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AVES SILVESTRES

Anderson Vaz de Melo


Malena Soares
Rafaella Sousa
TUIUIÚ
 O tuiuiú é o nome de uma ave
ciconiiforme da família Ciconiidae.
Também conhecido como jaburru,
jaburu, tuim de papo vermelho (no
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e
cauauá (no Amazonas).
 O tuiuiú é considerado a ave símbolo
do Pantanal onde é a maior ave
voadora. No sul do Brasil, é
conhecido principalmente como
jabiru, enquanto que o nome tuiuiú é
usado para designar o cabeça seca
(Mycteria americana)
CARACTERÍSTICAS
 O tuiuiú é uma ave pernalta, tem
pescoço nu, preto, e, na parte inferior,
o papo também nu e vermelho. A
plumagem do corpo é branca e a das
pernas é preta. Ele chega a ter 1,4
metros de comprimento 1,60 de altura,
e pesar 8 kg. Pode chegar a quase 3
metros de envergadura(medida de
uma ponta da asa aberta à outra).
 Não possui subespécies.
 Sua alimentação é basicamente
composta por peixes, moluscos, répteis,
insetos e até pequenos mamíferos.
Também se alimenta de pescado
morto, ajudando a evitar a putrefação
dos peixes que morrem por falta de
oxigênio nas épocas de seca.
REPRODUÇÃO
 No Pantanal, o seu período de
reprodução coincide com a baixa
das águas, momento em que
muitos peixes ficam presos nas
lagoas baías e corixos, facilitando
sua pesca.
 Os ninhos do tuiuiú são as
maiores estruturas construídas
por aves no Pantanal. Podem ser
feitos em grupos de até seis, às
vezes juntos a garças e outras
aves. Ficam localizados nas
árvores mais altas, seja nos
capões espalhados no campo, seja
na mata ribeirinha, são
reutilizados a cada ano, com
acréscimo de material.
 O casal fica unido pelo menos durante o ciclo
reprodutivo, executando danças em dueto e
batendo seus longos bicos, maiores nos machos do
que nas fêmeas. Nessas ocasiões, a pele vermelha
do papo fica mais ressaltada, devido ao aumento
da irrigação sangüínea.
 É uma ave que realiza movimentos migratórios.
Vive em margens de grandes rios e lagos com
árvores esparsas e em outras áreas úmidas, onde
se alimenta de peixes.
 É encontrada desde a Região Norte até São
Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e
desde o México até o Paraguai, o Uruguai e o
norte da Argentina, sendo que as maiores
populações estão no Pantanal e no Chaco
oriental, no Paraguai. Mas principalmente no
estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no
Brasil se encontra mais de 50% de sua população
mundial. Também é encontrado na Bahia.
CABEÇA SECA
 O cabeça seca é uma ave ciconiiforme da
família Ciconiidae. Conhecido também
como passarão, cabeça de pedra (Mato
Grosso), jaburu moleque, trepa moleque
(Mato Grosso), joão grande (Rio Grande do
Sul) e padre. Era uma das aves aquáticas
mais comuns da Amazônia, mas teve seu
número reduzido devido à caça.
 Mede entre 86 e 100 cm de comprimento e
pesa em torno de 2,8 kg. Quando sobrevoa
muito alto uma área, pode ser confundido
com o Maguari. Diferente dos adultos, os
juvenis possuem a cabeça e pescoço
emplumados e o bico mais claro.
 Não possui subespécies.
 Alimenta-se coletivamente, com vários
indivíduos se deslocando lado a lado na
água rasa, movimentando o fundo lodoso
com um dos pés para deslocar as presas.
 Constrói ninhais em capões de mata alagada;
 Habita manguezais, pantanais e alagados
permeados de florestas. Pousa no chão ou no
alto de árvores e plana a grandes alturas sem
muito esforço. Vive em grupos. Os jovens da
espécie associam-se em bandos distintos,
vivendo à parte dos casais;
 São encontrados em quase todo o Brasil,
principalmente no Pantanal e na costa do
Nordeste. Sua distribuição no continente
americano se estende do sul dos Estados
Unidos à Argentina. No Paraná, na região do
alto/médio Iguaçu é uma espécie migrante,
sendo encontrado nos meses de outubro a
fevereiro com frequencia em lagoas que
margeiam o rio.
URUBU DE CABEÇA VERMELHA
 O urubu de cabeça vermelha é uma ave
cathartiforme da família Cathartidae;
 Possui longas asas que chegam a 1,80 metro
de envergadura, sendo relativamente estreitas
e mantidas em formato de “V”. Dessa forma,
aproveita a menor brisa disponível para voar
sobre a vegetação e o solo, às vezes a poucos
metros do chão. Muito raramente bate as asas
e, mesmo assim, só para iniciar o movimento.
Igualmente, desloca-se a grandes alturas,
mantendo o perfil característico de voo;
 Na ave juvenil ou na adulta, as longas penas
das asas são cinza escuro. Esse contraste é
característico desta espécie. O adulto possui a
pele nua da cabeça e pescoço vermelhos, além
de um escudo nucal branco, visível em boas
condições de luz; quando juvenil tem a cabeça
negra.
o Sua alimentação é saprófaga, localiza as carcaças pelo
olfato, sendo uma das poucas aves onde esse sentido é
apurado. Graças à sua capacidade de voo e
sensibilidade do olfato, costuma ser o primeiro urubu
a chegar na carniça. Nem sempre é o que se
banqueteia melhor, porque logo é seguido pelas outras
espécies e afastado por elas. Muitas vezes, espera as
demais alimentarem-se, para, então, voltar a comer.
De forma ocasional, pode capturar e matar pequenos
vertebrados, apanhados nos voos rasantes.
o Na sua reprodução: Nidifica no solo ou, mais
raramente, em ocos de árvores. Em qualquer caso,
locais bem cobertos por vegetação e protegidos. Coloca
dois ovos e a incubação dura de 38 a 41 dias. Quando
nascem os filhotes, são alimentados de alimento
regurgitado pelos pais. A partir dos 70 dias de vida,
inicia seus voos
 Habita campos, matas e bosques. À noite,
dirigese para pousos tradicionais, seja nas
árvores da mata ribeirinha, seja em capões nos
campos. Esses pousos são comunais,
ocasionalmente com 20 ou 30 urubus de várias
espécies.
 No Brasil é proibido por lei matar algum
urubu ou criá-lo em cativeiro sem o
consentimento do IBAMA. Em um programa
sobre curiosidades animais, no canal de TV
paga NatGeo Wild, o urubu de cabeça -
vermelha ficou com a segunda colocação numa
lista dos dez animais mais fedorentos do
mundo, perdendo apenas para o gambá norte
americano.
 Ocorre desde o sul do Canadá até a América do
Sul. Seu período migratório vai de julho a
novembro.
URUBU DA MATA
 O urubu da mata é uma ave cathartiforme da família Cathartidae.
Mede entre 75 a 81 centímetros e pesa entre 1,500 e 1,650
quilogramas e apresenta uma envergadura entre 166 e 178
centímetros. O urubu da mata difere do urubu de cabeça amarela
em tamanho, ele é maior além de apresentar diferenças sutis na
coloração da cabeça e no padrão de cor das penas do lado de baixo
da asa.
 Sua alimentação também é saprófago, alimenta-se de animais
mortos. Voa sempre rente às copas das árvores da floresta, à
procura de carcaças de preguiças, gambás e macacos, ocultos na
densa vegetação, graças a seu olfato apurado. Domina outras
espécies do gênero Cathartes quando está entre as carcaças
grandes e voa mais alto que seus congêneres, em correntes
térmicas ascendentes. A espécie tem se adaptado a uma paisagem
alterada pela pecuária e a uma dieta baseada em gado e animais
mortos nas rodovias (gado doméstico, serpentes, tatus e raposas).
 Possui hábitos de nidificação semelhantes ao urubu de cabeça -
amarela(Cathartes burrovianus).
 Espécie robusta e florestal, vive
em matas de terra firme e de
várzea, matas primárias e
ribeirinhas;
 Embora já tenha sido
considerado restrito às florestas
primárias e evitar áreas com
qualquer grau de perturbação
(Houston 1994), já foi observado
que nas regiões central e norte
do Tocantins e Amazônia.
Encontrado na Colômbia,
Venezuela, nas Guianas, Perú e
no norte do Brasil.
URUBU REI
 O Urubu rei (Sarcoramphus papa) é
uma ave cathartiforme da família
Cathartidae. Habitante de zonas
tropicais a semitropicais, desde o
México à República da Argentina, e
em todo o Brasil, onde, pela sua
característica saprófaga, sua caça é
proibida, pois é considerada uma ave
importante na limpeza do meio
ambiente, quando muitos animais
são exterminados por doença, o
urubu ajuda a controlar a epidemia
comendo os animais mortos e
agonizantes. Também é conhecido
como corvo branco, urubu real,
urubu branco, urubu tinga, urubu
rubixá, urubu preto e branco.
 Possui uma envergadura que varia de 170 a 198 cm e peso
que oscila de 3 a 5 kg, medindo cerca de 85 cm de
comprimento. Tem cabeça e pescoço nus, pintados de
vermelho, amarelo e alaranjado, a parte superior do corpo
amarelo clara, esbranquiçada, asas e cauda pretas, o lado
inferior branco, com plumagem branca e negra;
 Sua dieta é estritamente carnívora, mas nunca se alimenta
de animais vivos, salvo se estiver faminto e a presa estiver
agonizando. Como consumidores de carne em putrefação
desempenham importante papel saneador, eliminando
matérias orgânicas em decomposição. São imunes,
aparentemente, ao botulismo;
 O suco gástrico dos urubus é bioquimicamente tão ativo que
neutraliza as toxinas cadavéricas e bactérias, eliminando
perigos posteriores de infecção;
 Por mais fome que tenha, espera cautelosamente durante
uma hora. Então, convencido de que não há nenhum perigo,
come até mal poder se mover.
 Na estação de reprodução que vai de julho
a dezembro, o macho corteja a fêmea
empoleirado ou no solo, abre e fecha as
asas e exibe a vértice vivamente colorido,
abaixando a cabeça. O casal escolhe um
local sem muito capricho, no chão da mata
ou no meio de pedras, ou em morros. No
último caso simplesmente aproveita um
ninho já existente, para fazer a postura dos
ovos que são em número de 1 a 2, mas com
cobertura vegetal densa. A incubação é
longa durando de 53 a 58 dias. Quando o
filhote está nascendo, a fêmea ajuda a tirar
a casca do ovo delicadamente, e quando
finalmente o animal sai do ovo possui uma
fina penugem branca, mantida nas
primeiras semanas de vida, e com o passar
dos dias seu aspecto lembra uma bola de
algodão. Logo é alimentado pelos pais com
regurgito. Atinge a maturidade sexual aos
3 anos, quando já pode apresentam
coloração típica.
 Na natureza tem poucos predadores naturais, mas, devido à
baixa reprodutividade da espécie e à degradação do seu
habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar;
 Ave diurna, pousa nas árvores mais altas da mata, onde
costuma dormir. Passa a noite empoleirada em um galho,
sempre no mesmo lugar. O urubu rei levanta voo quando o sol
nasce e plana acima do topo das árvores. É visto normalmente
voando bastante alto, sozinho ou aos pares, raramente em
grupos de vários indivíduos. É visto com outros urubus na
alimentação, onde tem hábito solidário.
 Possui uma distribuição abrangente, que vai de toda a
América Latina até ao sul do México. Habita florestas, mas
principalmente áreas de Cerrado. Embora presente em todo o
Brasil, é mais comum nas regiões Norte, Nordeste e Centro-
Oeste. Encontrado também do México à Colômbia, Bolívia,
Peru, norte da Argentina e Uruguai. Habita regiões de
florestas com clareiras (campos, pastagens) distantes de
centros urbanos, nunca é encontrado em regiões desérticas.
ÁGUIA PESCADORA
 A águia-pescadora é uma ave Accipitriforme da família
Pandionidae. Conhecida também como gavião-
pescador, gavião-do-mar e gavião-papa-peixe. No
interior da Amazônia é conhecida como gavião-caipira.
 É uma grande ave de rapina que mede cerca de 57 cm
de comprimento e pesa cerca de 1,2 kg; sua
envergadura é de quase 2 m. Ela tem a plumagem
marrom escuro nas partes superiores, as partes
inferiores são brancas, com pequenas manchas
castanho-escuro na parte superior do peito, formando
um colar. A cauda é marrom barrado com branco. As
asas longas são brancas na parte de baixo, com
mancha marrom-escuro na articulação do carpo. A
cabeça é branca, com conspícuas listras castanho-
escuro nos olhos. Apresenta algumas penas mais
longas na nuca. Quando a ave mergulha, as válvulas
nasais impedem a entrada de água nas narinas, e por
esta característica ela tem facilidade na captura das
presas. Os olhos são amarelos. Pernas e pés são azul-
acinzentado pálido.
 Alimenta-se basicamente de peixes, porém come outras
aves e pequenos mamíferos.
 Apesar de mais numerosa no final e início do ano,
tem sido encontrada durante todos os meses, o
que pode indicar que esteja se reproduzindo em
nosso País, fato ainda não comprovado. A espécie
migra ainda jovem e leva de 2 a 3 anos para
tornar-se adulta, quando regressa à América do
Norte para se reproduzir. Após este período,
retorna periodicamente à América do Sul durante
o inverno no hemisfério norte. É comum em lagos,
grandes rios, estuários e no mar próximo da costa.
Vive normalmente solitária, voando alto ou
pousada sobre árvores isoladas.
 Sua destruição geográfica: Originária da América
do Norte, onde se reproduz, a espécie migra para
a América do Sul durante o inverno, podendo ser
encontrada até o Chile e Argentina. Há registros
de sua ocorrência em vários estados do Brasil,
como Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Bahia,
Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Mato Grosso, Goiás, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e Ceará.
GAVIÃOZINHO
 O gaviãozinho é um accipitriforme da
família Accipitridae. É conhecido
também como cri-cri (Pantanal do Mato
Grosso). É o menor gavião de nosso país.
 Mede entre 20 e 28 centímetros de
comprimento e pesa entre 94 e 102
gramas de peso, sendo a fêmea um pouco
maior que o indivíduo do sexo masculino
(Bierregard & Kirwan, 2013). A
coloração da garganta, pescoço, peito,
ventre, crisso e subcaudais é branca. As
partes superiores são de forma geral
cinza escuro, a porção superior da
cabeça, dorso, asas e cauda são de
coloração cinza chumbo. É considerado o
menor dos rapinantes diurnos que ocorre
no território nacional. Ambos os sexos
são semelhantes na plumagem.
 Normalmente pousa no alto de postes e
árvores, observando os arredores em
busca de insetos, lagartos, pássaros e
outras pequenas presas;
 Faz um ninho delicado, com gravetos,
semelhante a uma plataforma,
localizado entre 4 e 7 m de altura. Põe
3 ovos brancos manchados de castanho;
 Comum em beiras de rios e lagos,
campos com árvores esparsas, no
cerrado e em cidades arborizadas;
 Quase todo o Brasil, desde a Amazônia
até os estados de Minas Gerais e São
Paulo. Encontrado também da
Nicarágua até o Paraguai e Argentina.

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