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Fraturas Cervicais

DR FABIANO FONSECA RODRIGUES DE SOUZA


CIRURGIA DA COLUNA
FACULDADE DE MEDICINA DO ABC
LESÕES CRANIOOCCIPITAIS
Fratura do côndilo occipital
Classificação de Anderson e Montesano
• Tipo 1: Fratura unilateral, sem desvio, cominutiva
– Halo veste por 8 semanas
• Tipo 2: Fratura basilar do crânio
– Halo veste por 8 semanas
• Tipo 3: Fratura por avulsão dos côndilos pelo
ligamento alar
– Halo craniano por 12 semanas ou fusão
occipitocervical S/N
Instabilidade Occipitocervical

• Mecanismo de
hiperextensão e
distração
• Podem ser fatais
• Redução c/ halo
craniano arriscado
– Tratamento é a
fusão occipito-C1
posterior
Fraturas do atlas
• Arco anterior
• Arco posterior
• Massa lateral
• Fraturas por
explosão (fratura de
Jefferson)
Fratura de Jefferson
• Subluxação lateral das
massas de C1 em relação
a C2
• Se houver separação
maior que 6,9 mm
(Spence), há ruptura do
ligamento transverso
– Sem ruptura
• Halo veste até
consolidar ou
artrodese C1-C2
Ruptura do ligamento
transverso
• Rx no perfil mostra
espaço entre C1-C2
maior que 3mm nos
adultos e 5 mm nas
crianças.
– Tratamento é
artrodese C1-C2
pela dificuldade de
cicatrização do
ligamento
Luxações C1-C2
Subluxação rotatória C1-C2
Fixação rotatória atlantoaxial
• Síndrome de Grisel na
criança. (IVAS)
• Simula uma posição
de torcicolo
– Se não houver
redução espontânea,
instalar tração
Fratura do odontóide
Classificação de Anderson e D`Alonzo
• Tipo 1: por avulsão dos
ligamentos alares
– Colar ou órteses
• Tipo 2: grande chance de
pseudartrose
– Halo veste por 12
semanas e fusão
secundária se falhar.
• Tipo 3: benigna
– Halo veste por 8 a 12
semanas
Espondilolistese traumática C2
Classificação de Levine
• Tipo I: Até 3 mm sem
angulação
– colar por 8/12 sem
• Tipo II: Maior de 3 mm ou 10o
– Tração + haloveste
• Tipo IIA: Tipo II + aumento
do espaço intervertebral
– Haloveste/ compressão
• Tipo III: Luxação uni ou
bifacetária
– Artrodese C2-C3
Trauma raquimedular
• Choque neurogênico:
– Oligúria + hipotensão não responsiva a volume
– Ausência do reflexo bulbo cavernoso
– Até 8 horas: Metilprednisolona
• 30 mg/Kg (1h) + 5,4 mg/Kg/hora (23h)
– Acima de 8 horas: Dexametasona
• 4 mg 4/4 hs EV por 7 dias
Avaliação neurológica
Síndromes incompletas
• A) Brown-Sequard: (hemissecção lateral)
– Rara. Boa recuperação. Motor ipsilateral. Dor e tato
contralateral. Recuperação em 90%
• B) Síndrome central (+ frequente)
– Quadriplegia. Retorno precoce do esfíncter. Paralisia flácida
MMSS. Paralisia espástica MMII. Má recuperação da mão
• C) Síndrome anterior:
– Deficit motor e sensitivo. Bom prognóstico se retornar em
24 horas.
• D) Síndrome posterior (rara)
– Perde propriocepção e dor
Fraturas da coluna cervical
baixa
Teoria das 3 colunas de Denis
Critérios de instabilidade
• Angulação > 11o entre facetas adjacentes
• Translação dos corpos > 3,5 mm
• Aumento da distância entre os corpos > 1,7 mm
• Afastamento entre as facetas articulares
• Desalinhamentos entre processos espinhosos
• Rotação das facetas
• Angulação lateral dos corpos
Tração craniana
• Limite de 5 Kg para cabeça + 2 Kg para cada nível.
• Acrescentar 1Kg/hora
• Monitorizar PA, FC, FR
• Após redução, manter c/ 6 Kg
• Sinais de tração excessiva:
– Nistagmo
– Parestesia
– Insuficiência respiratória

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