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Cury &Brandão, 2011

Importante entender o que


leva/motiva a criança a passar de
uma fase a outra
 Essa teoria foi desenvolvida em 1980,
inspirada nos questionamentos de controle
motor lançados por Bernstein, 1967.

 Anos seguinte Esther Thelen e colegas


utilizaram essa abordagem para o
desenvolvimento motor.

Sheila Schneiberg, FT, MSc, PhD


 Essa teoria compreende o comportamento motor como um
fenômeno que emerge na interação dinâmica de vários
subsistemas do organismo, do contexto e das demandas
impostas pela tarefa a ser executada.

 O SNC é visto como um sistema necessário , mas NÃO


DETERMINANTE e suficiente para explicar as mudanças do
desenvolvimento motor.
Schummay-Cook e Wollacott, 2010
?
ZONE CLASSIFICATION
E D
Right arm affected

C 90
IV III B A

II I
Caso clínico

J.F.S.S, 9 anos, com diagnóstico de Paralisia Cerebral do tipo


diplégica espástica, CID G80, realiza tratamento fisioterapêutico
desde os primeiros meses de vida. O mesmo se utiliza do andador
como dispositivo auxiliar para se locomover na escola. Durante a
avaliação foi observada características como pés equinos e
pronados, consequentemente encurtamento dos flexores plantares
(tríceps sural), além de déficit de equilíbrio em ortostáse e
dificuldade na execução das fases da marcha e coordenação entre
as passadas e a dissociação dos MMSS), marcha com quadril e
joelhos fletidos (“crouched”).
Avaliação
Anamnese:
• Queixa principal: “Ele precisa andar” (segundo a mãe da
criança).
• História da doença atual (HDA): criança com Paralisia Cerebral,
nascida prematura, anda com auxilio de órtese (andador) e
apresenta dificuldade na articulação da fala (disartria).
• História da doença pregressa (HDP): rinite alérgica.
• Histórico Familiar: Nada consta.
AVALIAÇÃO

• CID: G 80-1;
• Diagnóstico Médico: “Paralisia cerebral
motora”;
• Diagnóstico Fisioterapêutico: Diplegia com
GMFCS = 3 e MACS = 1
Avaliação
GMFCS (Gross Motor Function Classification System)
• Nível III: Anda no domicílio e na comunidade com auxílio de
muletas e andadores. Sobe escadas segurando o corrimão,
depende dos MMSS para tocar a cadeira de rodas para longas
distâncias.

SPOSITO e RIBERTO, 2010.


Avaliação
MACS (Sistema de Classificação Manual)
• Nível I: Manipula objetos facilmente e com êxito, pode haver
limitação em tarefas de velocidade e destreza. Não apresenta
limitações para as atividades de vida diária.
AVALIAÇÃO – CIF
ESTRUTURA E
LIMITAÇÕES EM RESTRIÇÃO A
FUNÇÃO DO
ATIVIDADES PARTICIPAÇÃO
CORPO

Espasticidade
Equilíbrio, Brincar, jogar bola,
MMII, fraqueza
Marcha, correr, pular dançar, etc.
glúteos, contratura
pé E Comunicação *

CONTEXTO AMBIENTAL
BARREIRA
FACILITADORES
CONTEXTO PESSOAL
Mãe*; acesso as
terapias.
Mimado e emotivo Transporte
Objetivos de tratamento

I. Estimular o equilíbrio dinâmico e estático em ortostáse;

II. Favorecer a execução correta das fases da


marcha;
III. Promover o fortalecimento dos músculos glúteo máximo e
médio, quadríceps, abdominais e paravertebrais (torácico e
lombar);
Reavaliação/Evolução

Força Equilíbrio

Marcha
Condutas/Tratamento

• Alongamento ativo, sustentado por 30s do tríceps sural na rampa;


• Descarga de peso sobre os MMII com a criança em ortostatismo
realizando atividades de arremesso com os MMSS e/ou sentado no
feijão com caneleiras de 500g para estabilização dos pés ao solo;
• Propriocepção articular dos MMII com a criança pulando sobre a
cama elástica;
• Brincadeira de “morto-vivo”, com a criança sentando e levando aos
comandos- Fortalecimento de quadríceps e alongamento dinâmico de
triceps sural;
Condutas/Tratamento
• Treino de marcha com pegadas:
Condutas/Tratamento

• Marcha retrógrada, com caneleira de


1kg, em ambos os tornozelos, para
estimulo do apoio do calcanhar no solo,
simulando uma brincadeira de
trenzinho ao contrário;

• Treino de marcha independente


pedindo que a criança alcançasse a
terapeuta e/ou tomasse um
objeto/brinquedo;
Condutas/Tratamento
• Caça ao tesouro: encontrar um
objeto/brinquedo passando por
circuitos como rampa, escadas, círculos
com bambolês no chão, pegadas de
emborrachado pregadas ao chão
estimulando a pisada correta, com
caneleiras de 1kg para a fixação dos
pés ao chão;
• Brincadeira do labirinto: realizado nas
barras paralelas com elásticos
formando obstáculos, os quais a
criança deveria passar realizando
flexão de quadril e joelho e realizar a
passada.
Condutas/Tratamento

• Marcha lateral para fortalecimento de glúteo médio;


• Fortalecimento de abdominais com a criança deitada sobre a bola
suíça, alcançando a terapeuta;
Condutas/Tratamento
 Fortalecimento de quadríceps com a criança sentando e levantando e
quando de pé arremessava um aro em um cone;

 Brincadeira do “carrinho de mão” e “avião na bola” para


fortalecimento de paravertebrais (torácico e lombar);
MARCHA INICIAL
Marcha Evolução – 5 semanas
CASO CLÍNICO
MLB 12 meses, com diagnóstico clínico de Síndrome de Down.
Diagnóstico cinesiofuncional: disfunção motora, com hipotonia
muscular, frouxidão ligamentar e hérnia umbilical e atraso do
desenvolvimento neuropsicomotor.
Bastante curiosa, e tem boa percepção. Consegue sentar e rolar
sozinha, porém tem dificuldades para ficar de pé mesmo com
apoio, manipula objetos em pinça grossa, mas se locomove
arrastando-se “com a barriga”, não mantém posição de gatos.
Balbucia palavras monossilábicas como “papá e mamã”.
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
IDENTIFICAÇÃO:
• NOME: MLB IDADE: 1 ano
ANAMNESE:
• QUEIXA PRINCIPAL: “Ela não fica de pé ainda e nem engatinha, é
bem molinha...”
• HISTÓRIA CLÍNICA: Paciente diagnóstica com Síndrome de
Down e encaminhada para atendimento fisioterapêutico para
acompanhamento do seu desenvolvimento neuropsicomotor.
• CONTINUA....
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
POSTURA:

RETRAÇÃO DE OMBROS E ESCÁPULAS

INCLINAÇÃO ANTERIOR DE TRONCO


Aumento da lordose

ANTIVERSÃO PÉLVICA

BASE ALARGADA
Pés pronados
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
CIF:
• Função do Corpo e Estrutura: frouxidão ligamentar, hipotonia
muscular, atraso neuropsicomotor;
• Limitação em Atividades: Transferências de sentado para de Pé,
engatinhar, Ortostase, deambulação...
• Restrição a Participação: Dificuldade de interação com outras
crianças;
• Contexto Pessoal: Colaborativa, Curiosa, Atenta.
• Contexto Ambiental:
Barreiras: xxx
Facilitadores: familiares
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
MOTOR
• ESCALA AIMS:
• “A AIMS é um instrumento observacional da motricidade ampla, que
avalia a sequência do desenvolvimento motor e o controle da
musculatura antigravitacional nas posturas prono, supino, sentado e
de pé, de crianças a termo e pré-termo...”

(VALENTINI ET, AL, 2011)


AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
MOTOR
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
• ESCALA AIMS = 32
MOTOR
OBJETIVOS DE TRATAMENTO
CINESIOTERAPÊUTICO
• Favorecer as transferências;
• Promover melhora da força muscular e estabilidade
segmentar;
• Estimular as reações de proteção de equilíbrio;
• Estimular a marcha;
• Estimular o desenvolvimento Neuropsicomotor;
• Proporcionar a interação com o ambientes e outras
crianças.
E AÍ, ESTÃO
CANSADOS? EU
JÁ CANSEI......
TRATAMENTO
• PRIMEIRO ATENDIMENTO:
TRATAMENTO
• SEGUNDO ATENDIMENTO:
TRATAMENTO
• TERCEIRO ATENDIMENTO:
TRATAMENTO
• QUARTO ATENDIMENTO:
TRATAMENTO
• QUINTO ATENDIMENTO:
TRATAMENTO
• SEXTO ATENDIMENTO:
TRATAMENTO
• ACABOU...
REAVALIAÇÃO 3 semanas
• AIMS = 41
As crianças e aos seus pais; as EX-ALUNAS - AGORA FISIOTERAPEUTAS:
Anne Caroline Oliveira Silva;
Gardiellem de Jesus Nascimento;
Bianca Carvalho;
Silvia Letícia Santos;
Mayara Bomfim;
Suelane Rosa Sales.

sheilaschneiberg@gmail.com

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