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Semiologia

Cardiovascular
Chiara Padilha Costa
Semiologia
Cardiovascular
 Considerações iniciais
 A observação clínica inicial de rotina do sistema

cardiovascular consiste:
1- Abordagem Subjetiva

A- Análise completa dos sinais e sintomas, sua


evolução em ordem cronológica correta,
orienta:

 a formulação da lista de problemas e

 das hipóteses diagnósticas iniciais mais


prováveis;
Semiologia
Cardiovascular
 2- Abordagem Objetiva

Pesquisa minuciosa através do


exame físico, no sentido de
identificar sinais clínicos que:
 esclareçam nossas indagações a respeito do
quadro apresentado na história clínica,

 confirmem ou infirmem os dados relatados e as


hipóteses diagnósticas iniciais elaboradas;
Poder diagnóstico
A seqüência de raciocínio
Semiologia
Cardiovascular
 Considerações iniciais
Avaliação
• Elaboração da lista de problemas
enumerando:
 todos os sinais e sintomas relatados e
 todos os achados clínicos evidenciados;

• Elaboração de lista dos diagnósticos que


possam, isoladamente, justificar o maior
número dos dados encontrados;
Semiologia
Cardiovascular
Planos
• De investigação complementar:
 indicação precisa dos exames laboratoriais,

funcionais e de imagens para avaliação


cardiovascular direta ou de sistemas envolvidos
como fatores desencadeantes ou conseqüentes das
cardiovasculopatias;
 Educacionais: indicação precisa de novos paradigmas de
qualidade de vida, considerando:
 hábitos de vida, desde uma abordagem dietética,

 de funções fisiológicas,

 de exercícios físicos, de hábitos e vícios,

 de postura emocional e de atividade laborativa;


Semiologia
Cardiovascular
Planos
• Terapêutico:
 indicação precisa das medidas gerais, dos
medicamentos específicos com ação
cardiovascular e relacionados aos outros
sistemas ou aparelhos envolvidos, e
 os medicamentos sintomáticos e emergenciais;
Objetivos da observação clínica
inicial de rotina:
• coletar informações científicas
• firmar relação médico-paciente sincera
• definir os dados obtidos quanto a sua utilidade no
cuidado do paciente
• os dados devem ser registrados e mostrados de
modo que as informações possam ser logo
entendidas por todos

• se a coleta dos dados for inapropriada, tornará


incorreta :
 sua síntese e a conseqüente percepção clínica,

 o desenvolvimento do raciocínio clínico,

 a formulação dos planos e a condução evolutiva


Objetivos da observação clínica
inicial de rotina:
• a criação da lista de problemas é essencial e
deve ser analisada com uma questão
específica em mente:
 qual o diagnóstico mais provável e conseqüentes
planos para o conjunto dos problemas observados.
Objetivos da observação clínica
inicial de rotina:
 Bom julgamento:
• O médico:
 deve conhecer o valor preditivo dos dados
diagnósticos individuais e de seus grupos.

 deve ser sensível quanto ao que o paciente pensa


sobre a doença: conhecer as reações e emoções do
paciente para apresentar uma decisão aceitável.

 deve conhecer as indicações, os riscos e as contra-


indicações para os procedimentos diagnósticos e
terapêuticos que recomendar.
Objetivos da observação clínica
inicial de rotina:
 Regra de Bayes:
 o valor preditivo de um teste para uma
doença particular, resulta em se
predeterminar a prevalência da doença na
população, ou seja:

• a probabilidade de que a presença ou


ausência de uma anormalidade indique a
presença ou ausência de uma certa
condição, dependerá da prevalência da
condição na população das pessoas
testadas;
Objetivos da observação clínica
inicial de rotina:
• valor preditivo de um teste:
 indica a probabilidade de que uma condição
esteja presente quando o resultado do teste
seja positivo ou
 a probabilidade de que a condição esteja
ausente quando o resultado do teste seja
negativo
Objetivos da observação clínica
inicial de rotina:
• os clínicos devem desenvolver a habilidade de
determinar a probabilidade pré-teste de que um
processo mórbido esteja presente, porque esta
probabilidade determina a necessidade de um
procedimento de baixa ou alta tecnologia.

• estes conceitos devem ser aplicados a


achados individuais, bem como ao conjunto de
achados.
ANAMNESE
 Identificação:
• Nome completo;
• Data de Nascimento;
• Idade;
• Sexo;
• Raça;
• Profissão;
• Estado civil;
• Naturalidade;
• Nacionalidade;
• Endereço;
• Procedência
ANAMNESE
 Queixa Principal:
• Indicar uma ou duas queixas, com as palavras do paciente,
que sejam o motivo principal de ter buscado atendimento, e há
quanto tempo as apresenta.

 é a razão da procura da atenção médica;

 o sintoma ou sinal-guia retrata um tipo especial de achado


semiológico – o “fio condutor” – que, em inúmeras
eventualidades , pode ser a pista clínica necessária para a
realização do reconhecimento diagnóstico de uma
moléstia, ou de uma síndrome;

 o sintoma ou sinal-típico (antes: patognomônico) por si só,


tem o valor propedêutico de esclarecer o diagnóstico
convincentemente.
ANAMNESE
 História da Doença Atual:
• Desenvolver toda a história das queixas atuais do
paciente, contando cronologicamente os fatos, desde o
início do processo mórbido até o momento do
atendimento.

• Relacionar todas as características dos sinais e sintomas


referidos tendo como base o “Decálogo da Dor”.

• Usar sempre os termos técnicos adequados, exceto nos


casos em que a forma empregada pelo paciente seja
peculiar, quando será colocado entre aspas e seguidos
de “SIC” (que em latim significa “assim”) entre
parênteses.
ANAMNESE
• Todos os diagnósticos relatados pelo
paciente devem ser expressos entre
aspas.

• “Decálogo da dor”:
 localização, irradiação, intensidade,
 caráter, duração, evolução,
 relação à funções fisiológicas,
 sinais e sintomas concomitantes,
 fatores desencadeantes ou agravantes e que aliviam,
 tratamentos realizados.
ANAMNESE
• Sinais e sintomas cardinais em morbidades
cardiovasculares:

 Dispnéia,
 Dor torácica ou desconforto,
 Palpitação,
 Síncope,
 Edema,
 Tosse,
 Cianose.
ANAMNESE
• Outros Sinais e sintomas relacionados à
morbidades cardiovasculares:
 Fadiga,
 Cefaléia,
 Distúrbios do equilíbrio,
 Rouquidão, soluços,
 Calafrios, hipertermia,
 Hábito urinário:
• Noctúria, nictúria, anúria, oligúria, poliúria,
 Claudicação, Fenômeno de Raynaud,
 Ingesta alimentar: apetência e orexia.
ANAMNESE
• Dispnéia:
 Sensação desconfortável do ato de respirar.
 Totalmente subjetiva quando não se traduz em
sinais clínicos inequívocos de sua presença.
 Facilmente identificável quando objetivamente
acompanha-se de sinais clínicos evidentes de
sofrimento respiratório:
• alteração do ritmo, freqüência e tipo respiratórios;
• presença de tiragem, batimento de asas do nariz,
abaulamentos expiratórios e retrações inspiratórias;
• cianose, sibilância ou ronqueira;
• sensação de morte iminente.
ANAMNESE
• Classificação da Dispnéia segundo intensidade
dos fatores desencadeadores e sua evolução:
 Grandes esforços:
• Correr, subir vários lances de escada;
 Médios esforços:
• Andar apressadamente no plano, subir um lance de
escada;
 Pequenos esforços:
• Banhar-se, caminhar pequenas distâncias no plano;
 Mínimos esforços:
• Falar, pentear-se
DISPNÉIA -
CLASSIFICAÇÃO DA NYHA
- I – ATIVIDADES ORDINÁRIAS NÃO CAUSAM
DISPNÉIA

- II – LIMITAÇÃO LEVE DA ATIVIDADE FÍSICA –


ATIVIDADES ORDINÁRIAS CAUSAM DISPNÉIA –
CNFORTÁVIES EM REPOUSO

- III – LIMITAÇÃO MARCANTE DAS ATIVIDADES


FÍSICAS. ATIVIDADES MENORES QUE AS
ORDINÁRIAS CAUSAM DISPNÉIA – CONFORTÁVEIS
EM REPOUSO

- IV – INCAPACIDADE DE REALIZAR QUAISQUER


ATIVIDADES SEM DISPNÉIA – SINTOMAS MESMO EM
REPOUSO
ANAMNESE
•A atividade causava dispnéia
anteriormente ?
• Classificação quanto ao tipo de
Dispnéia:
 Dispnéia paroxística noturna:
• Decúbito por algumas horas (média 2 a 5),
• redução da estase venosa,
• reabsorção do líquido para o espaço
intravascular,
• aumento da volemia e da pressão venosa,
• congestão venocapilar pulmonar;
ANAMNESE
 Dispnéia de decúbito:
• Ortopnéia: repouso com cabeceira
elevada, ou sentado utilizando a
musculatura acessória,
• Trepopnéia: capacidade de respirar
melhor quando em determinada posição,
ex.: pericardite;

 Dispnéia em repouso:
• Evolução insatisfatória do quadro
anterior
Dispnéia da Insuficiência
ventricular esquerda:
• Fisiopatologia: (progressiva: semanas ou meses)
• Hipertensão do ventrículo e átrio E,
• Hipertensão da circulação venocapilar pulmonar,
• Congestão da vasculatura pulmonar,
• Transudação para o interstício e alvéolos
pulmonares,
• Estímulo dos receptores de estiramento (pulmão),
• Condução pelas fibras aferentes vagais,
• Excitação do centro respiratório no tronco
cerebral,
• Aumento da freqüência respiratória
• (Reflexo de Hering-Breuer)
Dispnéia da Insuficiência
ventricular esquerda:
 Fatores coadjuvantes:
• Estrutura osteomuscular torácica: 
expansibilidade
• Congestão pulmonar:  expansibilidade
• Congestão brônquica:  calibre e 
exsudação com sibilância (principalmente
expiratória),
• Congestão intersticial: espessamento com
diminuição da troca gasosa, se crônica há
proliferação do tecido conjuntivo local,
• Congestão alveolar: edema pulmonar com
piora da oxigenação.
Dispnéia da Insuficiência
ventricular esquerda:
 Fatores confundidores (e coadjuvantes
extrínsecos):
• Obesidade,
• Gestação,
• Incapacidade motora (sedentarismo),
• Derrame pleural,
• Miopatias,
• Doenças pulmonares: expectoração
espessa, alteração de diâmetros
torácicos, diminuição de murmúrio
vesicular, ruídos adventícios
Dispnéia da Insuficiência
ventricular esquerda:
 Aguda:
• Infarto agudo do miocárdio,
• Taquiarritmias,
• Crise hipetensiva,

 Diagnóstico diferencial:
• Pneumotórax espontâneo: dispnéia, dor
pleurítica, ausência de murmúrio vesicular,
timpanismo em hemitórax;
• Embolia pulmonar: dispnéia, dor pleurítica,
hemoptise, tosse, sibilância.
• Dispnéia psicogênica
Dispnéia da Insuficiência
ventricular esquerda:
• Dispnéia de Cheyne-Stokes:

 Ritmo respiratório ondulante com período de apnéia


quando da diminuição da amplitude respiratória:
• Cardiopatia isquêmica ou hipertensiva crônica com
grave disfunção ventricular esquerda,
• Idosos com comprometimento circulatório de tronco
cerebral,
• Uremia,
• AVC ou AIT
• Idosos e RN sadios.
 Fisiopatologia:
• Centro respiratório hipoexcitável, estimulado pela
hipercapnia e acidose.
Dor torácica:
 Origem cardiovascular:
• Angina pectoris
• Infarto agudo do miocárdio
• Dissecção de aorta
• Prolapso de válvula mitral
• Miocardite
 Origem não-cardíaca:
• Parede torácica
• Trato digestivo
• Pulmão e mediastino
 Psicogênica
Dor torácica:
Dor torácica por cardiopatia
isquêmica:
 Desequilíbrio entre oferta e demanda de O2,
 Hipóxia celular e metabolismo anaeróbico
 Estímulo de fibras sensitivas nociceptoras:
• da adventícia das coronárias e
• do tecido miocárdico.
 Causas:
• Aterosclerose coronariana
• Espasmo coronariano
• Trombose coronariana
• Alterações da microcirculação
• Cardiomiopatia hipertrófica
Dor torácica por cardiopatia
isquêmica:
 Características clássicas:
• Urente ou constrictiva
• Precordial com irradiação para face medial de MSE
e 4º e 5º quirodáctilos.

 Outras localizações:
• Retrosternal
• Epigástrio
• Região interescapular
• Região cervical anterior
• Fúrcula esternal
• Mandíbula, dentes
• Ombros,
• cotovelos.
Dor torácica por cardiopatia
isquêmica:
Dor torácica por cardiopatia
isquêmica:
• Intensidade:
• leve
• moderada
• intensa

 Duração:
• Fugaz
• Repouso (ou nitrato) alivia em 3 a 4 minutos
• Angina instável ou IAM: surge em repouso, dura
mais de vinte minutos, acompanha-se de
sudorese fria profusa, náusea ou vômito, mesmo
que em localizações atípicas.
Dor torácica por pericardite
• Causa:
• Atrito pericárdico (flogose)
• Distensão do pericárdio parietal

 Características:
• Pode assemelhar-se aos processos isquêmicos
(e irradiar-se para ombros)
• Geralmente contínua: horas ou dias
• Aumenta com a inspiração, decúbito dorsal
• Diminui com flexão torácica ou posição de prece
maometana
• Geralmente não se acompanha de náuseas,
vômitos ou sudorese.
Dor torácica por Aneurisma
Dissecante da Aorta:
 Causa:
• Estimulação das fibras sensitivas da adventícia, por
• Distensão e separação das suas camadas, pela
• Penetração do sangue após laceração da parede
interna.

 Características:
• Pode ser semelhante à dos processos isquêmicos,
• Geralmente súbita, lancinante.
• Irradia-se para pescoço, ombros, membros superiores,
dorso e região lombar (aorta ascendente).
• Pode acompanhar-se de sudorese fria, náuseas,
vômitos, diferença de pulsos, sopro de insuficiência.
Dor torácica por
Miocardites:
 Causa:
• Mecanismo ainda não bem estabelecido.
• Por arterite coronária e vaso-espasmo (?).

 Características:
• Pode ser semelhante à dos processos
isquêmicos,
• Geralmente no hemitórax E,
• Caráter variável: dor e desconforto atípico,
• Sem padrão definido de agravos e alívio,
• Deve ser considerada em pacientes jovens com
quadro agudo de insuficiência cardíaca ou típico
de IAM.
ANGINA RETROES PRESSÃO, 2-10 ESFORÇOS NITRATOS B4 OU
TERNAL E PESO, MINUTOS EMOÇÕES, REPOUSO SOPRO DE
IRRADIA APERTO, FRIO, RM
ÇÕES QUEIMA
ÇÃO,
INDIGES
TÃO

IAM IDEM IDEM, SÚBITA, IDEM, SEM DISPNÉIA,


CONSTRI 30 MIN REPOUSO ALÍVIO SUDORE
ÇÃO OU MAIS SE

PERICAR ESTERNO, FINCADA HORAS- RESPIRA PRECE ATRITO


DITE ÁPICE, PONTADA DIAS, VAI ÇÃO PRO MAOMETA PERICÁR
PESCOÇO, AGUDA E VOLTA FUNDA, NA, DICO
OMBRO E FACADA ROTAÇÃO SENTAR
TORÁCICA
SUPINA
DISSEC TÓRAX LANCINAN SÚBITA, HAS, SEM SOPRO DE
ÇÃO ANTERIOR TE, SEM MARFAN ALÍVIO IAO,
AÓRTICA DORSO RASGAN ALÍVIO ASSIMETR
TE, IA DE
FINCADA, PULSO E
INTENSA PA,
DÉFICITS
Dor torácica não-cardíaca:
• Parede torácica:
• Osteocondrite (Síndrome de Tietze)

• Distensão e inflamação muscular

• Compressão radicular (espondiloartrose, hérnia)

• Herpes-zoster

• Fratura de costela ou outro.

• Doença de Mondor (Flebite)


Dor torácica não-cardíaca:
.
Dor torácica não-cardíaca:
 Aparelho digestivo:

• Esôfago: Hérnia hiatal, espasmo,


esofagite refluxo, laceração (Síndrome
de Mallory-Weiss).

• Neoplasia de esôfago, estômago, cólon.

• Distensão digestiva, litíase biliar,


colecistite.

• Doença péptica, pancreatite.


Dor torácica não-cardíaca:
Dor torácica não-cardíaca:
 Pulmão e Mediastino:
• Pneumotórax
• Embolia e infarto pulmonar
• Pneumonia
• Hipertensão pulmonar
• Neoplasias
• Mediastinite
• Pneumomediastino
Dor torácica não-cardíaca:
Dor torácica não-cardíaca

PNEUMONIA
Dor torácica não-cardíaca
• Psicogênicas:

• Depressão x Ansiedade

• Síndrome do pânico

• Psicose de origem cardíaca.


Dor torácica não-cardíaca
• Dor torácica de origem parietal:

 Em geral é superficial, bem localizada,


 com hiperestesia à palpação,
 ocorre mesmo em repouso,
 mas pode ser precipitada ou exacerbada
por movimentos do tronco ou dos membros
superiores, inspiração profunda ou tosse e
 aliviada com repouso ou posição antálgica.
Dor torácica não-cardíaca
DOR DE ORIGEM PARIETAL: HÉRNIA DE DISCO
Dor torácica não-cardíaca
• Dor torácica tipo pleurítica:
 Em geral é superficial,
 quase sempre bem localizada e metamérica,
 sem hiperestesia à palpação,
 precipitada ou exacerbada pela inspiração e
 aliviada pela expiração;
 não relacionada com movimentos do tronco ou dos
membros superiores;
 os movimentos respiratórios podem estar
voluntariamente diminuídos no hemitórax afetado.
Dor torácica não-cardíaca
• Dor torácica de origem visceral:

 Em geral é profunda, interiorizada, mal definida,


caracteristicamente localizada na região
retroesternal, mas pode ser referida em outros
locais (até mesmo extra-torácica);
 freqüentemente irradia-se e acompanha-se de
manifestações de reação do sistema nervoso
autônomo (sudorese fria, náuseas, vômitos). O
estímulo mais importante é o exercício funcional
do local comprometido.
 Ex.: alimentação para o esôfago, ingestão de
gordura para a vesícula, etc.
Dor torácica não-cardíaca
• Dor torácica de origem psicogênica:

 Em geral reúne características mescladas das


três anteriores, em indivíduo visivelmente
ansioso ou deprimido;
 freqüentemente mal definida, de localização
inframamária,
 sem relação precisa com esforço (mas com
freqüência minutos ou horas após atividade
física),
 duração variável e acompanhada de palpitações,
parestesias, dispnéia suspirosa e astenia.
EMBOLIA SUBSTER PLEURÍTICA SÚBITA, PIORA COM TAQUIDISP
PULMONAR NAL OU OU MINUTOS A RESPIRAÇÃO NÉIA,
SOBRE ÁREA ANGINOSA HORAS TAQUICAR
DO INFARTO DIA,
PULMONAR HIPOTEN
SÃO, ICD,
CREPTA
ÇÕES,
HEMOPTISE,
ATRITO
PLEURAL
ESOFÁGICA SUBESTERN QUEIMAÇÃO PÓS- ANTIÁCIDOS DOR À
AL OU ESPASMO = REFEIÇÕES, PALPAÇÃO
EPIGÁSTRIC ANGINA DEITAR-SE ABDOMINAL
A

PSICO ÁPICE APERTO, DURAÇÃO ANALGÉSI HIPERVENTI


GÊNICA CARDÍACO PONTADAS DE HORAS~, COS, LAÇÃO,
EMOÇÕES TRANQUILI JOVENS,
ZANTES, FEM,DEPRES
EXERCÍCIOS SÃO
ANSIEDADE
HERPES LOCALIZADA MUITO CONTÍNUA - VESÍCULAS
ZOOSTER EM DERMÁ SENSÍVEL CARACTERÍS
TOMOS AO TOQUE TICAS
Palpitações:
 É a percepção incômoda dos batimentos cardíacos.

 Características de Início e Término:


• Abruptos: ex. TPSV - Taquicardias paroxísticas
supraventriculares, Taquicardias ventriculares –
TV, fibrilação atrial paroxística – FAP, Extra-
sístoles - ES.
• Gradual: ex. Taquicardias sinusais – TS.

 Cronologia:
• Idade de Início: ex. na infância (TPSV), na
adolescência (TPSV, TV da síndrome do QT
longo congênito
Palpitações:
 Freqüência dos episódios:
• Eventual ou freqüente.

 Qualidade:
• Acelerada: ritmo regular (ex.: TPSV, TV), ritmo
irregular (ex.: FAP com resposta ventricular alta,
flutter atrial, taquicardia atrial com bloqueio AV
variável)

• Lenta: ritmo regular (ex.: ritmo idioventricular,


bloqueio atrioventricular total, bradicardia
sinusal), ritmo irregular (ex.: FAP com resposta
ventricular lenta).
Palpitações:
 Relação com esforço físico:
• Leve, moderado ou grande.
• Ex.: jovem com síndrome do QT longo: TVP

 Duração de cada episódio:


• Fugaz (ex.: somente extrassistolia), mantida

 Manifestações associadas:
• Precordialgia (cardiopatia isquêmica), dispnéia
(insuficiência cardíaca), tontura, desmaio,
síncope (baixo débito).
Palpitações:
 Mecanismos:
• Redução do limiar de percepção, com
conseqüente aumento da conscientização dos
batimentos cardíacos: ansiedade (comum em
repouso);

• Anormalidade do ritmo e da freqüência cardíaca


por: mecanismos compensatórios normais
(exercício físico, emoções), morbidades
cardíacas (prolapso de válvula mitral, isquemia
miocárdica, etc.), morbidades extra-cardíacas
(hipertireoidismo, excesso de cafeína,
tabagismo, medicamentos, anemia).
A PALPITAÇÃO OCORRE? SE SIM, SUSPEITAR

COMO SALTOS OU ARRANCOS EXTRASSÍSTOLES


ISOLADOS
ATAQUES C/ INÍCIO ABRÚPTO, FC TAQUI PAROXÍSTICA
120, REGURARES OU NÃO
INDEPENDENTES DOS ESFORÇOS FA, FLUTTER, TIROTOXICOSE,
ANEMIA,FEBRE, ANSIEDADE
EM ATAQUES RÁPIDOS, HIPOGLICEMIA, TUMORES
INDEPENDENTES DOS ESFORÇOS ADRENAIS
CONCOMITANTES AO USO DE FUMO, CAFÉ, ÁLCOOL, CHÁ,
DROGAS EFEDRINA, AMNOFILINA, T3, IMAO
EM PÉ HIPOTENSÃO POSTURAL

MULHERES DE MEIA IDADE, COM CLIMATÉRIO


SUDORESE E FLUSHES
FREQÜÊNCIA NORMAL E RÍTMO ANSIEDADE
REGULAR
Síncope:
 Definição:
• Perda súbita da consciência com perda do tônus
postural e recuperação espontânea após alguns
minutos.

 Mecanismo da síncope de origem


cardiovascular:
• Perfusão momentaneamente inadequada do
tecido cerebral, durante a redução rápida do
débito cardíaco ou da resistência periférica.

 Diagnóstico etiológico:
• É orientado pelos sintomas concomitantes.
Síncope:
 Causas cardíacas, exemplos:
• Bradiarritmias: disfunção do nó sinusal, bloqueios
AV;
• Taquiarritmias: TPSV, FAP, TVP;
• Cardiopatia isquêmica: infarto agudo do miocárdio;
• Cardiopatia orovalvular: estenose aórtica;
• Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva;
• Defeitos de marca-passos;
• Hipertensão pulmonar primária;
• Pericardiopatias: tamponamento;
• Cardiopatias congênitas;
• Mixoma atrial;
• Trombose de prótese valvar cardíaca
Síncope:
 Causas extracardíacas, exemplos:
• Hipotensão postural;
• Reação vasovagal;
• Tromboembolia pulmonar;
• Disautonomias neurovegetativas;
• Hemorragia subaracnóide;
• Trombose carotídea;
• Hipoglicemia;
• Hiperventilação /Síndrome do pânico /
Histeria.
Edema:
 É o resultado do desequilíbrio entre as forças que
regulam as trocas vásculo-tissulares de líquido, com
predomínio da filtração sobre a reabsorção.

 Origem cardíaca – disfunção ventricular:

• Esquerda: baixo débito com redução da taxa de


filtração glomerular, estímulo do sistema renina-
angiotensina-aldosterona, retenção de sal e
água;

• Direita: baixo débito leva a aumento da pressão


venosa periférica.
Edema:
 Características clínicas:
• Insuficiência Ventricular Esquerda:
predominam os sinais e sintomas
respiratórios, com progressiva dispnéia,
estertores crepitantes de bases pulmonares,
derrame pleural iniciando à direita;

• Insuficiência Ventricular Direita:


predominam os sinais e sintomas
periféricos com edema de membros
inferiores postural vespertino que ascende
progressivamente e torna-se diuturno.
Tosse:
• Características clínicas:
• Conseqüente à congestão pulmonar,
• geralmente é seca,
• expectoração clara, branca ou rósea,
espumosa surge com agravamento do
quadro,
• Eventualmente com expectoração
hemoptóica.
• Se conseqüente à arritmias, aneurisma
de arco aórtico, também é seca.
Cianose:
 Características clínicas:
• Conseqüente à saturação arterial de
oxigênio inferior à 85%, o que corresponde a
concentração de hemoglobina reduzida nos
capilares superior a 3 g/dl (valor absoluto).

• Origem central: dessaturação do sangue


arterial, anormalidades estruturais ou de
quantidade da hemoglobina.

• Origem periférica: saturação arterial normal,


fluxo sangüíneo local diminuído.
Outros Sintomas
• Fadiga:
 Cansaço
 Decorre da má perfusão tecidual ou alterações
eletrolíticas (potássio, cálcio, magnésio baixos).

• Rouquidão:
 Compressão do nervo laríngeo recorrente. Por
grande aneurisma de arco aórtico, dilatação de
artéria pulmonar, ou grande dilatação de átrio
esquerdo (síndrome de Ortner).
Outros Sintomas
• Claudicação:
 Dor isquêmica em membros inferiores com atividade
muscular,
 Alivia com o repouso
 Decorre da má perfusão tecidual ou alterações eletrolíticas
(potássio, cálcio, magnésio baixos).

• Síndrome ou Fenômeno de Raynaud:


 Precipitada pelo frio nas extremidades e
 Acompanhada de alterações da motricidade vascular.

• Hemoptise:
 Infarto pulmonar, estenose mitral e outras.
 Escarro rosado: edema agudo de pulmão
Outros Sintomas
• Náuseas:
 Relacionada a infarto diafragmático, ou
 Complicações com medicações ex: digoxina

• Calafrios e febre:
 Endocardite bacteriana: calafrios
 Febre reumática, IAM, pericardite, miocardite: febre.

• Alteração do hábito urinário:


 Noctúria

• Soluço:
 Sinal precoce de IAM diafragmático.
ANAMNESE
Análise completa dos sinais e sintomas,
sua evolução em ordem cronológica
correta vai orientar na formulação da
lista de problemas e das hipóteses
diagnósticas iniciais mais
prováveis, com os planos
diagnósticos e terapêuticos mais
adequados

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