Você está na página 1de 24

ELETRÔNICA DIGITAL

Parte I – Portas lógicas


SINAIS ANALÓGICO VS. DIGITAIS

 Sinais analógicos: possuem variação contínua, ou seja,


passam de um estado para outro de forma suave.

 Grandezas físicas no mundo real

 Ex.: áudio, luz, temperatura, pressão, etc...

 Sinais digitais: possuem variação discreta, ou seja, passam


de um estado para outro de forma “brusca”.

 Informações no mundo virtual (grandezas físicas


discretizadas)

 Semáforo, interruptor, linguagem de computador, etc


VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE SINAIS DIGITAIS

 Facilidade de projeto

 Processamento de sinais via software


 Expansão e adequação de sistemas é simples
 Exemplo

 Fidelidade

 Sistemas digitais são menos afetados por variáveis


externas como temperatura, pressão, ajustes imprecisos,
interferências, envelhecimento (K7 vs. CD), etc.

 Aplicações

 Transmissão e armazenamento de dados, sistemas de


controle, informática, etc.
VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE SINAIS DIGITAIS

 Exemplo:

Um equipamento é construído para monitorar o aquecimento


de um forno. A faixa de medida é de 100ºC -300ºC.

Para o material tipo 1, a temperatura de cozimento é de 150ºC.


Para o material o tipo 2 a temperatura é de 280ºC.

Como ajustar o sistema para quando ocorre a troca de material


no forno?

Solução analógica: chavear circuitos (custo)


ajustar circuitos manualmente (tempo)

Solução digital: alterar o tipo de material via software.


ÁLGEBRA BOOLEANA

 Em 1854, o matemático inglês George Boole apresentou um


sistema de análise lógica conhecido como álgebra de Boole.

 Na álgebra de Boole, cada váriavel pode assumir apenas 2


estados: ‘0’(desligado) e ‘1’(ligado).

 É utilizado um pequeno grupo de funções padronizadas,


conhecidas como portas lógicas, definidas pelos postulados da
álgebra de Boole.

 Na década de 1930, o engenheiro Claude Shannon utilizou a


teoria da álgebra de Boole para desenvolver a eletrônica digital
que conhecemos hoje.
POSTULADOS DA ÁLGEBRA DE BOOLE

MULTIPLICAÇÃO ADIÇÃO COMPLEMENTAÇÃO

00  0 00  0
0 1  0 0 1  1 1 0
1 0  0 1 0  1 0 1
1 1  1 11  1

S  A B S  A B SA
PORTAS LÓGICAS BÁSICAS

 PORTA ‘NÃO’ (NOT)

Inversão de uma variável Booleana.

Símbolo Circuito Tabela


verdade
R
A S
A S
E Ch. A S 0 1
1 0

SA
PORTAS LÓGICAS BÁSICAS

 PORTA ‘E’ (AND)

Multiplicação de 2 variáveis Booleanas.

Tabela
verdade
Símbolo Circuito
A B S
Ch. A Ch. B 0 0 0
A
S 0 1 0
B
E S 1 0 0
1 1 1

S  A B
PORTAS LÓGICAS BÁSICAS

 PORTA ‘OU’ (OR)

Soma de 2 variáveis Booleanas.

Tabela
verdade
Símbolo Circuito A B S
Ch. A 0 0 0
A S 0 1 1
Ch. B
B E S 1 0 1
1 1 1

S  A B
PORTAS LÓGICAS BÁSICAS

 Portas com mais de 2 variáveis de entrada:

S  A B  C  D

S  A B C  D
COMBINAÇÃO DAS PORTAS BÁSICAS

 PORTA ‘NÃO E’ (NAND)  PORTA ‘NÃO OU’ (NOR)

A A
S S A A
S S
B B
B B

Tabela verdade Tabela verdade

A B S A B S
0 0 1 0 0 1
0 1 1
S  A B 0 1 0
S  A B
1 0 1 1 0 0
1 1 0 1 1 0
COMBINAÇÃO DAS PORTAS BÁSICAS

 PORTA ‘OU EXCLUSIVO’ (XOR)

A B S
A
0 0 0
B
0 1 1
S
1 0 1
1 1 0

Detector de
desigualdade

A
S
S  A B  A B
B
S  A B
COMBINAÇÃO DAS PORTAS BÁSICAS

 PORTA ‘NÃO OU EXCLUSIVO’ (NXOR)

A B S
A 0 0 1
0 1 0
B
1 0 0
S
1 1 1

Detector de
igualdade

A
S
S  A B  A B
B
S  AB
UNIVERSALIDADE DAS PORTAS NAND

A S
S  A A  A  A  A

A
S

B S  A B  A B

S  A B  A  B  A  B
S

B
UNIVERSALIDADE DAS PORTAS NOR

S  A  A  A A  A
A S

S
S  A  B  A B  A B
B

A
S
B S  A B  A B
EXEMPLO DE OTIMIZAÇÃO

S  A B  C  D S  A B  C  D  A B  C  D  A B  C  D

A
A
B
S B
S
C
C
D
D

½ 7408; ¼ 7432 ¾ 7400


FAMÍLIAS LÓGICAS
EXPRESSÕES BOOLEANAS A PARTIR DE CIRCUITOS
LÓGICOS

 Todo circuito lógico executa uma expressão Booleana.

 Por mais complexo que seja o circuito lógico, ele é formado


pela combinação de portas lógicas básicas.

S1  A  B
S  S1  C
S1

S  A B  C
EXPRESSÕES BOOLEANAS A PARTIR DE CIRCUITOS
LÓGICOS

S1  A  B S 3  S1  S 2
S2  C  D S 3  ( A  B)  (C  D) S4  S2  C  D

S1
S2

S3 S4

S  S3 S 4
S  ( A  B  C  D)  (C  D)
CIRCUITOS OBTIDOS DE EXPRESSÕES BOOLEANAS

 De forma inversa, podemos obter os circuitos lógicos a


partir da expressão lógica que ele executa.

S  ( A  B)  C  ( B  D)

OR OR

AND 3 entradas
TABELAS VERDADE OBTIDAS DE EXPRESSÕES
BOOLEANAS
 Método 1 – Mapeamento direto da saída

S  A  B  A B  C

ABC S
000 1

001 1
010 1
se A  0  A 1 S 1
011 1 3º
100 1 se A  1; B  0; C  0  S  1
101 0 se A  1; B  0; C  1  S  0
110 1 4º
111 1 se B  1  S  1 2º
TABELAS VERDADE OBTIDAS DE EXPRESSÕES
BOOLEANAS

 Método 2 – Mapeamento em estágios

ABC A C B A S
000 1 0 1
001 1 0 1
S  ( A  C )  ( B  A) 010 1 1 1
011 1 1 1
100 1 0 1
101 0 0 0
110 1 0 1
111 0 0 0
EXPRESSÕES BOOLEANAS A PARTIR DE TABELAS
VERDADE

 Geralmente, temos as situações apresentadas e precisamos


de um circuito para realizar o processo.

 Podemos obter a expressão Booleana da seguinte forma:

1) Cada situação onde a saída é igual a 1 é tratada como


um minitermo de uma soma.

2) Cada minitermo é formado pela multiplicação do estado


de cada variável envolvida.
TABELAS VERDADE OBTIDAS DE EXPRESSÕES
BOOLEANAS

S  A B  C  A B  C  A B  C  A B  C
ABC S
000 1
001 0
010 1
011 0
100 0
101 0
110 1
111 1

Você também pode gostar