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PREVENÇÃO E

TRATAMENTO DA RAIVA

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ALERTA:
Após 25 anos sem relato de Raiva em animal
doméstico, o RS registrou 2 casos de raiva em felinos,
ocorridos em 6 de dezembro de 2013 na área rural de
Passa Sete e em de 14 de janeiro de 2014 no município
de Capão do Leão.
RAIVA ANIMAL
RAIVA ANIMAL

Os sinais podem incluir alterações de


comportamento, depressão, demência ou
agressão, dilatação da pupila, fotofobia
(medo do claro), incoordenação muscular,
mordidas no ar, salivação excessiva,
dificuldade para engolir devido à paralisia
da mandíbula, déficit múltiplo de nervos
cranianos, ataxia e paresia dos membros
posteriores progredindo para paralisia.
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RAIVA HUMANA
RAIVA HUMANA
Fase de incubação: de 14 a 90 dias;
Fase prodrômica: de 2 a 4 dias, mal-estar,
náusea, cefaléia, mialgia, febre baixa ,dor
neuropática, queimação, prurido,
formigamento;.
Forma encefálica: reação de terror, hidrofobia,
aerofobia, espasmos da musculatura da
deglutiçao, salivação, priapismo, ejaculaçao
espontânea;
Forma paralítica: paralisia flácida ascendente,
paralisia da musculatura da respiração,
disfagia, distúrbios autonômicos, espasmos
fóbicos
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HISTÓRICO:
Em 1880 Pasteur começou seus estudos sobre
a raiva, lançando no ano seguinte os primeiros
manuscritos sobre essa zoonose. Em 1884
apresentou, em Copenhagen, um trabalho sobre
"Patogenia microbiana e vacinas". Iniciou
estudos sobre vacinação anti-rábica em
animais. Em 1885 efetuou o primeiro tratamento
contra a raiva humana. Os primeiros pacientes
foram Joseph Meister e Jean Baptiste Jupille. O
agente etiológico da raiva foi inicialmente
identificado por Adelchi Negri, em 1903 que, por
visualizar os corpúculos virais presentes nas
amostras.
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"A morte da criança parecia inevitável.
Decidi, não sem profunda angústia e
ansiedade, como se pode imaginar,
aplicar em Joseph Meister o método que
eu havia experimentado com sucesso
consistente nos cães"
Louis Pasteur

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Na segunda-feira, 6 de julho de 1885, um pequeno garoto
alsaciano chamado Joseph Meister deu entrada no laboratório de
Pasteur, acompanhado de sua mãe. Ele tomara um atalho ao voltar
da escola, e fora atacado e jogado ao chão por um cão
ensandecido, dois dias antes. Meister contava, então, 9 anos de
idade.
Ante a inevitabilidade do óbito, Pasteur decide aplicar a
imunização já provada eficaz em coelhos e nos cães. Meister foi
curado. No mesmo ano a vacina é ministrada em outro jovem -
Jean-Baptiste Berger Jupille, que teve a cena de seu ataque pelo
cão raivoso registrado numa escultura de Émile-Louis Truffot.
O sucesso da imunização humana fez seu método se espalhar
rapidamente pelo mundo. Em 1890 havia centros de tratamento
anti-rábico em Argel, Bandung, Budapeste, Chicago, Florença,
Madras, Nova Iorque, São Paulo, Tunis, Varsóvia, Xangai e outras
cidades.

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HOMÚNCULO
Em 1677 Leeuwenhoek e Luiz Hamm1 viram pela primeira vez um
espermatozóide e pensaram que ele tinha uma miniatura de humano dentro
(homúnculo) que se desenvolvia quando depositado nos órgãos sexuais
femininos: o espermatozóide seria a semente, o óvulo (feminino) o terreno
de plantação.
Nos anos 30, o médico Wilder Penfield realizou cirurgias em pacientes
com epilepsia. Com um cérebro vivo em sua mesa, ele decidiu explorar um
pouco aquela região: ele reuniu informações, descobrindo que partes do
córtex cerebral controlam quais movimentos voluntários e sensações. O
que ele descobriu foi uma visão bem distorcida do corpo humano: o
homúnculo do córtex.
Baseado nesse conceito, foi possível desenvolver um mapa cerebral no
qual diferentes regiões corporais eram representadas no córtex, porém de
uma forma diferente (tamanho e disposição) de como eram encontradas no
corpo,idealizando o famoso homúnculo (tanto sensorial quanto motor). O
homúnculo aparecia, então, como homem deformado, com algumas
regiões maiores (muito maiores!) e outras menores do que eram na
realidade.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

Europa e Japão encontram-se livres do ciclo urbano


Estados Unidos e Canadá: Ciclo Silvestre
Países em desenvolvimento: Ciclo Urbano
Estima-se que entre 45.000 a 60.000 pessoas morram pela doença a cada ano. No
Brasil: - Doença endêmica - Nordeste 54% Norte 19% Sudeste 16,5% Centro-Oeste
10% Sul 0,5%
A raiva é transmitida ao homem pela
inoculação do vírus da raiva presente na
saliva e secreções do animal infectado,
principalmente pela mordedura.

O vírus tem sua ação no Sistema Nervoso


Central e causa quadro clínico característico
de encefalomielite aguda.

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Apenas os mamíferos transmitem e adoecem
pelo vírus da raiva.

No ciclo urbano, as principais fontes de


infecção são o cão e o gato.

No Brasil, o morcego é o principal


responsável pela manutenção da cadeia
silvestre.

Outros reservatórios silvestres são: macaco,


raposa, coiote, chacal, gato do mato, jaritataca,
guaxinim e mangusto.
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A transmissão da raiva se dá pela penetração
nos tecidos, do vírus contido na saliva e
secreções do animal infectado, principalmente
através de mordedura e, mais raramente, pela
arranhadura e lambedura de mucosas e/ou pele
lesada.
A imunidade é conferida mediante o uso de
vacina acompanhada, ou não, por soro.

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O vírus chega ao Sistema Nervoso
Central (SNC) pelos nervos periféricos. O
vírus permanece certo tempo no local da
mordedura (onde se multiplica) antes de
caminhar ao SNC Esta é a chance de
tratamento. Depois de chegar ao SNC,
ele se espalha ao restante do Sistema
Nervoso (SN) e às glândulas salivares, no
SN ele causa inflamação inicial do tecido
nervoso que evolui pra morte celular.
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO

INDICAÇÃO:
Profissionais e estudantes das áreas de
Medicina Veterinária e de Biologia e
profissionais e auxiliares de laboratórios de
Virologia e/ou Anatomopatologia para raiva.

Profissionais que atuam no campo na captura,


vacinação, identificação e classificação de
mamíferos passíveis de portarem o vírus, bem
como funcionários de zoológicos.

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VACINA DE CULTIVO CELULAR
Esquema: 03 doses
Dias de aplicação: 0, 7, 28
Controle sorológico: a partir do 14º dia após a
última dose do esquema.
Satisfatório: se o título de anticorpos for maior
ou igual a 0,5 UI/ml.
Deve-se fazer o controle sorológico anual dos
profissionais que se expõem permanentemente
ao risco de infecção ao vírus da raiva,
administrando-se uma dose de reforço sempre
que os títulos forem inferiores a 0,5 UI/ml.
Repetir a sorologia a partir do 14º dia, após à
dose de reforço.
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CONDUTA EM CASO DE POSSÍVEL
EXPOSIÇÃO AO VÍRUS DA RAIVA

CONSIDERAR:
Características do ferimento
Características do animal envolvido no
acidente.

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CARACTERÍSTICAS DO FERIMENTO

Em relação à transmissão do vírus da raiva, os


acidentes causados por animais devem ser
avaliados quanto ao: local do acidente,
profundidade do acidente extensão e número de
lesões.

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LOCAL DO ACIDENTE

Acidentes que ocorrem em regiões próximas


ao Sistema Nervoso Central (cabeça, face ou
pescoço) ou em locais muito inervados (mãos,
polpas digitais e planta dos pés) são graves,
porque facilitam a exposição do sistema
nervoso ao vírus.
A lambedura da pele íntegra não oferece
risco, mas a lambedura de mucosas também é
grave, porque as mucosas são permeáveis ao
vírus, mesmo quando intactas, e também por
que as lambeduras, geralmente, abrangem
áreas mais extensas.

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PROFUNDIDADE DO ACIDENTE

Os acidentes devem ser classificados como


superficiais (sem presença de sangramento)
ou profundos (apresentam sangramento, ou
seja, ultrapassam a derme).
Os ferimentos profundos, além de aumentar o
risco de exposição do sistema nervoso,
oferecem dificuldades à assepsia, contudo, vale
ressaltar que os ferimentos puntiformes são
considerados como profundos e algumas vezes
não apresentam sangramento.
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EXTENSÃO E NÚMERO DE LESÕES

Deve-se observar a extensão da lesão e se


ocorreu apenas uma única lesão ou múltiplas,
ou seja uma porta de entrada ou várias.

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ACIDENTES LEVES:

Ferimentos superficiais, pouco extensos,


geralmente únicos, em tronco e membros
(exceto mãos e polpas digitais e planta dos
pés); podem acontecer em decorrência de
mordeduras ou arranhaduras causadas por
unha ou dente; lambedura de pele com lesões
superficiais.

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ACIDENTES GRAVES

Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa


digital e/ou planta do pé;
Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em
qualquer região do corpo;
Lambedura de mucosas;
Lambedura de pele onde já existe lesão grave;
Ferimento profundo causado por unha de gato;
qualquer ferimento por morcego
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CARACTERÍSTICAS DO ANIMAL
ENVOLVIDO NO ACIDENTE

CÃO E GATO
Estado de saúde do animal no momento da
agressão;
Possibilidade de observar o animal durante 10
dias;
A procedência do animal;
Os hábitos de vida do animal.

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ANIMAIS SILVESTRES

Animais silvestres, como morcego de


qualquer espécie, micos, macaco, raposa,
guaxinin, quati, gambá, roedores silvestres, etc.,
devem ser classificados como animais de risco,
mesmo que domiciliados e/ou domesticados,
haja vista que nesses animais a raiva não é
bem conhecida.

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ANIMAIS DOMÉSTICOS DE INTERESSE
ECONÔMICO OU DE PRODUÇÃO

Animais domésticos de produção ou de


interesse econômico (bovinos, bubalinos,
eqüídeos, caprinos, ovinos, suínos e outros)
também são animais de risco. É importante
conhecer o tipo, a frequência e o grau do
contato ou exposição que os tratadores e outros
profissionais têm com estes animais e a
incidência da raiva na região, para avaliar
também a indicação de tratamento pré-
exposição ou de pós-exposição.

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ANIMAIS DE BAIXO RISCO

NÃO é necessário indicar tratamento profilático


da raiva em caso de acidentes causados por
esses animais:
ratazana de esgoto
rato de telhado
camundongo
cobaia ou porquinho-da-índia
hamster
coelho

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OBSERVAÇÃO VÁLIDA PARA TODOS
ANIMAIS DE RISCO

Sempre que possível, coletar amostra de


tecido cerebral e enviar para o laboratório de
referência. O diagnóstico laboratorial é
importante tanto para definir a conduta em
relação ao paciente como para se conhecer o
risco de transmissão da doença na área de
procedência do animal. Se o resultado for
negativo o tratamento não precisa ser indicado
ou, caso tenha sido iniciado, pode ser
suspenso.

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VACINA DE CULTIVO CELULAR CÃO OU GATO SEM SUSPEITA CÃO OU GATO CLINICAMENTE CÃO OU GATO RAIVOSO, DESAPARECIDO OU
CONDIÇÕES DO ANIMAL AGRESSOR DE RAIVA NO MOMENTO DA SUSPEITO DE RAIVA NO MOMENTO MORTO;ANIMAIS SILVESTRES² ( INCLUSIVE
TIPO DE EXPOSIÇÃO AGRESSÃO1 DA AGRESSÃO OS DOMICILIADOS)ANIMAIS DOMÉSTICOS DE
INTERESSE ECONÔMICO OU DE PRODUÇÃO

Contato Indireto Lavar com água e sabão Lavar com água e sabão Lavar com água e sabão
Não tratar Não tratar Não tratar

Acidentes leves Lavar com água e sabão Lavar com água e sabão Lavar com água e sabãoIniciar
ferimentos superficiais, pouco Observar o animal durante 10 Iniciar tratamento com 2 (duas) imediatamente o tratamento com 5 (cinco)
extensos, geralmente únicos, em dias após à exposição. doses, uma no dia 0 e outra no dia doses de vacina administradas nos dias 0, 3,
tronco e membros (exceto mãos e Se o animal permanecer sadio 3.; 7, 14 e 28
polpas digitais e planta dos pés); no período de observação, Observar o animal durante 10 dias
podem acontecer em decorrência de encerrar o caso. após à exposição.
mordeduras ou arranhaduras Se o animal morrer, Se a suspeita de raiva for
causadas por unha ou dente; desaparecer ou se tornar descartada após o 10º dia de
lambedura de pele com lesões raivoso, administrar 5 doses de observação, suspender o
superficiais vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28). tratamento e encerrar o caso.
Se o animal morrer, desaparecer
ou se tornar raivoso, completar o
esquema até 5 (cinco) doses.
Aplicar uma dose entre o 7º e o 10º
dia e uma dose nos dias 14 e 28.

Acidentes Graves Lavar com água e sabão Lavar com água e sabão Lavar com água e sabãoIniciar
ferimentos na cabeça, face, Observar o animal durante 10 Iniciar o tratamento com soro3 e 5 imediatamente o tratamento com soro3 e 5
pescoço, mão, polpa digital e/ou dias após exposição. doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 (cinco) doses de vacina administradas nos
planta do pé; Iniciar tratamento com duas e 28. dias 0, 3, 7, 14 e 28
ferimentos profundos, múltiplos doses uma no dia 0 e outra no Observar o animal durante 10 dias
ou extensos, em qualquer região do dia 3; após à exposição.
corpo; Se o animal permanecer sadio Se a suspeita de raiva for
lambedura de mucosas; no período de observação, descartada após o 10º dia de
lambedura de pele onde já encerrar o caso. observação, suspender o
existe lesão grave; Se o animal morrer, tratamento e encerrar o caso.
ferimento profundo causado por desaparecer ou se tornar
unha de gato. raivoso, dar continuidade ao
tratamento, administrando o
soro3 e completando o
esquema até 5 (cinco) doses.
Aplicar uma dose entre o 7º e o
10º dia e uma dose nos dias 14
e 28.

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Tipo de REEXPOSIÇÃO
esquema
anterior
Completo a) até 90 dias: não tratar
b) após 90 dias: 2 doses, uma no
dia 0 e outra no dia 3
Incompleto *2
*3 a) até 90 dias: completar o número
de doses
b) b) após 90 dias: ver esquema de
pós-exposição (conforme o
caso)
(2) pelo menos 2 doses de vacina de cultivo celular em dias alternados;
(3)10/01/2020
não considerar o esquema anterior se o paciente recebeu número menor de35
doses do que aqueles referidos.
VACINA DE CULTIVO
CELULAR
A vacina não tem contra-indicação (gravidez,
doença intercorrente ou outros tratamentos).
Sempre que possível, recomenda-se a
interrupção do tratamento com corticóides e/ou
imunossupressores, ao iniciar o esquema de
vacinação. Não sendo possível, tratar a pessoa
como imunodeprimida.
A VACINA NÃO DEVE SER APLICADA NA
REGIÃO GLÚTEA.

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EVENTOS ADVERSOS

Reação local;
Febre;
Mal estar;
Náuseas;
Cefaléia.

Obs: Ainda não houve relato de óbito associado


ao uso da vacina de cultivo celular.

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SORO HETERÓLOGO
A dose indicada é de 40 UI/kg de peso
do paciente. Deve-se infiltrar na(s)
lesão(ôes) a maior quantidade possível da
dose do soro.
EVENTOS ADVERSOS:
Manifestações locais;
Choque anafilático.

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IMUNOGLOBULINA HUMANA HIPERIMUNE
ANTI-RÁBICA - SORO HOMÓLOGO

A dose indicada é de 20 UI/kg de peso.

EVENTOS ADVERSOS:
Manifestações locais;
Leve estado febril.

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OBS: No caso do soro /ou
imunoglobulina antirrábica não ser
aplicado de forma concomitante com a
1ª dose de vacina antirrábica, só deverá
ser administrado no máximo em até 07
dias após a aplicação da 1ª dose de
vacina antirrábica.
CONDUTA EM CASO DE ABANDONO DE
TRATAMENTO

O tratamento profilático anti-rábico humano


deve ser garantido todos os dias, inclusive nos
finais de semana e nos feriados.
É de responsabilidade do serviço que atende
o paciente realizar busca ativa imediata
daqueles que não comparecem nas datas
agendadas, para a aplicação de cada dose da
vacina.

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PACIENTE EM USO DA VACINA DE
CULTIVO CELULAR

No esquema recomendado ( dias 0, 3, 7, 14 e 28 ), as


cinco doses devem ser administradas no período de 28
dias a partir do início do tratamento;
Quando o paciente falta para a segunda dose: aplicar
no dia que comparecer e agendar a terceira dose com
intervalo mínimo de 2 dias;
Quando o paciente falta para a terceira dose: aplicar
no dia que comparecer e agendar a quarta dose com
intervalo mínimo de 4 dias;
Quando o paciente falta para a quarta dose: aplicar
no dia que comparecer e agendar a quinta dose para 14
dias após.

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LETALIDADE:

Após o início dos sintomas 100%


Até 2004:Cinco sobreviventes: imunoprofilaxia
Em 2004:Protocolo de Milwaukee, primeiro
relato de cura sem vacina
“ O Hospital Universitário Oswaldo Cruz
(HUOC), da Universidade de Pernambuco, em
Recife, confirmou um caso raro de cura da raiva
humana com um rapaz pernambucano de 15
anos. O jovem foi mordido por um morcego
hematófago - que se alimenta de sangue - na
cidade de Floresta, no interior do Estado. Este
foi o terceiro caso de cura da doença registrado
no mundo. ’’ Hospital público registra cura
inédita de raiva no Brasil14 de novembro de
2008 • 18h51 • atualizado às 19h59 TERRA.

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CONDUTA APÓS CONFIRMAÇÃO
LABORATORIAL DA RAIVA

.
- Amantadina – 100mg via enteral de
12/12h;
- Biopterina – 2mg/kg via enteral de 8/8h
(disponível no Ministério da Saúde).
- Sedação profunda: Midazolan (1 a
2mg/kg/h) associado a Ketamina
(2mg/kg/h)
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IMPORTANTE NESTE MOMENTO
EPIDEMIOLÓGICO:
1- Notificação imediata dos casos de atendimento
anti-rábico;
2- Garantir o atendimento o mais precoce possível;
3- Indicação da profilaxia correta e segura;
4- Profilaxia em caso de exposição à animal silvestre
e sorovacinação para agressão por morcego,
independente da gravidade da lesão;
5- Em caso de profilaxia com soro anti-rábico , este
pode ser aplicado no prazo máximo de 7 dias após a
aplicação da primeira dose de vacina;
6- História vacinal do animal agressor não dispensa a
indicação de profilaxia;
7- Pacientes com indicação de profilaxia devem ser
tratados, independente do tempo da exposição;
8- A lesão deve ser lavada com água e sabão comum ou
detergente e após aplicado anti-séptico;
9- Em situação de interrupção da profilaxia, completar o
esquema;
10- Não está contraindicado para gestantes, nutrizes ou
doenças intercorrentes. Para imunossuprimidos, utilizar
gamaglobulina específica.
FONTES:
Ministério da saúde
Instituto Pauster
Universidade de São Paulo
Vigilância em saúde de Ribeirão Preto
Imagens internet.

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Obrigada!

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