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Educação e história
A educação (e nela todo o aparato escolar) não pode ser entendida como uma
dimensão estanque e separada da vida social. Como qualquer outro aspecto e
dimensão da sociedade, a educação está profundamente inserida no contexto em que
surge e se desenvolve, também vivenciando e expressando os movimentos contraditórios
que emergem do processo das lutas entre classes e frações de classe.
MARX E ENGELS, EDUCAÇÃO E MEIOS DE
PRODUÇÃO
Embora a afirmação se encontre em praticamente todas as analises sobre o tema,
nunca é demais afirmar que Marx e Engels não se preocuparam em analisar
especificamente a educação ou o ensino, e muito menos em discutir ou propor uma
teoria pedagógica. As observações sobre a educação, o ensino e a qualificação
profissional encontram-se esparsas no conjunto da obra, geralmente aparecem
mescladas às críticas das teorizações e práticas burguesas
O pressuposto primeiro de que partem, é que o homem, como um ser real precisa
produzir sua própria existência, bem como garantir a produção material dos bens que
tornem possível sua vida no meio natural em que vive. O modo de produção, portanto,
foi tomado como uma categoria central para a explicação da própria existência dos
homens, bem como de todas as relações que estabelecem, com a natureza e com
outros homens
PRODUÇÃO DE SUA EXISTÊNCIA É A MATERIALIDADE ONTOLÓGICA DA HISTÓRIA DOS
HOMENS
Pode-se referir a consciência, a religião e tudo o que se quiser como distinção entre os
homens e os animais; porém, esta distinção só começa a existir quando os homens iniciam
a produção dos seus meios de vida, passo em frente que é consequência da sua
organização corporal. Ao produzirem os seus meios de existência, os homens produzem
indiretamente a sua
própria vida material. A forma como os homens produzem esses meios depende em
primeiro lugar da natureza, isto é, dos meios de existência já elaborados e que lhes é
necessário reproduzir; mas não deveremos considerar esse modo de produção deste
único ponto de vista, isto é, enquanto mera reprodução da existência física dos
indivíduos. Pelo contrario, já constitui um modo determinado de atividade de tais
indivíduos, uma forma determinada de manifestar a sua vida, um modo de vida
determinado. A forma como os indivíduos manifestam a sua vida reflete muito
exatamente aquilo que são. O que são coincide portanto com a sua produção, isto é,
tanto com aquilo que produzem como com a forma como produzem. Aquilo que os
indivíduos são depende portanto das condições materiais da sua produção.”
(MARX E ENGELS, [s.d.], pp. 18-19)
NO MATERIALISMO HISTÓRICO
a característica fundamental e material da vida individual e social do homem: está no
modo como os homens produzem sua existência
Jenny (1764)
MAQUINARIA E DIVISÃO DO TRABALHO
a classe de tecelões agricultores foi substituída pela classe de tecelões, que viviam
apenas do seu salário e não possuíam propriedade, nem sequer ilusão da
propriedade que o trabalho agrícola confere isso ajudou a destruir a antiga relação
entre fiandeiros e tecelões o fio deixa de ser fiado e tecido sob um mesmo local
com todas essas invenções ,desde então aperfeiçoadas ano a ano, decidiu-se nos
principais setores da indústria inglesa a vitória do trabalho mecânico sobre o trabalho
manual
INDÚSTRIA DO ALGODÃO E CRESCIMENTO
POPULACIONAL
Nos anos 1771-1775, importava-se em média, anualmente, menos de 5 milhões de
libras de algodão bruto; em 1841, 528 milhões; e, em 1844, pelo menos 600 milhões.
Em 1834, a Inglaterra exportou 556 milhões de jardas de tecidos.
Em Manchester e Liverpol
População que, de 1831 aos dias atuais, deve ter crescido ainda pelo menos 20% a
25%. Em 1835, a fiação da lã ocupava, nos três reinos, 1.313 fábricas, com 71.300
operários, os quais, de resto, não representavam senão uma pequena parte da massa
que vivia direta ou indiretamente do trabalho com a lã (daí excluídos quase todos os
tecelões).
QUAL O PAPEL DA EDUCAÇÃO