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Caroline Jacobs Rafaela Z.

Donida
Técnica em Segurança do Trabalho Engenheira de Segurança do Trabalho
Reg. MTE Nº 11.565 CREA RS Nº 190.453

“Todo trabalho em altura começa no solo”


24/01/2013 – Castanhal - Pará
16/01/2013 – Ilhotas - Piauí
Funcionário de gráfica fixava fachada em loja no
momento da queda.
Família diz que vítima não usava proteção, e cobra
resposta de empresa.

17/06/2014 – Macapá – Amapá


Jonathan da Silva Velez, 18 anos, natural de
campina Grande caiu de uma altura de quinze
metros quando estava no andaime de uma obra
no Ginásio Esportivo Lindolfo Gomes

Santo Antônio – RN
Objetivos do treinamento
Promover a capacitação dos trabalhadores que realizam
trabalhos em altura no que diz respeito a:

o Prevenção de acidentes no trabalho;


o Análise de risco;
o Uso correto e particularidades do EPI para trabalho em altura;
o Condutas em situações de emergência;
o Assuntos relacionados.
O que é trabalho em altura?
CONCEITO
35.1.12 Atividade executada acima de 2,00 m
(dois metros) do nível inferior, onde haja risco
de queda.

O disposto na NR-35 não significa que não deverão ser adotadas


medidas para eliminar, reduzir ou neutralizar os riscos nos trabalhos
realizados em altura igual ou inferior a 2,0m.
2.1 Cabe ao empregador:
a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta
Norma;
b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a
emissão da Permissão de Trabalho - PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de
trabalho em altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do
trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das
ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento
das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas
contratadas;
2.1 Cabe ao empregador:
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as
medidas de controle;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de
adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar
situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou
neutralização imediata não seja possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para
trabalho em altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão,
cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as
peculiaridades da atividade;
.
35.2.2 Cabe aos trabalhadores:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em
altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições
contidas nesta Norma;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e
saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu
superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser
afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
NR 35 – Aspectos Médicos
•35.4.1.1
Considera-se trabalhador AUTORIZADO para
trabalho em altura aquele CAPACITADO, cujo
estado de saúde foi AVALIADO, tendo sido
considerado APTO para executar ESSA
ATIVIDADE e que possua anuência formal da
empresa.
NR 35 – Aspectos Médicos
• 35.4.1.2
Cabe ao EMPREGADOR avaliar o estado de SAÚDE dos
trabalhadores que exercem atividades em Altura,
garantindo:
√ Exames e Avaliação Periódica – PCMSO
√ RISCOS – Médico do Trabalho Conhecer Análise de
Risco
√ Exames voltados PATOLOGIAS – Mal súbito, Queda de
Altura e Fatores Psicossociais.

A APTIDÃO para o trabalho em altura deve ser


consignada no Atestado de Saúde Ocupacional – ASO -
do Trabalhador
Mal Súbito
Perda da Estabilidade Hemodinâmica e/ou
Neurológica

Quadro Clínico:
Síncope, Desmaios, Hipoglicemia, Vertigens, Tremores,
Convulsão, Perda da Visão, Falta de ar, Sudorese,
Náuseas e Vômitos, Forte Crise de Ansiedade, Alteração
do nível de Consciência ou Pânico, Quadro Infeccioso.
AVALIAÇÃO MÉDICA

1-Avaliação Clínica:
Exames para estimar a
Probabilidade de um Evento
Clínico.
1.1-Anamnese Ocupacional
1.2-Exame Físico
1.3- Exame Mental
EXAME MENTAL

Consciência Afetividade
Atenção Humor
Sensopercepção Pensamento
Orientação Juízo Crítico
Memória Conduta
Inteligência Linguagem
Exames Complementares
• Hemograma
• Glicose / Hemoglobina Glicada
• Lipidograma Completo
• ECG
• EEG
• Provas Função Hepática
• Acuidade Visual
• Acuidade Auditiva
• Uréia – Creatina – Clearance Creatinina
• Protoparasitológico
• Eco – Holter – Doppler Carótida e Vertebrais
Principais causas de acidentes
Exemplos
ATO INSEGURO CONDIÇÃO INSEGURA
➢ Descumprir as regras e ➢ Falta de guarda-corpo em
procedimentos de segurança patamares
➢ Não usar o EPI ➢ Falta de pontos de ancoragem
➢ Não ancorar o cinto de segurança ➢ Falta de treinamento
➢ Trabalhar sob efeito de álcool e/ou ➢ Não fornecimento de EPI
drogas adequado
➢ Operar máquinas e equipamentos ➢ Escadas inadequadas
sem habilitação ➢ Falta de sinalização
➢ Distrair-se ou realizar brincadeiras ➢ Equipamentos e/ou ferramentas
durante o trabalho defeituosas
Condições Impeditivas
O trabalho em altura NÃO deverá ser realizado nos
seguintes casos:

• Trabalhador não possuir a devida anuência para realizar


trabalho em altura;
• Trabalhador sem a devida qualificação para o trabalho em
altura (treinado);
• Trabalhador sem condições físicas, mentais e psicossociais
(ASO);
• Ausência de sistema e pontos de ancoragem adequados
• Ausência da AR – Análise de Risco, Procedimento
operacional e/ou PT – Permissão de Trabalho;
O trabalho em altura NÃO deverá ser realizado nos seguintes
casos:

•Ausência de supervisão (mínimo 2 pessoas);


• Ausência de EPI adequado (com CA);
• Falta de inspeção rotineira do EPI e do sistema de
ancoragem;
• Ausência de isolamento e sinalização no entorno da área de
trabalho;
• Condições meteorológicas adversas (ventos fortes, chuva,
calor excessivo);
• Não observância a riscos adicionais e/ou às demais normas
de segurança;
Outras Normas Regulamentadoras
onde consta o trabalho em altura:
Nas lacunas da NR 35 deve-se buscar os dispositivos aplicáveis ao trabalho em
altura nas demais normas regulamentadoras, normas técnicas nacionais ou normas
técnicas internacionais.
Riscos potenciais inerentes
CHOQUE ELÉTRICO
Riscos potenciais inerentes

TRABALHO A QUENTE CONFINAMENTO


Riscos potenciais inerentes

EXPLOSIVIDADE INTEMPÉRIES
Riscos potenciais inerentes

CONFINAMENTO TEMPERATURAS
EXTREMAS
Riscos potenciais inerentes

FLORA E FAUNA SOTERRAMENTO


Riscos potenciais inerentes

MECÂNICO OUTROS RISCOS


Trabalhar na altura do chão
Eliminar
Trabalhar na altura do chão
Eliminar

Restringir o acesso
Prevenir Usar EPC
Trabalhar na altura do chão
Eliminar

Restringir o acesso e usar EPC


Prevenir

Amenizar os danos da queda


Usar EPI / Redes
Proteger
PROVA!!!
EPI’s – Equipamentos de
Proteção Individual
EPI’s – Equipamentos de
Proteção Individual
Cinturão de segurança tipo paraquedista
EPI’s – Equipamentos de Proteção
Individual
Cinturão de segurança tipo paraquedista
INSPEÇÃO PRÉVIA
- Recomendamos que antes de utilizar o equipamento
seja verificada a presença de sinais de desgaste ou
danos que possam comprometer a segurança do
usuário.

ARMAZENAGEM E GUARDA
- Guarde seu equipamento em local seco, limpo e fora
do alcance do sol.
- Não guarde seu equipamento perto de fontes de
calor.
- Não exponha seu equipamento a materiais
corrosivos e/ou químicos como líquidos de baterias,
ácidos, hidrocarbonetos, etc.
- As partes do equipamento em fita devem ser
protegidas de objetos pontiagudos ou cortantes.
EPI’s – Equipamentos de
Proteção Individual
Talabarte de Segurança
Trabalho com
talabarte duplo
Na movimentação
sempre pelo menos
um precisa estar
conectado.
EPI’s – Equipamentos de
Proteção Individual
Trava quedas
EPI’s – Equipamentos de
Proteção Individual
Análise de atos inseguros
com escada
Análise de atos inseguros
com escada
Análise de atos inseguros
com escada
Análise de atos inseguros
com escada
Fator de queda
Fator de Queda (FQ) é a divisão da distância da queda (DQ) pelo
comprimento do talabarte (CT) ou comprimento da corda que suportou
essa queda. Portando, em condições normais de trabalho, esse valor
vai variar entre 0 e 2.

Estudos indicam que o corpo humano suporta um impacto limite de


1200 kg
Acima disso existe a possibilidade de ocorrer lesões graves ou o pior,
rompimento de órgãos resultando em hemorragia interna.

Adotou-se um padrão mundial de

600kg
Fator de quedas

FATOR DE QUEDA 0 (IDEAL)


FQ = DQ/CT = 0,3 / 1 = 0,3
Resultado: Fator de Queda zero

Epg = m.g.h
?.10.0,3 = ? kg
OK, sem problemas, só um susto
Linha amarela: Comprimento do Talabarte
Linha vermelha: Altura da queda
Fator 0: condição ideal
Fator de quedas
FATOR DE QUEDA 1
(ACEITÁVEL)
FQ = DQ/CT = 1 / 1 = 1
Resultado, Fator de Queda 1

Epg = m.g.h
?.10.1 = ? kg
Achou muito? Sabe de nada
inocente
Linha amarela: Comprimento do Talabarte
Linha vermelha: Altura da queda
Fator 1
Fator de quedas
FATOR DE QUEDA 2
(CONDIÇÃO EXTREMA)
FQ = DQ/CT = 2 / 1 = 2
Resultado, Fator de Queda 2

Epg = m.g.h
?.10.2 = ? kg
Provavelmente haverão lesões
graves (trauma) e possível
Linha amarela: Comprimento do Talabarte
Linha vermelha: Altura da queda hemorragia interna.
Fator 2

WORK-SAFE

I.C. Leal
Fator de queda
O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem
durante todo o período de exposição ao risco de queda

O talabarte e o dispositivo trava quedas devem estar fixados


acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a
restringir a altura de queda.
Análise de Risco
Análise de Risco
Análise de Risco - Modelo

Slide 45: Analise de risco


Permissão de Trabalho - PT
A PT é uma permissão, por escrito, que autoriza o início do trabalho, tendo sido
avaliados os riscos envolvidos na atividade, com a devida proposição de medidas
de segurança aplicáveis;

A PT deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da


permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final,
encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade;

A Permissão de Trabalho deve conter:


a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações;

A PT deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho,


podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que
não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.
Permissão de Trabalho- Modelo
Procedimento Operacional
Para as atividades rotineiras de trabalho em altura, deverão ser
desenvolvidos procedimentos operacionais para cada atividade.
Objetivo
Estabelecer os procedimentos necessários para
a realização de trabalhos em altura, visando
garantir segurança e integridade física dos
trabalhadores que realizaram este tipo de
trabalho e a proteção dos que transitam nas
áreas próximas.

O procedimento operacional deve ser


documentado, divulgado, conhecido, entendido e
cumprido por todos os trabalhadores e demais
pessoas envolvidas.
Emergência e Salvamento
190 - Militar
191 - Policia Rodoviária Federal
192 SAMU
193 Bombeiros

6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas


em caso de emergências para trabalho em altura.
RESGATE
• Sistemas de Resgate: Como um trabalhador caído deve
ser resgatado é um ponto importante a ser considerado e
deve ser planejado com bastante antecedência. Sem um
abrangente plano e procedimento de resgate, o
trabalhador que sofreu uma queda e a equipe de resgate
estarão correndo riscos. No entanto, o resgate não precisa
ser complicado e deve ser de fato simples.
Ancoragens para sistema de resgate deve resistir a uma
carga de 3.000 libras ou 1.330 quilos.
RESGATE - Queda

PRIMEIROS COLUNA PARADA


SOCORROS CERVICAL CARDÍACA
Tempo Máximo de Suspensão com
cinto pára-quedista:
14 Minutos*
Após, pode ocorrer a Síndrome da
Suspensão Inerte.

Efeitos da suspensão:
• Circulação restrita do sangue;
• Adormecimento dos membros
inferiores;
*Em condições normais de saúde.
Síndrome da Suspensão Inerte
RESGATE
• Evitar resgatar às vítimas em posição vertical, e se isto é impossível, deve-se
resgatar à vítima no menor tempo possível.
• Se a vítima permanece consciente durante o resgate, tranquilizá-la e pede que
se mantenha as pernas, se possível, em posição horizontal.
• É conveniente durante o trabalho em suspenso, utilizar um sistema de apoio dos
pés e mover as pernas frequentemente.
Síndrome da Suspensão Inerte
TRATAMENTO

• O primeiro objetivo terapêutico é resgatar à vítima com vida. O resgate rápido se


impõe diante de qualquer outra manobra;
• Evitar a posição totalmente vertical durante o resgate. Depois do resgate,
recomendam colocar à vítima em posição semi-sentada ou agachada.
• Em caso de vítimas inconscientes, uma vez que a permeabilidade da via aérea
esteja controlada, a posição fetal (alternativa à posição lateral de segurança) pode
ser a ideal;
• Recomenda-se manter esta posição 20 a 40 minutos e depois passar
gradativamente à posição horizontal.
Síndrome da Suspensão Inerte
SOLUÇÕES
Avaliação de conhecimento
adquirido

BOA SORTE!

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