetal. Isto acontece porque,
originariamente, a mácula é uma aglomeração do elemento água, o que
torna favorável o surgimento de vegetais. Pelo seu desenvolvimento
gradativo, eles acabam tornando-se matérias orgânicas, ou seja, óvulos de
micróbio. O primeiro micróbio surge com o desenvolvimento desse óvulo.
Nesse estágio, obviamente, ele ainda não pode ser observado através do
microscópio. Os micróbios que se tornaram seres vivos precisam se
alimentar; assim, eles começam a se comer mutuamente. Ou seja, trata-se
do princípio natural de sobrevivência dos mais fortes. Não resta dúvida de
que se trata de luta pela existência. Evidentemente, surgem entre os
micróbios os mais fortes e os mais fracos são destruídos. Os fortes vão
ficando cada vez mais robustos e estes são os que passam a ser vistos
através do microscópio, sendo que esse mecanismo tem uma semelhança
muito grande com o que ocorre na sociedade humana.

Como vimos, se a causa das doenças está realmente nas máculas


espirituais que surgiram inicialmente, não existe outro meio para curar
completamente a doença senão pela dissolução dessas máculas. No
entanto, a atual Medicina, como já expliquei várias vezes, ainda não atingiu
o nível em que possa descobrir as máculas que são as causas das doenças;
por isso, não podemos considerar como Medicina verdadeira.

Para finalizar, gostaria de referir-me sobre a forma, acima citada, de


dissolver as máculas. Se isso não fosse possível, por mais que se
compreenda sobre o princípio fundamental da doença, evidentemente, não
haverá nenhum sentido. E eu afirmo que consegui descobrir esse método.
Isto é, trata-se do método do Johrei que realmente tem manifestado
resultados maravilhosos. Então, por que é que através do Johrei as máculas
são dissolvidas? Na realidade, esse princípio é a Ciência suprema; aliás, o
princípio religioso supremo e, se nos aprofundarmos, chegaremos até
mesmo na essência do espírito. Entretanto, uma vez que este livro foi tem o
objetivo de ser lido por terceiros, fiz o possível para esclarecer de forma
científica, evitando explanações de cunho religioso.

Pelo motivo exposto, para as pessoas que não se satisfazem


enquanto não conseguem entender por completo, o melhor meio para isso é
se tornar membro da nossa Igreja e se pôr a praticar. Como incentivar dessa
forma torna-se uma propaganda, procuro não escrever assim. Entretanto,
falando dessa forma, pode ser que achem que se trata de uma propaganda
hábil, mas isso será inevitável. E por que é as pessoas têm de entender tudo
a esse ponto? É porque a maioria tem fortes suspeitas em relação às
religiões novas. Evidentemente, a causa deve ser os rumores e boatos
apresentados pelos jornais e revistas, fato que não há como nos opor, uma
vez que têm surgido numerosas religiões novas e suspeitas, sobre o quê
também não existem meios de impor controle. Mas ao ler os relatos
verídicos (suprimidos neste volume) que somam mais de cem, qualquer
pessoa compreenderá que na teoria que eu prego não há um mínimo de
equívoco.

Tratamento revolucionário da tuberculose, 15 de agosto de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(J1/49) O MUNDO INORGÂNICO

Explicarei, agora, a ordem do surgimento dos vírus. Através do


microscópio atômico, o mais avançado do momento, a matéria orgânica
chamada vírus pode ser vista sessenta mil vezes maior. Esse é o limite até
agora, mas, obviamente, virá o dia em que o avanço do microscópio
permitirá enxergar até os seres ultramicroscópios, mas a questão é a época
em que isso ocorrerá. Mas podemos prever que só acontecerá daqui a muito
tempo. Analisando do ponto de vista material a situação atual da Ciência,
vemos que esta está a um passo do mundo seguinte, o mundo inorgânico. E
encontra-se diante de uma grande parede. Todavia, devemos nos alegrar,
pois consegui ultrapassá-la. A seguir, vou expor sobre isso. A esse respeito,
como ilustração, temos a teoria do méson, do professor Yukawa.
Obviamente, esse professor é um cientista especialista em Física Teórica
que descobriu a existência do méson teoricamente. Ocasionalmente, outros
cientistas, ao tentarem fotografar os raios cósmicos, encontraram gravadas
na foto várias partículas elementares, que eram mésons. Assim, a teoria do
professor Yukawa foi comprovada experimentalmente, ou seja, ela foi
sustentada pela física experimental, e isso lhe valeu o prêmio Nobel.

A tese pregada por mim é a Ciência Teológica Teórica e, ao mesmo


tempo, pela aplicação dela, tenho alcançado maravilhosos resultados na
cura das doenças, razão pela qual ela está perfeitamente comprovada
também como Ciência Teológica Experimental. Sendo assim, poderão
imaginar quão grande descoberta ela é, mesmo em termos científicos.

Falando de forma mais compreensível, se o ponto máximo alcançado


pela ciência material é a ciência nuclear, isso significa que foi descoberta,
agora, a existência de um mundo subseqüente, isto é, o Mundo Inorgânico.
Por isso, mesmo do ponto de vista científico, representa um progresso
inédito. Como eu já disse, esse mundo inorgânico é um elo entre a Ciência e
o Espírito de Deus, e estas minhas palavras que ora apresento preenchem o
vazio que existe entre o Mundo Científico e o Mundo de Deus. Esse vazio
constituiu, até hoje, o Mundo do Mistério Enigmático, tanto para os cientistas
como para os filósofos e religiosos. Finalmente aqui fica revelado aquilo que
representou o alvo da pesquisa da Verdade, que todos os intelectuais
possuíam em seu íntimo. Concretiza-se assim, um sonho de longa data.
Entretanto, não há dúvida de que eu imaginava que, um dia, o progresso da
cultura iria chegar a esse vale do mistério. E todo mundo há de concordar
comigo se eu disser que principalmente os cientistas e a maioria das
pessoas acreditavam que isso seria alcançado através do progresso da
Ciência. Surpreendentemente, elas se enganaram na previsão porque a
descoberta foi feita por mim, um religioso. Mas a simples descoberta nada
significava. A sua importância estava na aplicação e utilização para o
benefício de toda a humanidade. Só assim ela estaria de acordo com as
nossas expectativas e as doenças seriam completamente curadas.
Procedendo assim, tornou-se até possível prolongar livremente a vida do ser
humano.
É impossível expressar com palavras os benefícios que essa grande
descoberta trará à humanidade. Por conseguinte, quando ela for conhecida
no mundo inteiro, a civilização contemporânea sofrerá uma grande
mudança, e creio que marcará o início de uma nova Era, inédita em toda a
História da humanidade. Evidentemente surgirá uma era de verdadeira
civilização em que a humanidade ainda não teve e nunca antes imaginada,
onde já não existirá Ciência, nem Religião, ou melhor, a Ciência também
será Religião e a Religião também será Ciência.

Passarei, agora, a falar sobre a relação entre o mundo inorgânico e o


mundo material.

A Criação da Civilização, pág. 72


Tratamento revolucionário da tuberculose, 15 de agosto de 1951
(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(J2/76) A DISSECAÇÃO DA MEDICINA

Até aqui escrevi de maneira generalizada sobre os erros da medicina;


em prosseguimento, introduzirei nela um bisturi afiado e tentarei dissecá-la
completa e minuciosamente. Mas não tenho a mínima intenção de difamar a
medicina. Apenas, como um erro é um erro, pretendo apontá-los como tal, e
gostaria que lessem com isenção de ânimo, sem preconceitos.

Talvez seja mais rápido tentar explicar através dos fatos. Em primeiro
lugar, quando o paciente pede explicações sobre a doença, os médicos não
dão respostas claras; dão respostas extremamente imprecisas, evasivas.
Por exemplo: "Não posso afirmar com precisão em relação a doença
alguma"; "Acho que sua doença é curável"; "Há possibilidade de cura";
"Pelos princípios da ciência ela deve sarar"; "Esse método de tratamento é
bastante eficiente..."; "Esse é o único tratamento que existe..."; "Não há
razão para que a cura não seja alcançada através de cuidados médicos";
"Como sua doença é muito rara, você precisa ser internado". Ao ouvir isso, o
paciente pergunta: "Se eu me internar, vou ficar curado?" Ao que os médicos
respondem: "Isso eu não posso garantir". Na verdade, são palavras
contraditórias. Além disso, acredito que os médicos saibam o quanto, na
maioria dos casos, o diagnóstico difere da situação real.

Também na ocasião do primeiro exame médico, como que seguindo


uma regra, ausculta-se o corpo do doente através de batidas em várias
regiões, ou com estetoscópios, espirômetros, termômetros, raios x, exames
laboratoriais, etc., empregando-se a mais diversificada aparelhagem. Se a
medicina fosse realmente científica, após todos esses exames, ela deveria
ser capaz de determinar as doenças com exatidão. A verdade, entretanto, é
que os médicos fazem perguntas minuciosas que vão desde a causa da
morte dos pais, irmãos e avós, até o histórico clínico do próprio doente. Eles
agem assim para ter maior segurança, mas podemos dizer que nesses
procedimentos não há muito caráter científico. O fato da cura não se efetivar
de acordo com a previsão, apesar de tudo o que foi feito, deve-se aos
diagnósticos imprecisos, ou aos métodos inadequados de tratamento ou às
duas coisas. Na verdade, a porcentagem de curas autênticas dificilmente
chega a dez por cento. Mesmo que à primeira vista o doente pareça curado,
isso é por um tempo, não inspirando tranqüilidade; na maioria dos casos, a
doença volta a aparecer, ou surge sob a forma de outra enfermidade. Cabe
levantar dúvidas se algumas pessoas alcançaram de fato a cura completa e
radical. E não seria necessário eu dizer isso; todos os médicos o sabem
perfeitamente. Vemos, por exemplo, os chamados "médicos da família". Se a
medicina realmente curasse, apenas ela seria suficiente, não havendo
necessidade de "médicos de família".

Como se pode compreender pelo exposto acima, se a doença


pudesse ser realmente erradicada através da medicina, pouco a pouco o
número de doentes iria decrescendo, os médicos perderiam seus empregos,
os hospitais ficariam sem movimento, sua administração ficaria difícil e seria
necessário pôr à venda os hospitais, um após os outros. Entretanto, a
realidade é exatamente o contrário. Considerando apenas a tuberculose,
todos os anos levantam-se vozes dizendo que as clínicas de tratamento e o
número de leitos são insuficientes. Essa é a situação atual. Segundo
relatório do Governo, o montante gasto com o tratamento da tuberculose
alcançou, em linhas gerais, no espaço de um ano incluindo-se os órgãos
governamentais e públicos um total de 100 trilhões de ienes. Não é
realmente uma cifra assustadora? Analisando esses fatos, está fora de
dúvidas que deve haver, em algum ponto da medicina contemporânea, uma
grande falha, mas ela não se apercebe disso, o que realmente é muito
estranho. Talvez isso acontece porque o homem está completamente
dominado pela ciência materialista e não enxerga mais nada.
Sobre a existência ou não de caráter científico nos diagnósticos,
também há muitos pontos duvidosos. Por exemplo: quando vários médicos
examinam um mesmo paciente, seus diagnósticos são quase todos
diferentes uns dos outros, o que significa falta de caráter científico. Se
houvesse um critério científico padrão, isso não poderia acontecer. Se a
medicina realmente surtisse efeito, antes de mais nada os familiares dos
próprios médicos seriam menos sujeitos às doenças que o homem comum,
e seriam saudáveis; os próprios médicos também deveriam gozar de vida
longa. Entretanto, eles não são diferentes dos homens comuns. Pelo
contrário: acredito que a maioria das pessoas sabe que é grande o número
de médicos ou de seus familiares que não têm saúde. Isso é
incompreensível, pois, sendo parentes de médicos, não haveria
possibilidade de serem tratados tardiamente, além, é claro, de lhes serem
aplicados os melhores métodos de tratamento. E não é só isso. Quando
alguém da família de um médico adoece, apesar de ser senso comum que
ele próprio, na qualidade de pai ou marido, examine o doente, é estranho
que ele peça a outro médico para fazê-lo. Falando a verdade, como se trata
da sua própria família, ele, preocupado, não teria motivos para confiar em
nenhuma outra pessoa. Sobre esse fato, escuto freqüentemente: "Quando
se trata de minha própria família, vem a insegurança, e é muito difícil fazer o
diagnóstico". Se é assim, os diagnósticos não têm nada de científico; talvez
as suposições ajudem bastante.

Tempos atrás, tive a oportunidade de ouvir as recordações de um


médico. Ele dizia: "A doença não é algo que possa ser detectado facilmente.
Nos grandes hospitais, ao se fazer uma autópsia, acontece com muita
freqüência que a causa-mortis seja diferente do diagnóstico. Também
acontece freqüentemente aplicar-se um tratamento médico acreditando que
ele promoverá a cura, e esse tratamento, ao contrário, agravar as condições
do doente. Há mesmo casos em que a própria vida é colocada em risco. Às
vezes passamos noites em claro, pensando como poderemos explicar a
situação ao paciente ou à sua família. Esse é o nosso maior tormento".
Ouvindo isso, não pude deixar de concordar.

Embora a medicina diz que tenha alcançado um grande


desenvolvimento, como há uma enorme discrepância entre os diagnósticos e
a realidade, alguns médicos não acreditam muito nos tratamentos médicos e
recorrem aos tratamentos espirituais. Essa tendência verifica-se
principalmente nos médicos veteranos. O famoso professor Irizawa Tatsukiti,
já falecido, disse, num poema muito famoso, que escreveu quando estava
prestes a morrer:

"Não tem efeito;


Sabendo disso, ainda assim;
Remédios que fiz outros tomarem;
Agora, eu os tomo, forçado".

Um médico, meu conhecido, quando fica doente ou os seus familiares


ficam doentes, mas não consegue curar as suas doenças, freqüentemente
vêm a mim. Como eu os curo logo, eles ficam felizes. Há algum tempo curei,
em curto espaço de tempo, um médico professor de uma famosa
universidade, que sofria de nevralgia tenaz, e sua filha, que era doente do
pulmão. A esposa desse médico ficou tão emocionada que insistiu para que
ele abandonasse a medicina e se dedicasse ao nosso método terapêutico;
entretanto, por causa da sua posição social e por razões financeiras, era
muito difícil para ele tomar essa decisão, de modo que continuou exercendo
a medicina. Existem muitos casos assim.

Uma vez, tive uma experiência interessante. Uns dez anos atrás,
pediram-me para atender a esposa de um grande empresário, a qual sofrera
uma paralisia facial. Seu rosto tinha ficado tão transfigurado, que era difícil
olhar para ela. Na ocasião, eu lhe disse para não fazer nenhum tipo de
tratamento médico, mas, como a família criasse caso, ela foi a um grande
hospital fazer exames. Ao ser atendida pelo diretor do hospital, um médico
muito famoso e gentil, ele lhe disse: "Se a senhora não fizer tratamento
algum, dentro de uns dois anos sua doença desaparecerá naturalmente. Por
isso, não faça aplicação de luz, nem outros tratamentos do gênero. Neste
hospital a senhora deve ter sido aconselhada a fazer aplicações, não foi?"
"Realmente eu fui aconselhada nesse sentido, mas me recusei". "Ótimo"
disse o médico. Ouvindo esse relato, fiquei admirado ao ver que, neste
mundo, também há médicos conscienciosos. Aquela senhora se recuperou
completamente em apenas dois meses.

Agora começarei a falar sobre os erros da medicina.

Tratamento Revolucionário da Tuberculose, 15 de agosto de


1951
(tradução em: Rokan – Johrei 2)

(R1/20) ERA DA CIVILIZAÇÃO RELIGIOSA

O Pão Nosso, pág.58

(...) Pensando bem sobre a minha pessoa, eu me pergunto: “Para que


nasci e por que sou diferente das pessoas em geral?” Vou explicar isso a
seguir.

Fundei uma religião denominada Igreja Messiânica Mundial e estou


me empenhando em salvar a humanidade e construir um mundo feliz. O
rápido desenvolvimento da nossa Igreja também é uma exceção. E também
é inédita uma religião como a nossa, que cura radicalmente as doenças.
Realmente, podemos considerá-la o mistério do século. Observando-se
apenas esse aspecto, verifica-se que aí deve existir algo grandioso. Uma
prova disso são as experiências de fé. Quando lemos essas experiências
pensando nas pessoas que foram salvas e na sua transbordante gratidão e
emoção, não conseguimos ler sem derramar lágrimas.
Mas eu quero escrever sobre a minha pessoa de outro ângulo. Como
falei anteriormente, desde o meu nascimento até mais ou menos a meia-
idade, eu era uma pessoa comum, sem qualquer diferença em relação às
demais. Após atingir a meia-idade, perseguido por condições adversas,
senti-me perdido no mundo, tornando-me totalmente incrédulo, e por essa
razão comecei a buscar a Fé. Filiei-me à Religião Oomoto e, depois de
considerável aprimoramento, consegui apreender a essência de Deus.

Desde épocas antigas dizem que, mesmo dedicando toda a sua vida
a esse objetivo, é impossível o homem atingir tal estado; entretanto, eu o
consegui em curto espaço de tempo, o que se pode considerar um fato
inédito. A partir de então, ao mesmo tempo em que, com renovado ardor,
conscientizei-me da missão recebida do Altíssimo, surgiram subseqüentes
milagres. Com isso, minha incredulidade desapareceu e minha maneira de
pensar ampliou-se de forma surpreendente. Tornei-me, no entanto,
possuidor de um sentimento pequeno, limitado. Resumindo, posso dizer que,
se por um lado sou tímido, por outro lado sou audacioso. Meu lado
audacioso poderá ser identificado nas minhas aspirações e realizações
concretas; o lado tímido, na vergonha que eu sentia ao falar perante um
grande número de pessoas. Eu próprio achava isso estranho; hoje, já estou
mais habituado e consigo falar abertamente tudo aquilo que desejo.

Também sinto um grande ódio contra as injustiças. Quanto mais


injusta é uma pessoa, maior é minha convicção: “Tenho de vencê-la de
qualquer forma”. Como exemplo, há quatorze anos venho lutando na Justiça
com o problema de um terreno. Meu contestante, tomado de impaciência, já
me propôs solução amigável por três vezes, mas, por ele não demonstrar
nenhum arrependimento pelo que fez, rejeitei sua proposta.
Conseqüentemente, quem está em apuros agora é o juiz, que procura uma
solução amistosa. Outro exemplo: certa vez entrei com uma ação judicial
contra um jornal de renome. Na ocasião, muitas pessoas me aconselharam
a não fazê-lo, pois a luta contra uma grande empresa jornalística poderia
resultar em prejuízos. Mas eu não cedi um passo sequer e, como deve ser
do conhecimento de todos, batalhei através do nosso Jornal Hikari. Se é por
justiça, eu luto até mesmo contra o mundo.

Discorri acima sobre o meu ponto forte, mas também desejo falar
sobre meus pontos fracos. Quando alguém me pede ajuda, desde que esse
pedido seja algo correto, não consigo recusar. Também não consigo ficar
indiferente ao ver uma pessoa boa sofrendo. Em relação aos pontos errados
do mundo, ao mesmo tempo que sinto indignação, faço todo o empenho
para que haja, o quanto antes, uma transformação positiva. A prova disso é
que, na ânsia de diminuir ao máximo os sofrimentos do mundo, venho
prevenindo constantemente a humanidade, sobretudo apontando os erros da
Medicina. Sempre senti prazer – como se fosse um “hobby” – em procurar
alegrar, ajudar, desejar felicidade e dar tranqüilidade e esperança ao
próximo. Isto acontece porque, de certa forma, o pensamento das outras
pessoas se reflete em mim e, quando elas expõem seus problemas e
sofrimentos, eu sofro também.

Estendi-me um pouco nesse tema, mas agora vou entrar no assunto


que me propus tratar.

A minha missão torna-se clara ao se observar os diversos pontos em


que meu pensamento diverge do pensamento das outras pessoas.
Atualmente caminhamos voltados para a salvação da humanidade, mas
nosso objetivo final é criar uma Nova Civilização. Explicando de forma mais
simples, a expressão “Nova Civilização” refere-se a uma civilização
espiritualista, alicerçada na Religião, isto é, refere-se ao grande
desenvolvimento da civilização religiosa em relação à civilização material.
Será a substituição da civilização material, que está criando infelicidade, pela
civilização religiosa, que gera felicidade; será a implantação de uma religião
poderosa, que saiba aproveitar ao máximo a civilização material, cujo
progresso é muito grande; será, também, a transformação da Civilização do
Mal na Civilização do Bem. Concretizado isso, entrar-se-á numa Era de
Ouro, de perfeita harmonia, consubstanciada na Verdade, no Bem e no Belo,
e surgirá um mundo paradisíaco, muito além da nossa imaginação.
Embora eu afirme o advento de um mundo paradisíaco, trata-se de
uma tarefa árdua, já que a humanidade veio alimentando esse ideal por
longo tempo, mas ainda não havia aparecido quem o realizasse. E a razão é
o fator tempo. Entretanto, para alegria de todos, finalmente chegou o
momento tão esperado, e Deus, confiando essa grande missão a um
simples ser humano como eu, fez-me nascer neste mundo. Por conseguinte,
quem entendeu o fato acima não poderá de deixar de acreditar na absoluta
viabilidade da concretização do Paraíso Terrestre.

Não tenho a mínima intenção de fazer propaganda da minha


importância; basta que tenham conhecimento da realidade da minha pessoa.
Se, através disso, aumentar o número de pessoas que acreditem na
viabilidade da concretização do Paraíso Terrestre, maior será a expansão do
Grande Amor Divino e, conseqüentemente, estará multiplicado o número de
criaturas que serão salvas.

Como vimos, está prestes a desaparecer o Mundo do Mal, e o


alvorecer do Mundo do Bem é uma realidade incontestável. Há milhares de
anos Deus vinha preparando a grande Transição para estabelecer esse
Mundo Ideal. Podemos, portanto, dizer que é um plano histórico, isto é, a
profecia de Cristo “O Reino dos Céus está próximo” e a sua advertência
“Tem Fé e serás salvo” referem-se a esse acontecimento. Assim, que vem a
ser este Ensinamento senão o Evangelho do Paraíso?

Jornal Eiko nº 116, 08 de agosto de 1951


Jornal Eiko nº 117, 15 de agosto de 1951
(tradução em: Rokan – Religião 1)

“Portanto, estou atualmente trabalhando, de corpo e alma, tendo como


fundamento a salvação da humanidade, mas o objetivo final é a criação de uma
nova civilização. De modo mais simples, a nova civilização significa uma
civilização espiritual que tem como base a Religião, isto é, o grande avanço da
civilização religiosa em contraposição à civilização material. É a substituição da
civilização material — que está criando a infelicidade do homem —, para a
civilização religiosa — que cria a sua felicidade. É o estabelecimento de uma
religião poderosa que possa se utilizar, ao máximo, do progresso alcançado
pela civilização material.”

(Era da Civilização Religiosa II, 15 de agosto de 1951)

“Atualmente estamos trabalhando, voltados completamente para o


nosso propósito fundamental, que é a salvação da humanidade. O objetivo
final é criar uma nova civilização. Isto é, uma civilização espiritual que tem
por base a religião. É um grande avanço da civilização religiosa, em relação
à civilização material. É, também, transformar a civilização material, que tem
criado infelicidade, em uma civilização religiosa que cria a felicidade. Em
outras palavras, é estabelecer uma religião poderosa capaz de utilizar, em
grau máximo, a avançada civilização material”.

(Era da Civilização Religiosa (2) – 15 de agosto de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

ERA DE CIVILIZAÇÃO RELIGIOSA

(...) Como já foi exposto, se refletirem vários pontos que me diferenciam


de outras pessoas, tornar-se-á claro, naturalmente, a missão que me cabe.

Tenho me esforçado, atualmente, com o objetivo exclusivo de salvar o


mundo e a humanidade. Mas o objetivo final é criar uma nova civilização. Isto é,
uma civilização espiritual que tem por base a religião. É um grande avanço da
civilização religiosa, em relação à civilização material. É, também, transformar a
civilização material, que tem criado infelicidade, em uma civilização religiosa
que crie a felicidade. Em outras palavras, é estabelecer uma religião poderosa
capaz de utilizar, em grau máximo, a avançada civilização material. Isto
significa transformar completamente a civilização do Mal em uma de Bem.
Na aurora dessa realização, este mundo se transforma numa época
dourada, repleta de Verdade, Bem e Belo. Aparecerá um mundo paradisíaco
inimaginável.

Mesmo que digamos assim, não seria uma obra tão fácil. Isso porque,
apesar de este ser o ideal que a humanidade vem aspirando por muito tempo,
não havia surgido o seu concretizador. Tudo isso em virtude de ainda não haver
chegado o tempo.

Todavia, alegrem-se! Finalmente é chegado o seu tempo. Pois nasceu


um ser humano como eu, a quem foi outorgada uma grandiosa força por Deus.
Por conseguinte, se souberem desse fato, não deixarão de acreditar na
possibilidade absoluta do surgimento do Paraíso. Não possuo nenhum
pensamento de fazer propaganda sobre minha grandiosidade. Basta apenas
divulgar minha pessoa tal como sou. E, com isso, quanto mais aumentar o
número de pessoas que crêem em mim, mais ainda será ampliado o grande
amor de Deus e, conseqüentemente, serão salvas.

Dessa maneira, a realidade é que não há nenhuma dúvida de que agora


o mundo se encontra em véspera de uma decadência do Mundo do Mal e a
aurora do Mundo do Bem.

Essa grande transição foi preparada por Deus há milênios de anos; trata-
se do Programa Histórico. Assim sendo, não seria isto a profecia de Jesus
Cristo da “Chegada do Reino dos Céus” e a advertência “Creiam em mim e
assim serão salvos”? O que seria, então, este Ensinamento senão o Evangelho
do Paraíso?

15/08/1951
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)
Meishu-Sama era dotado de um espírito que jamais se rendeu ao mal

Eu abomino a injustiça. Quanto mais injusta for a pessoa, mais cresce


em mim a convicção de vencer-lhe, lutando até o fim. Como um exemplo,
venho lutando num processo que tramita há 14 anos, por um caso de
propriedade, e o envolvido, já impaciente, veio propor-me acordo por três
vezes, mas como não vejo nele nenhum sinal de arrependimento, não
aceitei e, atualmente, a situação é tal que quem se encontra aflito é o
magistrado, e me sugere um acordo. Outro exemplo, quando lutei com um
certo jornal famoso, meus conhecidos me aconselharam bastante a desistir
dessa disputa, pois, sendo um jornal de grande porte, não poderia prever o
prejuízo que poderia me causar, mas não recuei um passo sequer, e o
enfrentei através do Jornal Hikari, como deve ser do conhecimento dos
leitores. Eu, pela justiça, sou capaz de confrontar-me com o mundo inteiro.

("Era da Civilização Religiosa (2)" - 15 de agosto de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

O hobby de Meishu-Sama era salvar pessoas, desejar felicidade e


proporcionar-Ihes tranqüilidade

Quando me solicitam algo e se esse for correto, não deixo de ajudar.


Vendo uma pessoa bondosa sofrer, não consigo ficar quieto. Com relação
aos erros da sociedade, não posso conter minha fúria e, ao mesmo tempo,
esforço-me ao máximo para que sejam corrigidos o quanto antes. Podem
compreender pelo fato de que venho apontando as falhas da Medicina e
tenho sempre alertado no sentido de diminuir, ainda que seja pouco, os
sofrimentos que a humanidade carrega.

Faço muito empenho em alegrar as pessoas, ajudá-Ias, desejar-lhes


felicidade, proporcionar-Ihes tranqüilidade e esperança; e, para tanto, não
media esforços e considerava tais ações como um "hobby". Isto porque, num
aspecto, os sentimentos das pessoas se refletem em mim e, como seus
apelos com as aflições e sofrimentos se refletem inteiramente, sofro
também.

("Era da Civilização Religiosa (2)" - 15 de agosto de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

"É somente levar ao conhecimento de todos a minha existência"

Refletindo sobre o ponto em que sou diferente de outras pessoas,


está claro que é a minha missão. Portanto, estou atualmente trabalhando, de
corpo e alma, tendo como fundamento a salvação da humanidade, mas o
objetivo final é a criação de uma nova civilização. De modo mais simples, a
nova civilização significa uma civilização espiritual que tem como base a
Religião, isto é, o grande avanço da civilização religiosa em contraposição à
civilização material.

É a substituição da civilização material — que está criando a


infelicidade do homem — para a civilização religiosa — que cria a sua
felicidade. É o estabelecimento de uma Religião poderosa que possa se
utilizar, ao máximo, do progresso alcançado pela civilização material. A
transformação completa da civilização do Mal pela do Bem. No momento em
que isso ocorrer, este mundo entrará na era dourada de plena Verdade, Bem
e Belo, surgindo um mundo paradisíaco como nunca se imaginou.

Uma obra desta natureza, entretanto, não é fácil de realizar, pois,


apesar de, por longo período, a humanidade tê-la idealizado no seu íntimo,
não havia surgido, até agora, um concretizador por ainda não ter chegado ao
tempo certo. Mas podem se alegrar que, com a chegada do tempo, nasceu
um homem como eu, outorgado com a grandiosa Força de Deus.

Assim, conhecendo este fato, não há como deixar de acreditar na


possibilidade absoluta do surgimento do Paraíso. Não tenho nenhuma
intenção de fazer alarde da minha grandeza, apenas quero levar ao
conhecimento de todos a verdade sobre a minha pessoa. Quanto mais
aumentam as pessoas que acreditam no que digo, amplia-se mais ainda o
grande amor de Deus, aumentando, conseqüentemente, o número de
pessoas que serão salvas.

Era da Civilização Religiosa — 15 de agosto de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

“Vivo para cumprir uma grande missão. Devo empenhar-me, com todas as
minhas forças, na salvação do mundo.”

(...) Pensando bem sobre a minha pessoa, eu me pergunto: “Para que


nasci e por que sou diferente das pessoas em geral?” Vou explicar isso a
seguir.

Fundei uma religião denominada Igreja Messiânica Mundial e estou me


empenhando em salvar a humanidade e construir um mundo feliz. O rápido
desenvolvimento da nossa Igreja também é uma exceção. E também é inédita
uma religião como a nossa, que cura radicalmente as doenças. Realmente,
podemos considerá-la o mistério do século. Observando-se apenas esse
aspecto, verifica-se que aí deve existir algo grandioso. Uma prova disso são as
experiências de fé. Quando lemos essas experiências pensando nas pessoas
que foram salvas e na sua transbordante gratidão e emoção, não conseguimos
ler sem derramar lágrimas.

Mas eu quero escrever sobre a minha pessoa de outro ângulo. Como


falei anteriormente, desde o meu nascimento até mais ou menos a meia-idade,
eu era uma pessoa comum, sem qualquer diferença em relação às demais.
Após atingir a meia-idade, perseguido por condições adversas, senti-me
perdido no mundo, tornando-me totalmente incrédulo, e por essa razão comecei
a buscar a Fé. Filiei-me à Religião Oomoto e, depois de considerável
aprimoramento, consegui apreender a essência de Deus.
Desde épocas antigas dizem que, mesmo dedicando toda a sua vida a
esse objetivo, é impossível o homem atingir tal estado; entretanto, eu o
consegui em curto espaço de tempo, o que se pode considerar um fato inédito.
A partir de então, ao mesmo tempo em que, com renovado ardor, conscientizei-
me da missão recebida do Altíssimo, surgiram subseqüentes milagres. Com
isso, minha incredulidade desapareceu e minha maneira de pensar ampliou-se
de forma surpreendente. Tornei-me, no entanto, possuidor de um sentimento
pequeno, limitado. Resumindo, posso dizer que, se por um lado sou tímido, por
outro lado sou audacioso. Meu lado audacioso poderá ser identificado nas
minhas aspirações e realizações concretas; o lado tímido, na vergonha que eu
sentia ao falar perante um grande número de pessoas. Eu próprio achava isso
estranho; hoje, já estou mais habituado e consigo falar abertamente tudo aquilo
que desejo.

Também sinto um grande ódio contra as injustiças. Quanto mais injusta é


uma pessoa, maior é minha convicção: “Tenho de vencê-la de qualquer forma”.
Como exemplo, há quatorze anos venho lutando na Justiça com o problema de
um terreno. Meu contestante, tomado de impaciência, já me propôs solução
amigável por três vezes, mas, por ele não demonstrar nenhum arrependimento
pelo que fez, rejeitei sua proposta. Conseqüentemente, quem está em apuros
agora é o juiz, que procura uma solução amistosa. Outro exemplo: Certa vez
entrei com uma ação judicial contra um jornal de renome. Na ocasião, muitas
pessoas me aconselharam a não fazê-lo, pois a luta contra uma grande
empresa jornalística poderia resultar em prejuízos. Mas eu não cedi um passo
sequer e, como deve ser do conhecimento de todos, batalhei através do nosso
Jornal Hikari. Se é por justiça, eu luto até mesmo contra o mundo.
Discorri acima sobre o meu ponto forte, mas também desejo falar sobre
meus pontos fracos. Quando alguém me pede ajuda, desde que esse pedido
seja algo correto, não consigo recusar. Também não consigo ficar indiferente ao
ver uma pessoa boa sofrendo. Em relação aos pontos errados do mundo, ao
mesmo tempo em que sinto indignação, faço todo o empenho para que haja, o
quanto antes, uma transformação positiva. A prova disso é que, na ânsia de
diminuir ao máximo os sofrimentos do mundo, venho prevenindo
constantemente a humanidade, sobretudo apontando os erros da Medicina.
Sempre senti prazer – como se fosse um “hobby” – em procurar alegrar, ajudar,
desejar felicidade e dar tranqüilidade e esperança ao próximo. Isto acontece
porque, de certa forma, o pensamento das outras pessoas se reflete em mim e,
quando elas expõem seus problemas e sofrimentos, eu sofro também.

Estendi-me um pouco nesse tema, mas agora vou entrar no assunto que
me propus tratar.

A minha missão torna-se clara ao se observar os diversos pontos em que


meu pensamento diverge do pensamento das outras pessoas. Atualmente
caminhamos voltados para a salvação da humanidade, mas nosso objetivo final
é criar uma Nova Civilização. Explicando de forma mais simples, a expressão
“Nova Civilização” refere-se a uma civilização espiritualista, alicerçada na
Religião, isto é, refere-se ao grande desenvolvimento da civilização religiosa em
relação à civilização material. Será a substituição da civilização material, que
está criando infelicidade, pela civilização religiosa, que gera felicidade; será a
implantação de uma religião poderosa, que saiba aproveitar ao máximo a
civilização material, cujo progresso é muito grande; será, também, a
transformação da Civilização do Mal na Civilização do Bem. Concretizado isso,
entrar-se-á numa Era de Ouro, de perfeita harmonia, consubstanciada na
Verdade, no Bem e no Belo, e surgirá um mundo paradisíaco, muito além da
nossa imaginação.
Embora eu afirme o advento de um mundo paradisíaco, trata-se de uma
tarefa árdua, já que a humanidade veio alimentando esse ideal por longo
tempo, mas ainda não havia aparecido quem o realizasse. E a razão é o fator
tempo. Entretanto, para alegria de todos, finalmente chegou o momento tão
esperado, e Deus, confiando essa grande missão a um simples ser humano
como eu, fez-me nascer neste mundo. Por conseguinte, quem entendeu o fato
acima não poderá de deixar de acreditar na absoluta viabilidade da
concretização do Paraíso Terrestre.

Não tenho a mínima intenção de fazer propaganda da minha


importância; basta que tenham conhecimento da realidade da minha pessoa.
Se, através disso, aumentar o número de pessoas que acreditem na viabilidade
da concretização do Paraíso Terrestre, maior será a expansão do Grande Amor
Divino e, conseqüentemente, estará multiplicado o número de criaturas que
serão salvas.

Como vimos, está prestes a desaparecer o Mundo do Mal, e o alvorecer


do Mundo do Bem é uma realidade incontestável. Há milhares de anos Deus
vinha preparando a grande Transição, para estabelecer esse Mundo Ideal.
Podemos, portanto, dizer que é um plano histórico, isto é, a profecia de Cristo
“O Reino dos Céus está próximo” e a sua advertência “Tem Fé e serás salvo”
referem-se a esse acontecimento. Assim, que vem a ser este Ensinamento
senão o Evangelho do Paraíso?

“Era da Civilização Religiosa vol. 1“ (08/08/51)


“Era da Civilização Religiosa vol. 2“ (15/08/51)
(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

(J2/7) RESPEITE A NATUREZA

A medicina acha muito importante o repouso, principalmente com


relação às pessoas que sofrem de tuberculose. Entretanto, como eu já disse
anteriormente, isto é um grave erro. Então qual é o melhor procedimento? É
agir naturalmente. Agir naturalmente significa deixar o corpo à vontade, sem
fazer restrições ou esforço em demasia. Por exemplo, quando a pessoa
sente cansaço por causa da febre, deve pensar que seu corpo físico lhe está
ordenando que descanse; então, basta descansar. Quando a pessoa sente
vontade de se levantar, deve pensar que lhe foi ordenado ficar levantada.
Basta proceder dessa forma. Se sentir vontade de andar, ande; se sentir
vontade de correr, corra; se sentir vontade de cantar alto, cante alto; se
sentir vontade de trabalhar, trabalhe. Na verdade, todas as coisas devem ser
feitas de acordo com a vontade. É melhor deixar de fazer aquilo que não se
tem vontade. Enfim, tudo deve ser sempre feito de forma natural. E isso não
se limita à tuberculose; aplica-se também a outras doenças.

O mesmo se deve dizer em relação aos alimentos. O melhor é a


pessoa comer aquilo que deseja, na hora em que sentir vontade, até se
satisfazer. Esse é o melhor procedimento. O remédio, logicamente, não deve
ser ingerido dessa forma. Mesmo que certos alimentos sirvam como
remédios ou vitaminas, não se deve comer forçado aquilo que não se sente
vontade de comer, ou deixar de comer aquilo que se tem vontade.

O homem sente vontade de comer aquilo que é necessário ao corpo;


se não se sente vontade, é porque o corpo não necessita. O que faz mal,
principalmente para a tuberculose, é a proteína de natureza animal. Um
pouco não faz mal, mas é melhor comer, tanto quanto possível, uma grande
quantidade de verduras. Entretanto, a medicina atual incentiva as pessoas a
comerem peixe, frango e carne, dizendo que esses alimentos têm maior
quantidade de proteínas. Isso é um grande erro, pois a pessoa sente-se
mais forte apenas durante um período; se continuar ingerindo tais alimentos,
ela vai se debilitando. Originariamente, existe mais nutrientes nos alimentos
de natureza vegetal. Reflitam bem: quem come somente alimentos de
natureza animal, facilmente fica com septicemia e torna-se sempre doente,
muitas vezes, chegando a correr risco de vida. Está claro que, ao contrário,
quanto mais a pessoa se alimenta de vegetais, mais saudável se torna. Além
de jamais contrair doenças, consegue vida longa. Vou expor a minha
experiência em relação a esse assunto.

Na mocidade, quando estava condenado a morrer de tuberculose, eu


ingeria grande quantidade de alimentos de origem animal. Por determinado
motivo, descobri o erro que estava cometendo e então passei a me alimentar
de vegetais. A partir daí fui me restabelecendo vigorosamente e percebi que
a Medicina estava errada. Parei, também, de tomar remédios, e continuei
por três meses consecutivos com a alimentação vegetariana. Com isso,
fiquei completamente curado e adquiri mais saúde do que antes de adoecer.
Posteriormente, tive outras doenças, mas a tuberculose desapareceu por
completo, e hoje, com 68 anos de idade, sou mais vigoroso que qualquer
jovem. Se, naquela ocasião, eu não tivesse despertado para a alimentação
vegetariana, certamente já não estaria vivo. Cada vez que penso nessas
coisas, sinto calafrios.
Outro caso é o de hemoptise. Para esse problema, a alimentação
vegetariana é a melhor. Certo dia, uma pessoa me procurou dizendo que,
quando comia carne, sempre tinha hemoptise no dia seguinte, mas, se ela
comia verduras, a hemoptise logo cessava. Realmente, verifica-se nesse
caso a nítida diferença. Através desse exemplo, constata-se a conveniência
da alimentação vegetariana.
Quanto ao cansaço e ao sono de poucas horas, os médicos advertem
como sendo um mal, mas eles estão errados. Isso acontece porque eles
desconhecem o seu princípio. O cansaço é decorrente do exercício físico.
Quando se fazem exercícios, põem-se em atividade as pernas e os quadris;
então ocorre a ação purificadora das toxinas acumuladas nessa região, pelo
surgimento de uma febre quase imperceptível. Essa febre ocasiona a
sensação de fadiga. Isso é o cansaço. Entretanto, isso é bom, porque assim
as toxinas diminuem. Compreende-se isso ao observar que as pessoas que
praticam repetidos e constantes exercícios físicos e ficam cansadas são
saudáveis. Portanto, se a pessoa apalpar as pernas ou quadris quando está
sentindo cansaço, geralmente notará que há uma febre quase imperceptível
nessas regiões, a qual dissolve as toxinas. Quanto à insônia, não há
nenhuma influência em relação à tuberculose; ela é até benéfica.
Observando-se a realidade daqueles que dormem poucas horas, nota-se
que entre os funcionários de hotéis e pessoas de vida noturna, como a
própria medicina diz, existem poucas pessoas tuberculosas. Vou explicar.
Quando a pessoa dorme pouco, ela permanece mais tempo acordada;
conseqüentemente, seu tempo de atividade aumenta. Por conseguinte, suas
purificações ocorrem com mais freqüência e, proporcionalmente, elas se
cansam mais. Como a medicina interpreta tudo ao contrário, ela condena o
sono de poucas horas. Entende-se isso melhor também através do seguinte
fato: pela manhã, normalmente a febre conserva-se baixa; por volta das 15
ou 16 horas, ela começa a aumentar. Isso tem relação com o princípio
acima; portanto, mesmo que a pessoa esteja dormindo, seus nervos estão
em atividade. Por isso ocorre a purificação.

Tratamento Revolucionário da Tuberculose, 18 de agosto de


1951
(tradução em: Rokan – Johrei 2)
(R1/9) - O JURAMENTO COM O FUNDADOR DE CADA RELIGIÃO

Hoje faz exatamente um ano desde o acontecimento do ano passado,


e quando estive preso por 15 dias no presídio do departamento policial de
Ambara, no Estado de Shizuoka, aconteceram diversas coisas
espiritualmente, sobre as quais pretendo escrever agora. Como sabem, o
local, por ser esse local, não há entrada de pessoas e, desde manhã até a
noite, numa pequena cela de mais ou menos 3 esteiras, sem ter o que fazer,
estava apenas sentado passivamente. Era uma vida quase igual a um
boneco, por isso achei que momentos como esse eram ideal para o trabalho
espiritual, e creio que Deus também tenha levado a isso, então experimentei
diversas coisas espirituais. Vou escrever alguns casos interessantes.

Primeiramente, chamei os espíritos de fundadores de cada religião e


pessoas sábias dos tempos antigos, até o dia de hoje, e fiz perguntas e
respostas, o que não me deixou ficar com muito tédio. Dentre eles, vou
escrever o que mais me lembro e que é interessante. Quem vinha sempre
era a Sra. Naoko Deguti, fundadora da religião Oomoto. Quando eu entrei
para a religião Oomoto, ela logo faleceu e por isso não a conheci, mas os
fiéis a reverenciavam como fundadora e naturalmente a respeitavam. O
espírito dela veio e disse várias coisas; realmente era uma pessoa carinhosa
e calorosa e senti uma saudade como se tivesse encontrado com a mãe
afetiva. Foram poucas palavras, mas no meio delas havia o seguinte: "Você
também já passou por bastante sofrimento, mas logo se tornará grandioso, é
preciso mais um pouco de paciência, te peço. Eu agora, no geral, estou
trabalhando só para subsistência, e quando chegar o tempo, quero que me
salve", foram essas palavras, e eu respondi: "Compreendi, portanto não se
preocupe, farei o possível para ajudá-la". Incorporei também o espírito do
professor Onisaburo Deguti, mas como a conversa teve assuntos um pouco
difíceis de serem publicados, só vou dizer que o seu espírito se encontrava
na Encruzilhada de Oito Direções e eu o salvei, elevando-o ao Terceiro
Paraíso, deixando-o muito contente. O espírito da Sra. Miki Nakayama,
fundadora da Tenri-Kyo, também veio e disse: "Fiquei muito contente de
você ter vindo ao mundo e daqui para frente vou fazer com que os membros
da Tenri-kyo compreendam isso perfeitamente, por isso peço que ajude".
Chamei outras pessoas ilustres de várias localidades, e dentre elas, vou
escrever sobre as mais interessantes e que servirão principalmente como
consulta. O superior da religião Nitiren, lembrando-se de que eu o salvei há
anos atrás, disse, muito contente: "Durante longo tempo, eu havia caído em
tal lugar e estava sofrendo muito, e graças a você fui colocado num local
confortável, pelo que estou muito agradecido. Vou fazer com que os fiéis da
Nitiren também tomem conhecimento disso, por isso quero que os salve,
peço encarecidamente.” O seguinte a ser chamado foi o Imperador Meiji e,
segundo ele, "dentre a geração de imperadores, existem muitos que ainda
estão sofrendo no Mundo Espiritual, por isso desejo que os salve".
Respondi-lhe que salvarei o máximo que puder e que poderia então ficar
tranqüilo, ao que o Imperador ficou muito contente. Em seguida, chamei
Cristo, que disse ter reencarnado pela terceira vez, e agora era o fulano da
Itália. Sakyamuni também havia reencarnado 3 vezes e agora havia
reencarnado como o fulano da Índia. O interessante foi quando chamei o
espírito encarnado de Stálin e falei sobre os diversos pontos que estavam
errados no comunismo, mas ele é muito inflexível e, apesar de chamá-lo 3
vezes, acabou não consentindo e eu também acabei por desistir. E sobre os
incidentes que aconteceram comigo naquela época e outros casos,
perguntei ao Deus X quais eram as causas, e Ele me disse que, sem dúvida,
era um plano de Satanás e que um grande número de deuses dragões
estavam fazendo muitas pessoas dançarem. Agora não posso escrever
detalhes, mas, sem dúvida, é um dos grandes planos de Deus e compreendi
que possui um significado profundo. Sobre esse assunto, fiz uma pequena
publicação após ter saído do presídio e mais detalhes pretendo publicar
quando chegar o momento apropriado.

Jornal Eiko nº 118, 22 de agosto de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

AS LEIS E A ÍNDOLE SELVAGEM DO HOMEM


No mundo atual, os países considerados civilizados possuem o seu
sistema legislativo muito adiantado e, a cada ano, as leis são aumentadas
em seus artigos, como é do conhecimento de todos. Podemos dizer que
vivemos uma época em que a legislação assume caráter onipotente. Assim
sendo, é extremamente difícil aos oficiais da justiça e aos advogados terem
conhecimento de todas elas, mesmo que levem uma vida inteira.
Considerando-se que eles mal conseguem dar conta das que dizem respeito
aos setores de sua atuação, torna-se evidente que essas leis aplicadas
deveriam manifestar, notoriamente, os seus efeitos; entretanto, ao invés de
diminuir a criminalidade, estranhamente, aumenta a cada ano que passa.
Realmente, não é incompreensível? É uma total contradição ao progresso
da cultura. Assim sendo, gostaria de fazer uma análise sobre as suas
causas.

Seria desnecessário dizer que, de modo geral, o objetivo principal das


leis consiste em reduzir a criminalidade e concretizar um mundo livre dos
criminosos. Mas, na realidade, as coisas se encontram numa situação
oposta, como vimos acima. Todos os anos o Congresso Nacional, em seus
atos deliberativos, cria mais e mais artigos das leis. Se considerarmos que a
cultura progride conforme a expectativa, gradualmente, os criminosos
deveriam diminuir, tornando desnecessário e inadequado muitos dos
aspectos da lei que deveriam ser revogados. Apesar dessa estranha
contradição da realidade, nem existe quem levante dúvida a respeito, pois as
pessoas devem ter perdido as esperanças, achando que o problema não
tem mais solução.

Mesmo por esse aspecto, dá para se perceber que é impossível


acabar com os crimes somente através das leis. Entretanto, no momento, se
elas não existissem, seria uma tragédia, pois os maus assumiriam o
completo domínio do mundo, e os bons não conseguiriam dormir tranqüilos.
Portanto, as leis devem ser deixadas como se encontram. É preciso
desenvolver uma outra forma que seja possuidora de poder extraordinário.
Para tanto, não existe outra forma além da Educação e Religião que, por sua
vez, também não oferecem muita esperança. Pois, apesar de as mesmas
existirem há dezenas de séculos, a realidade é exatamente essa condição
do mundo humano que ainda hoje se apresenta.

Em ocasiões anteriores, escrevi que as leis têm o mesmo significado


que as jaulas em que se aprisionam os animais ferozes. Se estas não
existissem, haveria o perigo deles causarem danos ao homem e aos animais
domésticos, portanto revestem rigidamente os mesmos, com fortes grades e
redes, cujo controle caracteriza-se de forma precária. Como os homens
tentam violá-las se houver qualquer brecha, elas se tornam cada vez mais
fechadas. Essa é a razão pela qual, a cada ano que passa, vão
transformando as leis de modo mais complexo e policiamento mais rigoroso.
Portanto, pode-se dizer que se trata de algo vergonhoso na condição de ser
humano. Por esse motivo, se os homens de hoje se encontram sendo
tratados como os animais, não dá para se orgulhar muito de sua condição.
Refletindo bem nesses pontos, deve-se despertar o quanto antes. Há a
antiga expressão que diz: "Animal com aparência humana" que pode,
perfeitamente, ser adaptada aos homens da atualidade. Em suma, o homem
ainda não conseguiu se libertar da condição de semi-civilizado e semi-
selvagem.

Existem, naturalmente, diversos níveis de pessoas. Aquelas que


merecem ser tratadas como ser humano e as que, inevitavelmente, devem
ser tratadas como animais. Mesmo em relação aos países, existem aqueles
sob o regime belicoso e aqueles sob o regime pacifista; aqueles são
selvagens e estes, verdadeiros civilizados.
Vejamos a Educação. A esta, também, conforme tem sido testada até
hoje, praticamente nada se tem a ser acrescentado. Mas, como todos
sabem, à maneira pela qual vem sendo desenvolvida através de séculos
pelos numerosos estudiosos e educadores cabe certos méritos dignos de
reconhecimento, mas a sua força não vai além disso. Se observarmos
através das épocas selvagens, a sabedoria humana se desenvolveu muito,
pois seja a política, organização social e os demais setores da sociedade
apresentam hoje espantoso progresso, de maneira que não podemos
desprezar a contribuição da Educação. Entretanto, inegavelmente, faltou-lhe
a força no que diz respeito ao lado espiritual do homem, no sentido de
melhorá-lo. Isto porque, a Educação, até agora, não conseguiu resgatar o
homem da jaula chamada lei.

Agora a Religião. Nesta também, desde antigos tempos,


manifestaram-se numerosos e extraordinários sábios e eminentes
personalidades. Além disso, viera empreendendo os mais sofríveis esforços,
sacrificando a vida de seus seguidores e até mesmo de fiéis. Naturalmente,
é possível reconhecer certos méritos relacionados à salvação espiritual, mas
não se encontrava também à altura de fazer com que as leis se tornem
desnecessárias. Dessa forma, não podemos também esperar muito das
religiões tradicionais.

Surge nesse caso o problema: como fazer para eliminar,


verdadeiramente, o caráter selvagem do homem e concretizar uma
sociedade livre das jaulas? É evidente a necessidade do surgimento de uma
Força Inédita que supere a cultura tradicional. Agora, devemos nos alegrar,
pois essa Força nos foi atribuída por Deus - Senhor do Universo - e de fato
estamos a manifestá-La. Esta é a essência da nossa religião. Portanto, ela é
realmente uma grandiosa existência, ou seja, uma Ultra-Religião. Em breve,
na condição de precursores do Mundo da Luz, gostaria que considerassem
o presente escrito como o primeiro alarme que despertará a humanidade da
ilusão e dos erros em que se encontra a viver.

22 de agosto de 1951
(tradução em: Escritos Sagrados – Obra I)

(S.AN/7) AS LEIS E O CARÁTER SELVGEM DO HOMEM

Alicerce do Paraíso pág. 284

No mundo atual, quanto mais civilizado é um país, mais complexo é o


seu sistema legislativo. Como todos podem ver, os artigos das leis tendem a
aumentar a cada ano; pode-se até dizer que a época contemporânea é a
época da onipotência da legislação. Ora, a existência de muitas leis significa
que é difícil os oficiais de justiça e os advogados de uma repartição
memorizarem todas elas, mesmo utilizando a vida inteira. De fato, se eles
não conseguem dar conta daquilo que lhes diz respeito, os efeitos das leis
deveriam ser mais visíveis; entretanto, ao invés de diminuírem, os crimes
tendem a aumentar cada vez mais com o passar dos anos. Por que será?
Não é realmente incompreensível? É uma total contradição ao progresso da
cultura. Por isso, desejo analisar a causa do problema.

Seria desnecessário dizer que o principal objetivo das leis é diminuir a


criminalidade e construir um mundo sem crimes. Entretanto, o que se vê é
justamente o contrário, como dissemos há pouco. No Congresso Nacional
realizado anualmente, o assunto que mais se discute é o aumento dos
artigos das leis. No entanto, se a cultura progredisse do modo previsto, o
número de criminosos iria diminuindo cada vez mais e, com certeza,
surgiriam artigos desnecessários nas leis. Sendo assim, não deveria ser
discutida também, no Congresso Nacional, a eliminação de partes da lei?
Mas o interessante é que, embora isso não aconteça, ninguém estranha o
fato, pois as pessoas perderam as esperanças, achando que a situação não
tem mais solução.

Compreendemos perfeitamente que é impossível eliminar os crimes


somente com as leis. Todavia, no momento, se elas não existissem, haveria
uma catástrofe: o mundo seria dominado pelos maus, e os bons não
conseguiriam dormir tranqüilos. Por isso, as leis precisam continuar
existindo, mas seria bom unir a elas um meio eficaz. Em princípio, só
podemos valer-nos da Educação e da Religião, mas delas também não
podemos esperar muito, pois, durante dezenas de séculos, viemos nos
utilizando desses recursos, e o mundo humano ainda se encontra na
situação de que estamos vendo.

Já escrevi anteriormente que as leis têm quase o mesmo significado


que o aprisionamento de animais ferozes em jaulas. Se estas não
existissem, haveria perigo de que eles fizessem mal às pessoas e aos
animais domésticos. Assim, as leis não passam de um rígido controle feito
com redes e grades fortes. Como os homens tentam violá-las, se nelas
houver brechas, elas vão se tornando cada vez mais fechadas. Para impedir
essa violação, a cada ano se fazem leis mais complexas e policiamento mais
rigoroso, o que, aliás, é uma vergonha para o ser humano. Por esse motivo,
se os homens de hoje estão sendo tratados como se fossem animais, não é
possível nos orgulharmos muito de nossa condição humana. Caso
refletíssemos bem sobre esses pontos, despertaríamos o quanto antes. A
antiga expressão "animal com aparência de homem" se adapta
perfeitamente aos homens da atualidade. Em suma, o homem ainda não
conseguiu se libertar do estado semicivilizado e semi-selvagem.

Naturalmente, existem diversos níveis de pessoas, isto é, as que


merecem ser tratadas como gente e as que devem ser tratadas como
animais. Do mesmo modo que existem países belicosos, existem países
pacifistas, sendo que aqueles são selvagens, e estes, verdadeiramente
civilizados.

A seguir, falarei sobre a Educação. O tema já passou pelo crivo das


experiências realizadas até hoje; portanto, não há necessidade de escrever
muito a respeito.
Há muitos séculos, como todos sabem, inúmeros pedagogos vêm se
esforçando nesse campo. Podemos reconhecer-lhes certo mérito, mas sua
força não vai além disso. Não obstante, em relação à época selvagem, a
sabedoria humana se desenvolveu bastante, e tanto a política como as
organizações sociais e demais setores da sociedade conseguiram
espantoso progresso, de modo que não podemos desprezar a contribuição
da Educação. É inegável, entretanto, que faltou força na parte espiritual, ou
seja, no aspecto referente ao melhoramento do espírito, visto que até agora
não foi possível prescindir-se da jaula denominada lei.

Quanto à Religião, obviamente lhe reconhecemos certo mérito no


sentido da salvação espiritual. Mas ela também não conseguiu fazer com
que as leis se tornassem desnecessárias, apesar do aparecimento de
inúmeros santos maravilhosos e personalidades relevantes, e dos esforços e
sofrimentos de seus seguidores e até mesmo de fiéis, que chegavam a
sacrificar sua vida. Conseqüentemente, não podemos esperar muito das
religiões tradicionais.

Então, surge o problema: que fazer para eliminar verdadeiramente o


caráter animal do homem e construir uma sociedade que não tenha
necessidade de jaulas? Evidentemente, é preciso que surja uma força até
agora nunca vista, que supere a cultura tradicional. Mas devemos nos
alegrar, pois essa força nos foi atribuída por Deus - Senhor do Universo - e
de fato nós a estamos manifestando. Como ela é a essência da nossa
religião, podemos dizer que esta é realmente uma Ultra-Religião. Na
qualidade de precursores do Mundo da Luz, que está para se concretizar,
gostaria que considerassem minhas palavras como o primeiro alarme para
despertar a humanidade da ilusão em que ela está vivendo.

Jornal Eiko nº 118, 22 de agosto de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

AS LEIS E O CARÁTER SELVAGEM DO HOMEM

No mundo atual, quanto mais civilizado é um país, mais complexo é o


seu sistema legislativo. Como todos podem ver, os artigos das leis tendem a
aumentar a cada ano; pode-se até dizer que a época contemporânea é a
época da onipotência da legislação. Ora, a existência de muitas leis significa
que é difícil os oficiais de justiça e os advogados de uma repartição
memorizarem todas elas, mesmo utilizando a vida inteira. De fato, se eles
não conseguem dar conta daquilo que lhes diz respeito, os efeitos das leis
deveriam ser mais visíveis; entretanto, ao invés de diminuírem, os crimes
tendem a aumentar cada vez mais com o passar dos anos. Por que será?
Não é realmente incompreensível? É uma total contradição ao progresso da
cultura. Por isso, desejo analisar a causa do problema.

Seria desnecessário dizer que o principal objetivo das leis é diminuir a


criminalidade e construir um mundo sem crimes. Entretanto, o que se vê é
justamente o contrário, como dissemos há pouco. No Congresso Nacional
realizado anualmente, o assunto que mais se discute é o aumento dos
artigos das leis. No entanto, se a cultura progredisse do modo previsto, o
número de criminosos iria diminuindo cada vez mais e, com certeza,
surgiriam artigos desnecessários nas leis. Sendo assim, não deveria ser
discutida também, no Congresso Nacional, a eliminação de partes da lei?
Mas o interessante é que, embora isso não aconteça, ninguém estranha o
fato, pois as pessoas perderam as esperanças, achando que a situação não
tem mais solução.

Compreendemos perfeitamente que é impossível eliminar os crimes


somente com as leis. Todavia, no momento, se elas não existissem, haveria
uma catástrofe: o mundo seria dominado pelos maus, e os bons não
conseguiriam dormir tranqüilos. Por isso, as leis precisam continuar
existindo, mas seria bom unir a elas um meio eficaz. Em princípio, só
podemos valer-nos da Educação e da Religião, mas delas também não
podemos esperar muito, pois, durante dezenas de séculos, viemos nos
utilizando desses recursos e o mundo humano ainda se encontra na
situação de que estamos vendo.

Já escrevi anteriormente que as leis têm quase o mesmo significado


que o aprisionamento de animais ferozes em jaulas. Se estas não
existissem, haveria perigo de que eles fizessem mal às pessoas e aos
animais domésticos. Assim, as leis não passam de um rígido controle feito
com redes e grades fortes. Como os homens tentam violá-las, se nelas
houver brechas, elas vão se tornando cada vez mais fechadas. Para impedir
essa violação, a cada ano se fazem leis mais complexas e policiamento mais
rigoroso, o que, aliás, é uma vergonha para o ser humano. Por esse motivo,
se os homens de hoje estão sendo tratados como se fossem animais, não é
possível nos orgulharmos muito de nossa condição humana. Caso
refletíssemos bem sobre esses pontos, despertaríamos o quanto antes. A
antiga expressão “animal com aparência de homem” se adapta
perfeitamente aos homens da atualidade. Em suma, o homem ainda não
conseguiu se libertar do estado semicivilizado e semi-selvagem.
Naturalmente, existem diversos níveis de pessoas, isto é, as que
merecem ser tratadas como gente e as que devem ser tratadas como
animais. Do mesmo modo que existem países belicosos, existem países
pacifistas, sendo que aqueles são selvagens, e estes, verdadeiramente
civilizados.

A seguir falarei sobre a Educação. O tema já passou pelo crivo das


experiências realizadas até hoje; portanto, não há necessidade de escrever
muito a respeito.

Há muitos séculos, como todos sabem, inúmeros pedagogos vêm se


esforçando nesse campo. Podemos reconhecer-lhes certo mérito, mas sua
força não vai além disso. Não obstante, em relação à época selvagem, a
sabedoria humana se desenvolveu bastante, e tanto a política como as
organizações sociais e demais setores da sociedade conseguiram
espantoso progresso, de modo que não podemos desprezar a contribuição
da Educação. É inegável, entretanto, que faltou força na parte espiritual, ou
seja, no aspecto referente ao melhoramento do espírito, visto que até agora
não foi possível prescindir-se da jaula denominada lei.

Quanto à Religião, obviamente lhe reconhecemos certo mérito no


sentido da salvação espiritual. Mas ela também não conseguiu fazer com
que as leis se tornassem desnecessárias, apesar do aparecimento de
inúmeros santos maravilhosos e personalidades relevantes, e dos esforços e
sofrimentos de seus seguidores e até mesmo de fiéis, que chegavam a
sacrificar sua vida. Conseqüentemente, não podemos esperar muito das
religiões tradicionais.

Então, surge o problema: que fazer para eliminar verdadeiramente o


caráter animal do homem e construir uma sociedade que não tenha
necessidade de jaulas? Evidentemente, é preciso que surja uma força até
agora nunca vista, que supere a cultura tradicional. Mas devemos nos
alegrar, pois essa força nos foi atribuída por Deus – Senhor do Universo – e
de fato nós a estamos manifestando. Como ela é a essência da nossa
religião, podemos dizer que esta é realmente uma Ultra-Religião. Na
qualidade de precursores do Mundo da Luz, que está para se concretizar,
gostaria que considerassem minhas palavras como o primeiro alarme para
despertar a humanidade da ilusão em que ela está vivendo.
22 de agosto de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

Então, surge o problema: o que fazer para eliminar verdadeiramente o


caráter animalesco do homem? Evidentemente, é preciso que surja uma força
até agora nunca vista, que supere a cultura tradicional. Mas devemos nos
alegrar, pois essa força nos foi atribuída por Deus — Senhor do Universo — e
de fato nós a estamos manifestando. Como ela é a essência da nossa religião,
podemos dizer que esta é realmente uma Ultra-Religião.”

(As Leis e o Caráter Selvagem do Homem, 22 de agosto de 1951)

Eu curo indiretamente os doentes

As letras do Omamori (Luz Divina), pendurado ao pescoço dos fiéis


está ligado a mim pelo Elo Espiritual. Através deste, a luz, por mim
emanada, passa ininterruptamente para o Omamori e é irradiada pela palma
da mão, atravessando o corpo do seu portador, ao ministrar Johrei. Em
outras palavras, por intermédio do portador do Omamori, eu curo
indiretamente os doentes.

A origem da Doença e o Princípio do Johrei — 25 de agosto de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

Meishu-Sama é quem cura indiretamente o doente

Eu e as letras do Omamori pendentes no pescoço dos fiéis estamos


ligados através do Elo espiritual e, através deste, a Luz por mim emitida
passa ininterruptamente para o Omamori e irradia pela palma da mão
através do corpo do seu portador que ministra o Johrei.

Em outras palavras, eu é que estou curando os doentes por


intermédio do portador do Omamori.

(“A Origem da Doença e o Princípio do Johrei" - 25 de agosto de


1951)
(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

O Johrei que está dentro do Processo do Programa Divino do Supremo


Deus

Antes de mais nada, como o Supremo Deus me encarregou da


grande missão de dirigente em Seu Processo do Programa Divino de
construir o Paraíso Terrestre, isento de doença, miséria e conflito, salvando
toda a humanidade no momento do Fim do Mundo, Ele me concedeu uma
Grandiosa Força de Salvação.

A Causa da Doença e o Princípio de Johrei — 25 de agosto de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

O indivíduo que sou eu fui incumbido da grande missão de salvar toda


a humanidade, por ocasião do fim do mundo, e de construir, sob a
administração divina do Supremo Deus, o Paraíso Terreno completamente
isento de doença, pobreza e conflito. Como Deus ordenou a que eu
assumisse esta grande responsabilidade, na qualidade de líder, Ele
concedeu-me a força de salvação absoluta. Esta força é a solução do
problema da doença, o principal obstáculo para a concretização do mundo
sem doença, pobreza e conflito. Foram-me concedidas, portanto, inteligência
e força.
(A causa da doença e o princípio do Joorei, 25 de agosto de 1951)
(tradução em: A Vida Eterna)

"Quando ficar pronto o Paraíso Terrestre, como já me referi


anteriormente, será construída a Sede Geral e, com a sua conclusão, ele se
tornará mundial. Se for apenas um Paraíso Terrestre será algo japonês. Na
minha cabeça já está, também, quase que praticamente projetada a forma e
como será a Sede Geral. O único fator é o tempo. De agora em diante, tudo
se processará rapidamente. Existem muitas coisas místicas, as quais quero
mencionar pouco a pouco."

"Diz-se que 'Deus é ordem'. Por estarem perturbando a ordem é que a


sociedade atual se acha extremamente conturbada. As pessoas
desconhecem isso. Portanto, caso Hakone não se conclua, Atami também
não se concluirá. Além do mais, tenho comprado um terreno aqui, no qual
pretendo construir, futuramente, uma grande sede principal. Mas, ainda
nisto, é preciso haver ordem. Primeiro, Hakone deverá ser concluído, depois
Atami, novamente Hakone (conclusão da Sede Principal); a seguir, não sei
se Odawara ou se Quioto virá antes. As coisas deverão ocorrer nesta ordem.
Esta é a ordem maior."

("Fé que Busca Meishu-Sama" Vol. I — 28 de agosto de 1951)


(tradução em: O Caminho para corresponder à Terceira
Instituição

TRANSGREDINDO A ORDEM NO MUNDO MATERIAL,


O MUNDO ESPIRITUAL FICA DESORDENADO.

Fala-se que "Deus é Ordem", sabe? Por não respeitar a ordem, o mundo
de hoje está muito conturbado. As pessoas não sabem dessas coisas. Por isso,
se aqui não ficar pronto, Atami não irá ficar também. E já comprei, aqui, um
lugar onde futuramente será a grande Sede Original, mas para isso também
existe uma ordem. Depois que aqui ficar pronto, Atami será concluída e em
seguida, novamente aqui (sede original). Depois ficará pronto em Odawara,
talvez, Quioto fique primeiro, mas será nessa ordem. Essa é uma ordem a
grosso modo.

Entre as pessoas, a nível individual, também, existe uma ordem. Por isso,
na questão de ordem, eu sou muito exigente. O mesmo acontece com o Johrei.
Devemos primeiro ministrar nas pessoas com doenças graves e depois nas
menos graves. Ou então, na ordem de chegada. Ministrar primeiro para os
idosos entre os que já chegaram. E, em se tratando de homens e mulheres,
ministrar primeiro para o homem. Agindo assim, a cura é melhor.

Quando se transgride a ordem no Mundo Material, o Mundo Espiritual fica


desordenado. E como isso se reflete no Mundo Material, forçosamente as
coisas não fluem bem. Por isso, quando se vai realizar algo, deve-se prestar
atenção para a ordem.

Como sempre digo, dependendo do objetivo do momento, as coisas de


Deus devem ser feitas em primeiro lugar. Quando se vai à casa de Deus, não
devemos fazê-lo depois de cumprir outros afazeres. Pois assim, os assuntos
humanos ficam antes, o que seria considerar os de Deus inferiores. Nessas
ocasiões é até melhor não ir mais à Casa de Deus.

A esse respeito, existe um fato insignificante, mas vou relatar. Certa vez,
quando eu estava para sair da porta, a tia passou à minha frente. Eu entrei no
carro e ela também mas quando começamos a andar, o clima era muito
desagradável.

Então, quando chegamos a Izussam, voltamos até Minaguti e retornamos


uma vez a casa. Depois, novamente saímos rumo á Tóquio. Se fosse daquele
jeito mesmo, naquela hora, o carro poderia ter dado algum defeito. Isso porque
o Mundo Espiritual fica desajustado. Entretanto, não se pode exagerar, mas é
bom que se tenha consciência disso ao menos nas coisas importantes.

(Mioshie-shu no. 1, 28 de agosto de 1951)


(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)
TRANSGREDINDO A ORDEM NO MUNDO MATERIAL, O MUNDO
ESPIRITUAL FICA DESORDENADO.

Fala-se que Deus é Ordem, sabe? Por não respeitar a ordem, o mundo
de hoje está muito conturbado. As pessoas não sabem dessas coisas. Por isso,
se aqui não ficar pronto, Atami não irá ficar também. E já comprei, aqui, um
lugar onde futuramente será a grande Sede Original, mas para isso também
existe uma ordem. Depois que aqui ficar pronto, Atami será concluída e, em
seguida, novamente aqui (sede original). Depois ficará pronto em Odawara;
talvez Quioto fique primeiro, mas será nessa ordem. Essa é uma ordem a
grosso modo.

Entre as pessoas, a nível individual, também, existe uma ordem. Por


isso, na questão de ordem, eu sou muito exigente. O mesmo acontece com o
Johrei. Devemos primeiro ministrar nas pessoas com doenças graves e depois
nas menos graves. Ou então, na ordem de chegada. Ministrar primeiro para os
idosos entre os que já chegaram. E, em se tratando de homens e mulheres,
ministrar primeiro para o homem. Agindo assim, a cura é melhor.

Quando se transgride a ordem no Mundo Material, o Mundo Espiritual


fica desordenado. E, como isso se reflete no Mundo Material, forçosamente as
coisas não fluem bem. Por isso, quando se vai realizar algo, deve-se prestar
atenção para a ordem.

Como sempre digo, dependendo do objetivo do momento, as coisas de


Deus devem ser feitas em primeiro lugar. Quando se vai à casa de Deus, não
devemos fazê-lo depois de cumprir outros afazeres. Pois, assim, os assuntos
humanos ficam antes, o que seria considerar os de Deus inferiores. Nessas
ocasiões, é até melhor não ir mais à Casa de Deus.

A esse respeito, existe um fato insignificante, mas vou relatar. Certa vez,
quando eu estava para sair da porta, a tia passou à minha frente. Eu entrei no
carro e ela também, mas quando começamos a andar, o clima era muito
desagradável.

Então, quando chegamos a Izussam, voltamos até Minaguti e


retornamos uma vez à casa. Depois, novamente saímos rumo á Tóquio. Se
fosse daquele jeito mesmo, naquela hora, o carro poderia ter dado algum
defeito. Isso porque o Mundo Espiritual fica desajustado. Entretanto, não se
pode exagerar, mas é bom que se tenha consciência disso ao menos nas
coisas importantes.

Mioshie-shu Nº 1 (28/08/1951)
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

Nos museus, há inúmeras peças antigas. Mas, a meu ver, em termos


de beleza artística, há itens que deixam a desejar. A minha diretriz consiste
em colecionar boas obras, mesmo no sentido estético. (...) Procurei
colecionar obras que qualquer um seja capaz de compreender. Quando o
ser humano se deleita com as belas-artes, inconscientemente, ele se eleva
espiritualmente. De certa forma, é esse o objetivo das belas-artes. São
extremamente importantes, porque enobrecem o passatempo e purificam a
alma das pessoas.

(Palestra, 28 de agosto de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

“Atami é matéria e horizontal, e Hakone, espírito e vertical. Fato pelo


qual, sem que haja a conclusão de Hakone, Atami não ficará pronto. Está bem
claro que, sem terminar a construção deste local, não haverá construção em
Atami. Logo adiante do Zuiun-Kyô, há um local que também gostaria de possuir,
mas não é possível obter antes. Realmente segue-se de forma bem ordenada,
gradativamente de terreno vizinho para vizinho, de modo que até nisso existe
uma excessiva ordem, pois se fala que “Deus é Ordem”. Por não seguir a
ordem é que o mundo atual se encontra tão desordenado. Mas o homem não
tem conhecimento disso.
Por isso, Atami não ficará pronto sem a conclusão deste local. Inclusive,
comprei aquí um local para construir uma grande Sede Central no futuro, mas,
para isso também existe uma ordem. Ficando pronto este local, passa-se a
Atami, e depois novamente aqui (Sede Central), após isso, pode ser em
Odawara, ou talvez Quioto venha antes, mas esta é a grande ordem.”

(Palestra, 28 de agosto de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E
Construção)

(J2/160) SEM TÍTULO

Como todos sabem, se continuar como está, o número da grande


epidemia de disenteria deste ano será elevado. No entanto, a Medicina
acredita que o seu contágio ocorre através das bactérias e se empenha na
prevenção. Porém, não há o que fazer, pois, na atualidade, ela não dispõe
de outros recursos. Mas, do nosso ponto de vista, esse procedimento é
extremamente infantil. Isto porque a Medicina está presa apenas às
bactérias, mostrando-se indiferente à sua origem. Falando de uma forma
mais compreensível, as bactérias, que se encontram no estado de contágio,
na realidade, são descendentes. Devem conscientizar-se que as bactérias
também têm o seu antepassado, isto é, a que surgiu em primeiro lugar. Por
isso, ou tenta impedir o surgimento dessa primeira bactéria, ou então
exterminar por completo antes que ocorra a proliferação dos descendentes.
Assim, o problema seria solucionado.

Todavia, como compreendemos claramente esses pontos, ao invés de


sentirmos medo da disenteria, nem fazemos questão disso. Isto porque,
mesmo que se venha a contrair a disenteria, temos a possibilidade de curá-
la por completo em dois ou três dias. Não podemos manifestar em palavras
esse estado de grande felicidade e, sobre isso, os membros sabem muito
bem, mas as pessoas em geral têm dificuldades de compreender; por isso,
vou deixar de referir-me aqui.
Jornal Eiko nº 119, 29 de agosto de 1951
(tradução em: Rokan – Johrei 2)

Desde os tempos antigos, tem-se falado sobre os “Três Volumes de


Rikutô”. Há neles um significado extremamente místico, cujo enigma
ninguém até hoje conseguiu desvendar. Eu diria que os rolos que Kannon
traz nas mãos — muito comum nas pinturas e esculturas — são os “Três
Volumes de Rikutô”. Desde antigamente, tal retratação veio sendo divulgada
com o nome ‘Jikyô-Kannon’ (Kannon que tem em mãos o livro de oração
Hoke-Kyô). Na verdade, não se trata de um mero livro de oração, mas de
algo místico e precioso. Antigamente, havia em qualquer lugar rolos de
orações. É muito fácil compreender, portanto, que não haveria razão de um
ser tão nobre como Kannon trazer nas mãos algo que qualquer ser humano
pudesse portar. Não tenho dúvida de que se trata de uma Escritura, na qual
se escreveu o profundo mecanismo do Plano Divino da construção do
Mundo de Miroku, após a extinção de Buda. As letras são em si as
revelações divinas. É exatamente isso que estou executando atualmente.
São vários os programas da Obra Divina que me foram esclarecidos, quando
atingi o estado de espírito de Visão da Verdade.

(Os Três Volumes de Rikutô, 29 de agosto de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

(R1/88) O QUE VEM A SER AS TRÊS GRANDES SUPERSTIÇÕES?

O objetivo da nossa Igreja, como sempre digo, é a criação de uma


nova civilização, mas quando um terceiro vê isso vai achar estranho. Isso
porque atualmente não estamos numa era selvagem, e criar agora uma nova
civilização, pode-se pensar que não estamos regulando bem, mas ao ler
esse texto uma vez, irão concordar, vendo que não é nada disso.
Falando de nossa parte, atualmente é, sem dúvida, uma civilização
que progrediu apenas na forma, e no que diz respeito ao conteúdo, não se
pode dizer, de jeito nenhum, que é uma verdadeira civilização. O motivo
disso é que todas as coisas, em sua maioria, estão repletas de erros, e
esses erros são três no geral, que escreverei a seguir.

1º - Superstição do remédio

Sobre esse assunto, estou sempre explicando exaustivamente,


portanto quase não existe necessidade de escrever novamente, mas como
quero que terceiros tomem conhecimento, vou escrever. Hoje qualquer
pessoa em caso de doença se apóia, primeiramente, antes de qualquer
coisa, no remédio, sem dúvida alguma; mas não deve se assustar, pois o
remédio, na verdade, enfraquece a saúde do homem, cria a doença e coloca
a vida em perigo; não existe no mundo algo tão temível quanto isso. Por que
uma coisa desse porte não foi percebida até hoje? Essa é uma dúvida que,
naturalmente, deveria ocorrer, mas não aconteceu, por estar-se caído
profundamente na superstição do remédio. Portanto, para salvar a
humanidade, não existe outro método a não ser derrubar essa superstição e
fazê-los despertar.
2º - Superstição do fertilizante

Esse também os membros da nossa Igreja conhecem bem e não há


necessidade de reescrever, mas escreverei em relação a terceiros.
Originariamente, a Terra foi criada por Deus para que o homem produzisse o
alimento e, para isso, deu-lhe uma capacidade maravilhosa, ou seja, a
própria terra é um aglomerado de fertilizantes, um objeto precioso.

Em que época, de que forma erraram e mataram o solo chamado


fertilizante, gastando em coisas sujas que obstruíram as vitaminas do próprio
solo, apertando o bolso dos agricultores, e pelo contrário, passaram a utilizar
coisas que ajudaram na diminuição da produção, caíram numa superstição
realmente assustadora. Mais do que tudo, a produção de arroz atual do
nosso país está em falta em vinte milhões por ano, e o sofrimento com
pragas todos os anos tem a sua causa, sem dúvida, no fertilizante, o que
estou alertando há longos anos.

3º - Superstição da lei

Essa superstição tem um pequeno ponto diferente das outras duas


anteriores. Ou seja, o objetivo da lei é a prevenção dos crimes, o que nem é
preciso dizer, e como meio estão utilizando apenas o controle e a punição.
Porém, estão cientes também de que só com isso não será possível
alcançar o objetivo previsto. Isso porque o aspecto do mundo de hoje mostra
isso melhor do que qualquer outra coisa. Isso ocorre porque ninguém
percebe o ponto principal básico. E por que não percebem? Sem dúvida é
porque estavam presos a um tipo de superstição. Superstição é ter
negligenciado o espírito do homem que é a causa do crime, tendo como
objeto apenas o resultado que aparecia, o que foi um erro ter feito esse duro
esforço. Portanto, para acabar de verdade com o crime, não existe outro
método além de regenerar o espírito do homem, o que está claro demais.
Entretanto, se esse método fosse a força da religião, a respectiva pessoa
perceberia isso, e tendo-o como base, é preciso partir para a diretriz de
destruição do crime. Se compreendeu esse significado do fundo do coração,
primeiro é preciso você mesmo entrar em contato com a fé. Se bem que com
as religiões existentes até hoje não dá para ter expectativa. Isso porque a
educação e a moral ocuparam posições mais importantes que a religião, o
que está bem evidente. Conforme as circunstâncias escritas acima, veio
realizando como melhor meio a lei de penalidades, e isso também não tinha
jeito.

Em resumo, quando surgir uma religião de verdadeiro poder acima


das religiões já existentes, da moral e da educação reunidas, será natural o
aparecimento de uma sociedade ideal sem crimes, e se essa religião, sem
dúvida, for a nossa Igreja Messiânica Mundial, deve pesquisar o quanto mais
rápido. Creio que tomarão conhecimento, infalivelmente, de que não há
mentiras no que eu digo.

Jornal Eiko nº 119, 29 de agosto de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

27 - Com o fim das doenças e das guerras, os esportes e as artes vão


prosperar

Resumindo, o nosso objetivo é bem simples: eliminar as doenças e as


guerras. Se conseguirmos isso, já é o bastante. Ou seja, para nós, o mais
importante é dar segurança à vida do ser humano. Assim, com o
desaparecimento das guerras, os esportes e as artes vão ser os que mais
vão prosperar. Como o ser humano não pode perder todo o seu sentimento
de competição, os esportes vão prosperar bastante. Isso é realmente uma
coisa muito boa.

1º de setembro de 1951
(tradução em: Wassurena)

NO MUNDO DE MIROKU, QUASE TODA A HUMANIDADE ATINGIRÁ O


KENSHINJITSU

Quando for estabelecido na Terra o Reino de Deus, que é o Mundo de


Miroku, quase toda a humanidade chegará ao estado de Kenshinjitsu. Nessa
época, então, todos os homens, evoluindo passo a passo, alcançarão a
parte superior da pirâmide. Compreendendo também por que não
enxergavam quase nada, quando estavam no chão, vão concluir que praticar
o Mal não vale a pena.

02 de setembro de 1951
(tradução em: Divino Mistério)

NO MUNDO DE MIROKU, QUASE TODA A HUMANIDADE ATINGIRÁ O


KENSHINJITSU
Quando for estabelecido na Terra o Reino de Deus, que é o Mundo de
Miroku, quase toda a humanidade chegará ao estado de Kenshinjitsu. Nessa
época, então, todos os homens, evoluindo passo a passo, alcançarão a parte
superior da pirâmide. Compreendendo também por que não enxergavam quase
nada, quando estavam no chão, vão concluir que praticar o Mal não vale a
pena.

02 de setembro de 1951
(tradução em: Ensinamentos Kototama)

7 - OS TRÊS ESPÍRITOS DO HOMEM

Interação com a platéia

Pergunta — Em relação ao corpo do homem, onde os três espíritos


se encontram posicionados?

Meishu Sama — O Espírito Primordial — também conhecido como


alma da pessoa — localiza-se no centro da barriga; o Espírito Protetor fica
entrando e saindo do corpo, conforme a situação, pois não ocupa um lugar
definido; o Espírito Secundário permanece sempre na pessoa, mas não tem
um lugar certo para estar. Geralmente, localiza-se abaixo da barriga, e fica
subindo e descendo pelo corpo. Mas se acontecer de ele chegar à cabeça,
pode provocar distúrbios mentais.

Pergunta — Então, o Espírito Protetor não está sempre fora do corpo


do homem? Há momentos em que fica dentro de nós?

Meishu Sama — Sim, há vezes em que ele trabalha fora do corpo do


homem, o que ocorre em situações de perigo iminente, por exemplo, na
possibilidade de um acidente. Mas ele, estando forte, pode impedir tal
acontecimento, chegando até a desviar a pessoa para outro lugar, longe do
perigo.
Há uma luta constante entre o Espírito Protetor e o Espírito
Secundário, sendo que o Protetor sempre orienta o indivíduo sobre as
decisões que deve tomar. E quanto maior a fé, mais facilidade a pessoa tem
em captar essas orientações. Porém, nos momentos em que se está com a
fé enfraquecida, o Espírito Protetor também se enfraquece. Quando uma
pessoa ingressa na fé, a força do seu Espírito Protetor aumenta, e assim ele
se torna mais forte para vencer o Espírito Secundário. E nessas
circunstâncias, constatamos que só coisas boas acontecem.

Pergunta — E o Espírito Primordial?

Meishu Sama — O Espírito Primordial é o grande responsável pela


transmissão das orientações divinas para o ser humano. Durante todo o
tempo o Espírito Primordial está em comunicação com o Espírito Protetor —
ambos da mesma pessoa — e a fé é o elemento facilitador dessa
ocorrência. Se a fé for bastante desenvolvida, o Espírito Protetor receberá a
mensagem. Caso contrário, ela será interrompida pelo Espírito Secundário,
que só age por puro instinto, sem fazer a menor distinção entre Bem e Mal.
Contudo, o Espírito Secundário tende mais ao incentivo do caminho do Mal.
Sem medir conseqüências, muito menos tendo qualquer juízo de valor, vai
permitindo a prática de atos negativos, desde as mais ingênuas mentiras até
crimes irreparáveis, aspectos que só irão aumentar as máculas daqueles
que os praticarem, fato que os levará a sofrer mais ainda.

Mas por mais irônico que pareça, aqui se estabelece um vínculo


reparador: os sofrimentos causados pelo acréscimo de máculas começam a
dissipar as nuvens que surgiram, agindo como se fossem bactérias
espirituais, e atuando como um antídoto do veneno que se instalou. Quando
toxinas se acumulam — tanto no espírito quanto no corpo — surgem
bactérias para eliminá-las, e esse é um processo natural.

Pergunta — O Senhor sempre nos orienta para que ministremos


Johrei na parte frontal da cabeça. O que isso significa?
Meishu Sama — O Espírito Secundário "usa" a testa — responsável
pelo discernimento — para influenciar os seres humanos. Por isso, a cabeça
deve ser, constantemente, purificada pelo Johrei.

Pergunta — Ministra-se Johrei na testa para purificar o Espírito


Primordial?

Meishu Sama — Não é só por isso. O Espírito Primordial já é puro,


mas o que está ao seu redor é que é impuro. É o mesmo que acontece com
o Sol no céu azul: jamais pára de brilhar, mas quando é encoberto por
nuvens carregadas, torna escuro o mundo, mesmo que seu brilho ainda seja
o mesmo de sempre. E isso é o que também ocorre com o Espírito
Primordial.

Pergunta — Como entender a afirmação de que existem duas


maneiras — uma interior e outra exterior — para que as nuvens do corpo
espiritual sejam dissolvidas?

Meishu Sama — O Johrei purifica de fora para dentro, buscando


atingir a partícula divina, e vai limpando o caminho até atingi-la. Já a leitura
dos Ensinamentos faz o caminho inverso: limpa de dentro para fora.
Explicando melhor: a partícula divina, isto é, a própria Luz, quando está
encoberta por impurezas, influencia a alma. É o que ocorre quando se diz
que "a alma está dormindo" ou que "está nublada". Nessas circunstâncias,
ao se lerem os Ensinamentos, a alma desperta e a escuridão desaparece de
dentro para fora.

A partícula divina encontra-se lá no fundo do interior de cada um de


nós e, portanto, é absolutamente pura. Com isso, possibilita a um homem
mau despertar para o Bem, por qualquer motivo que seja. Sua alma acorda,
cresce, como também ocorrem mudanças em tudo ao seu redor. É assim: a
alma muda de tamanho, podendo ficar maior ou menor. Mas é preciso
conservá-la acordada, para podermos sentir a Luz de Deus.
Pergunta — O que acontece quando alguém dedica para prestar
ajuda a outras pessoas?

Meishu Sama — Aquele que foi ajudado sempre agradece ao seu


benfeitor, e o soonen de agradecimento tem o poder de eliminar as máculas
do dedicante. Assim, a repetição desse movimento amplia a alma daquele
que prestou ajuda, porque a alma é livre para aumentar ou diminuir de
tamanho.

Pergunta — Sabendo-se que a freqüência ao Culto Mensal gera


muita Luz, isso significa que a alma está sendo purificada?

Meishu Sama — É isso mesmo. A Luz de Deus também aumenta e


diminui. Quando muitos participam do Culto, oram juntos, a Luz Divina
aumenta e todos são banhados por ela, o que permite a ocorrência de
graças. Cada participante é co-responsável pela Luz que se forma e, ao
mesmo tempo, também é beneficiário dela.

(05 de setembro de 1951)


(tradução em: O Caminho da Felicidade)

Normalmente, cada pessoa possui um Espírito Guardião. Mas, às


vezes, somente um não é suficiente. Nesses casos, há o auxílio de outros
ancestrais. (...) O Espírito Guardião, que no Ocidente é referido como
espírito protetor, emite também avisos através de sonhos. Nos momentos de
extrema urgência, o Espírito Guardião pede auxílio a Deus, que o atende,
concedendo-lhe força. As graças recebidas nestas circunstâncias são o que
chamamos de milagre; é o Espírito Guardião quem opera os milagres.
Entretanto, para realizar grandes milagres, ele solicita o apoio de Deus.

(Palestra, 5 de setembro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)
A AÇÃO DOS JASHIN CONSTITUI IMPEDIMENTO PARA MEISHU SAMA
ESCREVER A “CRIAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO”

Eu me considero um soldado lutando contra os Jashin, numa guerra


invisível e diária, porque comecei a escrever a Criação da Civilização, livro
profundamente temido por essas entidades, que colocam inúmeros
impedimentos para que eu não possa completá-lo.

Até pessoas da família me atrapalham. Embora não tenham a intenção


de me prejudicar, são usadas pelos Jashin para obstruir o meu trabalho.

Recentemente melhorou um pouco, mas, no começo, não havia jeito de


fugir desses obstáculos.

05 de setembro de 1951
(tradução em: Ensinamentos Kototama)

O QUE É O ESTADO LIGEIRAMENTE FEBRIL

Provavelmente, hoje em dia, não há ninguém que não apresente um


pouco de febre, mas muitas pessoas nem têm consciência disso. Esse
estado ligeiramente febril exerce uma forte influência sobre o homem.
Vejamos.

O indivíduo sente dor e peso na cabeça, sua capacidade de


concentração diminui, torna-se disperso, sua memória enfraquece, não faz
nada com afinco, tudo lhe parece difícil, sente sempre o corpo pesado e por
qualquer coisa vai para a cama. Além disso, quase não tem apetite, mostra
muitas preferências e restrições em matéria de comida, preferindo alimentos
bem aquosos, toma muito líquido e irrita-se com facilidade. Como nada lhe
vai bem, isola-se do mundo e passa a encarar as coisas com pessimismo. A
histeria também é motivada pela febre branda. Essas pessoas são passivas
em tudo, preferem o tempo chuvoso ao tempo bom, contraem gripe com
freqüência, ficam com o nariz entupido, suas amígdalas inflamam facilmente,
perdem o fôlego ao subir ladeiras ou quando andam rápido, e suas pernas
ficam pesadas. Em rápida análise, esse é o quadro que se apresenta, e que
não é nada desprezível.

Deste modo tais indivíduos não se dão bem com os amigos. Aliás,
não se dão bem com ninguém. No lar, isso se reflete no mau relacionamento
entre o casal e entre pais e filhos. Eles sempre tentam impor seus pontos de
vista, agem de maneira egoísta e ainda procuram apresentar razões para a
sua conduta. A justificativa mais alegada é o liberalismo. Como acham
desagradável a vida no lar, facilmente acabam provocando infelicidades.
Ultimamente muitos rapazes e moças têm fugido de casa, e a explicação
deve ser a que estamos expondo. Nos casos mais graves acabam por traçar
o trágico destino de suicídio coletivo da família.

E não fica por aí. No tocante ao convívio social, muitas pessoas


procuram justificativas egoístas para suas condutas e dessa forma criam
desarmonia ao seu redor, discutem por motivos insignificantes e brigam sem
nenhuma necessidade. Tudo isso é causado pelo excesso de egocentrismo.
Mesmo em grupo, em caso de discussão de determinado assunto, há muito
falatório, levando-se um tempo enorme para chegar-se a um acordo. Parece
que as pessoas não conseguem perceber a causa desses fatos e também
não têm interesse nisso.

Numa sociedade complicada como a que acabamos de mencionar, as


criaturas estão crivadas de problemas e, logicamente, procuram fugir dos
aborrecimentos. Aí vem a bebida. Deve ser essa a razão que, por mais que
esta suba de preço, seu consumo não diminui. Além disso, na ânsia de fugir
dos problemas, as pessoas acabam procurando diversões que lhes
proporcionem fortes estímulos. Os jovens procuram cabarés, discotecas,
jogos mecânicos, etc. Os indivíduos de mais idade, desde que tenham
algumas posses, procuram consolo em concubinas ou em relacionamentos
de caráter leviano. Assim é que, no mundo atual, proliferam diversões nada
saudáveis.
Se a origem de um quadro tão sombrio, conforme dissemos, é o
estado ligeiramente febril que as pessoas normalmente apresentam, não há
nada mais temível do que esse estado. Mas qual é a causa da febre? São as
toxinas medicinais, as quais se encontram solidificadas em várias regiões do
corpo, determinando um processo lento de purificação. Para eliminá-la de
verdade, não há absolutamente nada a não ser o Johrei. À medida que
aumentam os fiéis da nossa Igreja, tende a desaparecer o quadro sombrio
que descrevemos, não havendo, portanto, a menor dúvida de que surgirá
uma sociedade extremamente agradável de se viver. Esta é justamente a
imagem do Paraíso Terrestre.

(Jornal Eikô nº 120 — 5 de setembro de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

(J2/55) O QUE É O ESTADO LIGEIRAMENTE FEBRIL

Provavelmente não há ninguém que não apresente um pouco de


febre, mas muitas pessoas nem têm consciência disso. Esse estado
ligeiramente febril exerce uma forte influência sobre o homem. Vejamos.

O indivíduo sente dor e peso na cabeça, sua capacidade de


concentração diminui, torna-se disperso, sua memória enfraquece, não faz
nada com afinco, tudo lhe parece difícil, sente o corpo pesado e por qualquer
coisa vai para a cama. Além disso, quase não tem apetite, mostra muitas
preferências e restrições em matéria de comida, toma muito líquido e irrita-
se com facilidade. Como nada lhe vai bem, passa a encarar as coisas com
pessimismo. A histeria também é motivada pela febre branda. Essas
pessoas são passivas em tudo, preferem o tempo chuvoso ao tempo bom,
contraem gripe com freqüência, ficam com o nariz entupido, ouvem
zumbidos, suas amígdalas inflamam facilmente, perdem o fôlego ao subir
ladeiras ou quando andam rápido, e suas pernas ficam pesadas. Em rápida
análise, esse é o quadro que se apresenta, e que não é nada desprezível.
Com tudo o que dissemos, é fácil deduzir que tais indivíduos não se
dão bem com os amigos. Aliás, não se dão bem com ninguém, nem com os
próprios familiares. No lar, isso se reflete no mau relacionamento entre o
casal e entre pais e filhos. Eles tentam impor seus pontos de vista, agem de
maneira egoísta e ainda procuram apresentar razões para a sua conduta. A
justificativa mais alegada é o liberalismo. Como acham desagradável a vida
no lar, facilmente abandonam a família. Ultimamente muitos rapazes e
moças têm fugido de casa, e a explicação deve ser a que estamos expondo.
Os casos mais trágicos acabam em suicídio coletivo da família.

E não fica por aí. No tocante ao convívio social, muitas pessoas


procuram justificativas egoístas para suas condutas e dessa forma criam
desarmonia ao seu redor, discutem por motivos insignificantes e brigam sem
nenhuma necessidade. Tudo isso é causado pelo excesso de egocentrismo.
Parece que tais ocorrências são freqüentes entre os políticos. Mesmo nas
associações, em caso de discussão de determinado assunto, há muito
falatório, levando-se um tempo enorme para chegar-se a um acordo. Parece
que as pessoas não conseguem perceber a causa desses fatos e também
não têm interesse nisso.

Numa sociedade complicada como a que acabamos de mencionar, as


criaturas estão crivadas de problemas e, logicamente, procuram fugir dos
aborrecimentos. Aí vem a bebida. Deve ser por essa razão que, por mais
que esta suba de preço, seu consumo não diminui. Além disso, na ânsia de
fugir dos problemas, as pessoas acabam procurando diversões que lhes
proporcionem fortes estímulos. Os jovens procuram cabarés, discotecas,
fliperamas, etc. Os indivíduos de mais idade, desde que tenham algumas
posses, procuram refúgio em concubinas ou em relacionamentos de caráter
leviano. Assim é que, no mundo atual, proliferam diversões insanas.

Se a origem de um quadro tão sombrio, conforme dissemos, é o


estado ligeiramente febril que as pessoas normalmente apresentam, não há
nada mais temível que esse estado. No entanto, não é só isso. Devido a
esse estado, quando a pessoa se submete ao exame de saúde, os médicos
acham que é o início da tuberculose; portanto, este é um fato um tanto
complicado. Depois desse diagnóstico, a pessoa passa a fazer repouso
absoluto e outros tratamentos opostos; portanto, a maioria, depois de sofrer
por vários anos, acaba tornando-se viajante para o outro mundo. Certamente
é difícil encontrar uma entre cem pessoas que felizmente venha a se
restabelecer e voltar ao trabalho como antes. Portanto, observando de todos
os ângulos, é evidente que devemos tornar o corpo físico das pessoas livre
do estado ligeiramente febril. Mas qual é a causa da febre? São as toxinas
medicinais, as quais se encontram solidificadas em vários pontos do corpo,
determinando um processo brando de purificação. Para eliminá-la de
verdade, não há absolutamente nada a não ser o JOHREI. À medida que
aumentam os fiéis de nossa Igreja, tende a desaparecer o quadro sombrio
que descrevemos, não havendo, portanto, a menor dúvida de que surgirá
uma sociedade extremamente agradável. Esta é justamente a imagem do
Paraíso Terrestre.

Jornal Eiko nº 120, 5 de setembro de 1951


A Outra Face da Doença, pág. 97
(tradução em: Rokan – Johrei 2)

O QUE É O ESTADO LIGEIRAMENTE FEBRIL

Provavelmente não há ninguém que não apresente um pouco de


febre, mas muitas pessoas nem têm consciência disso. Esse estado
ligeiramente febril exerce uma forte influência sobre o homem. Vejamos.

O indivíduo sente dor e peso na cabeça, sua capacidade de


concentração diminui, torna-se disperso, sua memória enfraquece, não faz
nada com afinco, tudo lhe parece difícil, sente o corpo pesado e por qualquer
coisa vai para a cama. Além disso, quase não tem apetite, mostra muitas
preferências e restrições em matéria de comida, toma muito líquido e irrita-
se com facilidade. Como nada lhe vai bem, passa a encarar as coisas com
pessimismo. A histeria também é motivada pela febre branda. Essas
pessoas são passivas em tudo, preferem o tempo chuvoso ao tempo bom,
contraem gripe com freqüência, ficam com o nariz entupido, ouvem
zumbidos, suas amígdalas inflamam facilmente, perdem o fôlego ao subir
ladeiras ou quando andam rápido, e suas pernas ficam pesadas. Em rápida
análise, esse é o quadro que se apresenta, e que não é nada desprezível.

Com tudo o que dissemos, é fácil deduzir que tais indivíduos não se
dão bem com os amigos. Aliás, não se dão bem com ninguém, nem com os
próprios familiares. No lar, isso se reflete no mau relacionamento entre o
casal e entre pais e filhos. Eles tentam impor seus pontos de vista, agem de
maneira egoísta e ainda procuram apresentar razões para a sua conduta. A
justificativa mais alegada é o liberalismo. Como acham desagradável a vida
no lar, facilmente abandonam a família. Ultimamente muitos rapazes e
moças têm fugido de casa, e a explicação deve ser a que estamos expondo.
Os casos mais trágicos acabam em suicídio coletivo da família.
E não fica por aí. No tocante ao convívio social, muitas pessoas
procuram justificativas egoístas para suas condutas e dessa forma criam
desarmonia ao seu redor, discutem por motivos insignificantes e brigam sem
nenhuma necessidade. Tudo isso é causado pelo excesso de egocentrismo.
Parece que tais ocorrências são freqüentes entre os políticos. Mesmo nas
associações, em caso de discussão de determinado assunto, há muito
falatório, levando-se um tempo enorme para chegar-se a um acordo. Parece
que as pessoas não conseguem perceber a causa desses fatos e também
não têm interesse nisso.

Numa sociedade complicada como a que acabamos de mencionar, as


criaturas estão crivadas de problemas e, logicamente, procuram fugir dos
aborrecimentos. Aí vem a bebida. Deve ser por essa razão que, por mais
que esta suba de preço, seu consumo não diminui. Além disso, na ânsia de
fugir dos problemas, as pessoas acabam procurando diversões que lhes
proporcionem fortes estímulos. Os jovens procuram cabarés, discotecas,
fliperamas, etc. Os indivíduos de mais idade, desde que tenham algumas
posses, procuram refúgio em concubinas ou em relacionamentos de caráter
leviano. Assim é que, no mundo atual, proliferam diversões insanas.
Se a origem de um quadro tão sombrio, conforme dissemos, é o
estado ligeiramente febril que as pessoas normalmente apresentam, não há
nada mais temível que esse estado. Mas qual é a causa da febre? São as
toxinas medicinais, as quais se encontram solidificadas em vários pontos do
corpo, determinando um processo brando de purificação. Para eliminá-la de
verdade, não há absolutamente nada a não ser o JOHREI. À medida que
aumentam os fiéis de nossa Igreja, tende a desaparecer o quadro sombrio
que descrevemos, não havendo, portanto, a menor dúvida de que surgirá
uma sociedade extremamente agradável. Esta é justamente a imagem do
Paraíso Terrestre.

5 de setembro de 1951
(tradução em: A Outra Face da Doença)

(S.AN/80) O HÁBITO DA MENTIRA

Alicerce do Paraíso, pág. 429

Entre as várias espécies de hábitos, existe um, pouco percebido, que


é o da mentira. O homem moderno mente demais, baseando-se na idéia
errônea de que será bem sucedido. A maioria, acostumada a esse mau
hábito, nem sequer toma consciência de que está mentindo. Quando isso
ocorre com os meus subalternos, costumo chamar-lhes a atenção, mas
muitos deles parecem ter perdido a noção da diferença entre a verdade e a
mentira. Só percebem haver mentido e pedem desculpas depois de eu lhes
ministrar uma lição bem clara a respeito. O hábito faz com que o povo
moderno se perca, incapaz de distinguir os limites entre a mentira e a
verdade.

Deixarei de lado as mentiras inconseqüentes, que não merecem


análise especial, para cuidar das maiores, mais graves, por serem
conscientes e premeditadas. Entre elas, começaremos por analisar as
mentiras proferidas pelos políticos. Estes, muitas vezes, são censurados por
deixarem de cumprir as promessas de uma boa política e planejamento,
feitas durante pomposas propagandas eleitorais. Há, também, muitos
parlamentares que desprezam os compromissos assumidos com os seus
eleitores, julgando essa atitude perfeitamente normal. Existem educadores
cujos atos contradizem a grandeza de suas palavras, e é comum os jornais
publicarem artigos de caráter duvidoso. As propagandas exageradas não
constituem exceção.

Os impostos representam o maior problema. É uma competição de


mentiras, entre fiscais e contribuintes, de caráter sumamente complicado e
desagradável. Há médicos que mentem, dando esperanças a pacientes
incuráveis. Também desaprovo os bonzos que fazem uso freqüente das
"mentiras de ocasião". As conhecidas táticas empregadas pelos
comerciantes são mentiras aceitas pelo público. Com estas variedades,
embora resumidas, podemos afirmar que o mundo é um complexo de
mentiras.

Talvez achem incrível o fato de um promotor mentir, mas isso


acontece de vez em quando. A prova se evidencia no notável esforço que o
Ministério Público vem empregando, baseado em suposições, para criar
criminosos, desde a ocorrência de um caso até o julgamento final. Sempre
que isso se repete, penso insistentemente no motivo de tanto interesse em
culpar cidadãos inocentes. É realmente um enigma, para o qual não existe
explicação. A profissão de promotor exige a condenação de um criminoso,
mas a condenação de um inocente foge ao nosso raciocínio. É difícil saber
prontamente se um suspeito é ou não responsável por um crime, mas creio
ser possível distinguir o branco do preto, após uma breve investigação.

O desejo de mentir vem do pensamento otimista segundo o qual é


impossível a mentira vir à luz. A teoria da inexistência de Deus favorece o
argumento de que a mentira perfeita é sinal de inteligência - o que constitui
um erro gravíssimo, a existência de Deus é uma realidade, e a mentira,
mesmo bem pregada, é passageira, estando sempre sujeita a ser
descoberta. Isso acarreta um grande prejuízo a quem mente, porque,
contrariando seu objetivo primordial, a pessoa se expõe à vergonha de ter o
seu crédito destruído e ser-lhe imposto um castigo. O mentiroso pensa que
Deus não existe, simplesmente porque Ele é invisível. Neste ponto, iguala-se
aos selvagens, que não acreditam na existência do ar porque não o vêem.
Pobre homem civilizado, completamente mergulhado no hábito da mentira!

Jornal Eiko nº 120, 5 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

O HÁBITO DA MENTIRA

Entre as várias espécies de hábitos, existe um, pouco percebido, que


é o da mentira. O homem moderno mente demais, baseando-se na idéia
errônea de que será bem sucedido. A maioria, acostumada a esse mau
hábito, nem sequer toma consciência de que está mentindo. Quando isso
ocorre com os meus subalternos, costumo chamar-lhes a atenção, mas
muitos deles parecem ter perdido a noção da diferença entre a verdade e a
mentira. Só percebem haver mentido e pedem desculpas depois de eu lhes
ministrar uma lição bem clara a respeito. O hábito faz com que o povo
moderno se perca, incapaz de distinguir os limites entre a mentira e a
verdade.

Deixarei de lado as mentiras inconseqüentes, que não merecem


análise especial, para cuidar das maiores, mais graves, por serem
conscientes e premeditadas. Entre elas, começaremos por analisar as
mentiras proferidas pelos políticos. Estes, muitas vezes, são censurados por
deixarem de cumprir as promessas de uma boa política e planejamento,
feitas durante pomposas propagandas eleitorais. Há, também, muitos
parlamentares que desprezam os compromissos assumidos com os seus
eleitores, julgando essa atitude perfeitamente normal. Existem educadores
cujos atos contradizem a grandeza de suas palavras, e é comum os jornais
publicarem artigos de caráter duvidoso. As propagandas exageradas não
constituem exceção.

Os impostos representam o maior problema. É uma competição de


mentiras, entre fiscais e contribuintes, de caráter sumamente complicado e
desagradável. Há médicos que mentem, dando esperanças a pacientes
incuráveis. Também desaprovo os bonzos que fazem uso freqüente das
“mentiras de ocasião”. As conhecidas táticas empregadas pelos
comerciantes são mentiras aceitas pelo público. Com estas variedades,
embora resumidas, podemos afirmar que o mundo é um complexo de
mentiras.
Talvez achem incrível o fato de um promotor mentir, mas isso
acontece de vez em quando. A prova se evidencia no notável esforço que o
Ministério Público vem empregando, baseado em suposições, para criar
criminosos, desde a ocorrência de um caso até o julgamento final. Sempre
que isso se repete, penso insistentemente no motivo de tanto interesse em
culpar cidadãos inocentes. É realmente um enigma, para o qual não existe
explicação. A profissão de promotor exige a condenação de um criminoso,
mas a condenação de um inocente foge ao nosso raciocínio. É difícil saber
prontamente se um suspeito é ou não responsável por um crime, mas creio
ser possível distinguir o branco do preto, após uma breve investigação.

O desejo de mentir vem do pensamento otimista segundo o qual é


impossível a mentira vir à luz. A teoria da inexistência de Deus favorece o
argumento de que a mentira perfeita é sinal de inteligência – o que constitui
um erro gravíssimo, a existência de Deus é uma realidade, e a mentira,
mesmo bem pregada, é passageira, estando sempre sujeita a ser
descoberta. Isso acarreta um grande prejuízo a quem mente, porque,
contrariando seu objetivo primordial, a pessoa se expõe à vergonha de ter o
seu crédito destruído e ser-lhe imposto um castigo. O mentiroso pensa que
Deus não existe, simplesmente porque Ele é invisível. Neste ponto, iguala-se
aos selvagens, que não acreditam na existência do ar porque não o vêem.
Pobre homem civilizado, completamente mergulhado no hábito da mentira!

5 de setembro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“Neste mundo, ocorrem freqüentes desgraças porque é grande o número


de pessoas falsas.”
Entre as várias espécies de hábitos, existe um, pouco percebido, que é o
da mentira. O homem moderno mente demais, baseando-se na idéia errônea
de que será bem sucedido. A maioria, acostumada a esse mau hábito, nem
sequer toma consciência de que está mentindo. Quando isso ocorre com os
meus subalternos, costumo chamar-lhes a atenção, mas muitos deles parecem
ter perdido a noção da diferença entre a verdade e a mentira. Só percebem
haver mentido e pedem desculpas depois de eu lhes ministrar uma lição bem
clara a respeito. O hábito faz com que o povo moderno se perca, incapaz de
distinguir os limites entre a mentira e a verdade.

Deixarei de lado as mentiras inconseqüentes, que não merecem análise


especial, para cuidar das maiores, mais graves, por serem conscientes e
premeditadas. Entre elas, começaremos por analisar as mentiras proferidas
pelos políticos. Estes, muitas vezes, são censurados por deixarem de cumprir
as promessas de uma boa política e planejamento, feitas durante pomposas
propagandas eleitorais. Há, também, muitos parlamentares que desprezam os
compromissos assumidos com os seus eleitores, julgando essa atitude
perfeitamente normal. Existem educadores cujos atos contradizem a grandeza
de suas palavras, e é comum os jornais publicarem artigos de caráter duvidoso.
As propagandas exageradas não constituem exceção. Os impostos
representam o maior problema. É uma competição de mentiras, entre fiscais e
contribuintes, de caráter sumamente complicado e desagradável.

Os assuntos que se seguem também são muito conhecidos. Já nos


tempos antigos se dizia que as mulheres do mundo da prostituição aprendem a
mentir desde crianças e, quando conseguem aprovação, estão aptas a exercer
a profissão. Há médicos que mentem, dando esperanças a pacientes
incuráveis, e agem assim porque, do contrário, não conseguem sobreviver.
Também desaprovo os bonzos que fazem uso freqüente das “mentiras de
ocasião”. As conhecidas táticas empregadas pelos comerciantes são mentiras
aceitas pelo público. Com estas variedades, embora resumidas, podemos
afirmar que o mundo é um complexo de mentiras. Principalmente o acentuado
hábito de mentir, entre os japoneses, é conhecido mundialmente, mas não é
nada honroso.
Estamos falando simplesmente em mentiras, mas há aquelas que não
causam muito prejuízo e aquelas que são malignas. Entre estas, a que se
segue é um problema muito sério. Trata-se da mentira das autoridades que
julgam os crimes, como no Caso Mitaka, que recentemente inflamou os jornais.
Entre vários criminosos condenados à morte, apenas um foi totalmente
absolvido. Outro exemplo é o caso de dois elementos condenados a trabalhos
forçados por homicídio. Hoje, após três anos, apareceu o verdadeiro criminoso,
que se entregou espontaneamente. Podemos citar, ainda, o Caso Taizo,
ocorrido em Oossaka, no qual dois elementos a quem o promotor infligiu uma
pena de cinco anos de trabalhos forçados foram absolvidos. Fatos semelhantes
têm ocorrido freqüentemente, mas essas pessoas são realmente vítimas da
mentira dos promotores. Talvez achem incrível o fato de um promotor mentir,
mas isso acontece de vez em quando. A prova se evidencia no notável esforço
que o Ministério Público vem empregando, baseado em suposições, para criar
criminosos, desde a ocorrência de um caso até o julgamento final. Sempre que
isso se repete, penso insistentemente no motivo de tanto interesse em culpar
cidadãos inocentes. É realmente um enigma, para o qual não existe explicação.
A profissão de promotor exige a condenação de um criminoso, mas a
condenação de um inocente foge ao nosso raciocínio. É difícil saber
prontamente se um suspeito é ou não responsável por um crime, mas creio ser
possível distinguir o branco do preto, após uma breve investigação.

O desejo de mentir parte do pensamento otimista segundo o qual é


impossível a mentira vir à luz. A teoria da inexistência de Deus favorece o
argumento de que a mentira perfeita é sinal de inteligência – o que constitui um
erro gravíssimo. A existência de Deus é uma realidade, e a mentira, mesmo
bem pregada, é passageira, estando sempre sujeita a ser descoberta. Isso
acarreta um grande prejuízo a quem mente, porque, contrariando seu objetivo
primordial, a pessoa se expõe à vergonha de ter o seu crédito destruído e ser-
lhe imposto um castigo. O mentiroso pensa que Deus não existe, simplesmente
porque Ele é invisível. Neste ponto, iguala-se aos selvagens, que não acreditam
na existência do ar porque não o vêem. Pobre homem civilizado,
completamente mergulhado no hábito da mentira!
Portanto, compreendendo este princípio, é lógico que de nada adianta
ter uma atuação admirável. Principalmente aqueles que exercem a sagrada
profissão de julgar o bem e o mal dos outros, devem prestar a máxima atenção
a esse ponto. Eles julgam as pessoas, mas, no final, serão julgados por Deus.
Se não conseguem acreditar num fato tão evidente, significa que estão
totalmente enquadrados no hábito da mentira. Sendo assim, nosso grande
desejo é que todos os magistrados se tornem fiéis de religiões corretas e
conheçam a realidade de Deus. Nos Estados Unidos, os promotores são, antes
de mais nada, possuidores de sentimentos humanos, de modo que, lá, os
julgamentos se processam de forma relativamente imparcial. Isso,
inegavelmente, deve-se ao grande número de cristãos existentes naquele país.

Alicerce do Paraíso - “O hábito da mentira” (05/09/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

B) Lendo os Ensinamentos, a alma desperta

Interlocutor: Consta no livro A cura revolucionária da tuberculose que


as máculas do corpo espiritual têm duas causas: uma que surge de dentro, e
outra que vem de fora. Para purificá-las, será que há diferença entre a
purificação provocada pelo Johrei e aquela que ocorre pela leitura de
Ensinamentos?

Meishu Sama: O Johrei purifica de fora para dentro e os Ensinamentos


atingem a alma: com ela mesma, não acontece nada, mas recebe influências
da mácula, quando esta surge. Quando a alma está adormecida ou recebe
influência externa, através da mácula, ela, que era de um certo tamanho, fica
reduzida a outro. Lendo os Ensinamentos, ela desperta, repentinamente. Então,
as máculas vão sendo eliminadas do centro para fora. A Alma é, no fundo,
absolutamente pura. Em determinada circunstância, até uma pessoa má
desperta ou, na hora decisiva, faz algo de bom. Existem teorias de que o
caráter bom e mau é inato ao homem. O interior da alma é dessa maneira. Só
em sua volta é que diversifica. Por isso, ela cresce ou encolhe. A expressão:
"Mitama no fuyu" significa que a alma se amplia.
Gossuiji-roku Nº 2 (08/09/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

5.11. A Luz torna-se forte quando a oração é feita por inúmeras


pessoas

Interlocutor: Quando participamos do Culto Mensal, será que


recebemos bastante Luz e a nossa alma é purificada?

Meishu Sama: Deus é assim. Quando se reúnem muitas pessoas, Sua


Luz torna-se forte. E aí recebem-se graças.

Quando existem, por exemplo, teias de aranha, a Luz de Deus não atua.

Gossuiji-roku Nº 2 (08/09/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

D) O trabalho após o ingresso na Fé

Interlocutor: Um membro veio dedicando com fervor há muito tempo e,


agora, recebeu qualificação sacerdotal. Ele entrou neste Caminho depois de
utilizar grande quantidade de remédios, mas não tem recebido nenhuma
purificação equivalente aos remédios ingeridos. Outras pessoas que têm
purificado, sentem inveja dele. Ele próprio está preocupado e indagou-me:
"Será que ainda não cheguei a esse nível?" O que o senhor acha?

Meishu Sama: Deve haver alguma coisa fora do lugar. Uma vez que
tomou remédios, sem dúvida, eles irão sair. Mas existem medicamentos fortes e
fracos; por isso, não se pode generalizar.

Só porque a pessoa dedica com fervor não significa que seja o ideal; se
estiver fora da linha, não é muito bom. Estar dentro da linha significa salvar
muitas pessoas e criar filiais. E o prêmio por dedicação vem de Deus. Para tal,
a inteligência também se torna necessária. Mesmo que se empenhe com ardor,
o que conta é o resultado final. É muito bom fazer todo o esforço, mas é preciso
que apareça o resultado positivo.

Antes de dizer isto ou aquilo, o que conta é o resultado. Mesmo que


pareça que a pessoa esteja vadiando e que não se aprove a sua atitude, se ela
estiver realmente conseguindo formar membros, significa salvação, e isso é o
principal.

Gossuiji-roku Nº 2 (08/09/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

Exemplo de ter recebido advertência por ter negligenciado o


agradecimento pela graça recebida

Interlocutor: Na casa da irmã de um membro fervoroso, não saía água


do poço há mais ou menos vinte anos. Seguindo o conselho de que seria bom
fazer um pedido a Deus, na primeira vez conseguiu obter um balde cheio e, a
medida que ia tirando, começou a sair uma água muito boa. Então, esse
membro aconselhou-a que fizesse gratidão oferecendo 10 ienes por dia; após
praticá-la por cerca de 25 dias, foi diminuindo a gratidão, até que ela perdeu a
vontade de fazer essa dedicação. Então, o membro brigou com sua irmã,
dizendo que a água iria parar de sair porque não mais manifestava gratidão,
apesar de ter recebido graça. Dois ou três dias depois, ela realmente parou de
sair. A irmã do membro, não querendo ficar sem água, fez o pedido novamente
e, desta vez, saiu uma substância preta. Então, o membro disse a sua irmã que
aquilo acontecera porque ela ainda tinha muitas máculas. Ultimamente, a cor
da água mudou para vermelha.

Meishu Sama: Seja como for, é pelo fato de ter esquecido a gratidão
inicial. O espírito de pessoa como ela tem muitas máculas, e, através da água,
Deus as está retirando. De certa forma, é preciso que isso ocorra. Por esse
motivo, está bem assim.
Mesmo no caso da doença, há pessoas que recebem graças e ficam
boas. Emocionadas, dizem que irão praticar a fé com devoção, mas não o
fazem. Ressurgindo a doença novamente, elas despertam e se empenham
fervorosamente; mas há pessoas que, por causa disso, acabam morrendo.
Realmente, está bem claro, não?

Gossuiji-roku N0 2 (08/09/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

PERGUNTA: Quando, por alguma razão, o ohikari tem de ser


substituído, o que o fiel deve fazer com o antigo? Há algum procedimento
especial a ser seguido?

MEISHU SAMA: Não, nada existe de especial.

PERGUNTA: É suficiente agradecer a Deus pelas graças recebidas


através do ohikari primitivo?

MEISHU SAMA: Sim, isto é suficiente.

08 de setembro de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 01)

PERGUNTA: O invólucro e o cordão do ohikari devem ser de seda?

MEISHU SAMA: O invólucro precisa ser de seda. O cordão também


deve ser de seda. Caso prefiram corrente, podem utilizá-la.

08 de setembro de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 01)
INTERLOCUTOR: Quando participamos do Culto Mensal, será que
recebemos bastante Luz e a nossa alma é purificada?

MEISHU-SAMA: Deus é assim. Quando se reúnem muitas pessoas,


Sua Luz torna-se forte. E aí recebem-se graças.

Quando existem, por exemplo, teias de aranha, a Luz de Deus não


atua.

Gossuijiroku nº 2 (08/09/1951)
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 03)

32) A LUZ TORNA-SE FORTE QUANDO A ORAÇÃO É FEITA POR


INÚMERAS PESSOAS

INTERLOCUTOR: Quando participamos do Culto Mensal, será que


recebemos bastante Luz e a nossa alma é purificada?

MEISHU-SAMA: Deus é assim. Quando se reúnem muitas pessoas,


Sua Luz torna-se forte. E aí recebem-se graças.

Quando existem, por exemplo, teias de aranha, a Luz de Deus não


atua.

Gossuiji-roku nº 2 (08/09/1951)
(tradução em: Mioshie Mondoshu – Vol 3)

A leitura dos Ensinamentos desperta a alma

- "Na Terapia Revolucionária da Tuberculose está escrito que há duas


causas para as máculas do corpo espiritual, externa e interna. Para purificá-
Ias, será que há diferença entre os casos em que se ministra Johrei e a
leitura dos Ensinamentos?”
- O Johrei age de fora e a leitura dos Ensinamentos atinge
diretamente a alma. Parece que a alma não é nada, mas as máculas
exercem grande influência nela. Mediante a influência externa ela fica
reduzida de tamanho - diz-se que a alma está adormecida ou anuviada.
Lendo os Ensinamentos, ela despertará instantaneamente, e as máculas
irão se dissipando a partir do centro. No tocante à alma, o centro é
absolutamente puro. Os homens maus também, em algumas circunstâncias,
podem despertar ou na hora decisiva praticar o bem, e a natureza do
homem - o gênio bom ou gênio ruim - o seu âmago é puro. Apenas o seu
exterior, a sua periferia é que diversifica; portanto, de acordo com isso a
alma cresce ou diminui de tamanho. A expressão Mitama no Fuyu
(Multiplicar a Alma) significa o crescimento da alma.

(08 de setembro de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

QUANDO A ALMA DESPERTA, ATRAVÉS DA LEITURA DOS


ENSINAMENTOS, RECEBE LUZ

Para entender bem este ponto, precisamos, primeiro, lembrar que nossa
alma, enquanto partícula divina, sempre tem luz. Entretanto, devido às muitas
máculas acumuladas, encontra-se envolvida por camadas de impurezas que
vão acumulando-se ao redor dela, no corpo espiritual. Por essa razão, eu digo
que a alma se acha num estado dormente e, pela influência exterior dessas
impurezas, diminui de tamanho. Então, quando as pessoas recebem Johrei,
estão queimando as máculas que envolvem a alma na parte mais exterior,
periférica. Ao lerem, porém, os Ensinamentos, acontece o inverso, isto é, as
nuvens das camadas mais profundas, mais próximas da partícula divina, são
eliminadas em primeiro lugar e, como resultado, a alma se expande. É por esse
motivo que eu insisto: a leitura dos Ensinamentos é a maneira correta para
despertar a alma, porque purifica-lhe as impurezas e a fortalece. Aqui está
também o verdadeiro sentido da oração, pois, através dela, pedimos a
purificação e o fortalecimento da nossa partícula divina.
08 de setembro de 1951
(tradução em: Ensinamentos Kototama)

Com a leitura de Ensinamentos as máculas vão sendo eliminadas a


partir do centro

— No livro 'Método Revolucionário da Cura da Tuberculose' está


escrito que as máculas do corpo espiritual têm duas causas, interna e
externa. Para purificá-las, será que existem diferenças entre o Johrei e a
leitura de Ensinamentos?

— O Johrei age de fora, e a leitura dos Ensinamentos atinge,


diretamente, a alma. Parece que a alma não é nada, mas as máculas
exercem grande influência sobre ela. Mediante a influência externa, ela fica
reduzida, deste para este tamanho — diz-se que a alma está adormecida ou
anuviada. Lendo os Ensinamentos, ela despertará instantaneamente, e as
máculas irão se dissipando a partir do centro. No tocante à alma, o seu
centro é absolutamente puro. Os homens maus, também, em algumas
circunstâncias, podem despertar ou, na hora decisiva, praticar o bem, e a
natureza do homem — gênio bom ou gênio mau - o seu âmago é puro.
Apenas o seu exterior, a sua periferia é que diversifica; portanto, de acordo
com isso, a alma cresce ou diminui de tamanho. A expressão Mitama no
Fuyu (multiplicar a alma) significa o crescimento da alma.

"Registro de Orientações" — 8 de setembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

Meishu Sama: O Johrei purifica de fora para dentro e os


Ensinamentos atingem a alma: com ela mesma, não acontece nada, mas
recebe influências da mácula, quando esta surge. Quando a alma está
adormecida ou recebe influência externa, através da mácula, ela, que era
deste tamanho, fica reduzida a este. Lendo os Ensinamentos, ela desperta,
repentinamente. Então, as máculas vão sendo eliminadas do centro para
fora. A alma é, no fundo, absolutamente pura. Em determinada circunstância,
até uma pessoa má desperta ou, na hora decisiva, faz algo de bom. Existem
teorias de que o caráter bom e mau é inato ao homem. O interior da alma é
dessa maneira. Só em sua volta é que diversifica. Por isso, ela cresce ou
encolhe. A expressão: "Mitama no fuyu" significa que a alma se multiplica.

Gossuiji-roku Nº 2 (08/09/1951)
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

O Espírito Primordial é Representante de Deus

O Espírito Primordial é Representante de Deus e, constantemente,


encontra-se na posição de intermediário. Ele transmite as ordens ao Espírito
Guardião, isto é, serve de intermediário entre Deus e o homem.

Se, contudo, o Espírito Guardião não tiver força, ele é vencido pelo
Espírito Secundário, pois para o Espírito Secundário não há distinção entre o
Bem e o Mal; assim, age indistintamente sob comando de ambos. Para
todos os efeitos, a natureza do Espírito Secundário é voltada para o Mal; por
isso, faz com que a pessoa cometa até crimes, minta sobre algo que não
vale a pena, faça algo sabendo que vai fracassar. Quando a pessoa
fracassa, o Espírito Secundário fica contente e gaba-se.

Se o Espírito Secundário possui força para tanto, significa que a


pessoa possui máculas, e estas transformam-se em força para ele. Quando
se comete um crime, surgem as máculas na mesma proporção. E o Espírito
Secundário proporciona-lhe um tanto de sofrimento que, por sua vez, ajuda
a retirar as máculas.

Eliminadas as máculas, o Espírito Secundário fica sem ação.


Portanto, a função dele é de retirar as máculas. Ele é idêntico às bactérias.
As bactérias surgem porque o homem está maculado, e isso significa que o
Mundo Espiritual do homem está maculado. Assim, torna-se necessária a
limpeza. Quando há acúmulo de máculas, algo surge para eliminá-las: são
as bactérias. Já escrevi sobre o assunto em um dos meus artigos, não é?
Que existem bactérias no homem, que elas eliminam as máculas e,
conseqüentemente, o homem torna-se limpo.

"Registro de Orientações" — 8 de setembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

O Espírito Primordial é mensageiro de Deus e, constantemente,


encontra-se na posição de intermediário. Ele transmite as ordens ao Espírito
Guardião, isto é, serve de intermediário entre Deus e o homem.

(Palestra, 8 de setembro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

A localização dos Espíritos Primordial, Secundário e Guardião

— Em que parte do nosso corpo estão os Três Espíritos do homem?

— O Espírito Primordial se encontra na nossa alma, no meio do


abdômen, nas entranhas, bem no centro do nosso corpo. Ele entra e sai
livremente. Se há uma delimitação não consegue atuar. O Espírito
Secundário circula por diversos lugares. Normalmente fica na parte inferior
do ventre, mas constantemente sobe ou desce. Quando sobe à cabeça
provoca doenças psíquicas.

— Muitas vezes há a recomendação de Meishu Sama para ministrar


Johrei aqui (região da testa)...
— O Espírito Secundário também fica em apuros, se ministrarmos
Johrei aqui (região da testa). É aqui que pensamos; portanto, devemos
purificar o máximo possível.

— Não se trata, então, de purificar o Espírito Primordial...

— Não é assim, pois o Espírito Primordial é puro. O que o circunda é


que não é bom.

— O Espírito Guardião sempre se encontra fora do nosso corpo, mas


haveriam casos em que atua internamente?

— Sim.

Há casos em que atua fora. Suponhamos, por exemplo, que vamos


colidir com algo. No exato momento, ele é que, de imediato, impede a
colisão. Há casos em que ele puxa o corpo para cá (numa posição em que
se evita a colisão).

(...) Quando se professa a fé, o Espírito Guardião manifesta força,


caso contrário não possui força.

O Espírito Guardião emite ordens que são obstruídas pelo Espírito


Secundário. Entretanto, se a pessoa professa a fé, o Espírito Secundário é
derrotado pelo Espírito Guardião, e tudo corre em ordem.

"Registro de Orientações" — 8 de setembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

Ao ingressar na Fé o Espírito Guardião manifesta Força

— O Espírito Guardião sempre se encontra fora do nosso corpo, mas


haveria algum caso em que vai para dentro?
— Sim. Há casos em que ele atua fora. Suponhamos que vamos
colidir com algo. Nesse momento, é ele que, de imediato, impede a colisão.
Há casos em que ele puxa o corpo para cá (numa posição em que se evita a
colisão).

(...) Quando se professa a fé, o Espírito Guardião manifesta força,


caso contrário, não a possui.

O Espírito Guardião emite ordens, as quais são obstruídas pelo


Espírito Secundário. Entretanto, se a pessoa professa a fé, o Espírito
Secundário é derrotado pelo Espírito Guardião, e tudo corre em ordem.

"Registro de Orientações" — 8 de setembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

- O Espírito Guardião atua em prol da elevação do indivíduo. Este irá


enfrentar purificações condizentes com a sua evolução?

- Exatamente.

- E no Mundo de Miroku, ocorrerá o mesmo?

- Coisas assim irão acabar.

(Palestra, 8 de setembro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

3.12 — Exemplo de advertência por negligenciar o agradecimento pela


graça recebida
INTERLOCUTOR: Na casa da irmã de um membro fervoroso, não
saía água do poço há mais ou menos vinte anos. Seguindo o conselho de
que seria bom fazer um pedido a Deus, na primeira vez, conseguiu obter
um balde cheio e, à medida que ia tirando, começou a sair uma água muito
boa. Então, esse membro aconselhou-a que fizesse gratidão oferecendo 10
ienes por dia; após praticá-la por cerca de 25 dias, foi diminuindo a gratidão
até que ela perdeu a vontade de fazer essa dedicação. Então, o membro
brigou com sua irmã, dizendo que a água iria parar de sair, porque não mais
manifestava gratidão apesar de ter recebido graça. Dois ou três dias depois,
ela realmente parou de sair. A irmã do membro, não querendo ficar sem
água, fez o pedido novamente e, desta vez, saiu uma substância preta.
Então, o membro disse à sua irmã que aquilo acontecera porque ela ainda
tinha muitas máculas. Ultimamente, a cor da água mudou para vermelha.

MEISHU SAMA: Seja como for, é pelo fato de ter esquecido a


gratidão inicial. O espírito de pessoa como ela tem muitas máculas, e,
através da água, Deus as está retirando. De certa forma, é preciso que isso
ocorra. Por esse motivo, está bem assim.

Mesmo no caso da doença, há pessoas que recebem graças e ficam


boas. Emocionadas, dizem que irão praticar a fé com devoção, mas não o
fazem. Ressurgindo a doença novamente, elas despertam e se empenham
fervorosamente; mas há pessoas que, por causa disso, acabam morrendo.
Realmente, está bem claro, não?

Registro de Orientações nº 2 (08 de setembro de 1951)


(tradução em: O Segredo da Prosperidade)

34 - O significado do ideograma "homem"

O traço maior da parte esquerda da letra representa a parte espiritual


concedida ao homem por Deus. E o pequeno traço da parte da direita, que
está sustentando a parte esquerda, veio lá de baixo (inferno). Ou seja, a
parte de cima veio de Deus, e a de baixo, veio do nível inferior do Mundo
Espiritual. Em outras palavras, é o Bem e o Mal. É dessa maneira que o ser
humano é formado. O Mal tem a forma horizontal que representa o desejo
pelas coisas materiais e o desejo carnal. Mas, se não houver o Mal, toda a
energia vital necessária ao ser humano acaba desaparecendo. Entretanto,
não podemos deixar que o Mal vença. Se vencer, a letra acaba tomando a
forma contrária, que significa nulo, nada, apagar-se, desaparecer. Por isso,
para que a letra homem não tome esta forma, é preciso tomar cuidado para
que a parte que veio do Mal nunca ultrapasse a décima parte que veio de
Deus. Mas lembrem-se: a parte de baixo não pode de maneira alguma
desaparecer. É preciso preservá-lo, mas sempre em tamanho pequeno. No
Budismo, ou mesmo no Cristianismo, existe o ascetismo. Por exemplo, no
Budismo existe o ascetismo de ficar confinado nas montanhas. Isso, em vez
de bem, torna-se um mal, ou seja, a letra homem acaba tomando a forma
errada. Realmente, como os ideogramas foram criados por Deus, podemos
considerá-los perfeitos!

08 de setembro de 1951
(tradução em: Wassurena)

35 - O significado da letra "correto"

Podem perceber que existe uma barra na parte vertical da letra que
está sendo pressionada por duas outras barras: uma em cima e outra
embaixo. Na verdade, essa barra vertical é que está delimitando as outras
duas. Isso significa que é preciso ser imparcial: não pode ser só em cima, ou
só embaixo. Também não pode ser os dois ao mesmo tempo. Resumindo,
nem que seja por pouca diferença, basta que o Bem esteja vencendo o Mal.
Só isso.

08 de setembro de 1951
(tradução em: Wassurena)
28 - Sobre a teoria de igualdade entre homem e mulher

Nestes dias atrás, uma certa escritora veio até aqui e, durante a
nossa conversa, acabou saindo o assunto sobre a teoria de igualdade de
direito entre o homem e a mulher. Eu já havia escrito sobre a teoria "a
combinação dos direitos do homem com a mulher", que o melhor é o homem
representar 55% e a mulher 45%, mas se houver uma diferença de 5% já
está bom. E, logicamente, ela me atacou muito. Só que se a mulher ficar
acima do homem, as coisas não dão certo. Para entender melhor esta parte
de "acima", "abaixo", basta pensar na figura fundamental da partícula
primordial do ser humano. Esta partícula primordial é a semente que vem do
homem e que se aloja na barriga da mulher. A partir daí, a mulher começa a
cultivá-la. Assim, a parte fundamental é o homem. Se compreenderem bem
esta parte, já está bom.

08 de setembro de 1951
(tradução em: Wassurena)

“É exatamente o avanço paralelo da ciência material e espiritual,


consoante o princípio da soberania do espírito sobre a matéria, que
possibilitará a criação do mundo da civilização em que reinam a paz e a
felicidade. Esta é a verdade fundamental. Em outras palavras, será a época
em que religião e ciência estarão harmonizadas. Para tanto, antes de mais
nada, há que dar a conhecer a existência do espírito. Gostaria que
entendessem que o meio para isso são os milagres e que sou o
encarregado de manifestá-los”.

(Coletânea de Milagres da Sekai Kyusei-kyo – 10 de setembro de


1951)
(tradução em: Curso de Terapia Okada)

PRESUNÇÃO
Existem adeptos fervorosos que criticam os métodos dos dirigentes
da Igreja a que pertencem, impacientando-se quando estes não ouvem seus
conselhos relativos às reformas que lhes parecem necessárias. Como o
número desses adeptos é muito grande, escreverei sobre o assunto.

Não condeno os fiéis que agem assim, pois sua atitude é ditada pela
sinceridade; mas o fato exige muita reflexão, porque o pensamento deles
está baseado na fé “Shojo”. A nossa Igreja caracteriza-se pela fé “Daijo” e
por isso difere muito do pensamento comum da sociedade em geral.

Julgar o próximo é uma presunção. Se não reconhecermos esse


ponto, não poderemos agradar a Deus. Somente Ele conhece a bondade e a
maldade dos homens. Já escrevi a respeito uma vez e aconselho muita
prudência. Caso o fiel estiver errado ou for má pessoa, Deus se encarregará
de julgá-lo, sendo desnecessário qualquer preocupação de nossa parte. A
preocupação não significa falta de confiança no poder de Deus? Isso é
comprovado por inúmeras experiências de antigos fiéis que foram julgados
por Deus, muitos deles perdendo até a vida por causa de uma fé errada.
Portanto, devem conhecer a si próprios muito bem, antes de pretenderem
julgar o próximo.

Não há fiéis com más intenções, já que ingressaram em nossa Igreja.


Sei perfeitamente que todos são sinceros; entretanto, como há vários níveis
de sinceridade, é preciso muita atenção. Isso nada mais é do que a minha
costumeira frase: O Bem de “Shojo” vem a ser o Mal de “Daijo”. Qualquer
bem ou sinceridade de caráter restrito resulta em mal.

Desde a criação deste mundo, nunca houve religião que tivesse um


objetivo tão elevado quanto o nosso, isto é, salvar toda a humanidade. Por
conseguinte, os problemas internos da Igreja devem ser confiados a Deus.
Os fiéis precisam ter sempre em mente a sociedade, o mundo, ou melhor,
dirigir a vista para fora, e não para dentro.

Desejo acrescentar que a Providência de Deus é demasiado profunda


para ser compreendida pela inteligência humana. Nos Ensinamentos da
Igreja Omoto consta a seguinte passagem: “Aquele que considera o Mundo
Divino inatingível pela sabedoria humana é um esclarecido.” E também esta:
“Pergunto se seria possível fazer a reconstrução dos três mil mundos 21 com
uma Providência facilmente compreendida pelos seres humanos.” Estas
palavras são realmente simples e bem claras.

12 de setembro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

(R2/94) PRESUNÇÃO

Alicerce do Paraíso, pág.436

Existem adeptos fervorosos que criticam os métodos dos dirigentes


da Igreja a que pertencem, impacientando-se quando estes não ouvem seus
conselhos relativos às reformas que lhes parecem necessárias. Como o
número desses adeptos é muito grande, escreverei sobre o assunto.

Não condeno os fiéis que agem assim, pois sua atitude é ditada pela
sinceridade; mas o fato exige muita reflexão, porque o pensamento deles
está baseado na fé Shojo. A nossa Igreja caracteriza-se pela fé Daijo e por
isso difere muito do pensamento comum da sociedade em geral.

Julgar o próximo é uma presunção. Se não reconhecermos esse


ponto, não poderemos agradar a Deus. Somente Ele conhece a bondade e a
maldade dos homens. Já escrevi a respeito uma vez e aconselho muita
prudência. Caso o fiel estiver errado ou for má pessoa, Deus se encarregará
de julgá-lo, sendo desnecessário qualquer preocupação de nossa parte. A
preocupação não significa falta de confiança no poder de Deus? Isso é
comprovado por inúmeras experiências de antigos fiéis que foram julgados
por Deus, muitos deles perdendo até a vida por causa de uma fé errada.
Portanto, devem conhecer a si próprios muito bem, antes de pretenderem
julgar o próximo.
21
Expressão budista referente a todos os mundos contidos no Universo
Não há fiéis com más intenções, já que ingressaram em nossa Igreja.
Sei perfeitamente que todos são sinceros; entretanto, como há vários níveis
de sinceridade, é preciso muita atenção. Isso nada mais é do que a minha
costumeira frase: O BEM DE "SHOJO" VEM A SER O MAL DE "DAIJO".
Qualquer bem ou sinceridade de caráter restrito resulta em mal.

Desde a criação deste mundo, nunca houve religião que tivesse um


objetivo tão elevado quanto o nosso, isto é, salvar toda a humanidade. Por
conseguinte, os problemas internos da Igreja devem ser confiados a Deus.
Os fiéis precisam ter sempre em mente a sociedade, o mundo, ou melhor,
dirigir a vista para fora, e não para dentro.

Desejo acrescentar que a Providência de Deus é demasiada profunda


para ser compreendida pela inteligência humana. Nos ensinamentos da
Igreja Oomoto, consta a seguinte passagem: "Aquele que considera o
Mundo Divino inatingível pela sabedoria humana é um esclarecido." E
também esta: "Pergunto se seria possível fazer a reconstrução dos três mil
mundos (Expressão budista referente a todos os mundos contidos no
Universo) com uma Providência facilmente compreendida pelos seres
humanos." Estas palavras são realmente simples e bem claras.

Jornal Eiko nº 121, 12 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

5.9. Deve-se pensar nas coisas sem se ater a outras Igrejas, tendo
como critério a salvação do mundo

Meishu Sama: Entre as pessoas que se tornam membros na nossa


Igreja, não existem as de mau sentimento. Sei perfeitamente que todas
possuem makoto. Mas, mesmo em se tratando de makoto, há o amplo e o
restrito; portanto, é preciso tomar cuidado. Sempre tenho dito: "O Bem de shojo
vem a ser o Mal de daijo." É nesse sentido. Tanto o Bem como o makoto de
caráter restrito resultam em Mal.
Como a nossa igreja tem a grande missão de salvar toda a humanidade,
fato inédito desde a criação do mundo, devemos deixar os seus problemas
internos nas mãos de Deus.

É preciso pensar, antes de mais nada, voltados para a sociedade, ou


melhor, para o mundo. Em suma, voltar os olhos para fora e não para dentro.

Alicerce do Paraíso (12/09/1951)


(tradução em: Chave da Difusão)

“As pessoas de visão estreita são dignas de pena, pois perdem de vista o
Grande Caminho.”

Existem adeptos fervorosos que criticam os métodos dos dirigentes da


Igreja a que pertencem, impacientando-se quando estes não ouvem seus
conselhos relativos às reformas que lhes parecem necessárias. Como o
número desses adeptos é muito grande, escreverei sobre o assunto.

Não condeno os fiéis que agem assim, pois sua atitude é ditada pela
sinceridade; mas o fato exige muita reflexão, porque o pensamento deles está
baseado na fé Shojo. A nossa Igreja caracteriza-se pela fé Daijo e por isso
difere muito do pensamento comum da sociedade em geral.

Julgar o próximo é uma presunção. Se não reconhecermos esse ponto,


não poderemos agradar a Deus. Somente Ele conhece a bondade e a maldade
dos homens. Já escrevi a respeito uma vez e aconselho muita prudência. Caso
o fiel estiver errado ou for má pessoa, Deus se encarregará de julgá-lo, sendo
desnecessário qualquer preocupação de nossa parte. A preocupação não
significa falta de confiança no poder de Deus? Isso é comprovado por inúmeras
experiências de antigos fiéis que foram julgados por Deus, muitos deles
perdendo até a vida por causa de uma fé errada. Portanto, devem conhecer a si
próprios muito bem, antes de pretenderem julgar o próximo.
Não há fiéis com más intenções, já que ingressaram em nossa Igreja.
Sei perfeitamente que todos são sinceros; entretanto, como há vários níveis de
sinceridade, é preciso muita atenção. Isso nada mais é do que a minha
costumeira frase: o bem de Shojo vem a ser o mal de Daijo. Qualquer bem ou
sinceridade de caráter restrito resulta em mal.

Desde a criação deste mundo, nunca houve religião que tivesse um


objetivo tão elevado quanto o nosso, isto é, salvar toda a humanidade. Por
conseguinte, os problemas internos da Igreja devem ser confiados a Deus. Os
fiéis precisam ter sempre em mente a sociedade, o mundo, ou melhor, dirigir a
vista para fora, e não para dentro.

Desejo acrescentar que a Providência de Deus é demasiado profunda


para ser compreendida pela inteligência humana. Nos ensinamentos da Igreja
Oomoto consta a seguinte passagem: “Aquele que considera o Mundo Divino
inatingível pela sabedoria humana é um esclarecido.” E também esta:
“Pergunto se seria possível fazer a reconstrução dos três mil mundos (9) com
uma Providência facilmente compreendida pelos seres humanos.” Estas
palavras são realmente simples e bem claras.

Alicerce do Paraíso - “Presunção” (12/09/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

(R2/178) SOBRE O MEU NOME

Essa vez o sr. Hongô (...) escreveu diversas coisas psicologicamente


sobre as palavras dos discípulos que às vezes eu falo para os fiéis, e como
achei engraçado, vou escrever um pouco. Atualmente estou fazendo
principalmente o trabalho de Komyo Nyorai e na mesma posição de Shaka
Nyorai e Amida Nyorai; pode pensar que tem o mesmo significado dos dez
discípulos mais elevados, sempre comentado por Shaka Nyorai. E também é
fácil confundir uma pessoa especializada no Johrei com um fiel comum,
porque falar assim é mais fácil de se compreender.
( 9)
Expressão budista referente a todos os mundos contidos no Universo.
Como ele disse, antes eu era chamado de grão-mestre, mas nessa
época estava bem assim porque fazia o trabalho Bossatsu de Kanzeon
Bossatsu, e depois que me tornei Nyorai, mudei o nome para Meishu. Jikan
significa que eu estava fazendo o trabalho de Kannon e em outros casos e o
nome Akemaro usado em poemas foi também colocado pelo seguinte
motivo: o aniversário do Príncipe Imperial é dia 23 de dezembro de 1933 e
eu também nasci no dia 23 de dezembro, por isso nunca me esqueço.
Desde que nasci, pela primeira vez, incentivado por um fiel, comemorei o
meu aniversário nessa data de 23 de dezembro de 1933. Assim, foi
publicado que o nome do Príncipe era Akihito e, nessa ocasião, em sua
comemoração, coloquei o nome de Akemaro. E também em coisas
humorísticas estou usando o nome Akegarassu Ahô, e esse também tem um
motivo. No início da Era Meiji, havia um mestre em Ossaka coroado com o
nome de Assanebo Kiraku, e essa pessoa era bem reconhecida na época; o
seu sucessor, segunda geração, foi Onisaburo Deguti, da religião Oomoto,
com o nome de Assanebo Kanraku. Como incentivou bastante o kanku entre
os fiéis, eu também me tornei seu discípulo e, por gostar, me esforcei ao
máximo e ganhei o nome Assanebo Kiguetsu, terceira geração. Depois
disso, como tiveram conhecimento no warai no izumi, me tornei o juiz e, por
uns tempos, incentivei bastante o kanku para os meus dez discípulos.
Entretanto, nessa época eu acordava muito tarde e, querendo passar a
acordar cedo, mudei o meu nome para Akegarassu Ahô, esse que estou
usando agora. Então, de forma interessante, depois disso passei a acordar
cedo e continuo até hoje, e não se pode menosprezar a excelente utilização
do espírito das palavras.

E, pela minha posição espiritual e relação com o trabalho, Deus me


coloca um nome adequado, e mesmo daqui para frente pode ser que o
nome mude como pode ser que não mude, e pensando bem, o espírito da
palavra Meishu tem o mínimo de diferença com Messias, portanto, pode ser
que o meu nome mude para Messias.

Jornal Eiko nº 121, 12 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)
SOBRE OS MEUS NOMES

O Sr. Hongo (?) escreveu diversas coisas pelo aspecto psicológico sobre
a palavra discípulo, que vez por outra eu uso para designar os fiéis. Achei isso
muito interessante e vou escrever um pouco a respeito. Atualmente, estou
centralizado na atuação de Komyo Nyorai, e podem pensar que essa palavra
tem o mesmo sentido que os dez grandes discípulos freqüentemente
mencionado por Sakyamuni, por estar na mesma posição que Shaka Nyorai e
Amida Nyorai. E também porque falando em termos de discípulo é mais fácil de
se entender, pois pode-se confundir as pessoas que ministram Johrei em
caráter exclusivo e os fiéis comuns.

Como diz o referido senhor, anteriormente, eu era chamado de Grão


Mestre. Na época, a minha atuação era de Bossatsu de Kanzeon Bossatsu e
por isso era adequado, mas depois que virei Nyorai, mudei para o nome de
Meishu (Senhor da Luz). Jikan significa que eu estou realizando o trabalho de
Kannon. Akemaro, que utilizo como nome para compor as waka etc, foi
escolhido pelo seguinte: a data de nascimento do Príncipe Herdeiro é 23 de
dezembro de 1933, e o dia e mês são o mesmo do meu nascimento. Nunca me
esquecerei, no dia 23 de dezembro de 1933, a incentivo dos membros, fiz a
primeira comemoração do meu aniversário, desde que havia nascido. Assim,
em comemoração ao nome do príncipe que havia sido anunciado como Akihito,
escolhi o nome de Akemaro. Como nome mais humorístico uso Karassu Aho, o
que também tem uma passagem. No início da Era Meiji ( ) havia em Ossaka,
um mestre de Kanku chamado Assanebo Kiraku. Ele era um mestre muito
reconhecido na época e o seu segundo sucessor era o mestre Deguti
Onissaburo da Igreja Oomoto, o qual, sob o nome de Assanebo kanraku,
incentivava muito o Kanku entre os membros. Eu também me tornei seu
discípulo e por gostar, me esforcei bastante. Em compensação ganhei o nome
de terceiro sucessor Assanebo Kiguetsu (Kiguetsu dorminhoco). Como já é do
conhecimento geral pelo Warai no Izumi (coletânea de poesias) eu me tornei
júri e por algum tempo incentivei dezenas de meus discípulos a praticarem o
Kanku. Entretanto, nessa época eu era muito dorminhoco e, no desejo de me
tomar madrugador, mudei o nome para o atual Akegarassu Aho (Pássaro
madrugador). Aí, misteriosamente passei a acordar cedo e continuo até hoje.
Não podemos mesmo negligenciar o misterioso uso do espírito das palavras.

E Deus me dá nomes de acordo com a minha posição espiritual e devido


ao trabalho executado, por isso, daqui para frente, pode ser que meu nome
mude ou não. E, pensando bem, o espírito da palavra Meishu e' muito próxima
de Messias e por isso, acho que talvez possa ficar com o nome de Messias.
(Eiko no. 121 12/9/1951)
(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)

SOBRE OS MEUS NOMES

O Sr. Hongo (?) escreveu diversas coisas pelo aspecto psicológico sobre
a palavra discípulo, que vez por outra eu uso para designar os fiéis. Achei isso
muito interessante e vou escrever um pouco a respeito. Atualmente, estou
centralizado na atuação de Komyo Nyorai, e podem pensar que essa palavra
tem o mesmo sentido que os dez grandes discípulos freqüentemente
mencionados por Sakyamuni, por estar na mesma posição que Shaka Nyorai e
Amida Nyorai. E também porque, falando em termos de discípulo, é mais fácil
de se entender, pois pode-se confundir as pessoas que ministram Johrei em
caráter exclusivo e os fiéis comuns.

Como diz o referido senhor, anteriormente, eu era chamado de Grão


Mestre. Na época, a minha atuação era de Bossatsu, de Kanzeon Bossatsu e,
por isso, era adequado, mas, depois que virei Nyorai, mudei para o nome de
Meishu (Senhor da Luz).

Jikan significa que eu estou realizando o trabalho de Kannon. Akemaro,


que utilizo como nome para compor as waka, foi escolhido pelo seguinte: a data
de nascimento do Príncipe Herdeiro é 23 de dezembro de 1933, e o dia e mês
são o mesmo do meu nascimento. Nunca me esquecerei, no dia 23 de
dezembro de 1933, a incentivo dos membros, fiz a primeira comemoração do
meu aniversário, desde que havia nascido. Assim, em comemoração ao nome
do príncipe que havia sido anunciado como Akihito, escolhi o nome de
Akemaro. Como nome mais humorístico, uso Karassu Aho, o que também tem
uma passagem. No início da Era Meiji havia, em Ossaka, um mestre de Kanku
chamado Assanebo Kiraku. Ele era um mestre muito reconhecido na época e o
seu segundo sucessor era o mestre Deguti Onissaburo da Igreja Oomoto, o
qual, sob o nome de Assanebo Kanraku, incentivava muito o Kanku entre os
membros. Eu também me tornei seu discípulo e, por gostar, me esforcei
bastante. Em compensação, ganhei o nome de terceiro sucessor Assanebo
Kiguetsu (Kiguetsu dorminhoco). Como já é do conhecimento geral, pelo Warai
no Izumi (coletânea de poesias), eu me tornei júri e, por algum tempo, incentivei
dezenas de meus discípulos a praticarem o Kanku. Entretanto, nessa época eu
era muito dorminhoco e, no desejo de me tornar madrugador, mudei o nome
para o atual Akegarassu Aho (Pássaro madrugador). Aí, misteriosamente passei
a acordar cedo, e continuo até hoje. Não podemos mesmo negligenciar o
misterioso uso do espírito das palavras.

E Deus me dá nomes de acordo com a minha posição espiritual e devido


ao trabalho executado; por isso, daqui para frente, pode ser que meu nome
mude ou não. E, pensando bem, o espírito da palavra Meishu é muito próximo
de Messias e, dessa forma, acho que talvez possa ficar com o nome de
Messias.

Eiko Nº 121 (12/09/1951)


(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

SOBRE OS MEUS NOMES

O Sr. Hongo (?) escreveu diversas coisas pelo aspecto psicológico sobre
a palavra discípulo, que vez por outra eu uso para designar os fiéis. Achei isso
muito interessante e vou escrever um pouco a respeito. Atualmente, estou
centralizado na atuação de Komyo Nyorai, e podem pensar que essa palavra
tem o mesmo sentido que os dez grandes discípulos freqüentemente
mencionados por Sakyamuni, por estar na mesma posição que Shaka Nyorai e
Amida Nyorai. E também porque, falando em termos de discípulo, é mais fácil
de se entender, pois pode-se confundir as pessoas que ministram Johrei em
caráter exclusivo e os fiéis comuns.

Como diz o referido senhor, anteriormente, eu era chamado de Grão


Mestre. Na época, a minha atuação era de Bossatsu de Kanzeon Bossatsu e
por isso era adequado, mas, depois que virei Nyorai, mudei para o nome de
Meishu (Senhor da Luz).

Jikan significa que eu estou realizando o trabalho de Kannon. Akemaro,


que utilizo como nome para compor as waka, etc, foi escolhido pelo seguinte: a
data de nascimento do Príncipe Herdeiro é 23 de dezembro de 1933, e o dia e
mês são o mesmo do meu nascimento. Nunca me esquecerei, no dia 23 de
dezembro de 1933, a incentivo dos membros, fiz a primeira comemoração do
meu aniversário, desde que havia nascido. Assim, em comemoração ao nome
do príncipe que havia sido anunciado como Akihito, escolhi o nome de
Akemaro. Como nome mais humorístico uso Karassu Aho, o que também tem
uma passagem. No início da Era Meiji ( ) havia, em Osaka, um mestre de
Kanku chamado Assanebo Kiraku. Ele era um mestre muito reconhecido na
época e o seu segundo sucessor era o mestre Deguti Onissaburo da Igreja
Oomoto, o qual, sob o nome de Assanebo Kanraku, incentivava muito o Kanku
entre os membros. Eu também me tornei seu discípulo e, por gostar, me
esforcei bastante. Em compensação, ganhei o nome de terceiro sucessor
Assanebo Kiguetsu (Kiguetsu dorminhoco). Como já é do conhecimento geral
pelo Warai no Izumi (coletânea de poesias) eu me tornei júri e, por algum
tempo, incentivei dezenas de meus discípulos a praticarem o Kanku.
Entretanto, nessa época eu era muito dorminhoco e, no desejo de me tomar
madrugador, mudei o nome para o atual Akegarassu Aho (Pássaro
madrugador). Aí, misteriosamente, passei a acordar cedo e continuo até hoje.
Não podemos mesmo negligenciar o misterioso uso do espírito das palavras.

E Deus me dá nomes de acordo com a minha posição espiritual e devido


ao trabalho executado; por isso, daqui para frente, pode ser que meu nome
mude ou não. E, pensando bem, o espírito da palavra Meishu é muito próxima
de Messias e, por isso, acho que talvez possa ficar com o nome de Messias.
Eiko Nº. 121 (12/9/1951)
(tradução em: Ensinamentos e Orientações)

“Antigamente, chamavam-me de ‘Grande Mestre’. Naquele tempo, eu


desenvolvia a obra na qualidade de Kanzeon-Bossatsu, por isso não havia
problema que me tratassem assim. Todavia, depois que me tornei Nyorai,
mudei o meu nome para ‘Meishu’. (…)

Em conformidade com o meu nível espiritual ou em decorrência do meu


serviço, o Senhor Deus me concede um nome adequado, razão pela qual creio
que, mesmo de agora em diante, pode ser que o meu nome mude, pode ser
que não. Em se pensando a respeito do ‘kototama’ (espírito da palavra) de
Meishu, vê-se que não está muito longe do de Messias: creio, pois, que o nome
venha a ser Messias.”

(A respeito do meu nome, 12 de setembro de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama – Salvador)

(J1/9) O FIM DO PROGRESSO DA MEDICINA ATUAL

O que acontecerá caso a Medicina continue caminhando da forma


atual? Escreverei sobre isso, apelando para a imaginação. Se
compreendermos que a doença é um processo de purificação e que o
tratamento médico interrompe esse processo, não é difícil imaginarmos o
que acontecerá. Porém, se uma pessoa que desconhece tal fato ler este
texto pela primeira vez, ficará certamente deveras surpreso. E, quanto mais
a Medicina interromper o processo de purificação, como vem fazendo
atualmente, mais a doença deixará de ocorrer e, conseqüentemente, isto
será confundido com o progresso da Medicina. Como esse método será
aperfeiçoado cada vez mais, ele terá efeito contrário; naturalmente
aumentará o número de pessoas com fraca capacidade de purificação. Ou
seja, criar-se-á uma sociedade de pessoas com saúde debilitada ou passiva.
Com o intuito de esclarecer melhor este princípio, darei dois exemplos.
Recentemente, soube que as crianças fisicamente fracas, com
tendência a sofrer escrofulose, parecem ser mais propensas à contrair
tuberculose, mas dizem que na realidade é o contrário. Outro exemplo é o
fato das doenças contagiosas ocorrerem menos em pessoas de países
desenvolvidos, e terem maior incidência nas pessoas de países menos
desenvolvidos e nas de classe baixa. De acordo com esta realidade,
podemos dizer que as pessoas dos países desenvolvidos possuem corpo
físico fraco em que não é capaz de ocorrer a doença; as dos países menos
desenvolvidos possuem corpo saudável e conseguem contrair doenças. Isto
pode parecer estranho, mas se é a pura verdade, o que posso fazer?

Assim, a Medicina está criando em abundância pessoas com falsa


saúde. Portanto, se continuar assim, o que será que vai acontecer no final?
Com base nesse pensamento, vou apresentar a seguir um exemplo.
Hoje em dia, aqueles que seguem fielmente a higiene médica são
indivíduos mais fracos, mas talvez eles procedam desta maneira justamente
por terem físico fraco. Porém, se verificarmos atentamente, podemos
perceber por que tem aumentado cada vez mais o número de pessoas de
saúde aparente. Por esse método, o número de doentes diminui
relativamente e, ao mesmo tempo, ocorre um curioso fenômeno de aumento
de longevidade. Ultimamente, tanto nos Estados Unidos como no Japão,
dizem que as pessoas estão vivendo mais e atribuem isso ao progresso da
Medicina. No entanto, isto deve-se ao desconhecimento das causas citadas
anteriormente, fato que, para nós, constitui motivo de preocupação.
Conseqüentemente, caso a Medicina caminhe desta forma, gradativamente
crescerá entre os povos cultos o número de indivíduos de saúde passiva, e
creio que chegará o momento em que acabará gerando graves
conseqüências. Isto não é um julgamento arbitrário de minha parte, pois, se
observarem com atenção, a França e a Inglaterra poderão concordar
comigo. Atualmente, é grande a falta de vigor nos habitantes de ambos os
países, cuja preocupação é gozar de uma vida ociosa. Trata-se da
decadência de caráter nacional que não se pode comparar com o do
passado. Podemos verificar isto até mesmo no atual mundo esportivo dos
Estados Unidos. No boxe, por exemplo, os negros são bem mais fortes.
Ultimamente, também no Japão essa tendência começa a ser notada e, por
isso, faz-se necessária grande cautela.

Escrevi acima sobre a situação real do progresso da Medicina atual,


porém, indagando como será, no final, o destino dos povos civilizados,
posso dizer que será um caso sério. É verdade que o número de doentes vá
diminuindo aos poucos, contudo o vigor do ser humano irá se debilitando e,
inevitavelmente, aumentará o número de jovens que parecem velhos.
Temporariamente, a média de vida poderá aumentar, mas passando essa
fase, teremos problemas sérios. Então, ocorrerá, aos poucos, o
encurtamento da vida, que será fundamentalmente diferente do atual. Nessa
altura não haverá caminho de retorno e a grande maioria viverá apenas por
viver. Evidentemente, nessa época a civilização tecnológica estará altamente
desenvolvida, criando uma sociedade cheia de comodidades, e isso
impulsionará ainda mais essa situação. Conseqüentemente, a tendência
será a ascensão dos povos incultos que se encontravam oprimidos por longo
tempo, e isso representará uma grande crise para os povos civilizados.
Nessa ocasião, qualquer precipitação será inútil, será tarde demais.
Portanto, devemos despertar, enquanto é tempo, para os erros da Medicina
atual, tornando-se necessário o surgimento de uma verdadeira Medicina,
capaz de criar pessoas ativamente saudáveis. No entanto, caro leitor, não
precisa ficar desapontado, pois Deus, pelo seu Grande Amor, desejando
evitar que isto acontecesse, revelou-me o princípio da Verdadeira Medicina e
o método de tratamento de doenças. E, atualmente, estamos obtendo
realmente maravilhosos resultados. Como futuramente os médicos e as
pessoas do mundo inteiro compreenderão isto, creio que a humanidade será
realmente salva. Quanto antes isso ocorrer, mais cedo podemos evitar a
crise. Por isso, gostaria de recomendar ardentemente às pessoas que nos
procurem imediatamente e batam à porta da felicidade.

Jornal Eiko nº 121, 12 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)
“Iniciar-se-á a troca da época selvagem para a civilizada. Essa sim,
será a época mais crítica para o homem moderno; quando chegar a hora,
ainda que se afobe, já será tarde demais. É necessário que, agora,
despertem para os equívocos da medicina moderna e criem a verdadeira
medicina capaz de formar pessoas sadias. Todavia, não precisam se
desesperar. Pois, para prevenir tal situação crítica, Deus revelou-me o
princípio da verdadeira medicina e sua metodologia da cura das doenças. E,
atualmente, estou conseguindo excelentes resultados. Nesse sentido, se os
médicos do mundo inteiro e as pessoas em geral compreenderem-no com o
tempo, quão imenso será o número de pessoas salvas? No entanto, quanto
mais rápido isso ocorrer, mais rápido se esquivarão da crise. Por isso, não
posso deixar de recomendar, em todos os momentos, a todos que venham a
mim e batam a porta da felicidade”

(O Extremo do Progresso da Medicina Moderna – 12 de setembro de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

(R1/122) A LIBERDADE DA FÉ

Existem muitos casos em que, apesar de serem agraciados pela


oportunidade da salvação, não o foram por diferirem de religião. Isto é,
dependendo da religião, detestam que os seus adeptos contatem outras
religiões, constituindo isso algo como um grande pecado. Isto é a prova de
estar evidenciando que não existe, absolutamente, força nessa religião.
Falando de outra maneira, um tipo de feudalismo religioso, em que se
restringe a liberdade da fé. Isto é, se fosse uma religião realmente digna,
mesmo que os seus adeptos contatem qualquer outra religião, não se teria
receio de surgirem dúvidas; portanto, não existiria preocupação. Por isso, eu
desejo que não só contatem qualquer religião, mas estudem bastante. E,
como resultado, se existir uma religião mais digna do que esta, é muito bom;
poderão mudar-se livremente para essa fé. Pois quanto melhor for a religião,
há mais possibilidade de salvarem-se, e essa atitude é certa. Se for um
Deus correto, de maneira nenhuma repreenderá.
Entretanto, na sociedade, existem religiões que ameaçam dizendo
que, se mudarem para outra seita, serão punidos pelas doenças e
desgraças, ou quando pior, dizem que a família se arruinará, mas essas
religiões é que são religiões diabólicas.

Originariamente, o espírito do Deus correto é justo e ao homem é


outorgada a liberdade da escolha; portanto, se a mudança de seita for em
sentido correto, Deus se alegrará, e de maneira nenhuma haverá
repreensão. Por exemplo, está aqui uma senhora casada e essa senhora é
muito inteligente e bonita e ela também tem a convicção de que não existe,
no mundo, mulher superior a ela. Portanto, não deve ela ter nenhuma
preocupação, nem que o marido fosse a qualquer lugar, ou se aproximasse
de outras mulheres. É a mesma coisa que estar tranqüila, por estar convicta
de que apesar de no mundo existirem muitas mulheres, não existem duas
como si.
Mas tal religião, creio que pode-se dizer que não há nenhuma no
mundo. Sendo assim, somente por esse motivo, é compreensível o valor
desta Igreja. Explicando o porquê de tamanha convicção é que, desde o
Cristo e Buda, grande número de santos sabia que, no final, surgiria esta
nossa Igreja e salvaria milhares de pessoas, e até profetizaram sobre isso.
Sendo assim, até agora, os seus seguidores poderiam ter percebido sobre
isso, mas como parece que ainda não chegou a hora, é lastimoso que isso
não ocorra. Entretanto, existe coisa ainda pior. Isto é, o Cristianismo alerta
que, antes da aparição do verdadeiro Messias, surgirão pseudo-salvadores.
Por isso, existe o perigo de, mesmo se aparecendo o verdadeiro Messias,
julgá-lo descriteriosamente de falso. Realmente, há exemplo de, até hoje,
terem surgido vários falsos salvadores no mundo. Portanto, tem-se razão,
mas isso é embaraçoso.

Os relatos que explanarei a seguir (omitidos), contam muito bem


sobre isso. Portanto, qualquer pessoa que, a partir deste instante, deparar-
se com essas situações, creio que entenderiam bem se explicasse bem,
mas realmente, mesmo pensando em mudar-se de seita imediatamente,
pela gratidão de ter sido salvo por esta nossa Igreja, hesita-se. Entretanto,
no Mundo Espiritual, se for um fundador de grande religião, ficará muito
satisfeito e é importante explicar sobre isso.

Futuramente deve chegar uma época em que adeptos de todas as


religiões do mundo inteiro se ingressarão nesta nossa Igreja. Isto porque os
fundadores de cada uma das seitas, no Mundo Espiritual, farão grandes
esforços para que os seus adeptos se ingressem na nossa Igreja, desejando
que sejam salvos.

Jornal Eiko, nº 121, 12 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

(ART/7) A RESPEITO DO JARDIM DA TERRA DIVINA

Alicerce do Paraíso, pág. 340

O Jardim Sagrado que estou construindo há cinco anos, em Gora, na


cidade de Hakone, só está cerca de oitenta por cento pronto. Mesmo assim,
comparado aos famosos jardins existentes em todo o Japão, desde os
tempos antigos, não deixa nada a desejar. Talvez soe como auto-elogio, mas
há uma grande diferença de nível entre este jardim e os demais. É claro que
existem muitos jardins maravilhosos, cada um com suas características;
porém, seja ele qual for, não possui aspectos tão relevantes quanto o de
Hakone.

A Terra Divina, como podemos ver, é totalmente diferente de outros


locais. Possui tal abundância de pedras e rochas naturais, que chega a
espantar. Estou dispondo-as conforme a Orientação Divina, não me
submetendo às tradicionais formalidades relativas a jardins. Não me baseio
em modelos; estou construindo este jardim num estilo totalmente novo. Até
no que diz respeito às árvores, juntei várias espécies, combinando-as bem,
para que possam estar em harmonia com as pedras e rochas. As cascatas e
correntes d'água foram aproveitadas para expressarem, ao máximo, o sabor
da natureza. Assim, somando a beleza das montanhas e das águas com a
beleza dos jardins, tentei expressar o que há de melhor e mais elevado na
arte natural. Meu objetivo é fazer aflorar, através dos olhos da pessoa que vê
esse quadro, o sentimento do belo latente nos seres humanos, elevar seu
caráter e eliminar as impurezas de seu espírito. Por esse motivo, tanto as
pedras como as árvores e plantas foram selecionadas e combinadas
cuidadosamente, colocando-se amor em cada uma delas. É como se
fôssemos pintar um quadro utilizando materiais "in natura". Gostaria,
portanto, que o admirassem com esse espírito.

Construí esse jardim de modo que, visto de perto ou de longe,


parcialmente ou em conjunto, ou de qualquer ângulo, sobressaia cada uma
de suas características. Além disso, com o passar dos meses e dos anos,
vão nascendo vários musgos típicos de Hakone, plantinhas de nome
desconhecido, minúsculas flores graciosas e brotos de árvores que crescem
nas reentrâncias das pedras como bonsai22, as quais, por si mesmas,
parecem querer atrair a atenção das pessoas. No ano passado, o jardim
todo ficou mais "maduro", assumindo um aspecto mais tranqüilo: melhorou
tanto que nem o reconhecíamos. Eu mesmo cheguei a percorrê-lo diversas
vezes, sem ter coragem de afastar-me.

Após a chuva, quando a água é abundante, temos a impressão de


estar vendo, de lugar bem alto, uma correnteza no meio da mata. O som da
água escorrendo pelas pedras, a corrente quebrando-se, lançando gotas
para todos os lados, mais adiante descrevendo graciosas curvas e
terminando em duas cascatas... Visão panorâmica deslumbrante! A cascata
do lado direito, chamada Ryuzu no Taki (Cachoeira Cabeça de Dragão), é
maravilhosa, e a do lado esquerdo divide-se em vários fios d'água, para mais
abaixo quebrar-se e espirrar para todos os lados. Vejo de relance até uma
andorinha voando rápido, bem rente às cascatas. Realmente, a harmonia da
beleza natural com a beleza artificial está expressa muito melhor do que eu
esperava. Fico satisfeitíssimo. Ao contemplar essas cascatas, sinto-me
como se estivesse nas profundezas de montanhas e vales ou diante de um
quadro magnífico. Geralmente, as cascatas artificiais têm certo sabor
mundano que as prejudica, mas isso não acontece com as deste jardim,
22
Técnica de cultivo pela qual se fazem plantas em miniatura
plenamente identificadas com as cascatas naturais. O vermelho e o amarelo
dos bordos, que nelas se refletem esplendorosamente, as cores de cada
árvore e a forma tridimensional de plantio fazem com que eu me sinta no
meio de densas matas.
Mas deixemos aqui as explanações a respeito do que já foi concluído.
Também no terreno baldio, bem espaçoso e próximo à parte posterior do
jardim, estou pensando em construir outro jardim muito diferente, e já dei
início à sua construção. Também para este tenho um plano bem diferente,
inaudito; quando ele estiver terminado, talvez cause assombro a todas as
pessoas.

Vim escrevendo à proporção que as idéias me afloravam à mente, e


talvez me achem orgulhoso demais por estar elogiando o que eu mesmo fiz.
Sem dúvida, na opinião das pessoas comuns, isso está errado. Mas este
jardim da Terra Divina foi construído por Deus; eu sou apenas o Seu
Instrumento. Portanto, como ele foi construído pela técnica, ou melhor, pela
Arte Divina, não seria nada de mais elogiá-lo. É o mesmo que louvar a Deus;
por conseguinte, um ato muito justo. Há algum tempo, o Sr. William W.
Shudler, professor de Geografia de um colégio dos Estados Unidos, veio
apreciá-lo e, com visão de profissional, assim exprimiu sua admiração: "Já vi
jardins do mundo inteiro, mas nenhum tão raro e artístico como este. Talvez
possamos afirmar que ele seja único em todo o mundo".

A seguir, falarei sobre o Museu de Belas-Artes, que será construído


por último.

A construção está planejada até o verão do ano que vem e, quando


ela estiver concluída, o Jardim Sagrado da Terra Divina ficará ainda mais
magnífico. Quanto às obras artísticas a serem expostas, já tenho algumas e
já andei pesquisando as que são avaliadas como Tesouro Nacional,
existentes em museus históricos e de belas-artes de várias regiões, em
coleções particulares, em templos, etc., com os quais, pouco a pouco, estou
fortalecendo meu relacionamento. Assim, tenho certeza de que o Museu de
Belas-Artes de Hakone nada ficará devendo a outros do gênero. Minha
intenção é expor poucas obras históricas e arqueológicas, tendo como
critério meu senso estético, independente de ser arte oriental ou ocidental,
antiga ou moderna. Pretendo selecionar somente as obras-primas de artistas
famosos de cada época. Isso porque o significado do Museu de Belas-Artes
deixará de ser alcançado se todas as pessoas, entendidas ou não em Arte,
não se sentirem tocadas e extasiadas com a beleza das obras expostas.

Naturalmente, este museu, a começar pela sua arquitetura,


instalações internas, decoração e tudo o mais, será construído de acordo
com a orientação de Deus; por isso, quando ele estiver concluído,
apresentará resultados absolutamente especiais. Com a sua conclusão,
praticamente estará terminada a construção do protótipo do Paraíso da Terra
Divina. No momento em que isso se concretizar, a Obra Divina entrará em
sua verdadeira fase de expansão. Mas não pararemos aí. A construção do
protótipo do Paraíso de Atami também terá rápido progresso. Deus faz com
que tudo se processe de acordo com a Ordem; esta é a Verdade.

Jornal Eiko nº 122, 19 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

OS JARDINS DA TERRA DIVINA

Estes Jardins Sagrados de Gora, que há cinco anos venho construindo,


estão concluídos cerca de oitenta por cento do seu total. Comparando apenas o
que já ficou pronto com jardins de renome de diversas localidades do Japão,
devo dizer — modéstia à parte — que os nossos não ficam atrás. Há aqui uma
diferença enorme. O fato é que existem um sem-número de jardins afamados e
esplêndidos, cada qual dono de uma graça particular, é verdade. Em geral,
porém, tal característica não é lá grande coisa. Contudo, no que T´ange a este
Shinsen-kyo, a diferença é tremenda, como os senhores podem ver. Por ter
encontrado aqui espantosa abundância de rochas e pedras naturais de formato
exótico, eu as dispus e arranjei uma a uma, conforme a orientação divina, e
construí algo num estilo inteiramente novo, rompendo com as regras da
jardinagem tradicional, sem me prender às convenções. Tanto no tocante às
árvores, as quais selecionei e com elas combinei uma vasta variedade, de
modo a se adequarem ao todo, como no tocante às cascatas e arroios,
acentuei, na medida do possível, o sabor da natureza, e procurei expressar
suficientemente o que existe de elevado e bom na arte natural, conjugando as
belezas da paisagem e do jardim. Escusado dizer que minha intenção é
purificar a alma e sublimar o caráter daquele que contemplar estes jardins,
despertando, por meio da visão, a concepção de beleza que o ser humano traz
latente em seu interior.

A minha obra assemelha-se exatamente a de quem pintou um quadro,


fazendo uso de materiais naturais: após a combinação das rochas e escolha
exaustiva das árvores e demais plantas, arranjei-as uma a uma, colocando meu
coração em cada ato. Assim sendo, gostaria de que os senhores apreciassem
os jardins tendo tal dedicação em mente. Acredito que, seja vendo de perto,
como de longe, parcialmente, ou contemplando o conjunto, ou de que ângulo
for, descobrirão um sabor próprio aí. Ademais, com o fluir do tempo, das
reentrâncias das rochas entrevêem-se musgos típicos de Hakone, plantinhas
de nome desconhecido, flores delicadas e graciosas e árvores que despontam
retorcidas, parecendo cada qual querer atrair a atenção do visitante.
Ultimamente, o jardim ficou tão bom, que parece outro, tendo-se coberto, por
inteiro, de certa pátina que lhe confere amadurecimento. Eu próprio devo
confessar que, ao vaguear por ele, muitas vezes sinto dificuldade de me afastar
desse local. Outrossim, quando o volume de água cresce depois das chuvas,
tem-se a impressão de contemplar das alturas a correnteza de um vale
profundo: o regato que avança por entre as rochas vai arrebentando-se e
espargindo espuma branca, volteia-se celere para, por fim, acabar-se em duas
quedas d'água. Tal espetáculo arrebata-nos a alma. A cachoeira da direita,
Ryuzuno Taki (Cascata da Cabeça do Dragão), com suas quedas, é
interessante. Também o é a da esquerda, fendendo-se em mil fios que se
espalham em todas as direções. Ainda agora reflete-se, diante dos meus olhos,
o vulto de uma andorinha que, num átimo, passa rente ao véu d'água. Sem
dúvida, manifesta-se aqui, de maneira perfeita, a beleza harmônica entre o
natural e o realizado pela mão do homem, satisfazendo-me por ter saído muito
além das minhas expectativas. Ao contemplar estas cascatas, a sensação que
se tem é a de estar numa grota de serra, ou mesmo diante de uma magnífica
tela. Geralmente, as cascatas construídas pelo homem têm um quê de vulgar
que as estraga, mas nestas tal não se faz notar, parecendo completamente
naturais. O colorido dos bordos de outono que nelas se reflete, os matizes
próprios das demais árvores, as touceiras cerradas, tudo faz acreditar que se
está numa floresta profunda. Fiquemos por aqui na descrição da parte do jardim
que já foi acabada. Agora, no lote vago que se estende largo na parte dos
fundos, nas vizinhanças do parque, comecei a preparar outro jardim bastante
diferente, tendo planos bem originais que fogem dos limites do imaginável.
Ficando pronto, vai assustar a qualquer um. Vim deste modo escrevendo o que
me vinha à mente, e posso estar sendo considerado um grande arrogante, por
enaltecer imprudentemente a minha própria obra. Do ponto de vista usual, esta
consideração estaria correta. Entretanto, foi Deus quem, por meu intermédio,
realizou esta obra, não havendo inconveniente algum, portanto, em que eu
louvasse a técnica divina, ou seja, a arte de Deus. Pelo contrário, é até justo,
pois é o mesmo que glorificá-Lo. A esse respeito, devo citar que o senhor
William W. Shudler, professor de geografia de certa escola superior norte-
americana, tendo vindo visitar-nos, enalteceu com ardor o jardim dizendo que,
do seu prisma profissional, vira muitos jardins pelo mundo afora, mas nenhum
tão artístico e precioso como este, sendo adequado classificá-lo como o
primeiro do mundo.
Passemos, a seguir, a tratar do Museu de Belas-Artes, o qual será
construído por último. Prevê-se que, até o verão do ano vindouro, ele esteja
pronto. Com a sua conclusão, o Jardim Sagrado do Shinsen-Kyo deverá irradiar
um brilho ainda mais intenso. No tocante às obras de arte a serem nele
expostas, além do pouco que possuo, já levantei, em grande parte, aquelas
catalogadas como tesouros nacionais de posse de museus, coleções
particulares e templos de várias regiões do país, com as quais tenho
gradativamente travado contatos. Portanto, ele virá a ser um museu que não
ficará atrás dos demais. Outrossim, minha diretriz é, restringindo o número do
material histórico e arqueológico, selecionar, segundo critérios estéticos, sem
levar em consideração se se trata de arte ocidental ou oriental, antiga ou
moderna, e expor somente obras-primas dos grandes mestres de cada época.
A razão é que um museu de belas-artes não cumprirá a sua missão como tal,
caso não proporcione, a quem quer que seja, independente desse alguém
possuir ou não olho crítico, comover-se com a beleza e com ela deleitar-se.
Ademais, é lógico que eu estou executando tudo, a começar do projeto de
construção, passando pelas instalações internas, a decoração e outros
aspectos mais, conforme a orientação divina. Por conseguinte, quando o museu
ficar pronto, apresentará efeitos diversos dos outros.

Assim, o Shinsen-Kyo ficará praticamente pronto. Na alvorada da sua


conclusão, a Obra Divina ingressará na etapa de efetivo desenvolvimento. E
não é só. A edificação do Paraíso de Atami também passará para uma etapa de
progresso vertiginoso. Deus faz com que tudo se processe ordenadamente:
esta é a Verdade.

Eiko, nº 122 — 19 de setembro de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

A RESPEITO DO JARDIM DA TERRA DIVINA

O Jardim Sagrado que estou construindo há cinco anos, em Gora, na


cidade de Hakone, só está cerca de oitenta por cento pronto. Mesmo assim,
comparado aos famosos jardins existentes em todo o Japão, desde os
tempos antigos, não deixa nada a desejar. Talvez soe como auto-elogio, mas
há uma grande diferença de nível entre este jardim e os demais. É claro que
existem muitos jardins maravilhosos, cada um com suas características;
porém, seja ele qual for, não possui aspectos tão relevantes quanto o de
Hakone.

A Terra Divina, como podemos ver, é totalmente diferente de outros


locais. Possui tal abundância de pedras e rochas naturais que chega a
espantar. Estou dispondo-as conforme a Orientação Divina, não me
submetendo às tradicionais formalidades relativas a jardins. Não me baseio
em modelos; estou construindo este jardim num estilo totalmente novo. Até
no que diz respeito às árvores, juntei várias espécies, combinando-as bem,
para que possam estar em harmonia com as pedras e rochas. As cascatas e
correntes d’água foram aproveitadas para expressarem, ao máximo, o sabor
da natureza. Assim, somando a beleza das montanhas e das águas com a
beleza dos jardins, tentei expressar o que há de melhor e mais elevado na
arte natural. Meu objetivo é fazer aflorar, através dos olhos da pessoa que vê
esse quadro, o sentimento do belo latente nos seres humanos, elevar seu
caráter e eliminar as impurezas de seu espírito. Por esse motivo, tanto as
pedras como as árvores e plantas foram selecionadas e combinadas
cuidadosamente, colocando-se amor em cada uma delas. É como se
fôssemos pintar um quadro utilizando materiais “in natura”. Gostaria,
portanto, que o admirassem com esse espírito.

Construí esse jardim de modo que, visto de perto ou de longe,


parcialmente ou em conjunto, ou de qualquer ângulo, sobressaia cada uma
de suas características. Além disso, com o passar dos meses e dos anos,
vão nascendo vários musgos típicos de Hakone, plantinhas de nome
desconhecido, minúsculas flores graciosas e brotos de árvores que crescem
nas reentrâncias das pedras como “bonsai” 23, as quais, por si mesmas,
parecem querer atrair a atenção das pessoas. No ano passado, o jardim
todo ficou mais “maduro”, assumindo um aspecto mais tranqüilo: melhorou
tanto que nem o reconhecíamos. Eu mesmo cheguei a percorrê-lo diversas
vezes, sem ter coragem de afastar-me.

Após a chuva, quando a água é abundante, temos a impressão de


estar vendo, de lugar bem alto, uma correnteza no meio da mata. O som da
água escorrendo pelas pedras, a corrente quebrando-se, lançando gotas
para todos os lados, mais adiante descrevendo graciosas curvas e
terminando em duas cascatas... Visão panorâmica deslumbrante! A cascata
do lado direito, chamada “Ryuzu no Taki” (Cachoeira Cabeça de Dragão), é
maravilhosa, e a do lado esquerdo divide-se em vários fios d’água, para
mais abaixo quebrar-se e espirrar para todos os lados. Vejo de relance até
uma andorinha voando rápido, bem rente às cascatas. Realmente, a
harmonia da beleza natural com a beleza artificial está expressa muito
melhor do que eu esperava. Fico satisfeitíssimo. Ao contemplar essas
cascatas, sinto-me como se estivesse nas profundezas de montanhas e
vales ou diante de um quadro magnífico. Geralmente, as cascatas artificiais
têm certo sabor mundano que as prejudica, mas isso não acontece com as
deste jardim, plenamente identificadas com as cascatas naturais. O
23
Técnica de cultivo pela qual se fazem plantas em miniatura
vermelho e o amarelo dos bordos, que nelas se refletem
esplendorosamente, as cores de cada árvore e a forma tridimensional de
plantio fazem com que eu me sinta no meio de densas matas.

Mas deixemos aqui as explanações a respeito do que já foi concluído.


Também no terreno baldio, bem espaçoso e próximo à parte posterior do
jardim, estou pensando em construir outro jardim muito diferente, e já dei
início à sua construção. Também para este tenho um plano bem diferente,
inaudito; quando ele estiver terminado, talvez cause assombro a todas as
pessoas.

Vim escrevendo à proporção que as idéias me afloravam à mente, e


talvez me achem orgulhoso demais por estar elogiando o que eu mesmo fiz.
Sem dúvida, na opinião das pessoas comuns, isso está errado. Mas este
jardim da Terra Divina foi construído por Deus; eu sou apenas o Seu
Instrumento. Portanto, como ele foi construído pela técnica, ou melhor, pela
Arte Divina, não seria nada de mais elogiá-lo. É o mesmo que louvar a Deus;
por conseguinte, um ato muito justo. Há algum tempo, o Sr. William W.
Shudler, professor de Geografia de um colégio dos Estados Unidos, veio
apreciá-lo e, com visão de profissional, assim exprimiu sua admiração: “Já vi
jardins do mundo inteiro, mas nenhum tão raro e artístico como este. Talvez
possamos afirmar que ele seja único em todo o mundo”.

A seguir, falarei sobre o Museu de Belas-Artes, que será construído


por último.

A construção está planejada até o verão do ano que vem e, quando


ela estiver concluída, o Jardim Sagrado da Terra Divina ficará ainda mais
magnífico. Quanto às obras artísticas a serem expostas, já tenho algumas e
já andei pesquisando as que são avaliadas como Tesouro Nacional,
existentes em museus históricos e de belas-artes de várias regiões, em
coleções particulares, em templos, etc., com os quais, pouco a pouco, estou
fortalecendo meu relacionamento. Assim, tenho certeza de que o Museu de
Belas-Artes de Hakone nada ficará devendo a outros do gênero. Minha
intenção é expor poucas obras históricas e arqueológicas, tendo como
critério meu senso estético, independente de ser arte oriental ou ocidental,
antiga ou moderna. Pretendo selecionar somente as obras-primas de artistas
famosos de cada época. Isso porque o significado do Museu de Belas-Artes
deixará de ser alcançado se todas as pessoas, entendidas ou não em Arte,
não se sentirem tocadas e extasiadas com a beleza das obras expostas.

Naturalmente, este museu, a começar pela sua arquitetura,


instalações internas, decoração e tudo o mais, será construído de acordo
com a orientação de Deus; por isso, quando ele estiver concluído,
apresentará resultados absolutamente especiais. Com a sua conclusão,
praticamente estará terminada a construção do protótipo do Paraíso da Terra
Divina. No momento em que isso se concretizar, a Obra Divina entrará em
sua verdadeira fase de expansão. Mas não pararemos aí. A construção do
protótipo do Paraíso de Atami também terá rápido progresso. Deus faz com
que tudo se processe de acordo com a Ordem; esta é a Verdade.

19 de setembro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“Estou construindo o protótipo do Paraíso para que as pessoas exaustas


deste mundo nele possam descansar serenamente.”

O Jardim Sagrado que estou construindo há cinco anos, em Gora, na


cidade de Hakone, só está cerca de oitenta por cento pronto. Mesmo assim,
comparado aos famosos jardins existentes em todo o Japão, desde os tempos
antigos, não deixa nada a desejar. Talvez soe como auto-elogio, mas há uma
grande diferença de nível entre este jardim e os demais. É claro que existem
muitos jardins maravilhosos, cada um com suas características; porém, seja ele
qual for, não possui aspectos tão relevantes quanto o de Hakone.

A Terra Divina, como podemos ver, é totalmente diferente de outros


locais. Possui tal abundância de pedras e rochas naturais, que chega a
espantar. Estou dispondo-as conforme a Orientação Divina, não me
submetendo às tradicionais formalidades relativas a jardins. Não me baseio em
modelos; estou construindo este jardim num estilo totalmente novo. Até no que
diz respeito às árvores, juntei várias espécies, combinando-as bem, para que
possam estar em harmonia com as pedras e rochas. As cascatas e correntes
d'água foram aproveitadas para expressarem, ao máximo, o sabor da natureza.
Assim, somando a beleza das montanhas e das águas com a beleza dos
jardins, tentei expressar o que há de melhor e mais elevado na arte natural.
Meu objetivo é fazer aflorar, através dos olhos da pessoa que vê esse quadro, o
sentimento do Belo latente nos seres humanos, elevar seu caráter e eliminar as
impurezas de seu espírito. Por esse motivo, tanto as pedras como as árvores e
plantas foram selecionadas e combinadas cuidadosamente, colocando-se amor
em cada uma delas. É como se fôssemos pintar um quadro utilizando materiais
“in natura”. Gostaria, portanto, que o admirassem com esse espírito.

Construí o jardim de modo que, visto de perto ou de longe, parcialmente


ou em conjunto, ou de qualquer ângulo, sobressaia cada uma de suas
características. Além disso, com o passar dos meses e dos anos, vão nascendo
vários musgos típicos de Hakone, plantinhas de nome desconhecido,
minúsculas flores graciosas e brotos de árvores que crescem nas reentrâncias
das pedras como “bonsai” (5), as quais, por si mesmas, parecem querer atrair a
atenção das pessoas. No ano passado, o jardim todo ficou mais “maduro”,
assumindo um aspecto mais tranqüilo; melhorou tanto que nem o
reconhecíamos. Eu mesmo cheguei a percorrê-lo diversas vezes, sem ter
coragem de afastar-me.

Após a chuva, quando a água é abundante, temos a impressão de estar


vendo, de lugar bem alto, uma correnteza no meio da mata. O som da água
escorrendo pelas pedras, a corrente quebrando-se, lançando gotas para todos
os lados, mais adiante descrevendo graciosas curvas e terminando em duas
cascatas... Visão panorâmica deslumbrante! A cascata do lado direito, chamada
Ryuzu no taki (Cachoeira Cabeça de Dragão), é maravilhosa, e a do lado
esquerdo divide-se em vários fios d'água, para mais abaixo quebrar-se e
espirrar para todos os lados. Vejo de relance até uma andorinha voando rápido,
bem rente às cascatas. Realmente, a harmonia da beleza natural com a beleza
artificial está expressa muito melhor do que eu esperava. Fico satisfeitíssimo.
( 5)
Bonsai: técnica de cultivo pela qual se fazem plantas em miniatura.
Ao contemplar essas cascatas, sinto-me como se estivesse nas profundezas de
montanhas e vales ou diante de um quadro magnífico. Geralmente, as cascatas
artificiais têm certo sabor mundano que as prejudica, mas isso não acontece
com as deste jardim, plenamente identificadas com as cascatas naturais. O
vermelho e o amarelo dos bordos, que nelas se refletem esplendorosamente,
as cores de cada árvore e a forma tridimensional de plantio fazem com que eu
me sinta no meio de densas matas.

Mas deixemos aqui as explanações a respeito do que já foi concluído.


Também no terreno baldio, bem espaçoso e próximo à parte posterior do jardim,
estou pensando em construir outro jardim muito diferente, e já dei início à sua
construção. Também para este tenho um plano bem diferente, inaudito; quando
ele estiver terminado, talvez cause assombro a todas as pessoas.

Vim escrevendo à proporção que as idéias me afloravam à mente, e


talvez me achem orgulhoso demais por estar elogiando o que eu mesmo fiz.
Sem dúvida, na opinião das pessoas comuns, isso está errado. Mas este jardim
da Terra Divina foi construído por Deus; eu sou apenas o Seu Instrumento.
Portanto, como ele foi construído pela técnica, ou melhor, pela Arte Divina, não
seria nada de mais elogiá-lo. É o mesmo que louvar a Deus; por conseguinte,
um ato muito justo. Há algum tempo, o Sr. William W. Shudler, professor de
Geografia de um colégio dos Estados Unidos, veio apreciá-lo e, com visão de
profissional, assim exprimiu sua admiração: “Já vi jardins do mundo inteiro, mas
nenhum tão raro e artístico como este. Talvez possamos afirmar que ele seja
único em todo o mundo”.

A seguir, falarei sobre o Museu de Belas-Artes, que será construído por


último.

A construção está planejada até o verão do ano que vem e, quando ela
estiver concluída, o Jardim Sagrado da Terra Divina ficará ainda mais
magnífico. Quanto às obras artísticas a serem expostas, já tenho algumas e
andei pesquisando as que são avaliadas como Tesouro Nacional, existentes em
museus históricos e de Belas-Artes de várias regiões, em coleções particulares,
em templos, etc., com os quais, pouco a pouco, estou fortalecendo meu
relacionamento. Assim, tenho certeza de que o Museu de Belas-Artes de
Hakone nada ficará devendo a outros do gênero. Minha intenção é expor
poucas obras históricas e arqueológicas, tendo como critério meu senso
estético, independente de ser arte oriental ou ocidental, antiga ou moderna.
Pretendo selecionar somente as obras-primas de artistas famosos de cada
época. Isso porque o significado do Museu de Belas-Artes deixará de ser
alcançado se todas as pessoas, entendidas ou não em Arte, não se sentirem
tocadas e extasiadas com a beleza das obras expostas.

Naturalmente, este museu, a começar pela sua arquitetura, instalações


internas, decoração e tudo o mais, será construído de acordo com a orientação
de Deus; por isso, quando ele estiver concluído, apresentará resultados
absolutamente especiais. Com a sua conclusão, praticamente estará terminada
a construção do protótipo do Paraíso da Terra Divina. No momento em que isso
se concretizar, a Obra Divina entrará em sua verdadeira fase de expansão. Mas
não pararemos aí. A construção do protótipo do Paraíso de Atami também terá
rápido progresso. Deus faz com que tudo se processe de acordo com a Ordem,
esta é a Verdade.

Alicerce do Paraíso - “A respeito do Jardim da Terra Divina” (19/09/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

“O Jardim Sagrado que estou construindo há cinco anos, em Gora, na


cidade de Hakone, só está cerca de oitenta por cento pronto. Mesmo assim,
comparando-o aos famosos jardins existentes em todo o Japão, desde os
tempos antigos, não deixa nada a desejar. Talvez soe como auto-elogio, mas
existe uma grande diferença de nível entre este jardim e os demais. (...) Não
me baseio em modelos; estou construindo-o num estilo totalmente novo. Até no
que diz respeito às árvores, juntei várias espécies, combinando-as bem, para
que possam estar em harmonia com as pedras e rochas. As cascatas e
correntes d’água foram aproveitadas para expressarem, ao máximo, o sabor da
natureza. Assim, somando a beleza das montanhas e das águas com a beleza
dos jardins, tentei expressar o que há de melhor e mais elevado na arte natural.
Meu objetivo é fazer aflorar, através dos olhos da pessoa que vê esse quadro, o
sentimento do belo latente nos seres humanos, elevar seu caráter e eliminar as
impurezas de seu espírito.”

(A Respeito do Shinsen-Kyô, 19 de setembro de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E
Construção)

(S.AN/25). A TÉCNICA LEGISLATIVA E O ESPÍRITO LEGISLATIVO

A sociedade atual tem como princípio disciplinar os criminosos com as


leis e castigos, fazendo-os com que não repitam a delinqüência. Se é que se
põe a religião completamente de lado, não deve-se ter outro método que
esse; portanto, não há outra escolha. Mas, mesmo assim, a realidade
comprova nitidamente que é impossível atingir o objetivo só com isso.

Realmente, mesmo se dizendo crime, ele é apenas o resultado que


surge na superfície, devendo-se investigar o motivo íntimo que leva à
prática. Isto é a mente, a alma que leva a praticar o crime, que é o
fundamental. Portanto, além da prevenção da criminalidade pelas leis, deve-
se exterminar o motivo do crime por outro método. Se não, nunca se
realizará a sociedade sem delinquentes.

Como é assim, atualmente, os homens maus estão penando apenas


para não caírem nas malhas da lei. Isso não se limita apenas aos homens
vis. As pessoas com considerável educação e até os homens acima da
classe média também são assim. Pensam que basta que não se caia na
malha da lei, e praticam, indiferentemente, fraudes e injustiças. Sendo
assim, este modo de pensar é que é realmente temeroso, e deve-se tomar
alguma medida contra isso.

Gostaria de escrever, então, sobre coisas relacionadas com isso,


segundo a minha experiência.
Eu, desde algumas dezenas de anos, tenho tido vários casos de
julgamento. Também, atualmente, há alguns processos em andamento. Mas,
como os meus oponentes são. sem exceção, homens maus, segundo o meu
princípio, não posso perder, e vou até o fim. Até hoje, nunca perdi uma
causa. Assim, compreendi por inúmeras experiências que eles, sem
exceção, desafiam baseados somente nas partes técnicas das leis.
Entretanto, eu me oponho com vista no espírito das leis, e geralmente perco
no primeiro julgamento, mas após o segundo julgamento, impreterivelmente
passo a vencer, ou se não, o meu oponente rende-se e pede solução
amigável. Entretanto, o que é embaraçoso é que, dependendo do juiz, é
grande o número de pessoas que dá mais importância às partes técnicas
das leis, sendo que eles parecem ser jovens, com poucas experiências. Ao
contrário, quem dá maior valor à parte espiritual parece ser maior em juízes
experientes.

O que gostaria que as autoridades da promotoria pensassem bastante


é que, se é que se baseiam na parte técnica, impreterivelmente pensarão
apenas em como escaparem habilmente das malhas das leis, não
diminuindo a criminalidade.

Ao contrário, se se basearem no espírito, como a técnica legislativa


fica em segundo plano, passando-se a se valorizar a parte espiritual,
naturalmente percebem que é mais vantajoso não cometerem pecados.
Assim sendo, corresponderá ao verdadeiro objetivo da legislação, e
naturalmente os males sociais diminuirão.

Ofereço esta prédica especialmente às autoridades competentes.

Jornal Eiko, nº 122, 19 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

(R1/28) DEUS KANZEON BOSSATSU

A Criação da Civilização, pág.


Referi-me, anteriormente, à afinidade de Kanzeon sob vários
aspectos. Como já afirmei, a razão pela qual Ele Se tornou Kanzeon-
Bossatsu foi, sem dúvida, a violência e a pressão do deus Sussanoo-no-
Mikoto.

Contudo, como ficou o trono do Imperador depois da partida do Deus


Izunome-no-Kami? O imperador Amaterassu era o irmão mais novo de
Izunome-no-Kami. Este, infelizmente, sem qualquer motivo, veio a falecer
repentinamente. Assim, sem outra alternativa, a imperatriz Amaterassu foi
indicada para ocupar o trono. É por esse motivo que, ainda hoje, o deus
Amaterassu-Oomikami, apesar de ser deus do Sol, é venerado como deusa.

Como já me reportei antes, Sussanoo-no-Mikoto ambicionava usurpar


o poder e governar o Japão. Todavia, pela sua excessiva precipitação, não
escolheu os meios para alcançar seu objetivo e implantou uma política de
força. Em conseqüência, o povo ficou numa situação caótica, chegando a
uma condição de total ingovernabilidade. Isso desagradou ao deus Izanagui-
no-Mikoto, pai de Sussanoo-no-Mikoto, e a repreensão que este recebeu foi
inevitável. A ação de Sussanoo-no-Mikoto se deveu igualmente ao fato de
ser ele um deus de linhagem coreana. Contudo, como posteriormente ele
não se arrependeu e continuou com o mesmo comportamento, sem outra
alternativa, foi decidido que seria expulso do Japão. No Koji-ki (registros de
histórias antigas do Japão), consta o seguinte:

“Devido ao seu mau comportamento e à sua desastrosa


administração, o deus Sussanoo-no-Mikoto foi repreendido pelo deus
Izanagui-no-Mikoto e mandado para o Mundo Espiritual. Como sua mãe, a
deusa Izanami-no-Mikoto, encontrava-se lá, ele pensou em ficar com ela,
em reclusão, até ser perdoado. Então, antes de partir para o Mundo
Espiritual, o deus Sussanoo-no-Mikoto foi se despedir de sua irmã mais
velha, a deusa Amaterassu-Oomikami, no Céu.”

Sobre isso, o Koji-ki registra:


“O deus Sussanoo-no-Mikoto, fazendo estremecer as montanhas e
rios, tentou subir ao Céu. Ao saber disso, a deusa Amaterassu-Oomikami
ficou deveras assustada, desconfiando que seu irmão mais novo vinha para
atacá-la. Quando ele chegou ao Céu e se encontrou com a irmã, sentiu algo
de anormal no comportamento dela. Disse-lhe, então: “Parece que você,
minha irmã, está suspeitando de mim, mas não tenho nenhum pensamento
vil. Sou inocente, e vou lhe apresentar uma prova.” Assim dizendo,
Sussanoo-no-Mikoto desembainhou a espada e mergulhou-a na água do
poço Manai. Nesse momento, nasceram três deusas: Itikishima-Hime-no-
Mikoto, Okitsu-Hime-no-Mikoto e Taguiri-Hime-no-Mikoto. Então,
Amaterassu-Oomikaki retrucou: “Eu também vou lhe mostrar a pureza do
meu sentimento” e, tirando o colar pendurado ao peito, sacudiu-o igualmente
na água. Aí nasceram cinco deuses masculinos: Ameno-Oshihomimi-no-
Mikoto, Ameno-Hohi-no-Mikoto, Amatsu-Hikone-no-Mikoto, Ikutsu-Hikone-
no-Mikoto e Kumano-Kussubi-no-Mikoto.”

Naturalmente, isso é uma metáfora. Na realidade, Sussanoo-no-


Mikoto chamou suas três filhas, e Amaterassu-Oomikami, seus cinco
vassalos. Os dois, tendo cinco homens e três mulheres como testemunhas,
tentavam firmar um compromisso. Esse compromisso tinha como ponto de
referência o lago Biwa-ko, situado em Oomi, no atual estado de Shiga-ken,
também denominado lago Shiga-no-ko ou, como me referi acima, Ama-no-
Manai. A parte leste ficaria sob o domínio da deusa Amaterassu-Oomikami, e
a parte oeste, sob o domínio do deus Sussanoo-no-Mikoto. Foi firmado,
assim, o compromisso, que, nos termos atuais, seria um tratado de paz.

Com isso, durante curto período, houve momentos de tranqüilidade.


Contudo, o deus Sussanoo-no-Mikoto, como sempre, não conseguia manter-
se em reclusão, e por fim teve sua expulsão consumada. Esse compromisso
é conhecido pelo nome de Compromisso de Yassuga-hara. Ainda hoje existe
uma vila chamada Yassuga-hara, à margem leste do lago Biwa-ko, o que me
leva a crer que o compromisso foi firmado nesse local.
Vou referir-me, agora, à deusa Ryuuguu-no-Otohime (Princesa do
Som do Palácio do Dragão), conhecida há muito por todos. Para isso, torna-
se necessário retroceder um pouco no tempo.

Havia cinco irmãos, de sexo masculino e feminino, nascidos dos


deuses Izanagui-no-Mikoto e Izanami-no-Mikoto. O primogênito chamava-se
Izunome-Tennoo; o segundo filho, Amaterassu-Tennoo; o terceiro filho, Kan-
Sussanoo-no-Mikoto; a primogênita, Wakahimeguimi-no-Mikoto, e a segunda
filha, Hatsuwakahime-no-Mikoto.

O Deus Izanagui-no-Mikoto fez, primeiro, Izunome-no-Mikoto governar


o Japão. Depois, deu essa incumbência ao imperador Amaterassu-Tenno e,
a seguir, à imperatriz Amaterassu-Koogoo. Sussanoo-no-Mikoto, desde o
início, foi incumbido de governar a Coréia. Foi destinada a ser sua esposa,
naturalmente, uma princesa coreana. Como ela se tornou esposa do irmão,
os irmãos dele começaram a chamá-la Otooto-Hime (Princesa do Irmão
Mais Novo). Abreviando-lhe ainda mais, começaram a chamá-la de Oto-
Hime (Princesa do Som). Antes ela era chamada de Otome-Hime, talvez
porque, na época em que ela ainda era solteira, no nome coreano incluía,
também, o ideograma arroz.

Como exposto anteriormente, desde que seu marido saiu numa


viagem sem destino, Otooto-Hime (Princesa do Irmão Mais Novo) ou Oto-
Hime (Princesa do Som) teve, naturalmente, uma vida solitária. Assim, ela
retornou logo à Coréia, sua pátria, e ali construiu um palácio magnífico, onde
vivia com inúmeras criadas.

Nessa época, um jovem chamado Tarô, nascido no Japão, na região


de Shinshu, que gostava muito de pescar, sempre ia para o alto-mar, saindo
da praia situada nas imediações de Hokuriku. Certo dia, defrontou-se com
uma grande tempestade e, com muito esforço, conseguiu se salvar,
chegando a uma praia da Coréia. Neste país, os japoneses eram alvo de
curiosidade de todos. Por esse motivo, é lógico que Oto-Hime não podia
deixar de convidá-lo para ir ao seu palácio, onde a entrada de homens era
vedada.
Talvez por não suportar a solidão, Oto-Hime, que na época era como
se fosse rainha, quando se encontrou com Tarô, apaixonou-se à primeira
vista, por ele ser muito bonito. Não conseguindo resistir, arranjou um
pretexto para que o jovem pudesse permanecer no palácio. Sua paixão por
Tarô foi se tornando cada vez mais ardente e, assim, ela ficava junto dele dia
e noite. Um dia, o povo tomou conhecimento disso. Como as críticas foram
aumentando, a princesa viu-se forçada a romper o romance. Enchendo uma
caixa com maravilhosos tesouros, Oto-Hime deu-a de presente a Tarô e
providenciou que ele retornasse ao seu país. Esta é a famosa Tamate-bako
(arca do tesouro). Dizem que, quando Tarô abriu essa caixa, seus cabelos
ficaram brancos, mas essa história deve ser invenção de alguém.

A denominação do sobrenome de Tarô, Ura-shima (“ilha de trás”),


atribuída à Coréia, deve-se, talvez, ao fato dela estar situada “atrás” do
Japão. Creio que essa denominação lhe foi colocada por um escritor de uma
época posterior. Quando Oto-Hime era como se fosse a rainha da Coréia,
tanto o Japão como a China haviam sido dominados por esse país, e pode-
se dizer que até a parte leste da Índia estava sob influência coreana.
Naturalmente, isso aconteceu porque Sussanoo-no-Mikoto, durante um certo
tempo, teve um poder grandioso, que se expressa pela frase “capaz de
derrubar até mesmo uma ave voando”. Além do mais, a deusa Oto-Hime era
uma mulher de personalidade forte, que suplantava até mesmo os homens.

Justamente na época em que Kanjizai-Bossatsu encerrara Sua


Providência na Índia e pretendia voltar ao Japão, chegou até o sul da Coréia.
Sabendo que no Japão ainda pairava uma atmosfera de perigo, resolver
ficar naquela região por algum tempo. Desde então, passou a ser chamado
de Kanzeon. Durante Sua estada na Índia, Ele estava contemplando o
mundo de Jizai-Ten, e por isso denominou-Se Kanjizai. Desta vez, Ele ficou
contemplando o mundo de Oto-Hime, e por isso denominou-Se Kanzeon.
Lendo-se de trás para a frente, o termo Kanzeon significa “observar o mundo
de Oto-Hime”.
Dessa forma, quando Kanzeon propagou os Seus Ensinamentos aos
povos do sul da China, como era a atuação de um Bossatsu de elevada
virtude, os povos vizinhos, sentindo como que um amor filial por Ele,
procuravam-No e reuníam-se à Sua volta. Desde então, a fé Kannon
finalmente se estendeu por toda a China. Entretanto, com idade avançada e
tendo concluído Sua Providência, acabou falecendo naquele país. O fato de,
ainda hoje, toda a China, isto é, a Manchúria, a Mongólia e até a região do
Tibete, terem uma fé inabalável em Kannon, encerra um profundo
significado. Falarei sobre isso gradativamente.

É lamentável não ter restado no sul da China nenhum vestígio da


existência de Kannon. A razão disso é que aquela região foi assolada pela
guerra várias vezes, o que, inevitavelmente, fez desaparecerem esses
vestígios.

23 de setembro de 1951
(tradução em: Rokan – Religião 1)

"Até hoje, quando se ministrava o Joorei, sacudia-se a mão. De agora


em diante, não se deve mais fazer dessa forma. Emprega-se força quando a
mão é sacudida. Para não forçá-la, há que mantê-la parada. Peço que assim
o façam. Não movimentem a mão. Na medida do possível, procurem não
forçá-la, deixando-a bem relaxada, sem esticá-la."

(23 de setembro de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

Palma da mão parada e relaxada

Antigamente, quando se ministrava Johrei, sacudia-se a palma da


mão. Hoje, não se usa mais esse processo, porque supõe o emprego da
força.
Agora a palma da mão deve ficar parada e relaxada, um pouco
encurvada, nunca forçada e nem totalmente esticada.

23 de setembro de 1951
(tradução em: Johrei – Arte da Vida)

“O lema da Meshiya Kyô é construir um mundo sem doença, pobreza e


conflito. (...)

Em seguida, tem-se a questão da pobreza. Se erradicarmos a doença, a


pobreza também se resolverá. Todavia, não é só: há ainda o problema do
aumento da produção de alimentos. Para solucioná-lo, não há método melhor
do que acabar com a pobreza. Ou seja, como os agricultores correspondem a
aproximadamente 80% da população japonesa, o meio mais eficaz é rechear a
carteira deles. Por conseguinte, o comércio e a indústria também irão
prosperar. Para enriquecer os agricultores, é essencial que o aumento da
produção de alimentos não exija deles gastos com adubos, entre outras coisas.
Daí a nossa grande necessidade de recomendar-lhes o método agrícola
natural.”

(Palestra, 25 de setembro de 1951)

(R2/05) EU ESCREVO A VERDADE

Comecei a escrever há mais de dez anos; naturalmente, apenas


sobre assuntos relacionados à Fé. Ao contrário de outros fundadores de
religiões, procurei eliminar formalidades e palavras difíceis, utilizando uma
linguagem que todos pudessem compreender facilmente.

No entanto, há também uma inconveniência. Ou seja, por exemplo,


mesmo em se tratando dos 84 mil sutras de Buda, a Bíblia de Cristo, o
Esoterismo de Shingon, o “Tan-nisho” de Shinran, a Escritura de Nitiren,
Músicas e danças sagradas do Fundador de Tenrikyo, o Ofudessaki da
Fundadora da Oomotokyo, etc.

De modo geral, as religiões são boas. Entretanto, se por um lado elas


possuem o que poderíamos chamar de característica peculiar a toda religião,
por outro lado têm um certo mistério que ora julgamos entender, ora nos
parece incompreensível, e talvez seja por isso mesmo que elas exercem
atração. Sendo difícil compreendê-las, as religiões podem ser interpretadas
de várias maneiras, dependendo da pessoa, o que facilita a formação de
seitas. Além disso, quanto mais adeptos tiver uma religião, mais
probabilidade ela terá de subdividir-se. A História nos mostra a luta que
travaram entre si essas facções. Assim, não conseguindo captar a essência
da Fé, os fiéis sentem freqüentes dúvidas, tornando-se difícil alcançarem a
verdadeira paz e iluminação espiritual.

Através dos métodos utilizados até agora, não conseguiremos obter a


unificação harmoniosa nem mesmo de uma só religião. Conseqüentemente,
a unificação de todas elas torna-se uma utopia. Esse deve ser, também, o
motivo do aparecimento de novas religiões a cada ano que passa.
Observando somente o Japão, notamos que a tendência atual é aumentar o
número de religiões proporcionalmente ao aumento da população.

Jeová, Deus, Logos, Tentei, Mukyoku, Amaterassu-Ookami,


Kunitokotati-no-Mikoto, Cristo, Shaka, Amida e Kannon constituem o alvo da
adoração de diversas religiões. Além destes, que são os principais,
poderíamos citar Mikoto, Nyorai, Daishi e inúmeros outros. Sem dúvida
alguma, não levando em conta Inari, Tengu, Ryujin e mais alguns, que
pertencem a crenças inferiores, todos eles são divindades de alto nível.

Remontando às origens, é óbvio que só existe um deus verdadeiro,


isto é, DEUS. Até hoje, contudo, cada religião se considera mais elevada
que as demais, havendo, também, certa dose de discriminação entre elas.
Dessa forma, é impossível promover-se a união de todas. Apesar disso, o
objetivo final de todas as religiões é o mesmo; não há uma sequer que não
deseje o Céu ou o Paraíso neste mundo, ou melhor, a concretização do
Mundo Ideal, um mundo onde todas as criaturas sejam felizes.

Mas o que é preciso para que esse mundo se concretize?

É preciso que surja uma religião universal, que englobe o mundo


inteiro. Deverá ter as características de uma Ultra-Religião, ser tão grandiosa
que toda a humanidade possa crer nela incondicionalmente. Não quero dizer
que essa religião seja a Igreja Messiânica Mundial, mas a missão de nossa
Igreja é ensinar o meio que possibilitará a realização do Mundo Ideal, ou
seja, mostrar como elaborar o plano, o projeto para a construção desse
mundo. Na medida em que aumentar, em cada país, o número de intelectos
conscientes disso, estaremos marchando passo a passo para atingir nosso
objetivo.

Em síntese, será a concretização da Verdade. Através dela, todos os


erros se tornarão claros e serão corrigidos, surgindo o Mundo de Luz, claro e
límpido. Naturalmente, a humanidade se libertará do Mal; o Bem, que estava
subjugado por ele, triunfará, e o homem alcançará a felicidade. Portanto, em
primeiro lugar, é fundamental que a Verdade seja conhecida pelas pessoas
do mundo inteiro.

Falando assim, acho que as pessoas vão dizer que desde os tempos
antigos, numerosos grandes mestres vieram ensinando tudo sobre a
Verdade; portanto, a essas alturas, não há mais necessidade. Porém, na
realidade, isso é um problema. Isto porque, se até então a Verdade tivesse
sido realmente apresentada, ela já teria sido manifestada concretamente e o
mundo Paradisíaco já deveria estar ou concretizado, ou então na fase
próxima de realização, mas sequer visualizamos tal indício. Talvez, em
termos materiais, podemos dizer que realmente o Paraíso está se
aproximando, mas por outro lado, ou seja, em termos espirituais, não se
observa nenhum desenvolvimento; antes, o seu oposto. Dessa maneira, não
podemos sequer estimar quando é que o mundo paradisíaco será realmente
concretizado. Assim sendo, vão perceber que a sua causa encontra-se no
fato de ter-se acreditado, até então, na verdade, que na realidade não era.
O melhor meio é observar a situação real do mundo. Tudo se
encontra por demais distante da condição paradisíaca. A doença, o maior
sofrimento do homem, não está diminuindo e o dissabor da vida denominado
pobreza continua. O conflito entre os indivíduos, entre os países, ou seja, a
guerra, encontra-se na situação que podemos observar. Portanto, isso é a
prova de que a verdade não está sendo praticada. Conseqüentemente, a
verdade que até então era considerada como verdade, na realidade, era
pseudo-verdade. Esta, sem ser algo útil, veio causando até mesmo
obstáculos à construção do Paraíso. Mas, finalmente, chegou o tempo certo.
Deus irá esclarecer a verdade a toda humanidade através da minha pessoa.
Essa é a razão da manifestação da nossa Igreja Messiânica Mundial; por
isso, os Ensinamentos que eu escrevo são revelações de Deus para que
todas as pessoas possam compreender. Assim sendo, tudo que escrevi até
agora é a Verdade. Vou revelar a falha da pseudo-verdade refletindo-a no
espelho da verdade e ensinar, de modo simples, a maneira de melhorar.
Assim procedendo, além de esclarecer a diferença entre a verdade e a
pseudo-verdade, vou ensinar com base nos fatos reais. O que vem a ser o
Johrei, o Cultivo Natural, a elevação por meio da Arte e a construção do
protótipo do Paraíso Terrestre.

O empreendimento que agora estou realizando - um grande esforço


para revelar a Verdade através de explanações escritas - constitui uma fase
importantíssima para a concretização desse mundo.

Revista Tijyo Tengoku nº 28, 25 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

EU ESCREVO A VERDADE

Comecei a escrever há mais de dez anos; naturalmente, apenas


sobre assuntos relacionados à Fé. Ao contrário de outros fundadores de
religiões, procurei eliminar formalidades e palavras difíceis, utilizando uma
linguagem que todos pudessem compreender facilmente.
De modo geral, as religiões são boas. Entretanto, se por um lado elas
possuem o que poderíamos chamar de característica peculiar a toda religião,
por outro lado têm um certo mistério que ora julgamos entender, ora nos
parece incompreensível, e talvez seja por isso mesmo que elas exercem
atração. Sendo difícil compreendê-las, as religiões podem ser interpretadas
de várias maneiras, dependendo da pessoa, o que facilita a formação de
seitas. Além disso, quanto mais adeptos tiver uma religião, mais
probabilidade ela terá de subdividir-se. A História nos mostra a luta que
travaram entre si essas facções. Assim, não conseguindo captar a essência
da Fé, os fiéis sentem freqüentes dúvidas, tornando-se difícil alcançarem a
verdadeira paz e iluminação espiritual.

Através dos métodos utilizados até agora, não conseguiremos obter a


unificação harmoniosa nem mesmo de uma só religião. Conseqüentemente,
a unificação de todas elas torna-se uma utopia. Esse deve ser, também, o
motivo do aparecimento de novas religiões a cada ano que passa.
Observando somente o Japão, notamos que a tendência atual é aumentar o
número de religiões proporcionalmente ao aumento da população.

Jeová, Deus, Logos, Tentei, Mukyoku, Amaterassu-Ookami,


Kunitokotati-no-Mikoto, Cristo, Shaka, Amida e Kannon constituem o alvo da
adoração de diversas religiões. Além destes, que são os principais,
poderíamos citar Mikoto, Nyorai, Daishi e inúmeros outros. Sem dúvida
alguma, não levando em conta Inari, Tengu, Ryujin e mais alguns, que
pertencem a crenças inferiores, todos eles são divindades de alto nível.

Remontando às origens, é óbvio que só existe um deus verdadeiro,


isto é, DEUS. Até hoje, contudo, cada religião se considera mais elevada
que as demais, havendo, também, certa dose de discriminação entre elas.
Dessa forma, é impossível promover-se a união de todas. Apesar disso, o
objetivo final de todas as religiões é o mesmo; não há uma sequer que não
deseje o Céu ou o Paraíso neste mundo, ou melhor, a concretização do
Mundo Ideal, um mundo onde todas as criaturas sejam felizes.
Mas o que é preciso para que esse mundo se concretize?

É preciso que surja uma religião universal, que englobe o mundo


inteiro. Deverá ter as características de uma Ultra-Religião, ser tão grandiosa
que toda a humanidade possa crer nela incondicionalmente. Não quero dizer
que essa religião seja a Igreja Messiânica Mundial, mas a missão de nossa
Igreja é ensinar o meio que possibilitará a realização do Mundo Ideal, ou
seja, mostrar como elaborar o plano, o projeto para a construção desse
mundo. Na medida em que aumentar, em cada país, o número de intelectos
conscientes disso, estaremos marchando passo a passo para atingir nosso
objetivo.

Em síntese, será a concretização da Verdade. Através dela, todos os


erros se tornarão claros e serão corrigidos, surgindo o Mundo de Luz, claro e
límpido. Naturalmente, a humanidade se libertará do Mal; o Bem, que estava
subjugado por ele, triunfará, e o homem alcançará a felicidade. Portanto, em
primeiro lugar, é fundamental que a Verdade seja conhecida pelas pessoas
do mundo inteiro. O empreendimento que agora estou realizando – um
grande esforço para revelar a Verdade através de explanações escritas –
constitui uma fase importantíssima para a concretização desse mundo.

25 de setembro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

Eu escrevo a verdade

Comecei escrever há mais de dez anos; naturalmente, apenas sobre


assuntos relacionados à Fé. Ao contrário de outros fundadores de religiões,
procurei eliminar formalidades e rusticidades, com o intuito de tornar fácil a
compreensão das pessoas de qualquer nível social.

Entretanto, isso pode ser mal interpretado. Por exemplo, as 84 mil


sutras budistas de Sakyamuni; a Bíblia de Cristo; o Mistério Esotérico do
Budismo de Shingon; e as escritas como dos bonzos Shinran, Nichiren,
fundadores das Igrejas Tenri e Oomoto; todas elas possuem o que
poderíamos chamar de característica peculiar a toda religião; por outro lado,
têm um certo mistério que ora julgamos entender, ora nos parece
incompreensível, e talvez seja por isso mesmo que elas exercem atração.
Sendo difícil compreendê-Ias, elas podem ser interpretadas de várias
maneiras, dependendo da pessoa, o que facilita a formação de seitas. Além
disso, quanto mais adeptos tiver uma religião, mais probabilidade ela terá de
subdividir-se. A história nos mostra a luta que travaram entre si essas
facções. Assim, não conseguindo captar a essência da Fé, os fiéis sentem
freqüentes dúvidas, tonando-se-lhes difícil alcançar a verdadeira paz e
iluminação espiritual.

Desse modo, através dos métodos utilizados até agora, não


conseguiremos obter a unificação harmoniosa nem mesmo de uma só
religião. Conseqüentemente, a unificação de todas elas torna-se uma utopia.
Esse deve ser, também, o motivo do aparecimento de novas religiões a cada
ano que passa. Observando somente o Japão, notamos que a tendência
atual é aumentar o número de religiões proporcionalmente ao aumento da
população.
Jeová, Deus, Logos, Tentei, Mukyoku, Amaterassu-Oomikami,
Kunitokotati-no-Mikoto, Cristo, Sakyamuni, Amida e Kannon constituem alvo
de adoração de diversas religiões. Além destas, que são as principais,
poderíamos citar Mikoto, Nyorai, Daishi e inúmeros outros. Sem dúvida
alguma, não levando em conta Inari, Tengu, Ryujin e mais alguns, que
pertencem a crenças inferiores, todos eles são divindades de alto nível.

Remontando às origens, é óbvio que só existe um deus verdadeiro,


isto é, o Supremo DEUS. Até hoje, contudo, cada religião se considera mais
elevada que as demais, havendo, também, certa dose de discriminação
entre elas. Dessa forma, é impossível promover-se a união de todas. Apesar
disso, o objetivo final de todas as religiões é o mesmo; não há uma sequer
que não deseje o Céu ou o Paraíso neste mundo, ou melhor, a
concretização do Mundo Ideal, um mundo onde todas as criaturas sejam
felizes.
Mas o que é preciso para que esse mundo se concretize?

É preciso que surja uma religião universal, que englobe o mundo


inteiro. Ela deverá ter as características de uma Ultra-Religião tão grandiosa
que toda a humanidade possa crer nela incondicionalmente. Não quero dizer
que essa religião seja a nossa Igreja Messiânica, mas a missão da nossa
Igreja é ensinar o processo e o meio através dos quais se realizará o Mundo
Ideal, ou seja, mostrar como elaborar o plano, o projeto para a construção
desse mundo. Na medida em que aumentar, em cada país, o número de
intelectos conscientes disso, estaremos marchando passo a passo para
atingir o nosso objetivo.

Em síntese, será a concretização da Verdade. Através dela, todos os


erros se tornarão claros e serão corrigidos, surgindo o Mundo de Luz, claro e
límpido. Naturalmente, a humanidade se libertará do Mal; o Bem, que estava
subjugado por ele, triunfará, e o homem alcançará a felicidade. Portanto, em
primeiro lugar, é fundamental levar a Verdade ao conhecimento das pessoas
do mundo inteiro. E, talvez, as pessoas digam que não há essa
necessidade, ainda mais que, desde tempos remotos, muitos grandiosos
homens já fizeram isto! Na realidade, aí está o problema. Se tivesse sido
revelada a verdade, essa deveria já ter se materializado em forma de
concretização do Paraíso Terrestre, mesmo não sendo completo, pelo
menos algo que se lhe aproxime, mas não há nem sinal disso.

É verdade que materialmente podemos dizer que está se


aproximando o Paraíso; porém, no tocante ao Mundo Espiritual, não se vê
nenhuma evolução; pelo contrário, há até uma regressão.

Deste modo, não temos como estimar quando será concretizado o


verdadeiro Mundo Paradisíaco. Assim, certamente perceberão que a causa
é que a verdade, na qual vieram acreditando até hoje como tal, não o é na
realidade.

Basta analisar a situação do mundo; tudo está por demais distante do


Paraíso. A doença, o maior sofrimento humano, até agora não tem
diminuído, o mesmo ocorre com a aflição diária causada pela pobreza; os
conflitos individuais e os internacionais, isto é, a guerra, tal como se
apresenta. Esta é a prova de que não há a prática da Verdade. Assim, como
o que se pensava ser Verdade, não passava de pseudo-verdade, não foi útil
à construção do Paraíso, sendo, antes, um obstáculo. Mas, finalmente, com
a chegada da hora, Deus esclarecerá a verdade através da minha pessoa,
levando-a ao conhecimento de toda a humanidade. Este é o motivo do
surgimento da nossa Igreja Messiânica; por conseguinte, o que escrevo
segue a instrução de Deus para o entendimento de todos.

Pelo exposto acima, tudo o que escrevi é Verdade e, espelhado na


Verdade, exponho todas as falhas da pseudo-verdade e deixo claro o
método para reformá-Ia. Com isto, não só torna-se nítida a diferença entre a
Verdade e a pseudo-verdade, mas também a demonstro através de fatos
reais. Estes são o Johrei, cultivo natural, elevação das artes e construção do
Protótipo do Paraíso Terrestre.

Desta maneira, o empreendimento que agora estou realizando - um


grande esforço para revelar a Verdade através de explanações escritas -
constitui uma fase importantíssima para a concretização desse mundo.

("Eu Escrevo a Verdade" - 25 de setembro de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

EU ESCREVO A VERDADE

Comecei a escrever há mais de dez anos; naturalmente, apenas


sobre assuntos relacionados à Fé. Ao contrário de outros fundadores de
religiões, procurei eliminar formalidades e palavras difíceis, utilizando uma
linguagem que todos pudessem compreender facilmente.

De modo geral, as religiões são boas. Entretanto, se por um lado elas


possuem o que poderíamos chamar de característica peculiar a toda religião,
por outro lado têm um certo mistério que ora julgamos entender, ora nos
parece incompreensível, e talvez seja por isso mesmo que elas exercem
atração. Sendo difícil compreendê-las, as religiões podem ser interpretadas
de várias maneiras, dependendo da pessoa, o que facilita a formação de
seitas. Além disso, quanto mais adeptos tiver uma religião, mais
probabilidade ela terá de subdividir-se. A História nos mostra a luta que
travaram entre si essas facções. Assim, não conseguindo captar a essência
da Fé, os fiéis sentem freqüentes dúvidas, tornando-se difícil alcançarem a
verdadeira paz e iluminação espiritual.

Através dos métodos utilizados até agora, não conseguiremos obter a


unificação harmoniosa nem mesmo de uma só religião. Conseqüentemente,
a unificação de todas elas torna-se uma utopia. Esse deve ser, também, o
motivo do aparecimento de novas religiões a cada ano que passa.
Observando somente o Japão, notamos que a tendência atual é aumentar o
número de religiões proporcionalmente ao aumento da população.

Jeová, Deus, Logos, Tentei, Mukyoku, Amaterassu-Ookami,


Kunitokotati-no-Mikoto, Cristo, Shaka, Amida e Kannon constituem o alvo da
adoração de diversas religiões. Além destes, que são os principais,
poderíamos citar Mikoto, Nyorai, Daishi e inúmeros outros. Sem dúvida
alguma, não levando em conta Inari, Tengu, Ryujin e mais alguns, que
pertencem a crenças inferiores, todos eles são divindades de alto nível.

Remontando às origens, é óbvio que só existe um deus verdadeiro,


isto é, DEUS. Até hoje, contudo, cada religião se considera mais elevada
que as demais, havendo, também, certa dose de discriminação entre elas.
Dessa forma, é impossível promover-se a união de todas. Apesar disso, o
objetivo final de todas as religiões é o mesmo; não há uma sequer que não
deseje o Céu ou o Paraíso neste mundo, ou melhor, a concretização do
Mundo Ideal, um mundo onde todas as criaturas sejam felizes.

Mas o que é preciso para que esse mundo se concretize?

É preciso que surja uma religião universal, que englobe o mundo


inteiro. Deverá ter as características de uma Ultra-Religião, ser tão grandiosa
que toda a humanidade possa crer nela incondicionalmente. Não quero dizer
que essa religião seja a Igreja Sekai Kyussei Kyo, mas a missão de nossa
Igreja é ensinar o meio que possibilitará a realização do Mundo Ideal, ou
seja, mostrar como elaborar o plano, o projeto para a construção desse
mundo. Na medida em que aumentar, em cada país, o número de intelectos
conscientes disso, estaremos marchando passo a passo para atingir nosso
objetivo.

Em síntese, será a concretização da Verdade. Através dela, todos os


erros se tornarão claros e serão corrigidos, surgindo o Mundo de Luz, claro e
límpido. Naturalmente, a humanidade se libertará do Mal; o Bem, que estava
subjugado por ele, triunfará, e o homem alcançará a felicidade. Portanto, em
primeiro lugar, é fundamental que a Verdade seja conhecida pelas pessoas
do mundo inteiro. O empreendimento que agora estou realizando - um
grande esforço para revelar a Verdade através de explanações escritas -
constitui uma fase importantíssima para a concretização desse mundo.
Tudo o que escrevi até hoje é verdade. Os defeitos (ou a imperfeição)
da Falsa Verdade virão à tona ao refletir no espelho da Verdade e mostrará o
meio de repará-los.

Com isso, além de tornar nítida a diferença entre a Verdade e a Falsa


Verdade, demonstrará através dos fatos reais.

Esta é a Arte Médica Johrei, a Agricultura Natural, a Elevação da Arte


e a Construção do Protótipo do Paraíso Terrestre.

25 de setembro de 1951
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

“Ensinamentos verdadeiros são aqueles que desvelam mistérios que a


razão é incapaz de desvelar.”

Comecei a escrever há mais de dez anos; naturalmente, apenas sobre


assuntos relacionados à Fé. Ao contrário de outros fundadores de religiões,
procurei eliminar formalidades e palavras difíceis, utilizando uma linguagem que
todos pudessem compreender facilmente. Todavia, em matéria de textos
religiosos, há um inconveniente. Os oitenta e quatro mil sutras de Sakyamuni,
por exemplo, assim como a Bíblia cristã, os mistérios de Shingon, o tan-ni-sho
de Shinran, os textos de Nitiren, o mikagura-uta da Tenri-Kyo, o Ofudessaki da
Oomoto, etc, falando em sentido negativo, todos eles cheiram a religião. De
modo geral, as religiões são boas. Entretanto, se por um lado elas possuem o
que poderíamos chamar de característica peculiar a toda religião, por outro lado
têm um certo mistério, que ora julgamos entender, ora nos parece
incompreensível, e talvez seja por isso mesmo que elas exercem atração.
Sendo difícil compreendê-las, as religiões podem ser interpretadas de várias
maneiras, dependendo da pessoa, o que facilita a formação de seitas. Além
disso, quanto mais adeptos tiver uma religião, mais probabilidade ela terá de
subdividir-se. A História nos mostra a luta que travaram entre si essas facções.
Assim, não conseguindo captar a essência da Fé, os fiéis sentem freqüentes
dúvidas, tornando-se difícil alcançarem a verdadeira paz e iluminação espiritual.

Através dos métodos utilizados até agora, não conseguiremos obter a


unificação harmoniosa nem mesmo de uma só religião. Conseqüentemente, a
unificação de todas elas torna-se uma utopia. Esse deve ser, também, o motivo
do aparecimento de novas religiões a cada ano que passa. Observando
somente o Japão, notamos que a tendência atual é aumentar o número de
religiões proporcionalmente ao aumento da população.
Jeová, Deus, Logos, Tentei, Mukyoku, Amaterassu Ookami, Kunitokotati-
no-Mikoto, Cristo, Shaka, Amida e Kannon constituem o alvo da adoração de
diversas religiões. Além destes, que são os principais, poderíamos citar Mikoto,
Nyorai, Daishi e inúmeros outros. Sem dúvida alguma, não levando em conta
Inari, Tengu, Ryujin e mais alguns, que pertencem a crenças inferiores, todos
eles são divindades de alto nível. Remontando às origens, é óbvio que só existe
um deus verdadeiro, isto é, DEUS. Até hoje, contudo, cada religião se considera
mais elevada que as demais, havendo, também, certa dose de discriminação
entre elas. Dessa forma, é impossível promover-se a união de todas. Apesar
disso, o objetivo final de todas as religiões é o mesmo; não há uma sequer que
não deseje o Céu ou o Paraíso neste mundo, ou melhor, a concretização do
Mundo Ideal, um mundo onde todas as criaturas sejam felizes.
Mas o que é preciso para que esse mundo se concretize?

É preciso que surja uma religião universal, que englobe o mundo inteiro.
Deverá ter as características de uma Ultra-Religião, ser tão grandiosa que toda
a humanidade possa crer nela incondicionalmente. Não quero dizer que essa
religião seja a Igreja Messiânica Mundial, mas a missão de nossa Igreja é
ensinar o meio que possibilitará a realização do Mundo Ideal, ou seja, mostrar
como elaborar o plano, o projeto para a construção desse mundo. Na medida
em que aumentar, em cada país, o número de intelectos conscientes disso,
estaremos marchando passo a passo para atingir nosso objetivo.

Em síntese, será a concretização da Verdade. Através dela, todos os


erros se tornarão claros e serão corrigidos, surgindo o Mundo de Luz, claro e
límpido. Naturalmente, a humanidade se libertará do Mal; o Bem, que estava
subjugado por ele, triunfará, e o homem alcançará a felicidade. Portanto, em
primeiro lugar, é fundamental que a Verdade seja conhecida pelas pessoas do
mundo inteiro. Então, as pessoas poderão afirmar: “Desde os tempos antigos,
todos os grandes homens vieram ensinando a Verdade”. E talvez dirão: “Para
que, a essas alturas, há necessidade de fazer isso?” Entretanto, isto é um
problema, pois, se a Verdade tivesse sido revelada, ela teria se manifestado
concretamente, e o mundo paradisíaco ou teria se concretizado ou estaria
prestes a sê-lo, porém não há qualquer indício disso. Realmente podemos dizer
que estamos nos aproximando passo a passo do Paraíso, mas, por outro lado,
espiritualmente não há qualquer progresso, ocorrendo justamente o contrário.
Se a situação continuar como está, não sabemos e nem temos idéia de quando
será concretizado verdadeiramente o mundo paradisíaco. Sendo assim,
poderão se conscientizar de que aquilo que até agora acreditávamos ser
Verdade na realidade não era.

Como melhor prova do que dizemos, basta observar a situação do


mundo. Tudo está por demais distante do Paraíso; a doença, o maior
sofrimento do homem, não diminui; a pobreza, que representa um sofrimento
na vida, continua; o conflito entre os indivíduos e de âmbito nacional, isto é, a
guerra, também é um fato real. Isto é a prova de que a Verdade não está sendo
praticada de forma alguma. Aquilo que até agora se pensava ser Verdade, na
realidade, era inverdade; portanto, não sendo útil, tornava-se até mesmo uma
interferência na construção do Paraíso. Todavia, chegou finalmente o momento
em que Deus, através da minha pessoa, esclarece a Verdade a toda a
humanidade. Esse é o motivo do aparecimento da nossa Igreja. Por
conseguinte, os textos que eu escrevo são ordenados por Deus, para que
sejam compreendidos por todos.

Tudo o que eu escrevi até agora são Verdades. Espelhando-me na


Verdade, vou revelar os erros da inverdade e ensinar a forma de corrigi-los.
Mostrarei a distinção entre a Verdade e a inverdade, e, mais do que isso, vou
mostrá-la baseado na realidade. Isso vem a ser o já referido tratamento através
do Johrei, o cultivo natural, a elevação da Arte e a construção do protótipo do
Paraíso Terrestre.

Dessa maneira, o empreendimento que agora estou realizando – um


grande esforço para revelar a Verdade através de explanações escritas –
constitui uma fase importantíssima para a concretização desse mundo.

Alicerce do Paraíso - “Eu escrevo a Verdade” (25/09/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

“Remontando às origens, é obvio que só existe um deus verdadeiro, isto


é, DEUS. Até hoje, contudo, cada religião se considera mais elevada que as
demais, havendo, também, certa dose de discriminação entre elas. Dessa
forma, é impossível promover-se a união de todas. Apesar disso, o objetivo final
de todas as religiões é o mesmo; não há uma sequer que não deseje o Céu ou
o Paraíso neste mundo, ou melhor, a concretização do Mundo Ideal, um mundo
onde todas as criaturas sejam felizes. Mas o que é preciso para que esse
mundo se concretize? É preciso que surja uma religião universal, que englobe o
mundo inteiro. Deverá ter as características de uma Ultra-Religião, ser tão
grandiosa que toda a humanidade possa crer nela incondicionalmente. A
missão de nossa Igreja é ensinar o processo e o meio através dos quais se
realizará o Mundo Ideal, ou seja, mostrar como elaborar o plano, o projeto para
a construção desse mundo. No entanto, acercando-se o momento, Deus, a fim
de clarificar a Verdade, utiliza-se de mim para que eu a leva à humanidade
inteira. Eis o motivo do surgimento da Ordem da Salvação e razão pela qual os
textos que escrevo serem por Ele revelados, de modo a que todos os
entendam.”

(Eu Escrevo a Verdade, 25 de setembro de 1951)

“Espelhado na Verdade, exponho todas as falhas da pseudoverdade e


deixo claro o método para reformá-la. Com isto, não só torna-se nítida a
diferença entre a Verdade e a pseudoverdade, mas também a demonstro
através de fatos reais. Estes são o Joorei, cultivo natural, elevação das artes e
construção do protótipo do Paraíso Terreno.

Desta maneira, o empreendimento que agora estou realizando — um


grande esforço para revelar a Verdade através de explanações escritas —
constitui uma fase importantíssima para a concretização desse mundo.”

(Eu escrevo a Verdade, 25 de setembro de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E
Construção)

“Basta passar os olhos pela situação mundial. Não haverá, em tudo, uma
imensa distância do Paraíso? As doenças, o pior dos pesadelos humanos, não
diminuem; o tormento que é a pobreza continua como sempre e os conflitos,
quer entre indivíduos, quer entre países — as guerras, neste caso — são o que
se vê. Têm-se aqui as provas de que a verdade não prevalece. O que era dado
por verdade, na realidade, são pseudoverdades. Podem constituir, sim, um
entrave para construção do Paraíso, nunca um contributo. No entanto,
acercando-se o momento, Deus, a fim de clarificar a verdade, utiliza-se de mim
para que eu a leve à humanidade inteira. Eis o motivo do surgimento da Ordem
da Salvação e razão pela qual os textos que escrevo serem por Ele revelados,
de modo a que todos os entendam. Portanto, tudo o que até agora escrevi é a
verdade e, diante do espelho da verdade, desmascaram-se as falhas das
pseudoverdades, indicando-se os meios de as reformular. Assim, não apenas
se faz a clara distinção entre a verdade e a pseudoverdade, mas ainda
demonstra-se pelos fatos. Esse é o papel da terapia da purificação espiritual 24,
a agricultura natural, a evolução das Artes e a construção de maquetes do
Paraíso Terreno.

O trabalho que presentemente executo é, em suma, um grande processo


de materialização da Verdade e um desmedido esforço para esclarecê-la,
através da pena.

(Eu escrevo a Verdade, 25 de setembro de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama – Salvador)

“Portanto, em primeiro lugar, é fundamental levar a verdade ao


conhecimento das pessoas do mundo inteiro”. (…)

Espelhado na verdade, exponho todas as falhas da pseudo-verdade e


deixo claro o método para reformá-la. Com isto, não só torna-se nítida a
diferença entre a verdade e a pseudo-verdade, mas também a demonstro
através de fatos reais. Estes são a Arte Médica do Joorei, cultivo natural,
elevação das artes e construção do protótipo do Paraíso Terrestre.

Desta maneira, o empreendimento que agora estou realizando – um


grande esforço para revelar a verdade através de explanações escritas –
constitui uma fase importantíssima para a concretização da verdade”.

(Eu Escrevo a Verdade – 25 de setembro de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

(J1/11) O PENSAMENTO DA MEDICINA

24
Purificação espiritual: Joorei, em japonês.
Vou escrever a respeito do erro fundamental da Medicina atual, ou
seja, a superficialidade do seu pensamento. Vejamos dois ou três exemplos
disso.

Quando falta vitamina no organismo, dizem que basta suprir essa


deficiência. No entanto, o fato de não haver vitamina suficiente mostra a
presença de alguma disfunção da capacidade natural do organismo de
produzi-la. Portanto, basta reparar este defeito. Por não conseguir descobrir
esta disfunção, a Medicina, infelizmente, recomenda a ingestão de
vitaminas. O que me impressiona é que as pessoas da época em que não se
tinha noção do que era vitamina eram muito mais saudáveis do que as da
atualidade.

Tenho dito freqüentemente que a diarréia é um processo de


eliminação de impurezas do organismo e funciona como uma limpeza da
barriga; por isso, a nível de saúde, é algo extremamente benéfico. Apesar
disso, a Medicina tenta interromper esse processo, impedindo, assim, a
eliminação. Creio não haver equívoco maior.

O mais engraçado em relação à diarréia é que os japoneses usam a


expressão “a barriga quebrou”. Contudo, do nosso ponto de vista, não há
nada mais tolo do que essa afirmação. Sempre digo que a barriga do ser
humano não é feita de porcelana nem de vidro e, portanto, não há razão de
dizer que ela se quebrou. Por isso, dou gargalhadas quando ouço tal
expressão.

Da mesma forma, a Medicina tenta impedir a expulsão de impurezas


do organismo, que se manifestam em forma de tosse, catarro, coriza, suor,
etc. Caso surja febre, usa-se gelo para baixá-la; quando o paciente sente
dores no apêndice, ele é submetido à cirurgia para extirpá-lo. O apêndice
começa a doer porque deve haver uma causa; portanto, basta eliminá-la.
Creio que ele é retirado por não conseguirem detectá-la. A explicação que
dão para esse procedimento não é muito convincente: fico apavorado, pois a
Medicina diz que, como o apêndice é um órgão desnecessário para o corpo
humano, é mais seguro não tê-lo.
Acredito que Deus, Criador do homem, esteja espantado e rindo com
amargura. Procede-se da mesma forma em relação ao rim; quando é
detectado o seu mau funcionamento, ele é extraído. Observando esses
fatos, podemos dizer quão pavoroso, desprezível e grosseiro é o
pensamento da Medicina em relação às doenças. E ainda dizem que isso é
o seu progresso! Não há nenhuma diferença se compararmos a Medicina
com o fato de dizermos que devemos eliminar o homem mau só porque ele
é um estorvo, ao invés de torná-lo uma pessoa boa. Realmente, é uma
atitude selvagem.

Escrevi um artigo sobre esse assunto em que afirmei que a cirurgia


realizada pela Medicina atual é extremamente bárbara. Fui, então, intimado
imediatamente pela polícia e, após ter sido repreendido severamente, fui
multado. Sendo assim, cheguei à conclusão de que não só a Medicina, mas
também a Justiça, eram bárbaras. Falando claramente, baixar a febre
através do resfriamento é a mesma coisa que tentar acalmar uma pessoa
enraivecida dando-lhe socos. Impedir a eliminação de catarro, coriza, suor,
diarréia, é o mesmo que prender com pregos a tampa de uma lata de lixo
para que esta não seja limpa. Para minha perplexidade, as pessoas em
geral acreditam que essa é a Medicina desenvolvida e, admirando-a
ardentemente, confiam-lhe a vida.

Tentei criticar sem reservas a Medicina atual e acredito que, ao lerem


o presente artigo, poderão compreender pelo menos um pouco. Todavia, é
um fato triste ter que falar dessa maneira, com tanta insistência.
Para finalizar, desejo expor minha conclusão. Como o pensamento da
Medicina, até então, era suprimir o resultado que se manifestava na
superfície, e como ela veio acumulando pesquisas nesse sentido, ainda não
percebeu que precisa aprofundar mais os seus estudos. Desta forma, sem
conseguir descobrir a verdadeira causa, ela continua percorrendo o caminho
do Mal. Se em tudo há uma causa e um efeito, desejo que a Medicina atual
desperte e mude, de alguma forma, seu pensamento.

Jornal Eiko nº 123, 26 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(J1/152) O VALOR DA INVENÇÃO DO JOHREI

Não resta dúvida de que o termo “Johrei” não existia até hoje na
História. Evidentemente, os membros estão mais do que cientes do
significado da palavra Johrei. De modo geral, o homem está constituído pela
união de espírito que é invisível e da matéria que é visível. Assim sendo, a
origem da doença está no surgimento das máculas no espírito que se
refletem na matéria; portanto, se eliminar essas máculas, todas as doenças
serão solucionadas. E isso não é só teoria, pois, na realidade, os meus fiéis,
que somam algumas centenas de milhares, já curaram milhões de pessoas
que sofriam de doenças. Assim, temos obtido resultados prodigiosos que
nem se comparam com os da Medicina; portanto, não é nenhum exagero
dizer que esta é uma grande descoberta de nível mundial.

Na História da humanidade, houve muitas invenções e descobertas


grandiosas, mas não resta dúvida de que nenhuma delas pode ser
comparadas com esta. Isto porque, sem dúvida, o valor desta descoberta se
relaciona à questão da vida do homem; portanto, não existe algo tão
importante como isto. Se fosse possível exterminar a doença que o homem
vinha sentindo grande pavor até hoje, seria, obviamente, como um sonho em
pleno dia ou uma simples imaginação. Se porventura tivesse surgido uma
medicina verdadeira, desde então, deveria ter uma redução gradativa da
doença da humanidade, e a vida média do homem deveria ultrapassar os
cem anos. No entanto, como se encontra a realidade? Evidentemente, o
homem encontra-se atualmente numa situação em que não consegue livrar-
se do domínio de sofrimento máximo denominado doença. Entretanto,
mesmo estando diante dessa grave realidade, os cientistas do mundo inteiro
nada conseguem fazer e, como sempre, continuam se dedicando
entretidamente na pesquisa, considerando como melhor parceira a atual
medicina que tende para a ciência materialista. Assim sendo, do nosso ponto
de vista, podemos dizer que o resultado de seus esforços incansáveis será
tudo em vão. É um fato muito lamentável, pois se essa descoberta fosse
anunciada pelos cientistas, de imediato causaria uma grande surpresa no
mundo científico do mundo inteiro, e ocorreria de vez a revolução da
medicina e, com certeza, a humanidade faria dela alvo de grande admiração
como se fosse o salvador do mundo. No entanto, por ser uma descoberta
feita por um religioso como eu, terei que vencer uma grande barreira para
fazer com que as pessoas reconheçam. Podemos compreender isso
tomando como modelo os atuais intelectuais do Japão. Mesmo que eles
venham a ler o presente artigo, além de não acreditarem, vão dizer que se
trata decisivamente de superstição e nem vão ligar. Mesmo que eles ouçam
ou vejam o resultado positivo de cura de doenças através do Johrei, mesmo
que ouçam diretamente da própria pessoa que teve experiência, vão
procurar ignorar não dando ouvidos. Essas suas atitudes obstinadas é por
estarem presos à superstição científica a ponto de realmente não
merecerem a salvação. A causa disso está, evidentemente, nos seus
pensamentos, que acham que tudo que é invisível, como religião e Deus, é
superstição. Conseqüentemente, como eles acreditam que uma grande
descoberta só surge em meio dos cientistas, essa sua persistência não
difere em absoluto com o seguidor supersticioso de uma religião herética.
Portanto, obstruir o centro sólido dessa superstição é a única condição para
a salvação da humanidade. Mesmo assim, com certeza algum dia eles terão
que passar inevitavelmente pelo nosso portão, e isso é uma questão de
tempo. Isto porque, ao observar a situação atual das pessoas que já
despertaram realmente e as que estão para despertar, está aumentando a
cada dia e a cada mês, e isso está evidente. Estamos seguindo em frente
com ardente desejo de despertá-los dessa grande cegueira para que seja
concretizada o quanto antes uma sociedade livre de doenças.

Nesse sentido, toco uma grande campainha de alarme voltado para o


pensamento obstinado que, por ser materialista, crê de forma cega e, por ser
espiritualista, venda os seus olhos.

Jornal Eiko nº 123, 26 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)
(S.AN/102) PESQUISA POPULAR: A RESPEITO DA “SITUAÇÃO DO
MUNDO NOS ÚLTIMOS TEMPOS”

Ouvi, no rádio, hoje, a pesquisa de opinião pública sobre "A situação


do mundo nos últimos tempos", na qual cada um falava sobre as
insatisfações e esperanças, etc., em relação ao mundo atual, que as causas
estavam nisto e naquilo, que tais e tais falhas sociais eram problemáticas,
etc., e o ponto em comum a todos era que a política é má, a educação é
ruim, que a causa são os males sociais, e não houve um que dissesse que
"é decorrência da falta de fé", o que me deixou decepcionado. Através disso
também é possível se ver claramente como as pessoas de hoje são
desinteressadas pela fé.

Entretanto, os diversos sofrimentos citados por todos têm o seu


fundamento, a ponto de querer dizer todos, na falta de fé. São coisas de
natureza que podem ser solucionadas sem nenhum trabalho, bastando para
isso as pessoas se tornarem religiosas, mas como não percebem isso,
coitado do mundo, nunca conseguirá escapar desse sofrimento! Dessa
forma, a causa para o grande número de pessoas incrédulas é a falta de fé
nas religiões tradicionais e, com certeza, isso é motivado pela incapacidade
delas. Sendo assim, não podemos culpar apenas o povo.

Por conseguinte, não existe outro recurso senão recuperar a


confiança da religião e elevá-la. Entretanto, isso é um trabalho terrível. Pois
a condição para tanto é mostrar que as pessoas que têm fé recebem muito
mais graças que as pessoas que não a possuem, e são abençoadas com
muita felicidade e, com isso, todos irão acreditar que Deus existe. Mas o
problema é que, quanto mais eminente é a pessoa hoje, mais ela
negligencia as graças materiais e considera isso como coisa de fé de baixo
nível, de modo que, naturalmente, não surgem pessoas de fé, e é
incalculável quantas pessoas infelizes se formam por causa da superstição
materialista delas e o quanto isso atrapalha a felicidade do povo. Não existe
algo tão valioso para comprovar a existência de Deus quanto as graças
materiais, e isso constitui em mostrar milagres. Não existe outro método
melhor. Nesse sentido, não há muito o que dizer, visto que não exista uma
religião com tantos milagres como a nossa.

Experimentei escrever este texto da forma como me foram surgindo


as idéias, ao ouvir a notícia.

Jornal Eiko nº 123, 26 de setembro de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

C) Para cada pessoa existe um Servir diferente

Interlocutor: Ultimamente, após o Culto Mensal das filiais, durante a


ministração do Johrei aos membros, passaram a acontecer fenômenos de
encosto e isso tem feito com que eu aprenda muito sobre o Mundo Espiritual e
os assuntos espirituais. Muitas vezes, aparecem ancestrais dos fiéis em busca
de salvação, dizendo: "Por favor, faça o meu assentamento” “A ordem de
disposição dos assentamentos está errada, por isso, por favor corrija-a." Tenho
feito, portanto, tudo que me é possível: mas, segundo um ministro, se salvamos
muito "gentilmente" os espíritos, eles virão intermitentemente e, se ficarmos
fazendo isso, esqueceremos até a nossa parte material. Penso que eles vêm a
mim, não indiscriminadamente, mas porque estão ligados pelo elo espiritual.
Acho que, salvando os espíritos, um dia, seu sentimento de gratidão se
materializará. O que o senhor acha? Por favor, peço encarecidamente
orientação para este caso.

Meishu Sama: Ministros como esse que foi mencionado são um grande
problema. Como os estúpidos que generalizam tudo, não têm maleabilidade.
Por isso, eles estão fora dos Ensinamentos da flexibilidade, da ação livre e
desimpedida e da atuação de acordo com as circunstâncias. Nesse sentido, os
fenômenos espirituais também podem ser diversos: certos ou errados, bons ou
maus, de acordo com a pessoa, o local e o momento. Quando conseguir
discernir e lidar bem com isso, a pessoa pode ser considerada uma verdadeira
messiânica.
E, quanto aos encostos, significa que essa é a missão que, portanto,
pode ser continuada sem nenhuma preocupação. Em tudo podemos ver que
cada pessoa tem um Servir diferente e, por isso, é extremamente errado definir
as coisas apenas pelo próprio discernimento; portanto, quero que fiquem bem
cientes desse ponto. Podemos entender bem, exemplificando com o teatro. Por
existirem vários papéis é que se consegue uma apresentação interessante.

Tijyô-Tengoku Nº 3 (01/10/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

(R1/29) O ENCONTRO DOS TRÊS MIROKU

A Criação da Civilização, pág.

Desde antigamente, existe no budismo o termo “Miroku-San-E”. Como


até os dias de hoje esse termo permanecia envolto em mistério, era
impossível compreender o seu significado. Assim, gostaria de esclarecer
essa questão.

De acordo com os ideogramas que compõem o termo, “Miroku-San-E”


significa o encontro simultâneo dos três Miroku. Esses três Miroku, sem
dúvida, são Buda, Amida e Kannon. Buda é Miroku da recompensa; Amida é
Miroku da Lei e Kannon é Miroku da Concordância. Shakusson é também
Miroku da Terra; Amida é Miroku da Lua e Kannon é Miroku do Sol.

Como venho sempre dizendo, esses três homens santos deveriam, na


verdade, estar dispostos na seguinte ordem: Sol, Lua e Terra, ou fogo, água
e solo, ou ainda 5, 6 e 7. Somando-se esses números, o resultado é 18. A
respeito do número 18, nos ensinamentos da Igreja Oomoto está escrito:
“Até agora o Céu era 6; o Mundo Intermediário, 6 e a Terra, 6. Mas o espírito
de 1% (N.T.: 100%) desceu do Céu para a Terra, e o Céu se tornou 5, e a
Terra 7.” Trata-se, pois, da Providência de Deus, de profundo significado.
Esse espírito de 1% vem a ser o poti (ponto central), o Mani-no-Tama e o
Nyoi-Hooshu. Por esse motivo, é que surgirá a sagrada época de 5-6-7
(Miroku).

Também se diz que 3-6-9 é Miroku, mas pretendo referir-me a este


assunto no último capítulo, que versa sobre o Reino dos Céus, e por isso
vou me omitir agora. Todavia, o número juhati (dezoito - = 18) é de
suma importância. Ao analisá-lo baseado nos ideogramas que o compõem,
“ju” (dez - = 10) de “juhati”, tem o formato de cruzamento dos traços
vertical e horizontal, é símbolo de Deus e também a forma de perfeição.
“Hati” (oito) de “juhati” =8) tem o formato de abertura, além de significar
infinito. Desde antigamente, o budismo tem empregado com freqüência o
número 18. O Templo de Kannon de Assakussa, em Tóquio, e o Templo
Zenkô-ji, do Estado de Nagano, têm o formato de um quadrilátero cujos
lados medem 18 ken (N.T.: ken é uma medida japonesa, cerca de 1,8 m x 18
= 32,4 metros). A visitação desses Templos para oração está fixada para o
dia 18 de cada mês. O dobro de 18 é 36, que pode ser lido, em japonês,
como “Miroku”. Os sinos dos templos budistas, na passagem do Ano Novo,
são tocados 108 vezes. O juzu (terço budista) é feito com 108 contas.
Existem referências aos 108 desejos mundanos, mas, nesses casos citados,
a centena do número 108 significa: dez vezes dez é cem (10 x 10 = 100).
Observando esses fatos, nota-se que em tudo está implícito o significado de
Miroku.

A seguir, vou analisar o sentido da palavra Izunome. Numericamente,


Izunome é 5 e 3. Isto é, 5 é “izu” (surgir) e “ka” (fogo); 3 é “mi” e água. Ka +
mi = kami, que quer dizer Deus. Por outro lado, é fogo e água e da água é a
luz. Assim, o ideograma (“hikari” = luz) é formado pela colocação de um
traço horizontal no meio do ideograma “hi” (fogo) “ + = ”. O traço
horizontal representa a água, e por isso, o ideograma Hikari está realmente
bem constituído. Com base nisso, poderão entender muito bem que os
ideogramas foram criados por Deus. Entretanto, tratando-se apenas de luz,
esta é constituída de fogo e água; portanto, de duas forças. Aqui deve-se
acrescentar mais uma força a da terra. Dessa maneira, quando a luz passa
pelo corpo físico, que é terra, gera a força da trilogia. Se pensarem nesse
sentido, deverão compreender melhor o Johrei.

Já falei anteriormente que Buda e Amida eram hindus, mas eu disse


isso apenas em relação a Kannon. Em sua origem, eles são deuses do
Japão apenas os seus corpos espirituais é que foram para a Índia. O
espírito de Buda é o deus Wakahimeguimi-no-Mikoto, e o de Amida é o deus
Kan-Sussanoo-no-Mikoto. Devemos, pois, saber que o povo que tinha
Daijizai-Ten como o deus principal da Índia eram os verdadeiros hindus.

A seguir, vou mostrar algo interessante. Por Kannon ter nascido do


budismo, este é o Seu progenitor. Buda, fundador do budismo, vem a ser o
pai do pai. Portanto, o Deus Izunome-no-Kami, que gerou Buda, é pai e
antepassado de Kannon. E ainda: esse deus torna-se Kanzeon. Portanto,
também a partir desse ponto, poderão compreender que Buda é a
personificação de Deus. Uma vez que Buda é o elemento Terra, ele realiza o
trabalho de pai-genitor. Amida é Lua e mulher; logo, pode-se dizer que é a
mãe de Kannon. Ou seja, tanto a Terra como a Lua possuem o sentido de
gerar o Sol. Essa é, também, a Verdade-Real do Universo.

Há, na China, uma lenda antiga sobre a deusa Seioobo. Ela era a
personificação da Deusa da Lua. No seu jardim, havia um pessegueiro que
dava frutos a cada três mil anos; esses frutos, portanto, eram considerados
um tesouro precioso e, como tal, eram oferecidos ao Grande Deus do Céu.

Uma lenda hindu diz que, dali a três mil anos, surgiria o Deus Tenrin-
Bossatsu. Assim que Ele surgisse, toda a humanidade seria salva, e o
mundo se transformaria em Reino dos Céus, paradisíaco. Pode-se dizer que
essa lenda se refere à profecia dos fatos que estão acontecendo agora.
Tenrin-Bossatsu, antes mencionado, creio que Se trata de uma outra
denominação de Kannon. Acredito que não posso afirmar que Tenrioo-no-
Mikoto, o deus da Igreja Tenrikyo, não tenha relação com esse Bossatsu.

Amida é chamado também de Guekkoo-Bossatsu, e Kannon, de


Daihi-Nyorai. Ou seja: uma vez que os dois deuses são Lua e Sol,
respectivamente, significa que eles formam um casal. E isso está
representado freqüentemente nos templos budistas do Japão. Onde Kannon
está entronizado, sempre está Daibutsu (grande Buda). E Daibutsu é Amida.
Kannon está entronizado dentro do templo, e sua imagem é grande. Isso
porque Kannon é o buda próprio do Japão, e Amida é o buda do exterior. A
imagem de Kanzeon deve ser de ouro, e o seu tamanho certo é issum
hatibu (1,8 sun) (N.T.: sun é uma medida japonesa), isto é, cerca de 15 cm.
Em relação à imagem de Amida, fundida em bronze, ou talhada em madeira
e folheada a ouro, as de tamanho maior são consideradas as melhores.

Creio que assim puderam ter uma noção mais completa sobre o
assunto.

1º de outubro de 1951
(tradução em: Rokan – Religião 1)

12 - Miroku-san-e

O termo "Miroku-san-e" significa o encontro dos três Mirokus, ou seja,


Shaka, Amida e Kannon. A fundadora da Religião Oomoto, Nao Deguti,
representa Shaka que, por sua vez, é da linhagem da Deusa Wakahime-
Guimi-no-Mikoto. Onissaburo Deguti - também chamado de Seishi-Sama -
representa Amida, que é Hosshin-no-Miroku (Miroku da Justiça). E eu
represento Ooshin-no-Miroku (Miroku da transformação livre e desimpedida).
Portanto a nossa união neste século 20 significa o Miroku-san-e. Logo
depois da realização do Miroku-san-e, tem início o Mundo de Miroku (5-6-7).
Ninguém sabe disso, nem mesmo a religião Oomoto.

(...) Assim, o Miroku-san-e está contido no modelo da Oomoto. No


Ofudesaki tem a seguinte frase: “Como a Religião Oomoto é o modelo do
mundo, basta observarem o centro dela que descobrirão o que vai acontecer
com o mundo.” A fundadora realmente era muito severa, vertical.
(...) O oriente representa a civilização espiritual. No Ofudesaki existe a
seguinte frase: “A letra do nome ‘Nao’ significa também vertical, ou seja,
tudo é direto.” Por outro lado, o Seishi-Sama era horizontal, por isso vivia o
tempo todo deitado. Quando ele escreveu aquele extenso "Relato sobre o
Mundo Espiritual", ele redigia sempre deitado.

1º de outubro de 1951
(tradução em: Wassurena)

B.4) O fato de receber permissão também depende da pessoa e da época

Interlocutor: Desejo receber orientação a respeito do Johrei. Outro dia,


fomos orientados que a regra era ministrar de pessoa para pessoa,
individualmente.
Meishu Sama: Naquela ocasião, sim.

Interlocutor: Quando alguém se encontra em purificação muito severa,


por que várias pessoas têm ministrado Johrei juntas?

Meishu Sama: Como o tempo avança, não se deve permanecer sempre


igual. Muda-se de acordo com o tempo. É bom que se proceda com o método
adequado à ocasião. Não é preciso fixar as coisas tão rigorosamente. Pode ser
de acordo com as circunstâncias.

Gossuiji-roku Nº 3 (01/10/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

B) Quando uma pessoa for salva, pouco a pouco as pessoas de sua


linhagem vão sendo salvas também

Meishu Sama: Salvando alguém, o número de pessoas dessa linhagem


a serem salvas aumenta. Assim, sucessivamente, cada uma delas será salva.
O mundo é feito desse jeito.
Mioshie-shu. Nº 03 (01/10/l951)
(tradução em: Chave da Difusão)

G) O ministro deve ser um iluminado

Meishu Sama: Tornando-se ministro, consegue-se uma posição - em


termos budistas, torna-se Iluminado; por isso, recebe uma graça à altura. Os
membros em geral não chegaram até aí, por isso devem se aprimorar para
alcançar esse nível.

Gossuiji-roku Nº 3 (01/10/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

Deus faz tudo conforme os modelos, que são vários. (...) Temos
muitos fiéis; dentre eles, existem aqueles que são o modelo de milhões, de
dezenas de milhões de pessoas. Quando iniciei as minhas atividades,
reuniram-se algumas pessoas, alguns modelos; eles representavam uma
etnia, um país, regiões — representavam dez milhões, cem milhões de
pessoas. (...)

Salvando-se uma delas, crescerá o número de pessoas salvas dessa


linhagem. Em seguida, outras serão salvas consecutivamente. O mundo é
constituído desta maneira. A administração de Deus é promovida nessa
seqüência. Por isso é interessante e extremamente misteriosa.

(Palestra, 1º de outubro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

“Deus faz tudo conforme os modelos, que são vários. (...)

Temos muitos fiéis; dentre eles existem aqueles que são o modelo de
milhões, de dezenas de milhões de pessoas. Quando iniciei as minhas
atividades, reuniram-se algumas pessoas, alguns modelos; eles representavam
uma etnia, um país, regiões — representavam dez milhões, cem milhões de
pessoas. (...)

Salvando-se uma delas, crescerá o número de pessoas salvas dessa


linhagem. Em seguida, outras serão salvas consecutivamente. O mundo é
constituído desta maneira. A administração de Deus é promovida nessa
seqüência. Por isso, é interessante e extremamente misteriosa.”

(Palestra, 1 de outubro de 1951)

(R2/99) TEORIA SOBRE OS EFEITOS CONTRÁRIOS

Alicerce do Paraíso, pág.465

Os homens que não obtêm resultados satisfatórios naquilo que


executam com esforço, ou no que julgam ser uma boa ação, desconhecem a
teoria dos efeitos contrários, ou melhor, falta-lhes discernimento a respeito
de sua razão transcendental. Vou explicar essa teoria dando alguns
exemplos. Quem a entender, não deixará de lucrar com isso.

Dentre os líderes dos fiéis, há os que procuram mostrar-se mais


elevados, mais importantes do que realmente são. Tais líderes acabam
recebendo o que merecem e, conseqüentemente, são menosprezados.
Aqueles que sempre mantêm uma atitude discreta e moderada atraem maior
consideração.

Existem, também, os que gostam de contar seus sucessos, o que não


é agradável para os ouvintes. A exibição é condenável. Quem expõe os fatos
tal qual eles se apresentam granjeia maior simpatia, e sua palavra discreta o
enobrece perante o ouvinte. Ao prestar um auxílio, evitem falar como se
estivessem vendendo favores, pois isso só serve para diminuir o sentimento
de gratidão das pessoas.
Como vemos pelos exemplos acima, em tudo há efeitos contrários. Se
procederem levando esse ponto em consideração, obterão bons resultados.

Certa vez, cedi à insistência de um visitante a quem vinha evitando, e


concedi-lhe uma entrevista. Ele perguntou-me: "Quem é o deus da Igreja
Messiânica Mundial?" "Ignoro-o completamente", respondi. O visitante
tornou a interrogar-me: "O Senhor prevê todos os acontecimentos futuros,
não é?" Retruquei: "Eu nada sei, porque não sou Deus." Parece-me que ele
se decepcionou, pois não voltou mais.

Antigamente, apareciam muitas pessoas que queriam me enganar,


levando-me dinheiro. Nessas ocasiões, antes que tocassem no assunto, eu
lhes indagava se não conheciam alguém que pudesse emprestar-me
determinada quantia, porque eu estava muito necessitado. Então elas
acabavam se despedindo sem falar nada a respeito do seu intento.

Também há ocasiões em que, quando acho que uma pessoa tem


qualidades e futuramente pode ter um grande desempenho na Obra Divina,
intencionalmente eu a trato sem consideração. Aí, ao invés de se mostrar
desinteressada e negligente, ela dedica ainda mais e realiza ótimos
trabalhos. Procuro utilizar tais pessoas em tarefas importantes, como
elementos capazes e dignos de confiança.

Muitos outros exemplos poderiam ser citados, mas é de grande


importância ter em mente a teoria dos efeitos contrários.

Jornal Eiko nº 124, 3 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

TEORIA SOBRE OS EFEITOS CONTRÁRIOS

Os homens que não obtêm resultados satisfatórios naquilo que


executam com esforço, ou no que julgam ser uma boa ação, desconhecem a
teoria dos efeitos contrários, ou melhor, falta-lhes discernimento a respeito
de sua razão transcendental. Vou explicar essa teoria dando alguns
exemplos. Quem a entender, não deixará de lucrar com isso.

Dentre os líderes dos fiéis, há os que procuram mostrar-se mais


elevados, mais importantes do que realmente são. Tais líderes acabam
recebendo o que merecem e, conseqüentemente, são menosprezados.
Aqueles que sempre mantêm uma atitude discreta e moderada atraem maior
consideração.

Existem, também, os que gostam de contar seus sucessos, o que não


é agradável para os ouvintes. A exibição é condenável. Quem expõe os fatos
tal qual eles se apresentam granjeia maior simpatia, e sua palavra discreta o
enobrece perante o ouvinte. Ao prestar um auxílio, evitem falar como
estivessem vendendo favores, pois isso só serve para diminuir o sentimento
de gratidão das pessoas.

Como vemos pelos exemplos acima, em tudo há efeitos contrários. Se


procederem levando esse ponto em consideração, obterão bons resultados.

Certa vez cedi à insistência de um visitante a quem vinha evitando, e


concedi-lhe uma entrevista. Ele perguntou-me: “Quem é o deus da Igreja
Messiânica Mundial?” “Ignoro-o completamente”, respondi. O visitante tornou
a interrogar-me: “O senhor prevê todos os acontecimentos futuros, não é?”
Retruquei: “Eu nada sei, porque não sou Deus.” Parece-me que ele se
decepcionou, pois não voltou mais.

Antigamente, apareciam muitas pessoas que queriam me enganar,


levando-me dinheiro. Nessas ocasiões, antes que tocassem no assunto, eu
lhes indagava se não conheciam alguém que pudesse emprestar-me
determinada quantia, porque eu estava muito necessitado. Então elas
acabavam se despedindo sem falar nada a respeito do seu intento.

Também há ocasiões em que, quando acho que uma pessoa tem


qualidades e futuramente pode ter um grande desempenho na Obra Divina,
intencionalmente eu a trato sem consideração. Aí, ao invés de se mostrar
desinteressada e negligente, ela dedica ainda mais e realiza ótimos
trabalhos. Procuro utilizar tais pessoas em tarefas importantes, como
elementos capazes e dignos de confiança.

Muitos outros exemplos poderiam ser citados, mas é de grande


importância ter em mente a teoria dos efeitos contrários.

3 de outubro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“O homem que procura mostrar a todos os seus próprios méritos revela


mesquinhez de espírito.”

Os homens que não obtêm resultados satisfatórios naquilo que


executam com esforço, ou no que julgam ser uma boa ação, desconhecem a
teoria dos efeitos contrários, ou melhor, falta-lhes discernimento a respeito de
sua razão transcendental. Vou explicar essa teoria dando alguns exemplos.
Quem a entender, não deixará de lucrar com isso.

Dentre os líderes dos fiéis, há os que procuram mostrar-se mais


elevados, mais importantes do que realmente são. Tais líderes acabam
recebendo o que merecem e, conseqüentemente, são menosprezados. Aqueles
que sempre mantêm uma atitude discreta e moderada atraem maior
consideração.

Existem, também, os que gostam de contar seus sucessos, o que não é


agradável para os ouvintes. A exibição é condenável. Quem expõe os fatos tal
qual eles se apresentam granjeia maior simpatia, e sua palavra discreta o
enobrece perante o ouvinte. Ao prestar um auxílio, evitem falar como se
estivessem vendendo favores, pois isso só serve para diminuir o sentimento de
gratidão das pessoas. (...)

Alicerce do Paraíso, - “Teoria sobre os efeitos contrários” (03/10/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)
SEJAM PESSOAS UNIVERSAIS

As pessoas, de agora em diante, precisam ser universais. A propósito


disto, existe um relato interessante.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, um ex-militar veio à minha


presença, e com uma expressão de exaltada indignação, disse: "Sobre a
recente rendição, por mais que eu pense, não consigo entendê-la. É
realmente ultrajante". Entretanto, de minha parte, como não dei a menor
importância às suas palavras, perguntou-me atônito: "O senhor é japonês?".
Respondi-lhe imediatamente: "Não sou japonês". Isto aterrorizou-o e,
trêmulo, insistiu: "Então, qual é a sua nacionalidade?". Eu disse: "Sou uma
pessoa universal". Esta resposta pareceu tê-lo deixado perplexo, e me pediu
que explicasse até que o convencesse. Falei-lhe, então, das razões sob
diversos aspectos. É, justamente sobre isso que escreverei a seguir.

O principal erro está em discriminar um ser do outro, dizendo ser


japonês, chinês, etc. Os japoneses daquela época agiam dessa forma.
Tendo vencido as duas guerras, contra a China e a Rússia, começaram a se
orgulhar por se virem enquadrados dentro dos países do primeiro mundo.
Pensando ser o Japão um país Divino, e fazendo os outros pensarem da
mesma forma, acabaram por gerar tal guerra. Por essa razão, desprezaram
os outros povos como se fossem simples animais, e mataram-nos sem dar a
mínima importância, invadindo as outras nações como bem entendiam.
Terminaram, afinal, na aflitiva situação da derrota que hoje assistimos.

Como acabamos de ver, enquanto existirem pensamentos que levam


em consideração tão somente o benefício de si próprio, sem se importar com
o que venha a acontecer com os outros, será impossível vislumbrar a paz
mundial. Para entender isso, basta imaginar uma situação de conflito entre
um estado e outro, dentro do próprio Japão. Como se trata de conflito que se
equipara a uma briga entre irmãos, obviamente, terá solução fácil. Basta que
amplifique esse conceito em dimensão mundial. É como diz o famoso poema
do Imperador Meiji: "Mares dos quatro cantos que pertencem a um mesmo
mundo, por que enfurecer-se em suas ondas e ventos?" É exatamente isso.
Se todos pensassem assim, amanhã mesmo estaria concretizada a paz
mundial. Assim como, se toda a humanidade viesse a ter coração tão
imenso, todos os países seriam uma só família, não existindo nenhuma
razão para haver guerra.

Pensamentos egocêntricos como aqueles que levam as pessoas a


formarem grupos, ditos defensores ideológicos deste ou daquele tipo, e
consideram os demais como inimigos, assim como as chamadas políticas
nacionais, espíritos nacionalistas, País Dvino, etc. e etc., induzem o próprio
país não só a cometer erros, mas também a constituir-se num obstáculo à
paz mundial.

Portanto, pelo menos todos os japoneses, em comemoração à


assinatura do Tratado de Paz, devem tornar-se universais, renunciando os
micro pensamentos que são limitados e adquirindo aqueles de princípio
macro, ilimitados. Doravante, esse será o pensamento mais avançado do
mundo inteiro, pois este precisa de pessoas que pensem dessa forma.

O assunto muda um pouco, mas as religiões também seguem o


mesmo fundamento. Criar alas desta ou daquela religião, esta ou aquela
seita, é algo que está fora de época. Modéstia à parte, a nossa religião não
é assim. Ela não impede nem um pouco que os adeptos contatem com as
outras. Ao contrário, esse relacionamento é até motivo de alegria, pois ela
objetiva harmonizar toda a humanidade, fazendo do mundo inteiro uma só
família. Com base no princípio que acabamos de ver acima, a nossa
Religião considera as demais como companheiras para, harmoniosamente,
avançarmos juntos, dando-lhes as mãos.

03 de Outubro de 1951
(tradução em: Escritos Sagrados – Obra I)
(R2/56) PRECISAMOS SER UNIVERSAIS

Alicerce do Paraíso, pág.481

Doravante, as pessoas precisam ser universais. A propósito disso,


existe uma história interessante.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, um ex-militar veio a mim muito


nervoso e, com expressão de ressentimento, falou: "Não entendo de modo
algum o motivo da rendição dos japoneses. É realmente algo inadmissível".
Impressionado por eu não ter dado importância às suas palavras, perguntou:
"O senhor é japonês?" Respondi: "Não". Ele ficou muito espantado e,
trêmulo, insistiu: "Qual é a sua nacionalidade?" Eu disse: "Sou universal".
Ouvindo isso, o ex-militar ficou confuso e pediu que eu me explicasse
melhor. O que vou escrever a seguir tem por base a explicação dada
naquela oportunidade.

É errado distinguir um ser do outro identificando-os como japonês,


chinês ou de outra nacionalidade qualquer. Os japoneses daquela época
agiam assim. Tendo vencido as guerras contra a China e a Rússia,
começaram a se orgulhar, por se verem incluídos entre os países de
primeiro plano. Não só julgaram, como também fizeram os outros julgar que
o Japão era um País Divino, todo especial. Tais pensamentos acabaram por
gerar a Segunda Guerra Mundial. Por idênticos motivos, passaram a
desprezar os outros povos, como se estes fossem meros animais, pondo-se
a matar pessoas com a maior naturalidade e a invadir as outras nações
como bem entendiam. No final, entretanto, acabaram recebendo uma lição,
sendo derrotados.

A verdade é que enquanto cada povo tiver o pensamento de que, se o


seu próprio país estiver bem, não interessa como estejam os demais, será
impossível conseguir-se a paz mundial. Poderemos entender isso melhor
imaginando, por exemplo, um conflito entre dois estados do Japão. Como o
problema ocorre dentro de um mesmo país, tratando-se, portanto, de conflito
entre irmãos, é lógico que será fácil resolvê-lo. Logo, basta aplicarmos esse
conceito em amplitude mundial. É como diz o famoso poema do Imperador
Meiji: "Na era em que consideramos todos os povos irmãos - inclusive os de
além-mar - por que as ondas e os ventos se enfurecem?" É exatamente isso.
Se todos pensassem assim, se a humanidade tivesse esse sentimento
amplo, amanhã mesmo estaria concretizada a paz no mundo. Todos os
países formariam uma só família, não havendo motivo para guerras.

Pensamentos egocêntricos que levam as pessoas a formar grupos


que, dizendo-se defensores de determinada ideologia ou pensamento,
consideram os demais como inimigos, não só geram erros para a Nação,
como também constituem um obstáculo para a paz mundial. Com base no
que estou dizendo, é preciso que pelo menos todos os japoneses, em
comemoração à assinatura do Tratado de Paz, tornem-se universais,
libertando-se do pensamento limitado que tiveram até agora e adquirindo um
pensamento amplo, irrestrito. Doravante, entre os pensamentos que
dominam a humanidade, este deverá estar à frente de todos, pois o mundo
inteiro precisa de pessoas que pensem assim.

O assunto muda um pouco, mas também no que se refere à Religião


o comportamento deve ser o mesmo. Já está fora de época criar alas dentro
de uma religião ou de uma seita. Modéstia à parte, a nossa Igreja não é
assim. Ela não nos proíbe contatar com as outras religiões. Ao contrário,
esse contato é até motivo de alegria para nós, visto que, pacifista, ela tem
por objetivo harmonizar toda a humanidade, fazendo dos seres humanos
uma só família. Sendo assim, consideramos todas as religiões como
companheiras e queremos dar-lhes as mãos, caminhando lado a lado com
elas.

Jornal Eiko nº 124, 3 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

PRECISAMOS SER UNIVERSAIS


Doravante, as pessoas precisam ser universais. A propósito disso,
existe uma história interessante.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, um ex-militar veio a mim muito


nervoso e, com expressão de ressentimento, falou: “Não entendo de modo
algum o motivo da rendição dos japoneses. É realmente algo inadmissível”.
Impressionado por eu não ter dado importância às suas palavras, perguntou:
“O senhor é japonês?” Respondi: “Não”. Ele ficou muito espantado e,
trêmulo, insistiu: “Qual é a sua nacionalidade?” Eu disse: “Sou universal”.
Ouvindo isso, o ex-militar ficou confuso e pediu que eu me explicasse
melhor. O que vou escrever a seguir tem por base a explicação dada
naquela oportunidade.

É errado distinguir um ser do outro identificando-os como japonês,


chinês ou de outra nacionalidade qualquer. Os japoneses daquela época
agiam assim. Tendo vencido as guerras contra a China e a Rússia,
começaram a se orgulhar, por se verem incluídos entre os países de
primeiro plano. Não só julgaram, como também fizeram os outros julgar que
o Japão era um País Divino, todo especial. Tais pensamentos acabaram por
gerar a Segunda Guerra Mundial. Por idênticos motivos, passaram a
desprezar os outros povos, como se estes fossem meros animais, pondo-se
a matar pessoas com a maior naturalidade e a invadir as outras nações
como bem entendiam. No final, entretanto, acabaram recebendo uma lição,
sendo derrotados.

A verdade é que enquanto cada povo tiver o pensamento de que, se o


seu próprio país estiver bem, não interessa como estejam os demais, será
impossível conseguir-se a paz mundial. Poderemos entender isso melhor
imaginando, por exemplo, um conflito entre dois estados do Japão. Como o
problema ocorre dentro de um mesmo país, tratando-se, portanto, de conflito
entre irmãos, é lógico que será fácil resolvê-lo. Logo, basta aplicarmos esse
conceito em amplitude mundial. É como diz o famoso poema do Imperador
Meiji: “Na era em que consideramos todos os povos irmãos – inclusive os de
além-mar – por que as ondas e os ventos se enfurecem?” É exatamente
isso. Se todos pensassem assim, se a humanidade tivesse esse sentimento
amplo, amanhã mesmo estaria concretizada a paz no mundo. Todos os
países formariam uma só família, não havendo motivo para guerras.

Pensamentos egocêntricos que levam as pessoas a formar grupos


que, dizendo-se defensores de determinada ideologia ou pensamento,
consideram os demais como inimigos, não só geram erros para a Nação,
como também constituem um obstáculo para a paz mundial. Com base no
que estou dizendo, é preciso que pelo menos todos os japoneses, em
comemoração à assinatura do Tratado de Paz, tornem-se universais,
libertando-se do pensamento limitado que tiveram até agora e adquirindo um
pensamento amplo, irrestrito. Doravante, entre os pensamentos que
dominam a humanidade, este deverá estar à frente de todos, pois o mundo
inteiro precisa de pessoas que pensem assim.

O assunto muda um pouco, mas também no que se refere à Religião


o comportamento deve ser o mesmo. Já está fora de época criar alas dentro
de uma religião ou de uma seita. Modéstia à parte, a nossa Igreja não é
assim. Ela não nos proíbe contatar com as outras religiões. Ao contrário,
esse contato é até motivo de alegria para nós, visto que, pacifista, ela tem
por objetivo harmonizar toda a humanidade, fazendo dos seres humanos
uma só família. Sendo assim, consideramos todas as religiões como
companheiras e queremos dar-lhes as mãos, caminhando lado a lado com
elas.

3 de outubro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“Para Deus, todos os povos são Seus filhos, não obstante as diferenças
de feições e cor.”

Doravante, as pessoas precisam ser universais. A propósito disso, existe


uma história interessante.
Logo após a Segunda Guerra Mundial, um ex-militar veio a mim muito
nervoso e, com expressão de ressentimento, falou: “Não entendo de modo
algum o motivo da rendição dos japoneses. É realmente algo inadmissível”.
Impressionado por eu não ter dado importância às suas palavras, perguntou: “O
senhor é japonês?” Respondi: “Não”. Ele ficou muito espantado e, trêmulo,
insistiu: “Qual é a sua nacionalidade?” Eu disse: “Sou universal”. Ouvindo isso,
o ex-militar ficou confuso e pediu que eu me explicasse melhor. O que vou
escrever a seguir tem por base a explicação dada naquela oportunidade.

É errado distinguir um ser do outro identificando-os como japonês,


chinês ou de outra nacionalidade qualquer. Os japoneses daquela época agiam
assim. Tendo vencido as guerras contra a China e a Rússia, começaram a se
orgulhar, por se verem incluídos entre os países do primeiro plano. Não só
julgaram, como também fizeram os outros julgar que o Japão era um País
Divino, todo especial. Tais pensamentos acabaram por gerar a Segunda Guerra
Mundial. Por idênticos motivos, passaram a desprezar os outros povos, como
se estes fossem meros animais, pondo-se a matar pessoas com a maior
naturalidade e a invadir as outras nações como bem entendiam. No final,
entretanto, acabaram recebendo uma lição, sendo derrotados.
A verdade é que enquanto cada povo tiver o pensamento de que, se o
seu próprio país estiver bem, não interessa como estejam os demais, será
impossível conseguir-se a paz mundial. Poderemos entender isso melhor
imaginando, por exemplo, um conflito entre dois estados do Japão. Como o
problema ocorre dentro de um mesmo país, tratando-se, portanto, de conflito
entre irmãos, é lógico que será fácil resolvê-lo. Logo, basta aplicarmos esse
conceito em amplitude mundial. É como diz o famoso poema do Imperador
Meiji: “Na era em que consideramos todos os povos irmãos – inclusive os de
além-mar – por que as ondas e os ventos se enfurecem?” É exatamente isso.
Se todos pensassem assim, se a humanidade tivesse esse sentimento amplo,
amanhã mesmo estaria concretizada a paz no mundo. Todos os países
formariam uma só família, não havendo motivo para guerras.

Pensamentos egocêntricos que levam as pessoas a formar grupos que,


dizendo-se defensores de determinada ideologia ou pensamento, consideram
os demais como inimigos, não só geram erros para a Nação, como também
constituem um obstáculo para a paz mundial. Com base no que estou dizendo,
é preciso que pelo menos todos os japoneses, em comemoração à assinatura
do Tratado de Paz, tornem-se universais, libertando-se do pensamento limitado
que tiveram até agora e adquirindo um pensamento amplo, irrestrito. Doravante,
entre os pensamentos que dominam a humanidade, este deverá estar à frente
de todos, pois o mundo inteiro precisa de pessoas que pensem assim.

O assunto muda um pouco, mas também no que se refere à Religião o


comportamento deve ser o mesmo. Já está fora de época criar alas dentro de
uma religião ou de uma seita. Modéstia à parte, a nossa Igreja não é assim. Ela
não nos proíbe contatar com as outras religiões. Ao contrário, esse contato é
até motivo de alegria para nós, visto que, pacifista, ela tem por objetivo
harmonizar toda a humanidade, fazendo dos seres humanos uma só família.
Sendo assim, consideramos todas as religiões como companheiras e queremos
dar-lhes as mãos, caminhando lado a lado com elas.
Alicerce do Paraíso - “Precisamos ser universais” (03/10/51)
(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

C) A respeito da mudança de Igreja

Interlocutor: Existem ministros que, por não gostarem da Igreja a que


pertencem, convidam os demais e se mudam para outra. O que o senhor acha
disso?

Meishu Sama: Isso é errado. São pessoas que ainda não conseguiram
entrar na Fé. É porque não acreditam em Deus. É Ele quem está fazendo tudo.
Mesmo que o chefe da Igreja seja ruim, existe uma afinidade para se filiar a ele,
sabe? Caso não seja bom, será banido ou, então, corrigido. Um ser humano
que fala que o outro é totalmente mau, está invadindo o domínio de Deus. Está
escrito que o homem não consegue discernir o Bem e o Mal, não está? Diz-se
que o chefe da Igreja é ruim, porque não se entende o que é fé.

Interlocutor: Isso significaria que o chefe da Igreja que o recebeu


também não entende?
Meishu Sama: Isso não dá para saber, pois não sou Deus. Dizem, por
exemplo, que determinado chefe da Igreja é ruim. Não consigo entender tais
pessoas. Eu, por exemplo, mesmo que meus subalternos estejam errados,
nunca lhes digo que estão. Como eu entrego nas mãos de Deus, se estiverem
errados, ou serão mandados embora ou serão castigados. Mesmo que a
pessoa pareça errada aos olhos humanos, da parte de Deus, ela é um
elemento necessário.

Algo parecido aconteceu com certa pessoa. Ela dizia que não havia
motivos para preocupação, porque era Deus quem estava fazendo aquilo, mas
acabou adoecendo, foi hospitalizada e faleceu. Se Deus não possui tal poder, é
melhor não crer n'Ele. Dizem que é preciso destituir fulano, mas é Deus quem
está permitindo; por isso, de acordo com a necessidade, Ele o eliminará. Como
ele é ainda necessário, permanece.

Gossuiji-roku Nº 3 (05/10/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

REALIZANDO TRABALHO À ALTURA DO MESSIAS

Até agora, quando o médico dá uma injeção, a maioria melhora um pouco


mas em breve aparecerão muitos casos em que ao se aplicar uma injeção a
pessoa morre imediatamente. Aí o próprio médico começará a ter medo de
aplicar os métodos. Então chegará uma época em que todos começarão a
procurar se não existe algum meio. Aí será fácil.

Quando as coisas ficarem assim, nós precisaremos ter uma organização


e uma estrutura completamente prontas. Pensando bem, no momento, mesmo
que apareçam muitas pessoas que digam ter o desejo de serem salvas, não
conseguiremos atendê-las e por isso, de nada adianta.

Por isso, eu por exemplo, tenho disfarçado bastante. Se disser de


verdade que sou Messias, - O Cristo - pessoas do mundo inteiro irão se juntar e
não poderei trabalhar. Não poderia nem escrever "A Criação da Civilização".
Por isso, Deus está realizando as coisas de forma bem adequada.

Feito isto, será assim. Depois, assim. Ele avisa de forma precisa e por
isso estou bem ciente. Deus faz as coisas com muita habilidade.

Em breve, escreverei uma tese mundial. Pretendo escrever que não sou o
messias. Depois, vendo o meu trabalho, vendo os efeitos reais de messias que
é o de salvar o mundo, aí poderei ser o Messias.

Se realizar o trabalho a altura do Messias, posso dizer que o seja, mas


falar desde o início que sou assim ou assado, não adiantaria em nada. Há uma
frase muito inteligente que diz que as coisas dignas se misturam às banais. Já
estamos chegando bem perto, sabe?

(Gossuiji-roku no. 3 5/10/1951)


(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)

REALIZANDO TRABALHO À ALTURA DO MESSIAS

Até agora, quando o médico dá uma injeção, a maioria melhora um


pouco, mas em breve aparecerão muitos casos em que, ao se aplicar uma
injeção, a pessoa morre imediatamente. Aí, o próprio médico começará a ter
medo de aplicar os métodos. Então chegará uma época em que todos
começarão a procurar se não existe algum meio. Aí será fácil.

Quando as coisas ficarem assim, nós precisaremos ter uma organização


e uma estrutura completamente prontas. Pensando bem, no momento, mesmo
que apareçam muitas pessoas que digam ter o desejo de serem salvas, não
conseguiremos atendê-las e, por isso, de nada adianta.

Dessa forma, eu, por exemplo, tenho disfarçado bastante. Se disser de


verdade que sou Messias - O Cristo -, pessoas do mundo inteiro irão se juntar e
não poderei trabalhar. Não poderia nem escrever A Criação da Civilização. Por
isso, Deus está realizando as coisas de forma bem adequada.

Feito isto, será assim. Depois, assim. Ele avisa de forma precisa e, por
isso, estou bem ciente. Deus faz as coisas com muita habilidade.

Em breve, escreverei uma tese mundial. Pretendo escrever que não sou
o Messias. Depois, vendo o meu trabalho, vendo os efeitos reais de messias
que é o de salvar o mundo, aí poderei ser o Messias.

Se realizar o trabalho à altura do Messias, posso dizer que o seja, mas


falar desde o início que sou assim ou assado, não adiantaria em nada. Há uma
frase muito inteligente que diz que as coisas dignas se misturam às banais. Já
estamos chegando bem perto, sabe?

Gossuiji-roku Nº3 (05/10/1951)


(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

REALIZANDO TRABALHO À ALTURA DO MESSIAS

Até agora, quando o médico dá uma injeção, a maioria melhora um


pouco, mas em breve aparecerão muitos casos em que, ao se aplicar uma
injeção, a pessoa morre imediatamente. Aí o próprio médico começará a ter
medo de aplicar os métodos. Então chegará uma época em que todos
começarão a procurar se não existe algum meio. Aí será fácil.

Quando as coisas ficarem assim, nós precisaremos ter uma organização


e uma estrutura completamente prontas. Pensando bem, no momento, mesmo
que apareçam muitas pessoas que digam ter o desejo de serem salvas, não
conseguiremos atendê-las e, por isso, de nada adianta.

Por isso, eu, por exemplo, tenho disfarçado bastante. Se disser de


verdade que sou Messias - O Cristo - pessoas do mundo inteiro irão se juntar e
não poderei trabalhar. Não poderia nem escrever "A Criação da Civilização".
Por isso, Deus está realizando as coisas de forma bem adequada.

Feito isto, será assim. Depois, assim. Ele avisa de forma precisa e, por
isso, estou bem ciente. Deus faz as coisas com muita habilidade.

Em breve, escreverei uma tese mundial. Pretendo escrever que não sou
o Messias. Depois, vendo o meu trabalho, vendo os efeitos reais de Messias
que é o de salvar o mundo, aí poderei ser o Messias.

Se realizar o trabalho à altura do Messias, posso dizer que o seja, mas


falar desde o início que sou assim ou assado, não adiantaria em nada. Há uma
frase muito inteligente que diz que as coisas dignas se misturam às banais. Já
estamos chegando bem perto, sabe?

Gossuiji-roku Nº 3 (05/10/1951)
(tradução em: Ensinamentos e Orientações)

Observação: Ensinar bem as pessoas a recorrer a Deus e encaminhá-las


de modo a não incorrerem na fé centralizada no ser humano

Interlocutor: Há vinte anos, um ano depois do nascimento do nosso


primogênito, minha esposa (43 anos) contraiu doença de mulher, mas,
submetendo-se a tratamentos médicos por vários anos, melhorou. Entretanto, a
partir da primavera de 1946, foi acometida de apicite pulmonar e, quando
estava em apuros devido ao enfraquecimento, conheci a Igreja. Tornei-me
membro e, ministrando-lhe Johrei durante um ano, ela restabeleceu-se quase
que inteiramente. Mais tarde, perdi o meu orientador e acabei deixando o
Ohikari no Altar e, assim, passaram-se, alguns anos.

Neste ínterim, em 1948, minha esposa engravidou depois de muitos


anos e, quando chegou no último mês de gestação, contraiu nefrite e foi
medicada; mas a criança nasceu morta e, naquela ocasião, fez esfriamento da
barriga com gelo. Depois disso, ela ficou bem de saúde e estamos sufragando
o espírito da criança que morreu.

A partir do final de 1949, teve linfatite e, quando estávamos


indecisos quanto a médicos e remédios, em fevereiro do ano seguinte
recebemos orientação do ministro, e minha esposa também ingressou na
Igreja. Com o contínuo recebimento de Johrei, ela se recuperou em meio ano.
No dia 15 de agosto, tivemos permissão de ir a Hakone e, depois que voltamos,
ela começou a sentir dores nos quadris. Pedimos Johrei aos ministros, mas a
dor foi ficando cada vez mais forte e, do final de agosto a setembro, todas as
noites, por volta das 20 às 24 horas, sente sucessivas e violentas dores,
sofrendo bastante com isso. Sente alívio ao receber Johrei, mas essa situação
se repete todas as noites. Ultimamente, já não come quase nada e está
enfraquecendo dia a dia. A febre oscila em torno dos 37, 38 graus. Em agosto
de 1950, recebemos o Obyobu-Kannon e, em dezembro, entronizamos a
Imagem da Luz Divina. O que devo fazer para merecer a salvação?

Meishu Sama: "Perdi o orientador" - há um grande equívoco nessa


forma de expressar, pois não se professa a fé baseando-se no orientador. Esse
foi o primeiro erro, e quando se faz isso, nada corre a contento. Posteriormente,
o problema continuou persistindo. Foi uma graça muito grande o fato de sua
mulher ter recuperado a saúde depois de contrair apicite pulmonar e, por isso,
deveria ficar mais firme na fé. No entanto, dizer que perdeu o orientador, é algo
totalmente contrário. Além disso, o ato de, em 1948, ter ficado grávida depois
de muito tempo sem ter filhos, é algo realmente gratificante, não é? Mesmo
assim, não percebendo, recebeu tratamento médico e a criança nasceu morta.
Com suas próprias mãos, foi tornando as coisas cada vez piores. Em seguida,
fez resfriamento com gelo. Isso também é ruim. Apesar de anteriormente ter se
restabelecido da apicite pulmonar com Johrei, é estranho ficar pensando em
médicos e remédios ao ser acometida de linfatite. Sua cabeça não está
regulando bem. Como tudo isso foi uma falha, não é nada fácil recuperar
momentaneamente; as graças são interrompidas. Você estava segurando a
corda da salvação, mas acabou soltando-a. Mesmo que consiga agarrá-la
novamente, será muito difícil.
Mioshie-shu Nº 3 (05/10/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

5.1. Sobre a mudança de igrejas e Casas de Difusão

Interlocutor: O fato da Igreja mudar sempre de local é porque ainda


precisa ser purificada?

Meishu Sama: Isso é muito bom, não acha? É melhor fazer mudanças
várias vezes. Se há necessidade, está muito bom. Geralmente, a Sede Central
também muda bastante. Doravante, continuará mudando.

Interlocutor: Algumas pessoas dizem que não conseguem firmar num


local porque há muitas máculas.

Meishu Sama: É sim. Fazem-se mudanças para eliminar as máculas.


Normalmente, não existem pessoas que não as possuem.

Interlocutor: As máculas são das pessoas que professam a Fé?

Meishu Sama: Das pessoas que professam a Fé, das que não a
professam, dos ministros e também da casa; tudo e todos têm máculas.
.
Interlocutor: Mas o povo faz maus comentários...

Meishu Sama: Não tem importância. Deus é quem está agindo assim.
Mesmo no caso do nosso jornal, no início, a sua denominação era Hikari,
depois foi mudado para Kyussei, e agora, passou a se chamar Eiko; nenhum
outro jornal mudou tantas vezes de nome. Deus é quem muda, por isso, não
tem jeito.

O motivo é o seguinte: o fato da nossa Igreja ser completamente


diferente das religiões de até hoje, é porque estas pertenciam à Era da Noite;
por isso, demoravam muito tempo para sofrerem mudanças. Mas agora, o que
levava cerca de mil anos, estou pretendendo fazer em dez. É melhor dizer que
Deus é quem está realizando.

Interlocutor: Será que é melhor continuar sempre no mesmo local?

Meishu Sama: Deixe por conta de Deus. Isto é, se for em condições


favoráveis em que se obtêm melhoras com a mudança, então, pode mudar.
Entregar nas mãos de Deus significa isso.

Isso acontece muitas vezes comigo. Há ocasiões em que encontro


algum obstáculo e acho que é melhor vir para este lado. Então, penso: "Isto foi
Deus", e assim procedo. Nesses casos, parece que é muito demorado, mas é
extremamente rápido.

Gossuiji-roku Nº 3 (05/10/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

Deus é que envia as pessoas para receberem Johrei

— Ao se estabelecer uma Igreja, o que o senhor acha de colocar


anúncios para que as pessoas tomem conhecimento?

— Não é preciso fazer anúncios. Não há necessidade de fazer esse


tipo de coisa. O motivo é que quem traz os membros — as pessoas que vão
se tornar membros — vêm nos procurar, não é? Elas são trazidas por Deus
ou pelos antepassados da família. Portanto, as pessoas que devem vir,
virão, mesmo não vendo anúncios.

Em geral, fazer essas coisas constitui uma blasfêmia contra Deus,


pois é o mesmo procedimento usado quando se abre uma casa de
massagem ou um consultório dentário. Este é um caso extremo, mas dizem
que um membro da religião Konko não fazia anúncios nem propagandas da
sua Igreja, ele não fazia absolutamente nada. Quando o questionavam se
não deveria tomar alguma providência, ele respondia que não precisava,
pois Deus traria as pessoas. Durante dois anos não apareceu ninguém.
Finalmente, veio uma pessoa e, aos poucos, foram vindo mais e a Igreja
prosperou bastante. Isso é radical, mas do ponto de vista da crença em
Deus, acho interessante.

Por isso, não tenho nenhuma vontade de colocar anúncios em jornal


ou fazer publicidade religiosa. Mas, por necessidades diversas, tais como o
surgimento de algo como um "novo tipo de violência", indução à prática de
coisas erradas e conseqüente surgimento de muitas pessoas que sofrerão
torturas, como já tem ocorrido, e outras ações maldosas, estou escrevendo
certos artigos. Inicialmente, publiquei, através de anúncio em jornal,
"Colóquios sobre a Fé" para testar qual seria a repercussão. Mais tarde, farei
também um anúncio do livro sobre tuberculose; isto porque desejo salvar os
tuberculosos, uma vez que essa doença está se tornando muito
problemática. Publicarei o livro sob o título "Cura revolucionária da
tuberculose" ou "Cura da tuberculose através da fé".

Um membro, ao sarar de uma doença, faz propaganda e, aos poucos,


traz outras pessoas. Estas, por sua vez, trazem outras. Esta maneira é
segura e sólida. Os olhos humanos não são capazes de ver, mas os de
Deus vê. Salvando esta pessoa, será a vez desta outra; agora, é aquela.
Deste modo, a ordem já está determinada no Mundo Espiritual. Mesmo que
seja informada, a pessoa não consegue entrar sem que chegue a sua vez.

— Às vezes, pensamos que, com o ingresso de uma pessoa


importante, a difusão irá se expandir, mas não acontece assim, não é
mesmo?

— Realmente, isso não acontece. Na Igreja Tenrikyo, dizem que os


sábios e os ricos devem ser deixados para depois; e isso pode acontecer.
Em breve, teremos muitos membros intelectuais, mas existe um tempo certo
para isso. A purificação se intensificará no Mundo Espiritual, e os intelectuais
que persistem em continuar presos apenas à teoria, com a intensificação da
purificação, não conseguirão se manter somente com ela, quando realmente
a coisa piorar.
"Coletânea de Orientações" — 5 de outubro de 1951
(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

9.2. Deus é quem nos envia pessoas para receber Johrei

Interlocutor: Ao se estabelecer uma Igreja, o que o senhor acha de


fazer propaganda?

Meishu Sama: Não é preciso anunciar. Não é preciso fazer essas


coisas.

Explicando o motivo sobre quem traz os membros: as pessoas que vão


se tornar membros vêm nos procurar; não é? Elas são trazidas por Deus ou
pelos antepassados da família. Portanto, as pessoas que devem vir, virão,
mesmo não vendo o anúncio.

De modo geral, fazer essas coisas constitui uma blasfêmia contra Deus,
pois é o mesmo procedimento usado quando se abre uma casa de massagens
ou um consultório dentário.

Um exemplo de uma conduta radical é a de um membro da religião


Konkô que não colocava anúncio nem fazia propaganda da sua Igreja. Ele não
fazia absolutamente nada. Quando lhe diziam que deveria tomar alguma
providência, ele respondia que não precisava, pois Deus traria as pessoas.
Durante dois anos não veio ninguém. Finalmente, veio uma pessoa; aos
poucos, foram vindo mais pessoas e, depois, a Igreja prosperou bastante. Isso
é radical, mas do ponto de vista de acreditar em Deus, acho interessante.

Por isso, não tenho a mínima vontade de colocar anúncios em jornal ou


fazer publicidade. Todavia, por motivos diversos, tive que escrever o artigo
"Nova violência", uma vez que muitas pessoas estão sendo torturadas e
sofrendo sem motivo algum, e ainda há as que estão para sê-lo. Por isso, eu
escrevi e publiquei o artigo.

Inicialmente, publiquei "Assuntos sobre a fé" (Shinkozatsuwa) , mas foi


para testar a repercussão através do anúncio no jornal.

Mais tarde, colocarei um anúncio do livro sobre tuberculose no jornal;


farei isto porque desejo salvar os tuberculosos, pois essa doença está se
tornando muito problemática. Publicarei sob o titulo "Cura revolucionária da
tuberculose" ou "Cura da tuberculose através da fé."

Um membro, ao sarar de uma doença, faz a propaganda e, aos poucos,


traz outras pessoas. E estas, por sua vez, trazem outras. Essa maneira é
segura e sólida.

Pelos olhos humanos, não se vê, mas Deus vê. Salvando esta pessoa,
agora será a vez desta outra; agora é aquela outra. Assim, no Mundo Espiritual,
a ordem já está determinada. Mesmo que tome conhecimento de nossa Igreja,
a pessoa não consegue ingressar nela porque não chegou a sua vez.

Interlocutor: Quando pensamos que, entrando uma pessoa importante,


a difusão irá se expandir, isso não acontece assim, não é mesmo?

Meishu Sama: Realmente isso não acontece. Como dizem na Igreja


Tenri-kyo, os intelectuais e os ricos devem ser deixados para depois: e é
verdade. Em breve, teremos muitos membros desse tipo, mas tem o tempo
certo. A purificação se intensificará no Mundo Espiritual. Os intelectuais
persistem baseados apenas na teoria. Mas, com a intensificação da purificação,
eles não conseguirão se manter somente na teoria se realmente a coisa piorar.

Gossuiji-roku Nº 3 (05/10/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

PENDURAR O OHIKARI EM VOLTA DO PESCOÇO


Pergunta:- Um membro deixou seu Ohikari no bolso da camisa. Sua
esposa, ignorando isso, imergiu a camisa dentro da água para lavá-la. Ela se
sentiu muito mal quando percebeu o que tinha feito e trouxe o Ohikari para a
Igreja. O que deveria ser feito neste caso?

Meishu-Sama: O marido deve pedir perdão a Deus sinceramente. Sua


atitude com o Ohikari não foi correta e isto aconteceu para que ele pudesse
entendê-la. O Ohikari deve estar pendurado em volta do pescoço o tempo
todo, mesmo quando ele esteja trocando de roupa. Se ele estivesse agindo
corretamente, isto não teria acontecido. Mas ele deixou o Ohikari no bolso
da camisa, como se estivesse carregando uma coisa sem importância - uma
coisa comum. Sua atitude foi completamente errada. Agora ele deve colocar
seu Ohikari no altar e pedir perdão a Deus sinceramente.

5 de outubro de 1951
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

MEISHU SAMA: O marido deve pedir perdão a Deus de todo o coração.


Sua atitude para com seu ohikari não foi correta e isto aconteceu para que ele
pudesse se conscientizar do fato. O ohikari deveria estar pendurado no
pescoço quando trocasse de roupa. Se ele estivesse agindo corretamente, isso
não aconteceria. No entanto, ele deixou seu ohikari no bolso da camisa, como
se tratasse de um utensílio qualquer, o que revela atitude pouco respeitosa.
Que ele coloque o ohikari perante o Altar e peça, de coração, perdão a Deus.

05/10/1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 01)

PERGUNTA: Um fiel, por descuido, ou por não ter colocado invólucro no


ohikari, ou por ter-se partido o cordão, deixou seu ohikari cair no vaso sanitário.
Qual a providência a tomar?
MEISHU SAMA: Para isso não há reparo. Obviamente, deverá receber
um novo ohikari.

PERGUNTA: Para queimar esse ohikari, por parecer desrespeitoso fazê-


lo no jardim, seria melhor incinerar dentro de um braseiro?

MEISHU SAMA: Não há necessidade disso. Poderá ser feito no jardim.

05 de outubro de 1951 -
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 01)

PERGUNTA: No final de setembro de 1950, sentindo-me cansada e


seguida de muita tosse, submeti-me a tratamentos médicos, mas não houve
melhoras. Então comecei a receber Johrei, em fins de março de 1951; senti-me
tão melhor que, em maio, tornei-me membro da Igreja. Depois disso, continuei
recebendo Johrei e, em 15 de junho, inesperadamente, meus braços e pernas
perderam a força a ponto de não poder nem mesmo movê-los. (Nessa ocasião,
minha filha tornou-se membro). Pedi então ao Ministro que me ministrasse
Johrei. Em seguida, passei a ter febre e tornei-me incapaz de manter meus
olhos abertos; fiquei como se estivesse dormindo o tempo todo. (Os membros
de minha família não perceberam o quanto eu estava doente e, como era época
atarefada de colheitas, todos saíam para trabalhar no campo, deixando-me
entregue ao Ministro e a outros membros da Igreja). Perdi todo o apetite,
durante uma semana, e fiquei tão fraca a ponto de entrar em estado de coma.
Assim, o Ministro e dois membros vieram ministrar-me Johrei.

Um dos membros que estava ministrando-me Johrei entrou,


repentinamente, em transe, e um antepassado meu falou que meu marido e os
outros membros da família estavam muito errados, por exemplo, em seu modo
de pensar, a respeito de minha doença; suas atitudes em apenas manter a
aparência; e também deixar o doente inteiramente nas mãos de outros. O
espírito disse, também, estar sofrendo muito.
Ouvindo isto e despertando-se para a Verdade, o meu marido tornou-se
membro da Igreja e começou a ministrar-me Johrei, regularmente. Com isso,
veio a graça e, no início de outubro, já conseguia mover o meu braço direito e
em seguida a minha perna esquerda. Também o meu problema visual de dupla
imagem voltou ao normal. Em agosto, conseguia tomar refeição sem a ajuda de
outras pessoas. Quero expressar assim a minha sincera gratidão por essa
graça.

Atualmente, ainda não consigo rastejar e nem ficar de pé. Sinto que é
devido ao excesso de toxina em minha cabeça. Será isso mesmo ou será que
há alguma outra causa?

MEISHU SAMA: Neste caso, ouve o encosto do espírito de um


antepassado que, falecendo nessas condições, com seus braços e pernas sem
forças na vida anterior, desejava ser salvo. Por isso foi muito bom; assim,
aquele antepassado se salvará. Você disse que ainda não consegue rastejar e
nem ficar de pé, mas isto quer dizer que melhorou até esse ponto; continuando
a receber Johrei, voltará gradualmente à normalidade. Simultaneamente, esse
espírito, cujas pernas e braços estão sem forças, será salvo e irá para o
Paraíso. É como se estivesse servindo a esse espírito; por isso, é muito bom.

Aquele espírito manifestou e disse o quanto estava sofrendo; assim, ele


tinha o desejo de salvar toda a família, fazendo-a ingressar na nossa Igreja.
Portanto, a família deve dedicar-se inteiramente à fé e ler muitos Ensinamentos.
Dessa forma, ouvindo-os esse espírito, se restabelecerá ainda mais
rapidamente.

Há pessoas que, depois de ingressarem para a Igreja, são afligidas por


doenças de natureza espiritual, mas nesses casos são encostos de
antepassados que desejam ser salvos. Tendo consciência disso, e agindo
nesse sentido, não há nada que se preocupar. Há duas causas para uma
doença, que vem depois de ingressar na Igreja: uma é a ação de eliminação de
toxinas, e a outra, é a obsessão de antepassado que desejam ser salvos.

05 de outubro de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 02)

"Acompanhando o Processo do Programa Divino é que ocorre a


expansão"

A seguir, quando não ocorre uma boa idéia, nunca se deve tomar uma
atitude. Pois significa que não é chegada a hora. Mas, em contraposição, se
vierem boas idéias, é bom que entre logo em ação, porque Deus está
ordenando que se tome a iniciativa. Este é um assunto interessante, pois
não se pode definir claramente. Por isso mesmo, é um método diferente ao
que se usa normalmente, ora imprimindo velocidade, ora maior lentidão na
realização de alguma coisa.

Eu, por exemplo, faço tudo rapidamente. Tenho tarefas intermináveis,


nem por isso perco a serenidade, porque há momentos em que eu trabalho
devagar.

Assim, quando as coisas não correm de acordo com o previsto ou


desejado, tanto em nível individual como em termos de difusão, jamais se
deve cair no pessimismo, pois, por uma questão de tempo, Deus tem Seus
planos. Quando a pessoa admite isso, ocorre uma expansão progressiva;
mas, quando começa a se preocupar 'desta maneira como será o futuro?', a
expansão cessa de imediato.

Deve-se deixar as coisas como estão. Ao comparar com a situação de


um ou dois anos atrás, perceber-se-á a grande expansão registrada. Se,
mesmo assim, não houver progresso, significa que a pessoa está no
caminho errado. Está fora do curso. Seria bom que a pessoa se dirigisse a
Deus e percebesse o erro.

Quando se está com tempo de sobra, é melhor ler os Ensinamentos,


pois pode-se pensar que Deus está ordenando que proceda assim. Bem,
são situações sobre as quais não se pode tecer definições categóricas.
"Registro de Orientações" — 5 de outubro de 1951
(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

O Espírito de 1% - 5.6.7

INTERLOCUTOR: Qual é o significado da frase: "O céu é 6, o Mundo


Intermediário é 6 e a Terra é 6, que consta no ensinamento da Oomoto?

MEISHU-SAMA: Bem... Em suma era o Mundo da Noite, sabe? O céu


era noite e a terra também era noite. É um adágio interessante, não? Não é
falsa a afirmação de que o Espírito de 1% desce do céu e este se torna 5 e a
terra 7.
O Espírito de 1% é algo interessante. Antigamente, há cerca de 20
anos atrás, na época em que eu ainda estava na religião Oomoto, ganhei de
uma certa pessoa moedas antigas. Era uma moeda de 1 "rin" (1%), uma da Era
Tenpo e uma de prata. A moeda de prata era do ano de 1871. E, observando
melhor, a fundadora da Oomoto é nascida na Era Tenpo. E o Seishi-Sama (N.T.:
Sr. Deguti Onissaburô) nasceu em 1871, que se relaciona com a moeda de
prata. A de 1 "rin" relaciona-se comigo; ficou exatamente assim. Acreditando
que naquela ocasião Deus é quem havia me esclarecido sobre isso, guardei-as
com todo cuidado e carinho.

No ensinamento da Oomoto está escrito: "99% e 1%". O Satanás teve


um sucesso de 99%. Com 1% vamos virar a situação. A medicina é 99%.Creio
no mundo inteiro não há quem não acredite na medicina. Mas eu consegui virar
essa situação com 1%. É realmente 99% e l%.

INTERLOCUTOR: É a primeira vez que ocorre o Espírito de 1%,


desde que surgiu a Terra?

MEISHU-SAMA: Não, não é. É a segunda vez. Por isso nos


ensinamentos da Oomoto consta "a segunda abertura da porta do céu". Por
isso, em tudo está sendo tomada a forma da segunda vez. Tudo será pela
segunda vez. A atuação de 1% anterior não era verdadeira, por isso fracassou.
A verdadeira é a segunda.

(Gossuiji-roku n. 3 5/10/1951)
(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)

O ESPÍRITO DE 1% - 5.6.7

Interlocutor: Qual é o significado da frase: "O céu é 5, o Mundo


Intermediário é 6 e a Terra é 7”, que consta no ensinamento da Oomoto?

Meishu Sama: Bem... Em suma, era o Mundo da Noite, sabe? O céu era
noite e a terra também era noite. É um adágio interessante, não? Não é falsa a
afirmação de que o Espírito de 1% desce do céu e este se torna 5 e a terra 7.

O Espírito de 1% é algo interessante. Antigamente, há cerca de 20 anos


atrás, na época em que eu ainda estava na religião Oomoto, ganhei, de uma
certa pessoa, moedas antigas. Era uma moeda de 1 rin (1%), uma da Era
Tenpo e uma de prata. A moeda de prata era do ano de 1871. E, observando
melhor, a fundadora da Oomoto é nascida na Era Tenpo. E o Seishi-Sama (Sr.
Deguti Onissaburô) nasceu em 1871, que se relaciona com a moeda de prata. A
de 1 rin relaciona-se comigo; ficou exatamente assim. Acreditando que naquela
ocasião Deus é quem havia me esclarecido sobre isso, guardei-as com todo
cuidado e carinho.

No ensinamento da Oomoto está escrito: "99% e 1%". O Satanás teve


um sucesso de 99%. Com 1% vamos virar a situação. A medicina é 99%. Creio
que no mundo inteiro não há quem não acredite na medicina. Mas eu consegui
virar essa situação com 1%. É realmente 99% e 1%.

Interlocutor: É a primeira vez que ocorre o Espírito de 1%, desde que


surgiu a Terra?
Meishu Sama: Não, não é. É a segunda vez. Por isso nos ensinamentos
da Oomoto consta "a segunda abertura da porta do céu". Por isso, em tudo está
sendo tomada a forma da segunda vez. Tudo será pela segunda vez. A atuação
de 1% anterior não era verdadeira, por isso fracassou. A verdadeira é a
segunda.

Gossuiji-roku Nº 3 (05/10/1951)
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

O ESPÍRITO DE 1% - 5.6.7

Interlocutor: Qual é o significado da frase: “O céu é 6, o Mundo


Intermediário é 6 e a Terra é 6, que consta no ensinamento da Oomoto”?

Meishu Sama: Bem, em suma, era o Mundo da Noite, sabe? O céu era
noite e a terra também era noite. É um adágio interessante, não? Não é falsa a
afirmação de que o Espírito de 1% desce do céu e este se torna 5 e a terra 7.

O Espírito de 1% é algo interessante. Antigamente, há cerca de 20 anos


atrás, na época em que eu ainda estava na religião Oomoto, ganhei de uma
certa pessoa moedas antigas. Era uma moeda de 1 rin (1%), uma da Era Tenpo
e uma de prata. A moeda de prata era do ano de 1871. E, observando melhor, a
fundadora da Oomoto é nascida na Era Tenpo. E o Seishi-Sama 25 nasceu em
1871, que se relaciona com a moeda de prata. A de 1 rin relaciona-se comigo;
ficou exatamente assim. Acreditando que naquela ocasião Deus é quem havia
me esclarecido sobre isso, guardei-as com todo cuidado e carinho.

No ensinamento da Oomoto está escrito: "99% e 1%". O Satanás teve


um sucesso de 99%. Com 1% vamos virar a situação. A medicina é 99%.Creio
que no mundo inteiro não há quem não acredite na medicina. Mas eu consegui
virar essa situação com 1%. É realmente 99% e 1%.

Interlocutor: É a primeira vez que ocorre o Espírito de 1%, desde que


25
N.T.: Sr. Deguti Onissaburô
surgiu a Terra?

Meishu Sama: Não, não é. É a segunda vez. Por isso nos ensinamentos
da Oomoto consta "a segunda abertura da porta do céu". Por isso, em tudo está
sendo tomada a forma da segunda vez. Tudo será pela segunda vez. A atuação
de 1% anterior não era verdadeira, por isso fracassou. A verdadeira é a
segunda.

Gossuiji-roku nº 3 5/10/1951
(tradução em: Ensinamentos e Orientações)

Suplemento 1

Interlocutor: Um jovem se apaixona e fica muito entusiasmado. Depois


que esse amor esfria, ele se apaixona por outra. Isso constitui um pecado?

Meishu Sama: Casou-se com o primeiro amor?

Interlocutor: Não, mas teve relações sexuais.

Melshu Sama: Então, a pessoa divertiu-se. Isso é pecado. E


depravação. Fazer do amor um divertimento, é infringir a Lei dos Céus. Deve-se
apaixonar para se tornar marido e mulher; deve concluir o relacionamento
tornando-se marido e mulher. O amor, além desse objetivo, constitui pecado.
Não há como justificar. Se bem que, hoje em dia, têm-se usado umas
justificativas muito hábeis.

Interlocutor: Há casos em que, mesmo não casando, apaixona-se por


alguém.

Meishu Sama: Há muitos. Entretanto, dizer que gosta sem ter intenção
de se casar, não é correto. Na verdade, não é correto apaixonar-se sem
intenção de casar. Não é um amor verdadeiro. É momentâneo. É um covarde
que ele próprio sabe que irá esfriar. Diverte-se com a mulher.
Quem sai da linha, em suma, está dominado por Satanás. Até hoje,
Satanás usava tais pessoas. Daqui para frente, começarão a surgir pessoas
diferentes, pois Satanás está se enfraquecendo, sabe? Por isso, não se pode
ter o pensamento e procedimento que se tinham até hoje. Aí reside o ponto
positivo da Igreja Messiânica Mundial.

Interlocutor: As mulheres poderão ficar tranqüilas se arrumarem, como


marido, fiéis da Igreja Messiânica Mundial, não é? Meishu Sama nos tem
orientado severamente.

Meishu Sama: A coisa não é bem assim. Se for uma pessoa que me
ouve, a mulher poderá ficar tranqüila. Caso contrário, é mais arriscado que o
treino de humildade, pois Deus sempre nos testa. Os que mesmo assim não
despertam, Ele põe para fora. Não é que a própria pessoa desista ou saia por
vontade própria; Deus a põe para fora, pois tem livres poderes. Se a pessoa
ficar ainda pior, Ele põe um ponto final.

Gossuiji-roku Nº 3 (08/10/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

Não há problema algum fazer donativo de agradecimento escondido da


família

Interlocutor: Uma senhora fervorosa na Fé trouxe donativo de


agradecimento sem o conhecimento do marido. O que o senhor acha?

Meishu Sama: Não tem importância. É magnífico, pois o marido é que


está errado. É tal como as autoridades que me molestam. Elas é que estão
erradas. O nosso trabalho é algo maravilhoso.

Gossuiji-roku N0 3 (08/10/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)
2.15. — Não há problema algum fazer donativo de agradecimento
escondido da família

INTERLOCUTOR: Uma senhora fervorosa na fé trouxe donativo de


agradecimento sem o conhecimento do marido. O que o senhor acha?

MEISHU SAMA: Não tem importância. É magnífico, pois o marido é


que está errado. É tal como as autoridades que me molestam. Elas é que
estão erradas. O nosso trabalho é algo maravilhoso.

Registro de Orientações nº 3 (8 de outubro de 1951)


(tradução em: O Segredo da Prosperidade)

O ideal é que a pessoa, ingressando na Fé, lendo os Ensinamentos e


reconhecendo ser esta uma Fé maravilhosa, tenha o desejo de, a todo
custo, entronizar a "Imagem da Luz Divina". Se a entronização realizar-se
antes dela alcançar verdadeira compreensão, como se fosse uma obrigação,
será um ato de grande insolência para com Deus. Quando ela ocorre com
imensa gratidão e fervoroso desejo de orar a um Deus do mais elevado
nível, Ele, tanto quanto o homem, sentir-se-á bem.

Mesmo o homem, quando sente o desejo de que determinada pessoa


venha visitá-lo, ou que queira ser salvo por uma pessoa em especial, é
melhor que se direcione nesse sentido. Sem sentir tal desejo e procedendo
de modo forçado, quem o recebe, da mesma forma, não será receptivo. Se
não agir de coração a intensidade da Luz também será fraca.

Quando o homem entroniza a Imagem e, realmente, tem por ela


respeitosa veneração, a Luz se intensifica. Assim, quando a família unida
recebe-a no local mais puro da casa, a atuação da Luz será distinta. Se, ao
contrário, torná-la inferior ao homem, se ele morar acima dela, a Luz não
emana.
"Registro de Orientações" — 8 de outubro de 1951
(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

"Normalmente, a distância é de 30 a 60 centímetros. Dependendo do


caso, pode ser também de um metro e meio. Desde que não coloque força,
pode ser até de 3 centímetros. É livre, portanto".

(8 de outubro de 1951)
(tradução em: Curso de Terapia Okada)

"Se esticar o braço acabará fazendo força. É preciso dobrá-lo um


pouco. A palma da mão também não deve estar muito esticada. Ela deve
estar relaxada".

(8 de outubro de 1951)
(tradução em: Curso de Terapia Okada)

"Como sempre digo, as doenças são os sofrimentos causados pela


eliminação das toxinas que estavam solidificadas em alguma parte do corpo
e que se liquefazem pela febre. (...) Deve-se tocar o próprio corpo. A melhor
maneira é tocá-lo desde o topo da cabeça até às unhas dos pés. Haverá
sempre uma ou duas partes com febre, que é o local enfermo. Pode-se
ministrar o Joorei a si próprio nesses locais ou pedir a alguém que o faça".

(10 de outubro de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

(J1/148) O QUE APREENDER ATRAVÉS DAS EXPERIÊNCIAS DE FÉ


Quem quer que seja, depois de ler várias experiências de fé, acho
que não deixará de sentir algo realmente magnífico. Isto porque, até hoje,
nunca surgiu no mundo uma força de salvação como essa. Assim sendo,
vou referir-me somente às experiências de fé relacionadas às doenças.
Antes de mais nada, vamos observar a condição da Medicina atual. Hoje, a
situação mental de todos os doentes é a firme crença de que não há, além
da Medicina atual, outro órgão em que se possa confiar com toda
tranqüilidade os casos de doenças; a ponto de isso parecer uma fé. E não se
limita à Medicina, o mesmo tem acontecido também com as autoridades
governamentais, achando que não há nada superior à Medicina atual.
Anualmente desperdiçam enorme soma dos cofres públicos e oferecem todo
o incentivo possível; portanto, mesmo que exista algo mais eficiente que a
Medicina, alegando não ter teor científico, procuram adotar uma diretriz que
induz evitá-lo o máximo possível. Por esse motivo, evidentemente o povo
também acredita piamente na Medicina; portanto, mesmo do ponto de vista
do processo mental, no caso de se submeter ao tratamento médico, deveria
ocorrer cura de forma ampla, mas na realidade isso não acontece e isso,
creio eu, é do conhecimento de todos.

Mudando de assunto, vamos nos referir agora sobre as experiências


de fé publicadas em abundância em todos os números das nossas
publicações. Ao observar qualquer uma das experiências, assim que
contraem doença, todas as pessoas, sem exceção, se submetem a exames
médicos. Em conseqüência disso, obtêm melhoras inesperadas e a pessoa
se sente tranqüila por um período, mas tal qual uma tampa pressionada,
num dado momento ela cede e infalivelmente a doença ressurge. Também
há casos em que a pessoa recebe tratamentos intensos, mas na realidade
não ocorre nenhuma melhora desde o início; ao contrário, a doença vai se
agravando gradativamente. Nesse caso, mesmo pensando de forma
sensata, seria natural que incitasse dúvida na pessoa, mas a maioria dos
doentes, além de não pensar dessa forma, continua entregando-se
firmemente até o fim. Entre eles, há os que têm sorte, pois já à beira da
morte, finalmente começam a duvidar e a procurar outros tipos de
tratamentos. Em contrapartida, há os piores que, mesmo morrendo, não
despertam, e os familiares acabam resignando-se, dizendo que esse era o
seu destino. Porém, há aqueles que são ainda mais piores, pois mesmo
presenciando a morte de seus irmãos mais novos, que perdem a vida
sucessivamente, não despertam e recorrem ao tratamento médico, mas isso
acontece pelo seguinte motivo. Com a morte do primeiro irmão, a pessoa
fica amedrontada, e o seu senso de medo pela doença aumenta. Quando o
outro irmão fica doente, acha que não pode perder tempo e, no cotidiano,
procura dobrar atenção no que diz respeito à higiene e dar-lhe substâncias
nutritivas e injeções diversas. Essas coisas acabam debilitando ainda mais o
doente e abrevia a sua morte.

Desde a época dos nossos ancestrais e da nossa infância, viemos


recebendo tenazmente uma educação que diz que as doenças devem ser
confiadas aos médicos e remédios. Essa concepção está arraigada
profundamente, por isso a cura não se processa devidamente. Então acha
que é devido ao erro no exame médico ou, dizendo não ser um bom
profissional, procura trocar o médico ou ainda procura grandes hospitais.
Entretanto, mesmo que a pessoa vá a locais diferentes, a cura não se
processa e vai se agravando gradativamente, mas evidentemente a pessoa
não desperta e, conseqüentemente, acaba sendo encurralada numa
situação desesperadora.

O pior de tudo é o remédio, mas como não conseguem deixar de usá-


lo sequer um único dia, lentamente vai se tornando viciado crônico em
medicamentos e, finalmente, chega-se à beira do perigo. Quando chega a
esse ponto, uma pessoa esperta começa a sentir dúvidas a respeito de
remédios, mas como vimos anteriormente, no cotidiano as autoridades
governamentais e os profissionais da área vêm recomendando para
confiarem somente nos tratamentos médicos e não nos populares e
religiosos, e por isso ficam deveras confusas. Porém, diante da situação
citada anteriormente, finalmente conseguem discernir que não adianta
continuar desse jeito. Nessa ocasião, por ter sido desenganada também pelo
médico, ao ouvir sobre a nossa Igreja, vem em busca de salvação.

No entanto, no início, todas as pessoas começam a receber o Johrei


com certo receio e duvidando muito, mas logo percebem que estão
começando a se restabelecer rapidamente, então o pessimismo do dia
anterior transforma-se no otimismo e o paciente até se sente um tanto
desorientado diante do grande mistério. Todavia, como vai se
restabelecendo a olhos vistos, por maior que seja o ateísta, acaba tirando as
máscaras.

Por isso, toda as vezes que lemos as experiências de fé, desejamos


comunicar, intensamente e o quanto antes, às pessoas em geral, a realidade
sobre o Johrei da nossa Igreja.

Jornal Eiko nº 125, 10 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(J2/37) A MANEIRA DE RECONHECER A DOENÇA POR SI MESMO

Como sempre tenho dito, a doença é um sofrimento causado pela


eliminação das toxinas solidificadas em alguma parte do corpo após a sua
dissolução pela febre. Portanto, o melhor meio para reconhecer a doença
está em tocar e examinar o seu próprio corpo, apalpando-o desde o topo da
cabeça até a ponta dos pés. Com certeza, há um ou dois pontos febris e aí é
que se encontra a doença; por isso, basta que a pessoa receba auto-Johrei
ou de alguém.

Porém, há também o seguinte caso. Encontramos freqüentemente


pessoas que tomaram muitas injeções fortes por sofrer de tuberculose e, por
isso, a sua purificação encontra-se interrompida temporariamente. Assim
sendo, mesmo apalpando o corpo todo, não se encontra a febre. Então, a
pessoa fica tranqüila, mas algum dia a febre sobrevirá sem falta. Quanto
antes isto acontecer, melhor. Todavia, em casos de dúvidas, deve deixar do
jeito que está por algum tempo, sem nada fazer, pois a febre da purificação
virá infalivelmente. Portanto, basta que faça exame nessa ocasião. Como
pudemos observar, na doença não é preciso fazer alardes usando
termômetro ou tomando outras providências. A forma mais precisa e
extremamente fácil é, como vimos acima, a pessoa fazer o seu auto-exame
usando a sua própria palma da mão. Assim sendo, é um método realmente
avançado de examinar as doenças.

Jornal Eiko nº 125, 10 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

(R2/37) O VALOR DO HOMEM RESIDE NO SEU ESPÍRITO DE JUSTIÇA

Alicerce do Paraíso, pág.223

O meio mais eficiente para a avaliação de uma pessoa é o


conhecimento do grau do seu espírito de justiça. O processo mais correto é
determinar o padrão de honestidade, o senso de responsabilidade e a
confiança que ela inspira. Realmente, creio que o espírito de justiça é a
essência do homem. Quem não o possui, assemelha-se à medusa,
vulgarmente conhecida como água-viva, a qual é destituída de ossos, de
modo que não merece confiança alguma.

Devemos distinguir, em primeiro lugar, o certo e o errado das coisas.


Se a pessoa que de nós discorda estiver desorientada, é nosso dever ajudá-
la com espírito de justiça, sem nos intimidarmos. Essa atitude poderá causar
momentos amargos, em nossa vida, mas promete a realização dos nossos
desejos, não havendo motivos para preocupação.

Atualmente, o mundo está repleto de pessoas más. Basta a menor


distração para cairmos nas malhas de seus enganos e explorações. Isso
provém da falta de um espírito de justiça inabalável. Minha longa experiência
é a melhor prova do que estou dizendo, e por essa razão vou tomá-la como
exemplo.

Na época em que eu era comerciante (antes de me tornar religioso),


muitas vezes fui vítima de embustes e experiências pavorosas. Por
felicidade, possuo inquebrantável espírito de justiça. Lutei contra todos os
obstáculos, indiferente às conseqüências monetárias. O esforço
empreendido na preservação da justiça acarretou-me muitas desvantagens,
que felizmente foram passageiras. Com o tempo, a situação melhorou e
acabei por vencer, não só recuperando como ganhando muito mais do que
tinha perdido. Involuntariamente tive três ou quatro casos judiciais, e um
deles vem se prolongando até hoje.

No tempo em que eu vivia na pobreza, uma associação perseguiu-


me, aproveitando-se do seu dinheiro e posição. Com o decorrer do tempo,
fui favorecido pelas circunstâncias e essa associação teve de desistir. Foi o
seguinte:

Eu possuía uma fábrica de objetos de fantasia e obtive, em dez


países, a patente de um artigo que teve extraordinária aceitação,
propiciando-me um contrato especial com certa firma. Como o artigo tivesse
entrado em moda, recebi uma proposta sumamente egoísta de uma
associação de lojas varejistas de objetos de fantasia, sediada em Tóquio, a
qual me pedia que lhe vendesse uma das duas exclusividades reservadas
àquela firma. Vendo-se rejeitada pela minha honestidade, tentou boicotar-me
com a colaboração de todas as lojas do gênero, a fim de obrigar-me a ceder.
Dois anos de resistência me acarretaram considerável prejuízo, mas a
associação deu-se por vencida e entramos em acordo.

Outro caso interessante foi quando, em protesto contra uma injustiça


comercial, tentei suspender determinada transação. O encarregado,
surpreso, disse-me ter sido eu a primeira pessoa que rompera a tradicional
obediência às imposições feitas aos comerciantes. Reconhecendo que eu
estava com a razão, a firma desculpou-se, e o caso foi resolvido.

Após tornar-me religioso, por diversas vezes passei momentos


agitadíssimos, de sério perigo. Nessa época, bastava a religião ser nova
para sofrer pressão e perseguição. Não havia meios para reagir, e eu padeci
bastante. Mas, afinal, a pressão e a perseguição cessaram, o que prova a
vitória da justiça.
Por essas experiências, vemos que, embora o Bem se renda
temporariamente ao Mal, a perseverança assegurará a sua vitória definitiva.
Daí a conclusão de que o homem deve abraçar a justiça e marchar
destemidamente, tornando-se, assim, sustentáculo da comunidade, baluarte
contra o mal social e construtor de uma sociedade sadia, porque Deus não
deixará de ajudar os justos, como jamais deixou.

Jornal Eiko nº 125, 10 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

O VALOR DO HOMEM RESIDE NO SEU ESPÍRITO DE JUSTIÇA

O meio mais eficiente para a avaliação de uma pessoa é o


conhecimento do grau do seu espírito de justiça. O processo mais correto é
determinar o padrão de honestidade, o senso de responsabilidade e a
confiança que ela inspira. Realmente, creio que o espírito de justiça é a
essência do homem. Quem não o possui assemelha-se à medusa,
vulgarmente conhecida como água-viva, a qual é destituída de ossos, de
modo que não merece confiança alguma.

Devemos distinguir, em primeiro lugar, o certo e o errado das coisas.


Se a pessoa que de nós discorda estiver desorientada é nosso dever ajudá-
la com espírito de justiça, sem nos intimidarmos. Essa atitude poderá causar
momentos amargos, em nossa vida, mas promete a realização dos nossos
desejos, não havendo motivos para preocupação.

Atualmente, o mundo está repleto de pessoas más. Basta a menor


distração para cairmos nas malhas de seus enganos e explorações. Isso
provém da falta de um espírito de justiça inabalável. Minha longa experiência
é a melhor prova do que estou dizendo, e por essa razão vou tomá-la como
exemplo.

Na época em que eu era comerciante (antes de me tornar religioso),


muitas vezes fui vítima de embustes e experiências pavorosas. Por
felicidade, possuo inquebrantável espírito de justiça. Lutei contra todos os
obstáculos, indiferente às conseqüências monetárias. O esforço
empreendido na preservação da justiça acarretou-me muitas desvantagens,
que felizmente foram passageiras. Com o tempo, a situação melhorou e
acabei por vencer, não só recuperando como ganhando muito mais do que
tinha perdido. Involuntariamente tive três ou quatro casos judiciais, e um
deles vem se prolongando até hoje.

No tempo em que eu vivia na pobreza, uma associação perseguiu-


me, aproveitando-se do seu dinheiro e posição. Com o decorrer do tempo,
fui favorecido pelas circunstâncias e essa associação teve de desistir. Foi o
seguinte:

Eu possuía uma fábrica de objetos de fantasia e obtive, em dez


países, a patente de um artigo que teve extraordinária aceitação,
propiciando-me um contrato especial com certa firma. Como o artigo tivesse
entrado em moda, recebi uma proposta sumamente egoísta de uma
associação de lojas varejistas de objetos de fantasia, sediada em Tóquio, a
qual me pedia que lhe vendesse uma das duas exclusividades reservadas
àquela firma. Vendo-se rejeitada pela minha honestidade, tentou boicotar-me
com a colaboração de todas as lojas do gênero, a fim de obrigar-me a ceder.
Dois anos de resistência me acarretaram considerável prejuízo, mas a
associação deu-se por vencida e entramos em acordo.

Outro caso interessante foi quando, em protesto contra uma injustiça


comercial, tentei suspender determinada transação. O encarregado,
surpreso, disse-me ter sido eu a primeira pessoa que rompera a tradicional
obediência às imposições feitas aos comerciantes. Reconhecendo que eu
estava com a razão, a firma desculpou-se, e o caso foi resolvido.

Após tornar-me religioso, por diversas vezes passei momentos


agitadíssimos, de sério perigo. Nessa época, bastava a religião ser nova
para sofrer pressão e perseguição. Não havia meios para reagir, e eu padeci
bastante. Mas, afinal, a pressão e a perseguição cessaram, o que prova a
vitória da justiça.
Por essas experiências, vemos que, embora o bem se renda
temporariamente ao mal, a perseverança assegurará a sua vitória definitiva.
Daí a conclusão de que o homem deve abraçar a justiça e marchar
destemidamente, tornando-se, assim, sustentáculo da comunidade, baluarte
contra o mal social e construtor de uma sociedade sadia, porque Deus não
deixará de ajudar os justos, como jamais deixou.

10 de outubro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

“Quem caminha tendo Deus como força e o amor ao próximo como


bengala, não tem nada a temer neste mundo.”

O meio mais eficiente para a avaliação de uma pessoa é o conhecimento


do grau do seu espírito de justiça. O processo mais correto é determinar o
padrão de honestidade, o senso de responsabilidade e a confiança que ela
inspira. Realmente, creio que o espírito de justiça é a essência do homem.
Quem não o possui, assemelha-se à medusa, vulgarmente conhecida como
água-viva, a qual é destituída de ossos, de modo que não merece confiança
alguma.

Devemos distinguir, em primeiro lugar, o certo e o errado das coisas. Se


a pessoa que de nós discorda estiver desorientada, é nosso dever ajudá-la com
espírito de justiça, sem nos intimidarmos. Essa atitude poderá causar
momentos amargos em nossa vida, mas promete a realização dos nossos
desejos, não havendo motivos para preocupação.

Atualmente, o mundo está repleto de pessoas más. Basta a menor


distração para cairmos nas malhas de seus enganos e explorações. Isso
provém da falta de um espírito de justiça inabalável. Minha longa experiência é
a melhor prova do que estou dizendo, e por essa razão vou tomá-la como
exemplo.
Na época em que eu era comerciante (antes de me tornar religioso),
muitas vezes fui vítima de embustes e experiências pavorosas. Por felicidade,
possuo inquebrantável espírito de justiça. Lutei contra todos os obstáculos,
indiferente às conseqüências monetárias. O esforço empreendido na
preservação da justiça acarretou-me muitas desvantagens, que felizmente
foram passageiras. Com o tempo, a situação melhorou e acabei por vencer, não
só recuperando como ganhando muito mais do que tinha perdido.
Involuntariamente tive três ou quatro casos judiciais, e um deles vem se
prolongando até hoje.

No tempo em que eu vivia na pobreza, uma associação perseguiu-me,


aproveitando-se do seu dinheiro e posição. Com o decorrer do tempo, fui
favorecido pelas circunstâncias e essa associação teve de desistir. Foi o
seguinte:

Eu possuía uma fábrica de objetos de fantasia e obtive, em dez países, a


patente de um artigo que teve extraordinária aceitação, propiciando-me um
contrato especial com certa firma. Como o artigo tivesse entrado em moda,
recebi uma proposta sumamente egoísta de uma associação de lojas varejistas
de objetos de fantasia, sediada em Tóquio, a qual me pedia que lhe vendesse
uma das duas exclusividades reservadas àquela firma. Vendo-se rejeitada pela
minha honestidade, tentou boicotar-me com a colaboração de todas as lojas do
gênero, a fim de obrigar-me a ceder. Dois anos de resistência me acarretaram
considerável prejuízo, mas a associação deu-se por vencida e entramos em
acordo.

Outro caso interessante foi quando, em protesto contra uma injustiça


comercial, tentei suspender determinada transação. O encarregado, surpreso,
disse-me ter sido eu a primeira pessoa que rompera a tradicional obediência às
imposições feitas aos comerciantes. Reconhecendo que eu estava com a
razão, a firma desculpou-se, e o caso foi resolvido.
Após tornar-me religioso, por diversas vezes passei momentos
agitadíssimos, de sério perigo. Nessa época, bastava a religião ser nova para
sofrer pressão e perseguição. Não havia meios para reagir, e eu padeci
bastante. Mas, afinal, a pressão e a perseguição cessaram, o que prova a
vitória da justiça.

Por essas experiências, vemos que, embora o Bem se renda


temporariamente ao Mal, a perseverança assegurará a sua vitória definitiva. Daí
a conclusão de que o homem deve abraçar a justiça e marchar
destemidamente, tornando-se, assim, sustentáculo da comunidade, baluarte
contra o mal social e construtor de uma sociedade sadia, porque Deus não
deixará de ajudar os justos, como jamais deixou.

Alicerce do Paraíso - “O valor do homem reside no seu espírito de


justiça” (10/10/51)
(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

2.21 — O valor do homem reside no seu espírito de justiça

O meio mais eficiente para a avaliação de uma pessoa é o


conhecimento do grau do seu espírito de justiça. O processo mais correto é
determinar o padrão de honestidade, o senso de responsabilidade e a
confiança que ela inspira. Realmente, creio que o espírito de justiça é a
essência do homem. Quem não o possui, assemelha-se à medusa,
vulgarmente conhecida como água-viva, a qual é destituída de ossos, de
modo que não merece confiança alguma.

Devemos distinguir, em primeiro lugar, o certo e o errado das coisas.


Se a pessoa que de nós discorda estiver desorientada, é nosso dever
ajudá-la com espírito de justiça, sem nos intimidarmos. Essa atitude poderá
causar momentos amargos, em nossa vida, mas promete a realização dos
nossos desejos, não havendo motivos para preocupação.

Atualmente, o mundo está repleto de pessoas más. Basta a menor


distração para cairmos nas malhas de seus enganos e explorações. Isso
provém da falta de um espírito de justiça inabalável. Minha longa
experiência é a melhor prova do que estou dizendo, e por essa razão, vou
tomá-la como exemplo.

Na época em que eu era comerciante (antes de me tornar religioso),


muitas vezes fui vítima de embustes e experiências pavorosas. Por
felicidade, possuo inquebrantável espírito de justiça.

Lutei contra todos os obstáculos, indiferente às conseqüências


monetárias. O esforço empreendido na preservação da justiça acarretou-me
muitas desvantagens, que felizmente foram passageiras. Com o tempo, a
situação melhorou e acabei por vencer, não só recuperando como
ganhando muito mais do que tinha perdido. Involuntariamente tive três ou
quatro casos judiciais, e um deles vem se prolongando até hoje.

No tempo em que eu vivia na pobreza, uma associação perseguiu-


me, aproveitando-se do seu dinheiro e posição. Com o decorrer do tempo,
fui favorecido pelas circunstâncias e essa associação teve de desistir. Foi o
seguinte:

Eu possuía uma fábrica de objetos de fantasia e obtive, em dez


países, a patente de um artigo que teve extraordinária aceitação,
propiciando-me um contrato especial com certa firma. Como o artigo tivesse
entrado em moda, recebi uma proposta sumamente egoísta de uma
associação de lojas varejistas de objetos de fantasia, sediada em Tóquio, a
qual me pedia que lhe vendesse uma das duas exclusividades reservadas
àquela firma. Vendo-se rejeitada pela minha honestidade, tentou boicotar-
me com a colaboração de todas as lojas do gênero, a fim de obrigar-me a
ceder. Dois anos de resistência me acarretaram considerável prejuízo, mas
a associação deu-se por vencida e entramos em acordo.

Outro caso interessante foi quando, em protesto contra uma injustiça


comercial, tentei suspender determinada transação. O encarregado,
surpreso, disse-me ter sido eu a primeira pessoa que rompera a tradicional
obediência às imposições feitas aos comerciantes. Reconhecendo que eu
estava com a razão, a firma desculpou-se, e o caso foi resolvido.
Após tornar-me religioso, por diversas vezes passei momentos
agitadíssimos, de sério perigo. Nessa época, bastava a religião ser nova
para sofrer pressão e perseguição. Não havia meios para reagir, e eu
padeci bastante. Mas, afinal, a pressão e a perseguição cessaram, o que
prova a vitória da justiça.

Por essas experiências, vemos que, embora o Bem se renda


temporariamente ao Mal, a perseverança assegurará a sua vitória definitiva.
Daí a conclusão de que o homem deve abraçar a justiça e marchar
destemidamente, tornando-se, assim, sustentáculo da comunidade, baluarte
contra o mal social e construtor de uma sociedade sadia, porque Deus não
deixará de ajudar os justos, como jamais deixou.

Alicerce do Paraíso (10 de outubro de 1951)


(tradução em: O Segredo da Prosperidade)

6.7. Tenha o sentimento de que está em meio a espadas para não ser
dominado por Satanás

Meishu Sama: Existem milhões de demônios. E há diversos níveis. O


mundo deles é semelhante ao dos deuses. Assim, eles espreitam e tentam
derrubar cada um dos fiéis. Por isso, mesmo sendo membros da Igreja, as
pessoas podem pensar erroneamente, vacilam e erram, achando estar agindo
corretamente. Nos ensinamentos da religião Oomoto, está escrito: "Atualmente,
Satanás está se infiltrando em tudo quanto é lugar. Por isso, não podemos nos
descuidar nem um pouco. Nunca sabemos quando seremos dominados por
Satanás, portanto, todo cuidado é pouco." São palavras realmente excelentes
no sentido de que quem está na Fé não pode negligenciar o mínimo que seja,
tendo o sentimento de que está em meio a espadas.

Mioshie-shu Nº 3 (15/10/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)
11 - O que havia por trás da perseguição

Ainda existe significado por trás daquele caso judicial do ano


passado. Ou seja, havia um grande demônio que estava querendo se
apoderar da nossa Igreja. Então, para derrotar esse demônio, aconteceu
aquele caso judicial. Ou seja, o caso do ano passado foi como se fosse um
método para derrubá-lo, "afrouxando as rédeas" e deixando ele agir à
vontade. Podem ver que, como leram há pouco, os demônios nem sempre
representam coisas ruins. Eles também têm coisas boas. É por isso que
chego até a agradecer a eles por isso. Assim, é dessa forma que existem
muitas coisas que Deus faz e, só com uma simples olhada, nós não
conseguimos entender.
Na verdade existem mais de cem milhões de demônios. E entre eles
existem muitas classes e categorias. Entre Deus e o Mundo Divino quase
não existe diferença, né? Assim, os demônios vivem tramando maneiras
para derrubar os membros, um por um. É por isso que existem pessoas que,
mesmo sendo membros, acabam tendo pensamentos deturpados, vacilam
ou, ainda, fazem coisas erradas, pensando que estão fazendo coisas boas.
No Ofudessaki da Igreja Oomoto-kyo, está escrita a seguinte frase: "Os
espíritos malignos agora estão aí dentro de você, por isso fique alerta!
Ninguém sabe quando você pode se tornar um desses espíritos malignos de
verdade. Por isso, é melhor tomar cuidado em dose dobrada!" Essa frase
tem o seguinte significado: todos aqueles que estiverem dentro da fé,
precisam ter dentro de si um sentimento de estar sempre vigilante e alerta
para qualquer coisa. Realmente isso é uma coisa muito profunda!

15 de outubro de 1951
(tradução em: Wassurena)

(R2/173) A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL PODE SER EVITADA

Alicerce do Paraíso, pág. 250


A maior ameaça que paira atualmente sobre a humanidade é, sem
dúvida alguma, a eclosão da Terceira Guerra Mundial. Como é do
conhecimento de todos, os intelectuais do mundo inteiro, cada um na sua
posição, estão procurando evitá-la, discutindo o assunto oralmente ou por
escrito e usando toda a sua inteligência. Entretanto, não sei por que razão,
apenas entre os religiosos não há ninguém opinando sobre o assunto, o que
é realmente incompreensível. Diante disso, eu gostaria que, antes de mais
nada, refletissem sobre o objetivo da Religião.

Nem seria necessário dizer, de tão óbvio, que o objetivo da Religião é


construir um mundo de paz, um mundo sem conflitos. Sendo assim, acho
muito estranho o absoluto silêncio que, talvez por não saberem o que fazer,
os religiosos mantêm atualmente, ante o perigo da Terceira Guerra Mundial.
Naturalmente, sem o apoio do Governo e por não poderem pegar em armas,
devido à idade, eles deveriam, através de métodos pacíficos, compatíveis
com a sua condição de religiosos, trabalhar para que a guerra seja evitada.
Assim, gostaria de mostrar as causas da guerra e como evitá-las, ou melhor,
apresentar o princípio que possibilita a sua erradicação. Para
compreenderem melhor, falarei sobre a doença e a saúde.

Sempre afirmo que a doença é um sofrimento que surge quando a


eliminação das máculas acumuladas no espírito do homem se reflete no
corpo. Seja qual for o tipo de sofrimento, a causa está nas máculas
espirituais. No que se refere ao corpo material, é o processo de eliminação
das impurezas; por conseguinte, se o homem quer se libertar desse
sofrimento, só há uma forma: não acumular impurezas e, ao mesmo tempo,
eliminar as que já estão acumuladas. Sofrimentos coletivos, como os danos
causados por vento, chuva, incêndio, terremoto, agitações sociais, etc.,
também são ações purificadoras. A guerra nada mais é que esse sofrimento
em forma ampliada. Para evitá-la, está mais do que claro, é preciso eliminar
as máculas espirituais de cada indivíduo.

Supondo-se que seja declarada a Terceira Guerra Mundial, isso


aconteceria por ter aumentado demasiadamente o número de homens com
espírito maculado, chegando-se a uma situação em que não havia outro
recurso. Creio mesmo não ser exagero afirmar que atualmente o mundo está
repleto de homens impuros. O ser humano acumulou máculas pela prática
do Mal, decorrente de uma educação baseada no materialismo, o qual
ignora a existência de Deus. Sendo assim, o problema só poderia ser
solucionado pela retificação das idéias materialistas. Com o espírito
extremamente maculado por esse tipo de educação, o homem ficou cego, o
que é um resultado muito normal.

Mas é preciso saber que, pela Lei do Universo, onde se acumulam


impurezas, infalivelmente surge o processo purificador natural. O surto de
epidemias, por exemplo, embora o aparecimento do vírus seja uma causa
direta, deve-se ao fato de terem surgido homens com necessidade de
purificar. Trata-se, pois, de uma ocorrência natural, baseada na Lei da
Concordância, que se aplica a todas as coisas existentes sobre a face da
Terra. As grandes metrópoles, as obras arquitetônicas da atualidade e, por
assim dizer, quase todas as coisas materiais, são produtos do Mal, isto é,
um conglomerado de máculas; conseqüentemente, estão fadadas à
destruição.

Assim, através da guerra, o homem e todas as coisas onde se


acumulem impurezas serão purificados de uma só vez. Essa é a imutável Lei
do Universo; nada há a fazer. Portanto, para evitar a Terceira Guerra
Mundial, o homem e todas as coisas existentes sobre a Terra devem ser
purificados até que não haja mais necessidade de uma grande ação
purificadora. Caso perguntem se existe um método para promover essa
purificação geral, responderei que sim. Esta é a missão da nossa Igreja
Messiânica Mundial; para isso é que ela nasceu. Em outras palavras: como
o mundo é a soma de indivíduos, basta cada um tornar-se digno, a tal ponto
que seja desnecessária a purificação.

Jornal Eiko nº 126, 17 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)
A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL PODE SER EVITADA

A maior ameaça que paira atualmente sobre a humanidade é, sem


dúvida alguma, a eclosão da Terceira Guerra Mundial. Como é do
conhecimento de todos, os intelectuais do mundo inteiro, cada um na sua
posição, estão procurando evitá-la, discutindo o assunto oralmente ou por
escrito e usando toda a sua inteligência. Entretanto, não sei por que razão,
apenas entre os religiosos não há ninguém opinando sobre o assunto, o que
é realmente incompreensível. Diante disso, eu gostaria que, antes de mais
nada, refletissem sobre o objetivo da Religião.

Nem seria necessário dizer, de tão óbvio, que o objetivo da Religião é


construir um mundo de paz, um mundo sem conflitos. Sendo assim, acho
muito estranho o absoluto silêncio que, talvez por não saberem o que fazer,
os religiosos mantêm atualmente, ante o perigo da Terceira Guerra Mundial.
Naturalmente, sem o apoio do Governo e por não poderem pegar em armas,
devido à idade, eles deveriam, através de métodos pacíficos, compatíveis
com a sua condição de religiosos, trabalhar para que a guerra seja evitada.
Assim, gostaria de mostrar as causas da guerra e como evitá-las, ou melhor,
apresentar o princípio que possibilita a sua erradicação. Para
compreenderem melhor, falarei sobre a doença e a saúde.

Sempre afirmo que a doença é um sofrimento que surge quando a


eliminação das máculas acumuladas no espírito do homem se reflete no
corpo. Seja qual for o tipo de sofrimento, a causa está nas máculas
espirituais. No que se refere ao corpo material, é o processo de eliminação
das impurezas; por conseguinte, se o homem quer se libertar desse
sofrimento, só há uma forma: não acumular impurezas e, ao mesmo tempo,
eliminar as que já estão acumuladas. Sofrimentos coletivos como os danos
causados por vento, chuva, incêndio, terremoto, agitações sociais, etc.,
também são ações purificadoras. A guerra nada mais é que esse sofrimento
em forma ampliada. Para evitá-la, está mais do que claro, é preciso eliminar
as máculas espirituais de cada indivíduo.
Supondo-se que seja declarada a Terceira Guerra Mundial, isso
aconteceria por ter aumentado demasiadamente o número de homens com
espírito maculado, chegando-se a uma situação em que não havia outro
recurso. Creio mesmo não ser exagero afirmar que atualmente o mundo está
repleto de homens impuros. O ser humano acumulou máculas pela prática
do mal, decorrente de uma educação baseada no materialismo, o qual
ignora a existência de Deus. Sendo assim, o problema só poderia ser
solucionado pela retificação das idéias materialistas. Com o espírito
extremamente maculado por esse tipo de educação, o homem ficou cego, o
que é um resultado muito normal.

Mas é preciso saber que, pela Lei do Universo, onde se acumulam


impurezas, infalivelmente surge o processo purificador natural. O surto de
epidemias, por exemplo, embora o aparecimento do vírus seja uma causa
direta, deve-se ao fato de terem surgido homens com necessidade de
purificar. Trata-se, pois, de uma ocorrência natural, baseada na Lei da
Concordância, que se aplica a todas as coisas existentes sobre a face da
Terra. As grandes metrópoles, as obras arquitetônicas da atualidade e, por
assim dizer, quase todas as coisas materiais, são produtos do mal, isto é,
um conglomerado de máculas; conseqüentemente, estão fadadas à
destruição.

Assim, através da guerra, o homem e todas as coisas onde se


acumulem impurezas serão purificados de uma só vez. Essa é a imutável Lei
do Universo; nada há a fazer. Portanto, para evitar a Terceira Guerra
Mundial, o homem e todas as coisas existentes sobre a Terra devem ser
purificados até que não haja mais necessidade de uma grande ação
purificadora. Caso perguntem se existe um método para promover essa
purificação geral, responderei que sim. Esta é a missão da nossa Igreja
Messiânica Mundial; para isso é que ela nasceu. Em outras palavras: como
o mundo é a soma de indivíduos, basta cada um tornar-se digno, a tal ponto
que seja desnecessária a purificação.

17 de outubro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)
5 - A nossa Igreja vai construir o Protótipo do Mundo

Aquelas divergências entre os métodos do totalitarismo e do


liberalismo fazem parte do Plano Divino. Como Deus já me mostrou tudo, do
começo até o fim, eu posso discernir as várias maneiras como este mundo
vai mudar. No começo, era uma pequenina forma, mas ultimamente vem
tomando tamanho. Da mesma maneira que ouvimos há pouco os relatórios
das Igrejas Tengoku e Miroku, se observarmos bem como foi que a nossa
Igreja chegou até aqui, conseguiremos entender também de que maneira o
mundo inteiro vai ficar a partir de agora.

A origem de tudo isso é a Religião Oomoto-kyo. A Oomoto-kyo


apareceu com a missão de "dar à luz" à Igreja Messiânica Mundial. No
Ofudesaki está escrito a seguinte frase: "Aqui dentro a gente tem o modelo
do Mundo; por isso se olharem bem aqui dentro, vão entender claramente
todas as coisas". Realmente isto é muito interessante. Um fato que expressa
bem e que é bem fácil de entender isto foi quando a Oomoto-kyo foi
reprimida pela última vez: dia 8 de dezembro de 1935. E exatamente 6 anos
depois, no dia 8 de dezembro de 1941, o Japão dava início à Guerra do
Pacífico. O fato de ter sido coincidentemente no mesmo dia 8 de dezembro é
realmente bem estranho, não acham? Por outro lado, foi Deus quem fez a
Oomoto-kyo fazer isso, ou seja, fez o Japão começar a Guerra do Pacífico.
Na verdade, Deus coloca em prática o Seu Plano de forma bem profunda e
minuciosa. E eu só posso dizer aquilo que não atrapalha o andamento do
Plano. O resto não posso falar. Infelizmente, não existe outro jeito senão
este.

18 de outubro de 1951
(tradução em: Wassurena)
A OBRA DIVINA VEM SENDO DIRIGIDA ATRAVÉS DO GRANDE ESPÍRITO
DAS PALAVRAS DE MEISHU SAMA

Existe um restaurante de comida ocidental que chama-se


Marunouchichuotei, ou Casa Central Marunouchi.

Freqüentemente estou indo até lá e este local tornou-se o Eixo Central


do Mundo Espiritual. Por isso, é bem como se diz o nome, Casa Central
Marunouchi. Neste local, as coisas que são ditas, através do Espírito das
Palavras, produzem uma espiral até o Mundo do Espírito das Palavras.

O Espírito das Palavras irá propagar-se pelo mundo e o que foi falado se
concretizará. Então, da maneira como eu falei, está sendo realizado.

Portanto, o que estou fazendo agora pouco a pouco se expandirá e,


finalmente, se estenderá ao mundo.

Desta forma, tudo se concretizará, assim como falei no Marunouchi,


realizando-se através de uma pequenina forma. Isto é algo muito misterioso.

19/10/51
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos)

A OBRA DIVINA VEM SENDO DIRIGIDA ATRAVÉS DO GRANDE


ESPÍRITO DAS PALAVRAS DE MEISHU-SAMA

Existe um restaurante de comida ocidental que chama-se


Marunouchichuotei, ou Casa Central Marunouchi.

Freqüentemente estou indo até lá e este local tornou-se o Eixo


Central do Mundo Espiritual. Por isso, é bem como se diz o nome, Casa
Central Marunouchi. Neste local, as coisas que são ditas, através do Espírito
das Palavras, produzem uma espiral até o Mundo do Espírito das Palavras.
O Espírito das Palavras irá propagar-se pelo mundo e o que foi falado
se concretizará. Então, da maneira como eu falei, está sendo realizado.

Portanto, o que estou fazendo agora pouco a pouco se expandirá e,


finalmente, se estenderá ao mundo.

Desta forma, tudo se concretizará, assim como falei no Marunouchi,


realizando-se através de uma pequenina forma. Isto é algo muito misterioso.
19/10/51
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 2)

A OBRA DIVINA VEM SENDO DIRIGIDA ATRAVÉS DO GRANDE ESPÍRITO


DAS PALAVRAS DE MEISHU SAMA

Existe um restaurante de comida ocidental que chama-se


Marunouchichuotei, ou Casa Central Marunouchi.

Freqüentemente estou indo até lá e este local tornou-se o Eixo Central


do Mundo Espiritual. Por isso, é bem como diz o nome: Casa Central
Marunochi. Neste local, através do Espírito das Palavras, é produzida uma
espiral até o Mundo do Espírito das Palavras.

O Espírito das Palavras irá propagar-se pelo mundo e o que foi falado se
concretizará. Então, da maneira como eu falei está sendo realizado.

Portanto, o que estou fazendo agora, pouco a pouco, se expandirá e,


finalmente, se estenderá ao mundo.

Desta forma, tudo se concretizará, assim como falei no Marunouchi,


realizando-se através de uma pequenina forma. Isto é algo muito misterioso.

19/10/51
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)
“Dessa forma, os deuses enviam bons fluídos ao espírito primordial do
homem, do mundo divino, através de fios espirituais, e, os demônios enviam
maus fluídos ao espírito secundário. Por essa razão, um único homem que seja
possui ligações mundiais, sendo que cada ato seu irá refletir-se no mundo
inteiro. Portanto, não se pode agir de forma leviana.”

(Mundo dos Demônios, 23 de outubro de


1943)
(J1/143) EU ME VANGLORIO

Essa afirmação pode parecer ao leitor uma grande presunção da


minha parte, mas, antes de mais nada, gostaria que continuassem a leitura
com o sentimento sereno. Trata-se da minha aspiração e trabalho. Sem
dúvida, os meus objetivos são três: a extinção dos doentes, dos pobres e
dos criminosos deste mundo. Isso, no entanto, não é um simples desejo,
pois, aos poucos, temos tido resultados positivos; se acham que é mentira,
peço-lhes que examinem com base nas realizações. Se for mentira, posso
pedir perdão e desaparecer, mas se for verdade, gostaria que o leitor
pedisse perdão; porém, peço que não fuja, pois se isso acontecer, tudo será
em vão. Portanto, seria ideal que os três males fossem extintos, mas
gostaria que imaginassem o que aconteceria se fosse extinto apenas um ou
dois dos três males. Antes de mais nada, passaremos a sentir o verdadeiro
sabor de viver e, sem saber o porquê, o mundo será indescritivelmente
divertido e feliz. Todos os familiares gozarão de saúde e, desfazendo por
completo a afinidade com os medicamentos, a subsistência se tornará fácil;
os maus pensamentos e as preocupações desaparecerão sem deixar
qualquer vestígio. Dessa maneira, desde que se tornarão habitantes
completamente diferentes dos que viviam até então, o que será se esta não
for uma vida de pessoas que vivem o Paraíso?

Poderão pensar se realmente pode acontecer uma coisa dessas


como a que acontece no sonho, mas como é possível, a coisa é séria.
Sendo assim, acho que posso vangloriar-me à vontade sem restrições.

Mas... espere um pouco, ia me esquecendo de algo muito importante.


Falando no estilo ocidental, o Deus chamado Jeová me escolheu e
concedeu uma força magnífica, dizendo para que eu usasse à vontade.
Acredito que agora puderam entender bem.

Jornal Eiko nº 127, 24 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)
(R1/51) RELIGIÃO CELESTIAL E RELIGIÃO INFERNAL

Ao falar em religião, o povo acreditava que o fiel recebia muitos


benefícios, tanto espiritualmente como materialmente; conseguia obter a
verdadeira tranqüilidade e construir um lar feliz. Através disso, a sociedade e
a nação melhoravam e, objetivando o ideal de tornar esse mundo em
Paraíso, oravam devotadamente, como é do conhecimento de todos. Como
existe um ponto importante que ninguém percebeu, vou escrevê-lo: a
diferença que existe entre religião paradisíaca e religião infernal.

As religiões existentes até hoje, falando sem cerimônia, são quase


todas religiões infernais, e pode-se dizer que, na verdade, não existiu
religião paradisíaca. Sendo assim, nem é preciso dizer que a nossa Igreja
Messiânica é a primeira religião paradisíaca que surgiu; portanto as religiões
existentes até hoje possuem notáveis diferenças de ponta a ponta.

Os fiéis sabem perfeitamente, mas a verdade é que a nossa Igreja


cura sem motivo uma doença que não sara com a tão avançada medicina,
como podem constatar na publicação, sempre repleta, em todos os números
do nosso jornal. E isso qualquer pessoa consegue manifestar, ou seja,
adquirir a capacidade de curar doenças só de receber as aulas de
aprimoramento durante alguns dias. Consegue-se curar um doente que foi
abandonado pelo médico e consegue-se também curar a própria doença por
si mesmo; é quase inacreditável. Entretanto, como a verdade é uma verdade
séria, a pessoa que duvida quer, em primeiro lugar, sentir na prática. Por
esse motivo, ingressa na nossa Igreja e logo, com o passar do tempo, ele
próprio e também as pessoas da família vão ficando com saúde a cada dia
que passa; no final, o lar não tem mais nenhum doente e, como as pessoas
se tornam cheias de vitalidade, a família se torna alegre, tudo transcorre em
perfeita harmonia, tornando-se viventes de verdadeira felicidade. Realmente,
há tantos anos, há mais de dez anos estava dependente de médicos e
remédios, e como agora cortou completamente essa dependência, a
situação econômica e até mesmo espiritualmente melhora; é impossível
imaginar a grandiosidade desse lucro. Esse é, sem dúvida, a salvação do
Paraíso, e as pessoas que estão lamentando num mundo infernal como o de
hoje não podem acreditar de maneira alguma. Se essa não for a realização
do sonho do ideal do homem, o que poderá ser?

O motivo acima citado é a diferença que existe com as numerosas fés


do mundo de hoje. Normalmente, conforme a religião, apesar de praticar
fervorosamente a fé, fica-se doente da mesma forma que as pessoas em
geral e, sem outro jeito, acaba-se ficando aos cuidados do médico, mas não
sara-se com facilidade, e às vezes acontece de ter um final infeliz; nesse
caso, se conformam por ser o tempo de vida dessa pessoa. Apesar de
pensar assim, normalmente falam para não pegar uma gripe, não pegar um
vírus tuberculoso ou um micróbio de doença contagiosa, não se resfriar ao
dormir, não comer e nem beber demais; ficam falando só coisas
impertinentes e passa-se o dia com medo e tremor. Essa é a situação real.
Além disso, o que se pode dizer que é mais trágico e cômico é que mesmo
estando de cama doente, gemendo durante longos anos, a própria pessoa
diz que foi salva por Deus e sente-se satisfeita. Vemos muitas pessoas
assim, mas do nosso ponto de vista isso é realmente uma ilusão pessoal.
Mesmo ficando nesse estado, conforma-se que é destino e sufoca a dor à
força dizendo que está satisfeito; essa concepção, que não dá para se
pensar nem um pouco pelo senso comum, a pessoa aceita como graça da
fé, o que dá pena. Assim mesmo, se apenas a pessoa está salva
espiritualmente, é realmente lamentável o estado das pessoas da família e
as que estão ao redor.

Não que a pessoa não tenha conhecimento disso, mas devido à


intensa dor física; não deve ter serenidade para pensar essas coisas.
Resumindo, apesar do espírito ser salvo, o corpo não se salvará, quer dizer,
uma metade é salva e a outra metade não.

Portanto, ser verdadeiramente salvo é o espírito e corpo serem salvos


juntos, e uma religião assim, provavelmente, não existe no mundo. Por esse
motivo, pensando, ao menos, em salvar a metade, torna-se fiel de uma
religião já existente, por isso está praticamente distante do Paraíso, e
realmente não passa de uma salvação infernal. Isso está bem claro ao se
ver que a maioria das grandes religiões de hoje estão administrando
hospitais. Além do mais, a sociedade reconhece isso e aceita o fato como
um maravilhoso empreendimento religioso, o que é importuno. Isso porque
está confessando que essa religião não possui nenhum poder de curar
doenças e nada mais além do que isso. Originariamente, a religião teria que
ser uma existência da metafísica muito mais que a ciência, mas dessa forma
a religião está abaixo da ciência. Falando em uma palavra, quer dizer que
perdeu a vida como religião. Ao contrário disso, o resultado da
particularidade da nossa Igreja, que é a cura da doença, de fato, o enfermo
que, de forma alguma não é curado pela ciência, está curando aos montes.
Se não falarmos que essa religião é a que possui vida, o que poderá ser?

Em seguida, a nossa Igreja está incentivando bastante a arte.


Provavelmente existem muitas religiões, mas creio que não existe outra que
coloca tanto peso na arte como a nossa. E isso é como sempre digo, o
Paraíso é um mundo de arte, ou seja, desde que a arte faz parte do Belo, da
trilogia Verdade-Bem-Belo, é algo da maior importância. Nem é preciso dizer
que, para o homem, a impressão que se recebe do Belo não pode ser vista
levianamente. Isso porque, através do Belo, o sentimento se alegra e, ao
mesmo tempo, sem saber, eleva-se o caráter, e fomenta o pensamento de
amor à paz. Isso pode ser compreendido muito bem ao ver-se a Grande
Natureza. Em primeiro lugar, a beleza da montanha e da água. O belo das
paisagens que se recebe das viagens realizadas nas quatro estações do ano
lava e purifica as impurezas do cotidiano, devolve o vigor, desenvolve uma
mentalidade alegre e, além disso, enriquece o conhecimento sobre a
História. E também, em qualquer cidade ou mesmo vila, o verde das árvores
por todos os cantos, as cores das flores, o cântico dos pássaros, as
borboletas que voam no campo na primavera, os aspectos diversos do
bando de insetos no outono; a Terra está repleta de coisas variadas para
deleitar o homem. Ao olhar para o céu o brilho do sol, da lua, das estrelas,
convida o sentimento das pessoas para o espaço misterioso da eternidade.
Sendo assim, se tudo isso não for a manifestação da profunda vontade de
Deus, o que poderá ser? E mesmo na questão do alimento, os produtos da
montanha e do mar, é natural, mas existem muitas coisas para deliciar o
paladar do homem. Quero falar particularmente sobre a beleza do homem. A
sua imagem enquanto dança, a voz-afinada quando canta, a beleza
equilibrada do esportista, a beleza da nudez da mulher; a habilidade
recebida de Deus como a pintura, escultura, diversos tipos de artesanatos,
arquitetura, jardinagem e outros, esses também, se forem enumerados, são
quase infinitos; realmente, nesse mundo a beleza natural e a beleza do
homem existem em abundância. O que se pode pensar ao ver tudo isso é
onde está a Vontade de Deus, e nem é preciso dizer que são os elementos
de preparação para construir o Paraíso Terrestre, no futuro; mas se não for
isso, o que será?

Nesse sentido, estou construindo, atualmente, como modelo, o


Paraíso Terrestre, e esse plano é uma harmonia geral de toda a beleza
natural e da beleza artificial; creio ser uma nova obra de arte, um evento
marcante jamais experimentado por alguém até hoje. Através dessa obra,
milhares de pessoas irão despertar para a Vontade Divina, a alegria da vida
será aprofundada e será bastante útil para elevar o caráter, portanto, com
isso é possível compreender que a nossa Igreja é, sem dúvida, uma religião
paradisíaca.
Contudo, as religiões já existentes em relação à essa concepção de
beleza sempre foram desinteressadas. Ou melhor, ao contrário, negligenciar
o belo vinha sendo considerado ilusoriamente como uma coisa originária da
religião. Os fiéis da maioria das religiões, quanto mais fervorosos, mais
simples se vestem e comem, moram em casa de palha e estão contentes
levando uma vida de nível baixo. Desse jeito, não é absolutamente Verdade-
Bem-Belo, pode-se dizer que é Verdade-Bem-Feiúra. Quando entramos no
lar de um membro assim, de certa forma a casa é úmida e melancólica, tem-
se a sensação de Inferno, como é de conhecimento de todos, e a isso
queremos denominar de fé infernal. Como nos olham com essa mentalidade,
não conseguem compreender. Isso porque, desde que olham com os olhos
do Inferno, acham que o modo de agir da nossa Igreja está errado, mas na
verdade esse modo de ver é uma superstição da qual se deve ter medo.
Portanto, desejo derrubar essa superstição, despertá-los, conscientizando-
os de que a religião paradisíaca é que é a verdadeira religião.

Olhando dessa maneira, o importuno são as condições do mundo


moderno. Isso porque não apenas a superstição científica, como também a
superstição religiosa, juntam-se para formar o mundo infernal; por isso, é
preciso fazer com que compreendam bem esse ponto obscuro. Para tanto, é
preciso surgir uma ultra-religião que é acima da religião, isto é, uma religião
paradisíaca, e digo claramente que é a nossa Igreja Messiânica Mundial. A
causa disso é que, até hoje, o mundo se encontrava na Era da Noite e
agora, quando finalmente vai mudar para o Mundo do Dia, ficarão sabendo
que a nossa Igreja Messiânica Mundial nasceu com a grande missão de
construir o Paraíso.

Jornal Eiko nº 127, 24 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

“O ponto a seguir é que incentivamos imensamente as Artes. Não


haverá com certeza uma instituição que dê tamanho peso a elas como a nossa,
mesmo quando comparada com a infinidade de religiões existentes,
nomeadamente as tradicionais. A razão está — como sempre afirmo — no fato
de o Paraíso ser o Mundo das Artes. Quer dizer que a Arte, correspondendo ao
elemento Belo no trinômio Verdade, Bem e Belo, tem essencial importância.
Escusado será dizer que a influência exercida pelo Belo sobre o homem não
pode ser subestimada. Enquanto se deleita com o Belo, tem-se
inconscientemente o seu caráter sublimado, fermentando-se nele o sentimento
amante da paz.”

(A Religião paradisíaca e a infernal, 24 de outubro de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E
Construção)

GRAÇAS DIVINAS

“Sinto-me atemorizado só de lembrar o tempo em que vaguei nas trevas,


sem nenhum apoio.”
Quando se fala em Religião, é do conhecimento de todos que os fiéis
oram compenetradamente objetivando transformar este mundo num Paraíso e
acreditando que obterão grandes benefícios espirituais e materiais, paz e
segurança e um lar feliz. Eles crêem que, através disso, melhorarão a
sociedade e a nação. Entretanto, como existe um ponto importante que
ninguém percebeu, vou escrever a respeito: a diferença entre religião
paradisíaca e religião infernal.

As religiões existentes até hoje, falando sem reserva, são quase todas
religiões infernais; pode-se mesmo dizer que não há nenhuma religião
paradisíaca. A nossa Igreja Messiânica é a primeira religião paradisíaca que
surgiu; as religiões de até agora apresentam notáveis diferenças em relação a
ela, de ponta a ponta.

Os fiéis o sabem perfeitamente, mas o fato de que a nossa Igreja cura


sem qualquer dificuldade doenças incuráveis através da tão avançada Medicina
pode ser comprovado nos relatos que sempre enchem todos os números do
nosso jornal. Qualquer pessoa que receba as aulas de aprimoramento durante
alguns dias consegue manifestar essa capacidade de curar doenças. Consegue
curar não só doentes que foram abandonados pelos médicos, mas também a
sua própria doença. É quase inacreditável. Entretanto, como se trata de uma
verdade inegável, a pessoa que duvida deve, em primeiro lugar, senti-la na
prática. Ingressando na nossa Igreja, com o passar do tempo, ela própria e as
pessoas da sua família vão se tornando saudáveis a cada dia que passa; por
fim, em seu lar não há mais nenhum doente e todas as pessoas ficam cheias
de vitalidade. A família torna-se alegre, e tudo transcorre em perfeita harmonia,
vivendo-se uma vida de verdadeira felicidade. Realmente, como a pessoa que
passou tantos anos dependente de médicos e de remédios cortou
completamente essa dependência, sua situação econômica e até mesmo
espiritual melhorou; é impossível, portanto, imaginar a grandiosidade desse
benefício. Esta é sem dúvida uma salvação paradisíaca, e as pessoas que
estão se lamentando num mundo infernal como o de hoje não conseguem
acreditar de maneira alguma. Se isso não for a realização do sonho, do ideal do
homem, o que poderá ser?
O motivo acima é a diferença que existe entre a nossa Igreja e as
numerosas religiões da atualidade. Geralmente, apesar de praticarem
ardorosamente a fé, os fiéis adoecem da mesma forma que as outras pessoas,
e, sem outro recurso, acabam sob os cuidados médicos. Mas não saram com
facilidade, e às vezes acontece de terem um final infeliz. Nesse caso, as
pessoas se conformam, dizendo que era o tempo de vida dessa pessoa. Apesar
de pensarem assim, normalmente falam que se deve ter cuidado para não
pegar gripe, não contrair o vírus da tuberculose ou micróbios de doenças
contagiosas, não se resfriar ao dormir, não comer nem beber demais, etc. Só
falam coisas impertinentes e passam os dias tremendo de medo. Essa é a
situação real. Além disso, o que se pode considerar mais trágico e ao mesmo
tempo cômico é que, mesmo de cama, doente, gemendo durante anos
seguidos, a própria pessoa diz que foi salva por Deus e sente-se feliz. Vemos
muitas criaturas assim, mas do nosso ponto de vista isso é realmente uma
ilusão pessoal. Embora se encontrem nesse estado, elas se conformam que é o
seu destino e sufocam a dor à força, dizendo que estão felizes. Essa
concepção, que não dá absolutamente para se aceitar pelo senso comum, a
pessoa aceita como graça da Fé, o que dá pena. Assim, mesmo que ela esteja
salva espiritualmente, é realmente lamentável o estado dos seus familiares e
dos que estão ao seu redor. Não que a pessoa não tenha consciência disso,
mas, devido ao intenso sofrimento físico, ela não deve ter serenidade para
pensar tais coisas. Resumindo, apesar do espírito estar salvo, o corpo não se
salvará, isto é, uma metade está salva e a outra metade não.
A verdadeira salvação consiste na salvação do espírito e do corpo ao
mesmo tempo, e provavelmente não existe no mundo uma religião com esse
poder. Por esse motivo, pensando em salvar pelo menos a metade, a pessoa
torna-se fiel de uma religião e fica praticamente distante do Paraíso. Isso
realmente não passa de salvação infernal, o que se evidencia claramente no
fato de a maioria das grandes religiões da atualidade estar administrando
hospitais. A sociedade reconhece e aceita isso como um magnífico
empreendimento religioso, o que não faz sentido, pois é uma confissão de que
essa religião não possui nenhum poder para curar doenças. Originariamente, a
Religião teria que ser uma existência metafísica muito superior à Ciência, mas
dessa forma a Religião está abaixo da Ciência. Resumindo, quer dizer que ela
perdeu a vida como Religião. A nossa Igreja, ao contrário, caracteriza-se pelo
resultado, que é a cura da doença. De fato, doentes que de forma alguma são
curados pela Ciência estão sendo curados aos montes. Se não dissermos que
essa é uma religião que possui vida, o que poderá sei?

A nossa Igreja também está incentivando bastante a Arte. Existem


muitas religiões, mas creio que nenhuma dá tanto peso à Arte como a nossa.
Como eu sempre digo, o Paraíso é o Mundo da Arte, ou seja, se a Arte faz parte
do Belo, da trilogia Verdade-Bem-Belo, ela é algo da maior importância. Nem é
preciso dizer que a impressão que se recebe do Belo não pode ser vista
levianamente pelo homem. Isso porque, através do Belo, o pensamento se
alegra e, ao mesmo tempo, imperceptivelmente, o caráter do homem também
se eleva, e fomenta-se o amor à paz. Podemos compreendê-lo muito bem
observando a Grande Natureza. Em primeiro lugar, a beleza das montanhas e
das águas. O Belo que se depreende das paisagens em viagens realizadas nas
quatro estações do ano, lava e purifica as impurezas do cotidiano, devolve o
vigor, alegra a nossa mente e, além disso, enriquece os nossos conhecimentos
históricos. Em qualquer cidade, ou mesmo vila, temos o verde das árvores por
todos os cantos, as cores das flores, o cântico dos pássaros, as borboletas que
voam na primavera, os aspectos diversos dos bandos de insetos no outono. A
Terra está repleta de coisas variadas para deleitar o homem. Ao olhar para o
céu, o brilho do Sol, da Lua, das estrelas, convida o sentimento das pessoas
para o espaço misterioso da eternidade. Se tudo isso não for a manifestação da
profunda Vontade de Deus, o que poderá ser? Mesmo na questão dos
alimentos, os produtos da montanha e do mar são naturais, mas existem muitas
outras coisas para deliciar o paladar do homem. Falando sobre o Belo, quero
particularmente falar sobre a beleza do ser humano. A sua imagem quando
dança, a sua voz afinada quando canta, a beleza equilibrada do esportista, a
beleza da nudez da mulher... As habilidades recebidas de Deus, como a
pintura, escultura, diversos tipos de artesanatos, arquitetura, jardinagem e
outras, essas também, se forem enumeradas, são quase infinitas. Realmente,
neste mundo, a beleza natural e a beleza do homem existem em abundância.
Ao ver todas essas coisas, podemos imaginar onde está a Vontade de Deus, e
nem é preciso dizer que elas são elementos que foram preparados para a
construção do Paraíso Terrestre, no futuro. Se não for isso, o que será?
Nesse sentido, estou construindo, atualmente, o modelo do Paraíso
Terrestre, e esse projeto representa a harmonia de toda a beleza natural e da
beleza artificial. Creio ser uma nova obra de arte, um evento marcante jamais
realizado por alguém até hoje. Através dessa obra, milhares de pessoas
despertarão para a Vontade Divina, a alegria de viver será aprofundada e o
caráter do homem se elevará. Assim, pode-se compreender que a nossa Igreja
é, sem dúvida, uma religião paradisíaca.

Em contrapartida, as religiões até agora sempre se mostraram


desinteressadas em relação a essa concepção de beleza. Ou melhor,
negligenciar o Belo vinha sendo considerado ilusoriamente como uma coisa
natural em Religião. Os fiéis da maioria das religiões, quanto mais fervorosos,
mais simplesmente se vestem e comem, moram em casas humildes e estão
contentes levando uma vida de baixo nível. Desse jeito não é absolutamente
Verdade-Bem-Belo; pode-se dizer que é Verdade-Bem-Feiúra. Quando
entramos no lar de um fiel assim, geralmente são casas úmidas e sombrias, e
temos a sensação de Inferno. Damos a isso o nome de Fé Infernal. Como as
pessoas nos olham com essa mentalidade, não conseguem compreender-nos.
Olhando-nos com os olhos do Inferno, elas acham que a maneira de agir da
nossa Igreja está errada. Na verdade, esse modo de ver é uma superstição da
qual se deve ter medo. Portanto, desejo derrubar essa superstição, despertar
as pessoas, conscientizando-as de que a religião paradisíaca é a verdadeira
religião.

Analisando dessa maneira, vemos como são difíceis as condições do


mundo moderno. Isso porque a superstição científica e a superstição religiosa
se juntam para tornar o mundo infernal. É preciso, então, fazer com que as
pessoas compreendam bem esse ponto obscuro. Para tanto, urge o
aparecimento de uma ultra-religião, isto é, de uma religião paradisíaca. Digo
claramente que essa ultra-religião é a nossa Igreja Messiânica Mundial. Até
hoje o mundo se encontrava na Era da Noite; agora, quando finalmente se
processa a Transição para o Mundo do Dia, a humanidade ficará sabendo que
a Igreja Messiânica Mundial nasceu com a grande missão de construir o
Paraíso.
Jornal Eiko Nº 127 - “Religião celestial e religião infernal” (24/10/51)
(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

(R1/26) A ORIGEM DO BUDISMO

A Criação da Civilização, pág.

Deus Kanzeon-Bossatsu é, originariamente, Deus Izunome-no-Kami.


Há muito tempo venho me referindo com freqüência a esse assunto, mas,
em primeiro lugar, é preciso compreender os fundamentos do que seja Buda.

Fala-se em Buda, mas, na verdade, são duas naturezas diferentes:


Buda desde a origem e deus personificado em Buda.

Buda nasceu há cerca de 2.600 anos, na época de Shakusson. Bem


antes disso, o bramanismo já havia alcançado o auge da prosperidade na
Índia, que, até, então, era denominada Gueshi-koku ( - País do
Senhor da Lua).

No bramanismo, não havia propriamente uma doutrina. Através de


práticas ascéticas, procurava-se a Verdade do Universo. As pinturas e as
esculturas de Rakan (Arhat), que existem até hoje, mostram essas práticas.
Como podemos observar nessas figuras, o praticante subia, por exemplo,
numa árvore e, construindo algo parecido com um ninho de passarinho, ali
permanecia sentado, em silêncio. Torissu, um eminente bonzo Zen daquela
época, também procedia desse modo. Havia, ainda, aqueles que, colocando
uma espécie de torre em miniatura sobre a palma da mão, ficavam com o
braço suspenso e imóvel por vários anos, etc. todos eles ficavam em
posição de Zazen (meditação profunda, na posição sentada com as pernas
cruzadas) de forma estranha e com as palmas das mãos, abertas e juntas à
sua frente na altura do peito. Hoje, as pessoas que vêem essas figuras
acham estranho. Mas existiam práticas ainda mais drásticas, em que a
pessoa praticava o zazen sentada sobre uma tábua cheia de pregos. As
pontas dos pregos perfuravam-lhe as nádegas, causando hemorragia e
dores incalculáveis. Suportar esses sofrimentos era um aprimoramento, o
que, para nós, nos dias de hoje, é algo realmente inconcebível. Mesmo o
Daruma-Daishi (Bodhidharma) praticou o Zazen por longos nove anos,
voltado para a parede. Essa prática, por ter sido uma meditação constante,
foi indubitavelmente extraordinária.

Aqui vou falar um pouco sobre Dharma.

Cerca de 1.200 a 1.300 anos atrás, apareceu, na China, um indivíduo


que também se chamava Dharma, sendo fácil confundir este com o outro da
Índia. O Dharma da China veio ao Japão na época do príncipe Shotoku
(574-622), e até já li um registro confiável, que ele foi recebido pelo príncipe.

Voltando ao assunto, por que os brâmanes empenhavam-se em


praticar a ascese? Naquela época, em busca da Verdade do Universo, eles
disputavam entre si para alcançá-la. Essa busca era feita através da prática
ascética. É como as pessoas da atualidade que, aprimorando-se nos
estudos, procuram obter um diploma de doutor, ou um título honorífico que
lhes confira posição social.

Há uma estória interessante a respeito de Daruma-Daishi.

Quando completou o nono ano de seu aprimoramento em posição


voltada para a parede, certa noite, sem querer, ele olhou para a lua cheia.
Nesse momento, sentiu a luz da lua penetrar profundamente em seu peito e,
de súbito, obteve grande iluminação. Dizem que sua alegria foi algo
indescritível. A partir de então, como se tivesse alcançado o estado de
Suprema Iluminação, começou a dar respostas categóricas, por mais difícil
que fosse a pergunta. Assim, na época, como asceta proeminente, Daruma-
Daishi foi alvo do respeito e adoração de um grande número de pessoas.

Assim como o deus Amaterassu-Oomikami do Japão, na Índia,


naquela época, o deus Daijizai-ten-shin era o centro de veneração. Além
deste, havia Daikoomoku-ten, Teishaku-ten e vários outros. A maioria está
relacionada na mandala da seita Nitiren, portanto, é só consultá-la. Enfim,
não há erro em dizer que o bramanismo predominava na sociedade indiana.

No entanto, quem surgiu inesperadamente naquele tempo foi Shaka-


Muni-Nyorai. Explicarei os detalhes posteriormente. O príncipe herdeiro
Shitta, após realizar o aprimoramento, tornou-se um grande iluminado e
deixou a montanha onde fez o seu aprimoramento. Ele tomou consciência
da verdade dos Mundos Espiritual e Material e, com ardente e profundo
sentimento de misericórdia, fez o voto de salvar tudo e a todos. Para tal,
inicialmente, apresentou ao mundo o método de obter a iluminação através
da leitura dos Sutras.

Dessa forma, é lógico que tenha havido uma grande repercussão na


sociedade daquela época. E foi com razão que o povo ficou contente, pois,
até então, a prática ascética brâmane era considerada única. Por ser a
leitura do sutra um aprimoramento fácil de se realizar e que substituía a
ascese, o podo idolatrou a virtude de Shaku-sson. A cada dia, a cada mês,
aumentava o número de pessoas que se convertiam ao budismo. É
compreensível, portanto, que Shaku-sson, como salvador da Índia, tenha se
tornado alvo de adoração do povo. Como resultado disso, a Índia, na sua
totalidade, veio a ser a terra do budismo. Essa é a origem do budismo. A
partir de então, a influência do esplendoroso bramanismo foi,
gradativamente, decaindo e estagnando. Mesmo assim, ele não se extinguiu
totalmente. Ainda hoje, uma parte continua ativa, e ouvi dizer que os seus
ascetas têm manifestado consideráveis milagres.

Entre os estudiosos da Inglaterra, houve aqueles que foram à Índia


especialmente para pesquisar o bramanismo. Parece que havia
pesquisadores realmente entusiasmados. Isso foi constatado há alguns anos
atrás, quanto tive oportunidade de ler os seus registros nos anais. Ainda me
recordo, constavam prodigioso milagres.

Revista Tijyo Tengoku nº 29, 25 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)
(R1/27) DEUS IZUNOMÊ-NO-KAMI

A Criação da Civilização, pág.

Já me referi ao deus Daijizai-Ten (Mahésvara), que era o deus


reinante durante o apogeu do bramanismo. Como disse anteriormente, em
tempos remotos, os deuses do Japão foram para a Índia e se personificaram
em budas. O chefe desses budas personificados era o Deus Izunome-no-
kami, que, naquele tempo, ocupava a mais alta posição no Japão.

Nessa época, porém, vieram os deuses da Coréia, chefiados por


Sussanoo-no-mikoto, que, por sua vez, objetivava apossar-se da posição de
Izunome-no-Kami. Sua demora em realizar esse intento fez com que
aqueles deuses começassem a intimidar e a pressionar Izunome-no-kami.
Este, percebendo o risco de vida que corria, abandonou, apressadamente,
Seu trono, e, disfarçando-Se, conseguiu escapar secretamente do Japão e
fugiu para a Índia, via China. Na ocasião, usando o nome Kanjizai-Bossatsu,
decidiu instalar-Se no topo de uma montanha não muito alta, denominada
Hodaraka, situada no litoral sul da Índia, construindo aí um novo e cristalino
pavilhão. Sobre esse fato, consta no Sutra Higue-kyoo o seguinte: “Kanjizai-
Bossatsu instalou-Se no topo da Montanha Hodaraka e, sentando-Se sobre
as ervas macias desse local e acompanhado de vinte e oito discípulos,
iniciou a Sua pregação...”

O jovem Shaku-sson que, na época, ainda era chamado de Zenzai-


Dooji, emocionou-se ao ouvir aquele sermão magnífico, e com isso mudou
sua maneira de pensar. Renunciou à posição de príncipe herdeiro e tomou a
importante decisão de afastar-se do mundo profano que, naquela época,
estava na mais completa desordem. Imediatamente penetrou no interior da
montanha Dantoku-zan e sentou-se sobre uma pedra, debaixo de uma
figueira. Assim, com firme decisão, entrou na compenetrada concentração
para, devotadamente, alcançar a Suprema Iluminação (anuttara-samyak-
sambhodi). Há várias versões sobre a duração desse aprimoramento
espiritual, mas foi-me revelado que foram sete anos. Ao término deste
período, deixou a montanha e empenhou-se, como Shaka-Muni-Nyorai, na
divulgação do budismo. Portanto, não resta dúvida de que o verdadeiro
fundador do budismo foi Izunome-no-Kami, do Japão.

Como mais uma prova de que o budismo originou-se do Japão, há um


ponto que não se pode passar despercebido. Trata-se da expressão Honti
Suijaku, usada freqüentemente no budismo. De acordo com a minha análise,
Honti significa país originário, ou seja, o Japão, e suijaku, naturalmente,
significa pregar Ensinamentos. Existia, portanto, uma intenção oculta de que,
no final, os ensinamentos do budismo deveriam ser difundidos em todo o
Japão, terra natal de Izunome-no-Kami, onde eles floresceram e frutificaram.

Outra evidência é a própria imagem de Kanzeon. Sua peculiaridade


são os cabelos lisos, negros e brilhantes, que é uma característica dos
japoneses. Já os de Buda e de Amida diferem totalmente: são enrolados e
de cor avermelhada. Está evidente, portanto, que ambos Nyorai são hindus.
(N.T.: Kannon, Kanzeon são abreviações de Kanzeon-Bossatsu; Kanjizai-
Bossatsu é o nome antes de Kanzeon-Bossatsu).

Também a coroa, o colar, etc., de Kanzeon evidenciam a Sua origem


nobre. A cabeça encoberta por capuz mostra que Sua verdadeira identidade
está oculta.

Entre os discípulos de Shaku-sson, havia um que se destacava,


chamado Hoozoo-Bossatsu. Ele se separou temporariamente de Shaku-
sson e foi aprimorar-se em outro lugar. Após concluir o aprimoramento,
procurou Shaku-sson e disse: “Desta vez, escolhi um local a oeste da Índia,
onde, como Solo Sagrado, erigi o santuário Guion Shoja e denominei-o
Gokuraku-Joodo (Paraíso Purificado). O objetivo é que, doravante, o mestre
envie-me as pessoas que obtiveram qualificação de buda através dos
vossos ensinamentos. Farei com que elas vivam no citado Paraíso
Purificado, que denominei, também, Jakko-joodo (Paraíso de Luz Serena),
onde, pelo resto de suas vidas, poderão viver na situação de êxtase.”

Ele afirmou, assim o seu compromisso.


Jakkoo significa luz serena; logicamente, trata-se da luz da lua.
Quando Hoozoo-Bossatsu partiu para o outro mundo, recebeu o nome
búdico de Amida-Nyorai e, no Mundo Espiritual, realizou a salvação de todas
as criaturas. Isso quer dizer que o Mundo Material será salvo por Shaku-
sson, e o Mundo Espiritual, por Amida. No final, Kanjizai-Bossatsu mudou
Seu nome para Kanzeon-Bossatsu. Em sânscrito, é Avalokitesvara, mas
dizem que, posteriormente, na China, o sábio Kumarajyuu fez a tradução
desse nome para Kanzeon. Como o nome “Kanzeon” encerra um profundo
mistério, vou explicá-lo a seguir.

Tijyo Tengoku nº 29, 25 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

(J1/24) A MEDICINA ATUAL

Falando francamente, a Medicina atual não cura as doenças, embora


acredite curá-las. Ou melhor, ela não é nada mais do que uma Medicina que
faz as pessoas acreditarem que ela cura. É verdade que, usando o corpo
humano como material de pesquisa, esse tipo de Medicina vem se
esforçando para descobrir uma Medicina que realmente cura doenças. Mas
a realidade é que as coisas não correm conforme o desejado. Como não há
outra saída, os médicos agarram-se a esse procedimento com unhas e
dentes, acreditando ser este o único método, imaginando que, um dia,
poderão desenvolver uma Medicina que realmente cura. Assim, em todo o
mundo, milhares de especialistas estão realizando pesquisas em
laboratórios, utilizando desde cobaias até seres humanos como material de
pesquisa.

Desta forma, quando se trata de uma doença um pouco mais séria, os


médicos querem indiscriminadamente internar o paciente. E quando
indagados: “Se for internado, o doente irá se curar?”, respondem que nada
podem assegurar e que “no estado em que o paciente se encontra, não há
nada a fazer, além da internação”. Mas, ao analisarmos essa afirmação, é
evidente que, caso não haja cura, o objetivo é tão somente utilizar o paciente
como material de pesquisa. No final, além de pagar uma quantia altíssima
pela internação, a pessoa que confiou sua vida aos médicos com todo
desprendimento é um mero material de pesquisa. É, sem dúvida, um ato
meritório.

Relatarei um fato que ilustra muito bem o caso acima. No dia 14 de


agosto de 1945, dia anterior ao término da Segunda Guerra Mundial, o
imperador do Japão chamou o Sr. Anami, Ministro do Exército, e perguntou-
lhe:

— Você acha que nós vamos ganhar esta guerra?

— Não, não temos chance de ganhar.

— Se é uma guerra sem chance de ganhar, não é melhor


desistirmos?

— Não, não podemos desistir.

O imperador ficou boquiaberto e disse: “Está bem, pode retirar-se.”

Como todos sabem, no dia seguinte, aconteceu aquele fato 26 e o


referido ministro se suicidou naquela madrugada. Podemos imaginar que,
obviamente, a causa seja o motivo já citado. O diálogo a que me referi
assemelha-se à afirmação dos médicos no momento da internação. A única
diferença é o fato da grande maioria das pessoas se limitar a ouvir a ordem
do médico para internar, apesar de ele não garantir a cura, achando isso
muito estranho. Acredito que isso se deva à resignação. Em casos mais
extremos, mesmo que o médico diga que não tem certeza da cura da
doença com a cirurgia, o paciente pede sua realização. Assim, ele se interna
e se submete à força a uma operação sem necessidade. Naturalmente, isso
é inútil, pois, mesmo nos casos garantidos pelos médicos, na maioria das
vezes, não ocorre a cura. Além disso, para submeter o paciente à cirurgia, o
26
N.T.- A eclosão da bomba atômica
médico o faz assinar um termo de responsabilidade para evitar qualquer
imprevisto. Isso tudo é muito perigoso, uma vez que se trata de um jogo
arriscado: ou tudo ou nada. Como pudemos ver, antes de se submeter a
uma cirurgia, a pessoa deve pensar muito bem no que vai fazer.

Acredito que, pelo exposto, puderam compreender que a Medicina


atual ainda não se desenvolveu a ponto de podermos confiar nela. Porém,
como sempre tenho dito, no caso do nosso tratamento, não existe nenhum
risco, pois, entre dez casos, seguramente, oito ou nove alcançam a cura. Por
esse motivo, apresentei os fatos francamente. Todavia, as pessoas que não
conhecem a realidade da nossa Medicina Religiosa nos desprezam,
rotulando-nos de supersticiosos e fraudulentos, e sacrificam em vão suas
vidas tão preciosas. Realmente, não sei o que dizer, uma vez que é grande o
número de pessoas que agem assim.

Jornal Eiko nº 128, 31 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(J2/186) A MEDICINA SUPERSTICIOSA

Ao mesmo tempo que, pela primeira vez, somos nós quem podemos
afirmar quão magnífica supersticiosa é a Medicina atual, gostaria de bradar
alto que isto é um grande problema que não podemos esperar mais nem um
dia sequer. Mas a realidade é que está piorando cada vez mais, e essa
diferença absoluta pode ser observada na comparação entre a Medicina
materialista e a nossa Medicina religiosa, cuja diferença é muito maior a que
existe entre a lua e o cágado. Mesmo assim, a Medicina acha que ela é que
é a autêntica e que nós somos supersticiosos; por isso, acho que certamente
não existe uma conversa tão controvertida como essa. Não posso deixar de
dizer: “Coitado, o seu nome são as pessoas cultas da atualidade!” O
exemplo a seguir (Experiência de fé “Diário sobre o Johrei”, omitida nesta
edição), ilustra bem isso; por isso, acrescentei o presente artigo.

Jornal Eiko nº 128, 31 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

(R1/56) O ATRATIVO DA NOSSA IGREJA

Conforme diz o título, a nossa Igreja possui um atrativo que não é


visto em nenhuma outra religião e vou agora escrever sobre isso. O ponto
principal é a parte econômica. Normalmente, quando se fala em religião,
desde tempos antigos, o dinheiro para manter e administrar a seita ou a
entidade vem, naturalmente, da doação de todos os membros, e também,
conforme os Santuários e Templos, dependem do ofertório dos participantes.
Por esse motivo, principalmente nas religiões novas, onde as administrações
são ativas, necessitam de bastante dinheiro, a começar do edifício e outras
coisas, por isso acaba mesmo tendo que fazer um esforço para terminar.
Conforme a religião, um membro um pouco mais fervoroso se vê sempre às
voltas com contribuições e donativos, ficando pobre a cada dia que passa, e
tratando-se de membros antigos, vemos alguns que acabam ficando como
restos de cigarros, e parece que essas são as causas de tomarem
precaução e manterem distância das novas religiões. E isso também é como
sempre digo, pode ser salvo espiritualmente, mas fisicamente não está
salvo.

Entretanto, como o princípio da nossa Igreja é construir um mundo


completamente isento de doença, pobreza e conflito, ela soluciona o
problema da saúde e, ao mesmo tempo, precisa solucionar também o
problema da pobreza; mesmo nesse ponto, Deus nos concede grandes
graças. Tornando-se membro da nossa Igreja, antes de mais nada, a pessoa
que sofria com a pobreza no início, aos poucos, vai melhorando e, após um
ou dois anos, a preocupação com o dinheiro desaparece completamente.
Sem dúvida que para isso existe um fundamento maravilhoso. Isso porque,
ao se tornar membro da nossa Igreja, a partir desse dia recebe-se a força de
curar a doença das pessoas; portanto, qualquer pessoa, depois de passados
alguns meses de seu ingresso na fé, consegue curar e restabelecer
completamente o doente que foi abandonado pelo médico e até mesmo o
enfermo que recebeu o aviso de morte.
Dessa forma, não se consegue ficar sossegado se não fizer gratidão
por ter recebido um grande benefício; então esse tipo de rendimento
aumenta gradativamente e é grande o número de pessoas que, no final, o
dinheiro sobre mesmo subtraindo as despesas, então para agradecer a
Deus faz donativos para a Sede da Igreja. Portanto, na nossa Igreja são
realizados empreendimentos de grande porte, que as outras religiões não
conseguem imitar de forma alguma, o que chama a atenção do povo.

Como resultado disso, estão sempre publicando em jornais e revistas


que a Igreja Messiânica possui rendimentos extraordinários, que possui essa
e aquela fortuna, mostrando números absurdos, mas por motivos ditos
anteriormente, podemos dizer que não tem jeito se nos olham dessa
maneira.

Mais uma coisa. Outro atrativo que não é visto de forma alguma em
outras religiões é que, ao se tornar membro da nossa Igreja, acaba-se a
preocupação com a doença. Além disso, não apenas a própria pessoa como
também as pessoas da família, ao pegarem uma doença, são curadas sem
dificuldades com o Johrei, por isso não necessitam de médicos nem
remédios, e ao mesmo tempo, como não tem pessoas que ficam acamadas
por longo tempo, o benefício que se estende à parte econômica e parte
espiritual é grandioso. Quase não haverá pessoas que descansem por
doenças; por isso, mesmo do ponto de vista da eficiência, o benefício é
incalculável. Creio que, apesar do mundo ser imenso, uma religião e uma
entidade assim jamais existiu. E ainda tem mais. Não existem pessoas que
cometam desonestidades. Por causa disso, para os assuntos de
contabilidade, não há necessidade de livro de contas e recibos, só é preciso
preparar o livro de contas para os assuntos relacionados aos impostos.
Dessa forma, não tem nada complicado, e por isso não dá trabalho; tem-se
uma sensação gostosa, e essa graça quase se é impossível expressar pela
escrita ou por meio de palavras. E tudo é realizado pelos fiéis; com
sentimento sincero eles tomam cuidado para não desperdiçar e não fazer
coisas que deêm prejuízo, e por isso tudo transcorre simples e
harmoniosamente. Até mesmo o trabalho de construção em madeira, mais
da metade são dedicantes, e cada um traz a sua refeição e sem cobrar taxa
se esforça com sinceridade e fervor, por isso é impressionante como
aumenta a eficiência, consegue-se fazer bem feito e com rapidez. Se bem
que os trabalhadores contratados no início, sem saber quando, acabam se
tornando fiéis da Igreja; então, pode-se dizer que hoje são todos fiéis. As
pessoas que olham ficam maravilhadas com a rapidez do andamento da
construção da nossa Igreja e com o esplendor do acabamento. Por este
motivo, não há nenhuma necessidade de supervisor de trabalho como se vê
normalmente na sociedade. De vez em quando, dou ordens por alguns
instantes e, na maioria das vezes, é livre, mas mesmo,assim não dá para
contar aqueles que são preguiçosos e aqueles que faltam.

Se bem que esse tipo de coisa também existe em outras religiões,


mas como escrevi anteriormente, o atrativo exclusivo da nossa Igreja, que é
o considerável rendimento que entra com as atividades religiosas praticadas
pelos membros, a probabilidade mínima de pegar uma doença; e como não
tem pessoas desonestas, pode-se confiar tranqüilamente. Sendo assim,
poderão compreender perfeitamente ao ver o progresso alcançado sem
nenhum exemplo igual até hoje.

O que sempre penso relacionado a isso é que hoje, em todas as


classes sociais, a partícula do Mal é numerosa. Portanto, se os funcionários
públicos, os funcionários de empresas, a classe trabalhadora e todos os
outros empregados se tornarem fiéis da Igreja Messiânica, como será? Na
verdade, aumentará o poder de eficiência tão maravilhoso que é impossível
imaginarmos, a felicidade será conquistada e, provavelmente, podemos
selar sem erro algum que o Japão se tornará a nação exemplo do mundo.

Jornal Eiko nº 128, 31 de outubro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 1)

O QUE SIGNIFICA “ENTREGAR-SE A DEUS”


Entregar-se a Deus não significa ficarmos obsessivamente ligados à
idéia de que, se colocarmos tudo nas mãos de Deus, podemos ficar
despreocupados, sem fazer a nossa parte, achando que Ele vai solucionar
todos os nossos problemas; nem, por outro lado, devemos estar cegamente
presos à convicção de que o ser humano tem poder e capacidade para resolver
todas as coisas. Se procedermos assim, com certeza, malograremos. O
“Entregar-se a Deus” quer dizer agir com sabedoria e prudência, estabelecendo
um processo harmonioso de equilíbrio entre aquilo de que necessitamos e a
vontade de Deus. É, pois, uma atitude semelhante à ação do Izunome: ao
mesmo tempo, vertical e horizontal, sem tender nem para um lado, nem para
outro.

Este é um assunto muito delicado, difícil de ser traduzido em palavras.


No Budismo é tratado como Myochi, ou seja, uma sabedoria extremamente
sutil.

1º de novembro de 1951
(tradução em: Ensinamentos Kototama)

Não se deve deixar exclusivamente nas mãos de Deus

Meishu Sama: É bom entregar as coisas nas mãos de Deus, mas não
exclusivamente. Se pensarmos que determinadas coisas são Vontade de Deus,
e se nos detivermos apenas nisso, acabaremos falhando. Aí, torna-se
necessária a Inteligência Superior. Conseqüentemente, não devemos ficar
presos a um só fato, e tampouco à força humana. Devemos, sim, obter a
harmonia geral em todas as coisas. Isso é uma das funções do Izunomê, que
não é vertical nem horizontal, é vertical e horizontal; é uma coisa difícil de
explicar. É o que no budismo se denomina Inteligência Sagrada.

Gossuiji-roku Nº 4 (01/11/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)
PERGUNTA: Faço o melhor que posso para explicar às pessoas sobre a
Igreja, mas a maioria demora a ingressar. Será por motivo de faltar permissão
de Deus?

MEISHU SAMA: Sim. É condenável forçar as pessoas a ingressarem na


nossa Igreja sem que elas a entendam bem. É melhor deixá-las de lado. Aptas
a ingressar são aquelas que entendem sem maiores dificuldades.

1º de novembro de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 02)

C.2) Interlocutor: Mesmo explicando sobre vários pontos referentes ao


Caminho, a pessoa não entra logo. Será que isso acontece porque não tem a
permissão de Deus?

Meishu Sama: Sim. Desejar que uma pessoa que não entende ingresse
na Fé, é péssimo. É melhor deixá-la à vontade. O aconselhável é que a pessoa
compreenda, e tudo correrá favoravelmente.

Gossuiji-roku N0 4 (01/11/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

BCG pode causar purificação da tuberculose

Quando alguém toma BCG, julgando estar contaminado pelo vírus da


tuberculose, normalmente impede que o mal se desenvolva.

Em outras palavras, significa que houve uma solidificação da


enfermidade na fase inicial.
Um ou dois anos mais tarde, porém, é quase certo que o mal voltará a
se manifestar.

1º de novembro de 1951
(tradução em: Johrei – Arte da Vida)

Purificando o espírito, os sofrimentos causados pela miséria e conflito


desaparecerão

— Penso que, com o Johrei, não só é possível curar-se das doenças,


mas também que, à medida em que o espírito vai purificando, desaparecem
a miséria e o conflito, isso é correto?

— Sim, é correto.

— Durante o Johrei não devemos trabalhar com a nossa consciência,


mas com a vontade de curar a pessoa. No caso da miséria, devemos ter o
Soonen de eliminá-la?

— Isso é bom. Esse tipo de apego é positivo. Contudo, curando-se a


doença, a miséria e o conflito também desaparecem. A pobreza também é
sofrimento, não? Como as máculas, que devem ser purificadas, são
eliminadas, acabam-se os sofrimentos, tanto da miséria como do conflito.
Deve-se fazer uma interpretação ampla.

O fundamental é o Johrei, que purifica o espírito. Purificando o


espírito, desaparece a miséria. Por esse motivo, sempre digo que não
acontece só com os homens em particular, mas há a doença da nação e do
mundo.
O Japão está doente, está pobre. O mundo também está doente. O
sofrimento provocado pelo comunismo é semelhante ao da tuberculose.

"Registro de Orientações" — 1° de novembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)
B) Meishu Sama: Até para o ser humano desenvolver um trabalho,
existe um ponto vital. Por isso, ele deve tornar-se rápido para descobrir esse
ponto. Por exemplo: para cortar esta mesa, basta encontrar o ponto vital. É
suficiente que se torne rápido em descobri-lo, sabe? Polir a alma significa isso,
o que será de grande benefício para o rendimento do trabalho. No caso de um
doente, o essencial é localizar o seu ponto vital, bastando ministrar Johrei só
nesse lugar. Todavia, na maioria das vezes, ministra-se fora do ponto; por isso,
levam-se vários dias.

Gossuiji-roku Nº 4 (05/11/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

“Sinto-me imensamente feliz, pois estou no caminho do Paraíso. Meu


passado, que parecia um inferno, desvaneceu-se como um pesadelo.”

Se salvarmos um grande número de pessoas e formos úteis a Deus,


nossas máculas irão sendo eliminadas, e por fim não mais seremos submetidos
a purificações. As diversas calamidades, os sofrimentos, irão acabando. Assim,
começaremos a sentir paz e segurança e acabaremos por nos entregar a Deus.
Não é fácil obter repentinamente a paz e a segurança. É preciso que a pessoa
se purifique o suficiente. Entretanto, se ela conseguir entender, acreditar
verdadeiramente e, aconteça o que acontecer, não se abalar o mínimo que
seja, significa que já adquiriu paz e segurança. Mesmo que esteja sofrendo um
pouco, acreditará que isso é purificação e que, dessa forma, suas toxinas irão
diminuir.
As pessoas que ingressam na Igreja Messiânica Mundial geralmente têm
obtido paz e segurança. Como a purificação está muito forte, alguns fiéis
vacilam, pensando: “Por que isso está acontecendo comigo?” Mas o sofrimento
é algo inevitável para o homem. Se a pessoa entender as suas causas,
conseguirá ultrapassá-lo facilmente. No meu caso, por exemplo, quando fui
maltratado pela polícia, no ano passado, cheguei a pensar: “Na realidade, Deus
não precisava chegar a tal ponto”. Por outro lado, também pensei: “Como eu
tenho uma missão muito importante, é natural que eu sofra mais que as
pessoas comuns.”
Registro de Orientações Vol. 4 (05/11/51)
(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

6.20. Paz e segurança

Meishu Sama: Salvando grande número de pessoas e sendo úteis a


Deus, as máculas que possuímos vão sendo eliminadas. Acabando, não mais
seremos submetidos a purificações. As diversas calamidades, os sofrimentos,
vão chegando ao seu fim. Assim sendo, pela primeira vez, conseguiremos obter
a paz e a segurança e nos entregaremos a Deus. É difícil obter repentinamente
a paz e a segurança. É preciso que a pessoa se purifique o suficiente.
Entretanto, se a pessoa conseguir entender e acreditar verdadeiramente até
esse ponto, e se ela, aconteça o que acontecer, não se abalar o mínimo que
seja, significa que ela já adquiriu a paz e a segurança. Mesmo que esteja
sofrendo um pouco, ela acreditará que isso é purificação e que, com isso, as
toxinas irão diminuir. Por isso, quem ingressa na Igreja Messiânica Mundial, de
um modo geral, tem obtido paz e segurança. Só que, como a purificação está
muito forte, existem, entre os fiéis, aqueles que vacilam, pensando “Por que
isso está acontecendo comigo?", mas isso é algo inevitável para o homem. Se
entenderem o seu fundamento, conseguirão ultrapassar facilmente esse
sofrimento. Por isso, no meu caso, por exemplo, quando fui maltratado pela
polícia, no ano passado, cheguei a pensar: "Na realidade, Deus não precisava
chegar a tal ponto." Mas, por outro lado, também pensei: "Como tenho uma
missão muito importante, é natural que sofra mais que as pessoas comuns."

Gossuiji-roku Nº 4 (05/11/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

E) Paz e segurança

Meishu Sama: Salvando grande número de pessoas e sendo úteis a


Deus, as máculas que possuímos vão sendo eliminadas. Acabando, não mais
seremos submetidos a purificações. As diversas calamidades e os sofrimentos
vão chegando ao seu fim. Assim sendo, pela primeira vez, conseguiremos obter
a paz e a segurança e nos entregaremos a Deus. É difícil obter repentinamente
a paz e a segurança. É preciso que a pessoa se purifique o suficiente.
Entretanto, se a pessoa conseguir entender e acreditar verdadeiramente até
esse ponto, e se ela, aconteça o que acontecer, não se abalar o mínimo que
seja, significa que ela já adquiriu a paz e a segurança. Mesmo que esteja
sofrendo um pouco, ela acreditará que isso é purificação e que, com isso, as
toxinas irão diminuir. Por isso, quem ingressa na Igreja Messiânica Mundial, de
um modo geral, tem obtido paz e segurança. Só que, como a purificação está
muito forte, existem, entre os fiéis, aqueles que vacilam, pensando: "Por que
isso está acontecendo comigo?", mas isso é algo inevitável para o homem. Se
entenderem o seu fundamento, conseguirão ultrapassar facilmente esse
sofrimento. Por isso, no meu caso, por exemplo, quando fui maltratado pela
policia, no ano passado, cheguei a pensar: "Na realidade, Deus não precisava
chegar a tal ponto." Mas, por outro lado, também pensei: "Como tenho uma
missão muito importante, é natural que sofra mais que as pessoas comuns."

Gossuiji-roku Nº 4 (05/11/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

MEISHU SAMA: Eu também, desde que nasci, não fui sempre o que sou
agora. Era, isto sim, um ateu convicto. Pensava comigo mesmo em me tornar
simpatizante do comunismo ou ajudá-lo quando ficasse rico. Portanto, sentia-
me irritado ao ver pessoas que acreditavam em Deus. Pensava: "Quão tolas
são aquelas pessoas". Entretanto, mesmo me encontrando nesse estado de
espírito, nada fazia de maldade. Gostava de realizar boas ações, somente por
achar que essa era a atitude correta. Mas, sobre Deus, achava que Ele não
existia. Portanto, quando as pessoas que se opõem a Deus se despertam,
tornam-se eficientes instrumentos Seus. Fortes opositores podem tornar-se
profundos fervorosos. Os mais problemáticos são aqueles que não se importam
com nada. Os que são contra expressam essa sua posição porque têm sua
própria convicção. Porque têm uma vontade firme "de opor-se contra o seu
adversário que está errado". Portanto, basta que essas pessoas tenham uma
reviravolta total.

Pessoas que nem aprovam e nem se opõem é que dão mais trabalho.
São elas que, quando lhes incentivamos professar a fé, apenas nos dizem: "De
fato ter fé é muito bom".

PERGUNTA: São aquelas que aceitam tudo com obediência ...

MEISHU SAMA: Sim, também é verdade. As pessoas que somaram


experiências na vida é que são assim. Elas pensam assim: "Não é possível que
exista uma Religião tão maravilhosa assim e, portanto, deve ser, logicamente,
de nível tal que somente as pessoas melhores a adotam.”

05 de novembro de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 02)

A) Quando as pessoas contrárias à Fé passam a compreendê-la, tornam-


se úteis

Meishu Sama: Eu também, desde que nasci, não era como sou agora.
Era ateu convicto. Como simpatizante do comunismo, pensava em ajudar esse
movimento quando conseguisse ganhar muito dinheiro. Por isso, ficava irritado
com as pessoas que tinham fé em Deus - pensava que elas eram tolas.
Entretanto, eu não fazia maldade; queria praticar boas ações, mas achava que
Deus não existia.

Assim, as pessoas que são contra, quando compreendem a fé, tornam-


se úteis. Aquelas que se opõem fortemente, ao se converterem, compreendem
com maior firmeza. Aquelas que dizem que tanto faz, são as que nos dão maior
trabalho.

Quem se diz contra a religião, procede assim, porque possui-se uma


sólida convicção neste sentido. Ela tem a firme vontade de ir contra a pessoa
que acha que está errada. Basta que isso sofra uma reviravolta. Aquelas que
não são contra nem a favor, que não têm uma posição, são as que dão maior
trabalho. Justamente essas pessoas, quando falamos para ingressarem na Fé,
respondem que ela é algo muito bom, que é excelente.

Interlocutor: Há pessoas que dizem que tudo deve ser aceito


docilmente.

Meishu Sama: Realmente. Em suma, as pessoas que têm somado


experiências na vida, são assim. E, além disso, pensam que é impossível existir
uma fé tão esplêndida e que isso é algo que só as pessoas fracas abraçam.

Gossuiji-roku Nº 4 (05/11/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

A) A fé deve brotar espontaneamente

A.1) Interlocutor: Confiar em Deus significa entregar-se em Suas mãos;


mas há quem force a situação para conseguir confiar n'Ele, uma vez que a
pessoa não alcançou esse nível

Meishu Sama: Não se deve fazer isso. Se a pessoa acredita ou não, o


correto é dizer-lhe para fazer como bem entende. Não é preciso que acreditem
em nós.

Interlocutor: É algo que deve brotar...

Meishu Sama: Isso mesmo. Se tiver a intensa vontade de acreditar, a


pessoa acredita, e assim está bem. Pedir o favor de acreditar...

Outro dia, me disseram que o meu modo de agir é um tanto leviano, que
deveria mostrar-me um pouco mais imponente, pois assim as pessoas
sentiriam maior gratidão. Então, disse-lhes que se não lhes agradasse o meu
modo de agir, que fizessem como bem entendessem. Eu faço as coisas
pensando no melhor, por isso, se acharem que assim está bom, então,
acreditem. Há pessoas que realmente acham que é bom e acreditam.

Se forçamos a crer, a pessoa regride espiritualmente. Mesmo assim, não


devemos nos vangloriar demasiadamente.

O que é cinco, devemos tornar realmente cinco, e o que é seis, devemos


tornar seis. Não se deve proceder de maneira muito modesta e nem vangloriar-
se com exagero. Deve-se agir de acordo com cada pessoa.

Gossuiji-roku N0 4 (05/11/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

10 - BCG não consegue solidificar

Estou pensando seriamente em publicar, no Jornal Eiko (jornal da


Igreja Messiânica, na época), um artigo sobre a ineficácia do BCG e mandá-
lo ao ministro da saúde.

De fato, o BCG não consegue mais solidificar a purificação da


tuberculose.

Esse processo está ocorrendo devido à intensificação da Luz do


Mundo Espiritual.

Como conseqüência, os remédios, que não manifestavam nenhum


efeito colateral, começam a evidenciar uma toxidez cada vez maior.

Por isso, mesmo que as autoridades não queiram, é preciso mostrar à


população o grande risco que está ocorrendo com a ingestão de remédios.

Quando a situação se tornar mais evidente, meu alerta a respeito


desse assunto será facilmente entendido por todos.
5 de novembro de 1951
(tradução em: Johrei – Arte da Vida)

PARA EXERCER EFICIENTEMENTE QUALQUER TRABALHO, É


PRECISO, PRIMEIRO, DESCOBRIR O PONTO FOCAL

Sempre que tiverem alguma atividade a executar, vocês precisam, antes


de tudo, polir o Tieshokaku para que encontrem com facilidade o ponto focal
daquilo a cuja realização se propõem. Por exemplo, se vocês vão cortar uma
mesa, têm que, primeiro, saber onde fazê-lo, a fim de realizarem essa tarefa
uma só vez e rapidamente. Agindo assim, tornar-se-ão eficientes e ágeis e,
conseqüentemente, estarão polindo a alma.

Mesmo em se tratando de doentes, é muito importante procederem


desse modo, pois, uma vez encontrado o ponto focal da doença, basta ministrar
Johrei somente nesse local, e a cura se processa mais rapidamente. Então,
lembrem-se de que, muitas vezes, a demora na recuperação de um enfermo
deve-se ao desconhecimento dessa maneira de trabalhar.

05 de novembro de 1951
(tradução em: Ensinamentos Kototama)

“É preciso ter fé Daijo”

Existem pessoas que progridem muito e as que não progridem. As


pessoas que progridem muito estão bem ajustadas a Deus. E as que não
progridem, não estão ajustadas. É preciso pensar desta maneira e procurar
melhorar.

Neste último caso, algumas vezes, trata-se de pessoa que possui fé


shojo. Freqüentemente, a causa do não progresso está neste fato. Por isso,
sem dúvida, tem que se ter fé daijo.
As pessoas retraídas não progridem e as generosas, progridem. Não
concordam comigo? As pessoas generosas possuem um espírito grandioso
ou uma alma grandiosa e, conseqüentemente, a Difusão dessa pessoa
progredirá. Se a pessoa possui uma alma pequena, por viver desalentada, a
sua Difusão também se reduz. Por isso, a nossa entidade pode nutrir um
sentimento grandioso de qualquer porte. O nosso propósito é salvar o
mundo todo e não são palavras vãs, temos apresentado resultados reais.

"Registro de Orientações" — 5 de novembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

Salvar o maior número de pessoas e ser útil a Deus

Quando a pessoa é útil a Deus, salvando o maior número de pessoas,


os pecados que ela possui vão desaparecendo, tornando-se desnecessárias
novas purificações. Todos os tipos de infortúnios e sofrimentos
desaparecerão. Com isso, finalmente, consegue a tranqüilidade espiritual.
Basta entregar nas mãos de Deus. Porém, é difícil conseguir, de repente,
essa tranqüilidade, pois é necessário que a pessoa se purifique a ponto de
merecê-la. Mas, se tem a verdadeira compreensão e acredita realmente,
significa que já possui tranqüilidade espiritual. A pessoa não se abala diante
de qualquer coisa que venha a acontecer e, mesmo sentido-se mal,
compreende que se trata de purificação e que, através disso, as toxinas vão
diminuindo.

Portanto, quem ingressa na Kyussei Kyo, em geral, tem conseguido


tranqüilidade espiritual. Entretanto, às vezes, por serem as purificações
muito rigorosas, existem pessoas que ficam confusas e, também, as que
pensam: "Por que comigo acontecem essas coisas?". Mas, em se tratando
de seres humanos, tais hesitações são inevitáveis. Conhecendo o
fundamento da purificação, poderão atravessar os sofrimentos com
facilidade.
"Registro de Orientações" — 5 de novembro de 1951
(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

(J1/8) A REVOLUÇÃO DA MEDICINA

Nem é preciso dizer que estou me empenhando dia e noite, com toda
a minha força, na execução da grande obra de salvação da humanidade,
que me foi ordenada por Deus. Originariamente, a base da salvação da
humanidade é tornar toda a humanidade em seres saudáveis, espiritual e
materialmente. Se formos bem sucedidos nisso, é óbvio que será
concretizado o mundo isento de doença, pobreza e conflito proposto por
mim. Como sempre digo, a causa da pobreza também é a doença. Os
conflitos individuais e a guerra entre os países, sem exceção, têm como
causa a doença de cada indivíduo. Porém, mesmo que se trate
simplesmente da doença, existe a física e a espiritual. A causa da guerra
também, obviamente, reside na doença espiritual.

Se com a eliminação da doença da humanidade for possível construir


um mundo isento de doenças, é evidente que, proporcionalmente à sua
eliminação, o mundo entrará numa Era Ideal e pacífica. Desta feita, há um
grande erro em achar que isto é fácil teoricamente, mas na realidade é algo
que ninguém é capaz e não passa de um sonho descabido. E o que vem a
ser esse erro? Trata-se da falta de percepção de que na Medicina atual há
um grande equívoco e acreditar que ela é a única. Estou apresentando a
prova escrita desse equívoco, mas como o ser humano esteve preso às
superstições da Medicina por longo período, além de não despertar
facilmente, ao contrário, nos chamam de supersticiosos. Porém, tudo
depende do tempo. Com a sua chegada, finalmente Deus fará o acerto de
contas com a humanidade. E como primeira medida já começou a
manifestar o Seu magnífico poder divino para eliminar a doença da
humanidade. Naturalmente, como se trata do Plano do Deus Absoluto, não
há dúvidas de que tudo correrá conforme a Vontade Divina. Portanto,
aqueles que não conseguem crer nisto infelizmente estarão fadados à
desaparição eterna. O fato da nossa Igreja ter manifestado maravilhosos
milagres, jamais vistos antes, é a melhor comprovação disso. Portanto, na
realidade não é nada misterioso.

Em suma, a primeira medida que Deus vai tomar é a Reforma da


Medicina atual. Esta difere da revolução feita pelo homem e, sendo uma
Vontade Divina, será absoluta e bem sucedida. Portanto, devem despertar o
quanto antes e, arrependendo-se, orar a Deus. Se as palavras de Cristo:
“Pedi e será dado; buscai e achareis; batei e será aberto. Pois aquele que
pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, se abre.”27 não se
referirem a isto, o que será então?

Jornal Eiko nº 129, 7 de novembro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(R2/164) UM TIPO DE PECADO

Como sempre venho falando, estou sempre lutando contra Satanás e


uma manifestação concreta disso é que até o limite de minhas forças, me
esforço em salvar as pessoas em conflito, encaminho para o estado de
felicidade a pessoa que caiu na miséria, concentrando-me nas atividades
espirituais, tanto na escrita como na fala, mas por outro lado parece que
existem pessoas que se irritam demais com esse trabalho. Me parece que
essas pessoas querem de alguma forma atrapalhar o meu serviço, e por isso
sempre estão com a intenção de derrubar. E justamente esse tipo de pessoa
não gosta de religiões, principalmente tratando-se de religião nova, parece
que não gostam desde o início. Por isso, a maioria é sentimentalista; dizem
histericamente que não existem deuses nem Mundo Espiritual, que nessa
Terra não existe nada além do ar. Portanto, aquele que fala em Deus, em
religião, utiliza isso para enganar as pessoas e, como chupam o caldo doce,
são uns insolentes, por isso acabam pensando que é preciso mesmo
derrubá-los. Contudo, quem faz pensar dessa forma, na verdade, não é a
sua própria consciência, mas é Satanás que encosta e faz pensar dessa
27
A Bíblia - O Pão Nosso de Cada Dia, Mateus cap. 7 vers. 7 e 8, Editora Vozes, 25ª edição 1993, p.1185
maneira, e como os materialistas não acreditam nisso de forma alguma, são
cegamente e fervorosamente manipulados livremente por Satanás e se
confrontam com o Bem. Em poucas palavras, essa sim é a luta entre Deus e
o Demônio. Se bem que isso não foi iniciado agora. Ocorre desde os tempos
antigos, entre Shaka e Daiba, Cristo e Satã, é desde há mais de 2 mil anos
atrás que essa luta tem continuidade; não é somente um problema meu.
Sendo assim, não é preciso dizer isso e aquilo, mas se não fizer com que
compreendam bem esse motivo, sem saber, inconscientemente se tornarão
prisioneiros de Satanás e aquilo que fazem pensando ser um bem, na
realidade, estará ajudando Satanás; portanto, pode-se dizer que é uma
pessoa digna de pena.

O Satanás atrapalha o meu trabalho

Através de tudo isso, não se pode menosprezar a inteligência de


Satanás que sempre objetiva o poderoso da época e encosta, criando
teorias engenhosas e enlouquecendo o pensamento desse homem. Por
exemplo, mesmo em relação a religiões corretas, dizem que aquela religião
é herética, por isso é preciso destruí-la. Aquele que criou aquela religião é
um insolente, por isso se deve fazer o seu funeral. Dessa forma, realmente
enganam com habilidade; além disso, são muito persistentes. Pilatos, que
colocou Cristo na cruz, é um deles.

Dessa forma, quanto mais forte é a força do Bem que salva o mundo,
da parte de Satanás também aparece um forte correspondente que agita os
braços, e eu também, atualmente, estou sendo visto como inimigo pelos
demônios do Mundo Espiritual. Eles estão fazendo grandes esforços para
atrapalhar de alguma forma, mas nenhum demônio consegue encostar em
mim. Isso porque o demônio teme a Luz, antes de qualquer coisa. Portanto,
mesmo dentre os fiéis, em relação àqueles que têm forte sinceridade, não
existe brechas e não tem como, mas para os fiéis vacilantes eles aproveitam
a pequena brecha para encostar tentando acabar com a fé, e também para
aqueles que estão querendo entrar na fé, tentam atrapalhar de alguma forma
para que não entrem. Creio que o fiel que tem um pouco de experiência
compreende essas coisas perfeitamente.
O incidente é a chance

Nesse sentido, além do fiel, tratando-se de uma terceira pessoa, o


demônio encosta com facilidade e o manipula livremente, e para isso as
autoridades da época e os jornalistas são os que mais surtem efeito; por
isso, o incidente do ano passado é também uma dessas manifestações. Mas
não é por isso que se pode tomar como maldade todos os seus atos. Isso
porque, tendo como oportunidade o incidente do ano passado, na nossa
Igreja, internamente, foi feita uma grande limpeza e foram varridos os
elementos impuros que estavam atrapalhando; depois disso, a Igreja
tornou-se mais alegre e conseguiu dar passos sólidos; por um momento
houve a raiva, mas hoje pode-se até agradecer. E também, naquela ocasião,
muitos jornalistas nos ajudaram; portanto, creio que tem o mesmo
significado.

É lamentável apenas que tem aos montes, nas experiências de fé,


mesmo sofrendo com uma doença grave e chegando ao ponto de correr
risco de vida, apesar de incentivarem a procurar a nossa Igreja, ficavam em
dúvida com as falsas reportagens dos jornais e revistas, e enquanto
hesitavam não eram poucas as pessoas que acabavam morrendo. Contudo,
as pessoas que nessa ocasião tomavam a decisão e se agarravam à fé, se
salvaram. “Por que os jornais e revistas falam tão mal de uma religião
maravilhosa como essa? Estava sendo enganada, e acabei passando por
um sofrimento excessivo e desperdiçando dinheiro”. Dizendo isso, tem
muitas pessoas que ficam indignadas, mas realmente é porque caiu no
plano do demônio. Por esse motivo, o ato jornalístico que faz com que a
pessoa não tenha salvo a vida que seria salva, partindo do resultado, é
como se realizasse um assassinato em grande escala com a ponta da
caneta. Portanto, o assassinato de pessoa para pessoa é uma coisa
pequena e não é possível saber qual a proporção do tamanho desse
pecado. Não quero escrever uma coisa desagradável como essa, mas para
endireitar o jornalista maligno é preciso ser convincente a esse ponto para
que possa compreender e não tem outro jeito, já que estou tentando salvar o
maior número possível de vidas.
Jornal Eiko nº 129, 07 de novembro de 1951
(tradução em: Rokan – Religião 2)

6.14. A respeito do ministro que sai para fazer difusão mesmo com
purificação grave

Interlocutor: Existem pessoas que, mesmo purificando e dizendo que é


pela Obra Divina, insistem em fazer difusão até o fim. Mas, por causa disso,
mais tarde, a purificação acaba intensificando.

Meishu Sama: Isso não deve ser feito. Não se devem mostrar essas
coisas aos outros. É preciso mostrar uma saúde perfeita. Apresentar um físico
enfermo, é como se estivesse fazendo uma propaganda ruim. É um método
característico de Satanás e constitui uma fé muitíssimo errada.

Gossuiji-roku Nº 4 (08/11/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

Limite do pecado (1)

A) Meishu Sama: É bom que o Bem vença, mesmo que seja um pouco.
Mesmo que haja 99% de Mal, se houver 100% de Bem, está bom. Basta que o
Mal não extrapole o círculo. Dizer que gosta daquela mulher, não tem
importância, enquanto isso estiver só no pensamento; mas, se tocá-la, significa
que já saiu do limite.

Interlocutor: Mesmo que a mulher fique contente?

Meishu Sama: Mesmo que fique contente. No seu caso também, se a


esposa vir, o que acontecerá?

Interlocutor: E no caso de não ser casado?


Meishu Sama: Mas é preciso que haja intenção de se casar.

Interlocutor: Será que é melhor um período de preparação para o


casamento?

Meishu Sama: Não é que seja melhor ou pior: se ambos desejam, tudo
bem.

Interlocutor: Como pais, vendo essas coisas, ficamos inquietos.

Meishu Sama: Na realidade, fazendo essas coisas antes do casamento,


tende a não dar certo. Não só o homem, mas o ser humano em geral possui
uma atração pelas coisas misteriosas. É melhor preservar o mistério até o
casamento, pois, se o desvelamos antes, acabamos por não querermos tê-la
como esposa. Por isso, é melhor fazer as coisas direito até o casamento e
depois casar. Isso é o certo. Assim é melhor.

Interlocutor: É melhor namorar para saber se os ideais ou os


pensamentos da pessoa combinam?

Meishu Sama: É melhor compreendê-la.

Interlocutor: Nesses casos, do ponto de vista dos pais, sentimos que é


perigoso.

Meishu Sama: Realmente. Entretanto, não dá para ficar completamente


livre do perigo - um pouco de perigo, sempre vai haver. Portanto, se não temos
fé, ficamos preocupados, mas se a temos, não há o que temer. Deus faz tudo
da melhor forma.

Gossuiji-roku Nº4 (08/11/1951)


(tradução em: Chave da Difusão)
D) Pela maneira de responder, é possível conhecer o tipo de inteligência

Meishu Sama: Ao conversar ou perguntar sobre alguma coisa,


dificilmente encontramos uma, entre cem pessoas, que consiga responder.

Mesmo não respondendo despropositadamente, em geral, a resposta


não é exata. Deve observar-se também o tempo entre a pergunta e a resposta:
através dele e da maneira de responder, é possível saber se a pessoa é
inteligente ou não.

Gossuiji-roku Nº 4 (08/11/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

- Após o parto, para participar do Culto aqui (Solo Sagrado)...?

Meishu-Sama: É... três semanas. E caso ainda saia bastante Oro,


não pode. Ficando mais ou menos “limpa”, quando sai pouco ou então de
vez em quando, após ficar suficientemente “limpa”. Até isso, é melhor
suspender.

08 de novembro de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 03)

28) CULTO NO SOLO SAGRADO APÓS O PARTO, DEPOIS DE


PASSADAS TRÊS SEMANAS

- Após o parto, para participar do Culto aqui (Solo Sagrado)...?

Meishu-Sama: É... três semanas. E caso ainda saia bastante Oro,


não pode. Ficando mais ou menos “limpa”, quando sai pouco ou então de
vez em quando, após ficar suficientemente “limpa”. Até isso, é melhor
suspender.
08 de novembro de 1951
(tradução em: Mioshie Mondoshu – Vol 3)

Pergunta: Posso ministrar o Joorei no paciente deitado?

Resposta: "Não há problema. Dependendo da doença, é até melhor


que faça dessa forma. Nesse caso, mantenha a mão afastada cerca de 15 a
30 centímetro do corpo".

Pergunta: Não preciso me preocupar muito com a distância?

Resposta: "Não precisa. — Quando for ministrar o Joorei nas costas,


e o paciente estiver deitado de costas, sem poder movimentar-se, coloque a
mão por baixo do corpo dele e encoste-a na região afetada. (...) Para se
obter melhores resultados, é preferível que a terapia seja ministrada com a
mão afastada".

Pergunta: São principalmente a testa, ombros, nuca, a lateral da


região inguinal até os rins, mas estando o paciente deitado de costas, não
se pode ministrar na parte de trás...

Resposta: "É possível a ministração na parte de trás. Ponha a mão


por trás e, sem forçá-la, encoste-a no corpo do paciente. Dessa forma, dá
para ministrá-lo satisfatoriamente. Deve-se fazer dessa forma".

(8 de novembro de 1951)
(tradução em: Curso de Terapia Okada)

MEISHU SAMA: Jamais devemos forçar alguém a ingressar na nossa


Igreja. Por que não devemos impor? Porque isto significa um sacrilégio a Deus.

O certo é o homem pedir a Deus para que lhe conceda a salvação. Essa
é a postura correta para com Deus. Mas, no referido caso, foi uma ofensa, uma
grande insolência a Ele. Devem, portanto, pedir perdão a Deus do fundo do
coração.

O que aconteceu não tem mais jeito; por isso, devem pedir perdão a
Deus e tomar maior cuidado para que isso não se repita.

11 de novembro de 1951
(tradução em: Curso de Iniciação IMMB (2005) – Volume 02)

(J2/96) A QUESTÃO DA VACINA B.C.G (BACILLUS CALMETTE-GUÉRIN)

Ultimamente, a questão da vacina BCG passou a ser tratada com


maior rigorosidade, e os meios de comunicação em massa também
começaram a comentar com maior freqüência. Entre os médicos, existem
dois grupos: um a favor e o outro contra; por isso, parece que está difícil
chegar a uma conclusão.

A presente questão veio à tona pelo seguinte motivo. O Dr. Meyers


(???), professor da Universidade de Minesotta, dos EUA, havia publicado
recentemente um artigo sobre a nocividade e a ineficácia da BCG, na
Revista da Associação Médica dos EUA, do dia 18 de agosto. Foi uma
época propícia para isso; pois, na mesma época, aqui no Japão, o Dr.
Takemi Taro publicou a sua opinião na revista “Bunguei Shunyu”, edição de
abril, sob o título “Destruam a medida de erradicação da tuberculose”,
questionando a eficácia da vacina BGC e a obrigatoriedade de sua aplicação
baseada na lei. Talvez, sentindo a sua pressão, o Sr. Hashimoto, Ministro de
Previdência Social e Saúde, anunciou recentemente que, no que se refere à
eficácia daquela vacina, ainda haviam alguns pontos incertos; por isso, seria
melhor que suspendesse a sua aplicação.

Pelo pronunciamento de sua opinião, houve uma repercussão


repentina envolvendo também as questões políticas, e parece que a
situação ficou muito complicada. Vou tecer críticas a respeito disso, baseado
no meu ponto de vista. Não se trata de um assunto relevante, mas devo
dizer que, não se limitando apenas a BCG, a eficácia de qualquer outro
remédio é temporária. Com o passar do tempo, infalivelmente, manifestam-
se os danos causados pelos remédios. Esta é a minha teoria favorita e os
problemas que surgiram nesta oportunidade também se devem a isso.
Naturalmente, nós temos uma clara compreensão, mas acho que os
cientistas vão imaginar que isso é algo extremamente incompreensível. Isto
porque o uso dessa vacina não é recente. Já vem sendo utilizada
amplamente há cerca de 20 a 30 anos; mesmo assim, não havia ocorrido
nada de estranho, mas desta vez surgiu, inesperadamente, o referido
problema. Portanto, na realidade, deveria investigar a sua causa, mas
parece que nem isso consegue fazer, pois a causa se encontra fora do
âmbito da Medicina. A prova disso está no problema que surgiu nesta
oportunidade, pela falta de determinar a causa. Isto porque a verdadeira
causa é espiritual e, assim sendo, não há meios de compreender através de
conhecimentos científicos. Por isso, ao observar a minha explicação que
será exposta a seguir, do ponto de vista dos cientistas, acho que eles vão
imaginar que se trata de uma teoria ridícula ou um dogma supersticioso.
Entretanto, do nosso ponto de vista, isso acontece porque eles estão
legitimamente presos às superstições científicas.

A seguir, vou esclarecer a verdadeira causa, que vem a ser o


seguinte: como eu já disse uma vez, a longa Era da Noite finalmente entrou
na fase de Transição para a Era do Dia. No Mundo Espiritual, está ocorrendo
o aumento do elemento fogo que vem a ser o espírito do Sol. Assim, a cada
dia está se intensificando o poder de purificação; portanto, as toxinas que
antes poderiam ser solidificadas com o uso de remédios hoje não
conseguem mais, e essa é a causa da questão que ocorreu nesta
oportunidade. Portanto, daqui para frente, à medida que o tempo vai
passando, gradativamente não ocorrerá a solidificação e chegará o dia em
que os próprios médicos vão ter dúvidas em relação a todos os remédios.
Conseqüentemente, vão reconhecer claramente o pavor dos danos que os
remédios causam. Acho que, no final, a Medicina terá que dar uma nova
partida e, pela primeira vez, vai voltar os seus olhos para fora e vão
reconhecer o verdadeiro valor do tratamento realizado através do Johrei da
nossa Igreja, como Medicina Verdadeira. Esta será a grande revolução da
Medicina e depois será apenas uma questão de tempo para causar uma
ampla sensação ao mundo da Medicina mundial. Portanto, mesmo em se
tratando do problema que surgiu nesta oportunidade, o que seria se não
fosse o prenúncio da aproximação dessa época?

Jornal Eiko nº 130, 14 de novembro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

Ponto Vital

O verdadeiro Deus é realmente simples e não Se prende a futilidades.


Por isso, quando o homem adquire uma fé realmente firme, torna-se
parecido com Ele.

É muito simples; normalmente, os outros podem conversar, achar


engraçado ou gritar o quanto quiser, mas o importante é tocarmos no ponto
vital. Esse é o procedimento de Deus.

É mais comum entre as mulheres, mas, muitas vezes, encontramos


pessoas que conversam sem interrupção e, neste caso, trata-se do espírito
de raposa que está conversando. Freqüentemente acontece de não
sabermos com clareza o que disseram. Falam ininterruptamente e não
deixam que os outros também falem.

"Coletânea de Ensinamentos" — 15 de novembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

A) Nas conversas importantes, não devem deixar escapar o ponto vital

Meishu Sama: O Deus Verdadeiro é realmente simples e não se prende


a futilidades. Por isso, quando o homem adquire uma fé realmente firme, torna-
se assim.
Isso é muito simples: normalmente, pode conversar, achar engraçado ou
gritar o quanto quiser, mas o importante é tocar no ponto vital. Esse é o
procedimento de Deus.

Muitas vezes, é mais freqüente entre as mulheres, mas existem aquelas


que conversam sem interrupção e, neste caso, é o espírito de raposa que está
conversando. Acontece muito o fato de não se saber claramente o que
disseram. Falam ininterruptamente e não deixam os outros falar.

Mioshie-shu N04 (15/11/1951)


(tradução em: Chave da Difusão)

E) Um bom falante deve ser um bom ouvinte

Meishu Sama: Desde antigamente, há o seguinte provérbio: "Um bom


falante deve ser um bom ouvinte."

Quando as pessoas apenas ouvem, ficam interessadas e achamos que


entenderam. Assim sendo, o melhor é ouvir bem a conversa e, quando surgir
uma oportunidade, expor as idéias.

Outra coisa é a maneira de responder. A maioria dos estrangeiros


consegue responder satisfatoriamente, mas são poucos os japoneses que o
fazem. Quanto à resposta, é grande o número de pessoas que se desviam do
ponto essencial. Não conseguem dar a resposta que desejamos. Às vezes, a
pessoa é mau ouvinte.

Mesmo quando pergunto ou falo sobre alguma coisa, raramente me dão


respostas satisfatórias. E com isso dá para perceber perfeitamente se a pessoa
é inteligente ou não. Nos homens, a proporção é maior; sinto muito, mas nas
mulheres, é bem menor.
A arte de falar bem não é bem uma arte, e sim, o cuidado que se tem ao
falar e ao ouvir. É preciso que estudem bastante. Trata-se do tempo certo, o
que é muito importante.

Ouço, por exemplo, a conversa dos outros, mas entre eles, há quem fale
sem pausa. Deve-se levar em consideração também a ordem, ou melhor;
seguir um certo ritmo. Bem, é algo parecido com a arte. Devem estudar bem
essas coisas e falar sempre de forma simples e clara. E também devem
apreender o ponto vital. Assim, é preciso observar a atitude das pessoas. Se
elas mostrarem interesse e se chegarem mais perto para ouvir melhor, devem
continuar. Contudo, se não mostrarem vontade de nos ouvir, é aconselhável
parar. É necessário descobrir o "hobby" ou aquilo que as pessoas gostam de
ouvir. Como a pessoa tem este tipo de sofrimento, deve dar este tipo de
solução. Se lhe falar desta maneira, ela vai entender; se for um intelectual, deve
falar no seu nível; se for uma pessoa comum, deve falar com simplicidade.
Assim, é preciso saber fazer distinção. Isso é uma grande arte.

Tem que se levar em conta o ambiente, a atmosfera, o modo de


conversar individualmente, com duas, três ou várias pessoas, o costume, a
característica do lugar; etc.

As pessoas da região de Kyushu (sul) são diferentes das de Hokkaido


(norte). A população de Kyushu remonta aos tempos remotos, chegando ao
ponto de existir a expressão "possuir a alma oriunda de Kyushu." Hokkaido, por
sua vez, é uma região de imigrantes. É esquisito dizer imigrantes, mas são
poucas as pessoas nativas da região. As pessoas que nasceram lá são
chamadas de Ainu, pois todas as outras emigraram daqui. Essas pessoas têm
suas próprias características. Os habitantes da região de Tohoku, da região de
Kamigata, de Edo, são todos diferentes. Cada qual possui sua maneira de
conversar e de agir. Analisando assim, torna-se difícil, mas não é preciso
pensar de forma tão complicada. Existe este tipo de coisas.

Mioshie-shu N0 4 (15/11/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)
“Há que conversar sempre de forma simples e clara. E mais, deve-se
captar o ponto focal, bem como observar a reação do ouvinte. Ver se
demonstra interesse, se nos dá ouvido. Caso não queira continuar a ouvir e,
tampouco, se interessa pelo assunto, encerre a conversa. Temos que
discernir o assunto preferido da pessoa, o que ela deseja ouvir. Se ela falar
de suas aflições, pense na resposta que vai dar.. ‘No caso desta pessoa, se
eu conversar desta maneira, provavelmente, me entenderá’. Enfim, se for
um intelectual, dirija de modo apropriado a um intelectual; se for alguém
simples, converse de forma simples. Há que diferenciar a maneira de
conversar conforme a situação. Isto é uma grande arte”.

(15 de novembro de 1951)


(tradução em: Curso de Terapia Okada)

ENTREGAR-SE A DEUS

Sempre que considerarmos qualquer assunto, embora seja algo


complicado, devemos fazê-lo da maneira mais simples possível. Se forçarmos
demasiadamente o nosso pensamento, exagerando na avaliação dos fatos,
chegaremos infalivelmente a resultados negativos. Comigo também acontece
de, às vezes, as coisas ficarem bastante difíceis. Então procuro analisá-las,
sem exagero, com simplicidade; em seguida, coloco-as nas mãos de Deus e
fico tranqüilo, criando assim um espaço propício ao surgimento de boas idéias.

Portanto, vocês também devem deixar a cabeça vazia para que o


Espírito Protetor possa introduzir sentimentos nobres. Aqui está outro ponto que
precisam saber: Deus não se comunica diretamente conosco, mas o faz através
do Espírito Protetor. Se, entretanto, a nossa mente estiver cheia de
preocupações, mesmo que ele queira, não consegue transmitir nada, porque
nossa antena está ruim e não capta a mensagem. Por isso, é importante
mantermos, sempre, um estado mental de tranqüilidade absoluta.
Antigamente, quando eu tinha diversas preocupações, nada entrava na
minha cabeça; contudo, pouco a pouco, à medida em que fui aumentando a
minha fé e entregando-me a Deus, comecei a esquecer os problemas e acabei
habituando-me a essa espécie de aprimoramento. Hoje, quando as pessoas me
falam de suas preocupações, acho graça, mas elas não compreendem essa
minha atitude porque não conseguem, ainda, agir da mesma forma que eu.

15 de novembro de 1951
(tradução em: Ensinamentos Kototama)

Entregar nas mãos de Deus

Não se pode pensar nas coisas de forma muito complicada e nem


extremamente simples. Isso porque o resultado pode ser ruim quando
pensamos demais. Portanto, deve-se pensar, na medida do possível, da
forma mais simples. No meu caso, às vezes, acontecem coisas complicadas;
mas, então, procuro pensar de maneira bem simples e, depois, entrego nas
mãos de Deus. Por isso, vivo sempre com a mente tranqüila. Nesse estado,
o ser humano consegue obter boas idéias. Se não for assim, não haverá
condições para que as boas idéias fluam. Por isso, se deixarmos a cabeça
sempre vazia, elas ocorrerão mais facilmente.

Quanto às boas idéias, quem as transmite é o Espírito Primordial.


Deus não se comunica diretamente com o ser humano. Ele entra em
contato, primeiramente, com o Espírito Primordial, que nos transmite as
idéias. Entretanto, se temos a cabeça ocupada e se o funcionamento da
nossa antena interior está ruim, mesmo que ele se comunique conosco,
devido à deficiência, não surgem boas idéias. É como se fosse um tipo de
inspiração... É preciso ficar sempre com o espírito tranqüilo. Entretanto,
quando temos problemas ou algo que nos preocupa, não conseguimos ficar
assim.

Dependendo do modo de agir, porém, pode acontecer de forma


diferente. Antigamente, quando diversas coisas me inquietavam, nada mais
entrava na cabeça. Mas, ingressando na Fé, fui conseguindo, aos poucos,
entregá-las nas mãos de Deus, e, assim, esquecia-me delas. É preciso
adquirir esse tipo de hábito. É uma espécie de treinamento.
Freqüentemente, as pessoas comentam suas diversas preocupações, mas
como eu fico rindo, elas ficam surpresas. As pessoas comuns não
conseguem proceder dessa forma.

"Coletânea de Ensinamentos" — 15 de novembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

E - Quantas vezes os membros deveriam freqüentar os ofícios da


Igreja?

Os membros devem freqüentar os ofícios da Igreja uma vez por mês e


sempre que possível uma ou duas vezes por ano aos Cultos do Solo
Sagrado.

Meishu-Sama, 18/11/1951
(tradução em: Tornemo-nos Digno do Amor de Deus)

Os membros devem freqüentar os ofícios da Igreja uma vez por mês


e, sempre que possível, uma ou duas vezes por ano aos Cultos do Solo
Sagrado.

Meishu Sama, 18/11/1951


(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos)

5) Quantas vezes os membros deveriam freqüentar os Ofícios da


Igreja ?
Os membros devem freqüentar os ofícios da Igreja uma vez por mês
e, sempre que possível, uma ou duas vezes por ano aos Cultos do Solo
Sagrado.

Meishu Sama, 18/11/1951


(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 2)

(R2/32) O HOMEM MAL É ENFERMO

Alicerce do Paraíso, pág.207

O título acima suscitará dúvidas em inúmeras pessoas, pois há muitos


homens maus com aparência sã. Entretanto, eles são sadios apenas
aparentemente; na realidade espiritual, são autênticos enfermos.

Conforme venho asseverando, os homens maus são vítimas dos


maus espíritos. Estes dominam o Espírito Primordial, afastam o Espírito
Guardião e agem a seu bel-prazer, como se fossem a própria pessoa.
Podem ser de animais como raposa, texugo, dragão, etc., e praticam atos
não muito diferentes daqueles que esses animais praticariam. Nessas
condições, sem nenhum constrangimento e até com satisfação, fazem
coisas impiedosas e cruéis, que o homem jamais faria. Pode-se
compreender, portanto, como esses espíritos são desumanos, porque
escapam à compreensão pelo senso comum.

Como sempre afirmo, o homem é constituído de Espírito Primordial,


de natureza Divina, e de Espírito Secundário, de natureza animal. Este
último incorpora-se ao homem por permissão de Deus, pois comanda todos
os desejos materiais indispensáveis à existência humana.

Analisando um homem mau, constatamos que ele está revelando o


seu instinto animal, inerente ao Espírito Secundário, ou manifestando o
instinto de um espírito animal "encostado". Isto acontece devido às máculas
existentes no seu corpo espiritual, sendo que o grau de encosto é
proporcional à densidade dessas máculas. O Espírito Guardião será então
dominado pelo espírito animal e agirá sob suas ordens.

As máculas espirituais são a causa do homem mau. Como elas se


refletem no sangue, de acordo com a Lei do Espírito Precede a Matéria,
infalivelmente sobrevirá, algum dia, uma intensa ação purificadora,
proporcional, em sofrimento, à densidade das máculas, causando acidentes
imprevistos, doenças e outras desgraças.

É curioso o fato observado muitas vezes entre os grandes criminosos:


são presos só depois que se arrependem e desejam aproximar-se de Deus.
É a ação da Lei da Purificação pelo sofrimento, decorrente das máculas do
corpo espiritual.

Observamos, assim, que o homem mau é um autêntico enfermo,


porque a causa da maldade reside nas máculas do espírito. Quanto maior o
crime, mais intensa a ação purificadora, que transforma o culpado em
enfermo gravíssimo, submetido a dores infernais.

As máculas surgem porque falta força, isto é, Luz ao Espírito


Primordial, de natureza Divina. Portanto, para livrar-se delas, o homem
precisa contar com o apoio da Religião, ter fé e manter sempre em vista o
Todo-Poderoso. Se ele agir dessa forma, a Luz de Deus penetrará na sua
alma, através do elo espiritual, diminuindo-lhe as máculas. O espírito mau
padecerá com isso e, intruso que é, abandonará imediatamente sua vítima,
fazendo com que o Espírito Secundário se retraia e fique sem ação para o
mal.

Quem não reverencia Deus, está sujeito a transformar-se em mau


elemento, em qualquer oportunidade ou a qualquer momento. Podemos
afirmar que os indivíduos afastados de Deus, cujo número é elevadíssimo na
sociedade atual, são elementos perigosos. Assim, o mal social tende a não
diminuir. Por mais honesto que o homem seja, não será autêntico, se estiver
afastado de Deus; será apenas um homem superficial, cuja má índole, em
estado latente, não permite que nele se possa confiar.
Lamentavelmente, muitas pessoas, incapazes de compreender essa
simples verdade, negam a Religião e contam somente com o apoio da lei
humana para o extermínio do Mal. O que foi exposto, no entanto, demonstra
o quanto elas estão equivocadas.

Jornal Eiko nº 131, 21 de novembro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

O HOMEM MAU É ENFERMO

O título acima suscitará dúvidas em inúmeras pessoas, pois há muitos


homens maus com aparência sã. Entretanto, eles são sadios apenas
aparentemente; na realidade espiritual, são autênticos enfermos.

Conforme venho asseverando, os homens maus são vítimas dos


maus espíritos. Estes dominam o Espírito Primordial, afastam o Espírito
Guardião e agem a seu bel-prazer, como se fossem a própria pessoa.
Podem ser de animais como raposa, texugo, dragão, etc., e praticam atos
não muito diferentes daqueles que esses animais praticariam. Nessas
condições, sem nenhum constrangimento e até com satisfação, fazem
coisas impiedosas e cruéis, que o homem jamais faria. Pode-se
compreender, portanto, como esses espíritos são desumanos, porque
escapam à compreensão pelo senso comum.

Como sempre afirmo, o homem é constituído de Espírito Primordial,


de natureza Divina, e de Espírito Secundário, de natureza animal. Este
último incorpora-se ao homem por permissão de Deus, pois comanda todos
os desejos materiais indispensáveis à existência humana.

Analisando um homem mau, constatamos que ele está revelando o


seu instinto animal, inerente ao Espírito Secundário, ou manifestando o
instinto de um espírito animal “encostado”. Isto acontece devido às máculas
existentes no seu corpo espiritual, sendo que o grau de encosto é
proporcional à densidade dessas máculas. O Espírito Guardião será então
dominado pelo espírito animal e agirá sob suas ordens.

As máculas espirituais são a causa do homem mau. Como elas se


refletem no sangue, de acordo com a Lei do Espírito Precede a Matéria,
infalivelmente sobrevirá, algum dia, uma intensa ação purificadora,
proporcional, em sofrimento, à densidade das máculas, causando acidentes
imprevistos, doenças e outras desgraças.

É curioso o fato observado muitas vezes entre os grandes criminosos:


são presos só depois que se arrependem e desejam aproximar-se de Deus.
É a ação da Lei da Purificação pelo sofrimento, decorrente das máculas do
corpo espiritual.

Observamos, assim, que o homem mau é um autêntico enfermo,


porque a causa da maldade reside nas máculas do espírito. Quanto maior o
crime, mais intensa a ação purificadora, que transforma o culpado em
enfermo gravíssimo, submetido a dores infernais.

As máculas surgem porque falta força, isto é, Luz ao Espírito


Primordial, de natureza Divina. Portanto, para livrar-se delas, o homem
precisa contar com o apoio da Religião, ter fé e manter sempre em vista o
Todo-Poderoso. Se ele agir dessa forma, a Luz de Deus penetrará na sua
alma, através do elo espiritual, diminuindo-lhe as máculas. O espírito mau
padecerá com isso e, intruso que é, abandonará imediatamente sua vítima,
fazendo com que o Espírito Secundário se retraia e fique sem ação para o
mal.

Quem não reverencia Deus está sujeito a transformar-se em mau


elemento, em qualquer oportunidade ou a qualquer momento. Podemos
afirmar que os indivíduos afastados de Deus, cujo número é elevadíssimo na
sociedade atual, são elementos perigosos. Assim, o mal social tende a não
diminuir. Por mais honesto que o homem seja, não será autêntico, se estiver
afastado de Deus; será apenas um homem superficial, cuja má índole, em
estado latente, não permite que nele se possa confiar.
Lamentavelmente, muitas pessoas, incapazes de compreender essa
simples verdade, negam a Religião e contam somente com o apoio da lei
humana para o extermínio do mal. O que foi exposto, no entanto, demonstra
o quanto elas estão equivocadas.

21 de novembro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

NÃO PERTUBEM O MEU TRABALHO (I)

O empreendimento ao qual hoje me dedico inteiramente, de corpo e


alma, é do pleno conhecimento dos fiéis, e, recentemente, parece aumentar o
número de indivíduos que o compreendem de maneira razoável, mesmo nos
meios intelectuais — fato que nos deixa felizes. Porém, como ainda há pessoas
enganadas a seu respeito, desejo escrever um breve esclarecimento dirigido a
elas. Naturalmente, por elas também ignorarem a realidade desta Igreja, são
desnorteadas por boatos ou notícias falsas veiculadas pelos meios de
comunicação. Entre tal tipo de gente, existem ateus empedernidos, que, de
nascença, detestam religiões. E, embora pareça mentira, há mesmo quem,
talvez, por identificar-se com o Mal, se sinta irritado conosco, uma vez que a
religião prega a prática do Bem. Contudo, excluindo-se os comunistas, não
haverá uma pessoa sequer que seja contrária à melhoria do Japão — a mãe
pátria.

O objetivo deste texto que agora passo a escrever reside, pois,


essencialmente, em tópicos de áreas compreensíveis mesmo aos leigos, sem
tocar em qualquer assunto religioso, como Deus ou Fé. Quero tratar dos
protótipos do Paraíso Terrestre que atualmente estou construindo em Hakone e
Atami e, como o primeiro é de escala menor, escreverei sobre o segundo.

Os meus planos, desde o início, são de criar uma obra-prima de arte


sem igual no mundo, conjugando as belezas natural e artificial. Nesse sentido,
cito, em primeiro lugar, a opinião vigente de que o nosso Japão é o país mais
rico da Terra em paisagens. De fato, apesar de eu nunca ter ido ao exterior,
posso considerá-lo assim, sob vários pontos de vista. Como sempre falo, o
Japão foi criado por Deus com o objetivo primeiro de servir de parque mundial,
e, por felicidade, eu nasci neste país e nele moro atualmente. Tudo, portanto,
veio perfeitamente a calhar. Então, procurei quais dos pontos do território
japonês mais condiriam com os meus propósitos, descobrindo serem eles
Hakone e Atami. Pesquisando estes dois lugares, encontrei, misteriosamente,
os terrenos e as moradias ideais, adquirindo-os com facilidade. Posteriormente,
finda a guerra, tudo correu a contento, e fui conseguindo, tanto em Hakone
como em Atami, seguidamente, as áreas de terras necessárias. Hoje, em
ambos os locais, elas atingem perto de 66 mil metros quadrados, o que pode
ser considerado, em termos de extensão, suficiente. A porção de Hakone,
porém, pelo relevo da região, em que há predominância de montanhas
escarpadas e sobreposição de rochas, não é apropriada para uma estrutura de
grandes proporções. Atami, ao contrário, não tem montanhas altas, e há
bastantes áreas de solo terroso, facultando livremente a execução de um
projeto em grande escala. E é isso que estou a erigir ali, atualmente.

Dentre todas as condições preenchidas pelo terreno de Atami, a primeira


delas é o esplêndido panorama que oferece. São unânimes as opiniões de
quem o vê, no sentido de que não há outro local assim no Japão inteiro, por
mais que se procure. Além do mais, suas condições de acesso são ótimas,
pois, como é do conhecimento geral, situa-se praticamente no ponto médio
entre as Regiões Leste e Oeste, viabilizando o fácil trânsito de ambas as
direções. Outras características são: o inverno ameno, a fartura de fontes
termais, o verde que envolve a cadeia de montes circunvizinhos, o mar — como
um espelho — da Baía de Sagami. À direita, a beleza curvilínea traçada ao
longe por cinco cabos; à esquerda, são também interessantes as duas ou três
ilhotas que se põem na ponta da Península de Maizuru. Nos dias ensolarados,
delineia-se a linha da Península de Miura a flutuar no horizonte como num
sonho; no fundo das brumas; o comprido traço que se estende como que a
dormir é a Península de Boso: atrai-nos o olhar a estranha sinuosidade, em
ziguezague, do famoso Monte Nokoguiri. Diante de nossas vistas, posta-se a
Ilha Hatsushima, como a pedra de um jardim em miniatura; à sua direita avista-
se, ainda, a Ilha Oshima, que, com seu contorno suave, parece negar as suas
intensas atividades vulcânicas.

O ponto do qual se avista o magnífico panorama acima descrito é o


Mirante Panorâmico, existente no centro do Zuiun-Kyo. Seja por sua
localização, seja por sua altitude, este mirante é o mais adequado para se
vislumbrar toda essa vista; quem quer que aqui se coloque louva o lugar,
dizendo ter experimentado o Paraíso na própria Terra. Aqui é, sem dúvida, a
Terra sagrada preparada por Deus quando da criação do Universo. O que seria
este lugar senão a maior obra-prima de Deus? Ademais, por sua proximidade
com a estação de trem, que permite daí vir em quinze minutos a pé ou cinco de
carro, por meio de um caminho em suave aclive, seu acesso é extremamente
fácil. Faz cinco anos exatos desde que comprei, em 1946, pela primeira vez,
uma área. A partir de então, diariamente, de cinqüenta a cem pessoas vieram
trabalhando ativamente até hoje, em conformidade com o projeto por mim
traçado. Assim, a correção do relevo do terreno tem sua conclusão prevista
para o final do corrente ano. Aí plantaremos, principalmente, dois mil pés de
vinte diferentes variedades de azáleas, mil pés de cerejeiras, e quinhentos pés
de ameixeiras, além de todo tipo que se puder reunir de arbustos floríferos, de
modo que as flores abram, incessantemente, uma depois da outra. Será
acertado chamá-lo de paraíso espetacular ou ideal.

Então, passar-se-á, finalmente, à edificação, em primeiro lugar, a partir


da próxima primavera, do Templo Kyussei Kaikan. Será um prédio de um andar,
com área de 2.640 metros quadrados, construído em um terreno de 4.290
metros quadrados. É natural que será em concreto armado, numa forma
inteiramente inovadora, tendo por base o estilo que, hoje, domina o mundo
arquitetônico — o Le Corbusier —, ao qual introduzirei minhas idéias.
Concluído, decerto atrairá para si as atenções da sociedade, como construção
religiosa de caráter mundial. Realmente, o estilo Le Corbusier combina de
maneira perfeita com o senso da época, mas, carecendo de ar solene, está
mais voltado para construções de uso prático, como prédios governamentais,
de apartamentos e residências; parece não ser muito apropriado para
construções religiosas. Entretanto, por não ver necessidade de fazer opção,
nos dias de hoje, por prédios clássicos semelhantes a relíquias do passado,
meu projeto, além de expressar bem o senso moderno, deverá contar com as
respectivas inovações na decoração interna e demais elementos.

Eiko, nº 131 — 21 de novembro de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

(ART/14) NÃO ATRAPALHE O MEU TRABALHO (I)

Os fiéis sabem perfeitamente qual é a atividade em que estou agora


me empenhando de corpo e alma. Ultimamente, entre as pessoas cultas,
aumentou bastante o número daquelas que passaram a compreender o meu
trabalho, o que é animador. Mas, como ainda existem pessoas equivocadas,
parte do que eu vou escrever será pensando nelas. Essas pessoas, sem
dúvida, desconhecem a verdadeira natureza da nossa Igreja e por isso
vacilam com os comentários do povo e a demagogia dos meios de
comunicação. Entre elas há ateístas convictos, que não gostam de Religião
desde que nasceram; aliás, até parece mentira, mas também existem
pessoas que, não sei se por gostarem do Mal, ficam irritadas porque a
Religião incentiva o Bem. Entretanto, a não ser os comunistas, não deve
existir um só japonês contrário ao melhoramento do Japão, sua terra natal.

Deixando de lado assuntos religiosos como Deus e fé, o presente


artigo está centralizado num assunto que até mesmo uma pessoa comum
consegue compreender. Trata-se do protótipo do Paraíso Terrestre, que está
em plena construção em Hakone e Atami. O protótipo de Hakone é de
escala menor, por isso eu me aterei ao protótipo de Atami. Meu plano,
inicialmente, é construir uma grandiosa Obra de Arte, única no mundo, onde
a beleza natural se harmonize com a beleza artificial.

Olhando mundialmente, tenho a opinião definida de que o país mais


rico em paisagens é o Japão. É verdade que ainda não viajei ao estrangeiro,
mas, analisando a questão sob diversos pontos, chego a essa conclusão.
Como sempre digo, o Japão é o parque do mundo, e desde o início foi
construído por Deus com esse objetivo. Por felicidade nasci neste país, e
residir nele, nos tempos atuais, sem dúvida é conveniente em todos os
aspectos. Pesquisando, no Japão, locais que preenchessem os requisitos,
concluí, sem sombra de dúvida, que esses locais eram Hakone e Atami.
Nestas cidades, encontrei, misteriosamente, o terreno e a casa para morar
exatamente como eu queria e os adquiri com facilidade. Depois, assim que a
guerra terminou, tudo transcorreu harmoniosamente. Tanto em Hakone
como em Atami foram adquiridos, seguidamente, os terrenos necessários;
esses terrenos medem mais de 60 mil metros quadrados, podendo-se dizer
que, no tocante à extensão, é o bastante. Os terrenos de Hakone têm
colinas íngremes, e as rochas estão empilhadas uma em cima da outra, o
que não é adequado para um plano de grande porte. Nesse ponto, as
colinas de Atami não são altas, e há bastante espaço plano, sendo possível
fazer um planejamento em grande escala. É por esse motivo que o protótipo
de Atami está em plena construção neste momento.

Atami reúne todas as condições, e, antes de mais nada, tem uma


paisagem maravilhosa. Provavelmente, não existe um local desse porte em
nenhum lugar do Japão, por mais que se procure, e essa é a opinião
unânime de todas as pessoas que o visitam. Além disso, é um local de
trânsito bom e, como todos sabem, encontra-se praticamente no limite da
Região Kanto com a Região Kansai, sendo de fácil acesso tanto para o leste
como para o oeste. E tem outras peculiaridades: no inverno, o clima é
ameno; é rico em águas termais; o verde cobre as montanhas ao redor; o
mar da Baía de Sagami é como se fosse um espelho; do lado direito, bem ao
longe, descortina-se a beleza das curvas desenhadas por cinco cabos; do
lado esquerdo, também são interessantes as vinte e três ilhas pequenas que
ficam na parte extrema do Cabo de Manazuru; quando há sol, vê-se, no
horizonte, a linha da Península Miura, que flutua como num sonho; no fundo
das névoas, a linha comprida que parece estar dormindo é a Península
Bôsso, e as linhas curvas e estranhas, cheias de dentes, do famoso Monte
Nokoguiri chamam a atenção. Bem em frente à miniatura de uma paisagem
parada, está a Ilha Hatsushima e, à sua direita, a Ilha Ooshima, com suas
linhas leves, que não combinam com um famoso vulcão.

O lugar que engloba numa só visão essa vista encantadora é a


plataforma panorâmica localizada no centro do Zuiun-Kyo (Terra Celestial).
Pela sua posição, pela altura das montanhas, é o local mais adequado para
se apreciar todo o panorama; quando colocamos os pés nesse local, nos
sentimos como se estivéssemos no Paraíso, e com isso todas as pessoas
concordam plenamente. De fato, é o Solo Sagrado que Deus preparou
quando construiu o Céu e a Terra. Se não for uma grandiosa Obra de Arte
feita por Deus, o que poderá ser? Além do mais, da estação até lá leva-se
quinze minutos a pé e cinco minutos de carro; a estrada é uma subida
branda, e por isso facilmente transitável. Adquiri esse terreno em 1946;
portanto, está fazendo cinco anos. Até hoje, todos os dias, ali estão
trabalhando de corpo e alma, de acordo com o meu projeto, por volta de
cinqüenta a cem pessoas. No decorrer deste ano, pretendo terminar a
topografia. Serão plantadas, principalmente, vinte espécies de azaléias,
somando um total de dois mil pés; mil cerejeiras; quinhentas ameixeiras.
Também quero plantar o maior número possível de outras árvores que dão
flores, de modo que sempre haja flores no local. Pode-se dizer, antes de
qualquer outra coisa, que é o Paraíso ideal.

Finalmente, a partir da primavera do ano que vem, passaremos para a


fase de construção. Inicialmente, no terreno de 4.303 m², construirei o Prédio
Messiânico, de um andar, que ocupará uma área de 2.648 m². Certamente
será de ferro e concreto, e o estilo será baseado no estilo francês Le
Corbusier, que, atualmente, está predominando no mundo da arquitetura.
Calcado sobre ele, meu projeto terá um estilo novo, um estilo inédito; depois
de pronto, provavelmente chamará a atenção do mundo, tornando-se uma
arquitetura religiosa mundial. Realmente, o estilo Le Corbusier corresponde
perfeitamente à sensibilidade da época, mas falta-lhe um ar de altivez. Ele é
bom e prático para repartições públicas, apartamentos, residências, etc; no
entanto, sinto que não é muito adequado para construções de cunho
religioso. Por outro lado, não quero fazer uma construção clássica como as
deixadas pelos antigos, por isso precisa ser algo que expresse bem a
sensibilidade da época. Ao mesmo tempo, pretendo apresentar uma
originalidade que combine com a ornamentação interior e com os demais
aspectos.

Jornal Eiko nº 131, 21 de novembro de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

A SALVAÇÃO DO MUNDO DIVINO

Quando fui a Quioto, os deuses dos santuários daquela região - mais de


quarenta divindades encostaram e faziam diversos pedidos a Meishu-Sama,
agradeciam etc. - cada qual com o seu pedido. Isso é mesmo verdade.

Por tratar-se de um fenômeno do Mundo Espiritual, as pessoas não


percebem. Quando vou a algum lugar, não são os fiéis que ficam alvoroçados.
Os deuses que estão no Mundo Espiritual é que ficam mais ainda. Os deuses
que estão nas proximidades se reúnem querendo receber graças. Entre eles
muitos são os que vêm por vir e depois, surpresos, passam a ajudar com
devoção.

Por isso esses trabalhos em relação ao Mundo Espiritual são bem mais
numerosos. Tenho feito os registros disso e creio que poderei levá-los ao
conhecimento de todos em duas ou três reuniões.

(Mioshie-shu. 4 25/11/1951)
(tradução em: Em Busca da Visão de Deus)

A SALVAÇÃO EM RELAÇÃO A MEISHU SAMA / DEUS/ BUDA


DEUS DRAGÃO

A salvação do Mundo Divino

Quando fui a Quioto, os deuses dos santuários daquela região - mais de


quarenta divindades - encostaram e fizeram diversos pedidos a Meishu Sama,
agradeciam etc. - cada qual com o seu pedido. Isso é mesmo verdade.

Por tratar-se de um fenômeno do Mundo Espiritual, as pessoas não


percebem. Quando vou a algum lugar, não são os fiéis que ficam alvoroçados.
Os deuses que estão no Mundo Espiritual é que ficam mais ainda. Os deuses
que estão nas proximidades se reúnem querendo receber graças. Entre eles,
muitos são os que vêm por vir e, depois, surpresos, passam a ajudar com
devoção.

Por isso, esses trabalhos em relação ao Mundo Espiritual são bem mais
numerosos. Tenho feito os registros disso e creio que poderei levá-los ao
conhecimento de todos em duas ou três reuniões.
Mioshie-shu. Nº 4 (25/11/1951)
(tradução em: Ensinamentos de Meishu Sama – Diversos 4)

A SALVAÇÃO EM RELAÇÃO A MEISHU SAMA / DEUS/ BUDA


DEUS DRAGÃO

A salvação do Mundo Divino

Quando fui a Quioto, os deuses dos santuários daquela região - mais de


quarenta divindades - encostaram e fizeram diversos pedidos a mim,
agradeciam etc. - cada qual com o seu pedido. Isso é mesmo verdade.

Por tratar-se de um fenômeno do Mundo Espiritual, as pessoas não


percebem. Quando vou a algum lugar, não são os fiéis que ficam alvoroçados.
Os deuses que estão no Mundo Espiritual é que ficam mais ainda. Os deuses
que estão nas proximidades se reúnem querendo receber graças. Entre eles
muitos são os que vêm por vir e, depois, surpresos, passam a ajudar com
devoção.

Por isso esses trabalhos em relação ao Mundo Espiritual são bem mais
numerosos. Tenho feito os registros disso e creio que poderei levá-los ao
conhecimento de todos em duas ou três reuniões.

Mioshie-shu. Nº4 (25/11/1951)


(tradução em: Ensinamentos e Orientações)
POSSUA FÉ UNIVERSAL

Conforme venho insistindo, o mal de “Daijo” (fé universal)


corresponde ao bem de “Shojo” (fé restrita), e vice-versa. Peço profunda
reflexão aos fiéis de nossa Igreja, os quais estão esquecidos deste ponto
capital.

Em poucas palavras, a maneira “Daijo” de encarar as coisas é


observar tudo com visão global. Vou explicar melhor.

Há fiéis que são muito dedicados, pensando estarem praticando o


bem; muitas vezes, contudo, as conseqüências de seus atos atrapalham a
propagação da religião. Além disso, como todos sabem por experiência
própria, tais pessoas são do tipo auto-suficiente, confiam demais na força
humana e, inconscientemente, tendem a esquecer-se do santo poder de
Deus.

Ouço ainda, com freqüência, o seguinte comentário: “Por que fulano,


apesar de tanta dedicação, não faz muito progresso?” A razão é que essa
pessoa tem fé “Shojo” e, como tal, é austera, cria um ambiente
constrangedor à sua volta, não atraindo as demais, e por esse motivo não
prospera. O pior de tudo é que leva as coisas ao extremo e, fugindo ao
senso comum, diz e faz excentricidades. Vendo isso, as criaturas sensatas
são tomadas de desprezo, achando que a nossa Igreja é uma religião
supersticiosa e de baixo nível. É justamente nesse ponto que devemos
tomar o máximo de cuidado.

Existem pessoas, no entanto, que fazem progresso sem que a gente


espere, apesar de não darem mostras de grande dedicação. Essas sim,
realmente compreendem e agem conforme a fé “Daijo”.

Desejo acrescentar que justamente as pessoas de fé “Shojo” é que


procuram julgar o bem e o mal do próximo. Trata-se de um erro gravíssimo,
pois só Deus sabe fazer justiça. É demasiada insolência do homem querer
julgar o seu semelhante, e não há maior ofensa a Deus do que ignorarmos a
profundidade dessa profanação. Tais pessoas geralmente se julgam
perfeitas, são orgulhosas e, como lhes falta caráter, ao invés de progredirem,
costumam criar casos detestáveis.

Tomemos como exemplo o Japão antes do término da guerra.


Naquela época, julgava-se que o arrojado patriotismo do povo era uma ação
justa e ditada pelo bem. Era, no entanto, um bem de caráter restrito, pois
tinha-se em vista somente a felicidade do próprio país; assim, a derrota não
foi nada mais que uma conseqüência desse conceito egoísta. Aliás, eu
publiquei o Ensinamento “Precisamos ser universais” para comprovar a
veracidade dessa tese, ou seja, para demonstrar que o bem autêntico deve
ser o bem de “Daijo”, isto é, o bem universal. Se partíssemos deste princípio,
não teríamos sido invadidos e estaríamos livres daquele massacre e
vexame. Continuaríamos gozando de paz e mereceríamos o respeito do
mundo inteiro.

Em outras palavras, o amor também se divide em amor de Deus e


amor do homem. Como o amor de Deus é amor “Daijo”, Ele ama a
humanidade com um amor ilimitado; o amor do homem é amor “Shojo”, pois
ele se limita a amar a si próprio, a seus partidários e a seu povo. Portanto,
vem a ser um mal.

Os fiéis que compreenderem claramente o sentido das minhas


palavras devem manter sempre uma atitude “Daijo”, isto é, tomar
consciência do amor de Deus e transmiti-lo ao próximo, o que não deixará
de produzir bons frutos.

Viver de acordo com a Vontade de Deus e possuir amor fraternal


tornará a pessoa agradável a todos aqueles que a rodeiam, propiciando-lhe
um sucesso garantido.

25 de novembro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)
(R2/55) POSSUA FÉ UNIVERSAL

Alicerce do Paraíso, pág.397

Conforme venho insistindo, o mal de Daijo (fé universal) corresponde


ao bem de Shojo (fé restrita), e vice-versa. Peço profunda reflexão aos fiéis
de nossa Igreja, os quais estão esquecidos deste ponto capital.

Em poucas palavras, a maneira Daijo de encarar as coisas é observar


tudo com visão global. Vou explicar melhor.

Há fiéis que são muito dedicados, pensando estarem praticando o


bem; muitas vezes, contudo, as conseqüências de seus atos atrapalham a
propagação da religião. Além disso, como todos sabem por experiência
própria, tais pessoas são do tipo auto-suficiente, confiam demais na força
humana e, inconscientemente, tendem a esquecer-se do santo poder de
Deus.

Ouço ainda, com freqüência, o seguinte comentário: "Por que fulano,


apesar de tanta dedicação, não faz muito progresso?" A razão é que essa
pessoa tem fé Shojo e, como tal, é austera, cria um ambiente constrangedor
à sua volta, não atraindo as demais, e por esse motivo não prospera. O pior
de tudo é que leva as coisas ao extremo e, fugindo ao senso comum, diz e
faz excentricidades. Vendo isso, as criaturas sensatas são tomadas de
desprezo, achando que a nossa Igreja é uma religião supersticiosa e de
baixo nível. É justamente nesse ponto que devemos tomar o máximo de
cuidado.

Existem pessoas, no entanto, que fazem progresso sem que a gente


espere, apesar de não darem mostras de grande dedicação. Essas sim,
realmente compreendem e agem conforme a fé Daijo.
Desejo acrescentar que justamente as pessoas de fé Shojo é que
procuram julgar o Bem e o Mal do próximo. Trata-se de um erro gravíssimo,
pois só Deus sabe fazer justiça. É demasiada insolência do homem querer
julgar o seu semelhante, e não há maior ofensa a Deus do que ignorarmos a
profundidade dessa profanação. Tais pessoas geralmente se julgam
perfeitas, são orgulhosas e, como lhes falta caráter, ao invés de progredirem,
costumam criar casos detestáveis.

Tomemos como exemplo o Japão antes do término da guerra.


Naquela época, julgava-se que o arrojado patriotismo do povo era uma ação
justa e ditada pelo bem. Era, no entanto, um bem de caráter restrito, pois
tinha-se em vista somente a felicidade do próprio país; assim, a derrota não
foi nada mais que uma conseqüência desse conceito egoísta. Aliás, eu
publiquei o Ensinamento "Precisamos ser universais" para comprovar a
veracidade dessa tese, ou seja, para demonstrar que o bem autêntico deve
ser o bem de Daijo, isto é, o bem universal. Se partíssemos deste princípio,
não teríamos sido invadidos e estaríamos livres daquele massacre e
vexame. Continuaríamos gozando de paz e mereceríamos o respeito do
mundo inteiro.

Em outras palavras, o amor também se divide em amor de Deus e


amor do homem. Como o amor de Deus é amor Daijo, Ele ama a
humanidade com um amor ilimitado; o amor do homem é amor Shojo, pois
ele se limita a amar a si próprio, a seus partidários e a seu povo. Portanto,
vem a ser um mal.

Os fiéis que compreenderem claramente o sentido das minhas


palavras devem manter sempre uma atitude Daijo, isto é, tomar consciência
do amor de Deus e transmiti-lo ao próximo, o que não deixará de produzir
bons frutos.

Viver de acordo com a Vontade de Deus e possuir amor fraternal


tornará a pessoa agradável a todos aqueles que a rodeiam, propiciando-lhe
um sucesso garantido.

Revista Tijo Tengoku nº 30, 25 de novembro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)
O amor também se divide em amor de Deus e amor do homem. Como
o amor de Deus é amor ’Daijo’ (sem limites), Ele ama a humanidade com um
amor ilimitado; o amor do homem é amor ‘Shojo’ (limitado), pois ele se limita
a amar a si próprio, a seus partidários e a seu povo. Portanto, vem a ser um
mal.

Os fiéis que compreenderem claramente o sentido das minhas


palavras devem manter sempre uma atitude ‘Daijo’, isto é, tomar consciência
do amor de Deus e transmiti-lo ao próximo, o que não deixará de produzir
bons frutos.

Viver de acordo com a Vontade de Deus e possuir amor fraternal


tornará a pessoa agradável a todos aqueles que a rodeiam, propiciando-lhe
um sucesso garantido.

(Possua fé universal, 25 de novembro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

A respeito da fé universal

Conforme venho insistindo, o mal de "Daijo" (fé universal)


corresponde ao bem de "Shojo" (fé restrita), e vice-versa. Peço profunda
reflexão aos fiéis da nossa Igreja, os quais estão esquecidos deste ponto
capital.

Em poucas palavras, a maneira "Daijo" de encarar as coisas é


observar tudo com visão global. Vou explicar melhor.

Há fiéis que são muito dedicados, pensando estarem praticando o


bem; muitas vezes, contudo, as conseqüências de seus atos atrapalham a
propagação da religião. Além disso, como todos sabem por experiência
própria, tais pessoas são do tipo auto-suficiente, confiam demais na força
humana e, inconscientemente, tendem a esquecer-se do santo poder de
Deus.

Ouço ainda, com freqüência, o seguinte comentário desconfiado: "Por


que fulano, apesar de tanta dedicação, não faz muito progresso?" A razão é
que essa pessoa tem fé "Shojo" e, como tal, é austera, cria um ambiente
constrangedor à sua volta, não atraindo as demais, e por esse motivo não
prospera. O pior de tudo é que leva as coisas ao extremo e, fugindo ao
senso comum, diz e faz excentricidades. Vendo isso, as criaturas sensatas
são tomadas de desprezo, achando que a nossa Igreja é uma religião
supersticiosa e de baixo nível. É justamente nesse ponto que devemos
tomar o máximo de cuidado.

Há pessoas, no entanto, que fazem progresso sem que a gente


espere, apesar de não darem mostras de grande dedicação. Essas sim,
realmente compreendem e agem conforme a fé "Daijo".
Desejo acrescentar que justamente as pessoas de fé "Shojo" é que
procuram julgar o bem e o mal do próximo. Trata-se de um erro gravíssimo,
pois só Deus sabe fazer justiça. É demasiada insolência do homem querer
julgar o seu semelhante, e não há maior ofensa a Deus do que ignorarmos a
profundidade dessa profanação. Tais pessoas geralmente se julgam
perfeitas, são orgulhosas e, como lhes falta caráter, ao invés de progredirem,
costumam criar casos detestáveis.

(Possua Fé Universal - 25 de novembro de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

POSSUA FÉ UNIVERSAL

Há fiéis que são muito dedicados, pensando estarem praticando o


bem; muitas vezes, contudo, as conseqüências de seus atos atrapalham a
propagação da religião. Além disso, como todos sabem por experiência
própria, tais pessoas são do tipo auto-suficiente, confiam demais na força
humana e, inconscientemente, tendem a esquecer-se do santo poder de
Deus.

Ouço ainda, com freqüência, o seguinte comentário: "Por que fulano,


apesar de tanta dedicação, não faz muito progresso?" A razão é que essa
pessoa tem fé shojo e, como tal, é austera, cria um ambiente constrangedor
à sua volta, não atraindo as demais, e por esse motivo não prospera. O pior
de tudo é que leva as coisas ao extremo e, fugindo ao senso comum, diz e
faz excentricidades. Vendo isso, as criaturas sensatas são tomadas de
desprezo, achando que a nossa Igreja é uma religião supersticiosa e de
baixo nível. É justamente nesse ponto que devemos tomar o máximo de
cuidado.

Existem pessoas, no entanto, que fazem progresso sem que a gente


espere, apesar de não darem mostras de grande dedicação. Essas sim,
realmente compreendem e agem conforme a fé daijo.

Desejo acrescentar que justamente as pessoas de fé shojo é que


procuram julgar o Bem e o Mal do próximo. Trata-se de um erro gravíssimo,
pois só Deus sabe fazer justiça. É demasiada insolência do homem querer
julgar o seu semelhante, e não há maior ofensa a Deus do que ignorarmos a
profundidade dessa profanação. Tais pessoas geralmente se julgam
perfeitas, são orgulhosas e, como lhes falta caráter, ao invés de progredirem,
costumam criar casos detestáveis.

Tomemos como exemplo o Japão antes do término da guerra.


Naquela época, julgava-se que o arrojado patriotismo do povo era uma ação
justa e ditada pelo Bem. Era, no entanto, um bem de caráter restrito, pois
tinha-se em vista somente a felicidade do próprio país; assim, a derrota não
foi nada mais que uma conseqüência desse conceito egoísta. Aliás, eu
publiquei o ensinamento "Precisamos ser universais" para comprovar a
veracidade dessa tese, ou seja, para demonstrar que o Bem autêntico deve
ser o bem de daijo, isto é, o bem universal. Se partíssemos deste princípio,
não teríamos sido invadidos e estaríamos livres daquele massacre e
vexame. Continuaríamos gozando de paz e mereceríamos o respeito do
mundo inteiro.

Em outras palavras, o amor também se divide em amor de Deus e


amor do homem. Como o amor de Deus é amor daijo, Ele ama a
humanidade com um amor ilimitado; o amor do homem é amor shojo, pois
ele se limita a amar a si próprio, a seus partidários e a seu povo. Portanto,
vem a ser um mal.

Os fiéis que compreenderem claramente o sentido das minhas


palavras devem manter sempre uma atitude daijo, isto é, tomar consciência
do amor de Deus e transmiti-lo ao próximo, o que não deixará de produzir
bons frutos.

Viver de acordo com a Vontade de Deus e possuir amor fraternal


tornará a pessoa agradável a todos aqueles que a rodeiam, propiciando-lhe
um sucesso garantido.

25 de novembro de 1951
(tradução em: Mokiti Okada – Manual de Estudos)

(R2/61) ENTREGUE-SE A DEUS

Alicerce do Paraíso, pág.421

Freqüentemente aconselho às pessoas: "Entreguem-se a Deus".

Entregar-se inteiramente a Deus é jamais se preocupar com o que


possa acontecer. Isso parece fácil, mas na realidade não o é. Eu mesmo
faço um grande esforço para agir assim; entretanto, as preocupações
surgem-me involuntariamente. Neste mundo cheio de perversidade, é quase
impossível viver sem preocupações. Mas o homem de fé torna-se diferente
dos demais: tão logo lhe surge um problema, lembra-se de entregá-lo a
Deus. Sente-se, pois, aliviado.
Gostaria de salientar um ponto que a maioria das pessoas
desconhece. Se interpretarmos espiritualmente o ato de preocupar-se,
verificaremos que ele representa uma forma de apego. É o apego à
preocupação. Isso constitui um grave problema, porque influi maleficamente
sobre todas as coisas.

O apego apresenta-se como desejo de fama, dinheiro e satisfação de


todas as vontades. Entretanto, ainda há outros apegos de caráter maligno.
Por exemplo, referir-se a alguém dizendo: "Fulano não merece perdão, é um
insolente. Eu o detesto, vou dar-lhe uma lição". Esse pensamento expressa
o desejo obstinado de que aconteça algo mau à pessoa.

Mas não me prenderei a essas conhecidas formas de apego;


pretendo analisar aquelas que nem todos percebem, tal como a
preocupação em relação ao futuro e o sofrimento pelo que já passou.
Quando se trata de um religioso, embora Deus queira protegê-lo, o apego
forma espiritualmente um obstáculo. Quanto mais forte o apego, mais fraca é
a proteção Divina; daí nem sempre as coisas correrem como gostaríamos.
Vejamos.
É difícil conseguir de imediato aquilo que se deseja intensamente,
mas todos sabemos, por experiência própria, que é comum esse desejo se
concretizar a partir do momento em que, considerando-o inviável, a pessoa
se resigna.

Às vezes, querendo obter algo, tudo nos parece fácil, mas nada
conseguimos. E, mais uma vez, o desejo se concretiza repentinamente,
quando já o tivermos esquecido.

Na prática do Johrei acontece o mesmo. Se houver intensa vontade


de curar alguém "de qualquer maneira", a recuperação torna-se mais difícil.
Entretanto, quando o ministramos com desprendimento, ou quando a pessoa
o recebe com certa desconfiança, inesperadamente sobrevêm bons
resultados. Freqüentemente, apesar do esforço de toda a família, o doente
em estado grave acaba morrendo. Observa-se que é relativamente mais fácil
a cura de um enfermo quando este e sua família se preocupam menos,
ficando um tanto indiferentes ante a idéia da morte.

Temos, ainda, o caso de o doente e seus familiares, ansiosos pela


cura, verem a doença ir se agravando sempre, até chegar ao ponto em que,
ante a perspectiva do inevitável desenlace, todos se resignam. É então que
sobrevêm melhoras rápidas, e firma-se a cura. Aquele que reage, confiando
somente no poder de sua força de vontade, certo de que vai se curar, quase
sempre morre. É um fato curioso. A causa principal está no apego à vida.

Esses exemplos mostram a perigosa influência do apego.

Ao nos depararmos com um doente desenganado, é bom insinuar-lhe,


bem como à sua família, que, diante da improbabilidade da cura, vamos
pedir a Deus pela sua infalível salvação no Mundo Espiritual. A partir daí,
com a ministração do Johrei, muitas vezes a doença começa a ceder.
O mesmo se aplica no relacionamento entre pessoas de sexos
opostos. O demasiado interesse de uma afasta a outra. Pode parecer
irônico, mas é o apego que esfria o coração. Aliás, a maioria dos
acontecimentos tem, realmente, caráter irônico. Por isso, são complicados e
curiosos.

Considerando que quase sempre o apego é a causa do insucesso,


tenho por hábito aconselhar às pessoas que provoquem o efeito contrário. É
a ironia das ironias, mas é a pura verdade.

Jornal Eiko nº 132, 28 de novembro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

ENTREGUE-SE A DEUS

Freqüentemente aconselho às pessoas: “Entreguem-se a Deus”.


Entregar-se inteiramente a Deus é jamais se preocupar com o que
possa acontecer. Isso parece fácil, mas na realidade não o é. Eu mesmo
faço um grande esforço para agir assim; entretanto, as preocupações
surgem-me involuntariamente. Neste mundo cheio de perversidade, é quase
impossível viver sem preocupações. Mas o homem de fé torna-se diferente
dos demais: tão logo lhe surge um problema, lembra-se de entregá-lo a
Deus. Sente-se, pois, aliviado.

Gostaria de salientar um ponto que a maioria das pessoas


desconhece. Se interpretarmos espiritualmente o ato de preocupar-se,
verificaremos que ele representa uma forma de apego. É o apego à
preocupação. Isso constitui um grave problema, porque influi maleficamente
sobre todas as coisas.

O apego apresenta-se como desejo de fama, dinheiro e satisfação de


todas as vontades. Entretanto, ainda há outros apegos de caráter maligno.
Por exemplo, referir-se a alguém dizendo: “Fulano não merece perdão, é um
insolente. Eu o detesto, vou dar-lhe uma lição”. Esse pensamento expressa
o desejo obstinado de que aconteça algo mau à pessoa.

Mas não me prenderei a essas conhecidas formas de apego;


pretendo analisar aquelas que nem todos percebem, tal como a
preocupação em relação ao futuro e o sofrimento pelo que já passou.
Quando se trata de um religioso, embora Deus queira protegê-lo, o apego
forma espiritualmente um obstáculo. Quanto mais forte o apego, mais fraca é
a proteção Divina; daí nem sempre as coisas correrem como gostaríamos.
Vejamos.

É difícil conseguir de imediato aquilo que se deseja intensamente,


mas todos sabemos, por experiência própria, que é comum esse desejo se
concretizar a partir do momento em que, considerando-o inviável, a pessoa
se resigna.
Às vezes, querendo obter algo, tudo nos parece fácil, mas nada
conseguimos. E, mais uma vez, o desejo se concretiza repentinamente,
quando já o tivermos esquecido.

Na prática do Johrei acontece o mesmo. Se houver intensa vontade


de curar alguém “de qualquer maneira”, a recuperação torna-se mais difícil.
Entretanto, quando o ministramos com desprendimento, ou quando a pessoa
o recebe com certa desconfiança, inesperadamente sobrevêm bons
resultados. Freqüentemente, apesar do esforço de toda a família, o doente
em estado grave acaba morrendo. Observa-se que é relativamente mais fácil
a cura de um enfermo quando este e sua família se preocupam menos,
ficando um tanto indiferentes ante a idéia da morte.

Temos, ainda, o caso de o doente e seus familiares, ansiosos pela


cura, verem a doença ir se agravando sempre, até chegar ao ponto em que,
ante a perspectiva do inevitável desenlace, todos se resignam. É então que
sobrevêm melhoras rápidas, e firma-se a cura. Aquele que reage, confiando
somente no poder de sua força de vontade, certo de que vai se curar, quase
sempre morre. É um fato curioso. A causa principal está no apego à vida.

Esses exemplos mostram a perigosa influência do apego.

Ao nos depararmos com um doente desenganado, é bom insinuar-lhe,


bem como à sua família, que, diante da improbabilidade da cura, vamos
pedir a Deus pela sua infalível salvação no Mundo Espiritual. A partir daí,
com a ministração do Johrei, muitas vezes a doença começa a ceder.
O mesmo se aplica no relacionamento entre pessoas de sexos
opostos. O demasiado interesse de uma afasta a outra. Pode parecer
irônico, mas é o apego que esfria o coração. Aliás, a maioria dos
acontecimentos tem, realmente, caráter irônico. Por isso, são complicados e
curiosos.

Considerando que quase sempre o apego é a causa do insucesso,


tenho por hábito aconselhar às pessoas que provoquem o efeito contrário. É
a ironia das ironias, mas é a pura verdade.
28 de novembro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

Freqüentemente aconselho às pessoas: “Entreguem-se a Deus”.


Entregar-se inteiramente a Deus é jamais se preocupar com o que possa
acontecer. Isso parece fácil, mas na realidade não o é. Eu mesmo faço um
grande esforço para agir assim; entretanto, as preocupações surgem-me
involuntariamente. Neste mundo cheio de perversidade, é quase impossível
viver sem preocupações. Mas o homem de fé torna-se diferente dos demais:
tão logo lhe surge um problema, lembra-se de entregá-lo a Deus. Sente-se,
pois, aliviado. Gostaria de salientar um ponto que a maioria das pessoas
desconhece. Se interpretarmos espiritualmente o ato de preocupar-se,
verificaremos que ele apresenta uma forma de apego. É o apego à
preocupação. Isso constitui um grave problema, porque influi maleficamente
sobre todas as coisas. (...) Mas não me prenderei a essas conhecidas
formas de apego; pretendo analisar aquelas que nem todos percebem, tal
como a preocupação em relação ao futuro e o sofrimento pelo que já
passou. Quando se trata de um religioso, embora Deus queira protegê-lo, o
apego forma espiritualmente um obstáculo. Quanto mais forte o apego, mais
fraca é a proteção Divina; daí nem sempre as coisas correm como
gostaríamos.

(Entregue-se a Deus, 28 de novembro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

“Quem está com Deus não deve lamentar o passado nem se preocupar
com o futuro.”
Freqüentemente aconselho às pessoas: “Entreguem-se a Deus”.

Entregar-se inteiramente a Deus é jamais se preocupar com o que possa


acontecer. Isso parece fácil, mas na realidade não é. Eu mesmo faço um
grande esforço para agir assim; entretanto, as preocupações surgem-me
involuntariamente. Neste mundo cheio de perversidade, é quase impossível
viver sem preocupações. Mas o homem de fé torna-se diferente dos demais:
tão logo lhe surge um problema, lembra-se de entregá-lo a Deus. Sente-se,
pois, aliviado.
Gostaria de salientar um ponto que a maioria das pessoas desconhece.
Se interpretarmos espiritualmente o ato de preocupar-se, verificaremos que ele
representa uma forma de apego. É o apego à preocupação. Isso constitui um
grave problema, porque influi maleficamente sobre todas as coisas.

O apego apresenta-se como desejo de fama, dinheiro e satisfação de


todas as vontades. Entretanto, ainda há outros apegos de caráter maligno. Por
exemplo, referir-se a alguém dizendo: “Fulano não merece perdão, é um
insolente. Eu o detesto, vou dar-lhe uma lição”. Esse pensamento expressa o
desejo obstinado de que aconteça algo mau à pessoa.

Mas não me prenderei a essas conhecidas formas de apego. Pretendo


analisar aquelas que nem todos percebem, tal como a preocupação em relação
ao futuro e o sofrimento pelo que já passou. Quando se trata de um religioso,
embora Deus queira protegê-lo, o apego forma espiritualmente um obstáculo.
Quanto mais forte o apego, mais fraca é a proteção Divina; daí nem sempre as
coisas correrem como gostaríamos. Vejamos.

É difícil conseguir de imediato aquilo que se deseja intensamente, mas


todos sabemos, por experiência própria, que é comum esse desejo se
concretizar a partir do momento em que, considerando-o inviável, a pessoa se
resigna. Às vezes, querendo obter algo, tudo nos parece fácil, mas nada
conseguimos. E, mais uma vez, o desejo se concretiza repentinamente, quando
já o tivermos esquecido.
Na prática do Johrei acontece o mesmo. Se houver intensa vontade de
curar alguém “de qualquer maneira”, a recuperação torna-se mais difícil.
Entretanto quando o ministramos com desprendimento, ou quando a pessoa o
recebe com certa desconfiança, inesperadamente sobrevêm bons resultados.
Freqüentemente, apesar do esforço de toda a família, o doente em estado
grave acaba morrendo. Observa-se que é relativamente mais fácil a cura de um
enfermo quando este e sua família se preocupam menos, ficando um tanto
indiferentes ante a idéia da morte. Temos, ainda, o caso de o doente e seus
familiares, ansiosos pela cura, verem a doença ir se agravando sempre, até
chegar ao ponto em que, ante a perspectiva do inevitável desenlace, todos se
resignam. É então que sobrevêm melhoras rápidas, e firma-se a cura. Aquele
que reage, confiando somente no poder de sua força de vontade, certo de que
vai se curar, quase sempre morre. É um fato curioso. A causa principal está no
apego à vida.

Esses exemplos mostram a perigosa influência do apego.

Ao nos depararmos com um doente desenganado, é bom insinuar-lhe,


bem como à sua família, que, diante da improbabilidade da cura, vamos pedir a
Deus pela sua infalível salvação no Mundo Espiritual. A partir daí, com a
ministração do Johrei, muitas vezes a doença começa a ceder. O mesmo se
aplica ao relacionamento entre pessoas de sexos opostos. O demasiado
interesse de uma afasta a outra. Pode parecer irônico, mas é o apego que
esfria o coração. Aliás, a maioria dos acontecimentos tem, realmente, caráter
irônico. Por isso, são complicados e curiosos.

Considerando que quase sempre o apego é a causa do insucesso, tenho


por hábito aconselhar às pessoas que provoquem o efeito contrário. É a ironia
das ironias, mas é a pura verdade.

Alicerce do Paraíso - “Entregue-se a Deus” (28/11/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)
NÃO PERTURBEM O MEU TRABALHO (II)

A seguir, explanarei sobre o Museu de Arte: este será um prédio de três


andares, com superfície total de cerca de mil tsubo. Seu estilo é que vem a ser
um novo problema, porque, conquanto ele deva ser, a grosso modo, do estilo
Le Corbusier, desejo fazer dele uma construção universal, que exponha
completamente sua atmosfera como museu de arte. Outrossim, no tangenteas
obras artísticas a serem nele expostas, almejo ao degrau mais elevado no
mundo, não só em termos quantitativos, é óbvio, mas também qualitativamente.
Esclareço: existem museus, tanto gerais quanto de arte, seja nos Estados
Unidos, na Inglaterra, na França e em outros países. Seja como for, porém, o
que eles têm a exibir é composto quase que só por peças ocidentais. Em
contraposição, no Museu de Arte a que me refiro, a tônica reside na arte
oriental. O Oriente, no âmbito da arte universal, ocupa (opinião também
compartilhada com os amantes europeus e norte-americanos da Arte) posição
de irrefutável primazia. Este é um fato evidente também pelo desvelo
dispensado nos Estados Unidos e na Europa, nestes últimos anos, na coleta de
arte oriental. Pelo mesmo motivo, as peças que eles adquiriram de algumas
décadas para cá, sem poupar dinheiro, após terem percebido tal valor,
abrilhantam atualmente os museus de seus respectivos países. Entretanto, o
curto intervalo de algumas meras décadas não é o bastante para que se atinja
um estado satisfatório, o que constitui matéria de aflição para os intelectuais
europeus e norte-americanos. Todavia, por obra da fortuna, no nosso Japão,
desde um milênio e alguns séculos atrás, foram armazenados a contento, no
país, além, naturalmente, das obras da China e da Coréia, aquelas peculiares
ao Japão. Posto que o processo tenha acontecido de maneira dispersiva,
podemos estar inteiramente confiantes nessa supremacia. Contudo, no
momento atual, é lamentável que a maior porção de tais peças esteja guardada
ociosamente, mas nada se pode fazer. É que, seja como for, diversamente do
que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos, o Japão, até o presente
momento, não teve a oportunidade de ser útil à humanidade, dando vida a esse
acervo. Ademais, tem-se que as obras artísticas chinesas e coreanas, hoje em
dia, quase não mais existem nos seus próprios países de origem. A causa
reside no fato de que, em conseqüência dos repetidos incêndios dos quais,
desde outrora, essas peças foram vítimas, elas ou se perderam, ou se
consumiram pelo fogo. O que acontece, quando muito, é o aparecimento
ocasional de um número ínfimo de peças escavadas que, indo parar nas mãos
de europeus e norte-americanos, são expostas em museus gerais e de arte.

Entretanto, no Japão, desde há mais de um milênio, importaram-se,


desnecessário dizer, obras-primas em pinturas e artes plásticas da China e da
Coréia, sendo que, no próprio Japão, já há mil e trezentos anos, na época do
reinado de Suiko, os seus habitantes criaram uma arte budista peculiar ao país,
aprendendo essa mesma arte da China Antiga. Posteriormente, o Japão
avançou e desenvolveu-se em todo tipo de obra artística, e, pela interação do
nascimento de talentos invulgares e de grandes mestres, um número incontável
de obras-primas foram produzidas, através dos períodos Tempyo, Fujiwara,
Kamakura, Muromachi, Tokugawa, Meiji e Taisho, até os dias de hoje. Assim, o
cabedal de excelentes peças de arte oriental acumulado nesse longo espaço de
tempo é verdadeiramente imenso. Além de tudo, desde tempos remotos, a casa
imperial, os xóguns, os senhores feudais e, mais recentemente, os zaibatsu,
amaram e valorizaram esse acervo, esforçando-se na sua preservação. Ainda
hoje, peças valiosas e de renome encontram-se cuidadosamente guardadas
por todo o país. Deve-se, então, dizer que a afirmação sempre por mim feita de
que o Japão é um museu mundial de arte vem muito bem a calhar.

Por semelhante motivo, no museu de arte que agora hei de construir,


aplacarei a sede dos diletantes de todos os países do mundo, reunindo nele o
supra-sumo da arte oriental. Concomitantemente, isso também resultará no
mostrar a altura do nível cultural japonês. Terá, outrossim, um grande efeito na
remoção do estigma de nação belicosa carregado pelo japonês, e, quando o
museu de arte estiver concluído, poderei anunciar com orgulho sua contribuição
para com a política nacional de convidar personalidades estrangeiras ao nosso
país. Além do supracitado, há mais um fato importante. Trata-se do intenso
desejo que os artistas nipônicos nutrem, hoje, de ver as obras-primas da arte
antiga, como referência. Todavia, é plausível dizer que quase inexistem
instalações suficientes para satisfazer a esse anseio. Há tão somente os
museus de Quioto, Tóquio e Osaka, e alguns museus de arte privados.
Naqueles, os elementos histórico e arqueológico são preponderantes; nestes, o
que existe deixa muito a desejar. No que toca exclusivamente aos museus de
arte, deve-se dizer que são uma espécie de expediente para a preservação de
propriedade, e, quando muito, mostram seu acervo a determinado público, em
apenas dois curtos intervalos, na primavera e no outono. Pela ausência de um
museu cuja organização simplificada permita a quem quer que seja ver suas
obras quando quiser, não haverá necessidade de eloqüência para dizer o quão
útil seria este museu de arte, no caso de sua concretização, para o
desenvolvimento da cultura do nosso país, de agora em diante.

Como se depreende do acima exposto, uma quantidade enorme de


peças raras e de renome jaz profundamente enterrada nos depósitos dos
zaibatsu e das classes distintas, no Japão, hoje. Em contraposição, se de um
lado há também um sem número de artistas e diletantes de todo o Japão
apaixonados por tais obras, o que então se faz indispensável, a partir de agora,
é um organismo que conecte ambas as partes. Nesse sentido, é primordial
obter a compreensão dos donos das obras artísticas. Concomitantemente, se
faz mui necessário um museu de arte dotado de instalações completas, para
viabilizar a exibição dessas peças, com a tranqüilidade de seus donos.

Prolonguei-me na escrita deste, mas digo que um empreendimento de


semelhante porte está prestes a ser concluído, mediante meu esforço único, e,
precisamente por isso, esta não é em absoluto uma empresa fácil. Talvez, trate-
se mesmo de uma obra grandiosa, jamais experimentada por alguém, em toda
a História da humanidade. Para tanto, embora fosse quase impossível contar
com a ajuda estatal, na verdade, eu poderia receber um auxílio razoável do
município ou de grupos privados, mas é que eu não gosto de tal dependência. A
causa é que, caso fosse objeto desse auxílio, eu não poderia trabalhar
impetuosamente, consoante minhas idéias. Seja como for, em se tratando de
um empreendimento que não visa ao lucro, e de um projeto inédito, de
dimensões por demais grandiosas, quero manifestar a minha individualidade,
até o fim, exatamente como um artista faz com a sua obra.

Parece haver jornalistas que falam a esmo desta religião, no que diz
respeito à grandiosa empresa acima descrita, sem conhecer o seu real
conteúdo. É desejável que reflitam profundamente sobre tão impensada atitude.
Como se pode depreender do discorrido, eu venho esforçando-me em silêncio,
em prol da cultura mundial e do porvir do Japão. Assim, hoje, quando as coisas,
graças ao auxílio divino, vêm, de um modo geral, correndo a contento, eu me
sinto satisfeito. Como esta empresa é de caráter nacional, ou antes, universal,
se eu não me lançasse à sua consecução, alguém teria que fazê-lo, e quanto
mais rápida fosse sua realização, maior seriam seus préstimos para o
desenvolvimento cultural. Portanto, quero solicitar a todas aquelas pessoas que
ainda não conheçam o projeto, ou que por ele tenham algum interesse, que
visitem, primeiramente, o local de sua instalação. Nesse caso, não apenas
mostrarei tudo com desvelo, como não pouparei esforço em explicar o projeto,
até que meu interlocutor se satisfaça.

Eiko, nº.112 — 28 de novembro de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

(ART/15) NÃO ATRAPALHE O MEU TRABALHO (II)

Em seguida, construirei o Museu de Belas-Artes, que será de três


andares e terá mais ou menos 331 m². Seu estilo é que é um problema. Isso
porque o Museu também será no estilo Le Corbusier, mas quero que seja
algo mundial, que mostre bem o colorido de um Museu de Belas-Artes.
Quanto às obras que nele serão expostas, tanto no que se refere à
quantidade como à qualidade, estou objetivando o nível mais alto, em
termos mundiais. Isso porque os Estados Unidos, a Inglaterra e a França
também possuem esplêndidos museus históricos e de Belas-Artes, mas os
objetos expostos são, na sua maioria, obras ocidentais. Em nosso museu,
darei prioridade a obras de arte orientais. Segundo a opinião dos próprios
apreciadores de Belas-Artes europeus e americanos, em termos de obra de
arte, sem dúvida alguma o Oriente é superior ao Ocidente. Isso se evidencia
ao observarmos que, ultimamente, os Estados Unidos e a Europa também
estão se esforçando em colecionar obras de arte orientais. Há mais de dez
anos eles voltaram os olhos para o Oriente, e o que conseguiram obter, sem
se importar com a quantia despendida, hoje está fazendo prosperar o Museu
Nacional de Belas-Artes. No entanto, nesse curto período de dez anos, ele
não atingiu a perfeição, o que está sendo motivo de preocupação para os
especialistas da América. No Japão, felizmente estão conservadas, em
estado satisfatório, há mais de mil anos, obras da China, da Coréia e do
próprio Japão, as quais, apesar de espalhadas, possuem algo que chama a
atenção. No momento, a maioria permanece guardada, sem vida, o que é
lamentável. De qualquer modo, ao contrário dos Estados Unidos e da
Europa, até hoje o Japão valorizou essas obras, por não ter meios para
torná-las de utilidade mundial. Além disso, atualmente, quase não existem
mais, no país, obras de arte da China e da Coréia. Isto porque o Japão
sofreu com os vários incêndios causados pela guerra, e quase todas essas
obras foram destruídas pelo fogo. Algumas foram descobertas em
escavações e adquiridas pelos americanos e europeus, estando expostas
em museus históricos e de Belas-Artes.

Há mais de mil anos o Japão importou pinturas e porcelanas famosas


da China e da Coréia, sendo que, na Era Suiko-chô, mais de mil e trezentos
anos atrás, ele aprendeu com a China a técnica da arte budista, criando a
arte budista peculiar japonesa. Posteriormente, desenvolveu todos os tipos
de obras de arte. Paralelamente ao aparecimento de célebres mestres,
surgiram numerosas obras famosas no decorrer dos períodos Tempyo,
Fujiwara, Kamakura, Momoyama, Tokugawa, Meiji, Taisho, até os dias de
hoje. É realmente grande o número de excelentes obras de arte orientais
armazenadas nesse longo período. Além disso, desde épocas antigas, a
começar pelo Palácio Imperial, os generais, os senhores feudais e,
atualmente, os grupos financeiros, apreciam e valorizam tais obras,
esforçando-se pela sua conservação. Mesmo hoje, essas obras raras são
admiradas em todos os locais do país. Aquilo que sempre digo, “o Japão é o
Museu de Arte do Mundo”, é uma frase bem adequada.

Por esse motivo, no Museu de Belas-Artes que eu pretendo construir,


reunirei o melhor da arte oriental e, ao mesmo tempo em que satisfarei a
sede dos apreciadores de cada país do mundo, mostrarei a superioridade
cultural do povo japonês. Além de limpar-lhe a má fama de povo belicoso,
creio que esse museu terá um grande efeito; inclusive, como meio a ser
utilizado pela política nacional, posso dizer, com orgulho, que ele tem força
para atrair visitantes estrangeiros. E existe outro ponto importante. Os
artistas japoneses estão mostrando intenso desejo de ter como referência as
obras-primas da arte erudita. Pode-se dizer, no entanto, que quase não
existem estabelecimentos que satisfaçam esse seu desejo. Há museus
históricos em apenas três cidades, e museus de Arte particulares em poucos
lugares. Os museus históricos têm principalmente obras históricas e
arqueológicas, sendo carentes de obras artísticas. No caso dos museus de
Arte particulares, é como se fosse uma espécie de proteção ao patrimônio,
pois somente duas vezes por ano, na primavera e no outono, eles são
abertos, durante um curto período, a um grupo especial de pessoas. Como
não existem museus de Arte com uma organização maleável, que permita às
pessoas apreciarem seu acervo quando elas quiserem, ao ficar pronto o
nosso Museu de Belas-Artes, creio que não preciso dizer o quanto ele será
útil para a elevação da cultura japonesa.

Através de tudo que foi escrito acima sobre as inúmeras obras de arte
famosas e raras existentes, atualmente, no Japão, guardadas no fundo de
armazéns dos grupos financeiros e de classes especiais, e também sobre a
existência de inúmeros artistas e apreciadores apaixonados por essas obras,
podemos compreender que, futuramente, será necessário um órgão que
estabeleça uma ligação entre as obras e os artistas e apreciadores. Nesse
sentido, o melhor meio é obter a compreensão dos possuidores de obras de
arte. Também é de extrema necessidade um museu com instalações
completas, onde as obras possam ser expostas com tranqüilidade.

Eu me estendi muito, mas, como pretendo realizar sozinho essa obra


tão grandiosa, realmente não é fácil. Provavelmente é algo que ninguém
jamais experimentou realizar, desde o início da História. Normalmente,
mesmo que não me fosse possível receber ajuda do governo, não haveria
nenhum problema em receber ajuda do município e de entidades privadas.
Mas eu não quero isso, porque, recebendo esse tipo de ajuda, não poderei
agir com firmeza, do jeito que eu penso. Além do mais, por se tratar de um
empreendimento que não visa à obtenção de lucros e por ser um
planejamento novo de grande porte, sem exemplo igual, quero demonstrar
toda a minha originalidade, tal como os artistas fazem com as suas obras.
A propósito da grandiosa obra que estou realizando, parece que
alguns jornalistas falam isso e aquilo de nossa Igreja sem ter conhecimento
da sua verdadeira natureza, por isso eu gostaria que esses jornalistas
refletissem bastante. Creio que, dessa forma, eles poderão compreender
que eu venho me esforçando em silêncio, pensando no bem da cultura
mundial e no futuro do Japão. E estou feliz por ter conseguido, através da
ajuda Divina, levar a obra adiante, até hoje, com sucesso. Mesmo que eu
não a realizasse, alguém teria que realizá-la, porque se trata de uma obra de
importância nacional, ou melhor, mundial. Quanto mais rápido ela se
concretizar, mais rapidamente contribuirá para a elevação da cultura. Sendo
assim, quero que as pessoas que ainda desconhecem o meu projeto e
aquelas que se interessam por ele, antes de mais nada, vejam a realidade
“in loco”. Nesse caso, mostrarei de bom grado o que estamos realizando e
não medirei esforços para dar-lhes explicações satisfatórias.

Jornal Eiko nº 131, 28 de novembro de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

“A beleza natural e a beleza criada pelo homem estão expressas em


perfeita harmonia no Paraíso Celestial.”

Os fiéis sabem perfeitamente qual é a atividade em que estou agora me


empenhando de corpo e alma. Ultimamente, entre as pessoas cultas, aumentou
bastante o número daquelas que passaram a compreender o meu trabalho, o
que é animador. Mas, como ainda existem pessoas equivocadas, parte do que
eu vou escrever será pensando nelas. Essas pessoas, sem dúvida,
desconhecem a verdadeira natureza da nossa Igreja, e por isso vacilam com os
comentários do povo e a demagogia dos veículos de comunicação. Entre elas
há ateístas convictos, que não gostam de Religião desde que nasceram; aliás,
até parece mentira, mas também existem pessoas que, não sei se por
gostarem do Mal, ficam irritadas porque a Religião incentiva o Bem. Entretanto,
a não ser os comunistas, não deve existir um só japonês contrário ao
melhoramento do Japão, sua terra natal.
Deixando de lado assuntos religiosos como Deus e fé, o presente artigo
está centralizado num assunto que até mesmo uma pessoa comum consegue
compreender. Trata-se do protótipo do Paraíso Terrestre, que está em plena
construção em Hakone e Atami. O protótipo de Hakone é de escala menor, por
isso eu me aterei apenas ao protótipo de Atami. Meu plano, inicialmente, é
construir uma grandiosa Obra de Arte, única no mundo, onde a beleza natural
se harmonize com a beleza artificial.

Olhando mundialmente, tenho a opinião definida de que o país mais rico


em paisagens é o Japão. É verdade que ainda não fui ao estrangeiro, mas,
analisando a questão sob diversos pontos, chego a essa conclusão. Como
sempre digo, o Japão é o parque do mundo, e desde o início foi construído por
Deus com esse objetivo. Por felicidade nasci neste país, e residir nele,
atualmente, sem dúvida é conveniente em todos os aspectos. Pesquisando, no
Japão, locais que preenchessem os requisitos, concluí, sem sombra de dúvida,
que esses locais eram Hakone e Atami. Nestas cidades, encontrei
misteriosamente o terreno e a casa para morar exatamente como eu queria e
os adquiri com facilidade. Depois, assim que a guerra terminou, tudo
transcorreu harmoniosamente. Tanto em Hakone como em Atami foram
adquiridos, seguidamente, os terrenos necessários; ambos medem mais de 60
mil metros quadrados, podendo-se dizer que, no tocante à extensão, é o
bastante. Os terrenos de Hakone têm colinas íngremes, e as rochas estão
empilhadas uma em cima da outra, o que não é adequado para um plano de
grande porte. Nesse ponto, as colinas de Atami não são altas, e há bastante
espaço plano, sendo possível fazer um planejamento em grande escala. É por
esse motivo que o protótipo de Atami está em plena construção neste
momento.
Atami reúne todas as condições, e, antes de mais nada, uma paisagem
maravilhosa. Provavelmente, não existe um local desse porte em nenhum lugar
do Japão, por mais que se procure, e essa é a opinião unânime de todas as
pessoas que o visitam. Além disso, é um local de trânsito bom e, como todos
sabem, encontra-se praticamente no limite da região Kanto com a região
Kansai, sendo de fácil acesso tanto para o leste como para o oeste. E tem
outras peculiaridades: no inverno, o clima é ameno; é rico em águas termais; o
verde cobre as montanhas ao redor; o mar da baía de Sagami é como se fosse
um espelho; do lado direito, bem ao longe, a beleza das curvas desenhadas por
cinco cabos; do lado esquerdo, também são interessantes as vinte e três ilhas
pequenas que ficam na parte extrema do Cabo de Manazuru; quando há sol,
vê-se no horizonte a linha da Península Miura, que flutua como num sonho; no
fundo das névoas, a linha comprida que parece estar dormindo é a Península
Bôsso, e as linhas curvas e estranhas, cheias de dentes, do famoso Monte
Nokoguiri chamam a atenção. Bem em frente à miniatura de uma paisagem
parada, está a Ilha Hatsushima e, à sua direita, a Ilha Ooshima, com suas
linhas leves, que não fazem notar o famoso vulcão.

O lugar que engloba numa só visão essa vista encantadora é a


plataforma panorâmica localizada no centro do Zuiun-Kyo (Terra Celestial). Pela
sua posição, pela altura das montanhas, é o local mais adequado para se
apreciar todo o panorama; quando colocamos os pés nesse local, nos sentimos
como se estivéssemos no Paraíso, e com isso qualquer pessoa concorda
plenamente. De fato, é o Solo Sagrado que Deus preparou quando construiu o
Céu e a Terra. Se não for uma grandiosa Obra de Arte feita por Deus, o que
poderá ser? Além do mais, da estação até lá leva-se quinze minutos a pé e
cinco minutos de carro; a estrada é uma subida branda, e por isso facilmente
transitável. Adquiri esse terreno em 1946; portanto, está fazendo cinco anos.
Até hoje, todos os dias, ali estão trabalhando de corpo e alma, de acordo com o
meu projeto, cinqüenta a cem pessoas. No decorrer deste ano, pretendo
terminar a topografia. Serão plantadas, principalmente, 20 espécies de
azaléias, somando um total de dois mil pés; mil cerejeiras; quinhentas
ameixeiras. Também quero plantar o maior número possível de outras árvores
que dão flores, de modo que sempre haja flores no local. Pode-se dizer, antes
de qualquer outra coisa, que é o Paraíso ideal.

Finalmente, a partir da primavera do ano que vem, passaremos para a


fase de construção. Inicialmente, no terreno de 4.303m², construirei o Prédio
Messiânico, de um andar, que ocupará uma área de 2.648m². Certamente será
de ferro e concreto, e o estilo será baseado no estilo do francês Le Corbusier,
que, atualmente, está predominando no mundo da arquitetura. Calcado sobre
ele, meu projeto será um estilo novo, um estilo inédito; depois de pronto,
provavelmente chamará a atenção do mundo, tornando-se uma arquitetura
religiosa mundial. Realmente, o estilo Le Corbusier corresponde perfeitamente
à sensibilidade da época, mas falta-lhe um ar de altivez. Ele é bom e prático
para repartições públicas, apartamentos, residências, etc; no entanto, sinto que
não é muito adequado para construções de cunho religioso. Por outro lado, não
quero fazer uma construção clássica como as deixadas pelos antigos, por isso
precisa ser algo que expresse bem a sensibilidade da época. Ao mesmo tempo,
pretendo apresentar uma originalidade que combine com a ornamentação
interior e demais aspectos.

Em seguida, construirei o Museu de Belas-Artes, que será de três


andares e terá mais ou menos 331m². Seu estilo é que é um problema. Isso
porque o Museu também será no estilo Le Corbusier, mas quero que seja algo
mundial, que mostre bem o colorido de um Museu de Belas-Artes. Quanto às
obras que serão expostas, tanto no que se refere à quantidade como à
qualidade, estou objetivando o nível mais alto, em termos mundiais. Isso porque
os Estados Unidos, a Inglaterra e a França também possuem esplêndidos
museus históricos e de Belas-Artes, mas os objetos expostos são, na sua
maioria, obras ocidentais. Em nosso Museu, darei prioridade a obras de arte
orientais. Segundo a opinião dos próprios apreciadores de Belas-Artes
europeus e americanos, em termos de obra de arte, sem dúvida alguma o
Oriente é superior ao Ocidente. Isso se evidencia ao observarmos que,
ultimamente, os Estados Unidos e a Europa também estão se esforçando em
colecionar obras de arte orientais. Há mais de dez anos eles voltaram os olhos
para o Oriente, e o que conseguiram obter, sem se importar com a quantia
despendida, hoje está fazendo prosperar o Museu Nacional de Belas-Artes. No
entanto, nesse curto período de dez anos, ele não atingiu a perfeição, o que
está sendo motivo de preocupação para os especialistas da América. No Japão,
felizmente, estão conservadas, em estado satisfatório, há mais de mil anos,
obras da China, da Coréia e do próprio Japão, as quais, apesar de espalhadas,
possuem algo que chama a atenção. No momento, a maioria permanece
guardada, sem vida, o que é lamentável. De qualquer modo, ao contrário dos
Estados Unidos e da Europa, até hoje o Japão valorizou essas obras, por não
ter meios para torná-las de utilidade mundial. Além disso, atualmente, quase
não existem mais no país obras de arte da China e da Coréia. Isto porque o
Japão sofreu com os vários incêndios causados pela guerra, e quase todas
essas obras foram destruídas pelo fogo. Algumas foram descobertas em
escavações e adquiridas pelos americanos e europeus, estando expostas em
museus históricos e de Belas-Artes.

Há mais de mil anos o Japão importou pinturas e porcelanas famosas da


China e da Coréia, sendo que, na Era Suiko-chô, mais de mil e trezentos anos
atrás, aprendeu com a China a técnica da arte budista e criou a arte budista
peculiar japonesa. Posteriormente, desenvolveu todos os tipos de obras de
arte. Paralelamente ao aparecimento de célebres mestres, surgiram numerosas
obras famosas no decorrer dos períodos Tempyo, Fujiwara, Kamakura,
Momoyama, Tokugawa, Meiji, Taisho, até os dias de hoje. É realmente grande o
número de excelentes obras de arte orientais armazenadas nesse longo
período. Além disso, desde épocas antigas, a começar pelo Palácio Imperial, os
generais, os senhores feudais e, atualmente, os grupos financeiros, apreciam e
valorizam tais obras, esforçando-se pela sua conservação. Mesmo hoje, essas
obras raras são admiradas em todos os locais do país. Aquilo que sempre digo,
“o Japão é o Museu de Arte do Mundo”, é uma frase bem adequada.

Por esse motivo, no Museu de Belas-Artes que eu pretendo construir,


reunirei o melhor da arte oriental e, ao mesmo tempo em que satisfarei a sede
dos apreciadores de cada país do mundo, mostrarei a superioridade cultural do
povo japonês. Além de limpar-lhe a má fama de povo belicoso, creio que esse
museu terá um grande efeito; inclusive, como meio a ser utilizado pela política
nacional; posso dizer, com orgulho, que ele tem força para atrair visitantes
estrangeiros. E existe outro ponto importante. Os artistas japoneses estão
mostrando intenso desejo de ter como referência as obras-primas da arte
erudita. Pode-se dizer, no entanto, que quase não existem estabelecimentos
que satisfaçam esse seu desejo. Há museus históricos em apenas três cidades,
e museus de Arte particulares em poucos lugares. Os museus históricos têm
principalmente obras históricas e arqueológicas, sendo carentes de obras
artísticas. No caso dos museus de Arte particulares, é como se fosse uma
espécie de proteção ao patrimônio, pois somente duas vezes por ano, na
primavera e no outono, eles são abertos, durante um curto período, a um grupo
especial de pessoas. Como não existem museus de Arte com uma organização
maleável, que permita as pessoas apreciarem seu acervo quando elas
quiserem, ao ficar pronto o nosso Museu de Belas-Artes, creio que não preciso
dizer o quanto ele será útil para a elevação da cultura japonesa.

Através de tudo que foi escrito acima sobre as inúmeras obras de arte
famosas e raras existentes, atualmente, no Japão, guardadas no fundo de
armazéns dos grupos financeiros e de classes especiais, e também sobre a
existência de inúmeros artistas e apreciadores apaixonados por essas obras,
podemos compreender que, futuramente, será necessário um órgão que
estabeleça uma ligação entre as obras e os artistas e apreciadores. Nesse
sentido, o melhor meio é obter a compreensão dos possuidores de obras de
arte. Também é de extrema necessidade um museu com instalações completas,
onde as obras possam ser expostas com tranqüilidade.

Eu me estendi muito, mas, como pretendo realizar sozinho essa obra tão
grandiosa, realmente não é fácil. Provavelmente é algo que ninguém jamais
experimentou realizar, desde o início da História. Normalmente, mesmo que
não me fosse possível receber ajuda do governo, não haveria nenhum
problema em receber ajuda do município e de entidades privadas. Mas eu não
quero isso, porque, recebendo esse tipo de ajuda, não poderei agir com
firmeza, do jeito que eu penso. Além do mais, por se tratar de um
empreendimento que não visa à obtenção de lucros e por ser um planejamento
novo de grande porte, sem exemplo igual, quero demonstrar toda a minha
originalidade, tal como os artistas fazem com as suas obras.

A propósito da grandiosa obra que estou realizando, parece que alguns


jornalistas falam isso e aquilo de nossa Igreja sem ter conhecimento da sua
verdadeira natureza, por isso eu gostaria que eles refletissem bastante. Creio
que, dessa forma, eles poderão compreender que eu venho me esforçando em
silêncio, pensando no bem da cultura mundial e no futuro do Japão. E estou
feliz por ter conseguido, através da ajuda Divina, levar a obra adiante, até hoje,
com sucesso. Mesmo que eu não a realizasse, alguém teria que realizá-la,
porque se trata de uma obra de importância nacional, ou melhor, mundial.
Quanto mais rápido ela se concretizar, mais rapidamente contribuirá para a
elevação da cultura. Sendo assim, quero que as pessoas que ainda
desconhecem o meu projeto e aquelas que se interessam por ele, antes de
mais nada, vejam a realidade “in loco”. Nesse caso, mostrarei de bom grado o
que estamos realizando e não medirei esforços para dar-lhes explicações
satisfatórias.

Jornal Eiko nº 131 e 132 – “Não atrapalhe o meu trabalho” (21/11/51 e


28/11/51)
(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

5.3. Não se deve atrasar, por exemplo, o pagamento do aluguel

Interlocutor: Uma das primeiras orientações que recebi quando vim


servir ao seu lado, foi sobre o aluguel. O pagamento de janeiro deveria ser feito
no final do mês de dezembro ou no dia 1º de janeiro. Depois disso, vim
procedendo com esse sentimento e, realmente, recebi graças.

Meishu Sama: Com esse procedimento, a parte financeira torna-se


ainda mais abundante. Portanto, se está passando por dificuldades e
sofrimentos monetários, é porque está criando esse tipo de semente. E, como a
semente está invertida, quanto mais juntarmos dinheiro, mais difícil se torna a
sua entrada. E se acontece alguma desgraça quando o dinheiro está difícil de
entrar, a situação aperta. Principalmente no que diz respeito às coisas de Deus,
é assim.

Não falo muito sobre dinheiro, mas quando uma pessoa está com
dificuldades financeiras é porque não está dedicando. Está determinado o
quanto a pessoa deve servir. Se a quantia não for equivalente às graças
recebidas, significa contrair dívidas. Por isso, não adianta. Isto porque o
dinheiro é de Deus; portanto, agindo assim, terá menos dificuldade.

Interlocutor: Quando a orientação é dada no momento em que estamos


realmente passando por problemas, compreendemos melhor e conseguimos
ultrapassar com facilidade.

Meishu Sama: Isso mesmo.


Interlocutor: Realmente, só mesmo Deus é quem não utiliza o homem
de graça...

Meishu Sama: De fato. Deus é realmente atencioso, benévolo e


perspicaz.

Interlocutor: Na época em que morava em Fukagawa, vinha pagando o


aluguel conforme o Ensinamento, mas, de todo jeito, faltava dinheiro. Então,
minha esposa, sorrindo, disse que iria abrir o cofrinho, e assim fez. Então, havia
exatamente 18 ienes - o valor do aluguel. Ela disse: "Que bom!" E eu lhe
respondi: "Não diga tolices, por não ter pedido a Deus; veja, há exatamente 18
ienes."

Entretanto, rimos, juntos, concluindo que, agindo corretamente, as


coisas se ajeitam devidamente.

Meishu Sama: É isso mesmo. Portanto, é a teoria dos efeitos contrários.


Dá-se o oposto. É muito importante conhecer essa teoria, porque existem
pontos que são bem diferentes da lógica do homem. Por isso, as coisas
realizadas com base no ensinamento do homem sempre fracassam.

Interlocutor: E depois sofre.

Meishu Sama: É verdade.

Interlocutor: Apesar de dizerem que entregam nas mãos de Deus, na


verdade, não procedem assim, e utilizam a própria força.

Meishu Sama: Realmente. Portanto, aquilo que é feito com comodidade


tem bom resultado. O que é feito com sofrimento, não sai bem. E, por outro
lado, não se tem levado em consideração uma coisa que eu digo por
casualidade, que é de grande importância. Se realizarem de acordo com o que
digo por acaso, as coisas correrão bem, sem dificuldade.
Se manifestarem o ego, por pouco que seja, será desastroso. Por isso, é
preciso que tudo seja feito com facilidade.

Quando me defronto com algum problema, há momentos que não


consigo compreender. Se dou razão a um, pareço injusto com o outro. Isso
acontece sempre e, por achar trabalhoso, entrego nas mãos de Deus e, aí, tudo
corre bem. Nesse ponto é que reside o sabor da Fé.

Gossuiji-roku Nº 5 (01/12/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

B) Quando a dedicação é insuficiente, ficamos pobres

Meishu Sama: Quanto mais juntarmos dinheiro, mais difícil se torna a


sua entrada. E se acontece alguma desgraça quando o dinheiro está difícil de
entrar, a situação aperta. Principalmente no que diz respeito às coisas de Deus,
é assim.

Não falo muito sobre dinheiro, mas quando uma pessoa está com
dificuldades financeiras é porque não está dedicando. Está determinado o
quanto a pessoa deve Servir. Se a quantia não for equivalente às graças
recebidas, significa contrair dívidas. Por isso, não adianta. Isto porque o
dinheiro é de Deus; portanto, agindo assim, terá menos dificuldade.

Interlocutor: Quando a orientação é dada no momento em que estamos


realmente passando por problemas, compreendemos melhor e conseguimos
ultrapassar com facilidade.

Gossuiji-roku N0 5 (01/12/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

Uma dedicação que não permita contrair dívida em relação à graça


recebida
— Uma das primeiras orientações que recebi, quando vim servir ao
seu lado, foi sobre o aluguel. O pagamento de janeiro deveria ser feito no
final do mês de dezembro ou no dia 1° de janeiro. Depois disso, vim
procedendo com esse pensamento e, realmente, recebi graças.

— Com esse procedimento, a parte financeira torna-se ainda mais


abundante. Portanto, passar por dificuldades ou sofrimentos financeiros
significa estar criando o germe da dificuldade. Como tal semente tem efeito
inverso, se apenas juntar dinheiro, a entrada dele será difícil. E se acontece
alguma desgraça quando o dinheiro está difícil de entrar, a situação piora
ainda mais. Principalmente no que diz respeito às coisas de Deus, é assim.

Não falo muito sobre dinheiro, mas quando uma pessoa está em
dificuldades é porque não está dedicando. Está determinado que deve servir.
Se a quantia não for equivalente às graças recebidas, significa contrair
dívidas. Por isso, não adianta lamentar-se, porque o dinheiro é de Deus,
portanto, agindo com esse pensamento, poderá sentir-se aliviado.

"Coletânea de Ensinamentos" — 1° de dezembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

2.5 — Dedicar-se de modo a não aumentar as dívidas em relação à


Proteção Divina

INTERLOCUTOR: Uma das primeiras orientações que recebi quando


vim Servir ao seu lado foi sobre o aluguel. O pagamento de janeiro deveria
ser feito no final do mês de dezembro ou no dia 1º de janeiro. Depois disso,
vim procedendo com esse sentimento e, realmente, recebi graças.

MEISHU SAMA: Com esse procedimento, a parte financeira torna-se


ainda mais abundante. Portanto, se está passando por dificuldades e
sofrimentos monetários, é porque está criando esse tipo de semente. E
como a semente está invertida, quanto mais juntarmos dinheiro, mais difícil
se torna a sua entrada. E se acontece alguma desgraça quando o dinheiro
está difícil de entrar, a situação aperta. Principalmente no que diz respeito
às coisas de Deus, é assim.

Não falo muito sobre dinheiro, mas quando uma pessoa está com
dificuldades financeiras é porque não está dedicando. Está determinado o
quanto a pessoa deve servir. Se a quantia não for equivalente às graças
recebidas, significa contrair dívidas. Por isso, não adianta. Isto porque o
dinheiro é de Deus; portanto, agindo assim, terá menos dificuldade.

Registro de Orientações nº 5 (1º de dezembro de 1951)


(tradução em: O Segredo da Prosperidade)

3.10 — Quando a dedicação é insuficiente, ficamos pobres

MEISHU SAMA: Quanto mais juntarmos dinheiro, mais difícil se torna


a sua entrada. E se acontece alguma desgraça quando o dinheiro está
difícil de entrar, a situação aperta. Principalmente no que diz respeito às
coisas de Deus, é assim.

Não falo muito sobre dinheiro, mas quando uma pessoa está com
dificuldades financeiras é porque não está dedicando. Está determinado o
quanto a pessoa deve Servir. Se a quantia não for equivalente às graças
recebidas, significa contrair dívidas. Por isso, não adianta. Isto porque o
dinheiro é de Deus, portanto, agindo assim, terá menos dificuldade.

INTERLOCUTOR: Quando a orientação é dada no momento em que


estamos realmente passando por problemas, compreendemos melhor e
conseguimos ultrapassar com facilidade.

Registro de Orientações nº 5 (1º de dezembro de 1951)


(tradução em: O Segredo da Prosperidade)
- Ouvi dizer que há espíritos que encostam nas pessoas para
poderem se entrevistar com Meishu-Sama. Isso é verdade?

- É verdade, sim. Isso acontece o ano todo. A razão é que, sem


encostar em alguém, os espíritos não podem vir aqui. É estranho, mas eles
não podem vir sem permissão. As pessoas vivas podem fazê-lo quando
quiserem. No Mundo Espiritual existem regras. Se não houver motivo para
encostarem... não podem fazer isso sem licença, a bel-prazer.

(Palestra, 1º de dezembro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

- Os espíritos incorporados diziam que queriam entrevistar-se com


Meishu-Sama. Assim, ao vir às entrevistas, sentia peso nos ombros. Na
volta, porém, eles ficavam leves. E, durante a entrevista, quando me sentia
sonolento, os espíritos cutucavam-me os ombros.

- De fato, eles querem, de qualquer maneira, vir até a mim. É por isso
que se incorporam às pessoas. Após atingir seus objetivos, eles se afastam.
Isto está bem claro.

(Palestra, 1º de dezembro de 1951)


(tradução em: A Vida Eterna)

EIiminar a força

Ao ministrar Johrei nas costas, deve-se fazer com que a força


espiritual do Johrei traspasse o corpo até a frente. Quando eu ministro
Johrei, miro, deste jeito, a parede do outro lado. Assim, se entrar a força
pessoal, não é bom; deve-se eliminar essa força. É uma espécie de treino.

"Coletânea de Ensinamentos" — 1° de dezembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

(R2/152) INCORPORAÇÃO E ENCOSTO

Alicerce do Paraíso, pág.373

Embora eu esteja sempre alertando sobre o perigo da incorporação,


muita gente continua praticando-a. Vou explicar detalhadamente por que
isso não é recomendável.

Oitenta ou noventa por cento dos casos de incorporação são de


espíritos de raposa, e noventa e nove por cento deles são maus. Enganam
as pessoas instintivamente, fazendo-as praticar o mal, e divertem-se muito
com isso. Entre eles, há os de nível superior, que, quando incorporam em
alguém, dizem ser Nyorai, Bossatsu, Dragão, etc. Tais espíritos, ao mesmo
tempo que fazem a pessoa crer, empenham-se, através dela, em que outras
também creiam. Essa pessoa passa, então, a ser endeusada e a viver
cercada de luxo. Freqüentemente vemos desses casos.

Entre os espíritos de raposa, os mais velhos possuem considerável


poder. Ao visarem um homem, como conhecem tudo que ele pensa, traçam
planos baseados nesses pensamentos. Se é pessoa que gostaria de ser
venerada como se fosse uma divindade, dela se apossam sorrateiramente e
começam a trabalhar nesse sentido. Tais pessoas dizem ser uma nova
manifestação de determinada divindade muito conhecida. Não há quem não
conheça casos semelhantes.

De maneira extremamente ardilosa, os referidos espíritos procuram


formar um elo espiritual com a criatura visada e, como também manifestam
alguns milagres, os ingênuos se deixam enganar. Isso acontece muito na
sociedade. "Deuses da moda", que surgem em vários lugares, são desse
tipo; evidentemente, trata-se de espíritos extraordinariamente hábeis.
Tendo conhecimento de que uma pessoa deseja ser rica a todo custo,
eles incorporam nela e trabalham com inteligência ardilosa, fazendo-a
ganhar muito dinheiro. Porém não escolhem os meios, e em geral induzem-
na a cometer crimes. Durante algum tempo, as coisas vão bem com a
pessoa, mas depois tudo começa a dar errado, havendo muitos que até vão
presos.

Se um homem deseja conquistar uma mulher, esses espíritos,


habilmente, fazem que ele se aproxime dela e, para despertar-lhe o
interesse, utilize métodos e palavras galantes; às vezes até o levam a
recorrer à violência. São, portanto, muito perigosos. Tratando-se de espíritos
de animal, para eles não existe mal nem bem. Eles ficam contentes fazendo
o homem dançar a seu gosto, como se fosse um boneco. Assim, o ser que é
considerado superior a todos os outros encontra-se numa situação
lastimável. Se pudesse entender isso, o homem não teria razão para se
orgulhar.

Além dos espíritos de raposa, também os espíritos de texugo, de


dragão, de "tengu", etc. podem incorporar no ser humano e enganá-lo. Entre
eles, o mais temível é o de dragão. Por sua grande inteligência e poder, lhe
é muito fácil utilizar o homem à sua vontade e, conforme a situação, feri-lo
ou até tirar-lhe a vida. Por ocasião daquele incidente ocorrido no ano
passado, atuaram muitos desses espíritos perversos, que agiram com
extrema crueldade. Como são muito inteligentes, também dominam o
homem ideologicamente. Essa é a causa da maioria dos crimes hediondos,
cometidos a sangue frio, em nome desta ou daquela ideologia, com
influências maléficas sobre a sociedade.

Comparados aos espíritos de dragão, os de texugo e de "tengu" não


têm grande poder. Entretanto, como a maioria destes últimos possui muita
força e cultura, apoderam-se dos ambiciosos, manejam-nos, fazem-nos subir
na vida e tornar-se renomados na sociedade. Além disso, eles gostam de se
gabar. Desde a Antigüidade, são muito comuns os casos de incorporação
desses espíritos entre os sacerdotes Zen e entre cientistas e fundadores de
religiões, mas raros são aqueles cujo poder tem longa duração.
Abordei vários aspectos concernentes à incorporação, mas é preciso
saber que os demônios não realizam seus trabalhos maléficos como bem
querem. Há um chefe que os dirige, e este é o mais temível. Perante sua
força, a maior parte das divindades fica sem ação. Clara ou ocultamente, ele
estorva as atividades da nossa Igreja. Como ela representa uma grande
ameaça para o Mal, quem a combate é o chefe dos chefes. Essa luta é uma
manifestação da grande guerra entre o Bem e o Mal.

Entretanto, existe algo importante do qual se devem precaver: ficar


desprevenidos e tranqüilos, julgando que, como os messiânicos têm muita
proteção, não há perigo de os espíritos de animal encostarem ou
incorporarem tão facilmente. Se o fiel pensa dessa maneira, eles aproveitam
a oportunidade. Além disso, caso a pessoa pratique a Fé Shojo, quanto mais
ardorosa ela for, mais fácil será a incorporação, razão pela qual estou
sempre alertando sobre o perigo desse tipo de Fé. Quando tais espíritos se
apoderam de um indivíduo, este procura mostrar que a Fé Shojo é um bem,
apresentando razões persuasivas e exaltando suas qualidades. Eles
enganam as criaturas com muita astúcia, e em geral elas acreditam
piamente que a Fé Shojo é realmente um bem, passando a trabalhar com
entusiasmo. No entanto, como a base está errada, quanto mais elas
trabalham, mais negativos são os resultados. Então as pessoas vão ficando
cada vez mais nervosas. Chegando a esse ponto, os conselhos dos outros
nem entram em seus ouvidos, e elas vão se confundindo mais e mais. Não
podendo avançar nem recuar, acabam fracassando.

Existem muitas criaturas assim, mas não há problema se elas


despertarem logo; caso contrário, ficam completamente perturbadas e
perdem a proteção de Deus. Creio, portanto, que entenderam como é
temerário professar a Fé Shojo e por que eu sempre falo que o bem de
Shojo é o mal de Daijo.

O que melhor distingue a pessoa de Fé Shojo é que ela sempre foge


ao que é aceito por todos, e esse ponto fraco é visado pelos demônios. Seja
lá o que for, nunca erramos quando julgamos de acordo com o senso
comum. Como este é o ponto fraco dos demônios, eu sempre aconselho as
pessoas a valorizá-lo.

Encontramos muitos exemplos na sociedade. Crenças que dão valor


às atitudes excêntricas, teorias e ideologias também excêntricas, crenças
mediúnicas, tudo isso gera problemas, e freqüentemente vemos e ouvimos
falar de ocorrências que tumultuam a ordem social. Do ponto de vista
espiritual, podemos compreender muito bem o porquê de tais ocorrências.
Se o homem venera espíritos de baixa categoria, de animais como raposa,
texugo, etc., é porque sua posição está sob a terra, abaixo, portanto, da
condição dos quadrúpedes, cujo lugar é sobre ela. Isso significa que, no
Mundo Espiritual, ele se encontra na "Esfera dos Animais". Como todas as
coisas do Mundo Espiritual se refletem no Mundo Material, essa pessoa está
no Inferno.

Entretanto, nem todos os espíritos de raposa são maus. Embora


raros, alguns são corretos e pertencem ao Mundo Divino, do qual são
mensageiros. São espíritos de raposa branca e estão se esforçando no
trabalho daquele mundo, sendo muito úteis. Há, por conseguinte, dois tipos
de espíritos de raposa: os maus e os bons. Estes últimos também possuem
muita força e fazem bons trabalhos.

Jornal Eiko nº 133, 5 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

INCORPORAÇÃO E ENCOSTO

Embora eu esteja sempre alertando sobre o perigo da incorporação,


muita gente continua praticando-a. Vou explicar detalhadamente por que
isso não é recomendável.

Oitenta ou noventa por cento dos casos de incorporação são de


espíritos de raposa, e noventa e nove por cento deles são maus. Enganam
as pessoas instintivamente, fazendo-as praticar o mal, e divertem-se muito
com isso. Entre eles, há os de nível superior, que, quando incorporam em
alguém, dizem ser Nyorai, Bossatsu, Dragão, etc. Tais espíritos, ao mesmo
tempo que fazem a pessoa crer, empenham-se, através dela, em que outras
também creiam. Essa pessoa passa, então, a ser endeusada e a viver
cercada de luxo. Freqüentemente vemos desses casos.

Entre os espíritos de raposa, os mais velhos possuem considerável


poder. Ao visarem um homem, como conhecem tudo que ele pensa, traçam
planos baseados nesses pensamentos. Se é pessoa que gostaria de ser
venerada como se fosse uma divindade, dela se apossam sorrateiramente e
começam a trabalhar nesse sentido. Tais pessoas dizem ser uma nova
manifestação de determinada divindade muito conhecida. Não há quem não
conheça casos semelhantes.

De maneira extremamente ardilosa, os referidos espíritos procuram


formar um elo espiritual com a criatura visada e, como também manifestam
alguns milagres, os ingênuos se deixam enganar. Isso acontece muito na
sociedade. “Deuses da moda”, que surgem em vários lugares, são desse
tipo; evidentemente, trata-se de espíritos extraordinariamente hábeis.

Tendo conhecimento de que uma pessoa deseja ser rica a todo custo,
eles incorporam nela e trabalham com inteligência ardilosa, fazendo-a
ganhar muito dinheiro. Porém não escolhem os meios, e em geral induzem-
na a cometer crimes. Durante algum tempo as coisas vão bem com a
pessoa, mas depois tudo começa a dar errado, havendo muitos que até vão
presos.

Se um homem deseja conquistar uma mulher, esses espíritos,


habilmente, fazem que ele se aproxime dela e, para despertar-lhe o
interesse, utilize métodos e palavras galantes; às vezes até o levam a
recorrer à violência. São, portanto, muito perigosos. Tratando-se de espíritos
de animal, para eles não existe mal nem bem. Eles ficam contentes fazendo
o homem dançar a seu gosto, como se fosse um boneco. Assim, o ser que é
considerado superior a todos os outros encontra-se numa situação
lastimável. Se pudesse entender isso, o homem não teria razão para se
orgulhar.

Além dos espíritos de raposa, também os espíritos de texugo, de


dragão, de “tengu”, etc. podem incorporar no ser humano e enganá-lo. Entre
eles, o mais temível é o de dragão. Por sua grande inteligência e poder, lhe
é muito fácil utilizar o homem à sua vontade e, conforme a situação, feri-lo
ou até tirar-lhe a vida. Por ocasião daquele incidente ocorrido no ano
passado, atuaram muitos desses espíritos perversos, que agiram com
extrema crueldade. Como são muito inteligentes, também dominam o
homem ideologicamente. Essa é a causa da maioria dos crimes hediondos,
cometidos a sangue frio, em nome desta ou daquela ideologia, com
influências maléficas sobre a sociedade.

Comparados aos espíritos de dragão, os de texugo e de “tengu” não


têm grande poder. Entretanto, como a maioria destes últimos possui muita
força e cultura, apoderam-se dos ambiciosos, manejam-nos, fazem-nos subir
na vida e tornar-se renomados na sociedade. Além disso, eles gostam de se
gabar. Desde a Antigüidade, são muito comuns os casos de incorporação
desses espíritos entre os sacerdotes Zen e entre cientistas e fundadores de
religiões, mas raros são aqueles cujo poder tem longa duração.
Abordei vários aspectos concernentes à incorporação, mas é preciso
saber que os demônios não realizam seus trabalhos maléficos como bem
querem. Há um chefe que os dirige, e este é o mais temível. Perante sua
força, a maior parte das divindades fica sem ação. Clara ou ocultamente, ele
estorva as atividades da nossa Igreja. Como ela representa uma grande
ameaça para o mal, quem a combate é o chefe dos chefes. Essa luta é uma
manifestação da grande guerra entre o bem e o mal.

Entretanto, existe algo importante do qual se devem precaver: ficar


desprevenidos e tranqüilos, julgando que, como os messiânicos têm muita
proteção, não há perigo de os espíritos de animal encostarem ou
incorporarem tão facilmente. Se o fiel pensa dessa maneira eles aproveitam
a oportunidade. Além disso, caso a pessoa pratique a Fé Shojo, quanto mais
ardorosa ela for, mais fácil será a incorporação, razão pela qual estou
sempre alertando sobre o perigo desse tipo de Fé. Quando tais espíritos se
apoderam de um indivíduo, este procura mostrar que a Fé Shojo é um bem,
apresentando razões persuasivas e exaltando suas qualidades. Eles
enganam as criaturas com muita astúcia, e em geral elas acreditam
piamente que a Fé Shojo é realmente um bem, passando a trabalhar com
entusiasmo. No entanto, como a base está errada, quanto mais elas
trabalham, mais negativos são os resultados. Então as pessoas vão ficando
cada vez mais nervosas. Chegando a esse ponto, os conselhos dos outros
nem entram em seus ouvidos, e elas vão se confundindo mais e mais. Não
podendo avançar nem recuar, acabam fracassando.

Existem muitas criaturas assim, mas não há problema se elas


despertarem logo; caso contrário, ficam completamente perturbadas e
perdem a proteção de Deus. Creio, portanto, que entenderam como é
temerário professar a Fé Shojo e por que eu sempre falo que o bem de
Shojo é o mal de Daijo.

O que melhor distingue a pessoa de Fé Shojo é que ela sempre foge


ao que é aceito por todos, e esse ponto fraco é visado pelos demônios. Seja
lá o que for, nunca erramos quando julgamos de acordo com o senso
comum. Como este é o ponto fraco dos demônios, eu sempre aconselho as
pessoas a valorizá-lo.

Encontramos muitos exemplos na sociedade. Crenças que dão valor


às atitudes excêntricas, teorias e ideologias também excêntricas, crenças
mediúnicas, tudo isso gera problemas, e freqüentemente vemos e ouvimos
falar de ocorrências que tumultuam a ordem social. Do ponto de vista
espiritual, podemos compreender muito bem o porquê de tais ocorrências.
Se o homem venera espíritos de baixa categoria, de animais como raposa,
texugo, etc., é porque sua posição está sob a terra, abaixo, portanto, da
condição dos quadrúpedes, cujo lugar é sobre ela. Isso significa que, no
Mundo Espiritual, ele se encontra na “Esfera dos Animais”. Como todas as
coisas do Mundo Espiritual se refletem no Mundo Material, essa pessoa está
no Inferno.
Entretanto, nem todos os espíritos de raposa são maus. Embora
raros, alguns são corretos e pertencem ao Mundo Divino, do qual são
mensageiros. São espíritos de raposa branca e estão se esforçando no
trabalho daquele mundo, sendo muito úteis. Há, por conseguinte, dois tipos
de espíritos de raposa: os maus e os bons. Estes últimos também possuem
muita força e fazem bons trabalhos.

5 de dezembro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

(S.AN/131) LARANJAS DE TERRAS HÁ QUARENTA ANOS SEM


ADUBOS

A Outra Face da Doença, pág, 209 (apostila)

Recentemente um fiel me presenteou com laranjas produzidas numa


área onde há quarenta anos não se usam adubos. Tinham um sabor
agradabilíssimo, impossível de se expressar através de palavras. Eu nunca
havia comido laranjas tão deliciosas. Aliás, sempre ganho frutas e verduras
cultivadas sem adubos pelos fiéis, e realmente são muito saborosas, mas
em algumas parece estar faltando qualquer coisa. Isso se deve à presença
de tóxicos dos adubos no solo ou nas sementes, que levam de quatro a
cinco anos para ficar livres deles. Só a partir daí é que os produtos adquirem
o seu verdadeiro sabor.

Se aquelas laranjas fossem vendidas nas lojas, alcançariam enorme


sucesso, e nem se pode imaginar o quanto venderiam. Cheguei até a pensar
que, se elas fossem exportadas, atingiriam cifras jamais vistas, refletindo-se
de maneira bastante positiva na economia nacional.

Ultimamente começaram a aparecer lojas que vendem “verduras


puras”, isto é, plantadas sem o uso de estrume. É verdade que esse
processo evita o aparecimento de larvas e parasitas, mas, como ainda são
utilizados adubos químicos, o sabor das verduras não é bom. Asseguro que,
se os fiéis que têm experiência na Agricultura Natural produzirem verduras e
frutas sem usar adubos, isso lhes proporcionará uma ótima renda. E não é
apenas questão de dinheiro: os resultados servirão também para divulgar o
método, matando-se dois coelhos de uma só cajadada Que tal
experimentarem?

Jornal Eiko nº 133, 05 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

LARANJAS PRODUZIDAS HÁ QUARENTA ANOS SEM ADUBOS

Recentemente foram me presenteadas por um fiel as laranjas que há


quarenta anos ele produz sem uso de adubos. Experimentei-as de imediato,
ela apresentava um sabor agradabilíssimo, impossível de se expressar
através de palavras. Eu nunca havia provado laranjas tão deliciosas. Aliás,
sempre ganho dos fiéis frutas e verduras cultivadas sem adubos e realmente
são mais gostosas do que o normal; entretanto, parece estar faltando
qualquer coisa, não podendo ser classificadas como cem por cento. Isso se
deve à presença de tóxicos dos adubos no solo ou nas sementes, que levam
de quatro a cinco anos para ficar livres deles. Só a partir daí é que os
produtos adquirem o seu verdadeiro sabor.

Se aquelas laranjas fossem vendidas nas lojas, alcançariam enorme


sucesso e nem se pode imaginar o quanto venderiam. Cheguei a pensar
também que, se elas fossem exportadas, atingiriam cifras jamais vistas,
refletindo-se de maneira bastante positiva na economia nacional.

Ultimamente começaram a aparecer lojas que vendem “verduras


puras”, isto é, plantadas sem o uso de estrume. É verdade que esse
processo evita o aparecimento de larvas e parasitas, mas, como ainda são
utilizados adubos químicos, naturalmente o gosto das verduras não é bom.
Asseguro que, se os fiéis com experiência na agricultura produzirem
verduras e frutas sem o uso de adubos, isso lhes proporcionaria uma ótima
renda. E não é apenas questão de ganhar dinheiro: os resultados servirão
também para divulgar o método, matando-se dois coelhos numa só
cajadada. Que tal os senhores fiéis colocarem-no em prática o quanto
antes?

(Jornal Eikô nº 133 — 05 de dezembro de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

Com a intensificação da Luz, aumenta o número de pessoas salvas

A Força Negativa age para que as pessoas não me consagrem nem


me queiram bem. Pois, deste modo, no Mundo Espiritual a minha Luz se
tornará mais fraca, e é isso que ela almeja. Isso é idêntico com relação à
Imagem de Deus. A intensidade da Luz é muito diferente quando dez
pessoas rezam, de quando apenas uma ou duas rezam juntas. A Força
Negativa está sempre à espreita para que isso aconteça. Freqüentemente
ocorrem coisas que trazem dúvidas se é realmente verdade. Tudo que se
relaciona comigo, as pessoas ao meu redor são alvos de inúmeras Forças
Negativas de grande poder. E assim ocorrem fatos inacreditáveis.
A Força Negativa teme a Luz. Por isso, ela tenta reduzir a
luminosidade, como por exemplo, o Kw de uma lâmpada. Intensificando a
Luz, aumenta o número de pessoas que serão salvas; senão, a força do seu
inimigo aumenta. Então, ela se empenha com força total em reduzir a minha
Luz.

(06 de dezembro de 1951)


(tradução em: Fé que Busca Meishu Sama)

C) Interlocutor: No cristianismo, fala-se que ver uma mulher e sentir-se


atraído por ela é o mesmo que cometer adultério. Mas, naquela época, era
assim?
Meishu Sama: Em suma, no cristianismo, também existem o daijo e o
shojo. Essa interpretação é do Bem de shojo. Era preciso pregar o Bem de
shojo. Às pessoas de caráter shojo, precisa-se pregar o Bem de shojo, pois é
perigoso pregar só o daijo.

Sentir é inevitável e, se assim não o fosse, poderíamos reclamar para


Deus. "Oh, aquela é uma mulher atraente." Esse sentimento de admiração foi
criado por Ele e, se não fosse permitido, é melhor que Ele não o tivesse criado.

Gossuiji-roku Nº5 (08/12/1951)


(tradução em: Chave da Difusão)

8.6. Quem nâo desperta para a fé, mesmo já tendo recebido Johrei
dezenas de vezes, é porque nâo tem afinidade

Interlocutor: O Sr. Tanaka Shogo, 42 anos, foi internado no hospital, na


Manchúria, em maio de 1931, acometido de meningite. A partir de maio de
1932, começou a andar de muletas e, na primavera de 1934, já conseguia
andar normalmente. Mas a partir de 1942, houve a recaída e ele se submeteu a
massagens elétricas e tomou quarenta doses de penicilina. Todavia, não
consegue ficar de pé. Ele exerce a profissão de fotógrafo. Recebi a solicitação
para assistência religiosa; ministrei-lhe Johrei cerca de setenta vezes, mas
quase não apresentou melhoras. Ele e sua família não têm sentimento
religioso. Havia desabrochado uma flor de udumbara (o budismo afirma que
essa flor desabrocha a cada três mil anos) num pé de maçã que ele havia
ganho de um vizinho, há uma semana. Disse-me ele que esta flor também
havia desabrochado há três ou quatro anos e que, naquela ocasião, sua mãe,
acometida de apoplexia, havia falecido em curto espaço de tempo. Assim
sendo, tanto ele como sua família estão muito preocupados; eu orei a oração
Amatsu Norito. Assim, gostaria de receber orientação sobre os locais onde
deve ser ministrado o Johrei e também a respeito da referida flor.

Meishu Sama: “Não tem sentimento religioso”. Não é bom ter esse tipo
de pensamento. Um ser humano que não desperta para o sentimento religioso,
mesmo depois de receber Johrei setenta vezes, é melhor desistir. Por mais que
lhe ministre, de nada adiantará. Ninguém precisa ter sentimento religioso desde
o início. Mas nesse período em que você lá esteve tantas vezes, acredito que
lhe tenha falado sobre Deus. Se, fazendo tudo isso, os esforços foram inúteis, é
até uma falta de respeito para com Deus. Por isso, é melhor parar. Uma outra
coisa a se fazer é deixar a pessoa ler os Ensinamentos (jornais e revistas da
Igreja). Se, mesmo assim, ela não despertar seu sentimento religioso, é melhor
abandoná-la. Ler os Ensinamentos e não despertar para a fé significa, em
suma, que o seu cérebro está entorpecido. Como os Ensinamentos estão
escritos de modo a serem entendidos facilmente, se a pessoa não consegue
mudar com eles o seu coração, então, não adianta. Entretanto, há casos que
não são totalmente perdidos. Há uma época certa. Pode acontecer de a pessoa
vir nos procurar dizendo que conseguira despertar. Por isso, é necessário que,
pelo menos, façamos a pessoa ler. A princípio, é melhor deixar de lado as
pessoas que, mesmo assim, nada sentem. Ir tantas vezes não é nada eficaz. É
um esforço inútil que, por outro lado, se torna um desperdício.

Mioshie-shu Nº 5 (08/12/1951)
(tradução em: Chave da Difusão)

A SUPERSTIÇÃO ATEÍSTA

Ultimamente, o problema da corrupção dentro do funcionalismo


público está causando sensação nos jornais. Ela surge, uma após a outra,
como se não houvesse fim. Causa-nos a impressão de que o setor público
se encontra completamente corrompido. É comparável a um sifilítico de 3°
grau que goteja pus por onde quer que seja pressionado. Pois, até hoje, não
se tinha notícia de tanta corrupção como atualmente. As autoridades
competentes parecem estar preocupadas no sentido de ter que encontrar
alguma contra-medida, mas, como sempre, ela será uma medida
insignificante, limitada apenas às circunstâncias do momento. E, uma vez
que se trata de uma medida momentânea, não tendo alcance ao nível da
raiz, é certo que mais adiante haverá novas manifestações, evidentemente.
Relacionadas a esse problema, existem as obscuras negociações
efetuadas secretamente e que, ultimamente, estão chamando a atenção da
sociedade. Dizem que eles convidam os funcionários do governo a uns
determinados restaurantes e, após ludibriarem com magníficos banquetes,
usufruem de negócios vantajosos. Mesmo as despesas para tais finalidades
devem constituir uma vultosa quantia; nem é preciso dizer que é o povo
quem assume o ônus dessas contas, através do aumento do preço das
mercadorias e dos impostos. O povo é o bode expiatório. Trata-se, portanto,
de um problema que exige uma solução radical e urgente. Mas a realidade é
que nada pode ser feito, visto que tanto a polícia quanto os especialistas não
conhecem a origem dessa causa. Portanto, gostaria de propor aqui um
método absolutamente infalível para solucioná-lo.

Inicialmente, há de se considerar uma contradição existente em


relação ao delito, pois em quase todos os casos, os envolvidos são os que
possuem nível de instrução média ou superior, o que demonstra não existir
na instrução a relação de isenção ao crime. Mas o povo, de maneira geral,
crê que uma pessoa muito instruída não se meteria na tolice de praticar
algum crime. Este é o pensamento corrente da época. Realmente, não há
exagero nesse modo de pensar, uma vez que os instruídos não se envolvem
em crimes de violência. Mas, na verdade, limitam-se apenas a substituir a
violência pela inteligência, cujo resultado assume uma gravidade muito mais
séria. Principalmente porque sendo elementos investidos de certa posição
social, é certo que os seus atos terão uma considerável influência dentro da
sociedade. Por que, então, apesar de instruídos, eles praticam revoltantes
crimes? Existe aí um grave motivo. Exatamente, é esse ponto que gostaria
de esclarecer a seguir.

A principal razão está no fato de existir neles uma grave falha


psicológica. Trata-se do pensamento materialista que leva a convencerem-
se de que, apesar de serem condenáveis, quaisquer que sejam as
irregularidades, desde que sejam praticadas hábil e ocultamente à vista
alheia, trarão êxito. Mas os mesmos acabam se revelando por onde menos
se espera. Toma-se aí o maior susto e busca-se, então, saber como é que
isto foi acontecer. Nessas ocasiões, o que mais ou menos deve passar no
pensamento dessas pessoas deve ser o seguinte: "Fiz com a maior
habilidade, mas acabou sendo revelado, infelizmente. Conheço bem as leis,
logo não devo ter deixado nenhuma pista, no entanto como foi resultar
nisso? Mas agora nada posso fazer, senão agir rapidamente no sentido de
amenizar a pena ao máximo. Na próxima oportunidade, serei mais
engenhoso". Deve ser essa a tendência geral.

Dentre essas pessoas, deve existir também aquelas que reconhecem


o erro praticado, pensando da seguinte maneira: "Realmente não devia ter
praticado essa fraude. Admito a minha culpa. Agora, devo submeter-me às
penalidades da Lei e transformar-me numa pessoa realmente honesta".
Entretanto, tal decisão poderá afrouxar com o decorrer do tempo e voltar a
ser o que foi anteriormente. A causa, em ambos os casos, está em ser ateu.

Qual seria então a solução definitiva para esse problema? A solução,


logicamente, só existe na fé. Fazer com que reconheça a existência de
Deus, através da fé. Afirmo que não existe, absolutamente, nenhuma outra
forma capaz de surtir efeito. Como vimos acima, a psicologia criminal se
baseia na crença da inexistência de Deus e que, sobre a face da Terra, só
existe ar e nada mais. Trata-se de uma imaginação extremamente simplista.
Se dissermos a eles que a existência de Deus é uma pura realidade,
julgarão sermos vítimas da superstição. Quando os mesmos não
conseguem imaginar o sentido dessa nossa afirmação, está presente a mais
grave e temerosa superstição, que é o ateísmo. É realmente lastimável.
Esse modo de pensar é o que cultiva a psicologia criminal, portanto, está por
demais evidente que a destruição do ateísmo constitui a chave da solução
do problema. Porque essas pessoas caíram em tal fanatismo? Seria até
desnecessário dizer que a educação materialista ministrada desde o berço
levou-os a idolatrar o materialismo. Mudar essa situação constitui a nossa
missão, ou seja, precisamos reeducá-los. Com efeito, somente assim será
possível formar pessoas realmente incapazes de cometer crimes. Portanto,
enquanto os governantes e instrutores não despertarem para essa
realidade, quaisquer que sejam as medidas adotadas, não passarão de
meros efeitos superficiais. Em suma, apenas uma só coisa precisamos fazer
calar no fundo desses indivíduos: mesmo conseguindo enganar a visão
alheia, é impossível enganar a visão de Deus.

12 de Dezembro de 1951
(tradução em: Escritos Sagrados – Obra I)

(S.AN/62) ATEÍSMO É SUPERSTIÇÃO

Alicerce do Paraíso,pág. 201

O problema do suborno de funcionários públicos tem ocupado os


noticiários jornalísticos. Surge um caso após o outro e parece que a coisa
não tem fim. Isto nos mostra que o serviço público está completamente
corrompido. Assemelha-se a um sifilítico purulento em terceiro grau. Jamais
vi, até hoje, tanta corrupção. A polícia estuda novos meios para prevenir o
problema, mas não encontra solução, embora venha aplicando severamente
os recursos legais. Todas as medidas revelam-se provisórias, pois não se
conhece a raiz do mal, e por isso é impossível evitar que surjam problemas
dessa espécie.

Dentro da mesma ordem de fatos, temos os aproveitadores dos


serviços públicos, cujas atividades obscuras vêm se tornando notórias nos
últimos tempos. Tais indivíduos convidam funcionários para reuniões em
restaurantes ou casas noturnas e, após oferecer-lhes magníficas recepções,
conseguem concluir negócios altamente vantajosos para si próprios. Desse
modo, enfraquecem todas as resistências. As despesas que isso acarreta
são geralmente consideráveis, e é o povo que vai pagá-las através do
aumento do preço das mercadorias e dos impostos.

O problema em questão exige solução radical e urgente. Infelizmente,


nada poderá ser feito enquanto a polícia e os especialistas ignorarem as
causas do fato. Vou sugerir um meio infalível para solucioná-lo.
De início, parece-nos contraditório que pessoas de cultura superior
ou, pelo menos, de nível médio, cometam crimes. Entretanto, o povo se
engana, julgando que os homens mais instruídos sejam incapazes de
praticá-los. Talvez o homem culto não use métodos violentos, mas recorre às
sutilezas da inteligência. Conseqüentemente, seus delitos serão mais
graves, pois ele exerce maior influência social. E qual é o motivo que o leva
à prática de crimes revoltantes?

A causa principal é uma falha psicológica: sua visão materialista, que


o faz crer no êxito da ação culposa executada com habilidade, às ocultas,
sem o testemunho de outrem. Acontece, porém, que, quando menos se
espera, o crime é descoberto. Então, o culpado se surpreende e se põe a
pensar. O que se passa em seu íntimo deve ser mais ou menos o seguinte:
"Infelizmente fui descoberto, apesar de minha habilidade. Conhecendo a lei
como conheço, não deixei nenhuma pista. Como vieram a saber? É inútil
ficar me lamentando. Farei o possível para fugir às conseqüências e, da
próxima vez, serei mais esperto." Esta é a tendência geral. Há, também, os
que caem em si e refletem: "Eu não devia ter burlado a lei. Vou cumprir a
pena e me regenerar." Entretanto, com o decorrer do tempo, tal decisão
poderá enfraquecer e o culpado reincidir no erro. Isso acontece porque ele
não crê em Deus.

O único meio de resolver estes problemas é a Fé. É através dela que


vislumbramos a existência de Deus. Creio na força da Fé para resolver tais
casos, porque a psicologia do delinqüente se baseia na convicção de que
Deus não existe. Quase todos eles acreditam que, acima da Terra, existe
apenas o ar, e mais nada. É um conceito simplista. Além disso, julgam-nos
supersticiosos, por crermos num Deus invisível. Embora crentes, não somos
nós os supersticiosos. Só há uma perigosa superstição: a do ateísmo, que
se oculta sob a obstinada negação da existência de Deus. Os ateus
merecem realmente piedade. Se destruirmos a base da psicologia do
criminoso - a descrença em Deus - teremos solucionado o problema.

Mas por que tantos homens da atualidade caíram nas garras desse
fanatismo? O fato se deve à educação materialista que desde o berço lhes
veio sendo ministrada. Nossa missão é convertê-los, isto é, reeducá-los. Não
há outro meio para formar cidadãos honestos. Se os políticos e educadores
não tomarem consciência da base do problema, tudo o mais que fizermos
será provisório. É nossa tarefa fazer os delinqüentes compreenderem que,
embora ocultem seus crimes aos olhos do mundo, jamais poderão enganar a
Deus.

Jornal Eiko nº 134, 12 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Sociedade e Agricultura)

ATEÍSMO É SUPERSTIÇÃO

O problema do suborno de funcionários públicos tem ocupado os


noticiários jornalísticos. Surge um caso após o outro e parece que a coisa
não tem fim. Isto nos mostra que o serviço público está completamente
corrompido. Assemelha-se a um sifilítico purulento em terceiro grau. Jamais
vi, até hoje, tanta corrupção. A polícia estuda novos meios para prevenir o
problema, mas não encontra solução, embora venha aplicando severamente
os recursos legais. Todas as medidas revelam-se provisórias, pois não se
conhece a raiz do mal, e por isso é impossível evitar que surjam problemas
dessa espécie.

Dentro da mesma ordem de fatos, temos os aproveitadores dos


serviços públicos, cujas atividades obscuras vêm se tornando notórias nos
últimos tempos. Tais indivíduos convidam funcionários para reuniões em
restaurantes ou casas noturnas e, após oferecer-lhes magníficas recepções,
conseguem concluir negócios altamente vantajosos para si próprios. Desse
modo, enfraquecem todas as resistências. As despesas que isso acarreta
são geralmente consideráveis, e é o povo que vai pagá-las através do
aumento do preço das mercadorias e dos impostos.

O problema em questão exige solução radical e urgente. Infelizmente,


nada poderá ser feito enquanto a polícia e os especialistas ignorarem as
causas do fato. Vou sugerir um meio infalível para solucioná-lo.
De início, parece-nos contraditório que pessoas de cultura superior
ou, pelo menos, de nível médio, cometam crimes. Entretanto, o povo se
engana, julgando que os homens mais instruídos sejam incapazes de
praticá-los. Talvez o homem culto não use métodos violentos, mas recorre às
sutilezas da inteligência. Conseqüentemente, seus delitos serão mais
graves, pois ele exerce maior influência social. E qual é o motivo que o leva
à prática de crimes revoltantes?

A causa principal é uma falha psicológica: sua visão materialista, que


o faz crer no êxito da ação culposa executada com habilidade, às ocultas,
sem o testemunho de outrem. Acontece, porém, que, quando menos se
espera, o crime é descoberto. Então, o culpado se surpreende e se põe a
pensar. O que se passa em seu íntimo deve ser mais ou menos o seguinte:
“Infelizmente fui descoberto, apesar de minha habilidade. Conhecendo a lei
como conheço, não deixei nenhuma pista. Como vieram a saber? É inútil
ficar me lamentando. Farei o possível para fugir às conseqüências e, da
próxima vez, serei mais esperto.” Esta é a tendência geral. Há, também, os
que caem em si e refletem: “Eu não devia ter burlado a lei. Vou cumprir a
pena e me regenerar.” Entretanto, com o decorrer do tempo, tal decisão
poderá enfraquecer e o culpado reincidir no erro. Isso acontece porque ele
não crê em Deus.

O único meio de resolver estes problemas é a Fé. É através dela que


vislumbramos a existência de Deus. Creio na força da Fé para resolver tais
casos, porque a psicologia do delinqüente se baseia na convicção de que
Deus não existe. Quase todos eles acreditam que, acima da Terra, existe
apenas o ar, e mais nada. É um conceito simplista. Além disso, julgam-nos
supersticiosos, por crermos num Deus invisível. Embora crentes, não somos
nós os supersticiosos. Só há uma perigosa superstição: a do ateísmo, que
se oculta sob a obstinada negação da existência de Deus. Os ateus
merecem realmente piedade. Se destruirmos a base da psicologia do
criminoso – a descrença em Deus – teremos solucionado o problema.
Mas por que tantos homens da atualidade caíram nas garras desse
fanatismo? O fato se deve à educação materialista que desde o berço lhes
veio sendo ministrada. Nossa missão é convertê-los, isto é, reeducá-los. Não
há outro meio para formar cidadãos honestos. Se os políticos e educadores
não tomarem consciência da base do problema, tudo o mais que fizermos
será provisório. É nossa tarefa fazer os delinqüentes compreenderem que,
embora ocultem seus crimes aos olhos do mundo, jamais poderão enganar a
Deus.

12 de dezembro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

(J2/94) TODA A INFELICIDADE É GERADA PELA DOENÇA

Dispensa-se dizer que o maior desejo do ser humano é a felicidade.


Obviamente, a felicidade é o oposto da infelicidade; por isso, para ser uma
pessoa feliz, é necessário eliminar a infelicidade, e isso é mais do que
evidente. Portanto, em primeiro lugar, devemos descobrir o que vem a ser
realmente a infelicidade.

Se indagarmos: “De onde será que veio a infelicidade?” De acordo


com o pensamento comum, vão dizer que ela surgiu devido à postura errada
do sentimento, por causa das ações incorretas, por esses dois motivos ou
por ter nascido sob a estrela do azar. De fato, em parte isso pode ser
verdade, mas, na realidade, o que está bem claro e não deixa nenhuma
dúvida é que ela surge da doença. No entanto, é um fato inesperado, mas a
causa da doença são as toxinas medicinais; portanto, mesmo baseado no
resultado, podemos concluir que os medicamentos é que estão causando a
infelicidade do ser humano. Realmente, é um fato deveras assustador. Se
esse motivo inacreditável for a verdade decisiva, enquanto o ser humano
não compreender sobre isso, evidentemente ele jamais conseguirá livrar-se
da infelicidade. Porém, como todos sabem, houve um equívoco de
pensamento, pois até agora pensava de forma oposta. Achava que o
remédio era algo extremamente necessário para manter a saúde do ser
humano. No mundo, certamente, há muitos equívocos, mas, tão grande
como este, acho que não existe outro.

E, como exemplo de que a doença é a causa da infelicidade, temos o


suicídio familiar, que ultimamente está em moda. A sua causa, na maioria
das vezes, é devido ao gasto de toda economia no tratamento de um doente
na família e, ao cair na completa miséria, não conseguem mais continuar
vivendo e acabam se suicidando. Além disso, não só a desarmonia no lar,
mas também todos os conflitos e problemas judiciais são causados pelo
dinheiro que, por sua vez, tem como causa a doença. Realmente, entre eles
há aqueles que, pelo interesse próprio inato, acabam provocando conflito,
mas na maioria dos casos a causa do conflito é a pobreza.

Também, dentre a maioria dos suicidas, evidentemente há aqueles


que cometem suicídio, por exemplo, pela desilusão amorosa, mas a maioria
é devido, evidentemente, ao sofrimento da doença e pela pobreza causada
por esta última.

E, nos fatos acima, as causas da infelicidade são as doenças físicas,


mas não podemos esquecer que também existem as doenças psíquicas.
Evidentemente, estas não são senão as idéias mórbidas mas, de acordo
com a minha longa experiência, tais pessoas, apesar de aparentarem ser
saudáveis, infalivelmente possuem problemas físicos, e é isso que fazem
gerar idéias depravadas. É incontestável o fato da existência de muitos
tuberculosos entre os comunistas. Em grande dimensão, poderá tornar-se a
causa de distúrbio social e de guerra e, em pequena dimensão, provocar
conflitos individuais e familiares, relacionamentos amorosos impuros, etc.;
por isso, o prejuízo e o sacrifício que a sociedade e a nação vão sofrer em
conseqüência disso provavelmente será grande.

Antes de mais nada, mesmo no Japão, ao examinar as pessoas que


ainda continuam socialmente infelizes, notaremos que, na maioria dos
casos, a causa está na guerra que ocorreu recentemente. A influência da
guerra não se limita apenas às pessoas que participaram diretamente, mas
também às pessoas em geral. Isso se evidencia através de fatores que
atualmente nos tem causado aflição, tais como: a inflação, a falta de
alimentos principais e de energia elétrica, o controle da natalidade, alegando
escassez de espaço no território nacional. No entanto, o que nos surpreende
é o fato de que a guerra não causa sofrimento apenas aos países que
sofreram derrotas, mas os países vitoriosos também são amplamente
afetados. Por exemplo, dizem que na Inglaterra as pessoas ainda estão
criticando a falta de alimento, pois têm recebido apenas um ovo por semana.
Mesmo depois que o Churchill passou a administrar, a falta de carne bovina
estava sendo complementada com o presunto, mas parece que,
ultimamente, até a cota do presunto vem sendo reduzida. Acho que é
importante estarmos inteirados desse fato.

Assim, referi-me de forma sucinta a respeito das doenças físicas e


psíquicas mas, em suma, não há qualquer sombra de dúvidas de que a
causa de toda infelicidade do homem está na doença. Nesse sentido,
mesmo no que se refere ao objetivo da nossa Igreja, que é a construção de
um mundo isento de doença, pobreza e conflito, a sua condição básica é,
sem dúvida, a solução da doença. Ou seja, unicamente com a extinção
completa da doença da humanidade, o Paraíso Terrestre será concretizado.

O fato da nossa Igreja estar se esforçando o máximo no tratamento


das doenças deve-se ao sentido acima, mas a sociedade atual, que não
conhece a verdade, confia na medicina extremamente imperfeita e procura
reduzir a doença; por isso, ao invés dos resultados esperados, acabam
criando doenças espirituais e físicas. Poderão entender isso observando-se
as minhas explanações acima apresentadas. Portanto, do nosso ponto de
vista, a Medicina moderna tem feito gastos financeiros altíssimos e
acumulado esforços inúteis; por isso, podemos dizer que a sua ilusão é algo
realmente pavorosa.

Em relação a isso, também a nossa Igreja está se esforçando ao


máximo na sua educação mas, como se trata de uma superstição de longas
datas e de raízes profundas, a sua extinção, evidentemente, não é nada
fácil. Mas devemos alegrar-nos, pois Deus escolheu-me e, ao mesmo tempo
que elucidou a origem da doença, também concedeu o método para curar
doenças; por isso, quem deseja livrar-se da doença deve buscar e se
entregar o mais rápido possível à nossa Igreja. Posso afirmar sem hesitação
que, assim procedendo, a pessoa ficará satisfeita infalivelmente.

Jornal Eiko nº 134, 12 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

(J1/140) OS MÉDICOS SÃO COLABORADORES DA NOSSA IGREJA

Acho que ficarão deveras surpresos ao ver o presente título. Porém,


creio que, à medida que forem lendo, concordarão comigo, uma vez que se
trata de uma teoria verdadeira. E, como todos precisam estar cientes disso,
resolvi apresentar a seguir.

A maioria das pessoas do mundo tem conhecimento de que, através


da Medicina, a doença custa a sarar. Realmente, temporariamente, parece
que houve a cura, mas com o passar do tempo, infalivelmente, ela ressurge
ou então agrava-se. Nesse ponto, como a Medicina desconhece o seu
fundamento, não há o que fazer. Assim sendo, quando se trata de uma
doença mais grave, não se consegue curar. Geralmente, depois de sofrer
por muito tempo, a pessoa acaba até perdendo a vida. Dessa maneira,
geralmente as pessoas procuram repensar quando realmente não ocorre a
cura da doença mesmo através da Medicina que depositam toda a
confiança, mas por outro lado, como não existe outra forma, acho que elas,
sem outra alternativa, continuam agarradas nela firmemente, e esta é a
realidade. Por isso, os doentes recorrem a tratamentos populares e demais
tratamentos, mas como nenhum deles cura de verdade, no fim, acabam
procurando as religiões tradicionais, mas estas também não conseguem
curar satisfatoriamente, ficam num beco-sem-saída, e vêm para a nossa
Igreja. E assim, pela primeira vez, encontram a verdadeira salvação e,
recobrando a saúde, voltam a trabalhar novamente. Gostaria que fizessem
uma profunda reflexão, pois o motivo das pessoas terem procurado a
salvação na nossa Igreja é porque, antes de mais nada, não tiveram a cura
na Medicina. Se porventura as doenças fossem curadas sucessivamente
pela Medicina, os doentes não teriam mais necessidade de nos procurar, e
assim ficaríamos sem doentes. Todavia, aqui há um grande problema que
dificilmente as pessoas percebem, isto é, se porventura as pessoas ficassem
saudáveis somente com o tratamento médico, as pessoas más não teriam
oportunidade de se tornarem boas e os males sociais jamais acabariam e,
assim, continuaria infestado de pessoas más que atormentam as boas.
Porém, se as pessoas forem salvas pela religião, ao mesmo tempo que
obtêm saúde física, serão purificadas até o fundo do coração. Assim, até as
pessoas más acabarão por se tornarem pessoas do bem e,
conseqüentemente, serão salvas de corpo e alma. Assim, o mundo se
tornará esplêndido.

Assim sendo, quanto mais dificuldades a Medicina tiver em curar a


doença, significa que o número de pessoas que serão salvas através da
religião será maior. Por isso, baseado no resultado atual, significa que a
Medicina é que tem tornado próspera a religião, e isso não é nenhuma
ironia, e sim uma realidade; portanto, não podemos fazer nada. Todavia,
como a maioria das pessoas não percebe isso, referi-me sobre isso.

Também pode acontecer o seguinte, como surgem os criminosos,


torna-se necessária a lei; porém, desde que a legislação e a medicina atuais
são inúteis, não há outro meio senão voltar a atenção à religião. A prova
disso está manifestada claramente na expansão da nossa Igreja.

Acredito que, com isso, puderam entender o sentido do título deste


Ensinamento.

Jornal Eiko nº 126, 17 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 1)

(ART/51) APRECIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE OBRAS DE PICASSO

(Pablo Ruiz Picasso, pintor espanhol, 1881 – 1973.)


Outro dia, indo a Tóquio, eu soube que estava sendo realizada uma
exposição de Picasso, na loja de departamentos Takashimaya, e felizmente
tive a oportunidade de visitá-la. A seguir, vou tecer comentários sobre essa
exposição. Numa apreciação geral, fiquei deveras surpreso. Eu achava que
Picasso era um pintor magnífico, pois, na atualidade, ele é considerado um
“expert”, uma grande existência mundial. Além do mais, é grande a sua
fama, e todos os críticos japoneses, através de comentários nos jornais e
demais veículos de comunicações, têm-lhe feito elogios unânimes. No
mínimo, eu alimentava uma certa esperança, por isso acho que fiz o possível
para ver suas obras com toda atenção. Mas posso afirmar que, quanto mais
cuidadosamente observava, menos entendia. Falando francamente, em
primeiro lugar, surgiu-me a dúvida: Será que isso é que se chama pintura?
Onde será que está o Belo e a qualidade? Se um quadro desses for
colocado na sala de uma casa, será que alguém conseguirá se deleitar com
ele? Quanto mais pensava dessa forma, maior se tornava a minha dúvida.

Falando abertamente, onde será que está a vida da pintura nessas


obras com formas geométricas e cores pesadas, que parecem desenhos
feitos por crianças? Entretanto, sendo uma de um grande pintor como o
Picasso — pensei — deve haver algo de diferente em alguma parte. O que
será que ele está objetivando? Mesmo observando as obras atentamente,
com o intuito de sondar a piscologia do autor, nada descobri.

No que se refere às figuras humanas, os olhos, o nariz, a boca, o


tronco e os membros são grotescos, distorcidos e até desordenados. Talvez
seja uma crítica por demais severa, mas só dá para se imaginar pessoas
mortas por uma bomba atômica ou atropeladas por um trem. E acho que
isso não se limita a mim. As pessoas que são submetidas a apreciar aquilo
realmente são umas pobres coitadas. Provavelmente, todas as pessoas,
apreciando suas obras, pensam: “Essas sim, são as obras do famoso
Picasso. Com certeza são pinturas mundialmente famosas”. Mesmo assim,
nada conseguem entender e continuam pensando que são, sem dúvida,
obras magníficas. Mas com certeza elas não conseguem encontrar as
qualidades das obras. Isto é, a maioria delas assemelha-se ao dito popular:
“Dar pérolas aos porcos”. Creio que no Japão, atualmente, não existe, além
de mim, outra pessoa que diga essas coisas tão franca e diretamente.

Vamos deixar os comentários sobre a pintura e passar a comentar


sobre a cerâmica. Esta é um tanto singular, mas, como nela está expressa
claramente a sensação de uma época intensamente dinâmica, é um tanto
difícil deixá-la de lado. Todavia, acho que as obras dos atuais ceramistas do
Japão são bem superiores.

Mas por que será que as obras de Picasso se tornaram, atualmente,


alvo da admiração do mundo inteiro? Existe um motivo convincente para
isso. Para explicá-lo, preciso falar, primeiramente, sobre o ensino que hoje
está sendo ministrado em todos os países.

Em relação às belas-artes, a educação está sendo por demais


negligenciada. Como é do conhecimento de todos, no curso primário, só
ensinam os alunos a desenharem figuras simples e a fabricarem brinquedos
de barro ou de madeira através dos trabalhos manuais. No curso
secundário, eles aprendem a fazer esboços semelhantes aos da pintura
ocidental. Portanto, só é possível apreciar os modelos costumeiros ou os
desenhos do próprio professor. A não ser que seja uma pessoa muito
aficionada às belas-artes, depois de terminar o curso escolar, ela só vê as
pinturas ilustradas nos jornais e revistas, ou então, as pinturas colocadas na
sala ou no tokonomá (nas casas japonesas, é a parte mais elevada de um
cômodo, a qual tem a altura de um degrau) da casa de amigos e
conhecidos. Além disso, as pessoas só apreciam pinturas nas exposições,
uma ou duas vezes por ano, quando recebem convite de um amigo ou
quando ficam sabendo da popularidade de algumas obras através dos
jornais. Por isso, podemos dizer que elas quase não possuem
conhecimentos sobre belas-artes no seu verdadeiro sentido.

Além do mais, mesmo que os profissionais e os aficionados às belas-


artes desejem satisfazer os seus desejos, não existem, atualmente, órgãos
desse tipo no Japão. Portanto, mesmo que se tenha o desejo de ver
excelentes pinturas antigas ou contemporâneas, é impossível. Se os
japoneses desejam apreciar obras famosas do Ocidente, basta-lhes ir para
lá, uma vez que nos países ocidentais existem museus bem equipados.
Assim, eles poderão deleitar-se satisfatoriamente. A realidade atual,
entretanto, é que só podemos ver um número reduzido de obras famosas de
origem chinesa e japonesa.

Sem dúvida, existem Museus Históricos e Museus de Belas-Artes


particulares, mas a maioria não merece comentários. Nos Museus
Históricos, as principais obras são históricas e arqueológicas; por isso, do
ponto de vista das belas-artes, são, realmente, muito pobres. Não consigo
deixar de pensar que, se os visitantes estrangeiros desejarem apreciar obras
de belas-artes antigas do Japão e forem aos Museus Históricos, a maioria
ficará decepcionada, pensando: “Isto são obras de belas-artes do Oriente?”
Além disso, a realidade é que as obras expostas são as mesmas o ano todo,
de modo que as pessoas que vão apreciá-las regularmente são bem poucas.
Mesmo sendo japoneses, se não forem pessoas realmente aficionadas, não
vão.
Sem dúvida, nos Museus Históricos está exposto um grande número
de obras de arte budistas perfeitas e magníficas, porém eu sinto a falta de
pinturas e demais obras de belas-artes, que são essenciais e que realmente
fazem com que as pessoas em geral compreendam e criem o gosto pela
Arte. Assim, é absolutamente impossível ter força para despertar o
sentimento do Belo no povo. Obras de arte antigas que as pessoas têm de
apreciar franzindo a testa, como se estivessem lendo algum livro didático,
ainda que se trate de obras históricas, jamais poderão ser apreciadas com
alegria. Por isso, mesmo com o correr do tempo, creio que não aumentará o
número de pessoas que são aficionadas às belas-artes. Sendo assim,
precisamos pensar seriamente sobre essa questão, mas desde que as
belas-artes antigas venham a ser o orgulho do nosso país. Obviamente,
devemos ter grande respeito por essas obras e tomar as medidas
necessárias para a sua perfeita preservação.

Temos também os Museus de Belas-Artes particulares. Visando a


apresentar suas obras, eles fazem exposições anualmente, na primavera e
no outuno, em vários locais de Ueno, bairro de Tóquio. Entre essas obras,
limitadas ao campo da pintura, o número de pinturas ocidentais produzidas
no Japão é muito grande, mas parece que ainda não conseguiram sair do
nível de imitação, sendo poucas as obras que merecem a nossa atenção.
Por outro lado, a pintura japonesa também se encontra num beco sem
saída, e a maioria, podemos até dizer, não passa de pintura a óleo feita com
tinta japonesa. Apesar disso, os grandes mestres estão num dilema, pois
não podem ficar correndo atrás da moda, mas, se permanecerem como
estão, as pessoas deixarão de reconhecê-los. Esse sentimento está
claramente expresso na pintura.

Até o ano passado, nunca deixei de ir às exposições de outono, mas,


este ano, não senti a mínima vontade de ir, por isso não fui.

Assim, falei francamente, sob vários aspectos, sobre a situação atual


das belas-artes. Como os japoneses de hoje não têm recebido educação
verdadeira no que se refere às belas-artes, posso dizer que a sua visão
crítica está próxima de zero. Eles acham que as obras são boas porque os
outros dizem que são. “Como os jornais têm feito altos elogios, devem ser
obras magníficas. Se eu não for ver esta exposição, ficarei fora de moda”.
Pensando assim, eles vão em massa às exposições, baseados no dito
popular: “Se eu não for, não ganharei”. É tal qual os dez melhores filmes:
não passam de uma espécie de influência de popularidade. Nesse sentido,
podemos dizer que tanto Matisse como Picasso são pessoas realmente
felizes na atualidade.

Como vimos, a educação das belas-artes, que, do ponto de vista da


educação atual, é a que apresenta maior falha, doravante deverá ser
amplamente estimulada, pois será útil para a formação do pensamento
pacífico. O pensamento sobre as belas-artes é uma ideologia geral do
mundo e acho que, no futuro, o intercâmbio internacional de obras de arte
será realizado intensamente. Isso será muito eficaz para prevenção da
ideologia comunista. Portanto, acho que, nesse sentido, devemos
incrementar amplamente a educação artística na sociedade, a fim de elevar,
no povo, o gosto pela Arte, que vinha sendo monopolizado, até hoje, pelas
pessoas privilegiadas. Eu gostaria que ele fosse dividido com o povo, e acho
que isso também seria uma esplêndida atividade social. Além do mais,
tornar-se-ia um estímulo para os artistas, e a sociedade teria condições para
fazer críticas corretas no que se refere às obras de arte. Assim, obviamente,
o mundo das belas-artes poderia alcançar um sólido progresso, e também
surgiriam no Japão, infalivelmente, obras-primas de nível mundial. Por
conseguinte, lamento que as obras de pintores como Matisse e Picasso
tenham vindo ao nosso país e recebido tantos elogios. Ao pensar nisso,
desejo intensamente que chegue, o quanto antes, o dia em que as obras dos
pintores japoneses sejam expostas nos Estados Unidos e na Europa,
provocando um grande alvoroço.

Para encerrar, gostaria de falar um pouco sobre as atividades que


estou desenvolvendo. Trata-se dos Museus de Belas-Artes de Hakone e de
Atami. A conclusão do Museu de Hakone está prevista para o verão do
próximo ano. Sem dúvida, o meu propósito é formar, nos japoneses, um
pensamento amplo voltado para as belas-artes, suprindo as falhas da
educação que eu citei anteriormente. Portanto, as obras que serão expostas
no nosso museu poderão ser compreendidas pelas pessoas em geral.
Também estou planejando expor obras excelentes, que estão sendo
ansiosamente aguardadas pelos profissionais da área. Naturalmente, sem
distinção de obras novas ou antigas, vou escolher as obras-primas das
belas-artes orientais, dos grandes artistas de cada época, a fim de
incrementar amplamente um conteúdo perfeito. No momento, estou
objetivando principalmente os japoneses, mas, no futuro, desejo transformar
o nosso museu num grande Museu de Belas-Artes, motivo de orgulho
mundial, e que seja o símbolo da admiração dos profissionais da área, dos
aficionados e do povo em geral, de todos os países.

Jornal Eiko nº 135, 19 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Arte)

VENDO A EXPOSIÇÃO DE PICASSO

Tendo outro dia ido a Tóquio, ouvi dizer que uma exposição das obras de
Picasso estava sendo realizada na loja de departamentos Takashimaya.
Considerando a ocasião oportuna, fui até lá para ver e escreverei, agora, as
minhas impressões. Depois de uma primeira circulada, quedei-me abismado.
Julgava eu próprio que, em vista de se tratar de um grande mestre como
Picasso — de quem se deve dizer que é uma enorme existência de caráter
mundial —, a exposição seria decerto algo maravilhoso. Ademais, comentava-
se muito bem a respeito: nos jornais os críticos eram unânimes em seus
elogios. Assim, minha expectativa era considerável, levando-me a contemplar
atenciosamente as peças expostas. Não obstante, devo confessar que, por
mais que visse, menos entendia. Sendo fiel na descrição do que senti, digo
que, primeiramente, me perguntei se aquilo era pintura. Afinal, onde está a
Beleza? O que há de apreciável naquilo? Haveria alguém que experimentaria
deleite em decorar com aquilo uma sala? Assim, por mais que cogitasse, nada
podia compreender.

Para ser franco, questionei-me onde estaria a alma, como pintura,


daquele colorido berrante e geométrico, que mais parecia desenho de uma
criança. Por ter sido um grande artista como Picasso quem pintou, sem dúvida
deve haver algo em algum lugar. Contemplei fixamente suas obras, com o
intuito de investigar o estado psicológico do autor, indagando-me a respeito de
qual fora o seu objetivo. Não obstante, meus esforços foram em vão. Quanto às
suas figuras humanas, o que vi foram olhos, narizes, bocas e troncos
quasimodescos, membros ora torcidos, ora feitos aos pedaços. Posso estar
empregando uma comparação cruel, mas aquilo eram cadáveres de vítimas de
atropelamentos ou de uma explosão atômica. E digo que não serei o único a
achar assim. Sinto imensa compaixão do grande público, ao qual foi impingido
ver tamanho despropósito. Talvez ninguém tenha entendido coisíssima alguma,
ainda que visse tais quadros consciente de estar frente a frente com um
Picasso, bem diante de uma obra-prima de renome mundial. Todavia, apenas
sentindo estar diante de peças, sem dúvida, maravilhosas, ninguém deve ter
captado o que era bom e o que era ruim nelas. Como se diz usualmente, a
maior parte das peças não passou de pérolas lançadas aos porcos — o que,
aliás, talvez nenhuma outra pessoa hoje, no Japão, diga assim, tão direta e
sinceramente. Acredito ser somente eu. Ficando por aqui no que diz respeito à
pintura, passemos às peças de cerâmica. Embora fossem um tanto quanto
excêntricas, irradiavam um não sei quê, como um sabor da época, dinâmico e
penetrante, difícil de se desprezar. Apesar disso, a mim me quer mesmo
parecer que as obras dos novos ceramistas japoneses da atualidade são
superiores.

Por que, então, tais obras de Picasso são alvo de louvores em nível
mundial? Há um motivo e tanto. Para elucidar esse fato, é preciso, antes de
mais nada, começar pela discussão da Educação atual. Hoje, como acontece
nos demais países, a Educação Artística vem sendo tratada com um enorme
descaso. Como todos sabem, primeiramente, na Escola Primária, os alunos são
ensinados a fazer desenhos, trabalhos de argila e brinquedos de madeira
simples. Do ginásio em diante, ensina-se alguma coisa de Pintura Ocidental,
como esboços, e o que se mostra aos alunos são ou modelos já batidos ou
pinturas executadas pelo professor. Depois de se formar, se a pessoa não é
alguém com profundo interesse pelas Artes, o que ela vê, geralmente, são
ilustrações de jornais ou os quadros pendurados nas salas de visitas dos
conhecidos. Fora isso, seu contato com a Arte, durante um ano, resume-se a
uma ou duas críticas lidas nos jornais ou a uma visita a algum museu, a convite
de um amigo. É possível, portanto, afirmar que quase não se possui um
conhecimento artístico na verdadeira acepção. Ademais, indivíduos que se
relacionam com as Belas-Artes, como os especialistas e diletantes, ainda que
queiram saciar seu apetite, não encontram, no Japão de hoje, órgãos aptos a
contentá-los. Assim, supondo-se que algum deles quisesse agora ver, de
qualquer maneira, obras-primas da Pintura antiga e moderna, tal desejo seria
impossível. Ao contrário, em se tratando de peças famosas da Pintura
Ocidental, o japonês pode apreciá-las à vontade, caso vá ao exterior, em
virtude de lá existirem museus completamente aparelhados. Desta maneira, a
realidade é que, com respeito à Arte Oriental, ou seja, às pinturas chinesa e
japonesa, não se tem acesso a ela, a não ser a uma mínima parte. De fato,
existem museus e galerias particulares, mas, nos primeiros, a tônica está nos
fatores histórico e arqueológico. Do ponto de vista artístico, seu conteúdo é
fraquíssimo. Se o estrangeiro quiser apreciar a Arte antiga nipônica e se dirigir a
um museu, sou forçado a acreditar que, na maioria dos casos, ficará
decepcionado, perguntando-se se aquilo é que é Arte oriental. Além do mais,
como durante o ano inteiro os museus expõem as mesmas peças, é mínimo o
número de seus visitantes, somente indo vê-las aqueles que — mesmo
japoneses — têm um motivo muito especial. Reconheço que, nos museus, a
Arte budista, e somente ela, é encontrada satisfatoriamente, existindo neles
peças magníficas em profusão. Todavia, para o leigo — que é a figura principal
— há insuficiência de pinturas ou de outras obras artísticas facilmente
compreensíveis e que lhe estimulem o interesse. Dessa maneira, é
completamente inviável despertar o grande público para uma visão artística.
Assim, por mais rico que seja o histórico de determinada obra de arte antiga, se
ela é apresentada como um livro didático, que se devesse ler com vincos na
testa, ninguém se sentirá à vontade para apreciá-la com deleite.
Conseqüentemente, jamais crescerá o número de indivíduos familiarizados com
a Arte. É mister, portanto, estudar amplamente este ponto. Ademais,
desnecessário frisar que, como a Arte antiga também constitui objeto de
orgulho para a Nação, deve-se não apenas ter apreço por ela, como, ainda,
arranjar meios de conservá-la muito bem.

Temos, além disso, os museus de Arte de propriedade privada, os quais


realizam em Ueno, na primavera e no outono, variadas exposições com o
intuito de apresentar seu acervo artístico ao público. Neles, tomando-se apenas
as obras de Pintura, constatamos não somente serem extremamente
numerosos os quadros japoneses de Pintura ocidental, como também o fato de
não terem saído eles do território da imitação do Ocidente. Pouquíssimas são
as obras que merecem ser vistas com cuidado. Entrementes, no que concerne
à pintura japonesa, esta se encontra em estagnação, podendo-se dizer que a
maior parte das suas peças permanece nos limites da pintura a óleo, na qual se
empregaram pigmentos nipônicos. Ademais, os grandes mestres, pela sua
posição, caem no dilema de estarem impedidos de acompanharem a moda, de
um lado, e, de outro, de não obterem o reconhecimento do público, com o
emprego dos seus métodos tradicionais. Tal fato transparece perfeitamente nas
suas obras. Até o outono do ano passado, nunca deixei de comparecer às
exposições dessa estação, porém, este ano, por não sentir vontade, acabei por
não ir. A tal ponto, perdi o interesse em ver essas obras.

Este é o registro das minhas impressões fiéis acerca da Arte nos dias de
hoje. Como se pode ver, por não receber — no sentido verdadeiro — educação
artística, a capacidade do japonês contemporâneo de apreciar as Artes é
praticamente nula. Desta maneira, ele julga que certa peça é boa, por ser essa
a opinião alheia. Em vista de os jornais elogiarem desbragadamente um artista,
ele é levado a acreditar que este é maravilhoso. Invade as exposições por
considerar que, se a elas não acudir, ficará por fora da moda. Verifica-se, nesse
fato, justamente o que acontece com os filmes que são sucessos de bilheteria:
um tipo de efeito advindo da popularidade. Neste sentido, é possível afirmar
que tanto Matisse quanto Picasso constituem existências grandemente
agraciadas na atualidade.

Como foi exposto, a Educação Artística — o elemento mais deficiente do


atual sistema educativo — deve ser amplamente incentivada. Ademais, tal
aprendizado corroborará para o cultivo do pacifismo. A visão artística é o ideário
comum da humanidade, e, no futuro, dever-se-á proceder intensamente a um
intercâmbio de obras de arte em âmbito internacional, o que, outrossim, surtirá
um grande efeito na prevenção do comunismo. Neste sentido, eu julgo que se
deve incentivar grandemente, em nível social, a Educação Artística, elevando o
interesse popular pelas Artes. Além disso, caso o interesse artístico, até hoje
propriedade exclusiva das classes privilegiadas, seja ampla e igualmente
difundido entre as massas populares, esse fato será um considerável
empreendimento social, o que ainda irá constituir um estímulo para o artista. A
sociedade, tornando-se apta a avaliar corretamente essas obras, proporcionará
que os círculos artísticos levem a cabo um desenvolvimento sadio. Somente
desse modo surgirão, infalivelmente, neste país, obras-primas de nível mundial.
No que tange a tal colocação, penaliza-me hoje o fato de as obras de artistas
atualmente vivos, como Matisse e Picasso, serem badaladas no Japão. Ao
meditar nisso, desejo veementemente que, um dia, o mais breve possível, as
obras dos artistas japoneses, expostas nos Estados Unidos e na Europa, sejam
alvo de grande algazarra.

Finalizando, pretendo escrever um pouco sobre um assunto particular.


Trata-se dos museus de Hakone e de Atami, atualmente em construção. O de
Hakone tem sua conclusão prevista para até o verão do ano vindouro.
Escusado dizer que o seu principal objetivo reside — como já foi anteriormente
exposto — em suprir a deficiência da Educação Artística, por intermédio do
cultivo intenso de uma visão artística em todo o indivíduo japonês. Em vista
disso, planejo expor peças que sejam compreensíveis ao público em geral e,
concomitantemente, reunir obras de primeira categoria, de modo a satisfazer as
mais prementes exigências dos especialistas. Naturalmente, a tônica será posta
na Arte oriental, com a seleção das obras-primas dos grandes mestres de cada
época — da Antigüidade até a atualidade, visando-se, assim, a um conteúdo
bem rico. No momento, o seu alvo foi focalizado no japonês, mas, futuramente,
pretendo tornar ambos grandes museus dos quais nos possamos orgulhar
perante o mundo inteiro, fazendo deles o símbolo dos sonhos dos profissionais,
dos diletantes e do grande público de todos os países do Globo.

Eiko, nº 35 — 19 de dezembro de 1951


(tradução em: O Mundo do Belo)

(J2/39) O APETITE E A CABEÇA

Ultimamente, o meu apetite havia diminuído acentuadamente.


Achando que a causa deveria estar em alguma parte do corpo, passei a
examiná-lo apalpando-o. Ao descobrir a existência de quatro ou cinco
caroços muito duros na parte posterior da cabeça, fiquei deveras assustado.
Há algum tempo, sentia algo de estranho nessa região, mas como não
sentia nenhuma dor, deixei como estava.

Porém, posteriormente resolvi dissolvê-los e comecei a ministrar o


Johrei de frente. Então, esses caroços foram aos poucos amolecendo e
reduzindo de tamanho e, depois de cerca de dois meses, houve grandes
melhoras na minha cabeça. Inesperadamente, a cada dia que passava
aumentava o meu apetite e ultimamente estou comendo o dobro do que
comia antes; por isso, estou muito feliz. Assim, consegui descobrir que a
causa da falta de apetite se encontra na parte posterior da cabeça. Portanto,
gostaria que os senhores membros também fizessem tal experiência uma
vez.

Jornal Eiko nº 135, 19 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

(J2/197) NOVAMENTE, A RESPEITO DA QUESTÃO DO BCG

No jornal “Jiji Shinpo” do dia 19 de novembro passado, estava


publicado o seguinte artigo (omitido nesta edição) relacionado à questão do
BCG, que atualmente está recebendo severas críticas. Ao lê-lo, poderão
entender, mas era o apelo de uma vila agrícola que teve um grande prejuízo
devido à vacina de BCG e solicitava a sua interrupção. Mas, de vez em
quando, ouço falar sobre esse tipo de problema. No entanto, parece que a
recente tendência da Medicina está baseada na opinião de que ela é inócua
e que vai continuar se empenhando, mas do nosso ponto de vista isso é
realmente incompreensível. Isto porque, mesmo recebendo informação de
que ela é prejudicial, acho que eles vendam os seus olhos e fazem de conta
que não viram. E o motivo deles acreditarem que a referida vacina é eficaz
está na estatística de que nas regiões onde foram realizadas as vacinas a
incidência da doença é bem mais reduzida do que em outras regiões que
não foram realizadas.

Todavia, o erro da Medicina está em concluir observando apenas a


realidade que se manifesta superficialmente, mas obviamente não há o que
fazer, uma vez que ela não compreende o seu fundamento. Porém, como
sabemos claramente, vou expor a seguir. Como sempre tenho dito, o
surgimento da tuberculose vem a ser purificação, por isso é bom, pois
através desta ocorrerá a cura completa. No entanto, a Medicina interpreta de
forma contrária e, tentando interromper a purificação, usa a BCG; por isso,
evidentemente, diminui o número de incidentes. Porém, a sua eficiência é
temporária; por isso, mesmo que haja uma redução imediata, à medida que
houver a continuidade a cada ano, surgirá uma ação antitóxica e a sua
eficácia será reduzida gradativamente. Além disso, será somada a
purificação das toxinas medicinais da BCG; por isso, chegará a época em
que haverá o aumento súbito de pacientes com tuberculose maligna e isso
está mais evidente do que ver o próprio fogo. Assim sendo, ficamos
arrepiados só de pensar nisso. Realmente, ainda há o que precisamos
salvar; é a cegueira da Medicina!

Jornal Eiko nº 135, 19 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

ELIMINAÇÃO DO SOFRIMENTO DA DOENÇA

Desde a Antigüidade existem, a grosso modo, dois métodos para


curar as doenças. O primeiro é estritamente espiritual e consiste em orar
fervorosamente a Divindades ou a Buda, pedir a religiosos ou xamãs para
orar por intenção da pessoa, receber bênçãos fazendo uso de
encantamentos e substitutos, submeter-se a treinamento espiritual, etc., o
segundo é estritamente material, utilizando medicamentos, instrumentos,
cirurgias, injeções, banhos de luz e tratamentos de natureza física difundidos
popularmente, como digitopuntura, massagens e outros. São, portanto, dois
extremos.

Ainda mais, a civilização atual, deslumbrada pelo espantoso avanço


da Ciência, veio, até hoje, convencida de que apenas a ciência da matéria é
capaz de resolver o problema da doença. Assim, conceituou-se que, com o
seu progresso, a humanidade poderia um dia vir a libertar-se do sofrimento
causado pelas enfermidades. Essa concepção unilateral acabou até mesmo
por negar a existência de Deus.

Examinemos este aspecto mais profundamente. Após a humanidade


ter alcançado certa evolução, nasceu a cultura oriental, seguindo o Plano
Divino. Trata-se de uma cultura de natureza espiritual e moral, que durante
algum tempo conseguiu notável desenvolvimento, mas que, por negar
obstinadamente a matéria, fracassou, encontrando-se na decadência que
vemos hoje. Em contrapartida, a cultura ocidental, menosprezando o espírito
e valorizando as coisas materiais, alcançou um grande progresso, mas
também resultou em fracasso. Mais do que qualquer coisa, a realidade do
mundo de hoje atesta o que estou dizendo. Analisando sob esse ângulo, a
humanidade foi mal sucedida tanto tendendo no sentido vertical como no
horizontal. No entanto, apesar desse duplo fracasso da cultura, o homem
ainda não despertou do seu erro, continuando agarrado à cultura atual, que
não lhe proporciona nenhuma esperança. É natural que, numa situação
dessas, esteja prestes a ocorrer uma grande transformação, a qual irá
marcar a História.

(Chijô Tengoku nº 31 — 25 de dezembro de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

(J2/10) O QUE É A VERDADEIRA CIVILIZAÇÃO

Atualmente, estou redigindo um grande livro intitulado “A Criação da


Civilização”, mas o seu objetivo é esclarecer às pessoas que a civilização de
até então é uma civilização fundamentalmente equivocada e que não é
verdadeira. A maior prova disso está no fato de que, mesmo dizendo que a
civilização alcançou grande progresso, não estamos vendo nenhuma
concretização da felicidade da humanidade, que é o objetivo final da
civilização. Mais do que isso, ao contrário, é uma realidade que à medida
que a humanidade alcança maior progresso, a tendência é o aumento dos
sofrimentos da vida. Portanto, não podemos imaginar que esta civilização
moderna, extremamente contraditória, continue nessa situação eternamente.
Isto porque progresso da civilização significa distanciar passo a passo do
estado selvagem e não há, além deste, outro motivo fundamental. Portanto,
algum dia a humanidade vai perceber sobre isso e, ao mesmo tempo,
evidentemente, acabará criando a verdadeira civilização que trará consigo a
felicidade. Além do mais, gostaria de dizer que essa época está
iminentemente próxima, uma vez que, nesta oportunidade consegui
descobrir o erro fundamental disso.

O estado selvagem será erradicado


Assim, é possível compreender esse fato mesmo analisando de um
outro ângulo. A verdade é que o mundo está progredindo de forma ilimitada
e esta é uma realidade incontestável que ninguém pode negar. Portanto,
qualquer que seja o motivo, não há nenhuma possibilidade de retornarmos
novamente à época selvagem. Dessa maneira, a civilização avançará cada
vez mais e creio que, em conseqüência disso, será erradicado, por
completo, o estado selvagem da humanidade. Tornando-se assim, será o
procedimento correto da verdadeira civilização. Chegando-se a esse ponto,
a humanidade poderá viver em paz e tranqüilidade e passará a gozar de
felicidade. Porém, qual será o quadro atual? Como podemos ver, a ameaça
de guerra e o pavor das doenças continua como antes, sem sofrer qualquer
redução. Isso significa que o estado selvagem é ainda consideravelmente
grande e não percebem isso, ou melhor, iludem-se acreditando que esse
estado selvagem é inerente à civilização. Naturalmente, o ponto mais
importante desse pensamento está no erro da Medicina.

Como não ocorre a cura através dos tratamentos, dos remédios e dos
demais métodos da Medicina moderna, ultimamente tem adotado com
veemência a cirurgia. Nesse método, sem dúvida, realizam incisão, causam
hemorragias, retiram órgãos internos e, de acordo com a doença, perfuram e
fazem excretar pus e líquidos turvos e, no caso de abscessos, realizam,
infalivelmente, a incisão e deixam as marcas repugnantes. No entanto,
acreditam que esse método selvagem vem a ser o progresso, o que me
deixa realmente surpreso. Do nosso ponto de vista, isso não passa de uma
ação selvagem, uma espécie de atrocidade. Pelo fato de não conseguirem
curar as doenças, dizem que esse é o segundo melhor método, imaginando
que isso vem a ser o progresso da Medicina, mas na realidade isso é
apenas o progresso da técnica. Portanto, na realidade, a verdadeira
Medicina é aquela que não causa nenhum sofrimento na ocasião da
aplicação do tratamento e que elimina apenas as doenças sem causar
qualquer danos ao corpo, deixando-o no estado original; além deste, não
existe outro progresso da Medicina.

No entanto, a Medicina avançada, como a que citei acima, é a que


criei, portanto, de acordo com a divulgação da mesma, a humanidade se
livrará por completo do sofrimento da doença e se concretizará um mundo
isento de doença, idealizado pela humanidade. Então, por que surgiu uma
Medicina tão memorável como essa? Existe uma razão para isso. Como é
do conhecimento de todos, a Medicina moderna foi gerada pela ciência
materialista; em contrapartida, o nosso tratamento religioso nasceu da
ciência espiritualista; portanto, a sua base é completamente diferente. Como
condição básica desse pensamento, a Medicina considera o homem como
um animal material, enquanto que nós o consideramos animal espiritual; é
esse o ponto divergente. Portanto, se determinar qual dos dois pensamentos
é o verdadeiro, a questão será solucionada imediatamente. Mesmo assim,
acho que vão achar que essa decisão não será nada fácil, mas na realidade,
é bem simples. Em suma, o que importa é o resultado da cura. Trata-se da
realização da experiência de sua eficácia e não existe outro método mais
seguro que esse. Assim sendo, os profissionais da Medicina deveriam
contatar com o Johrei da nossa Igreja e só com isso será definitivamente
solucionado. Por exemplo, é só fazer uma comparação entre o tratamento
médico e o Johrei no que se refere à apendicite ou a qualquer outro sintoma
de dor no sentido de qual dos dois cura mais rápido e completo. Aquele que
ganhar através desse procedimento vem a ser a Verdadeira Medicina;
portanto, pode ser determinada só com isso, dispensando toda e qualquer
teoria complicada. Porém, as pessoas da atualidade têm o hábito de não
acreditar se não tiver a comprovação teórica, mesmo que o tratamento seja
eficaz; por isso, no livro “A Criação da Civilização”, volume Medicina, expus
exaustivamente. Tenho elucidado de forma teórico-científico a origem das
bactérias que é de suma importância, mas para a Medicina atual é uma
questão completamente insolúvel. Portanto, ao lê-lo, acredito que qualquer
pessoa poderá se convencer. Então, por que até hoje veio considerando a
Medicina materialista como algo superior? Existe um motivo muito profundo
para isso.

A extinção do sofrimento da doença

A respeito disso, há um fato extremamente compreensível. Desde os


tempos antigos até os dias de hoje, existem dois métodos para curar
doenças. Um deles é o método completamente espiritual que, voltando-se
para Deus, realizam orações e preces, ou então solicitam oração ao
exorcista, ao asceta, etc. Recorrem ainda ao benzimento, regressão,
sacrifício, aprimoramento espiritual, etc. Assim, existem vários, mas em
suma é completamente espiritual.

Ao contrário disso, o método material usa obviamente o remédio, a


cirurgia, injeção, tratamento por meio de raio, fisioterapia, etc. e também
tratamentos populares como digitopuntura, massagem, etc. Todos esses
métodos são materiais. Dessa maneira, tanto um como o outro são
extremamente tendentes. Além do mais, a civilização contemporânea está
deslumbrada com o resultado do progresso e desenvolvimento espantoso da
Ciência. Mesmo no tratamento de doenças, veio acreditando até hoje que só
poderia ser solucionado através da Ciência. Isso acabou tornando-se até
sensato e passou-se a pensar que, fazendo-se progredir esse método, no
final, poder-se-ia extinguir da humanidade o sofrimento da doença, e essa
ideologia de enfatizar excessivamente a Ciência acabou negando até
mesmo a existência de Deus.

Vou examinar ainda mais profundamente a respeito disso, mas este


mundo, depois que a humanidade evoluiu até certo nível, quem nasceu de
acordo com o Plano Divino foi a cultura oriental, mas isso, como tenho dito
sempre, é no sentido espiritual e mental, e por um período alcançou grande
progresso, mas por negar a matéria de forma extremada, no final, acabou
por fracassar. Na atualidade, caiu no estado degenerativo. Ao contrário
disso, a cultura oriental negligenciou o espírito e, através da ideologia de
respeitar a matéria, alcançou o atual progresso, mas esta também se tornou
uma cultura fracassada. A melhor prova disso é o mundo atual. Observando
dessa maneira, a humanidade de até então tendeu para o vertical e
fracassou, depois tendeu para o horizontal e fracassou novamente. Assim,
sem despertar para a cultura que fracassou não só uma vez mas por duas
vezes e, como antes, continuam agarrados na cultura destituídos de
esperança. Sendo essa a situação atual, é evidente que irá ocorrer
historicamente alguma grande mudança.
A função de parteira da civilização do mundo

E desde que, quem se manifestou nesse ínterim foi a nossa Igreja


Messiânica Mundial, ela tem a missão de eliminar o equívoco da civilização
fracassada e ensinar como deve ser a verdadeira civilização. Nesse sentido,
estou redigindo atualmente o livro intitulado “A Criação da Civilização”. A
base desse projeto não tende para o vertical e nem para o horizontal, mas
sendo versátil é, ao mesmo tempo, vertical e horizontal, ou seja, ensina a
verdade sobre a ideologia equilibrada. Falando de uma forma mais simples,
é no sentido de fazer reconhecer a existência de Deus e, ao mesmo tempo,
de respeitar amplamente o progresso material. O Johrei é a manifestação
desse princípio e esse método emite espírito pela palma da mão; portanto,
sem dúvida, é o poder que gera pela união do espírito e matéria. Portanto,
tenho a missão de orientador e parteiro para fazer nascer a verdadeira
civilização no mundo.

Revista Tijyo Tengoku nº 31 , 25 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Johrei 2)

“Após a humanidade ter alcançado certa evolução, nasceu a cultura


oriental, seguindo o Plano Divino. Trata-se de uma cultura de natureza espiritual
e moral, que durante algum tempo conseguiu notável desenvolvimento, mas
que, por negar obstinadamente a matéria, fracassou, encontrando-se na
decadência que vemos hoje. Em contrapartida, a cultura ocidental,
menosprezando o espírito e valorizando as coisas materiais, alcançou um
grande progresso, mas também resultou em fracasso. Mais do que qualquer
coisa, a realidade do mundo de hoje atesta o que estou dizendo. Analisando
sob esse ângulo, a humanidade foi mal sucedida tanto tendendo no sentido
vertical como no horizontal. No entanto, apesar desse duplo fracasso da
cultura, o homem ainda não despertou do seu erro, continuando agarrado à
cultura atual, que não lhe proporciona nenhuma esperança. É natural que,
numa situação dessas, esteja prestes a ocorrer uma grande transformação, a
qual irá marcar a História.”
(O que é a verdadeira civilização?, 25 de dezembro de 1951)

“Se o homem deixar de tomar remédios e consumir alimentos, nos quais


não foram aplicados fertilizantes, ele viverá com saúde o ano inteiro. No
entanto, propositadamente, ele está criando o inferno. Por isso, aos olhos de
Deus ......... não tem jeito. Até hoje, isso foi necessário, mas não deverá
continuar por muito tempo. Darei a conhecer ao mundo todo (a causa da
doença), por isso, daqui para a frente, pouco a pouco, as pessoas irão
entender.”

(Palestra, 25 de dezembro de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E
Construção)

“Após a humanidade ter alcançado certa evolução, nasceu a cultura


oriental, seguindo o Plano Divino. Trata-se de uma cultura de natureza
espiritual e moral, que durante algum tempo conseguiu notável
desenvolvimento, mas que, por negar obstinadamente a matéria, fracassou,
encontrando-se na decadência que vemos hoje. Em contrapartida, a cultura
ocidental, menosprezando o espírito e valorizando as coisas materiais,
alcançou um grande progresso, mas também resultou em fracasso. Mais do
que qualquer coisa, a realidade do mundo de hoje atesta o que estou dizendo.
Analisando sob esse ângulo, a humanidade foi mal sucedida tanto tendendo no
sentido vertical como no horizontal. No entanto, apesar desse duplo fracasso
da cultura, o homem ainda não despertou do seu erro, continuando agarrado à
cultura atual, que não lhe proporciona nenhuma esperança. É natural que,
numa situação dessas, esteja prestes a ocorrer uma grande transformação, a
qual irá marcar a História.

A Sekai Kyussei Kyo surgiu para mostrar o erro da civilização falha e


ensinar o que é a Verdadeira Civilização. Nesse sentido, estou escrevendo uma
obra intitulada “Criação da Civilização”, fundamentada no pensamento flexível
que não pende exclusivamente no sentido horizontal nem no sentido vertical,
mas que ocupa o meio-termo entre os dois. De maneira mais clara, significa
fazer reconhecer a existência real de Deus, respeitando, ao mesmo tempo, o
progresso material. Esse princípio está bem expresso pelo Joorei. Irradiando o
espírito pela palma da mão, ele é, sem dúvida, a força resultante da união do
espírito e da matéria. Portanto, eu exerço a função de “obstetra” da Verdadeira
Civilização e também de seu orientador.”

(O que é a verdadeira civilização?”, 25 de dezembro de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama – Salvador)

"Eu tenho a função de 'obstetra' e orientador da Criação da Verdadeira


Civilização"

A Sekai Kyussei Kyo surgiu para indicar as falhas da civilização atual


e ensinar o que é a Verdadeira Civilização. Neste sentido, estou escrevendo
uma obra intitulada "Criação da Civilização", fundamentada no pensamento
flexível que não tende exclusivamente no sentido horizontal nem no sentido
vertical, mas que ocupa o meio-termo entre os dois. De maneira mais clara,
significa fazer reconhecer a existência real de Deus, respeitando, ao mesmo
tempo, o progresso material. Este princípio está bem expresso pelo Johrei.
Irradiando o espírito pela palma da mão, ele é, sem dúvida, a força
resultante da união do espírito e da matéria. Portanto, eu exerço a função de
“obstetra" da Verdadeira Civilização e, também, de seu orientador.

O que é a Verdadeira Civilização — 25 de dezembro de 1951


(tradução em: Manual do Novo Líder que vive para Meishu
Sama)

A FUNÇÃO DE “OBSTETRA” DA CIVILIZAÇÃO MUNDIAL

A Igreja Sekai Kyu Sei Kyo surgiu para mostrar o erro da civilização
falha e ensinar o que é a Verdadeira Civilização. Nesse sentido, estou
escrevendo uma obra intitulada “Criação da Civilização”, fundamentada no
pensamento flexível que não pende exclusivamente no sentido horizontal
nem no sentido vertical, mas que ocupa o meio-termo entre os dois. De
maneira mais clara, significa fazer reconhecer a existência real de Deus,
respeitando, ao mesmo tempo, o progresso material. Esse princípio está
bem expresso pelo Johrei. Irradiando o espírito pela palma da mão, ele é,
sem dúvida, a força resultante da união do espírito e da matéria. Portanto,
eu exerço a função de “obstetra” da Verdadeira Civilização e também de seu
orientador.

(Chijô-Tengoku nº 31 — 25 de dezembro de 1951)


(tradução em: A Verdadeira Saúde
Revelada por Deus)

(R1/29) POR QUE O MAL SE REVELA

Alicerce do Paraíso, pág.203

Como já me referi em "ATEÍSMO É SUPERSTIÇÃO", a causa das


injustiças que infestam o mundo reside na própria mente humana.

O pensamento que admite a possibilidade de se manterem


despercebidos os delitos, sejam eles quais forem, acha-se enraizado entre
os que não crêem verdadeiramente em Deus. Segundo tal raciocínio, é
muito mais fácil e vantajoso ganhar dinheiro de modo ilícito.

Claro está que esse conceito é largamente seguido entre os que


praticam o mal, mas o fato é que o crime sempre é descoberto. No fundo, o
próprio culpado sabe disso, porém, como desconhece a razão dessa
verdade, não consegue abandonar a senda do mal.

Considera-se que todo cidadão é independente, apesar de ser um


membro da sociedade, e que, portanto, ele é livre para praticar quaisquer
atos. Atualmente, "viver com inteligência" significa empregar a habilidade
exclusivamente no que possa proporcionar benefícios à própria pessoa. O
homem, simulando admiração pelas palavras dos seus superiores ou
religiosos, no íntimo zomba delas, achando que são tolices. Prende-se a
formalidades, tornando-se nulo não apenas espiritualmente, mas também
quanto ao seu valor humano.

Esse é o pensamento moderno da maioria dos homens, os quais,


longe de conseguirem a almejada felicidade, acabam fracassando. E
fracassam porque, embora o mal não seja descoberto pelos outros, a própria
pessoa sabe que o cometeu. Aí é que está o problema, pois o conteúdo do
consciente e do subconsciente reflete-se num local do Mundo Espiritual que
corresponde, na Terra, ao nosso Palácio da Justiça. Pode ser chamado de
Fórum do Mundo Espiritual.

Infelizmente, é difícil para o homem, vítima do materialismo, crer na


existência do Mundo Espiritual, que ele nega sumariamente. A ignorância da
existência desse mundo é a fonte do mal. Assim, para extirpar o mal pela
raiz é necessário pregar esta verdade e convencer o homem; não há meio
mais eficiente.

Vejamos como é feita a comunicação ao Fórum do Mundo Espiritual.

Há um elo espiritual semelhante ao telégrafo sem fio que estabelece


uma ligação entre cada homem e esse Fórum, no qual as nossas ações são
registradas com assombrosa exatidão. O registrador anota tudo
minuciosamente num livro, e os delitos são julgados de acordo com o grau
de perversidade. Por esse julgamento do Mundo Espiritual, o delito é
revelado no Mundo Material, de forma hábil, para a pena correspondente.

Quando o homem tomar consciência desse fato, deixará de cometer


qualquer espécie de mal. Se, ao contrário, praticar bons atos, será
recompensado também, segundo o próprio mérito. Esta é a realidade dos
dois mundos, o Espiritual e o Material. Deus construiu-os sabiamente. Sendo
esta a Verdade Absoluta, não há outra solução a não ser aceitá-la.
Atualmente, a maioria dos homens cultos é cega a essas questões
espirituais e menospreza o ato de revelá-las ao povo. Inclusive mostram-se
prevenidos contra a pregação desse princípio fundamental, considerando-o
superstição, quando, na realidade, são eles que se portam como verdadeiros
supersticiosos. A maior prova do que dizemos é que, apesar de intenso
empenho nesse sentido, os delitos não têm diminuído. A justiça terrena tenta
evitá-los punindo-os com medidas provisórias e superficiais, depois que eles
vêm à tona. Estabelece leis que podem ser transgredidas, deixando de tocar
no ponto vital, e a humanidade, imatura, chega a orgulhar-se do que
denomina "Civilização". Digamos, antes, pela evidência dos fatos, que
estamos vivendo, atualmente, a era da "cultura selvagem".

Jornal Eiko nº 136, 26 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

“Enganar os outros é como apoderar-se, às escondidas, dos seus


pertences.”

(...) Claro está que esse conceito é largamente seguido entre os que
praticam o Mal, mas o fato é que o crime sempre é descoberto. No fundo, o
próprio culpado sabe disso, porém, como desconhece a razão dessa verdade,
não consegue abandonar a senda do mal.

Considera-se que todo cidadão é independente, apesar de ser um


membro da sociedade, e que, portanto, ele é livre para praticar quaisquer atos.
Atualmente, “viver com inteligência” significa empregar a habilidade
exclusivamente no que possa proporcionar benefícios à própria pessoa. O
homem, simulando admiração pelas palavras dos seus superiores ou religiosos,
no íntimo zomba delas, achando que são tolices. Prende-se a formalidades,
tornando-se nulo não apenas espiritualmente, mas também quanto ao seu valor
humano.

Esse é o pensamento moderno da maioria dos homens, os quais, longe


de conseguirem a almejada felicidade, acabam fracassando. E fracassam
porque, embora o mal não seja descoberto pelos outros, a própria pessoa sabe
que o cometeu. Aí é que está o problema, pois o conteúdo do consciente e do
subconsciente reflete-se num local do Mundo Espiritual que corresponde, na
Terra, ao nosso Palácio da Justiça. Pode ser chamado de Fórum do Mundo
Espiritual.

Infelizmente, é difícil para o homem, vítima do materialismo, crer na


existência do Mundo Espiritual, que ele nega sumariamente. A ignorância da
existência desse mundo é a fonte do Mal. Assim, para extirpar o Mal pela raiz é
necessário pregar esta verdade e convencer o homem; não há meio mais
eficiente.

Vejamos como é feita a comunicação ao Fórum do Mundo Espiritual.


Há um elo espiritual semelhante ao telégrafo sem fio que estabelece
uma ligação entre cada homem e esse Fórum, no qual as nossas ações são
registradas com assombrosa exatidão. O registrador anota tudo
minuciosamente num livro, e os delitos são julgados de acordo com o grau de
perversidade. Por esse julgamento do Mundo Espiritual, o delito é revelado no
Mundo Material, de forma hábil, para a pena correspondente. Quando o homem
tomar consciência desse fato, deixará de cometer qualquer espécie de mal. Se,
ao contrário, praticar bons atos, será recompensado também, segundo o
próprio mérito. Esta é a realidade dos dois mundos, o Espiritual e o Material.
Deus construiu-os sabiamente. Sendo esta a Verdade Absoluta, não há outra
solução a não ser aceitá-la.

Atualmente, a maioria dos homens cultos é cega a essas questões


espirituais e menospreza o ato de revelá-las ao povo. Inclusive mostram-se
prevenidos contra a pregação desse princípio fundamental, considerando-o
superstição, quando, na realidade, são eles que se portam como verdadeiros
supersticiosos. A maior prova do que dizemos é que, apesar de intenso
empenho nesse sentido, os delitos não têm diminuído. A justiça terrena tenta
evitá-los punindo-os com medidas provisórias e superficiais, depois que eles
vêm à tona. Estabelece leis que podem ser transgredidas, deixando de tocar no
ponto vital, e a humanidade, imatura, chega a orgulhar-se do que denomina
“Civilização”. Digamos, antes, pela evidência dos fatos, que estamos vivendo,
atualmente, a era da “cultura selvagem”.

Alicerce do Paraíso - “Por que o mal se revela” (26/12/51)


(tradução em: O Pão Nosso de Cada Dia)

POR QUE O MAL SE REVELA

Como já me referi em “ATEÍSMO É SUPERSTIÇÃO”, a causa das


injustiças que infestam o mundo reside na própria mente humana.

O pensamento que admite a possibilidade de se manterem


despercebidos os delitos, sejam eles quais forem, acha-se enraizado entre
os que não crêem verdadeiramente em Deus. Segundo tal raciocínio, é
muito mais fácil e vantajoso ganhar dinheiro de modo ilícito.

Claro está que esse conceito é largamente seguido entre os que


praticam o mal, mas o fato é que o crime sempre é descoberto. No fundo, o
próprio culpado sabe disso, porém, como desconhece a razão dessa
verdade, não consegue abandonar a senda do mal.

Considera-se que todo cidadão é independente, apesar de ser um


membro da sociedade, e que, portanto, ele é livre para praticar quaisquer
atos. Atualmente, “viver com inteligência” significa empregar a habilidade
exclusivamente no que possa proporcionar benefícios à própria pessoa. O
homem, simulando admiração pelas palavras dos seus superiores ou
religiosos, no íntimo zomba delas, achando que são tolices. Prende-se a
formalidades, tornando-se nulo não apenas espiritualmente, mas também
quanto ao seu valor humano.

Esse é o pensamento moderno da maioria dos homens, os quais,


longe de conseguirem a almejada felicidade, acabam fracassando. E
fracassam porque, embora o mal não seja descoberto pelos outros, a própria
pessoa sabe que o cometeu. Aí é que está o problema, pois o conteúdo do
consciente e do subconsciente reflete-se num local do Mundo Espiritual que
corresponde, na Terra, ao nosso Palácio da Justiça. Pode ser chamado de
Fórum do Mundo Espiritual.
Infelizmente, é difícil para o homem, vítima do materialismo, crer na
existência do Mundo Espiritual, que ele nega sumariamente. A ignorância da
existência desse mundo é a fonte do mal. Assim, para extirpar o mal pela
raiz, é necessário pregar esta verdade e convencer o homem; não há meio
mais eficiente.

Vejamos como é feita a comunicação ao Fórum do Mundo Espiritual.

Há um elo espiritual semelhante ao telégrafo sem fio que estabelece


uma ligação entre cada homem e esse Fórum, no qual as nossas ações são
registradas com assombrosa exatidão. O registrador anota tudo
minuciosamente num livro, e os delitos são julgados de acordo com o grau
de perversidade. Por esse julgamento do Mundo Espiritual, o delito é
revelado no Mundo Material, de forma hábil, para a pena correspondente.

Quando o homem tomar consciência desse fato, deixará de cometer


qualquer espécie de mal. Se, ao contrário, praticar bons atos, será
recompensado também, segundo o próprio mérito. Esta é a realidade dos
dois mundos, o Espiritual e o Material. Deus construiu-os sabiamente. Sendo
esta a Verdade Absoluta, não há outra solução a não ser aceitá-la.

Atualmente, a maioria dos homens cultos é cega a essas questões


espirituais e menospreza o ato de revelá-las ao povo. Inclusive mostram-se
prevenidos contra a pregação desse princípio fundamental, considerando-o
superstição, quando, na realidade, são eles que se portam como verdadeiros
supersticiosos. A maior prova do que dizemos é que, apesar de intenso
empenho nesse sentido, os delitos não têm diminuído. A justiça terrena tenta
evitá-los punindo-os com medidas provisórias e superficiais, depois que eles
vêm à tona. Estabelece leis que podem ser transgredidas, deixando de tocar
no ponto vital, e a humanidade, imatura, chega a orgulhar-se do que
denomina “Civilização”. Digamos, antes, pela evidência dos fatos, que
estamos vivendo, atualmente, a era da “cultura selvagem”.
26 de dezembro de 1951
(tradução em: Alicerce do Paraíso – IMMB)

(R2/102) CÁLCULO E EFICIÊNCIA (PRATICIDADE E FUNCIONALIDADE)

Vejo que o japonês do presente menospreza os cálculos e é muito


desinteressado no que diz respeito à eficiência, e por isso quero fazer uma
advertência.

Sem dúvida que existe uma grande relação entre os dois e por isso
vou escrever junto. Falando simplesmente em cálculo, não significa que
tenha relação apenas com o dinheiro, mas também com outras coisas. Além
disso, o cálculo é surpreendentemente importante e, se se tomar cuidado
com ele, não é preciso dizer que se terá muitos lucros no decorrer da vida.
Quanto a esse ponto, o japonês é indiferente, a sua noção de tempo é
escassa, não tem senso de planejamento; pode-se dizer que a maioria é do
tipo casual. Por esse motivo, a conseqüência ao se menosprezar os cálculos
é que se tem muito desperdício, e isso também influencia na eficiência,
acarretando muitos prejuízos. Por causa disso, o trabalho deixa de ser
interessante e a tendência é se tornar impaciente, sendo que essa sensação
desagradável influencia também na eficiência e, sem se perceber, está-se
tendo um grande déficit.

Aí entra os Estados Unidos. Provavelmente não existe um cidadão


como o americano que valoriza os cálculos. Por exemplo, na guerra,
utilizando ao extremo a força de máquinas, agiram de modo a não
desperdiçar vidas. Nessa guerra contra a Coréia, ao comparar o prejuízo tido
com vidas entre aliados e inimigos, é de se espantar, pois em relação ao
prejuízo de mais de 1 milhão e cem mil inimigos, os aliados não chegaram a
dez mil. E também, na guerra do Oceano Pacífico, os japoneses atiraram
balas humanas juntamente com os aviões no navio de guerra inimigo,
fizeram treinamento com lanças e outros, desperdiçando vidas humanas. Em
contraposição a essa coisa terrível, vejam como é os Estados Unidos. Com
apenas alguns engenheiros, fizeram um avião voar e, com uma bomba
atômica, exterminaram completamente uma cidade, por isso não dá para
comparar. Isso também vem da diferença de valorizar ou não os cálculos,
portanto, é preciso pensar bastante. Os japoneses ainda hoje possuem o
resto da personalidade dos samurais e, por causa disso, parece que ainda
têm bastante tendência a menosprezar os cálculos. E isso hoje e para a
época futura, nem é preciso pensar o quanto é desvantajoso. Além disso,
dentre os japoneses de hoje, existe uma tendência demasiada em se
prender a coisas tolas como aparência, falsa resistência, elegância. Isso
para a nação, como para o indivíduo, acarreta, relativamente, um grande
prejuízo. Escreverei um pouco sobre mim agora. Eu tenho o princípio de não
esquecer os cálculos, o que não combina com um religioso e, vendo o meu
modo de proceder, poderão entender melhor. Seja nas aulas de
aprimoramento, com a Luz Divina, ou com os diversos tipos de mensalidade,
tenho determinado um certo valor. Dessa forma, a parte que contribui não
passa pelo incômodo das intenções que as religiões geralmente possuem e,
por isso, ficam à vontade, apenas que como exemplo fora de comum,
recebem a responsabilidade da contribuição monetária, e isso também tem
como diretriz a não-obrigação.

Provavelmente esse tipo de procedimento não é muito visto nas


religiões de até agora, e não é preciso dizer o quanto isso se tornou um
requisito potente no progresso da nossa religião.

Mesmo pelo motivo citado acima, naturalmente que os cálculos


minuciosos são trabalhosos, mas de forma geral faço de modo a não
esquecer as vantagens e desvantagens. Vendo o meu modo de trabalhar, as
pessoas dizem que é a moda americana, e eu também penso assim. Isso
porque dou mais valor ao cálculo e à eficiência. E também na vida cotidiana,
deixo feito mais ou menos o planejamento desse dia e, no caso de acontecer
algum imprevisto, preencho com o trabalho seguinte, tomando cuidado para
não frustrar o plano. Por esse motivo, o trabalho que uma pessoa comum
leva um dia para realizar, eu consigo terminar em uma hora mais ou menos.
Eu trabalho rápido demais, por isso o discípulo que me ajuda sempre
fica embaraçado e acaba dando gritos. Eles dizem que Meishu Sama é uma
pessoa especial, por isso não conseguem imitar de forma alguma, mas esse
modo de pensar está completamente errado. Sem dúvida que não chega a
ser como eu, mas conforme o esforço dessa pessoa consegue-se um
aproveitamento além da expectativa, portanto praticando decididamente com
a intenção de afastar Deus e o Diabo, deve-se praticar bastante.

Jornal Eiko nº 136, 26 de dezembro de 1951


(tradução em: Rokan – Religião 2)

“A Companhia Ferroviária Suntoo, que ficou de construir um teleférico,


enviou o prefeito como intermediário para negociação do terreno. Conversei
com o prefeito no Kanzantei do Zuissen-kyo e recusei a proposta
categoricamente. A obra deverá passar à margem deste terreno e cedo ou tarde
eles virão pessoalmente me consultar, mas não estou disposto a ceder, embora
possa obter um bom lucro, uma vez que eles estão muito interessados na
compra do terreno. Mede cerca de noventa e nove mil metros quadrados de
extensão. Consegui-o misteriosamente por um preço baixíssimo e guardo para
ele um maravilhoso plano. Na montanha situada na parte oeste do terreno, há
um lugar que brotam águas termais. Certa pessoa influente de Atami disse que
essa propriedade que possuo é realmente misteriosa. Segundo ele, há pontos
vitais em todos os lugares que adquiri. Até o prefeito ficou espantado. Disse que
comprei um ótimo lugar. Isto porque dispõe de vários lugares assim.
Recentemente, consegui de forma misteriosa um lugar maravilhoso, sobre o
qual falarei em breve.”

(Palestra, 28 de dezembro de 1951)


(tradução em: A Vida De Meishu Sama - Salvação E
Construção)

COMO TORNAR AS CRIANÇAS SAUDÁVEIS


As crianças, hoje em dia, possuem saúde muito precária. É triste
observar, em toda parte, a maioria das crianças magras e pálidas. Esta
realidade, até agora, apresentava-se de forma mais evidente nas cidades,
mas, ultimamente, verifica-se a mesma tendência nos campos. Em uma vila
do Estado de Nagano, foi realizado o exame de saúde na Escola Primária, e
constatou-se que, dentre cem alunos, oitenta e um apresentavam suspeitas
de tuberculose pulmonar. Mesmo depois, de vez em quando, surgem nos
jornais notícias semelhantes. Qualquer pessoa, ao tomar conhecimento de
tais notícias, deve estranhar, uma vez que, atualmente, o progresso da
medicina tem chegado até o povoado agrícola. O problema é grave porque
dizem desconhecer, completamente, a verdadeira causa. Portanto, vou
descrevê-lo sob a ótica da nossa Medicina Natural.

A causa acima só pode estar na adoção do errado princípio de higiene


e nutrição. A razão é a seguinte: atualmente, as pessoas acreditam que é
bom seguir tudo à moda do Ocidente, e adotam nas crianças japonesas o
mesmo tratamento das crianças ocidentais. É um grande erro. Na verdade,
há uma diferença essencial entre os japoneses e os ocidentais. Essa
educação errada estava limitada às cidades, mas agora ela é estendida
também ao interior. A causa básica do erro está em desprezar a Natureza, e
atribuir pouca importância ao leite materno, como acontece no Ocidente,
dando às crianças leite de vaca em excesso, concedendo-lhes cuidados
exagerados, fazendo-as tomar remédios demais e aplicando-lhes injeções
inadequadas. Esta é a razão que, apesar de se estar correta teoricamente,
constitui a causa do enfraquecimento do corpo. Para os ocidentais, não há
problema, uma vez que foram criados desta maneira desde os seus
ancestrais; para os japoneses, entretanto, a mudança brusca é nociva. Para
estes, o melhor é seguir os seus antigos costumes; se a continuação,
entretanto, for impossível, então a mudança deve ser ministrada
gradativamente. Não é difícil observar esta realidade; basta constatar que as
crianças de algumas décadas passadas, em que a medicina era desprovida
do progresso ao nível de hoje eram muito mais saudáveis. Para esclarecer
melhor, vou expor a forma correta de criar os filhos.
A mãe, na medida do possível, deve trabalhar até o mês do parto;
para a criança deve-se dar o leite materno, restringindo o leite de vaca
apenas aos casos sem alternativa; não temer que ele fique gripado e deixá-
lo de maneira mais natural possível. Isto é, deixar a criança à vontade sem
muita intervenção em seus modos; não lhe colocar cinta de barriga, evitar ao
máximo o uso de remédios, etc. Em suma, é preciso tomar pleno
conhecimento da verdade de que o homem nasceu neste mundo para ser
propiciado pela Natureza na saúde e no seu pleno desenvolvimento. Basta
observar que, quanto mais cuidados recebe uma criança, mais fraca ela fica.
Sem deixar-se influenciar pela moda, os pais devem levar em consideração
o método legado pelos seus ancestrais e utilizar-se apenas dos pontos
positivos do progresso da era moderna, baseando-se nas práticas realmente
boas e não teóricas simplesmente. Nesse particular, gostaria que houvesse
uma profunda reflexão mesmo por parte das autoridades e especialistas no
assunto.

1951
(tradução em: Escritos Sagrados – Obra I)

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