Você está na página 1de 36

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
MICROBIOLOGIA- III

DOCENTES: ANA CRISTINA MOREIRA, LEILA BRITO

Componentes:

Alberzane Barbosa
Idma Martins
Josilene Noronha
Lidiane Varela
Miralva Batista
MYCOBACTERIUM
LEPRAE
MYCOBACTERIUM LEPRAE

 Conhecida como bacilo de Hansen;

 É um causador de Hanseníase

 Parasita intracelular obrigatório;

Mycobacterium leprae. Mycobacterium leprae


www.nps.gov answers.google.com
HISTÓRICO

 Descoberta pelo Dr. Gerhard


Armauer Hansen;

 Datam 4266 a.C. no Egito; 500 a http://www.freebase.com/view/e


2000 a.C. nos Livros Sagrados da n/leprosy
Índia e 1100 a.C. na China.

 Nas Américas, a hanseníase deve


ter chegado entre os séculos XVI e
XVII

1º caso Hanseníase: notificado no


Brasil
http://africanleprosy.blogspot.com/2009
_03_01_archive.html
MYCOBACTERIUM SP.

 Reino: Bactéria;
 Filo: Actinobactéria

 Classe: Actinobactéria

 Ordem: Actinomycetales

 Família: Mycobacteriaceae

 Gênero: Mycobacterium

 Espécie: Mycobacterium leprae


MORFOLOGIA: GÊNERO
MYCOBACTERIUM

 Bastonetes aeróbicos não formadores de esporos;


 Células contendo peptidoglicano;

 Parede da célula bacteriana: composta de lipídios;

 BAAR

 Gram-positivo;
MORFOLOGIA: GÊNERO
MYCOBACTERIUM

 Afinidade por células do tecido cutâneo e  nervos periféricos;

 Multiplicação muito lenta;

 Alta infectividade

 Baixa patogenicidade;

 O homem é reconhecido
como única fonte de
infecção.
CRESCIMENTO

 Invitro:
- não cultivável

 Crescimento in vivo:
- Tatu
- Pato
- Macaco
- Homem
- Baixas temperaturas
EPIDEMIOLOGIA

Reservatório
EPIDEMOLOGIA

 12 milhões MUNDO
 700000 casos novos por ano
 Países como França 250 casos
 763 917 ano 2002
 Índia, Bimânia, Nepal 70% casos
em 2000(OMS)
 Brasil, Moçambique, Tanzânia,
Nepal 90% em 2002 (OMS)
EPIDEMIOLOGIA

Transmissão

Crianças pouca idade  Secreções nasais

 Périodo incubação 2 -7
anos
Exposição prolongada
 Sem profilaxia: 10%
crianças expostas
podem adquirir a doença
Quantidades maciças de
bacilos  Tratamento : reduzir e
eliminar a infacciosidade
do paciente
IMUNIDADE CELULAR E HUMORAL
 O bacilo é um parasita intracelular obrigatório, principalmente da célula
de Schwann e do macrófago;

Infecção
Indução da resposta imune

 O bacilo dentro do organismo é fagocitado, metabolizado e processado


pelas APCs;

 Há relatos de que linfócitos T estão diminuídos nos multibacilares;

 As várias manifestações clínicas da hanseníase dependem da


resistência do individuo contra o bacilo.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Lesões neurais
 Ocorrem exclusivamente no SNP
 Perturbação da sensibilidade térmica
 Perturbação da sensibilidade dolorosa
 Perturbação da sensibilidade tátil

 Lesões cutâneas e histopatologia


 Hanseníase inderteminada;
 Hanseníase tuberculoide;
 Hanseníase dimorfa;
 Hanseníase Virchoviana.
HANSENÍASE INDERTEMINADA
 Lesões hipocrômica e/ou eritematosa;
 Circunscrita com alteração na sensibilidade cutânea, ausência de
sudorese e queda de pêlos na região;
 Mede em geral poucos centímetros ;
 Estágio inicial e transitório da hanseníase;
 Pode ser encontrado em pacientes com resposta imune não definida
diante do bacilo (crianças).
Hanseníase tuberculóide
o Caracteriza-se por placa única ou pouco numerosas, distribuídas
assimetricamente;

o Eritematosas e anestésicas;
o O comprometimento neural é caracteristico ;

o Em geral lesões não ultrapassam 10 cm;


o A baciloscopia é negativa;
Hanseníase Dimorfa
o Possui características da tuberculóide e virchowiana;
o Caracterizado por sua instabilidade imunológica, havendo grande
variação em suas manifestações clínicas;
o Lesões da pele revelam-se numerosas;
o Compreendem placas eritematosas, manchas hipocrômicas com
bordas ferruginosas,
Hanseníase virchowiana
 Inicialmente máculas hipocrômicas;
 Expressa a forma clínica de susceptibilidade ao bacilo, resultando em
disseminação da doença;
 Avança através dos anos, envolvendo difusamente extensas áreas do
tegumento;
 A perda dos cílios e supercílios é característica;
 Após tempo variável podem surgir lesões sólidas, papulosas, placas;
MANIFESTAÇÕES ORAIS
 Lesões da moléstia de Hansen na mucosa bucal,só ocorrem em estados
avançados da doença, inexistindo nas formas tuberculóide e indeterminada;

 As lesões hansênicas, na cavidade bucal evoluem de forma insidiosa e


assintomática;

 Formam nódulos eritematosos ou amarelados, principalmente no palato duro;


 Os dois terços anteriores da língua podem demonstrar atrofia;
 Úlceras e perfurações nasopalatinas;

 Em casos extremos o comprometimento da úvula leva à destruição


completa da estrutura;
 Alterações no palato duro, processo alveolar e dentes incisivos
superiores são mais evidentes em pacientes virchovianos;
 Infecção das mucosas da nasofaringe e orofaringe.

 O envolvimento da inervação facial se manifesta principalmente


pelo dano motor de ramos dos nervos trigêmeo e facial;
 A reabsorção do osso alveolar é executada por osteoclastos e não
depende da ocorrência de doença periodontal;

 Comprometimento dos ossos maxilares e nervos faciais;


DIAGNÓSTICO
 Anamnese

 As pessoas que tem hanseniase queixam-se de


manchas dormentes, cãimbras, formigamento,
dormência e fraqueza das mãos e pés;

 Clínico e Epidemiológico

 Investigação epidemiológica importante para descobrir


a fonte da infecção e diagnosticar novos casos entre
os contatos.
DIAGNÓSTICO
 Prova tuberculina

 Prova da Histamina

 Exame Histopatológico. O fragmento de


pele é colhido de maneira habitual, em
seguida é utilizado a colorazação de
Ziehl-Neesen ou Wade.
DIAGNÓSTICO

 Prova de Sensibilidade Cutânea


Superficial:

 Sensibilidade Térmica
 Sensibilidade Dolorosa

 Sensibilidade Tátil
TRATAMENTO
 A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o
diagnóstico.

 O tratamento é por via oral, constituído pela associação de dois


ou três medicamentos, configurando uma poliquimioterapia.

 Os medicamentos mais utilizados para tratamento da hanseníase


são:
- Rifampicina
- Dapsona
- Clofazimina
 Tratamento Quimioterápico

É administrada através de esquema-padrão, de acordo com a


classificação operacional do doente em paucibacilar e multibacilar.
TRATAMENTO
 Ambulatorial;

 A regularidade do tratamento
fundamental para cura do paciente;
PREVENÇÃO E CONTROLE

 Identificação
 Tratamento

 Agentes quimioprofiláticos

 Vacina contra BCG????


 Áreas endêmicas
CENTROS REFERÊNCIA
SALVADOR-BA

 Hospital Couto Maia

 O atendimento pode ser feito em toda rede municipal


CASO CLÍNICO
 Paciente do sexo masculino, 55 anos;

 Apresenta lesões assintomáticas na perna esquerda há 6 meses;

 Bom estado geral, sem adenomegalias, sem visceromegalias ou


outras alterações;

 Dermatológico: Placa com borda elevada e eritematosa, bem


definida, de conformação anular, localizada na perna esquerda.

 Neurológico: Diminuição das sensibilidades térmica e dolorosa na


lesão. Nervo fibular comum esquerdo espessado. Força muscular
normal.
 Placa com borda elevada e eritematosa, bem definida, de
conformação anular, localizada na perna esquerda.
EXAME HISTOPATOLÓGICO
Derme: Observa-se infiltrado inflamatório com granulomas do tipo
tuberculóide, contendo células epitelióides em arranjos circunscritos e
linfócitos ao redor.
Há contendo células epitelióides em arranjos circunscritos e linfócitos ao
redor. Há comprometimento importante dos filetes nervosos muitas vezes
com destruição completa dos mesmos.
 A pesquisa de bacilos álcool ácidos resistentes ou BAAR pode ser
negativa ou positiva + (paucibacilar) pela técnica do Ziehl- Neelsen,
pois a reação granulomatosa é eficiente para destruir os bacilos;

DIAGNÓSTICO: HANSENÍASE TUBERCULÓIDE


REFERÊNCIAS

 Microbiologia Média 3 ed.


 Tratado de infectologia

Veronesi V.1
 http://www.ilsl.br/revista/index.php/hi/article/viewFile/313/996

 http://www.medicinageriatrica.com.br/2009/05/02/hanseniase-
parte-2-formas-clinicas/
 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-
86822003000300010&script=sci_arttext#figura3a
 Madigan et al., Microbiologia de Brock. SãoPaulo:Prentice-
Hall, 10ª ed., 2004. (cap. 13 –
Archaea)
 http://www.bahiaemfoco.com/noticia/7890/saude-intensifica-
combate-a-hanseniase-em-salvador;
 http://www.uern.br/pesquisa/encope_trabalhoresumo.asp?
c=492;
 http://www.ilsl.br/revista/index.php/hi/article/viewFile/313/9
96
 http://www.medicinageriatrica.com.br/2009/05/02/hanseniase
-parte-2-formas-clinicas/
 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-
86822003000300010&script=sci_arttext#figura3a

Você também pode gostar