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Lei de Diretrizes e Bases da Prof. Ms. Silvana S. S.

Educação – uma reflexão história Matuchaki


O que é?
• A Lei de Diretrizes e Bases da Educação ou LDB é a legislação que define
e regulamenta o sistema educacional brasileiro, seja ele público ou
privado.
• Ela foi citada a primeira vez na Constituição de 1934, porém só foi criada
efetivamente em 1961, seguida de duas promulgações, uma em 1971 e a
última em 1996, que vigora até os dias atuais.
• Esta legislação foi criada com base nos princípios presentes na
Constituição Federal, que reafirma o direito à educação desde a
educação básica até o ensino superior.
Período de 1932 a 1947
As Leis Orgânicas do Ensino, também conhecidas como
Reforma Capanema, criadas durante a gestão do ministro
Gustavo Capanema, foram promulgadas em 1942, na
modalidade decreto-lei, com o objetivo de estabelecer uma
reforma na educação para adequar o ensino ao contexto
econômico e social da época
As ideias pedagógicas foram tomadas por um “equilíbrio entre
a pedagogia tradicional, representada dominantemente pelos
católicos, e a pedagogia nova”, representada pelos
reformadores.
Período de 1932 a 1947
• Essa estrutura comum previu um ensino primário elementar
com duração de quatro anos acrescido do primário
complementar de apenas um ano. O ensino médio ficou
organizado verticalmente em dois ciclos, o ginasial, com a
duração de quatro anos, e o colegial, com a duração de três
anos e, horizontalmente, nos ramos secundário e técnico-
profissional. O ramo profissional subdividiu-se em industrial,
comercial e agrícola, além do normal, que mantinha interface
com o secundário.
• Constituição de
1934
A Constituição de 1946, adotando cunho democrático-
liberal define no artigo 166 que a educação é “direito
de todos e será dada no lar e na escola, deve inspirar-se
nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana”
• Saviani (1998, p. 9) pontua que “a origem da temática
relativa às diretrizes e bases da educação nacional remonta à
Constituição Federal de 1934, a primeira das nossas cartas
magnas que fixou como competência privada da União
‘traçar diretrizes da educação nacional’ (Artigo 5º, Inciso
XIV)”. Essa constatação referenda a necessidade de se pensar
um projeto educacional em âmbito nacional.
Lei 4024/61
• A tramitação da LDB na Câmara dos Deputados e no Senado Federal
durou treze anos, se contada a partir da mensagem presidencial nº. 605
de 29 de outubro de 1948, que apresentou ao Poder Legislativo o seu
anteprojeto.
• O anteprojeto apresentado por Clemente Mariani esteve sintonizado com
o espírito da Constituição de 1946, na medida em que propôs a
obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário e previu a gratuidade
da escola pública em vários níveis. Desta forma, o anteprojeto incluiu a
educação como um dever do Estado, além de proclamar que os princípios
democráticos de liberdade e solidariedade eram norteadores da função
educativa
Lei 4024/61
• Os primeiros impasses decorreram da interpretação da Constituição de
1946, pois o projeto previu a descentralização da administração do ensino
e a possibilidade da adaptação das diretrizes nacionais às realidades
regionais.
• Os estudos foram retomados em 1951.
• Garantiu o direto das instituições privadas.
• Foi preservado o direito do poder público de inspecionar os
estabelecimentos de ensino particular, para efeito de reconhecimento e,
no que se refere ao ensino superior, a possibilidade de suspender o seu
reconhecimento, se constatada a infração na lei.
Lei 4024/61
• Acabou representando uma vitória das forças conservadoras, ao
possibilitar que recursos públicos fossem destinados às escolas
particulares, viabilizando o processo de intensificação da privatização do
ensino nas décadas posteriores.
• No Título II, acerca do Direito à Educação em seu artigo 2.º, prevaleceu a
ideia de que a “educação é direito de todos e será dada no lar e na
escola.”, “a família cabe escolher o gênero de educação que deve dar a
seus filhos.”
Lei 4024/61
• No título III da Liberdade do Ensino, afirma uma generalidade como: “É
assegurado a todos, na forma da lei, o direito de transmitir os seus
conhecimentos.” (art. 4.º). ”

• A lei de diretrizes e bases seguiu a uma tradição nas políticas de


educação: tratar o ensino como privilégio e o fracasso escolar como um
problema do aluno.
Lei 4024/61
• No Art. 18 estabelecerá que “nos estabelecimentos oficiais de
ensino médio e superior, será recusada a matrícula ao aluno
reprovado mais de uma vez em qualquer série ou conjunto de
disciplinas.”
Art. 30. Não poderá exercer função pública,
nem ocupar emprego em sociedade de
economia mista ou empresa concessionária
de serviço público o pai de família ou
responsável por criança em idade escolar sem
fazer prova de matrícula desta, em
estabelecimento de ensino, ou de que lhe está
sendo ministrada educação no lar.(Revogado
pela Lei nº 9.394, de 1996)
Art. 34. O ensino médio será ministrado em dois
ciclos, o ginasial e o colegial, e abrangerá, entre
outros, os cursos secundários, técnicos e de
formação de professores para o ensino primário e
pré-primário.
Educação é um “direito de todos e será dada no lar e
na escola”. A LDB ainda ressalta os princípios de
gratuidade e obrigatoriedade garantidos para o
Ensino Primário, sem especificidade referente à faixa
etária, sendo que para os demais níveis, o princípio
da gratuidade fica condicionado à carência dos
educandos.
Estrutura e funcionamento da educação
• Primário
• Ginasial
• Colegial:
• Ensino Superior
Lei 5692/71
Fase histórica
• Golpe de Estado;
• Elaborada uma nova Constituição;
• Duas leis reformaram os artigos da LDB vigente:
uma tratou de modificar o ensino primário e
secundário e outra de reformar o ensino
superior.
-
Fase histórica
Nacionalismo

Anseio pela independência econômica.

Populismo.
Reforma da
LDB –
5692/71
• Instituiu o sistema de créditos,
obrigando os alunos a
realizarem a matrícula por
Reforma do disciplina. Uma maneira de
impedir que se formassem
Ensino grupos de repressão.
Superior • Disciplinas deveriam ser
agrupadas por departamentos e
não por cursos.
• Vestibular unificado.
1º Grau: 8 anos obrigatório.

2º Grau: propedêutico e
profissionalizante.
Reforma do
Ensino Básico Obrigatoriedade de oferta de
ensino profissionalizante.

Criação do supletivo.
Quanto a formação docente
• Quanto à formação dos professores, exigiu-se para
ministrar aulas da 1ª à 4ª série, habilitação de 2º grau.
A partir da 5ª até a 8ª série do 1º grau, graduação
superior de curta duração ou licenciatura curta e para
o 2º grau, graduação superior de licenciatura plena.
Quanto a formação docente
• Em relação à situação funcional dos professores,
admitiu-se para o ensino oficial a concomitância dos
regimes jurídicos do Serviço Público e da Legislação do
Trabalho;
• Tornou-se compulsória a existência de Estatuto do
Magistério, vinculou-se o valor dos vencimentos ou
salários ao nível de formação dos professores e
especialistas, em vez de ao grau escolar em que
exerçam as suas atividades.
Lei 9394/96
Quadro comparativo
Quadro
comparativo

• Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a


pré-escola deve ser oferecida às crianças de 4 e 5 anos
(art. 30, II) e o ensino fundamental obrigatório inicia-se
aos 6 anos de idade (art. 32, caput). Em consequência,
é dever dos pais ou dos responsáveis efetuar a matrícula
das crianças na educação básica a partir dos 4 anos de
idade (art. 6º).

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