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Fundamentos Culturais para Educação em Direitos Humanos
Globalização e Multiculturalismo
Diversidade Étnico-cultural
Diversidade de Gênero
Diversidade de Orientação Sexual
Diversidade Geracional: criança e adolescente e idosos
Diversidade por Deficiências
Diversidade Religiosa
Educação em DH e Mídia
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Professor do Departamento de Direito Público/CCJ/UFPB e Departamento de
Direito/CH/UEPB;
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Mestranda em Direito – Área de Concentração em Direitos Humanos CCJ/UFPB.
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Educação para a diversidade:
um longo caminho a percorrer
A sexualidade humana se manifesta por meio de padrões
culturais historicamente determinados. No Brasil, ela é
marcada por claros antagonismos e concilia valores
morais como a virgindade e a castidade, indo até à
exaltação da sensualidade carnavalesca. Além disso,
diversos discursos morais e ideológicos sustentam a
intolerância diante de comportamentos, práticas e
vivências da sexualidade que não estão em conformidade
com o padrão heterossexual e patriarcal da nossa
sociedade.
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• Não é possível definir a sexualidade humana
http://blog.pucp.edu.pe
sem deixar escapar algumas possibilidades
de construções identitárias plurais e densas.
Definir é limitar
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• O gênero:
⇒ construção sobre crenças/normas/hábitos/valores/práticas/atitudes, onde a
diferença biológica entre homens/mulheres é hierarquizada (atribuído um
significado cultural);
⇒ por vezes, dissonante daquele convencionalmente atribuído ao sexo
biológico → aponta a direção das transformações corporais;
⇒ identificação física com o sexo oposto → buscada a partir de artifícios que
acentuam as características que lhe são culturalmente atribuídas;
⇒ esse gênero subversivo, trânsfugo dos determinismos naturais, de fatalismos
biológicos reducionistas e essencializadores → se manifesta na percepção de
si e na afirmação perante os outros.
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• Desarmonia do gênero ao sexo:
⇒ quando existente, é sentida (em geral) antes da percepção das diferenças
sexuais → precede o exercício pleno da sexualidade;
⇒ não se pode estabelecer uma relação de causa/efeito entre gênero e
orientação sexual;
• Identidade sexual:
⇒ dá as pistas do erotismo → as pessoas podem ser bi/hetero/
homorientadas;
⇒ definição → fator preponderante não é o desejo, mas as transformações que
as pessoas inscrevem em suas imagens;
⇒ cotidianamente é negada a legitimidade ao processo de (des)
(re)construção e ressignificação de gêneros e desejos (perspectiva binária
e dicotômica dos sexos);
⇒ desajuste da lógica heteronormativa de coerência entre gênero/sexo/
desejo → pretexto para a exclusão, a intolerância e a violência.
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A discriminação contra LGBTT
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• Família:
⇒ geralmente se inicia no lar (reduto culturalmente ligado ao acolhimento e à
idéia de refúgio dos problemas do dia-a-dia);
⇒ tentativa inicial de neutralizar o fascínio exercido pela indumentária/jogos/
atividades classificadas como coisas de meninos/coisas de meninas
(categorias consideradas mutuamente excludentes);
⇒ sexualidade (em desenvolvimento) → tomada como definitiva e determinada
por esses comportamentos → duramente reprimida;
⇒ culpas/acusações são trocadas entre pais atônitos/confusos/despreparados
para lidar com uma questão tão delicada (muitas vezes, enveredam por um
caminho de negação e de rejeição);
⇒ outros partem para o convencimento pela imposição de argumentos
calcados no senso comum;
⇒ há os que buscam a cura em clínicas psiquiátricas e/ou em instituições
religiosas.
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Sendo mal-sucedidos tais intentos, há os que partem para a desqualificação moral,
castigos físicos e até mesmo a expulsão, isso quando a saída do lar já não é
empreendida antes, como busca da liberdade e fuga da repressão.
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http://www.amontesinho.pt/
escolar por parte desse
segmento social,
provocando baixos
índices de
escolaridade, e,
conseqüentemente, de
É recorrente a
inserção no mercado
omissão, conivente
de trabalho formal.
com posturas
discriminatórias, e
mesmo a expressa
concordância com
atos atentatórios à
dignidade de
LGBTT, no lugar de
se promover a
harmonização do
convívio com
diferenças.
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A relação escola-família deve,
no lugar de constituir uma
parceria de recrudescimento
da opressão, possibilitar a
compreensão, a tolerância, o
respeito e a valorização da
diversidade.
http://bemcomum.blogspot.com/
O grande período de
permanência na escola
amplia as possibilidades
relacionais e afetivas, não
podendo a instituição se
eximir ante a relevância da
abordagem dessas questões,
representando um lócus
privilegiado para o debate.
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Sexualidade:
determinação a partir do “XX”, ou do “XY”?
http://www.stern.de
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• Definição do sexo:
⇒ pressuposto:
feita com base nos órgãos genitais externos que, desde a fase embrionária,
desenvolvem-se com maior ênfase a partir da sétima semana de gravidez;
⇒ com maior ênfase:
estruturas definidoras do sexo passam, ou a se desenvolverem, ou a se
retraírem, conforme o cromossomo “y”, ou o “x” que faz o par com o “x”
sempre existente, mas nenhuma das duas deixa definitivamente de existir
(Wolff e Muller);
⇒ padrões comuns:
nascer com um pênis ou com uma vulva → estar definitivamente
condicionado a ser homem ou mulher (dicotomia “macho vs. fêmea”);
⇒ tendo por base a genitália externa:
impostos padrões comportamentais pré-estabelecidos socialmente, sem
que se leve em consideração os aspectos psíquicos e as interações com o
meio externo, que influenciam a orientação sexual (direta e indiretamente);
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A sexualidade é o
aspecto mais
conflituoso, controverso
e desconhecido do ser
humano. A nossa cultura
lida mal com esse
importante aspecto da
vida e, para agravar, cria
modelos estanques nos
quais pretende encaixar
e classificar as pessoas.
Esses moldes, muitos
dos quais baseados
apenas no preconceito e
na falta de informação,
não nos permitem que
sejamos exatamente
aquilo que somos ou
que poderíamos ser.
COSTA (1994)
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Sexualidade, ou identidade
sexual, não pode ser definida
apenas por meio dos órgãos
sexuais (externos ou internos).
http://perdidosporduvidas.blogspot.com/
[...] ao redor dos nossos corpos estão os modos como percebemos, sentimos,
definimos, entendemos e, acima de tudo, praticamos o sexo, isso significa que
a sexualidade humana vai muito além dos fatores meramente fisiológicos, pois
é transpassada por concepções, valores e regras que determinam, em cada
sociedade, em cada grupo social e em cada momento da história aquilo que é
tido com certo ou errado, apropriado ou impróprio, digno ou indecente.
(http://erazen.blogspot.com/2008/03/diversidade-sexual-por-que-isso-me.html)
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Identidade da Pessoa Humana:
uma complexidade
http://w
w w.usp.b
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• Definição da identidade da pessoa humana:
⇒ a partir de dois aspectos diferenciados - identidade sexual e identidade de
gênero;
⇒ é a partir da identidade sexual que se forma a orientação sexual;
• Gênero e sexualidade:
⇒ dois aspectos vinculados de um processo mais amplo usado para o
controle social/manutenção da ordem;
⇒ os (pré)conceitos cultural e socialmente estabelecidos acerca das
atribuições de gênero masculino e feminino determinam:
homens estimulados à competitividade/projeção para o meio
exterior/agressividade para conquistarem → reprodução individualizada das
guerras por territórios para ampliação de domínios;
meninas (em direção contrária) → estímulo a serem dóceis/recatadas
cuidar dos demais/sempre prontas (sem contestação) a ouvirem e
obedecerem;
⇒ qualquer atitude discordante desses parâmetros será vista como um desvio
dos padrões normais, e será, imediata e energicamente, repreendida;
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• Síntese:
⇒ castração dos desejos (sexuais) → forma de manter o equilíbrio social;
⇒ padrão heteronormativo determina a conduta social da pessoa →
valorização do comportamento da maioria é o modelo a ser seguido;
⇒ criança aprende a reprimir a curiosidade sobre os próprios órgãos sexuais
externos → vítima de toda sorte de coerção à sexualidade;
⇒ fatores culturais/sociais/físicos/históricos/financeiros induzem a controlar
sexualidade/curiosidade/desejos → pessoas condenam comportamentos
que fogem às suas capacidades de compreensão (preconceito ou pré-
conceito);
⇒ entendimento → pessoa é constituída a partir da uma convergência entre os
aspectos biológicos/psicológicos/sociais;
⇒ valores de organização da sociedade → frutos da heteronormatividade
(normais as relações entre pessoas de sexos opostos) → exclusão de
parcelas significativas de pessoas que interagem de forma diferente.
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Daí surgem as relações de
poder, por meio das quais se
tenta dominar e subjugar
aquel@s que fogem das
regras naturais, que foram
socialmente impostas como
sendo as corretas, normais.
25
Identidade sexual
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Identidade de gênero
http://babylonianmusings.blogspot.com
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• A questão de gênero a partir da heteronormatividade:
A visão que define gênero como algo que as sociedades criam para significar
as diferenças dos corpos sexualizados assenta-se em uma dicotomia entre
sexos (natureza) versus gênero (cultura). Segundo essa visão, cada cultura
moldaria, imprimiria suas marcas nesse corpo inerte e diferenciado
sexualmente pela natureza. Ao contrário, segundo Butler, podemos analisar
gênero como uma sofisticada tecnologia social heteronormativa,
operacionalizada pelas instituições médicas, lingüísticas, domésticas,
escolares e que produzem constantemente corpos-homens e corpos-mulheres.
Uma das formas de se reproduzir a heterossexualidade consiste em cultivar os
corpos em sexos diferentes, como aparências “naturais” e disposições
heterossexuais naturais. A heterossexualidade constitui-se em uma matriz que
conferirá sentido às diferenças entre os sexos. Bento (2006)
http://www.colegiopaulafrassinetti.com
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Orientação sexual A expressão sexual de cada
indivíduo por um membro de outro
sexo, do mesmo sexo, ou por ambos
os sexos. Não se sabe se a
orientação sexual é determinada
pelo social, por fatores biológicos
ou ambos. Suplicy (1986)
s.pt/
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30
• A educação (instrumento de empoderamento):
⇒ deve ser trabalhada como meio de reconhecimento/afirmação dos direitos
humanos e da diversidade existente entre as pessoas;
⇒ possibilita incluir essa imensa parcela da população brasileira no
desenvolvimento → garantia do pleno exercício da cidadania;
http://clericalwhispers.blogspot.com
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• Inclusão e fomento da cidadania plena d@s LGBTT’s:
⇒ discussão (sociedade com segmentos/organizações de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transgêneros) sobre a diversidade;
Paradoxalmente, apesar de
ostentarem uma aparência muitas
vezes chamativa, @s LGBTT’s
enfrentam certa “invisibilidade
http://www.oobservador.com/ social”, oriunda de um
preconceito nefasto à construção
de uma cultura plural e
democrática. Tal situação se
demonstra com clareza na
escassez, ao longo do tempo, de
políticas públicas voltadas para o
empoderamento desse segmento
populacional, que, reconhecendo
as diferenças, promovam a
igualdade.
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• Brasil:
⇒ associações/grupos ativistas ONG’s com o propósito de corrigir essa
discriminação histórica, têm buscado:
desde 1980 → estratégias/resgate da cidadania/conscientização de direitos,
unir esforços → pressionar a opinião pública/esferas deliberativas do poder
político estatal;
⇒ grande vitória a partir da elaboração do Plano Plurianual (PPA 2004-2007):
definiu (Programa Direitos Humanos, Direitos de Todos) → ação Elaboração
do Plano de Combate à Discriminação contra Homossexuais,
resultou no lançamento do “Brasil Sem Homofobia - Programa de Combate
à Violência e à Discriminação contra GLTB e de Promoção da Cidadania
Homossexual”.
http://www.emdiacomacidadania.com.br/
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• Plano internacional (efetivação da defesa dos direitos à livre
expressão da orientação sexual e da identidade de gênero):
⇒ necessidade de se estabelecer postulados fundamentais em nível
internacional → guiar a elaboração/aplicação de normas/políticas/ações
institucionais para coibir violações de direitos humanos;
⇒ Princípios de Yogyakarta - Aplicação da Legislação Internacional de Direitos
Humanos em relação à Orientação Sexual e Identidade de Gênero →
sistematizados por 29 renomados estudiosos (de 25 países), Universidade
Gadjah Mada (Jacarta, Indonésia), 6 a 9/11/06;
⇒ reafirmam direitos fundamentais já reconhecidos em declarações de
direitos/leis e constituições de diversos países, cotidianamente negados,
como:
dignidade, vida, integridade física e psíquica, segurança, igualdade,
liberdades, trabalho, proteção social, moradia, educação, saúde, família,
cultura, participação política, responsabilização de agentes de violações,
acesso à justiça dentre outros;
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http://www.emdiacomacidadania.com.br
• Princípios de Yogyakarta:
⇒ destinam-se prioritariamente aos Estados (recomendações para
implementação dos direitos humanos e sua aplicação a questões de
orientação sexual e identidade de gênero) → reconhecimento de que
direitos e prerrogativas não se exaurem nas legislações existentes;
⇒ admitida a responsabilidade de membros da sociedade/comunidade
internacional → na concretização dos direitos humanos baseados nas
disposições dos Princípios (dentro dos respectivos âmbitos de atuação);
⇒ concebidos para guiar/estruturar a padronização internacional de
mecanismos de combate às violações de direitos humanos com base na
orientação sexual/identidade de gênero;
⇒ suas diretrizes traduzem compromisso com a promoção dos valores de
igualdade e respeito à pessoa humana.
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• Sucesso destas ações:
⇒ fomentar atividades nessa área/desenvolver ações de cultura/educação/
informação/orientação, como forma de reconhecimento da diversidade e
promoção da cidadania;
⇒ depende de um esforço conjunto de diversos atores sociais → estados/
sociedade civil organizada/movimentos ativistas/ONG’s;
⇒ o que se tem verificado ao longo do tempo são omissões (denúncias);
⇒ violação dos direitos humanos, perpetrada através da inferiorização d@
outr@ em virtude da orientação sexual, ocorre notadamente através da
omissão/abstenção/conivência/impunidade/ausências/silêncios;
http://luzdasol.blogspot.com
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• Brasil, 2008
⇒ 1o sem./2008 (de norte a sul do Brasil) → Conferências, em níveis
municipal/estadual;
⇒ tema - “Direitos Humanos e Políticas Públicas: O caminho para garantir a
cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBT);”
⇒ eleitos delegados/representantes do Poder Público/sociedade civil
organizada → propostas dos estados para a Conferência Nacional;
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• OEA, 2008 - 38a Assembléia Geral (AG):
⇒ aprovou a Resolução AG/RES-2435 (XXXVIII-O/08), apresentada pela
delegação brasileira → tema “Direitos Humanos, Orientação Sexual e
Identidade de Gênero”;
⇒ são reiteradas a liberdade/igualdade em dignidade/direitos entre os seres
humanos, sem distinções de qualquer natureza (DUDH, Declaração
Americana de Direitos e Deveres do Homem);
⇒ reafirma a missão histórica da América de oferecer ao ser humano um
espaço de liberdade/possibilidades de desenvolver sua personalidade e
realizar seus ideais de forma justa (Carta da OEA);
⇒ expressa preocupação pelos atos de violência/violações motivados pela
orientação sexual/identidade de gênero;
⇒ encarregou a Comissão de Assuntos Jurídicos e Políticos de incluir em sua
agenda, antes da próxima AG, o tema “Direitos humanos, orientação
sexual e identidade de gênero”;
⇒ solicitou ao Conselho Permanente informar a AG sobre o cumprimento da
resolução;
⇒ acordou termos orientação sexual e identidade de gênero → incluídos em
um documento consensuado pelos 34 países das Américas;
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http://www.jfservice.com.br
A Resolução representa um
avanço para a inserção de
orientação sexual, identidade e
expressão de gênero na esfera
protetiva do projeto de Convenção
Interamericana Contra o Racismo e
Toda Forma de Discriminação e
Intolerância.
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Historicamente, a população GLBT sofre o preconceito e a
discriminação que se manifesta de diversas formas: ora pela
homofobia que se concretiza na violência, seja ela física ou moral,
mas sempre limitadora do exercício dos direitos de todos os
cidadãos; ora pela negação do reconhecimento à diversidade
sexual, quando restrita a uma compreensão binária e naturalizante
de gênero, apartando, desta forma, todos os cidadãos que
Homofobia
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• Estatísticas - Grupo Gay da Bahia:
⇒ 2006 - assassinados no Brasil 88 homossexuais (61% gays, 37% travestis
e 2% lésbicas);
⇒ 2007 - documentados 95 assassinatos até setembro;
http://projetolibertas.blogspot.com/
48
• Três casos recentes e bastante emblemáticos da violência
homofóbica no Brasil:
1. Lançamento da Frente Parlamentar Estadual pela Cidadania GLBT
(Paraíba, 17/5/07)
pessoas ligadas ao Senador Marcelo Crivella (PRB/RJ) fizeram divulgar
mensagem depreciativa e preconceituosa, impressa em papel com o timbre do
Senado Federal, caracterizando o uso de recursos públicos para divulgação de
opiniões pessoais em nome da Instituição.
2. Programa TARDE QUENTE
ao menos 1/3 das chacotas faz referência explícita à orientação sexual dos
personagens da cena. Títulos: “Bicha atrevida faz pedestre se passar por gay e
apanha”; “Bichas fazem festa no banheiro, irritam as pessoas e apanham”;
“Acha que vai ser servido por ‘gostosa’ mas é travesti”; “Ator insiste que
pedestre é gay e acaba apanhando”; “Repórter faz pedestre passar por marido
de travesti e apanha”.
3. Osvan Inácio dos Santos
após vencer o concurso de Miss Gay Arapiraca/AL (15/09/07), o costureiro, de
19 anos, foi violentado e espancado até a morte enquanto ia para casa. O laudo
cadavérico constatou afundamento craniano, demonstrando a violência dos
golpes desferidos contra o jovem.
49
http://g1.globo.com/
50
• Pesquisas realizadas em vários países:
⇒ indicam a relação entre cultura homofóbica e o alto índice de suicídio e de
sofrimento psíquico entre os jovens LGBTT;
⇒ apontam para uma dinâmica do sofrimento derivada da incorporação (pelos
jovens) da homofobia presente na sociedade → auto-percepção negativa;
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• A gradação de gravidade estabelecida entre os níveis de violência
presente nas mais diversas práticas homofóbicas é questionada por
Silva (2007).
• Quando a irrupção do braço armado da violência se alterna com
manifestações aparentemente desarmadas de chacota e desdém,
não estariam as segundas criando o ambiente propício para que a
primeira irrompa?
• Existiriam formas benignas de preconceito ou tais formas seriam,
apenas, o cadinho do qual irrompem as formas extremas?
? 52
• Estudo recente UNESCO:
⇒ abrangeu estudantes do ensino fundamental, pais e professores;
⇒ apontou um alto grau de rejeição à homossexualidade no contexto escolar;
⇒ Conclusões (média) → mais de 30% dos pais de alunos e 25% dos próprios
alunos não gostariam que houvesse estudantes homossexuais;
⇒ 2a pesquisa (valores sociais de professores) → apesar de a maioria concordar
com a introdução de temas ditos contemporâneos no currículo, muit@s
ainda entendem a homossexualidade como sendo perversão, doença e/ou
deformação moral, concorrendo, a partir do silêncio ou de posturas
negligentes em relação aos insultos e aos maus tratos, para a reprodução da
violência associada à homofobia;
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“a homofobia é
uma
manifestação
arbitrária que
consiste em
designar o outro
como contrário,
inferior ou
anormal. Sua
diferença
irredutível o
http://fernandomarques.blogspot.com
coloca em outro
lugar fora do
universo comum
dos humanos”.
Borrillo (2000)
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• Tanhia (2004) indica como se deve dar a intervenção da escola:
⇒ se os adolescentes LGBT se sentem vulneráveis no seio da escola, é
também porque eles o são face a suas famílias. Se consideramos a escola
como essencial ao desenvolvimento das crianças, que ali passam uma
parte não negligenciável de suas vidas, e que ali devem poder se sentir em
segurança e se realizar, nós temos o direito de exigir que o sistema
educativo leve em consideração os adolescentes LGBT, os quais se
encontram sem referências, reconhecimento e/ou em sofrimento.
57
http://tassobem5.no.sapo.pt
58
• É preciso reconhecer que tod@s somos exatamente iguais naquilo
que melhor caracteriza a nossa humanidade: o raciocínio.
http://www.themanitoban.com/
59
http://www.ruthannrobson.com/ http://downwiththeinternet.files.wordpress.com/
60
http://www.redhbrasil.net/
61